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Evento 11ª Semana de Engenharia apresentou oportunidades de mercado Social Veja a cobertura do Almoço dos Agrônomos e da Oktoberfest AEAARP História Biomas brasileiros foram descritos por um alemão no século XIX Faltam 6,3 milhões de moradias no país e polícas públicas são elaboradas para atender, com rigor técnico e segurança, a população de baixa renda HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL painel Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto Ano XI nº 284 novembro/ 2018 Designed by freepik

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Evento11ª Semana de Engenharia apresentou

oportunidades de mercado

SocialVeja a cobertura do Almoço dos

Agrônomos e da Oktoberfest AEAARP

HistóriaBiomas brasileiros foram descritos

por um alemão no século XIX

Faltam 6,3 milhões de moradias no país e políticas públicas são elaboradas para atender, com rigor

técnico e segurança, a população de baixa renda

Habitação de interesse

social

painelAssociação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto

Ano XI nº 284 novembro/ 2018

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Esta edição da revista Painel apresenta, em reportagens diferentes, duas situações que demonstram o quanto a engenharia, a arquitetura e a agronomia são essenciais para o cidadão, de todas as classes so-ciais. Em todas elas, existem oportunidades para investir, empreender, empregar e gerar riquezas.

A primeira reportagem, a da capa, já começa informando que o déficit habitacional no Brasil é de mais de seis milhões de residências. Signifi-ca que milhões de pessoas vivem em locais inapropriados e precisam de um lugar para viver dignamente com as suas famílias. A reportagem mostra ainda que, mesmo aquelas que vivem aparentemente de forma adequada, precisam de orientação técnica para ampliar seus imóveis com segurança, tanto do ponto de vista da estrutura quanto de higiene. Todas essas áreas podem ser exploradas por nós.

Algumas páginas adiante, a revista faz breve relato da 11ª Semana de Engenharia. Os três palestrantes, de áreas distintas, mostraram aos estudantes e profissionais da plateia o tamanho do mercado a ser explorado no chão (construção civil), no ar Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARPs) e na tecnologia (automação predial).

A técnica da construção civil, veja só, pode baratear o custo do projeto, justamente o que pode ser usado como possível solução para a nossa questão inicial – habitação de interesse social e de baixo custo. O Brasil tem apenas 50 tipos de ARPs, muito aquém do que está disponível em outros países, e tem muita gente desenvolvendo tecnologias que devem ser comercialmente exploradas. Na automação, a quantificação do mercado torna esta análise ainda mais interessante: das mais de 60 milhões de residências do país, dois milhões têm potencial, estrutural e econômico, de receber um projeto desta natureza.

Este cenário, aparentemente complexo, nos parece muito otimista, tendo em vista que às novas gerações cabe transformar esses números em possibilidades.

Eng. civil Carlos Alencastre

especialO desafio da moradia de baixo custo 05Meia casa 09

almoço dos agrônomos 12 Encontro de amigos

convênio 15Usuários Unimed/AEAARP terão atendimento exclusivo

evento 16Semana de Engenharia apresenta novas tecnologias

História 18 Von Martius e a flora brasileira

meio ambiente 21 Biodiversidade é estratégica para o desenvolvimento, afirma estudo

social 22Oktoberfest

CREA-SP 24Decisão Normativa nº 113, de outubro de 2018

notas e cursos 26

índice

Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700 Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / [email protected]

Eng. civil Carlos Eduardo Nascimento AlencastrePresidente

Eng. eletr. Tapyr Sandroni Jorge1º Vice-presidente

Eng. civil Fernando Junqueira 2º Vice-presidente

Horário de funcionamento AEAARP - das 8h às 12h e das 13h às 17hCREA - das 8h30 às 16h30Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.

painel

A s s o c i A ç ã ode engenhAriA ArquiteturA e AgronomiA de ribeirão Preto

Diretoria OperacionalDiretor administrativo - eng. agr. Callil João FilhoDiretor financeiro - eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri FilhoDiretor financeiro adjunto - eng. agr. Benedito Gléria FilhoDiretor de promoção e ética - eng. civil e seg. do trab. Hirilandes AlvesDiretor de ouvidoria - arq. urb. Ercília Pamplona Fernandes Santos

Diretoria FuncionalDiretor de esporte e lazer - eng. civil Milton Vieira de Souza LeiteDiretor de comunicação e cultura - eng. agr. Paulo Purrenes PeixotoDiretor social - eng. civil Rodrigo AraújoDiretora universitária - arq. urb. Ruth Cristina Montanheiro Paolino

Diretoria TécnicaAgronomia - eng. agr. Alexandre Garcia TazinaffoArquitetura - arq.urb. Marta Benedini VechiEngenharia - eng. civil Paulo Henrique Sinelli

ConselhoPresidente: Eng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado

Conselheiros Titulares Eng. civil Elpidio Faria JuniorEng. civil Edgard CuryEng. civil João Paulo de Souza Campos FigueiredoEng. civil Jose Aníbal LagunaEng. civil e seg. do trab. Luis Antonio BagatinEng. civil Ricardo Aparecido DebiagiEng. civil Roberto MaestrelloEng. civil Wilson Luiz LagunaEng. elet. Hideo KumasakaArq. e urb. Adriana Bighetti CristofaniArquiteta e eng. seg. do trab. Fabiana Freire GrelletEng. agr. Dilson Rodrigues CáceresEng. agr. Geraldo Geraldi JrEng. agr. Gilberto Marques Soares

