análise preliminar dos resultados obtidos a partir do ... · análise preliminar dos resultados...
TRANSCRIPT
Análise preliminar dos resultadosobtidos a partir do Requerimento
de Informações sobre os Programasde Promoção da Saúde e Prevençãode Riscos e Doenças desenvolvidos
pelas operadoras de planosprivados de assistência à saúde
Julho de 2008
Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos DIPROGerência Geral Técnico-Assistencial dos Produtos - GGTAP
2
2
INTRODUÇÃO
A fim de traçar o perfil dos Programas de Promoção da Saúde e
Prevenção de Doenças desenvolvidos no Setor de Saúde Suplementar, a
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) enviou, em 05 de maio de
2008, o Requerimento de Informações GGTAP/DIPRO/ANS solicitando a
todas as operadoras que respondessem a um questionário, mesmo aquelas
que não desenvolvem programas.
OBJETIVOS
A realização desse inquérito teve como objetivos:
Conhecer o número de operadoras que desenvolvem Programas de
Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças;
Identificar as estratégias de Promoção da Saúde e Prevenção de
Doenças implementadas pelas operadoras, considerando a
singularidade e a diversidade das regiões do país e os mecanismos de
planejamento e gestão utilizados pelas operadoras;
Coletar informações relacionadas à atenção obstétrica no setor de
saúde suplementar;
Subsidiar a elaboração da proposta de monitoramento e avaliação
dos programas de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças; e
Subsidiar o planejamento de mecanismos de indução à adoção de
Programas de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças.
3
3
METODOLOGIA
O questionário estava dividido em blocos, sendo:
BLOCO 1 - Informações Gerais
BLOCO 2 - Atenção Obstétrica
BLOCO 3 - Programas de Promoção e Prevenção
BLOCO 4 - Área de Atenção à Saúde da Criança
BLOCO 5 - Área de Atenção à Saúde do Adolescente
BLOCO 6 - Área de Atenção à Saúde do Adulto e do Idoso
BLOCO 7 - Área de Atenção à Saúde da Mulher
BLOCO 8 - Área de Atenção à Saúde Mental
BLOCO 9 - Área de Atenção à Saúde Bucal
Os blocos 1 e 2 deveriam ser respondidos por todas as operadoras de
planos de saúde, mesmo aquelas que não desenvolvessem programas de
promoção e prevenção. As operadoras que declarassem a realização de
programas de promoção e prevenção preencheriam os demais blocos, de
acordo com as Áreas de Atenção à Saúde abordadas pelo(s) programa(s). A
ANS viabilizou um aplicativo on-line para preenchimento e envio do
questionário por parte das operadoras. O prazo para envio das informações
foi 20 de junho de 2008.
Seguem as análises dos blocos supracitados.
4
4
RESULTADOS
Informações Gerais
O Requerimento de Informações foi enviado para 1842 operadoras e
respondido por 1351 (73,3%) (Gráfico 1). Dessas operadoras, 641 (47,5%)
declararam que realizam programas de promoção da saúde e prevenção de
riscos e doenças (Gráfico 2).
Destaca-se que, de acordo com dados de março de 2008 do Sistema
de Informações de Beneficiários da ANS, as operadoras que responderam o
questionário concentram 96,5% dos beneficiários do setor de saúde
suplementar.
Gráfico 1 - Percentual de operadoras de acordo com o envio das
informações solicitadas na Requisição de Informações
Gráfico 2 - Percentual de operadoras de acordo com o
desenvolvimento de programas de promoção e prevenção
47,4%
52,6%
Ops que desenvolvem programas
Ops que não desenvolvem programas
73%
27%
Responderam a RI Não responderam a RI
5
5
Dentre as operadoras que realizam programas, 438 (68,3%)
declararam a realização de mapeamento periódico para a obtenção dos
perfis de morbidade e mortalidade da carteira de beneficiários. Neste
quesito as operadoras poderiam marcar mais de uma opção. Os meios mais
comumente utilizados para a obtenção de tais perfis são as freqüências de
internação e de realização de exames e consultas, conforme se observa no
Gráfico 3.
Gráfico 3 - Distribuição percentual das operadoras que realizam o
mapeamento periódico da carteira de beneficiários para obtenção
dos perfis de morbidade e mortalidade
No que se refere à Assistência Domiciliar, 13,0% das operadoras
oferecem esse serviço para todos os beneficiários da carteira, 22,3%
oferecem somente para grupos específicos de beneficiários e 64,7% não
oferecem (Gráfico 4).
35,6
22,6
16,2
11,2
68,5
68,0
74,9
15,3
21,0
0 20 40 60 80
Quest. perfil de saúde
Estimativas
Inquérito telefônico
Inquérito domiciliar
Freq. Consultas
Freq. exames
Freq. internações
Prontuário eletrônico
Outros
6
6
Gráfico 4 - Distribuição percentual das operadoras segundo o
oferecimento de Assistência Domiciliar
A maior parte dos programas realizados pelas operadoras são
voltados tanto para os planos individuais quanto para os planos coletivos
(72,1%) (Gráfico 5). Além disso, 85,9% das operadoras declararam possuir
equipe própria para o planejamento dos programas, enquanto 33,9%
referiram possuir equipe contratada para o mesmo fim.
Gráfico 5 - Distribuição percentual das operadoras de acordo com
os tipos de contratação abordados pelos programas
4,7%
23,2%
72,1%
Somente para planos individuais Somente para planos coletivosPara planos individuais e coletivos
13,0%
22,3%
64,8%
Sim. Para todos os beneficiários da carteira
Sim. Somente para grupos específicos de beneficiários
Não.
7
7
Quanto às formas de monitoramento e avaliação dos programas,
52,9% das operadoras relataram a utilização de indicadores de saúde, um
total de 40,4%, a utilização de indicadores econômico-financeiros e 70,4%
declararam a realização de pesquisa de satisfação com os beneficiários
(Gráfico 6).
