os resultados obtidos nos planos de longo prazo beneficiam a

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PRINCIPAL

www.referenciaflorestal.com.br32 33Novembro de 2013 REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL

omar decisões faz parte do cotidiano do empresá-

rio, mas nem sempre a tarefa é simples. Somente as

escolhas corretas levam ao sucesso. No setor flores-

tal, essa função é ainda mais complexa. Quando se lida com

florestas, além das variáveis que afetam qualquer atividade

comercial e industrial, existem particularidades que só quem

trabalha com plantio, colheita e transporte conhece. Compi-

lar uma quantidade imensa de informações, verificar as mais

diversas tendências e desenhar cenários futuros para tomar

a decisão mais precisa parece ser trabalho de um cientista de

foguetes. Pior é tentar fazer tudo isso por meio de ferramentas

limitadas. O resultado tem grande chance de ser impreciso e

com sinais apontando para direções opostas. O custo da entre-

ga da madeira, por exemplo, é um componente significativo.

Pode ser responsável por algo entre 40 a 60% do valor total da

produção, dependendo da região e do produto final. Por isso,

tomar uma atitude que interfere diretamente no sucesso da

indústria com dados pouco confiáveis ou incompletos é um

risco que poucos estão dispostos a correr.

Para lidar com as particularidades do ramo florestal fo-

ram desenvolvidos sistemas avançados de TI (Tecnologia da

Informação) aplicados ao planejamento estratégico. Eles são

capazes de processar uma quantidade inesgotável de variáveis

e apresentam opções de caminhos a serem seguidos pelas

empresas. Com base em dados confiáveis, o gestor tem segu-

rança para alinhar as ações mais adequadas diante do cenário

que tem pela frente e encontrar a melhor solução para cada

situação. Com este recurso, é possível deixar a complexidade

make do all of this with limited tools. The result is a great

chance of being imprecise and with signals pointing in op-

posite directions. Therefore, the decisions made may not be

the right ones.

The cost for delivering wood, for example, is a meanin-

gful component in planning and decision-making. Delivery

can be responsible for 40 to 60% of the total amount, depen-

ding on the region and the final product. This single exam-

ple clearly demonstrates that acting in a way which directly

interferes in the industry’s success due to not-so-trustful or

incomplete data is a risk few people want to take.

In order to deal with the peculiarities of the forestry-

sector, advanced IT (Information Technology) systems were

developed that could be applied to the strategic planning

process. These IT systems are capable of processing an ine-

xhaustible amount of variable and routine options to be

followed by companies.

Based on reliable data, the manager can be confident in

aligning the right action for a specific scenario and finding

the best solution for each situation. With this IT resource,

it is possible to leave the calculations to these tools and the

decisions to those who understand about business and who

live and breathe the forest.

At the beginning of the 1990’s, the forest planning and

information management area in most of the Brazilian fo-

restry companies were not well-structured or recognized

as a department. The costs for qualifying a professional in

processing and information analysis were very high. “This

fact created in companies is what I like to call the Specialist

Island”, observes Enivanis Vilela, CEO at the Inflor Consul-

ting and Systems group, a forest managing company. This

specialist’s work was dedicated to extracting an enormous

T

GesTão floresTal na era da TecnoloGia da informação

foresTmanaGinG inThe aGe ofinformaTionTechnoloGy

dos cálculos para a ferramenta e as decisões para quem enten-

de do negócio e respira floresta.

No início da década de 90, a área de planejamento e ges-

tão de informações na maioria das empresas brasileiras flo-

restais ainda não era bem estruturada ou reconhecida como

um departamento. Os custos de formação de um profissional

qualificado em processamento e análise de informações eram

altíssimos. “Isso criava para as empresas o que gosto de cha-

mar de ilha do especialista”, avalia Enivanis Vilela, CEO do gru-

po Inflor Consultoria e Sistemas, empresa de gestão florestal.

Esse especialista dedicava-se a extrair de uma enorme massa

de dados, informações para subsidiar o planejamento flores-

tal e o processo decisório.

Boa parte das grandes empresas do setor mudou a postu-

ra na virada do século. A partir de então, foram criadas solu-

ções corporativas e o departamento de planejamento florestal

passou a ter uma estrutura mais subdividida. Começou a ha-

ver a distribuição de tarefas para profissionais com diferentes

perfis. A nova estrutura ajudou a promover a padronização de

processos em escala corporativa e disponibilizar as informa-

ções em tempo real, utilizando ferramentas de acesso remoto

via web.

Há pouco tempo, mais precisamente a partir de 2010, as

soluções começaram a ter um caráter colaborativo. “A econo-

mia em expansão, aliada à evolução tecnológica, simplificaram

a vida das empresas e usuários”, avalia Enivanis. Ele ressalta

que hoje, com apenas um clique no computador, smartphone

ou tablet, as pessoas conseguem obter soluções inteligentes

com alto nível de detalhamento e precisão, e ainda com as

melhores escolhas definidas.

No âmbito florestal, isso está se concretizando por meio

da integração dos sistemas de gestão e otimização florestal.

A empresa canadense Remsoft, que conta com a Inflor como

parceira no Brasil, possui plataformas de otimização exclusi-

vas para o segmento. “Os benefícios de utilizar tecnologias de

otimização ao invés de basear-se em uma rotina de planeja-

mento ou em planilhas de suporte podem ser medidos pela

economia de milhões de dólares nos resultados operacionais

das companhias,” afirma Andrea Feunekes, co-fundadora e co-

-CEO da Remsoft.

Preocupada em manter sua liderança no cenário mundial,

a Inflor escolheu trabalhar com a Remsoft pela excelente pla-

taforma de otimização matemática aplicada ao negócio flo-

restal. “Acreditamos que para chegar onde queremos, preci-

samos solidificar parcerias estratégicas”, ressalta Enivanis. Ele

aponta que a empresa está focada em criar novas ferramentas

padronizadas, simplificadas e com custo reduzido para dispo-

nibilizar uma melhor gestão das florestas e otimizar a tomada

de decisão para os pequenos produtores. “É essencial desmis-

tificar alguns paradigmas criados na área de sistemas de ge-

renciamento e otimização. Para isso, trabalhamos juntos nessa

inovação tecnológica que revolucionará o mercado florestal e

aking decisions is part of the entrepreneur’s

responsibility, but this task is not always simple.

Only the right choices lead to success. In the fo-

rest sector decision-making becomes even more complex.

When dealing with forests, besides the variables affecting

each commercial and industrial activity, there are peculiari-

ties that only those working with plantation, harvesting and

transportation understand. Compiling a huge amount of in-

formation verifying several tendencies, anticipating future

scenarios in order to make a more precise decision seems

to be a job for a rocket scientist. It is even worse trying to

Fotos: divulgação

m

PRINCIPAL

amount of data—information to serve as the basis for the

forest planning and decision-making process.

Many of the sector’s big companies have changed their

methods since the turn of the century.

They have created corporate-level solutions and the fo-

rest planning department started to have a more effective,

sub-divided structure. Companies started to distribute plan-

ning-related tasks based on the professionals’ specific skills.

The new structure has helped to promote a standardi-

zation of processes on the corporate scale and to offer es-

sential information in real time, using remote-access tools

through the web.

In 2010, solutions started to have a collaborative appro-

ach. “The economy’s expansion, coupled with the technolo-

gy evolution, have simplified life for companies and users,”

says Enivanis. He adds that today, with just one click on the

computer, smartphone or tablet, people can obtain smart

solutions with a high level of detailing and precision, and

with the best choices well defined.

In the forestry area this new way of operating is beco-

ming more solid because of management and optimization

systems designed specifically for the forestry sector. The Ca-

nadian company Remsoft that counts Inflor as a partner in

Brazil, owns IT optimization platforms for the management

of forests. “The benefits of using optimization technologies

instead of a planning routine with supporting worksheets

can be measured by the millions of dollars in savings or addi-

tional revenues in the companies’ operational results,”, affir-

ms Andrea Feunekes, co-founder and co-CEO at Remsoft.

