ed 43 boletim - advocef · 4 setembro | 2006 o presidente da advocef, altair rodrigues de paula,...

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EDITORIAL

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ADVOGADOS DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

DIRETORIA EXECUTIVA|Presidente: Altair Rodrigues de Paula (REJUR/Londrina)|Vice-Presidente: Silvio do Lago Padilha (REJUR/Belo Horizonte)|1º Tesoureiro: JoséCarlos Pinotti Filho (REJUR/Londrina)|2º Tesoureiro: Patrícia Raquel Caires Jost Guadanhim (REJUR/Londrina)|1º Secretário: Marisa Alves Dias Menezes (JURIR/SãoPaulo)|2º Secretário: Henrique Chagas (REJUR/Presidente Prudente)|Diretor Regional Norte: Liana Cunha Mousinho Coelho (JURIR/Belém)|Diretor Regional Nordeste:Maria dos Prazeres de Oliveira (JURIR/Recife)|Diretor Regional Sudeste: Sonia Lucia dos Santos Lopes (JURIR/Rio de Janeiro)|Diretor Regional Centro-Oeste: GustavoAdolfo Maia Junior (JURIR/Brasília)|Diretor Regional Sul: Mariano Moreira Júnior (JURIR/Florianópolis)

REPRESENTANTES JURÍDICOS 2006/2007|JURIR/AJ: João Batista Barbosa Arruda; JURIR/BU: Henrique Chagas; JURIR/BE: Renato Lobato de Moraes; JURIR/BH: Simone Solangede Castro Rachid; JURIR/BR: Gustavo Adolfo Maia Júnior; JURIR/CP: Flávia Elisabete de Oliveira Fidalgo Souza Karrer; JURIR/CG: Cleonice José da Silva Herculano; JURIR/CB:Gustavo Eduardo Reis de Siqueira; JURIR/CT: Jayme de Azevedo Lima; JURIR/FL: Marcelo Oscar Silva Santos; JURIR/FO: Adonias Melo de Cordeiro; JURIR/GO: Ivan Sérgio Vaz Porto;JURIR/JP: Fábio Romero de Souza Rangel; JURIR/ME: Carlos André Canuto; JURIR/MN: Alcefredo Pereira de Souza; JURIR/NA: Carlos Roberto de Araújo; JURIR/PO: JaquesBernardi; JURIR/PV: Cláudia Elisa de Medeiros Teixeira; JURIR/RE: Paulo Melo de Almeida Barros; JURIR/RJ: Leonardo Faustino Lima; JURIR/SA: Jair Oliveira Figueredo Mendes;JURIR/SL: Samarone José Lima Meireles; JURIR/SP: Marisa Alves Dias Menezes; JURIR/TE: Renato Cavalcante de Farias; JURIR/VT: Rodrigo Sales dos Santos; DIJUR/GERID: EdsonPereira da Silva; GEAJU: Elisia Souza Xavier; GETEN: Eduardo Pereira Bromonschenkel; REJUR/CV: Roseli Aparecida Bettes; REJUR/LD: Daniela Pazinatto; REJUR/JF: JosianeMendes Gomes Dias Pinto; REJUR/MR: José Irajá de Almeida; REJUR/NT: Carolina Bastos Lima; REJUR/NH: Aline de Lima Riccardi; REJUR/PF: Clarissa Pires da Costa; REJUR/RP:Sandro Endrigo de Azevedo Chiaroti; REJUR/SR: Cleusa Maria de Jesus Arado Venâncio; REJUR/UB: Luciola Parreira Vasconcelos; REJUR/VR: Aldir Gomes Selles.

CONSELHO DELIBERATIVO|Membros Efetivos: Darli Bertazzoni Barbosa (Londrina), Renato Luiz Harmi Hino (Curitiba), Isabella Gomes Machado (Brasília), LuisFernando Miguel (Porto Alegre) e Bruno Vicente Becker Vanuzzi (Porto Alegre)|Membros Suplentes: Luciano Paiva Nogueira (Belo Horizonte), Marcelo Dutra Victor(Belo Horizonte) e Alfredo Ambrósio Neto (Goiânia).

CONSELHO FISCAL|Membros Efetivos: Paulo Roberto Soares (Brasília), Rogério Rubim de Miranda Magalhães (Belo Horizonte) e Julio Cézar Hofman (Maceió)|MembrosSuplentes: Ivan Sérgio Vaz Porto (Goiânia) e Éber Saraiva de Souza (Cuiabá).

CONSELHO EDITORIAL|Altair Rodrigues de Paula e Roberto Maia|Jornalista responsável: Mário Goulart Duarte (Reg. Prof. 4662) – E-mail: [email protected]áfico: Marcelo Torrecillas|Editoração eletrônica: José Roberto Vazquez Elmo|Ilustrações: Ronaldo Selistre|Tiragem: 1.200 exemplares|Impressão: Gráfica AlmeidaPeriodicidade: mensal

Endereço em Brasília/DF: SBS, Quadra 2, Lote 1, BL S, Sala 1205|Edifício Empire Center|CEP 70070-100|Fone (61) 3224-3020|E-mail: [email protected]ária: Priscila Christiane da Silva.

Endereço em Londrina/PR: Rua Santa Catarina, 50 / sala 602|CEP 86.010-470|Fone (43) 3323-5899|E-mail: [email protected]|Secretárias: Tatiane Stabile DantasBuzinaro e Ivete Augusta Pereira|Auxiliar Administrativa: Thaís Bender.

0800 400 8899 O Boletim da Advocef é distribuído aos advogadosda CAIXA e a entidades associativas.www.advocef.org.br | Discagem Gratuita

2 Setembro | 2006

tínua busca de melhores dias a todosque o integram.

E esta luta, de que são testemu-nhas e partícipes tantos que aqui es-tão e outros que por aqui já passaram,não começa ou termina num Congres-so ou num evento ou fato específico.

Ela se faz no cotidiano, com oaprofundamento e a ampliação detodo um ideário, que identifica e tor-na este grupo de profissionais deten-tor de enormes anseios, sabedor desua importância e de sua qualificação.

Neste contexto, conhecidas as ad-versidades e delineados os objetivosa que nos propomos, permaneçamostodos unidos em torno de nossos ide-ais, certos de que trilhar o caminho éparte do ritual para a chegada ao des-tino almejado.

