Anlise Sinttica

Escola M.E.I.E.F. Santa Jlia

Prof. Silas Anlise Sinttica

Aluno(a)CONCEITOS GERAIS

A anlise sinttica constitui-se no estudo da estrutura do perodo, dividindo e classificando as oraes que o compem e reconhecendo as funes sintticas dos termos na orao.

Apresenta, portanto, duas funes distintas:

diviso de um todo em suas partes componentes;

explicao da funo de cada uma dessas partes.

A anlise sinttica tem seu campo de ao assim delimitado: perodo, orao e termos da orao.

A anlise sinttica tem seu campo de ao assim delimitado: perodo, orao e termos da orao.

Frase, orao, perodo

(Frase qualquer enunciado dotado de significao.

A frase pode ser constituda de:

(uma s palavra.

Exemplo: Socorro!

(vrias palavras (com verbo ou no).

Exemplos:O tempo est nublado.

Que calor!

Frase nominal exprime uma viso esttica. Aparece sem verbo ou com verbo de ligao. Exemplo:

VITRIA JUSTA DO CORITIBA.

Frase verbal indica um processo dinmico. Exemplo:

O ATLTICO VENCEU.

(Orao a frase que apresenta verbo ou locuo verbal.

Exemplos: A fanfarra desfilou na avenida.

As festas juninas esto chegando.

Tanto na frase quanto na orao, as palavras obedecem a uma ordem, a uma disposio, para que haja uma clara transmisso da mensagem. Observe:

Quadrinhos aluno em o sala na l revista uma.

O entendimento da mensagem fica impossvel, porque as palavras esto dispostas numa ordem anormal. Se colocadas numa ordem lingstica compatvel com a nossa lngua, entende-se facilmente a mensagem:

O aluno l uma revista em quadrinhos na sala.

Existe, portanto, uma ordem lingstica que devemos seguir na elaborao de uma frase ou orao. A essa ordem d-se o nome de sintaxe.

Quanto ordem, as oraes podem ser diretas ou indiretas.

Oraes diretas so as que apresentam os termos em sua ordem natural (sujeito, verbo, complementos).

Exemplo:

A comitiva presidencial chegou a Curitiba s duas horas.

Oraes indiretas so as que apresentam os termos em ordem inversa, no-natural.

Exemplo:

s duas horas, chegou a Curitiba a comitiva presidencial.

(Perodo a frase estruturada em orao ou oraes.

Termina sempre por um ponto final, ponto de exclamao, ponto de interrogao, reticncias e, s vezes, dois pontos.

O perodo classifica-se em:

simples constitudo por uma s orao, chamada absoluta.

Fui livraria ontem.

composto constitudo por mais de uma orao.

Fui livraria ontem e comprei vrios livros.

A maneira prtica de saber quantas oraes existem num perodo contar os verbos ou expresses verbais.

TERMOS DA ORAO

I. EssenciaisSujeito

Predicado

Objeto direto

Objeto indireto

II. IntegrantesComplemento verbal

Complemento nominal

Agente da passiva

III. AcessriosAdjunto adnominal

Adjunto adverbial

Aposto

IV. VocativoNo pertence estrutura da orao

TERMOS ESSENCIAIS DA ORAO

I. Sujeitosimples

composto

indeterminado

inexistente ou orao sem sujeito

II. Predicadonominal

verbal

verbo-nominal

Predicativo do sujeito PS

Predicativo do objeto PO

As oraes so constitudas, quase sempre, de dois termos que expressam, respectivamente:

o ser (de quem se diz algo) sujeito;aquilo que se diz (do ser) predicado.

Veja:SujeitoPredicado

O alunoestudou a matria.

(Ns)Sabemos toda a matria.

Faz muito tempo.

SUJEITO

o ser de quem se diz alguma coisa. Como termo da maior hierarquia dentro da orao, jamais vem regido por preposio.

MODO DE ENCONTR-LO: fazem-se as perguntas:

O que que+ verbo?

Quem que

Exemplo:O aluno saiu. (Quem que saiu?)

Resposta : O aluno. (sujeito)

Ncleo do sujeito

O ncleo de um termo a palavra mais importante que dele participa.Em geral, o ncleo do sujeito pode ser:

um substantivo:

O lpis novo.

um pronome substantivo (pessoal, indefinido etc.):

Ele est aqui.

uma palavra ou expresso substantivada:

Viver lutar.

uma orao substantiva:

Convm que voc venha reunio.

A Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) considera somente estes tipos de sujeito:Simples

Possui um s ncleo (no singular ou no plural / claro ou subentendido).

Os sinos silenciaram.

Ningum ousou levantar a voz.

Os nossos guarda-chuvas foram roubados.

Esse qu est bem empregado.

Observao: Em frases como:

Somos os melhores (ncleo: ns, implcito na desinncia verbal), dizia-se antigamente que era um caso de sujeito oculto. Esse termo foi abolido pala NGB, apesar de ser ainda encontrado, inclusive em questes vestibulares. Seria mais prprio cham-lo de sujeito desinencial ou implcito.

Composto

Possui dois ou mais ncleos (no singular ou no plural).

Eu e ela somos adversrios.

Redao e provas coexistem nas preocupaes dos que se preparam bem.

Indeterminado

Aquele que, embora existindo, no se pode determinar.

Ocorre em dois casos:

1.)Quando um verbo est na 3. pessoa do plural, sem que o contexto permita identificar o sujeito. Exemplo:

Roubaram-me a carteira. (Quem roubou?!) A resposta pode ser eles e/ou elas,ou os ladres. H um agente da ao, mas subentendido, no escrito e no dedutvel no contexto.

2.)Quando um verbo (VI, VTI ou VL) est na 3. pessoa do singular acompanhado do pronome SE (partcula ou ndice de indeterminao do sujeito). Exemplo:

Hoje, l-se (VI) mais nos tecidos do que nos livros.

(Quem l?!) A resposta algum ,ou a gente, ou as pessoas... Da mesma forma que o caso anterior, h um agente da ao, mas subentendido, no escrito, no dedutvel.

Falava-se (VTI) de cobras e ndios.

Era-se (VL) feliz naqueles tempos.

Observao:

A indeterminao do sujeito tambm pode ocorrer com VTD + SE, desde que o OD esteja preposicionado.

Exemplo: Admira-se a Machado de Assis.

TD OD prep.

Ateno:

No se confunda o SE (ndice de indeterminao do sujeito / IIS), com o pronome SE (pronome apassivador) ( PA (com verbos TD).

Ouviram-se tiros espaados.

Sujeito: tiros espaados (Tiros espaados foram ouvidos.) O se pronome apassivador.(PA)Inexistente ou orao sem sujeito

Ocorre quando o fato enunciado no se refere a elemento algum. Essas oraes se constroem com os verbos impessoais, isto , usados apenas na 3. pessoa do singular.

H programas para todas as idades nas estaes de frias.

Alguns casos de verbos impessoais:

os que exprimem fenmenos da natureza.

haver ( = existir) ou indicando tempo decorrido.

ser, fazer, estar: indicando tempo passado, clima, horas...

Faz um calor insuportvel.

Hoje so 15 de setembro.

Trovejou muito ontem.

Deve haver boas notcias no jornal de amanh.

Observaes:

1.Alm dos casos anteriores, h outras construes que ocorrem sem sujeito:

Onde lhe di?

2.Com sentido figurado, os verbos impessoais tornam-se pessoais, portanto, com sujeito:

Choveram piadas sobre a atuao do presidente. (suj.: piadas)

Amanheci mal-humorado. (suj.: eu implcito)

PREDICADO

Predicado o que se declara do sujeito. Portanto, retirado o sujeito, o que restar ser o predicado. Pode ser: nominal, verbal e verbo-nominal.

Nominal

Apresenta as seguintes caractersticas:

formado por um verbo de ligao mais o predicativo do sujeito ( VL + PS;

tem um nome (subst. ou adj.) como ncleo;

indica estado ou qualidade.

Exemplo:

O aluno est confiante.

SUJ VL PS( ncleo)

Verbal

aquele que se constitui de verbo intransitivo ou transitivo.

Apresenta as caractersticas:

o ncleo do PV um verbo (VI ou VT);

indica ao.

Exemplo:

O aluno fez as provas calmamente.

Suj. VTD (ncleo=fez)

Verbo-nominal

O turista voltou para casa maravilhado.

Apresenta as seguintes caractersticas:

tem dois ncleos: um verbo e um nome;

tem predicativo do sujeito ou do objeto PS ou PO;

indica ao e qualidade/estado.

constitudo de:

VI + PS (verbo intransitivo mais predicativo do sujeito)

Exemplo: Os atletas chegaram cansados.