Concerned with maintaining its leadership on the world

stage, Inflor has chosen to work with Remsoft through the

excellent mathematics optimization platform applied to the

forest business. “We believe that to reach the goals we want

INOVAÇÃO - SOluÇÃO pArA plANejAmeNtO de curtO prAzOA solução ansiosamente aguardada pelo setor co-

necta as demandas dos clientes aos recursos e condições

operacionais disponíveis para atendê-las – porque os cus-

tos de erros em decisões relacionadas ao agendamento

operacional de colheita é muito alto e a tendência destes

é de aumentar com as expansões de escala das indústrias

de base florestal.

A solução da Remsoft lida com o complexo desafio

de planejar o agendamento operacional das equipes de

colheita para abastecer continuamente os clientes a um

baixo custo – ou seja, da designação dos módulos de co-

lheita para os blocos de colheita produzindo o produto

requerido no tempo especificado, distribuindo os produ-

tos assertivamente para os destinos e assegurando que

as exigências dos clientes ou compromissos de contratos

sejam cumpridos.

Esta é uma cadeia de valor de oferta e demanda com-

plexa e muito dinâmica. Buscar o equilíbrio entre a oferta e a

demanda, atendendo aos objetivos e restrições do negócio,

é um processo de planejamento extremamente difícil.

“As histórias que ouvimos de todas as companhias são

similares” afirma Doug Jones. “Transferência de madeira,

vendas e planejamento operacional - conectar o lado da

equação relativo às demandas, às atividades na floresta

e nas rodovias, é uma área onde virtualmente todos com

quem falamos pensam que poderiam ser mais eficientes,

produtivos, proativos e menos reativos. Este é um ajuste

natural para a Remsoft, por isso temos realmente focado

nossa tecnologia na solução do problema. Estamos en-

trando no mercado com a solução neste exato momen-

to. Ela está pronta, nós estamos prontos, este é o nosso

futuro.”

Segundo o Dr. Cesar Santana, especialista Remsoft,

cujo alvo de trabalho é oferecer todos os serviços que

os clientes Remsoft necessitam no Brasil “os aspectos,

objetivos, técnicas, indicadores e benefícios envolvidos

no planejamento de curto prazo são específicos e vari-

áveis de uma empresa para outra.” Em consequência, a

Remsoft desenvolveu uma solução com arquitetura seg-

mentada em três níveis: plataforma tecnológica, serviços

profissionais de configuração, modelagem e conexão de

informações com as bases de dados do cliente e aplica-

ções analíticas usadas para consultar, editar e revisar os

resultados do modelo. Desta forma, as mais diversas reali-

dades de planejamento da produção e entrega de madei-

ra podem ser representadas e solucionadas, tornando-se

possível antecipar decisões, projetar resultados e otimizar

as ações envolvidas na cadeia de suprimento de produtos

florestais para os clientes.

to, we need to solidify strategic partnerships,” says Enivanis.

He points out that the company is focused on creating new

tools which are standardized, simplified and with reduced

cost to provide better forest management and to optimize

the decisions for small producers.

“It is essential to demystify some paradigms created in

the managing and optimization systems area. For that, we

work together to provide the industry with the technology

innovation, which will revolutionize the forest market and

make the system become faster and more accessible for

every user,” concludes Fuenekes.

As anticipated by the Grupo Inflor CEO, new technologies

have given rise to new solutions. For example, to deal with

the great amount of information available, Remsoft decided

to implant the information directly into the analytic tools.

“In order to follow the process stages and to monitor occur-

rences, automatic work flux were developed”, adds Enivanis.

New managing platforms of biological actives have

come up and they have incorporated the administrative and

financial functions of the ERP (Enterprise Resource Planning)

systems and the forest managing systems technique and

operational specificities. “It became possible to manage—in

an integrated way—the physical and financial information,

fixed and variable costs,” he observes.

According to Enivanis, now it is possible to define each

piece of equipment that will be used, to expand a mainte-

nance plan, to plan the purchase of pieces and to precisely

estimate not only the machines’ operation cost, but also the

wood production cost. “These new managing models are

very useful in insourcing activities, a tendency that emerges

in the sector,” he observes.

REMSOFT’S SYSTEM

Solutions developed by Remsoft are being used around

the world by several segments from the forest sector: private

companies, governmental entities, educational institutions

and natural resources handling consultants.

Remsoft has 20 years of experience in research and de-

velopment.

Its global vision and experience in addressing forest op-

timization problems are the guidelines in its process of tech-

nological innovation, execution and services delivery.

The company’s technology is very flexible and can deal

with a great variety of challenges related to strategic, tacti-

cal and operational planning.

“Remsoft’s clients use optimization in order to make bet-

ter decisions. They have been noticing great financial bene-

fits using our technology. Also Remsoft’s users are capable

of sustainably handling their forest activity and they can

understand how to make the best decisions and to visualize

their choices impacts,” says Marie Eve Fillion, project mana-

www.referenciaflorestal.com.br34 35Novembro de 2013 REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL

tornará o sistema mais ágil e acessível a todos usuários”,

conclui.

Segundo o CEO do Grupo Inflor, novas tecnologias

deram origem a novas soluções. Para lidar com o grande

volume de informações, foram implantadas ferramentas

analíticas. “Para acompanhar etapas de processos e moni-

torar ocorrências, foram desenvolvidos fluxos de trabalho

automatizados”, completa. Surgiram novas plataformas

de gestão de ativos biológicos que incorporaram as fun-

ções administrativas e financeiras dos sistemas ERP (En-

terprise Resource Planning) e as especificidades técnicas

e operacionais dos sistemas de gestão florestal. “Tornou-

-se possível gerir de forma integrada informações físicas e

financeiras, custos fixos e variáveis”, avalia.

De acordo com Enivanis, agora é possível definir quais

equipamentos serão utilizados, elaborar um plano de manu-

tenção, planejar a compra de peças e estimar com precisão

não só o custo de operação das máquinas, mas também o

custo de produção da madeira. “Esses novos modelos de

gestão estão sendo muito úteis na primarização de ativida-

des, uma tendência que emerge no setor”, considera.

SIStemA remSOft As soluções Remsoft estão sendo usadas ao redor do

mundo por diversos segmentos do setor florestal: empre-

sas privadas, entidades governamentais e consultores em

manejo de recursos naturais.

A Remsoft tem 20 anos de experiência em pesquisa e

desenvolvimento. A sua visão global e experiência em so-

lução de problemas de otimização florestal são os direcio-

nadores do processo de inovação tecnológica, execução e

entrega de serviços.

A tecnologia Remsoft é muito flexível e pode lidar

com uma enorme variedade de desafios relacionados aos

níveis de planejamento estratégico, tático e operacional.

“Os clientes Remsoft usam a otimização para tomar

decisões melhores. Eles têm percebido grandes benefí-

cios financeiros usando a nossa tecnologia. Além disso,

os usuários Remsoft são capazes de manejar sustenta-

velmente seus ativos florestais e podem entender como

tomar as melhores decisões e visualizar os impactos das

suas escolhas”, afirma Marie Eve Fillion, gerente de proje-

tos Remsoft na América do Sul.

Segundo Doug Jones, vice-presidente florestal da Re-

msoft, os clientes agregam valor através de resultados

financeiros (redução de custos e aumento de lucros), mi-

tigação de riscos (previsibilidade que permite atuar com

uma gestão proativa), melhoria de processos e dissemina-

ção do planejamento colaborativo. “Além disto, a Remsoft

tem uma excelente reputação ao redor do mundo e está

empenhada em prover o melhor serviço para os clientes

da América do Sul”, completa o executivo.

PRINCIPAL

ger at Remsoft in South America.

