anÁlise financeira de empresas do setor...

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ANÁLISE FINANCEIRA DE EMPRESAS DO SETOR IMOBILIÁRIO NO PERÍODO DA CRISE FINANCEIRA Luciane Maria Goncalves Franco (UFPR) [email protected] Cristiano do Nascimento (UFPR) [email protected] Marcia Maria dos Santos Bortolocci Espejo (UFPR) [email protected] ADEMIR CLEMENTE (UFPR) [email protected] O objetivo do estudo é verificar se a crise financeira deflagrada nos Estados Unidos influenciou o nível de liquidez das empresas brasileiras atuantes no setor imobiliário, no Brasil. Trata-se de estudo descritivo, ex post facto, transversaal, com a aplicação do teste estatístico ANOVA. A amostra é composta por 40 empresas listadas na BM&FBOVESPA (Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros). Analisam-se demonstrativos contábeis dos exercícios financeiros de 2006, 2007 e 2008. Dentre os resultados do estudo, destacam-se: as empresas da amostra apresentarem acréscimo no indicador liquidez geral - ILG no período de prosperidade na variação do ano de 2006 para o de 2007, e de forma contrária, evidenciaram efeitos desfavoráveis no indicador ILG na variação entre 2007 e 2008, período classificado de auge da crise. Portanto, se comprovou, por meio do teste estatístico ANOVA, o potencial da crise em influenciar a dinâmica financeira e operacional das empresas do setor imobiliário. Palavras-chaves: Crise Financeira, Setor Imobiliário, Liquidez Geral XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

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ANÁLISE FINANCEIRA DE EMPRESAS

DO SETOR IMOBILIÁRIO NO PERÍODO

DA CRISE FINANCEIRA

Luciane Maria Goncalves Franco (UFPR)

[email protected]

Cristiano do Nascimento (UFPR)

[email protected]

Marcia Maria dos Santos Bortolocci Espejo (UFPR)

[email protected]

ADEMIR CLEMENTE (UFPR)

[email protected]

O objetivo do estudo é verificar se a crise financeira deflagrada nos

Estados Unidos influenciou o nível de liquidez das empresas

brasileiras atuantes no setor imobiliário, no Brasil. Trata-se de estudo

descritivo, ex post facto, transversaal, com a aplicação do teste

estatístico ANOVA. A amostra é composta por 40 empresas listadas na

BM&FBOVESPA (Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros).

Analisam-se demonstrativos contábeis dos exercícios financeiros de

2006, 2007 e 2008. Dentre os resultados do estudo, destacam-se: as

empresas da amostra apresentarem acréscimo no indicador liquidez

geral - ILG no período de prosperidade na variação do ano de 2006

para o de 2007, e de forma contrária, evidenciaram efeitos

desfavoráveis no indicador ILG na variação entre 2007 e 2008,

período classificado de auge da crise. Portanto, se comprovou, por

meio do teste estatístico ANOVA, o potencial da crise em influenciar a

dinâmica financeira e operacional das empresas do setor imobiliário.

Palavras-chaves: Crise Financeira, Setor Imobiliário, Liquidez Geral

XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção

Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

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1. Introdução

A crise financeira internacional iniciada no ano de 2007, resultante da elevação da

inadimplência hipotecária nos Estados Unidos (EUA), assumiu contornos sistêmicos ao

deflagrar, em 2008, prejuízos conjunturais como a falência de instituições financeiras. Seus

reflexos suscitaram intervenções públicas para minorar a insolvência empresarial e os

impactos da brusca redução do crédito (FARHI; BORGHI, 2009).

Conforme Carneiro e Maranhão (2009) a crise financeira passou a ser percebida no Brasil por

meio do corte nas linhas internacionais de financiamento seguido do aumento na cautela dos

bancos locais, cuja condição remeteu as empresas a terem problemas de liquidez, passando a

ter dificuldades na obtenção de capital de giro. Contudo, em se tratando de mercado

imobiliário, salienta-se que o investimento em imóveis sempre havia sido considerado o

“porto seguro” mesmo em tempos de crise, tanto para investidores quanto para empresários

(BOTELHO, 2007). Segundo Tenerello (2008), o Sistema Brasileiro de Poupança e

Empréstimo (SBPE) aplicou cerca de R$ 25 bilhões no setor habitacional em 2008.

