ano xxix nº 352 dezembro de 2018 o no e em e r m e

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Ano XXIX Nº 352 dezembro de 2018 I Depois de ambientar os seus dois primeiros romances – A última adolescência (Bom Texto, 2004) e Ladeira do Tempo-Foi (Synergia Editora, 2017) – no tradicional bair- ro de São Cristóvão, no Rio de Ja- neiro, o escritor Helio Brasil retorna aos contos, gênero em que fez sua estreia tardia na literatura, aos 64 anos de idade, com a publicação de O anjo de bronze e outros contos (Oficina do Livro, 1994). Desta vez, em O perfume que roubam de ti... e outras histórias (Synergia Editora, 2018), título assumidamente inspi- rado nos versos da famosa canção “As rosas não falam”, dos composi- tores cariocas Angenor de Oliveira, o Cartola (1908-1980), e Guilherme de Brito (1922-2006), reúne 26 con- tos que retratam personagens de di- versos momentos da vida brasilei- ra, desde o Brasil Colônia até os dias atuais. Aparentemente, estas históri- as são o resultado de uma vida in- teira dedicada ao vício da literatu- ra, amor escondido a sete chaves até que, já na idade madura, o au- tor, arquiteto de talento reconheci- do por suas obras no Rio de Janei- ro e também celebrado como pro- fessor universitário, resolveu deixar o excesso de modéstia de lado e transformar-se também em escritor. Ganhou a literatura de Língua Por- tuguesa, pois, desde então, o autor passou a fazer parte de um seleto grupo de escritores cujas carreiras começaram tardiamente, o que não os impediu de alcançar a fama e o reconhecimento literário, de que bons exemplos são José Saramago (1922-2010), Pedro Nava (1903- 1984) e Cora Coralina (1889-1985). Agora, Helio Brasil decidiu re- virar o baú para dar a público histó- rias inéditas que reúnem todos os sentimentos humanos, os bons e os maus, como amor, violência, solidão, preconceito, heroísmo, conspira- ções, desejo, fé, traição, intrigas, sedução, mistério e outros. Ao mes- mo tempo, reedita alguns contos que já haviam sido publicados an- teriormente em coletâneas. São narrativas que podem ter como cenário um trem lotado no subúrbio carioca ou os salões do Contos que exalam perfume Adelto Gonçalves palácio real ou ainda os quartos e salas de casas modestas ou apar- tamentos grã-finos do Rio de Janei- ro. Assim, figuras históricas como o holandês Maurício de Nassau (1604-1679), Estácio de Sá (1520- 1567), dom João VI (1767-1826) e Domitila de Castro Canto e Melo (1797-1867), amante de dom Pedro I (1798-1834), primeiro imperador do Brasil, são recriadas por Helio Bra- sil em alguns destes contos, que tra- zem também personagens popula- res como uma faxineira, “agridoce rosa suburbana”, que é assediada por um empresário, seu patrão, um padre às voltas com a volúpia car- nal, um empreiteiro que enriquece com a construção de Brasília, parti- cipando do jogo sujo do poder, ou um escritor ghost writer endividado e atormentado pela necessidade de entregar um livro a ser assinado por algum endinheirado. II Em outros contos, o leitor vai encontrar as peripécias da vida de uma amazona de um circo decaden- te, um jovem assediado e atormen- tado pela atração física que lhe pro- duz sua suposta tia, ou ainda uma viúva cinquentona “esquecida por Deus”, moradora numa casa de cô- modos no decadente bairro do Catumbi, que, de repente, é desco- berta e escolhida por um jovem in- teressado apenas em alguns minu- tos de prazer. Para se ter uma ideia do estilo conciso e direto, que, de certa ma- neira, lembra o de outro escritor carioca famoso, Machado de Assis (1839-1908), segue um trecho do conto “Um alguidar cheio de frutas”, que conta a história daquela viúva, que nunca imaginaria que um rapaz ainda pudesse querer se aproximar dela apenas pelo deleite carnal, sem nenhuma má-intenção: (...) Ziza percebeu que o medo não chegava aos olhos. Espanto. Não era o medo que lhe acelerava o peito. Suspendeu a respiração ao sentir os lábios do rapaz sobre os seus, enquanto o corpo forte a pren- dia contra o colchão. A mulher enla- çou-o com os braços e as pernas. Entre estranhas névoas de desejo, entregou-se inteira. Como observa o escritor, lexicólogo e tradutor Ivo Korytowski na apresentação que escreveu para este livro, a nova obra de Helio Bra- sil exala um metafórico cheiro que faz lembrar de O perfume (1985), romance de sucesso internacional do alemão Patrick Süskind. Diz: Além do “perfume que roubam de ti”, perpassam pelas narinas do lei- tor “o perfume forte dos abacaxis, das laranjas e o odor sensual dos pêssegos”, “o perfume do jasmin”, “o perfume de tia Celeste” e “a sua- ve e perfumada mão de Dorothy”. Para Korytowski, desde o livro de Süskind, “não se escrevia uma obra literária tão... perfumosa!”. Pois bem, depois desta apresentação, não resta ao leitor outra alternativa que não seja a de abrir bem as na- rinas e sair à procura deste novo livro de Helio Brasil. Não irá se arre- pender. III Nascido no Rio de Janeiro em 1931, Helio Brasil, formado em 1955 em Arquitetura pela Faculdade Na- cional de Arquitetura da Universida- de do Brasil, hoje Universidade Fe- deral do Rio de Janeiro (UFRJ), tra- balhou no Banco Nacional de De- senvolvimento Econômico (BNDE), atual BNDES, de 1955 a 1984, ten- do supervisionado o projeto de construção da nova sede da enti- dade, inaugurada em 1982. Proje- tou em equipe edifícios residenciais, comerciais e industriais no Rio de Janeiro e em outros Estados. Leci- onou durante 20 anos a disciplina Projeto de Arquitetura na Universi- dade Santa Úrsula e foi professor- visitante na UFRJ e na Universida- de Federal Fluminense (UFF). Depois que se aposentou pelo BNDES, passou a se dedicar à lite- ratura, tornando-se um dos mais importantes ficcionistas brasileiros da atualidade. Dedica-se à escrita ficcional desde 1958, tendo obtido menções em concursos de contos. Frequentou a Oficina Literária do professor e escritor Ivan Cavalcanti Proença, editor da Livraria José Olympio Editora, do Rio de Janeiro, na década de 1980, pela qual teve trabalhos publicados em coletâne- as. Sobre o bairro de São Cristó- vão escreveu uma trilogia, compos- ta de um livro de não-ficção – São Cristóvão: memória e esperança (Prefeitura do Rio de Janeiro, 2004) – e dois romances: A última adoles- cência e Ladeira do Tempo-Foi, ro- mance dramático que tem como ful- cro uma ladeira imaginária do bair- ro de São Cristóvão, à época da redemocratização pós-Estado Novo (1937-1946). É autor também de O Solar da Fazenda do Rochedo e Cataguases (Synergia Editora, 2016), em co- autoria com José Rezende Reis; Ca- dernos (quase) esquecidos (2016), edição artesanal; Tesouro: O Palá- cio da Fazenda, da Era Vargas aos 450 anos do Rio de Janeiro (Edito- ra Pébola, 2015), em co-autoria com Nireu Cavalcanti; e Pentagrama acidental, novelas (Editora Pontei- ro, 2014). Participou também das coletâ- neas de contos Doze autores e suas histórias (2003); A Marquesa de Santos (2004); Tempos de Nassau (2005); Ásperos e Macios (2010); O feitiço do boêmio 2010 (comemorando 100 anos de Noel Rosa), publicadas pela Editora Bom Texto; e O Rei, o Rio e suas históri- as (2013), publicada pela Editora 7 Letras. O perfume que roubam de ti... e outras histórias, de Helio Brasil, com apresentação de Ivo Korytowski. Rio de Janeiro: Synergia Editora, 1ª edição, 220 páginas, R$ 40,00, 2018. [email protected] www.synergiaeditora.com.br Adelto Gonçalves é doutor em Letras na área de Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo e autor de Os Vira-latas da Madrugada, Letra Selvagem, entre outros. [email protected]

