anais do ii sinate

2262

Upload: marcos-rosendo

Post on 13-Jan-2015

1.785 views

Category:

Education


14 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

  • 1. Anais do II Simpsio Nacional de Texto e Ensino (Edio Eletrnica)

2. Gilton Sampaio de Souza Ananias Agostinho da Silva Edmar Peixoto de Lima (Organizadores)Anais do II Simpsio Nacional de Texto e Ensino (Edio Eletrnica) 3. Capa: Jorge Luis Queiroz Carvalho Comisso Editorial: Ananias Agostinho da Silva Gilton Sampaio de Souza Edmar Peixoto de Lima Lidiane de Morais de Digenes Bezerra Rosngela Alves dos Santos Bernardino Jos Cezinaldo Rocha Bessa Maria Leidiana Alves Tatiana Loureno de Carvalho Jorge Luis Queiroz Carvalho Ilderlndio Assis de Andrade Nascimento Diagramao: Ananias Agostinho da SilvaTodos os textos aqui publicados fizeram parte da segunda edio do Simpsio Nacional de Texto e Ensino (II SINATE), realizado entre os dias 12, 13 e 14 de dezembro de 2012, na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Campus Avanado Profa. Maria Elisa de Albuquerque Maia (CAMEAM), Pau dos Ferros RN, Brasil, e so de inteira responsabilidade de seus respectivos autores, cabendo a eles responder por quaisquer questes e/ou atos que venham ser levantados.Catalogao da Publicao na Fonte.II Simpsio Nacional de Texto e Ensino (2. : 2012 : Pau dos Ferros, RN). Anais do II Simpsio Nacional de Texto e Ensino (II SINATE), 12 a 14 de dezembro de 2012 [recurso eletrnico]. / Organizado por Gilton Sampaio de Souza, Ananias Agostinho da Silva, Edmar Peixoto de Lima. Dados eletnicos. Mossor: Edies UERN, 2012. 2190 p. Texto Eletrnico. Modo de acesso: World Wide Web: ISBN: 978-85-7621-058-0 1. Anlise do Discurso. 2. Anlise de Texto Literrio. 3. Argumentao. 4. Estudos Culturais. 5. Lingustica Aplicada. 6. Sociolingustica. 7. Literatura e Ensino. I. Souza, Gilton Sampaio de, org. II. Silva, Ananias Agostinho da, org. III.Lima, Edmar Peixoto de, org. IV. Ttulo. Bibliotecrio: Tiago Emanuel Maia Freire / CRB - 15/449 CDD 400 4. SUMRIO APRESENTAO.................................................................................................... 17 SOBRE O EVENTO.................................................................................................. 18 RESUMOS................................................................................................................ 19 TRABALHOS COMPLETOS.................................................................................. 139 GT 01: Produo/refaco do texto oral e escrito.............................................. 140 Manifestaes da oralidade em textos escritos de alunos do 6 ano do ensino fundamental............................................................................................................. 141 Ana Dalete da Silva Francinaldo Almeida Bezerra Vernica Gildilene de Oliveira Freitas Anlise do processo de correo e refaco de textos em uma turma concluinte do ensino mdio........................................................................................................... 150 Ana Maria de Carvalho Karla Natlia de Oliveira Leite Produo/refaco do gnero textual artigo de opinio: a cultura nordestina em foco.......................................................................................................................... 165 Ana Paula Lima Carneiro Tarcia Camila Gonalves de Oliveira A produo de texto na pespectiva dos gneros textuais: um estudo na E. M. E. I. E. F. Prof Catarina de Sousa Maia............................................................................. 171 Ananeri Vieira de Lima Katiane Barbosa da Silva Crenas de professores e alunos do ensino mdio sobre ensino-aprendizagem da produo textual...................................................................................................... 187 Denise Adriana Galdino do Nascimento Moiss Batista da Silva A prtica da reescrita no ensino superior: uma anlise sobre a operao de substituio.............................................................................................................. 200 Lidiane de Morais Digenes Bezerra Marcas lingusticas no texto: indcios de uma escrita singular................................ 216 Maria Aparecida da Silva Miranda Sulemi Fabiano Campos O processo de oralidade e escrita em alunos do 6 ano da cidade de Tenente Ananias-RN............................................................................................................. 231 Maria das Graas de Oliveira Pereira 5. Robson Henrique Antunes de Oliveira Uso de anforas em produes textuais de alunos do primeiro ano do ensino mdio....................................................................................................................... 238 Maria Jos Morais Honrio Crgina Cibelle PereiraGT 02: Produo, anlise e ensino do texto acadmico-cientfico.................. 253 A produo escrita na universidade: um olhar sobre o resumo acadmico............ 254 Ana Paula Lopes Prticas letradas em resenhas: o que revelam os textos produzidos por graduandos do primeiro perodo em Letras?.............................................................................. 264 Elisa Cristina Amorim Ferreira Denise Lino de Arajo Dialogismo e argumentao na escrita acadmica: as tcnicas argumentativas em monografias de graduao...................................................................................... 280 Elvis Alves da Costa Escrita acadmica: processo de produo de conhecimento................................. 292 Elza Maria Silva de Arajo Alves Sulemi Fabiano Campos A Anlise Textual dos Discursos: A (no) assuno da responsabilidade enunciativa no gnero acadmico.............................................................................................. 304 Emiliana Souza Soares Fernandes Maria das Graas Soares Rodrigues O texto na esfera acadmica: um estudo da estrutura retrica em introdues do gnero relatrio de estgio do Curso de Letras...................................................... 319 Glenio Artur de Souza Bessa Crgina Cibelle Pereira A escrita no Curso de Letras: a relevncia da mediao para a constituio da autoria em textos de alunos.................................................................................... 334 Hubenia Morais de Alencar Uma anlise das marcas ideolgico-discursivas no texto acadmico: um olhar sobre a seo das justificativas em projetos de monografias........................................... 351 Ivoneide Aires Alves do Rgo Uma anlise sobre a produo de texto no ensino superior com foco para a formao acadmica do aluno de licenciatura em letras do CAMEAM/UERN....... 365 Josinaldo Pereira de Paula Maria Emurielly Nunes Almeida Lidiane de Morais Digenes Bezerra 6. O ato tico/responsvel na enunciao da divulgao cientfica: reflexes iniciais...................................................................................................................... 378 Urbano Cavalcante Filho As contribuies do crculo de Bakhtin para a compreenso dos textos de divulgao cientfica.................................................................................................................. 391 Urbano Cavalcante Filho Vnia Lcia Menezes Torga GT 03: Produo, anlise e ensino do texto jurdico......................................... 407 Argumentao nos discursos jurdicos: um percurso entre o direito e a linguagem pelos caminhos do cangao.................................................................................... 408 Diana Maria Cavalcante de S Aspectos da responsabilidade enunciativa, esquematizao e planos de textos: um estudo sobre o boletim de ocorrncia,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,................ 