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AÇÃO PASTORAL DOS REDENTORISTAS DE GOIÁS, MATO GROSSO, TOCANTINS E DISTRITO FEDERAL ANO XV Nº 172 AGOSTO 2017 Discípulos missionários PÁGINA 2 FATOS HISTÓRICOS AGOSTINOS Página 12 Vale a pena ser Irmão Missionário Redentorista A consciência deve ser respeitada e bem formada, por- que, em última análise, cada pessoa responde perante Deus a partir de sua consciência”. Esse é o pensamento de Santo Afonso Maria de Ligório, fundador dos missionários redentoristas. Na passagem do seu dia litúrgico (01 de agos- to) convém fazer uma breve memória deste santo que mar- cou a história da Igreja nestes últimos 300 anos. PÁGINA 9 Santo Afonso: um homem para nosso tempo! Reprodução Romaria dos Carros de Boi PÁGINA 5 Arquivo Irmãos Consagrados: Isael, Welington, Sebastião, Marcos Vinícius, Diego Vinício, Ueuber, José Alves, Allysson, Michael e Danilo com Ir. DIEGO JOAQUIM PÁGINA 2 D ez Irmãos Redentoristas de Goiás participaram do 5º Encontro Na- cional (ENIR) entre 23 a 28 de julho em Aparecida (SP). O evento reuniu cerca de 40 confrades de várias partes do Brasil para um momento de convivên- cia e troca de experiências. Também estavam presentes os Conselheiros Ge- rais, Pe. Rogério Gomes, que presidiu a celebração de abertura, e Ir. Jefrey Rolle. O tema de reflexão do evento foi “Testemunhas do Redentor, solidários para a missão em um mundo ferido”. Esse tema está sendo objeto da vivên- cia atual entre redentoristas no mundo inteiro. Os Irmãos refletiram, aprofun- daram e planejaram ações concretas para a caminhada em nosso país e na América Latina a partir das orienta- ções do XXV Capítulo Geral. Como viver o Carisma Redentorista proposto por Santo Afonso com fidelidade e di- namismo missionário na realidade em que vivemos? São muitas as questões que envolvem a vida dos Irmãos Con- sagrados em sua missão. Já na missa de abertura, Pe. Rogério Gomes destacou a importância dos Irmãos como sinal de vida fraterna. O Ir. Marcos Vinícius fala sobre sua vida e seu trabalho junto ao Governo Geral da Congregação em Roma. PÁGINA 3

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Page 1: ANO XV Nº 172 AÇÃO PASTORAL DOS REDENTORISTAS DE … · Ser catequista Em primeiro lugar, a cateque-se não é um trabalho ou uma ta-refa externa à pessoa do catequis-ta, mas

AÇÃO PASTORAL DOS REDENTORISTAS DE GOIÁS, MATO GROSSO, TOCANTINS E DISTRITO FEDERALANO XV Nº 172AGOSTO 2017

Discípulos missionários

PÁGINA 2

FATOS HISTÓRICOS AGOSTINOS Página 12

Vale a pena ser Irmão Missionário Redentorista

“A consciência deve ser respeitada e bem formada, por-que, em última análise, cada pessoa responde perante

Deus a partir de sua consciência”. Esse é o pensamento de Santo Afonso Maria de Ligório, fundador dos missionários redentoristas. Na passagem do seu dia litúrgico (01 de agos-to) convém fazer uma breve memória deste santo que mar-cou a história da Igreja nestes últimos 300 anos. PÁGINA 9

Santo Afonso: um homem para nosso tempo!

Reprodução

Romaria dos Carros de Boi

PÁGINA 5

Arquivo

Irmãos Consagrados: Isael, Welington, Sebastião, Marcos Vinícius, Diego Vinício, Ueuber, José Alves, Allysson, Michael e Danilo

Discípulos

com Ir. DIEGO JOAQUIM PÁGINA 2

Dez Irmãos Redentoristas de Goiás participaram do 5º Encontro Na-

cional (ENIR) entre 23 a 28 de julho em Aparecida (SP). O evento reuniu cerca de 40 confrades de várias partes do Brasil para um momento de convivên-cia e troca de experiências. Também estavam presentes os Conselheiros Ge-rais, Pe. Rogério Gomes, que presidiu a celebração de abertura, e Ir. Jefrey Rolle. O tema de refl exão do evento foi “Testemunhas do Redentor, solidários para a missão em um mundo ferido”. Esse tema está sendo objeto da vivên-cia atual entre redentoristas no mundo inteiro. Os Irmãos refl etiram, aprofun-daram e planejaram ações concretas para a caminhada em nosso país e na América Latina a partir das orienta-ções do XXV Capítulo Geral. Como viver o Carisma Redentorista proposto por Santo Afonso com fi delidade e di-namismo missionário na realidade em que vivemos? São muitas as questões que envolvem a vida dos Irmãos Con-sagrados em sua missão. Já na missa de abertura, Pe. Rogério Gomes destacou a importância dos Irmãos como sinal de vida fraterna. O Ir. Marcos Vinícius fala sobre sua vida e seu trabalho junto ao Governo Geral da Congregação em Roma. PÁGINA 3

Page 2: ANO XV Nº 172 AÇÃO PASTORAL DOS REDENTORISTAS DE … · Ser catequista Em primeiro lugar, a cateque-se não é um trabalho ou uma ta-refa externa à pessoa do catequis-ta, mas

2 Goiâniaagosto 2017

Assunção de MariaO calendário litúrgico de nossa Igreja traz, no

dia 15 de agosto, a solenidade da Assunção de Maria. A Igreja no Brasil, no entanto, transfere esta celebração para o domingo seguinte, este ano no dia 20. Trata-se do mais recente dogma de fé a res-peito de Maria, proclamado pelo Papa Pio XII em 1º de novembro de 1950.

O Povo de Deus, no entanto, já contemplava esse mistério por meio de diversas devoções e títu-los marianos que também são comemorados neste período. Além da “Virgem da Assunção”, temos Nossa Senhora das Vitórias, em Vitória da Con-quista (BA); Nossa Senhora da Abadia, em Mu-quém (GO) e em Romaria (MG); Nossa Senhora da Boa Viagem, em Belo Horizonte (MG), entre tantos outros.

Pelo dogma da Assunção, a Igreja professa a fé de que Maria de Nazaré foi acolhida por Deus, em corpo e alma no céu, pelos méritos de Jesus Cris-to, Verbo Encarnado, do qual ela é a Mãe. Maria, porém, não é uma deusa, mas uma pessoa huma-na que recebeu uma missão especial, e por isso foi concebida sem pecado.

Ao longo de sua vida, de forma consciente, Ma-ria assumiu esta missão e nela permaneceu fi el e sempre Virgem. E, por tudo isso, Deus a acolheu no céu no fi nal de sua vida de forma excepcional e glo-riosa, “como coroamento de uma vida humana vi-vida sem pecado, ‘cheia de graça’ (Lc 1,28), íntegra no corpo e na alma” (Frei Clarêncio Neotti, OFM).

Este modelo de integridade brilha diante de nos-sos olhos enquanto tantos maus exemplos passam diante de nós. Por isso, a vida de Maria deve tam-bém mexer com o nosso coração: a Assunção é um mistério que contempla o fi m da existência terrena de quem passou a vida “meditando em seu coração” (cf. Lc 2,19) sobre os mistérios divinos que ocorriam em sua vida. E mais: alguém que permaneceu de pé nos momentos mais difíceis (cf. Jo 19,25) e perse-verante na comunidade do Cristo Ressuscitado (cf. At 1,14). Olhar para Maria de Nazaré, e se encantar com a realidade que abraçou a sua vida, deve nos fa-zer acreditar que podemos também nós trilhar este mesmo caminho de fé e salvação.

Discípulos missionários com Maria

O trabalho feito na cúpula central do Santuário Nacional de Aparecida. Encantado com a beleza e os detalhes desta obra que, inaugurada em outubro, será uma expressão de nosso louvor a Deus pelas maravilhas realizadas na vida de Maria.

