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9o Ano
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Firmo CamurçaPrefeito Municipal
José Marcelo Farias LimaSecretário de Educação
Antonio Nilson Gomes MoreiraSecretário Executivo da Secretaria de Educação
Maria Eliana Almeida Diretora Geral da Secretaria de Educação
Ivaneide Antunes da SilvaDiretora da Diretoria de Educação
Maria Apolinário dos Santos ChagasDiretora da Diretoria de Avaliação e Monitoramento
André Batista de AlbuquerqueDiretor da Diretoria de Suporte Operacional
Antonete Gomes de OliveiraPresidente do Conselho Municipal de Educação
Marigel de Sousa BragaIlustração da capa
Prefeitura Municipal de MaracanaúSecretaria de Educação
Maracanaú | Ceará | 2019
Base Curricular de Maracanaú
Ciências6o ao 9o Anos
[...] A escola é lugar onde se educa e nos educamos; lugar de transmissão, mas, so-bretudo, lugar de construção de valores e saberes. É lugar cultural, isto é, lugar onde se elabora cultura pessoal e cole-tiva, que influencia o contexto de valor social e político e é influenciado por ele, em uma relação de profunda e autêntica reciprocidade (RINALDI, 2014, p. 42).
Sumário
APRESENTAÇÃO | 9
1 O ENSINO FUNDAMENTAL | 11
1.1 Competências específicas das áreas e
dos componentes curriculares | 16
1.1.1 Competências específicas de Ciências
da Natureza | 16
1.2 Anos finais do Ensino
Fundamental | 19
2 O COMPONENTE CURRICULAR:
CIÊNCIAS | 26
3 MAPA CURRICULAR | 35
4 AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM
NO COMPONENTE CURRICULAR
CIÊNCIAS | 45
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APRESENTAÇÃO
A Base Curricular de Maracanaú (BCM) consiste em um conjunto de normas e diretrizes aprovadas pelo Conselho Mu-
nicipal de Educação, voltadas para garantir o direito à aprendizagem de todos os alunos.
A sua versão impressa é composta por um total de dezesseis volumes, organizados visando da apropria-ção pelo público alvo a que se destinam, em especial os professores, considerando a etapa, o ano ou compo-nente curricular em que atuam.
O primeiro volume, destinado a todos os profis-sionais da educação, independentemente da função que exercem e do ano escolar em que atuam, apresenta os elementos conceituais utilizados, merecendo aten-ção especial ali a nova estrutura do currículo e a ava-liação das aprendizagem na perspectiva do ensino por competências.
O segundo volume é voltado aos professores da educação infantil. Contextualiza essa etapa da educa-ção básica ao tempo em que apresenta sua estrutura curricular e objetivos de aprendizagem a serem atingi-
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dos, tecendo considerações especiais sobre os proces-sos de transição vivenciados pela criança pequena.
Do terceiro ao sexto volumes, contempla-se os anos iniciais do Ensino Fundamental e do sétimo ao décimo sexto, os componentes curriculares dos anos finais. Em cada um desses documentos, há conside-rações sobre a etapa de ensino, as características psi-cossociais do público-alvo, as competências a serem desenvolvidas em cada área do ensino, além de compe-tências e habilidades a serem alcançadas pelo estudan-te, em cada componente curricular.
Este volume foi elaborado especialmente para você, professora ou professor de Ciências dos anos finais do Ensino Fundamental! Esperamos que faça uso do mesmo na perspectiva de garantir o direito da aprendizagem dos estudantes maracanauenses, a prin-cipal missão deste sistema educacional.
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1O ENSINO FUNDAMENTAL
O detalhamento da Base Curricular de Ma-racanaú compõe-se de textos norteado-res de cada área do conhecimento e com-
ponente curricular, acompanhados dos respectivos mapas curriculares. Para favorecer a efetivação dessa política, faz-se necessário que os educadores tenham uma visão ampla acerca das dez competências gerais que visam à formação humana em suas múltiplas di-mensões, definidas na BNCC, em articulação com as habilidades de cada uma das áreas do conhecimento, possibilitando um trabalho interdisciplinar. São estas:
•Valorizar e utilizar os conhecimentos histori-camente construídos sobre o mundo físico, so-cial, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, de-mocrática e inclusiva.
•Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a
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investigação, a reflexão, a análise crítica, a ima-ginação e a criatividade, para investigar cau-sas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
•Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversifica-das da produção artístico-cultural.
•Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), cor-poral, visual, sonora e digital –, bem como co-nhecimentos das linguagens artística, matemá-tica e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e senti-mentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
•Compreender, utilizar e criar tecnologias di-gitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas di-versas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar in-formações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
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•Valorizar a diversidade de saberes e vivên-cias culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autono-mia, consciência crítica e responsabilidade.
•Argumentar com base em fatos, dados e infor-mações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direi-tos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, re-gional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
•Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e de-terminação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
•Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saú-de física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e ca-pacidade para lidar com elas.
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•Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencia-lidades, sem preconceitos de qualquer natu-reza (GRIFOS NOSSOS).
A Base Curricular de Maracanaú estabelece ob-jetivos de ensino e aprendizagem a serem atingidos durante determinado período da escolarização. Estas precisam ser materializadas em habilidades, compe-tências e atitudes desenvolvidas pelo educando. Pra tanto, fazem-se necessárias um conjunto de ações ar-ticuladas que contemple, dentre outros, as orientações sobre a implementação do currículo, a formação inicial e continuada, o planejamento periódico e avaliação no âmbito das escolas.