423 Maria de Ftima Silva dos Santos Maria do Socorro Oliveira GT 04: Produo, anlise e ensino do texto instrumental e administrativo.... 437 Aspectos argumentativos no gnero textual ata: reflexes sobre a funcionalidade do texto administrativo............................................................................................. 438 Antonia Gerlania Viana Medeiros Marlia Cavalcante de Freitas GT 05: Produo, anlise e ensino do texto literrio......................................... 447 A realidade refletida na literatura: as transformaes de uma poca e os sonhos perdidos da famlia corumbas, na obra os corumbas de amando fontes............. 448 Ana Augusta Pinheiro Pessoa O papel do professor na formao do aluno, uma reflexo acerca do conto de escola de machado de assis............................................................................................... 463 Ana Dalete da Silva Vernica Gildilene de Oliveira Freitas O texto literrio no ensino mdio: articulando ao literrio, outras linguagens......... 471 Ana Mrcia Targino de Oliveira Daniela Rodrigues da Costa Felipe Alves de Andrade Juarez Nogueira Lins A figura feminina na literatura: entre a dominao e a resistncia......................... 480 Ana Paula Lima Carneiro Ananeri Vieira de Lima Odissia literria: por uma experincia de novas abordagens do texto.................. 486 Andra Morais Costa Bhler 7. Joo Irineu Frana Neto O texto potico como motivador de leituras e novas produes textuais no ensino fundamental............................................................................................................. 493 Andrielly dos Santos Corcino Roberto da Silva Ribeiro Jnior Thayane Morais Macena Juarez Nogueira Lins Infncia: gnese da arte e incapacidade do artifcio............................................... 502 Carlos Barata Entre veredas de Oswaldo Lamartine e Guimares Rosa...................................... 521 Daniel de Hollanda Cavalcanti Pieiro Edna Maria Rangel de S Gomes Oswaldo Lamartine: escrita sobre livros e literatura................................................ 529 Daniel de Hollanda Cavalcanti Pieiro Edna Maria Rangel de S Gomes Cmara Cascudo e a inscrio pica do Rio Grande do Norte............................... 537 Daniel de Hollanda Cavalcanti Pieiro Edna Maria Rangel de S Gomes Barroco e Arcadismo: duas posturas poticas........................................................ 545 Edinilda Pereira de Oliveira Maria Daiane Peixoto Jos Carlos Redson Muito alm do sexo, a denncia social em: O doce veneno do escorpio: Diro de uma garota de programa........................................................................................ 556 Elba Ramalho da Silva A mutao da personalidade dos personagens do conto A caolha...................... 565 Elba Ramalho da Silva Aldimar Monteiro da Silva Excluso social e escola: discutindo a explorao infantil na aula de portugus, a partir da crnica Na escurido miservel de Fernando Sabino.............................. 576 Elciane de Lima Paulino Paulo de Freitas Gomes Wanderlia Teixeira Silva Juarez Nogueira Lins Entre a escritura literria e o leitor em potencial: o caso do romance policial doyliano................................................................................................................... 587 Evaldo Gondim dos Santos A construo identitria das personagens femininas em O amanuense Belmiro, de Cyro dos Anjos........................................................................................................ 599 8. Francisca Gilmara da Silva Almiro Maria Clediane de Oliveira Manoel Freire Rodrigues O conflito de identidade Grande serto: veredas.................................................... 609 Francisca Juclia da Silva A interdiscursividade e a intertextualidade bakhtiniana em algumas obras de Patativa do Assar................................................................................................................ 619 Francisco Wellington Carneiro de Souza Reflexes sobre o uso do texto literrio nas aulas de E/LE.................................... 630 Ismnia Paula Pereira da Silva Mikelly Meireles de Fontes Silva Tatiana Loureo de Carvalho Literatura e ensino: um diagnstico de prticas educativas dos docentes da E.E.J.K./Assu/RN.................................................................................................... 643 Itamara Patrcia de Souza Almeida Samara Teles Guimares Sandrely Carla da Silva Bezerra Rosmari Nervis de Souza Flvio Hermes de Menezes Cssia de Ftima Matos dos Santos Llian de Oliveira Rodrigues Crnica: um gnero literrio ou jornalstico?........................................................... 659 Joana Leopoldina de Melo Oliveira Cristianismo e colonizao no romance Robinson Crusoe de Daniel Defoe.......... 668 Jos Rosamilton de Lima A heterogeneidade enunciativa mostrada/marcada no cordel Big Brother Brasil, um programa imbecil.................................................................................................... 685 Joseilson Jales Alves Maria Graceli de Lima Maria Lcia Pessoa Sampaio Dilogos urbanos heterotopia e excluso em Poema tirado de uma notcia de jornal e O bicho, de Manuel Bandeira..................................................................... 696 Juarez Nogueira Lins A sabedoria das histrias de trancoso: uma anlise do conto As trs baginhas de feijo....................................................................................................................... 704 Keutre Gludia da Conceio Soares Bezerra A concepo discente sobre literatura no ensino mdio......................................... 717 Larissa Cristina Viana Lopes Maria Edileuza da Costa 9. O ensino de literatura numa perspectiva interdisciplinar: literatura e histria, em Os sertes de Euclides da Cunha um relato de experincia.................................... 730 Malfrejane Toscano Matias Judymila de Oliveira Silva Pollyana Tomaz Luna Juarez Nogueira Lins A poesia na sala de aula: reflexes sobre o ensino de lngua materna.................. 739 Manoel Guilherme de Freitas Estmago e a solicitao visual do cinema............................................................. 747 Maria Bevenuta Sales de Andrade Netanias Mateus de Souza Castro Um estado mrtir das secas: prefcio obra O calvrio das secas, de Eloy de Souza (1940)........................................................................................................... 763 Maria da Conceio Silva Dantas Monteiro Discurso e poder em O alienista de Machado de Assis e o pensamento de Michel Foucault: um estudo comparativo........................................................................... 774 Maria Edileuza da Costa Francisco Gomes da Silva O texto literrio nas aulas de didtica de lngua portuguesa: uma proposta de trabalho com o gnero cordel.................................................................................. 784 Maria Graceli de Lima Maria Lcia Pessoa Sampaio Projeto era uma vez: o papel do professor e a importncia da contao de histria para a literatura infantil............................................................................................ 796 Maria Solange Batista da Silva A literatura na viso do aluno do ensino mdio da E.E.J.K/Assu/RN: algumas reflexes.................................................................................................................. 808 Ozeas de Paula Bezerra Erica patrcia de Oliveira Keylla Tavares Silva Lgia de Siqueira Cabral Silva Cssia de Ftima Matos dos Santos Llian de Oliveira Rodrigues Mito e mitologia....................................................................................................... 