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ANO 9 Nº100 2002 R$ 7,00 O SISTEMA É 10 A REVISTA É 100 ISSN 1414-4395

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Page 1: ANO9 Nº100 2002 R$7,00€¦ · meu iMac G4 (de marca, lindo, design admi-rável, custou R$ 6 mil, mas não me deixa fa-zer essas pequenas coisas que eu quero e que todo computador

ANO9 Nº100 2002 R$7,00

O SISTEMA É 10A REVISTA É 100

ISS

N 1

414-

4395

Page 2: ANO9 Nº100 2002 R$7,00€¦ · meu iMac G4 (de marca, lindo, design admi-rável, custou R$ 6 mil, mas não me deixa fa-zer essas pequenas coisas que eu quero e que todo computador

todos dessa maravilhosa revista (que droga!Eu disse que não ia elogiar).

Milton Meira

[email protected]

Sei... mandou esse email só pra fazer a gen-te ficar com inveja porque você conseguiu acaixinha do Jaguar antes de nós!

TECLADO ILUMINADOO teclado do G4 tem iluminação assim comoo do G3 azul?

Ivo Gonzalez Marinho

[email protected]

Acuma?

PROIBIDO MACINTOSHVenho por meio desta compartilhar minhatotal insatisfação para com a política de aces-so da Star One EasyBand. Em uma cláusulado contrato, a Star One EasyBand diz:São proibidas ao CONTRATANTE as seguin-tes práticas: (...) Utilização do sistema ope-racional Linux no computador conectadoao Star One EasyBand, bem como a utili-zação de computador Macintosh.A meu ver, tal atitude preconceituosa e in-fundamentada vai diretamente contra a democracia e a liberdade de escolha, favo-recendo visivelmente a utilização de siste-mas Microsoft.

Douglas Adriano Augusto

[email protected]

Conversamos com o pessoal da Star One echegamos à conclusão de que não se tratade preconceito ou má-fé, mas apenas faltade bom senso na hora de redigir o contrato.O problema é exclusivamente técnico, maseles pisaram no tomate ao colocar o uso deMac na mesma cláusula que proíbe práticasilegais como invasão de privacidade e

fraudes. Segundo Ricardo Cruz, diretor desoluções de banda larga da Star One, “nos-so produto Easyband tem como ponto im-portante um mecanismo de aceleração depáginas em aplicações Web. Esse mecanis-mo foi desenvolvido para mitigar o retardointrínseco de uma comunicação via satélitegeoestacionário, que é de cerca de 250milissegundos entre a estação de transmis-são e a de recepção. Os investimentos denosso provedor de tecnologia para viabi-lizar tal solução foram aplicados no desen-volvimento de soluções para sistemasoperacionais Windows, por questões demercado. Logo, isso limita o uso de com-putadores Macintosh no nosso produto, oque lamentamos.” A empresa promete embreve disponibilizar o acesso para Mac.

SWITCH?Após 10 anos de uso fiel de uma conhecidaplataforma, a campanha “Switch” da Apple meinspirou a mudar. Sabe aquele depoimento deuma ex-usuária Intel que diz “Eu só quero umcomputador que funcione”? Eu me identi-fiquei com aquela usuária 100%. Eu tambémquero um computador que funcione! Eu nãoquero muito; eu só quero um computadorque minha família toda possa usar. Eu queroum computador que não me obrigue a ex-plicar para minha mãe (uma senhora de 61anos de idade, que só agora começou a usarInternet, numa plataforma diferente da que euuso); mas me pergunto por que um computa-dor que custou mais de R$ 6 mil não roda osfilminhos em Windows Media ou RealMediaque ela acha engraçados nos sites que visita,sem ela precisar saber que nessa plataformanão basta clicar num link; é preciso “option-clicar” e baixar o link para o HD, porque os

CARTAS MARCADASQuando vão lançar uma Macmania Especialsó com cartas? Na moral, é o melhor que hána revista. Humor de primeira! Sem quererdesmerecer as matérias, acho que é o queme faz manter a assinatura por anos a fio.Continuem nos desopilando.

Damião Santana

www.mondobongo.com

Você acredita que, mesmo depois de 100números, ainda tem gente que leva estaseção a sério?

Li a resposta de minha carta na última ediçãoe definitivamente chego à conclusão de quenós, leitores, criamos um monstro: a seçãode cartas da Macmania.

Alessandro Librandi

[email protected]

O pior é que ela deixa uma gosma verde poronde passa, usa duas cadeiras para sentar epega nossas canetas para limpar o ouvido.

Cartas

Mac na Mídia

Tid Bits

100 Macmanias

Bê-A-Bá: Instalação sem Problemas

Sharewares: Amansando o Jaguar

Workshop: LightWave, parte 2

Help

MacPRO: Fink

IntelliMouse Wireless

Xerox Phaser 6200 e 8200

Neo

Toast With Jam

Programas Infantis

Ombudsmac

48

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RESPOSTA DESLEIXADANa seção de cartas da Macmania 99, o leitorFabio Amukas pergunta como “desinstalar”programas no Mac. A resposta de vocês foimeio chutada, pois arrastar somente o pro-grama para o Lixo não apenas deixa algumaspreferências para trás, mas pode deixar pai-néis de controle, extensões (às vezes várias)etc. que, se não forem desinstalados tam-bém, e se essa for uma prática usual, acabadeixando o Mac cheio de lixo, com arquivosinúteis que vão se carregar no startup einclusive causar futuros conflitos. E usuáriosleigos às vezes não sabem desinstalar essasextensões e painéis de controle manual-mente. Eu acho que o leitor merecia umaexplicação melhor.

Sergio Barrozo

[email protected]

O leitor merece um Mac com Jaguar insta-lado para não ter mais que se preocuparcom essa história de extensões e painéis decontrole. Aliás, todos nós merecemos.

MAL-ENTENDIDOAqui é o Misael, do Macmanual e Logos-Media. Estou comunicando que alterei onome do livro sobre Mac OS 9, que deixa deser “Manual do Pokaprática” e passa a deno-minar-se “Manual do Mac OS Classic” (veja mais informações em https://logosmedia.locaweb.com.br/livros.

php). Agradeço pela dica sobre copyright,fornecida na Macmania 97.

Misael Batista Nascimento

[email protected]

Pô, Misael, era uma piada...

INTERNET GRÁTISEstava lendo a última Macmania e deparei napág. 38 com a dúvida “Dá pra acessar prove-dores gratuitos?” do Georges, que disse quecom a BRFree não dava pra fazer a conexãopor causa do discador. Bom, aí vai minha dica:você pode se cadastrar no BRFree por um PCe pegar o número do telefone do provedorlocal que eles oferecem e configurar no seuMac com o login e senha determinados noPC. Uso assim no meu iMac Snow e só uso aBRFree. O cadastro na BRFree eu pedi promeu sobrinho pecezista fazer, e nem preciseiencostar no bicho...

Luiz Otávio Morais

Belo Horizonte (MG)

[email protected]

É um trabalho sujo, mas alguém precisafazê-lo.

PRIMEIRÃO!Aqui são quase 5 da tarde de sábado, ama-nhecendo no Brasil, e eu tomei a liberdadede enviar este email porque, em primeirolugar, considero-me nesse direito por ser umcolecionador das revistas Macmania (elogiosnão são necessários), claro. Sou um mac-maníaco, mas moro no Japão, acabo de colo-car o Jaguar no meu Mac e me sinto muitobem com isso. Não sei por quê, mas mesinto. Hoje é dia 24 de agosto, dia do lança-mento mundial do OS X 10.2 – não sei seisso é importante pra vocês, mas pra mim é!!De qualquer forma, um grande abraço a

MAçã sUja

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Isso parece até uma “pegadinha” do design para deixar claroque seu equipamento já está ficando velho, mas felizmentenão é assim para todos os produtos “Bic Cristal” da Apple.Toda motherboard fica coberta de poeira, todo mouse acu-mula inhanha na parte inferior. O maior desafio mesmo é o teclado, que já cumpri a desa-gradável tarefa de limpar. Mesmo com a chave Torx adequa-da, ele é impossível de abrir completamente, desmanchacomo um quebra-cabeças, e a superfície prateada internamancha e risca ao mínimo contato. Sugestão: evite abri-lo.Use um pincel ou escova de dentes velha para varrer ofundo sob as teclas. Fios de cabelo caem se você virar oteclado e der uns tapinhas no fundo. As teclas podem serarrancadas com a mão, lavadas em água morna com deter-gente de lavar louça e reinstaladas depois de bem secas. Jáos pedaços de biscoitos, chocolate, migalhas, grãos de ger-gelim... discipline-se e não coma enquanto trabalha no Mac.

Mario AV

Uma supermáquina com software e hardware trabalhando aomáximo e em plena harmonia. Tudo dentro de um designsimples e complexo, lindo e estranho, funcional e... sujo!?Frisos e aberturas em locais impróprios deixam a maçã meioempoeirada e suja como nas fotos. Vocês têm alguma dicapara tirar e evitar os fios de cabelo, migalhas e aquele negó-cio preto que tem embaixo do mouse?

Rodrigo Scotti [email protected]

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boMBa dO leitoR

plug-ins citados não rodam no browser domeu computador...Eu quero um computador que não me obri-gue a aprender novas expressões idiomáticasem inglês, porque fora o próprio sistemaoperacional, tudo (ou 90% disso) nessa pla-taforma está em inglês e não na minha lín-gua... Um computador que tenha o softwareeditor de textos mais usado no mundo todofalando português e corrigindo meus errosortográficos sem que eu precise exportarqualquer coisa que eu escreva para outroprograma fazer a correção...

Eu quero um computador que não meobrigue a usar gambiarras pra rodar umfilminho em AVI ou DiVX porque estes nãorodam no meu sistema operacional...Eu quero um computador que me permitaentrar em qualquer site que contenha muitoJava e que rode direito, a despeito do quedizem sobre a compatibilidade do último sis-tema operacional “frufru”, lindo e colorido,mas que não me deixa fazer meu home ban-king nem declarar Imposto de Renda sem pre-cisar emular outro sistema operacional, quealiás não é tão bonito, mas funciona!...

Enfim, eu, assim como aquela ex-usuáriaWintel da campanha da Apple, estou cansa-do da minha plataforma depois de 10 anosde uso e quero mudar.Aproveitando a ocasião, alguém aí quer tro-car um PC que rode Windows (nem precisaser de marca, basta que ele funcione!) pelomeu iMac G4 (de marca, lindo, design admi-rável, custou R$ 6 mil, mas não me deixa fa-zer essas pequenas coisas que eu quero e quetodo computador deveria fazer).

Gonçalo Orestes Juvenal Júnior

[email protected]

Interessados em trocar um potente PC Xing-Ling por um iMac G4 bagaceira com siste-ma operacional frufru, entrem em contatocom o Gonçalo. Te prepara.

INUTILIDADESAlgumas observações sobre a matéria “Inuti-lidades domésticas”, da edição 99:•Sobre o Mouse Distance Meter, o autor dizque ele é “um tacógrafo para o seu mouse”.Imagino que ele quis se referir ao hodômetro.Tacógrafo mede as rotações por minuto domotor, não a quilometragem percorrida.•Sobre o Thermo in Dock, o autor pergunta“o que significa que esse troço (a CPU) este-ja a –1°C dentro da minha máquina?”. Pri-meiramente, conhecer a temperatura da CPUpode ser útil, ainda mais se o computadorfor um notebook rodando no verão brasilei-ro. Em segundo lugar, se o autor tivesse idoao site do desenvolvedor, descobriria que oprograma só roda em pouquíssimas máqui-nas (PowerBook Pismo, G4 Cubo e G4 Dual)e que as máquinas em que o software nãofunciona mostram a temperatura de –1°C.Ou seja: o desenvolvedor optou por mostraruma temperatura obviamente absurda paradeixar claro ao usuário que o programa nãoestava funcionando. Mas o autor da matérianão percebeu isso. Pior: ficou se perguntan-do por que a temperatura não variava e deque servia saber que a CPU está com –1°C.Resumindo: Douglas Fernandes instalou umsoftware que não rodava em sua máquina ediscorreu sobre a inutilidade desse progra-ma, julgando-o “sem noção”. Vou me limitara esses dois exemplos, mas imagino que poreles já dá para perceber que na matéria ha-via, sim, algo sem noção, e não era nenhumdos programas resenhados.

João Carlos de Pinho

What can I say? Você tem razão nos dois tópi-cos. Mas ainda assim, o Thermo in Dockcontinua sendo inútil pacas, porque mesmosabendo a temperatura da CPU, não temmais nada que você possa fazer. Talvez issonão tenha ficado evidente no texto...

Douglas Fernandes

GENES ERRADOSNo “Fique Ligado” da matéria “Os genes doMacintosh”, os nucleotídeos corretos são: A = adenina (e não alanina) e T = timina(em vez de tiamina); e esqueceram de falardo RNA, que ao invés de timina tem U =uracila ou uracil.

Nick

[email protected]

Cometer erros como esse é um problemagenético dos nossos redatores. A ciência ain-da não descobriu uma cura.

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Get InfoPATRONO: David Drew Zingg

EDITOR: Heinar Maracy

EDITORES DE ARTE: Tony de Marco e Mario AV

CONSELHO EDITORIAL:Caio Barra Costa, Carlos Freitas, Jean Boëchat,Luciano Ramalho, Marco Fadiga, Marcos Smirkoff, Muti Randolph, Oswaldo Bueno, Rainer Brockerhoff, Ricardo Tannus

GERÊNCIA DE PRODUÇÃO: Egly Dejulio

DEPARTAMENTO COMERCIAL:Artur Caravante, Francisco Zito

GERÊNCIA DE ASSINATURAS: Fone 11-3341-5505

GERÊNCIA ADMINISTRATIVA: Clécia de Paula

DEPARTAMENTO JURÍDICO: Néria Dejulio

FOTÓGRAFOS: Andréx, Clicio, J.C.França,

Ricardo Teles

CAPAS FOTO: ClicioDIREÇÃO: Tony de MarcoMODELO: Angela Pilonetto (IMGmodels)PRODUÇÃO: Renata JayMAKE-UP: Rogério MagalhãesPHOTOSHOP: Mario AV e Valquíria GottardiMAIÔ, COLAR, BRINCOS: Spazio 1717 (11-3064-3789)BOTAS: Fernando Pires (11-3068-8177)PULSEIRA: Brechó Minha Vó Tinha (11-3865-1759)

REDATORES:Daniel Roncaglia, Márcio Nigro, Sérgio Miranda

ASSISTENTES DE ARTE:Thaís Benite, Valquíria Gottardi

REVISORA: Julia Cleto

COLABORADORES: Alexandre Boëchat, Ale Moraes,Carlos Bêla, Carlos Eduardo Witte, Carlos H.Gatto, Carlos Ximenes, Céllus, Daniel de Oliveira,Douglas Fernandes, Fargas, Fido Nesti, Gabriel Bá,Gian Andrea Zelada, Gil Barbara, J.C.França, JeanGalvão, João Velho, Junião, Laerte Coutinho,Luciana Terceiro, Luiz F. Dias, Marcelo Martinez,Mario Jorge Passos, Maurício L. Sadicoff, OrlandoPedroso, Pavão, Rafael Coutinho, Renata Aquino,Ricardo Cavallini, Ricardo Serpa, Roberta Zouain,Roberto Conti, Samuel Casal, Silvio AJR,Souzacampus, Tom B

FOTOLITOS: PostScript

IMPRESSÃO: Copy Service

DISTRIBUIÇÃO EXCLUSIVA PARA O BRASIL: Fernando Chinaglia Distribuidora S.A. Rua Teodoro da Silva, 577 – CEP 20560-000Rio de Janeiro/RJ – Fone: 21-879-7766Opiniões emitidas em artigos assinados não refletem a opinião da revista, podendo até ser contrárias à mesma.

Find...MACMANIA é uma publicação mensal da EDITORA BOOKMAKERS LTDA.Rua Topázio, 661 – Aclimação – CEP 04105-062São Paulo/SP – Fone/fax: 11-3341-5505

Mande suas cartas, sugestões, dicas, dúvidas e reclamações para os nossos emails:[email protected]@[email protected]@macmania.com.br

MACMANIA NA WEB: www.macmania.com.br

Não sei se estou escrevendo no lugar certo,porque da última vez que enviei um email elefoi publicado na seção de cartas do leitor, oque teve o efeito que eu esperava, já quequeria apenas um instante da sua ilustreatenção. Além disso, pude percorrer estaprovinciana cidade do interior paulistamostrando o quanto sou importante, já queaté a Macmania “ligou” para mim! Como,além de engenheiro, sou também professorde curso técnico (Eletrônica), tive a oportu-nidade de mostrar aos meus alunos (que emgeral pensam que o mundo se resume a PCs,motos Honda CG e Rede Globo (além daVolkswagen), que o seu (deles) professor temISO Nove Mil e alguma coisa. Mas o que euestou querendo mesmo é que vocês repu-bliquem um artigo mais claro sobre comoconectar um PC (de preferência com Ruin-dows XP Home) a um G4 (inclusive com oVirtual PC 5.0 instalado no OS 9.1) porque,diferentemente do que eu falei no email an-terior, eu me rendi à$ evidência$$ e compreium notebook PC (um dia eu vou me redimir;vou arrumar dinheiro e comprar um Titanium

e aí eu vendo o PCzinho “contra” algumincauto). Enquanto isso não acontece,gostaria de poder trocar arquivos e outros“bichos” entre o G4 e o PC, para evitar aenfadonha tarefa de ficar copiando arquivosde um e descarregando no outro, além dachata troca de cabos de impressora, drive deSuperDisk (Imation) e conexão de câmerafotográfica digital.Já sei que o artigo do meu pleito (videAurélio) já foi publicado num exemplar daMacmania; só que não consegui entender. Sepuderem, publiquem novamente, de formamais simples. De outra forma, enviem umemail para este pobre ignorante e deêm umapequena ajuda “from my friends” (Lennon,MacCartney, Moreira). Para não encher mais ovosso saco escrotal, até a próxima.

Ademir Moreira da Silva

Araçatuba (SP)

[email protected]

O jeito mais simples de conectar seu Mac aoPC? Instale o Jaguar e leia o encarte destaedição sobre o novo sistema.

uMA dúvida, pRofESSor

Estava tentando configurar um scanner AgfaDuoScan T1200 no beta do Jaguar em um G3azul de 450 MHz, e depois de tentar trocar aidentidade do SCSI mais uma vez para ver seo scanner aparecia, olha só o que rolou! Isso éque é bomba!! A pastinha com a interrogaçãoera muito menos assustadora!!!André Carvalho [email protected]

A título de curiosidade, o ícone do meio, acima, era o que aparecia durante a partida de alguns dos betas do Jaguar. No final, escolheram a maçã óbvia e sem graça à direita.Mas a tradicional “carinha feliz” resiste bravamente no sistema clássico.

Parabéns. Você foi o primeiro brasileiro a encontrar o ícone que substituiuo Maczinho morto no Jaguar. Esperamos que seja o último.

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TONy dE MaRCOséRgio MiRAnda

OM

mACONA íDIaM

Mande sua colaboração para [email protected] ou para a Editora Bookmakers: Rua Topázio, 661 - São Paulo - SP - CEP 04105-062.

COMEU E NÃO GOSTOUNão é à toa que Renée Zellweger fez essa cara.Deram um Macintosh que roda Windows para elatrabalhar em “O Diário de Bridget Jones”.

ARQUIVO MAC OS XScully faz autópsia enquantopassa o Norton para se livrarde um vírus biológico fractalalienígena multiplataforma que invadiu o Cubo do FBI.

TOM CRUISE É UM ASTRO DE CINEMA DISPLAYEm “Vanilla Sky”, o bonitão quebra a cara duas vezes. Primeiro eledespenca de carro de uma ponte e, ainda por cima, usa um Cubo. Na cena ao lado, acho que ele está dando uma dura no vendedor. Oresto do filme é um festival de Macs velhos como o Power Mac 7600.

MEL GIBSON MOSTRA QUE MAC É COISA DE MACHOEle sabe muito bem “Do Que as Mulheres Gostam”. Elas gostam de homens charmosos, másculos e sensíveis o suficiente para perceber o insuperável look and feel que só um Macintosh pode oferecer.

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SEINFELD E O JURASSIC MACQuem não se lembra do melhor seriado sobre o nada?Que saudade de Jerry, George, Elaine, Kramer e umMac SE eternamente desligado...

TRAFICANDO PB G3Em “Traffic” a mocinha se viciaem heroína com o rapaz doPowerBook pretinho e acaba nacama com um traficante negão.

G4 SUPERPODEROSOSEm “Corpo Fechado”, Samuel L. Jackson está preso a uma cadeira de rodas.Mas seus Macs G4 andam pra lá e pra cá em um hilário erro de continuidade.

LOIRA BURRA UM CATZOReese Witherspoon dá a volta por cima em “Legalmente Loira”

após comprar um iBook para esnobar os almofadinhas de Harvard.

MANCADA AVASSALADORA No filme “Avassaladoras” encontramos um erro de continuidade escandaloso: Giovana Antonelli entra na sala de Reinaldo Gianecchini e um PowerBook G3 Bronze está sobre a mesa; de repente...

...ele se transforma num velho PowerBook 170...

...e num piscar de olhos volta a ser o G3 Bronze.

Mesmo assim, é um oásis de Macs no árido cinema nacional.

ZOOANDO COM O iMAC Ben Stiler e seu comparsa tentam retirar

um arquivo de dentro do iMac da maneiramais lógica: quebrando ele ao meio.

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Propagandas enormes da Apple em todas as estações do Metrô, cartazes comiMacs em lojas de comida, uma gigantesca platéia com milhares de macmanía-cos. Alguns dos meus sonhos se tornaram realidade durante a Apple Expo deParis, que aconteceu em setembro. Conhecer um mercado que acaba de ganharuma revista semanal (isso mesmo, semanal !!!) sobre Mac, possui cinco sitesprofissionais e coloca AppleStores ao lado de museus do porte do GeorgesPompidou é algo que faz a cabeça de qualquer um. Conhecer os macmaníacosfranceses também foi uma agradável experiência. Desmentindo o estereótipo,são tão amigáveis como seus PowerBooks. Incrédulos, devoravam as poucasMacmanias que levei daqui, impressionados com o visual da revista e a quali-dade das pautas. Deu pra ver que eles se sentem como os gauleses do gibi doAsterix, cercados por tropas numericamente superiores mas certos do imensopoder que a poção de Steve Jobs lhes dá.O pavilhão de Porte Versailles lotou todos os cinco dias com caixas de Macssendo carregadas para lá e para cá por seus felizes compradores. Cursos,palestras, demonstrações, brindes e muitos folhetos, tudo o que se espera deuma feira como essa, com a diferença de que, na lanchonete, você pode pedirsua baguete acompanhada de um vinhozinho da casa.

O discurso de PanoramixLembra do tempo em que, durante seu discurso de abertura em grandes eventosde Mac, ficávamos esperando Steve Jobs dizer “Ah, e só mais uma coisa...” eapresentar uma grande surpresa para a comunidade macmaníaca? Pois é, ultima-mente o guru da Apple parece que nem sempre tem uma carta na manga. Naabertura da feira, ele subiu ao palco para apresentar basicamente o iCal e oiSync, que não já não eram nenhuma novidade. Mesmo assim, o velho feiticeiroconseguiu empolgar a galera. Apesar de estar jogando fora de casa, o Campo deDistorção de Realidade até que funcionou bem: a platéia ria e aplaudia adestra-damente. Tudo funcionou nos conformes: nada de panes no X, nada de máquinasfotográficas quebradas voadoras. Com uma câmera apontada para seu celularque acabara de sincronizar com o Address Book, Jobs pediu para ligar para umcara e atendeu no palco. Outro número de circo foi a sincronização entre Macscom calendários indo pra lá e pra cá, sobreposições absurdas e até envio demapas (buscados na Web com um clique) na base do drag and drop. Sai o celulare entra o iPod do chefe debaixo da câmera. Num segundo, o calendário está lá,a platéia vem abaixo. “E é tudo de grátis”, diz o CEO; o povo vibra. Busqueime aproximar de Steve Jobs para tentar, de novo, entregar a ele uma Macma-nia (em Nova York ele pegou aquela com a deusa Ana Paula Papa e se espantoucom a beleza da moça), mas os seguranças não tinham uma interface muitoamigável. Em San Francisco eu tento de novo.

Tony de Marco

O Palais des Congrès em Porte Maillot, presençamaciça dos macmaníacos franceses e ele, MonsieurJobs. Na outra coluna: Os jardins do Luxembourg,a feira e a Feira, as estilosas caixas JBL, o povo doMacGeneration, um andróide que realmente pensadiferente e o festival de iMacs espalhados pela cidade.

Apple Expo Pariso show não pode parar

A Macmania viajou com o apoio da

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Capa do “Globo” revela a turmaque carrega o piano da Macmania

Acima: a rapaziada firmeza de São Paulo. Ao lado, a galera

sangue bom do Rio

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LIVRO NA ÁREA

“Tá tudo dominado”. Melhor Clipe deMúsica Eletrônica, Melhor Clipe deRap, Melhor Direção de Arte e MelhorDireção de Videoclipe. Esses foram osprêmios que macmaníacos de cartei-rinha ganharam no Video MusicBrasil 2002, organizado pelo MTV. E mais: com clipes que foram produzi-dos totalmente em Mac.Estreando na direção de videoclipes,

Tony de Marco, editor de arte daMacmania, faturou o prêmio da cate-goria Rap com “Chapa o Coco”, dorapper Xis (apresentado na Macmania95). O clipe foi produzido pelaKeyma Films, braço multimídia da edi-tora Bookmakers. A animação (comdesenhos de Rafael Coutinho) foi100% feita em Flash – uma novidadeentre os clipes nacionais. “Chapa oCoco” também concorreu nas catego-rias de Escolha da Audiência e Edição.