Diretoria Executiva daADVOCEF

O feito e o por fazer

A luta não começaou termina numCongresso, ela sefaz no cotidiano,com oaprofundamento doideário queidentifica osadvogados da CAIXA

Como já é costumeiro, a edição desetembro do nosso Boletim vem

repleta de informações, sínteses, ava-liações e expectativas, todas geradasno Congresso dos advogados repre-sentados por sua Associação.

O maior dos encontros até hojerealizado pela ADVOCEF levou aBelém do Pará um grupo combativode pessoas, que debateu de maneiraprofunda e equilibrada as questõesmais importantes da categoria.

O encontro serviu também comooportunidade para os dirigentes pres-tarem contas de sua atuação no últi-mo ano e da execução de outras tan-tas decisões nascidas em anterioresreuniões.

Revelou-se, uma vez mais, um mo-vimento de permanente trabalho e decompromisso com os princípios queacompanham este grupo, como que amarcar uma trajetória de luta e de con-

Setembro | 2006 3

Lançada a terceira

O juiz do Tribunal Regional do Tra-balho da 4ª Região João Pedro

Silvestrin apresentou no XII Congressoa terceira edição da Revista de Direitoda ADVOCEF. Ex-advogado da CAIXA,João Pedro destacou o apoio incondici-onal da Diretoria da ADVOCEF e o tra-balho de seus colegas nos Conselhos

Executivo e Edito-rial da Revista. Eleagradeceu a par-ticipação dos au-tores, que vêmcolaborando des-de o primeiro nú-mero da publica-ção, lançado em2004.

"O sucessoda Revista é o su-

"O sucesso da Revista é o sucesso de todosos advogados da CAIXA"

Revista dos advogados

cesso de todos os advogados da CAI-XA, autores ou não, porque a produçãopublicada é vista como o produto detoda a classe", disse João Pedro. Ele dis-tinguiu a dedicação ao projeto do ad-vogado Fabiano Jantalia Barbosa, quehoje trabalha no Banco Central, entre-gando-lhe uma placa comemorativa.Disse que o vínculo de Fabiano com aRevista fica evidenciado pelo fato deque, desligado da CAIXA, continuamembro do Conselho Editorial.

O presidente da ADVOCEF, AltairRodrigues de Paula, disse que "é um pra-zer constatar a consolidação do proje-to, principalmente depois de termos co-nhecimento do grande número de elo-gios de entidades e autoridades que sãoleitores da Revista e do interesse de-monstrado pelos advogados da CAIXA

Autores comentam sua participação na Revista de Direito

na publicação dos seus artigos jurídi-cos".

Integrante do Conselho Executivo daRevista, a advogada Patrícia Guadanhimelogiou a qualidade do terceiro número,“o que é até natural, porque é resultadoda comunhão de esforços, como sempre,da ADVOCEF, autores e editores”. Segun-do ela, a execução do projeto, ambiçãoantiga da categoria, corresponde a todasas expectativas. "Nem mesmo a chuvacostumeira de Belém foi capaz de ofus-car o brilho da sessão de autógrafos aoar livre", lembrou.

A Revista de Direito é distribuída aostribunais superiores, diretores de foro einstituições de ensino.

O advogado Mauro Rocha, doJURIR/São Paulo, quis levar ao co-

nhecimento dos colegas a produção decondomínios horizontais, que é feita aoarrepio da lei em São Paulo, e a atuaçãodo Poder Judiciário no caso. GuilhermeDieckmann, do JURIR/Porto Alegre, foimotivado pelas recentes modificações,em sede legislativa, no regime do agra-vo, que influenciam especialmente asatividades dos profissionais da CAIXA.Como os outros oito autores que com-põem a terceira edição da Revista de Di-

reito da ADVOCEF, lançada no XII Congres-so, eles consideram que é o veículo idealpara divulgar seus trabalhos.

Alexandre da Rocha, do JURIR/Brasília,diz que a Revista constitui valioso instru-mento para divulgar teses que sãoaprofundadas na atividade diária da CAI-XA. "Sem um veículo como a nossa Revis-ta, essas importantes discussões ficariamencerradas nos autos judiciais, em debaterestrito às partes." No texto, ele faz umaprovocação. "Pretendo estimular um deba-te, focado na hermenêutica dos princípios

constitucionais, acerca das efeti-vas restrições a que estão sujeitasas empresas públicas." Ele trans-creve parte de recente acórdão doSTF que faz um desvendamentodos limites da fiscalização exercidapelo Tribunal de Contas da União.

Uma sentença do juizcorregedor de Campinas levou osinteressados em liberação de re-cursos do FGTS ou de financia-mento de casas com projetos di-vergentes dos registrados de vol-

ta às agências com os pedidos que já ha-viam sido indeferidos. "Isso nos forçou abuscar cópia integral do processo noFórum de Campinas e a proceder à aná-lise sistemática e profunda de toda a re-presentação", diz Mauro Rocha. A con-clusão, publicada na Revista, mostra quea sentença em nada alterou as razõesda CAIXA de se considerar impedida daconcessão dos créditos.

Ruy Telles Neto, do JURIR/Belém, dizque o reconhecimento acadêmico daRevista é um diferencial e um estímulopara escrever. "Isso, por si só, dá à Re-vista o potencial para crescer em quali-dade, tornando-se uma das grandesrevistas jurídicas do país." A publicaçãodo seu texto foi especialmente impor-tante para ele, que inicia a vida profissi-onal e acadêmica. Admitido na CAIXAem 03/02/2006, concluiu há pouco omestrado em Direitos Humanos pelaUniversidade Federal do Pará.

Guilherme Dieckmann, Alexandre da Rocha,Maria dos Prazeres e Mauro Rocha

Ruy Telles:um estímulo

para escrever

Patrícia:o projeto

correspondeàs expectativas

João Pedro: oproduto é de todaa classe

4 Setembro | 2006

O presidente da ADVOCEF, AltairRodrigues de Paula, aproveitou a

audiência do XII Congresso, em Belém,para expor as ações da entidade des-de o último encontro, em agosto de2005. Altair ressaltou o canal abertocom os associados, destacando a trans-parência e o grande número de ativi-dades desenvolvidas pela Associaçãopara o fortalecimento da categoria.