Este mês não queria falar de política, mas não teve jeito: o governo federal conseguiu mostrar sua incompetência mais uma vez, quando decide aumentar impostos ao invés de cortar despesas. É sempre o an-dar de baixo que paga a conta.

PONTO DE VISTA

Em agosto, a Igreja celebra tra-dicionalmente o mês voca-

cional. Este ano, a temática pro-posta pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em

parceria com a Pastoral Vocacio-nal também está no contexto do Ano Mariano, proclamado pela CNBB, por ocasião dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa

Senhora Aparecida no Rio Paraíba do Sul.

Com o tema “A exemplo de Maria, discípulos mis-sionários” e o lema “Eis-me aqui, faça-se”, a iniciativa busca motivar a oração pe-las vocações nas comunida-des, paróquias e dioceses, além de conscientizar ado-lescentes e jovens sobre o chamado de servir à Igreja.

O Arcebispo de Porto Alegre e presidente da Co-missão para os Ministérios Ordenados da CNBB, Dom Jaime Spengler, explica que a escolha da temática se deu por Nossa Senhora ser exemplo de mulher de oração: “A oração é o meio

privilegiado para suplicar, pedir ao Senhor que envie esses operá-rios que a Igreja tanto precisa. O nosso povo, sedento de Deus, se-dento de transcendência, sedento do Evangelho, necessita de pasto-res, de pessoas capazes de anun-ciar essa palavra como fez Maria, isto seja no Ministério Ordenado, seja através da Vida Consagrada, seja através do anúncio catequé-tico, nas diversas atividades do cotidiano e também no mundo leigo”, destacou.

Segundo Dom Jaime Spengler, a intenção deste ano é justamente alertar para o número de voca-ções sacerdotais e religiosas no Brasil: “A Igreja no Brasil deseja neste mês de agosto de 2017 pro-mover um grande mutirão e den-tro das comemorações dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida real-mente suplicar ao céu que não faltem operários para a vinha. Esperamos que muitos jovens do sexo feminino, do sexo masculi-no possam responder como fez Maria: Eis-me aqui, faça-se se-gundo a tua palavra”, fi nalizou.

Assunção de Maria

com Ir. DIEGO JOAQUIM

Catequista não é profissão

Ser catequista não é uma pro-fi ssão, mas uma vocação: é o

que afi rma o Papa Francisco na mensagem enviada aos partici-pantes do Simpósio Internacio-nal sobre Catequese, na Facul-dade de Teologia da Pontifícia Universidade Católica Argenti-na (UCA), em Buenos Aires, nos dias 11 a 14 de julho.

No texto, o Pontífi ce cita um diálogo de São Francisco de As-sis com um de seus seguidores, que queria aprender a pregar. O santo lhe diz: Quando visitamos os enfermos, ajudamos as crian-ças e damos de comer aos pobres já estamos pregando. “Nesta li-ção, está contida a vocação e a tarefa do catequista”, escreve o Papa.

Ser catequistaEm primeiro lugar, a cateque-

se não é um trabalho ou uma ta-refa externa à pessoa do catequis-ta, mas se “é” catequista e toda a vida gira em torno desta missão. De fato, “ser” catequista é uma

vocação de serviço na Igreja, que se recebeu como dom do Senhor para ser transmitido aos demais. Por isso, o catequista deve cons-tantemente regressar àquele pri-meiro anúncio ou “kerygma”, que é o dom que transformou a própria vida. Para Francisco, este anúncio deve acompanhar a fé que já está presente na religio-sidade do povo.

Com CristoO catequista, acrescentou o

Papa, caminha a partir de Cris-to e com Ele, não é uma pessoa que parte de suas próprias ideias e gostos, mas se deixa olhar por Ele, porque é este olhar que faz arder o coração. Quanto mais Je-sus toma o centro da nossa vida, mais nos impulsiona a sair de nós mesmos, nos descentraliza e nos faz mais próximos dos ou-tros.

O Papa compara este dinamis-mo do amor com os movimentos cardíacos: sístole e diástole, se concentra para se encontrar com

o Senhor e imediatamente se abre para pregar Jesus. O exemplo fez do próprio Jesus, que se retirava para rezar ao Pai e logo saía ao encontro das pessoas sedentas de Deus. Daqui nasce a impor-tância da catequese “mistagógi-ca”, que é o encontro constante com a Palavra e os Sacramentos e não algo meramente ocasional.

CriatividadeE na hora de pregar, Francisco

pede que os catequistas sejam cria-tivos, buscando diferentes meios e formas para anunciar a Cristo. “Os meios podem ser diferentes, mas o importante é ter presente o estilo de Jesus, que se adaptava às pes-soas que tinha a sua frente. É pre-ciso saber mudar, adaptar-se, para que a mensagem seja mais próxi-ma, mesmo quando é sempre a mesma, porque Deus não muda, mas renova todas as coisas Nele.

O Papa conclui agradecendo a todos os catequistas pelo que fazem, mas sobretudo porque caminham com o Povo de Deus. “Eu os encorajo a serem alegres mensageiros, custódios do bem e da beleza que resplandecem na vida fi el do discípulo missio-nário.”

O anúncio deve acompanhar a fé já presente na religiosidade do povo

NOSSA SENHORA É EXEMPLO DE MULHER DE ORAÇÃO E DE VIDA A SERVIÇO

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Vale a pena ser Irmão Missionário Redentorista

3Goiâniaagosto 2017

O PRÓPRIO JESUS, O FILHO UNIGÊNITO DO PAI ETERNO, FEZ-SE IRMÃO DE TODOS NÓS

IGREJA EM SAÍDA

IGREJA VIM PARA SERVIR

Irmão Marcos Vinícius, Pe. Thomas Biju, Pe. Antonio Marazzo e Superior Geral Pe. Michael Brehl, num encontro com o Papa

Ir. Marcos Vinícius Ramos de Carvalho é um goiano de Alto

Horizonte, missionário reden-torista, que mora e trabalha em Roma há vários anos, a serviço da Congregação Redentorista. Ele é o secretário do Superior Geral, Pe. Michael Brehl. Partici-pou do 5º Encontro Nacional dos Irmãos Redentoristas do Brasil, em Aparecida/SP, nesse mês de julho e conta para os leitores do Nosso Guia como é sua vida e sua missão junto ao Governo Geral em Roma:

Vida em Roma

A missão que me foi confiada em Roma, antes de tudo, é anun-ciar o Evangelho de Jesus Cristo aos mais abandonados, especial-mente os pobres. Pois essa é a missão de qualquer redentorista, independente da função que exerça ou da comunidade que habite. No entanto, em Roma minha atividade missionária se concretiza como assistência pes-soal ao Superior Geral na tarefa de animar, coordenar e governar a Congregação, ou seja, devo as-sisti-lo como seu secretário que o ajude diretamente na sua função. Nosso atual Superior Geral é canadense anglófono, que fala também francês e italiano, e por isso havia necessidade de alguém que o auxiliasse com os idiomas espanhol e português. Eu estava atuando como secretá-rio da Província de Goiás e então Pe. Michael Brehl convidou-me para lhe ajudar na Casa Genera-lícia. Mérito nenhum de minha parte, somente necessidade sua. Então há mais de cinco anos

dos com a justiça e a paz. Sou tomado por um saudável orgu-lho quando penso na presença redentorista junto às vítimas do narcotráfico, aos migrantes e refugiados, aos doentes e presidiários, aos camponeses e indígenas, aos jovens e idosos. Tudo isso me leva a afirmar: realmente o carisma redentorista é para o mundo de hoje!