Gráfico 6- Distribuição percentual das operadoras segundo as
formas de monitoramento e avaliação dos programas
As estratégias desenvolvidas pelas operadoras para sensibilizar e
incentivar os prestadores de saúde para a realização de ações de promoção
e prevenção ou encaminhamento dos beneficiários para os programas
encontram-se dispostas no Gráfico 7. O envio de materiais foi a estratégia
mais citada pelas operadoras (68,2%), seguida de capacitação (37%) e
realização de seminários (30,7%).
52,9
40,4
70,4
0 20 40 60 80
Indicadores desaúde
Indicadoresecômico-
financeiros
Pesquisa desatisfação dobeneficiário
8
8
Gráfico 7 - Distribuição percentual das operadoras de acordo com as
estratégias desenvolvidas para sensibilizar e incentivar os
prestadores de saúde para a realização de ações de promoção e
prevenção ou encaminhamento dos beneficiários
Dentre as estratégias para aumentar a adesão dos beneficiários aos
programas, as mais citadas foram: envio de materiais de divulgação
(76,0%), ligações telefônicas (64,4%), propagandas (57,4%), encontros e
atividades lúdicas (52%) e acompanhamento por profissional de saúde
gerenciador (49,6%) (Gráfico 8).
30,7
37,0
68,2
7,5
14,0
3,4
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Seminários
Capacitação (uso deprotocolos,
encaminhamento debeneficiários)
Envio de materiais dedivulgação do programa
Pagamento pordesempenho
Nenhuma
Outras
9
9
Gráfico 8 - Distribuição percentual das operadoras de acordo com as
estratégias desenvolvidas para aumentar a adesão dos beneficiários
ao programa
Áreas de Atenção
Observa-se no Gráfico 9 que as Áreas de Atenção mais abordadas
pelos programas realizados pelas operadoras foram: Saúde do Adulto e do
Idoso (73,8%), Saúde da Mulher (49,6%) e Saúde da Criança (30,9%).
76,0
64,4
17,9
52,0
57,4
49,6
42,0
32,0
17,5
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Envio de materiais de divulgação do programa
Ligações telefônicas
Isenção de co-participação para realização deprocedimentos preventivos
Encontros e atividades lúdicas
Propagandas
Acompanhamento por profissional de saúdegerenciador
Busca ativa de faltosos
Agendamento prioritário
Outras
10
10
Gráfico 9 - Distribuição percentual das operadoras de acordo com as
Áreas de Atenção abordadas pelos programas de promoção e
prevenção
As variáveis levantadas nos blocos referentes às Áreas de Atenção à
Saúde da Criança, do Adolescente, do Adulto e Idoso e da Mulher, foram
muito semelhantes, de modo que os resultados destas áreas serão
apresentados em conjunto a seguir.
Saúde do Adulto e do Idoso, Saúde da Mulher e Saúde da Criança
Nos gráficos 10 a 13 pode-se observar quais as principais doenças,
problemas ou situações de saúde abordados nos programas voltados para a
Saúde da Criança, Saúde do Adolescente, Saúde do Adulto/Idoso e Saúde
da Mulher, respectivamente.
A partir da análise do gráfico 10, observou-se que o aleitamento
materno foi a situação de saúde mais abordada pelas operadoras com
programas na área de atenção à saúde da criança (62,1% dos programas),
seguida de obesidade infantil (56,6%) e alimentação saudável/carências
nutricionais (54,0%). Imunização e acompanhamento do crescimento e
30,9
20,9
73,8
49,6
13,1
24,6
18,1
0 20 40 60 80
Criança
Adolescente
Adulto e Idoso
Mulher
Mental
Bucal
Outras
11
11
desenvolvimento apareceram logo em seguida, tendo sido abordadas por
46,0% e 43,4% das operadoras, respectivamente.
Gráfico 10 - Doenças, problemas ou situações de saúde abordados
na Área de Atenção à Saúde da Criança
Em relação aos programas na área de atenção à saúde do
adolescente, a maioria dos programas abordou situações relacionadas aos
hábitos de vida, como: sobrepeso e obesidade (72,7%), alimentação
saudável (65,2%), inatividade física (55,3%) e tabagismo (44,7%). Outros
aspectos abordados se referiram à saúde reprodutiva, principalmente,
relacionados às ações voltadas à atenção ao pré-natal, parto e puerpério
(47,7%) e às doenças sexualmente transmissíveis (47,7%) (Gráfico 11).
43,4
62,1
54,0
27,8
29,8
46,0
30,8
56,6
23,7
26,8
0 10 20 30 40 50 60 70
Acompanhamento do crescimento edesenvolvimento
Aleitamento materno
Alimentação saudável/Carências nutricionais
Baixo peso ao nascer
Doenças preveníveis na infância
Imunização
Inatividade física
Obesidade Infantil
Saúde bucal
Outros
12
12
Gráfico 11 - Doenças, problemas ou situações de saúde abordados
na Área de Atenção à Saúde do Adolescente
Na Saúde do Adulto e do Idoso, as doenças, problemas ou situações
mais abordados pelos programas foram: diabetes mellitus (82,7%),
hipertensão arterial sistêmica (81,6%), sobrepeso e obesidade (67,0%).
Além disso, observou-se que muitas operadoras relataram a abordagem
sobre fatores de risco ou proteção nos seus programas, sendo: alimentação
saudável (66,0%), inatividade física (50,3%), tabagismo (48,6%) e
alcoolismo (25,2%) (Gráfico 12).