Adds Doug Jones, forest vice president at Remsoft,

clients add value by means of: financial results,(costs reduc-

tion and profitability increases; risks mitigation (provisions

enable operating with a proactive management); processes

enhancement; and collaborative planning dissemination.

“Besides that, Remsoft has an excellent reputation

around the world, and the company makes every effort to

provide the best service possible for clients in South Ameri-

ca”, concludes Jones.

INNOVATION – SOLUTION FOR SHORT-TERM

PLANNING

The solution eagerly awaited by the sector connects

client’s demands to resources and available operational

conditions to attend them – because error costs in cases

of decisions related to harvesting operational scheduling is

very high and their tendency is to increase with forest base

industries scale expansions.

Remsoft’s solution deals with the complex challenge of

planning operational scheduling of harvesting teams to con-

tinuously supply clients in a low cost – that means, from har-

vesting modules designation to harvesting blocks producing

the required product in a specific time, distributing products

correctly to their destinations and ensuring that clients de-

mands and contract compromises are accomplished.

This is a complex and dynamic offer and demand value

chain. To search balance between offer and demand, atten-

ding goals and business restrictions is an extremely hard

planning process.

“The stories we have heard from all companies are si-

milar” affirms Doug Jones. “Wood transferring, sales and

operational planning – to connect the equation side relating

to demands, forest and roads activities is an area where vir-

tually everybody who we talk to think they could be more

efficient, productive, proactive and less reactive. This is a

natural adjustment for Remsoft that is why we have really

focused our technology in problem solution. We are entering

the market with the solution at this exact moment. The com-

pany is ready, we are ready, and this is our future.”

According to Dr. Cesar Santana, Remsoft’s expert, who-

se work target is to offer all services the Remsoft’s clients

need in Brazil “aspects, goals, techniques, indicators and

benefits involved on the planning in short-term are speci-

fic and variable from one company to another.” As conse-

quence, Remsoft has developed a solution with segmented

architecture in three levels: technological platform, setting

professional services, modeling and information connection

with the clients’ data base and analytic applications used to

consult, edit and revise the model’s result. This way the most

diverse production planning realities and wood delivery can

be represented and solved, becoming possible to predict de-

e se preciso gerar planos de ação para corrigir os desvios.

“Analisando estes pontos, é possível começar a entender

as fronteiras e as complementariedades entre as soluções

de otimização da Remsoft e os sistemas de gestão flores-

tal da Inflor”, explica Enivanis.

A perspectiva da Inflor para os próximos anos é con-

solidar as interfaces de carga/tráfego de informações

entre as soluções da Remsoft e seus sistemas de gestão

florestal. Além disso, acrescentar soluções de otimização

padronizadas e simplificadas dentro de módulos especí-

ficos do SGF e do MyForest. O PAC (Plano Anual de Co-

lheita) será utilizado como referência, que é um simulador

desenvolvido pela Inflor para planejamento operacional

de recursos e sequenciamento de colheita. Está em de-

senvolvimento ainda a integração que irá usar os dados

cadastrados pelo usuário como base para encontrar a

solução ótima para o problema. Ela vai permitir realizar

todo o processo de planejamento operacional dentro de

uma única plataforma, subsidiando as etapas seguintes

do processo florestal: controle operacional de colheita,

transporte e liberação de áreas, planejamento operacio-

nal da silvicultura e viveiros.

tecNOlOgIA de reSultAdOSTradicional empresa do setor de base florestal, a Kla-

bin está em atividade desde 1899. Com sede em Telêmaco

Borba (PR), é uma das maiores produtoras e exportado-

ras de papéis do país. A indústria fabrica papéis e cartões

para embalagens, embalagens de papelão ondulado, sa-

cos industriais e madeira em toras. Possui 15 unidades

industriais no Brasil e uma na Argentina.

Está organizada em três unidades de negócios: Flores-

tal, Papéis (papel cartão e papel Kraft) e Conversão (pape-

lão ondulado e sacos industriais). Os números da empre-

sa impressionam. Possui 212 mil ha (hectares) de áreas

plantadas, produz 1,7 milhão de t (toneladas) de celulose

anualmente, com perspectivas de ampliar a produção,

além de fabricar mais 1,9 milhão de t de papel. A empresa

ainda disponibiliza para venda no mercado três milhões

de t de madeira.

Para auxiliar na tomada de decisão e gerenciar os ru-

mos da gigantesca produção, a Klabin utiliza os softwares

Woodstock, Spatial Optimizer e o Allocation Optimizer da

Remsoft. Os programas são utilizados com o objetivo de

gerar cenários que auxiliam a definição do planejamen-

to estratégico. O foco é maximizar o valor dos recursos

naturais com base nas informações de cadastro florestal,

prognóstico da produção, mercado de madeira e de ter-

ras, demanda industrial e restrições operacionais.

“Optamos pelos softwares da Remsoft porque pos-

suem tempo de processamento mais ágil que os demais

e alcançam um resultado mais assertivo, o que melhora

cisions, to project results and to optimize actions involved in

the forest products supply chain for the clients.

FOREST MATH

Technology developed by the Canadian company is em-

ployed in order to serve as model, to simplify, standardize,

automate, integrate and optimize the forest planning pro-

cesses. When there are problems of combinatorial analysis,

all the choices and possible combinations can be evaluated

being subjected to directives, premises and several business

restrictions in a model that has as target to maximize or mi-

nimize a specific objective function. This way it is possible to

find the best solutions within a universe full of possibilities.

As one of the main stages is the process of making a

decision, the forest planning, organized in a hierarchical

www.referenciaflorestal.com.br36 37Novembro de 2013 REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL

mAtemátIcA dA flOreStAA tecnologia desenvolvida pela empresa canadense

é empregada para modelar, simplificar, padronizar, auto-

matizar, integrar e otimizar os processos de planejamento

florestal. Em problemas de análise combinatória, todas

as escolhas e combinações possíveis podem ser avaliadas

estando submetidas às diretrizes, premissas e diversas

restrições de negócio em um modelo que tem como alvo

maximizar ou minimizar uma função objetivo específica.

Desta forma é possível encontrar as melhores soluções

dentro de um universo de possibilidades.

Uma das principais etapas do processo de tomada

de decisão, o planejamento florestal, organizado de for-

ma hierárquica, busca analisar as possíveis alternativas

para elaborar os planos de manejo de longo prazo, bem

como estabelecer as ações e metas a serem executadas

em médio e curto prazo. Esse processo é organizado ba-

sicamente em três níveis hierárquicos: estratégico, tático

e operacional, que se diferenciam em escopo e ativida-

des (ações). Os objetivos e planos gerados em cada nível

devem ser consistentes e apoiados nos demais níveis,

tornando-se mais específicos e envolvendo períodos de

tempos menores à medida que o planejamento caminha

do nível estratégico para o operacional.

A disponibilidade e qualidade das informações rela-

cionadas aos ativos florestais são essenciais para garantir

consistência às decisões geradas pelo otimizador. Além

disto, a agilidade e a segurança no processo de carga/

tráfego de dados para os modelos, ou mesmo na comuni-

cação entre os resultados do otimizador e os sistemas de

gerenciamento de informações florestais das empresas,

são requisitos essenciais. Outro ponto relevante é que

uma vez encontrada a solução ótima (termo técnico que

representa o melhor desempenho possível segundo os

critérios de desempenho previamente definidos), o me-

lhor conjunto de informações será usado para elaboração

do plano de negócios. Com esses dados em mãos é ne-

cessário monitorar a execução, acompanhar a aderência

way, looks to analyze the possible alternatives to elabora-

te the plans of forest handling in a long-term, as well as to

establish actions and goals to be executed in a medium and

short-term. This process is basically organized in three hie-

rarchical levels: strategic, tactical and operational and they

are different in scope and activities (actions). The objectives

and plans generated in each level must be consistent and

supported by the several levels, becoming more specific and

involving periods of less demanding time as the plan walks

from the strategic level to the operational one.