Suj. VI + PS

PVN

VT + PO (verbo transitivo mais predicativo do objeto)

Exemplo: O chefe julgou o funcionrio culpado.

Suj. TD + OD + PO

PVN

VT + PS (verbo transitivo mais predicativo do sujeito)

Exemplo: Eu assisti ao jogo confiante.

Suj. TI + OI + PS

PVN

Observao: O predicado da voz passiva analisado como o da ativa.

Exerccios

1.Classifique e sublinhe o sujeito dos verbos destacados nas oraes abaixo: a)Terei a mulher que eu quero... (M. Bandeira)

_____________________________________________________________________

b)No h mais poesia. (M. Bandeira)

_____________________________________________________________________

c)Ficavam correndo o dia todo.

_____________________________________________________________________

d)Cai balo! (M. Bandeira)

_____________________________________________________________________

e)Homens e mulheres mantm-se quietos ante o enorme chicote de Abelardo II. (O. de Andrade)

_____________________________________________________________________

f)Necessita-se de outras explicaes.

_____________________________________________________________________

g)Ningum saiu de casa.

_____________________________________________________________________

h)No Rio, faz dias muito quentes.

_____________________________________________________________________

i)Faltam alguns minutos para o trmino da aula.

_____________________________________________________________________

j)Trabalha-se muito nesta cidade.

_____________________________________________________________________

k)Admiram-se os alunos.

_____________________________________________________________________

l)Admira-se aos alunos.

_____________________________________________________________________

2.Identifique e classifique o predicado, utilizando as siglas PN, PV, PVN.

a)()O homem parecia assustado. (J. L. do Rego)

b)()O fregus saiu da loja.

c)()Nossos guerreiros voltaram vitoriosos. (. Verssimo)

d)()O mgico parece gil.

e)()Nossos guerreiros voltaram.

f)()Os rapazes receberam alegres as medalhas.

TERMOS INTEGRANTES DA ORAO

Completam o sentido de verbos e nomes e, por isso, so indispensveis compreenso do enunciado.

Complementos verbaisObjeto direto

Objeto indireto

Complemento nominal

Agente da passiva

Objeto direto

o termo da orao que completa o sentido do verbo transitivo direto (VTD).

MODO DE ENCONTR-LO: fazem-se perguntas, aps o verbo:

Verboo qu?

quem?

Exemplo:

O aluno fez excelente redao. (O aluno fez o qu?)

Resposta Excelente redao. (OD)

Quanto relao: vem sempre associado a um verbo transitivo.

Quanto forma: liga-se ao verbo sem preposio.

Quanto ao valor: indica o paciente, o alvo ou o elemento sobre o qual recai a ao verbal.

Os polticospressionaramo governo.

Sujeitoverboobj. direto

transitivo (VTD)(alvo)

Objeto direto preposicionado

Excepcionalmente, o objeto direto vem precedido de preposio (a, de, com...). Tal preposio, porm, ocorre por razes vrias e no pela exigncia obrigatria do verbo.

Exemplo:

Os revoltosostomaramdas armas.

SujeitoVTDOD prepos.

Nesse exemplo, a preposio de no exigida pelo verbo at poderia ser excluda.

Outros exemplos de objeto direto preposicionado:Amemos a Deus.

Castigaram a Jos.Beberam do vinho.Puxaram da arma.Estimamos a V. Ex.

Objeto indireto

o termo da orao que completa o sentido do verbo transitivo indireto (VTI), e que vem precedido de uma preposio exigida pelo verbo.

O Brasil d crdito ao pequeno produtor rural.

MODO DE ENCONTR-LO: fazem-se as perguntas, aps o verbo:

Verboa qu (m)?

de qu(m)?

em qu(m)?

para qu(m)?

Outras

Exemplo:

Obedecemos aos nossos pais. (Obedecemos a quem?)

Resposta Aos nossos pais. (OI)

Quanto relao: vem sempre associado a um verbo transitivo.

Quanto forma: liga-se ao verbo atravs de preposio obrigatria exigida por ele.

Quanto ao valor: indica o paciente ou o destinatrio da ao verbal.

(As preposies

Como o objeto indireto costuma vir regido de preposio, convm no esquec-las.

As preposies simples so: a, ante, aps, at, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por (pelo), sem, sob, sobre, trs.