31,1
65,2
47,7
47,7
55,3
22,7
25,8
72,7
44,7
3,0
28,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Alcoolismo
Alimentação saudável
Atenção ao pré-natal, parto e puerpério
Doença Sexualmente Transmissível
Inatividade Física
Saúde bucal
Saúde reprodutiva/Planejamento familiar
Sobrepeso/obesidade
Tabagismo
Abordam todos os temas
Outros
13
13
Gráfico 12 - Doenças, problemas ou situações de saúde abordados
na Área de Atenção à Saúde do Adulto e do Idoso
Quanto à Saúde da Mulher, a atenção ao parto e puerpério foi
relatada por 75,6% das operadoras, contudo, pouco mais que a maioria
(52,4%) abordam temas relacionados ao incentivo ao parto normal. Outros
temas bastante abordados foram alimentação saudável (57,9%), câncer de
mama (55,9%) e sobrepeso e obesidade (50,5%). Chama atenção o fato de
poucas operadoras realizarem programas voltados para a atenção ao
climatério (19,6%) (Gráfico 13).
25,2
66,0
22,4
31,3
16,3
27,7
25,6
82,7
55,0
34,0
22,6
63,6
17,8
48,2
81,6
23,9
50,3
35,9
26,0
26,0
13,7
67,0
48,6
45,5
15,6
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Alcoolismo
Alimentação saudável
Câncer de cólon e reto
Câncer de próstata
Câncer de pulmão
Câncer (outros)
Cuidados paliativos
Diabetes Mellitus
Dislipidemia
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)
Doenças cardiovasculares
Doenças ocupacionais
Gestão de crônicos
Hipertensão arterial sistêmica
Imunização
Inatividade física
Insuficiência cardíaca
Insuficiência respiratória / Reabilitação pulmonar
Osteoporose
Saúde bucal
Sobrepeso / Obesidade
Tabagismo
Terceira idade
Outros
14
14
Gráfico 13 - Doenças, problemas ou situações de saúde abordados
na Área de Atenção à Saúde da Mulher
No Gráfico 14, é apresentada a distribuição das operadoras por oferta
de atividades individuais nos programas. Verificou-se que os atendimentos
com médico, nutricionista e enfermeiro são as modalidades mais oferecidas
nas áreas de atenção à saúde da criança, adolescente, adulto/idoso e
mulher. Na saúde do adulto/idoso esses percentuais foram ainda maiores,
sendo 71,2%, 70,2% e 69,1%, respectivamente. Vale ressaltar que cerca
de 10% das operadoras não realizam atividades a nível individual.
57,9
75,6
48,6
55,9
19,6
13,8
52,4
35,2
15,8
50,5
7,7
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Alimentação saudável
Atenção ao pré-natal, partoe puerpério
Câncer de colo de útero
Câncer de mama
Climatério
Cuidados paliativos
Incentivo ao parto normal
Planejamento familiar
Saúde bucal
Sobrepeso/obesidade
Outros
15
15
Gráfico 14 - Oferta de atividades individuais nos programas – Áreas
de Atenção à Saúde da Criança, Adolescente, Adulto/Idoso e Mulher
Quanto às atividades coletivas, o Gráfico 15 apresenta a distribuição
da oferta, pelas operadoras, de atividades coletivas nos programas. Neste
item, observou-se que a grande maioria das operadoras realiza palestras
como atividade coletiva. Destaca-se, ainda, a orientação com nutricionista,
com médico e com enfermeiro entre as modalidades de atividade mais
oferecidas, com menor participação de outras categorias profissionais.
Cerca de 6,4% das operadoras não realiza atividades a nível coletivo.
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
Criança Adolescente Adulto/Idoso Mulher
Criança 56,6 53,5 55,6 23,7 28,8 27,8 26,3 45,5 15,7 12,1 28,3 12,1 7,6 12,6
Adolescente 53,8 53,8 56,1 34,8 34,1 25,8 18,9 53,0 17,4 7,6 20,5 14,4 12,1 4,5
Adulto/Idoso 71,2 69,1 70,2 33,4 41,0 44,0 24,7 52,4 9,7 13,7 49,5 17,8 8,0 10,8
Mulher 53,8 53,8 56,1 34,8 34,1 25,8 18,9 53,0 17,4 7,6 20,5 14,4 12,1 4,5
Atend. médico
Atend. enf.
Atend. nutric.
Atend. prof. educ.
Atend. assist. social
Atend. f isio.
Atend. fono.
Atend. psic.
Atend. odonto. Atend. t.o.
Exames rastr./aco
mp.
Assist. farma. Nenhuma Outros
16
16
Gráfico 15 - Oferta de atividades coletivas nos programas – Áreas
de Atenção à Saúde da Criança, Adolescente, Adulto/Idoso e Mulher
O Gráfico 16 revela as formas encontradas pelas operadoras para a
busca dos beneficiários a serem inseridos nos programas. A demanda
espontânea foi a principal via de captação citada, considerando as áreas de
atenção à saúde da criança, adolescente, adulto/idoso e mulher. O
encaminhamento médico e a abordagem telefônica responderam pela
maioria dos demais casos de captação de beneficiários para participação
nos grupos.
No que se refere à área de atenção à saúde do adulto/idoso, além do
encaminhamento médico, a presença de fatores de risco, a freqüência de
utilização e as internações também constituíram importantes formas de
captação.
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
Criança Adolescente Adulto/Idoso Mulher
Criança 72,7 33,8 38,9 14,6 44,4 5,1 55,6 29,3 23,7 27,8 17,7 45,5 17,7 7,1 9,1 8,6
Adolescente 83,3 48,5 42,4 15,9 48,5 49,2 57,6 43,2 28,6 10,9 5,1 22,8 6,1 4,2 0,6 6,1
Adulto/Idoso 86,9 52,0 42,5 8,9 64,3 61,1 66,6 41,9 33,0 36,6 14,6 52,2 6,8 13,5 6,1 8,9
Mulher 88,1 34,1 34,7 10,9 66,6 61,6 62,4 28,6 28,6 35,4 18,3 49,5 14,1 7,4 6,4 5,5
PalestraAtiv. física
Ativ. lúdica
Ativ. preventiva em
Orient. médico
Orient. enf.
