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SERVIÇO S Fevereiro/2001 Circulação: Abril/2001 FENACON em Ano VI Edição 62 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas dirigida a empresários de prestação de serviços - Valor Unitário - R$ 2,50 contabilidade assessoramento perícias informações pesquisas Peritos em retirada Peritos em retirada Apesar de ser imprescindível para a solução de processos judiciais que exigem parecer técnico, a atividade de perícia vem sofrendo tamanha desvalorização que já provoca o abandono de profissionais experientes IRPF Cuidados que você deve ter na hora de declarar Escolas defasadas 9 a Conesc Abertas pré-inscrições para evento bienal da Fenacon, que ocorrerá em Recife Exame de suficiência do CFC mostra que escolas não acompanham mercado de trabalho Assine a revista Fenacon em SERVIÇOS www.fenacon.org.br

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Page 1: Ano VI FENACON em SERVIÇOS · SESCON - Ponta Grossa ... Pres.: Carlos José de Lima Castro Av. Tirandentes, 960 - Ponte Pequena ... o processo de busca e registro de marcas

S E R V I Ç O SFevereiro/2001

Circulação:Abril/2001

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contabilidade assessoramento perícias informações pesquisas

Peritosemretirada

PeritosemretiradaApesar de serimprescindível para asolução de processosjudiciais que exigemparecer técnico, a atividadede perícia vem sofrendotamanha desvalorizaçãoque já provoca o abandonode profissionaisexperientes

IRPFCuidadosque vocêdeve terna horade declarar

Escolas defasadas 9a ConescAbertaspré-inscriçõespara eventobienal daFenacon,que ocorreráem Recife

Exame de suficiênciado CFCmostra queescolas nãoacompanhammercadode trabalho

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2 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 62

SESCON - AlagoasPres.: Anastácio Costa MotaR. Dr.Albino Magalhães, 185 - Bairro Farol -57050-080 - Maceió/ALTelefax (82) [email protected]

SESCON - ApucaranaPres.: Alicindo MoroteRua Osvaldo Cruz, 341 - Centro86800-720 - Apucarana - PRTel. (43) 422-7908 / 422-3913

SESCON - BahiaPres.: Fernando César Passos LopoPraça Onze de Dezembro, 5 - sl 127 - Calçada -40410.360 - Salvador/BATelefax. (71) 316.7520/[email protected]

SESCON - BlumenauPres.: Carlos Roberto VictorinoR.15 de novembro, 550 - 10o and - Sl 100989010-901 - Blumenau/SCTelefax. (47) 326.0236 - [email protected]

SESCON - Caxias do SulPres.: Moacir CarboneraR. Ítalo Victor Bersani, 1134 - Jd. América- 95050-520 - Caxias do Sul/RSTel. (54) 228.2425 - Fax: (54) [email protected]

SESCON - CearáPres.: Urubatam Augusto RibeiroAv. Washington Soares, 1.400 - 3º andar - sl. 401 -Bairro Edson Queiroz - 60811-341 - Fortaleza/CETel.(85) 273.2255/ 273.4341Fax: (85) [email protected]://www.sescon-ce.com.br

SESCON - Distrito FederalPres.: Elizer Soares de PaulaCRS 504 Bloco C - Subsolo, 64 - Asa Sul - Entrada W270331-535 - Brasília/DFTelefax (61) 226.2456 - 226.1248 - [email protected]://www.bbcont.com.br/sescondf

SESCON - Espírito SantoPres.: Luiz Carlos de AmorimR. Alceu Aleixo, 117 - Térreo - Jucutuquara - 29042-010 - Vitória/ESTel. (27) 223.4936. Fax:(27) [email protected]://www.sescon-es.org.br

SESCON - GoiásPres.: Antonino Ferreira NevesAv. Goiás, 400 - Ed. Bradesco - 10º and. sl. 104 -Centro - 74010-010 - Goiânia/GOTelefax (62) [email protected]://www.bbcont.com.br/sescongo

SESCON - Grande FlorianópolisPres.: Walter Teófilo CruzR. Araújo Figueiredo, 119 - sl. 402 -88010-520 - Florianópolis/SCTelefax: (48) [email protected]://www.sesconfloripa.org.br

SESCON - LondrinaPres.: Paulo BentoR. Senador Souza Naves, 289 - sobreloja Ed.Euclides Machado - 86010-914 - Londrina/PRTelefax. (43) [email protected]

SESCON - MaranhãoPres.: Carlos Augusto Gaspar de Souza JrAv. Gerônimo de Albuquerque, S/N, sala 201 -Retorno do Calhau - 65051-200São Luís/MATelefax: (98) [email protected]://www.elo.com.br/sescon

SESCON - Mato Grosso do SulPres.: Odácio Pereira MoreiraRua Elvira Pacheco Sampaio, 68179071- 030 - Campo Grande - MSTelefax: (67) 787-6094/ [email protected]

SESCON - Mato GrossoPres.: Elynor Rey ParradoR. São Benedito, 851 - 1o andar78010-800 - Cuiabá/MTTel. (65) 623-1603 / Fax. [email protected]

SESCON - Minas GeraisPres.: João Batista de AlmeidaAv.Afonso Pena, 748 - 24º andar30.130-003 - Belo Horizonte/MGTelefax.: (31) [email protected]

SESCON - ParáPres.: Carlos Alberto do Rego CorreaTravessa 9 de Janeiro, 2050 - Cremação -66063-260 - Belém/PATelefax: (91) [email protected]

SESCON - ParaíbaPres.: Aderaldo Gonçalves do Nascimento Jr.Rua Rodrigues de Aquino , 267 - sala 703 -7o and58013-03 0 - João Pessoa/PBTelefax (83) [email protected]

SESCAP - ParanáPres.: Valdir PietrobonR.Marechal Deodoro, 500 -11º andar -Ed. Império 80010-911- Curitiba/PRTelefax. (41) [email protected]://www.sescap-pr.org.br

SESCON - PernambucoPres.: Geraldo de Paula Batista FilhoR. José Ader val Chaves, 78 - Salas 407/40851111.030 - Recife/PETelefax: (081) [email protected]://www.brasilnet2000.com.br/sesconpe

SESCON - PiauíPres.: Ter tulino Ribeiro PassosR. Honório de Paiva, 607 - Piçarra64001-510 - Teresina/PITelefax: (86) [email protected]

SESCON - Ponta GrossaPres. Luiz Fernando SaffraiderR. Comendador Miró, 860 - 1º andar84010-160 - Ponta Grossa/PRTel. (42) 222.1096 - Fax: (42) [email protected]

SESCON - Rio de JaneiroPres.: José Augusto de CarvalhoAv. Presidente Vargas, 542 - Centro - sl.1906 -20071-000 - Rio de Janeiro/RJTel (21) 233.8868 - Telefax - (21) [email protected]://www.bbcont.com.br/sesconrj

SESCON - Rio Grande do NortePres.: Rui CadeteR. Princesa Izabel, 762 - Cidade Alta59025-400 - Natal/RNTelefax. (84) 221.5529 - [email protected]

SIECONT - RondôniaPres.: Antonio Sivaldo CanhinR. Joaquim Nabuco, 2.699 - Altos - sl.4 - BairroSão Cristovão - 78902-450 - Porto Velho/ROTel. (69) 224.4842 - Fax: (69) [email protected]://www.canhin.com.br

SESCON - RoraimaPres.: Maria de Fátima Bezerra da SilvaAv.Getútio Vargas, 687-W - Centro/Anexo -69301.030 - Boa Vista/RRTel. (95) 623.0724 - Fax. (95) [email protected]

SESCON - Santa CatarinaPres.: Vilson WegenerAv. Juscelino Kubitschek, 410 - 3º andar - bl.B - sl.30689201-906 - Joinville/SCTelefax (47) 433.9849/[email protected]://www.sesconsc.org.br

SESCON - São PauloPres.: Carlos José de Lima CastroAv. Tirandentes, 960 - Ponte PequenaCEP 01102-000 - São Paulo - SPTelefax: (11) 3328-4900 - Fax: [email protected]://www.sescon.org.br

SESCON - SergipePres.: Wladimir Alves TorresR. Siriri, 496 - sl. 4 - 1º andar - Centro -49010-450 - Aracaju/SETel (79) 214.0722 - Fax (79) [email protected]://www.netdados.com.br/~sesconse

SESCON - Sul FluminensePres. William de Paiva MottaAv. Joaquim Leite, 604 - sl. 211 - Centro27340-010 -Barra Mansa/RJTel. (24) 323.1755 - Telefax. (24) [email protected]

SESCON - TocantinsPres.: Antônio Luiz Amorim AraújoACNO- Cj 03 - Lote 20 - Sl 25 - Galeria Feltran77013.020 - Palmas/TOTelefax (63) [email protected]

Sindicatos das Empresas de Serviços Contábeis e de Assessoramento,Perícias, Informações e Pesquisas filiados à FENACON

Atualizado em 27.03.2001

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 62 - 3

FENACONR. Augusta, 1939 - Cjs 42 e 4301413.000 - São Paulo - SPTelefax (11) 3063.0937

Diretoria da Fenacon 2001/2003

PresidentePedro Coelho Neto

Vice-Presidente - Região SudesteAntônio Marangon

Vice-Presidente - Região NordesteJosé Geraldo Lins de Queirós

Vice-Presidente - Região SulMário Elmir BertiVice-Presidente - Região Centro-Oeste/NorteAntônio Gutenberg Moraes de Anchieta

Diretor FinanceiroAntonio Carlos Bordin

Diretor AdministrativoRoberto Wuthstrack

Diretor de Relações InstitucionaisHaroldo Santos Filho

Diretor Social e de EventosJosé Rosenvaldo Evangelista Rios

Diretor de Relações do Trabalho eAssuntos LegislativosSauro Henrique de AlmeidaDiretor de Tecnologia, Qualidade eProdutividadeNivaldo Cleto

Suplentes

Horizon Donizeth Faria de AlmeidaJosé Eustáquio da FonsecaLuiz Valdir Slompo de LaraAnastácio Costa MotaMaciel Breno SchifflerOrival da CruzCleodon de Brito SaraivaIzabel Rodrigues LiipkeCarlos Alberto do Rego CorreaLeomir Antonio MinozzoWilliam de Paiva Motta

Conselho Fiscal

EfetivosJodoval Luiz dos SantosJosé Carmelo FariasAntonio José PapiorSuplentesIrany Barroso de Oliveira FilhoAluísio Beserra de MendonçaLuis Carlos Freitas

Representação na CNC

EfetivosPedro Coelho NetoEliel Soares de Paula

SuplentesJosé Augusto de CarvalhoMaria Elzira da Costa

A revista Fenacon em SERVIÇOS é uma publicaçãomensal da Federação Nacional das Empresas deServiços Contábeis e de Assessoramento, Perícias,Informações e Pesquisas.

Home Page: http://www.fenacon.org.brTiragem : 55 mil exemplares

Auditoria de Circulação : Villas Rodil AuditoresIndependentes - Tel (11) 3846-7077

Circulação : nacional - empresas de setores deserviços ligadas ao Sistema Fenacon, instituições deensino superior, órgãos governamentais, represen-

Fevereiro de 2001/ Circulação: Abril de 2001

Ano VI - Edição 62

S E R V I Ç O SFENACON em

tantes dos poderes legislativo e assinantes em geral.