O advento da crise financeira em meio ao ambiente macroeconômico nacional tende a ter

desencadeado restrições na disponibilidade de recursos financeiros, podendo vir a prejudicar

as atividades econômicas nos diferentes setores da economia. Diante do exposto, emerge a

seguinte questão de pesquisa: o advento da crise financeira em 2007 nos Estados Unidos

influenciou o nível de liquidez geral das empresas do setor imobiliário no Brasil? Neste

contexto, expõe-se que o objetivo principal de pesquisa consiste em verificar se a crise

deflagrada nos EUA influenciou o nível de liquidez das empresas atuantes nos segmentos do

mercado imobiliário, no Brasil.

A proposição de construção deste estudo justifica-se na possível dificuldade do empresário

gerar caixa, em meio a um cenário de crise financeira, cujo fato tende a resultar em

desdobramentos sociais relevantes como, inclusive, o desemprego, em razão do

comprometimento da disponibilidade de recursos destináveis às atividades operacionais e

financeiras. Dessa forma, este estudo busca contribuir, por meio dos resultados identificados,

pautados na verificação da evidenciação dos efeitos da crise diretamente no nível de liquidez

geral das empresas atuantes no mercado imobiliário, no Brasil. Pois, a aquisição de imóveis e

compra de materiais para construção de imóveis, comumente, tendem a serem adquiridos

mediante financiamentos de longo prazo.

2. Crise financeira

A palavra "crise" é amplamente entendida como uma situação aguda que, no caso da gestão

empresarial, se refere à organização, regulação, aos meios de se prever, dimensionar e

dissolver uma crise futura (BLOCKMANS; WESSEL, 2009). O cenário de crise financeira

passou a dar sinais de risco no terceiro trimestre de 2005 em razão da redução no volume de

negócios no setor imobiliário dos EUA, em decorrência da alta dos preços das moradias, cuja

condição começou a inviabilizar a compra por parte das famílias, mesmo com juros reduzidos

(SOROS, 2008).

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Os juros baixos aplicados pelo Federal Reserve System (FED), com foco na recuperação da

economia, no início do século XXI, favoreceu o aumento no volume de negócios em meio ao

mercado imobiliário, cujo crédito fora concedido, por vezes, a indivíduos com renda

insuficiente para horar o pagamento da dívida. A dívida hipotecária assumida pelo comprador

do imóvel passa por processo de securitização, sendo convertida em títulos denominados de

subprime, posteriormente negociados no mercado.

A falta de liquidez dos títulos subprime, por processo de securitização, foram o epicentro da

crise financeira que alcançou os demais setores econômicos, mediante pacotes de títulos

montados e vendidos a investidores, como fundos de pensão e fundos de investimentos. Deste

modo, salienta-se a importância da transferência dos ativos de risco, o que denota a formação

de um cenário de descontrole e impossibilidade de avaliação do risco real de cada título

(USA, 2011).

Santos et al (2010) analisaram o impacto da crise subprime no comportamento do retorno das

ações ordinárias de quatro empresas do setor de construção civil, sendo duas brasileiras e duas

americanas. Os autores destacam como resultado ocorrência da geração de retornos anormais

estatisticamente significativos das ações ordinárias das empresas americanas, na janela de

evento, enquanto que para as empresas brasileiras não foi observada a geração de retornos

anormais estatisticamente significativos, após o anúncio da crise financeira. Destaca-se a

relevância da comparação de resultados entre as empresas dos dois países, EUA e Brasil,

epicentro e periferia da crise, cujos resultados mostram maior coerência do comportamento de

ajuste do preço das ações ordinárias e da taxa de retorno para as empresas brasileiras

(SANTOS et al, 2010).

3. O setor imobiliário brasileiro

O setor imobiliário é o que lida com transações como terreno ou qualquer coisa construída

neste terreno, segundo o dicionário Sacconi de língua portuguesa (2009). Apresenta-se como

um importante complexo da economia, é constituído de três subsetores: a indústria da

construção civil, atividades da indústria produtora de materiais de construção e as ligadas ao

setor terciário de atividades imobiliárias, de loteamento, compra, venda e locação de imóveis

e manutenção predial (BOTELHO (2007).