As avaliações externas, em função dos instru-mentos utilizados, não têm como objetivo aferir toda riqueza curricular das escolas. As matrizes de referên-cia não podem ser tomadas como currículo, mas ape-nas como relacional. Desse modo, a partir da Base Na-cional Comum Curricular, foram elaborados os mapas curriculares que se configuram através das seguintes
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áreas do conhecimento e seus respectivos Componen-tes Curriculares:
•Linguagens: Língua Portuguesa, Arte, Educação Física, Língua Inglesa;
•Matemática: Matemática; •Ciências da Natureza: Ciências; •Ciências Humanas: Geografia, História e Ensi-
no Religioso:
Nesses mapas estão apresentadas: os campos de atuação e as práticas de linguagem, específicos da Lín-gua Portuguesa; os eixos, próprios da língua inglesa; as Unidades Temáticas, presentes neste e nos demais componentes curriculares; os objetos de aprendiza-gem; e as habilidades.
As habilidades expressam as aprendizagens es-senciais que devem ser asseguradas aos alunos nos diferentes contextos escolares e estão relacionadas a diferentes objetos de conhecimento, entendidos como conteúdos.
É importante considerar que a transição das crianças da educação infantil para o ensino fundamen-tal, anos iniciais, impõe novos desafios. A perspectiva é que a equipe pedagógica e os professores planejem o que deve ser ensinado nessa fase de escolarização, valo-
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rizando as situações lúdicas e experiências vivenciadas na primeira etapa, visando o aprofundamento, amplia-ção e apropriação das diferentes lógicas de organização dos conhecimentos relacionados às áreas para desafios de maior complexidade nos anos finais.
Desse modo, uma proposta para os anos iniciais deve evidenciar a interação entre o brincar e o letra-mento, como dimensões fundamentais do desenvol-vimento e da aprendizagem das crianças, por meio de práticas docentes que possibilitem o reconhecimento de suas diferentes histórias, valores e concepções, bem como de competências e habilidades importantes para o processo de alfabetização.
1.1 Competências específicas das áreas e dos
componentes curriculares
Adiante estão relacionadas as competências es-pecíficas para cada área e seus respectivos componen-tes curriculares, quando for o caso.
1.1.1 Competências específicas de Ciências da
Natureza
•Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento
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científico como provisório, cultural e histórico.•Compreender conceitos fundamentais e estru-
turas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e proce-dimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científi-cas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, de-mocrática e inclusiva.
•Analisar, compreender e explicar característi-cas, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digi-tal), como também as relações que se estabele-cem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar solu-ções (inclusive tecnológicas) com base nos co-nhecimentos das Ciências da Natureza.
•Avaliar aplicações e implicações políticas, so-cioambientais e culturais da ciência e de suas tecnologias para propor alternativas aos desa-fios do mundo contemporâneo, incluindo aque-les relativos ao mundo do trabalho.
•Construir argumentos com base em dados, evi-dências e informações confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista que promo-
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vam a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza.
•Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de forma crítica, sig-nificativa, reflexiva e ética.
•Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das Ciên-cias da Natureza e às suas tecnologias.
•Agir pessoal e coletivamente com respeito, au-tonomia, responsabilidade, flexibilidade, resi-liência e determinação, recorrendo aos conhe-cimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tecnológi-cas e socioambientais e a respeito da saúde indi-vidual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.
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1.2 Anos finais do Ensino Fundamental
No decorrer do tempo, o Ensino Fundamental vem se configurando em um grande desafio para os sis-temas educacionais de ensino. A partir da Conferência Mundial sobre Educação para Todos, em Jomtien, na Tailândia, em 1990, a universalização do ensino funda-mental consiste em transformar a escola em um lócus privilegiado para a inclusão de todos. Importante lem-brar que a Constituição de 1988 já evocava e reconhecia a educação como direito de todos e dever do Estado e da família.
Nessa perspectiva, a escola pública passa a ab-sorver todos os estudantes pertencentes às camadas populares, que trazem consigo as mazelas sociais im-postas pelos elevados índices de vulnerabilidade e de-sigualdade social.
De acordo com a BNCC, os estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental se deparam, especifi-camente, “com desafios de maior complexidade”, pois precisam avançar nos estudos para dar continuidade aos conhecimentos adquiridos na etapa anterior, vi-sando a obtenção de um nível mais elevado de apro-fundamento e abstração dos objetos de conhecimento. Isso implica a necessidade de os professores retoma-rem os saberes consolidados nos anos iniciais para
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aprofundarem e ressignificarem as aprendizagens que se seguem.
Contudo, a dinâmica e o ativismo da organização dos diferentes componentes curriculares dessa etapa, protagonizados pelos professores, impossibilitam a sis-tematização dos saberes da etapa anterior e os fazem avançar na “matéria” sem propiciar o nivelamento dos estudantes. Essa ação provoca desinteresse nas aulas ad-vindas da não compreensão do que está sendo exposto, além de desencadear ausência de sentido aos conteúdos ensinados. Isso traz como consequência sensação de in-capacidade frente ao conhecimento, baixa autoestima e a construção de um grande fosso na transição entre o ensino fundamental e médio, acarretando significativos percalços para o estudante, marcando sua trajetória es-colar com um histórico de repetência, distorção idade – série e abandono, indicadores educacionais extreman-te visíveis no bojo das políticas públicas e da sociedade, especificamente nos anos finais do ensino fundamental, que servem para balizar a qualidade do ensino no país.
Nesse contexto, a escola torna-se totalmente ineficiente no desempenho do seu compromisso: a promoção de uma educação que visa à formação e o desenvolvimento humano, voltada “ao acolhimento, re-conhecimento e desenvolvimento pleno” dos estudan-tes nas suas singularidades e diversidades.