820 Rafael Campos Belizrio O mito do heri em O senhor dos anis............................................................... 832 Rafael Campos Belizrio Eutanzio, personagem-leitor na Amaznia............................................................ 847 Regina Barbosa da Costa Marl Tereza Furtado 10. A estrutura em abismo e a procura do delicado essencial nA hora da estrela.... 857 Regina Lcia de Medeiros Italo Calvino, ensasta: fragmentao e subjetividade do olhar.............................. 867 Regina Lcia de Medeiros Sylvia Coutinho Abbott Galvo A danao do olhar: o carter epigramtico da poesia de Alberto Caeiro.............. 882 Regina Lcia de Medeiros O Trfico de memrias como paisagem imaginada em o vendedor de passados, de Jos Eduardo Agualusa.......................................................................................... 895 Risonelha de Sousa Lins O texto literrio: uma anlise no livro didtico do ensino fundamental................... 910 Rosngela Ferreira de Lima Souza Tssia Rochelli Gameleira de Souza A descontruo de Iracema: uma anlise interdisciplinar do texto literrio............ 919 Slvia Barbalho Brito A contemporaneidade das obras literrias.............................................................. 930 Talita Arajo Costa Francisco Clbison Chaves Lopes Francisca Aline Micaelly da Silva Dias Como ensinar poesia no nvel mdio...................................................................... 938 Vanalucia Soares da Silveira Oliveira A biblioteca e sua funo na formao do leitor...................................................... 949 Vernica Maria de Arajo Pontes Maria Carmem da Silva Batista Jesyka Macedo Guedes O leitor literrio na escola pblica de Mossor/RN................................................. 960 Vernica Maria de Arajo Pontes Jesyka Macedo Guedes Da face tradicional face otimista da poesia de augusto dos anjos....................... 976 Verucci Domingos de Almeida GT 06: Produo, anlise e ensino do texto miditico...................................... 991 Anlise crtica dos anncios publicitrios de imobilirias em Mossor................... 992 Carla Heveline de Gis Menezes Moiss Batista da Silva A anlise do discurso na capa da revista VEJA.................................................... 1007 Edilnia da Silva Gonalves Maria das Graas Cavalcante de Melo Feitoza 11. Uma discusso do papel enunciativo do apresentador de telejornal.................... 1016 Fabiano Jos Morais da Silva A utilizao da linguagem figurada em propagandas: uma anlise luz da estilstica lxica..................................................................................................................... 1029 Francisco Gelcimar de Aquino Maria Ozilndia da Silva Rodrigues Uma anlise crtica de metforas no discurso miditico....................................... 1038 Francisco Marcos de Oliveira Luz Os sentidos do engajar-se na interface entre os discursos miditicos e as identidades juvenis................................................................................................ 1050 Francisco Vieira da Silva Ananias Agostinho da Silva Jornalismo e discurso pedaggico: uma anlise discursiva do programa bem estar....................................................................................................................... 1061 Geilson Fernandes de Oliveira Marclia Luzia Gomes da Costa Mendes A relao ethos-pathos na condio de ser professor: anlise de artigo de opinio da revista nova escola................................................................................................ 1071 Jocenilton Cesrio da Costa Nildilnde Regina Fontes de Arajo Anlise da propaganda como texto miditico e a construo de sentido nas entrelinhas............................................................................................................. 1084 Jos Lindomar da Silva Efeitos de sentidos produzidos pela mdia na construo das identidades da mulher trabalhadora.......................................................................................................... 1093 Mrcia Bezerra de Morais Marclia Luzia Gomes da Costa Mendes Entre o fato e a representao: uma reflexo sobre a espetacularizao............ 1108 Maria Ivancia Lopes da Costa Mrcia Bezerra de Morais Marclia Luzia Gomes da Costa Mendes Charge: gnero miditico atrativo para produo de textos.................................. 1118 Samuel Francisco Pereira de Oliveira GT 07: Produo, anlise e ensino do texto poltico....................................... 1126 O campo poltico problematizado pela AD: um estudo sobre charges................. 1127 Daysa Rego de Lima Sebastio Paiva Castro 12. O discurso poltico na rede: estudo da identidade e do papel do cidado no processo eleitoral.................................................................................................................. 1142 Jocenilton Cesrio da Costa Caio Matheus Ferreira Maia Relaes de poder na poltica: a identidade nordestina (re)construda sob vis discursivo da revista VEJA.................................................................................... 1158 Jocenilton Cesrio da Costa Ivanaldo Oliveira dos Santos Anlise do discurso poltico: um olhar sobre charges produzidas no perodo eleitoral Jorge Luis Queiroz Carvalho................................................................................. 1174 Francinaldo Almeida Bezerra Cleide Alane Dantas Balbino Depois da presidncia: uma anlise do discurso de lula ao receber o ttulo de doutor honoris causa do instituto de cincias polticas de Paris...................................... 1185 Maria Ozilndia da Silva Rodrigues Francisco Gelcimar de Aquino O interdiscurso na linguagem da charge poltica.................................................. 1194 Ozana Maria Alves Myllena Karla dos Santos Silva Maria Eliete de Queiroz Anlise do discurso poltico no gnero charge...................................................... 1205 Vernica Gildilene de O. Freitas Ana Dalete da Silva GT 08: Produo, anlise e ensino do texto didtico-pedaggico................. 1215 Ensino de lngua materna: a proposta de leitura do livro didtico de lngua portuguesa............................................................................................................. 1216 Ana Paula Lopes Das concepes de texto: uma atualizao dos conceitos a partir do Prmio Nacional de Redaes do Programa Cooperjovem.............................................. 1230 Andreza dos Santos Sousa A abordagem da variao lingustica no livro didtico: uma anlise do livro portugus: contexto, interlocuo e sentido........................................................ 1239 Antonia Karolina Bento Pereira Cryslene Dayane Bezerra da Silva Lidiane de Morais Digenes Bezerra Subprojeto PIBID Pedagogia/CAMEAM/UERN: uma proposta colaborativa e reflexiva sobre as prticas alfabetizadoras.......................................................................... 1250 Dbora Maria do Nascimento A lngua que falamos e a lngua que aprendemos discursividades sobre o ensino da lngua portuguesa.................................................................................................. 1258 13. derson Lus da Silveira Francisco Vieira da Silva Livro didtico de lngua portuguesa: a variedade lingustica nordestina............... 1270 Ednilda Pereira de Oliveira Maria Daiane Peixoto Anlise da coeso e coerncia no livro didtico................................................... 1282 Francisca Bruna de Oliveira Peixoto Patrcia Leite de Queiroz Maria Eliete de Queiroz O livro didtico de portugus: instrumento de controle na escrita........................ 