Availability and quality of information related to the fo-

rest actives are essential for the guarantee of consistency to

the decisions generated by the optimizer. Besides this, agi-

lity and security in the process of data load/traffic for the

models, or even in the communication among the optimizer

results and the managing systems of forest information of

PRINCIPAL

companies are essential requisites. Another relevant point

is that once the great solution is found (technical term re-

presenting the best possible performance according to the

performance criteria previously defined), the best informa-

tion conjunct will be used for the formulation of the business

plan. With these data in hands it is necessary to monitor

executions, to follow adherence and if necessary, to gene-

rate action plans in order to correct deviations. “Analyzing

these points, it is possible to start understanding the limits

and complementariness between Remsoft’s optimization

solutions and Inflor’s forest management systems”, explains

Enivanis.

For the next years, Inflor’s perspectives are to consolida-

te the interfaces of information load/traffic among Remsoft’s

solutions and its forest management systems. Besides this,

the perspectives are also to add solutions of standardized

and simplified optimization within SGF and MyForest specific

modules. PAC (Harvesting Annual Plan) will be used as refe-

rence, which is a simulator developed by Inflor for resources

and harvest sequencing operational planning. Also it is being

developed the integration that will use data registered by

the user as basis to find the great solution for the problem.

It will allow realizing the whole operational planning process

with only one platform, subsidizing next stages of the forest

process: harvest operational control, transport and areas li-

beration, forestry operational planning and forestry nursery.

RESULTING TECHNOLOGY

Traditional company of the forest basis area, Klabin has

been on the sector since 1899. With headquarter in Telêma-

co Borba (PR) it is one of the biggest paper producers and

exporters in the country. The industry produces papers and

cards for packaging, corrugated cardboard packaging, in-

dustrial bags and wood in logs. It owns 15 industrial unities

in Brazil and one in Argentina.

It is organized in three business unities: Forest, Papers

(cardboard and Kraft paper) and Conversion (corrugated

cardboard and industrial bags). The company’s numbers

are impressive. It has 212 thousand ha (hectares) of plan-

ted areas, it annually produces 1,7 million tons of pulp, with

perspectives of increasing the production, besides producing

more 1,9 million tons of paper. The company also provides

three million tons of wood to be sold on the market.

To help in decision and to manage the courses of such gi-

gantic production, Klabin uses three kinds of software Woo-

dstock, Spatial Optimizer and Remsoft’s Allocation Optimi-

zer. The programs are used with the objective of generating

scenarios helping to define the strategic planning. The focus

is to maximize the value of natural resources basing on the

information from the forest register, production prognosis,

wood and land market, industrial demand and operational

restrictions.

“We have chosen Remsoft’s options of software because

they have a faster time processor than others and can rea-

ch a more assertive result, and this enhances planning in a

long-term”, explains José Totti, forest director at Klabin. Be-

fore using the systems, the company used to face difficulty in

the alteration of some premises. Certain decisions could take

hours to be done and, in some cases, several days, besides

the final result did not have 100% precision.

Duratex, another huge company in the forest sector, has

realized that the old model of data compilation for future

analysis did not attend anymore the company’s necessity.

The company owns 230 thousand ha with planted forests,

spread in areas located in the states of Minas Gerais, Rio

Grande do Sul and São Paulo. Also raw material is used for

the production of an enormous amount of products, among

them in the division of wood, panels and laminated floors.

The company used programs developed internally for

the planning elaboration of short, medium and long-term.

The process was composed by data bases from the forest

management system converted to Excel, with a program-

ming in Visual Basic. “After the forest area expansion, oc-

curred in 2009, and after funding with group Satipel, data

bases (forest registering, costs, supplying resources and pro-

duction diversification) became too long, resulting in a great

amount of variables to make the decisions, and this fact de-

manded a new planning system”, reveals Maria Dolores dos

Santos Barzotto Ribeiro, strategic planning engineer.

The company has felt it was the moment to enhan-

ce data system and future draws in order to have a safer

endorsement when tracing strategic actions. “The goal of

strategic planning in Duratex has always been to develop

scenarios that in the economic plan allow reaching maxi-

www.referenciaflorestal.com.br38 39Novembro de 2013 REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL

o planejamento de longo prazo”, explica José Totti, di-

retor florestal da Klabin. Antes de utilizar os sistemas, a

empresa encontrava dificuldade na alteração de algumas

premissas. Determinadas decisões chegavam a demorar

horas e, em alguns casos, vários dias, além do resultado

final não ser 100% preciso.

A Duratex, outra gigante do setor de base florestal,

percebeu que o modelo antigo de compilação de dados

para análises futuras não atendia mais às necessidades

da empresa. A empresa possui 230 mil ha com florestas

plantadas, espalhadas em áreas localizadas nos Estados

de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo. Sendo a

matéria-prima utilizada para a fabricação de uma enorme

gama de produtos, entre eles na divisão de madeira, pai-

néis e pisos laminados.

A companhia utilizava programas desenvolvidos in-

ternamente para a elaboração do planejamento de curto,

médio e longo prazo. O processo era composto por bases

de dados do sistema de gestão florestal convertido para

Excel, com programação em Visual Basic. “Após a expan-

são da área florestal, ocorrida em 2009, e depois da fusão

com o grupo Satipel, a base de dados (cadastro florestal,

custos, fontes de suprimento e diversificação da produ-

ção) ficou muito extensa, resultando em uma grande

quantidade de variáveis para a tomada de decisão, o que

demandou um novo sistema de planejamento”, revela

Maria Dolores dos Santos Barzotto Ribeiro, engenheira de

planejamento estratégico.

A empresa sentiu que era o momento de incrementar

o sistema de dados e desenhos futuros para ter respaldo

mais seguro ao traçar as ações estratégicas. “O objetivo

do planejamento estratégico na Duratex sempre foi de-

senvolver cenários que no plano econômico permitam

alcançar a máxima produção com o maior retorno no uso

da terra, atendendo às premissas ambientais e sociais do

negócio”, explica Maria Dolores. A intenção é garantir o

abastecimento sustentável de madeira, com o melhor

custo da matéria-prima demandada pelas fábricas.

“Diante da complexidade dos mercados e atenção

crescente aos stakeholders (público de interesse), buscou-

-se um software de planejamento que respondesse com

confiabilidade, rigor e rapidez às simulações dos diferen-

tes cenários estratégicos da empresa”, conta a engenhei-

ra. De acordo com Maria Dolores, as simulações para o

custo da madeira em relação à distância dos melhores

mercados confere maior robustez à dimensão econômica,

permitindo a sustentabilidade dos processos. Ela aponta

também ganhos ambientais no processo. Ao identificar

as melhores rotas de transporte, uma das aplicações que

diferencia o software adquirido pela empresa, reduz-se a

emissão de gases de efeito estufa.

A Duratex recebeu os treinamentos de formação nos

módulos Remsoft em dezembro de 2012 e disponibilizou

o primeiro modelo de planejamento estratégico otimiza-

do de longo prazo em maio desse ano. “Concentramos

nossos esforços em um primeiro momento na formulação

de um modelo muito completo de longo prazo, preparado

para abastecer as demandas fabris de todas as unidades

industriais”, explica Maria Dolores.

O sistema detalha quadra a quadra (unidade de co-

lheita), com identificação dos materiais genéticos, espa-

çamento de plantio, custos de colheita, transporte, custos

silviculturais ao longo da vida da floresta, valor pago pela

terra (nos casos de áreas arrendadas). Além das muitas

variáveis, que, agrupadas, ajudaram a responder a prin-

cipal pergunta da empresa: qual a forma mais econômica

de suprir as demandas industriais de forma regulada ao

longo dos anos, sem perder qualidade na base florestal?