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Nos anos finais, atender bem significa conside-rar todas as dimensões do ser, com vistas a usufruir de uma educação integral. Toda uma geração de meninos e meninas na faixa etária entre 11 e 15 anos, está na fase de transição entre a infância e a adolescência e traz em seu arcabouço emocional diferentes experiências, o que requer uma preparação do professor para lidar com os desafios que esta fase da vida impõe, os quais não têm sido tão bem compreendidos pelos professores. Por si só a adolescência é um caldeirão pulsante de transfor-mações, sejam físicas, biológicas, psicológicas, emocio-nais, sexuais e sociais. É a fase marcada por uma busca identitária de afirmação do Eu, da consolidação dos la-ços afetivos, do sentimento de grupo e da ampliação do intelecto, com possibilidades de raciocínios mais elabo-rados, em nível mais profundo de abstração. Ao mesmo tempo, esse estudante é fruto de uma geração digital que opera com o mundo de forma mais ampla e imedia-ta, contrapondo-se com a lógica do professor que ainda faz referência ao seu tempo de escola para exemplificar parâmetro de “bom” aluno. É o estudante adolescente quem melhor encarna os desafios da cultura digital. Protagoniza novas formas de relação com as mídias e novos processos de comunicação em rede, realizados de forma imediata e efêmera, contrapondo-se aos padrões estabelecidos pela cultura escolar.
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A ausência de políticas públicas direcionadas de forma mais específica a esta etapa de ensino corrobora para a ruptura nos processos de aprendizagem entre os anos iniciais e os anos finais e entre esses e o ensi-no médio. Para superar os desafios citados, a escola, principalmente nesta etapa, precisa atuar de forma que possa cumprir seu papel de formadora das novas gerações, conectadas com esse novo tempo onde a pro-fusão e agilidade de informações impulsionam análises superficiais.
Portanto, a instituição escolar precisa encontrar formas para incorporar em suas práticas pedagógicas decisões curriculares que busquem a equidade, tendo como princípio o reconhecimento que as necessida-des dos estudantes são diferentes, pois os mesmos são seres singulares e plurais simultaneamente que preci-sam de tratamentos de forma diferenciada, mas com igualdade de direitos. Para isso, a homogeneização não facilita o diálogo da escola com seu público alvo.
A escola deve incorporar ao seu modus operandi novas abordagens metodológicas e outras linguagens que promovam uma comunicação entre os estudantes desta etapa de ensino. Valorizar o potencial de comu-nicação advindo do universo digital dos adolescentes, conceber novas formas de aprender, ressignificar os sentidos da escola e, consequentemente, a importância
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de uma boa relação entre professor – aluno reverberará em aprendizagens significativas.
A percepção do estudante como sujeito de direito, portador de histórias e saberes construídos na relação com o outro e com o seu entorno social produz uma cultura juvenil, com linguagem, simbologia e comuni-cação próprias. A compreensão por parte do professor desses elementos é indispensável para potencializar o trabalho no espaço escolar e dar voz ao estudante ado-lescente para que possa construir uma cidadania críti-ca, participativa e consciente do seu papel na sociedade.
Nessa perspectiva, a escola pode atender as in-quietudes dos adolescentes que frequentam os anos finais propondo a construção do projeto de vida, para que, através desse fio condutor, se estabeleça uma ar-ticulação que fortaleça a visão de futuro do educando, ao mesmo tempo em que promove o gosto pela conti-nuidade nos estudos. É uma forma de a escola moder-nizar sua prática e ir além de conteúdos fechados em si mesmos, construindo uma ponte para a vida que deve ser refletida por eles mesmos, tendo como referência suas experiências individuais, contribuindo desta for-ma para o pleno desenvolvimento humano e formação integral.
O Ensino Fundamental – Anos Finais – está or-ganizado em cinco áreas do conhecimento, são elas:
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Linguagens, Ciências Humanas, Matemática, Ciências da Natureza e Ensino Religioso, como bem aponta o Pa-recer CNE/CEB nº 11/2010 “favorecem a comunicação entre os conhecimentos e saberes dos diferentes com-ponentes curriculares” (BRASIL, 2010).
Cada área de conhecimento estabelece compe-tências específicas de área. Quando estas abrigam mais de um componente curricular (Linguagens e Ci-ências Humanas), também são definidas competên-cias específicas do componente (Língua Portuguesa, Arte, Educação Física, Língua Inglesa, Geografia e His-tória) a serem desenvolvidas pelos alunos ao longo des-sa etapa de escolarização.
Para garantir o desenvolvimento das competên-cias específicas, cada componente curricular apresenta um conjunto de habilidades. Estas estão diretamente relacionadas aos diferentes objetos de conhecimento entendidos como conteúdos, conceitos e processos que, por sua vez, são organizados em unidades temáticas.
As unidades temáticas, por sua vez, definem um arranjo dos objetos de conhecimento adequando às es-pecificidades dos diferentes componentes curriculares.
A BCM é um ponto de partida das aprendizagens consideradas essenciais para o desenvolvimento inte-gral do educando, respeitando a história local e a rea-lidade, com vistas a garantir o direito de aprendizagem
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dos educandos de forma significativa. A escola deve ser um ambiente de curiosidade científica e de participa-ção, ou seja, precisa ser reinventada para inspirar e encantar sua comunidade educativa, principalmente a etapa final do Ensino Fundamental, por todas as razões expostas neste texto.
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2O COMPONENTE CURRICULAR: CIÊNCIAS
Compreender ciência e tecnologia torna-se fundamental na formação de qualquer indivíduo na sociedade contemporânea
pelo fato de possibilitar a participação plena em um cenário onde o desenvolvimento científico e tecnoló-gico desempenham papéis indispensáveis nos diversos âmbitos.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, em seu artigo 26, inciso I, estabelece que o currículo do ensino fundamental abrange “[...] o estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e políti-ca, especialmente do Brasil [...]” (BRASIL, 2014, p. 19).