Bom instintoO ganhador da categoria de Direçãode Arte e Direção foi JarbasAgnelli, do AD Studio, colaboradorda Macmania. Foi premiado pelo clipe“Instinto Coletivo”, da banda ORappa, que concorria em cinco cate-gorias (Direção, Direção de Arte,Melhor do Ano, Escolha da Audiênciae Rock). E não foi só: com o clipe“Todo Universo”, de Lulu Santos, elefoi indicado para Melhor Clipe Pop.“Tava achando que só ia ganhar de

novo o de Direção de Arte. Foi umasurpresa conseguir o de Direção, jáque era um clipe sem atores”, contaJarbas. Todo em 3D, “InstintoColetivo” (comentado na Macmania91) teve modelagem e a animaçãofeitas em Electric Image e com-posição em After Effects. 25 Macstrabalharam a todo vapor para renderas animações. O vídeo foi feito numtempo recorde: 45 dias de trabalho.Não é a primeira vez que Jarbas levapra casa um VMB. Nas duas ediçõesanteriores, ele também ganhou duasvezes, na categoria de Direção deArte. Uma vez pelo “Made In Japan”,da banda Pato Fu (Macmania 74), e aoutra por ”Get Down”, do AD, grupode música eletrônica no qual um dosintegrantes é o próprio Jarbas.

Clipe ducaOutro macmaníaco agraciado no VMBfoi Doca Corbett, vencedor da cate-goria de Música Eletrônica. É a quartavez que ele concorre. O clipe com o

qual ganhou o prêmio foi o “Station”,da dupla 2Freakz, que tem como inte-grantes os DJs Camilo Rocha e Yah. Ovídeo mistura animação stop motioncom computação gráfica e utilizouAfter Effects, Photoshop, Media 100,Combustion e Electric Image. “Comoele foi feito na ‘brodagem’ (sem apoiofinanceiro forte da gravadora), nósdemoramos sete meses para concluiro projeto, pois tivemos que trabalhardepois do expediente e nos fins desemana”, diz o veterano Doca, que jáfez dez clipes. “Garanto que ganhar émuito, muito mais legal do que per-der”, comemora.Na festa de premiação, transmitidapela MTV, Doca e Tony estavamvestidos com a camiseta do Macin-tóshico, que virou objeto cult entreos videastas em ascenção. “Dizemque dá sorte”, diz Doca. “E custaapenas vinte reais”, completa Tony.

O primeiro livro técnico da EditoraBookmakers, “Vídeo e ÁudioDigital no Macintosh”, foi lançadoem setembro comduas noites de autó-grafos: uma no Rio deJaneiro, no dia 4, eoutra em São Paulo,no dia 17.A festa cariocacomeçou na livrariaLetras e Expressõesde Ipanema, onde os autores MárcioNigro (áudio) e João Velho (vídeo)passearam entre os populares e deramautógrafos. Depois, os responsáveispela Macmania deram uma longaentrevista ao jornal O Globo, queestampou na primeira página do seucaderno de informática uma foto daturma toda na praia, “fantasiada depaulista”. A noite de autógrafos do

livro em São Paulo foi mais comporta-da. Os macmaníacos se encontraramna FNAC e os autores bateram um

papo com o pessoal, explicaramdetalhes do livro, responderamdúvidas da galera e, é claro,autografaram os livros.O evento paulista reuniu o Con-selho Editorial da Macmania eteve as presenças de CelesteGonzalez, gerente de Marketingda Apple Brasil, e MarinaldoAzevedo, Country Manager da

empresa. Segundo Marinaldo, “o livrovem preencher uma lacuna na liter-atura sobre o assunto”.O livro já está em algumas das princi-pais livrarias do Brasil. Interessados po-dem adquiri-lo diretamente no site daMacmania (www.macmania.com.br)ou pelo telefone 11-3341-5505. O preço é R$ 50 mais o frete.

Editor e colaboradores da Macmania faturam quatro prêmios com clipes feitos em MacMac domina VMB 2002

Lançamento de “Vídeo e Áudio Digital” atrai curiosos, profissionais do Mac, jornalistas e macmaníacos

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Finalmente saiu o Logic Platinum5.3.0, a tão aguardada versão para oMac OS X do software de produçãomusical que combina gravação e edi-ção de áudio, processamento de sinaisdigitais, instrumentos de software,sequências MIDI e notações musicaisem um único produto. O Logic passa a se beneficiar dosnovos recursos de áudio do Mac OS X,como as tecnologias CoreAudio, Core-MIDI e Audio Units, além de suportea alta resolução de áudio, incluindodados de ponto flutuante de 32 bits.De modo geral, o Logic Platinum paraOS X é bem similar à versão clássica,com algumas diferenças. O acesso adispositivos MIDI é realizado a partirdo padrão CoreMIDI, que vem parasubstituir OMS, MidiManager e todas

LOGICPARA OS X

Atualização é gratuitapara usuários registradosdo programa da Emagic

A toda-poderosa Oracle colocou à dis-posição dos seus desenvolvedoresuma versão para Mac OS X do Oracle9i release 2. Segundo a empresa, aversão para download não tem inter-face gráfica de instalação ou aplicati-vos de configuração – por enquanto.Todo o processo deve ser feito peloTerminal, usando linha de comando.A versão para Mac OS X do Oracletinha sido prometida há mais de um

as outras “gambiarras” de outrora. A Emagic já dispõe dos drivers parasua família Unitor (Unitor8 MkII,AMT8 e MT4), que usa conexão USB.Outras empresas, como M-Audio(Midiman), Edirol, MOTU e Evolutiontambém têm drivers beta para algunsde seus produtos.O acesso ao hardware de áudio passaa ser controlado pelo CoreAudio, dis-pensando tecnologias como ASIO eEASI. Também já existem drivers paraa interface de áudio embutida dosMacs e para o EMI 2|6, da Emagic.MOTU, M-Audio, Edirol e RME tambémjá estão lançando drivers correspon-dentes para o OSX. Já o suporte paraDAE e TDM depende da colaboraçãoda Digidesign, o que pode levar maisalguns meses.

Outra mudança significativa é que oacesso a plug-ins DSP (processamentodigital de sinais) de terceiros será ma-nipulado pela tecnologia Audio Unitsdo OS X, que é basicamente um novoformato de plug-ins nativo do OS X,tirando vantagem de todas as inova-ções tecnológicas do sistema opera-cional. Isso significa um adeus à tec-nologia VST criada pela Steinberg, demodo que esses plug-ins terão de serconvertidos para Audio Units ou“morrer” junto com o OS 9.Algumas deficiências do Logic Plati-num 4.3.0 é a ausência de suporte aReWire, OpenTL, OMF e arquivos REX.Como isso não depende apenas daEmagic, essas falhas deverão ser corri-gidas em updates futuros.A atualização é gratuita para todos osusuários registrados do Logic Platinum5, e é compatível com o OS X 10.1.5e com o Jaguar. A Apple adquiriu a Emagic em julhodeste ano.Emagic: www.emagic.de

ORACLEPARA OS X

Banco de dados maisfamoso do mundo chega à nossa plataforma

Quem não tem iChat caça com

ano e, apesar de o CEO da Apple LarryEllison ter sido um dos membros doboard (diretoria) da Apple desde avolta de Steve Jobs até setembro, ademora estava incomodando osdesenvolvedores. Mas com o OS X10.2 (Jaguar) e o lançamento doXserve, a plataforma Apple conseguiudemonstrar que também pode ser boapara servidores.Oracle: www.oracle.com

A versão para Mac do mensageiro ins-tantâneo ICQ sempre esteve defasadaem relação à de Windows. Mas agoraas diferenças estão desaparecendo. Jáestá disponível para download a ver-são alfa 3.1 para OS 9 e X. A principal novidade do ICQ 3.1 é ajanela de chat dividida em histórico ecampo de digitação. Isso torna acomunicação mais rápida e confortável– toda conversa é como uma sala dechat a dois. Também foi acrescentado um campode pré-visualização das mensagens nohistórico, recurso que não existe naversão de Windows, e a possibilidadede enviar mensagens com até 1024caracteres – o dobro da versão ante-rior (o ICQ de Windows não tem essalimitação, mas chegaremos lá).No modo de chat, você pode ver oque a outra pessoa está digitando emtempo real se ela estiver utilizandoum ICQ compatível. Outra novidadeengraçada é a janela de mensagemtremer quando você recebe uma novamensagem. Para completar, os desen-volvedores dizem que a interface doICQ é composta de “70% de materialreciclável”, confirmando o espíritobem humorado do pioneiro dentre osmensageiros instantâneos. ICQ: http://ftp.icq.com/pub/ICQ_Mac/icq_mac_3.1a47.sit

ICQ

Chefes da IMPRENSANACIONAL usam Mac

Com a enorme alta do dólar, adquirirperiféricos no Brasil ficou bem caro. A Wacom e sua represente no Brasil, aTablett, estão atrás de soluções. JimMcCartney, vice-presidente de vendasda empresa, que esteve na Comdex deSão Paulo, disse: “Os impostos de im-portação e a tributação comercial sãomuito altos. Uma fábrica aqui seria umadas soluções, mas não a única”, disse.“Os artistas brasileiros são muito criati-vos. Por isso, estamos estudando a me-lhor maneira de trazer os tablets paraeles por um preço razoável”.Outras ações mostram o interesse daempresa no mercado brasileiro. Assis-tência técnica autorizada (pela On-Line)e suprimentos adicionais já estão sendoimplantados no Brasil. “Em primeiro lu-gar, estamos atendendo a quem com-prou o produto no Brasil”, diz MarioWagner Okuno, da Tablett. “Mas já es-tamos pensando em atender tambémquem comprou o tablet lá fora, ou seja,antes da distribuição oficial no país eque, teoricamente, não tem direito àgarantia aqui no Brasil”, completou.Wacom: www.wacom.com.br

WACOMcom duas

mãos no Brasil

tops PC de três outras empre-sas, graças a seu custo/benefí-cio, facilidade de uso e compa-tibilidade com Java. Mas nãofoi só: a Imprensa Nacionaltambém vai usar AirPort (redesem fio), Mac OS X e o pacotede aplicativos AppleWorks 6.

O PowerBook G4 Titanium ven-ceu uma licitação feita pelaImprensa Nacional, órgão subordinado à Casa Civil da Pre-sidência da República. OsPowerBooks G4 serão usadospelos diretores da companhia. Oportátil da Apple derrotou lap-

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TecladopoliglotaRainer Brockerhoff, conselheiroeditorial da Macmania, criou o layoutde teclado USInternational, que trazo método de acen-tuação do Win-dows para o tecla-do padrão norte-americano no Mac.Mas o layout brasi-leiro que vem noOS 10.2 (Jaguar) tem dois problemas:é idêntico ao americano e não é com-patível com o teclado brasileiro quevem com os Macs atuais. Rainer refezo layout padrão e aproveitou para lan-çar o XRay 1.0.5, versão compatívelcom o Jaguar do seu software que funciona como um “super Get Info”. O XRay, que é shareware e custa US$10, e o layout de teclado, que é degraça, estão disponíveis no site pessoaldo desenvolvedor teuto-mineiro.Rainer Brockerhoff:www.brockerhoff.net

VideoLAN Client é paliativo para o abandono dos Macs veteranos

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Digital Media Remote, da Keyspan,para controle infravermelho

iCurve, da Griffin, pedestal de acrílico para PowerBook ou iBook Conversor DVI-ADC da Gefen iMic, da Griffin, entrada de

áudio digital via porta USB

Começou a ser vendida a versão 8 do software usadopelo sistema de edição não-linear Media 100i. O detalheé que ela usa o QuickTime 6 e só roda no Mac OS X e em CPUs G4 “Quicksilver”. O Media 100i foi totalmenterefeito e traz uma nova interface estilo Aqua. Entre osnovos recursos estão o suporte a maior número de trilhas

Acabou a SECA de periféricos para MacDistribuidora traz produtos para todos osgostos e bolsos

Finalmente acabou a procura insana porprogramas da Extensis e Aladdin, ou porperiféricos da Griffin e discos externos daVST. A MacDatalands, distribuidora deprodutos para Mac (e PC), fechou umacordo de exclusividade para trazer essese outros produtos para a plataforma. Além

dos mencionados, ela está trazendo para o Brasil os drives externos da LaCie,MacSense, Formac e EZQuest, casesFireWire da ADS, placas de captura ecâmeras da iREZ, conversores Gefen, hubsKeyspan, modems Global Village e Zoom esoftwares FileMaker, Roxio (Toast), Alien

Skin (Eye Candy), Markzware (FlightCheck), Miramar (PC MacLAN), Thursby(DAVE) e Curious Lab (Poser).Para saber a localização da revenda Applemais perto da sua casa onde você encon-trará tudo isso, mande email ([email protected]).

Gerente de produtos da Apple descarta

tocador de DVD para OS X em Macs antigos

Sem para os mais velhinhos

DVD

Upgrade para o Media 100

Durante uma apresentação via web-cast da Apple para suas revendas, ogerente de produtos para o Mac OS X,Ken Bereskin, confirmou que a empre-sa não tem planos de criar um progra-ma que toque DVD em modelos deMacs mais antigos. “O trabalho que

teríamos tecnicamente para que asmáquinas antigas pudessem reproduzirDVDs... é uma promessa que nãopodemos fazer”, disse Bereskin.Por enquanto, donos de Power MacsG3, dos primeiros PowerBook G3 pre-tos e Power Macs G4 da primeira ger-

ação têm duas opções para assistiraos seus DVDs: iniciar pelo Mac OS 9ou usar o VideoLAN Client, que fun-ciona no OS X (mas com alguns pro-blemas de reprodução). Ele pode serencontrado no VersionTracker (www.versiontracker.com).

de gráficos (até 8) e de áudio (até 24), novos efeitos deáudio, maior integração com Boris FX, melhor desempe-nho em computadores com mais de um processador e umnovo componente de saída de vídeo pela placa do Media100i para aplicativos compatíveis com o QuickTime.Media 100i: www.media100.com

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A compatibilidade com PowerPoint não é perfeita – mas quem se importa?

Uma boa notícia para quem precisaabrir e criar documentos compatí-veis com o Office da Microsoft, mas,por razões ideológicas ou finan-ceiras, não quer comprar o software.Está chegando o pacote ThinkFreeOffice, em português (OS 9) einglês (OS X).Como ocorre no produto da Micro-soft, são três programas: editor detexto, planilha e criador de apresen-tações, mais um disco virtual de 20MB para guardar arquivos na Inter-net. Os três aplicativos, com os su-gestivos nomes de Write, Calc eShow, são bem parecidos com asversões da Microsoft, o que facilitao aprendizado. Porém, nem tudo sãoflores: apresentações criadas no PCusando fontes TTF podem ficar umpouco diferentes no Mac, além de

Esse nome NÃO PODE!

Chegou oconcorrente mais barato do MS Office

LIVREPense

alguns fundos ficarem borrados ounem aparecerem.O ThinkFree é 100% desenvolvidoem Java. Por isso, não espere umavelocidade igual à de um programanativo para OS X. Os aplicativosdemoram um pouco para abrir, masnão é nada que comprometa a suaprodutividade. Outra desvantagem éque as caixas de abrir e salvar arqui-vos não são as padrão do sistema;assim não há opção de visualizaçãopor colunas ou outras funcionalidadescaracterísticas do Mac OS.O preço é US$ 49 e a licença dura umano. Uma versão demo, liberada por30 dias, pode ser baixada do site ofi-cial. A versão brazuca do pacote paraOS X deve sair em breve e será degraça para os usuários registrados.ThinkFree: www.thinkfree.com

Já estava demorando, mas aconteceu de novo. Umaempresa chamada Tex9 teve que mudar o nome e aaparência do xTunes, clone Open Source do iTunespara Linux, por ordem dos advogados da Apple.Daqui em diante o aplicativo será chamado de Sumi(trocadilho com sue me, “me processe”). Os autoresprometeram para breve umainterface mais original.Tex9: www.tex9.com

Deu bandeira...

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Nome Área Principais produtos Telefone Website ou email

FABRICANTES

Adobe DTP e vídeo Acrobat, After Effects, InDesign, LiveMotion, 0800-161009 www.adobe.com.brPageMaker, Photoshop, Premiere

Alias/Wavefront Educacional e animação gráfica Maya e Studio Tools 11-3661-7624 www.aliaswavefront.com

Apple Sistema operacional, AppleWorks, Final Cut Pro, iDVD, iMovie, 11-5503-0090 www.apple.com.brvídeo, escritório etc. iPhoto, iTunes, Mac OS X, WebObjects

Audiolab Industrial, elétrico e aeroespacial OMNI, xOMNI, OPERA, xOPERA e OMNIcom 31-3224-0521 www.audiolab.com.br

Corel/procreate DTP e pacotes de Bryce, CorelDRAW, Corel Graphics Suite, 0800-141212 www.br.corel.comaplicativos gráficos Corel Photo-Paint, KPT, Painter

Macromedia Web, DTP e vídeo ColdFusion, Director, Dreamweaver, Fireworks, 11-5185-2825 www.macromedia.com.brFontographer, Flash, FreeHand, Shockwave

Microsoft Sistema operacional, pacotes Office v.X (Entourage, Excel, PowerPoint e Word) 11-3444-6844 www.microsoft.com/brasilde aplicativos e jogos

Symantec Antivírus e sistemas de segurança Norton Antivirus, Norton Internet Security, Norton 11-5189-6200 www.symantec.com.brPersonal Firewall, Norton SystemWorks, Norton Utilities

DISTRIBUIDORES

Anasoft Administrativo e educacional CleanSweep, Home Design 3D, Laplink, 11-4224-6320 www.anasoft.com.brDistribuição Print Master, QEMM, The English Teacher

Brasoft Jogos Myst II, Myst III, Prince of Persia Collection 11-3154-0344 www.brasoft.com.br

CAD Technology 3D, CAD, arquitetura, design, Art•lantis Render, Body Paint, LightWave 3D, 11-3849-8257 www.cadtec.comengenharia e vídeo Strata 3D Pro, VectorWorks, VR Toolbox

Canvicz Software Programação Representante oficial da REALbasic no Brasil 21-2767-8703 www.canvicz.com.br

Discover AV Vídeo Avid Xpress, Digidesign Pro Tools, Grey Matter Response, 21-2286-9838 [email protected], Pinnacle Commotion Pro, Pinnacle Knoll Light Factory 2286-9835

Divertire Infantil e educacional As Grandes Batalhas da História, As Invenções de 11-3168-4660 www.divertire.com.brThomas Edison, Brincando no Sótão da Vovó, Coelho Sabido,Leonardo, o Inventor, Mestres da Arte

IEBRAS Educacional Dicionários Ultralingua, iLab, Macingo, NetCollege www.iebras.com

Interalpha Diversas Distribui para revendas programas da Adobe, 11-5561-5474 www.interalpha.com.brApple, Macromedia, Microsoft e Quark

MacDatalands Diversas DAVE, Eye Candy, Poser, Suitcase, StuffIt Deluxe, Xenofex; 11-3662-2733 [email protected]ões e plug-ins para inDesign, Photoshop e QuarkXPress

Officer Diversas Distribui para revendas programas da Adobe, Apple, 11-5014-7000 www.officer.com.brCorel, Macromedia, Microsoft, ScanSoft, Symantec etc.

Passport Utilitários e jogos Championship Manager, DoubleTalk, Racing Days, 61-344-0550 www.passportnet.com.brRAM Doubler, Speed Doubler, Surf Express, Virtual PC

PC@Home Infantil e educacional A Casa de Estórias do Stanley, A Casa do Tempo e da Geografia 41-372-3032 www.pchome.com.brda Trudy, A Casa de Matemática da Millie, Casa de Ciência do Sammy, Mundo da Matemática, Pense Brincando

PROGRAMAS para todos os gostosSem o programa certo de nadaadianta ter uma máquina superpotente. A Internet ajudou a der-rubar o mito de que não existesoftware para Mac. Hoje existemmilhares de programas ao alcancede um clique (e de um cartão decrédito internacional). Mas é sem-pre bom conhecer as empresasque trazem software de Mac parao Brasil, principalmente se você

precisa comprar várias caixas deum programa para sua empresa ouprecisa de suporte técnico per-sonalizado. Ou conhecer os desen-volvedores que fazem programasespecíficos para médicos, dentis-tas ou advogados macmaníacos.Para você achar mais fácil os pro-gramas que você quer comprarmas não sabe quem tem, estamospublicando um listão com as

empresas que vendem, distribuemou fabricam softwares para Macno Brasil. Estaremos sempre atua-lizando essa tabela em nosso sitee vamos republicá-la na revista,periodicamente. Caso você co-nheça algum desenvolvedor ouempresa que ficou de fora, mande um email para: [email protected]

Está precisando comprar um

software e não sabe quem é

que vende? Confira aqui

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A INCRÍVEL VOLTA DO NETSCAPE

Será que desta vez vai esquentar a briga dos navegadores?com que o Netscape volte a ter dois dígitos de porcentagem de usuários novasto mundo dos navegadores. O browser é de graça e o download tem 19 MB.Netscape 7: http://channels.netscape.com/ns/browsers/download.jsp

Positivo Infantil e educacional Disney Primeiros Passos e Os Livros Vivos 41-316-7700 www.positivo.com.brQuanta Music Aúdio e música Absynth, B4 Organ, Battery, Cubase SX e VST, 19-3741-4644 www.quanta.com.br

Digital Performer,Dynamo, Finale, Kantos, Kontakt, Logic, Peak, Reaktor, Reason, Speed, Traktor

Starlaser Diversas Vende produtos da Adobe, Apple, Corel, 11-5081-8818 www.starlaser.com.brMacromedia, Microsoft, Quark e Symantec

TechData Diversas Distribui para revendas os programas da 11-4166-1300 www.techdata.com.brAdobe, Apple, Core, Microsoft e Symantec

Vivendi Jogos Jogos da Blizzard: Jurassic Park III e Warcraft III 11-3889-5841

Woodlands DTP QuarkXPress e toda a linha da Quark 11-3885-7688 www.woodlands.com.br

DESENVOLVEDORES3W Comunicação Software de gerenciamento de fluxo Sofia, Retícula Personalizada, LockInstall e 11-3031-1828 www.3wcom.com.br

de trabalho; área gráfica e publicidade Corretor Ortográfico (em desenvolvimento) [email protected]

Alberto V. Programação em WebObjects QuickTime Streaming Server para Mac OS 9.x, 21-2269-9533 www.macosx.com.brMendonça e Cocoa Apache Admin para OS X, servidor de videoconferência 9879-7850

para OS X, Visualroute em português

Bremen Administrativa Wingraph 47-3035-1022 www.bremen.com.br

Dataquatro Administrativa Sistema de Fluxo de Caixa, Sistema de Cadastro 21-2431-0761 www.dataquatro.comSoluções e Sistema de Royalties 2431-1502

dbExperts Banco de dados PostgreSQL para OS X 11-3078-8089 www.dbexperts.com.br

Esferas Software Desenvolvimento de aplicativos Software para produtoras, agências, TVs, 11-3167-4499 www.esferas.com.brsob medida automatização de catálogos

Genial Soluções Médica e odontológica GenialMed e GenialDent 54-311-0083 www.genialsolucoes.9981-0986 com.br

Laboratório de Eco- Científica MULTIV 51-33167101 http://ecoqua.ecologia.logia Quantitativa ufrgs.br

Lexikon Dicionários Dicionário Eletrônico Aurélio 21-2537-8770 www.lexikon.com.br

Macsoft Comércio internacional e revendas Sistema de comércio internacional para traders; soluções 48-3025-2215 [email protected] revendas Apple e prestadoras de serviços

Moleque de Idéias Educação, tecnologia SIMPEAQ e RelNet 21-27100178 www.moleque.com.bre banco de dados 27047356

Overcaster Family Utilitários de Internet Overcaster Do It Yourself, Overcaster TicTacToe, 11-3906-0835 [email protected] e MacSatellite 19-3532-3067

Rainer Brockerhoff Aplicativos sob medida para XRay, Zingg!, USInternational, www.brockerhoff.netqualquer área e perito judicial Aurélio Século XXI para Mac [email protected]

Rodrigo Peres CD-ROM e Internet CD-ROMs “Coleção Completa Superinteressante 15 anos”e 11-3781-7017 www.rodrigoperes.com.br“Ensino à Distância da ESPM”; site do Sistema de Recrutamento e Seleção da C&A; player em Shockwave para MTV

Dizem os antigos que, em uma distanteera na qual todos os computadoreseram bege e um punhado de privile-giados acessava a Internet usando cai-xinhas cheias de luzinhas conectadas atelefones, o Netscape foi sinônimo deWeb. Mas a roda girou, a Microsoft pas-sou a comandar o batatal com oExplorer, até a Apple rendeu-se aoGrande Irmão... e o Netscape rodou. Mas eis que o claudicante navegador foi adquirido pelo megaconglomeradoAOL Time Warner. Depois de anos de declínio, o nave-gador foi ressuscitado e ganhou umabase de código aberta e multiplatafor-ma. Seria munição suficiente para oVelho N estrelar mais um episódio da“Guerra dos browsers”?