Jornalista Responsável : Diva de Moura BorgesProdução Editorial : BST Comunicação Ltda

Reportagens e Redação : André Luiz de Andrade

Conselho Editorial

Pedro Coelho Neto,Mário Elmir Berti,Gerson Lopes Fonteles,Sérgio Approbato Machado,José Antonio de Godoy

í n d i c e

e x p e d i e n t e

espaço do leitor ......................................................................................... 04 opinião ................................................................................................. 06

A verdadeira terceirização go around .................................................................................................. 07

Ainda somos enganados matéria de capa ......................................................................................... 08

. Evasão dos peritosApesar de ser imprescindível para a solução de processos judiciais que exigem parecertécnico, a atividade de perícia vem sofrendo tamanha desvalorização que já provoca oabandono de profissionais experientes

9a Conesc ................................................................................................. 12. Megaevento em RecifeAbertas as pré-inscrições para o evento bienal da Fenacon: a Conesc -Convenção Nacional das Empresas de Serviços Contábeis, que terásua nona edição em novembro, na capital pernambucana

educação .................................................................................................... 14. Escolas defasadasMais de 15 mil contadores e técnicos em contabilidade fizeram, em março, o exame desuficiência do CFC. Pré-requisito para a obtenção do registro profissional, o exame mostrafalhas na formação e o quanto as escolas estão defasadas

justiça .................................................................................................... 15. Cofins em xequeSTJ garante isenção da Cofins à empresa contábil gaúcha.Decisões monocráticas e acórdãos já somam 29 em favor dassociedades civis de profissões regulamentadas

rápidas ..................................................................................................... 16 marcas & patentes .................................................................................... 17

. Mais fácil e baratoInternet agiliza, desburocratiza e torna mais baratoo processo de busca e registro de marcas

internet .................................................................................................... 18. Nova tendência para conexão de dados e internetSoluções Wireless LAN permitem interligar computadores dentro de uma empresasem a necessidade de cabeamento, utilizando o sistema de comunicação por rádio

mini-guia da web ....................................................................................... 19 qualidade .................................................................................................. 20

. ISO 9002 na contabilidadeEmpresa contábil do Paraná é certificada com ISO 9002

imposto de renda ...................................................................................... 22. Alertas importantes ao contribuinte. Inconsistências vetadas

ficha de inscrição - 9a conesc .................................................................. 26

Para falar com: - Redação da Revista - Departamento de Assinaturas - Departamento Comercial (Anúncios)

Ligue: (11) 3063.0937 3082.2218

3088-8056 3088-5774Escreva:Rua Augusta, 1939 - Cj 42 e 43

Cep 01413-000 - São Paulo - SPOu mande um e-mail:[email protected]

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4 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 62

e s p a ç o d o l e i t o r

GPS EletrônicaQuero manifestar meu apoio à manifestação

do contador Olímpio Moritz, questionando nãoa possibilidade, mas a obrigatoriedade de débitoeletrônico da GPS. Isto não tem nada a ver comsonegação ou não, como comentado na coluna“go around”. Tem a ver com inúmeras empresasque simplesmente não possuem a tecnologia etampouco são viáveis para tê-la, de modo a fazerseus pagamentos via internet. Colocar isto numterminal de auto-atendimento é fazer o jogo dosbancos, com lucros cada vez maiores e cada vezmais despersonalizados.

O futuro logicamente não será outro que odébito eletrônico, mas, por decreto, por imposi-ção, fixar uma data destas revela quão distanteda realidade estão os burocratas.

Meu escritório sempre prezou pelo uso damais alta tecnologia. Isto, porém, não quer dizerque todas as empresas, o contribuinte em geral,tenham as mesmas condições.

A exigüidade dos prazos igualmente é revol-tante. Hoje os contadores em geral fazem muitosdos serviços que originalmente eram feitos pelaprópria autoridade tributante. Agora, parece queaté os serviços dos bancos as empresas devempassar a assumir.

Nossa crítica é quanto à obrigatoriedade, poisa possibilidade do pagamento eletrônico é lou-vável.Rolf HartmannDúnamis Contabilidade e Auditoria S/C LtdaE-mail: [email protected]

PrevidênciaÉ preciso entender que, ao implementar a in-

trodução da Gfip no cotidiano das empresas, hou-ve uma imposição. Faltou tratamento fiscal di-ferenciado aos micros e pequenos empresários.A Previdência forçou; obrigou as empresas a seadequarem ao sistema. O mesmo vai ocorrer comos pagamentos das contribuições. É preciso sa-ber se as micro e pequenas empresas estão pre-paradas no tocante à informatização.Jorge Santana

Santo Amaro - BA

Prazos mantidosParabéns Pedro Coelho, pela sua luta em de-

fesa dos contribuintes brasileiros.Nilson Gö[email protected]

Boletim Fenacon-NetIOBPercebi que neste informativo consta alguma

informação sobre o Rio Grande do Norte (comrelação ao IPVA). Como são raras as informa-ções sobre meu Estado, na qualidade de auditorafiscal do RN e de leitora assídua destes boletins,gostaria de saber por que são tão poucas as infor-mações sobre ICMS e IPVA do meu Estado? Se-ria falta de informantes ou falta de fontes? Nãosei qual o critério utilizado para divulgar as in-formações, mas posso enviar as novidades rele-vantes, a fim de divulgá-las em maior escala.

Margarida Célia Rodrigues de [email protected]

Diretor de tecnologia da Fenacon,Nivaldo Cleto, responde:

As informações divulgadas são fornecidaspela NetIOB numa parceria com a Fenacon.Estamos investindo na melhora do nosso portale estudando a possibilidade de contratar estagiá-rios para a coleta das principais notícias em cadaEstado e nas principais cidades brasileiras, cri-ando-se assim boletins regionais.

SonegaçãoGostei muito da “Palavra do Presidente”

publicada na Revista Fenacon em Serviços, edi-ção n° 61. Parabenizo Pedro Coelho Neto, poisfoi muito autêntico e corajoso em falar que, comcerteza, existe um número considerável de sone-gadores, não porque queiram, mais sim por ne-cessidade. Acredito também que a sonegaçãoexiste, pelo fato de que nossos governantes nãonos mostram frutos da aplicação do dinheiro pú-blico.

Por exemplo, sou de Franca, São Paulo, e vi-ajo muito à capital. Há cerca de 4 anos não tínha-

mos pedágio. Hoje temos de 6 a 8, um absurdopois o IPVA foi criado para a manutenção dasestradas. Outro problema é o nosso sistema desaúde de péssima qualidade, o sistema de educa-ção e a moradia idem. Pergunto, então, qual afunção do governo, pois se temos que pagar tudopara usufruirmos de uma vida melhor, onde estásendo aplicado nosso dinheiro? Será que isso tam-bém não leva à sonegação?Valdir DominguesNovo Plano ContabilidadeFranca SPE-mail - [email protected]

Prêmio Anefac-FipecafiGostaria, se possível, de uma informação so-

bre o Prêmio Anefac-Fipecafi-Bovespa. Para finsde trabalho de faculdade, preciso saber quais sãoos ganhadores do prêmio nos anos de 1997-1998-1999, incluindo os demonstrativos em anexo.Cléo - [email protected]

À beira de umataque de nervos

Parabéns pela excelência das matérias da Re-vista Fenacon em Serviços, n° 61. Gostei muitodas matérias sobre o Simples, sigilo bancário,‘Susto de Carnaval’ e principalmente ‘À beira deum ataque de nervos’. Com relação a esta últi-ma, segue abaixo cópia de e-mail que enviei àCaixa Econômica Federal, no dia 21/03/2001:

“Caros Senhores. Gostaríamos de explanaralgumas dificuldades que encontramos junto àagência 0296 da Caixa Econômica Federal. So-mos uma empresa contábil e um de nossos clien-tes trabalha apenas com menores de idade,registrando-os aos 16 anos e demitindo-os emvias de completar os 18. Possui uma média men-sal de 40 contratações, a mesma média de resci-sões, ocorrendo picos em alguns meses. Além dorecolhimento do FGTS, buscamos as agências daCaixa em dois outros momentos para ocadastramento no PIS e para o extrato do FGTSpara fins rescisórios.

O primeiro problema foi na obtenção do

Frim

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 62 - 5

E-mails para esta seção devem ser enviados para [email protected]. As mensagens enviadas à Revista Fenaconem Serviços somente serão publicadas com devida identificação do leitor: Nome, Endereço Completo e Telefone. Por motivosde espaço, a redação se reserva o direito de publicar de modo resumido o conteúdo das mensagens dos leitores.

extrato do FGTS. A CEF pede 5 dias úteis. Apre-sente um pedido de extrato com 40 nomes e ve-rifique que apenas eventualmente este prazo serácumprido! Na maioria das vezes a demora é de,no mínimo, duas semanas, ocorrendo as maisdiversas desculpas para isso (poucos funcionári-os, muito movimento etc. ...).

Cansados disso, solucionamos o problemacom a adoção do Linha Azul, consulta do extratovia Renpac. O sistema é lento (9.600 bps), pri-mitivo (impressão por ‘print screen’), por ser emDOS não funciona com os ‘modens’ mais mo-dernos (com IRQ acima de 09), possui tempo deauto-desconexão não configurável (20 minutos),mas resolveu o problema.

Agora, a dificuldade está na contratação: omesmo prazo de 5 dias úteis é solicitado para ofornecimento do número do PIS (apenas o nú-mero, o cartão demora perto de 20 dias, quandonão mais). E novamente o prazo não vem sendocumprido. Só que este problema não possui so-luções alternativas.

Recentemente tivemos 84 contratações no dia25 de determinado mês. Somente conseguimosgerar a Gefip após consulta ao seu serviço 0800,serviço esse que retorna apenas 5 inscrições porligação. Foram mais de 160 ligações!! Sem con-tar os problemas com números anotados ou pas-sados errados, erros (de digitação) no própriocadastro da CEF etc. ...

Estivemos na agência conversando com agerência na busca de alternativas. Saímos de lácom a seguinte solução: abram uma conta naCaixa. Abrindo uma conta-empresa, passaremosa ser atendidos por um gerente ‘especial’ que daráuma atenção também ‘especial’ a todas as nossasnecessidades.

E qual seria o procedimento do gerente ‘es-pecial’? Será que vocês colocam os clientes daCaixa nas primeiras posições na fila de digitaçãodo cadastro do PIS, deixando os não clientes porúltimo? Não são essas facilidades que buscamos!Consideramos isso totalmente insatisfatório, paradizer o mínimo. Não buscamos a Caixa

Econômica Federal por opção, somos obrigados!Se a Caixa oferece juros, capital de giro, créditoe diversidade de agências em situação de vanta-gem com relação aos bancos, então a questãopassa a ser meramente comercial. Neste caso nãoé e não pode ser tratado como se fosse.

A Caixa quer oferecer vantagens? Atendimen-to diferenciado? Então disponibilize sistema decadastramento on-line via Renpac ou Internet, pore-mail, por programa próprio enviado pelaInternet como o Caged, DIPJ ou IRPF. Ou aindaum aplicativo no qual as informações necessári-as ao cadastro são digitadas e o arquivo geradoentregue nas agências, como a Gefip. Os conta-bilistas agradecem. Se o usuário não tem opção,a Caixa Econômica Federal também não: tem porobrigação atender às necessidades de todos damesma forma e nos mesmos prazos, com rapi-dez e eficiência, no que diz respeito ao PIS e aoFGTS.Ricardo Coppo RohwedderOrg. Rohwedder de [email protected]

SimplesParabenizo a Fenacon e o NPECT pela cam-

panha que vêm desenvolvendo em defesa dasempresas contábeis para inclusão no RegimeSimplificado de Tributação. Sinto-me gratifica-do por ter uma representação digna em defesa danossa classe profissional.Remi Haroldo GleichUnião da Vitória - Paraná[email protected]

Tiro de LargadaToda minha solidariedade, referente a ‘Tiro

de Largada’, Revista Fenacon em Serviços, edi-ção 61, pág. 11. Precisamos de uma reforma tri-butaria profunda para valer. O nosso governo nãoé progressista, se fosse já teria feito esta reformapara combater o desemprego dando início ao cres-cimento produtivo do nosso Brasil. Sem refor-mas profundas esta Nação não se desenvolverá.

Proponho um abaixo assinado para fazer valerpelo menos o princípio de equidade em nossacidadania.

João Luiz Loureiro de MelloEscritório Contábil “JL”Sorocaba - SPE-mail : [email protected]

ExemplaresComo posso receber exemplares desta publi-

cação? Atuo na área contábil há 7 anos.