1291 Janima Bernardes A relao entre linguagem e sociedade: uma anlise sociolingustica do livro didtico de lngua portuguesa do ensino fundamental....................................................... 1304 Josinaldo Pereira de Paula Jos Adalberto Silva Pereira Antonia Claudia de Lucena Freitas O tratamento dado as variaes lingusticas no livro didtico: portugus - literatura, gramtica, produo de texto................................................................................ 1318 Leila Emdia Carvalho Fontes Cardoso Marlon Ferreira de Aquino O discurso do professor versus sua prtica pedaggica....................................... 1327 Manoel Guilherme de Freitas A construo de sentidos em textos de livros didticos do 9 ano do ensino fundamental........................................................................................................... 1342 Maria Emurielly Nunes Almeida Ana Michelle de Melo Lima A variao lingustica no livro didtico de lngua portuguesa................................ 1354 Mnica Cristiane Teodoro Sheilla Viana Feitosa Gssica Luana Monteiro dos Santos Anlise multimodal de verbetes de dicionrios infantis......................................... 1368 Ticiane Rodrigues Nunes Ana Grayce Freitas de Sousa Antnio Luciano Pontes Coerncia e coeso textuais no livro didtico de lngua portuguesa do 9 ano da EJA: uma anlise das instrues de produo de texto....................................... 1385 Victor Rafael Nascimento GT 09: Novas tecnologias, texto e ensino........................................................ 1393 14. Estratgias de leitura na compreenso de textos em lngua inglesa.................... 1394 Ana Klarissa Barbosa Gonalves Edmar Peixoto de Lima A influncia dos gneros digitais na escrita: alguns apontamentos tericometodolgicos....................................................................................................... 1407 Ana Paula Lima Carneiro Ananeri Vieira de Lima Katiane Barbosa da Silva Cinema nas aulas de histria: uma histria possvel............................................ 1415 Elizabeth Oliveira Amorim Relao leitura hipertexto nos gneros digitais blog e twitter............................ 1427 Francisca Francione Vieira de Brito Maria Lcia Pessoa Sampaio Marlia Costa de Souza Maria do Socorro Maia Fernandes Barbosa As metodologias de ensino de lngua portuguesa e de ensino do texto no PCN. 1439 Francisco Fransueldo da Costa Soares. Letras de msicas no ensino de ingls................................................................. 1451 Iane Isabelle de Oliveira Castro Redes sociais e divulgao cientfica: o leitor como sujeito partcipe dessa interlocuo........................................................................................................... 1463 Jssica Luana Fernandes Simone Cabral Marinho dos Santos Centro de tecnologias do vale do Mamanguape: incluso digital, reciclagem e cultura TI........................................................................................................................... 1472 Kym Kanatto Gomes Melo Jefferson Simplcio dos Santos Paulo Roberto Palhano SIlva Webquest: um recurso didtico pedaggico para o professor.............................. 1482 Maria de Ftima de Carvalho Dantas Maria Clivoneide de Freitas Freire Michel Cristiano Souza da Silva As novas tecnologias e suas consequncias no processo educativo................... 1496 Maria Elivaneide Pereira da Silva As novas tecnologias no ensino fundamental....................................................... 1505 Maria Jackeline Rocha Bessa Maria Veridiana Franco Alves Maria do Socorro Maia Fernandes Barbosa Novas tecnologias no campo educacional o vale do Mamanguape PB............. 1518 15. Paulo Roberto Palhano Silva Tatiana Loureno de Carvalho Maria Zildarlene da Silva Maria Janecleide de Freitas Novas tecnologias educacionais e ensino de lngua portuguesa: reflexes a partir da escola municipal Luis Gomes de Oliveira, em Serrinha dos Pintos (RN).............. 1536 Valmaria Lemos da Costa Santos GT 10: Gramtica e ensino de texto.................................................................. 1563 Ensino de gramtica: a proposta do livro didtico de lngua portuguesa.............. 1564 Ana Paula Lopes Sociolingustica na escola: uma concepo libertria do ensino de lngua materna................................................................................................................. 1575 Andr Magri Ribeiro de Melo Isabelle Raiane Farias Lopes Ivandilson Costa Gramtica e ensino: um estudo do item quando no D & G de Natal.................... 1591 Celina Maria de Freitas Carvalho Ana Alice de Freitas Neta Arajo Rosngela Maria Bessa Vidal Muito alm da teoria: a distncia entre o idealizado e a prtica........................... 1604 Elba Ramalho da SILVA Ensino de pronomes no ensino fundamental: uma proposta baseada na sociolingustica variacionista laboviana................................................................. 1614 Francielly Coelho da Silva Anlise multifuncional do e no gnero tira em quadrinhos: um olhar funcionalista........................................................................................................... 1629 Francimeire Cesrio de Oliveira Rosngela Maria Bessa Vidal O uso do a em reconto textual: uma anlise da multifuncionalidade................... 1646 Francimeire Cesrio de Oliveira Telma Patrcia Chagas Nunes Almeida Ensino de gramtica e texto no livro didtico de portugus.................................. 1655 Francisca Francione Vieira de Brito Maria Lcia Pessoa Sampaio A aula de portugus na escola pblica entre o ensino tradicional e outras abordagens de ensino........................................................................................... 1672 Geisy Kelly dos Santos Alves Jobson Soares da Silva Valdeci Joo da Silva Juarez Nogueira Lins 16. O saber gramatical no ensino superior: entre documentos e alternativas tericas.................................................................................................................. 1680 Josefa Lidianne de Paiva Telma Patricia Nunes Chagas Almeida Rosngela Maria Bessa Vidal Erros gramaticais no ensino mdio....................................................................... 1687 Leiziene Aretuza da Silva Lopes de Sousa Cristiane Lins da Silva Marciel Alan Freitas de Castro A produo escrita dos alunos do ensino mdio noturno: relatos de experincias...........................................................................................................1693 Manoel Guilherme de Freitas Livro didtico x Ensino de gramtica: uma relao complicada............................ 1705 Maria Daiane Peixoto Valdilaine dos Santos Queiroz Jos Gevildo Viana Ensino de lngua portuguesa em escolas pblicas paraibanas: dificuldades e perspectivas.......................................................................................................... 1716 Maria das Dores Justo Ana Lenita Pereira do Nascimento Elaine Carla Martins Alves Juarez Nogueira Lins O ensino de gramtica: uma anlise crtica e reflexiva do livro didtico de lngua portuguesa............................................................................................................. 1727 Maria das Graas Cavalcante de Melo Feitoza Edilnia da Silva Gonalves Os gneros textuais e o ensino de leitura e produo de textos.......................... 