Conselheiros suplentesEng. civil Marcos Tavares Canini Eng. mec. Fernando Antonio Cauchick Carlucci Arq. e urb. Celso Oliveira dos SantosEng. agr. Denizart BolonheziEng. agr. Jorge Luiz Pereira RosaEng. agr. José Roberto Scarpellini

REVISTA PAINELConselho Editorial: eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri Filho, Arq. e urb. Adriana Bighetti Cristofani, eng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado e eng. agr. Paulo Purrenes Peixoto - [email protected]

Conselheiros titulares do CREA-SP indicados pela AEAARP: eng. civil e seg. do trab. Hirilandes Alves e eng. mecânico Fernando Antonio Cauchick Carlucci

Coordenação editorial: Texto & Cia Comunicação Rua Galileu Galilei 1800/4, Jd. CanadáRibeirão Preto SP, CEP 14020-620 www.textocomunicacao.com.brFones: 16 3916.2840 | [email protected]

Editoras: Blanche Amâncio – MTb 20907, Daniela Antunes – MTb 25679 Colaboração: Bruna Zanuto – MTb 73044, Flavia Amarante – MTb 34330Comercial: Angela Soares – 16 2102.1700

Tiragem: 3.000 exemplaresLocação: Solange Fecuri - 16 2102.1718Editoração eletrônica: Mariana Mendonça NaderImpressão e fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.

Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também não expressam, necessariamente, a opinião da revista.

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AEAARP

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o desafio da moradia de baixo custo

Assistência técnica gratuita e ocupação das áreas centrais podem reduzir o déficit habitacional

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Revista Painel

HIStóRIA

A Revolução Industrial, que eclodiu na Inglaterra no século XVIII, inseriu mais do que a mecanização nos sistemas de produção: a expansão das indústrias fez aumentar a população urbana. A construção de conjuntos habitacionais foi uma das soluções para suprir a falta de moradia e atender à população de baixa renda. No passado, era esse o conceito de habitação de interesse social.No Brasil, as primeiras unidades desse tipo foram construídas pelos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPS) na década de 1930, quando o governo autorizou a utilização das reservas dos institutos para a construção de moradias de aluguel para seus associados.O arquiteto e urbanista paulistano Nabil Bonduki, no livro Os Pioneiros da Habitação Social, escreveu que o primeiro grande conjunto habitacional construído no Brasil foi no bairro Realengo (1939-1943), no Rio de Janeiro (RJ), financiado pelo Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI) e projetado pelo arquiteto e urbanista Carlos Frederico Ferreira.

Conjunto habitacional no bairro Realengo, no Rio de Janeiro

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oninteresse socialEntende-se por Habitação de interesse

Social a unidade habitacional destinada à população de baixa renda. Caracteriza--se pela localização em área urbana, com acesso à mobilidade, equipamentos e serviços públicos.

“Esse trabalho vai ao encontro do pre-visto na Lei Federal nº 11.124, de 2005, que cria o Sistema Nacional de Habitação de interesse Social (SNHiS) e o Fundo Na-cional de Habitação de interesse Social (FNHiS) que tem como um de seus prin-cípios a utilização prioritária de terrenos públicos na implantação de projetos ha-bitacionais de interesse social”, explica o arquiteto e urbanista João Carlos Correia.

Em Ribeirão Preto, não há lei específi-ca que atenda a esta questão. Em agosto deste ano, a prefeitura encaminhou para análise da Câmara Municipal um Projeto de Lei Complementar que estabelecia pa-râmetros especiais, sobretudo de ocupa-ção e estímulo da produção de habitação de interesse social, mas a proposta foi recusada pelos vereadores.

L evantamento do instituto Brasilei-ro de Geografia e Estatística (iBGE) indica que no Brasil faltam 6,355

milhões de moradias, 87,7% nas áreas urbanas. O maior déficit habitacional do país concentra-se na região Sudeste, com 39%, o que corresponde a 2,482 milhões de unidades que deveriam atender espe-cialmente à população de baixa renda. No estado de São Paulo faltam 1,337 mi-lhão de unidades habitacionais.

Em Ribeirão Preto, o déficit é de 21.814 unidades, segundo dados da Fundação João Pinheiro, instituição mi-neira que produz levantamentos em todo o país com base nos números do iBGE. A fila de espera pela casa própria na cidade é de 62 mil pessoas, de acordo com a Companhia Habitacional Regional

de Ribeirão Preto (Cohab-RP). Mais de 60% dos domicílios da cidade são ocu-pados por pessoas que ganham até dois salários mínimos. isto é, mais da metade da população de Ribeirão Preto está na faixa de renda que pode ser atendida por políticas públicas habitacionais.

Porém, alerta a arquiteta e urbanista Ana Luisa Miranda, a solução pode não ser a construção de novas unidades e sim a criação de programas habitacionais que visem à utilização de imóveis vazios ou subutilizados. “Por exemplo, se com-pararmos o déficit habitacional de Ribei-rão Preto com o número de domicílios vagos no município, que são 15.919 do-micílios [Fundação João Pinheiro, 2010], percebe-se claramente a necessidade da utilização de imóveis vazios e, também,

programas de urbanização de favelas, que hoje somam aproximadamente 117 núcleos”, explica a arquiteta, que é do-cente dos cursos de Arquitetura do Cen-tro Universitário Barão de Mauá, do Cen-tro Universitáio Moura Lacerda, da UNiP e conselheira do Conselho Municipal de Moradia Popular.

Ana Luisa critica a política habitacional direcionada exclusivamente à construção de novas unidades. Em sua opinião, esse modelo expande a malha urbana e so-brecarrega o poder público, que deve al-cançar a periferia da cidade com serviços públicos e infraestrutura. “Nesse sentido, o estímulo deveria concentrar-se na pro-dução de outro modelo de cidade, mais compacta e menos espraiada, que apro-veite a infraestrutura instalada”, ressalta.