O presidente recomendou a utiliza-ção do fórum da ADVOCEF para discus-sões de temas de interesse dos advoga-dos, destacando que a Diretoria daADVOCEF está à disposição para escla-

Prestação de contasrecer as dúvidas. "Buscamos sempre res-ponder os e-mails e ligações telefônicasdos colegas o mais breve possível. Aagenda dos compromissos tem sido aper-tada, por isso utilizamos o nosso sitecomo forma de divulgar a todos, semexceção, os assuntos que envolvem osadvogados da CAIXA."

No relato detalhado, Altair discrimi-nou as medidas tomadas após o XI Con-gresso, em agosto de 2005, e as deli-berações da reunião de Diretoria reali-zada em Brasília, em março de 2006.Para conhecer a íntegra do relato, con-sulte o site, na seção "Destaques".

Segundo o presidente da FeNAdv,Walter Vettore, a CAIXA não deuresposta à pauta encaminhada pelaentidade, por duas vezes, em junhoe agosto. "Eles deram uma descul-pa esfarrapada, alegando ignorân-cia, que não estava notificada denada", disse o presidente. O próxi-mo passo é solicitar a intermediaçãodo Ministério do Trabalho e, a se-guir, caso não haja acordo, instau-rar o dissídio coletivo no TribunalSuperior do Trabalho.

Vettore disse estranhar o compor-tamento da CAIXA, porque muitascategorias estão conseguindo au-mentos acima da inflação. Foi assimno comércio (91% das convenções),

na indústria (84%), no setor de servi-ços (77%). O advogado cita dados doDIEESE que mostram que 82% das ca-tegorias conquistaram índices maiores

Presidente relata as ações da ADVOCEF desde o último Congresso

Altair: transparência e canal abertocom a categoria

Sem resposta

Walter Vettore:a CAIXA está enrolando

Preparativos e inovaçõesO presidente disse que realizar o Con-

gresso é operação que demanda muitotrabalho prévio, para criar o ambientecom as condições ideais à discussão dosassuntos.

“E o trabalho continua durante oevento", disse Altair. "É um momentocrucial para definir os passos estratégi-cos a seguir."

Mesmo quem não estava no Congres-so pôde acompanhar o resumo dos acon-tecimentos, inserido no site ao final decada dia.

que o INPC. "O setor dos bancáriosdeve dar mais. A CAIXA teve lucromaior que o Unibanco."

Participante habitual dos Congres-sos da ADVOCEF, Vettore notou, emBelém, que a categoria está maismobilizada. "A presença na assem-bléia foi bem demonstrativa da repre-sentação no ambiente de trabalho. Naverdade, os advogados sentem que aCAIXA está enrolando e que terão quetomar uma atitude mais forte."

No XII Congresso foi aprovado oindicativo de greve da categoria, na even-tualidade de a CAIXA não atender às rei-vindicações. Vettore vai solicitar aintermediação do Ministério do Trabalhopara viabilizar o início das negociações.

Solenidade de abertura do XII Congresso

Setembro | 2006 5

A advogada Liana Mousinho, daComissão Organizadora do XII

Congresso, diz que o sucesso doevento se deve a um trabalho ela-borado com bastante calma, carinhoe dedicação, com total apoio daADVOCEF. "Pelo que percebi, todossaíram muito satisfeitos", diz.

Liana acha que o ponto alto doevento é a parte social. "Quantoao Congresso em si, todos já sabemo que vai rolar e como vai rolar.Logo, temos que considerar queapós um dia exaustivo de trabalhoos congressistas estão ávidos poruma noite animada onde possamrelaxar, trocar idéias e se divertirbastante."

Organização e carinho

Liana: trabalho com calmae dedicação

O relato das providências toma-das desde o XI Congresso, distri-buído em forma impressa aos par-ticipantes e divulgado no mesmodia no site, foi uma experiência ino-vadora e positiva, na avaliação deAltair. "Percebi que os colegasaproveitaram melhor a explana-ção, acompanhando no papel. Issofacilitou para mim também, já quesão muitas as informações em umlongo ano de trabalho para seremresumidas no tempo disponível dapauta."

Homenagem ao advogadoFabiano Jantalia

No discurso de abertura do Con-gresso, o presidente da ADVOCEF,Altair Rodrigues de Paula, ressaltou aimportância da realização inédita doevento na Região Norte, "muito bemrepresentada pelo Estado do Pará".Altair elogiou a recepção do povoparaense, "hospitaleira, calorosa e deuma alegria contagiante".

O presidente agradeceu à ComissãoOrganizadora, aos colegas que auxili-aram no planejamento e execução eaos advogados que contribuíram de al-guma forma para a realização do even-to. "Tudo ocorreu de acordo com o pla-nejado, contribuindo, conseqüente-mente, para que os participantes pu-dessem dirigir seus esforços unicamen-

te para a discussão das matérias im-portantes colocadas em pauta."

Integraram também a ComissãoOrganizadora os advogados AméliaFranco, Gracione Costa e RenatoMoraes, todos do JURIR/Belém.

Altair diz que o constante aprimora-mento da organização decorre da expe-riência adquirida em cada Congresso,sendo fundamentais as sugestões dos co-legas, inclusive de ex-presidentes daADVOCEF. "Apesar do grande númerode providências que precisam ser toma-das em decorrência das decisões do Con-gresso e com a finalização das tarefasoperacionais, já estamos idealizando opróximo em Maceió", disse.Renato Hino, Alberto Braga, Altair e Silvio Padilha

Terceira edição da Revista de Direitofoi lançada no Congresso

6 Setembro | 2006

Comissão de ÉticaEm atendimento àsdeliberações do XII Congresso,a ADVOCEF protocolou naComissão de Ética da CAIXA,em 04 de setembro,juntamente com a FeNAdv,uma representação em face dasocorrências relacionadas aosprofissionais advogados,integrantes da carreiraprofissional da Empresa.

Tudo no siteFoi alterado o § 5º do art. 30 do

Regulamento de Honorários,determinando que a prestação decontas mensal da ADVOCEF sejadisponibilizada no site, deixando

registrado um procedimento que jávem sendo adotado pela ADVOCEF.

Cópia da documentação serámantida na sede da entidade, à

disposição dos interessados. Todosos advogados da CAIXA, associados

ou não, têm acesso ao site.

