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Janeiro/ 2002 FENACON em Ano VII Edição 73 contabilidade assessoramento perícias informações pesquisas Publicação Mensal da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas dirigida a empresários de prestação de serviços - Valor Unitário - R$ 2,50 Desequilíbrio das contas Avalanche de multas por supostos erros em DCTFs de 97, aumento da CSLL para compensar perdas com reajuste da tabela do IR: até aonde vai a fome de tributar? Recolhimento da GPS por meios eletrônicos não é mais obrigatório CONTRIBUIÇÃO SINDICAL 2002 31 de janeiro é o prazo final SERVIÇ O S SERVIÇ O S

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Page 1: Ano VII Edição 73 FENACON em Valor Unitário - R$ 2,50 ... · (HP) SESCON - Sul Fluminense Pres. William de Paiva Motta Av. Joaquim Leite, 604 - sl. 211 27340-010 -Barra Mansa/RJ

Janeiro/2002

FENACON emAno VII

Edição 73

contabilidade assessoramento perícias informações pesquisas

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Desequilíbriodas contasAvalanche de multas por supostos errosem DCTFs de 97, aumento da CSLLpara compensar perdas comreajuste da tabela do IR:até aonde vai a fomede tributar?

Recolhimento da GPS por meioseletrônicos não é mais obrigatório

CONTRIBUIÇÃOSINDICAL 2002

31 de janeiro é o prazo final

S E R V I ÇO SS E R V I ÇO S

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2 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 71

SESCAP - Acre

Pres.: Sergio CastagnaAv. Getúlio Vargas, 130, sala 205 - Centro69900-660 – Rio Branco/ACTel.: (68) [email protected]

SESCON - Alagoas

Pres.: Anastácio Costa MotaR. Dr.Albino Magalhães, 18557050-080 - Maceió/ALTelefax (82) [email protected]

SESCAP - Amapá

Pres.: Aluisio Pires de OliveiraR. Hamilton Silva, 2023 - Sala B68906-440 - Macapá - APTelefax (96) 222-5372

SESCON - Amazonas

Pres.: Wilson Américo da SilvaR. 10 de julho, 651-A69010-060 - Manaus - AMTelefax (92) 633 - 4951

SESCON - Apucarana

Pres.: Alicindo Carlos MorotiRua Osvaldo Cruz, 341 - Centro86800-720 - Apucarana - PRTel. (43) 422-7908 / [email protected]

SESCON - Bahia

Pres.: Fernando César Passos LopoAv. Antonio Carlos Magalhães, 2573 - 12°andar,sl. 1205/1206 - Candeal de Brotas -40289.900 - Salvador/BATelefax. (71) 452.4082/[email protected]

SESCON - Blumenau

Pres.: Carlos Roberto VictorinoR.15 de novembro, 550 - Sl 100989010-901 - Blumenau/SCTelefax. (47) 326.0236 - [email protected]

SESCON - Caxias do Sul

Pres.: Moacir CarboneraR. Ítalo Victor Bersani, 113495050-520 - Caxias do Sul/RSTel. (54) 228.2425 - Fax: (54)[email protected]

SESCON - Ceará

Pres.: Urubatam Augusto RibeiroAv. Washington Soares, 1.400 - sl. 40160811-341 - Fortaleza/CETel.(85) 273.4341

Fax: (85) [email protected](HP) www.sescon-ce.com.br

SESCON - Distrito Federal

Pres.: Elizer Soares de PaulaSHC Sul, Qd. 504, Bloco C,Loja 64, Subsolo70331-535 – Brasília/DFTel.: (61) 226-1269/ [email protected](HP) www.bbcont.com.br/sescondf

SESCON - Espírito Santo

Pres.: Luiz Carlos de AmorimR. Quintino Bocaiuva, 16, s. 90329010-903 – Vitória/ESTel. (27) 3223.4936/ [email protected](HP) www.sescon-es.org.br

SESCON - Goiás

Pres.: Edson Cândido PintoAv. Goiás, 400 - Ed. Bradesco sl. 10474010-010 - Goiânia/GOTelefax (62) [email protected](HP) www.bbcont.com.br/sescongo

SESCON - Grande Florianópolis

Pres.: Walter Teófilo CruzR. Araújo Figueiredo, 119 - sl. 40288010-520 - Florianópolis/SCTelefax: (48) [email protected](HP) www.sesconfloripa.org.br

SESCON - Londrina

Pres.: Paulo BentoR. Senador Souza Naves, 289 - sobreloja86010-914 - Londrina / PRTelefax. (43) [email protected]

SESCON - Maranhão

Pres.: Carlos Augusto Gaspar de Souza JrAv. Gerônimo de Albuquerque, S/N, sl 20165051-200 - São Luís/MATelefax: (98) [email protected](HP) www.elo.com.br/sescon

SESCON - Mato Grosso do Sul

Pres.: Odácio Pereira MoreiraRua Elvira Pacheco Sampaio, 68179071- 030 - Campo Grande - MSTelefax: (67) 387-6094/[email protected]

SESCON - Mato Grosso

Pres.: Elynor Rey ParradoR. São Benedito, 851 - 1o andar

78010-800 - Cuiabá/MTTel. (65) 623-1603 / Fax. [email protected]

SESCON - Minas Gerais

Pres.: João Batista de AlmeidaAv.Afonso Pena, 748 - 24º andar30.130-003 - Belo Horizonte/MGTelefax.: (31) [email protected]

SESCON - Pará

Pres.: Carlos Alberto do Rego CorreaTravessa 9 de Janeiro, 2050 - Cremação66063-260 - Belém/PATelefax: (91) [email protected]

SESCON - Paraíba

Pres.Aderaldo Gonçalves do Nascimento Jr.R. Rodrigues de Aquino, 267 - sala 70358013-030 - João Pessoa/PBTelefax (83) [email protected]

SESCAP - Paraná

Pres.: Valdir PietrobonR.Marechal Deodoro, 500 -11º andar80010-911- Curitiba/PRTel. (41) 222.8183 - Fax: (41) [email protected](HP) www.sescap-pr.org.br

SESCON - Pernambuco

Pres.: Geraldo de Paula Batista FilhoR. José Aderval Chaves, 78 Sls 407/40851111.030 - Recife/PETelefax: (081) [email protected]/sesconpe

SESCON - Piauí

Pres.: Tertulino Ribeiro PassosR. Honório de Paiva, 607 - Piçarra64001-510 - Teresina/PITelefax: (86) [email protected]

SESCON - Ponta Grossa

Pres. Luiz Fernando SaffraiderR. Comendador Miró, 860 - 1º andar84010-160 - Ponta Grossa/PRTel. (42) 222.1096 - Fax: (42) [email protected]

SESCON - Rio de Janeiro

Pres.: José Augusto de CarvalhoAv. Presidente Vargas, 542 - sl.190620071-000 - Rio de Janeiro/RJTel (21) 233.8868 - Telefax (21) [email protected](HP) www.bbcont.com.br/sesconrj

Sindicatos das Empresas de Serviços Contábeis e de Assessoramento,Perícias, Informações e Pesquisas filiados à FENACON

Atualizado em 15.01.20022 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 73

Empresário de Serviços, entre em contato com seu sindicato através de e-mail. É mais fácil, rápido e econômico.Critique, reivindique, opine, faça sugestões aos seus dirigentes. Eles querem trabalhar por você, em defesa de sua empresa.

SESCON - Rio Grande do Norte

Pres.: Rui CadeteR. Carlos Chagas, 3466-A - Sl 16 - 10 and59065-220 - Natal/RNTelefax. (84) [email protected]

SIECONT - Rondônia

Pres.: Antonio Sivaldo CanhinAv. Carlos Gomes, 2292 - Sl 478901-200 - Porto Velho/ROTel. (69) 224.4842 - Fax: (69) [email protected](HP) www.canhin.com.br

SESCON - Roraima

Pres.: Maria de Fátima Bezerra da SilvaAv.Getútio Vargas, 687-W - Centro/Anexo69301.030 - Boa Vista/RRTelefax. (95) [email protected]

SESCON - Santa Catarina

Pres.: Vilson WegenerAv. Juscelino Kubitschek, 410 - bl.B - sl.30689201-906 - Joinville/SCTelefax (47) 433.9849/[email protected](HP) www.sesconsc.org.br

SESCON - São Paulo

Pres.: Carlos José de Lima CastroAv. Tiradentes, 960 - Ponte Pequena01102-000 - São Paulo - SPTelefax: (11) 3328-4900/[email protected](HP) www.sescon.org.br

SESCON - Sergipe

Pres.: Wladimir Alves TorresR. Siriri, 496 - sl. 4 - 1º andar49010-450 - Aracaju/SETelefax (79) 214.0722 - (79) [email protected](HP) www.infonet.com.br/sesconse

SESCON - Sul Fluminense

Pres. William de Paiva MottaAv. Joaquim Leite, 604 - sl. 21127340-010 -Barra Mansa/RJTelefax (24) [email protected]

SESCON - Tocantins

Pres.: Antônio Luiz Amorim AraújoACNO I - Lote 20 - Cj 3 - Sl 2577013.020 - Palmas/TOTelefax (63) [email protected]

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 71 - 3

FENACONR. Augusta, 1939 - Cjs 42 e 4301413.000 - São Paulo - SPTelefax (11) 3063.0937

Diretoria da Fenacon 2001/2003

PresidentePedro Coelho Neto

Vice-Presidente - Região SudesteAntônio Marangon

Vice-Presidente - Região NordesteJosé Geraldo Lins de Queirós

Vice-Presidente - Região SulMário Elmir Berti

Vice-Presidente - Região Centro-Oeste/NorteAntônio Gutenberg Moraes de Anchieta

Diretor FinanceiroHorizon Donizeth Faria de Almeida

Diretor AdministrativoRoberto Wuthstrack

Diretor de Relações InstitucionaisHaroldo Santos Filho

Diretor Social e de EventosJosé Rosenvaldo Evangelista Rios

Diretor de Relações do Trabalho eAssuntos LegislativosSauro Henrique de Almeida

Diretor de Tecnologia, Qualidade eProdutividadeNivaldo Cleto

Suplentes

José Eustáquio da FonsecaLuiz Valdir Slompo de LaraAnastácio Costa MotaMaciel Breno SchifflerOrival da CruzCleodon de Brito SaraivaIzabel Rodrigues LiipkeCarlos Alberto do Rego CorreaLeomir Antonio MinozzoWilliam de Paiva Motta

Conselho Fiscal

EfetivosJodoval Luiz dos SantosJosé Carmelo FariasAntonio José Papior

SuplentesIrany Barroso de Oliveira FilhoAluísio Beserra de MendonçaLuis Carlos Freitas

Representação na CNC

EfetivosPedro Coelho NetoEliel Soares de Paula

SuplentesJosé Augusto de CarvalhoMaria Elzira da Costa

Ano VII - Edição 73

S E R V I Ç O S

FENACON em

í n d i c e

e x p e d i e n t e

Janeiro de 2002

A revista Fenacon em SERVIÇOS é uma publicação mensalda Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeise de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas.

Home Page: http://www.fenacon.org.brTiragem: 50 mil exemplares

Auditoria de Circulação: Villas Rodil Auditores Independentes

Circulação: nacional - empresas de setores de serviçosligadas ao Sistema Fenacon, instituições de ensino superior,órgãos governamentais, representantes dos podereslegislativos e assinantes em geral.

Jornalista Responsável: André Luiz de AndradeDireção de arte e diagramação:Canopus Consultoria de ComunicaçãoConselho EditorialPedro Coelho NetoAntonio MarangonNivaldo CletoMário Elmir BertiGerson Lopes FontelesSérgio Approbato MachadoJosé Antonio de Godoy

Redação Assinaturas Anúncios

Revista Fenacon em SERVIÇOSRua Augusta, 1939 - Cj 42 e 43Cep 01413-000 - São Paulo - [email protected]

Telefones (11) 3063.09373082.22183088-5774

Revista Fenacon em Serviços - Edição 73 - 3

e x p e d i e n t e

espaço do leitor .............................................................................................................. 04

palavra do presidente .................................................................................................. 05. Cuidado com a raposa!

sistema tributário .......................................................................................................... 06. Gota d’água. Terror fiscal

à luz do direito ................................................................................................................ 12. Multas confiscatórias – o caso das Dctfs

gps eletrônica ................................................................................................................... 14. Obrigatoriedade da GPS eletrônica se contrapõe à norma do CMN

simples ................................................................................................................................. 16. Preocupação sem fundamento

tecnologia da informação ............................................................................................ 18. O que a tecnologia facilitou a minha vida em 2001 e o que esperar para 2002

softwares .................................................................................................... 20. Star Office pode ser adotado pela Câmara Federal

publicado & registrado ................................................................................................. 20. Leis de Incentivo à Cultura. Linux nas pequenas e médias empresas

go around .......................................................................................................................... 21. O sofrimento das empresas

desenvolvimento humano ............................................................................................ 22. A vida não é linear, é cíclica!

contribuição sindical ...................................................................................................... 24

regionais ............................................................................................................................. 26. Sescap/Acre é o mais novo sindicato filiado à Fenacon. Furtos de computadores preocupam empresas em Ponta Grossa

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4 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 73

IRGostaria de parabenizar à redação da Re-

vista Fenacon em Serviços pela iniciativa dedivulgar a Lei de Incentivo Fiscal em suaedição n.º 70. É de grande importância a di-vulgação desta Lei em nosso meio contábil,uma vez que poucos contadores procuramorientar seus clientes a aplicarem parte deseus impostos neste tipo de incentivo.Claudinei MedriMeta Contabilidade e [email protected]

Modernidade

Tenho notado que em várias edições daRevista Fenacon, no ‘Espaço do Leitor’, sãocolocadas críticas aos novos procedimen-tos criados pelos legisladores. Me lembrobem quando a Gfip passou a só ser aceitapor meio magnético. Quantas críticas aoSefip eu li. Recentemente criticaram o novosistema de obtenção do CNPJ.