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AEAARP

ASCENçãO, quEdA E REVItAlIzAçãOA história do Copan

O edifício Copan, um dos mais emblemáticos da cidade de São Paulo (SP), símbolo da arquitetura moderna brasileira, é considerado marco da revitalização habitacional na cidade. Localizado na Avenida Ipiranga, no Centro, o edifício foi inaugurado em 1966, um momento de expansão imobiliária. Na época, o metro quadrado do apartamento era considerado uns dos mais caros. Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o edifício chama atenção pela sua forma em curva. Considerado o edifício com maior estrutura de concreto armado do país, com 115 metros de altura, 32 andares e 120 mil metros quadrados de área construída, foi citado pelo Guiness Book como o maior edifício de apartamentos da América Latina. São 1.160 unidades, entre quitinetes e apartamentos de alto padrão, divididos em seis blocos, com cerca de cinco mil moradores de diversas classes sociais e cerca de 70 estabelecimentos comerciais.As décadas de 1970 e 1980 foram períodos de decadência e queda na ocupação do Copan, que chegou a atingir um nível de 30% de desocupação. O edifício entrou em processo de degradação, acompanhando o declínio do centro de São Paulo. Grandes empresas, bancos, comércio de luxo e hotéis saíram da região e, com eles, o interesse imobiliário. Os corredores do Copan foram tomados por lixo, briga entre vizinhos, tráfico de drogas e prostituição e o local chegou a ser chamado de “cortiço vertical”.Na década de 1990, com a revitalização da área central e o reaproveitamento dos edifícios antigos, o Copan voltou a receber moradores de classes média e alta, interessados em morar em uma região bem localizada a um custo razoável. um dos projetos da administração é a substituição das pastilhas da fachada. O trabalho começou em 2015, com previsão de ir até 2019, demandando orçamento de 23 milhões para cobrir 45 mil m².

Edifício Copan

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Segundo a arquiteta e urbanista Tércia Oliveira, docente do instituto Municipal de Ensino de Bebedouro (iMESB), as questões habitacionais devem ser trata-das em conjunto. “É preciso pensar nos elementos urbanos, nas pessoas e suas necessidades; além da moradia, como a circulação, o trabalho, o lazer, a qualida-de ambiental e social, com a premissa da sustentabilidade”, afirma.

O arquiteto e urbanista Vinícius Hernandes de Andrade, conselheiro do CAU-SP, elogia as ocupações dos prédios do centro de São Paulo (SP). “À medida que a população volta a ocupar as áreas centrais, além de melhorar a qualidade de vida e moradia dessa po-pulação, gera economia para todos os setores”, explica.

Um exemplo de ocupação nos mol-des da Habitação de interesse Social em imóvel desocupado é o Hotel Cambrid-ge, localizado no Centro da capital pau-lista. O hotel funcionou até 2003 e em 2012 foi ocupado por algumas famílias. Depois disso, foi desapropriado pelo po-der público e incluído no programa Mi-nha Casa, Minha Vida - Entidades, que financiou a reforma.

Fachada do Hotel Cambridge Doug

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Revista Painel

Fonte: Pesquisa CAU/BR-Datafolha

Pesquisa do Instituto Datafolha, encomendada pelo CAU-BR, mostra que 85% da população brasileira não contratam arquiteto ou engenheiro na hora de construir ou reformar. de acordo

com o levantamento, o principal motivo é a questão financeira.

Veja e compartilhe o gibi educativo da AEAARP sobre a importância de contratar profissionais habilitados.

www.aeaarp.org.br

Assistência técnicaEm 2008, passou a vigorar no Brasil a

Lei Federal 11.888, que garante às famí-lias de baixa renda o acesso gratuito ao trabalho técnico de profissionais especia-lizados, a Assistência Técnica em Habita-ção de interesse Social (ATHiS).

“É uma lei inovadora, porque normal-mente a solução da política pública é fi-nanceira e o ATHiS não dá dinheiro, mas fornece o saber e oferece o profissional qualificado”, destaca Vinícius.

Ele ressalta que classes A e B podem contratar profissionais qualificados. “As classes C e D estão historicamente de-sassistidas. É o momento de rever isso de uma forma local para melhorar as cidades”, diz. Ele defende a criação de ferramentas abrangentes para habitação social, que considere a periferia das gran-des cidades, onde a qualidade das cons-truções é mais crítica.

Na opinião do arquiteto e urbanista José Roberto Geraldine Júnior, presiden-te do CAU-SP, a ATHiS é primordial para

reduzir desigualdades sociais e o déficit ha-bitacional. O conselho criou cinco comissões so-bre o tema e 2% da receita do órgão são destinados ao investimento em assistência técnica gratuita.

Ribeirão Preto tem uma lei municipal que trata deste tema, a 12.215/2009; porém, não foi regula-mentada. Para a arquiteta e urbanista Ana Luisa, a assistência técnica é a solução para garantir bem-estar à população de baixa renda, uma vez que a urbanização popular e a autoconstrução não serão cessadas. Segundo ela, o déficit habitacio-nal concentra-se na faixa de renda de 0 a 3 salários mínimos, exatamente a popu-lação que não tem acesso ao profissional arquiteto e urbanista. O atendimento a essa parcela da população, argumenta a arquiteta, “ultrapassa o campo das nor-mas edilícias e urbanísticas do município, abrangendo também a saúde pública”.