1736 Maria Ilma Vieira de Arajo Rosngela Maria Bessa Vidal Mizilene Kelly de Souza Bezerra A abordagem da gramtica e das variaes lingusticas em um livro didtico de ensino mdio......................................................................................................... 1745 Maria Jackeline Rocha Bessa Maria Dayane de Oliveira Maria Leidiana Alves Relaes intertextuais no livro didtico de lngua portuguesa do ensino mdio... 1762 Mizilene Kelly de Souza Bezerra Maria Ilma Vieira de Arajo Ensino de gramtica e lingustica funcional: reflexes para o ensino produtivo de lngua materna....................................................................................................... 1774 17. Mizilene Kelly de Souza Bezerra Rosngela Maria Bessa Vidal Gramtica de construes corporificada: uma anlise da obra morte e Vida Severina................................................................................................................ 1783 Ricardo Yamashita Santos Texto e gramtica: uma investigao na proposta de trabalho para o ensino fundamental........................................................................................................... 1797 Rosngela Ferreira de Lima Souza Celina Maria de Freitas Carvalho Rosngela Maria Bessa Vidal Proposies tericas para compreenso da articulao de oraes na perspectiva do funcionalismo lingustico................................................................................... 1809 Wellington Vieira Mendes Joo Bosco Figueiredo Gomes GT 11: Leitura e ensino do texto em espaos escolares e no-escolares.... 1821 Leitura e reflexo no ambiente escolar................................................................. 1822 Aldimar Monteiro Silva Edjane Linhares Ferreira Formao de leitores: uma proposta metodolgica de formao em leitura para professores da educao bsica........................................................................... 1831 Andr Anderson Cavalcante Felipe Aloma Daiany Saraiva Varela de Farias Maria do Socorro Oliveira Vanessa Fabola Silva de Faria A arte de contar e recontar histria: imaginaes e fantansias vivenciadas no projeto BALE..................................................................................................................... 1847 Bencio Mackson Duarte Arajo Maria Alexandra de Oliveira Santos Maria Lcia Pessoa Sampaio Os desafios do incentivo a leitura: experincias vivenciadas no BALE................ 1855 Charles Carlos da Silva Maria Gorete Paulo Torres O ensino de leitura nos livros didticos de lngua portuguesa.............................. 1867 Cristiana Abrantes Sarmento Graciene Cavalcante de Melo Gama Maria Ismelry Diniz Leitura / escrita do contexto escolar para o ciberespao: um relato de experincia.............................................................................................................1879 Francisca Francione Vieira de Brito Maria Lcia Pessoa Sampaio 18. A formao leitora no projeto bale a partir da histria- s um pulinho de gato- de Heinz Janisch........................................................................................................ 1895 Francisco Daniel Bezerra Aridiana Dantas dos Santos Maria Lcia Pessoa Sampaio O ldico nas atividades do projeto bale: uma experincia de leitura com a obra S um minutinho........................................................................................................ 1904 Gessica Cristina Paulino Silva Orfa Noemi Gamboa Padilla Sandra Sinara Bezerra Processos de construo de sentido: o papel dos modelos de situao na anlise e produo de textos narrativos............................................................................... 1915 Giezi Alves de Oliveira O valor social da leitura: analisando prticas de leitura na educao infantil....... 1930 Jercimara Jersica Moura Lopes Kaiza Maria Alencar e Oliveira Contribuies da educao fsica no combate a violncia e indisciplina dentro e fora da escola............................................................................................................... 1941 Julio Cezar do Nascimento Dantas Francisca Iule Costa Diniz Rita Daniele Ferreira Leitura e escrita no processo de alfabetizao e letramento a luz da psicolingustica...................................................................................................... 1950 Marciel Alan Freitas de Castro Cristiane Lins da Silva Leiziene Aretuza da Silva Lopes A mediao de leitura, e a contao de histria no batente do BALE.................. 1960 Maria Alexandra da Silva Oliveira Dantas Aridiana Dantas Santos Maria Lcia Pessoa Sampaio O papel do professor na formao do leitor infantil............................................... 1980 Maria da Paz de Aquino Amorim Wandeson Alves de Oliveira Maria Gorete Paulo Torres A leitura literria nos anos iniciais: experincia com a biblioteca ambulante e literatura nas escolas BALE na regio do alto oeste potiguar............................ 1969 Maria Gorete Paulo Torres Maria Lcia Pessoa Sampaio Mria Helen Ferreira de Souza 19. Percepes de professores de didtica da lngua portuguesa (DLP) acerca da prtica de ensino de leitura na UERN................................................................... 1996 Maria Graceli de Lima Maria Lcia Pessoa Sampaio Joseilson Jales Alves Abordagem da leitura na educao profissional de jovens e adultos................... 2009 Maria Leuziedna Dantas Vivncias cidads x experincias docentes: atividades de leitura e de escrita com a comunidade........................................................................................................... 2025 Marlia de Nazar de Oliveira Ferreira Ana Carla Costa Castilho Ana Claudia Assuno Chaves Camila No Corra Evileny Magalhes Gonalves Milene das Mercs Alcntara Rafaela Viana Maciel Raquel Hianes de Oliveira Sindy Rayane de Souza Ferreira Leitura: um caminho de textos e objetivos de leitores na sociedade.................... 2038 Samuel Francisco Pereira de Oliveira A leitura escolar e a formao do cidado............................................................ 2047 Vernica Maria de Arajo Pontes Aline Dayanne Sousa Marinho Prticas de leituras no ensino fundamental: uma anlise da metodologia nas aulas de lngua portuguesa............................................................................................. 2063 Vernica Matias de Souza Freitas A abordagem da poesia de augusto dos anjos em sala de aula: investigando mtodo, prtica e recepo................................................................................... 2078 Verucci Domingos de Almeida GT 12: Leitura, produo e ensino de textos em lnguas estrangeiras......... 2094 Transferncia e interferncia da lm na le na produo escrita de estudantes brasileiro. 2095 Alcioni de Oliveira Ferreira Jenria Maria M. da Silva Anlise de erros na interlngua escrita de estudantes de espanhol como lngua estrangeira............................................................................................................. 2102 Andr Silva Oliveira Germana da Cruz Pereira Um olhar sobre o tratamento dado leitura no processo de ensino e aprendizagem do E/LE no municpio de Jos da Penha RN..................................................... 2121 20. Francisca Anatnia Maia Bessa O falante ingnuo e sua prtica de escrita em lngua inglesa............................... 2134 Francisco Marcos de Oliveira Luz Proposta de atividades do livro didtico: a necessidade de uma abordagem crtica..................................................................................................................... 2145 Francisco Xavier de Carvalho Rufino Fraseologismos para desenvolvimento de leitura e produo textual em PLE..... 2161 Gislene Lima Carvalho Imagens multimodais e seu papel no desenvolvimento sociocultural no ensino/aprendizagem de FLE................................................................................ 2171 Heloisa Costa de Oliveira Rosiane Xypas Anlise da produo de textos em lngua espanhola sinttica e morfologicamente: o espanhol como segunda lngua............................................................................. 