Assim, faz-se necessário pensar que o ensino de ciências possibilite ao estudante a aquisição de conhe-cimentos básicos e a preparação científica, reconhe-cendo o uso social dos saberes trabalhados no ensino formal, bem como a importância de serem sujeitos crí-ticos, autônomos e agentes de renovação (CACHAPUZ et al., 2005).
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A área de Ciências da Natureza deve garantir aos estudantes o desenvolvimento de competências específicas:
1. Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico como provisó-rio, cultural e histórico.
2. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar pro-cessos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sen-tir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambien-tais e do mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a cons-trução de uma sociedade justa, demo-crática e inclusiva.
3. Analisar, compreender e explicar ca-racterísticas, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológi-cas) com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza.
4. Avaliar aplicações e implicações polí-ticas, socioambientais e culturais da
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ciência e de suas tecnologias para pro-por alternativas aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo aqueles re-lativos ao mundo do trabalho.
5. Construir argumentos com base em dados, evidências e informações con-fiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista que promovam a cons-ciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e valori-zando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza.
6. Utilizar diferentes linguagens e tecno-logias digitais de informação e comu-nicação para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir co-nhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de forma crítica, significativa, reflexiva e ética.
7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recor-rendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias.
8. Agir pessoal e coletivamente com res-peito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determina-ção, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-
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-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coleti-va, com base em princípios éticos, de-mocráticos, sustentáveis e solidários (BNCC, 2017).
A Base Nacional Comum Curricular distribui, ao longo do Ensino Fundamental, os conhecimentos das diferentes áreas das ciências, como a Física, a Quími-ca e a Biologia. A formalização desses saberes aconte-ce em progressão gradual e contínua, do 1º ao 9º ano, instrumentalizando os estudantes para a investigação científica. Os objetos de conhecimento são distribuídos em três unidades temáticas: Matéria e Energia; Vida e Evolução; e Terra e Universo.
“A unidade temática Matéria e Energia contempla o estudo de materiais e suas transformações, fontes e tipos de energia utilizados na vida em geral, na perspec-tiva de construir conhecimento sobre a natureza da matéria e os diferentes usos da energia. [...] A unidade temática Vida e Evolução propõe o estudo de questões relacionadas aos seres vivos (incluindo os seres humanos), suas características e ne-cessidades, e a vida como fenômeno natu-ral e social, os elementos essenciais à sua manutenção e à compreensão dos proces-sos evolutivos que geram a diversidade de
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formas de vida no planeta. Estudam-se características dos ecossistemas desta-cando-se as interações dos seres vivos com outros seres vivos e com os fatores não vivos do ambiente, com destaque para as interações que os seres humanos esta-belecem entre si e com os demais seres vivos e elementos não vivos do ambiente. Abordam-se, ainda, a importância da pre-servação da biodiversidade e como ela se distribui nos principais ecossistemas bra-sileiros. [...] Na unidade temática Terra e Universo, busca-se a compreensão de ca-racterísticas da Terra, do Sol, da Lua e de outros corpos celestes – suas dimensões, composição, localizações, movimentos e forças que atuam entre eles. Ampliam-se experiências de observação do céu, do planeta Terra, particularmente das zonas habitadas pelo ser humano e demais seres vivos, bem como de observação dos prin-cipais fenômenos celestes.” (BNCC, 2017, pág. 323 -326)
As experiências e vivências dos estudantes cons-tituem o ponto de partida para a sistematização do co-nhecimento científico. A proposta é que os conteúdos sejam trabalhados a partir de elementos concretos, considerando aspectos emocionais e afetivos. O ensino de ciências deve ser significativo, aguçando a curiosi-dade, tornando os estudantes capazes de se fundamen-
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tarem no conhecimento científico para avaliar, intera-gir e intervir, assumindo papel de sujeito na escolha de posicionamentos, fomentando estratégias para a reso-lução de problemas e desenvolvendo uma visão mais sistêmica do mundo. Nessa perspectiva, faz-se neces-sário o uso da pesquisa como metodologia de ensino, proporcionando a internalização de novos conceitos e a consolidação da aprendizagem.
O processo de ensino e aprendizagem ocorre com a articulação de uma teoria de compreensão e inter-pretação da realidade a uma prática pedagógica que demanda uma intencionalidade e deve instrumentali-zar o estudante para que realize uma leitura crítica de mundo, proporcionando-lhe o acesso ao conhecimento científico (LIMA, 2018).
O compromisso da área de Ciências da Natureza é de garantir o desenvolvimento do letramento científico, despertando uma postura crítica e reflexiva a respeito das contradições da sociedade. Por sua vez, aprender Ciência não é a finalidade última do letramento, mas o desenvolvimento da capacidade de atuação no mundo, fazendo escolhas e intervenções conscientes pautadas nos princípios da sustentabilidade e do bem comum.
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3MAPA CURRICULAR
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ntes
si
stem
as h
eter
ogên
eos a
par
tir d
a ide
ntifi
caçã
o de
pro
cess
os d
e sep
araç
ão d
e ma-
teri
ais (
com
o a p
rodu
ção
de sa
l de c
ozin
ha, a
des
tilaç
ão d
e pet
róle
o, en
tre o
utro
s).
(EF0
6CI0
4) A
ssoc
iar
a pr
oduç
ão d
e m
edic
amen
tos
e ou
tros
mat
eria
is s
inté
ticos
ao
des
envo
lvim
ento
cie
ntífi
co e
tecn
ológ
ico,
reco
nhec
endo
ben
efíci
os e
ava
lian-
do im
pact
os so
cioa
mbi
enta
is.