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AEAARP

meiacasa

meia casa

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No Chile, o arquiteto Alejandro Aravena, ganhador do prêmio Pritzker de 2016, desenhou casas pela metade com o intuito de reduzir o custo da constru-

ção. A ideia é que as famílias possam, com o tempo, construir a outra parte de acordo com as suas necessidades. O projeto foi realizado em 2010, para os trabalhadores da empresa florestal Arauco. Cerca de 500 casas foram construídas entre 2012 e 2013, no bairro de Villa Verde, em Constitución, no Chile. Hoje, algumas casas já possuem a segunda metade.

A ideia não é nova. “No Brasil, várias experiências acontece-ram a partir da década de 1970 com o processo de construção industrializada, onde os chamados ‘embriões’ eram entregues com as opções de ampliação”, explica a arquiteta e urbanis-ta Tércia Oliveira. Segundo ela, algumas cidades do Brasil têm programas para lotes urbanizados; ou seja, terrenos dotados de infraestrutura e que, dependendo do programa, os proprietários recebem um projeto básico para construírem as casas conforme suas possibilidades.

O Brasil tem experiências semelhantes; arquiteta alerta para a necessidade de projeto para concluir a unidade habitacional seguindo as normas técnicas

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Revista Painel

O arquiteto e urbanista Vinícius Hernandes de Andrade, também pro-fessor executivo da disciplina Cidades inovadoras no instituto ins-

per e da Escola da Cidade, em São Paulo (SP), informa que o Brasil já possui projetos semelhantes, não com o mesmo

formato, mas com o mesmo conceito. Para ele, a ideia de Aravena estimula a ocupação na periferia.

“Não me agrada essa solução. Não pelo projeto arquitetônico; mas, por estar sub-

jacente à ocupação das periferias. É preciso estimular as moradias

mais próximas da área central, que normalmente possui

infraestrutura ocio-sa”, argumenta.

Segundo Vi-

Avarena disponibilizou na internet quatro de seus projetos para habitação social. Veja o atalho na página da AEAARP.

Habitação Villa Verde, projetado pelo arquiteto Alejandro Aravena

nícius, trazer as pessoas para morarem na área central da cidade resulta em econo-mia para todos, já que nessa região existe infraestrutura, transporte e mobilidade.

Para a arquiteta e urbanista Ana Luisa Miranda, conselheira do Conselho Mu-nicipal de Moradia Popular, este tipo de projeto daria certo no Brasil, desde que estivesse vinculado à Assistência Técnica à Moradia de interesse Social. “Seria um avanço na política habitacional e abriria a possibilidade de superação do modelo histórico de provisão de Habitação de interesse Social sem qualidade arquitetô-nica”, ressalta.

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AEAARP

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O Almoço dos Agrônomos AEAARP 2018 aconteceu no clima que é a marca dessa festa: amizade, descontração e compromisso ambiental. Mais uma vez, os associados agrônomos plantaram uma árvore nativa no terreno da AEAARP. “É o símbolo da nossa profissão, que busca aumentar a produtividade preservando os recursos naturais”, fala Alexandre Tazinaffo, diretor de Agronomia da AEAARP.

encontro de amigos

ALMOçO DOS AGRôNOMOS

Callil João Filho, Giulio Roberto Azevedo Prado, Carlos Alencastre, Geraldo Geraldi Júnior, José Roberto Scarpellini e José Pereira Filho

Comissão organizadora do Almoço dos Agrônomos AEAARP 2018

Geraldo Geraldi Júnior, Callil João Filho, José Carlos Gonçalves, Tapyr Sandroni Jorge, Genésio Abadio de Paula e Silva, Pedro Takayama, Dilson Caceres

Os agrônomos da AEAARP

Alexandre Tazinaffo, Antônio Duarte Nogueira Júnior, Carlos Alencastre, Callil João Filho, Jorge Rosa e Edgard Cury

Callil João Filho, Denizart Bolonhezi, Marcos Landell e Estêvão Pacheco Landell

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AEAARP

Pedro Takayama, Dilson Cáceres, Vera Palhares, Geraldo Geraldi Júnior, Maria Cândida Palhares, Arlindo Clemente

Equipe da Sementes Wolf

Alexandre Tazinaffo, Benedito Gléria e Wilson Emílio da Costa Júnior

Noboro Saiki e Navarro Araújo Denizart Bolonhezi e Geraldo Geraldi Júnior Fernanda Geraldi e João Paulo Paione Geraldi

João Paulo Figueiredo, Vera Figueiredo, Gilberto Marques Soares, Benedito Gléria e Giulio Roberto Azevedo Prado

José Carlos Gonçalves e Gilberto Marques Soares

José Messias Cardoso, Geraldo Geraldi Júnior, Pedro Takayama, Paulo Roberto Salvador, Dilson Cáceres, Benedito Gléria e Carlos Alencastre

Tapyr Sandroni Jorge, Carlos Alencastre, Pedro Takayama, Antônio Duarte Nogueira Júnior, Callil João Filho, Sérgio Veráguas Sanches, João Paulo Figueiredo

Jorge Rosa, Roberto Manzolli, Maurício Muradás e Ivã Nogueira

Arthur Carneiro e Leonardo Dorta Paulo Landrin e Graça Landrin

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Revista Painel

Eduardo Cristovão, Thais Geraldi Say, Cáudia Say, Tomaz Geraldi Say, Marta de Vasconcelos Leite Geraldi, Maria Paulina Geraldi Say, Geraldo Geraldi Júnior, Pedro José Tomaselli, Ligia Geraldi Tomaseli e Camila Vasconcelos Geraldi Tomaseli

José André Pazeto, Osni Andrião e Carlos Barbosa José Carlos Barbosa, Célia Mendonça, Mara Lúcia Bolonhesi, Jeremias Rodrigues Mendonça e Callil João Filho

Ligia Geraldi Tomazelli, Geraldo Geraldi Júnior e Marlene Faleiros Carvalho

Marley Ferreira, Manoel Tavares e Benedito Gléria

Paulo Roberto Salvador, Geraldo Geraldi Júnior e Antônio Carlos Giovanini

Tapyr Sandroni Jorge, Juareztovan Lamin Carvalho, Pedro Takayama, Callil João Filho e Dilson Caceres

Pedro Lessa, José Carlos Barbosa e José Roberto Scarpellini

os agrônomos plantaram a muda de Jacarandá da bahia.