Objeto direto ou indireto pleonstico

Costuma-se repetir o objeto, quando se quer chamar a ateno para ele; so os objetos pleonsticos, que aparecem sob a forma de pronome tono.Exemplos:

A vida,o vento a levou.

Objeto diretoobj. direto pleonstico

Ao indiscreto,no lhe confio nada.

Objeto indiretoobj. indireto pleonstico

Funo sinttica dos pronomes oblquos

Como voc j estudou tal funo, eis apenas uma sntese:

Funes Objeto direto

Objeto indireto

Adjunto adnominalObjeto diretoObjeto indireto

Adjunto adnominal

Sing.1.me

2.te

3.seo, a (lo, la, no, na)lhe= a ele(a) OI

= seu, sua(s) A. adn.

Plur.1.nos

2.vos

3.seos, as (los, las, nos, nas)lhes = a eles(as) OI

Predicativo do objeto : VTD + OD + POVimos que o predicativo do sujeito ocorre no predicado nominal ou no predicado verbo-nominal. O predicativo do objeto s ocorre no predicado verbo-nominal.

Exemplos:

Teresaencontrou a raparigatranstornada.(J. Amado)

Sujeitoverbo transitivo diretoObjeto diretoPredicativo do objeto

Observe que a rapariga que est transtornada.

Julgo ilusria esta interpretao.

(Carlos Drummond de Andrade)

Observe que podemos desdobrar a orao em duas:

(Eu) julgo esta interpretao + esta interpretao ilusria. O predicativo ilusria refere-se ao objeto interpretao.

Observaes:

1.Apenas o verbo chamar pode ter predicativo do objeto indireto.

Exemplo:

Eu lhe chamo estado de esprito. (C. D. A.)

2.Na passagem para a voz passiva, o predicativo do objeto (PO) se transforma em predicativo do sujeito (PS). Este um bom artifcio para reconhecer o predicativo do objeto.

Exemplos:

O jriconsideroupssimoo candidato.

SujeitoVTDpred. do objetoobj. direto

O candidatofoi consideradopssimopelo jri

Sujeito loc. verbal de voz passivapred. suj.ag. pass.

PO (voz ativa) = PS (voz passiva)

Verbos que costumam exigir Predicativo do Objeto:

Chamar, julgar, considerar, eleger, encontrar, ver, nomear...

Exerccios:

1.Faa a correlao, tendo em vista o tipo de complemento verbal.

( 1 )Objeto direto

( 2 )Objeto indireto

( 3 )Objeto direto e objeto indireto

( 4 )Objeto direto preposicionado

( 5 )Objeto direto pleonstico

( 6 )Objeto indireto pleonstico

a)()O professor passou as respostas ao aluno.

b)()O aluno queixa-se do excesso de matria.

c)()O dom, tenho-o como um bem precioso.

d)()Um burro coa ao outro.

e)()A mim, ningum me cumprimentou.

f)()A ele, ningum lhe sorriu.

g)()Ca uma queda violenta.

h)()Gosto muito de msica.i)()Drummond, a quem admiro, escreveu lindos poemas.

j)()No beberei desta gua.k)()Os velhos usam bengala.

l)()Ningum me viu.

m)()Ningum me respondeu.

n)()No lhe peam explicaes.

o)()Usamos a palavra com nfase.

p)()Ao pobre, nada lhe devo.

q)()Convocaram-nos para a reunio.

r)()Este livro nos pertence.

s)()O menino feriu-se.

t)()J o adverti do perigo.

u)()Neguei-lhe o pedido.

2.Preencha as lacunas com os pronomes o(s), a(s) ou lhe(s).

a) O professor repreendeu o aluno?

Sim, ele __________ repreendeu.

b) Eles fizeram alguma recomendao aos atletas?

Sim, eles __________ recomendaram calma.

c) Voc j conhecia a moa?

Sim, eu j __________ conhecia.

d) Voc entregar os livros a eles?

Sim, eu __________ entregarei a eles.

e) Voc j forneceu o material aos empregados?

Sim, eu j __________ forneci o material.

f) Voc j pagou ao secretrio?

Sim, eu j __________ paguei.

g) Voc j perdoou as ofensas?

Sim, eu j __________ perdoei.

COMPLEMENTO NOMINAL

Assim como os verbos transitivos precisam de um termo que lhes complete o sentido, existem alguns nomes (substantivos, adjetivos e advrbios) que tambm necessitam de um complemento.