Com visual lembrando a cara dos pro-gramas (e o site) da AOL e rodando doMac OS 8.6 até o X, o Netscape 7traz novos recursos de navegação, co-mo a visualização de vários sites comofichas de arquivo numa mesma janela.A barra de ferramentas inclui o linkpara um cliente de email dentro doNetscape; a Radio@Netscape, comquase 200 rádios online; e o AIM. (Épossível integrar o ICQ com o Netsca-pe, mas para isso é preciso primeirocadastrar-se no AIM. Sinistro...)Uma novidade que pode dar um alentoextra ao Netscape é o renovado inte-resse da AOL. Ela pretende usá-lo comobase do AOL 7 – função cumprida atéagora pelo Internet Explorer. Agora é esperar pra ver se isso fará

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No dia 27 de junho foi lançada a nova nota de 20reais, mais jovem membro da família do real. Issotodo mundo sabe. O que pouca gente sabe é quetodas as notas e moedas que circulam atualmenteno Brasil não poderiam ter sido produzidas sem oMacintosh. Elas foram desenhadas em computado-res da Apple, assim como o euro, a moeda comumda União Eroupéia. Mas nós, brasileiros, saímos nafrente, porque o euro entrou em vigor em 1999 eo real já tem quase 9 anos de idade.O Mac tem muitas utilidades para o pessoal deCriação da Casa da Moeda do Brasil, no Rio deJaneiro. Além das cédulas, ele também é utilizadopara criar bilhetes de metrô, lacres de urnas eleito-rais e outros produtos.A primeira etapa de produção das notas e moedasé feita à mão: desenhos e pinturas são escaneadose tratados no Adobe Photoshop. A imagem éentão importada no Illustrator, onde são acrescen-tadas linhas, números e textos. O trabalho é im-presso em uma impressora de jato de cera paraaprovação final.A grande vantagem do Mac é a fidelidade de cores

entre o que é visto na tela e o produto final. Umaúnica nota pode ser impressa com até 16 tintasdiferentes. Para as cinco primeiras cédulas do real,foi feita uma pesquisa com 80 cores para o planográfico, que foi entregue ao Banco Central emtempo recorde. O padrão de cor das tintas é garan-tido graças à utilização de perfis de gerenciamentode cor ColorSync. Marcelo Minssem, responsávelpela nota de 20 reais, afirma: “Sem os nossosMacs, os trabalhos não teriam o mesmo resultado.Com os nossos computadores temos mais agilidadena etapa de combinação de cores, na análise esté-tica, na fidelidade das cores escolhidas, na finaliza-ção do produto.”Do setor de design, os Macs se espalharam poroutros setores da Casa da Moeda. O engenheirocoordenador da Seção de Tintas e Papéis, FrankHoffman, é um macmaníaco de carteirinha.“Conheci o poder de trabalho do Mac na maiorfeira de artes gráficas do mundo, a DRUPA, naAlemanha. Quando coloquei a mão em um, fiqueideslumbrado: saí imediatamente para comprar umMac em Düsseldorf.”Em seu setor, o Mac é utilizado para uma série de

tarefas que não são necessariamente ligadas aodesign de notas. “Usamos o AppleWorks e o File-Maker para elaborar relatórios e bancos de dadospara mais de 2500 relatórios de análise laborato-rial todo ano. Filmes QuickTime são utilizadospara treinamento.”São no total onze Macs de vários modelos na Casada Moeda, fora os computadores pessoais dos funcio-nários. Todos funcionando em perfeito estado, desdeo primeiro Power Mac 4400, adquirido em 1996.Mais novidades chegarão brevemente em nossosbolsos. Agora o povo brasileiro é pentacampeão defutebol e a Casa da Moeda está comemorando. Odepartamento de Criação está preparando umamoeda especial comemorativa de cinco reais. Masainda não tem data prevista para o lançamento;teremos que esperar mais um pouquinho para vermais essa criação feita em Macintosh.Casa da Moeda do Brasil:www.casadamoeda.com.br

VERÔNICA LINHARES

MACINTOSH A MÁQUINA DE FAZERDINHEIRO

CÉDULAS, MOEDAS, MEDALHAS, BILHETES... PRODUTOS CRIADOS NO MAC CIRCULAM NA MÃO DE TODO MUNDO18

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99 ANOS EM 9

JULHO

Na Macworld deNova York, Jobsmostra o iBook,o portátil maiscolorido de todos os tempos.

AGOSTO Sai o G4, o “super-computadorpessoal”.

SETEMBRO

iBook chega às lojas eé grande sucesso devendas. Sai o iMac DV.

JANEIRO Linha G4 atinge 733MHz e o Power-Book G4 Titaniumé anunciado.Apple lança osoftware tocadorde MP3 iTunes.

FEVEREIRO iMac chega emnovas versões de 400, 500e 600 MHz.

MARÇO Mac OS X élançado oficialmente.

MAIO O iBook é completamen-te redesenhado e inclui pro-cessador G3 de 500 MHz.

JULHO Power Mac G4 "Quicksilver" élançado em versões de 733, 867 e Dual

800 MHz.iMac chega a700 MHz e CD-RW é padrãoem todos osmodelos.

SETEMBRO Mac OS X 10.1 é lançado, trazendomelhor desempenho e novos recursos.

OUTUBRO Apple lança iPod, que mis-tura tocador de MP3e HD FireWire.

JANEIRO Sai o número 1 da Macmania. Michael Spindleré o CEO da Apple e, no Brasil, a CompuSource é a única

representanteoficial por aqui. Os grandessucessos daMacworld deSan Francisco são o Newton e os Macs AV.

FEVEREIRO Sai o primeiro soft-ware de Mac brazuca: BancoFácil, da Esferas Software. Saitambém a primeira versão emportuguês do sistema operacio-nal (System 7) e do ClarisWorks.

MARÇO Apple lança os primeirosPower Macs (6100/60, 7100/66,8100/80) usando o processadorPowerPC 601. A Macmania testaum Power Mac muito antes da concorrência.

Sai a QuickTake 100, a primei-ra câmera digital do planeta.

JUNHO Apple lança System 7.5, comum monte de recursos que todomundo já tinha usando sharewares.Antecipandotendências, aMacmania fazmatéria decapa sobreVídeo Digital.

ABRIL QuickTime 3.0e FireWire são mos-trados naNAB 97.

SETEMBRO Moto-rola lança o proces-sador PowerPC 750,vulgo G3. SteveJobs torna-se "CEOinterino" da Apple.

MARÇO Sai o Mac OS XServer. Trailer de “StarWars: Episódio 1” é lança-do na Internet exclusi-vamente em QuickTime.

FEVEREIRO Spindlercai. Gil Amelio assu-me como CEO daApple. No Brasil, aempresa avisa quenada irá mudar.

FEVEREIRO

Atendendo apedidos dopúblico femi-nino, Macma-nia põe umhomem musculoso na capa da revista.Machões se revoltam e mandam cartas desaforadas ao editor.

MAIO Gays se revoltam emandam desaforos aoeditor, por causa de piadanão entendida do Macin-tóshico da edição 58.

OUTUBRO Mac OS 9é lançado. Apple-World 99 em SP.

2001

1999

1998

1994

1996

JULHO Apple Brasil marca fortepresença na Fenasoft com o Per-forma 630, o computador maisbarato da feira. Enquanto isso, amatriz amarga US$ 1 milhão depedidos em atraso.Cortes e nova reestru-turação. Macmaniainaugura seu site.

JANEIRO Jobs anuncia lucrode US$ 47 milhões para o tri-mestre, finalmente tirando aApple do buraco. Os anosnegros ficam definitivamen-te para trás. Apple Brasiltoma um novo rumo, decideatacar o mercado profissio-nal e reformula o AppleLine.

MARÇO Apple anuncia corte de2700 funcionários.Na Apple Brasil,mais da metade da diretoria cai.Montagem dosMacs no Brasil éinterrompida.

SETEMBRO Apple apresenta a diretoria da filial tupiniquim.Sidney Brandão é oDiretor Presidente.

MARÇO

Número de revendas Apple no Brasil dobra.

OUTUBRO

O ex-dire-tor da Apple Jean-LouisGassée lança o Be OS, sis-tema operacional que mais

tarde seria co-gitado para vi-rar o substitutodo Mac OS.

NOVEMBRO Clones daPower Computing che-gam ao Brasil. Nos EUA,corresolto oboato deque a Apple seria com-prada pela Sun.

NOVEMBRO

Apple lança oPower Mac G3 eintroduz a AppleStore. Nas pri-meiras 12 horas,a loja virtualvende cerca deUS$ 500 mil.

JULHO O CEO da Apple Gil Amelio é forçado a renun-ciar, em um “golpe de estado"coordenado por SteveJobs. Este assume o comando, sem cargo definido, e anuncia um acordo com a Microsoft. Esta investeUS$ 150 milhões na Apple e garante o desenvolvi-

mento de softwares para Mac, em troca de partilha de patentes porcinco anos e adoção do Internet Explorer como browser principal noMac. O Mac OS 8 é finalmente lançado, vendendo 1,25 milhão de cópiasem menos de duas semanas; é o software mais vendido no período.

JANEIRO Apple lançao Power Mac G3 azul.Cores novas para oiMac reforçam a idéia

de computa-dor comoeletrodo-méstico.

ABRIL

Macmaníacosbrasileiros se reúnem na Macworld94, em São Paulo.

JUNHO

Capa da Macmaniacom Núbia de Oliveiranua estabelece umprecedente históri-co. Apple lança o pri-meiro Mac PCI, o9500/120, ao preçode US$ 5 mil nos EUA.

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Foram quase nove anos, mas para nós parecem noventa e nove. Muita água passou por baixo da ponte, a Apple quase morreu edepois nasceu de novo, caixotes bege deram lugar a iMacs coloridos que deram lugar a luminárias brancas. A Macmania cresceue se firmou como principal referencial do mercado Mac no Brasil. Recordar é viver; por isso, pegue a sua coleção de revistas(sempre é bom lembrar que várias edições ainda se encontram em nossos estoques e podem ser encomendadas via email [email protected]), recoste-se na poltrona e acompanhe com a gente esta pequena retrospectiva.

JANEIRO Anunciado o iMac G4 “abajur”,com design radi-calmente inovador.

Também é lançado o iPhoto.

MAIO eMac é lança-do para o mercadoeducacional e Xservepara o corporativo. Steve Jobs “enter-ra" Mac OS 9 naabertura da World-wide DevelopersConference 2002.

JULHO Apple compra Emagic,criadora do software de produção musical Logic.

OUTUBRO Macmania lança edição número 100.

DEZEMBRO

Combo Drive (CD-RW/DVD-ROM) torna-sepadrão noPowerBook G4 Titanium.

JULHO

Macmania arra-sa na Fenasoft,grande redutode PCs Wintel.Apple mostraQuickTime VR na Macworld de Boston.

SETEMBRO Apple licencia o Mac OSpara Radius e Power Computing.

OUTUBRO Nossopatrono DavidDrew Zingg estréiacomo ConselheiroEditorial doMacintóshico.

MAIO Apple anuncia oiMac e transforma oRhapsody em Mac OS X.

JANEIRO Steve Jobs mos-tra a cara do futuro: MacOS X. Nasce o iTools, servi-ço de Internet para Mac.

AGOSTO Site da Macmania adotavisual “Aqua” e abrefóruns e novas seçõesreproduzindo conteú-do da revista.

DEZEMBRO Applecompra a NeXTpor US$ 430milhões. SidneyBrandão sai daApple Brasil. Assume Luiz Rubio, interinamente. Apple começa a montar Performas 6360 no Brasil.

AGOSTO Apple anuncia 150 mil encomendas do iMac.Ações da empresa disparam. O iMac é lançado no dia 15,tornando-se um dos produtosde maior sucesso da históriada indústria de computadores.Brasil tem suas primeiras lojasde rua de produtos para Mac:MacMouse e AppleStore.

AGOSTO Sai o Mac OS X 10.2“Jaguar”. Nova linha de G4 chegaa 1 GHz, somente com modelos

duoprocessados.

SETEMBRO

Bookmakers e Applelançam o primeiro livroda série “Vida Digital”.

2002

2000

1995

1997

FEVEREIRO

IBM e Moto-rola introdu-zem o proces-sador 603e de 100 MHz.

MAIO Power Computinglança o primeiro clone de Mac. “Apple ComputerBrasil” é registrada em cartório.

A Macmania dá em pri-meira mão o furo deonde seria a sede daempresa em São Paulo.

JULHO Apple anuncia seu terceiro tri-mestre lucrativo consecutivo. “A Appleestá de volta", dizem os jornais, TVs esites do mundo inteiro. O processadorG3, mais rápido do que qualquer coisa nomundo Wintel, tem status de “super-computador” pelo critério do governodos EUA. Luciano Kubrusly assume comopresidente da Apple Brasil.

FEVEREIRO Jobs passa ofacão nos clones e na linhaNewton/eMate. A Apple passa a con-centrar-seapenas naplataformaMacintosh. A subsidiáriaClaris vira FileMaker Inc.

ABRIL Apple lança o 20th Anniversary Macin-tosh. Apple Brasil comemora um ano. Projeto dafábrica continua de pé. Performas 5215 são

vendidos por R$ 2.799.

JULHO Performa 6230é o computador maisvendido da Fenasoft.

OUTUBRO

System 7.55 é lançado.

FEVEREIRO PowerBook “Pismo" é anunciado. Apple Brasil vendeMacs pelo telefone. Os macma-níacos entram na onda do MP3:sai o Rapster, software brasileiropara baixar músicas pelo Napster.

MARÇO

Mac OS X fazsua apariçãono Develo-per's Day,reunião dedesenvolve-dores Applebrasileiros.

DEZEMBRO

Ações daApple ultra-passam osUS$ 110.

SETEMBRO Beta doMac OS X é lança-do. Nova linha deiBooks, mais rápi-dos, mais coloridose com portas Fire-Wire. G4 Cubo desa-ponta nas vendas.Lucro da Apple cai.

NOVEMBRO Acontece a AppleWorld, feirabrasileira exclusiva deMacs. Lojas de Macsão abertas no Rio.

ABRIL Apple passa por reestruturaçãopara tentar sair da crise. John Sculley,

ex-CEO da Apple,visita o Brasil e a gente con-segue tirar uma foto delecom uma Mac-mania na mão.

JANEIRO Steve Jobs volta como “conselheiro especial",como parte do acordo com a NeXT. Ele anuncia na Mac-world Expo a estratégia de dois sistemas operacionaisevoluindo em paralelo: Rhapsody e Mac OS 8. Sai o Mac

OS 7.6, primeira etapa da nova estratégia, exatamen-te 13 anos após a introdu-ção do Macintosh. Surge oeMate, portátil dos estu-dantes e “pai"do iBook.

OUTUBRO Luciano Ku-brusly deixa a Apple.Marinaldo Azevedoassume interinamentecomogerentegeral.

JULHO

Anunciado o G4 Cubo,juntamentecom os pri-

meiros Macs com dois proces-sadores desde 1996. Nova linhade iMacs coloridos mantém oproduto no topo das paradas.

OUTUBRO Macmania inova mais uma vez einaugura o encarte profiça MacPRO.

DEZEMBRO Sai o primeiro CD sópara Mac no Brasil, o ShareMania,colaboração da Esferas Softwaree da Macmania.

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100A Macmania sempre foi muito diferente das outras revistas de informática. Já no primeiro número,apresentava um projeto gráfico ousado em que todas as fontes foram desenhadas exclusivamentepara a publicação que nascia. Futura Vítima, Pinups, Zine, Ariana e Sequestro eram familias tipográ-

ficas novas numa época em que personalizar fontes pareciaexcesso de zelo. E era. Páginas com linhas tortas, vinhetaspixeladas, uso extensivo de cores sob o texto e telas deprogramas em tamanho digno ajudavam a diferenciar a revista do marasmo editorial da época.

No número 13 as vinhetas passa-ram a ser desenhadas pelo MZK e mais fontes exclusivas foram incorporadas ao projeto: MacmaniaBold, Memphis Vítima, Super Market,Rex Dingbats e Toxic Bodoni.

Na edição 32, mais mudanças:Mario AV (que passou a dividir a direção dearte comigo a partir da 26) fez as novas vinhetas e decidimos dar uma encareteadageral no uso das fontes.

Esse projeto foi refinado na edição 50, com a adoção da fonteObscena (um redesenho da Officina) em larga escala, novas cores enovas normas de diagramação. Satisfeitos, leitores e editores ficaramem lua-de-mel por incríveis cinquenta edições, sem críticas por partede uns nem arroubos por parte de outros.

Mas a centésima Macmania pedia mudanças enós não podiamos fugir da raia. Uma chacoa-lhada geral precisava acontecer. O ponto departida foi encontrar uma fonte forte, classudae, desafio supremo, que não fosse manjada. A escolha recaiu sobre a Rennie Mackintosh,

baseada nos caracteres desenhados pelo famoso arquiteto. Com pesosideais para títulos, desenhos alternativos para todos os caracteres e umarrebatador charme Art Deco, ela logo se impôs como primeira opção. Essa escolha acabou pedindo o uso dos fios generosos das grades que“amarram” textos e imagens, compartimentando a informação. O resultadoé uma improvável mistura do mais moderno sistema operacional com umaestética assumidamente retrô. Novas vinhetas all-type para combinar,novas cores para as seções, novas fontes para TidBits, Help, Simpatips eMacPRO. Nova maneira de apresentar as telas, novas fichas de classificaçãode software, novo Índice, novo Get Info, nova numeração de páginas,enfim, tudo novo. Um certo estranhamento inicial é inevitável e, até mesmo, desejável. Mas o princípio de levar a maior qualidade possível de informação ao leitor,com bom humor e clareza, continua sendo nossa meta. µ

Tony de MarcoÉ o editor de arte mais feliz do mundo.

Projeto gráfico sempre combateu o mau humor

NUMEROS DE DIVERSAO

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Linhas grossas dividem telas, textos e assuntos.

A família de fontes Champion e cores mais agressivas deixam as notícias de TidBits bombando.

Cores mais intensas, alto contraste entre as chamadas;

vale tudo para alertar o leitor.

Telas maiores, integradas a grade, como é que não pensaram nisso antes?

A fonte dos títulos permite combinaçõesgeométricas elegantes e equilibradas.

Os números ficaram bem maiores

Charles Rennie Mackintosh (1868-1928), arquiteto, pintor e designer escocês, foi precursor do Art Deco. Perfeccionista, projetava desde a tipografia a ser esculpida em pedra na fachada, passando pelo desenho dos móveis, até os padrõesde estamparia de estofados e papéis de parede. Algumas de suas criações, como a cadeira de espaldar alto que leva seu nome, viraram clássicos absolutos. É também

o caso da elegante família tipográfica adotada poresta revista. A coincidência do nome não influen-ciou na escolha, mas não nos impede de arriscar o trocadilho: Macmania, a revista do Mackintosh.

Novo logo para MacPRO que passa a usar Universtambém nos títulos. Didot foi escolhida como fontedo corpo, para clarear até os textos mais difíceis.

Nova ficha de produto. Com as URLs nafonte Cyberzinha e a volta do campo de

requisitos mínimos para rodar o software.Com o fim das “mãozinhas”, as notas

agora vão de zero a 10.

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não mudará sua vida, pois o StuffIt Expander(que é instalado junto com o OS X) ou o StuffItDeluxe podem lidar com os formatos Unixcomo se fossem um .sit comum.O StuffIt Expander, localizado na pasta/Applications/Utilities, deverá ser lança-

do automaticamente quando oarquivo comprimido for du-plo-clicado, de modo que nãoé preciso aprender muita coi-sa para ter uma convivênciasaudável com programas bai-xados da Internet.

OndE iNsTAlAr?Conforme veremos a seguir, um software podeser instalado a partir de um simples arrastar-e-soltar, ou então utilizando um instalador, co-mumente utilizado por aplicativos que necessi-tam gravar diversos arquivos. É o caso dos pro-dutos da Adobe ou Macromedia, por exemplo.Mas antes de mais nada, é necessário definironde o programa será instalado. A pasta Aplicativos (/Applications) é o pri-meiro lugar que virá à sua mente, já que temjustamente a função de dar abrigo a seus aplica-tivos. No entanto, você também pode optar porinstalar o programa em algum lugar na suapasta de Início ou Home (/Users/você), casoesteja compartilhando seu Mac com outrosusuários (crianças hiperativas, cônjuges, faxinei-ras, loucos desvairados) e quiser que o soft-ware seja utilizado única e exclusivamentepor você e mais ninguém (egoísta você,hein?). Como os outros usuários não podemver o conteúdo do que está dentro da suapasta de usuário (com exceção da pastaPublic), ninguém poderá rodar o programa,já que ele não está na pasta Aplicativos, quepode ser acessada por todos.

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MáRciO nigRo

pRogrAMaS comPACtAdosAtualmente, uma das principais fontes de pro-gramas é a Internet, de onde é possível baixaruma vasta quantidade de freewares, sharewa-res, demos e até mesmo comprar progra-mas comerciais e fazer o download delesdepois de fornecer o número de seu cartãode crédito.Na época em que o Mac OS 9 era o sistema“oficial” da Apple, a esmagadora maioriados arquivos que você baixava da Internetvinham com a extensão .sit, que indica o for-mato de compressão StuffIt, que não é direta-mente compatível mas é similar ao .zipfamoso no mundo Windows. Pois bem: com a introdução do Mac OS X, mui-tos arquivos passaram a vir comprimidos emformatos de Unix (a família de sistemas opera-cionais da qual o OS X faz parte). Assim, quan-do você se deparar com documentos com no-mes que terminam em .tar ou .gz, pode tercerteza de que eles foram compactados ou co-dificados com ferramentas Unix. Caso você esteja se perguntando, .tar é abre-

viação de Tape Archive, umantigo utilitário Unix quecombina (mas não compri-me) vários arquivos em ape-nas um, para facilitar atransmissão. (Originalmen-te, a intenção era preparar

arquivos de backup em gravadores de fita.)Já o .gz vem do gzip, programa de compres-

são padrão do Unix. Você pode tambémbaixar algum documento cujo nome terminaem .tar.gz, indicando que é um arquivocomprimido que contém diversos itens.Mas não tema, destemido macmaníaco. Isso

Agora, vejamos os métodos de instalação quevocê pode encontrar pela frente.

ARRASte & SoltEO modo mais simples e rápido de instalação équando o CD, arquivo “estufado” ou imagemde disco inclui uma pasta que deve simples-mente ser arrastada para o lugar desejado.Normalmente há um documento “Read Me” ouuma instrução orientando-o a fazer exatamenteisso. Apesar de esse procedimento estar nor-malmente associado a aplicativos mais simples,como o browser OmniWeb, a Microsoft vemusando esse procedimento rápido de instalaçãohá anos para a maioria de seus produtos,incluindo o Office v.X.

InStAlAdoReSA maioria dos programas comerciais vem naforma de um software instalador que se en-carrega de colocar todos os arquivos necessá-rios em seus devidos lugares (alguns põemitens em pastas diferentes daquela onde o apli-cativo se encontra).

Geralmente, esses instalado-res levam o nome do progra-ma mais a palavra “Installer”.Ao duplo-clicar esse ícone,será possível ver a tradicionalcaixa de diálogo de instala-ção. Na parte inferior dela,

você provavelmente encontrará um menu oubotão que possibilita escolher a pasta (“Select

InSTAlaçÃoSEmPROBlEMAS

InSTAlar pRogrAmas No Mac oS X é dOIS Palitos

OMac OS X é relativamente novo e muita coisamudou nele em comparação ao OS 9. Felizmente, ainstalação de programas ainda continua semelhanteao que sempre foi, às vezes até mais fácil. Porém,

há alguns detalhes e truques que podem ajudar bastante. Um aplicativo pode ser instalado a partir de diversas fontes— CD-ROM, arquivo independente, via Internet etc. — e o processo pode utilizar diferentes metodologias. Veja osprincipais casos e como proceder em cada um deles.

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Folder”) em que o software será instalado.Acima desse botão, é possível ver a descri-ção do lugar correntemente escolhido paraa instalação, que é normalmente a pastaAplicativos. Alguns instaladores tambémpodem trazer um menu no topo da janelaonde você escolhe entre a instalação fácil(“Easy Install”) ou a personalizada(“Custom Install”), que permite determinarquais elementos serão ou não instalados.Definidas tais configurações, clique no botãoInstall para dar prosseguimento ao processo. É bom notar que alguns instaladores exigemque você digite a sua senha de administradorantes de realizar a instalação e, entre outrascoisas, podem também apresentar os termosde licença de software, com os quais vocêdeve concordar (clicando no botão “Accept”)ou então desistir de instalá-lo. Outros instaladores, como o do QuickTime,por exemplo, podem fazer o download viaInternet dos arquivos necessários.

PAcotESO Mac OS X vem com um software de instala-ção próprio, o Installer, que é utilizado pordiversas empresas além da Apple. Os arquivos

que utilizam o Installer podem ser facilmenteidentificados pelo ícone, que tem a aparênciade uma caixa aberta e pelo nome terminadoem .pkg (package, “pacote” em inglês). Aoduplo-clicar um documento como esse, vocêverá a caixa de diálogo padrão do Installer,que tem a vantagem de estar em português seesse for o idioma padrão que você escolheu.O Installer torna o processo de instalação fácile intuitivo, dividindo-o nas seguintes etapas:“Introdução”, “Leia-me”, “Selecionar Destino”,

“Tipo de Instalação”, “Insta-lando” e “Finalizar”. Em al-guns casos, a tela inicial pedi-rá que você forneça a suasenha de administrador, cli-cando no botão com o íconede um cadeado fechado.

A “Introdução” simplesmente descreve o que osoftware faz, e o “Leia-me” traz informaçõesrelevantes à instalação. É sempre bom dar umalida nesses textos para evitar surpresas.

AbRindo uma IMAgem de discoÍcone .dmg ou .smiDepois de “desestufar”(esse é o modo descoladode dizer “descomprimirpelo StuffIt Expander”)um programa, é comum

que ele tome a forma de uma imagem de disco.Quando isso acontece, o nome do documento ter-mina com .dmg ou .smi. As imagens de discoexistem há muito tempo na história do Mac, massão ainda mais comuns no OS X.

Ícone de imagem de discoBasta duplo-clicar no arquivo .dmg e, automatica-

mente, aparecerá em seudesktop o ícone de umdrive externo branco. Essa é a imagem “monta-da” – uma espécie de “HDvirtual”. Duplo-clique esse

item e verá o software que há dentro dele. Copie oconteúdo (ou a imagem inteira) para o HD.

Arrastando a imagem para o LixoPara fazer a imagem sumir (desmontar), arraste-apara o Lixo ou tecle [Ω][E] no Finder depois de sele-cioná-lo. Não se preocupe: o arquivo original .dmg(ou .smi) continuará intacto.