Em um curto espaço de tempo, a Duratex irá desenvolver

novos modelos, direcionados primeiramente para o pla-

nejamento de curto prazo.

De acordo com Maria Dolores, a empresa ganhou na

qualidade e na confiabilidade de geração da informação.

“Como elaboramos um modelo de longo prazo bastante

detalhado, conseguimos retirar muitos resultados e infor-

mações estratégicas do modelo, e estamos evoluindo a cada

processamento”, completa. A Duratex conta ainda com o

apoio da equipe de analistas da Remsoft, que também con-

tribuem na evolução como modeladores. “Após apresentar o

primeiro modelo, podemos afirmar que na realidade nunca

estará finalizado, pois a cada processamento é possível en-

xergar novos cenários que nos instigam a fazer novas mode-

lagens e novas simulações”, avalia.

Os resultados foram tão positivos que a Duratex está

Foto

: div

ulga

ção

PRINCIPAL

estudando a elaboração de um modelo de planejamento

de curto prazo para ser utilizado pela área operacional.

A ideia é direcionar para o microplanejamento, auxilian-

do na formação dos blocos de colheita, manutenção de

estradas, distribuição do transporte, etc. “Estamos estu-

dando também o desenvolvimento de um modelo para

atender o viveiro florestal, que hoje produz 25 milhões de

mudas por ano”, conta Maria Dolores. O principal obje-

tivo será otimizar a expedição de mudas de acordo com

a necessidade das fazendas, para que a recomendação

dos materiais genéticos a serem implantados seja mais

próxima do ideal, minimizando problemas de logística na

expedição mensal.

O plano de crescimento da Duratex prevê mais que

duplicar o tamanho até 2020. Este ano, a empresa inaugu-

rou a unidade de painéis de madeira MDF em Itapetinin-

ga (SP), com capacidade instalada de 520 mil m³ (metros

cúbicos) anuais e ampliou em 230 mil m³ a capacidade

produtiva de painéis MDP da fábrica de Taquari (RS).

SegurANÇA NAS decISõeSA Eldorado Brasil Celulose entrou no mercado decidi-

da a ser um dos grandes players. O caminho foi se apoiar

em alta tecnologia. “Em dezembro de 2012 inauguramos

a maior e mais moderna fábrica de celulose do mundo,

com capacidade de produção anual de 1,5 milhões de

toneladas por ano”, afirma José Rodrigo Banhara, espe-

cialista em planejamento florestal. A maior parte dessa

produção se destina aos mercados asiático (50 a 55%),

europeu e americano (30 a 35%), incluindo o Brasil, que

fica com 10% a 15%. A área florestal conta hoje com apro-

ximadamente 150 mil ha localizados no Estado de Mato

Grosso do Sul.

Para desenhar o processo de planejamento da em-

presa, foi levantado o escopo de trabalho das operações,

modais de transporte a serem considerados, regiões de

atuação para implantação de novas áreas e os possíveis

mercados para compra de madeira. “Também definimos

quais os dados de entrada que seriam necessários para fa-

zer as simulações e começamos a organizar nossas bases”,

lembra Rodrigo. Até a aquisição da ferramenta desenvol-

vida pela Remsoft, a elaboração dos planos era feita por

meio de planilhas eletrônicas e pelas opiniões e experi-

ências dos profissionais envolvidos no processo. “Nossas

dificuldades nessa época eram em relação ao tempo de

resposta. Demorávamos muito tempo configurando ar-

quivos para então analisar e disponibilizar os resultados”,

aponta. Além disso, por mais que se chegasse a uma solu-

ção considerada razoável, os gestores não tinham a garan-

tia de que haviam encontrado a melhor solução.

Agora as tomadas de decisões são apoiadas em in-

formações precisas. “Utilizamos o sistema para construir

mum production with the best possible return in land usage,

attending business environmental and social premises”, ex-

plains Maria Dolores. The intention is to ensure wood sustai-

nable supply, with the best cost of raw material demanded

by the factories.

“Facing markets’ complexity and crescent attention to

the stakeholders, we have looked for a planning software

capable of responding with reliability, rigor and quickly to

simulations of the different strategic company’s scenarios”,

tells the engineer. In accordance with Maria Dolores, simu-

lations for the wood cost concerning its distance from the

best markets gives more strength to economic dimension,

allowing the process sustainability. She also points out en-

vironmental gains in the process. When identifying the best

transport routes, one of the applications that differs the

software acquired by company, the emission of greenhouse

gases is reduced.

Duratex received the formation trainings of Remsoft’s

modules in December of 2012 and provided the first stra-

tegic planning model optimized in long-term in May of this

year. “We have concentrated our efforts in a first moment in

the formulation of long-term very completed model, which

is prepared to supply the factory demands of all industrial

unities”, explains Maria Dolores.

The system details square to square (harvesting unity),

with genetic materials identification, plantation spacing,

harvesting costs, transport, forestry costs through forest life,

value paid for the land (in cases of leasehold areas). Besides

several variables, which, when together, could help to res-

pond the company’s main question: what is the most eco-

nomic way of supplement industrial demands in a regulated

way during the years, without losing quality in forest base?

In a short space of time, Duratex will develop new models,

firstly directed for planning in short-term.

In consonance with Maria Dolores, the company has gai-

ned in quality and reliability of information generation. “As

we have elaborated a very detailed long-term model, it was

possible for us to have many results and strategic informa-

tion from the model, and we are evolving at each process”,

she adds. Duratex also counts with the support of Remsoft’s

analysts’ team that contributes for the evolution of mode-

lers. “After presenting the first model, we can affirm that in

reality it will never be finalized, because at each process it is

possible to see new scenarios instigating us to do new mo-

dels and new simulations”, she evaluates.

The results were so positive that Duratex is studying

the elaboration of a planning model in a short-term to be

used by the operational area. The idea is to direct for micro

planning, helping in the formation of harvesting blocks, ro-

ads maintenance, transport distribution, etc. “We are also

studying the development of a model to attend forest nur-

sery, which today produces 25 million seedlings per year”,

tells Maria Dolores. The main objective will be to optimize

seedling expedition according to farms necessity, so that

genetic materials recommendation to be implanted can be

the closest to ideal, minimizing problems of logistic in the

monthly expedition.

The growth plan from Duratex foresees to more than

double its size until 2020. This year, the company inaugura-

ted the unity of papers of MDF wood in Itapetininga (SP),

with installed capacity of 520 thousand annual m3 (cubic

meters) and it increased in 230 thousand m3 the productive

capacity of MDP panels at the factory in Taquari (RS).

SECURITY IN DECISIONS

Eldorado Brasil Celulose has entered the market decided

to be one of the greatest players. The path was supported in

high technology. “In December of 2012, we inaugurated the

bigger and the most modern pulp factory in the world, with

annual production capacity of 1,5 million tons per year”,

affirms José Rodrigo Banhara, expert in Forest Planning. The

biggest part of this production is destined to Asian markets

(50 to 55%), European and American (30 to 35%), including

Brazil that is with 10 to 15%. The forest area counts today

with approximately 150 thousand ha located in the state of

Mato Grosso do Sul.

In order to draw the company’s planning process, it was

raised the scope of operations work, transport modes to be

considered, acting regions for the implantation of new areas

and possible markets to buy wood. “We have also defined

which entrance data would be necessary to do the simula-

tions and we have started to organize our bases”, reminds

Rodrigo. Until the acquisition of tools developed by Remsoft,

plans elaboration was made through electronic worksheets

and by opinions and experiences of professionals involved

www.referenciaflorestal.com.br40 41Novembro de 2013 REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL

e analisar diferentes cenários, com base nos indicadores

de desempenho”, explica Rodrigo. São avaliados diversos

itens: comportamento da base florestal, considerando

possíveis ampliações na produção industrial; quantifica-

ção da necessidade de compra de madeira no mercado;

ordenamento florestal; base de prescrições para a avalia-

ção periódica de ativos biológicos; análise de novos proje-

tos ou estabelecimento de parcerias em longo prazo.