Congressosem maio

A partir de 2007, osCongressos anuais da

ADVOCEF serão realizadosno mês de maio. A eleição

para os ConselhosDeliberativo e Fiscal,

Diretoria e Representaçõesnas unidades jurídicas será

realizada a cada doisanos, no primeirodecêndio do mês

de agosto.

Não permitidoNão houve deliberação das propostas para que a ADVOCEF atue emnome dos associados como substituta processual, pois a medida só épermitida às entidades sindicais.

Execuções nas unidadesUm grupo de trabalho vai analisar ascondições das unidades jurídicas para

efetuar as execuções habitacionais, pelo ritoda Lei 5.741/71. Se a conclusão for

satisfatória, será encaminhada à CAIXAproposta de internalização das execuções,

que hoje são feitas extrajudicialmente.Compõem o grupo os advogados AlexandreDuarte de Lacerda, José Irajá de Almeida e

Leandro Cabral Moraes.

Contas desde 2001Foi aprovada proposta daADVOCEF de encaminharexpediente à CAIXA solicitandoprestação de contas dos honoráriosrelativos à Execução Fiscal a partir denovembro de 2001, com os respectivosrelatórios operacionais da área do FGTS. Odocumento vai sugerir a alteração do ManualNormativo, para que os relatórios comprobatórios sejam anexados aoscomprovantes de pagamentos mensais de forma permanente.

Procuradoria especialUm grupo de trabalho vai levantarsubsídios visando à elaboração deprojeto de lei para criar uma"Procuradoria especial junto a

empresa públicafederal", a serconstituída poradvogados daCAIXA,integrante deuma das carreirasda AGU.Compõem ogrupo os

advogados Gryecos Loureiro, JoséCarlos Machado, Bruno Vanuzzi,Marisa Menezes, Marcelo Nader,Marcelo Victor e Samarone Meireles.

Cidade-sedeMaceió foi a cidade

escolhida para sediar o XIIICongresso da ADVOCEF,

em maio de 2007. AADVOCEF já iniciou ospreparativos, devido à

antecipação da data. Estãosendo providenciadas aformação da Comissão

Organizadora e as escolhasde hotel e melhor período

para o evento.

Cópia ao MPTA ADVOCEF está tomando as providências necessárias

para o encaminhamento ao Ministério Público doTrabalho da cópia protocolada da representação no

Conselho de Ética da CAIXA, juntamente com anotificação judicial (autos nº 00511-2006-011-10-00-4)

e de dossiê relatando as atividades delegadasdesempenhadas pelos advogados da CAIXA. Uma cópia

poderá ser encaminhada ao Departamento deCoordenação das Empresas Estatais Federais (DEST),

ao Conselho Federal da OAB e ao Ministério doTrabalho e Emprego.

Setembro | 2006 7CRÔNICA

MLSDMovimento de Libertação dos Sem Dinheiro

Leopoldo Viana Batista Júnior (*)

Setembro | 2006 7

Sabe aquele seu suado dinheiro guar-dado em um banco, em sua casa, ou

em qualquer lugar que você ache seguroe que com enorme esforço você conse-guiu após anos de labuta amealhar? Cer-tamente será espoliado pelos ativistas doMovimento de Libertação dos Sem Di-nheiro - MLSD. Logo logo escutaremosque o dinheiro, a moeda, é um bem soci-al e deverá ser redistribuído com aquelesque não o possuem, ou o possuem pou-co, estando esta distribuição ao belprazer de quem os tomar vio-lentamente, eis se fazer neces-sário ao desenvolvimento danação, blá, blá, blá... esquecen-do-se os meios de comunicaçãode chamar o ato de roubo.

Fique esperto também meucaro leitor, porque em desenvol-vimento rápido neste já quaseanárquico país, ainda, os Movi-mentos dos Sem Rádio, dos Sem Te-levisão, dos Sem Comércio, dos SemAmante, dos Sem Vergonha, dosSem Ética, dos Sem Carro, dos SemFumo, dos Sem Álcool, dos Sem Po-der, dos Sem Emprego, dos Sem Ter-ra, dos Sem Ônibus, dos sem uma sé-rie de outros interesses humanos ime-diatos ou mediatos, ridículos ou não.

E não pensem que isso é puraridicularia, não! Em evidência cristalinae em curso, nos últimos dias, o mais atualdos movimentos, o Movimento dos SemPontos - MSP. Sim, sem ponto para ven-da de drogas! Alguns empresários co-merciantes de drogas ilícitas, já já cha-mados de ativistas - antes identificadossimplesmente como traficantes - resol-veram demonstrar a todos, por enquan-to no estado de São Paulo, como se usaa força para obter o que se quer na au-sência de um Estado preocupado com amaioria. A coisa andaria muita parecidamesmo com uma guerra civil, não fosseo desinteresse do verdadeiro civil por ela.

Pois é, aonde vamos chegar? Após sé-culos de lutas e de conquistas das maisárduas pelo direito, pelo mais básico di-reito do sobrevivente, estamos a ver ruiracintosamente um dos seus pilares e ar-

rimos, qual seja o direito de propriedade.É ínsito, pois direito natural até, que

o direito a propriedade privada aflorouapós milênios em que o indivíduo, poralgumas de suas formas de aquisição,teve incorporado ao seu patrimônio umdeterminado bem, e sobre ele possuía odireito de aliená-lo por qualquer de suasformas, ou recebê-lo em herança. E essasensação originária de ter, produzir, e fa-

zer valer o seu direito erga omnes, é bá-sico como suas derivações. Vem ele tra-zendo segurança jurídica ao cidadão, se-gurança social às comunidades, seguran-ça nacional aos países, até mesmo àque-les que ainda ontem, em razão de seussistemas políticos, não os admitia.

Facilmente, vê-se naquelas naçõesonde se instala momentaneamente o des-respeito ao direito de propriedade, ser ati-vada imediatamente a balbúrdia, a con-fusão, a desordem, restando evidenciadaa banalização da legislação e dos costu-mes, transformando-as em casas-de-noca, em verdadeiras nações caóticas.