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AEAARP

CONVêNiO

USUáRiOS UNiMED/AEAARP terão atendimento exclusivo

Guias, autorizações de exames e procedimentos serão feitos na sede da associação exclusivamente para usuários do convênio Unimed-AEAARP

Apartir de dezembro, a emissão de guias da Unimed para convenia-dos da AEAARP passará a ser feita

na sede da Associação. “Foi um longo pro-cesso de negociação que vai proporcionar mais conforto ao nosso associado”, fala o engenheiro agrônomo Callil João Filho, diretor administrativo da AEAARP.

O serviço será prestado pela operadora de saúde e apenas os associados conve-

niados serão atendidos nessa unidade. Callil explica que autorizações de exames, consultas e demais procedimentos que requerem a emissão de guias, terão aten-dimento exclusivo.

O estacionamento superior, que dá acesso direto à área administrativa da Associação, será de uso exclusivo dos associados que buscam a emissão de guias da Unimed, com vagas para porta-

dores de necessidades especiais e idosos.Nos primeiros meses, explica Callil,

os usuários ainda serão atendidos nos postos da Unimed. “À medida que os as-sociados forem tomando conhecimento desse atendimento exclusivo na AEAARP, aquele que é feito na Unimed deixará de atendê-los, uma vez que todos terão atendimento personalizado e prioritário na associação”, esclarece.

Benefícios do atendimento exclusivo unimed-aeaaRP

A partir de dezembro

emissão de guias para consultas, exames e procedimentos

estacionamento superior reservado aos usuários do convênio que buscam a sede para emissão de guias

conforto e atendimento personalizado

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Revista PainelRevista Painel

semana de engenHaria apresenta novas tecnologias

Na construção civil, na tecnologia aeronáutica e na automação, palestrantes mostraram oportunidades de negócios em engenharia

Câmara Brasileira de Bim (CBim)

Os líderes locais da CBim apresentaram-se no último dia de evento, convidando os participantes a conhecerem o sistema e a organização local.

EVENTO

Os palestrantes Maurício Antônio Salatiel (arquiteto), Alexandre Carlos Brandão Ramos (enge-

nheiro) e José Roberto Muratori (enge-nheiro de produção) mostraram ao público da 11ª Semana de Engenharia da AEAARP

as oportunidades de negócios explorando diferentes possibilidades da engenharia.

Na palestra de abertura, Maurício falou sobre o ssistema construtivo Steel Frame. Utilizado na construção civil, possibilita reduzir em até 3% o custo de um projeto,

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AEAARP

dos, sem interferência do piloto remoto. O engenheiro alertou que voos autônomos são proibidos atualmente. Mas que, no futuro, podem se tornar realidade.

Segundo o engenheiro, os modelos au-tônomos reproduzem fenômenos naturais, como um enxame de abelhas. Juntos, os insetos não se chocam. As ARPs autôno-mas são testadas com sensores que impe-dem a colisão entre elas, e também com barreiras físicas, como árvores e edifícios.

Na automação predial, a oportunidade de mercado, segundo José Roberto, é matematicamente mensurável: das 65 milhões de residências, dois milhões têm potencial para ser automatizadas. Entre-tanto, apenas 300 mil casas utilizam esses sistemas. Ainda segundo José Roberto, no país existem 1.200 empresas que dedicam-se a esses projetos.

Ele defende que o mercado seja ex-

plorado de forma integrada, automati-zando casas e condomínios. “Certa vez me disseram que fazemos casas inteli-gentes em condomínios burros”, disse.

José Roberto alertou também que o projeto elétrico deve prever a automação, para receber o sistema de tal forma que a estrutura da construção não seja alterada. “Existem sistemas cabeados e sem fio. Os cabeados são mais robustos e ideais para casas onde isso já estiver previsto. Sem fio é ideal para casas que já estão prontas, onde o cliente não quer ter aborrecimento com obras”, explica.

OportunidadePara o engenheiro Paulo Sinelli, as pales-

tras foram inspiradoras. “A AEAARP cum-priu seu papel ao mostrar aos profissionais e estudantes diferentes possibilidades de atuação”, avalia.

AEAARP

dependendo de suas características. Na palestra ele informou que a redução é mais expressiva em projetos complexos. Outra característica é a redução do uso de água na obra e a rapidez do resultado, reduzindo prazos de entrega.

No segundo dia, Alexandre explorou as utilizações de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARTs) e suas aplicações. Segun-do ele, no Brasil, o setor que mais utiliza as aeronaves é a agricultura. Nos Estados Unidos, por exemplo, existem 480 tipos diferentes dessas aeronaves. No Brasil, são apenas 50.