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Page 1: Ano XXIX Nº 352 dezembro de 2018 o no e em e r m e

Ano XXIX Nº 352 dezembro de 2018

IDepois de ambientar os seus

dois primeiros romances – A últimaadolescência (Bom Texto, 2004) eLadeira do Tempo-Foi (SynergiaEditora, 2017) – no tradicional bair-ro de São Cristóvão, no Rio de Ja-neiro, o escritor Helio Brasil retornaaos contos, gênero em que fez suaestreia tardia na literatura, aos 64anos de idade, com a publicação deO anjo de bronze e outros contos(Oficina do Livro, 1994). Desta vez,em O perfume que roubam de ti... eoutras histórias (Synergia Editora,2018), título assumidamente inspi-rado nos versos da famosa canção“As rosas não falam”, dos composi-tores cariocas Angenor de Oliveira,o Cartola (1908-1980), e Guilhermede Brito (1922-2006), reúne 26 con-tos que retratam personagens de di-versos momentos da vida brasilei-ra, desde o Brasil Colônia até os diasatuais.

Aparentemente, estas históri-as são o resultado de uma vida in-teira dedicada ao vício da literatu-ra, amor escondido a sete chavesaté que, já na idade madura, o au-tor, arquiteto de talento reconheci-do por suas obras no Rio de Janei-ro e também celebrado como pro-fessor universitário, resolveu deixaro excesso de modéstia de lado etransformar-se também em escritor.Ganhou a literatura de Língua Por-tuguesa, pois, desde então, o autorpassou a fazer parte de um seletogrupo de escritores cujas carreirascomeçaram tardiamente, o que nãoos impediu de alcançar a fama e oreconhecimento literário, de quebons exemplos são José Saramago(1922-2010), Pedro Nava (1903-1984) e Cora Coralina (1889-1985).

Agora, Helio Brasil decidiu re-virar o baú para dar a público histó-rias inéditas que reúnem todos ossentimentos humanos, os bons e osmaus, como amor, violência, solidão,preconceito, heroísmo, conspira-ções, desejo, fé, traição, intrigas,sedução, mistério e outros. Ao mes-mo tempo, reedita alguns contosque já haviam sido publicados an-teriormente em coletâneas.

São narrativas que podem tercomo cenário um trem lotado nosubúrbio carioca ou os salões do

Contos que exalam perfumeAdelto Gonçalves palácio real ou ainda os quartos e

salas de casas modestas ou apar-tamentos grã-finos do Rio de Janei-ro. Assim, figuras históricas como oholandês Maurício de Nassau(1604-1679), Estácio de Sá (1520-1567), dom João VI (1767-1826) eDomitila de Castro Canto e Melo(1797-1867), amante de dom PedroI (1798-1834), primeiro imperador doBrasil, são recriadas por Helio Bra-sil em alguns destes contos, que tra-zem também personagens popula-res como uma faxineira, “agridocerosa suburbana”, que é assediadapor um empresário, seu patrão, umpadre às voltas com a volúpia car-nal, um empreiteiro que enriquececom a construção de Brasília, parti-cipando do jogo sujo do poder, ouum escritor ghost writer endividadoe atormentado pela necessidade deentregar um livro a ser assinado poralgum endinheirado.

II Em outros contos, o leitor vai

encontrar as peripécias da vida deuma amazona de um circo decaden-te, um jovem assediado e atormen-tado pela atração física que lhe pro-duz sua suposta tia, ou ainda umaviúva cinquentona “esquecida porDeus”, moradora numa casa de cô-modos no decadente bairro doCatumbi, que, de repente, é desco-berta e escolhida por um jovem in-teressado apenas em alguns minu-tos de prazer.

Para se ter uma ideia do estiloconciso e direto, que, de certa ma-neira, lembra o de outro escritorcarioca famoso, Machado de Assis(1839-1908), segue um trecho doconto “Um alguidar cheio de frutas”,que conta a história daquela viúva,que nunca imaginaria que um rapazainda pudesse querer se aproximardela apenas pelo deleite carnal,sem nenhuma má-intenção:

(...) Ziza percebeu que o medonão chegava aos olhos. Espanto.Não era o medo que lhe aceleravao peito. Suspendeu a respiração aosentir os lábios do rapaz sobre osseus, enquanto o corpo forte a pren-dia contra o colchão. A mulher enla-çou-o com os braços e as pernas.Entre estranhas névoas de desejo,entregou-se inteira.

Como observa o escritor,lexicólogo e tradutor Ivo Korytowskina apresentação que escreveu para

este livro, a nova obra de Helio Bra-sil exala um metafórico cheiro quefaz lembrar de O perfume (1985),romance de sucesso internacionaldo alemão Patrick Süskind. Diz:Além do “perfume que roubam deti”, perpassam pelas narinas do lei-tor “o perfume forte dos abacaxis,das laranjas e o odor sensual dospêssegos”, “o perfume do jasmin”,“o perfume de tia Celeste” e “a sua-ve e perfumada mão de Dorothy”.Para Korytowski, desde o livro deSüskind, “não se escrevia uma obraliterária tão... perfumosa!”. Poisbem, depois desta apresentação,não resta ao leitor outra alternativaque não seja a de abrir bem as na-rinas e sair à procura deste novolivro de Helio Brasil. Não irá se arre-pender.

IIINascido no Rio de Janeiro em

1931, Helio Brasil, formado em 1955em Arquitetura pela Faculdade Na-cional de Arquitetura da Universida-de do Brasil, hoje Universidade Fe-deral do Rio de Janeiro (UFRJ), tra-balhou no Banco Nacional de De-senvolvimento Econômico (BNDE),atual BNDES, de 1955 a 1984, ten-do supervisionado o projeto deconstrução da nova sede da enti-dade, inaugurada em 1982. Proje-tou em equipe edifícios residenciais,comerciais e industriais no Rio deJaneiro e em outros Estados. Leci-onou durante 20 anos a disciplinaProjeto de Arquitetura na Universi-dade Santa Úrsula e foi professor-visitante na UFRJ e na Universida-de Federal Fluminense (UFF).

Depois que se aposentou peloBNDES, passou a se dedicar à lite-ratura, tornando-se um dos maisimportantes ficcionistas brasileirosda atualidade. Dedica-se à escritaficcional desde 1958, tendo obtidomenções em concursos de contos.Frequentou a Oficina Literária doprofessor e escritor Ivan CavalcantiProença, editor da Livraria JoséOlympio Editora, do Rio de Janeiro,na década de 1980, pela qual tevetrabalhos publicados em coletâne-as.

Sobre o bairro de São Cristó-vão escreveu uma trilogia, compos-ta de um livro de não-ficção – SãoCristóvão: memória e esperança(Prefeitura do Rio de Janeiro, 2004)– e dois romances: A última adoles-

cência e Ladeira do Tempo-Foi, ro-mance dramático que tem como ful-cro uma ladeira imaginária do bair-ro de São Cristóvão, à época daredemocratização pós-Estado Novo(1937-1946).