Em “Selecionar Destino”, você define o HD emque o programa será instalado. Os volumes em

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Pasta Aplicativos, antes da faxina... ...e depois, organizada por tipo de programa

O painel de preferências Atualização de Software(Software Update) é seu melhor amigo quando oassunto é a atualização do OS X e dos utilitários daApple. Nesse painel você pode determinar se a atu-alização será feita manualmente ou automatica-mente. O primeiro caso é ideal para quem não temconexão contínua (leia-se: banda larga) à Internet. No segundo caso, você pode definir no menu“Buscar automaticamente por atualizações...”(“Automatically check for updates...”) se o siste-ma deverá fazê-lo diariamente, semanalmente oumensalmente. Também há a opção de clicar nobotão Atualizar Agora (Check Now) para que o OS Xprocure imediatamente as atualizações disponíveisnos servidores da Apple. Se houver qualquer novida-de, aparecerá uma janela mostrando as opções dedownload. Marque as caixinhas correspondentes aos

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que a instalação não é possível ficam apagados.Passando o cursor sobre os ícones desabilita-dos, você vê uma mensagem à esquerda expli-cando porque o programa não pode ser insta-lado no tal disco (não importa o tamanho doprograma; o Installer sempre pede no mínimo100 MB para instalá-lo). Você poderá selecionarum dos discos habilitados, mas não terá a op-ção de escolher em qual pasta quer que o apli-cativo seja instalado (não se preocupe; o pro-grama irá para o lugar certo, normalmente apasta Aplicativos).

fique com tantos itens que você queira organi-zar a bagunça para facilitar sua vida, separandoos aplicativos por categoria (“Internet”, “MP3”,“Design”, “Games”, “Vídeo” e coisas do tipo).No entanto, alguns cuidados devem ser toma-dos. Os programas instalados pelo próprio MacOS X na pasta Utilities e o System Preferencesnão devem ser movidos de lugar, para evitarproblemas futuros. Outros aplicativos, comoiTunes ou QuickTime, podem gerar algunsinconvenientes na hora de realizar atualizaçõesse eles não estiverem na localização original.Um bom conselho é criar desde já pastas comas categorias de softwares desejadas e instalá-los diretamente nessas pastas, quando o insta-lador permitir. µ

Em “Tipo de Instalação” aparecem as opçõesdisponíveis de instalação (se houverem). Por fim, clique em Instalar (ou Atualizar, se forum update) e a tela “Instalando” mostrará umabarra de progresso. (Não é preciso ficar“assistindo” a essa barra; trabalhe normalmenteenquanto a instalação progride.) Quando oprocesso terminar, o instalador mostrará em“Finalizar” as informações finais sobre a instala-ção: é só fechar o instalador (ou reiniciar oMac, se for necessário).

ORganizAçÃoÀ medida que mais e mais programas foreminstalados, é possível que sua pasta Aplicativos

AtUAlizaçÃo automÁticA

softwares desejados e clique no botão Instalar(Install). Tudo será feito automaticamente, e nofinal do processo, se for necessário reiniciar o Mac,surgirá um botão Reiniciar (Restart).É importante notar que, apesar de essas atualiza-ções geralmente serem necessárias, algumas delaspodem ser inúteis para você. Quem não tem

AirPort não leva vantagem em baixarsoftware para ele. Igualmente, sevocê não lê/escreve em dinamarquês,finlandês ou chinês “simplificado”,não há razão para se preocupar ematualizar o suporte a essas línguas. Sevocê não quiser que as opções inúteisapareçam na lista de atualização nofuturo, selecione-as (para mais deuma clique segurando [Ω]) e ative aopção de menu Atualizar ¡ TornarInativa (Update ¡ Make Inactive). As atualizações indesejadas ficarãoescondidas da lista. Para fazê-las apa-recer de novo, basta selecionar Mos-trar Atualizações Inativas (ShowInactive Updates) no mesmo menu.Para instalar as atualizações, você pre-cisará dar sua senha de administrador.

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doUglAS feRnaNdEs

AManSANdoO JAgUar

OJaguar está solto. Ele é lindo, maravi-lhoso… mas não perfeito. Ainda fal-tam funções com as quais estávamosacostumados no Mac OS 9.

Mas existem os sharewares, produtos dasmentes de programadores incansáveis que nãose conformam e dão um jeito. Para eles, umasalva de palmas (uma contribuiçãozinha finan-ceira também ajuda).

Duality 1,6 MB • Freewarehttp://conundrumsoft.com/Duality/duality.html

O Duality preenche um espaço deixado pelo bom, velho e saudosoKaleidoscope – um programinha que nos sistemas clássicos conseguiaalterar radical e completamente o visual do sistema: botões, menus,

janelas e tudo o mais que aparecesse na sua tela.Fez muito sucesso e era campeão em desacele-rar e travar máquinas. O Duality vem agora fazer a mesma coisa. Não,não travar a máquina, mas trocar o “tema” visu-al padrão do Mac OS X. Se você acha o jeitãodo Aqua meio... sei lá, aguado, pode mudá-lo

para algo mais com a sua cara. No “Read Me” que acompanha o pro-grama existe uma lista de sites de onde é possível baixar temas. Aindaé meio bugado: o serviço de procura automática de temas é meiocapenga, e nem todos os temas rolam. Mas é bem legal quando fun-ciona. Esperamos que mais temas estejam disponíveis por aí um diadesses. Por enquanto, mate seus amigos de inveja rodando um OS Xcom cara diferente!

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Para quem não quer gastar dinheiro com o .Mac da Apple e não usao programa de becape deles, esta é uma boa opção. Seu funciona-mento é incrivelmente fácil e simples, e deixa qualquer um que nun-ca fez um backup se sentir à vontade. Você cria tarefas (tasks) dizen-do o que deve ser becapeado e aonde. Não faz compressão e não

tem sistemas de índice para backups que en-volvam vários discos, mas o que você queriapor apenas $15? Apesar disso, ele sabe fazercópias periódicas automaticamente e gravar sóos arquivos alterados. Atende bem quem nãotem um volume de dados muito grande paraser copiado frequentemente.

iMsafe 436k • US$ 15http://homepage.mac.com/sweetcocoa

PrefsOverload 3,1 MB • US$ 15www.ziksw.com/software/prefsoverload.html

Programa para gerenciar os arquivos de preferências do OS X.Grande mão na roda, uma vez que qualquer programinha que vocêuse pelo menos uma vez deixa um arquivinhode preferências dentro da pasta Library. Comele você consegue inspecionar todos essesarquivos e decidir qual deles jogar fora. Háuma opção “Unnecessary Prefs”, que prometeachar arquivos de preferência inúteis na suamáquina, mas comigo ele só achou arquivos desons do sistema... Se essa função funcionar em versões futuras, seráum grande avanço. É ideal para quem gosta de tudo muito bem organizadinho e semcoisas “a mais” dentro do sistema.

Os tarados por ícones agora devem estar mais felizes ainda com o aparecimento doCandyBar, um shareware que ajuda a trocaros ícones genéricos da barra ferramentas do

Finder e do Mac OS X em geral (pastasHome, Applications,Favorites, Lixo e todosos outros itens do sis-tema). Seu funciona-mento é uma baba:

é só arrastar os ícones que você quer usarpara os correspondentes na janela doCandyBar. Para voltar ao que era, também é muito simples: basta clicar num botão.Perfeito para usar junto com os ícones baixados de sites especializados, como o Iconfactory (www.iconfactory.com). Diversão garantida!

CAndyBar 1,4 MB • US$ 12,95www.iconfactory.com/cb_home.asp

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Sharewarezinho para ocultar pastas earquivos. Funciona assim: você esco-lhe uma pasta ou um arquivo, mandaele ficar invisível e, se quiser, faz oMac pedir uma senha a cada vez quealguém tentar tornar visível novamen-te sua pasta ou arquivo. Com certeza não é a forma maissegura de proteger arquivos, e só érecomendável contra pokaprátikas.

Qualquermacmaníacotarimbado consegue abrir seus arquivos semprecisar da senha. Mas, de qualquer forma, éuma boa maneira para conter a tentaçãodaquele colega/cônjuge/irmão xereta.FRUitMenu 1,6 MB • US$ 7

www.unsanity.com/haxies/fruitmenu

Apesar do nome “frutinha”, é bastante útil paraquem quer de volta o menu da maçã como eleera no Mac OS clássico. Com ele, é possívelcolocar mais itens no Apple Menu e em menuscontextuais, e mudar uma ou outra coisinha nocomportamento do sistema, como deixar otexto de submenuscom um corpo menor,por exemplo. Todo oprocesso de perso-nalizar os menus émuito fácil, e é possíveldeixar à mão os progra-mas que você mais usa,como no Apple Menuantigo. Legalzinho.

Nos sistemas clássicos era possível organizar, adicionar e remover aqualquer instante elementos do sistema comopainéis de controle e extensões. Era tão simplesque até mesmo aquele seu amigo pecezista con-seguia fazer. Mas com a chegada do OS X, osfuçadores entraram em desespero. “Cadê apasta de extensões?” “Cadê as preferências?” Para tentar ajudar a organizar isso tudo, vocêpode usar o Alfred, que deixa você ver vários itens do sistema opera-cional e ligá-los, desligá-los ou removê-los.Entre as coisas que você pode administrar estão imagens de mesa(Desktop Pictures), coleções de fontes, plug-ins do iTunes, módulosde efeitos de tela (Screen Effects) e sons. E ele ainda ajuda a instalarprogramas! Nada ainda comparável ao Extensions , mas já é muita coisa.

Alfred 771K • US$ 7www.inferiis.com/products/alfred

Nada mais do que um menuzinho que fica dolado do relógio, que ao ser clicado mostra umcalendário com o mês atual e botões para ver

meses anteriorese posteriores.Muito simples emuito útil, como seu antigo similar parao Control Strip. O autor promete coisasnovas para as próximas versões, comoalarmes e espaços para anotar compro-missos. Por enquanto, aproveite que éde graça e pegue o seu.

MenUCAleNdar 120k • Freewarehttp://homepage.mac.com/cug/Menu4.html

ApiMAc SecREt Folder2,6 MB • US$ 14,99www.apimac.com

Painel de preferências quepermite alterar a seu bel-pra-zer as telas de abertura doMac. Primeiramente, ele podealterar o símbolo que aparecesobre o texto na janela deprogresso. E também o pró-prio texto, além dos alertas

padrãodo sis-tema, dando chance a mil piadas e goza-ções. Nem o fundo de tela da janela delogin escapa ileso. Enfim, sozinho ele su-pera tudo o que foi criado com a mesmaintenção para o sistema clássico.

viSagE 1,6 MB • US$ 9,95http://www.stanford.edu/~keaka/sanity.html

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Mesmo com toda a inovação do Jaguar e a vitaminada que o Get Info doFinder recebeu, o XRay continua sendo muitíssimo útil para quem pre-cisa manter sob controle as informações de seus arquivos e programas.Com o XRay você consegue alterar as datas de criação e modificação deum item, deixá-lo invisível, mudar as permissões, alterar a associação de“tipo/criador” com o progra-ma que gerou o arquivo emudar sua extensão. Outra função muito interes-sante é a de Labels, mas nãoserve no OS X – é útil so-mente para arquivos que ain-da serão manipulados pelosistema clássico. O XRay, além de ser cria deum brazuca, é daqueles pro-gramas que você acaba usan-do muito mais vezes do queimaginava. Vale a pena.

O Jaguar está aí e, uma vez que você der uma voltinha nele, dificilmente vai querer voltar para o10.1, muito menos para o OS 9. Ainda tem algumas arestas a serem aparadas, algumas lacunas,mas nada que um bom shareware não possa resolver. µ

DOUGLAS FERNANDES [email protected]á está começando a achar que pele de oncinha não é tão brega assim.Colaborou Sérgio Miranda

Desinstala pacotes (arquivos .pkg) indesejáveis do seu Mac. O que sãoesses pacotes? São arquivos que contêm os dados utilizados nas insta-lações e updates do Mac OS X. Se você fez atualizações continuamentedesde as primeiras versões do sistema até o Jaguar, deverá ter armazena-da uma grande quantidade de pacotes de programas antigos (como o doiTunes 2, por exemplo) e outras tralhas das quais você nunca mais vai

precisar. Se o Jaguar é a primeira versão do OS X que você instalou, corre o risco de ter entul-hado seu HD com pacotes extras, como os de línguas asiáticas, por exemplo. Para tudo isso, oDesInstaller é bem útil, porquepode livrar espaço na sua máquinaapagando os pacotes ou armaze-nando-os em outros lugares. Masatenção! Ele é campeão em deto-nar o sistema e gerar “telas azuis”no seu Mac, que só serão conser-tadas se você reinstalar o Mac OSX. Portanto, preste muita atençãono que está fazendo, e tenha sem-pre por perto os discos de insta-lação originais e um pai-de-santo.

XRAY 1,5 MB • US$ 14www.brockerhoff.net/xray

DesInstaller 414K • Freewarehttp://krugazor.free.fr/software/desinstaller/DesInstaller.html

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1 Abra o LightWave, selecione a aba Scene e cli-que na opção “FX_Browser”, à direita. No cam-po Add selecione a opção “HVEmitter” (fig. 1).

Isso irá adicionar um emissor de partículas deHyperVoxels no centro de sua cena (fig. 2).

2 Para observar que o emissor está funcionan-do (ou seja, emitindo as tais partículas), bastaclicar no botão Play (fig. 3) nos controlesde playback de animação (no canto infe-rior direito da linha de tempo).

3 Na janela Particle FX Browser, clique nobotão Property para abrir a janela de ajustesdas propriedades do emissor de partículas (fig.4). Na aba Generator, mude o parâmetro“Birth Rate” para 200 (isso garante a emissão

de mais partículas). Se quiser observar comoas alterações dos parâmetros a seguir afetam ocomportamento delas, clique no botão Play edeixe o playback da animação funcionandoenquanto altera as opções na janela de pro-priedades. Na aba Motion podemos ajustar ocomportamento de movimento das partículas.Por enquanto, elas estão apenas nascendo namesma posição. Mude no campo Y o valorpara 4 e observe o movimento vertical. Ocampo Explosion muda o comportamento demovimento para que ocorra de dentro parafora do emissor (como numa explosão, daí onome). Quanto maior o valor, mais potenteserá a explosão. Ajuste o valor para 2 e obser-ve o resultado.Para gerar um resultado mais real, que tal atri-buirmos um peso para as partículas? Como elasjá possuem uma massa (definida no campo

Particle ¡ Particle Weight), tudo o que precisa-mos fazer é aplicar uma gravidade. Na aba Etc,aplique nos campos Gravity o valor e a direçãodesejada para o efeito gravitacional. Em nossocaso, vamos aplicar o efeito de gravidade con-vencional, ou seja: na direção vertical, parabaixo. Para indicar isso, basta digitar algumvalor negativo no campo Y. Sugestão: -5.Observe que agora as partículas começam acair após um certo momento (figs. 5a e 5b).

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dAvid oliveiRa

lightwAvE 3dparte 2:pARtículAs E efeitosvoluMétRicos

GeRando eMissores de pARtículAs

1

2

3

4

5a

5b

Continuando nossos tutoriais (ver Macmania 98), veremos aqui um dos recursos de3D mais usados em efeitos especiais: partículas. São elementos gerados através deum padrão de movimento e características físicas (gravidade, peso, vento, colisãoetc.) aos quais aplicamos algum efeito de render volumétrico para obter o visual de-

sejado (fumaça, líquido, fogo, etc.). No LightWave, as partículas são geradas por emissores deHV (HyperVoxels), Partigons (pontos visíveis) ou vetores de força (vento, gravidade), quepodem ser ajustados para gerar resultados físicos realistas. Este tutorial é dividido em trêspartes: criar emissores de partículas; explorar o render volumétrico (HyperVoxels) associadoaos emissores de partículas; e colocar em ação o aprendido gerando um tornado animado.

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2 Pressione Return para criar um keyframe. AJanela Create Motion Key se abrirá (fig. 10).Clique OK para confirmar a criação do keyfra-me no frame 0.

3 Arraste o marcador de tempo parao frame 30 (fig. 11). Mova oemissor de partículas para ou-

tra posição dacena e crie umnovo keyframe.

4 Seguindo o mesmo procedimento,crie um novo keyframe no frame 60,com o emissor em uma outra posição

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Conforme já comentamos, as partículas são, nagrande maioria das aplicações, utilizadas parasimular efeitos naturais volumétricos (fumaça,água, fogo etc.). Um dos recursos que o Light-Wave oferece em conjunto com partículas é oHyperVoxels (um termo derivado de VOlume-tric PiXELS). Através dele, podemos aplicar umrender volumétrico em torno de cada partícula,conseguindo assim um aspecto real do efeitogerado por elas. Mais interessante do que isso:podemos visualizar um preview desse efeitodiretamente na janela (sem precisar realizarnenhum render). O procedimento para isso édescrito a seguir:

1 Selecione Scene:HyperVoxels (fig. 6).

2 Na janela de ajuste de HyperVoxels, cliqueduas vezes sobre o emissor HV Emitter na listada esquerda para ativá-lo (uma marca aparece-

rá ao ladodo nome)(fig. 7).

3 No menuObject Type,você selecio-na como aspartículas se-rão rende-

radas e suas caracteristicas ópticas. Por exem-plo, use a opção“Surface” para fazercom que as partícu-las sejam rendera-das para simularuma superfície bemdefinida, como umlíquido, por exem-plo. A opção Vo-lume determinacaracteristicas maisvolumétricas (me-nos definida) comoaconteceria no casode uma fumaça ouuma explosão.

Dica: Use a aba “Shading” para definir as carac-terísticas (cor, transparências, brilho etc.) domaterial das partículas.Finalmente, a opção “Sprite” permite geraruma simulação em 2D (plano de tela) do queseria o comportamento visual volumétrico des-tas partículas. O resultado é algo bem maisrápido de calcular, permitindo assim que sejavisualizado em real-time na tela (com OpenGL)sem a necessidade de render.Selecione a opção “Sprite” e ative “ShowParticles” na parte inferior da tela.Isso deverá mostrar um preview do efeito volu-métrico obtido pelas partículas (fig. 8).

HypeRVoxels: Aplicando volumetriA às pARtículAs

Você poderá constatar algumas das propriedadesfísicas das partículas, como por exemplo, a suamassa. Isto pode ser verificado pela própria inér-cia (causada pela massa de cada partícula). Bastausar as técnicas básicas de animação do Light-Wave para animar esse emissor de partículaspela cena. Use o seguinte procedimento:

1 Posicione o marcadorde tempo no frame 0 (fig.9). Usando a ferramentaMove (atalho [T]), arraste o emissor de partícu-las para a posição inicial desejada na cena.

Dica: Para arrastar um objeto livremente sobreo plano de chão, basta selecioná-lo, clicar como mouse em qualquer ponto da janela de dese-nho (não clique sobre o objeto que você desejamover) e arrastar.

da cena. Procure gerar um caminho com umacurva para que você possa perceber o compor-tamento de inércia das partículas.

5 Clique no botão Play e perceba o comporta-mento de inércia das partículas (causado pelamassa) (figs. 12a, 12b, 12c).

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8

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11

10

12a

aniMAndo um eMissor de pARtículAs

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6 Mantendo o playback em reprodução, abra ajanela de propriedades do emissor e, na aba“Particle”, mude o peso da partícula (ParticleWeight) para 0.5. Pressione [Tab] ou [Return]para confirmar o valor digitado. Mude nova-mente o peso para outros valores e note o re-sultado na inércia de movimento das partículas.

Um dos maiores desafios no uso de softwares3D é a simulação convincente de efeitos natu-rais. Vamos agora colocar em prática as técnicasaprendidas para gerar um tornado.

1 Limpe a cena (File ¡ Clear Scene). Ajuste otempo final da animação (no campo à direitada Barra de Tempo) para 1000 (fig. 13).

2 Abra a janela de gerenciamento dos emisso-res de partículas. Adicione um novo emissorHV Emitter e mude as propriedades para:Generator: Birth Rate = 80Particle Limit = 10000

Start Frame = -500 (habilite a caixa Fixed para tal)Life time (frame) = 600 (na aba Particle)(fig. 14a, 14b)

3 Usando o menu Add na janela de gerencia-mento dos emissores, adicione um modificadorde vento (Wind) e faça as alterações descritas aseguir.Na aba Mode:Wind Mode = rotation (y)Falloff mode: OFFPower = 90%(fig. 15a)

Na aba Vector:Y = 5(fig. 15b)

criando uM toRnAdo 3d

VÁ dE deMoVocê poderá executar toda a sequência destetutorial usando a versão demo do LightWave 3D, que pode ser baixada de www.lightwa-ve.com.br. Os arquivos usados neste tutorialtambém podem ser acessados nesse site.

Esse modificador afetará as partículas nomomento de seu nascimento, impulsionando-as para cima em um movimento de rotação(como em um tornado).

4 Dê Play na animação e observe que o seutornado já está tomando forma (fig. 16).

5 Para obter um resultado ainda mais real,vamos aplicar uma turbulência nas partículas,gerando assim um movimento menos uniformedas partículas no tornado (como aconteceriaem um tornado). Para isso, basta adicionarmais um emissor tipo Wind, com a diferença deajustar (em property) o parâmetro Wind Modepara Turbulence e Power para 200 (fig. 17).

Pronto! Você acabou de definir toda a mecânicade movimento de partículas em um tornado.Daqui para a frente o trabalho de render envol-ve o ajuste dos parâmetros de HyperVoxelspara que o tornado tenha um aspecto volumé-trico. A fig. 18 mostra uma imagem renderada

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14b

15b

1614a

15a

12c

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voando dentro do tornado. Selecione a vaca(no menu Item na parte inferior da janela) eselecione o comando Items: Motion Options(atalho [M]) (fig. 19). Na parte inferior dessa janela, observe que foiaplicado um modificador chamado “Particle FXLink”. Duplo-clique ele na lista e observe seusparâmetros. Note que o campo Node indica aqual partícula do emissor a vaca está associada.Caso você queira explorar um pouco mais oque os geradores de partículas podem fazer,estude as cenas-exemplos extras, disponíveis

no site. Elas apresentam diversas situaçõesdiferentes de uso de partículas, explorandoinclusive situações de colisão de partículascom objetos. Ao abrir a cena, use o botão de Play (cantoinferior direito) e observe o movimento daspartículas. Para saber como os geradores departículas foram ajustados, selecione no menuItem (na parte inferior da janela) o gerador departícula desejado e analise seus parâmetrosatravés do comando FX Browser (clique nobotão Property para observar as propriedades).Analise também os parâmetros de HyperVoxelsatravés do comando Scenes:HyperVoxels.

No próximo tutorial falaremos sobre Soft BodyDynamics (Dinâmica de Corpos Suaves) e co-mo eles são usados em 3D para gerar anima-ções 3D bastante realistas envolvendo a colisãode objetos. Até lá! µ

DAVID OLIVEIRA [email protected]

É diretor da CAD Technology.

deste tornado com HyperVoxels. O render foifeito sobre uma foto (aplicada como back-ground) para maior realismo.Para saber como os parâmetros de HyperVoxelsforam ajustados para obter este resultado derender baixe o arquivo Tornado Exemplo.zipdo site www.lightwave.com.br/tutoriais/partículas. Descompacte o arquivo e analisecuidadosamente os parâmetros aplicados najanela de HyperVoxels. Rendere um filme dessaanimação e observe os resultados obtidos.Uma última dica: Você pode associar objetos aomovimento de cada partícula HV gerada porqualquer emissor. Observe que existe uma vaca

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Respondemos aqui a dúvidas técnicas sobre Mac, dando soluções para problemas de funcionamento, com o auxílio do AppleLine (5503-0090/0800-1-27753). Envie suas questões para [email protected], informando a cidade de onde está escrevendo.

IT’S A BUG, DAVE “Por que o Mac dá pau de DHCP em minha rede?”

QUEIMADOR ALIENADO “O Mac OS X não reconhece meu gravador Que!”

FIRMWARE NADA FIRME “Não consigo atualizar meu iMac”

FILMES QUE EMPERRAM “Por que perco frames ao exportar?”

Esse problema pode ocorrer devido a dois fatores:

1 A rede está sem um servidor DHCP e as máquinas estão configuradas paraobter o endereço IP automaticamente.

2 Existe um servidor DHCP na rede, mas o DAVE usa primariamente a cone-xão com o servidor e não libera o IP para o sistema.De qualquer forma, para resolver o problema basta fixar um endereço IP nopainel de controle TCP/IP, em vez de usar o modo DHCP. Se não resolver,verifique as configurações que o DAVE usa, desabilite alguma que faça o sis-tema voltar a controlar as conexões TCP/IP e tente novamente.

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Tenho três Macs em rede. Dois deles rodam o Mac OS 9.1 e outro o 8.6.

Eles estão ligados aos PCs (Windows 2000) pelo DAVE. Até aí, o único

problema são os PCs, mas vira e mexe (pelo menos umas cinco vezes

por dia) aparece uma mensagem nos Macs: “DHCP could not renew

your TCP/IP lease. An application on your Macintosh is using the DHCP

port. Contact your network administrator.” Funciona tudo normal-

mente. Só clico OK, a mensagem fecha e volto a trabalhar. Mas enche

a paciência! Como me livro disso?

Benito Santos – Brasília (DF)

Tenho um PowerBook 500 MHz Graphite com DVD e tudo o mais. Depois

que instalei o OS X, tudo funcionou na mais perfeita ordem, menos o

meu queimador de CD. Tenho um Que! Drive USB 8X há mais de dois

anos e nunca me deu problema. Ao contrário, queimava tudo que era

uma beleza! Era, pois depois do X só consigo queimar a minha cuca! O

Toast Titanium não está reconhecendo meu drive. Já tentei pelo

iTunes e nada também! Troquei os cabos (todos os possíveis), usei

todas as portas e sem hub nenhum. Enfim, fiz de tudo no sentido de

cabos, fios, portas, etc. e nada! Já reiniciei com o gravador desligado

e ligado e também nada! O que pode ser? Por que não reconhece?

Aonde posso ir? E, para piorar, o site da Que! está fora do ar...