Porém, creio que é uma exi-gência do momento atual a necessidade de trabalhar em conjunto. A própria Congre-gação está num processo de reestruturação. É preciso revisar, reavaliar, reorganizar nossa vida e estruturas de missão para que o bem que já fazemos possa ainda ser realizado de maneira mais eficaz, sem desgastes e desânimos. Não se pode ser redentorista só para um lugar, uma cidade, uma província. O missionário redentorista é para todo o mundo e para todos.

Ser irmãoNum belíssimo poema in-

titulado ‘Mar Português’, de Fernando Pessoa, há a frase que diz: “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”. Ser religioso ir-

mão é um chamado de Deus, um dom. A fraternidade é algo que se recebe para passar adiante. O próprio Jesus, o Fi-lho Unigênito do Pai Eterno, fez-se irmão de todos nós. Como não valeria a pena ser irmão?

A Congregação do Santíssimo Re-dentor é “um só corpo missionário”, como diz a Cons-tituição nº 2. E na Constituição nº 55 se afirma que pela profissão religiosa, “todos os Reden-toristas são verda-deiramente missio-nários”. Quando é clara a identidade missionária de nos-sa Congregação, não existe proble-mas entre uma ou

outra forma de ser redentorista. Infelizmente, nalgumas comu-nidades ainda existem certos conflitos frutos duma mentalida-de clericalista que pensa o clero como cristãos de primeira classe e menospreza todo o restante do povo de Deus como cristãos de segunda classe. Isso é um proble-ma grave da concepção eclesial que ainda não superou o embate entre carisma e poder, porque falta a compreensão de poder como serviço. Por isso, digo que vale a pena ser irmão.

Mundo fraternoO mundo de hoje tem ne-

cessidade de irmãos para ser mais fraterno. A Igreja também necessita de irmãos para que des-cubra na fraternidade de Cristo o modelo de sua ação pastoral. A Congregação Redentorista pre-cisa de irmãos para que não se perca a beleza do seu carisma, que não se caracteriza por certas formas de atividade, como diz a Constituição 14, mas que se define pelo dinamismo missionário. Se há alguém que queira reduzir o apostolado da Congregação às atividades da pastoral ordinária, nisso se comprova a necessidade de existir um Irmão Redentorista para anunciar, de maneira proféti-ca, que nosso carisma é dinâmico, criativo e fecundo no zelo de encontrar maneiras novas através das quais o Evangelho seja prega-do a toda criatura (cf. Mc 16,15).

ConviteSe ainda posso, gostaria de

dizer àqueles jovens que têm no coração um grande desejo de servir: Vale a pena ser Irmão Redentorista! Vale a pena em-penhar sua vida, sua história pessoal, no serviço missionário a fim de levar as pessoas, seja na pastoral ou na comunidade religiosa, a conhecer o amor do Pai Eterno manifestado a nós em Jesus Cristo. E para entrar em contato conosco, eis alguns endereços: [email protected] - instagram: @savre-dentorista.go – facebook.com/savredentorista.go – fones: (62) 3218-5502 (falar com Fráter Auro) ou (62) 4009-1266. (fonte: www.redentorista.com.br)

Arquivo

que ofereço minha colaboração em Roma. O trabalho que faço é muito diversificado, pois vai desde cuidar de sua corres-pondência, escritório e arquivo pessoal até ajudar em traduções e aplicações de vistos. Colaboro ainda com alguma documenta-ção na Secretaria Geral, princi-palmente na relação de nossa Congregação com o Vaticano.

Há um ditado que diz: “En-quanto descansa, carrega pedra!” Por isso, tenho aproveitado meu tempo livre em Roma para es-tudar filosofia, minha grande paixão. No final de 2014, concluí o mestrado em filosofia pela Pon-tifícia Universidade Lateranense. Agora estou cursando o doutora-do, ainda em filosofia, na mesma universidade. Minha pesquisa se concentra na área da metafísica tomista, com enfoque na filosofia escolástica da época barroca.

Com o povo de DeusPor mais que meu trabalho

na Casa Geral seja muito em um escritório entre documentos e livros, encontrei na catequese uma forma de manter vivo meu ardor missionário popular. Acompanho um grupo de crian-ças de origem filipina em encon-tros catequéticos periódicos, nos quais posso desenvolver uma atividade diretamente pastoral. A catequese é feita em língua ita-liana. Com certeza aprendo com eles tanto quanto quero ensinar.

Carisma redentoristaO carisma de uma congrega-

ção religiosa é sempre a resposta do Espírito Santo às necessida-

des de cada época. Existem cer-tas necessidades que são cons-tantes, persistentes e outras nem tanto. No entanto, acredito que o carisma redentorista de evan-gelizar os mais abandonados é ainda muito atual, pois o mundo tem necessidade de ouvir a Boa Nova da Redenção. Se a gente pensa na grande quantidade de gente que está abandonada, seja pelo poder público, pelas igrejas, pela sociedade em geral, consta-ta-se que nosso carisma é para o mundo de hoje. A humanidade ainda precisa descobrir o amor incondicional de Deus “que faz o sol brilhar sobre maus e bons, e a chuva descer sobre justos e injustos” (Mt 5,45).

No mundoDa sede geral da Congre-

gação Redentorista se pode conhecer as atividades pastorais realizadas pelos confrades em todo o mundo. Quanta coisa bonita é feita! Quantas pessoas são evangelizadas! Em tantos lugares, no meio do povo esque-cido, daqueles que são abando-nados por todos, encontram-se comunidades redentoristas ali com missionários comprometi-

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4 Goiâniaagosto 2017

Fone: (62) 3295-1497

Av. Castelo Branco, 5.478Bairro Ipiranga – Goiânia-GO

• Adriana Variedades Rua Mandaguari - Qd. 37 - Lt. 16 Jd. Marista | Tel.: 3294-0120• Drogaria Popular Disk Remédios 3577-3077 | 3294-5752• Agro-Maciel Av. Pres. Vargas Qd. 30 - Lt. 04 Tel.: 3577-3025

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A Congregação do Santíssimo Redentor, através da Scala Editora, lhe oferece men-salmente o Nosso Guia relatando a Ação Pastoral dos Redentoristas de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Distrito Federal. Agra-decemos os colaboradores, abaixo relacio-nados, que ajudam no custeio das edições.

Maria Bárbara Duarte (in memoriam), Dr. Hélio Seixo de Britto (in memoriam), Helinho de Brito e Myrian - Setor Sul, Flávio Ivo Bezerra e Maria Alice - St. Marista,Ronaldo de Brito e Mª das Dores - St. Bueno,Dr. Salomão e Mª Augusta Calado - Setor Sul, Família Nunes - Jardim América, Francimar Maia - Setor Bueno,Dediher e Irene - Campinas,Eurico Almeida de Britto - Setor Central,Maria Clemente de Oliveira - Setor Bueno, Geraldo Magela e Eunice - Setor São José, Kalil - Setor Campinas, Pe. Guilherme Contart - Palmelo-GO,Maria José e Hermando Lisier - Sorocaba-SP, Pedro Evangelista de Lima - St. Maysa I, Antônio João Thozzi - São Paulo, Antônia R. de Oliveira - St. Castelo Branco, Divino Felício - Jd. Marista, Demerval Cândido - Res. Araguaia, Geraldo Clarindo Caldas - Setor Oeste, Joventina Alkmim - Aparecida de Goiânia, Tereza Gonçalves - Piracanjuba-GO, Anna Mancila Madeira - Caldas Novas-GO,Maria Luiza Costa - Goiânia-GO,Vilma Trevisan Ricardo - Tietê-SP,Maria do Carmo - Tietê-SP, Clara Melo Vaz - Tietê-SP,Darcy G. Paschoal - Tietê-SP, Maria José F. Lopes - Tietê-SP, Família Brandolise - Tietê-SP.