Orient. nutric.
Orient. prof. educ.
Orient. assist. social
Orient. f isio.
Orient. fono.
Orient. psic.
Orient. cir.
dentista
Orient. t.o.
Nenhuma Outros
17
17
Gráfico 16 - Formas utilizadas para busca dos beneficiários a
serem inseridos nos programas – Áreas de Atenção à Saúde da
Criança, Adolescente, Adulto/Idoso e Mulher
As formas de registro da participação dos beneficiários nos programas
estão dispostas no Gráfico 17. Dentre as operadoras que realizam
programas, a maioria referiu registrar as atividades em planilhas
informatizadas e em prontuário físico, nas quatro áreas de atenção em
questão. Chama a atenção o percentual de operadoras que ainda fazem o
registro das atividades de forma manual ou, ainda, que não possuem
nenhum tipo de registro.
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
Criança Adolescente Adulto/Idoso Mulher
Criança 47,5 74,2 34,8 43,9 21,2 7,1 66,2 29,8 14,6 35,9 35,9 15,7 20,2
Adolescente 45,5 80,3 32,6 40,9 19,7 6,8 65,9 34,8 18,9 28,8 36,4 12,1 19,7
Adulto/Idoso 60,3 76,5 44,0 68,1 28,8 12,3 70,2 55,4 29,6 54,5 40,4 12,3 16,7
Mulher 59,5 85,5 30,2 46,3 19,9 8,7 71,1 28,6 26,4 29,3 36,7 19,0 19,3
telefone dem. espont.
faixa etária
presença fat. risco
prontuários
guia cobr. proced.
encam. médico
freq. utilização
ex. periódico
internações
encam. prestador
sala de espera
outros
18
18
Gráfico 17 - Formas de registro dos beneficiários nos
programas – Áreas de Atenção à Saúde da Criança, Adolescente,
Adulto/Idoso e Mulher
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0Criança Adolescente Adulto/Idoso Mulher
Criança 51,5 54,5 18,7 22,2 38,9 5,1 8,1
Adolescente 52,3 50,8 26,5 29,5 36,4 4,5 5,8
Adulto/Idoso 60,0 49,3 20,9 28,5 34,9 5,1 4,7
Mulher 55,3 39,9 15,8 24,8 39,9 8,4 5,8
reg. inform. - planilha comput.
reg. prontuário
f ísico
reg. prontuário eletrônico
softw are específ ico manual sem registro outros
19
19
No Gráfico 18 podemos observar quais são os principais documentos
e referências utilizados pelas operadoras para o planejamento das ações
desenvolvidas nos programas. Entre os documentos mais referenciados
encontram-se: o manual de promoção e prevenção elaborado pela ANS,
manuais elaborados pelo Ministério da Saúde, diretrizes e protocolos clínicos
de sociedades de especialistas e protocolos e diretrizes elaborados pela
própria operadora, o que demonstra a preocupação destas em estabelecer
critérios para o acompanhamento dos pacientes baseados em estudos
prévios aprovados por especialistas.
Gráfico 18 - Utilização de documentos e referências para o
planejamento das ações desenvolvidas – Áreas de Atenção à Saúde
da Criança, Adolescente, Adulto/Idoso e Mulher
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
Criança Adolescente Adulto/Idoso Mulher
Criança 44,9 54,0 58,6 17,7 54,5 9,1
Adolescente 22,2 23,2 24,4 9,0 22,5 1,6
Adulto/Idoso 53,1 47,4 50,5 19,7 58,4 12,1
Mulher 53,1 48,6 58,8 16,7 57,9 8,7
Protoc./Diretrizes clínicas de Soc. Esp. ou
AMB/CFM
Protoc.s/Diretrizes clínicas da própria
operadora
Manuais e Doc. Técnicos do MS
Manuais e Doc. Técnicos de Org. Internacionais
Manual Técnico de Promo/Preve da ANS Outros
20
20
O Gráfico 19 apresenta os principais resultados obtidos pelas
operadoras após a implementação de programas de promoção e prevenção.
Apesar de muitas operadoras ainda não terem realizado este tipo de
avaliação, dentre as que já o fizeram, a maioria referiu ter mais resultados
positivos, como redução dos custos assistenciais e/ou redução do número
de internações. Uma pequena parte das operadoras identificou resultados
como aumento do número de exames, internações, consultas e
atendimentos de urgência e emergência.
Gráfico 19 - Principais resultados obtidos com a implementação dos
programas – Áreas de Atenção à Saúde da Criança, Adolescente,
Adulto/Idoso e Mulher
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
Criança Adolescente Adulto/Idoso Mulher
Criança 34,3 17,7 20,2 26,8 26,3 0,5 4,5 4,0 0,5 1,5 2,5 47,5
Adolescente 33,3 15,9 25,0 26,5 53,8 0,8 6,1 7,6 1,5 3,0 6,1 40,9
Adulto/Idoso 45,2 25,4 24,1 36,4 38,7 0,6 8,0 8,9 1,1 1,7 4,2 37,8
Mulher 25,4 14,8 16,4 22,2 22,8 1,0 12,2 10,3 0,6 2,3 4,8 48,9
Redução nº internações
Redução nº exames
Redução nº consultas
Redução nº atend. UE
Redução custos
assistenciais
Aumento nº internações
Aumento nº exames
Aumento nº consultas
Aumento nº atend. UE
Aumento custos
assistenciais
Sem resultados
signif icativos
Ainda não avaliados
21
21
Saúde Mental
Das 641 operadoras que desenvolvem programas de promoção e
prevenção em saúde, 84 (13,1%) ofertam programas na área de atenção à
saúde mental. No Gráfico 20, observamos quais as principais
doenças/problemas/situações de saúde abordados nestes programas. Foi
observado ainda que, das 84 operadoras que informaram realizar
programas na área de saúde mental, 73 (86,9%) abordam duas ou mais
doenças, problemas ou situação de saúde.