Vergara

No site da Apple, na seção Mac OS X, há um link somente para downloads de drivers. Lá (mais exatamente, em www.apple.com/downloads/macosx/drivers/qpsqueusbcdrwdriver.html) pode ser encontradoo QPS Que USB CD-RW Driver 1.3. Esse driver foi desenvolvido e testa-do pela própria QPS (desenvolvedora do Que! Drive) para utilizá-lo com oToast e o iTunes.

Tenho um iMac 233 MHz. Ele tinha o sistema original (8.1) e resolvi

instalar o 9.2.1. Aproveitei a ocasião para reformatar o HD e deixá-lo

limpinho para o novo sistema. Evidentemente, pelo fato de ter refor-

matado o HD, dei boot pelo CD. Ao duplo-clicar no ícone “Install Mac OS

9.2.1”, recebi a seguinte mensagem: “Your Mac’s firmware is out of

date. Firmware updates can be found in the CD Extras folder on your

Mac OS CD.” Seguindo essa orientação, deparo com a seguinte mensa-

gem ao tentar abrir o update: “Your Hard Drive Mac OS 9.2.1 is out of

space. Please free up some additional space by removing unneces-

sary applications or files, then run the updater again.” A pergunta

que não quer calar é: se estou instalando o sistema pelo boot do CD,

uma vez que reformatei o HD, é óbvio que ele não pode fazer o update

no CD; mas como dizer a ele que o update tem que ser feito no HD

limpo? Já tentei instalar o sistema 8.6 nesse iMac e ele não deixou,

dizendo que não existia esse tal de “firmware”.

Dalton Barone

O programa de instalação de firmware realmente não dá a opção de selecio-nar o volume aonde ele será instalado. É necessário reinstalar o sistema origi-nal do equipamento (8.1), copiar o arquivo do update de firmware do CD do9.2 para o HD e executá-lo a partir do HD. Após esse processo, desligue oiMac, use um clipe de papel para pressionar o botão de programação (que ficaabaixo do botão de restart); ligue o iMac e segure o botão de programaçãoaté ouvir um som. Solte o botão e aguarde o término da instalação, que seráindicada por uma barra de progresso. Após o update de firmware, será possí-vel reformatar o HD e instalar o sistema 9.2.1 sem nenhum problema.

Tenho um G4 400 MHz com HDs de 20 e 40 GB, 16 MB de vídeo, 704 MB

de RAM (512+128+64) e SuperDrive, sendo que o OS X está no disco de

40 GB (7200 RPM) e, o OS 9, no de 20 GB (5400 RPM). Quero simples-

mente editar uns filminhos no iMovie e queimar DVDs no iDVD. Quando

importo ou exporto filmes para a câmera eles perdem frames. A ques-

tão é: O HD é lento? Devo colocar uma placa controladora SCSI, ou uma

Sonnet Tempo já resolve? Devo colocar mais RAM?

Cristiano Rosa

Existem muitos passos que devem ser verificados para solucionar esse tipode problema, principalmente no OS 9. Você pode aumentar a memória aloca-da para o iMovie, desligar o Appletalk, o Web Sharing ou a memória virtual.No painel de controle Monitors, o refresh rate deverá estar em 75 MHz ousuperior, pois se estiver mais baixo pode interferir no playback. Verifiquetambém se as extensões da placa de vídeo (ATI) estão na versão corretapara a placa utilizada, e se o HD não está muito fragmentado; neste caso, oideal é fazer a desfragmentação. Confira se o painel de controle TCP/IP estáem DHCP. Se sim, mude para Manual ou desligue o TCP/IP. Usar um HD mais rápido ajuda muito. No caso descrito, o ideal é o de 7200RPM. Não existe a obrigação de usar um HD SCSI; como o HD é uma das par-tes mais importantes do processo, o ideal é certificar-se que o HD usado éde excelente qualidade e está em perfeitas condições. Como no seu Macexistem módulos adicionais de memória, será interessante testar os módulos,ou seja, trabalhar com menos memória. Pode ser melhor trabalhar com menosmemória se um módulo instalado não estiver em perfeitas condições de sin-cronização com os demais.

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FinkDifferent

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o sUPLemenTo Dos Power Users

Ano 5 • Nº45Parte integrante da revista MacmaniaNão pode ser vendido separadamente

Conheça a primeira distribuição de pacotesOpen Sourcepara o Mac OS X

Por Oswaldo Bueno

Para entender como o Fink funciona, é precisorelembrar a sua origem no Linux. Há algunsanos, toda vez que você quisesse instalar umaplicativo Linux em sua máquina, precisariabaixar os binários num arquivo compactado.tgz e verificar se não faltava nenhuma biblio-teca ou se a instalação não iria conflitar comoutro aplicativo. Para resolver esse problemasurgiram os pacotes. O primeiro deles foi oRPM, usado inicialmente pela Red Hat e agoratambém por outras distribuições Linux.Concorrendo com o RPM há os pacotes .DEBda Debian. A vantagem do .DEB é possuir umsistema mais eficiente de resolução de depen-dências e conflitos, que no RPM era mínimo.Hoje em dia, os dois sistemas de pacotes têmbasicamente os mesmos recursos.Um outro recurso que o Debian possui é a ins-talação e atualização de pacotes através daInternet. Isso é uma mão na roda e foi uma dasrazões de alguns usuários terem migrado paraa distribuição Debian.O Fink ( http://fink.sourceforge.net) usaos pacotes do tipo .DEB para instalar softwaresOpen Source disponíveis na Rede para Mac OSX. Ele acabou se tornando também o projeto noqual é feito o esforço de migração desses soft-wares para a plataforma Darwin, base do OS X.Tanto é assim que você encontra na Internetempresas que vendem CDs de softwares queforam migrados pelos integrantes da Fink.Existem até duas páginas comentando o assun-to: http://fink.sourceforge.net/pr/openosx.php e http://fink.sourceforge.net/pr/forked.php.Um pacote pode conter um aplicativo, um utili-tário, uma biblioteca (algo parecido com as ex-tensões do Mac OS clássico) etc. A organização

dos aplicativos em vários pacotes evita a necessi-dade de reinstalação repetida de uma mesma bi-blioteca, como também ajuda – e muito – a nãoerrar e instalar versões incompatíveis entre si.Na distribuição do Fink você vai encontrarvários pacotes que já foram migrados do BSD,Linux e outros *nix. Entre eles, o GIMP (cloneOpen Source do Photoshop), KDE, KDE Officee várias ferramentas para rede, como Ethereal,nmap, mtr etc.

Como instalarO processo de instalação do Fink começa bai-xando-se um .pkg gravado num .dmg. (Não temidéia do que estou falando? Leia o Bê-A-Bá doMac desta edição.)O pessoal que organiza a distribuição Fink ins-tala todos os programas e bibliotecas dentro dodiretório /sw, para que esses programas não se

misturem com os outros que já existem na suamáquina. O que acaba facilitando também adesistalação do Fink, caso você desista de usá-lo.Feita a instalação do .pkg, você precisa criar oarquivo .cshrc no seu diretório Home. A forma mais facil é abrir o Terminal e digitar aseguinte sequência:cd ~/

cat >> .cshrc

source /sw/bin/init.csh

[Control][D]exit

Feito isso, quando você abrir uma nova janelano Terminal, o seu shell será configurado paraencontrar todos os aplicativos já instalados e osque serão instalados pelo Fink.Para finalizar a instalação dos aplicativos basi-cos do Fink, abra uma nova janela e digite:fink scanpackages

Um exemplo do KDE (distribuído via Fink) rodando dentro do Mac OS X

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Fink Different(Digite a sua senha)

Toda vez que você quiser instalar um pacotepelo Fink, precisa estar “logado” como root.Para isso, o mais facil é digitar no Terminal:sudo tcsh

(Digite a sua senha)

O prompt muda, indicando que agora você estácomo root.De tempos em tempos e antes de instalar umpacote, é recomendado que você atualize a listade pacotes disponíveis. Para isso, digite:apt-get update

Com a lista de pacotes atualizada, você podepedir para atualizar as versões dos aplicativos:apt-get upgrade

Importante: Para melhorar a velocidade dosdownloads, os pacotes do fink estão sendoguardados em um novo servidor. Para maioresinformações veja http://fink.sourceforge.net/news/bindist_move.php.A forma mais fácil de atualizar o caminho épedir para atualizar o próprio apt-get:apt-get install apt

O apt é a ferramenta usada no Fink para insta-lar e atualizar pacotes. Aceita vários comandos;para conhecê-los, digite:apt-get

Para instalar um pacote que ainda não está nasua máquina, basta digitar:apt-get install nome_do_pacote

Mas se você não sabe o nome do pacote, é maisfácil usar o dselect, uma ferramenta que tra-balha em conjunto com o apt. Com ele vocêpode ver a lista completa de pacotes disponi-veis. Digite:dselect

E verá a seguinte tela:

Com as teclas de setas [¡][¢], selecione a opçãoUpdate e aperte [Return]. Isso executa o coman-do apt-get update, e o dselect recria sualista de pacotes a partir do que o apt-get con-seguiu encontrar.Agora vamos escolher os pacotes que você querinstalar. No menu, selecione a opção Select (seela já não tiver sido selecionada). Você veráuma tela de ajuda:

Pressione a barra de espaço de seu teclado. Issomostrará a lista de pacotes instalados e disponí-veis. Os instalados exibem três asteriscos ***no começo da linha. Você pode usar as setas direcionais [¡][¢] paraselecionar um pacote, e também pode usar afunção de busca. Como exemplo, vamos instalar um outro shell,o bash. Pressione [/] para começar uma busca edigite bash seguido de [Return]. O nome do paco-te do bash estará selecionado; para instalá-lo,pressione [+] ([Shift][=] no teclado abreviado).Você verá a seguinte tela:

Essa tela indica que houve um problema. Nestecaso, o bash precisa de outros pacotes (bibliote-cas) para poder funcionar. Pressione a barra deespaço e verá a seguinte tela:

Neste exemplo, ele está indicando que o bashnecessita três outros pacotes. O dselect jámarca essas bibliotecas para também sereminstaladas. Para confirmar, basta pressionar[Return]. Você voltará para a lista completa de pacotes. Em alguns casos, essa tela de dependência podeaparecer várias vezes seguidas. Isso aconteceporque um aplicativo depende de uma bibliote-ca que por sua vez depende de outra e daí emdiante. Quando todas as dependências estiveremresolvidas, ele voltará para a lista de pacotes.Você pode selecionar outros pacotes, mas paraos fins desta demonstração, vamos pedir parainstalar somente o bash e as três bibliotecas deque ele precisa.Na tela em que estão listados todos os pacotes,pressione [Return]. Se não houver nenhumadependência ou conflito, você voltará para atela inicial:

Se a opção Install não estiver selecionada, useas setas para selecioná-la e pressione [Return].A tela seguinte informa quais pacotes serão ins-talados, quantos KB deverão ser baixados etc.Pressione [Y] para continuar e fazer o downloaddos pacotes.

A próxima tela indica que todos os pacotesforam instalados e o apt-get está pedindo auto-rização para apagar os pacotes que já foram ins-talados. Pressione [Y] para confirmar.

Instalando o GIMP através do FinkVolte à tela de seleção de pacotes e digite:/gimp

Aparecerá o pacote GIMP:

Pressione [+]. Surgirá o aviso sobre dependên-cias e, em seguida, a lista de pacotes de que oGIMP precisa:

Com a seta para baixo [¢], selecione o pacotexfree86-rootless e pressione [+].Pressione [Return] para confirmar as sele-ções/dependências do GIMP. Você voltará paraa lista de pacotes.

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Recomendo a instalação do blackbox-rootless, um gerenciador de janelas para o XWindow System. É o que funciona melhor como X/Free-Darwin em modo rootless. Para sele-cioná-lo. digite /blackbox. Agora, dê [¢], poisexistem duas versões do Blackbox: normal erootless. Pressione [+] para adicioná-lo.

Já temos todos os pacotes de que precisamos;podemos apertar [Return] e mandar ver.

Para instalar o GIMP, será necessário fazer odownload de quase 8O MB. Pressione [Y] paraautorizar o download.

Ao terminar, saia do dselect no prompt doshell e digite exit para “deslogar” do usuárioroot. Voltando a estar “logado” com o seu usuá-rio, digite:cat > .xinitrc

exec /sw/bin/blackbox

[Control][D]Você acaba de configurar o Blackbox pararodar ao se abrir o ambiente X Window. Para abrir o X Window, vá o Finder, entre nodiretório /Applications e clique duas vezes

no ícone do XDarwin. Apósaberto, selecione no menuXDarwin a opção Preferencese configure-o para rootless,como na tela abaixo:

Repare que carre-gou a barra doBlackbox no pé datela. Ao clicar norelógio, abre-se ummenu com váriasopções. Você podeconfigurar ondeessa barra será car-regada etc.Para abrir o Gimp,selecione-o no

menu, como na tela à direita.O X Window espera encontrar um mouse detrês botoes. Num Mac com mouse de um botãosó, você pode emular os outros dois botões

Fink JaguarnoAté o fechamento desta edição, ainda não haviasido lançada uma versão do Fink diretamentecompatível com o 10.2. Como ela já existe e estáem testes, é melhor esperar um pouco, já que oinstalador ainda não está pronto e o processode compilação é complicado; você tem que fa-zer muita coisa “na mão” e precisa ter o Deve-loper Tools. Para os mais corajosos, porém, eisa descrição do processo.A primeira providência a ser tomada é instalar oDeveloper Tools, que acompanha o Jaguar etambém pode ser encontrado no site do ADC(www.apple.com/br/desenvolvedor) . Umavez instalado, crie um folder que irá guardar osarquivos para a instalação do Fink. No prompt do Terminal, execute esta sequênciade comandos:cd finkcvs

cvs -d:pserver:[email protected].

net:/cvsroot/fink login

cvs -d:pserver:[email protected].

net:/cvsroot/fink co fink

cd fink

Quando o Terminal pedir a senha, tecle [Enter]. A partir daqui, há dois caminhos a tomar. No pri-meiro caso, você nunca instalou o Fink e desejafazê-lo pela primeira vez. No segundo, você estáfazendo somente um update.

Pela primeira vezDigite o comando:./bootstrap.sh

Esse comando irá baixar para sua máquina to-dos os arquivos necessários. Isso pode tomaralgum tempo, dependendo de sua conexão. Vátomar um cafezinho... Uma vez terminado, você

vai precisar editar o arquivo de configuração doFink (/sw/etc/fink.conf). Mude a linha deTrees para: Trees: local/main stable/main stable/crypto

local/bootstrap unstable/main unstable/crypto

(Você só estará acrescentando a parte de uns-tables, já que esta versão ainda está em testes.)Pronto. Uma vez instalado, digite:fink selfupdate-cvs

Ele irá baixar a descrição dos packages para oOS X 10.2.

AtualizaçãoAntes de mais nada, faça uma checagem geralpara ver a integridade de seus pacotes pré-ins-talados, digitando o comando:./dpkg-checkall.sh

(Você pode executá-lo quantas vezes achar ne-cessário até não ter mais avisos de problemas.)Caso você receba algum aviso de arquivo cor-rompido, digite o comando:fink reinstall [nome do pacote corrompido]

Edite o arquivo de configuração (/sw/etc/fink.conf). Mude a linha de Trees para: Trees: local/main stable/main stable/crypto

local/bootstrap unstable/main unstable/crypto

(Conforme dito antes, você somente estaráacrescentando a parte de unstables, já que estaversão ainda está em testes.)Digite o comando (do diretório finkcvs/fink):sudo ./update-fink.sh

Agora você só precisa fazer um update nospacotes pré-instalados, através do comando:fink update-all

Luiz Fernando D. Dias

segurando [Option] e [Ω] ao clicar.Para fechar o ambiente X Window da formacorreta, feche todos os aplicativos X Window eno menu do Blackbox selecione “Exit”. Quandoo Blackbox fechar, o XDarwin fechará automa-ticamente também. mP

Oswaldo BuenoÉ o Carpinteiro responsável pelo site da Tok&Stok.

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Toda vez que você se conecta, no Shell é cons-truída automaticamente uma tabela com a listados comandos que foram executados. O co-mando que administra essa lista é o history.Exemplo:

O comando history pode ser configurado paraescolhermos quantos comandos o Shell deveguardar no histórico. Para isso utilizamos ocomando set history=n, em que n é onúmero de comandos que serão guardados.

Mas antes de alterar os parâmetros do históri-co, você pode verificar as configurações dosparâmetros do shell. Utilize para isso o coman-do set.

Nos dados listados você pode notar o parâ-metro savehits seguido do número 150. Esse parâmetro manda que o shell guarde oscomandos executados mesmo após você se des-conectar e reconectar. Caso contrário, o his-tórico será totalmente perdido após o logout.Para utilizar de forma prática o histórico, basta

pressionar a tecla [¡] e os comandos do históri-co irão surgir, um após o outro. Essa é apenas uma das formas de se utilizar ohistórico. Para obter mais informações, utilizeo comando man history.

Esse comando limpa o seu histórico e é muitoútil quando você digita uma senha no lugarerrado e não quer que ela fique gravada para oadministrador ver depois. Verificando com atenção os parâmetros queobtivemos com set, podemos utilizá-lo paraalterar outras configurações do shell:•Alterar o editor padrão do shell:

•Alterar o prompt do shell:

Para uma relação completa dos parâmetrosque podem ser alterados com o comando set,utilize o comando man set.Outra função muito útil do shell são os atalhos.Podemos criar palavras curtas para serviremde atalhos para comandos que utilizamos commuita frequência. Para isso, utilizamos ocomando alias.

No exemplo acima, utilizamos o comandoalias para criar um atalho chamado dir, igualao comando utilizado para listar os diretóriosno DOS, de forma que ele execute a mesmafunção no nosso Unix.Para ver uma relação de todos os atalhos exis-tentes no seu sistema, digite:

UNIXMetendo a mão no Parte 10: conhecendo mais sobre o shell

Você pode, e deve, utilizar o alias para dimi-nuir bastante a digitação dos comandos longosque você precisa utilizar com mais frequência.

Personalizando o OS XAgora que já nos familiarizamos com os co-mandos e caracteristicas do nosso shell Unix,vamos nos voltar para algumas característicasdo Mac OS X. No nosso sistema, todos os co-mandos dados acima só estarão habilitadospara aquela janela do Terminal em que vocêestiver trabalhando quando executá-los.Para manter suas configurações válidas paratodas as vezes que você utilizar o Terminal, seránecessário um detalhe especial.Utilizando o Terminal, crie um arquivo no seuHome chamado .tcshrc. Em seguida, insiranele os comandos que desejar, utilizando umeditor de texto, como o vi:

Salve seu arquivo e feche o editor. Em seguida,abra uma nova janela do Terminal e verifiquesuas alterações. Toda vez que você executar oTerminal, esse arquivo será carregado, e comele as suas configurações pessoais para o shell.Para retornar às configurações originais, bas-tará remover o arquivo .tcshrc e pronto!

Utilize os comandos sempre com muito cuida-do para não causar danos ao seu sistema opera-cional. E continue acompanhando nossas liçõese se familiarizando com o Unix, pois o Mac OSX é o mais novo e moderno membro dessa ilus-tre família. mP

Alberto V. M.Firme e forte com seu G3/266 bege!

Alguns parâmetros para a configuração do prompt

•Diretório atual: %/•Diretório atual, como o Home representado com~ e o Home de outros usuários representado com~usuário: %~•Caminho do diretório atual com substituição doHome por ~: %c•Número atual de históricos guardados: %h•Hostname completo: %M•Hostname após o primeiro ponto: %m•Nome do usuário: %n•Hora do dia em formato 24 horas: %T•Hora do dia em formato 12 horas: %t

Dica de TerminalQuer saber há quanto tempo seu Mac OS X nãorestarta? Digite uptime no prompt do Terminale impressione seus amigos pecezistas.

• • •

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Afinal, você é uma base ou um rato? Microsoft WirelessIntelliMouse ExplorerMicrosoft: www.microsoft.com/brasil

11-3444-6844Preço: R$ 320Requisitos: Mac OS 8.6 ou superior; iMac requeriMac Update 1.1; porta USB

Pró: Muito ergonômico; configurável;rola no OS XContra: Caro; pesado; usa pilhas

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márcio nigro

Enquanto não tivermos algo com me-lhor custo/benefício, o mouse con-tinuará sendo o principal modo deinteragir com o computa-

dor. Por isso, é importante que,antes de tudo, ele ofereça boaergonomia, para que o usuáriosinta-se à vontade mesmo após umtempo de uso prolongado. Alémdisso, também são bem vindosbotões extras e roda de rolagem.Como você já percebeu, não esta-mos falando do mouse do Mac que,como todos sabem, é bonito mas sótem um botão (alías, o mouse inteiro é obotão) e a ergonomia podia ser bem melhor.Nesse ponto, a Microsoft sai ganhando.O Microsoft Wireless IntelliMouse Explorerprovavelmente é um dos melhores (e prova-velmente um dos mais caros também) produ-tos do gênero que você encontrará por aí. Oseu principal diferencial é o fato de ser ummouse óptico que funciona sem fio, utilizandoduas pilhas pequenas para trabalhar. Paratanto, ele vem com uma base receptora —praticamente do tamanho de um mousecomum — que se conecta à porta USB do Mace pode ficar longe dos olhos.

Xô, LER!Ergonomicamente falando, o IntelliMouse éuma benção, pois permite que você o posicio-

ne como quiser à distância de atédois metros da base. Com ummouse tradicional, você normal-mente é obrigada a ficar com obraço na mesma posição o diainteiro, aumentando as chance deser premiado com uma LER (Lesãopor Esforço Repetitivo). Aliás, eumesmo estou no momento comuma leve lesão no tendão do dedomindinho por causa disso. Com o

IntelliMouse, pude trabalhar numa posiçãomuito mais cômoda do que com qualqueroutro mouse, uma vez que não há fios no meiodo caminho. Além disso, o seu formato é superergonômico, permitindo que sua mão seencaixe de forma muito natural.Como se não bastasse todo esse conforto, oIntelliMouse sem fio inclui quatro botões emais uma roda de rolagem programáveis. Osdois botões principais ficam posicionadospara os dedos inicador e médio, como qual-quer outro mouse de dois botões. Os outrosdois ficam ao alcance do polegar, enquanto aroda fica entre os botões principais. Tudomuito posicionado de forma adequada.

O CD que acompanha o produto vem apenascom o driver para OS 9, mas é possível baixardo site da Microsoft o instalador em portuguêspara o OS X (funciona também no Jaguar). Comisso, você pode atribuir ações específicas paracada um dos botões do IntelliMouse: cliquesecundário (menu contextual ou Control-Clique), clique duplo, clique triplo, trava doclique, rolar, auto-rolagem, avançar, voltar, des-fazer, cortar, copiar, colar, determinar uma com-binação de teclas, ir ao Finder, abrir o Sherlockou abrir um item específico. Em outras palavras,sua interação com os programas e sistemaoperacional fica bem mais fácil.Os únicos poréns são o preço, que ficouainda mais salgado com a alta do dólar (R$320 – mas, de repente, pode sair mais baratodo que ter que se tratar de alguma lesão cau-sado por seu mouse atual – e o fato de sóservir, pelo seu formato, para pessoas destras.Outra coisa chata é que ele pesa mais que ummouse comum, com as pilhas. µ

Mouse dA MicRosoft deixa Você livRe pARA clicar

Configure cada botão como bem entender

CAMundOngosem Rabo

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Tektronix Phaser 8200DPXerox: www.xerox.com.br

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Preço: R$ 14.161,57Requisitos: Mac OS 8 ou superior; 32 MB de

RAM; porta USB ou Ethernet

Pró: alimentação de cera facílima; reprodução de cor consistente e exuberanteContra: cara; micropontos como “grão”em fotos; os prints podem riscar 8

Tektronix Phaser 6200DPXerox: www.xerox.com.br

11-5632-3769 (São Paulo)0800-993769 (demais regiões)

Preço: R$ 14.463,90Requisitos: Mac OS 8 ou superior; 32 MB de

RAM; porta USB ou Ethernet

Pró: maior velocidade; reprodução similar à daimpressão offset para trabalhos gráficosContra: cara, menos homogeneidade nareprodução de cores 7

46

MáRcio NiGRo

Impressoras como as Xerox TextronixPhaser 6200DP (laser) e 8200DP (ce-ra) são excelentes alternativas parapequenas empresas e profissionais

que necessitam abundantes provas de impres-são de alta qualidade e não querem que seusprojetos fiquem emperrados por causa de filasde impressão demoradas na rede. Os dois mo-delos imprimem até 16 cópias por minuto emP/B ou cores, utilizando pigmentos CMYK (cia-no, magenta, amarelo e preto) insolúveis emágua. A 8200 só atinge a maior velocidade deimpressão no modo econômico (“Fast Color”),enquanto a 6200 consegue isso até em resolu-ção “Photo”. Assim, a laser é ligeiramente me-lhor que a de cera para quem pensa primaria-mente em performance. Em ambientes commuitos usuários, uns poucos segundos a menospodem agilizar muito a fila de impressão. Já a 8200 tem a vantagem de levar menos

tempo para soltar a primeira página, consu-mindo até 10 segundos para páginas com mui-to texto e gráficos leves, enquanto a 6200requer uns 15 segundos no mínimo. Quandose trata de uma página totalmente coberta deimagem fotográfica, os tempos de impressãoficam muito mais próximos.Em relação à qualidade final, existem vanta-gens e desvantagens para cada uma das duastecnologias de impressão. A impressão de fo-tos na 8200, fixa a 1200 dpi, ocorre por difu-são de micropontos, que é a mesma técnicadas jato de tinta. A laser, com resolução máxi-ma de 2400 x 1200 dpi, utiliza uma retículaanáloga à da impressão offset industrial usada,por exemplo, nesta revista. A 6200 tambémproduz cores mais próximas às que se podeesperar da offset. Assim, no quesito qualidadede impressão, a escolha entre uma ou outradepende fundamentalmente se sua prioridade

é cor ou prova. Tanto em uma como em outra,as fotos impressas ficam com qualidade quasefotográfica – a única diferença visual para um“print digital” fotográfico são os micropontosquando vistas de bem perto.