Moysés Vilmar ScheidtExímia Assessoria ContábilCuritiba - [email protected]

Números atrasadosGostaria de completar a minha coleção da

Revista Fenacon e, para isso, solicito alguns nú-meros atrasados: 1996, n° 01 ao 12; 1997, n° 13,15 e 17; 2000, n° 60; 2001, n° 61 e 62. Tambémnão recebi as últimas revistas referente a dezem-bro, janeiro e fevereiro. Há algum problema nadistribuição ou no meu cadastro?Daniel Rubem de Castro DuarteMaceió - [email protected]

Nova revistaTenho uma empresa de assessoramento no

segmento de importação e exportação. Tenho lidoe gostado da revista da Fenacon há algum tem-po. Gostaria de parabenizá-los pela nova ‘roupa-gem’ dada à revista. Ela está moderna e útil. Ospontos altos da nova revista são: 1 - A coluna doDr. Celso; 2- A coluna do diretor Nivaldo, queeu já conhecia e 3- A coluna do diretor Haroldo,que é nova e achei muito inteligente e interes-sante. Continuem assim prestando este serviçode qualidade. Nosso segmento sente-se menosdesamparado com a participação de vocês.José Carlos [email protected]ão Paulo – SP

DP Comp

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6 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 62

o p i n i ã o

A verdadeira terceirizaçãoMário César de Magalhães Mateus

Mário César de Magalhães Mateus é sócio-diretor da Matur Organização Contábil,técnico em contabilidade, bacharel em Direito e pós-graduado em Ciências Contábeispela Fundação Getúlio Vargas - FGV

Vivemos em tempo decompetitividade – e quemquiser sobreviver e ter su-cesso terá de adaptar-se àsmudanças que se proces-sam numa velocidade cadavez mais assombrosa. Ci-tado por Philip Kotler, emMarketing para o SéculoXXI, Richard Love, daHewlett-Packard, afirma:“O ritmo da mudança é tãorápido que a capacidadede mudar tornou-se, ago-ra, uma vantagem compe-titiva.” E Jack Welch, pre-sidente da General E-lectric, também citado porKotler, é mais radical:“Mude ou morra.”

Na verdade, a capacidade de mudare de adaptar-se ao novo é o que distin-gue uma empresa de sucesso, é o que dáa ela condições de atravessar períodosde crise, sem sucumbir aos desafios. Sa-ber a hora de mudar, contudo, é de ex-traordinária importância. Não se podetomar decisões precipitadamente, semantes avaliar a situação em toda a suaabrangência. Mudança implica reflexãoe racionalidade, minucioso estudo damelhor estratégia – e a melhor estraté-gia é sempre aquela que nos conduz aosobjetivos previamente definidos.

Tomemos a terceirização como umexemplo da necessidade de mudança. Háaqueles que ainda a temem e a conside-ram um modismo inútil, mal sabendo queela não é tão nova assim – seusurgimento está ligado à II Grande Guer-ra, quando a indústria bélica americanaa praticou porque, em decorrência danecessidade de concentrar seus esforçosna produção de armamento, soube en-xergar as vantagens da contratação deterceiros para a execução de atividades

secundárias que permitiram maior concen-tração de esforços no fim maior: a produ-ção de armas.

Nós não estamos em guerra, diriam al-guns. Graças a Deus, não estamos mesmo.A guerra que vivemos é a do mercado, aque envolve a vida ou a morte de nossasempresas. Mudar ou morrer, como diriaJack Welch. Mudemos, pois. Mudar é me-lhor do que morrer. Busquemos as inova-ções, mas busquemo-las depois de uma sé-ria e detida análise do nosso negócio. Se é

preciso terceirizar, tercei-rizemos. Antes de fazê-lo,contudo, levemos em con-ta o que realmente impor-ta ao terceirizar: a redu-ção de custos, o aumentoda capacidade de produ-ção, a concentração mai-or de esforços em nossaatividade-fim.

Mas não percamos devista o terceirizado. Tercei-rização não signif icaalheamento do tercei -rizador em relação às ati-vidades secundárias dele-gadas.

Tais atividades continu-am, naturalmente, integrando o univer-so da empresa contratante que, ao assi-nar o contrato, tem em mira o incrementoda produção de sua atividade principal.A necessidade de controle racional e ló-gico prende-se, naturalmente, ao fato deque o terceirizado não conhece a filoso-fia da empresa, daí a necessidade deacompanhar, principalmente nos primei-ros momentos, a execução das ativida-des contratadas.

Na verdade, temos aqui uma parce-ria e é indispensável que o parceiro te-nha o apoio e as ferramentas necessári-as para o seu melhor desempenho. Masé preciso que fique claro: terceirizar nãoquer dizer abrir mão das atividades se-cundárias da empresa. O que se preten-de, ao delegar a terceiros tais ativida-des, é criar meios e adotar estratégiaspara que possamos produzir mais e ven-cer no competitivo mercado desses tem-pos da Era do Conhecimento.

O que se pretende, ao delegar aterceiros tais atividades, é criarmeios e adotar estratégias paraque possamos produzir mais evencer no competitivo mercadodesses tempos da “era doconhecimento”

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g o a r o u n d

Ainda somos enganados

Haroldo Santos Filho

Painel viciadoO Senado brasileiro está às voltas com

a denúncia de que o painel eletrônico devotação teria sido adulterado de forma apossibilitar a manipulação de resultados.Para os parlamentares, o mais grave é quehaveria a possibilidade de o sigilo dosvotos ter sido quebrado. Independente doregimento interno desta Casa, e enquantonão terminam as investigações, gostariade saber se o político tem mesmo o direitode “esconder“ seu voto. Assim, como orepresentado poderá saber se ele votoualgo contra ou a favor de seu interesse?

Vocação de patoEm recentes negociações com a AT&T

do Brasil, pude observar que eles prati-cam os ensinamentos da mais modernacartilha de administração. A famosa“partnership”, aqui conhecida por todoscomo “parceria de negócios” é ampla-mente utilizada naquela empresa. Elespossuem um produto principal e agregamvalor a ele, com diversos serviços e pro-dutos oferecidos e garantidos por tercei-ros, que por sua vez, são os melhores na-quilo que fazem. Quando perguntei a umgerente por que eles levavam isso tão asério, ele disse: “A AT&T não pretendeser um pato que anda, nada e voa, mas faztudo mal feito”.

Administrador na internetO Conselho Federal de Administração

(CFA) está com um site muito interessan-te na Internet (www.cfa.org.br). Entre ou-tros serviços de utilidade aos administra-dores do Brasil, o site procura destacar aimportância desta profissão para o desen-volvimento do país, com frases do tipo“Administrador. Toda organização preci-sa de um.” Alguém duvida disso?!

Sistema FenaconMuitas vezes, quando as pessoas se

referiam ao sistema composto pelaFenacon e pelos sindicatos filiados usa-vam o termo “Sistema Fenacon/Ses-cons”. Alguns sindicatos reivindicaramuma correção no termo, pois suas enti-dades não possuíam o nome abreviadoSescon. Além disso, o “CON” lembramuito contabilidade e este não é o únicosegmento representado pelo sistema. Boahora para uma mudança de hábito: o ter-mo “Sistema Fenacon” nasce tão fortequanto o sistema que nomina!

O brasileiro tem muito o que comemorar. Neste ano, festejamos os 10 anos de vigên-cia do código de defesa do consumidor (CDC), Lei 8.078. Este foi, sem dúvida, um dospoucos dispositivos legais que, após a sua edição, atingiu quase em plenitude seusobjetivos sociais, melhorando sobremaneira a relação existente entre o cidadão consu-midor e o empresário. Na linguagem popular, podemos dizer que esta lei, de fato, “pe-gou”.

Com uma clareza textual incisiva, o CDC regulou cláusulas contratuais (antesabusivas), reduziu a publicidade enganosa, obrigou que se informassem prazos de va-lidade e informações técnicas nas embalagens dos produtos e, o que é mais importante,trouxe de volta às pessoas o valor que antes só se via em países de primeiro mundo.

Não obstante este indiscutível sucesso, o código merece algumas adaptações, comode fato já vem ocorrendo. Além disso, formas de fiscalização de seu cumprimento maiseficazes deveriam estar sendo implementadas pelo poder público, de maneira que estaresponsabilidade não ficasse inteiramente sobre os ombros de quem efetivamente pagaa conta, a população.

Sem maiores esforços verificamos que ainda estamos rodeados de agressões ao CDCe pouco se tem feito contra isso.

Toda vez que vejo na mídia publicidade de pomadas que fazem emagrecer, medalhascom pedacinhos do manto de Cristo e ervas que curam câncer (“em qualquer está-gio”), tenho vontade de perguntar: por que o governo, aparentemente, não inibe estedesrespeito? Ou será que eles acreditam nestes milagres...?

Há um ditado que diz: “não existe almoço de graça”. E é verdade. Quando vejoalguma empresa promover a idéia de que vende algo “parcelado e sem juros” tenhovontade de me dirigir até o responsável e, educadamente, perguntar: “você acha que eusou trouxa?...”.

O pior é que se você quiser pedir um desconto para pagar à vista, tenho certeza, deque a maioria das lojas não dará. Sabe por quê? Porque dentro de uma política comer-cial obtusa, (mal) copiada dos nossos “irmãos” ricos do norte, é melhor perder o clien-te, do que confidenciar os juros praticados pela empresa. Desta forma, se você comprarà vista nesta loja, estará pagando os juros embutidos.

O país que já fez o mais difícil com aimplantação do código de defesa do con-sumidor, deveria envidar mais esforçospara corrigir estas arestas. Outra me-dida importantíssima seria a inclusão,nos cursos de primeiro e segundo graus,de matérias que tratassem de noções bá-sicas de orçamento doméstico e de ma-temática financeira. Esta solução fariajustiça àqueles que, por acaso, não che-gassem à faculdade, onde receberiamnaturalmente estas noções, ainda assimdependendo do curso. Este conhecimen-to desagradaria a muitos pois reduziriao enriquecimento fácil, com base na ig-norância do povo. Então, a partir destaPáscoa, você pode até acreditar no“coelhinho”, mas não se iluda com lo-jas que vendem a prazo e sem juros. Haroldo Santos Filho é empresário contábil, engenheiro e diretor

de Relações Institucionais da Fenacon E-mail - [email protected]

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m a t é r i a d e c a p a

Evasão dos peritosApesar de ser imprescindível para a solução deprocessos judiciais que exigem parecer técnico, aatividade de perícia vem sofrendo tamanhadesvalorização que já provoca o abandono deprofissionais experientes

por André Luiz de Andrade

O diretor da Câmarade Perícias do Sescap/PR, Wilson ZappaHoog confirma:“Muitos profissionaisestão se afastandopelos baixos valoresarbitrados”

Segundo Ubirajara Lino Cardoso, pre-sidente da Associação dos Peritos Conta-dores na Justiça do Estado do Rio Gran-de do Sul – Aspecon, os valores arbitra-dos pelos juizes vem sendo “massacra-dos” de tal forma que, muitas vezes, nãocobrem sequer custos de papel e combus-tível para as diligências. “Os juizes têmarbitrado honorários bem inferiores aosque seriam justos pelo nosso trabalho.Alguns valores chegam a ser irrisórios”.

Foi o que aconteceu como o presiden-te da Associação de Peritos Judiciais doEstado de São Paulo, Rubens MontonCoimbra. Ele produziu um laudo para umprocesso de falência, entregue em 1996.Na época, o arbitramento foi aviltado.“Não me lembro os números, mas o valorfoi baixo”. Sem contar com a desvalori-zação monetária ao longo do tempo,Coimbra receberia hoje pelo trabalho R$35. Receberia.

Como tudo o que foi conseguido arre-cadar da massa falida foi destinado, naordem da lei, ao pagamento de tributosfederal, estadual e municipal e emprega-dos (que receberam parte do que era de-vido), Coimbra não viu a cor do dinhei-ro. “Tive prejuízo”.

Esse é outro problema daatividade de perícia: o retor-no financeiro pode vir vári-os anos após a entrega dolaudo. Mas as despesas di-retas e indiretas envolvidasna confecção do documen-to não esperam. “Pagamosna frente, prestamos o ser-viço e ficamos na dependên-cia de receber”, reclamaCoimbra. Segundo ele, ojuiz deve ter em mente queo perito é um profissional li-beral, portanto não tem re-taguarda, como o FGTS,Férias, 13°”. Além disso, precisa arcarcom os custos do escritório, equipe deapoio. “Quando você entrega o laudo issotudo já está pago, mas você só recebe nofinal”, lamenta.