Complemento nominal o termo da orao que completa o sentido de um nome com o auxlio de uma preposio.

O dio ao mal amor do bem, e a ira contra o mal, entusiasmo divino.

(Rui Barbosa)

MODO DE ENCONTR-LO: fazem-se as perguntas, aps o nome:

Nomea qu(m)?

de qu(m)?

por qu(m)?

outras

quem? o qu? de qu?

O vestibatemnecessidadede ajuda.

Suj.VTDODcompl. nom. (CN)

Quanto relao: vem sempre associado a um nome de significao transitiva.

Quanto forma: liga-se ao nome sempre atravs de preposio.

Quanto ao valor: indica o alvo ou o ponto sobre o qual recai a ao do nome.

Exemplos:

Protestaram contra aqueimada floresta.

nome de significao transitiva

(subst.)compl. nom. (indica sobre quem recaiu a queima)

Jamais seriacapazde uma atitude assim.

nome

(adj.)CN

O jri agiufavoravelmenteao ru.

nome

(adv.)CN

(Observao: Muitas vezes, o nome transitivo cognato de verbo transitivo.Amar o trabalho. Amor ao trabalho.

VTD OD subst. CN

Assistir ao julgamento. Assistncia ao julgamento.

VTI OI subst. CN

Observao: No se deve confundir o CN com o OI.

A ovelha resiste ao frio.

A ovelha resistente ao frio.

Suj. VTI OI Suj. VL PS(adj.) CN

AGENTE DA PASSIVA

o termo da orao que pratica a ao do verbo na voz passiva, auxiliado de preposio por ou de.

A me amadapelo filho

Suj.loc. verbal passivaag. passiva (AP)

A forma verbal est na voz passiva, pois o sujeito (A me) paciente (sofre a ao verbal). O termo pelo filho pratica a ao verbal (ama a me). Na voz passiva, o termo que pratica a ao verbal o agente da passiva AP ( = pelo filho).

Quanto relao: vem sempre associado a um verbo transitivo na voz passiva.

Quanto forma: liga-se ao verbo sempre atravs de preposio (por, per, de)

Quanto ao valor: indica o elemento que executa a ao verbal.

Outros exemplos:

As matas so destrudas pelo homem.A palestra foi dada por especialista.A atriz foi cercada de fs fanticos. (por...)

A usina movida a vapor. (por...)

3.Escreva nos parnteses:

( 1 )para complemento nominal;

( 2 )para agente da passiva;

( 3 )para objeto indireto.

a)( )Ele logo chegou com a cabea cheia de idias.

b)( )Obedecemos aos regulamentos.

c)( )Somos obedientes aos regulamentos.

d)( )Temos necessidade de dilogo.e)( )Necessitamos de dilogo.

f)( )Essa terra habitada de selvagens.g)( )A assistncia s aulas indispensvel.

h)( )Gostaria de no ser ouvido pela vizinhana.

TERMOS ACESSRIOS DA ORAO

So os termos que desempenham uma funo secundria na orao. Acrescentam informaes secundrias aos nomes e aos verbos.

Adjunto adnominal

Adjunto adverbial

Aposto

Adjunto adnominal

o termo da orao que qualifica ou determina o ncleo substantivo de uma funo sinttica.

O meu colega de turmadescobriuum livro raro.

AA AA ncleo AA AA ncleo AA

Suj.VTDOD

Quanto relao: vem sempre associado a um nome.

Quanto forma: liga-se ao nome com ou sem preposio sem a mediao de um verbo.

Quanto ao valor: um atributo (qualificador caracterizador) do nome a que se refere.

O adjunto adnominal pode ser representado por:

adjetivo

Pessoa bondosa.

locuo adjetiva

Relgio de ouro.

pronome possessivo

Teus pais.

pronome indefinido

Alguns amigos.

pronome demonstrativoAquela fazenda.

artigo

O automvel.

numeral

Trs orquestras.

pron. oblquo com

Quebro-te a cara. =

valor de possessivo

Quebro a tua cara.

Adjunto adverbial

o termo, representado por advrbio ou equivalente, que acrescenta uma circunstncia ao verbo, ou intensifica ou gradua a idia expressa por adjetivo, verbo ou advrbio.

Quanto relao:vem associado a verbo, adjetivo ou advrbio e pode tambm se referir a todo o conjunto da orao.

Quanto forma:liga-se a esses elementos com ou sem preposio.