Não se pretende esquecer, em ver-dade, as injustiças sociais, os desvios deconduta, os impérios latifundiários e tan-tas outras mazelas sociais que agravama vida dos mais pobres, é óbvio. Mas, é

claro, também, que não se devem es-quecer as identificáveis pencas de ladrõesespoliadores do povo e da nação e osenriquecimentos ilícitos. Há mecanismoslegais e sociais que, se aplicados eficaz-mente, reduziriam a impunidade. Masdaí aos movimentos absurdos atualmen-te tolerados que tentam resolver as situ-ações com o uso de suas próprias forçase razões, invadindo, tomando, arrancan-do das mãos, coagindo, depredando,

massacrando outrem, muito longepassam da licitude!

O que nos falta ainda? Inva-dem-se casas, propriedade rurais,

prédios públicos; traficantes resol-vem criar um Estado à parte, sem or-dem, sem lei, acintosamente assas-sinando inocentes, à vista de todos,sem uma efetiva providência da na-ção, enquanto aqueles que encer-ram o dever de reprimir, inibir,prender, processar, discutemfiligranas políticas partidárias namídia, debocham do povo, des-denham da nação.

Basta de tanta hipocrisia, acomeçar pelas igrejas que es-quecem as suas próprias pro-priedades enquanto estimulama distribuição daquelas dos seus

vizinhos; dos governos, enquanto enro-lam e gozam a massa dos necessitados;dos conglomerados econômicos, en-quanto espoliam abertamente os maispobres.

Quanto ainda teremos que pagar paravoltarmos ao mínimo ético, à mínima se-gurança jurídica do cidadão contribuin-te, ao mínimo controle social?

Não se ignore tantos anos de conquis-tas democráticas, não! Todavia, não seconfunda democracia com esculhamba-ção; democracia, com anarquia; demo-cracia, com cinismo; democracia, comirresponsabilidade social. Invertam-se aspráticas e criem-se os Movimentos daque-les que, a propósito o serão em absolutamaioria, desejam a ordem, a justiça, alicitude, o respeito pelas instituições.

(*) Advogado da CAIXAem João Pessoa/PB

8 Setembro | 2006

Discurso afinadoO XII Congresso foi proveitoso e decisivo,

dizem os participantes

De acordo com os advogados, oindicativo de greve foi a principal propos-ta aprovada no XII Congresso. A decisãomarca uma mudança de postura, explicaAline Riccardi. "Deixamos de ser vítimasda omissão da CAIXA e passamos a serautores de uma nova realidade." Trata-sede um instrumento legítimo de pressão,endossa André Vieira. Cláudia Teixeira res-salta a unanimidade na votação, feita deforma responsável, com o respaldo do pa-recer elaborado pelo especialista JoséAffonso Dallegrave Neto. "Todos temosconsciência de que a greve é legal e ne-cessária."

André Canuto diz que a presença daFeNAdv, como representante sindical, re-presenta um marco para os advogadosda CAIXA. "Além de asseverar com mai-or contundência a insatisfação da classe

com o atual Plano de Cargose Salários, representa o iní-cio da luta específica porquestões peculiares aos ad-vogados."

Aline argumenta que épreciso ocupar posição maisconfortável na mesa de ne-gociações. "Até então, está-vamos muito passivos. Nossas insurgênciashaviam sido poucas e pobres. Agora, a ori-entação é outra. Passamos da notificaçãopara a reclamação trabalhista, da inérciapara a ação." Segundo a advogada, a CAI-XA teve a oportunidade do diálogo e nãose empenhou.

Poder contar com uma representaçãosindical específica na data-base é o grandetrunfo e o maior avanço na luta pelamelhoria salarial, diz Antonio Kehdi. "Nes-

8 Setembro | 2006

te ano, pode não resultar em nada, masabre as portas para resultados futuros",acrescenta Luiz Schmidt.

Muito importantes também, segun-do Aline Riccardi, foram as discussõessobre o ajuizamento de ações. "Pululampelo Brasil inteiro ações movidas indivi-dualmente por advogados, além daque-las encabeçadas pela própria ADVOCEF,e esse fato, certamente, não passará des-percebido pela Administração."

Da omissão à ação

para não alterar a forma de rateio de ho-norários.

Para André Luiz Vieira, do JURIR/SãoPaulo, o episódio reflete a evolução doCongresso. Desse modo, barradas as di-versas propostas que tratavam do tema,passou-se a tratar de itens mais impor-tantes da pauta. "Noutros anos, perdeu-se muito tempo em discussões acerca dorateio, tema delicado que, em regra, de-sagrega a categoria."

Luiz Fernando Schmidt, do JURIR/Goiânia, aprovou o empenho de antigos

e novos na defesa da CAIXA, apesardo excesso de trabalho e escassez

de salário. "Mas sem descuidar dereivindicar e lutar por melhoraressa situação, demonstrandomuita determinação." Ele tam-bém elogiou o equilíbrio naprogramação do evento. "Ex-cederam, é lógico, a simpatia,a receptividade e o carinhocom que fomos brindados."

O Congresso de Belém fi-cará na história dos advogados

da CAIXA, proclama Cláudia ElisaTeixeira, do JURIR/Porto Velho. "A

consciência de onde queríamos che-gar pautou os dias de trabalho naque-

la cidade." André Canuto expressa a sa-tisfação em participar do encontro todosos anos: "Ao menos saímos dos Congres-sos com as esperanças renovadas na buscado reconhecimento que deve ser dado pelaEmpresa a todos nós".

A categoria está tão unida, segundoo advogado Marcelo Dutra Victor, do

JURIR/Belo Horizonte, que até mesmo ospontos controvertidos debatidos no XII Con-gresso da ADVOCEF "terminaram por apa-rar arestas e afinar os discursos". AndréCanuto, do JURIR/Maceió, diz que osadvogados demonstraram maisuma vez o sentimento de luta ne-cessário para a busca damelhoria salarial. E assim o en-contro, realizado nos dias 31de agosto a 2 de setembro,em Belém, resultou proveito-so, na avaliação de AlineRiccardi, da REJUR/NovoHamburgo, com decisões im-portantes para a categoria.Exemplos: o indicativo de gre-ve e a participação da FeNAdv nanegociação.