B A S E C U R R I C U L A R D E M A R A C A N A Ú — C I Ê N C I A S 6 o A O 9 o A N O S
36
Vida
e ev
oluç
ãoCé
lula
com
o un
i-da
de d
a vi
da
Inte
raçã
o en
tre
os si
stem
as lo
co-
mot
or e
ner
voso
Lent
es co
rret
ivas
(EF0
6CI0
5) E
xplic
ar a
org
aniz
ação
bás
ica
das
célu
las
e se
u pa
pel c
omo
unid
ade
estr
utur
al e
func
iona
l do
s ser
es v
ivos
.(E
F06C
I06)
Con
clui
r, co
m b
ase n
a aná
lise d
e ilu
stra
ções
e/ou
mod
elos
(físi
cos o
u di
gita
is),
que o
s org
anis
-m
os sã
o um
com
plex
o ar
ranj
o de
sist
emas
com
dife
rent
es n
ívei
s de
orga
niza
ção.
(EF0
6CI0
7) Ju
stifi
car o
pap
el d
o si
stem
a ne
rvos
o na
coo
rden
ação
das
açõ
es m
otor
as e
sens
oria
is d
o co
r-po
, com
bas
e na
aná
lise
de su
as e
stru
tura
s bás
icas
e re
spec
tivas
funç
ões.
(EF0
6CI0
8) E
xplic
ar a
impo
rtân
cia
da v
isão
(cap
taçã
o e
inte
rpre
taçã
o da
s im
agen
s) n
a in
tera
ção
do o
r-ga
nism
o co
m o
mei
o e,
com
bas
e no
func
iona
men
to d
o ol
ho h
uman
o, se
leci
onar
lent
es a
dequ
adas
par
a a
corr
eção
de
dife
rent
es d
efei
tos d
a vi
são.
(EF0
6CI0
9) D
eduz
ir q
ue a
est
rutu
ra, a
sust
enta
ção
e a
mov
imen
taçã
o do
s ani
mai
s res
ulta
m d
a in
tera
ção
entr
e os
sist
emas
mus
cula
r, ós
seo
e ne
rvos
o.(E
F06C
I10)
Exp
licar
com
o o fu
ncio
nam
ento
do s
iste
ma n
ervo
so p
ode s
er af
etad
o por
subs
tânc
ias p
sico
ativ
as.
Terr
a e U
nive
rso
Form
a, e
stru
tura
e
mov
imen
tos d
a Te
rra
(EF0
6CI1
1) Id
entifi
car a
s dife
rent
es c
amad
as q
ue e
stru
tura
m o
pla
neta
Ter
ra (d
a es
trut
ura
inte
rna
à at
-m
osfe
ra) e
suas
pri
ncip
ais c
arac
terí
stic
as.
(EF0
6CI1
2) Id
entifi
car d
ifere
ntes
tipo
s de r
ocha
, rel
acio
nand
o a
form
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de f
ósse
is a
roch
as se
dim
enta
-re
s em
dife
rent
es p
erío
dos g
eoló
gico
s.(E
F06C
I13)
Sel
ecio
nar a
rgum
ento
s e ev
idên
cias
que
dem
onst
rem
a e
sfer
icid
ade
da T
erra
.(E
F06C
I14)
Infe
rir q
ue as
mud
ança
s na s
ombr
a de u
ma v
ara (
gnôm
on) a
o lo
ngo
do d
ia em
dife
rent
es p
erí-
odos
do
ano
são
uma
evid
ênci
a do
s mov
imen
tos r
elat
ivos
ent
re a
Ter
ra e
o S
ol, q
ue p
odem
ser e
xplic
ados
po
r m
eio
dos
mov
imen
tos
de r
otaç
ão e
tran
slaç
ão d
a Te
rra
e da
incl
inaç
ão d
e se
u ei
xo d
e ro
taçã
o em
re
laçã
o ao
pla
no d
e su
a ór
bita
em
torn
o do
Sol
.
B A S E C U R R I C U L A R D E M A R A C A N A Ú — C I Ê N C I A S 6 o A O 9 o A N O S
37
3.2
7º A
NO
CIÊN
CIA
S
OBJ
ETO
S D
ECO
NH
ECIM
ENTO
HA
BILI
DAD
ES
Mat
éria
e en
ergi
a
Máq
uina
s sim
ples
Form
as d
e pr
opag
ação
do
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r
Equi
líbri
o te
rmod
inâm
ico
e vi
da n
a Te
rra
His
tóri
a do
s com
bust
ívei
s e d
as
máq
uina
s tér
mic
as
(EF0
7CI0
1) D
iscu
tir a
apl
icaç
ão, a
o lo
ngo
da h
istó
ria,
das
máq
uina
s sim
ples
e p
ropo
r so-
luçõ
es e
inve
nçõe
s par
a a
real
izaç
ão d
e ta
refa
s mec
ânic
as co
tidia
nas.
(EF0
7CI0
2) D
ifere
ncia
r tem
pera
tura
, cal
or e
sens
ação
térm
ica
nas d
ifere
ntes
situ
açõe
s de
equ
ilíbr
io te
rmod
inâm
ico
cotid
iana
s.(E
F07C
I03)
Util
izar
o c
onhe
cim
ento
das
form
as d
e pr
opag
ação
do
calo
r pa
ra ju
stifi
car
a ut
iliza
ção
de d
eter
min
ados
mat
eria
is (c
ondu
tore
s e
isol
ante
s) n
a vi
da c
otid
iana
, ex-
plic
ar o
pri
ncíp
io d
e fu
ncio
nam
ento
de
algu
ns e
quip
amen
tos
(gar
rafa
térm
ica,
col
etor
so
lar e
tc.)
e/ou
cons
trui
r sol
uçõe
s tec
noló
gica
s a p
artir
des
se co
nhec
imen
to.