Gráfico 20 - Doenças, problemas ou situações de saúde com oferta de programas específicos
Pode-se perceber que a depressão foi o problema de saúde mais
abordado por essas operadoras, com 81,0% de programas, seguida de uso
de drogas (58,3%) e estresse (67,9%), coincidindo com as estatísticas
nacionais e internacionais que indicam maior prevalência destas patologias
dentre os transtornos mentais (Gráfico 20).
O Gráfico 21 apresenta a distribuição das operadoras por oferta de
atividades individuais nos programas. O atendimento com psicólogo e o
atendimento com médico são as modalidades de tratamento mais
oferecidas. Das 84 operadoras que desenvolvem programas na área de
50,0
81,0
67,9
25,0
42,9
58,3
0 20 40 60 80 100
Auto ajuda
Depressão
Estresse
Esquizofrenia
Transtorno bipolar
Uso de drogas
22
22
saúde mental, 60 (71,4%) contam com pelo menos 3 profissionais
diferentes desenvolvendo atividades individuais com os beneficiários.
Gráfico 21 - Oferta de atividades individuais (por beneficiário) nos programas
O gráfico 18 apresenta a distribuição da oferta, pelas operadoras, de
atividades coletivas nos programas. Neste item podemos destacar as
palestras, assim como a orientação com médico e com psicólogo entre as
modalidades de atividade mais oferecidas, com menor participação de
outras categorias profissionais. Destaca-se ainda que 38 operadoras
(43,2%) oferecem 5 ou mais atividades coletivas em seus programas.
O Gráfico 22 apresenta a distribuição da oferta, pelas operadoras, de
atividades coletivas nos programas. Neste item podemos destacar as
palestras, assim como a orientação com médico e com psicólogo entre as
modalidades de atividade mais oferecidas, com menor participação de
outras categorias profissionais. Destaca-se ainda que 38 operadoras
(43,2%) oferecem cinco ou mais atividades coletivas em seus programas.
69,0
44,0
36,9
21,4
42,9
22,6
14,3
73,8
3,6
21,4
11,9
21,4
9,5
11,9
0 10 20 30 40 50 60 70 80
atendimento com médico
atendimento com enfermeiro
atendimento com nutricionista
atendimento com profissional de educação física
atendimento com assistente social
atendimento com fisioterapeuta
atendimento com fonoaudiólogo
atendimento com psicólogo
atendimento odontológico
atedimento com terapeuta ocupacional
exames para rastreamento e/ou acompanhamento
assistência farmacêutica
nenhuma
outros
23
23
Gráfico 22 - Oferta de atividades coletivas (por grupo de beneficiários) nos programas
O Gráfico 23 revela as formas encontradas pelas operadoras para o
rastreamento dos beneficiários a serem inseridos nos programas,
destacando-se a demanda espontânea, seguida pelo encaminhamento
médico, captação por telefone e encaminhamento após internação.
76,2
32,1
44,0
2,4
54,8
38,1
34,5
25,0
26,2
22,6
13,1
61,9
3,6
21,4
13,1
14,3
0 10 20 30 40 50 60 70 80
palestras
atividade física
atividade lúdica
atividade preventiva em odontologia
orientação com médico
orientação com enfermeiro
orientação com nutricionista
orientação com profissional de educação física
orientação com assistente social
orientação com fisioterapeuta
orientação com fonoaudiólogo
orientação com psicólogo
orientação com cirurgião dentista
orientação com terapêuta ocupacional
nenhuma
outros
24
24
Gráfico 23 - Formas utilizadas para busca dos beneficiários a
serem inseridos nos programas
O Gráfico 24 apresenta as formas de registro da participação dos
beneficiários nos programas. Das operadoras que realizam programas em
saúde mental, 61,9% referem registrar as atividades em planilhas
informatizadas, 50,0% informam registro em prontuário físico, 25,0%
possuem software específico e cerca de 4,8% referem não possuir qualquer
tipo de registro. Além disto, 55 operadoras (65,5%) relataram dispor de 2
ou mais formas de registro das atividades.
46,4
83,3
20,2
42,9
25,0
10,7
73,8
33,3
23,8
41,7
38,1
9,5
19,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
telefone
demanda espontânea
faixa etária
presença de fatores de risco
prontuários
guia de cobrança dos procedimentos
encaminhamento médico
freqüência de utilização
exames periódicos
internações
encaminhamento pelos prestadores
sala de espera
outros
25
25
Gráfico 24 - Formas de registro dos beneficiários nos programas de
Saúde Mental
No Gráfico 25, observa-se quais são os principais documentos e
referências utilizados pelas operadoras para o planejamento das ações
desenvolvidas nos programas. Mais da metade das operadoras utiliza
publicações referendadas por especialistas ou instituições implicadas com o
setor saúde, dentre estes se destacam: o manual de promoção e prevenção
elaborado pela ANS e os manuais elaborados pelo Ministério da Saúde.
61,9
50,0
31,0
25,0
39,3
4,8
6,0
0 10 20 30 40 50 60 70
registro informatizado - planilha emcomputador
registro em prontuário físico
registro em prontuário eletrônico
software específico
manual
sem registro
outros
26
26
Gráfico 25- Utilização de documentos/referências para o
planejamento das ações desenvolvidas
Por fim, o Gráfico 26 apresenta os principais resultados obtidos pelas
operadoras após a implementação de programas de promoção e prevenção
em saúde mental. Apesar de aproximadamente 42,9% das operadoras
referirem ainda não ter realizado este tipo de avaliação, dentre as que já o
fizeram, 30 operadoras informaram ter alcançado dois ou mais resultados
relacionados à redução de custos e/ou redução de utilização de serviços, e
apenas uma operadora obteve dois ou mais resultados relacionados ao
aumento de custos ou à utilização de serviços.