Ele é docente da Universidade Federal de itajubá, em Minas Gerais, onde são desenvolvidos modelos e tecnologias de código aberto para novos equipamentos. Maurício mostrou as experiências com modelos autônomos; isto é, ARTs que reproduzem comportamentos programa-

Maurício Antônio Salatiel Alexandre Carlos Brandão Ramos José Roberto Muratori Paulo Sinelli

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Revista Painel

HiSTóRiA

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Revista Painel

von martius e a flora brasileira

Botânico alemão do século XiX foi o responsável por analisar e classificar cinco biomas brasileiros

Von Martius

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AEAARP

Omaior levantamento da flora brasileira foi feito no século XiX e, por incrível que pareça, não

foi por um brasileiro. Em 1817, o botânico alemão Carl Friedrich Philipp von Martius desembarcou no Brasil, junto com um grupo de cientistas de renome que acompanhava a imperatriz Leopoldina na sua vinda ao país para casar-se com o imperador Dom Pedro i. O jovem alemão de 23 anos, na companhia do zoólogo Johann Baptist von Spix, realizou expedições pelas regiões Norte, Nordeste e Sudeste do país, onde colheu e catalogou grande quantidade de espécies vegetais nativas. Martius ficou três anos no Brasil, tempo suficiente para observar e classificar cinco biomas. É considerado, até hoje, o maior levantamento da flora brasileira.

A categorização dos biomas cerrado, caatinga, mata atlântica, selva amazônica e pampa, segundo o artigo da jornalista Mànya Millen, publicado no portal do instituto Moreira Salles (iMS), e usada até hoje foi feita por Martius.

Assista ao vídeo O mapa de Von Martius ou como escrever a história natural do Brasil, produzido pelo Instituto Moreira Salles (IMS),

que está disponível no portal da AEAARP, na área Notícias.

www.aeaarp.org.br

A divisão regional criada pelo naturalista alemão foi a primeira proposta de regiona-lização do país. De acordo com o portal do iMS, Martius também retratou paisagens em litografias (tipo de gravura que cria marcas sobre uma matriz com um lápis gorduroso), publicadas em sua obra mais famosa, a Flora Brasiliensis, que reúne mais de 20 mil espécies vegetais catalogadas e está dividida em 40 volumes. O trabalho foi publicado na Alemanha, entre 1840 e 1906, e é conside-rado indispensável para biólogos.

Modelo: Thomas Ender. Estrada entre Jacareí e Aldeia da Escada, c. 1817; lápis e sépia, 200 x 308 mm. Gabinete de Gravuras da Academia de Belas-Artes, Viena | Imagem retirada do portal www.florabrasiliensis.cria.org.br

Sobre Thomas Ender: acompanhou Martius em sua viagem ao Brasil como pintor oficial. Ender permaneceu cerca de um ano na expedição devido a problemas de saúde e participou apenas da primeira etapa do percurso, do Rio de Janeiro a São Paulo. Entretanto, realizou desenhos, esboços e aquarelas que retratam com fidelidade panoramas, paisagens, flora, conjuntos arquitetônicos e tipos humanos em cenas cotidianas no Rio de Janeiro, os quais integram o conjunto iconográfico principal de sua obra. Suas imagens, dos hábitos das cidades em formação, como as do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, revelam ao europeu um Brasil de beleza incomum.

Conheça o projeto Flora Brasiliensis On-line, que está disponível no endereço www.florabrasiliensis.cria.org.br. O projeto divulga parte do trabalho de Von Martius e é gerenciado pelo Centro de Referência em Informação Ambiental (Cria).

De acordo com o iMS, o primeiro volu-me da obra de Martius reúne litografias que mostram paisagens e os ambientes em que as plantas se desenvolviam, além do mapa no qual o botânico identificou os cinco biomas brasileiros. As outras 39 publicações apresentam litografias deta-lhadas de cada planta. A importância do trabalho feito pelo alemão era tamanha que a obra continuou a ser publicada mes-mo após sua morte – por meio da ajuda de cientistas do mundo todo.

Martius estava no início da sua carreira quando visitou o Brasil. Porém, segundo o portal do iMS, ele já era reconhecido em sua área de atuação. A ligação de Martius com as terras tupiniquins era tão estreita que, mesmo quando teve que deixar o país

(devido à doença de um amigo), o “Brasil não o deixou”: as pesquisas realizadas durante a expedição científica aqui nortearam todo o seu trabalho até sua morte (em 1868).

Anos depois de ter retornado à Munique (Alemanha), Martius mantinha contato com outros profissionais brasileiros. Ele foi pro-fessor na Universidade de Berlim (Alemanha) e diretor do Jardim Botânico de Munique.

Para montar o acervo com informações da flora brasileira, Martius percorreu mais de 10 mil quilômetros. Juliana Kovensky e iris Kantor, que foram curadoras da mostra “O mapa de Von Martius ou como escrever a história natural do Brasil”, contaram ao portal do instituto que, na época em que o botânico participou das expedições, o Brasil vivia um período de revoltas civis em vários locais e precisava de uma “força” intelectual e geográfica que pudesse unir a nação esfacelada. “Von Martius tinha uma preocupação com a sistematização da história e do território brasileiro”, disse Juliana.

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Revista Painel

Família Agavea - Gênero Fourcroya Vent. - Família Eriocaulacea - Tribo Paepalanthea - Gênero Paepalanthus Mart. - Seção Capitula Villosa - SubGênero Actinocephalus Koern. Paepalanthus brasiliensis Mart. | Imagem retirada do portal www.florabrasiliensis.cria.org.br

Modelo - Johann Steinmann. Plantação de Café, c. 1836; água-tinta, 110 x 165 mm. Coleção João Moreira Garcez, São Paulo. Viena | Imagem retirada do portal www.florabrasiliensis.cria.org.br

Sobre Johan Jacob Steinmann: introdutor da litografia no Brasil, nasceu na Suíça, em 1800, e veio para o Brasil em 1825, quando foi contratado como litógrafo do imperador, subordinado ao Arquivo e à Academia Militar. Durante cinco anos, Steinmann litografou mapas e outros impressos para o Arquivo Militar na impressora Cartográfica Oficial do Primeiro império sendo que, em 1830, ao final do seu contrato com o governo de D. Pedro i, montou sua própria oficina, onde litografou folhas avulsas retratando costumes, tipos populares do Rio de Janeiro e alguns mapas.