A remuneração do perito possui carac-terísticas específicas, pois está diretamen-te vinculada à decisão do principal clien-te da perícia: o juiz. Os valores dos servi-ços cobrados pelo perito não são regula-mentados por nenhuma norma legal. Fi-cam a cargo do juiz. Nos processos judi-ciais, vale o arbitramento.

Nos casos de perícias extra-judiciais e assistências técnicas,vale o livre acordo entre o peritoe a parte contratante.

Justiça trabalhosa

No caso específico da justiçatrabalhista, a situação é pior.Como em ações trabalhistas exis-te o princípio da gratuidade parao reclamante, se este perde a açãoé liberado de qualquer pagamen-

to. Inclusive o do perito. E, mesmo nosacordos, o perito sai perdendo. Algumasvezes, a proposta da empresa para a ho-mologação do acordo inclui a redução dosvalores do perito.

“Por que o próprio advogado não diz -eu vou abrir mão de parte dos meus ho-norários?”, indaga Cardoso. O perito sim-plesmente não é ouvido no momento doacordo. Só toma conhecimento da redu-ção de seus honorários quando sai o alvaráou a notificação, “até mesmo porque operito não tem o hábito de acompanharos processos”, reconhece o presidente daAspecon.

Outra área problemática é a da JustiçaFederal, principalmente em ações que en-volvem o Sistema Financeiro da Habita-ção. O diretor da Câmara de Perícias doSescap/PR, Wilson Zappa Hoog, confir-ma que muitos profissionais estão se afas-tando pelos baixos valores arbitrados, emalguns casos, inferiores ao custo do ser-viço, o que abre lacunas para profissio-nais inexperientes e sem qualificação.

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O presidente daAssociação de PeritosJudiciais de SãoPaulo, Rubens MontonCoimbra, contabilizaos inúmeros prejuízossofridos na atividade

Para Antonio CarlosMoraes da Silva,empresário contábil econselheiro do CFC a“desvalorização começapelo próprio perito, quenão está preparado paramostrar com clarezaquais serão seus custos”

“Há processos com 5, 6 substituições”,afirma Hoog. Esses profissionais ajudama desvalorizar ainda mais a atividade deperícia, pois se propõem a trabalhar porbaixos honorários, que acabam sendoaceitos pelos juizes.

“Em um ano e meio, dois anos, os jui-zes começarão a ter problemas com lau-dos sem qualidade produzidos por peri-tos inexperientes”, diz Hoog. Já nas de-mais áreas da Justiça Federal, como emações que envolvem tributos federais eempresas federais, como a CEF, o proble-ma é menor, pois exigem experiênciamaior do perito. “Da forma como estáhoje, muitos colegas vêm abandonando aatividade por problemas de ordem econô-mica”, lamenta Ubirajara Cardoso.

Complexidade

Se, por um lado, os valores arbitradospelos juizes são aviltantes, por outro, anatureza da atividade obriga a um traba-lho muitas vezes demorado e complexo.O valor fixado deve abranger portanto nãosó um ganho financeiro à altura de umprofissional de nível superior, mais a re-cuperação dos custos administrativos eoperacionais e dos investimentos em ma-teriais, equipamentos, formação profissi-onal etc.

“É condição indispensável ao perito es-tar em constante atualização - ter acessoà legislação, periódicos, livros técnicos,eventos...”, destaca Ubirajara Cardoso eacrescenta: “em alguns casos, o processorequer viagens que não são levadas emconsideração pelos juizes”, citando umdos diversos custos que envolvem o tra-balho do perito.

O tempo é outro fator importante. Aquantificação dos custos deve prever otempo a ser despendido na realização dotrabalho, que envolve procedimentoscomo a leitura e a análise dos autos, dili-

gências para a busca de documen-tos, planilhamento dos dados, cál-culos e discussão com o assisten-te técnico ou perito extrajudicial.

Outro ponto que nem sempre éobservado pelo juiz é que a com-plexidade do trabalho do perito nãoé necessariamente equivalente ao‘tamanho’ da causa. “Muitas vezesa causa é pequena, mais o trabalhopericial é muito grande. É discuti-da uma causa de R$ 2 mil, mas querequer um trabalho pericial de operações quepreexistiram há vários anos”, diz Cardoso.

Causas

Mas por que o problema acontece?“Talvez nós não tenhamos conseguidosensibilizar o juiz sobre o quanto o nossotrabalho irá ajudá-lo no processo”, opinaUbirajara Cardoso. Mas será que o pro-blema é apenas de insensibilidade dos jui-zes?

Para o perito Antonio Carlos Moraesda Silva, empresário contábil e conselhei-ro do CFC, a desvalorização começa pelopróprio perito, que não está preparadopara mostrar com clareza quais serão seuscustos ao longo do processo de elabora-ção do laudo - quanto vai gastar, como,porque, em quanto tempo. Ou seja, por-que o valor cobrado pelo seu trabalho éjusto. “Como eu não prevejo a situaçãode ter de me deslocar de um Estado a ou-tro?”, exemplifica Silva.

Para Silva, é fundamental que a ofertade honorários já seja parte de um plane-jamento detalhado de todo o processo detrabalho. Na planilha de custos deve cons-tar todos os aspectos que levaram o pro-fissional a determinada estimativa de va-lores, como a necessidade de viagens, es-tadias, diligências para a busca da prova,incluindo a apresentação de justificativas.“O juiz tem o poder de arbitrar. A lei o

confere isso. Mas no momento emque o honorário é bem planejado,a apresentação é bem feita, coma comprovação da sua veracida-de, se impede até que as partesimpugnem o valor”, defende Sil-va.

Quando isso não acontece, “ojuiz acaba arbitrando o valor, poisele acha que falta clareza, ele nãoencontra legitimidade para o va-lor proposto”. Neste caso, segun-

do Silva, a situação é grave, pois quandoum juiz arbitra um valor baseado em ava-liação própria significa que está chaman-do o perito de incompetente, desvalori-zando o profissional. “Considero umdesprestígio. Mas na maioria das vezesisso acontece com razão. Nesses casos épreferível que o perito renuncie do car-go”.

Isso quando não acontece o pior – operito é destituído do cargo por falta dejustificativas. “O perito despreparado levaconsigo de antemão a marca da incompe-tência”, alerta.

‘Peritos leigos’

Em trabalho sobre ‘Honorários Perici-ais’ apresentado durante a 6a Convençãode Contabilidade do Rio Grande do Sul,o presidente da Aspecon concorda com areclamação do conselheiro do CFC, An-tonio Carlos Morais da Silva. “Não é raroouvirmos dos juizes relatos sobre as difi-culdades encontradas para deferimentodos honorários, pois não há, em muitasocasiões, justificativas consistentes parao valor proposto pelo perito”, destacouUbirajara Cardoso.

No trabalho, ele ainda afirma: “a ado-ção de petições simplórias para o reque-rimento dos honorários contribuem deforma negativa para a valorização do tra-balho do perito, pois se o profissional nãoexplana toda a complexidade que a maté-ria objeto do laudo pericial apresenta,como este profissional vai esperar que oleigo, a quem o laudo é destinado, valori-ze o que ele desconhece?”.

Tal despreparo, segundo Antonio Car-los Silva, leva a outro problema comumda categoria: a proliferação de ‘peritos’leigos, que acabam tomando o lugar doprofissional. “Quando o juiz se deparacom um perito despreparado ou que semostra despreparado, arbitra o honorário

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ou o destitui, abrindo espaço vácuo parao leigo”.

Escola

Mas talvez a dificuldade do perito emelaborar um orçamento de honorários cor-reto possa ser compartilhado com as uni-versidades. “Falta conhecimento, um trei-namento para ensinar o perito como ela-borar o custo”, critica Silva, que tambémé professor de pós–graduação na cadeirade Perícia Contábil em diversas universi-dades. Silva lembra que o próprio cursode contabilidade já desvaloriza o peritoao conferir apenas um semestre à cadeirade Perícia. Não existe, por exemplo, umacadeira para ética do perito. Assim comoo próprio planejamento de custos, éticaacaba sendo mais um tema a ser discuti-do timidamente nesse único semestre.

As universidades também apresentam,segundo Silva, outra deficiência. Estãopreparadas para formar o contador emseus aspectos técnicos, mas não em espe-cialistas no campo processual. “O peritodo juiz deve estar preparado não só nocampo técnico-científico, mas também noprocessual”.

Tabela de valores

Antonio Carlos Silva, que já foi presi-dente do Sescon/DF, também destacou aimportância das entidades de classe naqualificação dos profissionais peritos,promovendo debates, cursos, eventos oumesmo apresentando os profissionais aosjuizes.

É o que já faz, por exemplo, o Sescap/Paraná. No dia 23 de março, a Câmara dePerícias do sindicato promoveu assem-bléia para a fixação de tabelas de honorá-rios. Na maioria dos casos, são os sindi-catos de contabilistas que fixam valores

referenciais para a hora téc-nica profissional do perito.Hoje, existe um valor de re-ferência de R$ 140 fixadopelo sindicato dos contabi-listas de Curitiba. A propos-ta do Sescap é que os novosvalores referenciais tenhammaior flexibilidade, com pa-tamares mínimos e máxi-mos, e levando em conside-ração o tipo de ação, locaisetc.

A Câmara também vemrealizando cursos livres de Extensão Uni-versitária em Perícia Judicial em convê-nio com a Faculdade de Arquitetura e En-genharia – FAE de Curitiba, para a reci-clagem dos profissionais peritos. O curso éaberto a todos os profissionais de nível su-perior. O primeiro foi em dezembro do anopassado. A turma teve 150 alunos. Trintapessoas ainda ficaram na fila de espera. Apróxima turma está prevista para o próxi-mo semestre.

A cada dos meses são promovidas reu-niões na sede do Sescap para a discussãode temas ligados à atividade. E recente-

mente foi disponibilizada no site do sin-dicato uma relação de peritos, trazendoinformações de cada profissional, por áreade atuação. O objetivo é que o cadastropasse a ser uma fonte de consulta parajuizes e advogados. Já se cadastraram 48peritos. O guia, em abril, ganhará versãoimpressa, que será distribuída para os jui-zes do Estado. O guia, na Internet, teráatualização constante. O impresso seráatualizado anualmente.

Para contribuir no aprimoramento eatualização da classe de peritos, tambémfoi criada no ano passado a FederaçãoBrasileira de Peritos, Árbitros, Mediado-res e Conciliadores – Febrapam, da qualAntonio Carlos Silva é o vice-presidentede Cultura Profissional. A entidade pro-moverá cursos e pretende realizar este anoum Congresso Nacional de Perícias. Afederação já possui entidades filiadas emSão Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande doSul, Minas Gerais, Distrito Federal, Goi-ás e Ceará. “O contador brasileiro aindatem na cabeça que a elite da contabilida-de é a auditoria e esquece que a elite daprofissão são aqueles que produzem umtrabalho bem feito”, conclui Antonio Car-los Silva.

Ubirajara Lino Cardoso,presidente da Associaçãodos Peritos Contadoresna Justiça do Rio Grandedo Sul: “os valoresarbitrados muitas vezes,não cobrem sequercustos de papel ecombustível para asdiligências”

O perito Ubirajara Lino Cardoso relacionou em seu trabalho “PeríciaContábil” os elementos que irão propiciar ao perito identificar aextensão da matéria em exame e estimar o número de horas a seremdespendidas durante a execução do trabalho. São eles:

Leitura e análise do processo e/ou busca dos elementos ondeencontram-se descritos os fatos a serem analisados;

Avaliação da documentação existente nos autos;

Avaliação da documentação necessária para a elaboração dolaudo pericial;

Verificação junto as partes envolvidas ou outras fontes deconsulta, da localização dos elementos a serem analisados,objetivando verificar a necessidade de deslocamentos;

Verificar a necessidade de aplicação de equipamentos que serãoutilizados na tabulação dos dados e na confecção do laudo,mensurando o tempo de sua utilização e respectivos custos;

Quantificar o numero de horas que serão despendidas narealização das tarefas que serão executadas ao longo da perícia,abrangendo todas as etapas, desde o momento da carga dos autosaté a entrega do laudo.