O Instituto Brasileiro de geografia e Estatística – IBGE (2008), sobre o ano de 2007,

identificou dados expressivos da indústria da construção, pois essas empresas realizaram

obras e serviços no valor de R$ 128,0 bilhões e obtiveram receitas operacionais na cifra de R$

122,7 bilhões, além de 110 mil empresas no setor ocuparem mais de 1,8 milhões de pessoas.

Na comparação com 2006, as construções executadas cresceram 16,9%, assinalando um

aumento real de 10,9% ao setor.

O crédito imobiliário praticado no Brasil atende a um rigoroso critério de concessão mediante

avaliações de imóveis com regime burocrático de estabelecimento de valores, de outra forma,

destaca-se a edição de normativas como a Lei Federal n. 10.931/2004, a disciplinar os créditos

imobiliários e as taxas de juros. A referida lei disciplinou também o patrimônio de cada

empreendimento e estabeleceu contabilidade apartada das operações do incorporador-

construtor, o que conferiu maior transparência e credibilidade às finanças do setor imobiliário

brasileiro.

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Segundo Botelho (2007) o investimento em imóveis é considerado, em geral, o “porto seguro”

em tempos de crise. Em 2002, o ano das incertezas econômicas e políticas no Brasil, por

exemplo, houve um aumento expressivo na venda de imóveis, como foi registrado por

empresas da área imobiliária naquele ano, principalmente de imóveis residenciais de alto

padrão. A coadunar com esse posicionamento, conforme Tenerello (2008), o Sistema

Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) aplicou cerca de R$ 25 bilhões no setor

habitacional em 2008 com o financiamento de aproximadamente 250 mil moradias. Em 2007,

o montante aplicado foi de R$ 18,30 bilhões para a produção de 195 mil imóveis.

4. Análise da liquidez

Conforme o exposto por Gitman (2004) a liquidez de uma empresa é mensurada por sua

capacidade de atender às suas obrigações de curto e de longo prazo e diz respeito à solvência

da situação financeira global da empresa, ou seja, a facilidade com que ela pode pagar as suas

contas. Os índices de liquidez têm a finalidade de avaliar a capacidade de pagamento e

interessam aos credores na avaliação das condições de risco na concessão de novos créditos

ou na expectativa de pagamento de dívidas já contratadas (GITMAN, 2004).

O indicador de liquidez geral retrata a saúde financeira de longo prazo das empresas e mede a

proporção dos bens e direitos a serem realizados a curto e longo prazos em relação às dívidas

totais. O índice de liquidez geral pode ser obtido a partir dos dados do Balanço Patrimonial,

mediante a divisão da soma dos ativos circulante (AC) e realizável a longo prazo (RLP) pela

soma dos passivos circulante (PC) e exigível a longo prazo (ELP) (ASSAF NETO, 2010).

A liquidez geral mostra-se como a mais adequada ferramenta de avaliação de liquidez

contábil-financeira, ao considerar-se a frequência das transações de longo prazo, como típicas

de negociações no mercado imobiliário. Notadamente, tanto as famílias quanto as

organizações empresariais, ao desejarem obter um imóvel, buscarão um empreendimento que

possa ser pago a longo prazo para fazer seu negócio, logo, advém a parceria e a conjugação de

esforços entre instituições financeiras e empresas do setor imobiliário na busca do cliente

potencial.

5. Metodologia

Este estudo tem caráter descritivo, ex post facto, transversal, em fonte secundária de dados.

Cooper e Schindler (2003) atestam que a abordagem descritiva visa a descobrir “quem, o que,

onde, quando ou quanto”, e os estudos ex post facto ocorrem quando os pesquisadores não

têm controle sobre as variáveis no sentido de poderem manipulá-las. Estudos transversais são

feitos uma vez e representam um instante de um determinado momento e a fonte secundária

de dados é a exploração realizada a partir de documentos preparados por autores externos, de

fora da organização (COOPER e SCHINDLER, 2003). A construção do estudo tem como

base os demonstrativos financeiros dos exercícios de 2006, 2007 e 2008, das empresas do

setor imobiliário listadas na BM&FBOVESPA.