57,1
58,3
61,9
32,1
57,1
8,3
0 10 20 30 40 50 60 70
Protocolos/Diretrizes clínicas de Sociedadesde Especialidade ou AMB/CFM
Protocolos/Diretrizes clínicas da própriaoperadora
Manuais e Documentos Técnicos doMinistério da Saúde
Manuais e Documentos Técnicos deOrganismos Internacionais
Manual Técnico de Promoção e Prevençãoda ANS
Outros
27
27
Gráfico 26 - Principais resultados obtidos com a implementação dos
programas de Saúde Mental
34,5
17,9
21,4
27,4
27,4
4,8
3,6
4,8
42,9
0,0
0,0
0,0
0,0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Redução do número de internações
Redução do número de exames
Redução do número de consultas
Redução do número de atendimentos de urgência eemergência
Redução dos custos assistenciais
Aumento do número de internações
Aumento do número de exames
Aumento do número de consultas
Aumento do número de atendimentos de urgência eemergência
Aumento dos custos assistenciais
Não foram obtidos resultados significativos
Resultados ainda não avaliados
Outros
28
28
Saúde Bucal
No final do ano de 2007, o setor de planos privados de assistência à
saúde contava com um total de 46,2 milhões de beneficiários dos quais
11,6 milhões possuíam cobertura odontológica, representando 25% do
mercado de saúde suplementar e 6% da população brasileira. As
peculiaridades na atenção à saúde bucal e o crescimento dos planos
odontológicos no mercado de planos privados de saúde suscitam desafios
próprios para o setor. Dessa forma, a ANS, atenta a essa nova conformação
do mercado, resolveu incluir um bloco de questões referentes à área de
atenção à saúde bucal, na RI de promoção da saúde e prevenção de riscos
e doenças, objetivando realizar um levantamento de informações.
Das 641 (47,4%) operadoras que informaram desenvolver programas
de promoção e prevenção em saúde, 158 realizam programas na área de
saúde bucal.
Com relação à existência de um coordenador específico para estes
programas, verifica-se que 97,8% das operadoras informaram apresentar
esse profissional, evidenciando o cuidado na estruturação e condução dos
programas.
O Gráfico 27 mostra as doenças, problemas e situações de saúde
mais abordados pelos programas desenvolvidos nesta área. Observa-se que
os temas mais abordados são higiene bucal (92,4%), cárie (84,8%), doença
periodontal (74,7%) e câncer bucal (60,1%). Além destes, foram apontados
alimentação saudável (58,2%), fluorose (50,6%), orientação para gestantes
(46,2%), maloclusão (44,9%) e traumatismo dentário (36,1%).
29
29
Gráfico 27 – Distribuição percentual das operadoras de acordo com
as doenças, problemas ou situações de saúde abordadas pelos programas de promoção e prevenção
A oferta de atividades individuais nos programas apresenta a
seguinte distribuição, conforme revela o Gráfico 28: exame clínico (72,2%),
avaliação/orientação quanto aos fatores de risco (70,9%), orientação acerca
da dieta e da higiene (62,0%), aplicação tópica de flúor (57,6%),
encaminhamento para especialistas (51,9%), consulta para reavaliação e
controle (49,4%), terapia periodontal básica (41,8%), adequação do meio
bucal (34,2%), selamento oclusal (29,7%), exame radiográfico (28,5%),
atendimento - exceto com dentista (17,1%) e assistência farmacêutica
(3,2%). Observa-se que 12,0% das operadoras informaram não realizar
atividades individuais e que nenhuma das operadoras informou realizar
todas as atividades simultaneamente.
58,2
60,1
84,8
74,7
50,6
92,4
44,9
46,2
36,1
0 20 40 60 80 100
Alimentação Saudável
Câncer Bucal
Cárie
Doença Periodontal
Fluorose
Higiene Bucal
Maloclusão
Orientação pa Gestantes
Traumatismo Dentário
30
30
Gráfico 28 - Distribuição percentual das operadoras de acordo com a
oferta de atividades individuais nos programas
No Gráfico 29, pode-se observar a situação das atividades coletivas
desenvolvidas nos programas. As palestras correspondem a 83,5%, a
atividade educativa em odontologia a 66,5%, a distribuição de produtos de
higiene a 56,3%, a revelação de placa e escovação a 38,6%, a aplicação
tópica de flúor a 37,3%, a orientação para grupos de risco e atividade lúdica
a 27,8% e a atividade educativa com profissionais de saúde (exceto
dentista) a 18,3%. Observa-se, ainda, que cerca de 7% das operadoras
referem não desenvolver nenhuma atividade em âmbito coletivo. Como
informação adicional, 13% das operadoras mencionaram só realizar
palestras.
17,1
72,2
70,9
62,0
28,5
57,6
34,2
29,7
41,8
49,4
51,9
3,2
12,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
atendimento (exceto c/ dentista)
exame clínico
avaliação/orientação fatores de risco
orientação dieta e higiene
exame radiográfico
aplicação tópica de flúor
adequação do meio bucal
selamento oclusal
terapia básica periodontal
consulta reavaliação e controle
encaminha p/ especialistas
assistência farmacêutica
nenhum
31
31
Gráfico 29 - Distribuição percentual das operadoras de acordo com a
oferta de atividades coletivas nos programas
83,5
18,4
66,5
27,8
38,6
37,3
56,3
27,8
7,6
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
palestras
ativ. educativa (exceto c/dentista)
ativ. educativa odontologia
orientação p/ grupos de risco
revelação de placa eescovação
aplicação tópica de flúor
distibuição de produtos dehigiene
atividade lúdica
nenhum
32
32
No que diz respeito aos dados relativos aos profissionais que realizam
as atividades nos programas, com exceção dos cirurgiões-dentistas,
observa-se que 15,8% das operadoras informaram enfermeiros, 15,2%
médicos, 14,6% nutricionistas e cerca de 11,4% das operadoras fizeram
referência a assistentes sociais. Além destes profissionais, também houve
referência a psicólogos (8,9%) e fonoaudiólogos (7,0%). Em torno de 44%
das operadoras informaram que nenhum outro profissional, à exceção do
dentista, executa as atividades (Gráfico 30).