Leia o artigo Importância e a contribuição de Von Martius para o conhecimento da flora arbórea do Cerrado, publicado pela Revista

Sapiência: sociedade, saberes e práticas educacionais, da universidade

Estadual de Goiás, disponível no portal da AEAARP, na área Notícias.

www.aeaarp.org.br

Reise in BrasilienQuando voltou à Alemanha, Martius e

seu amigo Spix também produziram outro mapa, o Reise in Brasilien (em português, Viagem pelo Brasil), segundo o iMS. A obra é composta por três volumes e foi publicada entre 1823 e 1831. Nela, os autores descreveram a experiência de três anos em solo brasileiro. Especialistas dizem que a obra retrata a curiosidade de Martius por assuntos que vão além da botânica, pois abrange desde medições de temperatura e salinidade das águas do mar até observações etnográficas (método utilizado pela antropologia na coleta de dados) sobre populações indígenas. Este livro reúne questões antropológicas e de costumes da população da época, mapas que localizavam as tribos indígenas e um estudo sobre as palmeiras brasileiras.

NaturalistasSegundo o artigo Importância e a contri-

buição de Von Martius para o conhecimento da flora arbórea do Cerrado, escrito pelos especialistas em Ciências Biológicas e Ecologia Natália Lima de Oliveira, Ramon Cleomar de Jesus Freitas e Sabrina do Couto de Miranda, no período em que Martius ficou no Brasil, ele visitou os es-tados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Pará e Amazonas.

Ainda de acordo com o artigo, viajar pelo Brasil naquela época não era fácil, pois os naturalistas corriam riscos como ataques de índios antropófagos (que se alimentavam de carne humana) e de animais selvagens. Também era comum que os viajantes contra-íssem doenças desconhecidas pela ciência da época, como febre amarela e malária. Nas expedições, Martius perdeu dois com-panheiros de equipe e tanto ele quanto Spix contraíram malária. O último ficou muito debilitado pela longa viagem e morreu seis anos depois de retornar à Alemanha.

Os países europeus tinham muito inte-resse em lugares com ecossistemas tão singulares quanto o do Brasil. A natureza tropical impressionava os cientistas e pesquisadores estrangeiros não só pela flora, mas também pela fauna e terras inexploradas. Essa curiosidade pode ser constatada em um trecho do livro Reise in Brasilien, assinado por Martius e Spix: “não menos extraordinário que o reino das plantas é o dos animais que habitam as matas virgens. O naturalista para aí transportado pela primeira vez, não sabe

o que mais admirar, se as formas, os co-loridos, ou as vozes dos animais”.

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AEAARP

MEiO AMBiENTE

biodiversidade é estratégica para o DESENVOlViMENtO, AfiRMA EStUDOEntre os acordos internacionais assumidos pelo Brasil estão os Objetivos de Desenvolvimento

Sustentável (ODS), as Metas de Aichi – voltadas à redução da perda da biodiversidade do planeta no período de 2011-2020 – e o Acordo Climático de Paris, aprovado em 2015

A biodiversidade e os serviços ecos-sistêmicos, como o fornecimento de água, ar puro e de alimentos,

são fundamentais para a construção de um futuro próspero e sustentável para a população brasileira, com maior geração de emprego e renda e redução das desi-gualdades sociais e econômicas.

Essas metas só serão possíveis de serem alcançadas, contudo, se a contribuição da biodiversidade e dos serviços ecossistêmi-cos para alavancar o desenvolvimento eco-nômico e social do país for reconhecida e

incentivada e se forem feitos investimentos em sua conservação e restauração.

As conclusões são de um grupo de pesqui-sadores autores do Sumário para Tomadores de Decisão do 1º Diagnóstico Brasileiro de Biodiversidade & Serviços Ecossistêmicos. O documento, elaborado pela Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES, na sigla em inglês), apoiada pelo Programa BiOTA-FAPESP, foi lançado no dia 8 de novembro em um even-to no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

“Avaliamos que o Brasil só tem a ganhar

do ponto de vista econômico se sair do atual sistema de substituição de vegetação nativa por áreas agrícolas. É muito mais vantajoso para o país ter paisagens multifuncionais, com áreas agrícolas e de conservação, que permitem que os ecossistemas funcionem de forma muito melhor, mantendo serviços ecossistêmicos essenciais, como o de recarga de aquíferos e de retirada de carbono da at-mosfera”, disse Carlos Joly, professor da Uni-versidade Estadual de Campinas (Unicamp) e membro da coordenação da BPBES e do Programa BiOTA-FAPESP, à Agência Fapesp.