O método de coleta de dados utilizado classifica-se como de monitoramento, mediante o qual

o pesquisador observa e registra informações disponíveis a partir da observação (COOPER e

SCHINDLER, 2003). Os dados coletados são de empresas do setor imobiliário, com ações

negociadas na BM&FBOVESPA, atuantes nos segmentos específico de construção civil,

construção pesada, intermediação imobiliária e materiais de construção. Os dados para

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apuração do Índice de Liquidez Geral (ILG) foram calculados conjugando-se os valores do

Ativo Circulante (AC), do Ativo Realizável a Longo Prazo (RLP), do Passivo Circulante (PC)

e do Passivo Exigível a Longo Prazo (ELP), cuja fórmula é apresentada a seguir:

Na Tabela 1, apresentam-se os valores dos respectivos ILGs das 40 Companhias pesquisadas,

por ano de encerramento das contas.

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COMPANHIAS

ANO

2006 2007 2008

PROSPERIDADE INÍCIO DA CRISE AUGE DA CRISE

ABYARA PLANEJAMENTO IMOBILIARIO S.A. 28,69132541 0,389035145 0,229932724

AGRA EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS S.A. 0 1,772303363 0,798151525

AGRE EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.

(não disponível)

não disponível não disponível não disponível

BROOKFIELD INCORPORAÇÕES S.A. 81,472035398 15,168387700 0,165316181

BROOKFIELD SÃO PAULO EMPREEND

IMOBILIÁRIOS S.A.

1,795971957 1,414787092 0,968395330

CAMARGO CORREA DESENV. IMOBILIARIO S.A. 1,159249246 1,753935767 1,334058078

CIMOB PARTICIPACOES S.A. 0,265000937 0,336940076 0,342018974

CONSTRUTORA ADOLPHO LINDENBERG S.A. 0,657436011 0,497800851 0,384438015

CONSTRUTORA TENDA S.A. 1,215415276 4,344766905 3,094186278

CR2 EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS S.A. 36,04750869 513,431438127 7,224471831

CYRELA BRAZIL REALTY S.A.EMPREEND E PART não disponível 0,730383733 0,458263925

DIRECIONAL ENGENHARIA S.A. 5,773289573 1,252471096 5,653160454

EVEN CONSTRUTORA E INCORPORADORA S.A. 1,285049004 1,030862262 0,719426174

EZ TEC EMPREEND. E PARTICIPACOES S.A. 13,65676813 22,71197216 6,702216741

GAFISA S.A. 1,876390828 1,670385193 1,078238739

HELBOR EMPREENDIMENTOS S.A. 0,649281739 1,334924492 0,419285540

INPAR S.A. 0,203079562 5,482196045 2,008336711

JHSF PARTICIPACOES S.A. 1,041836901 3,828604861 1,222540121

JOAO FORTES ENGENHARIA S.A. 1,693233200 1,103991377 1,464925695

KLABIN SEGALL S.A. 6,048739180 0,550298139 0,205153572

MRV ENGENHARIA E PARTICIPACOES S.A. 0,019073569 3,840094848 1,954319061

PDG REALTY S.A. EMPREEND E PARTICIPACOES 1,773357241 2,666048759 1,642340459

RODOBENS NEGOCIOS IMOBILIARIOS S.A. 2,104339708 6,811083925 6,219498219

ROSSI RESIDENCIAL S.A. 3,423050842 1,284664218 1,160451026

SERGEN SERVICOS GERAIS DE ENG S.A. 2,769208595 3,667907056 3,657301777

TECNISA S.A. não disponível 5,670540971 1,334052559

TRISUL S.A. não disponível 3,202187169 0,969339375

AZEVEDO E TRAVASSOS S.A. 0,076777068 0,079424733 0,074222376

CONSTRUTORA BETER S.A. 2,273691899 1,320328224 não disponível

CONSTRUTORA LIX DA CUNHA S.A. 1,136445958 0,873631191 0,909390785

CONSTRUTORA SULTEPA S.A. 0,638306221 0,75423455 0,756293542

MENDES JUNIOR ENGENHARIA S.A. 0,013124281 0,002330722 0,021668967

BRASIL BROKERS PARTICIPACOES S.A. não disponível 112,3461689587 1,348099157

LPS BRASIL - CONSULTORIA DE IMOVEIS S.A. 0,996484567 0,129055552 0,474305037

CAMARGO CORREA CIMENTOS S.A. 0,421834087 0,524963504 0,624572559

CERAMICA CHIARELLI S.A. 0,106552209 0,076606143 não disponível

CP CIMENTO E PARTICIPACOES S.A. não disponível 0,903720856 0,754237107

ETERNIT S.A. 2,267576045 2,063980550 1,531893231

HAGA S.A. INDUSTRIA E COMERCIO 0,067958081 0,090524899 0,125499336

PORTOBELLO S.A. 0,542948896 0,636677042 0,634997669

N* = 40

Fonte: Elaborada pelos autores.