(EF0
7CI0
4) A
valia
r o p
apel
do
equi
líbri
o te
rmod
inâm
ico
para
a m
anut
ençã
o da
vid
a na
Te
rra,
par
a o
func
iona
men
to d
e m
áqui
nas t
érm
icas
e e
m o
utra
s situ
açõe
s cot
idia
nas.
(EF0
7CI0
5) D
iscu
tir o
uso
de
dife
rent
es ti
pos
de c
ombu
stív
el e
máq
uina
s té
rmic
as a
o lo
ngo
do te
mpo
, par
a av
alia
r av
anço
s, q
uest
ões
econ
ômic
as e
pro
blem
as s
ocio
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en-
tais
caus
ados
pel
a pr
oduç
ão e
uso
des
ses m
ater
iais
e m
áqui
nas.
(EF0
7CI0
6) D
iscu
tir e
ava
liar
mud
ança
s ec
onôm
icas
, cul
tura
is e
soc
iais
, tan
to n
a vi
da
cotid
iana
qua
nto
no m
undo
do
trab
alho
, dec
orre
ntes
do
dese
nvol
vim
ento
de
novo
s ma-
teri
ais e
tecn
olog
ias (
com
o au
tom
ação
e in
form
atiz
ação
).
B A S E C U R R I C U L A R D E M A R A C A N A Ú — C I Ê N C I A S 6 o A O 9 o A N O S
38
Vida
e ev
oluç
ão
Div
ersi
dade
de
ecos
sist
emas
Fenô
men
os n
atur
ais e
impa
ctos
am
bien
tais
Prog
ram
as e
indi
cado
res d
e sa
úde
públ
ica
(EF0
7CI0
7) C
arac
teri
zar
os p
rinc
ipai
s ec
ossi
stem
as b
rasi
leir
os q
uant
o à
pais
agem
, à
quan
tidad
e de
águ
a, a
o tip
o de
sol
o, à
dis
poni
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ade
de lu
z so
lar,
à te
mpe
ratu
ra e
tc.,
corr
elac
iona
ndo
essa
s car
acte
ríst
icas
à fl
ora
e fa
una
espe
cífic
as.
(EF0
7CI0
8) A
valia
r com
o os
impa
ctos
pro
voca
dos p
or ca
tást
rofe
s nat
urai
s ou
mud
ança
s no
s com
pone
ntes
físi
cos,
bio
lógi
cos o
u so
ciai
s de
um e
coss
iste
ma
afet
am su
as p
opul
a-çõ
es, p
oden
do a
mea
çar o
u pr
ovoc
ar a
extin
ção
de e
spéc
ies,
alte
raçã
o de
háb
itos,
mig
ra-
ção
etc.
(EF0
7CI0
9) In
terp
reta
r as
con
diçõ
es d
e sa
úde
da c
omun
idad
e, c
idad
e ou
est
ado,
com
ba
se n
a an
ális
e e
com
para
ção
de in
dica
dore
s de
saú
de (c
omo
taxa
de
mor
talid
ade
in-
fant
il, c
ober
tura
de
sane
amen
to b
ásic
o e
inci
dênc
ia d
e do
ença
s de
vei
cula
ção
hídr
ica,
at
mos
féri
ca e
ntre
out
ras)
e d
os re
sulta
dos d
e po
lític
as p
úblic
as d
estin
adas
à sa
úde.
(EF0
7CI1
0) A
rgum
enta
r so
bre
a im
port
ânci
a da
vac
inaç
ão p
ara
a sa
úde
públ
ica,
com
ba
se e
m in
form
açõe
s sob
re a
man
eira
com
o a
vaci
na at
ua n
o or
gani
smo
e o
pape
l his
tó-
rico
da
vaci
naçã
o pa
ra a
man
uten
ção
da sa
úde
indi
vidu
al e
cole
tiva
e pa
ra a
err
adic
ação
de
doe
nças
.(E
F07C
I11)
Ana
lisar
his
tori
cam
ente
o u
so d
a te
cnol
ogia
, inc
luin
do a
dig
ital,
nas d
ifere
n-te
s dim
ensõ
es d
a vi
da h
uman
a, co
nsid
eran
do in
dica
dore
s am
bien
tais
e d
e qu
alid
ade
de
vida
.
B A S E C U R R I C U L A R D E M A R A C A N A Ú — C I Ê N C I A S 6 o A O 9 o A N O S
39
OBJ
ETO
S D
E CO
-N
HEC
IMEN
TOH
ABI
LIDA
DES
Terr
a e U
nive
rso
Com
posi
ção
do a
r
Efei
to e
stuf
a Ca
mad
a de
ozô
nio
Fenô
men
os n
atu-
rais
(vul
cões
, ter
re-
mot
os e
ts
unam
is)
Plac
as te
ctôn
icas
e
deri
va co
ntin
enta
l
(EF0
7CI1
2) D
emon
stra
r que
o a
r é u
ma
mis
tura
de
gase
s, id
entifi
cand
o su
a co
mpo
siçã
o, e
dis
cutir
fe-
nôm
enos
nat
urai
s ou
antr
ópic
os q
ue p
odem
alte
rar e
ssa
com
posi
ção.