É autor também de O Solar daFazenda do Rochedo e Cataguases(Synergia Editora, 2016), em co-autoria com José Rezende Reis; Ca-dernos (quase) esquecidos (2016),edição artesanal; Tesouro: O Palá-cio da Fazenda, da Era Vargas aos450 anos do Rio de Janeiro (Edito-ra Pébola, 2015), em co-autoriacom Nireu Cavalcanti; e Pentagramaacidental, novelas (Editora Pontei-ro, 2014).

Participou também das coletâ-neas de contos Doze autores esuas histórias (2003); A Marquesade Santos (2004); Tempos deNassau (2005); Ásperos e Macios(2010); O feitiço do boêmio 2010(comemorando 100 anos de NoelRosa), publicadas pela Editora BomTexto; e O Rei, o Rio e suas históri-as (2013), publicada pela Editora 7Letras.

O perfume que roubam de ti... eoutras histórias, de Helio Brasil, com

apresentação de Ivo Korytowski.Rio de Janeiro: Synergia Editora, 1ª

edição, 220 páginas, R$ 40,00, [email protected]

www.synergiaeditora.com.br

Adelto Gonçalves é doutor emLetras na área de Literatura

Portuguesa pela Universidade deSão Paulo e autor de Os Vira-latas

da Madrugada, LetraSelvagem, entre outros.

[email protected]

Page 2: Ano XXIX Nº 352 dezembro de 2018 o no e em e r m e

Periodicidade: mensal - www.linguagemviva.com.brEditores: Adriano Nogueira (1928 - 2004) e Rosani Abou Adal

Rua Herval, 902 - São Paulo - SP - 03062-000Tels.: (11) 2693-0392 - 97358-6255

Distribuição: Encarte em A Tribuna Piracicabana, distribuído aassinantes, bibliotecas, livrarias, entidades, escritores e faculdades.

Impresso em A Tribuna Piracicabana -Rua Tiradentes, 647 - Piracicaba - SP - 13400-760

Selos e logo de Xavier - www.xavierdelima1.wix.com/xaviArtigos e poemas assinados são de responsabilidade dos autoresO conteúdo dos anúncios é de responsabilidade das empresas.

Assinatura Anual: R$ 120,00Semestral: R$ 60,00

Tels.: (11) 2693-0392 - 97358-6255

Depósito em conta 19081-0 - agência 0719-6 - Banco do Brasil -Envio de comprovante, com endereço completo, para o email

[email protected]

Página 2 - dezembro de 2018

Em memória do professor Xavier– meu pai e referência

iluminadora

Para Lídia Lopes Miranda(querida comadre) e Bailon

Taveira Vila Nova – humanistas ecompetentes professores

Em memória de Anísio Teixeira

“Teremos um governo queprocurará levar as pessoas a acre-ditar que o verdadeiro responsá-vel pela crise nacional (...) não é osistema financeiro nem a classepolítica e seus movimentos suici-das. O verdadeiro responsávelpela crise nacional é o professorde história. (...). Tudo isso nosmostra como essa regressão queo Brasil vive é o segundo capítulode uma história que começou comna ditadura militar. (...) Isso é ape-nas uma prova de que, como dizFreud, nunca se vive totalmente nopresente. (...). Nessa forma deconflito, nem os mortos estão sal-vos.” (VLADIMIR SAFATLE)

(...) “O neonazifascismoteocrático chegou. Se a bancadada Bíblia é insuficiente, pelo me-nos por ora, o tripé firma-se bemsólido: os bois do agronegócio,com o poder econômico; as balas

Desejamos aos nossos leitores, as-sinantes, amigos, colaboradores e clien-tes um Natal pleno de paz, saúde e amor.Que a plenitude seja estendida em to-dos os dias de 2019, acompanhada demuita poesia e leitura.

Em setembro de 2019 completare-mos 30 anos de circulação ininterrupta.Vamos comemorar todos os dias do ano.

Vamos democratizar os livros e aleitura. Não vamos deixar os xilófagos sealimentarem dos livros em nossas es-tantes. Devemos compartilhar com to-dos que têm fome de leitura.

Esperamos que todos os brasileiros, sem exceção, do Oiapoqueao Chuí, tenham acesso ao livro e à leitura. Que o livro chegue em todospovos indígenas, em todo o sertão e litoral, em todas as cidades brasilei-ras e em todo o Planeta.

Também esperamos que a fome seja abolida, que todos possamdar água a quem tem sede e que sejam mais solidários com seu próxi-mo. Que não maltratem e trafiquem nosos animais e crianças. Que aviolência contra as mulheres, crianças e a todos os seres vivos sejaextinta. Que todos tenham mais afeto com seu próximo, quer seja ele obicho homem ou os animais.

Que Deus ilumine a cabeça dos nossos governantes e políticospara não fecharem os olhos para os mais necessitados. Para que digamNÃO ao desmatamento, ao trabalho escravo, à violência e à corrupção.Que sejam contra as reformas trabalhistas e previdenciárias que pos-sam desmontar as conquistas do trabalhador brasileiro.

Que invistam mais em Cultura e Educação.Almejamos um Brasil com menos armas e mais livros.

Mais Livro e Leitura ESCOLA SEM PENSAMENTO

ESCOLA SEM PARTIDOEmanuel Medeiros Vieira

Emanuel Medeiros Vieira éescritor, poeta, crítico e

membro da Associação Nacionalde Escritores.

dos armamentistas, com o poder daintimidação; e as Bíblias dos evan-gélicos, para alimentar o mitomessiânico”. (JORGE COLI)

Na Guerra Civil Espanhola(1936-1939), o general fascista/falangista Millan-Astray proclamou:“ABAIXO A INTELIGÊNCIA! VIVAMORTE”

É isso o que queremos?Vamos ser claros: os defenso-

res do programa ”Escola sem Par-tido” renegam o pensamento, têmpavor da inteligência.

Preferem a barbárie à civiliza-ção.

Joel Pinheiro da Fonseca ad-verte que o chamado programa Es-cola sem Partido funcionará comouma mordaça aos professores, “quese sentirão permanentemente vigi-ados e passíveis de punição se de-monstrarem qualquer preferênciaideológica e política” (..).

Como disse alguém, profes-sores são um perigo, “não por-que eles façam nossas criançaspensarem isso ou aquilo, masporque as fazem pensar”.

Page 3: Ano XXIX Nº 352 dezembro de 2018 o no e em e r m e

Página 3 - dezembro de 2018

Tels.: (11) 3214-3325 - 3214-3647 - 3214-3646 [email protected] - Face: Sebo Brandão São Paulo

https://www.estantevirtual.com.br/brandaojr

Rua Conde do Pinhal, 92 -ao lado do Fórum João Mendes

Sebo Brandão São PauloNovo Endereço para melhor atendê-lo:

O dia 23 de outubro passa a inte-grar o calendário mackenzista como “odia da gratidão”. E a gratidão, comodisse Antístenes, “é a memória do co-ração”.

O escritor Nelson Câ-mara, advogado bem suce-dido, autor de várias obras,sobretudo no campo dahistoriografia, lançou às 18horas daquele dia, no Cen-tro Histórico da Universida-de, o ‘JOHN THERONMACKENZIE’, em formatoespecial, com quase 400páginas e inúmeras ilustra-ções.