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*N= número de observações.

Tabela 1 – Índice de liquidez geral das empresas componentes da amostra

As variáveis em estudo são preliminarmente estabelecidas em qualitativas e quantitativas. As

variáveis qualitativas compreendem os exercícios financeiros de 2006, 2007 e 2008, bem

como indicados como fatores, respectivamente, da prosperidade, do advento da crise e do

auge da crise conforme a Tabela 2.

Exercício

financeiro

Característica

da Variável

Fator n. de Cias

observadas

n. de Cias

(-) dados não

disponíveis

n. de Cias

(-) outliers

2006 Prosperidade 1 40 34 29

2007 Início da Crise 2 40 39 36

2008 Auge da Crise 3 40 38 36

Total 120 111 101

Fonte: Elaborado pelos autores.

Tabela 2 – Variáveis em estudo

Como variáveis quantitativas, são utilizados os índices de Liquidez Geral das 40 (quarenta)

empresas, definidas na Tabela 1, excluídos os outliers (ou valores de extremos) e as menções

de ‘não divulgados’. Requer-se avaliar o comportamento dos ILGs das empresas conforme o

período. Considera-se, para tanto, que haverá influencia da crise financeira em 2008, caso os

ILGs de 2008 reduzam em relação a 2007, argumento que será reforçado pela ocorrência de

acréscimo nestes índices, nos exercícios de 2006 e 2007. O Quadro 1, a seguir, expõe as

hipóteses a serem testadas.

Hipóteses relativas aos anos de 2007 e 2006

H0 = hipótese nula = as companhias do segmento imobiliário NÃO tiveram

acréscimo no ILG no período de prosperidade do ano de 2006, para o de

2007.

H1 = hipótese alternativa = as companhias do segmento imobiliário tiveram

acréscimo no ILG no período de prosperidade do ano de 2006, para o de

2007.

Hipóteses relativas aos anos

de 2008 e 2007

H2 = hipótese nula = as companhias do segmento imobiliário NÃO sofreram

efeitos desfavoráveis no ILG durante o auge da crise financeira.

H3 = hipótese alternativa = as companhias do segmento imobiliário sofreram

efeitos desfavoráveis no ILG durante o auge da crise financeira.

Fonte – Elaborado pelos autores.

Quadro 1 – Hipóteses a serem testadas

A análise será realizada em sentido temporal regressivo, tal como identificam as hipóteses H0

e H1, do ano de 2006 para o de 2007, enquanto a avaliação terá o sentido temporal

progressivo do ano de 2007 para o de 2008 como mostra a Figura 1.

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2006 2007 2008

PROSPERIDADE INÍCIO DA CRISE AUGE DA CRISE

Fonte: Elaborado pelos autores.

Figura 1 – Sentido temporal da análise

Para testar as hipóteses do estudo, foi utilizado o procedimento estatístico univariado

ANOVA, originalmente concebida como Análise da Variância. O nível de significância (α)

admitido para efeito deste estudo é de o α = 0,05 ou de 5%. Os cálculos foram realizados a

partir do software minitab®, ferramenta produzida pela empresa de mesmo nome. Para HAIR

et al (2009, p. 303) a “ANOVA é chamada de procedimento univariado pelo fato de usarmos

a mesma para avaliar diferenças de grupos de uma única variável dependente métrica”.

Compreende técnica estatística usada para determinar se as amostras de dois ou mais grupos

surgem de populações com médias iguais, ou seja, verifica se as médias dos grupos diferem

significativamente.

6. Análise dos dados

A análise dos dados a partir da aplicação de procedimentos estatísticos terá o condão de

garantir cientificidade aos resultados do estudo. Sendo assim, a pesquisa averiguou o

acréscimo e/ou decréscimo sob dois períodos-base: (i) exercício financeiro de 2006 para 2007

e (ii) exercício financeiro de 2007 para o de 2008.