“No segundo semestre desse ano realizamos um

projeto, em parceria com a Remsoft, para aperfeiçoar o

planejamento de abastecimento em médio/curto prazo e,

também, automatizar grande parte do processo de atuali-

zação periódica”, detalha o especialista.

Por meio do novo modelo, em fase de finalização, será

possível avaliar outros pontos-chave. O objetivo é obter

informações precisas sobre o comportamento do sistema

frente às projeções de demanda e consumo específico da

fábrica; inclusão de restrições ambientais impactantes

para a operação em determinadas épocas do ano; va-

riação média da qualidade da madeira a ser transporta-

da para a fábrica; variação na quantidade de caminhões

necessários para suprir a demanda de transporte e níveis

dos estoques de madeira em diferentes pontos do pro-

cesso.

A complexidade das variáveis com que a Eldorado tem

que tratar diariamente deixou claro que era imprescindí-

vel ter o apoio de uma ferramenta robusta e flexível para

representar o processo de planejamento em grande esca-

la. “Além disso, o método científico (conhecido como pes-

quisa operacional, por meio das técnicas de programação

linear e programação linear inteira mista), associado às

soluções Remsoft, tem a capacidade de analisar simulta-

neamente esse conjunto de variáveis”, completa Rodrigo.

Foto

: Joã

o Q

uesa

do

Até 2017, a Eldorado Brasil pretende investir cerca de

7,5 bilhões de reais para expandir sua produção de celulo-

se e atingir até 4 milhões de t/ano (toneladas ao ano). Com

isso, a área florestal deve aumentar cerca de 350 mil ha

plantados. Para a área de planejamento florestal, a meta é

atribuir mais pontos de automatização no processo de revi-

sões periódicas e geração de relatórios, além de aumentar

a integração entre a solução Remsoft e nossos demais siste-

mas de informações.

geStÃO de AtIVOSA Brookfield Asset Management é uma gestora global

de ativos alternativos, possui mais de 175 bilhões de dólares

aplicados em diversos setores, dos quais 4 bilhões de dóla-

res são investidos em ativos florestais. A empresa opera no

Brasil há mais de 110 anos e possui uma das maiores pla-

taformas de investimentos no país, sendo responsável por

quase 32 bilhões de reais. “Investimos em ativos reais e ne-

gócios que compõem a espinha dorsal da economia”, afirma

o sócio Heitor Gastaldi.

Desde 1974, a Brookfield marca presença no setor flo-

restal. “Atuamos nos Estados de Santa Catarina, Paraná, Mi-

nas Gerais e Mato Grosso do Sul, com investimentos em 65

mil ha de áreas de reflorestamento de pinus e eucalipto”,

enumera Michelle Bartels, analista de negócios da empresa.

Como produtora independente de madeira, a gestora atua

em diversos seguimentos do setor, incluindo o de constru-

ção civil, móveis, painéis, exportação de madeira in natura,

indústria siderúrgica, de gases industriais e de embalagens.

A produção anual de madeira está hoje em torno de 1,8 mi-

lhões de m³.

“Atualmente utilizamos dois módulos de otimização, o

Woodstock e o Spatial Optimizer”, conta Michelle. O Woods-

tock, utilizado para os modelos de curto e longo prazo, per-

mite a otimização da produção no decorrer do tempo em

função de restrições relacionadas aos fluxos de caixa ope-

racionais e mercado. “O Stanley nos ajuda nos modelos de

curto prazo, principalmente para fins de orçamento anual,

possibilitando definir os talhões de colheita e levando em

consideração restrições como, por exemplo, a distância en-

tre os talhões a serem colhidos”, explica Michelle.

A ampliação dos investimentos florestais da Brookfield

trouxe a necessidade de aprimoramento das ferramentas

de gestão. O processo iniciou-se com pesados aportes para

realização de mapeamento e inventário florestal, incluindo

a consolidação do cadastro florestal em banco de dados ge-

orreferenciado, visando criar uma base confiável de infor-

mações. “A partir desse ponto, sentimos a necessidade de

investir em ferramentas que permitissem extrair a melhor

informação dos dados disponíveis, motivo pelo qual optou-

-se pela solução Remsoft”, diz Heitor. Atualmente, a empre-

sa está em fase de implementação do RTP (Remsof Tatical

Planner), que já permite que a equipe operacional consiga

visualizar mais facilmente os gargalos no planejamento.

Anteriormente, o planejamento de colheita considera-

va especialmente aspectos técnicos, tal como a idade das

florestas, inventário e oportunidades comerciais, realizado

através de planilhas. Mas não era possível, por exemplo,

avaliar ao mesmo tempo dados com restrições e conciliar

todos os pontos importantes de ordem financeira, técnica e

biológica para avaliar a melhor alternativa de retorno do ati-

vo. “A solução Remsoft aperfeiçoou o processo de avaliação

dos nossos investimentos e melhorou nosso planejamento”,

afirma o sócio da Brookfields. No entanto, tratando-se de

um modelo de otimização, os resultados estão diretamente

relacionados à qualidade dos dados utilizados. “Portanto,

investimento em base de dados robusta, georreferenciada,

atualizada e inventários periódicos é fundamental para ob-

ter bons resultados”, pondera.

grANdeS VOlumeSA Veracel Celulose é fruto da parceria da StoraEnso e

da Fibria. Produz celulose branqueada de eucalipto de alta

qualidade, com capacidade de produção de celulose de 1,2

milhão de t/ano. Os plantios são formados por clones de

eucalipto obtidos a partir do cruzamento das espécies Eu-

www.referenciaflorestal.com.br42

in the process. “In that time our difficulties were related to

the response time. We used to take a long time settling fi-

les for then analyze and deliver results”, points out Rodrigo.

Besides that, even if we could reach a reasonable solution,

managers did not have the guarantee that they had found

the best solution. Now decisions are supported on precise

information. “We use the system to construct and analyze

different scenarios, basing ourselves on performance indi-

cators”, explains Rodrigo. Several items are analyzed: forest

base behavior, considering possible expansions in the indus-

trial production; quantification of the necessity of buying

wood on the market; forest planning; prescriptions bases for

periodic evaluation of biological actives, new projects analy-

sis or establishment of partnerships in long-term.

“In the second semester of this year we have realized

a project in partnership with Remsoft to enhance the sup-

plying planning in medium/short-term and, also, to automa-

te a great part of the process of periodic update”, details the

expert.

Through a new model, in finishing phase, it will be pos-

sible to evaluate other key-points. The goals is to obtain

precise information about the system’s behavior facing the

demands projections and the factory’s specific consump-

tion; inclusion of impacting environmental restrictions for

the operation in certain times of the year; variation in the

amount of needed trucks to supply transport demand and

level of wood stocks in different points of the process.

The complexity of variable in which Eldorado has to daily

deal with made it clear it was indispensable to have the su-

pport of a strong and flexible tool to represent the planning

process in large scale. “Besides that, the scientific method

(known as operational research, by means of linear pro-

gramming techniques and mixed full linear programming),

associated to Remsoft’s solutions, has the capacity of simul-

taneously analyzing this variables conjunct”, adds Rodrigo.

Until 2017, Eldorado Brasil intends to invest about 7,5

billions reais to expand its pulp production and to reach

until 4 millions of tons/year (tons per year). With that, the

forest area must increase about 350 thousand of planted

ha. For the forest planning area, the goal is to assign more

automatic points in the process of periodic revisions and re-

ports generation, besides increasing the integration among

Remsoft’s solution and our other information systems.