Cantinho

DepósitosBanco do Brasil nos dois últimos meses até o fechamento desta edição.Agência: 4864-X Conta Corrente: 21.081-1(Antônio M. Brandolize)

02/06 transferência agendada .....R$ 150,0006/06 transferência periódica ..... R$ 10,0007/06 transferência online ........... R$ 50,0021/06 depósito online ................... R$ 30,0028/06 depósito online ................... R$ 101,0003/07 depósito online ................... R$ 150,0003/07 depósito online ....................R$ 30,0003/07 crédito em conta .................R$ 400,0003/07 crédito em conta .................R$ 40,0006/07 transferência periódica ..... R$ 10,00outras possíveis contribuições: serão publica-das na próxima edição

Gratidão

TESTEMUNHAS DO REDENTOR

PARÓQUIAS FRENTES MISSIONÁRIAS

Arquivo

Padre Paulo Xavier sofre acidenteEis o relato do missionário

redentorista, Pe. Paulo Xavier de Matos, que traba-lha na Prelazia de São Félix do Araguaia, vítima de um acidente no mês de julho:

“No dia 12, numa quarta--feira, voltando de Ribeirão Cascalheira, ali por volta das 16h, na MT 433, rodovia sem asfalto e muitas serras, me ocorreu um acidente. Quando cheguei a uns 20 km de Bom Jesus do Araguaia/ MT, ali num morro acentua-do, que sugere prudência e atenção, pois quem está vin-do de Bom Jesus tem que fa-zer uma descida muito peri-gosa. Exatamente ali, veio de encontro a mim uma carreta, caminhão prancha, sem freio. O motorista conseguiu se desviar de uma Van cheia de passageiros e veio descendo em alta velocidade. Acontece que, bem no final da descida há uma curva acentuada, e que dificulta a visão de quem está entrando na ponte. Eu estava quase entrando nes-ta ponte. Quando avistei o caminhão, tive impulso de colocar marcha ré e voltei um pouco para o lado direito, mas não adiantou. Ele estava em alta velocidade, bateu de frente da caminhonete pe-gando justamente o lado do motorista. Vi o vulto, percebi

a pancada que empurrou o carro em que eu estava por uns 20 metros, provocando o capotamento. O caminhão entrou mato adentro do ou-tro lado da pista.

Dentro do carro com vidros travados, percebi fumaça e pensei que podia pegar fogo. Vi o vidro para-brisa trincado. Não pensei duas vezes, com a bota que estava calçado, abri buraco no vidro para sair e na ânsia de pular fora logo, me arranhei todo nos estilhaços de vidros. Ainda antes de sair do carro percebi que alguém gritava desesperado “meu Deus eu matei”, era o motoris-ta, que desesperado não sabia o que fazer.

Graças ao Divino Pai Eter-no, só sofri arranhões e esco-riações pelo corpo. Também no relato de muitos, o aci-dente amorteceu o embalo da carreta e evitou assim que o motorista dela viesse a per-der a vida.

Foi um acidente muito grave mas saímos todos com vida. Agradeço o carinho e manifestação de todos para comigo. Para mim ficou a lição de continuar vivendo bem a vida, pois, não sabe-mos o dia e nem a hora que deixaremos este mundo. Obrigado, Pai Eterno, por mais este dia!

Para mim ficou a lição de continuar vivendo bem a vida”DISSE O PE. PAULO

MirimCarlos Alexandre Júnior - St. Oeste;Isabele Pereira Ferreira - St. Oeste; Matheus Pereira do Prado - St. Oeste; Guilherme Salera Bezerra - St. Marista; Artur S. Brito Bezerra Oliveira - Brasília-DF; Luiza Seixo de B. B. Oliveira - Brasília-DF; Felipe Quieregati - St. Marista;Flávio Q. S. Britto Bezerra - St. Marista;Stéphanie Q. S. B. Bezerra - St. Marista; Laís Salera S. de Britto Bezerra - St. MaristaAmanda Olinto O. Guimarães - St. Campinas;Renato Xavier de C. Nunes - St. CampinasDAQUI & DALI

Matriz de CampinasA peregrinação nacional com a imagem de Nossa Senhora Aparecida pelas capitais brasileiras termina neste mês de agosto, em Goiânia. A cerimônia será no dia 15 de agosto, terça feira, às 18h, na Matriz de Campinas. A celebração, transmitida para todo país pela Rede

Aparecida, vai marcar também o envio de uma porção de terra de Goiás que será colocada na coroa da imagem que a padroeira do Brasil vai receber em 12 de outubro próximo.

TrindadeA Paróquia de Trindade cresce por todos os lados. Mais uma comunidade está surgindo com o novo loteamento “Residencial Santa Fé” (dois mil lotes) situado na saída de Trindade para Santa Bárbara. Nas Santas Missões do ano passado vários encontros foram realizados. Atualmente são celebradas novenas perpétuas e missas nas casas.

Há uma movimentação para ganhar (adquirir) um terreno para capela.

PontakayanaA Comunidade Santo Afonso do Setor Pontakayana (Paróquia Nossa Senhora da Guia – Trindade II) convida para o Tríduo e Festa do Padroeiro nos dias 10 a 13 de agosto, com missa às 19:30 horas e quermesse. No encerramento a missa solene será às 18 horas.

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5Goiâniaagosto 2017TESTEMUNHAS DO REDENTOR

PARÓQUIAS FRENTES MISSIONÁRIAS

Romaria dos Carros de Boi é patrimônio imaterial do BrasilO TÍTULO FOI CONCEDIDO PELO INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL, O IPHAN, DURANTE A ROMARIA 2017 E RECEBIDO COM ALEGRIA PELOS CARREIROS

Arquivo

A Romaria dos Carros de Boi de Trindade/GO,

agora é oficialmente patri-mônio cultural imaterial do Brasil. Foi comprovada a força e a continuidade da tra-dição que resistiu ao tempo e relembra a maneira com que o povo simples participava da Festa do Pai Eterno no início da devoção. O título foi concedido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o IPHAN, durante a Romaria 2017.

A superintendente do IPHAN em Goiás, Salma Saddi, conta que os carreiros

entregaram um abaixo-assi-nado com quase cinco mil as-sinaturas, pedindo o registro da Romaria de Carros de Boi como um Patrimônio Nacio-nal: “Nós levamos dois anos e meio estudando isso. E por que que nós estamos aqui? Porque nós fizemos primeiro um estudo de tombamento da Igreja Matriz, e queríamos entregar, ao lado da Igreja Matriz, para os romeiros que nos solicitaram”.

“Estudos foram feitos, estudos riquíssimos do pon-to de vista antropológico, sociológico, para identificar

que bem seria esse objeto de patrimonialização. Os estudos apontaram que o ele-mento principal, o elemento estruturante da Festa, do ponto de vista patrimonial, é a romaria do carro de boi... Então, o IPHAN através desse processo, elegeu a Romaria dos Carros de Boi como um bem cultural do Brasil”, explicou o diretor nacional do departamento de Patrimônio Imaterial do IPHAN, Hermano Queiroz.

Na Romaria 2017, cerca de 400 comitivas participa-ram do Desfile dos Carros

de Boi, que aconteceu na quinta-feira, sétimo dia da Romaria. Eram centenas de romeiros que passaram dias na estrada para chegar a Trindade e demonstrar a sua fé no Pai Eterno. Durante o desfile, o certificado simbó-lico foi entregue a cada um dos carreiros na medida em que iam passando em frente à Igreja Matriz.

“Hoje essa romaria, que é uma romaria de devoção ao Pai Eterno, ela é um Patrimô-nio Nacional, ela é reconhe-cida pelo governo brasileiro, pelo Itamaraty, pelo IPHAN,

como Patrimônio Nacional, quem sabe mais tarde a gente chega à UNESCO com isso”, destaca Salma Saddi.

E na missa campal dos carreiros, na praça atrás do Santuário Basílica, o seu Édio Mariano, que tem mais de 60 anos de romaria, recebeu o certificado original repre-sentando todos os carreiros. Todos os anos ele passa oito dias na estrada em carro de boi, do município de Via-nópolis (GO) até Trindade. Para ele, receber esse título marcou a Romaria 2017 de uma forma muito especial.