(EF0
7CI1
3) D
escr
ever
o m
ecan
ism
o na
tura
l do
efei
to e
stuf
a, se
u pa
pel f
unda
men
tal p
ara
o de
senv
olvi
-m
ento
da
vida
na
Terr
a, d
iscu
tir a
s açõ
es h
uman
as re
spon
sáve
is p
elo
seu
aum
ento
art
ifici
al (q
ueim
a do
s com
bust
ívei
s fós
seis
, des
mat
amen
to, q
ueim
adas
etc
.) e
sele
cion
ar e
impl
emen
tar p
ropo
stas
par
a a
reve
rsão
ou
cont
role
des
se q
uadr
o.(E
F07C
I14)
Just
ifica
r a im
port
ânci
a da c
amad
a de o
zôni
o pa
ra a
vida
na T
erra
, ide
ntifi
cand
o os
fato
res
que
aum
enta
m o
u di
min
uem
sua
pres
ença
na
atm
osfe
ra, e
dis
cutir
pro
post
as in
divi
duai
s e
cole
tivas
pa
ra su
a pr
eser
vaçã
o.(E
F07C
I15)
Inte
rpre
tar
fenô
men
os n
atur
ais (
com
o vu
lcõe
s, te
rrem
otos
e ts
unam
is) e
just
ifica
r a
rara
oc
orrê
ncia
des
ses f
enôm
enos
no
Bras
il, co
m b
ase
no m
odel
o da
s pla
cas t
ectô
nica
s.
(EF0
7CI1
6) Ju
stifi
car o
form
ato
das c
osta
s bra
sile
ira
e af
rica
na c
om b
ase
na te
oria
da
deri
va d
os c
on-
tinen
tes.
B A S E C U R R I C U L A R D E M A R A C A N A Ú — C I Ê N C I A S 6 o A O 9 o A N O S
40
3.3
8º A
NO
CIÊN
CIA
S
OBJ
ETO
S D
E CO
-N
HEC
IMEN
TOH
ABI
LIDA
DES
Mat
éria
e en
ergi
aFo
ntes
e ti
pos d
e en
ergi
a
Tran
sfor
maç
ão d
e en
ergi
a
Cálc
ulo
de co
n-su
mo
de e
nerg
ia
elét
rica
Circ
uito
s elé
tric
os
Uso
cons
cien
te d
e en
ergi
a el
étri
ca
(EF0
8CI0
1) Id
entifi
car e
cla
ssifi
car d
ifere
ntes
font
es (r
enov
ávei
s e n
ão re
nová
veis
) e ti
pos d
e en
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a ut
iliza
dos e
m re
sidê
ncia
s, co
mun
idad
es o
u ci
dade
s.
(EF0
8CI0
2) C
onst
ruir
cir
cuito
s el
étri
cos
com
pilh
a/ba
teri
a, fi
os e
lâm
pada
ou
outr
os d
ispo
sitiv
os e
co
mpa
rá-lo
s a ci
rcui
tos e
létr
icos
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denc
iais
.(E
F08C
I03)
Cla
ssifi
car e
quip
amen
tos e
létr
icos
resi
denc
iais
(chu
veir
o, fe
rro,
lâm
pada
s, T
V, rá
dio,
ge-
lade
ira
etc.
) de
acor
do c
om o
tipo
de
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sfor
maç
ão d
e en
ergi
a (d
a en
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a el
étri
ca p
ara
a té
rmic
a,
lum
inos
a, so
nora
e m
ecân
ica,
por
exem
plo)
.(E
F08C
I04)
Cal
cula
r o co
nsum
o de
elet
rodo
més
ticos
a pa
rtir
dos
dad
os d
e pot
ênci
a (de
scri
tos n
o pr
ó-pr
io e
quip
amen
to) e
tem
po m
édio
de
uso
para
ava
liar
o im
pact
o de
cad
a eq
uipa
men
to n
o co
nsum
o do
més
tico
men
sal.
(EF0
8CI0
5) P
ropo
r açõ
es c
olet
ivas
par
a ot
imiz
ar o
uso
de
ener
gia
elét
rica
em
sua
esco
la e
/ou
com
u-ni
dade
, com
bas
e na
sel
eção
de
equi
pam
ento
s se
gund
o cr
itéri
os d
e su
sten
tabi
lidad
e (c
onsu
mo
de
ener
gia
e efi
ciên
cia
ener
gétic
a) e
háb
itos d
e co
nsum
o re
spon
sáve
l.
(EF0
8CI0
6) D
iscu
tir e
aval
iar u
sina
s de
gera
ção
de e
nerg
ia e
létr
ica
(term
elét
rica
s, h
idre
létr
icas
, eól
i-ca
s etc
.), su
as se
mel
hanç
as e
dife
renç
as, s
eus i
mpa
ctos
soci
oam
bien
tais
, e co
mo
essa
ener
gia
cheg
a e
é us
ada
em su
a ci
dade
, com
unid
ade,
casa
ou
esco
la.
B A S E C U R R I C U L A R D E M A R A C A N A Ú — C I Ê N C I A S 6 o A O 9 o A N O S
41
Vida
e ev
oluç
ãoM
ec
an
ism
os
re
pr
od
uti
vo
s
Sexu
alid
ade
(EF0
8CI0
7) C
ompa
rar
dife
rent
es p
roce
ssos
repr
odut
ivos
em
pla
ntas
e a
nim
ais
em re
laçã
o ao
s m
eca-
nism
os ad
apta
tivos
e ev
olut
ivos
.(E
F08C
I08)
Ana
lisar
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ando
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uaçã
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s hor
môn
ios s
exua
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do
sist
ema
nerv
oso.
(EF0
8CI0
9) C
ompa
rar
o m
odo
de a
ção
e a
eficá
cia
dos
dive
rsos
mét
odos
con
trac
eptiv
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ade
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coce
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jada
e d
e D
oenç
as S
exua
lmen
te T
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mis
síve
is (D
ST).