Gráfico 30 - Distribuição percentual das operadoras de acordo com
os profissionais que realizam as atividades nos programas, com
exceção dos cirurgiões-dentistas
Quando perguntadas sobre a maneira pela qual promovem o
rastreamento dos beneficiários a serem incluídos nos programas, é possível
constatar a seguinte configuração de respostas enviadas pelas operadoras:
demanda espontânea (62,7%), telefone (37,3%), exame periódico
(23,4%), presença de fatores de risco e encaminhamento pelos prestadores
(22,78%), freqüência de utilização (20,2%), por faixa etária (15,2%),
prontuário (14,0%), encaminhamento médico (13,3%), sala de espera
(12,7%) e guia de cobrança de procedimentos (5,1%), segundo consta no
Gráfico 31.
15,2
15,8
14,6
11,4
7,0
8,9
44,3
0 10 20 30 40 50
médico
enfermeiro
nutricionista
assistente social
fonoaudiólogo
psicólogo
nenhum
33
33
Gráfico 31 - Distribuição percentual das operadoras de acordo com a
estratégia de busca dos participantes para os programas
Conforme demonstrado no Gráfico 32, quanto à forma de registro e
acompanhamento dos participantes nos programas, 38,0% das operadoras
informaram utilizar o registro informatizado (planilha em computador),
29,1% utilizam o registro em prontuário físico, 24,0% efetuam o registro
manual, 14,56% registram em prontuário eletrônico e 12,7% delas realizam
registro por meio de software específico. Observa-se que cerca de 25,3%
das operadoras não efetuam registro.
37,3
62,7
15,2
22,8
13,9
5,1
13,3
20,3
23,4
22,8
12,7
0 10 20 30 40 50 60 70
telefone
dem. espont.
faixa etária
presença fat. risco
prontuário
guia cobr. proced.
encam. médico
freq. utilização
ex. periódico
encam. prestador
sala de espera
34
34
Gráfico 32 - Distribuição percentual das operadoras de acordo com a estratégia de registro e acompanhamento dos participantes e das
ações realizadas nos programas
A partir das informações enviadas pelas operadoras, concernentes
aos documentos/referenciais utilizados para o planejamento das ações
desenvolvidas nos programas, é possível constatar que os
protocolos/diretrizes clínicas da própria operadora representam 58,9%, o
Manual Técnico de Promoção e Prevenção elaborado pela Agência Nacional
de Saúde Suplementar - ANS corresponde a 32,3% e os manuais e
documentos técnicos do Ministério da Saúde representam 27,2%. Além
destes, observa-se que os protocolos/diretrizes clínicas de sociedades de
especialidades ou AMB/CFM representam cerca de 26,6% e os manuais e
documentos técnicos de organismos internacionais em torno de 10%
(Gráfico 33).
38,0
29,1
14,6
12,7
24,1
25,3
0 10 20 30 40
reg. inform. - planilha comput.
reg. prontuário físico
reg. prontuário eletrônico
software específico
manual
sem registro
35
35
Gráfico 33 - Distribuição percentual das operadoras de acordo com
os documentos/referenciais utilizados para o planejamento das ações desenvolvidas nos programas
Quanto aos principais resultados obtidos com a realização dos
programas, observa-se, a partir da análise do Gráfico 34, que os mais
referidos pelas operadoras foram: redução do número de doenças bucais
(36,1%), redução dos custos assistenciais (25,3%) e redução do número de
exodontias (22,8%). As operadoras informaram, ainda redução do número
de atendimentos de urgência e emergência (18,3%), seguido da redução no
número de diagnósticos de câncer bucal (12,7%). Também foram
apontados como resultados obtidos: aumento da cobertura assistencial
(7,0%), aumento custos assistenciais (3,2%) e aumento da incidência das
doenças bucais (0,6%). Observa-se que 2,5% das operadoras mencionaram
não haver resultados significativos. É importante destacar que, do universo
de operadoras que responderam ao questionário, 44,9% informaram que os
resultados obtidos não foram avaliados, evidenciando que a prática da
avaliação dos programas ainda não é utilizada por grande parte das
operadoras.
26,6
58,9
27,2
10,8
32,3
0 10 20 30 40 50 60 70
Protocolos/Diretrizes clínicasde Sociedades de
Especialidade ou AMB/CFM
Protocolos/Diretrizes clínicasda própria operadora
Manuais e DocumentosTécnicos do Ministério da
Saúde
Manuais e DocumentosTécnicos de Organismos
Internacionais
Manual Técnico de Promoção ePrevenção da ANS
36
36
Gráfico 34 - Distribuição percentual das operadoras de acordo com os principais resultados obtidos com a realização dos programas
Finalmente, cabe ressaltar a importância da realização de outros
estudos para se obter uma melhor compreensão sobre a atuação das
operadoras, no que concerne aos programas realizados no âmbito da
assistência odontológica, buscando, em última análise, o aperfeiçoamento
do modelo assistencial ora vigente.