Uma postagem via Sedex e a autenticaçãodos documentos representa um aumentosubstancial no custo de abertura ou altera-ção de uma empresa? Com certeza a respostaé negativa. E quanto à funcionalidade dessesistema? Em nosso escritório, surpreenden-temente, ainda não tivemos nenhum contra-tempo. Incrivelmente, o sistema funciona bemdesde o primeiro dia de implantação.

Lembram-se quando foi implantada a DecaEletrônica, em São Paulo? Foi horrível. Difi-culdade na obtenção dos arquivos de insta-lação, congestionamento da rede e péssimafuncionalidade. Hoje não há o que falar.Quanto ao Sefip, ninguém fala mais e o sis-tema continua o mesmo, em DOS. Muitomelhor, o lançamento do Conectividade So-cial. Fantástico sistema que nos poupou tem-po, custos com disquetes e eliminou errosde processamento.

Precisamos aprender a aceitar as mudan-ças e conviver com elas. A tecnologia é assimmesmo, mas, nós, contabilistas, temos quenos adaptar a ela e nos beneficiar, ao máximo,do que ela pode nos oferecer. A grande críticaque devemos fazer ao governo é quanto aossoftwares que nos fornecem. Tanto se criticaa Microsoft, que domina o mundo quando se

trata de sistemas operacionais, mas nada sefaz para mudar isso.

Por que só fornecem sistemas em DOS eWindows? Não deveriam também fornecersistemas para Linux, Solaris ou outros siste-mas operacionais? Eles próprios nos forçama trabalhar com o Windows. Neste ponto eucritico, pois não temos opção de escolha.Pergunto aos colegas que tanto reclamamdas mudanças: por que vocês usam compu-tares em seus escritórios? Têm saudade dotempo em que tudo era feito através do pa-pel? Voltariam a elaborar uma folha de paga-mento manualmente?Roberto Ferreira de FreitasContabilista titularFaro Contá[email protected]

ReivindicaçõesTemos acompanhado o trabalho da

Fenacon, em todos os aspectos e dificulda-des encontradas em nossa atividade, princi-palmente referente a normas impraticáveis,prazos caóticos e a luta pelo Simples. E ago-ra temos a versão 5.0 da Sefip que não reco-nhece todas as impressoras matriciais e oprazo de pagamento não foi alterado. Para-béns. Mas mantenham a luta contra o absur-do da GPS eletrônica.Adilson TorresVice-presidente da Assoc. ContabilistasGuaxupé - [email protected]

CNPJ 1Gostaria de juntar-me aos demais colegas,

conforme mensagens publicadas na revista,na classe dos indignados com a sistemáticaimposta pela SRF, quanto aos procedimen-tos para inscrição no CNPJ, pois criam umnovo ônus financeiro para o contribuinte.

Este, além de enviar toda a documentaçãoautenticada, o que, dependendo da quantida-de de folhas, pode girar, em torno de R$ 8,43,entre autenticações e reconhecimento de fir-ma, tem ainda que dispor de mais R$ 7 para oSedex, totalizando R$ 15,43. Como se não bas-tasse, mesmo depois de 6 dias do envio, a SRFainda não acusa o recebimento dos mesmos,que deveriam chegar em 24 horas.

E o maior dos absurdos: caso haja algumerro no preenchimento do CNPJ, o processoserá todo cancelado e o contribuinte teráque reiniciá-lo, inclusive enviando nova-mente toda a documentação autenticada evia Sedex, arcando com mais R$ 15,43.Adilson Neves dos SantosElite Contabilidade e AssessoriaCampinas – [email protected]

CNPJ 2

Enviei um e-mail à SRF relatando minhainsatisfação com a forma com que nós con-tadores somos tratados, pois elaboramos ostributos, as contribuições e as obrigaçõesacessórias. Sugeri a criação de um atendi-mento dedicado aos contadores cadastra-dos. Não se trata de favorecimento, é umaforma de agilizar os processos e procedi-mentos da SRF. Espero ainda receber umaresposta à pergunta: por que a exigência domonopólio do Sedex, se podemos entregarpessoalmente?Márcio João SchmidPinhais - [email protected]

Edições anterioresEstamos encadernando a coleção de nos-

sa biblioteca e gostaríamos de contar comvossa colaboração no sentido de enviar umexemplar ou cópias dos números que faltam.Desde já agradecemos. Revista Fenacon n.°49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57 e 58.Biblioteca do [email protected]

LinuxFaço uma reclamação dirigida ao governo

brasileiro: por que vocês não criam progra-mas para outros sistemas operacionais comoo Linux, Freebsd, que são mais seguros e es-táveis? Eu gostaria de poder fazer meu im-posto de renda no Linux, além de fazer noWindows! Se eles precisam de programado-res para fazer isso, é só entrarem em contatocomigo. Faço com a maior satisfação.Fernando RibeiroAlexâ[email protected]

espaço do leitor

Atenção!!! Novo endereço de e-mails para esta seção: [email protected].

As mensagens somente serão publicadas com a devida identificação do leitor: Nome, Endereço Completo e Telefone.Por motivos de espaço, a redação se reserva o direito de publicar de modo resumido o conteúdo das cartas e e-mails dos leitores.

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 73 - 5

palavra do presidente

Temos recebido uma enxurrada dereclamações de empresas prestadorasde serviços de contabilidade e de con-tabilistas, indignados por estarem re-cebendo da Secretaria da Receita Fe-deral notificações para pagamento demultas por irregularidades detectadasnas DCTFs do exercício de 1997. Po-deríamos dizer que isto é obrigaçãoda SRF, se não fosse o fato da verifica-ção não ter, na maioria dos casos, amenor procedência e estar acontecen-do quatro anos após a entrega dasreferidas informações.

O simples fato da empresa pagar otributo antecipado ou cometer algumpequeno erro no preenchimento daDCTF faz disparar, automaticamente,uma notificação que implicará no pa-gamento de multas exorbitantes ou exi-girá do contribuinte o cumprimento deuma verdadeira maratona, muitas vezespara provar que não está errado.

Serão pesquisas sem fim, em documen-tos produzidos há quatro anos, consul-tas a uma legislação absurda que mudaanualmente, filas sem fim para tentar ex-plicar o óbvio, defesas por escrito e es-pera de anos para que as explicaçõessejam analisadas. E, como se não bas-tasse, o débito permanece em aberto atéque ‘eles’ se disponham a regularizar asituação da empresa inocente, que éobrigada a se explicar cada vez que ne-cessita de uma certidão negativa.

Cabe aqui a pergunta: quem paga por

Cuidado com a raposa!

“As empresas prestadorasde serviços vão pagar pelainfeliz e injusta idéia do

governo de não corrigir a tabelado Imposto de Renda e pronto,

está resolvido o problema”

Pedro Coelho Neto

todo este trabalho, fruto do erro do pró-prio governo? Realmente, é impossível con-viver com essa burocracia atrasada,travestida de moderna, comandada por bu-rocratas inacessíveis que só sabem impor eexigir dos contribuintes. Será que precisa-mos, para sermos ouvidos, recorrer ao‘panelaço’, ‘buzinaço’, ‘gritaço’ ou outraforma de fazer barulho, como fazem os nos-sos vizinhos?

E, para completar a nossa indignação,acabamos de receber a notícia de mais umafamigerada Medida Provisória, onde o go-verno encontrou um ‘bode expiatório’ parasuprir os gastos decorrentes da correçãoda Tabela de Imposto de Renda das Pesso-as Físicas. Simplesmente, será aumentadaa base de cálculo da CSLL – ContribuiçãoSocial sobre o Lucro Líquido das empresasprestadoras de serviços de 12% para 32%,decidiu um burocrata.

Em resumo, as empresas prestadoras deserviços vão pagar pela infeliz e injustaidéia do governo de não corrigir a tabelado Imposto de Renda e pronto, está resolvi-do o problema. Vamos ver agora como irão

agir os nossos representantes no Con-gresso Nacional, uma vez que o Governodevolveu a batata quente. Se houvesseindependência, essa gritante injustiçadeveria ser, simplesmente, rechaçada, tor-nando sem efeito a bendita MP. É o queas empresas de serviços esperam e, porisso, vão lutar.

E, por falar em luta, conseguimos, aferro e fogo, fazer com que o INSS desis-tisse da idéia de só receber a GPS – Guiada Previdência Social por meio eletrô-nico. Prevaleceu o bom senso e as em-presas poderão recolher suas contribui-ções para a previdência social, se assimo quiserem, na boca do Caixa.

Para se fazer justiça, é preciso quese diga que essa bandeira da Fenaconcontou com a apoio de outras entida-des, principalmente da ConfederaçãoNacional do Comércio, das Federaçõesco-irmãs e do Conselho Federal deContabilidade. Como se vê, precisamosnos manter vigilantes, pois essa rapo-sa tem horror a galinhas e está de olhoapenas nos ovos, o que pode acabarcom a sua própria raça.

Pedro Coelho Neto é presidente da FenaconE-mail: [email protected]

DEMARCAS

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6 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 73

sistema tributário

O governo, não só vetou a proposta, ale-gando falhas no texto, como editou a Medi-da provisória n° 22, de 8 de janeiro de 2002,aumentando a base de cálculo da Contribui-ção Social sobre o Lucro Líquido das empre-sas prestadoras de serviços de 12 para 32%,pegando o próprio Congresso de surpresa.Apesar do ministro da Fazendo, PedroMalan, ter afirmado que ha-via negociado o apoio das li-deranças dos partidos dabase governista, muitos de-putados levaram um sustocom a atitude do governo.

“A grande surpresa foi ogoverno querer compensar asperdas mudando a tabelapara as prestadoras de servi-ço. Em nenhum momento,durante as discussões noCongresso e com os repre-sentantes da Receita, aceita-mos esse tipo de compensação”, confirmouo deputado federal, Pedro Eugênio (PPS/PE).

Germano Rigotto (PMDB/RS), deputadofederal que presidiu a Comissão Especial deReforma Tributária da Câmara, confirmouque, nas negociações, não houve entendi-mento para o aumento de impostos, com-pensando os valores que o governo deixariade arrecadar com a correção da tabela.

Pedro Eugênio acrescentou que a pos-sibilidade de compensação já havia sido,

inclusive, apresentada pelo governo e re-jeitada pelas lideranças partidárias. “Du-rante as discussões no Congresso, os pró-prios deputados da base governista nãoadmitiam nenhum tipo de compensaçãopara a correção da tabela. A única coisaque aconteceu foi que, na última hora, ogoverno chamou os líderes do PFL e do

PSDB e eles apresentaram os17,5% no lugar dos 20% ori-ginais, isto era melhor doque nada, mas ainda assimninguém concordava comcompensação nenhuma”.

Segundo números do se-cretário Everardo Maciel, amedida renderá R$ 740 mi-lhões anuais, atingindo 150mil empresas prestadoras deserviço, que pagam impostocom base em estimativa delucro. A justificativa para a

compensação foi a Lei de ResponsabilidadeFiscal, que determina aumento de impostoquando há renúncia fiscal discricionária, ouseja, aquela em que somente alguns contri-buintes são beneficiados. O dinheiro a maisque entra nos cofres do governo é para co-brir as perdas relativas às deduções.

ResponsabilidadeMas a justificativa do governo não con-

venceu o deputado Pedro Eugênio. “O

governo alega a Lei de ResponsabilidadeFiscal, porém os relatórios originais dosdeputados Pedro Novais, Mussa Demes eNey Lopes deixaram bem claro que, naLRF, a compensação pela perda de arreca-dação só cabe em caso de concessão debenefício fiscal para uma determinada ca-tegoria de contribuinte. Neste caso, nomesmo ato, o governo deve determinar ocorte de despesas ou a criação e/ou au-mento de impostos”.

O presidente da Fenacon, Pedro Coe-lho Neto, destacou que a media do gover-no é irreal. “No caso específico das em-presas de serviços, a grande maioria já seacha injustamente impedida de participardo Simples, muito embora 99% delas se-jam micro e pequenas empresas”.

Pedro Coelho destacou ainda que, quan-do se trata de Lucro Presumido, parte o“leão” da premissa de que as empresas deserviços formadas por profissões regula-mentadas têm uma margem de lucro de32%, o que, segundo ele, na prática, é um“verdadeiro absurdo”, “pois é esta a basede cálculo do imposto de renda dessasempresas quanto optam pelo lucro presu-mido”. “Agora, querer aumentar a base decálculo da CSLL de 12% para 32%, ou seja,aumentar a contribuição dessas empresaem 1,8% do faturamento, passando dosatuais 1,08 % para 2,88 % é uma dose ca-valar e por isso inaceitável”.

2001Outra mudança feita pelo Governo de

última hora, foi incluir na MP que a corre-ção valeria para os fatos geradores ocorri-dos a partir de 1o de janeiro de 2002. “Tra-balhamos com o ano base de 2001 e não2002, como está na MP”, reclamou Rigotto.