Quantificação dos honorários periciais

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“Empresas de Serviços – Instrumento deDesenvolvimento Social”. Este é o tema da9a edição da Convenção das Empresas deServiços Contábeis – 9a Conesc que aconte-ce este ano, de 25 a 27 de novembro, noCentro de Convenções de Pernambuco, emRecife. As fichas de pré-inscrição para oevento bienal da Fenacon começam a serdistribuídas. Uma parte está sendo enviadaaos Sescons, que ainda estão recebendo‘banners’ para divulgação do evento em suasbases de representação. A partir desta edi-ção, a Revista Fenacon em Serviços tambémtrará a ficha encartada (veja pags. 25 e 26).

Até o final de abril já deverá estar defini-da a programação completa da convenção,incluindo temas das palestras, palestrantese a programação social, com os eventos tu-rísticos. No final de maio, começam a serdistribuídos os formulários de inscrição de-finitivos, com a programação oficial. Quemjá preencheu as fichas de pré-inscrição eefetuou o pagamento basta confirmar a pre-sença, preenchendo o formulário definitivo.

A Conesc, maior evento do segmentoempresarial contábil do País, este ano, teráum enfoque mais abrangente. Abordará aimportância do setor de serviços em seusaspectos sociais e econômicos para o País.Para isso, paralelamente à 9a Conesc, acon-tecerá no memso local e data, a primeiraConvenção Nacional das Empresas deAssessoramento, Perícias, Informações epequisas - 1a Conesa. A expectativa é que osdois eventos recebam 1.500 participantes noCentro de Convenções de Pernambuco. Ape-nas no segundo semestre do ano passado,

mais de 400 pessoas já haviam preenchidofichas de pré-inscrição, distribuídas emeventos do segmento contábil.

Quem já quiser garantir sua participação,deve preencher a ficha de pré-isncrição, comdados pessoais e da empresa, e efetuar o de-pósito a favor do Sescon/ PE (Conesc), agên-cia 2348-5, da Caixa Econômica Federal,conta corrente 003.00926-4. Os valores são:até 30 de setembro, R$ 150, para convencio-nais e R$ 100 para acompanhantes; a partirde 1o de outubro, R$ 180, convencionais eR$ 100 acompanhantes. O pagamento podeser feito em cheque ou depósito bancário.Cópia do comprovante de depósito bancário

Megaeventoem Recife

e ficha de inscrição devem ser enviadas porfax para o Sescon/PE (81- 3327-6324).

Em breve, estará no ar o site oficial da9a Cones/1a Conesa com toda a grade de pro-gramação, informações turísticas etc. Atra-vés dele, também poderá ser preenchido o for-mulário de inscrição on-line. O sucesso da 8a

Conesc vem gerando expectativas em tornodo evento deste ano. A 8a Conesc, realizadaem 1999, reuniu 925 participantes, no Cen-tro de Convenções de Curitiba. O tema foi:‘O empresário na era dos serviços’. Entre ostemas abordados, “Qualidade nas empresasde serviços” e “Estratégias empresariais emum mundo em mudanças”.

Abertas as pré-inscrições parao evento bienal da Fenacon: aConesc - Convenção Nacionaldas Empresas de ServiçosContábeis, que terá sua nonaedição em novembro, na capitalpernambucana

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Presidente - Geraldo de Paula BatistaVice-Presidente - José Carmelo de Farias1º Coordenador Geral - José Félix de Souza Júnior2º Coordenador Geral - Valdir Renato Coscodai1º Coordenador de Finanças - Almir Dias de Souza2º Coordenador de Finanças - Alba Rosa Nunes Ananias1º Coordenador de Divulgação - Adelvani Braz da Silva2º Coordenador de Divulgação - João Luíz Pereira Borba1º Coordenador Social - Genival Ferreira da Silva2º Coordenador Social - Ferdinan da Silva Moura1º Coordenador de Secretaria - Harry Ancre Barbosa2º Coordenador de Secretaria - Rosivaldo Justino da SilvaRepresentante da Fenacon - José Rosenvaldo Evangelista RiosRepresentante da Fenacon - Valdir Pietrobon

Composição da comissãoorganizadora da 9ª Conesc/1ª Conesa

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e d u c a ç ã o

Escolas defasadasMais de 15 mil contadores etécnicos em contabilidadefizeram, em março, o exame desuficiência do CFC. Pré-requisitopara a obtenção do registroprofissional, o exame mostrafalhas na formação e o quanto asescolas estão defasadas

Cerca de 15 mil contadores e técnicos emcontabilidade de todo o Brasil fizeram, nodia 25 de março, o terceiro exame de sufici-ência realizado pelo Conselho Federal deContabilidade. Este número é quase cincovezes maior do que o registrado no primei-ro exame, aplicado no início do ano passa-do, com 3.583 inscritos. O segundo, queaconteceu em setembro de 2000, avaliou9.166 profissionais.

Para o presidente do CFC, José SerafimAbrantes, isso significa que o exame foicompreendido como um necessário meca-nismo de avaliação do grau de conhecimen-to dos profissionais da contabilidade recémformados. Hoje, a aprovação no exame é pré-requisito para a obtenção do registro profis-sional junto à entidade.

“Queremos que a sociedade tenha umprofissional com bom nível técnico esociocultural”, defendeu Abrantes. Mas, se-gundo ele, o objetivo do exame, que con-tém 50 questões objetivas de múltipla esco-lha, vai bem além de uma simples aferiçãodos conhecimentos mínimos de habilitação

do exercício profissi-onal. Ele nasceu emfunção do fosso cadavez maior entre o queas universidades en-sinam e o que merca-do de trabalho exige.

“Não queremosavaliar as universida-des. Queremos levaràs escolas a preocu-pação e a sensibilização de que elas não es-tão oferecendo o que o mercado precisa. Eque o programa curricular e os professoresprecisam ser aperfeiçoados”, destacou. O‘provão’ do CFC seria, portanto, uma espé-cie de baliza para que a universidade perce-ba a necessidade de se adequar à realidadedo mundo globalizado.

O exame também teria a função de levarao aluno a consciência do que realmente omercado de trabalho quer. Segundo o presi-

dente do CFC, caso, no futuro, essesobjetivos sejam alcançados, o exame de su-ficiência poderá até deixar de existir. Mas,por enquanto, isso parece longe de ocorrer.No primeiro exame, a média de aprovaçãopara os contadores foi de 87,78% e para ostécnicos, de 75,78%. No segundo, ospercentuais de aprovados cairam ainda mais:61,68% para contadores e 49,60% para téc-nicos. “É a prova de que tínhamos de adotaro exame”.

Consolidação do ensino

Milton de Barros Freire Júnior, diretor daFaculdade Trevisan, inaugurada há um ano emeio, em São Paulo, e que oferece os cursosde Ciências Contábeis e Administração, con-corda com a visão do presidente do CFC, JoséSerafim Abrantes. Para ele, o exame é de ex-

Demarcas

Segundo o presidente do CFC, JoséSerafim Abrantes, o exame foi criadodevido ao fosso cada vez maior entre oque as universidades ensinam e o quemercado de trabalho exige

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Milton de Barros Freire Júnior, diretor darecém-criada Faculdade Trevisan: “Oscursos ainda têm uma visão tradicionalista.Hoje o contador tem uma função mais nobreque no passado. Ele passa a ser umelemento atuante no processo de decisãodas empresas, mas os cursos ainda não seadequaram isso”

j u s t i ç a

A primeiraTurma do Superior Tribunal deJustiça -STJ negando provimento ao recursointerposto pela Fazenda Nacional, confirmou,por unanimidade, a isenção da Cofins para aBS Consultoria Fiscal Ltda., de Porto Ale-gre, uma sociedade civil formada por conta-dores que prestam consultoria fiscal e audi-toria contábil (Recurso Especial 260960).

A empresa sustentou que, por não terempregados, não poderia ser obrigada a re-colher uma contribuição dirigida apenas aosempregadores. Defendeu-se recorrendo aoDecreto-Lei 2.397/87, que estabelece isen-ção para as sociedades civis de prestação deserviços, “constituídas exclusivamente porpessoas físicas domiciliadas no País”. A Pri-meira Vara Federal de Porto Alegre julgoulegal, nesse caso, a cobrança da contribui-ção, mas o Tribunal Regional Federal da 4ªRegião reformou a sentença e declarou aisenção da empresa.

A Receita Federal, entretanto, não tem re-conhecido a isenção para as sociedades ci-vis que optaram pelo pagamento do Impos-to de Renda com base no lucro presumido,que afasta a tributação sobre os resultadosobtidos pelos sócios (pessoas físicas). Se-gundo a Fazenda Nacional, ao fazer essaopção, os contribuintes também devem sertributados como pessoas jurídicas, o que in-

STJ garante isenção da Cofins àempresa contábil gaúcha. Decisõesmonocráticas e acórdãos já somam 29em favor das sociedades civis deprofissões regulamentadas

cluiria o pagamento da Cofins.“Não há suporte legal para se acolher a

tese da Fazenda Nacional”, afirma o relatordo processo no STJ, ministro HumbertoGomes de Barros. Segundo ele, a opção pelatributação com base no lucro presumido feitapela BS é “irrelevante” para o caso porqueterá reflexos no pagamento do Imposto deRenda e não na isenção.

O relator reforça esse entendimento ci-tando o voto do juiz Geraldo Apoliano emcaso semelhante. A Cofins, segundo o juiz,nada tem a ver com o imposto sobre a ren-da. “É contribuição sobre o faturamento, enão sobre o lucro”, afirmou. Para ele, o ar-gumento da Fazenda Nacional teria funda-mento se a norma de isenção da Cofins ti-vesse condicionada ao regime tributário, “oque efetivamente não ocorreu”.

Com a decisão da Primeira Turma do STJà favor da BS Consultoria Contábil, já são21 decisões monocráticas e 8 acórdãos, quevão consolidando a jurisprudência dos tri-bunais superiores sobre a não incidência daCofins sobre a receita das sociedades civisde profissões regulamentadas. Abaixo, re-lacionamos os processos já decididos favo-ravelmente às sociedades.

1. AGRRESP 258236Min. Francisco FalcãoDJ Data: 19/12/2000

2. RESP 246575DJ Data: 11/04/2000

3. RESP 227937DJ Data: 02/12/1999

4. RESP 226542DJ Data: 09/12/1999

5. RESP 249246DJ Data: 23/05/2000

6. RESP 249082DJ Data: 31/05/2000

7. RESP 250572

DJ Data: 12/06/2000

8. RESP 249081DJ Data: 12/06/2000

9. RESP 250198DJ Data: 12/06/2000

10. RESP 253984DJ Data: 14/06/2000

11. RESP 255366DJ Data: 29/06/2000

12. RESP 260268DJ Data: 18/08/2000

13. RESP 082656DJ Data: 29/08/200014. RESP 261068

DJ Data: 29/08/2000

15. RESP 257386DJ Data: 31/08/2000

16 RESP 264733DJ Data: 11/09/2000

17. RESP 212551DJ Data: 28/06/1999

18. RESP 262050DJ Data: 13/10/2000

19. RESP 204589DJ Data: 18/10/2000

20. MC 003242DJ Data: 30/10/200021. RESP 191215

DJ Data: 30/10/2000

Acórdãos1. AGRESP 253984DJ Data: 18/09/2000PG:001052. RESP 209629DJ Data: 16/11/1999PG:001923. RESP 192156DJ Data: 28/06/1999PG:00058RSTJ VOL.:00123PG:000944. RESP 156839DJ Data: 27/04/1998

Cofins em xeque

PG:00104RSTJ VOL.:00109PG:000605. RESP 144851DJ Data: 27/04/1998PG:000866. RESP 254613 PE2000/0034096-0Decisão: 29/06/2000DJ Data: 21/08/2000PG:001027. RESP 251922 PR2000/0025974-8Decisão: 29/06/2000DJ Data: 21/08/2000PG:00101

Decisões monocráticas & Acórdãos

Ministro Humberto G.Barros: opção pelolucro presumido não justifica o pagamento

trema importância, pois consolida o proces-so de aprendizagem do aluno. “O exame irádizer se ele está adequado à nova realidadeou se terá que complementar os estudos”.