2181 Jos Lindomar da Silva O ensino do texto em lngua espanhola................................................................ 2189 Jos Rosamilton de Lima As expectativas de leitura provocadas pelas imagens do lobo em capas de livros infantis de literatura francesa................................................................................ 2205 Maria Auxiliadora de Almeida Vieira Filha Gabrielly Melo Rosiane Xypas Gneros textuais na universidade: relatos e crenas de alunos de letras/lngua inglesa................................................................................................................... 2219 Maria Zenaide Valdivino da Silva Das imagens ao texto: proposta de ensino para leitura em lnguas estrangeiras. 2233 Rosiane Xypas El gnero textual las etiquetas de envases en la enseanza de lengua espaola 2247 Telma Patrcia Nunes C. Almeida 21. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Grupo de Pesquisa em Produo e Ensino de Texto II Simpsio Nacional de Texto e Ensino APRESENTAO.17Anais do II Simpsio Nacional de Texto e EnsinoOs textos publicados nestes anais correspondem a artigos cientficos apresentados nos doze grupos de trabalho do II Simpsio Nacional de Texto e Ensino (II SINATE), realizado no perodo de 12 a 14 de dezembro de 2012, no Campus Avanado Prof. Maria Elisa de Albuquerque Maia (CAMEAM), da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), em Pau dos Ferros-RN. Os textos aqui publicados constitui o resultado de pesquisas acadmicas realizadas em todos os nveis de ensino superior da graduao ps-graduao lato e stricto sensu, alm de reflexes de professores da educao bsica, interessados em repensar suas prticas educacionais referentes ao trabalho com o texto em sala de aula. Em seus doze grupos de trabalho, o evento discutiu e refletiu sobre o texto e seu ensino sob a tica de perspectivas tericas as mais diversas: Anlise do discurso, Anlise da conversao, Anlise de texto literrio, Anlise textual dos discursos, Argumentao, Estudos Culturais, Estudos da enunciao, Lingustica do texto, Lingustica Aplicada, Literatura e ensino, Sociolingustica, Teoria de gneros, Variao e mudana, apenas para citar algumas. Essa diversidade de vertentes tericas, bem como a participao de pesquisadores de universidades das cinco regies do pas, reforam o carter de nacionalidade do evento e asseguram a concretizao do principal objetivo do II SINATE, qual seja constituir-se como espao de divulgao e socializao de trabalhos produzidos por estudantes de graduao e de ps-graduao, bem como por pesquisadores e professores de Letras, Lingustica e reas afins. Por fim, importante informar que os textos aqui publicados esto organizados em blocos temticos, que correspondem aos grupos de trabalho do evento. Inicialmente, apresentamos os resumos e, na segunda parte desses anais, os trabalhos completos. 22. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Grupo de Pesquisa em Produo e Ensino de Texto II Simpsio Nacional de Texto e Ensino SOBRE O EVENTOAnais do II Simpsio Nacional de Texto e Ensino18O II Simpsio Nacional de Texto e Ensino (II SINATE) um evento acadmico-cientfico promovido pelo Grupo de Pesquisa em Produo e Ensino de Texto (GPET), em parceria com pesquisadores da linha de pesquisa em Texto, ensino e construo de sentidos, do Programa de Ps-Graduao em Letras (PPGL), e com pesquisadores, docentes, alunos e demais membros de diversos grupos de pesquisa do Departamento de Letras do CAMEAM/UERN e de outros departamentos da UERN. O II SINATE ser realizado nos dias 12, 13 e 14 de dezembro de 2012, na sede doCampus Avanado Prof. Maria Elisa de Albuquerque Maia (CAMEAM), da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), em Pau dos Ferros/RN, e vem dar continuidade ao debate das questes tericas e prticas em torno da temtica, que ocorreu por ocasio do I SINATE, realizado na UERN, tambm em Pau dos Ferros, nos dias 25 e 26 de junho de 2009. Em sua primeira edio, o SINATE foi organizado por um grupo de professores do PPGL, vinculados Linha de Pesquisa Texto, ensino e construo de sentidos, com apoio de membros de diferentes grupos de pesquisa do DL/CAMEAM e em parceria com pesquisadores da Universidade de So Paulo (USP) e da Universidade Federal do Maranho (UFMA), como parte das atividades da pesquisa Disciplinas da Licenciatura voltadas para o ensino de Lngua Portuguesa, vinculada ao Programa Nacional de Cooperao Acadmica (PROCAD), da Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES). Nesta segunda edio, o evento prope constituir-se como espao de divulgao e socializao de trabalhos produzidos por estudantes de graduao e de ps-graduao, bem como por pesquisadores e professores de Letras, Lingustica e reas afins, focalizando: (i) a socializao de pesquisas e trabalhos que abordem a temtica do ensino do texto nos diferentes nveis de ensino, dentro e fora dos espaos escolares; (ii)o debate sobre as polticas institucionais de incentivo pesquisa e difuso e socializao do conhecimento cientfico; (iii) o debate sobre as polticas institucionais de incentivo produo de textos tcnicos e acadmicos com fins de captao de recursos em rgo de fomento (sobretudo projetos para editais), em diferentes idiomas, e em funo das polticas universitrias na rea do ensino, da extenso e cultura, da pesquisa e da gesto universitria; e (iv) a interao e a integrao entre grupos e linhas de pesquisas da rea de Letras e Lingustica e de reas afins da UERN e de outras instituies de ensino superior do pas, que tenham interesse por discutir a temtica. 23. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Grupo de Pesquisa em Produo e Ensino de Texto II Simpsio Nacional de Texto e EnsinoRESUMOSAnais do II Simpsio Nacional de Texto e Ensino19 24. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Grupo de Pesquisa em Produo e Ensino de Texto II Simpsio Nacional de Texto e Ensino Produo/refaco do texto oral e escrito MANIFESTAES DA ORALIDADE EM TEXTOS ESCRITOS DE ALUNOS DO 6 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL Ana Dalete da Silva Francinaldo Almeida Bezerra Vernica Gildilene de Oliveira Freitas Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)Anais do II Simpsio Nacional de Texto e Ensino20RESUMO: No processo de formao dos indivduos, a escrita se mostra imprescindvel, sobretudo quando se vive numa sociedade permeada de atividades mediadas pela prtica de leitura e produo de textos. Nessa formao, o papel do processo de escolarizao fundamental, por meio do qual esse indivduo ter acesso aos meios para desenvolver suas habilidades, e aplic-las nas interaes sociais. Buscando contribuir para o debate sobre a aquisio da escrita acerca da produo textual em estgios iniciais do Ensino Fundamental, este trabalho prope-se a investigar como se d a influncia do texto oral no texto escrito. Bem como, discutir sobre as implicaes dessas manifestaes para a construo de sentido do texto. O trabalho fundamenta-se em estudos da rea da Psicolingustica, especialmente nos trabalhos de Cagliari (1993), Capristano (2007), Lemle (1991), Stampa (2009), entre outros. O corpus constitui-se de produes textuais de alunos do 6 ano de uma escola municipal coletadas em aulas de Lngua Portuguesa. A partir da anlise feita, identificamos as manifestao da oralidade nos textos dos alunos, em que se observou a reproduo de estruturas prprias da fala, sendo suas implicaes vistas como parte do processo de desenvolvimento da escrita, pois no interferem na compreenso do texto, podendo ser superadas atravs da mediao do outro (adulto/professor). Assim, percebe-se que, as crianas