Na verdade, Câmaramergulhou nas profundezasdo ignoto para de lá extrairtudo o que faltava para completar o cur-so maravilhoso da saga do Mackenzie.Precisava suprir lacunas, preencher bre-chas, adicionar dados e informações.

Era necessário ir aos Estados Uni-dos para dissipar dúvidas e esclarecerepisódios. Nelson Câmara como querealizando um corte transoceânico nageografia norte-americana foi às fontesprimárias e conseguiu, brilhantemente,respostas para as dúvidas e incertezas,deixando o seu livro como o mais com-pleto e diversificado acervo sobre oMackenzie.

Copiosa documentação lega sobrea vida pessoal e profissional de JohnTheron Mackenzie, o advogado norte-americano que, no fim do século XIX,doou parte de sua fortuna para a fun-dação de uma escola de engenharia, noBrasil, de acordo com os padrões doseu país.

E é fundamental que se esclareçaque o monumental livro que Nelson Câ-mara escreveu tendo como protagonis-ta John Theron Mackenzie, na Acade-

CAMARA REBATIZA O MACKENZIEAntonio Fernandes Neto mia Mackenzista de Letras, fun-

dada em 2015, decorreu da es-colha que ele fez do seupatrono. Impôs-se, desde logo,fazer a biografia do benfeitor doMackenzie, o que fez sob o do-mínio do coração, produzindo,

na esfera dametalinguagem, ahistória da história,desvendando fatose acontecimentosque só engrande-cem a singular tra-jetória mackenzista.

Igualmente éimportante assinalarque a obra do ilus-trado autor resgataa fidelidade do ges-to iluminado do ci-dadão norte-ameri-

cano, que tentou conhecer oBrasil, mas não o conseguiu.

Honra a AcademiaMackenzista de Letras, da qualé presidente. Homenageia aUniversidade PresbiterianaMackenzie e o consagra comoescritor e historiador.

Ao terminar a leitura, comvárias repassadas de páginas,me tomei de emoção ao recor-dar os tempos em que, juntosno Mackenzie, cursamos Direi-to.

A sensação maior que tivefoi a de estar testemunhando orebatismo do Mackenzie. Ele saido livro de Nelson Câmara mai-or, mais vigoroso, mais pujante.

O livro traz o prefácio pri-moroso e erudito do prof., Dr.Marcel Mendes e lúcida apre-sentação do Reverendo Dr.Alderi Souza de Matos.

O romancista Jorge Amado nasceu em Ferradas, lugarejo que na-

quele tempo da conquista da terraera um distrito do município deItabuna, no Sul da Bahia. Lá, na-quele pedaço das terras do sem fim,também nasceu Telmo Padilha(1930-1977), poeta das questõesprofundas, que morreu em aciden-te automobilístico. O poeta compa-dre de Jorge Amado está presenteem antologias no Brasil e no exteri-or. Tem livros de poesia publicadosna Inglaterra, Japão, Itália, Suíça eUruguai. Ganhou prêmios literáriosimportantes.

De sua poesia, disse ManuelBandeira que “é rica de símbolos emetáforas”, enquanto CarlosDrummond de Andrade observouque “ se faz sentir e amar pela con-centração e o poder de síntese.”Adonias Filho destaca que “os va-lores constantes são humanos e, emconseqüência, universais e eternos:a morte, o medo, o tempo, o nada,a memória. Circunscrita a esses va-lores, invulnerável a qualquerexterioridade, a poesia de TelmoPadilha pode converter-se em ummarco que congregue toda a suageração.”

Encontra-se nessa poesia aconstituição de um discurso reflexi-vo, que informa proposições dolo-ridas na clave das indagações exis-tenciais. Perguntas sem respostaque se manifestam sobre essa difí-cil e enigmática travessia do viver,exposta aos olhos como difícil deaceitar, com sua problemática im-pregnada da vida, morte, solidão,incomunicabilidade e infância semretorno. Essa poesia de aparênciafácil resiste dentro de muros em quea criatura humana se vê cercadade angústia em função de circuns-tâncias matizadas pela fugacidadedo tempo. Nessa travessia que alo-ja nos ouvidos cantos roucosritmados de absurdos, o poeta pro-cura sempre se mover dentro deatitudes críticas. Dessa atmosferavertiginosa, na aventura que com-porta abismos e enigmas, pobreza,sofrimento, insônia, apresenta-secom esse poder de tocar nos serese coisas com profundidades e lar-guras. Retira sensibilidades e refle-xões entre cortinas espessas daexistência, densidade na insensatezdo mundo, riqueza na metáfora do-

Antonio Fernandes Neto éescritor e jornalista.

Voo deTelmo Padilha

lorida sempre hóspede de assom-bro, que faz de Telmo Padilha umpoeta com todas as essencialidadesde que são dotados os bons poe-tas. Não preciso mais dizer que éum dos poetas de minha predileção.

Com a tristeza que molha meusolhos agora, tento quebrar a sau-dade, conversando e cantando como poeta e amigo:

- Ah, Telmo Padilha/ Fale-meque sem a poesia/ o sol não pintaos desertos/ Com as cores da ma-nhã./ O dia não entardece/ Nos bra-ços do ocaso./ Com a razão e aemoção/ Não se estende a palavra/Pelo vazio do vasto mundo./ A vida émais pobre/ Sem esse canto agu-do/ que em ti é feito exausto/ Comovamos perceber/ Teus passos deagonia, / que ao vento estremecem/e te escutas nos desvãos?/ Ah,Telmo Padilha/ Fale-me de tua ci-dade, / A nossa querida Itabuna,/ Detodos nós em teu grito,/ De Hélio,Valdelice,/ Firmino, Florisvaldo, /Cada um no seu canto/ Remoendoo seu tanto/ Fale-me dessas ruas,/De fato não são ruas, /É uma mes-ma rua /Que começa solitária/ E ter-mina solitária / Nas vestes de teuódio,/ Medos e incertezas/ Con-quanto seja abrigo,/ Música cortan-te da paixão./ No teu dia cor de som-bras/ Só podemos amar com dor,/na forma autêntica da dor/ Onde hásetembros/ Que vêm e somem/ Semsaber para onde vão./ Fale-me deteu voo/ Nessa viagem duvidosa/Que nos oprime de aflição.

Cyro de Mattos

Cyro de Mattos é escritor,poeta, advogado, membro da

Academia de Letras da Bahia eDoutor Honoris Causa daUniversidade Estadual de

Santa Cruz (Bahia).

divu

lga

ção

Telmo Padilha

Page 4: Ano XXIX Nº 352 dezembro de 2018 o no e em e r m e

Página 4 - dezembro de 2018

Roberto Scarano

R. Major Basílio, 441 - Cjs. 10 e 11 - Mooca - São PauloTel.: (11) 2601-2200 - [email protected]

Advogado

Trabalhista - Cível - Família

OAB - SP 47239

Bilhete para Jorge AmadoMando notícias a fim deatualizá-lo, com relação a acontecimentos

passados e presentes. O que nãofalta é novidade. Algumas boas, ou-tras nem tanto.

Os teus companheiros, que fa-ziam parte da Bancada Comunista,eleitos em 02 de dezembro de 1945,todos já embarcaram. Não sei sevocê encontrou João Amazonas poraí, ele foi o último a fazer essa via-gem sem retorno.