Para Antonio Kehdi Neto, daREJUR/Ribeirão Preto, o evento se tornamais importante a cada ano. "Consideran-do os assuntos abordados e o fato de quepudemos vislumbrar uma luz no fim dotúnel (em vista do discurso do sr. DiretorJurídico), reputo como satisfatórios os re-sultados." Antonio Kehdi ressalta também

a oportunidade de conhecer novos cole-gas, "sempre cheios de novas expectativase conceitos, e com todo o gás". Regynaldo

Pereira Silva, do JURIR/Brasília, aponta, a pro-pósito, a busca da integração de novos eantigos, que ficou evidenciada na proposta

Setembro | 2006 9

Faltou algum tema importante paradiscutir no Congresso? Pelo contrário,na opinião de Aline Riccardi: "Foram le-vadas proposições até demais, algumasque, a meu juízo, sequer mereceriamapreciação em evento desse quilate".Mesmo assim, para ela, faltou uma aná-lise mais profunda da questão daEMGEA.

André Canuto também entendeque deveria haver uma "filtragem" daspropostas. Dispensáveis são, por exem-plo, as que alteram aforma de rateio dos ho-norários, sempre rejeita-das em todos os Con-gressos. "Muitas das ve-zes, com o perdão dasinceridade, parecemter tendência eminente-mente casuística."

André pretende queo próximo Congressoconte com a presençado presidente da CAI-XA. Ele espera que as-sim seja possível discutir com maior ob-jetividade as questões salariais.

Antonio Kehdi entende que é preci-so conscientizar os gestores da CAIXAsobre a importância da categoria. "Aidéia que tenho, por exemplo, é que oconceito do corpo jurídico da CAIXA,como sendo um dos melhores da advo-cacia pública do país, parece mais di-fundido externamente (por exemplo,entre o Judiciário, Ministério Público edemais carreiras) do que no seio da pró-pria Empresa."

Daniele Macedo (JURIR/Campinas)gostaria que fosse melhor discutida aquestão da greve. "Acho que faltou umamobilização maior e uma perspectivamais clara sobre o que se pretende fa-zer e quando." Daniele também nãogostou do aumento dos juros nos em-préstimos da ADVOCEF.

Antonio Kehdi pleiteia mais palestras,com temas profissionais e jurídicos vari-ados. Ele lança a idéia de realizar os Con-gressos também fora das capitais, como

Ribeirão Preto e Londrina.Regynaldo Silva su-

põe que é hora de repen-sar a pauta dos Congres-sos. "Sugiro o aprofun-damento da discussãosobre a identidade do ad-vogado da CAIXA. Emvários congressos temospercebido essa crise exis-tencial que nos aflige. So-mos advogados de em-presa pública? Somos ad-vogados públicos? So-

mos advogados de banco? Somos ostrês ou nenhum dos três?"

Faltou discutir algum tema? Anto-nio Kehdi: "Talvez o que tenha falta-do mesmo é a certeza acerca daimplementação de algumas medidas.O novo PCS, com a unificação da car-reira, por exemplo." Seja como for, atese para aumentar o período do Con-gresso vem ganhando adeptos. Segun-do um deles, Marcelo Victor, "três diasde deliberações talvez pudessem tor-nar o evento ainda mais produtivo".

A importânciada classe

“Talvez se de-mande mais refle-xões por parte daAdministração daCAIXA do que dospróprios advoga-dos. Por isso, achoque nós, advoga-dos, juntamente

com a ADVOCEF, não devemos pou-par esforços para buscar uma maiorconscientização, pelos administrado-res da empresa, sobre a importân-cia da classe e do nosso trabalho, oque, no meu entender, ainda não éuma idéia que está sedimentada nacultura daqueles gestores.” AntonioKehdi Neto

O nosso marketing“Penso que devemos discutir

também sobre a nossa participaçãona imagem e no resultado da CAI-XA. Precisamos estabelecer estraté-gias objetivas que demonstrem anossa importância e o nosso realvalor. Em resumo, temos que traba-lhar o nosso "marketing". Temosque buscar soluções criativas paraos nossos problemas. Não podemoscontinuar sendo vistos como meroscoadjuvantes.” Regynaldo PereiraSilva

Momento de orgulho“O Congresso da ADVOCEF é

sempre um marco para as unida-des jurídicas. As fases pré e pós-Congresso reanimam os debatessobre temas de interesse de nos-sa classe. Podermos reunir parce-la significativa dos advogados daCAIXA em um momento deintegração e de trabalho nos en-

grandece enquanto categoria. A forma minuciosa e res-ponsável com a qual é estruturado o evento é motivode orgulho a todos que têm a oportunidade de lá com-parecer.” Cláudia Elisa de Medeiros Teixeira

O que queremos?"A nossa categoria ainda tem algu-

ma dificuldade em estabelecer um focoe traçar planos de ação objetivos e efi-cazes. Disso resulta a nossa paralisia. Ameu juízo, isso é o que deve ser repen-sado. Temos que parar e pensar o ób-vio: o que queremos? Como consegui-remos atingir esse objetivo? Com essasrespostas, é partir para a ação. Nós per-manecemos inertes por muito tempo justamente porque nãosabíamos exatamente para onde queríamos ir. Estamos to-mando somente agora atitudes que já poderíamos e devería-mos ter tomado há bastante tempo." Aline de Lima Riccardi

Setembro | 2006 9

Hora da crítica

André: filtrar as propostas

10 Setembro | 2006

Valeu o esforço

A quatro meses da posse de novo go-verno federal, o diretor jurídico da

CAIXA Antonio Carlos Ferreira apresen-tou aos colegas presentes no XII Con-gresso da ADVOCEF um breve balançode sua gestão. Destacou a realização dedois concursos públi-cos e a contrataçãode 400 advogados.No período, foi feitatambém a remode-lagem das unidadesjurídicas e introduzi-dos mecanismos decontrole para atenderàs determinações doBACEN (célula SIJUR).O diretor ressaltouque todas as conquis-tas dos advogadosforam obtidas com a força de sua Asso-ciação. "Os advogados da CAIXA devemcontinuar unidos em torno da ADVOCEF,para evitar retrocesso", afirmou.

Final de gestãoDiretor jurídico ressalta a unidade dos advogados e debate a proposta da CAIXA

O diretor discorreu sobre a propostada CAIXA, que institui carreira com 36níveis. O enquadramento seria feito poraproximação, ponderando o tempo deserviço. Seria extinto o CTVA e manti-dos os direitos adquiridos (ATS, VPs).