“A importância que o congresso deu paraa aprovação da correção da tabela do IR em2001 foi para que ela pudesse valer já a par-

Gota d’ águaApós muita resistência do governo, o Congresso Nacional aprovou,no final de 2001, o projeto que reajusta a tabela do IRPF, em 17,5%.Terminava um longo processo de negociações com as liderançaspartidárias, corrigindo uma injustiça fiscal que se arrastava desde 96.O que ninguém esperava era que a Receita Federal tinha uma cartaescondida na manga. E que não fazia parte do jogo

Pedro Coelho Neto:“aumentar a basede cálculo da CSLLé uma dose cavalare inaceitável”

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 73 - 7

tir de 2002. De 96 a 2000, ogoverno federal arrecadou9 bilhões e 200 milhões dereais a mais pela não corre-ção da tabela do IR, portan-to, a correção aprovada jápara este ano visava restabelecer uma jus-tiça para os contribuintes”, criticou o de-putado federal, Pedro Eugênio.

ConversãoO deputado Germano Rigotto garantiu

ainda que o aumento de 300% da CSLLteve uma repercussão ruim no Congresso.Ele acredita que, após o recesso parlamen-tar, que termina no dia 15 de fevereiro, osparlamentares deverão modificara a medi-da, ou seja transformá-la em um Projeto deConversão, mantendo os termos antesacordados com o Governo.

“Nós congressistas vamos trabalhar paraderrubar esta MP e este aumento de cargatributária, não há nem o que argumentar.Quando da votação da MP pelo Congressoela deverá ser derrubada”, confirmou PedroEugênio. Segundo o deputado, se o Con-gresso aceitar esse precedente, quando fordiscutir a correção da tabela este ano, iráinviabilizá-la, “porque sempre terá que au-mentar a carga tributária para compensar, oque seria incoerente. Seria um princípio desempre aumentar os impostos”.

PenalidadesO presidente da Fenacon lembra que

a carga tributária que vem sendo exigida

das empresas já chegou aníveis exor-bitantes, sufo-cando-as a ponto de mui-tas terem de fechar as por-tas. “Temos que resistir epara isso mexer com os bri-

os dos nossos representantes no Con-gresso Nacional a fim de que não dei-xem prosperar mais essa indecente Me-dida Provisória que não passa de fór-mula encontrada com o intuito de re-solver, parcialmente, uma injustiça per-petrada pelos técnicos de plantão, sim-plesmente, com outra injustiça”.

Para o vice-presidente da Fenacon (Re-gião Sul), Mário Elmir Berti, o que, para ogoverno, justifica o aumento da alíquota dasempresas prestadoras de serviços, res-paldada pelos técnicos num eventualrombo de 3,4 bilhões, nada mais é do quea correção de uma injusti-ça. Segundo ele, um supe-rávit construído sob a ar-timanha de uma não cor-reção da tabela.

“Ao invés de se proje-tar unicamente num ‘rom-bo futuro’, deveria o go-verno lembrar o quantoarrecadou de forma abso-lutamente injusta, paranão dizer confiscatória, durante mais de 6anos. É bom lembrar que a inflação doperíodo foi de 221,26% (IGP-M) e elesesperneiam contra uma correção de17,5%”.

AdinPara o advogado tributarista, Walter

Ceneviva, sócio da Vieira Ceneviva,Almeida, Cagnacci de Oliveira & CostaAdvogados Associados, em termos judi-ciais, haverá pouca coisa a ser questiona-da. Isso porque, segundo ele, o argumen-to de violação ao princípio da isonomiatributária estabelecido pela Constituiçãoé fraco junto ao STF.

“Outras vezes já foi suscitada na Justiçae não houve sucesso”, diz Ceneviva. Oadvogado tributarista explica que é difícilestabelecer o princípio da isonomia tributá-ria se a natureza das atividades econômi-cas não são isônomas. A própria alíquotado Lucro Presumido, lembra, é diferente en-tre indústria, comércio e serviços.

Walter Ceneviva diz que, se tivessemsido estabelecidas, por exem-plo, multas maiores para osetor de serviços do que paraa indústria, por obrigaçõesacessórias, poderia haveresse tipo de questionamento,ou seja, valores diferentespara obrigações iguais. “Aísim, tanto faz, qualquer queseja a minha atividade”. Mas,segundo ele, essa discussão

não deverá chegar ao Supremo. “Meu pal-pite é que antes da reedição da MP, ha-verá modificação. Só por uma questãopolítica, pois foi uma traição contra a so-ciedade e o Congresso”.

Germano Rigotto:“MP será mudada”

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Pedro Eugênio: “surpresacom a compensação”

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8 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 73

sistema tributário

Nos últimos anos, aarrecadação do governo, viaPrevidência Social e ReceitaFederal, aumentouvertiginosamente. Há quem digaque isto se deve à maioreficiência fiscalizadora, porémexistem aqueles queconsideram a existência de umaverdadeira indústria de multas eoutros procedimentosquestionáveis

Por Márcio Sampaio de Castro

A Constituição de 1988 instituiu impos-tos e contribuições em cascata que tornari-am a vida dos contribuintes, em particularas pessoas jurídicas, um verdadeiro calvário.Hoje, uma empresa para se manter na lega-lidade precisa recolher contribuições sobreo IPI, Cofins, Pis/Pasep, CPMF, IOF, entreoutros. Com o Plano Real e os compromis-sos junto ao FMI, para obtenção de umsuperávit primário, surgia a necessidade deobtenção de recursos para o fechamentodas contas governamentais com saldo po-sitivo, a qualquer preço.

Os técnicos (ou burocratas) se lembra-ram, é claro, dos contribuintes e, em parti-cular, daqueles que pudessem estar ematraso com suas obrigações. O passo se-guinte foi criar um sistema que viabilizassea potencialização destas fontes de recur-sos. Mas o que o governo federal fez paraincrementar a arrecadação?

A primeira solução cr iada foi aimplementação de um sistema deinformática mais eficiente e implacável.Atualmente, declarações por meios im-pressos estão se tornando coisa dopassado e praticamente 100% dos da-dos passam por meios eletrônicos queconfrontam informações e buscam pos-síveis lapsos do contribuinte. Segun-do dados do Instituto de PesquisasEconômicas e Aplicadas - IPEA, ape-nas a arrecadação previdenciária su-

biu, nos últimos cinco anos, de trintapara cinqüenta bilhões de reais.

Matéria publicada no jornal Valor Eco-nômico, de São Paulo, do dia 17 de dezem-bro, mostrou que os escritórios de advo-cacia vêm registrando “aumento sensívelnas consultas de clientes que receberamnotificações sobre autuações fiscais”. Areportagem apontou que quase todas asautuações são baseadas em cruzamentoeletrônico de dados contidos em declara-ções, como DCTF, DIPJ e Dirf.

A Delegacia de Administração Tributá-ria da Receita Federal, no município de SãoPaulo, teria informado que o número deautos de infração, a partir do cruzamentode dados, ultrapassou, no quarto trimes-tre de 2001, meios de autuação tradicio-nais, como a fiscalização baseada nas au-ditorias e nas investigações diretas nasempresas e pessoas físicas.

A maioria das multas são referentes aosexercícios de 1996 e 1997. O interesse nasdeclarações desse período não é à toa, poisas dívidas tributárias prescrevem em cin-co anos. O motivo das penalidades, se-gundo advogados tributaristas consulta-dos pelo jornal Valor Econômico, seriamdívidas de impostos já pagos, mas prova-velmente ainda não computados pelo Fis-co, ou erros nas declarações.

No quarto trimestre de 2001 teriam sidoexpedidas na capital paulista 14 mil autua-ções fiscais originadas de discrepância deinformações verificadas com o cruzamen-to eletrônico de dados. O município repre-senta praticamente 25% da arrecadação na-cional da Receita Federal.

Confisco ou eficiência?

Em números gerais, até agosto de 2001,as autuações chegavam ao montante deR$ 15,4 bilhões, entre médios e grandescontribuintes, números relativos somenteàs pessoas jurídicas. Nestes casos, ape-nas metade dos valores das autuações éconsiderada pela Receita Federal como so-negação. Seriam situações nas quaishouve má fé do contribuinte. A outra me-tade viria da diferença de interpretação dalegislação tributária ou erros de preenchi-mento etc. Em ambas as situações, no en-tanto, a Receita aplica multa sobre o valordevido.

Mas o problema não está apenas no au-mento do volume de autuações, mas tam-bém no valor das multas. A Medida Provi-sória 2158-35, editada no dia 24 de agostodo ano passado, por exemplo, estabeleceem seu artigo 57, que, pelo descumprimentode obrigações acessórias, dependendo doporte da empresa, a multa será de R$ 5 mil emais 5%, não inferiores a R$100 do valordas transações comerciais ou das opera-ções financeiras, próprias da pessoa jurídi-ca, no caso de informação omitida, inexataou incompleta.

Vale lembrar que esta MP já foi editada 30vezes, sob diversos números, mas basica-mente com o mesmo conteúdo. “São medi-das provisórias umas atrás das outras, fica-mos até malucos, não entendemos nada, masa multa continua lá”, lembra o diretor de Re-lações do Trabalho e Assuntos Legislativosda Fenacon, Sauro Henrique de Almeida, quetambém é consultor contábil.

Terror fiscal

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 73 - 9

Muitos tributaristas consideram estesvalores um exagero, pois acabam dificul-tando a vida do contribuinte que queiraacertar suas contas. É o caso de CelsoBotelho de Moraes, advogado tributarista,titular da Advocacia CBM, de São Paulo.

“O problema é que se traçarmos umalinha imaginária, com uma carga tributáriasuportável, todos pagam. Acima desta li-nha, por uma questão de sobrevivência aempresa pode acabar deixando de pagaros impostos para honrar a folha de paga-mento ou para não tomar emprestado nobanco. Quando a empresa vai acertar, sedepara com os juros elevados, por exem-plo. A empresa se vê em dificuldades paraacertar o que deve e continuar pagandoem dia os tributos vincendos”, conclui.

Sigilo

Os percentuais de multas estabelecidospela Receita Federal variam de 75% a 225%sobre o valor do imposto devido. Ao serautuado, o contribuinte tem trinta dias parapagar o crédito devido ou impugnar o re-sultado. Se o pagamento for feito à vista edentro do prazo, há um desconto de 50%.Mas, em alguns casos, a secretaria acabaincluindo os dados do devedor na DívidaAtiva, muito antes de qualquer negocia-ção, o que acaba sendo uma forma de pres-são.

No campo da fiscalização, outra formacom validade jurídica questionável, aindaque aprovada pelo Congresso, é o cruza-

mento de dados, a partir da CPMF. Com apossibilidade da quebra do sigilo bancário,a SRF pode agora atuar como o Grande Ir-mão do livro do escritor britânico GeorgeOrwell, aquele que tudo vê e tudo sabe.

No final do ano, a Receita Federal haviaconcluído processos fiscais contra 1.161contribuintes que fizeram movimentaçõesfinanceiras incompatíveis com a sua de-claração de renda, com base em dadosobtidos no cruzamento de informações daCPMF e do Imposto de Renda de 1998.Desses 1.161 contribuintes, 703 são pes-soas físicas e 458, empresas. As fiscaliza-ções resultaram em autuações que soma-ram R$ 587 milhões.

A Receita provou que, desse total, 800contribuintes tiveram a intenção de come-ter a fraude e terão de pagar multa de 150%sobre o valor do imposto não recolhido.Entre os outros contribuintes autuados,não foi constatada a intenção da fraude.Ainda assim, esses contribuintes terão depagar multa de 75%.

Refis

Seguindo esta linha de ampliar as pos-sibilidades de arrecadação, a SRF instituiuo Refis - Programa de Recuperação Fiscal,que permite aos devedores de tributos econtribuições federais renegociar e parce-lar o pagamento de suas dívidas. As par-celas são corrigidas pela taxa Selic, o quedá cerca de 17% ao ano. Só para comparar,a caderneta de poupança paga 6,5% aoano, enquanto um bom fundo de aplica-ções chegava no máximo a 14% ao ano, nofinal do último mês de outubro.

Apenas em dezembro do ano passado,69.797 empresas foram excluídas do Refis.Das 129.089 empresas que aderiram ao pro-grama, no início de 2000, restam apenas37.358 pagando seus débitos com o gover-no, ou seja, só 28,9%. Um dos motivos paraa exclusão do programa é a inadimplênciapor três meses consecutivos ou seis inter-calados ou o não recolhimento regular dostributos e contribuições correntes.

Dívida externa

Dados divulgados pelo IBGE, no últimomês de dezembro, apontaram que o cresci-mento de 15,3% na arrecadação, de 1999

para 2000, fez com que a carga tributáriapassasse a representar 32,34% do PIB. Ouseja, de todas as riquezas produzidas pelopaís, os governos municipais, estaduais efederal ficaram com R$ 351,4 bilhões.

Esse crescimento, segundo o instituto, foiimpulsionado principalmente pelo aumentoda arrecadação de 81% da CPMF (aumentoda alíquota de 0,20% para 0,38% em junhode 1999 e redução para 0,30% em julho de2000); de 25% do Cofins (aumento daalíquota de 2% para 3% a partir de março de1999 e obrigatoriedade de pagamento dessacontribuição pelas instituições financeiras).

As despesas do governo federal con-centram-se, ainda segundo o IBGE, sobre-tudo, na Previdência e no pagamento dejuros da dívida pública. No período avalia-do (1996 a 1998), as despesas com os paga-mentos efetuados a inativos e pensionis-tas aumentaram de 40% em 1996 para 42%em 1997, chegando a cerca de 44% em 1998.

O pagamento dos juros das dívidas in-terna e externa consumiu, no ano de 1998,cerca de 19% do total das despesas. Emtermos de comparação, do total arrecada-do pelo governo, cerca de 1% foi destina-do a programas de Meio Ambiente, Habi-tação/Urbanismo e Cultura/Desportos. ASaúde ficou com 5,32 e a Educação, 3,07.