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B A S E C U R R I C U L A R D E M A R A C A N A Ú — C I Ê N C I A S 6 o A O 9 o A N O S
42
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B A S E C U R R I C U L A R D E M A R A C A N A Ú — C I Ê N C I A S 6 o A O 9 o A N O S
43
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B A S E C U R R I C U L A R D E M A R A C A N A Ú — C I Ê N C I A S 6 o A O 9 o A N O S
44
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B A S E C U R R I C U L A R D E M A R A C A N A Ú — C I Ê N C I A S 6 o A O 9 o A N O S
45
4AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM NO
COMPONENTE CURRICULAR CIÊNCIAS
No mundo contemporâneo, ciência e tec-nologia são componentes centrais, cujo entendimento faz-se imprescindível a
fim de que os estudantes estejam orientados para a mo-dernidade e participem da sociedade de forma ativa.
Na atualidade, o conhecimento científico é re-querido para resolver diversos problemas que preci-sam ser encarados pelos indivíduos ou pela sociedade. Dessa forma, espera-se que as escolas estejam atentas à situação do ensino e aprendizado nessa área do co-nhecimento e na preparação dos estudantes para que lidem com questões da vida cotidiana enquanto estão e quando saírem dos sistemas educacionais. Tendo esta capacidade, consequentemente terão letramento em ciências.
Considerando essas observações, é importante compreender o conceito de letramento em ciência e, a partir dessa definição, destacar os objetivos da avalia-ção nesta área do conhecimento.
B A S E C U R R I C U L A R D E M A R A C A N A Ú — C I Ê N C I A S 6 o A O 9 o A N O S
46
De acordo com os documentos apresentados pelo PISA 2012, um indivíduo letrado em ciências reúne as seguintes competências:
•possui conhecimento científico utilizando-o para identificar questões, adquirir novos sabe-res, explicar fenômenos e tirar conclusões ba-seadas em evidências sobre indagações relacio-nadas à ciências;
•compreende os traços característicos das ciên-cias como forma de conhecimento humano e investigação;
•demonstra consciência de como ciência e tec-nologia moldam nosso ambiente material, inte-lectual e cultural;
•demonstra interesse por questões relacionadas a ciências como um cidadão consciente.
O conceito “letramento em ciências” realça a rele-vância de realizar a avaliação dessa área por competên-cia na situação ou contexto da vida cotidiana. Nessa perspectiva, objetiva-se que os estudantes sejam capa-zes de utilizar-se de seu conhecimento de ciências e, ainda, compreender a ciência como uma via para con-tinuar aprendendo.
As avaliações deste componente curricular de-verão considerar as competências, conhecimentos e
B A S E C U R R I C U L A R D E M A R A C A N A Ú — C I Ê N C I A S 6 o A O 9 o A N O S
47
atitudes que são relacionadas a determinados contex-tos. A diversidade de situações ajuda na definição dos diferentes métodos científicos a serem utilizados e, na escolha das Unidades Temáticas, é imprescindível con-siderar as diversidades culturais da região
Para facilitar a escolha dos contextos e situações, apresenta-se como sugestão as categorias presentes na vida dos estudantes (PISA 2012).
B A S E C U R R I C U L A R D E M A R A C A N A Ú — C I Ê N C I A S 6 o A O 9 o A N O S
48
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B A S E C U R R I C U L A R D E M A R A C A N A Ú — C I Ê N C I A S 6 o A O 9 o A N O S
49
Conhecimento em Ciências
Duas categorias de conhecimento científico são apresentadas pelo PISA 2012, que servem como pres-supostos para avaliar as competências no ensino da Ci-ências: o Conhecimento de Ciências e o Conhecimento sobre Ciências, consideradas importantes para a ava-liação por competência.
•Conhecimento de Ciências. Conhecimento do mundo natural através dos campos da física, da química e das ciências, através das Unidades Temáticas: Matéria e energia; Vida e evolução; e Terra e Universo.
•Conhecimento sobre Ciências. Refere-se ao conhecimento da investigação em ciências e metas das ciências (explicações científicas).
De acordo com a BNCC, as competências a serem avaliadas são reunidas em quatro blocos, respeitando--se os critérios de progressão do conhecimento.
Definição de problemas•observar o mundo a sua volta e fazer perguntas;•analisar demandas delinear problemas e plane-
jar investigações;•propor hipóteses.
B A S E C U R R I C U L A R D E M A R A C A N A Ú — C I Ê N C I A S 6 o A O 9 o A N O S
50
Levantamento, análise e representação•planejar e realizar atividades de campo•desenvolver e utilizar ferramentas digitais para
coleta, análise e observações;•avaliar informação;•elaborar explicação ou modelos;•associar explicações e/ou modelos à evolução
histórica dos conhecimentos científicos;•aprimorar seus saberes e incorporar, gradual-
mente, e de modo significativo, o conhecimento científico;
•selecionar e construir argumentos com base em evidências; modelos e/ou conhecimentos científicos;
•desenvolver soluções para problemas cotidia-nos usando diferentes ferramentas
Comunicação•organizar e/ou extrapolar conclusões;•relatar informações de forma oral, escrita ou
multimodal;•apresentar de forma sistemática, dados e resul-
tados de investigações;•participar de discussões de caráter científico
com colegas, professores, familiares e comuni-dades em geral;
B A S E C U R R I C U L A R D E M A R A C A N A Ú — C I Ê N C I A S 6 o A O 9 o A N O S
51
•considerar contra-argumentos para rever pro-cessos investigativos e conclusões.
Intervenção•implementar soluções e avaliar sua eficácia
para resolver problemas cotidianos;•desenvolver ações de intervenção para melho-
rar a qualidade de vida individual, coletiva e so-cioambiental.
Considerando que o letramento científico é indis-pensável para a formação do cidadão, todos os aspectos apresentados deverão ser utilizados nas avaliações pe-los professores para certificarem-se que esse conjunto de competências e habilidades estão sendo desenvolvi-das nos estudantes.