Paulo Dantas também está aí.Sempre o visitava, numa dessas vi-sitas, notei que ele estava aborre-cido com você, com o teu livro dememórias “Capitão de Longo Cur-so”, o livro estava, com páginas ano-tadas, sublinhado, cheias de obser-vações, sobre o autor e a obra. Sal-vei-o da lata do lixo. Quem mandavocê não o citar.

Jorge, certo dia, entrevistandoAbguar Bastos, em sua casa con-tou-me ele, que, estando nachefatura de polícia, do Rio de Ja-neiro - o terrível e violento redutopolicial- onde Filinto Muller, pontifi-cava, prendendo, torturando e ma-tando muitos inimigos da ditadura deGetúlio, ouviu alguém gritar: “Depu-tado Abguar Bastos, DeputadoAbguar Bastos, eu sou Jorge Ama-do, eu sou Jorge Amado”. Não sabi-as que ele também estava cami-nhando para prisão. Não sei se vocêficou mais tempo preso do que ele.Abguar amargou dois anos, no re-gimento Caetano de Farias, da PMdo Rio de Janeiro, em cujo local, jáse encontravam João Mangabeira,Domingos Velascos, Café Filho, Otá-vio da Silveira, e o senador AbelChermont. As únicas vozes que seergueram na Câmara dos Deputa-dos e do Senado, quando Getúliofechou essas casas.

Com o golpe, Filinto Müller fi-cou muito feliz e satisfez seu apetitesanguinário. Não tendo recebidoordens para assassinar Luís CarlosPrestes, quando da sua prisão,

ocorrida no Bairro do Meyer, na RuaHonório, no Rio de Janeiro, em 1936,dele se vingou, entregando sua es-posa, Olga Benário, grávida de setemeses, a fim de ser assassinada nosCampos de concentração da Alema-nha Nazista. É bom lembrar, que oCapitão Filinto, foi expulso da Colu-na Prestes, por roubo e covardia,segundo o depoimento, que me foiprestado pelo General Emílio daCosta Miranda.

Jorge, se encontrares o Nabor,diz a ele que, estamos com muitasaudade, e que onosso grupo, quese reunia todos ossábados, na Barãode Itapetininga,quase todo já em-barcou. Audálio Dantas nos deixou.Ele está fazendo uma falta arretada!

Manda notícias do Darcy Ribei-ro, Ênio Silveira, Niemayer, Barbo-sa Lima, Prestes, Sobral Pinto e Mo-desto da Silveira. Eles estão bem,aí no céu? É no céu que eles es-tão?

A coisa aqui está mais ou me-nos assim: um capitão do Exército,eleito deputado por cinco mandatos,pelo Rio de Janeiro, se elegeu pre-sidente da República, o vice é umGeneral, outros militares, tambémestão ocupando postos no primeirotime. É voz corrente, que o Paísestá marchando para Direita. Façovotos que o novo presidente sejamuito feliz, se recupere definitiva-mente da facada que recebeu nacampanha eleitoral. Seu nome é JairBolsonaro.

Pessoalmente, acredito em mi-lagres. Já recebi tantos. Agora estepara consertar o Brasil, é preciso serpatriota, com P maiúsculo, ter muitacoragem e muita disposição para

enfrentar a banqueirada nacional einternacional, que nos rouba diaria-mente.

Maria Lúcia Fatorelli, essa mu-lher extraordinária, que entra paraa história do Brasil, da sua liberta-ção, como uma das melhores filhas,que a Nação brasileira produziu, sefossemos um País sério, de patrio-tas, dentro e fora das Forças Arma-das, dentro e fora dos Três Pode-res, essa brava mulher estaria usan-do diariamente, em cadeia nacional,a televisão, para afirmar o que ela

afirmou no dia08 de outubro,numa audiência,no Supremo Tri-bunal Federal,durante alguns

minutos, chamando atenção dos mi-nistros, para os crimes, que se vêmcometendo contra a Nação Brasilei-ra, levando-a a pagar anualmente48 a 50%, do seu orçamento.

Pagamentos que nos últimosanos chegaram próximos à casa deum trilhão de reais, e, em 2016, che-garam a um trilhão, cento e trinta bi-lhões, cento e quarenta e nove mi-lhões, seiscentos e sessenta e setemil, novecentos e oitenta e um re-ais, o que representa o pagamentodiário de três bilhões e duzentosmilhões de reais. É quanto a Naçãobrasileira pagou todos os 365 diasdo ano de 2016 para abater a dívi-da e os seus juros. É bom não es-quecermos o saudoso mestre Bar-bosa Lima Sobrinho quando afirmounuma entrevista, em abril de 1989,publicada na revista Caxias Maga-zine: “Nós estamos pagando umadívida externa de 121 bilhões de

dólares. Quando, desses 121 bi-lhões de dólares, só talvez a quartaparte tenha sido aproveitada nodesenvolvimento do País. Isso é oque me dói como brasileiro.”

Será que os comandantes,das Forças Armadas, os ministrosdo Supremo Tribunal Federal, e de-mais órgãos jurídicos, será que oPoder Legislativo, deputados e se-nadores, será que o Poder Executi-vo, Presidente da República e seusministros, têm conhecimento dessesdados?

Por que não ouvir, por que nãoconvocar, essa brava senhora, essaadmirável e corajosa brasileira, Dra.Maria Lúcia Fatorelli, para fazer umaexposição minuciosa, uma palestra/debate, como há anos, ela vem fa-zendo em todo Brasil, chamando àatenção para a necessidade de umaprofunda auditoria da divida públi-ca, de nosso país, com a autorida-de, de quem domina plenamente oassunto, e está, como patriota queé, comprometida com a Nação bra-sileira e com o seu povo.

Por que o novo presidente nãoa convoca para uma conversa sé-ria, para uma palestra, um debate,com todo o seu ministério, particu-larmente com toda sua equipe eco-nômica?

Por que essa brava mulher, háanos e anos clama para ser ouvidae as autoridades não lhe ouvem?Que mistério é esse? Sai presiden-te, entra presidente, ninguém dá ou-vidos à essa respeitável senhora.Ela que é a coordenadora da Audi-toria Cidadã da Dívida, entidadesem fins lucrativos, que a dirige, comrara coragem e raro brilho. Entida-de sediada nas dependências daOAB Nacional, em Brasília. Por queo maior problema do Brasil, que é asua dívida, não se dá conhecimen-to ao povo? Por que não utilizar umimpostômetro da dívida que regis-

Tel.: (11) 2796-5716 - Cel.: [email protected]

Profa. Sonia Adal da Costa

Revisão - Aulas Particulares

Bilhete para Jorge AmadoGeraldo Pereira

Eles estão bem, aí no céu?

É no céu que eles estão?

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Débora Novaes de CastroPoemas: GOTAS DE SOL - SONHO AZUL - MOMENTOS -

CATAVENTO - SINFONIA DO INFINITO –COLETÂNEA PRIMAVERA - AMARELINHA - MARES AFORA...

Antologias:

Haicais: SOPRAR DAS AREIAS - ALJÒFARES - SEMENTES -CHÃO DE PITANGAS -100 HAICAIS BRASILEIROS

Trovas: DAS ÁGUAS DO MEU TELHADO

Poemas: II Antologia - 2008 - CANTO DO POETA

Trovas: II Antologia - 2008 - ESPIRAL DE TROVAS

Haicais: II Antologia - 2008 - HAICAIS AO SOL

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Poemas Devocionais: UM VASO NOVO...

A felicidade um soproilusório que cria asas,alcança a eternidade do minuto.O resto é silêncio e acalanto.