Freire também reconhece o distan-ciamento entre o que se ministra nas escolase a realidade de mercado. “O mercado reagemais rápido às mudanças; mas os cursos es-tão se modernizando para atender às novasexigências”, afirma. Para isso, segundo ele,alguns temas terão que fazer parte do ‘dese-nho’ dos cursos de Ciências Contábeis, comoos relacionados a informática e ao geren-ciamento de empresas.

“Os cursos ainda têm uma visão tradici-onalista. Hoje o contador tem uma funçãomais nobre que no passado. Ele passa a serum elemento atuante no processo de deci-são das empresas, mas os cursos ainda nãose adequaram a isso”, cita Freire. Segundoele, o profissional atual deve ter uma visãomais crítica e analítica, ou seja, interpretativados fatos e não mais estar preocupado ape-nas com o registro dos fatos. “Ele deve ter apercepção de mercado e não só exercer umaatividade operacional”.

Outras matérias terão que receber umaenfoque mais abrangente, como a ‘Ética Pro-fissional’. A abordagem de questões sobreética no exame de suficiência passará a exi-gir das universidades um aprofundamentomaior do tema. “Temos que ter uma visãomais crítica sobre o Código de Ética, da pos-tura do Contador. Freire faz uma ressalva: ade que a aprovação no exame de suficiêncianão garante a contínua qualidade do profis-sional, mas apenas em um primeiro momen-to de sua vida profissional.

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16 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 62

r á p i d a s

JulhoI Encontro de Profissionais das EmpresasContábeis de Arapongas (data a definirArapongas -PR

AgostoV Seminário Latino de Cultura Contábil – VProlatino15 a 17 de AgostoCentro de Convenções de Pernambuco -Recife – PEInformações: (81) 3423-6011/[email protected]

II Encontro dos Contabilistas do Cone Sul24 de AgostoVilhena - RO

III Encontro das Empresas de ServiçosContábeis de Rondônia25 de AgostoVilhena - RO

SetembroVII Encontro de Contabilistas, Entidades eEmpresas de Serviços Contábeis do Estadoda Bahia12 a 14 de setembroCentro de Convenções Amélio Amorim -Feira de Santana - BAInformações:Tel.: (75) 623-9443 oue-mail [email protected]

NovembroI Congresso Sul Brasileiro de Perícia07 a 09 de novembroCuritiba - PR

9a Convenção Nacional das Empresas deServiços Contábeis - 9a Conesc/1aConesa25 a 27 de novembroCentro de Convenções de Pernambuco -Recife – PEInformações:Telefax: (81) 3327-6324 (Sescon/PE)

Agenda

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Diretoria da Fenacon vaiao Congresso em busca deapoio para o Simples

O deputado federal José Carlosda Fonseca (foto à direita) recebeu,em seu gabinete em Brasília, no dia15 de fevereiro, a visita do presi-dente da Fenacon, Pedro CoelhoNeto, do vice-presidente para a re-gião Centro –Oeste, AntonioGutenberg Anchieta, e dos diretoresde Relações Institucionais, HaroldoSantos Filho; e de Relações do Trabalho eAssuntos Legislativos, Sauro Henrique deAlmeida.

Eles foram pedir apoio do parlamentarpara a campanha liderada pela Fenacon pelaampliação do Simples para as micros e pe-quenas empresas do setor de serviços. Odeputado também foi convidado a integraro Núcleo Parlamentar de Estudos Contábeise Tributários – NPECT. A ida ao Congres-so Nacional ainda incluiu reuniões com osenador Arlindo Porto e com presidente doNúcleo, deputado federal, Germano Rigotto( foto abaixo).

XVII Encontro Nacional deSindicatos Patronais deComércio e Serviço

Com o aval e apoio da ConfederacãoNacional do Comércio - CNC, aconteceráde 13 à 16 de junho, em Blumenau, SantaCatarina, o XVII Encontro Nacional de Sin-dicatos Patronais de Comércio e Serviços.Voltado para os dirigentes sindicais, o even-to deve reunir mais de mil pessoas. As em-presas contábeis estarão representadas naprogramação técnica pelo presidente do

Sescon/Blumenau, Carlos RobertoVictorino. Ele será o coordenador de umadas reuniões específicas (setor de serviços)que acontecerão paralelamente às palestrasprincipais.

A Confederação Nacional do Comércio– CNC é constituída de 13 Federações, en-tre elas a Fenacon. São 4.500 Sindicatospatronais que abrangem o setor terciário daeconomia como o do Comércio Varejista,Atacadista, Farmacêutico e Imobiliário eRepresentantes Comerciais e de Empresasde Contabilidade, Assessoramento, Períci-as, Informação e Pesquisa. Juntas, congre-

gam 4 milhões de trabalhadoresSomam mais de 1 milhão de esta-belecimentos comerciais e de ser-viços, representando 48% do PIBbrasileiro.

Informações:0800-6451002www.sindilojasblumenau.com.br.

III Encontro das Empresasde Serviços Contábeis deRondônia

O presidente da Fenacon, Pedro CoelhoNeto, será um dos palestrantes do terceiroEncontro das Empresas de ServiçosContábeis de Rondônia que será realizadojuntamente com o oitavo Encontro de Con-tabilistas de Rondônia. Os dois eventosacontecem de 23 a 25 de agosto, em PortoVelho. Pedro Coelho falará sobre ‘Evolu-ção e mercado das empresas de serviçoscontábeis’. Os encontros estão sendo pro-movidos pelo Siecont/RO e Conselho Re-gional de Contabilidade de Rondônia.

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 62 - 17

Já é possível no Brasil pesquisar e registrarmarcas através da Internet. Exemplo disso éo serviço oferecido pela empresa argentinaDemarcas, que promete a proteção dos direi-tos de propriedade intelectual das marcas deforma econômica, simples e eficiente. A em-presa, que chegou ao País em janeiro desteano, já atua em toda América Latina.

O sistema de buscas utilizado pela Demar-cas procura marcas com base nos critérios desimilaridade fonética (semelhança de som) eortográfica, verificando a disponibilidade donome sugerido. Uma vez confirmada a possi-bilidade de registro, a empresa encaminha aoInstituto Nacional de Propriedade Industrial– INPI o pedido formal. Entre as vantagensdo sistema, está a agilidade e a possibilidadede acesso de qualquer lugar do Brasil. A basede dados de marcas é da própria Demarcas,constituída através dos arquivos do INPI.

A empresa interessada em registrar suamarca pode, portanto, fazer a pesquisa gra-tuitamente utilizando os recursos do própriosite Demarcas (http://www.demarcas.com.br). A partir do momento em que for

m a r c a s & p a t e n t e s

solicitado à Demarcas o registro da marca,será cobrado o valor fixo de R$ 250 pormarca solicitada, além da taxa cobrada peloINPI (R$ 98,50 microempresas; R$ 197 de-mais empresas).

O pagamento é feito via depósito identifi-cado em conta-corrente. Para registro em ou-tros países da América Latina, os honoráriossão de aproximadamente US$ 300,00 pormarca, em cada país. Uma vez efetuado o pa-gamento, a Demarcas se responsabiliza emprovidenciar a documentação (contrato soci-al e CNPJ) do cliente, tornando-se suaprocuradora.

Após encaminhar ao INPI a solicitação, aempresa enviará o protocolo oficial carimba-do pelo INPI, o que confirma a solicitação deregistro. Até o parecer final do órgão público,a Demarcas faz o acompanhamento do pro-

Mais fácil e baratoInternet agiliza, desburocratizae torna mais barato o processode busca e registro de marcas

Copan

cesso e a vigilância (pedido, publicação, sehouve oposição, deferimento ouindeferimento). Todo o processo pode seracompanhado pelo cliente, pelo site da em-presa, através de uma senha.

“Nosso serviço não se resume ao site. Cri-amos uma estrutura de atendimento tradicio-nal, formada por uma equipe especializada noassunto, para esclarecer dúvidas e orientar osclientes”, acrescenta o gerente da Demarcasno Brasil, Ariovaldo Ribeiro. Ele lembra que,pela facilidade, o sistema de busca online po-derá ser uma ferramenta de trabalho paraempresas de contabilidade, despachantes eadvogados. “Queremos desmistificar oregistro de marcas, como um processo caro eburocrático”, afirmou Ribeiro.

Com um investimento total de US$ 1,5milhão, a Demarcas iniciou suas atividadesem setembro do ano passado na Argentina.Em novembro, o serviço foi disponibilizadotambém no Uruguai e na Venezuela e, emmarço deste ano, iniciou suas operações noChile e México. Para a operação inicial noBrasil foram investidos US$ 150 mil.

A Demarcas prevê fechar seu primeiro anocom 1000 marcas solicitadas no Brasil, comum público-alvo formado principalmente porpequenos e médios empreendedores. Em cin-co anos, a expectativa é a de conquistar 20%do mercado nacional, estimado em 80.000marcas registradas por ano. A meta também seaplica aos outros países da América Latina, quejunto com o Brasil somam 250 mil marcas.

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18 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 62

i n t e r n e t

Nivaldo CletoNova tendência paraconexão de dados e internet

Soluções Wireless LAN permitem interligarcomputadores dentro de uma empresa sem anecessidade de cabeamento, utilizando o sistema decomunicação por rádio

A tecnologia Wireless (sem fio) estávindo para ficar e revolucionar o mer-cado. Produtos mais confiáveis, compreços mais acessíveis e maior seguran-ça. As soluções Wireless LAN permi-tem interligar computadores dentro deuma empresa sem a necessidade decabeamento, utilizando o sistema decomunicação por rádio.

As vantagens de uma rede local semfio estão em permitir o acesso de qual-quer lugar da empresa; instalação rápi-da, com tempo médio de 20 minutos porestação; limpeza; flexibilidade em adi-cionar ou retirar pontos; facilidade parafuturas expansões; e preservação do in-vestimento já que, diferentemente doque ocorre com o cabeamento, se mu-dar de endereço, o cliente pode carregarconsigo a solução.

Por estes diferenciais, a WirelessLAN é uma opção bem aceita em ambi-entes como hospitais, universidades,centros de pesquisas, prédios tombadospelo patrimônio histórico; aeroportos,lojas, eventos, auditorias, centros de dis-tribuição e chão de fábrica.

Produtos disponíveis

No Brasil já temos A FamíliaOrinoco, da Lucent Technologies, apre-senta várias soluções para os mercadoscorporativo e Soho (Small Office/ HomeOffice) – Maiores informaçõeswww.lucent.com.br

A Cisco oferece ao mercado a famí-lia Aironet 340 que é composta pelaBase Cisco AP340, um ponto de acessoque é ligado ao cabeamento convencio-nal e que pode inclusive, interligar oservidor sem fio; pela placa PCMCIA

340 e todos os dis-positivos necessári-os para a conexãode PCs e portáteis.(www.cisco.com.br)

A Compaq ofe-rece uma solução dehardware para pon-to de acesso de rede local sem fio chamadaWL400, de 11 Mbps, o software WL300,placa PCI para desktops e PCMCIA CompaqWL100 para notebooks. O WL400 é um hubwireless que permite a conexão dos equipa-mentos ao nó de rede e o software WL300permite que um PC emule um ponto de co-nexão, um hub. A solução tem alcance de250 a 300 metros, que diminui conforme aquantidade de obstáculos e suporta 16 usu-ários por hub.

A solução para redes locais sem fio da3Com, denominada AirConnect consiste emum ponto de acesso sem fio e PC cards denotebooks. Fixado ao teto ou à parede, oponto de acesso funciona como uma ponteentre a rede fixa e até 63 PCs sem fio simul-tâneos e seu alcance chega a 100 metros.

Fascínio na Comdex

Ao visitar o estande da Sony na ComdexLas Vegas, fiquei fascinado quando obser-vei que estava navegando na Internet atra-vés de um notebook e não conseguia encon-trar o cabo da linha telefônica ou da RedeLAN, pois o aparelho estava funcionandocom uma minitorre que transmitia para ocartão PCMCIA do notebook.