A tradição dos carros de boi continua na romaria da festa do Divino Pai Eterno...

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...e atrai a atenção dos peregrinos

Encerramento da Romaria 2017

Brandolize

Ainda sobre a Romaria 2017n PE. EDINISIO PEREIRA, CSSR Reitor do Santuário Basílica

Quando de minha passagem pelo Exército Brasileiro em

1990 (43º. BIMtz, em Cristalina/GO), aprendi que ‘missão dada é missão cumprida’. Hoje mais que nunca, ao encerrar a Tradi-cional Festa do Divino Pai Eterno, compreendo o que isso significa. Neste sentido, muito obrigado Pai Eterno, por mais uma Ro-maria. Obrigado Jesus, por sua companhia. Obrigado Espírito Santo, pela sua proteção. Obri-gado Maria, por sua intercessão.

Foram dias de louvor, júbilo

e ação de graças. Foram mais de 100 reuniões. Muito traba-lho, esforço e dedicação. Uma ação em conjunto das equipes da AFIPE, do Santuário do Pai Eterno, do Governo do Estado de Goiás e da Prefeitura Mu-nicipal de Trindade com suas Secretarias e dos órgãos Reli-giosos, Civis e Militares. Muito obrigado ao nosso Arcebispo D. Washington Cruz, a todos os confrades representados pelo nosso Provincial Pe. Robson de Oliveira, cito ainda alguns que tiveram tarefas especiais: Pe. Domingos Cardozo, Pe. Ân-gelo Licatti, Pe. Idemar Costa,

Pe. Marcelino Ferreira, Pe. José Bento, Pe. Reinaldo Martins, Pe. Nildo Barbosa, Pe. Paulo Cézar, Ir. José Rosa e Ir. Alcí-zio. Que o Pai Eterno ilumi-ne a todos nós, missionários redentoristas, funcionários e colaboradores leigos. A todos, Deus lhes pague! Aos quase dois milhões e novecentos mil romeiros que circularam por Trindade durante os nove dias de Novena e Festa e outros tantos telespectadores, rádio ouvintes e internautas: Deus os abençoe. A todas as mídias, o nosso muito obrigado. Não foi fácil, mas foi possível!

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6 Goiâniaagosto 2017 SOLIDARIEDADE NA MISSÃO

JUVENTUDE COMPROMISSO

Juventude, esperança para um mundo ferido

Entre os dias 27 e 30 de julho, líderes da

Juventude Missionária Redentorista de todo o Brasil se encontraram no Seminário Santo Afonso, em Aparecida/SP, com o objetivo de fortalecer o setor juventude em todas as unidades redentoristas do país, através de partilha de ideias e valores.

Ao todo, uns 70 jovens das unidades redentoristas

CONFRESA/MT: Nos dias 08 e 09 de julho, aconteceu, na Paróquia São Sebastião em Confresa-MT, o “Ainda Existe uma Cruz” (AEUC) que é um retiro de silêncio, reflexão e formação para jovens que perseveraram na caminhada do Projeto COMPROMISSO. Participaram 71 jovens, 8 adultos e 2 jovens do Cenáculo como supervisores: Kennedy Azeredo (TRIN) e Jeverson Muraro (VILA). Esses jovens serão agora a “equipe in loco” para servir no IV COMPROMISSO CFS, datado para 01, 02 e 03 de setembro.

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OS TEOMÉTRICOS – ASSUNÇÃO DE MARIA OS TEOMÉTRICOS 72 OS TEOMÉTRICOS 73

brasileiras estiveram presentes: 9 da Vice-Província de Manaus, 11 da Província do Rio, Minas e Espírito Santo, 12 da Província de Goiás, 13 da Província de Porto Alegre, 11 da Província de Campo Grande e 15 da Província de São Paulo.

“Juventude, esperança para um mundo ferido” foi o tema desse Congresso que foi promovido pela Comissão

COMISSÃO NACIONAL PROMOVEU CONGRESSO DA JUVENTUDE EM APARECIDA

Nacional da Juventude Redentorista. Entre os assessores, estavam o Pe. Toninho (CNBB), Pe. Bruno Alves CSSR-Rio e Pe. Paulo Júnior, CSSR-GO. Este II Congresso Nacional das Lideranças aconteceu em paralelo com o Evento JUMI, organizado pelo Santuário Nacional para comemorar os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida.

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7Goiâniaagosto 2017NUM MUNDO FERIDO

OBRAS SOCIAIS EVANGELIZAÇÃO

Férias em Ação'' atende comunidades carentesNestas férias, as Obras

Sociais Redentoristas estiveram de portas abertas para a comunidade. Preo-cupadas com as questões sociais e humanas de nossas crianças, jovens e adultos, e sempre empenhadas na mo-tivação intelectual, religiosa e profissional das pessoas, foi realizado pela terceira vez o Projeto “Férias em Ação”.

Enquanto as atividades das escolas dão a pausa tradicional de julho, muitas crianças e jovens precisam de um lugar para ficar e de amigos para brincar, por isso as Obras Sociais estendem as mãos às famílias que precisam desse apoio e in-centivo. “Em muitos casos os familiares trabalham nesse período e não têm com quem deixar seus filhos. Ajudar a quem precisa é o nosso

dever enquanto servos de Deus. O ‘Férias em Ação’ é uma forma de acolher e ajudar o próximo”, explica a coordenadora do CESPE/CECAM, Flaviane Irineu.

O Projeto aconteceu de 04 a 22 de julho, nos perío-dos matutino e vespertino, no Centro Social Pai Eterno (CESPE), e Centro Educacio-nal e Capacitação de Apoio ao Menor (CECAM), no setor Samarah em Trindade (GO). As crianças de 3 a 12 anos participaram da programa-ção oferecida pelo CESPE que são atividades lúdico pe-dagógicas, música, recreação esportiva e cine obras.

No CECAM, cada par-ticipante acima de 13 anos de idade pode escolher uma das atividades oferecidas: oficinas de vôlei, recreação aquática, hidroginástica,

reforço de música, coral, judô e grupo de mulheres. A novidade este ano foi a

oficina de automaquiagem que foi ministrada pelo coordenador do Projeto

Férias em Ação e Designer de Moda, FAV-UFG, João Victor L. Rosa.

As Obras Sociais Redentoristas

levam dignidade, amor e carinho para crianças, adolescentes, jovens, adultos e pessoas idosas das comunidades onde os missionários atuam na pastoral. Uma prática fundamentada no carisma redentorista, e que vem desde seu Fundador, Santo Afonso Maria de Ligório (1732), até os dias atuais. Por meio de obras e ações sociais, os missionários redentoristas assumem o desafio de promover vidas, oferecendo assistência à família, crescimento educacional e humano, bem como desenvolvimento psicossocial fundamentado na fé cristã.Atualmente os cinco Centros Sociais

Trabalho Social que transforma vidas

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Redentoristas da Província de Goiás atendem mais de 2.500 assistidos acima de um ano e oito meses até a terceira idade. Os Centros Sociais se localizam em Trindade e Goiânia: Centro Social Pai Eterno (CESPE), Centro Educacional e Capacitação de Apoio ao Menor (CECAM), Centro Social

Redentorista (CSR-Setor Pontakayana), Centro Social Redentorista São Clemente (Setor Mariápolis) e Centro de Convivência Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Vila São José).As Obras Sociais Redentoristas vivem de doações, por isso necessitam de ajuda. São

muitos os gastos e quer contar também com sua colaboração. Veja os gastos mensais: mais de 42.000 refeições que consomem cerca de 500 frangos, 3 vacas, 3 porcos, mil litros de leite. Outros gastos são enormes: mais de 1.200 fraldas, uns 15 mil reais com manutenção dos Centros Sociais, uns

18 mil reais com higiene pessoal e produtos de limpeza.Faça parte você também desta obra. Sua ajuda pode ser feita através do Banco do Brasil: Congregação do Santíssimo RedentorAG 2738-3 C/C 14505-X. Maiores informações pelo telefone 62 3505-1340.