Talvez todos estes números expliquemos sucessivos recordes de arrecadação daReceita Federal ou o empenho do gover-no em adiar a Reforma Tributária. O ladoruim desta história é bem definido peloadvogado Celso Botelho: “diferentemen-te de outros países, como na Escandinávia,por exemplo, não vemos o retorno”.

Colaborou: André Luiz de Andrade

Celso Botelho de Moraes:“se traçarmos uma linhaimaginária, com uma cargatributária suportável,todos pagam”

Sauro Henrique de Almeida,diretor de Relações doTrabalho e AssuntosLegislativos da Fenacon

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10 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 73

Pagamento ou recolhimentofora dos prazos

Lei nº 9.430, de 1996, art. 61

Multas de Lançamento de Ofício

falta de pagamento ourecolhimento, pagamento ou

recolhimento após o vencimentodo prazo, sem o acréscimo de

multa moratória, de falta dedeclaração e nos de declaração

inexata

nos casos de evidente intuito defraude, definido nos arts. 71, 72 e

73 da Lei nº 4.502, de 1964,independentemente de outraspenalidades administrativas ou

criminais cabíveis.

75%

150%

DIPJ entregue após otérmino do prazo fixado

IRPF entregue após otérmino do prazo fixado

Multa de 1% ao mês ou fração, limitada a 20% do valordo imposto devido. O valor mínimo da multa é de R$414,35, inclusive para as pessoas jurídicas que nãotenham apurado imposto de renda devido, na DIPJ.

Multa de 1% ao mês ou fração, limitada a 20% do valordo imposto devido. O valor mínimo da multa é de R$165,74, inclusive para as pessoas físicas que não

tenham apurado imposto de renda devido, naDeclaração de Ajuste Anual.

Lei n° 8.981, de 1995, art.88, § 1°

Decreto n° 3.000, de 1999,art. 964

Lei nº 9.430,de 1996, art. 44

MULTAS RELATIVAS AO NÃO CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES PRINCIPALE ACESSÓRIAS IMPOSTAS PELA LEGISLAÇÃO FEDERAL

0,33% por dia de atraso, limitado a20% do valor do imposto devido

Infrações às normas relativas àprestação de informações

Lei nº 8.981, de 1995, art.86, § 2º, e Lei nº 9.249, de

1995, art. 30

Não fornecimento aosbeneficiários, dentro do prazo, oufornecimento, com inexatidão, do

documento comprobatório deretenção na fonte.

Deixar de prestar aos órgãos daSRF, no prazo legal, informaçõessobre os rendimentos pagos oucreditados, bem como o imposto

retido na fonte.

DCTF - Falta de apresentação, entregafora do prazo ou irregularidades no seu

preenchimento

* R$ 5,73 para cada grupo de cinco informaçõesinexatas, incompletas ou omitidas

* R$ 57,34 ao mês calendário ou fração, se o formulárioou outro meio de informação padronizado, for

apresentado após o período determinado

Multa de R$ 5,73 para cada grupo ou fração de cincoinformações inexatas, incompletas ou omitidas,

apuradas ex-officio nas declarações referentes a cadaperíodo de apuração

Art. 11, §§ 2° e 3°, doDecreto-lei n° 1.968/82, coma redação dada pelo art. 10do Decreto-lei n° 2.065/83;art. 3°, inciso I, da Lei n°8.383/91; art. 30 da Lei n°9.249/95; e art. 6° da IN

SRF n° 126/98

Lei nº 8.981, de 1995, art.86, § 2º, e Lei nº 9.249, de

1995, art. 30

R$ 41,43 por documento

Multa de R$ 57,34 por mês-calendário ou fração deatraso, independentemente da sanção anterior, se a

declaração não for apresentada, se for apresentada forado prazo ou no caso de declaração complementar

Multa de R$ 57,34 por mês-calendário ou fração de atraso,independentemente da sanção do número I, para a DCTF

entregue dentro do prazo, cujo disquete apresenteproblemas de ordem física ou técnica que impossibilite aleitura dos dados nele contidos e não seja substituído noprazo estipulado pela Secretaria da Receita Federal; cada

nova rejeição do disquete, independentemente da dataoriginal de sua apresentação, implicará o pagamento damulta correspondente ao período compreendido entre a

última e a nova apresentação intempestiva;

Fonte: Marpe ContadoresAssociados S/C Ltda

MULTA FUND. LEGALINFRAÇÃO

sistema tributário

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 73 - 11

Copan

MULTA (%)50% - todos os casos

10% - recolhimento espontâneo.20% - recolhimento até 15 dias da data da notificação do débito.30% - acordo para parcelamento.60% - demais casos.

40%

10% - contribuições em atraso não incluídas em notificação de débito.20% - valores pagos até 15 dias da data da notificação do débito.30% - valores pagos mediante parcelamento até 15 dias da notificação do débito30% - valores incluídos em notificação do débito objeto de parcelamento.60% - valores pagos em quaisquer outros casos

I - pagamento, após o vencimento de obrigação incluída em notificaçãofiscal de lançamento:4% - mês de vencimento7% - mês seguinte ao vencimento.10% - apartir do segundo mês do vencimento

II - pagamentos incluídos em notificação fiscal:12% - até quinze dias da notificação.15% - após o décimo quinto dia da notificação.20% - até 15 dias da descisão do Conselho de Recursos da Previdência Social em caso de recurso.25% - após 15 dias da descisão do Conselho de Recursos da Previdência Social em caso de recurso.

III - pagamento do crédito inscrito em Dívida Ativa:30% - quando não tenha sido parcelamento.35% - se houve parcelamento.40% - após o ajuizamento da execução fiscal se o crédito não foi objeto de parcelamento.50% - após ajuizamento da execução fiscal se o crédito foi objeto de parcelamento.

I - pagamento, após o vencimento de obrigação não incluída emnotificação fiscal de lançamento:

I.a. - não declaradas na GFIP:8% - mês de vencimento.14% - mês seguinte ao vencimento.20% - apartir do segundo mês após ao do vencimento.I.b. - declaradas na GFIP:4% - mês de vencimento.7% - mês seguinte ao vencimento.10% - apartir do segundo mês após ao do vencimento.

II - pagamentos incluídos em notificação fiscal de lançamento:II.a. - não declaradas na GFIP:24% - até quinze dias da notificação.30% - após o décimo quinto dia da notificação.40% - até 15 dias da descisão do Conselho de Recursos da Previdência Social em caso de recurso.50% - após 15 dias da descisão do Conselho de Recursos da Previdência Social em caso de recurso.

II.b. - declaradas na GFIP:12% - até quinze dias da notificação.15% - após o décimo quinto dia da notificação.20% - até 15 dias da descisão do Conselho de Recursos da Previdência Social em caso de recurso.25% - após 15 dias da decisão do Conselho de Recurso da Previdência Social em caso de recurso.

III - pagamento do crédito inscrito em Dívida Ativa:

III.a. - não declaradas na GFIP:60% - quando não tenha sido parcelamento.70% - se houve parcelamento.80% - após o ajuizamento da execução fiscal se o crédito não foi objeto de parcelamento.100% - após ajuizamento da execução fiscal se o crédito foi objeto de parcelamento.

II.b. - declaradas na GFIP:30% - quando não tenha sido parcelamento.35% - se houve parcelamento.40% - após o ajuizamento da execução fiscal se o crédito não foi objeto de parcelamento.50% - após ajuizamento da execução fiscal se o crédito foi objeto de parcelamento.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Lei nº 7.787/89Art. 10

Lei nº 8.218/91

Lei nº 8.383/91Art.61

Medida Provisória nº1.571.01/97

Art.35

Lei nº 9.876/99Art.1º

MÊS/ANOaté 08/89

de 09/89a 07/91

de 08/91a 11/91

de 12/91a 03/97

de 04/97a 10/99

de11/99em diante

TABELAS DE MULTAS PELO NÃO PAGAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES DEVIDAS PARA A PREVIDÊNCIA SOCIAL

Fonte: Marpe ContadoresAssociados S/C Ltda

PRINCIPAIS MULTAS IMPOSTAS ÀS INFRAÇÕES DA LEGISLAÇÃO DO TRABALHO

INFRAÇÃO MULTA (em UFIR) Fundamentação Legal

Falta da anotação da CTPS 378,2847 CLT, art. 54

Obrigatoriedade da CTPS 378,2847 CLT, art. 55

Extravio ou inutilização CTPS 189,1424 CLT, art. 52

Anotação indevida da CTPS 378,2847 CLT, art. 435

Não pagamento de verbas 160,0000 CLT, art. 477, § 8ºrescisórias no prazo previsto

Vale-transporte 160,0000 Lei nº 7.855/89, art. 3º

Falta registro de empregado 378,2847 CLT, art. 47

Falta de atualização LRE/FRE 189,1424 CLT, art. 47 páragrafo único

Trabalho do menor 378,2847 CLT, art. 434(criança e adolescente)

Atraso pagamento de salário 160,0000 Lei nº 7.855/89, art. 4º

13º salário 160,0000 Lei nº 7.855/89, art. 3º

Entrega de CAGED 4,2000 Lei nº 4.923/65, art. 10,com atraso de 30 dias parágrafo único

Entrega de CAGED 6,3000 Lei nº 4.923/65, art. 10,com atraso de 31 a 60 dias parágrafo único

Falta de CAGED/Entrega 12,6000 Lei nº 4.923/65, art. 10

com atraso acima de 60 dias

Mínimo Máximo

Duração do Trabalho 37,8285 3.782,8472 CLT, art. 75

Salário Mínimo 37,8285 1.513,1389 CLT, art. 120

Trabalho da mulher 75,6569 756,5694 CLT, art. 401

Contribuição Sindical 7,5657 7.565,6943 CLT, art. 598

Falta de depósito do FGTS 10,0000 100,0000 Lei nº 8.036/90, art.23, § 2º,’b’

Não entrega no prazo previsto,entregar com erro, omissão ou 400,0000 40.000,0000 Lei nº 7.998/90, art. 25declaração falsa da RAIS

Fonte: Marpe Contadores Associados S/C Ltda

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12 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 73

à luz do direito

A Receita Federal vem enviando a milha-res de contribuintes autos de infração resul-tantes de auditoria realizada nas DCTFs (De-clarações de Contribuições e Tributos Fe-derais), onde, em muitos casos, ocorrerampequenos erros de fato relacionados comos recolhimentos.

Como a legislação tributária brasileira éextremamente complexa, instável e insegu-ra, o seu cumprimento vem se tornando cadavez mais difícil, pois os contribuintes muitasvezes não conseguem acompanhar suas al-terações, inclusive no que diz respeito aosdiversos prazos de recolhimento dos inú-meros tributos a que estão sujeitos. Essesprazos mudam com muita freqüência, de talforma que mesmo as empresas bem organi-zadas correm o risco de, involuntariamente,cometerem irregularidades.

Em praticamente todas as obrigações co-merciais e civis tem sido admitido que se oseu vencimento ocorrer em dia não útil (sá-bado, domingo, feriado) prorroga-se auto-maticamente para o dia útil imediato. Mas alei fiscal diz que os tributos federais devemser antecipados. O governo que não de-volveu os empréstimos compulsórios des-de 1986, que não devolve com rapidez oimposto de renda retido na fonte a maior,que não paga pontualmente as suas dívi-das, exige que o contribuinte antecipe orecolhimento do tributo, numa evidente vi-olação ao princípio da isonomia, cláusulapétrea de nossa Constituição.

E assim, com fundamento nos artigos43 e 44 da lei 9.430/96, a Receita Federalvem lavrando autos de infração onde co-bra uma tal ‘multa isolada’ ali prevista, fi-xada em 75% do valor do tributo, mesmoque este tenha sido pago de boa fé, um oudois dias depois do vencimento que foi‘antecipado’ pela ocorrência do dia nãoútil. E não cobra apenas essa ‘multa isola-da’, mas também exige a multa pelo atraso,acrescida dos juros pela taxa ‘selic’.

Embora essa ‘multa isolada’ seja previstaem lei - aliás uma das muitas leis que o Con-gresso aprovou sem ler, sem discutir, semsaber o que estava fazendo -, ela é absoluta-

mente incompatível com qualquer noção deJustiça, com qualquer princípio moral, vio-lando claramente o preâmbulo da Constitui-ção vigente.

Confisco

Quando a nossa Carta Magna foi promul-gada, os constituintes, em nome do povobrasileiro, diziam instituir um estado demo-crático destinado a assegurar, dentre outros,“...a igualdade e a justiça como valores su-premos de uma sociedade fraterna ...”, parao que invocaram “...a proteção de Deus...”.

A Lei 9430/96, ao viabilizar uma ‘multaisolada’ com efeito confiscatório, que oFisco exige cumulativamente com outra,nega vigência aos primeiros 5 artigos daConstituição e não pode ser utilizadacomo vem sendo.

Determinada empresa, que recolheu comum único dia de atraso o tributo que enten-dia vencido naquela data, recebeu um autode infração onde, apesar de ter pago expres-siva importância (que aliás não sabemos se

corretamente aplicada), é aplicada uma mul-ta por atraso de cerca de R$ 1 mil e uma‘multa isolada’ de quase R$ 120 mil, que ul-trapassa o seu próprio patrimônio.

A Constituição no artigo 150, IV, fazreferência apenas ao tributo, quando pro-íbe sua cobrança com efeitoconfiscatório. Todavia, a jurisprudênciae a doutrina entendem perfeitamente apli-cável às multas a mesma limitação.