Somos a fração do eterno.Pausa. Conquistamos a plenitude.Um mar repleto de sonhosdesperta nossos narcisos.

O sono acorda nossos deuses,sonhamos em busca do inatingível.Somos Vênus e Afrodite.Nossas almas embriagadasde Bacos e Dionísios.

Pássaros nos despertampara um novo segundo.Somos a fração do infinito.Um toque lilás em nossos corpos,transcendemos alvoradas.

Um sorriso em nossos lábiosamanhece sem medo de acordar.Um silêncio imagináriodesperta em nossos ventres.

tre, minuto a minuto, o to-tal do pagamento diário dosseus juros nas oito princi-pais cidades do País:Brasília, São Paulo, Rio deJaneiro, Belo Horizonte,Salvador, Porto Alegre,Recife e Fortaleza.

Jorge, lembrei-me devocê, agora pouco, emJoão Pessoa. Lembrei-me,da sua imensa alegria,quando deputado federal,ao ver aprovado o Projetode sua autoria, conceden-do a Liberdade de Culto,um dos pouquíssimos pro-jetos aprovados da Banca-da Comunista. Antes, vocêdeu conhecimento ao Se-nador Prestes e tambémaos treze deputados com-ponentes da bancada,eleita em 2 de dezembro de 1945,de que iria apresentar esse projeto,mas que não queria a assinaturadeles, uma vez, que corria o riscode não ser aprovado. Você sabiaque todo e qualquer projeto, com aassinatura dos componentes dabancada comunista, tinha um cami-nho certo: a lata do lixo.

Jorge, você, tenho certeza,apresentou esse projeto, a fim deproibir aquilo que era comum na suacidade de Salvador, quando os seusterreiros eram comumente invadidospela polícia, que prendia e espan-cava sem piedade, os ‘Pais de San-to’, como se fossem criminosos.

Hoje, Jorge, a liberdade de cul-to, é ampla, geral e irrestrita, é li-berdade de culto e tudo mais... ofaturamento de algumas igrejas écoisa de louco. Os seus líderes es-tão riquíssimos. Estou sempre melembrando de você, toda vez quevejo os palácios luxuosos, suntuo-sos, que sediam essas entidades,como os que vi nas cidades de Re-cife e João Pessoa. De São Paulo,então, nem precisa falar... não seise você tem prestígio Jorge, falacom São Pedro, vê se ele abre aporta aí e deixa você ver o Templode Salomão!

Jorge, quem está chegando aíé o premiadíssimo cineasta, nossoestimado Nelson Pereira dos San-tos. Como você, ele, também, eramembro da Casa de Machado deAssis. Há meses o procurei na Aca-demia, pois precisava fazer um arti-go, com os discursos de boas-vin-das, que você fez, quando da che-gada de Dias Gomes, e também a

resposta deste. Nelson, muito aten-cioso, mandou-me um exemplar,encadernado, com esses discur-sos, e outros também.

Fiquei surpreso com o quevocê falou sobre Adonias Filho, ti-nha-o em conta, de um intelectualque serviu a ditadura. Você fez comque eu desprezasse essa impres-são.

Jorge, não sei se é falta de co-ragem, ou de patriotismo, das nos-sas autoridades, para enfrentar agangue internacional, dona do mer-cado, esse tal mercado é dirigidopor ela. Ela é quem dá as ordens,ela é quem determina, define os ru-mos da política econômica, de cadapaís, como o nosso. Apoderando-se, safadamente, das nossas rique-zas, nos roubando há muitas déca-das, sem que nenhum presidentecivil ou militar, acionasse a socie-dade para se unir, numa campanhanacional, igual àquela, que sacudiuo Brasil: “O Petróleo é Nosso”, dadécada de 50, quando esse mes-mo mercado, dizia que nós não tí-nhamos petróleo. Jorge, não sei sevocê acredita em Deus. Eu acredi-to. Para resolver os nossos proble-mas só Ele!

Dá um abraço, no nossocaboclinho querido Silvio Caldas, noDorival Caymmi, assim como noNelson Cavaquinho, Nelson Gonçal-ves e Cartola. Ia me esquecendo:Ângela Maria e Tito Madi, tambémjá viajaram há pouco mais de doismeses. O que será da nossa MPB,meu caro Jorge?

Geraldo Pereira éescritor e jornalista.

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Jorge Amado

Rosani Abou Adal

Silêncio Imaginário

Rosani Abou Adal é poeta, jornalista, membro da Academia deLetras de Campos do Jordão e vice-presidente do Sindicato dos

Escritores de São Paulo. www.poetarosani.com.br

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www.poetarosani.com.br

Seus poemas foram traduzidos para o francês,

inglês, espanhol, italiano, húngaro e grego.

Rosani Abou Adal

Natais de antigamente,dos sapatinhos na janelaà espera do “Bom velhinho”,traje de gala, barba branca,a descer pelas chaminés das casasnuma auspiciosamagia...

Natais de hoje em dia,das cidades engalanadas,do comércio “abarrotado”com toda a sorte de ofertas,atraindo os passantes,dando o tomda festa...

Místico Natal,Natal de Belém da Galileia,dos Magos, da Estrela Guia,Natal do MENINO JESUSenvolto em panos,sobre o fenoda estrebaria!

Débora Novaes de Castro

Débora Novaes de Castro (Débora de Castro) é escritorae artista plástica e mestre em Comunicação e Semiótica –

Intersemiose na Literatura e nas Artes, pela PUC-São Paulo, 2004.www.deboranovaesdecastro.com.br

Canto de Natal

Encanto-me com a “marinha”que vejo agora na tela da realidade.Ó santa natureza!Uma nuvem branca acomoda-seserenamente debaixo do céu cristalino.Sua sombra estende-se preguiçosamentesobre a vasta superfície das águas.Espumas flutuantes, ondas escuras,ondas claras, ondas verdesabraçando e beijando o rochedo com sofreguidão...E o sol espiando.A tarde vai declinandoChegam as gaivotascom seus elegantes voos circunferenciaisobservando tudo na maior calma...!Elas não têm pressa!O garçom também não tem.E eu estou feliz, aqui em minha mesa solitária...Posso esperar.

ABSTRAÇÃORaymundo Farias de Oliveira

Ninguém morre sorrindo, “seo” Humberto,a vida é bela, mas a morte é triste;morte honrosa, heroica, quando existe,jamais convida a rir, esteja certo.

Mesmo os que acham que o céu é pertoe não temem ver Deus de dedo em riste,não riem ao morrer, não lhes assistetanta ironia. É um passeio incerto.

Choramos ao nascer porque aindanão sabemos sorrir. A vida brindacom o jocoso para o rir fecundo.

O choro do nascido é um aviso:– Acabo de deixar o paraísopara ver como é viver no mundo.

Raymundo Farias de Oliveira é escritor, poetae procurador do estado aposentado.

RISO E CHOROJosé Peixoto Júnior

“Quando nascemos, choramos;Sorri quem vai nos olhar.Ao morrer, sorrindo vamosE eles ficam a chorar.” Humberto de Campos

José Peixoto Júnior é escritor, poeta, advogado emembro da Associação Nacional de Escritores.

Pulsa o corpoEm que a alma se deitaDeleita em carícias amenasAqueceSão dois em um

Um único ponto partidoUm nó que enfoca o fioA trilha que traz um perfilA estrada uma pista adiante

Diante da noite escuraAtemoriza o pensamentoTranca o sentimentoA solidão te faz companhia

DOIS EM UMMaria de Lourdes Alba

Maria de Lourdes Alba é escritora, poeta, jornalistae pós-graduada em Jornalismo.