Quanto ao valor:indica circunstncias (de tempo, de lugar, de modo, de intensidade etc.) aos elementos a que se refere. No o agente nem o alvo do processo verbal.

Exemplos:

A empreiteiraentregoua obrana semana passada.

SujeitoVTDODadj. adv. TEMPO

Os adjuntos adverbiais podem expressar vrias circunstncias:

de tempo: Agora desligue isso e v dormir. (F. S.)

de lugar: Passou na rua lateral uma carroa. (A. Meyer)

de causa: Emlia empalideceu de susto. (M. Lobato)

de modo: O pobre estudante ergueu-se com ligeireza. (J. M. M.)

de fim: Pedrinho disps tudo para o ataque. (M. Lobato)

de dvida: Talvez pedisse gua. (C. D. A.)

de negao: No te entregues mgoa v. (M.B.)

de intensidade: Macunama estava muito contrariado. (M. de Andrade)

de meio: Deixe; amanh hei de acord-lo a pau de vassoura. (M. de Andrade)

de afirmao: Conheo, de fato, seus motivos.

Aposto

a palavra ou expresso que serve para explicar (desenvolver ou resumir) um substantivo ou equivalente por meio de palavras que, geralmente, vm entre vrgulas, depois de uma vrgula, dois pontos ou travesso:

Exemplo:No sabia ela, Ernestina, que o pai dessa lastimvel rapariga, Pedro Torresmo, jurara invadir a casa. (J. Amado)

Quanto relao:vem sempre associado a um nome.

Quanto forma:liga-se ao nome sem preposio, exceto em casos raros. Identifica-se, normalmente, pela pontuao.

Quanto ao valor:identifica ou esclarece o nome a que se associa, estabelecendo uma relao de equivalncia.

Costuma-se classificar o aposto como:

enumerativo: assim Lenine: esquivo, irascvel, exigente. (M. Bandeira)

recapitulativo:(representado por tudo, nada, ningum, qualquer etc.) ... seringa, termmetro, tesoura, gaze, esparadrapo, boneca, tudo se derrama pelo cho. (P. M. C)

distributivo:No se confunda economia com avareza: a primeira virtude sbia, a segunda, misria srdida. (C. Neto)

especificativo:Cidade do Rio de Janeiro; Rua do Ouvidor; Marechal Deodoro; Ms de setembro.

Vocativo

o termo que serve apenas para chamar, invocar ou nomear um ser, podendo vir precedido de interjeio e caracterizando-se pela entoao exclamativa. (= ...) CHAMAMENTO!

um termo parte, no mantendo qualquer relao sinttica com outro termo da orao.

Exemplo: No quero ser preso, Jesus, meu santo. (C. D. A.)

Quanto relao:vem sempre isolado, isto , no se liga sintaticamente a outro elemento da frase.

Quanto forma:vem sempre marcado por pausa (na escrita, vrgula).

Quanto ao valor:indica, na frase, a pessoa ou a coisa com que(m) falamos, ou a que(m) nos referimos, fazendo um chamado.

Exerccios

4.Faa a correlao, de acordo com as seguintes opes:

( 1 )Complemento nominal

( 2 )Adjunto adnominal

( 3 )Adjunto adverbial

( 4 )Aposto

( 5 )Vocativo

a)( )O estmago acompanhava a dor do corao. (M. A.)

b)( )Segure o garfo direito. (F. Sabino)

c)( )Sua leitura rigorosamente especializada: livros coloridos sobre bichos. (P. M. Campos)

d)( )Pescadores, onde est Ariana? (V. de Moraes)

e)( )Sentiu um grande desgosto de si mesmo. (I. de Souza)

f)( )Passava-se isto na Rua da Lapa, em 1870. (M. A.)

g)( )O inquiridor despediu-se com um muxoxo. (C. D. A.)

h)( )Com repugnncia pela obra de misericrdia que ia praticar, ele aproximou-se da gaiola. (C.D.A.)

i)( )O povo, Doroteu, como as moscas. (T. A. Gonzaga)

j)( )Voc teve saudade de mim? (F. Sabino)

3. Observe as frases abaixo. Entre elas h diferena na funo sinttica das palavras Fabrcio e pedreiro.

Explique essa diferena.

Quando Fabrcio, o pedreiro, voltou de um servio...