PAPo técNicoAmbas usam processador interno PowerPC(300 MHz na 8200, 500 MHz na 6200) e inter-pretador PostScript 3 da Adobe. Elas vêm com128 MB de RAM; a 6200 pode ser expandidaaté 512 MB, e a 8200 até 256 MB. Podem ain-da contar com um disco rígido interno opcio-nal. Trazem conectores USB, paralelo e Ether-net. E por falar em Ethernet, conectamos asduas Phasers na rede, assinalamos números IPpara elas e pronto: foram reconhecidas auto-maticamente pelos Macs rodando Jaguar, semser necessário adicioná-las na mão através doCentro de Impressão (Print Center), como

VAi de ceRa OU lASEr?iMprESSoRAs PARa eScRitório ColORiDAs São OutRA hiStóRia

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ocorre nas versões anteriores do sistema. Dequalquer modo, em ambas não foi necessárioinstalar arquivos PPD ou qualquer outra coisa.Já no Mac OS 9, é melhor instalar os PPDsinclusos no CD ou disponíveis no site da Xe-rox. No OS X, algumas configurações ficammeio escondidas entre telas e menus, mas, demodo geral, achamos as opções de impressãobem simples de configurar.Você pode escolher entre diferentes qualidadesde impressão, que gastam mais ou menostoner/cera (e tempo, principalmente na 8200)para executar o trabalho. Em ambas há a possi-bilidade de imprimir em frente e verso, o quecertamente economiza muitas árvores. E é pos-sível imprimir duas páginas de texto por folha,a fim de economizar ainda mais.A 8200 traz uma bandeja básica com capacida-de de 200 folhas e, segundo a Xerox, é capazde imprimir até 65 mil páginas por mês (infe-lizmente, não tivemos tempo de confirmar is-so). A 6200 tem bandeja para 500 folhas ecapacidade mensal de 60 mil páginas. Ambaspodem ser incrementadas com bandejas adi-cionais. O único inconveniente da 8200 é quecada bandeja serve para apenas um tipo depapel (A4, carta etc.), de modo que talvez sejanecessário adquirir à parte outras bandejas,conforme a necessidade. Já a 6200 permite oajuste da bandeja ao tipo de papel.A alimentação de “tinta” é tão fácil que é diver-tida. Basta abrir uma tampa no topo e enfiarnovos blocos de cera colorida (na 8200) outrocar reservatórios de toner (na 6200), con-forme necessário. Os dois modelos tambémcontam com uma pequena tela de cristal líqui-do para acessar as informações e comandos emdiversos idiomas, incluindo português.Para variar, o que sempre pega em impressorasdesse porte é o preço. Ambas custam pratica-mente a mesma coisa: pouco mais de R$ 14 mil(preço da última semana de setembro). Tal in-vestimento só se justifica para grandes volumesde impressão mensal de alta qualidade. Na re-dação da Macmania, onde não há tantos clien-tes imprimindo ao mesmo tempo e a qualidadevisual é preponderante, elas estão perfeita-mente à vontade. (De fato, a participação delasfoi decisiva no desenvolvimento do nosso novoprojeto gráfico.)Existem impressoras de jato de tinta com quali-dade de cor e detalhe comparável ou até supe-rior, mas são muito mais lentas e não suportamPostScript diretamente. Entre as Phasers, a de-cisão é difícil: pese os benefícios de cada uma eveja qual é mais apropriada a seu caso. µ

6200DP • Photo

6200DP • Normal

8200DP • Photo

8200DP • Normal

400%

400%

400%

400%

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Não é nenhum AudioGalaxy, mas dá suas cacetadas

mentada com um propósitomuito simples: impedir queprogramadores desenvolvamclientes alternativos para arede Kazaa. Assim, quem qui-ser usar a rede é obrigado ausar o cliente oficial, ver osanúncios embutidos na jane-la principal e se submeter àsbisbilhotices do “spyware”(pequenos programinhasque rastreiam seus hábitosna Internet) instalado juntocom o programa. Afinal decontas, são esses dois itens que dão “lucro” aosautores do software.Até o momento, não foi descoberto um meiode quebrar a criptografia usada na comunica-ção com o servidor central da redeKazaa. Mas então, como diabos o Neoconsegue entrar e baixar arquivos?Simples: ele explora um recurso doprotocolo de comunicação usado narede. Cada cliente Kazaa exporta, emuma porta TCP padrão, uma lista emformato HTML contendo informações sobre to-dos os arquivos que estão sendo compartilha-dos por ele. O Neo se utiliza dessas listas, emvez da comunicação com o servidor central dosistema, para saber quais arquivos estão dis-poníveis. Quando você pede o download deum arquivo interessante, o Neo pula a burocra-cia do servidor e se conecta diretamente aodono do arquivo para baixá-lo.Por isso, para começar a fazer algo útil, o Neoprimeiro precisa obter as tais listas de arquivos.

48

rafael rigues

Até pouco tempo atrás, isso era feito através dopróprio Neo, na janela Network Scanner (ícone

do globo na barra de ferramentas).Bastava escolher uma das dez faixasde endereços IP pré-configuradas (épossível adicionar suas próprias najanela Network Editor) e clicar nobotão Scan. É claro que esse proces-so é um tanto demorado. Para verifi-

car todos os hosts de uma faixa de IPs comcerca de 65.279 máquinas, são necessáriasquase seis horas.Como nem todo mundo tem tempo (ou pa-ciência) para ficar vasculhando a rede, o autordo programa colocou no ar um servidor no

NeoOs desenvolvedores de aplicativos peer-to-peer (p2p) sempre parecem seesquecer de nós, usuários de Mac.Demorou um tempo até que tivésse-

mos bons clientes para redes como Napster(Rapster e Macster) e Audiogalaxy (MacSa-tellite). E quando finalmente conseguimos umbom cliente e estamos começando a nos acos-tumar com a rede... BUM! Lá se vai ela para ogrande /dev/null no ciberespaço (como aconte-ceu recentemente com o Audiogalaxy, por pres-são da RIAA – Record Industry Association ofAmerica). Até pouco tempo, quem quisesse uti-lizar no Mac o Kazaa, um dos mais popularessistemas p2p da atualidade, estaria sem sorte. Aúnica solução era o bom e velho Virtual PC,mas, francamente, isso é o equivalente a mataruma mosca com um tiro de canhão. Eis que surge o Neo. Fruto do “projetinho deverão” do programador Michael Tole, ele per-mite que usuários do Mac OS X acessem a redeKazaa e façam o download de arquivos deoutros usuários sem problemas.

DescobRindo O Que HÁ na redEVamos começar com um pouco de teoria. Neonão é um “cliente Kazaa” como a versãoWindows. Seria mais correto chamá-lo de um“cliente fantasma” para a rede Kazaa. Explico:um cliente Kazaa convencional conecta-se a umservidor central, ao qual informa seu status(online), sua lista de arquivos compartilhadose para onde envia as buscas feitas pelo usuário,aguardando o retorno dos resultados. Todaessa comunicação é criptografada, e é aí quemora o problema. Tal criptografia foi imple-

A última espeRAnçApARA o P2P no Mac

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NeoNeo: http://expert.cc.purdue.edu/~mthole/neo

Preço: GrátisRequisitos: G3; 128 MB de RAM; 3 MB de HD;Mac OS X

Pró: Sem banners de propaganda, sem spyware;escrito em Cocoa; interface com “cara” de MacOS X; rápido retorno dos resultados de uma busca Contra: Ainda em desenvolvimento; podedespencar sem aviso; não faz buscas em toda arede Kazaa; não permite que você compartilhetodos os seus arquivos; importação da “MasterList” do servidor é demorada

qual está disponível uma Master List, uma listaatualizada constantemente com os endereçosIP de centenas de máquinas que estão compar-tilhando arquivos na rede Kazaa. Uma das van-tagens do Neo é que, como as listas de arqui-vos compartilhados estão armazenadas em seucomputador, os resultados da busca surgemquase instaneamente na tela, ao contrário da resultados na versão Windows pode resultar

em nada no Neo. Isso também é resultado daabordagem utilizada pelo programa. Enquantoum cliente Windows realiza suas buscas em umservidor central, ou seja, em toda a rede Kazaa,o Neo realiza as buscas apenas no pedaço darede conhecido por ele (ou seja, os hosts lista-dos na janela Discovered Hosts). Mas com aimplementação da Master List a partir da ver-são 0.8.0, essa situação tende a melhorar àmedida em que a lista for crescendo. µ

RAFAEL [email protected]

É um pingüim que adora maçãs.

versão Windows do Kazaa, na qual os usuáriosprecisam esperar que a busca chegue até o ser-vidor e que este retorne os resultados. Usuários que já tenham experiência com a ver-são Windows do Kazaa certamente estranharãoos resultados mirrados que suas buscas retor-nam. Uma busca que renderia centenas de

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Finalmente podemos controlar com precisão os crossfades entre as faixas

TOAST WITH JAMRoxio: www.roxio.comPreço: US$ 200 (US$ 100, para upgrade do Toast Titanium)Requisitos: Mac OS 9.1 ou superior; Mac OS X10.1.2; 24 MB de RAM; QuickTime 4.0 ousupeior; gravador de CDs ou DVDs

Pró: Roda no OS X; conversão de arquivos deaté 32 bits ou com sample rate maior do que44,1 kHz; crossfades melhorados; Peak LE VST3.0 incluídoContra: Requer o Toast Titanium para queimar o CD; leva mais tempo para queimar o disco doque a versão anterior; editar os crossfades pode-ria ser mais fácil

50

márcio nigro

Documentos (do Mac OS ou do usuário do X)e tem que ser apagada manualmente. Assim, épreciso ficar atento para que o HD não fiqueentupido com o passar do tempo.Uma vez definida sua playlist, é possível alter-

ar o ganho individual das faixas, aduração de cada uma e o intervaloexato entre elas. Algo que já existia na versão ante-rior, mas que poucos reparam, é afunção Normalize, que aumenta ovolume de cada faixa até o nívelmáximo sem que se corra o riscode o áudio distorcer. O melhor da história é que todosos ajuste são não-destrutivos, ou seja, não mudam o arquivo ori-ginal. Para realizar edições maiscomplicadas e precisas, ou então

aplicar efeitos com plug-ins VST, você podeusar o Peak LE VST 3.0, da Bias, que vemincluído no pacote.

Se o CD estiver sendo finalizado para repli-cação industrial, é possível inserir os códigosUPC/UCC, EAN/UPC e ISRC.

toRRadAS no pOntoQueime CDs de áudio prOfiças no oS X

OJam, da Roxio (antes Adaptec), éprovavelmente o mais conhecidoprograma para criação de CDs profis-sionais de áudio (padrão Red Book).

Porém, até há pouco tempo, só era possívelutilizá-lo no Mac OS 9, desanimando os mac-maníacos que já estavam na onda do OS X.Depois de um longo e tenebroso inverno, oJam pulou da versão 2.6 para a 5 totalmenterenovado, revigorado e, o que é mais impor-tante, compatível com o Mac OS X (e com oOS 9 também). O detalhe que logo chama a atenção é que eleagora vem junto com o Toast 5 Titanium, o quelevou o pacote a ser batizado como Toast WithJam ou “torrada com geléia”. Isso porque oJam deixou de ser um programa independentee agora requer o Toast para queimar CDs deáudio. Não sei qual a razão para isso, mas cer-tamente não tem vínculos tecnológicos.Provavelmente, a Roxio quer garantir queninguém opte pelo Disc Burner quando tiver apossibilidade de usar o Toast.

Tudo importaQuem conheceu a versão 2.6 logo perceberáque o Jam 5 mudou bastante, a começar pelainterface, que está mais parecida com o Toast,só que em tons lilás. Agora os botões de trans-porte (Play, Pause etc.) são maiores e fáceis decontrolar. Na hora de adicionar arquivos àlista de músicas, também se nota boas novi-dades. Como já acontecia antes, o Jam é capazde importar os formatos AIFF, WAV, MP3,Sound Designer II (incluindo regiões), assimcomo outros compatíveis com QuickTime. Aboa nova é que, se os arquivos não estiveremno formato padrão para CD de áudio (44,1kHz, 16 bits e estéreo), o Jam faz automatica-mente a conversão necessária. Para garantir aqualidade de áudio, o programaemprega o sistema de ditheringcapaz de reduzir arquivos gravadosem até 32 bits para 16 bits, assimcomo os sample rates acima de 44,1kHz são reduzidos via QuickTime.Embora o processo funcione bem,muitos profissionais de áudio certa-mente vão preferir usar outras ferra-mentas mais sofisticadas para realizara conversão, a fim de garantir o me-lhor resultado possível.Adicionar as faixas no Jam é simples,bastando arrastar os arquivos para asua janela. Depois de algum tempo, acabeidescobrindo que cada faixa convertida peloJam vira um novo arquivo gravado na pasta

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O Jam 5 parece autosuficiente, mas ele depende do Toast para queimar o CD

CrossfadesSem dúvida, a grande melhoria do Jam 5 é onovo sistema de crossfade (transições suavesentre as faixas). Nas versões anteriores, o soft-ware contava com alguns poucos tipos decrossfades pré-definidos e você tinha de se con-

tentar com eles. Agora, você não apenas podecriar transições completamente personalizadascomo também definir o ponto exato em que amúsica começará quando for tocada no CDplayer. Para garantir que a edição fique exata-mente como desejado, o programa passa amostrar a forma da onda das duas faixas e aonda resultante da transição.Com a introdução desses recursos, o Jam ofer-ece uma alternativa real ao WaveBurner, daEmagic (até então, o único que oferecia pre-view de onda), que embora mais intuitivo detrabalhar e contando com suporte a plug-insVST, não roda no OS X e não oferece tanta pre-cisão de crossfade.

LÁ veM o TOAStDepois de editar tudo bonitinho é que vem asurpresa que ninguém esperava. Em vez deutilizar um mecanismo próprio para queimar oCD, como antes, o Jam 5 confia a tarefa aoToast. Para preservar todas as suas edições eajustes, uma imagem temporária do disco écriada, o que torna o processo mais demorado(leva cerca de 90 segundos para criar a

imagem num G4 Dual 450 MHz). Depoisdisso, o Jam abre o Toast automaticamente. Sevocê tiver mais de um gravador de CD conec-tado a seu Mac, será necessário abrir o Toast edefinir qual deles será utilizado antes de man-dar o Jam queimar o CD. Em seguida, seudisco será gravado como qualquer outro.Apesar dessa idéia meio esdrúxula de usaroutro programa para queimar o CD, o valoragregado ao Jam 5 é tão recompensador que agente acaba perdoando os inconvenientes cau-sados por termos de usar dois softwares parafazer a tarefa de um. Além disso, o pacoteToast With Jam inclui três ótimos programaspor US$ 200 (nos EUA), o que certamente éum bom negócio. Para completar, o software éindicado tanto para profissionais quantonovatos, possuindo características que outrosprogramas não costumam oferecer.Definitivamente, é a geléia que desejávamosem nossa torrada. µ

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séRgio MiRAnda

Se por um lado já existe motivo para umacomemoração, é melhor não se entusiasmartanto, deixando os fogos de artifício guarda-dos. O mercado ainda está indeciso com aplataforma Mac. “Nos Estados Unidos, onde aApple tem uma boa base instalada nas esco-las, softwares educacionais para Mac são amaioria”, explica Andréa Caran, diretora exe-cutiva da Divertire, uma distribuidora associa-da à Melhoramentos. “Mas aqui no Brasil, arealidade é outra e fazer um CD específicopara Mac é um investimento que não dá parafazer”, completa.Mas as coisas estão mudando. Agora, a tendên-cia é de criar CDs híbridos para Mac e PC. “As-sim, o custo de lançar a versão para Mac caimuito e dá para investir mais nesse mercado”,afirma Andréa. “Além disso, estamos conversan-do com a Apple Brasil para fecharmos uma par-ceria na área de softwares educacionais”.

PositiVAMente legaisA Positivo tem para Mac duas coleções de soft-wares, a da Disney e a Livros Vivos. Os CDs daDisney são mais voltados para a linha educacio-nal, sem deixar de lado as brincadeiras e jogos.Já a Livros Vivos é uma coleção mais antiga etem poucos recursos multimídia, mas nem porisso é menos divertida.Depois da série Mickey Primeiros Passos (rese-nhada na Macmania 90), a Disney ataca deBuzz Lightyear (o herói espacial de Toy Story)para convidar a criançada a brincar e apren-der. São dois CDs, Primeira e Segunda Série,com atividades para a turma maior (dos 7 aos

escondidas que podem alegrar a molecada. Emum deles, “Só Vovó e Eu”, dá pra construir caste-los de areia que são destruídos pelo mar. No“Aniversário de Arthur”, o lance é descobrirquem trouxe qual presente, seguindo as dicas.“Stellaluna” é uma história de uma morceguinhaque se perde da mãe, e “Os Ursinhos Brigões”mostra uma duplinha que só arruma confusão.Todos eles rodam direto do CD, sem a necessi-dade de instalar o programa no Mac. Além disso,funcionam em máquinas mais antigas (compouca memória e HD), dando vida nova àquelePerforma encostado no canto da casa.

DiveRtiRE totAlA distribuidora Divertire tem um catálogo bemgrande de CDs infantis para Mac, alguns lança-mentos recentes (compatíveis com o Mac OSX) e outros bem mais antigos (meados da déca-da de 90). A série do Coelho Sabido é a mais

PARA oS mAcMAníacOSDO futuRo

o MAc na mÃo doS guRis

Os macmaníacos mirins já podem começar a esfregaras mãos. A quantidade de CDs infantis para a pla-taforma, que sempre foi pequena por aqui, come-çou a aumentar. Três grandes distribuidoras de

softwares educacionais (Positivo, Divertire e PC@Home)voltaram a apostar no mercado Mac, com títulos novos erelançamentos de antigos (ou melhor, clássicos) programasexclusivos para a garotada.

9 anos). Assim como toda a linha educacionalda Disney, o programa avalia a rapidez dacriança ao responder os enigmas e vai se ade-quando ao desenvolvimento dela (por isso,marmanjos, não fiquem brincando com osprogramas para não atrapalhar a diversão dagarotada!). Conceitos como somar, seqüêncianumérica e elaboração de palavras são algu-mas das atividades. Roda no OS 9 e no am-biente Classic.A coleção Livros Vivos é mais ou menos o que opróprio nome diz: histórias contadas como numlivro, mas com animações. Pode parecer pouco,ainda mais sabendo que os programas são de1998, mas não deixe isso te enganar. Os LivrosVivos são muito legais e tem várias brincadeiras

Só a Vovó e Eu

Exploradores

Stellaluna

Sótão da Vovó

Buzz Lightyear

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moderna, roda no Mac OS X e é multidiscipli-nar. Os mais antigos, como Thomas Edison eLeonardo, são CDs de referência, mais úteis emtrabalhos de escola do que para jogar.O Coelho Sabido e seu amigo Leão Léo vivemaventuras pedagogicamente elaboradas, masnem por isso chatas e enfadonhas. No CD“Estrela Cintilante”, a criança ajuda os perso-nagens a recolocar o brilho das estrelas nocéu. Para isso, eles entram na Gruta dos Vaga-Lumes e na Mina dos Cristais e passam peloRio das Palavras. O “Nuvem da Alegria” vaipelo mesmo estilo. O mais engraçado é a lan-chonete da ilha, que joga guarda-chuvas nocéu (!): monte um sanduíche e aprenda amexer com o dinheiro (montar um sanduíchede ovo e docinho custa apenas R$ 0,45, umapechincha!). Os outros programas da Divertire (“As Inven-ções de Thomas Edison”, “Leonardo, o Inven-tor”, “Exploradores do Novo Mundo”, “As Gran-des Batalhas da História”) são tipo enciclopé-dias, com narração, animações e filminhos emQuickTime. “Artrageous! Mestres da Arte” já ébem mais interativo (tem até QuickTime VR),

mas também não é indicado para criançaspequenas. Apenas um deles, o “Sótão da Vovó”,traz um pouco de diversão e entretenimentopara a criançada. Roda no OS 9 (no Classic ficamuito ruim) e pode abrir direto do CD.

ondE encOntrARPC@Home: www.pchome.com.br

41-372-2600(todos os programas custam R$ 30)Pense Brincando 1 (6 a 9 anos)Pense Brincando 2 (8 a 11 anos)Pense Brincando 3 (9 a 14 anos)Casa de Ciência do Sammy (6 a 8 anos)A Casa de Estórias do Stanley (6 a 8 anos)A Casa do Tempo e da Geografia da Trudy (6 a 8 anos)A Casa de Matemática de Millie (6 a 8 anos)Heróis dos Números (9 a 12 anos)Parque dos Números (5 a 12 anos)

mios). Mas não pense que são lançamentos enovidades. Os programas da Edmark são dadécada de 90, por isso, não espere efeitos deanimação de última geração. Mas, por issomesmo, os programas rodam em Macs bemantigos (processadores 68030) e, alguns deles,funcionam diretamente do CD, ocupandopouco espaço naqueles Macs com HDs minús-culos e quase falta de memória RAM.A linha de produtos está dividida na sériePense Brincando Vols. 1, 2 e 3 (vejaMacmania 93), Mundo da Matemática (Parquedos Números e Heróis dos Números) e, comopoderíamos chamar, a série das “Casas”: “Ca-sa da Ciência do Sammy”, “Casa da Matemá-tica da Millie”, “Casa do Tempo e da Geogra-fia da Trudy” e “Casa de Estórias de Stanley”.Cada um dos CDs é dedicado a uma idadedeterminada (de 6 a 8 anos ou de 9 a 12anos, geralmente) e os níveis de dificuldadesão personalizados para cada criança, ou seja,o software muda conforme a criança evolui,dificultando as atividades e brincadeiras. µ

Divertire: www.divertire.com.br

11-3168-4660Brincando no Sótão da Vovó – R$ 12,90Coelho Sabido e a Estrela Cintilante – R$ 44Coelho Sabido e a Nuvem da Alegria – R$ 44Coelho Sabido na Cidade dos Balões – R$ 44Coelho Sabido na Terra do Queijo – R$ 44Mestres da Arte – R$ 12,90As Grandes Batalhas da História – R$ 12,90Exploradores do Novo Mundo – R$ 12,90As Invenções de Thomas Edison – R$ 12,90Leonardo, o Inventor – R$ 12,90

Positivo: www.positivo.com.br

41-336-3838Disney Primeiros Passos – R$ 49,90Disney Maternal – R$ 49,90Disney Jardim – R$ 49,90Disney 1ª Série – R$ 49,90Disney 2ª Série – R$ 49,90Os Livros Vivos: Dois Ursinhos Brigões – R$ 39,90Os Livros Vivos: O Aniversário do Arthur –R$ 39,90Os Livros Vivos: Só Vovó e Eu – $ 39,90Os Livros Vivos: Stellaluna – R$ 39,90

Mac em cASAA PC@Home apostou suas fichas em vencedo-res: os softwares educacionais da Edmark sãoreconhecidos no mundo inteiro, tendo recebi-do prêmios na Inglaterra e nos Estados Unidos(um deles recebeu nada menos do que 18 prê-

Artrageous! Arthur

Coelho Sabido

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–Mas então, vamos fazer um fanzine?Tony (com a ajuda de seu pai) tinha acabado de gastar US$ 8 milem um Macintosh SE, uma impressora Personal LaserWriter e umfax/modem Abaton 2.400. E estava eufórico:–Tenho tudo aqui: o Mac é a diagramação, o paste-up e a fotocom-posição; a impressora é a gráfica; o modem é a distribuidora. Estoupraticamente pau a pau com a Editora Abril!Com todo esse potencial à disposição e um monte de idéias nacabeça, como não mergulhar de cabeça na revolução do DTP e fazernossa própria publicação? Mas sobre o quê? Sobre Mac, é claro.–Tem um monte de gente usando Mac, todos atrás de dicas, e nãoexiste nada a respeito. Ninguém se conhece, porque como a Applenão tem escritório no Brasil, a maioria dos Macs é muamba; entãotodos ficam na moita. Mas, como os judeus e os torcedores doBangu, são uma minoria convicta de que o resto da humanidadeestá equivocado e ainda não viu a luz. Ou seja: pano pra mangapara muita piada.Pouco tempo depois, saía o primeiro Macintóshico (nome criado pelocartunista Glauco). Não era um mero fanzine, mas um FAXzine, queutilizava a ultramoderna tecnologia de transmissão por fax paraalcançar dezenas de macmaníacos (macintosheiro, o termo da época,acabou caindo em desuso) em todo o país. Leitores cujos númerosde telefone haviam ido parar na nossa mão de alguma forma e quenão tinham a menor idéia do que estava acontecendo quando viamaquela caveira sobre fundo psicodélico saindo do aparelho de fax.O sucesso foi imediato. A mídia adorou, e a história dos dois malu-cos que mandavam piadas e dicas de Mac pelo fax se espalhou.Logo, havia uma lista com trezentas pessoas que queriam receber onúmero dois. Parecia um nicho de mercado a ser explorado. Que tal propor para alguma revista de informática uma seção bem-humorada sobre Macintosh? Durante mais de um ano, batemos de porta em porta, sempre com amesma resposta: “não tem público para isso”. Até que, em uma feira, um vendedor de uma empresa de equipamen-tos gráficos nos veio com a seguinte proposta:–Vocês fazem uma revista sobre Mac, eu cuido da venda de anúnciose da impressão e ainda vão sobrar uns mil cruzeiros pra cada um.–Tá limpo!–Só que vai ser preciso montar uma editora para isso.–Vamos nessa! Chamamos alguns dos fãs do fanzine que se destacavam em algumaárea do conhecimento macmaníaco para compor o conselho editorialda revista e mandamos bala. Quando o número 1 da Macmania esta-va pronto para ir para a gráfica, nosso “homem da grana” convocouuma reunião para dizer que tinha feito umas contas e chegado àconclusão de que uma revista de Mac no Brasil era um negóciomuito arriscado: “não tem público para isso”. Mas aí já tínhamos atravessado e implodido a ponte. O jeito foiarregaçar as mangas e sair atrás dos anunciantes por conta própria.O primeiro número foi um sucesso total. O segundo, um fracassototal. No terceiro, já estávamos endividados até o pescoço. O quarto número foi lançado na primeira e única feira Macworld

De: Heinar MaracyPara: [email protected]: Cem Macmanias e dez anos atrás...