ACTIVE MANAGEMENT

Brookfield Asset Management is a global alternative ac-

tive manager; it has more than 175 billion dollars applied

in several sectors, in which 4 billion dollars are invested in

forest actives. The company works in Brazil for more than

110 years and it owns one of the biggest platforms of invest-

ments in the country, being responsible for almost 32 billion

reais. “We invest in real actives and business that compose

the dorsal spine of economy”, affirms the associate Heitor

Gastaldi.

Since 1974, Brookfield sets presence in the forest sector.

“We act in the state of Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais

and Mato Grosso do Sul, with investments in 65 thousand

ha of reforesting area of pine and eucalyptus”, lists Michel-

le Bartles, the company’s business analyst. As independent

wood producer, the company works in several segments

of the sector, including civil construction, furniture, panels,

wood exportation in natura, industry of steel, industrial

gases and packaging. Its wood annual production is today

around 1,8 million of m3.

“Currently we use two optimization modules, Woodstock

and Spatial Optimizer” tells Michelle. The Woodstock, used

for the models in short and long-term, allows production

optimization through time in function of restrictions related

to operational and market cash flows. “Stanley helps us in

short-terms models, especially for ends of annual income,

allowing us to define the harvesting wood logs and taking

into consideration restrictions such as distance among trees

to be harvested”, explains Michelle.

The expansion of Brooksfield’s forest investments has

brought the necessity of enhancing management tools. The

process began with heavy contributions for the realization

PRINCIPAL

delImItANdO NOVAS frONteIrASA Suzano Papel e Celulose opera no segmento de

celulose de eucalipto e papel cartão, para imprimir e

escrever, com quatro linhas e cerca de 30 marcas. No

Brasil, a companhia mantém a sede administrativa em

São Paulo (SP) e cinco unidades industriais – quatro no

Estado de São Paulo (Embu, Limeira e duas em Suzano)

e uma em Mucuri (BA). Com o objetivo de ampliar a

produção de celulose, está conduzindo as obras para

a implantação da nova fábrica na cidade de Imperatriz

(MA). O início da operação está previsto para o quarto

trimestre de 2013.

A empresa detém ainda a SPP-KSR, maior distribui-

dora de papéis e produtos gráficos da América do Sul.

As áreas florestais somam 803 mil ha, dos quais 346 mil

com florestas plantadas, concentrados na Bahia, Espíri-

to Santo, São Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Tocantins

e Piauí.

A Suzano utiliza o software da Remsoft em dois mo-

delos distintos. “Um para planejamento de longo prazo,

visando otimização da base florestal para abastecimen-

to fabril, e outro de curto prazo, para alocação de ge-

nótipos nos viveiros florestais sob gestão da empresa”,

informa Maria Carolina Cunha Zonete, coordenadora

www.referenciaflorestal.com.br44

calyptus grandis e Eucalyptus urophylla. A área total da Veracel

no estado da Bahia é de 211.380 ha. O espaço destinado ao

plantio de eucalipto é de 90.435 ha, possuindo também 19.121

ha voltados ao plantio de eucalipto de produtores florestais.

A empresa implementou o Remsoft Spatial Planning Sys-

tem em 2009. “Como grande parte das médias e grandes em-

presas do setor, a busca por este tipo de software se deu em

função da necessidade de maior rapidez na obtenção de resul-

tados otimizados, maior flexibilidade na modelagem florestal

e necessidade de obter resultados espacializados”, informa

Ricardo Rodrigues Marcuz Silva, engenheiro florestal pleno da

Veracel. Outro motivo pela escolha da marca foi a conveniência

em adquirir um software que fosse utilizado por mais empresas

do setor para propiciar trocas de experiências. “Além disso, ter

a garantia de constantes atualizações e melhorias, o que não

tínhamos no software anterior”, afirma.

A fabricante de celulose utiliza o programa no planejamento

florestal de médio e longo prazo, construindo o plano estratégico

de suprimento de madeira para o abastecimento da fábrica, valo-

rando seu ativo biológico e realizando seus estudos de viabilidade

de expansão da produção. Um dos pontos que mais agradam Ri-

cardo no uso do software é a sofisticada interface com as infor-

mações e análises espaciais que contribuem para a formação dos

blocos de colheita e a avaliação de fragmentação destes blocos.

“Os resultados obtidos nos planos de longo prazo beneficiam a

empresa como um todo porque apresenta uma interface maior

com as áreas de suprimento de madeira e silvicultura”, conside-

ra Ricardo. Por conta dos bons números, a empresa também tem

intenção de utilizar o sistema de otimização e ordenamento no

processo de produção de mudas florestais.

of mapping and forest inventory, including the consolidation

of forest registering in a geo-referenced data bank, aiming

at creating a reliable information base. “From this point, we

have felt the necessity of investing in tools that permitted to

extract the best information of available data, reason why

we chose for Remsoft’s solution”, affirms Heitor. Currently

the company is in phase of implementing RTP (Remsoft Tac-

tical Planner) that already permits the operational team to

easily visualize bottlenecks in the planning.

Previously, the harvesting plan used to specially con-

sider technical aspects, such as the forests age, inventory

and commercial opportunities, which was made through

worksheets. But it was not possible, for example, to evalu-

ate at the same time data with restrictions and to conciliate

all important questions concerning financial, technical, and

biological order to evaluate the best alternative in active re-

turn. “Remsoft’s solution has enhanced our investments eva-

luation process and it improved our planning”, affirms the

associate at Brookfields. Nevertheless, when dealing with

an optimizing model, results are directly related to the qua-

lity of used data. “Thus, investment in a strong data base,

geo-referenced, updated and periodic inventories are funda-

mental in order to obtain good results”, he adds.

LARGE VOLUMES

The company Veracel Celulose has partnership with Sto-

raEnso and Fibria. It produces high quality eucalyptus ble-

ached pulp, with capacity of pulp production of 1,2 million

tons/year. Plantations are formed by eucalyptus clones ob-

tained through the crossing of species Eucalyptus grandis

and Eucalyptus urophylla. Veracel’s total area in the state

of Bahia is of 211.380 ha. The space destined to eucalyptus

plantation has 90.435 ha, also having 19.121 ha turned to

eucalyptus forest producer’s plantation.

The company implemented Remsoft’s Spatial Planning

System in 2009. “As a great part of medium and large com-

panies in the sector, the search for this kind of software has

happened due to the necessity of more agility in the obtain-

ment of optimized results, more flexibility in forest modeling

and need to obtain space results”, informs Ricardo Rodrigues

Marcuz Silva, forest engineer at Veracel. Another reason for

the brand’s choosing to acquire the software is that it could

be used by more companies so they could exchange expe-

riences. “Besides, having the assurance of constant updates

and improvements, which we did not have with the previous

software”, he affirms.

The pulp producer uses the forest planning program in

medium and long-term, building its strategic plan of wood

stock to serve as supply for the factory, valuing its biological

active and realizing its study for the viability of production

expansion. One of the points that pleases Ricardo the most

in software usage is the sophisticated interface with infor-

mation and space analysis that contribute for the formation

of harvesting blocks and these blocks fragmentation evalu-

ation. “The results obtained in long-term plans benefit the

company as a whole because it presents a larger interface

with wood and forestry supplement areas”, considers Ricar-

do. Due to good numbers, the company intends on using

optimization and ordering system in the process of forest

seedlings production too.

DELIMITATING NEW BORDERS

Suzano Papel e Celulose operates in the segment of eu-

calyptus pulp and cardboard paper, paper to print and write

with four lines and about 30 brands. In Brazil, the company

keeps its administrative office in São Paulo (SP) and five in-

dustrial unities – four in the state of São Paulo (Embu, Limei-

ra and two in Suzano) and one in Mucuri (BA). With the goal

of extending pulp production, the company is conducting the

works for implanting a new factory in Imperatriz (MA) city.

The beginning of such operation is scheduled for 2013 fourth

trimester.