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Livros

VIVA O BRASIL... de Odette Mutto

Livraria Asabeça - www.asabeca.com.br - Linkdireto:http://www.asabeca.com.br/detalhes.php?sid=14062017135017&prod=7981&friurl=_-VIVA-O-BRASIL--Odette-Mutto-_&kb=669#.WUFpcFXyuM8Livraria Cultura -www.livrariacultura.com.brLivraria Martins Fontes Paulistawww.martinsfontespaulista.com.brCia dos Livros - www.ciadoslivros.com.br - Link direto:http://www.ciadoslivros.com.br/viva-o-brasil-contos-745138-p627207

O escritor, poeta, jornalista etradutor Álvaro Alves de Faria foiagraciado com o Prêmio Poesia eLiberdade Alceu Amoroso Lima, de2018, pelo conjunto de sua obrapoética. A láurea foi entregue no dia5 de dezembro, no Centro AlceuAmoroso Lima – o Tristão deAthayde -, da Universidade Cândi-do Mendes, no Rio de Janeiro.

Autor de mais de 50 livros, es-pecialmente de poesia, e de peçasde teatro. Dedicou-se por 15 anosà poesia portuguesa. Tem 19 livrosde poesia publicados em Portugal e7 na Espanha, além de participar demais de 50 antologias de contos epoesia no Brasil e no exterior.

Álvaro Alves de Faria se consi-dera um militante da poesia, desdeos tempos de O Sermão do Viadu-to, nos anos 60, quando realizou 9recitais no Viaduto do Chá, em SãoPaulo, com microfone e quatro alto-falantes. Por esse motivo foi detidocinco vezes pelo Dops. O Sermãodo Viaduto acabou proibido.

No final dos anos 70, tambémfoi proibido pela censura seu livro 4

Álvaro Alves de Faria laureadocom o Prêmio Poesia e Liberdade

Cantos de Pavor e alguns PoemasDesesperados. Sua peça Salve-sequem puder que o jardim está pe-gando fogo, que recebeu o PrêmioAnchieta para Teatro, na época umdos mais importantes do país, tam-bém foi proibida de encenação nosanos 80 e permaneceu censuradapor 8 anos.

Em 1969, foi preso, por 11 me-ses, como subversivo e por dese-nhar os cartazes do então PartidoSocialista Brasileiro. Três anos de-pois, levou um tiro no ouvido e tematé hoje na cabeça a bala calibre38, como herança da ditadura mili-tar.

O Prêmio Poesia e Liberdadeé um dos mais importantes e signifi-cativos do Brasil no reconhecimen-to de uma obra poética que semprefoi testemunha de seu tempo, numato de resistência.

Foram agraciados com o prê-mio os poetas João Cabral de MeloNeto, Ferreira Gullar, Adélia Prado,Paulo Henrique Brito, ArmandoFreitas Filho, Marco Lucchesi, An-tonio Cícero e Leonardo Fróes.

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Álvaro Alves de Faria

Horta Versos em Três Tempos, poemas deAnderson de Araújo, Maria Braga e Anderson Braga,Costelas Felinas - Livros e revistas artesanais, San-tos (SP), 60 páginas.

A obra reúne textos dos poetas e escritoresAnderson de Araújo Horta (Tombos-MG, 30 de novem-bro de 1906 - Brasília -DF, 16 de junho de 1985), Ma-ria Braga Horta (Muriaé-MG, 17 de novembro de 1913- Brasília-DF, 6 de abril de 1980), e Anderson BragaHorta (Carangola-MG, 17 de novembro de 1934).

Família de poetas. Anderson de Araújo e MariaBraga também são pais do compositor, cantor e poe-ta goiano Braga Horta.

Costelas Felinas: https://artesanallivros.blogspot.com/Anderson Braga Horta: [email protected]

Idílio, crônicas de Nelson Hoffmann, Editorada URI, em coedição com a Ledix, SantoÂngelo(RS), 70 páginas.

ISBN: 978-85-7223-437-5.A capa é de Tony Hoffmann.O autor é escritor, contista, romancista,

ensaísta e editor. Autor de Eu Vivo Só Ternuras quefoi traduzido para a língua italiana pelo tradutor eescritor siciliano Marco Scalabrino com o título IoVivo di Tenerezze.

A obra reúne crônicas que foram publicadasem jornais e revistas e por diversos órgãos.

Nelson Hoffmann: [email protected]

Alinhavos do Tempo, poemas de Lina TâmegaPeixoto, Tagore Editora, 88 páginas, Brasília (DF).

ISBN: 978-85-5325-042-4Arte final da capa é de Hugo Oliveira sobre foto

da casa onde viveu a poeta.A autora é escritora, professora, crítica de litera-

tura, poeta e membro fundador da Associação Na-cional de Escritores.

Segundo Sandra Vivacqua von Tiesenhausen,“Alinhavos do Tempo é uma tessitura de poemasrecortados da alma inconclusa de Lina que, justa-posta à mineração de seu corpo poético, espreita oLeitor de viés, nos idos símbolos do instante.”

Lina Tâmega: [email protected] Editora: www.tagoreeditora.com.br

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Notícias Página 8 - dezembro de 2018

Beatriz Helena RamosAmaral autografou os livros PeixePapiro (poemas) e Os Fios do Ana-grama (contos), no Palácio Baldaya,em Lisboa, Portugal, em novembro.Participou do Salão do Livro que foirealizado na Universidade da BeiraInterior, no Museu de Lanifícios, noMuseu de Arte Sacra e no belo Cen-tro Cultural da Banda de Covilhã, naCidade da Covilhã, em Portugal.Também representou o Brasil na“Women’s Human Rights Summit”,falando sobre Direitos Humanos eMigração. Em São Paulo, autografaPeixe Urbano, no dia 15 de dezem-bro, no Espaço Scortecci, Rua De-putado Lacerda Franco, 96, em SãoPaulo. Beatriz Helena Ramos Amaralé escritora, musicista, advogada eMestre em Literatura e Crítica Lite-rária.

A Editora SENAC Rio lançoua 4ª edição de Ergodesign e arqui-tetura de informação: trabalhandocom o usuário, de Luiz Agner. O au-tor é designer e pesquisador compós-doutorado em Estudos Culturaispela Universidade Federal do Rio deJaneiro.

Grande Sertão: Veredas, es-petáculo com montagem de BiaLessa a partir da obra de Guima-rães Rosa, ficará em cartaz até odia 24 de fevereiro de 2019, aossábados, às 20h30, e aos domingos,às 18h30, no SESC Pompeia, RuaClélia, 93, em São Paulo.Haverárecesso do espetáculo nos dias 22,23, 29 e 30 de dezembro. O espec-tador usará fones de ouvido paraescutar a música de EgbertoGismonti, a trilha sonora de DanyRoland, as vozes dos atores, osefeitos sonoros e sons ambientes,levando-o a um nível inédito deinteração com a dimensão sonorado espetáculo. Duração: 160 minu-tos. Ingressos: R$40,00 (inteira),R$20,00 (meia-entrada) e R$12,00(credencial plena). sescsp.org.br

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Roberto Muylaert lançou FazPouco Tempo, pela SESI-SP Edito-ra. A obra relata as experiências doautor nas revistas Exame, Veja,Ícaro e Visão e nas editoras, quefundou, Diagrama e RMC.