SEM ATIVIDADES ESCOLARES NO MÊS DE JULHO, MUITAS CRIANÇAS E JOVENS PRECISAM DE LAZER, DE OCUPAÇÕES SADIAS QUE ENCONTRAM NAS OBRAS SOCIAIS REDENTORISTAS

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8 Goiâniaagosto 2017 ALEGRIA DO EVANGELHO

Pe. Luiz Carlos, C.Ss.R. Missionário Redentorista, SP

Um Pai que sabe amar Transfi guração do Senhor (06.08.17) Mateus 17,1-9

A narrativa da Transfi guração de Jesus é como um compacto de

um filme. Os discípulos que vão passar pelo sofrimento da Paixão de Jesus, podem contemplar antes do ocorrido a glória que vai ser concedi-da a Jesus na sua Ressurreição.

Esse momento nos traz a passa-gem que Jesus veio fazer do Antigo ao Novo Testamento. É a superação da simples observância da lei e da profecia, para a vida de relaciona-mento com o Pai.

Jesus é o Filho de Deus apresenta-do na sua glória. Não são historinhas bonitas. Ele é o Senhor Glorioso que é o dominador de todas as coisas, Senhor do Universo.

Mais que todas as glórias, o mo-mento maior é a palavra do Pai sobre seu Filho: “Este é meu Filho amado, no qual eu pus todo o meu agrado, Escutai-O” (Mt 17,5). Estas palavras se tornam como que o caminho da compreensão da vida e missão de Jesus. É somente no amor do Pai que compreendemos a Paixão do Filho.

de encontrar Deus. Não o percebe no vento impetuoso nem no terre-moto nem no fogo. Deus estava no murmúrio de uma leve brisa (1Rs 19,11-12). O profeta está a nos ensinar que Deus é sempre tranquilidade e serenidade, mesmo no meio dos maiores problemas.

O maior mal é o fechamento do coração. Esse é um rumor que impe-de de Deus ser ouvido.

Filho mãe não esqueceSolenidade da Assunção de Maria (20.08.17) Lucas 1,39-56

É magnífica a figura de Maria nesta simbologia da Igreja perse-

guida e gloriosa. Maria ainda passa pelos sofrimentos de seu Filho no Corpo de Cristo que é a Igreja, que somos nós.

A grandiosidade da Ressurreição de Jesus é dada a todos os que Nele creem. Primeiro Ele, depois os que pertencem a Cristo. Dentre os que pertencem a Cristo está sua Mãe, à

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Ouvindo o Filho entramos na nuvem da presença de Deus. O Pai sabe amar o Filho e lhe dá a participação de sua glória que passa pela sua Paixão.

Sobre as ondas 19º Domingo do Tempo Comum (13.08.17)Mateus 14,22-33

A narrativa da tempestade no mar é o pano de fundo que nos expli-

ca quanto se pode e deve sofrer para que o Reino de Deus se estabeleça no mundo. O mar agitado simboliza o mundo. A angústia dos discípulos é nossa frágil condição humana no seguimento de Jesus.

A presença de Jesus dá a seguran-ça, simbolizada em andar sobre as águas. Com Jesus podemos superar todos os sofrimentos e perturbações. Pedro se arrisca sobre as águas, mas com medo do vento, começa a afundar. É bom notar que afunda de uma vez. Há sempre um caminho de fraqueza. Não podemos duvidar.

O profeta Elias passa por pertur-bações, caminha quarenta dias pelo deserto e vai ao encontro de Deus no monte Horeb. Ali Deus estivera com Moisés. Ali tem a forte experiência

qual Ele pertence tam-bém por sua origem na carne. Levando ao Céu nossa humanidade na Ascensão, atraiu também a si sua Mãe, a primeira redimida e ressuscitada com o Filho ao qual está unida pela carne e depois pela fé.

Maria se torna, em sua Assunção, modelo da humanidade redimi-da que se abre a Deus e transforma o mundo. Ela é a expressão da mi-sericórdia de Deus. Ela se torna ministra dessa misericórdia, pois Deus faz nela maravilhas. Ela se torna portadora do Espírito Santo para a san-tifi cação de João Batista e de todos os que creem.

Chaves da casa 21º Domingo do Tempo Comum (27.08.17) Mateus 16.13-20

Jesus deu a Pedro as chaves do Reino dos Céus para ser como que o admi-

nistrador dos bens celestes. Ele o faz porque acreditou e proclamou sua fé. Todo aquele que crê tem as chaves da casa para si e para os outros.

Não é possível crer em Cristo pela metade. Cristo não é uma ideia sobre a qual opinar como dizem os discípulos a Jesus: “Uns dizem que és João Batista... etc. (Mt 16,14). A decisão tem que ser total: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16). Com essa proclamação de fé, recebemos a chave da casa. Os bens de Deus estão em nossas mãos.

Essas palavras manifestam o gran-de mistério de Deus que nos é con-fi ado. Assim diz Paulo: “Ó profun-didade da riqueza, da sabedoria e da ciência de Deus”. Tudo que nos é dado na fé nos conduz a uma cada vez mais profunda relação de conhecimento e vida como Deus que se manifesta.

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9Goiâniaagosto 2017ALEGRIA DO EVANGELHO

Imagem Peregrina visitou Guaratuba/PR

A consciência deve ser respeitada e bem formada, porque, em última análise, cada pessoa responde perante Deus a partir de sua consciência”. (SANTO AFONSO)

No domingo, 9 de julho, de-votos de todo o Brasil pu-

deram acompanhar, pela Rede Vida de Televisão, a transmissão da Santa Missa, direto da cidade de Guaratuba, no interior do Paraná. O Superior Provincial dos Redentoristas de Goiás, Pe. Robson de Oliveira, levou a Imagem Peregrina do Divino Pai Eterno à Festa do Divino Espírito Santo.

De um lado, praia. Do outro, os montes. É assim na cidade paranaense Guaratuba. Casas de veraneio, tudo muito calmo e bonito. Mas a tranquilidade fica de lado quando começa, na cidade, a festa paroquial.

A paróquia organizadora da festa tem como padroeira

Nossa Senhora do Bom Suces-so. A comunidade conta com o senso missionário e alegre dos redentoristas. O pároco, Pe. Roque Gabriel, testemunha: “É algo impressionante quando chega o tempo da Festa do Di-vino Espírito Santo. As pessoas ressuscitam, reaparecem e tudo vai acontecendo. Esta Festa já está no sangue das pessoas. Este ano, com o diferencial de trazer para cá a Imagem Peregrina com o Pe. Robson, com muito mais alegria e entusiasmo”.

Os devotos do Pai Eterno participaram cheios de motivos para agradecer. “Hoje, eu vim aqui para representar a minha mãe, a dona Otília. No começo do ano, ela foi diagnosticada

A MISSÃO DO CRISTÃO É ALIMENTAR SEMPRE, DENTRO DE SI, O MELHOR, E A FAZER O BEM

com um tumor.... Então, eles diziam que era um tumor muito raro e ela não sairia com vida. Ela e meu pai sempre foram muito devotos do Divino Pai Eterno. Ela se apegou muito nisso. Ficou internada no hospital durante 92 dias e precisou amputar a perna, mas saiu da UTI com três dias. Foi um sucesso a recuperação”, disse Leida Cristina de Souza, de Piraquara (PR).

“Temos uma filha de 20 anos... e queríamos um casal. Depois de dezenove anos Deus nos mandou um filho, agora com um ano e meio. Hoje vie-mos, mais uma vez, agradecer ao Pai Eterno”, afirmou Maria Aparecida Rinaldi de Morais, de Joinville (SC).