6.1 Resultados observados no período de 2006 para 2007

Ao proceder-se à análise dos dados em conjunto com a formulação teórica, observou-se que

no ano de 2006, as médias dos índices de liquidez geral eram regulares diante das

perspectivas internacionais decorrentes de crise no setor, dado o quadro econômico de

prosperidade no setor. O histograma a seguir evidencia as médias do ILG do período, das 29

empresas do setor imobiliário pesquisadas, excluídas as empresas com dados não divulgados e

outliers.

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9

2,01,51,00,50,0

25

20

15

10

5

0

PROSPERIDADE

Fre

qu

en

cy

Mean 0,9815

StDev 0,2957

N 29

Histogram of PROSPERIDADENormal

Fonte: Elaborado pelos autores.

Histograma 1 – Ano de 2006 - Período de prosperidade

No ano de 2007, os efeitos da crise econômica, segundo a doutrina, começaram a influenciar

os mercados emergentes, e portanto, importa vislumbrar os níveis dos indicadores de liquidez

registrados pelas companhias brasileiras. Para tanto, a Tabela 2 mostra que das 40

observações realizadas naquele exercício, 36 puderam ser validadas, ao serem excluídos os

dados não disponibilizados pelas organizações e os outliers.

O Histograma 2 revela o comportamento da média dos índices de liquidez geral (ILG) para o

período de 2007, este que recebe a designação de variável de “início da crise”.

Fonte: Elaborado pelos autores.

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Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

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Histograma 2 – Ano de 2007 - Início da crise

Ao se ponderar as médias para avaliar a evolução dos indicadores de liquidez geral das

companhias, no período de 2006 para 2007, utilizou-se a ANOVA conforme os dados da

Tabela 3.

Source (fonte) DF

(graus de

liberdade)

SS (soma dos

quadrados)

MS (média ao

quadrado)

Índice F valor de ρ

PROSPERIDADE 26 1,96220 0,07849 13,19 0,028

Error 3 0,01785 0,00595

Total 29 1,98006

Variância = 0,07714 R-Sq = 99,10% R-Sq(adj) = 91,59%

Pooled StDev (desvio padrão) = 0,0771

Fonte: Elaborado pelos autores.

Tabela 3 – Análise da variância – ANOVA do período de início da crise versus prosperidade

Notadamente, o índice F registra o valor de 13,19, para, assim, ser comparado com o valor

crítico de F em tabela fixa, no objetivo de avaliar a possibilidade de rejeição ou não da

hipótese nula. Ao examinar-se o grau de liberdade, atribui-se para o numerador o valor de (k-

1) ou 2-1 = 1. Para o denominador calcula-se (n-k), ou seja, [(29+34)-2]=61. Assim, tem-se

que o numerador é indicado por 2 e o denominador por 61. A Tabela F-9 do Apêndice

(COOPER e SCHINDLER, p. 601) indica os valores críticos da distribuição F, e, ao cotejar-

se os graus de liberdade 2x57, obtém-se o valor crítico aproximado de 3,15. Ao exercício da

confrontação do índice F calculado em 13,19 e 3,15 infere-se que 13,19 é maior que 3,15

(13,19>3,15), logo, a hipótese nula = H0, indicada no Quadro 1, há que ser rejeitada, e,

portanto, aceita a hipótese alternativa H1 contida naquele quadro.

A corroborar com o resultado do índice F, verifica-se que o valor de ρ, identificado em 0,028,

ou seja, de 2,8% é inferior ao grau de significância de 5%, demonstrando que também nessa

ótica a hipótese nula há que ser rejeitada. Portanto, acata-se a hipótese alternativa H1, qual

seja, as companhias do segmento imobiliário tiveram acréscimo no ILG no período de

prosperidade do ano de 2006, para o de 2007.

6.2 Resultados observados no período de 2007 para o ano de 2008

A análise dos índices de liquidez geral de 2008, relativamente ao ano de 2007, no sentido

inverso ao tópico anterior, permite obter o nível de significância das alterações. Ressaltar que

o ano de 2008, cujos efeitos da crise financeira verteram sobre os mercados financeiros do

mundo prejuízos tidos como expressivos, também mostrou decréscimo nos ativos das

companhias pesquisadas. Em 2008, dentre as 40 observações realizadas junto às

demonstrações financeiras das Companhias, 36 puderam ser validadas, após serem excluídas

empresas com dados não disponibilizados e outliers. O Histograma 3 apresenta os níveis das

médias dos ILGs no ano de 2008, identificado como o período do auge da crise financeira.