Esta torre custa em torno de US$ 550,00mais US$ 150,00 do cartão e infelizmenteainda não vende no Brasil e sua importaçãocustará mais 60 % de impostos de importa-ção. Imaginem que com este aparelho liga-

do a um hub tem um alcance de 45 me-tros, você poderá andar pelas dependên-cias da empresa e permanecer conectadoa rede sem fio. A torre permite a cone-xão de até 16 PCs. Para os desktops quenão possuem slots PCMCIA deve serinstalada a placa adaptadora PCI. Maio-res informações no web site www.sonystyle.com/vaio/sr/index.html

Enfim está comprovado que atecnologia de acesso sem fio veio paratransformar o mercado e creio que da-qui a dois ou três anos não iremos maisnos preocupar com cabeamento de rede,pois até lá os próprios fabricantes ven-derão os equipamentos com solução paraconectividade agregada ao produto.

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 62 - 19

Nivaldo Cleto é empresários contábil e diretor de Tecnologia da Fenacone colunista da Revista Fenacon em ServiçosE-mail - [email protected]

Profissionais da área de contabilidadeque confiaram nas informações de que osistema estava preparado em 2000 parareceber no último dia, as declarações doImposto de Renda pela Internet tiveramuma desagradável surpresa. O sistema fi-cou congestionado a partir das 16h, difi-cultando por demais a entrega dos arqui-vos. Isso ocasionou uma série de prejuí-zos para quem, apesar de haver deixadopara última hora, confiou no sistema doSerpro, que nos anos anteriores não ha-via apresentado problemas deste tipo.

A Fenacon recebeu centenas de e-mailsde todo Brasil que foram encaminhadospelo então presidente da Fenacon, ElielS. de Paula, para o secretário EverardoMaciel com a finalidade de que isto nãovoltasse a ocorrer neste exercício.

Muito bem; apesar de 30 de abril de2001 cair no meio de um feriado prolon-gado (segunda-feira), vamos nos esforçarpara que os clientes não enviem as infor-mações em cima da hora ocasionando umnovo congestionamento.

Lembre que, nas últimas horas, estare-mos concorrendo com diversas pessoas fí-

Lembra-se do BUG do IRPF 2000?sicas de todo Brasil que acessam o sistematambém na última hora para fazer a decla-ração online.

Cabe alertá-los que, a partir deste ano,quando transmitimos o arquivo eletrônicoé feita uma checagem com a base de dadosdo Serpro, comparando com os dados docontribuinte. Se houver alguma inconsistên-cia na data de nascimento, nome ou o mes-mo estiver com situação irregular ficará im-possível a entrega sem que o contribuintepasse numa agência da CEF ou Banco doBrasil para sanar a irregularidade. Este fatoocorreu com um cliente para o qual faço de-claração há mais de dez anos. Estava en-tregando a declaração dele e o Serpro man-dou um aviso online de que a data de nasci-mento informada na declaração era diferen-te da base de dados da Receita. O CPF emi-tido (modelo antigo) estava corretíssimo, ge-rando um descontentamento, pois ele teveque se submeter às famigeradas filas da Re-ceita.

Este cliente teve que ir ao Banco do Bra-

sil que, por sinal, o encaminhou para umaagência da Receita para sanar a irregula-ridade. Somente dois dias após sanado oproblema, foi liberado o recebimento pelaInternet.

Outro fato que também está impedindoa transmissão, é a situação de contribuin-tes com empresas abandonadas, que fica-ram com situação de “inaptas” perante aReceita. Recomendo que façam uma pes-quisa prévia destes contribuintes no siteda Receita Federal www.receita.fazenda.gov.br/PessoaFisica/CPF/ConsultaPublica.asp para evitar transtornos de úl-tima hora. Para ajudá-lo a elaborar a de-claração, colocamos no portal da Fena-con, o rol de perguntas e respostas disponi-bilizados pela Receita Federal para escla-recer as principais dúvidas. Estará dispo-nível também no portal, algumas dicas decomo proceder para fazer a declaraçãoutilizando-se das ferramentas de últimageração. Boa sorte nesta empreitada !!!!

Mini-Guia da WebHardware

IBM www.ibm.com.brCompaq www.compaq.com.brSemp Toshiba www.semptoshiba.com.brItautec www.itautec.com.brHewlett Packard www.hp.com.br

Informações fiscais e tributárias

Coad www.coad.com.brCenofisco www.cenofisco.com.brIOB www.iob.com.brFiscodata www.fiscodata.com.brFiscosoft www.fiscosoft.com.brInformare www.informanet.com.brKoenig Consultoria www.koenig.com.br

Impressoras

Hewlett Packard www.hp.com.brEpson www.epson.com.brXerox www.xerox.com.brLexmark www.lexmark.comElgin www.elgin.com.brCanon www.canon.com.br

Softwares

ABES www.abes.org.brAlterdata www.alterdata.com.brBrasil Informática www.brasil-info.com.brBrasoftware www.brasoftware.com.brCompusul www.compusul.comContmaster www.contmaster.com.brCopan www.copaninfo.com.brDPComp www.dpcomp.com.brExactus www.exactus.com.brLedware www.ledware.com.brMastermaq www.mastermaq.com.brMicrosoft www.microsoft.com/brasilNovell www.novell.com.brProsoft www.prosoft.com.brSuperSoft www.supersoft.com.brSymantec www.symantec.com.br

Governo e entidades

Audibra www.audibra.org.brCEF www.cef.gov.brCFC www.cfc.org.brFenacon www.fenacon.org.brIbracon www.ibracon.com.br

Ministério da Fazenda www.fazenda.gov.brPosto Fiscal /SP www.pfe.sp.gov.brPrevidência Social www.mpas.gov.brReceita Federal www.receita.fazenda.gov.brSebrae www.sebrae.org.brSerpro www.serpro.gov.br

Livrarias & Editoras

Ática www.atica.com.brAtlas www.atlasnet.com.brBookNet www.booknet.com.brCultura www.livcultura.com.brLtr http://safe.tesla.com.br/ltr/home.htmMakron Books www.makron.com.brSaraiva www.livrariasaraiva.com.brSiciliano www.siciliano.uol.com.br

Busca na Rede

Cade www.cade.com.brAlta Vista www.altavista.comYahoo www.yahoo.comMetaminer http://miner.bol.com.br/index.htmlRadarUOL www.radaruol.com.br

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20 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 62

ISO 9002 na contabilidade

q u a l i d a d e

Há dois anos, os paranaenses viram che-gar ao Estado algumas das maioresmontadoras do mundo: as multinacionaisRenault e Audi-Volkswagen. Elas trouxeramempregos, atraíram diversas indústrias pe-riféricas e algo mais que não pode serquantificado: a ‘cultura da qualidade’.

Foi de olho nesse ‘mercado especial’ queMario Elmir Berti, empresário contábil deSão José dos Pinhais, cidade da região me-tropolitana de Curitiba, começou sua jorna-da rumo à certificação de sua empresa como ISO 9002; fato ocorrido finalmente em 18de janeiro último.

“O ISO é como uma corrente. A empresaque tem exige do fornecedor e assim pordiante. Não queria ficar fora do mercado”,conta Berti. De fato, hoje, entre os princi-pais clientes da Berti e Cia Contadores As-sociados (conhecida como Organização Par-dal) está a Simoldes, uma multinacional por-tuguesa que fabrica moldes de aço e plásti-co para a indústria automobilística, e aCooperlog, cooperativa de transportes indus-triais automobilísticos; ambas comcertificação de qualidade.

Berti lembra que antes mesmo dessa mu-dança na economia da região (e na demografiade São José dos Pinhais, que passou de 170para 220 mil habitantes) já existia a preocu-pação com a melhora dos processos de ela-

boração do trabalho. O problema é que as so-luções atendiam apenas a uma parte da em-presa. “Eram soluções parciais, paliativas”,diz Berti. Com o projeto de conquista da ISO9002 , mudou-se o foco da qualidade, ou me-lhor, ampliou-se.

Uma empresa de consultoria da qualida-de foi contratada para dar a assessoria eacompanhar o processo passo-a-passo. Maso maior desafio ficou por conta da Organi-zação Pardal à qual coube a tarefa de ade-quar o conjunto de 17 normas do ISO 9002às características e necessidades da empre-

sa. “O ISO diz o que deve serfeito. O “como”, você estabele-ce”, explica Berti.

Comitê da Qualidade

Assim, o primeiro passo foimontar um Departamento daQualidade, composto por um“comitê da qualidade”.

Formado por um funcioná-rio de cada departamento, é ocomitê que, em reuniões bimes-trais, define as mudanças e dis-cute o andamento do processode produção do serviço. Do co-

mitê, nasceram idéias que ajudaram a me-lhorar toda a estrutura organizacional da em-presa. Entre elas, um novo sistema de ar-quivamento, que facilitou a rastreabilidadedos documentos, e uma nova rotina, queagilizou o processamento das escrituraçõescontábeis.

Manual de procedimentos

A participação dos funcionários tem sidoum ponto forte no processo de qualidade daOrganização Pardal. Segundo Berti, todosreagiram de forma positiva diante das mu-danças. “Eles nunca tiveram a oportunida-de de participar das decisões e conhecer osobjetivos da empresa”. Agora, nada é feitosem metas claras e definidas (tudo está noManual da Qualidade, com 28 páginas). APardal ganhou um organograma e os funci-onários, um calendário anual de treinamen-to - custeado pela própria empresa - e umplano de cargos e salários. “Isso gerou umamotivação maior. Os funcionários se sentemmais valorizados”, avalia.

“O ISO exige que se estabeleçam normase se faça sempre do mesmo jeito. Que secrie um padrão de qualidade. Mas isso nãosignifica que a certificação é a conclusão de

Empresa contábil do Paraná écertificada com ISO 9002

A Organização Pardal ganhou um organograma e os funcionários, um calendário anual detreinamento - custeado pela própria empresa - e um plano de cargos e salários

Comitê da Qualidade se reúne bimestralmente

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 62 - 21

Alterdata

um trabalho”, ressalta Bertiacrescentando: “O ISO é dinâ-mico. A certificação significaque o trabalho só começou e oaprimoramento deve ser cons-tante”.

E quem dirá se a empresaestá no caminho certo serão ospróprios clientes. Semestral-mente, uma pesquisa avaliará asatisfação dos usuários dos ser-viços da Organização Pardal.“Com a pesquisa, detectaremosos pontos onde estão ocorren-do os problemas e o comitê dis-cutirá e busca soluções”.

O órgão certificador da em-presa é o Instituto de Tecnologiado Paraná – Tecpar. Acertificação tem validade de três anos. A cadaano uma nova auditoria é feita para atestar amanutenção da qualidade.

Dividendos em marketing

A certificação ainda pôde ser utilizadapela Pardal como uma poderosa ferramentade marketing, que começou na própria fes-

tividade de entrega doSelo da Qualidade, nodia 14 de março. Par-ticiparam da solenida-de, clientes, fornece-dores, autoridades, re-presentantes de órgãosde classe, imprensa efuncionários. E a par-tir de agora, todos osimpressos saem daBerti e Cia (Organiza-ção Pardal) com amarca ISO 9002.

Berti, que ainda évice-presidente daFenacon para a RegiãoSul, conselheiro doCRC/PR e ocupa a ca-

deira 28 da Associação Paranaense de Ci-ências Contábeis, vê como uma das mudan-ças mais importante para um futuro próxi-mo a ‘ligação direta’ entre cliente e empre-sa de contabilidade, via Internet, eliminan-do o fluxo de papel . “Será o grande negó-cio. E é para já”. Para a Berti e Cia ou Or-ganização Pardal, com certeza.

O empresário Mário Berti, nasolenidade de entrega do Seloda Qualidade à OrganizaçãoPardal

Organização Pardal

A Berti e Cia Contadores AssociadosS/C tem 25 anos. Berti e mais um sócioiniciaram o empreendimento atendendo a15 clientes. Após dez anos, o empresárioadquiriu a participação do sócio. Hoje aorganização é uma sociedade de capital eindústria. Atualmente são 37 funcionári-os que atendem a 150 clientes. Entre eles,o Grupo Ghignone (papelaria e distribui-ção de revistas) e a Calmix (argamassa econcretos). Do total de clientes, 50% sãodo comércio, 35%, prestação de serviçose 15% da indústria.