Afipe

A Imagem Peregrina foi aco-lhida em Guaratuba (PR), pela segunda vez, em um clima de muita alegria e emoção. Na ho-

n PE. EDEZIO BORGES, CSSR Sup. Provincial de Porto Alegre Mídias Redentoristas

Santo Afonso Maria de Li-gório (*1696 –U1787) tem

gravada sua marca pessoal e carismática nos últimos 300 anos da história da Igreja. Sua contribuição teológica, pastoral, espiritual segue produzindo frutos em todas as dimensões da vida cristã e eclesial de nossos dias. Nesta data (01/08) em que a Igreja celebra sua passagem deste mundo para o reino dos bem--aventurados, convém fazer uma breve memória de Santo Afonso Fundador da C.Ss.R., Doutor da Igreja, Padroeiro dos Moralistas e Confesso-res e apaixonado devoto de Nossa Senhora.

Advogado e padreAos 16 anos, Afonso, de

família nobre de Nápoles, Itália, já era advogado e iniciava o sucesso profis-sional nos tribunais. Porém, decepcionado, abandonou a profissão, despediu-se da família e foi para o semi-nário, tornando-se padre diocesano. Seu apostolado tinha um foco bem definido:

Santo Afonso: um homem para nosso tempo!

anunciar Jesus Cristo aos mais abandonados, especial-mente aos pobres. Com este propósito, fundou a Congre-gação do Santíssimo Reden-tor – C.Ss.R. – , formada por padres e irmãos que se dedi-cam, desde aquele tempo até hoje, a anunciar o Evangelho aos mais abandonados, es-pecialmente aos pobres. A Congregação Redentorista representa um dos mais im-portantes legados de Santo Afonso à Igreja e hoje conta com cerca de 5.000 membros enviados em missão por mais de 80 países.

EscritorNos intervalos de missões

e retiros, Santo Afonso se dedicava incansavelmente

ao estudo e à escrita. Es-creveu mais de 110 obras, buscando popularizar os ensinamentos da Igreja e da Bíblia. Mas o seu grande tra-balho intelectual foi na área da Teologia Moral. Escreveu um grande tratado de Mo-ral, para ajudar os padres e professores na orientação dos fiéis. Defendeu, com profunda argumentação, o primado da consciência: esta deve ser respeitada e bem formada, porque, em última análise, cada pessoa respon-de perante Deus a partir de sua consciência. Sua Teolo-gia Moral não é nem laxista (cada um faz o que quer), nem rigorista (baseada na dureza da lei), mas a moral da benignidade: Deus é um

Pai bom e misericordioso no julgamento.

A profundidade de sua Teologia Moral deu a San-to Afonso o insigne título de Doutor da Igreja e de Padroeiro dos Moralistas e Confessores. Ainda hoje os missionários redentoristas, como genuínos filhos de San-to Afonso, continuam estu-dando e ensinando Teologia Moral, um ensino desafiador, porque se debruça sobre os problemas e as angústias do homem moderno, buscando as melhores respostas a partir da fé, do Evangelho e das sãs tradições cristãs.

EspiritualidadeSanto Afonso distingue-

-se, ainda, pela profundida-

de espiritual e ascética. Foi homem de constante oração, de muitas penitências e de profundo amor a Jesus Cristo. Entre suas obras de espiritualidade destaca-se a “A Prática do Amor a Jesus Cristo” e a oração como “O grande Meio de Salvação”. Maria, a Mãe de Misericórdia, modelo de vida do cristão e dispensa-dora de todas as graças, foi a companheira inseparável de Afonso, objeto de suas mais emocionadas orações e tema de um de seus livros mais lidos: “Glórias de Ma-ria”. Por suas obras e seu testemunho, Santo Afonso continua inspirando o povo de Deus ainda nos tempos atuais.

milia, padre Robson de Oliveira falou sobre a missão do cristão de alimentar sempre, dentro de si, o melhor, e a fazer o bem.

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Pe. Robson presidindo a missa em Guaratuba

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10 Goiâniaagosto 2017 MÍDIA REDENTORA

A Bíblia na vida do povoA Editora Santuário publica, há alguns

anos, a Bíblia Sagrada de Aparecida. Tra-ta-se de uma tradução feita diretamente dos textos originais em hebraico e grego. A Bíblia é oferecida em diversos formatos, para atender às necessidades de diferentes públicos.

O seu conteúdo traz diferenciais como mapa dos lugares sagrados, vocabulário com mais de 400 termos bíblicos e seu signifi cado e uma linha do tempo com os principais eventos citados nas Escrituras. Em cada versão, no entanto, há detalhes adi-cionais: seja a qualidade no acabamento da capa, seja nos anexos. A “Bíblia da Mulher de Fé” traz um encarte sobre as principais mulheres presentes nas Sagradas Escrituras. Já a versão “Bíblia do Homem de Fé” contém o roteiro do santo terço, com ilustrações.

Todo o trabalho de tradução do texto bíblico foi realizado pelo Missionário Re-dentorista Pe. José Raimundo Vidigal, um renomado biblista, que respeitou o conteúdo do texto, e o apresenta em uma linguagem simples, moderna e de fácil entendimento. A Bíblia de Aparecida, em suas diferentes versões, pode ser adquirida através do site do Televendas da Scala Editora.

Rosário Missionário: cultivar e guardar a criação

Para o mês de outubro, dedicado às missões,

a Scala Editora publica anualmente o “Rosário Missionário”. O subsídio une as duas motivações próprias para este mês, dedicado às missões e a Nossa Senhora do Rosário. O autor da edição de 2017 é o missionário redentorista e reitor do Santuário Basílica Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, padre João Otávio Martins.Este ano, a temática do livro vem recordar que o cultivo e cuidado da criação divina, que foi o tema da Campanha da Fraternidade 2017, deve ser uma ação permanente

de todo discípulo missionário de Jesus. “Refl etindo os mistérios da nossa Redenção na oração do rosário, temos a oportunidade e transformar nossas más ações em boas ações que possibilitem o cultivo e o cuidado com o dom que Deus nos deu”, explica o diretor-geral da Scala Editora, Pe. Paulo Júnior Silva Leão. O subsídio possui quatro encontros mais uma celebração missionária, e pode ser adquirido no site e no Televendas da Scala Editora, por apenas

R$ 1,80

O cultivo e cuidado da criação divina, que foi o tema da Campanha da Fraternidade 2017, deve ser uma ação permanente de todo discípulo missionário de Jesus

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Goiâniaagosto 2017 11MÍDIA REDENTORA

Scala Editora em TrindadeDurante a Roma-

ria do Divino Pai Eterno deste ano, a Scala Editora realizou a expo-sição e venda de produ-tos de evangelização. O estande, montado junto ao Santuário Basílica de Trindade, apresentou os produtos de evan-gelização, catequese e devocionais produzidos pela Scala e seus parcei-ros, Editora Santuário e Ágape Moda. O Ir. Diego Joaquim coordenou a equipe: Lívia, Eva, Julia-ne e Cássia.

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Fr. Auro M

arques

Editoras e autores redentoristas em TrindadeEntre os dias 17 e 20 de

julho foi realizado nas de-pendências do Hotel Liguori, em Trindade (GO), a segunda edição do Simpósio de Publica-ções Redentoristas. O encontro reuniu confrades que atuam no campo editorial, como autores e gestores, visando pensar um trabalho em conjunto no ramo de publicações. O primeiro Simpósio ocorreu em Aparecida (SP) em 2016, a partir de uma iniciativa do conselho gestor da Editora Santuário que foi acolhida pela União dos Reden-toristas do Brasil (URB).

A edição de 2017 foi orga-nizada pela Scala Editora, dos Missionários Redentoristas de Goiás, e teve como pauta a com-preensão do cenário da comu-nicação no Brasil e dos desafios e das perspectivas do mercado editorial hoje. Também esta-vam na pauta iniciativas para a formação de novos autores redentoristas. O evento teve a assessoria de Moisés Sbarde-loto, professor da Unisinos, de

São Leopoldo (RS) e de Clau-denir Modolo Alves, consultor editorial da Paulus Editora. No que diz respeito à formação de novos autores redentoristas, a assessoria foi dos padres Fábio Evaristo e Ferdinando Manci-lio, da Editora Santuário.