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Fonte: Elaborado pelos autores.

Histograma 3 – Encerramento do ano de 2008 - Auge da crise

Na intenção de detectar os acréscimos e decréscimos nas médias de liquidez geral das

empresas, no período de 2007 para o de 2008, novamente recorreu-se à ANOVA, para o

exame do grau positivo ou negativo da evolução, bem como o nível de significância do grupo

observado, expostos na Tabela 4.

Source (fonte) DF

(graus de

liberdade)

SS (soma dos

quadrados)

MS (média ao

quadrado)

Índice F valor de ρ

AUGE DA CRISE 31 4,95007 0,16500 37,20 0,000

Error 5 0,02218 0,00444

Total 36 4,97225

Variância = 0,06660 R-Sq = 99,55% R-Sq(adj) = 96,88%

Pooled StDev (desvio padrão) = 0,0666

Fonte: Elaborado pelos autores.

Tabela 4 – Análise da variância – ANOVA do período de início da crise versus auge da crise

No presente caso, o índice F passou a determinar 37,20, a ser comparado com o F da tabela de

valores críticos. O grau de liberdade manteve o indicador de (k-1) ou 2-1 = 1 para o

numerador, enquanto que o denominador foi revertido em (n-k), ou seja, [(36+36)-2]=70. A

Tabela F-9 do Apêndice (COOPER e SCHINDLER, p. 601) expressa os valores críticos da

distribuição F, e, ao se cotejar os graus de liberdade 2x70, obtém-se o valor crítico

aproximado de 3,07. Da comparação do índice F de 37,20 com o valor crítico tabelado para F,

de 3,07, infere-se que 37,20 é maior que 3,07 (37,20>3,07), portanto, a hipótese nula H2, do

Quadro 1, deve ser rejeitada, e, aceita a hipótese alternativa H3.

A confirmar com o resultado do índice F, verifica-se que o valor de ρ, identificado em 0,000,

ou seja, tendente a nulo, e que demonstra a necessidade de rejeição da hipótese nula H2. Por

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consequência se aceita a hipótese alternativa H3, do Quadro 1, qual seja, as companhias do

segmento imobiliário sofreram efeitos desfavoráveis no ILG durante o auge da crise

financeira.

7. Considerações finais

O estudo objetivou verificar se a crise financeira influenciou o nível de liquidez das empresas

dos setores imobiliário, no Brasil, mediante confrontação entre os ILGs dos Balanços

Patrimoniais de 2006, 2007 e 2008. Os resultados da análise de dados revelaram que houve

acréscimo nos ILGs durante o período denominado de prosperidade (ano de 2006), a sugerir

que naquele ano os efeitos da crise financeira internacional não exerciam influência

significante nas empresas atuantes no Brasil, as quais desfrutavam da perspectiva positiva de

um período de expansão.

No ano de 2007, ainda irrompiam-se os efeitos da prosperidade que logo passou a dar lugar

aos temores internacionais do advento da crise. Na finalização do exercício de 2007, as

demonstrações financeiras das companhias pesquisadas registraram acréscimo nos ILGs.

Contatou-se que no ano de 2008, quando a crise deflagrou em ampla proporção, os setores de

construção e intermediação imobiliária, sediados no Brasil, sofreram consequências de baixas

em seus ativos, também, os índices de liquidez geral passaram a refletir decréscimo na maior

parte dos relatórios financeiros.

Por fim, destaca-se o fato das empresas do segmento imobiliário apresentarem acréscimo no

ILG no período de prosperidade na variação do ano de 2006 para o de 2007, e de forma

contrária, evidenciaram efeitos desfavoráveis no indicador ILG na variação entre 2007 e

2008, período denominado de auge da crise. Ressalta-se a associação investigativa

fundamentada na análise da liquidez geral de empresas dos setores imobiliário, no Brasil, em

meio ao cenário da crise financeira, em que se comprovou, por meio do teste estatístico

ANOVA, o potencial da crise em influenciar a dinâmica financeira e operacional das

empresas, logo, por extensão, também, influenciar a vida das pessoas em geral.

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