Apagar Resp. Resp. a Todos Reenviar Imprimir...

Ombudsmac

Brasil, onde encontramos nossa tábua de salvação: os usuários. A equipe da Macmaniaficou conhecida pelo seu marketing agressivo: a ordem era agarrar todos que passavam enão deixar o cara sair do estande enquanto não fizesse uma assinatura. Detalhe: retroati-va – tinha que levar desde o número 1.De lá pra cá, a coisa veio vindo aos trancos, barrancos, crises, festas, planos econômicos,atrasos, mas sempre com muita diversão. Hoje chegamos ao número 100, fato raríssimoem se tratando de publicações não ligadas a uma grande editora. O segredo do nosso sucesso? Acreditar no Macintosh não só como plataforma, mas comouma filosofia. Os macmaníacos amam seus Macs porque percebem que por trás dessescomputadores bacanas existem pessoas que suam a camisa para tornar sua vida digitalmais fácil e divertida, sempre atentos aos mínimos detalhes. Na nossa cabeça, uma revis-ta de Mac não podia ser diferente. Hoje, a idéia fixa de dois malucos virou uma revista respeitável, conhecida internacio-nalmente, com uma grande equipe de colaboradores de primeira linha e milhares de ávi-dos assinantes. Mas nada disso existiria se não fossem outros dois malucos que resolveram montar unscomputadores em uma garagem e deram origem a toda essa história. Um brinde a eles! E vamos às próximas 100. µ

HEINAR MARACY [email protected]

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SUPLEMENTO ESPECIAL

ENCARTE DA REVISTA MACMANIA Nº 100NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

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“Mudar ou não para o Mac OS X” já é uma discussão

ultrapassada. Restaram poucas “desculpas” aceitáveis para insistir

no velho OS 9 – caso de quem usa programas de produção musical como o

Pro Tools, Cubase ou Logic, ou necessita de plug-ins ou algum programa

fundamental que não roda no novo sistema nem no ambiente Classic.

Tirando exemplos como esses, já é seguro dizer que boa parte dos macma-

níacos estabeleceu suas bases no OS X e não tem intenção de retroceder.

A questão agora é: manter o acampamento nas posições estratégicas

atuais ou avançar as tropas em direção a um novo território? Em outras

palavras, ficar no sistema 10.1.5 ou enfrentar de vez a onça-pintada?

MoTivOs

JagUARpARa iNSTalAr O

3

OS 9 que vinha junto? Pois é. A Apple está deci-dida a apagar de vez qualquer lembrança dos tem-pos clássicos. Mas quem comprar o 10.2 aindapode pedir uma cópia do OS 9, pagando apenas adespesa de envio: R$23.Toda vez que a Apple lança um update de um sis-tema operacional, fica aquela questão no ar: ins-talo ou não? Vai rodar os programas? É mais rápi-do mesmo? Enfim, vale a pena? Nossa opinião so-bre o Jaguar é a seguinte: sim! Sem dúvida. Vocêestá marcando em continuar no 10.1. Mas comoopinião é como nariz – todo mundo tem o seu –testamos intensivamente o novo sistema e apre-sentamos aqui dez motivos para encarar o Jaguar.

A primeira coisa que a gente es-pera de uma nova versão de siste-ma operacional é que ela sejamais rápida que a anterior. Espe-cialmente no caso do Mac OS X,

que já frustrou bastante gente nesse ponto. O Jaguar não decepciona, mostrando-se maiságil do que o OS X 10.1.5 na maioria das tare-fas cotidianas, como redimensionar janelas,rolar páginas e listar o conteúdo de pastas commuitos arquivos, entre outras. É difícil mensurar de quanto foi o ganho nessestipos de ação, mas nota-se melhora geral e sig-nificativa. Em relação ao tempo para lançarprogramas, que é mais fácil de cronometrar, oJaguar proporciona melhor desempenho emMacs com relativamente pouca memória. Num G4 de 800 MHz com 128 MB de RAM, onovo OS X chega a abrir alguns aplicativos 50%mais rápido do que o 10.1.5 sob as mesmascondições. No geral, o ganho gira entre 30% e50%. Com 256 MB de RAM, a diferença cai paraapenas 10% a 20%, o que comprova que o OSX sempre funciona melhor com boas quantida-des de memória. Tanto iniciar o sistema quanto dar partida noambiente Classic mostra também a vantagemdo Jaguar frente a seu antecessor, desempe-

VELOCIDADEÅ

1

Quando você estiver lendo esta revista, oMac OS X 10.2 – Jaguar – já estará nasprateleiras das revendas Apple, pela módica

quantia de R$ 465 (uma licença de uso). A versãoeducacional com duas a 24 licenças custa R$ 298cada uma. Aqui no Brasil não haverá a versãoFamília (5 licenças), mas quem precisar de mais deuma pode comprá-las por R$ 418 cada (entre 2 e24 licenças). Até 15 de outubro, a Apple estáfazendo uma promoção com o Jaguar pelo preçode R$ 390 (e você ainda leva uma camiseta!).A caixa do software vem com três CDs: dois deinstalação do sistema e um de ferramentas de de-senvolvimento (Developer Tools). Mas e o CD do

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Quartz Extreme, o Jaguar mostra um aumentode desempenho considerável. Se você já haviatestado o Mac OS X e desistido por achar o sis-tema muito lento no seu Mac velho, vale a pe-na dar uma chance à nova versão.Nem tudo é boa notícia, é claro. Desligar o Macno Jaguar é uma tarefa que ficou bem mais de-morada que antes. Mas, em compensação, darpartida e logar/deslogar ficou bem mais rápido.

Iniciar o Mac Abrir Internet Explorer

À primeira vista, você provavel-mente não notará nenhuma gran-de novidade no Jaguar em termosde interface. O fundo do Docknão é mais listrado; os botões

Aqua estão mais bonitinhos e menos exagera-dos; mas nada de mais. Mas basta abrir uma janela do Finderpara encontrar a primeira mudançasignificativa: um campo de busca dearquivos. Ou seja, o Finder (“Acha-dor” em português) finalmente fazjus a seu nome. Digite uma palavra,tecle [Return] e aparecerão todos osdocumentos correspondentes locali-zados dentro das pastas que estãocontidas naquela janela. Também épossível teclar [Ω][F] no Finder parater acesso à nova ferramenta de busca oficialdo Mac OS X, bem mais prática e rápida doque o Sherlock, que agora só serve para pes-quisas na Internet.Outra novidade de utilidade duvidosa – masque serve para impressionar os amigos pecezis-tas – é possibilidade de habilitar no painel depreferências Mesa (Desktop) a opção de mudaro fundo de tela automaticamente, a intervalos

regulares. Assim, a sua “imagem de mesa” (co-mo prefere a Apple) pode mudar a cada hora,todo dia, a cada login ou até mesmo a cadacinco segundos! Uma frescura simpática. Há um screen saver (agora chamado mais apro-priadamente de screen effect, “efeito de tela”)

que faz a mesma coisacom qualquer pasta deimagens que você assi-nalar.O Jaguar também trazum recurso que não éexatamente novo: as pas-tas automáticas (springloaded folders). Elas jáexistiam em versõesanteriores ao Mac OS 9,mas só agora passam a

funcionar – nos três modos de visualização –no Finder do OS X. Quando você arrasta um

A janela de cópia inclui opções extras que economizam um tempo insano no dia-a-dia

Seu Mac escolhe o papel de parede por você

Dock mais enxuto, sem as listrinhas frufrus

nhando essa tarefa até 30% mais rápido.Um inconveniente do OS X 10.1 para muitosusuários é ter de esperar um tempinho após ologin para poder abrir um programa qualquer.Quem já não tentou abrir um aplicativo no pri-meiro segundo após o boot e deu de cara coma mensagem de que o programa “fechou-seinesperadamente”? Pois bem: o Jaguar não apre-senta tal problema, o que com certeza é umgrande avanço. E agora o Dock entra na tela naordem certa – antes do Finder – como aconte-cia nas primeiras versões do sistema.O ganho de velocidade é especialmente notadona hora de navegar por discos remotos, in-cluindo o iDisk. Isso porque o Finder foi rees-crito para lidar com as tarefas em esquemamultithreaded (rotinas executadas paralela-mente dentro de um mesmo programa). Comisso, o comando Ir ¡ Conectar ao Servidor (Go¡ Connect To Server) ([Ω][K]) não monopolizamais o sistema. Antes nem dava para executaroutra tarefa no Finder enquanto se estabeleciaa conexão. Agora, você pode até mover a janelaenquanto o Mac está “pensando”. Além disso, depois de se conectar ao iDisk, porexemplo, a navegação é muito mais rápida,uma vez que o Finder pode mostrar os resulta-dos das ações ao mesmo tempo que continuasuas tarefas de procura.

O Jaguar traz uma tec-nologia nova para dese-nhar o que você vê natela: o Quartz Extreme.Nos Macs mais moder-nos, ele melhora signifi-cativamente o desempe-

nho geral, jogando as tarefas de redesenho detela para o chip gráfico via OpenGL e liberandoo processador para outras tarefas. Uma maneira fácil de saber se seu Mac está ti-rando proveito do Quartz Extreme é rolar umfilme de DVD e ajustar o volume ou acessar umdos menus. Se você pode ver o item transpa-rente com o filme rolando através dele, seuMac está usando Quartz Extreme.Mesmo em máquinas incompatíveis com o

Programas travados aparecem em vermelho na

janela de Force Quit

INTERFACEÅ

2

(tempos em segundos)

G4 de 867 MHz com 256 MB de RAM

iMac de 266 MHz com 96 MB de RAM

10.1.5

Jaguar

10.1.5

Jaguar

BENCHMARK COMPROVA: JAGUAR É MAIS PÁ-PUM

43

3522

Abrir ambiente Classic Abrir Photoshop 710.1.5

Jaguar

10.1.5

Jaguar

1513

7557

Iniciar o Mac Abrir Internet Explorer10.1.5

Jaguar

10.1.5

Jaguar

95

143118

Abrir ambiente Classic Abrir Photoshop 710.1.5

Jaguar

10.1.5

Jaguar

3734

8045

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•Na instalação, você pode escolher entre fazer uma“instalação limpa” e fazer um upgrade sobre umaversão anterior do OS X – incluindo o Jaguar beta.•A calculadora agora tem funções científicas, alémde conversão de moeda, distância, volume, veloci-dade, pressão, área e peso.•A visualização do Finder no modo de ícone inclui aopção “Mostrar informações do item”, que acres-centa ao nome do ícone a quantidade de itens nu-ma pasta ou o espaço livre no HD, por exemplo.•A barra de ferramentas das janelas do Finder podeser personalizada com novos itens, como Infor-mações (Get Info). (O botão Forward foi traduzidoequivocadamente para “Reenviar”.)•Na hora de copiar arquivos para uma pasta ondejá existem vários documentos com o mesmo nome,você pode marcar a opção “Aplicar a tudo” najanela de cópia, antes de clicar em Substituir ouNão Substituir.•As preferências do Classic podem ser diferentespara cada usuário. Pode-se pedir que surja umajanela de alerta antes de abrir o Classic.•A tecla [Option] altera algumas opções dos menusdo Finder.•Os nomes dos aplicativos aparecem sempre corre-tamente em português.•As preferências do sistema oferecem quatro tiposdiferentes de suavização das fontes, incluindo umespecialmente criado para monitores de cristallíquido e laptops. Assim, os textos ganham aparên-cia impecável em qualquer monitor.

•A “bola boiola” que substituiu oreloginho ficou ainda mais boiola.•”Público” vira “Pública” a estaaltura do campeonato?•Faltam ainda as opções de visua-lização e de Arrumar (Clean Up) no menu contextual do Finder.•Nada de Rótulos (Labels) nem de alguma alternati-va ao antigo WindowShade do sistema clássico.

item e o mantém parado sobre uma pasta semsoltá-lo, uma janela se abre sob o cursor reve-lando o conteúdo da pasta. Assim, você podecontinuar “passeando” pelas pastas até encon-trar o local adequado. Quando a viagem termi-nar, solte o ícone e todas as janelas que foramabertas no caminho desaparecerão. A Apple sóficou devendo a lupinha que permitia navegarpelas pastas sem arrastar arquivo nenhum. Masisso não faz tanta falta assim.Uma coisa que os novatos no Mac em geral têmaprovado, mas os veteranos odiado, é a novatela inicial do computador quando é ligado.Em vez do “Maquinho Sorridente”, o queaparece é um símbolo da Apple grandão nocentro e um pequeno ícone animado de espera

logo abaixo. A tela inicial de uma das versõesbeta do Jaguar era bem mais legal, com umaversão atualizada da carinha feliz e a legenda“Hello”. O ícone do disquetinho com ponto deinterrogação, que aparecia em caso de pausério envolvendo o HD, foi substituído por ummais assustador ainda sinal de “proibido”.Assim, mais uma tradição foi rompida. É claroque já surgiram na Internet receitas de hackspara restaurar a tela antiga...

5

Novos itens de menu incluem um de Bluetooth,outro de acesso ao iChat e outro para ejetar discos

Muito mais ferramentas para

o seu Finder

Novidadesensacional:

mais informação

nos nomes

dos íconesno Finder

OUTRAS NOVIDADES

Demorou 19 anos, mas finalmente a Calculadora ficou decente, com rolo, funções

científicas e conversor de unidades

Nova tela de partida broxante prova que Steve Jobs não quer deixar pedra sobre pedra

O QUE AINDA ESTÁ ESQUISITO

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Imagine: você pluga o seu Macnuma rede e ele reconhece ime-diatamente todos os computa-dores e impressoras presentes;cria uma lista no iChat com o

nome de todas as pessoas que estão na redepara você trocar mensagens; e até deixa vocêouvir no iTunes músicas armazenadas em outroMac sem copiá-las para o seu primeiro. Tudoisso sem você dar um clique. Essa maravilha existe, faz parte do Jaguar e sechama Rendezvous (“Encontro” em francês).É um esquema de comunicação de rede quenão requer nenhuma configuração. Você conec-

O Jaguar facilita bastante o com-partilhamento de arquivos atravésda rede local ou da Internet. Opainel de preferênciasCompartilhamento (Sharing) ofe-

rece a opção de ativar o firewall, software quemonitora e filtra a comunicação em rede, pro-tegendo contra conexões indevidas e invasões.Também “sabe” rotear, isto é, redistribuir a suaconexão à Internet para outros Macs (ou PCs)na rede local. Quando essa última opção éhabilitada, aparece uma mensagem dizendoque o recurso pode infringir o contrato comseu provedor de acesso à Internet. Você deveter certeza de que é permitido compartilhar aconexão com outros computadores.Para que as outras máquinas possam comparti-lhar a conexão à Internet distribuída peloJaguar, é preciso configurá-las para pegar osendereços IP via DHCP. O compartilhamento sófunciona com conexões de banda larga; cone-xão por modem, nem pensar.Para quem tem um Mac compatível com Air-Port, uma boa notícia: o Jaguar finalmente im-

COMPARTILHAMENTOEM Å REDEÅ

Quem avisa, amigo da Anatel é: cuidado ao compartilhar a conexão

plementou o Software Base Station, que per-mite que qualquer Mac com uma plaquinhaAirPort funcione como uma base, distribuindoa conexão pela rede sem fio.Tivemos um problema ao tentar compartilharuma impressora Epson Stylus Photo 780. OsMacs com Mac OS 9 fingiram que não eramcom eles, e as máquinas com Jaguar até detec-taram a impressora, mas não conseguiramimprimir. Já em outro teste, em uma rede comdois G3 azuis e dois iMacs, todos com Jaguar,conseguimos o compartilhamento simultâneode uma impressora Epson 740 e uma Epson1520. Bastou assinalar o último item (deimpressora) no item Serviços (Services) dopainel de preferências Compartilhamento(Sharing) e abrir o Print Center nos outrosMacs para verificar que ela já estava lá, boni-tinha. Depois foi só dar [Ω][P].Você também pode montar servidores FTP noFinder como se fossem discos na rede, digitan-do seu endereço na janela Conectar ao Servi-dor (Connect to Server), mas não conseguejogar nada neles; apenas pegar. No Terminal, ocliente FTP funciona direitinho, o que é bompara quem é chegado numa linha de comando.

Entre as permissões do usuário, surgiu a de acessar o Mac de um PC com Windows

ta dois ou mais Macs numa rede local e cadacomputador identifica automaticamente o tipode rede, atribui a si mesmo um endereço eentão descobre os outros computadores e ser-viços disponíveis, permitindo que todos comu-niquem-se entre si utilizando os protocolospadrão da rede. O número IP de cada máquina é designadoautomaticamente e pode mudar no decorrerdo tempo sem que os serviços de rede sejaminterrompidos. Além desse recurso de autocon-figuração, um “nome amigável” é tambémdeterminado automaticamente para cada má-quina, sendo que os endereços IPs podem serfacilmente traduzidos em nomes e vice-versa.Para tornar a história ainda mais interessante, oRendezvous encontra os serviços disponíveisem outros computadores conectados sem anecessidade de haver um servidor de diretórioscentral. Com isso, você terá acesso instantâneoa impressoras (a HP, a Lexmark e a Epson jáafirmaram que terão modelos compatíveis como sistema a partir do ano que vem), bases dedados e outros serviços de rede sem perdertempo configurando nada.

O que torna o Rendez-vous revolucionário é o fato de ele ser um padrão aberto: qualquerempresa pode imple-mentá-lo em seus produ-tos sem precisar pagar

nada para a Apple. E utiliza protocolos padrão(DHCP, IP estático etc.) sem prejudicar o fun-cionamento da rede. Um exemplo de uso cotidiano dessa tecnologia são programascomo o iTunes ou iPhoto, capazes de acessardiretamente músicas e fotos armazenadas em outros Macs na sua rede que estejamrodando o Jaguar. Na Apple Expo de Paris, Steve Jobs anunciouque conseguiu trazer para o barco do Rendez-vous empresas peso-pesadíssimo: Philips,Canon e Xerox. A Philips declarou sobre a tec-nologia que ela era “exatamente o quequeríamos”, pois ela torna possível um futuroem que sua playlist no iTunes ou iPod sejatocada em um sistema de som da empresa, eque suas fotos guardadas no iPhoto sejam vis-tas diretamente em uma TV Philips. Como disse Jobs: “isso é só o começo”.

3

RENDEZVOUSÅ

A preferência de sistema Compartilhamento(Sharing) inclui um firewall simples mas bem útil 4

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idéia do que isso quer dizer – e nem SteveJobs, como ele mesmo admitiu na Apple Expode Paris – mas o importante é que funciona.Em uma semana de uso, o Mail aprendeu a dis-tinguir todas as mensagens inúteis de umaconta que recebia uma média de 50 spams pordia. Mesmo quando um spam era enviado porum amigo, ele era classificado corretamente ejogado na pasta Lixo.O Mail também está mais simples de lidar paraquem tem mais de um conta de email. Vocêpode ver facilmente todas as mensagens recebi-das numa única caixa de entrada, ou entãoabrir essa caixa como se fosse uma pasta doFinder, permitindo escolher cada conta indivi-dualmente. Na nova versão, você pode verfilmes QuickTime no próprio Mail e verificar sealguém com quem você está se corresponden-do tem uma conta no iChat. Embora seja possível importar suas mensagensde outros programas, como por exemplo oEntourage, o Mail não importa suas informa-ções de contas. E o programa continua com o “bug dos acen-tos”, que faz com que algumas mensagensfiquem com os acentos zoados; o único jeitode consertar isso é mudando na mão o formatopara ISO-Latin 1 no menu Formato ¡ Codifi-cações de Texto (Format ¡ Text Encodings).

iCHAtÉ um programa de comu-nicação instantânea queparece ter saído da mentede algum autor de histó-rias em quadrinhos, combalões, carinhas e tudo a que tem direito.

O Jaguar vem com versões novasdo Sherlock, Mail e Address Book,além do iChat – o mais novo“iPrograma” da Apple. Poucodepois, surgiu o iCal. Vejamos

cada um deles mais intimamente.

MAilA grande atração do Mailé um filtro de junk mail(ou, em português claro:spam) que “aprende” aidentificar o que vocêconsidera lixo. Esse filtro é realmente eficaz nahora de identificar uma mensagem que temcaracterísticas de spam. E com o tempo, vaificando melhor. O botão Junk Mail serve paraassinalar o que é spam. Em português, virou“Indesejável”. Quando uma mensagem é equi-vocadamente classificada pelo Mail como Inde-sejável, você pode clicar no mesmo botão, quemuda para “Não Indesejável” (um pleonasmo,já que seria bem mais adequado dizer apenas “Desejável”).A Apple diz que o Mail lida inteligentementecom o Spam graças a um “algoritmo de análisesemântica adaptativa”. Não temos a menor

APLICATIVOSÅ MELHORADOSÅ

Quem disse que fazer Macs e PCsconversarem é difícil? OK, todo mundo diz isso, mas como Jaguar isso é uma mentira desla-vada. Agora tudo é mais fácil.

Para se conectar a um servidor de arquivos Win-dows, não é mais necessário saber endereço deIP ou nome do servidor. Tudo o que você preci-sa é dar o comando Conectar ao Servidor noFinder para acessar e montar os volumes em seudesktop como se fossem discos locais. Seu Mactambém pode “fingir” ser um PC com Windowspara que os outros PCs possam enxergá-lo narede, sem a necessidade de nenhum programaadicional. Ficou fácil “enganar” o Windows (afi-nal, quem mais vai acredi-tar que o Mac é um PC?).Essa nova facilidade éuma das melhores armasda Apple na sua campa-nha publicitária “Switch”,pois derruba definitiva-mente a lenda urbana de que as duas platafor-mas são inimigas e incompatíveis. Em nossostestes, conectar um PowerBook G3 a uma redeWindows 2000 Professional foi tão rápido quedeixou muito pecezista assombrado.Nem é preciso dizer que a incompatibilidadede arquivos entre PCs e Macs também é coisado passado. O Mac OS X adotou as extensõesde nome de arquivo (aquelas letrinhas depoisdo ponto, que indicam qual programa abre talarquivo), permitindo a exportação de Mac paraPC sem problema. Os documentos criados numsoftware de PC que tenha a mesma versão paraMac, como Word, Excel, Flash ou Photoshop,também abrem tranquilamente no Mac. Além disso, o OS X também aceita as fontesTrueType de PC diretamente, sem necessidadede conversão.Tudo isso não quer dizer que programas comoDAVE e PC MacLAN sejam desnecessários paraquem precisa de uma conexão mais sofisticada– compartilhando impressoras via SMB, porexemplo – coisa que o OS X sozinho não faz.Para quem trabalha rodeado de PCs, o novo OSX inclui um cliente de VPN (rede privada vir-tual) baseado em PPPT, o que facilita a integra-ção do Mac a esse tipo de rede, comum emmuitas empresas. Se quiser trabalhar remota-mente, o cliente de email do Jaguar, o Mail,pode se conectar a um servidor MicrosoftExchange. A sua caixa de entrada finge ser uma

Indicador de presença doremetente no iChat

Aviso desuspeita de

spam

duplicata exata daquela que está em seu com-putador no trabalho, de modo que você podeverificar suas mensagens e apagar itens.

Mensagens do mesmo thread da selecionadaassinaladas em amarelo

Botão Junk/Not Junk

Nova organizaçãodas caixas de correio

65COMPATIBILIDADECOM Å WINDOWSÅ

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Chat com váriaspessoas ao

mesmo tempo

Ícone e aspecto do balãopersonalizados

Lista de contatos

.Mac e AIM

Lista de usuárioslocais no

Rendezvous

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ou avenida especificada. Porém, em nossos tes-tes, a Agenda procurou a Avenida Paulista eoutros endereços de São Paulo... na cidadehomônima em Portugal. Isso porque o progra-ma inclui o formato de endereço de Portugal,mas não o do Brasil, e por essa razão acha quenós vivemos na terra de Camões. Agora, se oJaguar não tem versão localizada para Portugal,mas tem para o nosso país, por que não incluiuo formato de endereço brasileiro?Na Agenda, você também pode enviar umemail para o contato, clicar num emailMac.com e abrir o iDisk público daquela pes-soa, inciar um bate-papo via iChat com ela (seela também utilizar o programa) ou visitar osite dela no Mac.com. E, caso você tenha umcelular equipado com Bluetooth, o AddressBook pode automaticamente sincronizar infor-mações com ele, alertar quando você recebeuma ligação e mostrar as informações de quemestá ligando. Mas o mais importante é que a Agenda usa umpadrão de dados aberto, que permite que elessejam consultados e utilizados por qualqueroutro programa. (Por enquanto, somente oMail e o iChat são compatíveis.)Estranhamente, o maior defeito da Agenda énão deixar que você importe contatos de umarquivo de texto exportado a partir de outroprograma de email; um recurso básico demaispara estar faltando. Ou será que a Apple esperaque a gente comece a catalogar nossos conta-tos do zero?

utiliza como ícone no seu cartão da Agenda é oque aparece nas suas mensagens do iChat.Algumas vantagens do iChat em relação ao ICQde Mac, o mensageiro instantâneo mais popu-lar no Brasil, são: não ter limite de quantidadede texto nas mensagens, permitir o chat commúltiplos usuários simultaneamente e recursosgráficos (especialmente o chat com balões) ine-xistentes no ICQ. O maior problema é que, sevocê tem uma extensa lista de amigos que usao ICQ (incluindo amigos pecezistas), dificil-mente vai abandoná-lo pelo iChat, por onde sóvai poder se comunicar com outros macmanía-cos que estão usando o Jaguar ou usuários doAIM. Apesar de a AOL ser dona do AIM e doICQ e eles até utilizarem o mesmo protocolode comunicação, não há previsão de os doissistemas serem unificados no curto prazo, ape-sar de o Netscape 7 (também da AOL) podertrazer os dois embutidos.De qualquer modo, a integração do iChat aosistema torna perfeitamente possível sua utili-zação junto com o ICQ. Você pode deixar obicho ligado sem janela nenhuma na barra demenu, com acesso direto aos amigos conecta-dos. E, acredite, você vai querer digitar.Conversar pela rede nunca foi tão divertido.