Estavam presentes confra-des das unidades redentoristas de Goiás, São Paulo, Campo Grande e Porto Alegre. O en-contro foi acompanhado pelo superior provincial de São Paulo, padre Inácio Medei-ros, e do provincial de Porto Alegre e presidente da URB, padre Vitor Edézio. Durante o encontro os participantes fize-ram uma visita à Scala Editora, em Goiânia (GO). O Simpósio foi concluído com missa no Santuário Basílica de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. No próximo ano, os editores deverão participar do primeiro Congresso de Mídias Redento-ristas, que será realizado em Aparecida (SP) em data a ser confirmada.

Lívia Ribeiro

Itinerário CatequéticoCom a intenção de apresen-

tar a espiritualidade do processo de iniciação à vida cristã, a Scala Editora promo-veu mais um encontro forma-tivo em Goiânia (GO). Com a colaboração do Santuário Basílica de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que sediou o evento entre os dias 17 e 21 de julho, foram acolhidos cerca de 50 catequistas desta e de outras paróquias das cidades de Trin-dade, Aparecida de Goiânia e Leopoldo de Bulhões.

A assessoria foi preparada com muito carinho pela equipe do Centro de Formação Perma-nente (CEFOPE). Estavam pre-sentes o Pe. Jordélio Siles Ledo, coautor da coleção “Itinerário

Catequético”, da Scala Editora, e também a Ir. Nelcelina Barbo-sa, assessora da catequese da Arquidiocese de Salvador (BA).

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12 Goiâniaagosto 2017

PE. RAFAELVIEIRA, C.SS.R.

[email protected]

PS1 – Em agosto de 2015, 86 padres estiveram reunidos em Ipameri (GO) no 34º Encontro Regional de Presbíteros e divulgaram mensagem fi nal após o evento. No texto eles destacaram o papel do presbítero na atualidade.

*******PS2 – Em agosto de 2016, a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) assina decreto do Ano Nacional Mariano que compreende o período entre o dia 12 de outubro de 2016 e o dia 11 de outubro de 2017.

*******PS3 – Em agosto deste ano, realiza-se o mês vocacional desde sua instituição feita pelo episcopado brasileiro em 1981.

Agosto· 2017 ·

CARTA MENSAL

Olá pessoal!

Vamos, este mês, de pílulas sobre fatos históricos “agostinos”? Es-pero que goste.

400 anos atrás – agosto de 1617 – São Vicente de Paulo, com 36 anos de idade, era um simples pároco em uma pequenina comunida-de na região oriental da França. Um dia, naquele lugar, conforme nos contam as Filhas da Caridade da Província de Curitiba, no Paraná, no momento em que São Vicente se preparava para celebrar a missa, alguém veio à sacristia e o informou que uma família inteira estava doente, passando necessidades, de modo que seus membros estavam impossibilitados de cuidar uns dos outros. Compadecendo-se dessa situação, São Vicente aproveitou o momento da pregação para comu-nicar o caso aos participantes da celebração eucarística e fez um apelo se podiam fazer algo em favor daquela família. A resposta dada pelos paroquianos o surpreende. As senhoras da comunidade se reuniram, organizaram mantimentos e os levaram até a família. No mesmo dia São Vicente foi até a casa dos enfermos atendidos para visitá-los, e se deparou com um grande número de mulheres que iam e vinham, bem como tantas outras que estavam junto à família. Sua constatação foi clara: “Eis aí uma grande Caridade, porém, desorganizada”. Desta experi-ência surgiu, posteriormente, o desejo e a disposição de criar as Con-frarias da Caridade, formadas por senhoras que dispunham de seu tempo e recursos para atender os pobres. Esta é a primeira fundação de Vicente de Paulo, hoje conhecida internacionalmente como Asso-ciação Internacional de Caridades. Uma das primeiras contribuições de Santa Luísa de Marillac nas iniciativas de São Vicente foi a anima-ção e formação dessas Confrarias.

300 anos atrás – agosto de 1717 – Dom Pedro Miguel de Almei-da Portugal, o terceiro Conde de Assumar, está no difícil trajeto en-tre o Rio de Janeiro e Santos para assumir a missão dada pela Coroa de Portugal para ser o terceiro governador da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro. Em suas andanças como governador, passou com a comitiva pela região de Guaratinguetá. O resto da história todo mundo sabe, mas vale recordar para nos preparar melhor para o Ju-bileu de graças de Aparecida. Eis a versão contada pelo repórter da TV Globo, Rodrigo Alvarez, no livro “Aparecida”: “Quando surgiu a notícia que o Conde de Assumar, Dom Pedro de Almeida Portugal, en-tre outras autoridades iriam passar pela Vila de Guaratinguetá. Cha-mados pela Câmara daquela vila, três pescadores receberam a missão de ir à busca de peixes no Rio Paraíba, os quais seriam servidos para a comitiva. Após muitas investidas sem sucesso ao longo do rio, o trio

chegou ao Porto de Itaguaçu. Nessa região eles então lançaram as re-des e apanharam uma imagem sem cabeça, logo após, lançaram as redes e encontraram a cabeça da imagem, na terceira tentativa veio a maior surpresa, desta vez uma quantidade abençoada de peixes en-cheram a rede, su� ciente para poder alimentar todos os visitantes que ali estiveram e que em seguida prosseguiram viagem até o seu destino � nal, Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais”.

200 anos atrás – agosto de 1817 – Frei Caneca, ou Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo, um carmelita revolucionário, encontrava-se preso na Bahia por ter participado de um movimento pela indepen-dência do Estado do Pernambuco naquele ano. Dom João VI deter-minara que se acabassem com as condenações à morte. Com isso, melhoraram as condições dos prisioneiros. Falava-se dele: “Com uma pesada corrente de ferro no pescoço o prisioneiro ia andando devagar. Estava descalço, usava uma batina suja e rasgada, vigiado por solda-dos bem armados. Em direção ao porto, caminhava em silêncio”. Frei Caneca organizou uma escolinha na prisão, onde cada um ensinava geometria aos colegas. E também durante o tempo que esteve preso e, naquelas condições, escreveu uma gramática da Língua Portuguesa. Depois de quatro anos, Frei Caneca obteve o perdão Real.

100 anos atrás – agosto de 1917 – O sequestro dos videntes de Nossa Senhora de Fátima contado, com emoção, no estilo português, por uma associação dedicada a essa devoção: “A autoridade local de Fátima era Artur de Oliveira Santos, Administrador do Concelho de Vila Nova de Ourém e anticlerical fanático. Na manhã de 13 de agosto, o Administrador chegou à casa dos Martos para ver as crianças. Con-venceu os pais de que desejava ‘ver o milagre’ com eles [...] Quando chegaram à casa do Latoeiro, os pastorinhos foram fechados numa sala e disseram-lhes que não sairiam dali até revelarem o Segredo [...] No dia seguinte tiveram de passar por nove interrogatórios, mas os pasto-rinhos, forti� cados por uma graça especial, não cederam [...] Em segui-da, o Latoeiro mandou os pastorinhos para a cadeia, que estava cheia de outros presos. Foram então interrogados separadamente, após o que o Latoeiro ameaçou mandá-los ferver em azeite se continuassem a re-cusar-se a contar-lhe o Segredo de Fátima. Na presença deles, mandou que pusessem a aquecer um caldeirão de azeite, e ameaçou-os que os punha no caldeirão se não colaborassem. Os pastorinhos acreditaram na ameaça do Latoeiro. Um homem que estava na cadeia tentou con-vencer a Jacinta a ceder, dizendo-lhe que bastava contar o Segredo para escapar a ser morta. A Jacinta respondeu: ‘Antes morrer!’.

Um abraço.