Fonte: Agência Fapesp

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AEAARP

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Revista Painel

Kleber Bidese, Rosi Bidese e Paulo Márcio Araújo

Arlindo Sicchieri Filho, Rodrigo Araújo e Fernando Junqueira

Carlos Roberto Ferreira, Carlos Alencastre e Paulo Roberto Oliveira

Jorge Rosa, Alexandre Tazinaffo e Carlos Alencastre

Janaina Sinelli e Paulo SinelliFernando Antonio Cauchick Carlucci e Monica Azevedo de Abreu

A Oktoberfest AEAARP reuniu amigos e familiares de associados

Jacobo de Cal y Alonso e João Paulo Figueiredo Mario Pascarelli Filho, Milton Vieira Leite, Leonardo Dorta, José Roberto Maufará, Arlindo Antonio Sicchieri Filho

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AEAARP

Paulo Márcio Araújo, Mateus Rocha, Bruno Rocha e Rodrigo AraújoRicardo Muniz, José Roberto Malfará, Carlos Alencastre e José Luiz Bárbaro

Maurício Teixeira Muradas e Carmem de Azevedo Souza Muradas

Adriana Saraiva, Denise Ribeiro e Gislaine Yochimuta Mary Jane Vianna e Marta Benedini Vecchi

Ricardo Muniz e Allan Villa da Silva

Eliana Azevedo Padilha, Maraísa Gonçalves de Lima, Lívia Lima Paschoal, Tapyr Sandroni Jorge e Luiz Fernando Bortolazzo de Sousa

Gisele Antunes, Bruna Teodoro e Debora Del Poente

José Roberto Malfará, Lisa Alencastre e Carlos Alencastre

Roberto Maestrello e Wilson Luiz Laguna

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Revista Painel

DECiSÃO NORMAtiVA Nº 113, DE 31 DE OUtUBRO DE 2018

Art. 3º Esta decisão normativa entra em vigor noventa dias após a data de sua publicação.

Art. 1º Aprovar a relação unificada de ati-vidades e de obras e serviços de rotina, nos termos do art. 36 da Resolução nº 1.025, de 30 de outubro de 2009, que constitui anexo desta decisão normativa.

Art. 2º Para efeito desta decisão nor-mativa, a atividade técnica relacionada à obra ou ao serviço de rotina pode ser caracterizada como aquela que é execu-tada em grande quantidade ou de forma repetitiva e continuada.

Parágrafo único. Caberá ao Crea, ob-servadas as peculiaridades de sua região, verificar se a obra ou o serviço

registrado por meio de Anotação de Responsabilidade Técnica – ART Múlti-pla está compatível com o disposto no caput deste artigo.

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CREA-SP

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Revista Painel

A Resolução nº 1.025, de 30 de outubro de 2009, dispõe sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e o Acervo Técnico Profissional. O Artigo 36 trata do seguinte:

Art. 36. As atividades técnicas relacionadas a obra ou serviço de rotina que poderão ser registradas via ART múltipla serão objeto de relação unificada.

§ 1º A câmara especializada manifestar-se-á sempre que surgirem outras atividades que possam ser registradas por meio de ART múltipla.

§ 2º Aprovada pela câmara especializada, a proposta será levada ao Plenário para apreciação.

§ 3º Após aprovação pelo Plenário do Crea, a proposta será encaminhada ao Confea para apreciação e atualização da relação correspondente.

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AEAARP

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Revista Painel

NOTAS E CURSOS

Helena Lania de Araujo Arquiteta e urbanista

Luis Cláudio Moreira Fonseca Engenheiro agrônomo

Paulo Leitão Camarero Engenheiro agrônomo

Felipe Fiatikoski Angelo Engenheiro ambiental

Wesley Zeotti Engenheiro civil

Ademar Carlos Nascimento Junior Engenheiro eletricista

Julio Cesar da Silva Vasconcelos Engenheiro eletricista

Glauber Aparecido Maurin Engenheiro eletricista

Mauri Junqueira de Souza Engenheiro químico

José Silvio Carbolante Técnico agrícola

José Antônio Siena Técnico eletrotécnico

Manoel Euripedes Bazon Técnico em eletrotécnica

Arnaldo José da Costa Técnico em eletrotécnica

Melissa Dorta Silveira Estudante arquitetura e urbanismo

Novos Associados

A recepção, com jantar, música eletrônica e banda ao vivo, é

ricamente decorada em um dos locais mais valorizados da cidade, o Espaço

Golf.

A festa do ano!No dia 7 de dezembro, a festa mais esperada do ano pelos associados da AEAARP homenageia a todos.

“Decidimos por esse formato para encerrar as comemorações dos 70 anos da AEAARP com

chave de ouro. Neste ano, não haverá reverência a três colegas engenheiros,

arquitetos e agrônomos; mas, aos nossos mais de dois mil associados”, explica

o engenheiro Carlos Alencastre, presidente da AEAARP.

“Foi um ano de intensas atividades

institucionais, educacionais, artísticas e sociais para todos da Associação. Merece esse

fechamento com chave de ouro”, comenta Rodrigo Araújo, diretor social da entidade.

Toda a programação dos 70 anos da AEAARP foi planejada pela diretoria a partir das diretrizes traçadas por uma comissão especialmente formada para cuidar do assunto. Os eventos tiveram “padrinhos” que, na prática, são os responsáveis por gerir e tomar decisões importantes sobre tudo o que foi programado.

Além dos eventos, a AEAARP também lançou publicações

especiais, como a super edição da revista Painel, que circulou

em abril, e o gibi educativo, que continua sendo usado em ações da AEAARP em escolas públicas da cidade da cidade.

“Não faltou dedicação e compromisso

daqueles que se dispuseram a doar seu tempo para esta

comemoração”, avalia Giulio Roberto Azevedo Prado, presidente do Conselho

Deliberativo.

“Em 2018 lançamos a semente do que queremos para o futuro, uma entidade

compromissada com a valorização dos profissionais, com o desenvolvimento

sustentável da cidade. Por isso, ao encerrarmos as comemorações, homenageamos todos os nossos

associados”, finaliza Carlos Alencastre.