Antonio Carlos mencionou a probabi-lidade de ser oferecida uma promoção emnível maior para os advogados juniores eplenos. Segundo ele, a definição do pla-

Com opiniões divididas, os advogadosressaltaram o esforço do diretor jurídicoda CAIXA em sua gestão e criticaram aausência de resultados até o momento

para as reivindicações da categoria. "Re-puto muito importante a perspectiva queele nos passou, referentemente à apro-vação do novo Plano de Cargos e Salári-os, ainda que não atenda fielmente aosanseios da classe", disse o advogado An-tonio Kehdi. Mas espera que tudo nãofique "no campo da retórica", pois amedida já é aguardada há muito tempo.

O destaque negativo da entrevista,para André Canuto, está justamente naapresentação da proposta da CAIXA, "es-

pecificamente no ponto que mantém salá-rios aquém do que necessitamos e reputa-mos justos, além de não pôr fim àsdisparidades existentes". Daniele Macedoconsiderou a entrevista "um pouco super-ficial, revelando ainda uma falta de sintoniadele com os Jurídicos".

Para a advogada Cláudia Teixeira, o en-contro deixou a certeza de que algo foi fei-to. "Vivemos outra realidade. Temos umamelhor estrutura para desenvolvermos nos-so trabalho. A possibilidade de debatermoscom nosso diretor jurídico reflete um mo-mento ímpar. A defasagem salarial subsis-te como o último ponto a ser resolvido pelaDiretoria."

O advogado Luiz Fernando Schmidtacha que, se dependesse da vontade dodiretor, as reivindicações já teriam sido aten-didas. E pensa que o próprio diretor estáfrustrado com os resultados de sua admi-nistração na questão salarial.

Regynaldo Silva diz que não se podemdesconhecer as melhorias com instalações,equipamentos e pessoal. "Sempre brinco

com o Dr. Alberto, gerente do JURIR/Brasília, dizendo que quando entrei noJurídico, em julho de 2001, parecia queestava em um escritório de advocacia dosanos 50. O computadorzinho 286, a ma-nivela, era a peça mais moderna."

De lá para cá a área jurídica deu umsalto, diz Regynaldo, e a CAIXA é hojeuma boa empresa para se trabalhar."Falta, sem dúvida, melhorar o nossosalário."

No aspecto salarial, no entanto, aadvogada Aline Riccardi depreendeu daentrevista que não há mais espaço paranegociação, ou, se existe, está longe deatender às aspirações dos advogados."Ao que tudo indica, a CAIXA já fez oque entende ser a sua melhor propos-ta", disse Aline.

no depende da adesão dos empregadosda CAIXA ao Novo Plano da FUNCEF.

Em resposta a um questionamento, odiretor comentou sobre a possível inclu-são dos advogados na MP 305, que tratados salários das carreiras públicas. Os pro-

fissionais da CAIXA sãoadvogados públicos,mas não da carreira pú-blica, afirmou. "A elesnão se aplicam nem ossalários dos advogadosda União ou juízes enem, muito menos, deadvogados das CasasBahia ou de bancoscomo Itaú e Bradesco."

Antonio Carlos re-conheceu a evasão dosprofissionais da Empre-

sa, acrescentando a informação de que,nos últimos meses, 140 advogados tro-caram a CAIXA pela Advocacia Geral daUnião.

Regynaldo: ocomputadorzinho286

Schmidt: odiretor está

frustrado

Setembro | 2006 11ENTREVISTA

A inexistência de hierarquia nos Con-gressos da ADVOCEF permite o de-

bate franco e aberto, ressaltou o diretorjurídico da CAIXA, Antonio CarlosFerreira. Nesta entrevista ele comenta oencontro com os advogados, momentoque considera próprio para a DIJUR "rea-firmar e rever, quando necessário, suasiniciativas".

BOLETIM DA ADVOCEF - Como ava-lia, de modo geral, o debate com osadvogados, no XII Congresso?

ANTONIO CARLOS - Nos Congressosda ADVOCEF não prevalece qualquer sen-timento de hierarquia entre os participan-tes, circunstância que amplia as possibili-dades de um debate franco e aberto so-bre os assuntos de interesse da categoriae propicia aos colegas a oportunidade paramanifestar suas críticas e sugestões a res-

"A DIJUR conhece os problemas"

"A única alternativa compatível como Direito é o respeito à jornada de traba-lho de quatro horas, salvo ajuste em quea vontade livre dos advogados emprega-dos seja respeitada e com a compensa-ção devida", afirmou o procurador-che-fe da Procuradoria Regional do Trabalhoda 8ª Região, José Cláudio Monteiro deBrito Filho, em sua palestra no XII Con-gresso da ADVOCEF. A duração da jor-nada não será observada apenas "emcaso de dedicação exclusiva, que só deveser aceita excepcionalmente, comanuência do advogado empregado, emediante compensação, ou decontratação coletiva, por meio de enti-dade com natureza sindical e que efeti-vamente represente os advogados".

Segundo o palestrante, a jurisprudên-cia e a doutrina formadas desde 1994,quando entrou em vigor o Estatuto daAdvocacia, contrariam o princípio do Di-reito do Trabalho in dubio pro operario.Segundo a regra, havendo mais de umainterpretação possível a respeito de umanorma jurídica, deve ser observada a maisfavorável ao trabalhador. "Isso não temocorrido em relação ao advogado empre-gado", afirmou.

PALESTRA

Jornada do advogado da CAIXAProcurador diz que regra do Direito do Trabalho não é cumprida

O procurador destacou o acerto do Es-tatuto em disciplinar a relação entretomadores de serviços e advogados empre-gados. Segundo ele, a situação é comumatualmente e necessita de regramento paraconciliar a prestação de serviços subordina-da com o exercício da advocacia, em que aindependência técnica é essencial. "A ju-risprudência, estranhamente, não tem as-sim caminhado, com decisões que desres-peitam o princípio da interpretação em fa-vor do trabalhador, o que é juridicamenteinaceitável", disse.

Uma versão do DireitoJosé Cláudio lamentou o enfraqueci-

mento deliberado dos poderes do Estado,que vem produzindo, no Direito, normascada vez mais casuísticas. Ficam "em situ-ação de inferioridade os únicos destinatá-rios legítimos das normas jurídicas, os se-res humanos, e, no caso específico dasrelações de emprego, os trabalhadores".