AgEndaEla agora oferece um gerenciador de contatos bem mais eficiente, com apossibilidade de adicionarquantos telefones ouemails uma determinada pessoa tiver, além decontar com espaço para notas aleatórias e aopção de arrastar imagens do Finder para ocampo de “foto” da pessoa. Um detalhe interes-sante é que, se você clicar no nome do campode endereço (casa, trabalho etc.), surgirá aopção “Mapear De”, que abre o site MapQuestno browser para mostrar um mapa com a rua

Já se acostumou a chamar o OS X 10.2 de Jaguar?Só que no Brasil não pode. Isso por culpa da FordMotor Inc., dona da marca Jaguar no mundo intei-ro. A Apple conseguiu um acordo com a montadorade automóveis para usar o nome nos EUA e noCanadá. O resto do mundo (Apple Brasil inclusa) sópode chamar o sistema de “Mac OS X v.10.2”. (Mas o “X” peludo está liberado.)O primeiro detalhe ridículo nessa história é que aJaguar fabrica um carro chamado X-Type (esse aída foto). Usando a mesma “lógica”, a Apple poderiater impedido o modelo de ganhar esse nome.O segundo detalhe ridículo é que a palavra jaguarfoi inventada por aqui mesmo, pelos tupis. Osíndios brasileiros poderiam processar todo mundo...

JAGUAR OU NÃO JAGUAR?

Ele é compatível com o AOL Instant Messenger(AIM). Com ele, você pode conversar comoutras pessoas da comunidade AIM ou .Mac,além de poder entrar em qualquer sala de chatda AOL apenas digitando o nome dela. Vocêpode conversar com pessoas cadastradas noAIM ou com outros usuários de iChat que têmuma conta Mac.com. É bom lembrar que agorao serviço da Apple é pago, mas é possível secadastrar gratuitamente no AIM.O iChat também tira proveito da tecnologiaRendezvous, mostrando uma lista de pessoasdisponíveis em sua rede local, mesmo semsaber seus nomes de tela.O iChat é cheio de ícones de carinhas para

quem gosta de enfeitar seus bate-papos pelarede. E além de mensagens, você pode enviarimagens pela própria janela de mensagem.O iChat tem uma relação íntima com o Mail e aAgenda (Address Book). A imagem que você

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inglês a expressão “Toma lá, dá cá” e o resulta-do foi “It takes there gives here”. Pensandomelhor, até que não foi tão ruim.O Sherlock traduz do inglês para todas as lín-guas padrão do sistema (inclusive português) evice-versa, além de outras combinações.

cAnAis Que Não RoLaM por aQuiTambém estão disponíveis canais que porenquanto fazem muito mais sentido nos EUAdo que aqui:•Ações, que mostra o desempenho das empre-sas nas Bolsas de Valores norte-americanas ecoleta seus press-releases mais recentes.

•Filmes, onde você pode ver que filmes estãopassando em quais salas de cinema dos EUA(incluindo o download de trailers).•Guia Comercial (Páginas Amarelas).•eBay, acesso direto ao maior site de leilõesdo mundo.•Vôos, com informações sobre os vôos emtodo o território americano. Nas preferências do programa, existe umaopção para habilitar canais localizados por país.Por enquanto, a Apple Brasil não tem uma datadefinida para localizar os serviços do Sherlock3. Segundo Rodrigo Pellicciari, gerente de pro-dutos da Apple Brasil, existe essa possibilidade

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Finalmente a Apple resolveu tra-zer tecnologias de áudio profis-sional para seu sistema operacio-nal. O Mac historicamente é amelhor plataforma para produção

musical, devido à facilidade de configuração eintegração de dispositivosde terceiros. A Apple demorou emacompanhar a evoluçãotecnológica do áudio digi-tal nos últimos anos.Muitos fabricantes criaramprodutos baratos e de alta qualidade que per-mitem tornar o Mac um estúdio completo.Porém, o Mac OS ficou apenas observando otempo passar, limitado à resolução de 16 bits etaxa de amostragem de 44.1 kHz, enquantomuitos programas e dispositivos já ofereciamqualidade bem superior.Com o Jaguar, tudo isso muda. O chamadoMac OS X Core Audio integra funções de áudio

AUDIOÅEÅ MIDIÅ

ShERlocK 3Por fim, o Sherlock 3 nãomais procura arquivos emseu HD e tornou-se umaferramenta voltada exclu-sivamente para encontrarinformações na Web. Por isso, a tela inicial doprograma apresenta os seguintes canais:

INteRNEtEsse canal mantém o espírito originaldo Sherlock. Realiza pesquisas naInternet utilizando vários motores de busca(search engines) simultaneamente: Lycos,LookSmart e About.com.

IMAgENsProcura imagens na Web através doLycos. Bem xumbrega. Use a buscade imagens do Google, que é muito melhor.

DicioNáRioApesar de acessar apenas dicionáriosonline em inglês, esse canal pode serbastante útil para quem é versado na língua deShakespeare. Basta digitar um termo e vocêverá uma definição em inglês e alguns sinôni-mos. A apresentação dos dados é luxuosa.

APPlECAreEsse canal é muito útil para realizarpesquisas na Knowledge Database doAppleCare, uma base de dados com grandequantidade de documentos técnicos sobre osprodutos da Apple. Digite a palavra-chave, sele-cione um documento da lista e a página já apa-rece na parte de baixo da janela.

TRAduçãoO serviços de tradução via Internet não sãoconfiáveis, mas podem quebrar um galho seforem usados como dicionário. Nem pense emconverter um texto com ele, a não ser que este-ja atrás de inspiração humorística. (A coisa étão assim que no pé da janela aparece um avisode que ninguém se responsabiliza pelos resul-tados da tradução.) Pedi para traduzir para o

e a equipe da Apple já está procurando parce-rias. “Estamos fazendo o possível para queesses serviços estejam disponíveis para nossosusuários o mais rápido possível”, garantiu.

Preferências de áudio e MIDI

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A Apple tem dois programas no-vos que só rodam no Jaguar –iCal e iSync. O primeiro é umaagenda de compromissos, fácil devisualizar e gerenciar como é cos-

tume em todos os “iProgramas”, que pode ad-ministrar múltiplos calendários simultaneamen-te e compartilhá-los com outras pessoas viaInternet. Todos os membros do seu grupo detrabalho ou da sua família podem ter seus ca-lendários, sendo que o programa pode mostraros calendários compartilhados num único mo-do de visualização. O iCal também faz o siste-ma mostrar mensagens ou mandar email paralembrá-lo de algum com-promisso ou evento. E poderá até fazer soarum alarme no seu telefo-ne celular, se ele for compatível com a tecno-logia Bluetooth.Comparado com outros programas de agenda,como o Palm Desktop e o Entourage, o iCalperde em termos de capacidades e flexibilidade.Ele não conversa direito com o Address Book,não aceita anexos (attachments), manda con-vites pelo obtuso método de drag and drop,tem poucas cores para os diferentes calendáriose os To Do’s (afazeres) são não-repetitivos, en-tre outros problemas. Mas, em compensação,tem uma killer feature – publicar seus calen-

NOVOSÅ PROGRAMASÅ

dários na Web com um clique – que é uma mãona roda para organizar grupos de trabalho. E é bonitinho. O iSync, que foi anunciado mas ainda nãolançado até o fechamento desta edição, é umprograma para sincronizar seus calendários doiCal com o iPod, PDAs e telefones celulares deúltima geração via Bluetooth.Além desses dois progra-mas, o Jaguar traz um bô-nus para os felizardos quepossuem um tablet (mesadigitalizadora) da Wacom.É o reconhecimento deescrita, batizado de Ink(“Tinta”). Ele é baseado em um painel de prefe-rência de sistema que só aparece quando há umtablet instalado. (Para acessá-lo sem o tablet, épreciso abrir diretamente o painel, localizadoem /System/Library/PreferencePanes/Ink.prefPane). Se você restartar depois deinstalar o driver do tablet, o Ink aparece dequalquer jeito.Aí o OS X passa a ser capaz de reconhecer suaescrita e permite que você execute comandosdo Finder ou dos programas a partir de “ges-tos”, que são movimentos diferenciados e es-pecíficos. O Ink funciona em todos os aplicati-vos existentes, sem a necessidade de qualquerupgrade, desde que o driver do tablet estejainstalado. O reconhecimento de escrita se “trei-na” sozinho para reconhecer a sua letra, masexige que você escreva em letra bastão e temsérios problemas para entender os acentos. No final das contas, é bem possível que vocêtenha mais trabalho escrevendo no tablet doque digitando. Mas fica aí a opção.

sem precedentes diretamente no sistema operacional, facilitando a configuração de seuestúdio virtual.O primeiro grande benefício do Core Audio é omelhor desempenho de áudio do sistema e,consequentemente, a diminuição da latência desaída. Em outras palavras, o Core Audio dimi-nui o tempo que leva para o áudio entrar noseu Mac, ir até ao programa e chegar aos alto-falantes. Se atualmente a latência da maioriados sistema gira em torno de 10 milissegundos– o que não é ruim, mas longe do ideal (que ézero ms) –, o Core Audio HAL (HardwareAbstraction Layer, “camada de abstração dehardware”) consegue oferecer latência de ape-nas 1 milissegundo em ambiente multicanal! E isso quem diz não é a Apple, mas a M-Audio,que vem testando o Jaguar há algum tempocom suas interfaces de áudio.O Mac OS X passa a oferecer também resolu-ção interna de áudio de 24 bits e 96 kHz,gerenciando todo sinal de áudio como dadosde ponto flutuante de 32 bits, para lidar efi-cientemente com os padrões atuais e futuros.O Mac OS 9 era capaz de lidar apenas commixagens de dois canais (estéreo), exigindosoluções de terceiros para oferecer mais. Já oJaguar inclui suporte nativo a oito canais deáudio. Essa nova arquitetura habilita o Macpara a tecnologia surround dos DVDs e grava-ções simultâneas de múltiplos microfones, porexemplo. Além disso, o Core Audio HAL permi-te que vários aplicativos compartilhem omesmo dispositivo, o que era impossível atéentão no OS X. Isso significa que você pode,por exemplo, usar os canais de um a seis paraum programa como o Logic enquanto o Reasonfica com os canais sete e oito. Só resta saber quando a Apple pretende imple-mentar uma saída de áudio em seus Macs quecomporte todas esses benefícios.Outra boa notícia: o Jaguar substitui o falecidoOMS com seu próprio gerenciador MIDI(Musical Instrument Digital Interface). Agora,todos os seus instrumentos musicais, comoteclados, módulos de timbres e baterias eletrô-nicas. podem ser reconhecidos pelo MIDISetup Assistant, que faz com que suas configu-rações fiquem disponíveis para todos os pro-gramas. Em teoria, o Jaguar já inclui diversosdrivers que reconhecem automaticamentediversos dispositivos. No entanto, ele não foicapaz de detectar a porta MIDI da Digi 001, daDigidesign, um dispositivo razoavelmentepopular. Provavelmente, haverá uma atualiza-ção para consertar isso.

iCal: simpático, inovador, útil, intuitivo, mas ainda 1.0

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Outra razão prática para instalar oJaguar é o dicionário ortográficoem português embutido no sis-tema, que pode ser utilizado porqualquer aplicativo programado

no ambiente Cocoa (usado para criar Mail,OmniWeb e iChat). É verdade que a base depalavras é do português de Portugal, que temdiferenças pequenas mas importantes naortografia (e isso porque o OS X não foi locali-zado para a pátria-mãe; apenas para o Brasil).Mas já é um bom começo.

O dicionário do OS X 10.2 é essencialmente omesmo do AppleWorks; pelo menos o índicede palavras reconhecidas é igual em ambos(das nossas 50 palavras de teste, 29 foram acei-tas). Porém, a vantagem agora é que o dicioná-rio fica disponível para qualquer programa quepuder fazer uso dele, e você pode pedir paraque palavras novas sejam “aprendidas”, demodo que com o tempo você terá um dicioná-rio mais completo. Há ainda a possibilidade decriar seu próprio dicionário e implementá-lono OS X, mas certamente não é tarefa paragente normal. (Pretendemos ensinar o proces-so aos geeks numa MacPRO futura.)É claro que, para poder usufruir do dicionárioem português, o idioma selecionado nasPreferências de Sistema tem de ser o mesmo.

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O kernel do Jaguar foi atualizadocom base no FreeBSD 4.4... masde modo quase invisível ao usuá-rio comum, que vai apenas notarmelhor desempenho e avanços

no suporte a redes. Para o desenvolvedor, issotrouxe mudanças mais palpáveis; muitas biblio-tecas foram atualizadas e outras novas foramincluídas. O compilador padrão agora é o gcc3.1, que produz código-objeto menor e mais rápi-do, com a desvantagemde exigir recompilação dequalquer componenteque usava a linguagemC++; isso inclui driversde dispositivos, por exemplo.O esperado lançamento do Java 1.4 foi adiadoum pouco; o Java padrão ainda é o 1.3.1. No entanto, uma versãopreliminar do Java 1.4 jáestá disponível paradesenvolvedores. O Jaguar permitirá o usosimultâneo do Java 1.3.1 e1.4.x no mesmo sistema,para melhor compatibilidade.Usuários de bancos de dados também ganha-ram novidades. A Oracleanunciou o suporte paraJaguar no Oracle9iRelease 2. Basta usar oODBC Administrator paraconectar-se a uma base dedados Oracle via ODBC.

FREEBSDÅGCCÅODBCÅJAVAÅ

CORRETORÅ EMÅ PORTUGUES Å

Com o Ink, você pode escrever em qualquer lugar da tela, caso em que

um “papel” pautadoaparece automatica-mente (acima); ou usar uma janela

especial (ao lado). O rabisco pode sersalvo como imagem

ou convertido instantaneamente

para texto

Qualquer programa Cocoa pode usar a correção automática

Palm, celular e iPod, tudo “sincado” com o Mac

O reconhecimento de escrita do Ink foi reapro-veitado do falecido Newton, o PDA da Appleque não conseguiu emplacar no mercado nadécada passada. Mas como a tecnologia funcio-nava muito bem, Steve Jobs resolveu incorporá-la ao Jaguar. Muita gente acha que isso é sinalde que a Apple pretende lançar em brevealgum aparelho com entrada de dados baseadaem caneta. Isso só o tempo dirá.

9 X

Atalhos taquigráficos do Ink para você não ter que tocar (muito) no teclado

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RodA na MiNhA mÁQuina?•Segundo a Apple, qualquer G3 ou G4 com128 MB de RAM serve. Mas o melhor é ter,pelo menos, um G3 350 com 256 MB de RAM.A partir daí o Jaguar já roda sossegadamente,apesar de não tão “esperto” quanto o Mac OS9 em todas as situações.•O Quartz Extreme, nova tecnologia de dese-nho de tela do Jaguar, acelera bastante o siste-ma, mas precisa de uma placa de vídeo de últi-ma geração para entrar em ação. Por outro la-do, mesmo em máquinas não compatíveis como Quartz Extreme, o ganho de velocidade doJaguar sobre o Mac OS X 10.1 é considerável,como você viu na página 4.•Placas de upgrade de processador em Macsanteriores ao G3 ou G4 são capazes de rodar oJaguar, mas é necessário que o produto já con-

PoNhAcORREr

a onCA pARa

Você quer instalar o Jaguar, mas está meio receoso de não saber

como botar o bicho para funcionar corretamente? Então veja a seguir o

roteiro básico de instalação e tire suas dúvidas sobre a nova versão do OS X.

iMac ············· Só no iMac G4 (“abajur”)iBook ············· Maio de 2002 em dianteeMac ······················ Qualquer umPowerBook G4 ····· Modelos com drive ComboG4 torre ·············· 533 MHz em diante

EM QUAIS MODELOS DE MACROLA QUARTZ EXTREME?

te com o driver específico para o OS X 10.2. É bom lembrar que o desempenho do sistemanão será exatamente igual ao de um Mac com omesmo processador original, pois os outroscomponentes internos (memória RAM, barra-mento e disco) continuarão mais lentos do queos das máquinas mais atuais.•O número de programas fundamentais aindanão portados para o OS X hoje é muito peque-no. Entre os grandes fabricantes, a ausênciamais notável é da Quark, que já prometeu aversão nova do QuarkXPress para o início de2003. Mesmo assim, o Quark é (quase) perfei-tamente utilizável dentro do ambiente Classic.Outra lacuna são os programas de áudio, quepor acessarem diretamente o hardware nãofuncionam dentro do Classic. A Apple “botouuma pilha” nos fabricantes ao comprar aEmagic e lançar rapidamente o Logic para oOS X. Mas muitos desenvolvedores de progra-mas e plug-ins ainda não divulgaram seus pla-nos para o novo sistema. Mesmo assim, comoo Jaguar traz avanços notáveis no gerencia-mento de áudio e MIDI, convém instalar o sis-tema, nem que seja para tomar conhecimentodas mudanças.•É muitíssimo recomendado ter Internet debanda larga. O Mac OS X foi feito para ser uti-

lizado com conexão rápida e permanente àrede. Atualizações online do sistema e progra-mas como iChat, iCal, iTunes e o .Mac fazemmuito mais sentido com esse tipo de acesso.

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COmo iNstAlar?•Instalar é fácil, mas demora mais que nas ou-tras versões. O Jaguar vem em dois CDs de ins-talação: um com o sistema básico e outro comaplicativos (iTunes, iMovie etc.) e drivers deimpressoras e outros periféricos. Na instalação,o Mac ejeta o primeiro disco e pede o segundopara completar o processo.•É possível instalar em cima de uma versãoanterior? Pode, mas fique esperto: alguns pro-gramas shareware ou freeware que funciona-vam perfeitamente no 10.1 podem simples-mente ficar desorientados no 10.2. Isso ocorreprincipalmente com aqueles que utilizam oDock ou mudam funções do sistema. Por viadas dúvidas, verifique a compatibilidade dosprogramas com o Jaguar antes da mudança e

use a versão mais recente de cada um.•Para ganhar um tempo na instalação, em vezdo pacote básico (1,9 GB) escolha apenas osdrivers de impressora e idiomas que você vairealmente usar. Você economiza um bocado demegas e um bom tempo na instalação.•Um recurso bem legal é a instalação limpa(clean install), que coloca os arquivos antigosdo OS X numa pasta separada e cria um sis-tema novo do zero. É mais ou menos comoacontecia no Mac OS 9, com a diferença queagora há uma opção que preserva as informa-ções de usuários e configurações de rede. Para jogar fora a pasta de sistema velha, é pre-ciso “logar” como usuário root ou reiniciarpelo Mac OS 9.•No processo de instalação, na fase de esco-lher o disco onde será instalado o sistema, cli-que em Opções (Options) e depois em Arqui-var e Instalar (Archive and Install). O sistemavai se encarregar de grande parte do “trabalhosujo”, movendo sua pasta de usuário, configu-rações de rede e aplicativos para os lugares cer-tos no novo sistema. Mas você ainda terá deacertar algumas coisas na mão, mesmo.No diretório raiz do HD aparecerá uma pastachamada Previous System. Dentro dela, napasta Biblioteca (Library), estão todas as prefe-rências de programas que não são da Apple.Para saber quais você pode mover sem proble-mas, verifique as pastas (e subpastas) que nãoexistem na Library nova e mova tudo sem trau-ma. Mas atenção! Não substitua pastas ouarquivos que já existem na Biblioteca do OS X10.2, como fontes e plug-ins de Internet, semantes verificar a data de criação e também onúmero da versão. Use o Obter Informações(Get Info) para tirar suas dúvidas.

LigANdo na RedE•Você pode agilizar o processo: preenchatodas as informações de rede (local ou paraconexão discada) durante a configuração doOS X. Depois, ficará mais fácil conectar-se coma Internet ou à rede local. Se você quiser dei-xar isso para depois, simplesmentente tecle[Ω][Q] na tela de registro do Jaguar, logo apósescolher o país e o teclado.•Se você pulou o processo de configuraçãoinicial do Jaguar, vá ao painel Rede (Network)nas Preferências de Sistema. selecione “Ethernet integrada” (Show Ethernet built-in)no menu Mostrar e preencha os dados de redena aba TCP/IP (rede local ou Internet de bandalarga) ou PPPoE (Internet de banda larga).•Para conexão discada, escolha Modem Inter-no (Show Modem) e preencha a aba PPP comas informações do provedor.

•Não esqueça de ativar o AppleTalk, na aba demesmo nome, e ligar o compartilhamento dearquivos – primeiro item na aba Serviços (Ser-vices) do painel Compartilhamento (Sharing).Senão, você não verá os outros computadoresna rede local ou ninguém enxergará o seu. Ouas duas coisas.•Para acessar uma rede Windows, na preferên-cia Compartilhamento clique em “Compart.Arquivos Windows” (Sharing Windows Files).

O instalador inclui opções novas para a atualização de sistemas existentes

Escolha apenas os recursos e idiomas que você vai precisar, para não encher o HD à toa

O Mac ejeta o CD 1 e pede o segundo para terminar a instalação

Demorou mas rolou: acessar e navegar dentro de um servidor Windows agora é exatamente tão

fácil quanto fazer o mesmo em um Mac

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banda largaSe você tem Internet de banda larga e já haviaconfigurado a versão anterior do OS X, nãoencontrará nenhuma novidade no Jaguar. Dequalquer modo, vale a pena falar um poucosobre os principais protocolos de acesso e di-cas para configurar o Mac para acesso à rede.

PPPoE Selecione a opção “Ethernet integrada” (Built-in Ethernet) no menu Mostrar (Show); cliquena aba PPPoE e habilite a caixinha “Conectarusando PPPoE” (“Connect using PPPoE”). De-pois, é só inserir o nome da conta e a senha. O número IP será fornecido automaticamentepelo provedor.

DHCPSelecione a opção “Ethernet integrada” nomenu Mostrar, clique a aba TCP/IP e escolhaDHCP no menu Configurar. No campo “IDCliente DHCP”, você digitará o endereço forne-cido pelo provedor – por exemplo, login.virtua.com.br ou [email protected].

AirPortSe você utiliza uma base AirPort, você provavel-mente não precisará configurar absolutamentenada. Apenas ache sua rede wireless pelomenu do AirPort. Se ela não conectar, chequese o Airport está selecionado como conexãoativa e o DHCP está habilitado.

Impressoras e periféricos•Para ter certeza se o seu periférico (impresso-ra, scanner, câmera digital) rola no Jaguar, visi-te o site do fabricante para saber se há um dri-ver compatível com o novo sistema. Se nãohouver, o jeito é esperar...

•Visite também a página no site da Apple(http://www.apple.com/macosx/upgrade/devices.html) que tem informações e listasde periféricos compatíveis com o Jaguar.•Muitos periféricos já vêm com os drivers paraOS X no CD do produto. Mas, não custa che-car no site se há uma versão mais recente,inclusive para ter certeza se ele funcionarácom o Jaguar.•No caso de impressoras, o Mac OS X já vemcom os principais drivers para modelos recen-tes das marcas HP, Canon, Epson e Lexmark.Instale apenas aqueles que você vai usar.•Para compartilhar uma impressora USB, énecessário primeiro habilitar a opção “Com-part. Impressora” (Printer Sharing) no painelCompartilhamento e também instalar os driversdo dispositivo em cada Mac. Depois disso, é sóabrir o Centro de Impressão (Print Center) e aimpressora compartilhada estará disponívelpara todos os usuários.•Scanners ainda são uma pedra no sapato doMac OS X. Poucos são os que funcionam outem drivers. Para resolver essa situação, use oprograma VueScan (www.hamrick.com) ou oSilverFast (www.silverfast.com). Os dois sãonativos no OS X e funcionam com uma grandevariedade de marcas.•O Jaguar traz uma luz para o problema dosscanners sem driver. O Captura de Imagem(Image Capture) oferece a última versão da tec-nologia TWAIN. Teoricamente, ele deve reco-nhecer qualquer scanner compatível comTWAIN. Infelizmente, em nossos testes isso nãoaconteceu. A Apple só afirma categoricamenteque ele funciona com alguns modelos de scan-ner da Epson. µ

MÁRCIO NIGROSÉRGIO MIRANDAColaborou Rainer Brockerhoff

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O site da Apple contém listas completas dos dispositivos e periféricos suportados

pelo Jaguar

Demorou mas rolou, parte 2: acessar e navegardentro de um servidor Mac agora é exatamente

tão fácil quanto fazer o mesmo no Windows

pc x MAcPara poder acessar seu Mac pelo PC, vá ao pai-nel Contas (Accounts) e habilite a opção “Per-mitir ao usuário iniciar sessão desde o Win-dows” (“Allow user to log in from Windows”).Depois disso, um simples Ir ¡ Conectar ao ser-vidor ([Ω][K]) no Finder o colocará dentro darede Windows e seus domínios (domains).No PC, abra o Ambiente de Rede, clique emToda a Rede e encontre o Mac no domínioWorkgroup (o padrão do Windows). Cliqueduas vezes no ícone e coloque seu nome deusuário e senha. Não é possível conectar comoConvidado (Guest).•Para tudo ficar mais fácil, utilize o mesmonome do computador para o Rendezvous epara o compartilhamento local. (O nome parao Rendezvous não pode ser muito longo.)•Para navegar na Internet via conexão discada,use o programa Conexão à Internet (InternetConnect). Ele utiliza as informações da sua con-ta de acesso ao provedor (telefone, login e se-nha) previamente cadastradas no painel Rede. Autorize, um a um, todos os serviços de rede do

seu computador no painel Compartilhamento