Proporcionalidade

Nesse sentido é a decisão do TribunalRegional Federal da 1ª Região (DJU de 20/8/99, página 341): “A multa, a pretexto dedesestimular a reiteração de condutasinfracionais, não pode atingir o direito depropriedade, cabendo ao Poder Legislativo,com base no princípio da proporcionalidade,a fixação dos limites à sua imposição. Ha-vendo margem na sua dosagem, a jurispru-dência, com base no mesmo princípio, tem,no entanto, admitido a intervenção da auto-ridade judicial”.

Ou seja: a Justiça pode, constatando quea multa é confiscatória, interferir no lança-mento e adequá-la aos princípios constitu-cionais que mencionamos. Por outro lado,parece-nos óbvio que, lavrada a multa peloatraso, que não pode ser superior a 20%,uma outra multa, chamada de ‘isolada’, nãopode prevalecer e atingir a mais 75% do mes-mo tributo!

Ainda que seja legal essa multa, porqueprevista em lei, trata-se de leiinconstitucional, iníqua, injusta, que qual-quer congresso sério deveria ter vergonhade aprovar e qualquer governo igualmentesério mais vergonha ainda de aplicar!

Também o Superior Tribunal de Justiça, noProcesso 1998.010.00.50151-1, decidiu que:

Multas confiscatórias:o caso das DCTFs

“Trata-se de lei inconstitucional,

iníqua, injusta, que qualquer

congresso sério deveria ter vergonha

de aprovar e qualquer governo

igualmente sério mais vergonha

ainda de aplicar!”

“Essa enxurrada de autuações

feitas pelo Fisco Federal

está criando uma série

de dificuldades para os

contribuintes, que serão

obrigados a defender-se

administrativa ou judicialmente,

abarrotando ainda mais nossa

Justiça Federal”

* Raul Haidar

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 73 - 13

“Não é confiscatória multa de 20%, inferior apercentual maior (30%) considerado razoávelpelo STF (RE 81.550-MG, in RTJ 74/319)”. Veja-se que o STJ, embora não tenha discutido atal ‘multa isolada’ de 75%, adotou umparâmetro de 20% para considerar como nãoconfiscatória a multa por infração fiscal.

NotificaçãoHá ainda uma outra questão a ser levan-

tada nessa enorme quantidade de autos deinfração que recentemente o Fisco Federalenviou a milhares de contribuintes: o decre-to 70.235/75, que regula o processo adminis-trativo fiscal, em seu artigo 11 determina queo contribuinte, antes de ser autuado, deveser previamente notificado, para que possadefender-se. Isso é norma prevista no artigo5º, inciso LV, da Constituição, que trata dodevido processo legal.

O 1º Conselho de Contribuintes, órgãojulgador da 2ª instância administrativa noâmbito do Ministério da Fazenda, já decidiu

que: “Tendo a infração sido averiguada me-diante revisão da declaração, realizada noâmbito da repartição lançadora, o lançamen-to deve ser feito mediante notificação, con-forme o artigo 11 do decreto 70.235/72”(acórdão n.º 101-79.888/90, Diário Oficial daUnião de 05/06/90).

Essa enxurrada de autuações feitas peloFisco Federal está criando uma série de difi-culdades para os contribuintes, que serão

obrigados a defender-se administrativa oujudicialmente, abarrotando ainda mais nos-sa Justiça Federal. E, como certamente algu-ma alta autoridade dirá, pode surgir uma nova‘indústria de liminares’...

* Raul Haidar é advogado tributaristae conselheiro da OAB-SP

[email protected] publicado originalmente nos portais

www.tributario.com e www.conjur.com.br

Tributário.comA Fenacon, em parceria com o site

Tributário.com, ofereceu gratuitamente, no fi-nal de 2001, assinatura anual da revista digitalaos primeiros 50 inscritos, associados dos sin-dicatos filiados. A revista Tributario.com foicriada em outubro de 1999, garantindo confia-bilidade e rapidez na disponibilização das in-formações da área tributária.

O site oferece um amplo leque de informa-ções, divididas em seções, tais como: doutri-nas, notícias, jurisprudência, normas federais,estaduais e municipais, publicadas nos diários

oficiais, agenda tributária e divulgação de cur-sos e eventos. A atualização da revista é diária.O portal oferece ainda aos assinantes serviços,como: boletins informativos, endereço eletrô-nico, downloads, links para sites nacionais eestrangeiros e ferramenta de busca.

Entre os colaboradores do site, nomes comoo do deputado federal, Marcos Cintra, profes-sor e vice-presidente da FGV, mestre em Pla-nejamento Regional e doutor em Economia,pela Universidade de Harvard (EUA). Para bre-ve, o portal promete oferecer aos assinantesparticipação em grupos de debates, para a dis-cussão de temas atuais.

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14 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 73

gps eletrônica

A Portaria do Ministério da Previdênciade n º 2.744, editada em 27 de julho de 2001,estabelecia o último dia primeiro de dezem-bro como data limite para que todas as em-presas passassem a recolher a Guia de Pre-vidência Social por meios eletrônicos. Inici-ava-se uma batalha de quase um semestreentre micros e pequenas empresas, lideradapela Fenacon, contra esta norma do INSS.

A alegação da entidade sempre foi a dis-crepância entre a determinação da normae a realidade de muitas empresas brasilei-ras, que sequer possuem terminais de com-putador ou contas bancárias para aefetivação dos débitos em conta-correntee muito menos apresentação de dados viaInternet. A GPS eletrônica havia, de certamaneira, se tornado uma dor de cabeça paraempresários e arrecadadores.

No último mês de dezembro, a coorde-nadora de arrecadação do Ministério daPrevidência Lieda de Souza, já sinalizavaem audiência pública - realizada para dis-cutir aspectos relacionados ao aprimora-mento da legislação tributária propostospela Fenacon (ver matéria na RFS 72) -,que a postura do governo iria mudar. Acoordenadora adiantou na ocasião que oministério já havia criado um grupo de es-tudos para analisar a possibilidade deflexibilização da medida. A primeira indi-cação de mudança foi o anuncio de que o

prazo previsto na portaria seria prorroga-do novamente, dessa vez, para primeirode janeiro.

Justificativas

O INSS teve seus motivos para se man-ter firme nesta queda de braço ao longo dosegundo semestre do ano passado. Segun-do o secretário-executivo do Ministério daPrevidência, José Cechin, a necessidade deimplementação desta nova modalidade dearrecadação (via meios eletrônicos) baseia-se, além da modernização, na agilidade e nadiminuição da margem de erros de digitaçãoe apresentação dos dados.

A coordenadora Lieda Amaral Souza,vai um pouco mais longe, apre-sentando números. De acordocom ela, os bancos cobram emmédia R$ 1,30 para recolher aGPS por meios impressos, en-quanto por meios eletrônicoseste custo cai para R$ 0,60 porguia apresentada.

Redução

O secretário-executivo daPrevidência, José Cechin, in-formou à Revista Fenacon em

Serviços, através da assessoria de im-prensa do ministério, que a mudançafoi necessária em decorrência da Re-solução n º 2.878 do Conselho Mo-netário Nacional que garante ao con-tribuinte o pagamento de seus débi-tos na boca do caixa bancário. Diz oartigo 15 da Resolução: “fica vedadoàs instituições financeiras negar ourestringir aos clientes e ao públicousuário atendimento pelos meiosconvencionais, inclusive guichês decaixa, mesmo na hipótese de atendi-mento alternativo ou eletrônico”.

Caso mantivesse a obrigatoriedade dopagamento da GPS por meios eletrôni-cos, INSS estaria infringindo, portanto,juntamente com os bancos, as normasdo CMN. Até o dia 10 de janeiro, data defechamento da edição, nada constavasobre a mudança no site do Ministérioda Previdência.

“Estas são boas notícias para os microe pequenos empresários de diversas re-giões brasileiras, que ganham fôlego parase adequarem às transformações do mun-do informatizado. Os dados eletrônicosinquestionavelmente vieram para ficar, masé preciso que seja respeitada a realidadedo país”, destacou o presidente daFenacon, Pedro Coelho Neto.

Obrigatoriedade de GPS eletrônicase contrapõe à norma do CMN

Por Márcio Sampaio de CastroPrevidência voltaatrás e mantémpagamentoda GPS tambémpor meios impressos.Mudança atendereivindicaçãoda Fenacon Lieda Amaral Souza: redução de custos para

a Previdência, com a GPS eletrônica

Pedro Coelho Neto:“é preciso respeitar a realidade do País”

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 73 - 15

FENAINFO

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16 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 72

simples

Ao propor junto ao governo federal aampliação da base de empresas optantespelo Simples, a resposta mais recorrenteque chega à Fenacon e outros interes-sados nas mudanças, dá conta da possí-vel perda de arrecadação, principalmen-te por parte do INSS. A alegação é deque a ampliação implicaria em uma perdade R$2,6 bilhões só no primeiro ano desua implementação.

Sensível aos argumentos do poder públi-co, mas também atenta às necessidades deseus filiados, a diretoria da Fenacon enco-mendou uma pesquisa com o objetivo deapresentar alternativas concretas para esteimpasse. No último dia 13 de dezembro, aentidade, através da pessoa de seu presi-dente, Pedro Coelho, convocou uma entre-vista coletiva em sua sede de São Paulo paraapresentar os resultados obtidos.

Preocupaçãosem fundamento

A pesquisa foi enviada a mil empresasassociadas, escolhidas aleatoriamente.Destas, 505 responderam ao questionárioproposto, que tinha como objetivos prin-cipais analisar o perfil das mesmas e asrelações entre tributação, quadro de pes-soal e viabilidade econômica. As empre-sas que participaram da pesquisa estãodistribuídas em 78,81% como devidamen-te constituídas na forma de sociedadescivis, enquanto 21,19% correspondem aescritórios individuais.

Particularmente em relação ao Simples,as empresas entrevistadas foramconvocadas a se manifestar sobre os pos-síveis efeitos que a opção por este siste-ma teria, por exemplo, sobre o quadro fun-cional. O resultado seria um aumento de29,61% no nível de contratações. Isto por-que a carga tributária, que tanto onera os

empregadores, seria sensivelmente redu-zida. Se, por um lado, o governo perderiacom a redução das alíquotas praticadas apartir do Lucro Presumido, por outro ga-nharia com o aumento da base de arreca-dação. Outro dado interessante refere-seao fato de mais de 80% das entrevistadasmostrarem-se dispostas a optar pelo Sim-ples, caso pudessem.

A pesquisa apurou que a percepção damaioria se alinha com a idéia de que umatributação simplificada também facilitaria osprocessos de fiscalização, escrituração e te-ria como conseqüência o incremento da aber-tura de empresas, uma vez que as dificulda-des burocráticas propostas atualmente ser-vem também como fator de inibição. Ou seja,muitos – entre empregadores e empregados- sairiam da economia informal para entrarno quadro de arrecadação da Previdência eda Receita.

Alguns números

Os especialistas do INSS alegam quea empresa, ao recolher uma alíquota fixade 4%, em média (dependendo do fa-turamento), pelo regime Simples, oneraa Previdência no longo prazo, pois, no

Pesquisa realizada pela Fenacon indica viabilidade tributária deadoção do Simples para prestadoras de serviços. Sistemaaumentaria contratações formais de trabalhadores, assim como abase de empresas contribuintes. Perda de arrecadação, grandetemor da Receita Federal e da Previdência, não ocorreria

0

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

2,29 7,74 2,38S/ SIMPLES C/ SIMPLES

2,32 10,03 2,51

NÚMERO DE SÓCIOS NÚMERO DE EMPREGADOS NÚMERO DE ESTAGIÁRIOS

16,24%

1,58%

SIM = 415 empresasNÃO = 82 empresas

NÃO RESPONDERAM = 08 empresasTOTAL = 505 empresas

82,18%

Avaliação do quadro de pessoal - média

S/ SIMPLES C/ SIMPLES VARIAÇÃO %Número de Sócios 2,29 2,32 1,56%Número de Empregados 7,74 10,03 29,61%Número de Sócios 2,38 2,51 5,58%

Empresas que optariam pelo SIMPLES

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 72 - 17

caso de outros regimes de tributação, orecolhimento é feito a partir da folha depagamento. Para este argumento, aFenacon apresenta como sugestão a re-visão das alíquotas.

Por exemplo: uma microempresa comfaturamento mensal de até R$ 60 mil pas-saria dos atuais 3% para 4,8% e assim su-cessivamente, de acordo com o tamanhoda empresa. O resultado seria uma redu-ção na evasão de tributos e um aumentode até 60% na arrecadação previdenciária.

Além de disponibilizados para a impren-sa e a sociedade em geral, os resultados dapesquisa foram apresentados aos congres-sistas e aos técnicos da Receita e da Previ-dência. Segundo o presidente da Fenacon,Pedro Coelho Neto, a expectativa é que,munido de dados e propostas concretasrepresentados por esta pesquisa, o poderpúblico possa ampliar a extensão do regimetributário do Simples, “o que poderá vir ase constituir em um grande fator de desen-volvimento social para um país que tem boaparte de sua mão de obra e produção tran-sitando pela economia informal”.