O procurador disse que o governo fezuma tentativa "inconstitucional" de afas-tar as normas protetivas da atividade doadvogado empregado daqueles que têmessa condição no âmbito das estatais, pormeio da Lei nº 9527/97. "A lei é questiona-da desde 2005, quando a OAB ajuizou umaação direta de inconstitucionalidade, comrazão."

José Cláudio ficou satisfeito com areceptividade dos advogados no Congresso."Um comentário necessário: como profes-sor por quase 20 anos, tenho consciência deque a minha visão não passa disso, de umavisão, ou versão do Direito. Assim, não espe-ro que sejam minhas idéias tidas como ver-dades, mas somente como reflexões hones-tas a respeito do Direito, baseadas na visãoque tenho a respeito desse fenômeno".

peito da atuação da DIJUR, com resulta-dos bastante positivos.

BOLETIM - Qual o tema mais im-portante debatido ou transmitido à ca-tegoria?

ANTONIO CARLOS - O próprio deba-te demonstrou posicionamentos diferen-tes entre advogados integrantes dos dife-rentes Planos de Cargos e Salários. No XIICongresso, a DIJUR confirmou sua con-vicção sobre a necessidade de unificaçãoda carreira em um único plano e reiteroua disposição da CAIXA em fazê-la, con-forme estudo apresentado aos represen-tantes da ADVOCEF em 30 de junho.

BOLETIM - Como avalia a recepçãodos advogados? Foi, de modo geral,a que esperava?

ANTONIO CARLOS - A DIJUR conhe-ce bem os problemas e as virtudes do qua-

dro de advogados da CAIXA. Todos os as-suntos abordados pelos colegas duranteos debates vêm merecendo atenção porparte da Diretoria Jurídica. Nada obstante,as participações nos Congressos daADVOCEF permitiram à DIJUR, além daoportunidade de confraternizar com oscolegas, reafirmar e rever, quando neces-sário, suas iniciativas destinadas a propor-cionar melhores condições de trabalho àsunidades jurídicas e à melhoria dos resul-tados apresentados pela área.

José Cláudio: reflexões honestassobre o Direito

Antonio Carlos:no debate,

críticas esugestões

Ano V | Nº 043 Setembro | 2006

O XII Congresso da ADVOCEF foiaberto às 20h do dia 31 de agosto,no Hilton Hotel, em Belém. O presi-dente da entidade, Altair Rodriguesde Paula, fez o discurso inicial.

João Pedro Silvestrin, juiz do Tri-bunal Regional do Trabalho da 4ª Re-gião e ex-advogado da CAIXA, apre-sentou o terceiro número da Revistade Direito da ADVOCEF, em nome dosConselhos Executivo e Editorial. JoséCláudio Monteiro de Brito Filho, pro-curador-chefe da Procuradoria Regi-onal do Trabalho da 8ª Região, profe-riu palestra sobre o tema "advogadoempregado".

Encerrando a cerimônia, RenatoHino, membro do Conselho Deliberativoda ADVOCEF, fez a leitura da ata deposse dos diretores, conselheiros e re-presentantes da entidade, que ocorreuem 15 de agosto. Todos participaram aseguir de sessão de autógrafos com osautores da Revista de Direito.

SIJURWEB em outubroA primeira versão do ProjetoSIJURWEB, que se encontra emfase de testes, será implantadanas unidades jurídicas da Matriz,como piloto, até outubro desteano. A segunda versão, quecontemplará funcionalidadesessenciais ao registro e controlede processos judiciais e

administrativos, está em fase de desenvolvimento. Suaimplantação está prevista para o primeiro semestre de2007. Segundo o consultor Paulo Meyer e o gerentenacional da GERID Marcos Umberto Serufo, os testesindicam a necessidade de ações corretivas e evolutivaspor parte da Tecnologia da CAIXA.

Palinha do músicoApareceu a oportunidade e oadvogado-cantor André LuizVieira, do JURIR/São Paulo,deu uma palinha no coquetelde lançamento da Revista deDireito da ADVOCEF. Opúblico presente na pérgulada piscina do Hotel Hiltonaprovou e aplaudiu o colega,ex-componente da bandaDesvio, de Monte Alto/SP, suacidade natal. "Nossorepertório variava desdexotes até rock'n'roll." Sepudesse optar, Andréescolheria a música. Mas dápara ser advogado também."A banda Desvio até hoje sereencontra paraapresentações esporádicas",disse.

40 anos de FGTSO FGTS fez 40 anos no dia13 de setembro. Criado em

1966, através da Lei nº5.107, possui hoje umcadastro de mais de 10

milhões de empresas e outrode mais de 447 milhões de

contas vinculadas dostrabalhadores,

administrados pela CAIXA.Proposta do ministro do

Trabalho e Emprego, LuizMarinho, prevê a aplicaçãode parte do patrimônio do

Fundo em investimentos deinfra-estrutura.

Conciliar é legal

O Conselho Nacional de Justiçalançou, em 23 de agosto, o

Movimento pela Conciliação, parainduzir a cultura do entendimento

entre as partes. Com o slogan"Conciliar é legal", o movimentoaponta o acordo como o melhor

caminho para o encerramento de umprocesso judicial. À mesma conclusãochegou a reportagem publicada noBoletim da ADVOCEF, em agosto.

Dois artigosNa apresentação da Revista de Direito da ADVOCEF, o consultor

jurídico da CAIXA Davi Duarte comenta as dificuldades dostempos atuais, em que os homens "afrontam a lei, a ética e a

moralidade pública, sem ruborizar-se". Diz que há leis emprofusão, mas bastaria aplicar os dois artigos propostos por

Capistrano de Abreu: 1º) Todo brasileiro é obrigado a ter vergonhana cara; 2º) Revogam-se as disposições em contrário. Davi, que é

membro do Conselho Editorial da Revista, chama a atenção para opapel importante cumprido pelos operadores de Direito: construir

a segurança jurídica indispensável à estabilidade.

A observância do Princípio doDevido Processo Legal e seuscorolários no âmbito dasrelações privadasCláudia Teles da Paixão Araujo

Comentários referentes àDesconsideração daPersonalidade JurídicaPaula Giron Margalho

Mesa de honra na abertura

XII Congressoem Belém