36,1
12,7
22,8
25,3
18,4
0,6
2,5
0,0
3,2
0,0
7,0
2,5
44,9
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Redução nº de doenças bucais
Redução nº de diagnóstico de câncer bucal
Redução nº de exodontias
Redução custos assistenciais
Redução nº atend. UE
Aumento nº de doenças bucais
Aumento nº de diagnóstico de câncer bucal
Aumento nº de exodontias
Aumento custos assistenciais
Aumento nº atend. UE
Aumento da cobertura assistencial
Sem resultados significativos
Ainda não avaliados
37
37
Atenção Obstétrica
A Agência Nacional de Saúde Suplementar optou por incluir questões
relativas ao modelo de atenção obstétrica na RI de promoção da saúde e
prevenção de riscos e doenças do setor suplementar, por acreditar que o
modelo de organização e gerenciamento da assistência obstétrica reflete
diretamente nos resultados relacionados a indicadores perinatais como a
proporção de partos cesáreos. As perguntas referentes a este bloco foram
obrigatórias para todas as operadoras.
Na análise, identificou-se que das 1351 operadoras que enviaram
resposta dentro do prazo estabelecido pela ANS, 324 eram exclusivamente
odontológicas e 81 prestavam somente assistência ambulatorial. Deste
modo, restaram 946 operadoras para análise neste bloco.
Destas 946 operadoras, 59,4% informaram possuir um coordenador
para a atenção obstétrica. Este dado denota a preocupação das operadoras
em designar um responsável técnico para o gerenciamento das ações em
obstetrícia, o que é positivo, por possibilitar maior planejamento e controle
do modelo de atenção ofertado (Gráfico 35).
Gráfico 35 - Percentual de operadoras em relação à informação
sobre o Coordenador da Atenção Obstétrica
Um dos aspectos relevantes para o alcance de bons resultados
perinatais é a disponibilidade de uma rede hierarquizada e estruturada e de
maternidades com uma ambiência que favoreça a evolução fisiológica do
parto. Com esta preocupação, a ANS levantou junto às operadoras
59,4%
40,6%Com coordenadorSem coordenador
38
38
informações sobre a rede de maternidades. Conforme o gráfico 36, a maior
parte das operadoras informa possuir maternidades em hospitais gerais, o
que pode refletir ambientes pouco adaptados ao acompanhamento do
trabalho de parto, por outro lado, um pequeno percentual da rede
informada é constituída por maternidades próprias, nestas maternidades,
por serem unidades pertencentes à operadora, infere-se que o coordenador
da atenção obstétrica tenha maior governabilidade para promover
mudanças estruturais e de processo de trabalho que reflitam na qualidade
da assistência prestada.
Gráfico 36 – Percentual de maternidades com características
relacionadas à natureza e à forma de contratação
Outro fator que interfere diretamente no modelo de atenção
obstétrica, em especial na proporção de cesarianas, é a forma de
remuneração dos profissionais. O modelo de pagamento por procedimento,
predominante, de um modo geral, no setor suplementar de saúde no Brasil
também predomina como forma de remuneração dos obstetras (Gráfico
37). Propor alternativas para esta modalidade de pagamento é um dos
desafios para o incentivo ao parto normal no setor suplementar de saúde.
0,8
34,9
9,5
54,8
0 10 20 30 40 50 60
Maternidadespróprias
Maternidadescredenciadas
Maternidadesdupla-porta
Maternidades emhospitais gerais
39
39
Gráfico 37 - Percentual de operadoras quanto à forma de
remuneração dos obstetras
Ter um profissional disponível nas maternidades para o
acompanhamento do trabalho de parto é um dos fatores que interferem na
decisão sobre a melhor via para o nascimento. Com esta compreensão, a
ANS buscou levantar junto às operadoras as informações sobre a
organização do processo de trabalho nas maternidades que compõem a
rede do setor suplementar. Como se observa no gráfico 38, 90,8% das
operadoras informam contar com equipes de plantão com obstetras ou
enfermeiras obstetras, mas apenas 9,2% contam com enfermeiras
obstetras para a realização de partos normais.
Gráfico 38 - Percentual de operadoras em relação à equipe de
plantão e ao parto realizado por enfermeira obstetra
93,8
14,7
0,8
0,5
4,2
0 20 40 60 80 100
porprocedimento
por pacote deprocedimentos
por rateio
por desempenho
outros
90,8%
9,2%
Possui equipe de plantão com obstetra e/ou enfermeira obstetraRealização de partos por enfermeira obstetra
40
40
Destaca-se ainda que, a maior parte das operadoras (82%) informou
que não possuem estratégias de incentivo para que obstetras realizem
partos normais, além disso, apenas 20% possuem protocolo ou diretriz
escrita com boas práticas sobre o manejo do trabalho de parto e parto e,
apesar de cerca de 59% das operadoras fazerem levantamento sobre a
proporção de cesarianas realizadas por cada obstetra/ maternidade, apenas
32% das operadoras repassam esta informação aos obstetras e somente
8% informam as beneficiárias sobre estes resultados.
Por fim, são necessários estudos mais aprofundados a respeito das
variáveis levantadas, mas as informações coletadas mostram que é preciso
investir no gerenciamento da atenção obstétrica, com enfoque no modelo
de remuneração de obstetras, auditoria de dados e divulgação das
informações.
41
41
CONCLUSÃO
Embora a temática da promoção da saúde e prevenção de riscos e
doenças tenha sido recentemente introduzida no setor de saúde
suplementar, grande parte das operadoras atuantes no mercado relatou o
oferecimento de programas voltados para sua carteira de beneficiários.
O inquérito realizado foi um passo na direção de identificar aspectos
relacionados à organização, gerenciamento e oferta dos Programas de
Promoção e Prevenção no setor suplementar. Dessa forma, a análise
descritiva realizada apresenta aspectos que podem e devem ser
aprofundados em pesquisas mais específicas, a fim de conhecer mais a
fundo as características dos programas e os resultados alcançados.
Nesse sentido, explorar este campo, buscando conhecer as
conquistas e lacunas que se colocam no atual cenário do setor, possibilitará
à ANS desenvolver mecanismos de regulação mais adequados às
necessidades e demandas de operadoras, prestadores e beneficiários de
planos de saúde.