Wilson Alves-Bezerra, pro-fessor do Departamento de Letrasda Universidade Federal de SãoCarlos, lançou o romance VaporBarato pela Editora Iluminuras. Aobra traz, em um divã, as angústiasde seu protagonista perseguidopelo medo vindo dos anos da dita-dura militar no Brasil (1964-1985).

Adilson Filgueiras lançouEstado de Sítio, com apoio da Aca-demia Amazonense de Letras, pelaEditora Valer.

Éramos Vinte - A História doCorpo de Bombeiros de São Pau-lo, edição bilingue, de TâniaGalluzzi, com fotos de AlbertoTakaoka, Alex Rodrigues de Souza,Douglas Arrais Alencar, entre outros,foi lançado pela Gramani Editora.

O Prêmio Literário Bibliote-ca Nacional laureou na categoriaromance, Nunca houve tanto fimcomo agora, de Evandro AffonsoFerreira; Poesia, Etiópia, deFrancesca Angiolillo; Conto, Algunshumanos, de Gustavo Pacheco.

O Prêmio Ibero-americanoSM de Literatura Infantil e Juve-nil 2018, criado pela Fundação SM,laureou a escritora argentinaGraciela Montes.

A Liga Brasileira de Edito-res, que representa as editoras in-dependentes brasileiras, realiza umprograma de padrinhos aos amigosdo livro (leitores, editores, livreirosetc) para colaborarem com a enti-dade a partir de R$ 10 mensais.www.libre.org.br

Migração e Exílio, coletâneaorganizada por Bela Feldman-Bianco, Liliana Sanjurjo, DesiréeAzevedo e Douglas Mansur da Sil-va, foi lançada pela Editora da Uni-versidade Federal de São Carlos eEditora da Universidade Federal deViçosa. A obra resulta da publica-ção do dossiê “Migration and Exile”pela Vibrant (Virtual BrazilianAnthropology) (vol.10, 2, dezembro2013), revista da Associação Brasi-leira de Antropologia.

Ida Vitale, poeta uruguaia, foiagraciada com o Prêmio Cervantesde 2018. A láurea é concedida peloMinistério da Cultura da Espanha eproposta pela Associação de Aca-demias da Língua Espanhola.

A Palavras ProjetosEditorias lançou seu primeiro ro-mance gráfico Tate Rei, revoltaem Paty, de Eduardo Vetillo.

Cacildo Marques lançouAritmofobia: : Como curar o horrorda Matematica, Portuguese Edition,em versão ebook, pela Amazon. Se-gundo o autor, “Há muitos estudosno caminho da solução e o que euapresento aqui é, obviamente, maisum deles, o que não significa dizerque é um qualquer, porque aqui asraízes do mal são desenterradas, oque nos permite finalmenteimplementar uma eficiente políticaprofilática.” www.amazon.com

A Confederação Nacional doComércio de Bens, Serviços eTurismo realizou pesquisa, a partirde dados da Relação Anual de In-formações Sociais do Ministério doTrabalho, que constatou o númerode livrarias e papelarias no país di-minuiu 29%. Na última década, 21mil livrarias, a maioria de pequenoporte, encerraram as atividades.

O Oceanos – Prêmio de Li-teratura em Língua Portuguesa,promovido pelo Instituto CulturalItaú, laureou na categoria poesia -Brasil, Marília Garcia, com Câmeralenta; na categoria romance - Por-tugal, Hoje estarás comigo no pa-raíso, de Bruno Vieira Amaral; na ca-tegoria poesia - Portugal, A noiteimóvel, de Luís Quintais; e na cate-goria poesia - Moçambique, O Deusrestante, de Luís Carlos Patraquim.

Zezé Motta – Um canto deluta e resistência, de CacauHygino, sobre os mais de 50 anosde carreira de Zezé Motta, foilançada pela Companhia EditoraNacional. A obra, ilustrada com fo-tos, dividida em três partes, retrataas cinco décadas de trajetória pro-fissional da atriz e cantora.

A Câmara Brasileira do Li-vro, por contribuir para a manuten-ção de tradições e culturas popula-res e da história do Brasil, foi ho-menageada com a comenda de In-centivo à Cultura Luís da CâmaraCascudo. A láurea foi entregue pe-las senadoras Fátima Bezerra eMaria do Carmo e pela neta de Câ-mara Cascudo - Daliana CâmaraCascudo, no dia 10 de dezembro,no Senado Federal, ao presidenteda CBL Luís Antonio Torelli.

A Técnica do Livro SegundoSão Jerônimo, de Dom PauloEvaristo Arns, prefácio de AlfredoBosi e posfácio de Luiz Eduardo W.Wanderley, foi lançado pelas edito-ras Imprensa Oficial-SP e UNESP.

A Bíblia de Estudo NAA foilançada pela Sociedade Bíblica doBrasil.

A Câmara Brasileira do Li-vro, durante o evento de confrater-nização, homenageou o Amigo doLivro e os Profissionais do Livro de25 e 50 anos, completados em 2017e 2018, de trabalho. O Amigo do Li-vro foi destinado ao InstitutoEcofuturo em virtude da campanhaFormando Leitores de Mundo. 25anos: Rosália Meirelles da V&R,Elaine Nunes e Mara Regina XavierCortez da Cortez Editora e PauloAlexandre de Oliveira e Paulo Victorde Carvalho Oliveira da Distribuido-ra Inovação. 50 anos: José XavierCortez da Cortez Editora e AlfredoWeiszflog da Melhoramentos.

Cadão Volpato, revisor, com-positor e cantor da banda de rockFellini, lançou À Sombra dos Viadu-tos em Flor, pela SESI-SP Editora.

As Políticas do Urbano emSão Paulo, livro organizado porEduardo Marques, foi lançado pelaEditora UNESP.

Presépio e Outros Contosde Natal, coletânea, SESI-SP Edi-tora, reúne textos de Machado deAssis, Lima Barreto, Marçal Aquino,Lygia Fagundes Telles, entre outros.

Os Planetas do Ziraldo, ex-posição dedicada a Ziraldo, ficaráem cartaz até o dia 5 de abril de2019, na Casa Melhoramentos, RuaTito, 479 – Vila Romana, em SãoPaulo. Tel.: (11) 3874-0913.

A Academia Rio-Grandensede Letras laureou o poeta eensaísta Armindo Trevisan com otítulo de Escritor do Ano.

Acervo do Museu de Histó-ria da Medicina da AssociaçãoPaulista de Medicina, Sala Jor-ge Michalany, enciclopédia damedicina nacional, contou com acompilação dos artistas AntonioPeticov, Caciporé Torres, CecíliaSuzuki, Olimpio Franco e AlexFlemming, entre outros.

A Editora Imprensa Oficialde SP realizou a primeira edição dasua feira de livros. O evento contoucom a participação das editoras daUnesp, Edusp e da Unicamp.

A Editora Planeta lançou naComic Con (CCXP) Skyward: con-quiste as estrelas, de BrandonSanderson, e Lua branca, de FredOliveira.

O Instituto Pró-Livro, criadopela Associação Brasileira Editoresde Livros, Câmara Brasileira do Li-vro e Sindicato Nacional dos Edito-res de Livros, homenageou os 12vencedores da 3ª edição do PrêmioIPL - Retratos da Leitura em ceri-mônia realizada no dia 10 de dezem-bro, no Unibes Cultural, em SãoPaulo. www.prolivro.org.br

Beatriz Helena Ramos Amaral