SUGESTÃO DE ALÍQUOTAPARA O SIMPLES

FAIXAS ALÍQUOTAS ALÍQUOTAS ATUAIS SUGERIDAS

MICROEMPRESAATÉ 60.000 3,00% 4,80%

DE 60.000 ATÉ 90.000 4,00% 6,40%

DE 90.000 ATÉ 120.000 5,00% 8,00%

EMPRESA DE PEQUENO PORTEDE 120.000 ATÉ 240.000 5.40% 8,64%

DE 240.000 ATÉ 360.000 5,80% 9,28%

DE 360.001 ATÉ 480.000 6,20% 9,92%

DE 480.001 ATÉ 600.000 6,60% 10,56%

DE 600.001 ATÉ 720.000 7,00% 11,20%

DE 720.001 ATÉ 840.000 7,40% 11,84%

DE 840.001 ATÉ 960.000 7,80% 12,48%

DE 960.001 ATÉ 1.080.000 8,20% 13,12%

DE 1.080.001 ATÉ 1.200.000 8,60% 13,76%

MASTERMAQ

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18 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 73

tecnologia da informação

É comum, no princípio de cada ano, fa-zermos um balanço do que melhorou oupiorou nossas vidas no ano que passou,para traçarmos uma nova meta no corren-te exercício. Vou descrever uma boa partedo que a tecnologia que utilizo melhorou eagilizou meus trabalhos e o meu lazer. Pri-meiro, insisto que todos os profissionaisliberais e agora também os estudantes de-vem procurar meios para adquirir umlaptop. Na era atual, para uma boa coloca-ção e valorização no mercado de trabalhoé fundamental andarmos com este apare-lho ao nosso lado, na empresa e na escola.

Estes equipamentos devem ser manti-dos sempre atualizado com as principaisferramentas de trabalho, como, por exem-plo, o Windows, MS Office, StarOffice(freeware), Internet Explorer ecomunicadores instantâneos (ICQ, MSNMessenger, etc..).

Entendo perfeitamente que um laptopé um sonho de consumo para muitas pes-soas, porém, algumas instituições finan-ceiras possuem linhas de crédito e meca-nismos que facilitam a aquisição destesequipamentos, a juros subsidiados.

Nos Estados Unidos, já é praxe um ci-dadão que faz um curso universitário oude pós-graduação ter na sala de aula, emsua mesa, uma tomada para conectar a fon-te e outra para conectar a placa de rede, afim de acessar a Internet e assistir a aulasinterativas. Lá, é claro, fica mais fácil, poisos laptops podem ser adquiridos até pormenos de U$ 1 mil. Aqui, os preços são apartir de R$ 3,5 mil.

As Faculdades Trevisan já exigem queos alunos ao se matricularem enviem olaptop para a configuração. Isto é umagrande revolução tecnológica nas facul-dades brasileiras.

Informação

Associe-se a um provedor que possibi-lite o acesso nas principais cidades doBrasil (UOL, Terra, dentre outros), pois osprovedores gratuitos deixam muito a de-sejar. É uma obrigação que saibamos dasnotícias pertinentes às nossas áreas deatuação, pois são muito importantes paraas nossas decisões. Hoje, com o acúmulode serviços, cada vez temos menos tempopara ler os principais jornais. Por isso, de-vemos receber os resumos das notícias(clippings).

Para quem atua na área tributária, é fun-damental receber diariamente boletins in-formativos sobre mudanças na legislaçãotributária, tais como:

a. Fenacon (Press Clipping - links diári-os com as principais notíciaspublicadas nos jornais e portais dogoverno, pertinentes a área tributá-ria - www.fenacon.org.br);

b. Tributario.com (portal especializadoem direito tributário contendo diver-sos pareceres jurídicos das maioresautoridades em direito tributário doBrasil - www.tributario.com);

c. IOB Thomson (newsletter com infor-mações sobre as principais matériasque serão veiculadas nos boletinsIOB - www.iob.com.br).

Para as demais áreas de atuação, exis-

Por Nivaldo Cleto*

tem outros informativos, como, por exem-plo, o CNOL Online, que envia diariamen-te um clipping com as principais notíciasdo governo, economia, esportes, lazer evariedades (www.cnol.com.br ).

Comunicação

Outro serviço importante que a Internetpropicia gratuitamente são os grupos de dis-cussão (http://br.groups.yahoo.com). Vocêpode criar grupos de pessoas com as quaishá uma troca de informações em tempo real,dentre outros diversos serviços, como, porexemplo, grupo de clientes da sua empresa,condôminos do seu prédio, funcionários ecolaboradores, colegas de faculdade etc. ...

O dinamismo do eGroup permite a nós,diretores da Fenacon, trocamos em média400 mensagens por mês para as tomadasde decisões na entidade.

Já o comunicador instantâneo MSNMessenger (http://messenger.microsoft.com/pt/) permite-me ficar ligado em tem-po real com cerca de 40 colaboradoresimportantes no andamento dos meus tra-balhos. Para vocês terem uma idéia daimportância deste serviço, enquanto es-crevi esta coluna conversei instantanea-mente com colaboradores e parceiros deSalvador, Santa Catarina, Espírito Santo,Jandira e São Paulo. As conversas de-vem ser rápidas e objetivas.

Organização

Das agendas virtuais existentes naInternet, finalmente descobri uma queatende perfeitamente às minhas necessi-dades: é a agenda da Yahoo! (http://br.calendar.yahoo.com /yc/br). Com ela,finalmente consigo fazer com que minhasassistentes agendem meus compromissosde locais diferentes, com atualizações emtempo real, não permitindo haver mais deum compromisso no mesmo período.

Outros portais que fornecem serviços

O que a tecnologia facilitoua minha vida em 2001 e o queesperar para 2002

Foto

: Alex

Sali

m

Presença virtual: Dequalquer parte do País edo mundo, o empresárioNivaldo Cleto, pode acessar e-mails, ler asnotícias e conversar com a equipe detrabalho, através de programas decomunicação instantânea. Na foto, reuniãode equipe, onde um rádio (no detalhe)transmite o acesso à web para todos laptopsque tenham uma placa de conexão wirelessna sala ou num raio de 200 metros. NoBrasil, já está se tornando rotina o acesso àInternet via wireless (rede sem fio)

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 73 - 19

semelhantes são o www.elefante.com.bre o www.hands.com.br (exclusivo parausuários handheld), porém, com váriasdificuldades de acesso no decorrer de2001, desistimos e mudamos para aAgenda do Yahoo!.

Outra ferramenta por mim utilizada e queestá disponível para as grandes metrópo-les do Brasil nas Regiões Sudeste e Sul é omapa de ruas (www.apontador.com.br) quefaz um roteiro do percurso (desde o localde saída até o de chegada), com a condu-ção, a distância, custo do táxi, passo a pas-so para ir a pé, e gera um mapa que vocêtransfere para sua handheld (agenda ele-trônica Palm ou similares).

Comodidade

Não tem mais tempo de ir ao Shoppingou na loja comprar algum produto indis-pensável? Visite os portais (www.submarino.com.br, www.americanas.com,www.buscape.com.br, www.kalunga.com.br) e os grandes magazines, pois todos jápossuem os portais eCommerce e boa par-te deles está facilitando em até 10 vezessem juros no cartão de crédito. Em São Pau-lo, a entrega é feita em até dois dias úteis.Deletem da mente aquele medo de utilizarcartões de crédito na Internet, pois os sitesdas lojas de renome são bastante seguros.

Com relação aos serviços bancários,hoje, só vai ao banco quem quer passear.Todos estão diminuindo os espaços físi-cos das agências, já que as contas podemser pagas via Internet e o cartão de créditoe de débito está substituindo em massa opapel moeda, graças aos programas de fi-delidade oferecendo descontos, milha-gens, prêmios, etc. ...

Diversão

Vamos agora falar um pouco de lazer.Caso queira saber sobre as condições cli-máticas e ver através de câmeras instala-das nos diversos pontos turísticos do Bra-sil, para aquele passeio de final de sema-na, visite o site http://www.centraldotempo.com.br/ (neste instante estou visualizandoa maravilhosa praia de Pitangueiras, noGuarujá-SP, lotada de gente, com céu e solmaravilhosos). Há também câmeras insta-ladas nas principais cidades do mundo.

Músicas em MP3 foram a principal ve-

dete de 2001 até que os tribunais interna-cionais punissem o Napster. Porém, nãohá tribunal no mundo que consiga domi-nar este fenômeno na Internet, já que, apósa decisão da Justiça, já apareceram cente-nas de programas e sites, permitindo fa-zermos downloads gratuitos (www.musiccity.com). Sem contar que agora com atecnologia p2p (ponto a ponto) a moçadapassa a noite trocando filmes que estãosendo lançados em Hollywood para as-sistir nos seus PCs (programa Morphewsencontrado no site musiccity).

Para comprar tickets de cinemas, tea-tros, shows, eventos culturais e parquestemáticos pela Internet e recebê-los emcasa sem a intermediação de cambistas,entre no portal www.ticketmaster.com.br.Parece que a grande maioria das coisasque fazemos está disponível na granderede e incorporada ao nosso dia a dia. Façaum teste! Pense em algo físico e veja sevocê pode ou não adquirir isto na Internet.

2002

A principal tendência para 2002 é amassificação da Internet em banda larga, in-clusive nas residências. A telefonia celularestá implantando uma nova geração, cha-mada 2,5 G, que transmite dados 10 vezesmais rápidos que o sistema wireless (waaap),pois consultar email no celular atualmente éhorrível e muito demorado. Esta tecnologiamantém os celulares online o tempo todo.Só resta saber quais serviços estarão dispo-níveis para estes novos aparelhos.

Não fiquem impressionados se pesso-as estiverem acessando a web com seuslaptops no meio dos parques ou nas salasde espera dos aeroportos com conexãosem fio (wireless), pois, nos USA, já é umaprática comum. O PC popular estará inva-dindo os lares brasileiros nas camadas demenor renda, popularizando ainda mais asua utilização.

Os locais que não têm acesso a web emalta velocidade irão se beneficiar com umproduto lançado recentemente: o acessovia satélite, com antena do sistema seme-lhante ao Sky. A empresa Star OneEasyBand (http://sites-oracle.datamidia.com.br/starone/prehome.html) prometeconexão com velocidade média de recep-ção de 100 kbps, no caso de acesso paraapenas um PC, ou com velocidade média

de repecção de 200 kbps, em caso de em-presas ou home offices com até 10 compu-tadores conectados em rede.

A velocidade máxima oferecida é de 500kbps em ambos os casos e a linha telefôni-ca do usuário fica livre o tempo todo. Osatélite utilizado para conexão à web pelaempresa fica a 36 mil quilômetros de altitu-de. Como não consigo deixar passar embranco este tipo de novidade, estou tes-tando pessoalmente este serviço fora dacapital e em breve darei maiores detalhesdos resultados obtidos.

Empresa virtual

A plataforma Linux é atualmente um dossistemas operacionais que mais cresce noplaneta, com uma base de usuários estima-da na casa dos milhões, incomodando pordemais o Império Microsoft. Atualmente, écomum o uso do Linux em servidores dearquivos e de Internet em geral.

Os cursos online e as videoconferên-cias estarão cada vez mais ao alcance denós empresários e profissionais liberais,já que os conselhos de classe e o governoestão investindo nestes tipos de serviços.

Diversas empresas também estão ofe-recendo o serviço de escritório virtual,onde seus clientes acessam a base de da-dos e obtêm balancetes, funcionários, li-vros fiscais, imagens de guias, contratose documentos, tudo via Web. Neste ano,pude testar o Virtual Office da Prosoft. Creioque quando proliferar a utilização da BandaLarga este serviço estará agregado à rotinadas nossas empresas. Tecnologia e Internet:não dá para viver no mundo produtivo semesta dupla dinâmica. Feliz 2002 !!!!!

Nivaldo Cleto é empresário contábil ediretor de Tecnologia da Fenacon

E-mail: [email protected]

placa de conexão wireless

Foto

: Alex

Sali

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20 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 73

Star Office pode ser adotadopela Câmara FederalMatéria na Revista Fenacon em Serviços motivou deputado a pedir estudo visando autilização do sistema pelos serviços de informática da Casa

Leis de incentivoà cultura

Das mais de 4 milhões de pessoas físi-cas que fazem declaração de Imposto deRenda na forma não simplificada, somente2.728 destinam 6% do imposto a pagar paraincentivos culturais subsidiados pela LeiRouanet. De acordo com um estudo feitopela Delegacia do Ministério da Culturano Estado de São Paulo, apenas 0,06% doscontribuintes potenciais usam os benefí-cios da lei (...).

Segundo a responsável pela Delegaciado MinC em São Paulo, Valéria ZorgnoVorländer, 80% dos investimentos em cul-tura nos Estados Unidos são feitos porpessoas físicas. “Ninguém pensa que oaproveitamento do benefício da renúnciafiscal da União é um tipo de redistribuição

publicado e registrado

softwares

de renda, só que em favor do desenvolvi-mento cultural”, diz Valéria Vorländer.

“A lei de incentivo à cultura americanaé de 1917 e a nossa é de 1991, sendo quesó começou a ser implementada mesmoem 1995”, diz o advogado Fabio de SáCesnik, autor do Guia do Incentivo Cultu-ral, da editora Manole.

Valor EconômicoSão Paulo-SP

19/12/2001

Linux para pequenasempresas

A IBM quer encorajar programadores acriar softwares baseados no sistemaoperacional de código-aberto Linux parapequenas e médias empresas. O progra-ma, chamado ‘Linux Test Drive’, permitirá

que desenvolvedores de software testemaplicações para Linux pela Internet.

“Se você é um programador ou distri-buidor independente, isso possibilita vercomo funcionam os servidores iSeries daIBM, que são baseados em Linux”, disseTim Dallman, porta-voz da IBM.

A IBM lançou em abril uma campanhachamada ‘Paz, Amor & Linux’ para darapoio à adoção do Linux, sistemaoperacional gratuito cujo código de pro-gramação é aberto para quem quiserdesenvolvê-lo e modificá-lo. Segundo ana-listas, enquanto o Linux é bastante difun-dido nos servidores da Internet, a falta deaplicações para empresas dificulta suaadoção no mercado corporativo.