A empresa está dividida em departa-mentos de Contabilidade, Fiscal, Recur-sos Humanos, Contratos e Qualidade. Pos-sui sede própria, com 700 m2. A infra-es-trutura de informática é composta de 25computadores ligados em rede interna ede sistemas de contabilidade integradosdas áreas contábil, Fiscal e de RH. Tam-bém foi adotado sistema de gerenciamentopara controle interno (cobrança, honorá-rios, despesas, expedição de documentosetc.), desenvolvido na própria empresa.

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Mais um ano se passou e, mais uma vez,é chegada a hora de nos depararmos com operíodo de acerto de contas com o Leão.Período para fechamento e entrega daquelaque se convencionou chamar declaração de“ajuste” anual. No entanto, ‘acerto de con-tas’ - como se nos encontrássemos em meioa uma arena de gladiadores, palco do filmevencedor do Oscar - por seu preparo serchato, difícil, e porque não dizer, injusto,enquanto o Leão permanece à espreita paramais um suntuoso e saboroso jantar: o con-tribuinte!

Referindo-me à recuperação de tributa-ção indevida, já aqui faço um alerta aosmuitos contribuintes que, ao se aterem so-mente às hipóteses de obrigatoriedade deentrega, se classificam como isentos e se-quer se dão ao trabalho de verificar se tive-ram imposto retido sobre seus rendimentosem algum período do ano, apesar de os va-lores anualizados alcançarem a isenção. Éo caso dos trabalhadores que auferiram sa-lário apenas em alguns meses do ano, porrazões que não nos compete analisar, e quesofreram retenção na fonte. Esses contribu-intes podem e devem entregar a declaração,com grande possibilidade de restituição in-tegral do imposto pago durante o ano.

Há anos que nós, contadores, procura-mos nos manter alertas e atualizados quan-to às mudanças, uma vez que, emcontrapartida, a Secretaria da Receita Fe-deral cada vez mais se especializa e elevaseu nível de informatização, com a inten-ção de coibir a evasão fiscal e fraudes.

Cabe neste momento, questionarmosposicionamentos fiscais inadequados e, tam-bém, elencar pontos de atenção que, comocontribuintes, cidadãos ou prestadores deserviços, devemos observar.

Uma das medidas mais polêmicas atéagora foi a promulgação da Lei Complemen-tar 105, publicada em 11-1-2001, que trou-xe novas disposições sobre o sigilo das con-tas mantidas em instituições financeiras no

Antonio Carlos Bordin

Alertas importantesao contribuinte

Brasil. Com esse dispositivo, regulamenta-do pelo Decreto 3.724 de 10-1-2001, a Re-ceita poderá obter junto aos bancos, quan-do verificar indícios de sonegação na “de-claração”, informações sobre a movimen-tação financeira tributada pela CPMF.

É claro que a Receita Federal, no uso desua autoridade para quebrar o sigilo ban-cário, está interessada em fiscalizar os va-lores creditados nas contas sem origem com-provada. Os profissionais liberais são umdos principais alvos desta nova manobra daReceita, devido a suspeita das autoridadesfiscais de existir grande sonegação entre osautônomos, baseada na não emissão de re-cibos. Portanto, toda atenção é pouca para

os médicos, dentistas, contadores, dentreoutros.

Como a lei sancionada dá direito à Re-ceita Federal de investigar as contas ban-cárias das declarações “em malha”, estoufalando aqui de um prazo de cinco anos,posteriores ou anteriores. O contribuinte queomitiu renda ou cometeu algum erro emdeclaração anterior deve fazer suaretificação espontaneamente. Esse procedi-mento evitará possível multa de ofício de150% sobre o imposto devido calculado so-bre valores não declarados.

Evolução patrimonial

Para os contribuintes que apresentamgrandes novidades na declaração de bens,muita atenção também com relação à evo-lução patrimonial. A análise da origem doacréscimo patrimonial é uma velha arma daReceita na conhecida fase da “malha fina“.Não só a comprovação da propriedade éavaliada. O contribuinte precisa demonstrarque sua renda é suficiente para a aquisiçãoe manutenção desses bens, sem esquecerque, em muitos casos, a renda também devecomportar o pagamento dos tributos even-tualmente incidentes sobre eles. Bens comoautomóveis, embarcações, cavalos de raça,aeronaves e outros, sinais claros de rique-za, que não condigam com os rendimentosdeclarados, podem chamar a atenção do fis-co.

Para evitar dores de cabeça, recomendoa todos, contribuintes ou preparadores que,após o fechamento da declaração e antesda entrega, façam uma análise financeiracriteriosa da variação patrimonial (total dosbens ao final de um ano em relação ao anoanterior), análise esta, efetuada mediante ademonstração das origens e aplicações derecursos.

Ainda sobre a variação patrimonial,gostaria de atentar ao fato de que grandecontingente de contribuintes julga e enten-de que a análise da origem e aplicação derecursos é efetuada pelas autoridades fis-cais em base anual. Enganam-se! Em fis-calizações específicas, esta análise é feitamensalmente. É de conhecimento de todosa existência de vários casos nos quais ocontribuinte foi autuado no mês em que estedemonstrativo foi negativo (mais aplica-

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Existe uma necessidade crescente de também os contribuintes se prepararem e se especializarem para enfrentar o Leão, com planejamentos adequados durante todo o ano calendário e não tão somente a cada apresentação da “declaração de ajuste”

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ções e menos origem).

Receitanet

A Secretaria da Receita Federal, nesteano, inovou também no sistema de recep-ção das declarações. Ao enviar uma decla-ração via Internet, em casa, no escritórioou através de entrega em disquete junto aobanco, o contribuinte estará sujeito a al-gumas verificações através do próprio pro-grama de entrega, o “Receitanet” (ver ma-térias nesta edição).

O objetivo é averiguar possíveis irregu-laridades cadastrais e evitar incompatibi-lidades no processamento das declarações.Ao encontrar anomalias, o próprio progra-ma orienta o contribuinte sobre o tipo deproblema encontrado e o procedimentopara correção, sendo que, em alguns ca-sos, poderá ser necessário o compareci-mento do declarante junto ao Banco doBrasil, à CEF ou às agências da Receita.

Para nós, prestadores de serviço, é pre-ciso muito cuidado ao se aproximarem osúltimos dias de abril, pois não haverá tem-po hábil para a regularização do cadastro

e consequentemente o cliente incorrerá emmulta por atraso na entrega. Minha reco-mendação é efetuar consulta ao cadastrode CPF com antecedência, junto ao site daSecretaria da Receita Federal na Internet,para identificar a situação do CPF e evi-tar sustos desnecessários na última hora.

Tabela progressiva

Faço uso deste espaço, como acimaalertado, para questionar atitudes, a meuver injustas, das autoridades fiscais paracom os contribuintes. Deixo claro meu des-contentamento quanto a não atualização databela progressiva e dos limites de dedu-ção de despesas com instrução e a dedu-ção por dependente, já bastante defasados.Apesar de abordado inúmeras vezes pelaimprensa nacional, o assunto ainda não ga-nhou o devido reconhecimento das autori-dades fiscais que, até o momento, não de-monstraram interesse em ajustar “suascontas” com os contribuintes.

O direito pleiteado é de manter o paga-

Folhamatic

Antonio Carlos Bordin é empresário contábil e diretorFinanceiro da Fenacon

mento do imposto compatível com acorreção da Ufir (Unidade Fiscal de Refe-rência) de 28,41% desde janeiro de 1996.Note-se que a cada ano paga-se mais im-posto em função da “desvalorização” databela progressiva.

Atentados os pontos supra mencionados,em minha opinião, existe uma necessidadecrescente de também os contribuintes seprepararem e se especializarem para en-frentar o Leão, com planejamentos adequa-dos durante todo o ano calendário e nãotão somente a cada apresentação da “de-claração de ajuste”.

Espero que todos nós contadores este-jamos junto aos nossos clientes para cadavez mais conscientizá-los que a transferên-cia dos recursos do indivíduo para o go-verno encontra seu equilíbrio na declara-ção tecnicamente correta, planejada e do-cumentada.

Vamos torcer firmemente pelo Leão...Que vença a Copa do Mundo no Japão eCoréia... Ao menos um Leão competente!

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Inconsistências vetadas

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Declaração que apresentar inconsistência nos dados nãoserá, automaticamente, acatada pela Receita Federal

Na transmissão via Internet serãoconstatadas as seguintes mensagens:

Regular/Pendente deRegularização ou Canceladopor Omissão e com dadosCadastrais Corretos

Esta Declaração (CPF.....) foi transmitida comsucesso. O recibo de entrega via Internet estádisponível em seu computador. Para imprimi-lo,acione a opção correspondente no programagerador de sua declaração.

Cancelamento de Ofício/Espólio/Multiplicidade

ERRO!A Declaração não foi transmitida. O CPF (.....)do declarante consta como Cancelado em nossocadastro. Compareça à Unidade Local daSecretaria da Receita Federal para regularizar asituação cadastral

CPF não Cadastrado ERRO!A Declaração não foi Transmitida. O CPF (...) dodeclarante está com dados incompletos emnosso cadastro. Para regularizá-lo, compareçaa uma agência do Banco do Brasil ou da CaixaEconômica Federal com seu CPF, identidade e otítulo de eleitor e solicite uma segunda via doCartão CPF.

Data de Nascimento diferenteda base

ERRO!A Declaração Não Foi Transmitida. A data denascimento (...) informada na declaração édiferente da que consta em nosso cadastro parao CPF (...) do declarante. Verifique o CPF e adata de nascimento informados na declaração:- se não estão corretos, corrija-os, grave etransmita a declaração.- se estão corretos, compareça a uma agênciado Banco do Brasil ou da Caixa EconômicaFederal para regularizar sua situação cadastral.

MENSAGEMSITUAÇÃO DO CPF

O grande número de contribuintes doImposto de Renda Pessoa Física, em 2000,que caíram na malha fina – mais de 177 milem todo o Brasil – levaram a Secretaria daReceita Federal a implantar para este ano o‘batimento’ das declarações com os CPFs.No ato da transmissão pelas Internet, atra-vés do programa Receitanet, serão confron-tados os dados da declaração com as infor-mações contidas na base do CPF. Atravésdo programa, o contribuinte também seráalertado se a declaração foi recepcionada.

Segundo a Receita Federal, o problemaacontece porque muitas declarações são en-tregues sem prévia verificação. O órgãoaconselha às empresas de contabilidade que,antes de iniciarem o preenchimento da de-claração, consultem o número do CPF dodeclarante no site da SRF (www.receita.fazenda.gov.br). Para isso, basta clicar em‘Cadastros CPF e CNPJ/Cadastro NacionalPessoa Física-CPF/Consulta a SituaçãoCadastral da Pessoa Física’.

A consulta servirá para identificar a situ-ação cadastral do CPF (regular, cancelada,pendente de regularização ou inexistente),bem como se o número do CPF pertence aodeclarante. Não será transmitida com suces-so a declaração que apresentar inconsistên-cia entre os dados da base da SRF e os in-formados.

O cuidado na verificação evitará a perdado prazo de entrega, pois poderá não havertempo hábil para a regularização do CPF. Acorreção posterior poderá provocar demorano processamento da declaração ou deman-dar esclarecimentos do contribuinte.

Declaração retificadora:

Quando desejar corrigir uma declaração(declaração retificadora), não esquecerde assinalar na ficha de identificaçãoque se trata de retificadora.

Número do CPF:

- Verificar o número do CPF no informede rendimento;- Se difere do CPF do declarante,providenciar a correção na fontepagadora;- Conferir sempre se o CPF do declaranteestá correto na declaração.

Conferir e atualizar os dadoscadastrais dos declarantes:

- Nome completo sem abreviações;- Data de Nascimento;- Endereço (se houver mudança, indicá-la- Título de Eleitor.OU

TROS

CUI

DADO

S

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