The company also owns SPP-KSR, the biggest paper and

graphic products distributor in South America. Forest areas

add 803 thousand ha in which 364 thousand have planted

Os resultados obtidos nos planos de longo prazo beneficiam a

empresa como um todo porque apresenta uma interface maior com as áreas de suprimento de madeira e silvicultura

***

Ricardo Rodrigues

PRINCIPAL

de Informações Florestais SP. O software utilizado des-

de 2006 é o Woodstock, com modelo de otimização que

utiliza a programação linear. A empresa utilizava outro

modelo, mas resolveu atualizar o sistema com o software

comercializado pela Remsoft, “por ser uma solução mais

específica para a área florestal e já consolidada no mer-

cado, de fácil implantação, e totalmente customizável,

requerendo somente uma boa base para a modelagem.”

decISÃO de mANejO pArA NOVAS eSpécIeSSe a aplicação da tecnologia da informação é funda-

mental para empresas que operam com espécies muito

conhecidas no Brasil, como pinus e eucalipto, ela é tam-

bém indispensável para o gerenciamento de espécies com

conhecimento ainda em desenvolvimento. Esse foi um

dos motivos para a Floresteca implementar o software na

gestão dos 40 mil ha de floresta de teca no Mato Gros-

so e Pará. A empresa, que completa 20 anos em 2014,

desenvolveu ao longo desse tempo um sistema próprio

de condução para o cultivo. “A teca é uma espécie que

ainda não possui tanta informação quanto o eucalipto,

por exemplo”, afirma Silvio de Andrade Coutinho, sócio-

-diretor. No início das operações de plantio, a base gené-

tica disponível era muito limitada. Outra dificuldade era

entender o comportamento das mudas nas áreas que a

empresa dispunha, já que a teca normalmente exige solos

muito férteis. “Com o passar dos anos fomos aprendendo

e até hoje temos uma área de pesquisa que é bem envol-

vida”, considera.

Focada exclusivamente na espécie, a Floresteca atua em

todas as etapas do negócio florestal. “Trabalhamos com bio-

tecnologia, produção de mudas, clonagem, melhoramento

genético, prospecção de áreas para o plantio, execução do

plantio, manejo florestal, colheita, comecialização de toras

e processamento em forma de madeira serrada”, pontua

Silvio.

Em cinco anos, a empresa terá florestas prontas para

o corte raso. A produção atual é de 150 mil m³ de madeira

de desbaste por ano. O ciclo da teca é parecido com o do

pinus; a partir dos 18 anos, a árvore atinge o ponto de

corte de maior valor comercial. Uma parte da madeira é

utilizada para geração de energia e as toras maiores são

comercializadas no mercado interno e serradas pela pró-

pria Floresteca. “A produção está aumentando conforme

os plantios vão ficando mais velhos”, comemora Silvio.

A empresa utiliza a solução elaborada pela Remsoft

para o ordenamento de desbastes em longo prazo. “São

muitas variáveis no nosso negócio, como desbaste, ponto

ótimo para o corte final, aspectos econômicos como pre-

ço, custo, inflação, etc”, aponta o sócio-diretor da empre-

sa. “É muita informação para definir o ótimo. Fazer isso

tudo no Excel é bastante complicado”, avalia.

PRINCIPAL

A ferramenta de gestão foi introduzida quando a empre-

sa iniciou o desenvolvimento da área de planejamento no

momento quando realmente começou a ter madeira para

cortar, há cerca de cinco anos. “O volume de estoque estava

aumentando, por isso fizemos análise de benchmarking jun-

to às empresas que julgamos ser referência no setor - todas

de celulose e papel, muito estruturadas”, recorda Silvio. As

companhias estavam utilizando as soluções da Remsoft, o

que levou a Floresteca a perceber que era o que melhor se

aplicava à realidade da empresa.

De acordo com o sócio-diretor da Floresteca, a economia

de tempo foi um dos grandes benefícios. Por meio da ferra-

menta é possível realizar análises mais aprofundadas em um

tempo muito curto. “Além disso, sem a ferramenta, alguns

cenários seriam deixados de lado”, considera. O departa-

mento de planejamento abastece o programa com informa-

ções como as diferentes curvas de crescimento das florestas

de teca, baseado nos diferentes sistemas de desbaste que

se tem e os preços da madeira. É um cálculo complexo pois

cada diâmentro da espécie tem um preço diferente. É preci-

so avaliar se vale a pena esperar para alcançar um diâmetro

maior ou se as condições de mercado e outras váriveis pe-

dem que o corte seja feito naquele momento. “Cria-se uma

teia de variáveis e o software processa tudo. Com isso, ava-

liamos qual a melhor solução.”

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forests, centered in the states of Bahia, Espírito Santo, São

Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Tocantis and Piauí.

Suzando uses Remsoft’s software in two different ways.

“One for long-term planning, for genotypes allocation in fo-

rest nurseries under the company’s management”, informs

Maria Carolina Cunha Zonete, São Paulo´s forest informa-

tion coordinator. The software used since 2006 is Woodsto-

ck, with optimization model using linear programming. The

company used another model, but decided to update the

system with Remsoft’s software, “because it is a specific so-

lution for the forest area and already consolidated on the

market, easy implantation and completely customized, only

requiring a good base for the modeling”.

HANDLING DECISION FOR NEW SPECIES

If information technology application is fundamental for

companies that operate with well known species in Brazil,

as pine and eucalyptus, it is also indispensable for species

management also with knowledge in development. This

was one of the reasons for Floresteca to implement the sof-

tware in the management of its 40 thousand forests ha of

teak in Mato Grosso and Pará. The company, completing 20

years in 2014, developed during these years its own system

for cultivation conduction. “Teak is a species that still does

not have as many information as eucalyptus, for example”,

affirms Silvio de Andrade Coutinho, associate director. At the

beginning of plantation operations genetic base available

was limited. Another difficulty was to understand seedlings’

behavior in areas already owned by the company, since teak

normally demands very fertile soils. “As years passed by we

were learning more and today we have a well developed re-

searching area”, he considers.

Exclusively focused in teak, Floresteca acts in every stage

of the forest business. “We work with biotechnology, see-

dlings production, cloning, genetic enhancement, plantation

areas prospection, plantation execution, forest handling,

harvesting, logs commercialization and sawn wood proces-

sing”, points out Silvio.

In five years the company will have forests ready for

clear cuts. Current production concerns 150 thousand m3 of

thinning wood per year. Teak’s cycle is similar to pine; when

the tree completes 18 years, it reaches the cutting point of

highest commercial value. Part of the wood is used for ener-

gy generation and bigger logs are commercialized in internal

market and sawn by Floresteca itself. “Production is increa-

sing as plantations are getting older”, celebrates Silvio.

The company uses the solution created by Remsoft for

long-term thinning ordering. “There are many variables in

our business, as thinning, great point for final cut, economic

aspects as price, cost, inflation, etc”, points out the associate

director at the company. “There is too much information to

define the great point. To do all this using Excel is pretty com-

plicated”, he evaluates.

The management tool was introduced when the com-

pany initiated the development of planning area at the

moment it really had wood to be cut, about five years ago.

“Stocking volume was increasing, so we have performed a

benchmarking analysis in consonance with companies we

judged well structured and of reference in the sector – all the

pulp and paper ones”, remembers Silvio. Companies were

using Remsoft’s solutions what made Floresteca realize that

it was the best to be applied in the company’s reality.

According to Floresteca’s associate director, time eco-

nomy was one of the best benefits. Through these tools it

is possible to make analysis in a deeper and shorter way.

“Besides, without the tool, some scenarios would be left by

side”, he considers. The planning department supplies the

program with information as the different growth curves

of teak forests, based in different thinning systems we have

and wood prices. It is a complex calculus because each spe-

cies diameter has a different price. It is necessary to evaluate

if it is worthy to wait the tree reach a bigger diameter or

if the market conditions or other variable demand the cut

happens in that moment. “A variable net is created and the

software can process it all. With that, we evaluate the best

solution.”