Folha OnlineSão Paulo-SP

18/12/2001

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Luiz Carlos Hauly

Sérgio de Almeida finaliza, destacandoque “tão logo sejam concluídos os estu-dos por parte do órgão técnico, e caso aopção seja pela utilização do programa, oassunto deverá ser novamente submetidoà apreciação do deputado, quanto aos as-pectos de conveniência e oportunidade”.No dia 19 de dezembro, o deputado Haulyenviou fax ao presidente da Fenacon,Pedro Coelho Neto, informando a iniciati-va tomada, a partir da matéria publicadana RFS.

secretário da Câmara Federal, deputadoSeverino Cavalcanti, o diretor geral daCasa, Sérgio Sampaio Contreiras deAlmeida, comunicou a avaliação feita peloCentro de Informática - Cenin. Segundo oórgão técnico, a adoção do software emtodos os computa-

dores da Câmara já está sendo estudada,mas acrescentou que “uma mudança des-sa natureza requer o treinamento de todosos usuários do parque de informática, ne-cessitando, portanto, de um planejamentoabrangente sobre a matéria”.

A partir do conhecimento da matéria‘Bom, bonito e de graça’, publicada naRevista Fenacon em Serviços, edição 70,outubro/2001, o deputado federal LuizCarlos Hauly (PSDB-PR) sugeriu ao presi-dente da Câmara dos Deputados, AécioNeves, estudos para a utilização do con-junto de aplicativos ‘Star Office’, similarao Office da Microsoft, pelos serviçosde informática da Casa.

Em anexo ao ofício n° 954/2001, tam-bém foi encaminhada cópia da reportagem,mostrando que o sistema vem sendo ado-tado com sucesso por diversas empresas.A grande vantagem é que os aplicativossão freeware, ou seja, gratuitos, e podemser baixados pela Internet, reduzindo enor-memente os custos para os usuários. Amatéria mostrou o caso do Metrô de SãoPaulo que optou pelo StarOffice, em 99,instalando-o em 1.300 terminais. A econo-mia chegou a R$ 500 mil ao ano.

Em atenção ao ofício do deputadoHauly, através da solicitação do primeiro-

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 73 - 21

Haroldo Santos Filho*

O sofrimento das empresasDo universo das associações de pes-

soas e instituições, as empresas comer-ciais são as mais novas, possuindo me-nos de 500 anos. Muito pouco compa-rado ao tempo de existência da civiliza-ção humana. Mesmo assim, pode-se afir-mar, sem medo de errar, que elas vierampara ficar.

Tanto é, que muitos são os estudos,em todo o mundo, que procuram identi-ficar as características das empresasmais longevas e, com isso, traçar umperfil que justifique seu aparente suces-so, pelo menos em questão de resistên-cia às mudanças do mercado.

Em 1997, Arie de Geus escreveu umadas mais importantes obras sobre a so-brevivência das empresas de que se temnotícia. O livro ‘A empresa viva’ é umaverdadeira obra-prima, que compara a em-presa a um ser vivo e, como tal, atribuimaior durabilidade às empresas que pos-suem capacidade de aprendizado. Em ou-tras palavras, as instituições que respon-dem de forma mais inteligente e rápida àsmudanças do meio ambiente corporativo,isto é, aquelas que conseguem ‘aprender’com seus próprios erros ou com os dosoutros, têm maior chance de se mantervivas na competição.

O grande interesse mundial na pro-cura de uma ‘receita de bolo’ que pode-ria levar mais empresas a se manteremativas por mais tempo, se dá exatamen-te porque é através das corporaçõesque várias necessidades sociais podemser satisfeitas. Além disso, são as em-presas as maiores responsáveis pela

empregabilidade, desenvolvimento tec-nológico, distribuição de renda (atravésdos tributos) e, finalmente, desenvolvi-mento econômico e social de uma nação.

No Brasil, quando uma empresa passados 50 anos já é considerada uma tremen-da exceção, podendo servir de estudospara as pesquisas nacionais. Agora, ima-

gine corporações empresariais de 100, 200e até 300 anos? Foram estas as estudadase delas chegou-se à algumas conclusões.Todas possuíam em comum grande desen-voltura nas seguintes áreas: capacidadede adaptação ao mundo exterior (aprendi-zado), caráter e identidade (persona), rela-ções com as pessoas e instituições dentro

e em torno de si mesma (ecologia) e aforma como se desenvolveu no decor-rer do tempo (evolução). Uma combina-ção específica entre estes quatro fato-res foi a diferença que levou as empre-sas a sobreviverem por tanto tempo.

Mas, de todas as teorias da área denegócios que se encarregam de expli-car o sucesso e a continuidade das em-presas, uma, em especial, me pareceganhar a simpatia de todos. É a teoriado ‘sofrimento empresarial’. Diz o estu-do que quando a sobrevivência depen-de da mudança e isto implica superarresistências, uma única forma dissoocorrer é pelo sofrimento. A este sofri-mento, numa analogia corporativa, cha-mamos de crise.

Conhecendo a característica pasto-sa da gestão de algumas empresas, àsvezes, chego à conclusão (sádica, até...)de que muitas estão precisando mesmoé de uma dose da boa e velha crise. Épor isso que, muitas vezes, quando umcliente me liga e diz: “A coisa tá feia e aculpa é da crise”, eu não resisto em res-ponder: “então sorria. Você pode estarmuito próximo de resolver os proble-mas de sua empresa”. Crise é vida. Ouvocê tem alguma dúvida?

“Muitas estão precisando mesmo é de uma doseda boa e velha crise”

Haroldo Santos Filho é diretor de RelaçõesInstitucionais da Fenacon

E-mail: [email protected]

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22 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 73

desenvolvimento pessoal

A vida não élinear, é cíclica! * Paulo Angelim

“Muitos não alcançamos resultados que desejamporque esquecem de pensarem como vão gerenciar cadaum dos dias que irão formaro plano. Ligam-se apenas

no grande ciclo.Esquecem de atentar para o

ciclo base, o dia”

É um equívoco pensarmos que a vidaé uma trajetória linear, com um começo,meio e fim. A vida não é o simples nas-cer, crescer, envelhecer e morrer. A vidaé na verdade um grande conjunto de ci-clos. Hoje mesmo, independente de quedia seja, se o primeiro dia de trabalho doano, se o último, ou se está no começo,no meio ou no fim do dia, estamos vi-vendo um dos ciclos de nossa existên-cia. Podemos estar iniciando-o, fechan-do-o ou no meio dele.

Ao longo de nossas vidas, os novosfatos se repetem em ciclos. São novos,diferentes, mas se repetem numa cadên-cia, num ritmo, mais ou menos freqüen-te. Tudo muda, mas muda em ciclos. Exis-tem ciclos de quatro anos (copa do mun-do de futebol, olimpíadas, eleições...), ci-clos de dois anos (feiras e eventosbienais, artísticos ou empresariais...),ciclos de um ano (aniversário, escola,imposto de renda... ), ciclos de 4 meses(estações do ano, moda...), ciclos de ummês (salário, vendas), ciclos de uma se-mana (culto, missa, visita aos parentes)e, por fim, ciclos de um dia (comer, ba-nho, trabalho...).

Algumas pessoas dão extrema impor-tância ao ciclo anual. O novo ano quechega é, indiscutivelmente, a maior ce-lebração mundial. Não vou questionar aimportância da chegada do ano novo.Vou apenas afirmar que, enquanto espe-ramos ansiosamente a chegada de umnovo ano, podemos estar esquecendo

da. Mas uma coisa é certa: o sucesso decada um desses projetos está diretamenterelacionado a como decidimos viver cadaum dos dias que separam o instante dadecisão até a conquista do sonho.

O tempo que levaremos para a conquis-ta desse projeto é diretamente proporcio-nal a energia diária que despendemos emfavor dele; é diretamente proporcional a

como decidimos usar cada uma dessas dá-divas divinas a que chamamos dia. São 24horas distribuídas igualmente entre todosos habitantes do globo. Uma das grandesprovas da justiça divina. Sol e chuva, tre-vas e luz sobre a cabeça de todos, indis-tintamente, diariamente.

Ciclo base

É óbvio que precisamos planejar nomédio e longo prazo, mas muitos se per-dem nesse planejamento e não alcançamos resultados que desejam porque es-quecem de pensar em como vãogerenciar cada um dos dias que irão for-mar o plano. Ligam-se apenas no grandeciclo. Esquecem de atentar para o ciclobase, o ciclo mãe, o dia.

Os bons resultados das vendas de ja-neiro não começam a ser conquistadosno dia 10, 15 ou 20 deste mês, mas simno primeiro dia desse ciclo. Janeiro é for-mado de 31 ciclos. As chances de su-cesso nesse mês ou em outro qualquer,dependem exclusivamente de como ire-mos viver cada um desses 31 maravilho-sos ciclos de 24 horas. Todos os 31, semexcluir um sequer. Portanto, ocupemos

de comemorar o mais célebre e impor-tante ciclo de nossas vidas: o dia.

Nossa vida é, na verdade, um grandesomatório de dias, mau ou bem vividos.Cada dia é um tijolo a mais, ou a menos, nagrande construção de nossa existência.Não interessa quanto tempo nossos pro-jetos irão demorar para serem concretiza-dos. Se dois meses, um ano ou uma déca-

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 73 - 23

“O sucesso de cada projetoestá diretamente relacionadoa como você decide viver cada

um dos dias que separamo instante da decisão até

a conquista do sonho”

nossas mentes com as decisões que ire-mos tomar hoje e que irão construir ossonhos de amanhã, de depois de ama-nhã, de um mês, de um ano, etc.

Mas devemos lembrar que o mais im-portante ciclo se chama hoje. Todas asmanhãs deveríamos acordar e, em pri-meiro lugar, agradecer a Deus pelachance de começar tudo de novo. Seontem não deu certo, não funcionoubem, não precisamos esperar pelo ciclode uma semana, de um mês ou de umano. Com o nascer de um novo dia, to-das as esperanças são renovadas, to-das as possibilidades são refeitas.

Renovação

Habacuque, profeta do antigo testa-mento, dizia que “as misericórdias deDeus se renovam a cada manhã”. Quebom, o ontem ficou para trás. Hoje é umnovo dia, uma nova possibilidade, cele-bre essa dádiva. Isso vale até mesmo paraas conquistas que só se repetem em ci-clos longos, de um ano por exemplo.

Se você, por exemplo, não ganhou aSão Silvestre ou não passou no vesti-bular, pode e deve começar de novo noprimeiro dia após essa temporária derro-ta. Logo no dia posterior a queda, vocêdeve usa-lo para levantar e dar os pri-meiro passos em direção à vitória, mes-mo que ela só se consuma daqui a umano. Jesus, falando aos seus discípulos

sigo mesmo a busca contínua da con-quista dos grandes sonhos que traçoupara sua existência. O casamento, o rela-cionamento com os filhos ou com o(a)amado(a), o crescimento profissional, asaúde mental e física, a relação comDeus, não se renovam em ciclos de ummês ou de um ano. São as atitudes eações que você toma diariamente queconstróem e mantêm todas essas con-quistas. Diariamente, regue, zele, apare,adube todas elas. Todos os dias, logode manhã, tome consigo mesmo uma de-cisão de transformar o seu dia em umtijolo a mais na construção do castelodos seus sonhos. Amanhã, pode ser tar-de demais.

* Paulo Angelim é arquiteto (UFC);pós-graduado em Marketing (Uece);

palestrante especializado nas áreas demarketing, vendas e motivação e articulistadas publicações VendaMais, EXAME, Gazeta

Mercantil, Você S.A. On-line e PequenasEmpresas Grandes Negócios

Site: www.pauloangelim.com.brE-mail: [email protected]

disse: “Não vos inquieteis, pois, pelodia de amanhã; porque o dia de ama-nhã cuidará de si mesmo (Mt 6:34)”.Ocupe-se com o hoje, com o seu dia.