Quando o pedreiro Fabrcio voltou de um servio...ANLISE DO PRONOME RELATIVO

Pronome relativo a palavra que substitui o termo de uma orao anterior e estabelece relao entre duas oraes.

Exemplo:

Repreendeu os amigos.Os amigosfalharam.

Repreendeu os amigosquefalharam.

anteced.pronome relativo

Chama-se de antecedente o termo a que o pronome relativo substitui.

Artifcio para analisar o pronome relativo

substitui-se o pronome por seu antecedente;

a anlise que couber ao termo substituto caber ao pronome relativo.

Assim:

Repreendeu os amigos que falharam

Substituindo o que por seu antecedente, ficar:

Os amigos falharam.

Sujeito predicado

Da se conclui que, na frase em questo, o pronome relativo que:

est substituindo o termo amigos;

funciona como sujeito de falharam.

Funes sintticas do pronome relativo

Funes sintticasExemplo

SujeitoAs mulheres so carinhosas com os homens que as amam. ( = os homens as amam )

Objeto diretoAs cartas que escrevi foram devolvidas. ( = escrevi as cartas)

Objeto indiretoO jogo a que assisti foi excelente. ( = assisti ao jogo)

PredicativoEu sou o que sou. ( = sou aquilo)

Complemento nominalEste o fssil mais antigo de que se tem notcia. ( = tem-se notcia do fssil)

Agente da passivaO cachorro por que fui mordido sempre foi manso. ( = fui mordido pelo cachorro)

Adjunto adverbialA cidade onde (em que) moro possui fama de Primeiro Mundo. ( = moro na cidade)

Adjunto adnominalO rio, cujas guas so lmpidas, vem de regio serrana. ( = as guas do rio)

Exerccios

5. D a funo sinttica do pronome relativo.

a)A prova de que mais tenho medo a redao.

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b) teu amigo aquele que na ocasio do perigo te ajuda.

_______________________________________________________________________________

c) O que me disseste falso.

_______________________________________________________________________________

d)A notcia de que mais gostei foi sobre o novo estilo de redao no vestibular.

_______________________________________________________________________________

e)Aquela foi a cidade em que nasci.

_______________________________________________________________________________

f) Os pais so as pessoas a quem devemos nossa educao.

_______________________________________________________________________________

g)A cobra por que fui picado no era venenosa.

_______________________________________________________________________________

TRT / 16 = 2009 ANAL. JUDIC.

9. Na frase Mas aqui surge outro problema, o termo em destaque exerce a mesma funo sinttica que o termo sublinhado em:

(A) Sabemos que todos os suportes mecnicos, eltricos ou eletrnicos, so rapidamente perecveis (...)

(B) No, no sou um conservador reacionrio.

(C) Tivemos tempo suficiente para ver quanto podia durar um disco de vinil (...)

(D) (...) as fitas de vdeo perdem as cores e a definio com facilidade.

(E) Um congresso recente, em Veneza, dedicou-se questo da efemeridade dos suportes de informao (...)

TRT/18 2008 ANAL. JUDIC.

Os outros privilgios da vida a que as pessoas aspiram s existem em funo de uma nica forma de utilizao: as riquezas, para serem gastas; o poder, para ser cortejado; as honrarias, para suscitarem os elogios; os prazeres, para deles se obter satisfao; a sade, para no termos de padecer a dor e podermos contar com os recursos de nosso corpo.

12. No segundo pargrafo, os segmentos iniciados por as riquezas (...), as honrarias (...) e os prazeres (...) deixam subentendida a forma verbal:(A) aspiram.

(B) contm.

(C) obtm.

(D) suscitam.

(E) existem.

17. Os outros privilgios da vida a que as pessoas aspiram s existem em funo de uma nica forma de utilizao (...).

No perodo acima, so exemplos de uma mesma funo sinttica:

(A) vida e pessoas.

(B) privilgios e utilizao.

(C) privilgios e pessoas.

(D) existem e utilizao.

(E) a que e nica.TRT / 7 2009 ANAL. JUDIC.10. Mas enquanto o sonho de Darcy no se torna realidade, o debate continua.

Os termos sublinhados exercem na frase acima a mesma funo sinttica do termo sublinhado em:

(A) Ainda temos muito a caminhar.

(B) Para ele, trabalho no era opo para as crianas.

(C) Caberiam aos pais as providncias (....)

(D) Ainda que a escola no venha a suprir a necessidade (...)

E) A tragdia dos menores abandonados de tal ordem (...)

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