Todo dia você terá que repactuar con-

ALTERDATA

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CATEGORIAS ECONÔMICAS REPRESENTADASPELOS SINDICATOS FILIADOS À FENACON

Os Sindicatos, devidamente congregados pela Fenacon, representamos segmentos econômicos abaixo discriminados, integrantes doOrdenamento Sindical do Grupo Terceiro, da Confederação Nacionaldo Comércio na forma de CLT e do Parágrafo IV do artigo oitavoda Constituição Federal (exceto se houver sindicato de representaçãoespecífica). Assim, as empresas que devem recolher ContribuiçãoSindical e Confederativa aos Sindicatos Filiados são:

I - Empresas e escritórios de serviços contábeis e fiscais(Organizados ou não sob forma de pessoa jurídica)01. Empresa de Contabilidade02. Escritórios Físco-Contábeis-Autônomos03. Empresas de Auditoria04. Escritórios de Auditoria - Autônomos05. Empresas de Assessoria e Consultoria ContábilII - Empresas e escritórios de assessoria e assistência06. Escritórios de assessoria e consultoria contábil -autônomos07. De assessoria de importação e exportação aduaneira08. De assessoria de marketing e merchandising09. De assessoria e assistência gerencial, econômica,financeira e fiscal10. De assessoria e planejamento fiscal contábil11. De assessoria na área de crédito12. De assessoria e assistência técnica rural13. De assessoria da previdência privada14. De assistência automobilística15. De assistência e orientação a cooperativas habitacionais eagropecuárias16. De assistência e projetos de cozinhas17. De assistência e projetos agropecuários18. De assistência e projetos de urbanização19. De assistência e projetos de viabilidade técnica econômica20. De assistência e projetos de topografia, aerolevamento eaerofotografia21. De assistência e projetos de reflorestamento22. De assistência e projetos de prospecção geofísica23. De assistência e projetos na área de Telecomunicações24. De assistência e projetos urbanísticos e estudos ambientais25. De assistência técnica de aparelhos e equipamentos26. De assistência empresarial e gerencialIII - Empresas e escritórios de perícias e avaliações27. De avaliações de empresas28. De avaliações patrimoniais29. De engenharia de avaliações30. De avaliações e regularização de avarias marítimas31. De perícias judiciais, trabalhistas e contábeis32. De controle patrimonialIV - Empresas e escritórios de consultoria33. De consultoria empresarial34. De consultoria na área de informática35. De consultoria técnica e imobiliária36. De consultoria financeira, econômica e fiscalV - Sociedade de advogadosVI - Empresas e escritórios de administração37. De administração de crédito38. De administração de convênios39. De administração de vale transporte

40. De administração de vale-refeições (através de tíquete)41. De administração empresarial42. De administração de cartão de créditoVII - empresas e escritórios de organização e coordenação43. De organização de eventos44. De exposições e feiras45. De organização e promoção de venda de cartões deinstituições e clubes46. De organização e promoção de vendas de contatos deassistência técnica47. De promoção de vendas de mala direta48. De organização e promoção de congressos e eventosVIII - empresas e escritórios de serviços49. De serviços de vigilância e segurança50. De transporte, guarda e segurança de valores51. De serviços de cópias e fotocópias52. De serviços de documentação e microfilmagem53. De serviços de urbanismo, ajardinamento e ornamentos54. De serviços de consertos em geral55. De serviços de cobrança extrajudicial56. De recursos humanos, seleção, recrutamento, treinamento edesenvolvimentoIX - Associações, clubes, entidades cooperativas57. Clubes de proteção ao crédito58. Clube de diretores lojistas59. Associações comercias, industriais e de serviços60. Câmaras de Indústria, comércio e serviços61. Associação de criadores rurais e ruralistas62. Sociedades civis e militares63. Clubes de ser viços64. Centrais e abastecimento65. Centrais de produtores rurais66. Companhias de desenvolvimento67. Bolsa de valores e mercadorias68. Cooperativas de serviços e trabalho profissional (excetoserviços médicos e odontológicos)X - Agências de informações e pesquisa69. Agências de informações e pesquisa70. Agências de colocação de fretes (centrais de frete)71. Agências de coloc. de mão-de-obra (inc. temporários.)72. Agências de marcas e patentes73. Agências de recursos humanosXI - Holding societária e fundos mútuos74. De participações societárias75. De administração patrimonial (exc. bens imóveis)76. De administração de ações e quotas77. De administração de bens e negócios78. De administração de fundos mútuose de previdência privada

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 72 - 25

EMBASAMENTO LEGAL DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL

MISSÃO INSTITUCIONAL DOS SINDICATOSAos sindicatos, conforme previsto na Constituição Federal (artigo 8º), cabe a defesa dos interesses individuais e coletivos dacategoria representada, inclusive em questões judiciais e administrativas, sendo obrigatória sua participação nas negociaçõescoletivas de trabalho.CUSTEIO DAS ATIVIDADES SINDICAIS - CONTRIBUIÇÃO SINDICAL (Art. 578 CLT)Assim, para custear suas atividades, entre outras fontes, está prevista a Contribuição Sindical (antigo imposto sindical), disciplinadapelo artigo 578 e seguintes da Consolidação das Leis do Trabalho.DATA-LIMITE PARA O RECOLHIMENTONo exercício de 2002, o recolhimento da contribuição sindical patronal, devida aos sindicatos pelos empregadores sediados emsuas respectivas bases territoriais de representação, deverá ser efetuado até o dia 31 de janeiro de 2.002, ou no dia útil imediatamenteanterior se feriado regional.FORMA DE RECOLHIMENTOTal recolhimento deverá ser realizado através de Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical – GRCS, junto à Caixa EconômicaFederal.CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃOO cálculo da contribuição sindical dos empregadores deve observar a tabela abaixo, editada pela Confederação Nacional doComércio em conformidade com o artigo 21 da Lei 8.178, de 1º de março de 1991, artigo 2º da Lei 8.383, de 30 de dezembro de1991 e Resolução CNC-SICOMÉRCIO n.º 011/97:

VALOR BASE: R$ 81,66Linha Classe de Capital Social (em R$) Aliquota(%) Parcela a adicionar (R$)01 de 0,01 a 6.124,50 Contr. Mínima 49,0002 de 6.124,51 a 12.249,00 0,8% -03 de 12.249,01 a 122.490,00 0,2% 73,4904 de 122.490,01 a 12.249.000,00 0,1% 195,9805 de 12.249.000,01 a 65.328.000,00 0,02% 9.995,1806 de 65.328.000,01 em diante Contr. Máxima 23.060,78

NOTAS:1 - As firmas ou empresas e as entidades ou instituições cujo capital social seja igual ou inferior a R$ 6.124,50, estão obrigadasao recolhimento da Contribuição Sindical mínima de R$ 49,00, de acordo com o disposto no § 3º do art. 580 da CLT (alterado pelaLei n.º 7.047 de 01 de dezembro de 1982);2 - As firmas ou empresas com capital social superior a R$ 65.328.000,00, recolherão a Contribuição Sindical máxima de R$23.060,78, na forma do disposto no § do art. 580 da CLT (alterado pela Lei n.º 7.047 de 01 de dezembro de 1982);3 - Base de cálculo conforme art. 21 da Lei n.º 8.178, de 01 de março de 1991 e atualizado pela mesma variação da UFIR, deacordo com o art., 2º da Lei n.º 8.383, de 30 de dezembro de 1991, observada a Resolução CNC/SICOMÉRCIO N.º 014/2001;CUIDADOS NO PREENCHIMENTOÉ indispensável o preenchimento correto da GRCS, especialmente do campo 07 – CÓDIGO DA ENTIDADE SINDICAL, motivopelo qual divulgamos os códigos sindicais que devem ser utilizados para cada sindicato.MORA / PENALIDADESDurante o primeiro mês de atraso no recolhimento da contribuição sindical patronal incidirá multa correspondente a 10% (dez porcento) de seu valor e, a partir do segundo mês de atraso, será acrescida sucessivamente de 2% (dois por cento) ao mês ou fração.Em caso de mora, são ainda devidos juros, à razão de 1% (um por cento) ao mês ou fração, e correção monetária calculada deacordo com os coeficientes aplicáveis a débitos para com a Fazenda Nacional (artigo 600 da CLT). Além dos acréscimos decorrentesda mora, sujeita-se o inadimplente à imputação de multa pela Delegacia Regional do Trabalho, da ordem de 7,5657 até 7.565,6932UFIR, segundo dispõe o artigo 598 da CLT e Portaria n.º 148, de 25 de janeiro de 1996, do Ministro de Estado do Trabalho.

CÓDIGOS DA ENTIDADE SINDICALCada Sindicato Filiado tem seu código sindical. As guiasentregues pelo seu Sindicato já vêm previamente preenchidascom o respectivo código. Caso sua empresa contábil não tenharecebido as guias, você poderá fazê-lo respeitando os seguintescódigos de área, conforme quadro ao lado e página seguinte.CATEGORIAS REPRESENTADAS PELOS SINDICATOS FILIADOSA relação apresentada na página 24 resume basicamente arepresentatividade dos Sindicatos.OBSERVAÇÕES FINAISDemais informações e esclarecimentos podem ser obtidosdiretamente no Sindicato com base territorial abrangente dalocalidade em que sediado o contribuinte, cuja orientaçãoprevalece no cumprimento da contribuição sindical mencionada.

CÓDIGOS DE ÁREADOS SINDICATOS FILIADOS

SUDESTESINDICATO CÓDIGO SINDICAL CNPJ

ES 002.365.04904-9 39.264.023/0001-49MG 002.365.04937-5 38.733.101/0001-44RJ 002.365.86767-1 31.248.933/0001-26SP 002.365.86257-2 62.638.168/0001-84

SUL FLUM. 002.365.05022-5 39.560.099/0001-11

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26 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 73

regionais

CÓDIGOS DE ÁREA DOS SINDICATOS FILIADOSSUL

SINDICATO CÓDIGO SINDICAL CNPJAPUCARANA 002.365.00000-7 04.066.995/0001-44BLUMENAU 002.365.89502-0 79.371.423/0001-78

CAXIAS DO SUL 002.365.87490-2 91.108.779/0001-19Gde FLOR. 002.365.88511-4 80.672.587/0001-14LONDRINA 002.365.90169-1 81.885.634/0001-70P. GROSSA 002.365.00000-7 84.793.207/0001-50

P R 002.365.88248-4 81.047.508/0001-47S C 002.365.02808-4 83.797.191/0001-91

C. OESTE/NORTESINDICATO CÓDIGO SINDICAL CNPJ

AM 002.365.00000-7AP 002.365.00000-7DF 002.365.04303-2 02.708.535/0001-47GO 002.365.05474-3 37.622.727/0001-10MS 002.365.87924-6 15.452.261/0001-10

C. OESTE/NORTESINDICATO CÓDIGO SINDICAL CNPJ

MT 002.365.86025-1 36.910.230/0001-43PA 002.365.90145-4 00.374.235/0001-43RO 002.365.00000-7 84.581.016/0001-25R R 002.365.04959-6 84.037.001/0001-09TO 002.365.00000-7 01.572.855/0001-50

NORDESTESINDICATO CÓDIGO SINDICAL CNPJ

AL 002.365.89638-8 01.806.853/0001-88BA 002.365.00000-7 02.756.131/0001-29C E 002.365.88157-7 23.531.189/0001-44MA 002.365.90023-7 02.048.200/0001-40PB 002.365.00000-7 70.133.632/0001-09PE 002.365.05023-3 41.227.034/0001-09PI 002.365.00000-7 03.349.855/0001-10

R N 002.365.00000-7 01.588.430/0001-39SE 002.365.04999-5 32.834.772/0001-15

Sescap/Acre é o mais novosindicato filiado à Fenacon

A assembléia de fundação do Sescap/AC foi no dia 19 de novembro, no auditó-rio da Associação Comercial, Industrial ede Serviços do Acre, na capital Rio Bran-co. Na assembléia, também foi aprovado oestatuto e eleita a primeira diretoria da en-tidade. Os cerca de 30 empresários do se-tor de serviços e diretores presentes apro-varam ainda, por unanimidade, a filiaçãodo Sescap/AC à Fenacon.

A solenidade teve a presença do vice-presidente da Fenacon, para a Região Nor-deste, José Geraldo Lins de Queirós, re-presentando o presidente, Pedro CoelhoNeto, e o vice-presidente para a RegiãoCentro-Oeste/Norte, Antônio GutenbergMoraes de Anchieta.

O Secap/AC estará atendendo, em sedeprovisória, na empresa Castagna Auditoria,do presidente, Sergio Castagna. A primeirareunião de diretoria está prevista para ocorrerna segunda quinzena de janeiro, quando serádefinido o planejamento estratégico de 2002.

Segundo Sergio Castagna, o maior desa-fio do Sescap/AC será levar informações ecursos de aperfeiçoamento às aproximada-mente 500 empresas da base de representa-ção do sindicato em todo o Estado. Dessetotal, 120 pertencem ao segmento contábil.“É a nossa maior meta”, afirmou Castagna.

A Internet será a principal aliada para ven-cer a grande distância de Rio Branco dasdemais capitais brasileiras, o que dificulta arealização de palestras e cursos de treina-mento no Estado. Uma das primeiras açõesnesse sentido será a criação do site do sindi-cato, reunindo informações e links voltados,principalmente, para a área tributária e degestão de negócios. “Hoje, a Internet é onosso maior recurso”, disse Castagna.

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Furtos de computadorespreocupam empresasem Ponta Grossa

A partir de denúncia do Sescon/PontaGrossa, a polícia prendeu, no dia 26 dedezembro, suspeito de integrar quadrilhaespecializada em furto de equipamentos

de informática. No dia 20 de dezembro, adiretoria do sindicato havia reunido a im-prensa, para manifestar a indignação acer-ca do problema, bem como solicitar dasautoridades competentes as providênciasnecessárias.

Os números realmente assustam. Segun-do o presidente do Sescon/Ponta Grossa,Luiz Fernando Saffraider, das 80 empresasde contabilidade representadas pelo sin-dicato, 20 tiveram suas sedes arrombadasno ano passado. Furtos com as mesmascaracterísticas também estão sendo verifi-cados em escritórios de advocacia, esco-las e comércio.

Na entrevista coletiva à imprensa,Saffraider destacou que os arrombamentoscausam dois prejuízos: o material e a perdados dados dos clientes. O alerta do sindica-to foi destaque no Jornal Diário dos Cam-pos, dos dias 21 de dezembro e 5 de janeiro.

Segundo o jornal, o suspeito preso pelapolícia confessou ter arrombado cinco es-critórios de advocacia. Com ele, foi apre-endido um computador furtado. A políciatambém já ouviu mais quatro pessoas, sus-peitas de receptação, guarda e compra dosequipamentos. Mais três pessoas estãosendo investigadas pela participação nosarrombamentos.

“As entidades sindicais têm um com-promisso de representar as categorias eco-nômicas em todos os âmbitos que se façanecessário. Qualquer fato que repercutanas empresas filiadas deve ser objeto dereivindicação das autoridades competen-tes”, destacou o presidente do Sescon/Ponta Grossa, Luiz Fernando Saffraider.

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