tendem a representar a escrita como reproduo da oralidade, sendo isso influncia do contato social, da variedade lingustica, e das hipteses que levantam sobre o sistema da escrita.PALAVRAS-CHAVE: Aquisio da escrita; Relao oralidade/escrita; Lngua Portuguesa; Ensino fundamental. ANLISE DO PROCESSO DE CORREO E REFACO DE TEXTOS EM UMA TURMA CONCLUINTE DO ENSINO MDIO Ana Maria de Carvalho Karla Natlia de Oliveira Leite Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) RESUMO: Este trabalho trata de uma investigao sobre a correo e refaco de textos produzidos por alunos concluintes do Ensino Mdio. Nosso intento maior foi analisar, nas aulas de Lngua Portuguesa, como se d o processo de produo textual, verificando, principalmente, se as estratgias de correes do professor foram eficazes para o processo da reescrita. A pesquisa teve embasamento terico em pesquisadores como Irand Antunes (2003) que nos mostra a discusso crtica de certas prticas escolares; de Marcuschi (2008) que aponta o seu ponto de vista sobre a produo textual e ensino de gneros; das autoras Passareli (2012) e Therezo (2002) que mostram a importncia da correo de textos e como isso deve ser feito pelo professor. Tambm fizeram parte da nossa fundamentao terica as concepes contidas nos Parmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de Lngua Portuguesa. A anlise aponta que no processo de refaco do texto o aluno mudava ou 25. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Grupo de Pesquisa em Produo e Ensino de Texto II Simpsio Nacional de Texto e Ensino acrescentava apenas o que era pedido pelo professor: colocao de uma vrgula, de um elo coesivo, troca de uma expresso por outra, entre outros aspectos notificados. Isto significa que a correo do professor pouco contribuiu para a produo de um texto bem escrito. Podemos entrever que a participao do professor para alm de aferio deve ser um trabalho de interlocuo. A correo textual para ser feita como um exerccio de aprendizagem, no qual o professor discute com seu aluno os problemas do seu texto, buscando sempre juntos, alternativas de reconstruo. Assim, o aluno deve ser o primeiro revisor do seu texto. PALAVRAS-CHAVE: Produo textual; Correo; Refaco de texto.PRODUO/REFACO DO GNERO TEXTUAL ARTIGO DE OPINIO: A CULTURA NORDESTINA EM FOCO Ana Paula Lima Carneiro Tarcia Camila Gonalves de Oliveira Universidade Estadual da Paraba (UEPB)PALAVRAS-CHAVE: Literatura; Gneros Textuais; Cultura Nordestina.A PRODUO DE TEXTO NA PESPECTIVA DOS GNEROS TEXTUAIS: UM ESTUDO NA E. M. E. I. E. F. PROF CATARINA DE SOUSA MAIA Ananeri Vieira de Lima Katiane Barbosa da Silva Universidade Estadual da Paraba (UEPB) RESUMO: O presente artigo procura abordar o ensino de produo textual na perspectiva das prticas discursivas no ensino fundamental II na perspectiva dos gneros textuais, focalizando o desinteresse e as dificuldades que os alunos tm na hora de escrever. Para tanto, faremos uma pesquisa qualitativa com a professora titular da turma de 6 ano e com21Anais do II Simpsio Nacional de Texto e EnsinoRESUMO: O presente projeto procura abordar a cultura nordestina por meio da literatura e dos gneros textuais. Para tanto, destacaremos na literatura os aspectos artsticos de um povo, a produo artstica nordestina. A nossa literatura descreve a sociedade nordestina, seus costumes, crenas, danas, msicas, apresentando o carter do homem nordestino, sua ideologia e seu modo de vida. O projeto utiliza como suporte terico: Arantes (1982), Cunha (2007), Marinho & Pinheiro (2012), PCNs (1998), Xidieh (1993). lamentvel nos depararmos ainda com pessoas que no valorizam sua prpria identidade e no a conservam. A cultura das elites tende a desconstruir esse valor cultural e, consequentemente, algumas pessoas aderem a essa concepo. Outro fato lamentvel o preconceito existente em relao ao nordestino. Assim, objetivamos com este projeto transmitir aos alunos a importncia da nossa cultura e as formas de conservao desses valores. Pretendemos proporcionar a eles uma reflexo crtica acerca desses discursos e ideologias discriminatrias que estereotipam o povo nordestino, e, sobretudo, enfatizar nossas msicas, nossas obras literrias, nossos artistas e suas contribuies. Dessa forma, promove-se um crescimento crtico, intelectual e cultural dos discentes, impulsionando a desconstruo de conceitos equivocados por meio de discusses coletivas construtivas. Posteriormente, partimos para a escrita, para o aprimoramento dos textos elaborados pelos respectivos alunos, apresentando suas especificaes e parmetros, fazendo com que eles reconheam a importncia do texto escrito para a construo de ideias, para que possam intervir na sociedade e interagir com ela de forma mais completa. 26. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Grupo de Pesquisa em Produo e Ensino de Texto II Simpsio Nacional de Texto e Ensino dois alunos da referida turma do turno da tarde na E. E. M. E. I. E. F. Prof Catarina de Sousa Maia. Sendo assim, discutimos alguns pressupostos tericos atravs dos sujeitos da pesquisa, e os dados coletados nos permitiu verificar que a prtica de produo textual baseia-se nos tipos textuais. Com isso, objetivamos compreender a metodologia adequada a ser aplicada na sala de aula, atentando para as atividades de ensino-aprendizagem na produo de textos escritos referentes s aulas de produo textual. Isto , interessa-nos investigar qual a melhor maneira de trabalhar para que os alunos desenvolvam mais sua escrita. O suporte terico desse trabalho centra-se em autores como: Antunes (2009), Bakhtin (2010), Citelli (2002), Marcurschi (2005), dentre outros. Enfatizaremos tambm a necessidade de entender as atividades didticas de produo de texto. Nessa tica, destacaremos a importncia de desenvolver no aluno as habilidades de anlise, leitura e produo dos gneros textuais nas diversas esferas de comunicao. Para tanto, necessrio definir o objeto de estudo, no caso os gneros textuais, atravs da pesquisa, apresentar as especificidades que os formam, discutindo os aportes tericos que concebem e analisam essas prticas lingusticas. PALAVRAS - CHAVE: Produo textual; Gneros textuais; Dificuldades.A FORMULAO DA TESE EM REDAES DE VESTIBULAR Caroline Theml Pinto Universidade de So Paulo (USP)Anais do II Simpsio Nacional de Texto e Ensino22RESUMO: O objetivo deste trabalho analisar a construo da tese em textos do tipo argumentativo, particularmente em redaes de vestibular. Muitas vezes apresentada na forma de uma proposio pelo enunciador, a tese parece derivar sempre de um posicionamento deste em relao a um acordo firmado entre orador e auditrio, no incio do texto. Assim, parte-se de uma concepo fundamentalmente dialgica do enunciado, entendendo-se como discurso no s aquilo que se produz entre subjetividades, mas o que torna possvel, reciprocamente, o acontecimento delas. Como recurso metodolgico, adotou-se a teoria da argumentao desenvolvida por Perelman & OlbrechtsTyteca, devido prpria natureza argumentativa dos textos analisados. O corpus consiste em redaes de vestibular da Fuvest (Fundao Universitria para o Vestibular de So Paulo), produzidas em 2009, dentro do tema Fronteiras. Foram identificados dois posicionamentos principais do enunciador em relao ao acordo firmado no incio da dissertao, a saber, de conservao ou de rompimento. Entretanto, as formas de manifestao destes posicionamentos so diversas, mostrando-se associadas a fenmenos textuais, como o da progresso referencial. Espera-se que o aprofundamento da anlise possa conduzir a um mapeamento dos modos e do processo de filiao discursiva realizados durante a formulao da tese pelo vestibulando. PALAVRAS-CHAVE: Dialogismo; Texto argumentativo; Acordo; Tese.ENTRE O DIZER E O (J-)DITO: FUNDAMENTOS PARA UMA ABORDAGEM METODOLGICA DA PRESENA DE MARCAS PROVERBIAIS EM TEXTOS ESCRITOS Glauce de Oliveira Alves Universidade de So Paulo (USP) RESUMO: O objetivo deste trabalho explorar o espao de significao criado pela relao entre o dizer e o (j-)dito como fundamento de um importante aspecto metodolgico no estudo do uso de provrbios em textos escritos. O material de anlise composto por 27. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Grupo de Pesquisa em Produo e Ensino de Texto II Simpsio Nacional de Texto e Ensino sessenta redaes do vestibular da FUVEST/2006 e por sessenta redaes do vestibular da FUVEST/2009. Articulando alguns postulados da Teoria da Enunciao de filiao bakhtiniana e da Anlise do Discurso de linha francesa, este trabalho norteado pelos estudos de Bakhtin (2006), em que se afirma a relativa estabilidade dos gneros do discurso; de Lysardo-Dias (2004), em que se concebe o provrbio como um gnero do discurso; e de Maingueneau (2002, 2010) em que se desenvolvem consideraes sobre os processos de captao e de subverso, nos quais se fundam os desvios de provrbios. A expresso marcas proverbiais foi criada por mim para abranger os seguintes tipos de registro de provrbios encontrados nos textos: (a) construo em que o provrbio aparece de maneira integral com o uso de aspas e/ou glosa; (b) construo em que o provrbio aparece de forma integral sem o uso de aspas; (c) enunciados em que o provrbio se encontra estruturalmente modificado; (d) enunciados que aludem ao sentido de um provrbio; e (e) construes que reproduzem sua forma. Cada tipo de marca proverbial se refere a um modo especfico de dizer o provrbio, em que caractersticas formais se alteram, mas possibilitam, ainda assim, o reconhecimento de um (j-)dito, resgatado para a construo de textos. PALAVRAS-CHAVE: Redaes de vestibular; Marcas proverbiais; Dizer; (j-)dito; Abordagem metodolgica. A MEDIAO DA PROFESSORA NA PRODUO E REFACO DE TEXTOS ESCRITOS POR ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL IIRESUMO: Este trabalho parte de um projeto de pesquisa em andamento cujo objetivo documentar e analisar, nas relaes de ensino materializadas na sala de aula, as atividades de leitura e de escrita vividas pelos alunos considerando que a aproximao desses processos pode contribuir para a explicitao dos modos de elaborao conceitual vividos por eles, quer seja no processo de leitura extrao de informaes, quer seja no processo de produo de textos que deem a ver suas compreenses sobre os contedos escolares trabalhados ou sobre a prpria significao do que vem a ser o papel do produtor de textos na sociedade letrada em que estamos inseridos. Considerando que a linguagem a mediadora deste processo o trabalho ancora-se teoricamente na perspectiva histricocultural do desenvolvimento humano, tal qual formulada por Vigotski (1989, 2003), articulada aos estudos de Bakhtin (2002) no campo da semitica. Articular o trabalho docente ao processo de pesquisa j uma opo metodolgica, visto que, analisar as prticas de ensino de lngua bem como os processos de significao acerca da produo de textos luz das perspectivas apontadas requer, um olhar no somente para as atividades desenvolvidas, mas para as relaes que se estabelecem entre os sujeitos que esto inseridos na dinmica interativa. Os dados produzidos at o momento evidenciam que a mediao da professora, em um trabalho constante de produo e refaco de textos escritos, possibilita o desenvolvimento da reflexividade pelos alunos, melhorando suas produes escritas. PALAVRAS-CHAVE: Mediao; Interao; Produo textual; Formao docente.A PRTICA DA REESCRITA NO ENSINO SUPERIOR: UMA ANLISE SOBRE A OPERAO DE SUBSTITUIO23Anais do II Simpsio Nacional de Texto e EnsinoHelen Cristine Bido Bradnt Dellosso Claudia Beatriz de Castro Nascimento Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP) 28. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Grupo de Pesquisa em Produo e Ensino de Texto II Simpsio Nacional de Texto e Ensino Lidiane de Morais Digenes Bezerra Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) RESUMO: A partir da nossa experincia, enquanto professora do Curso de Licenciatura em Letras, do CAMEAM/UERN, despertamos para a necessidade de refletir sobre a produo de texto no ensino superior. Assim, pretendemos investigar, nesta pesquisa, o trabalho com a reescrita, no que se refere, especificamente, operao de substituio utilizada para a realizao desta atividade, bem como aos efeitos de sentido produzidos a partir das alteraes executadas nos textos. Nossa discusso terica est fundamentada em uma concepo de produo de texto enquanto atividade verbal, o que revela uma viso sociointeracional da linguagem (MARCUSCHI, 2008; SAUTCHUK, 2003), bem como nos conceitos advindos da Crtica Gentica que considera o texto como resultado de um trabalho de elaborao progressiva, e a escrita, por sua vez, como uma atividade em constante movimento (HAY, 2002; GRSILLON, 2008; 2002; 1989; SALLES, 2008a). Os dados analisados foram coletados em uma sala de aula do 1 perodo do curso Letras, do CAMEAM/UERN. A partir da anlise, podemos confirmar que a escrita constitui-se de um processo, e a reescrita vem mostrar-se como uma atividade de extrema importncia para esse processo. Ainda em decorrncia da anlise, observamos que a substituio foi utilizada pelos autores dos textos para promover diferentes efeitos de sentido, como: mudana de orientao, apagamento do enunciador ou adequao norma. Nossa anlise contribuir para o ensino de Lngua Portuguesa, especificamente, para as atividades que encaminham a produo textual, no sentido de explorar, junto aos alunos, a capacidade de reescrever seus prprios textos. PALAVRAS-CHAVE: Reescrita; Ensino superior; Substituio. 24Anais do II Simpsio Nacional de Texto e EnsinoMARCAS LINGUSTICAS NO TEXTO: INDCIOS DE UMA ESCRITA SINGULAR Maria Aparecida da Silva Miranda Sulemi Fabiano Campos Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) RESUMO: Esta pesquisa fruto de estudos e reflexes desenvolvidos no interior do Grupo de Pesquisa em Estudos do Texto e do Discurso GETED - Departamento de Letras da UFRN. Partimos do conceito de singularidade proposto por (AUTHIER-REVUZ, 2000; 2011) no que trata a produo escrita como discurso que testemunha, a partir de uma reflexo sobre diversos discursos, um discurso particular e prprio. Buscamos responder a seguinte pergunta de pesquisa: como um pesquisador em formao se relaciona com a teoria ao mobilizar um conceito de rea e coloc-lo em funcionamento na anlise dos dados? Nosso objetivo mostrar dados que evidenciem como a definio de conceitos como dialogismo e polifonia, postos na parte da fundamentao terica so retomados pelo pesquisador na anlise dos dados. Para este trabalho selecionamos duas dissertaes de mestrado da rea de lingustica, dcada de 2000, disponveis do portal de Domnio Pblico-CAPES. Abordamos os excertos para identificar expresses de no-coincidncias do dizer Authier (2004), deixadas no texto pelo pesquisador ao mobilizar um conceito terico e da a ver na escrita. A hiptese a de que, ao confrontar diferentes produes, podemos notar alteraes no modo como o pesquisador em formao mobiliza um conceito terico e articula as ideias no texto, como marca singular de sua escrita. PALAVRAS-CHAVE: Escrita acadmica; Heterogeneidade; No-coincidncias do dizer; Singularidade. 29. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Grupo de Pesquisa em Produo e Ensino de Texto II Simpsio Nacional de Texto e Ensino GNEROS TEXTUAIS ORAIS COMO OBJETO DE ENSINO-APRENDIZAGEM: UM DESAFIO PARA O ENSINO DE LNGUA PORTUGUESA Maria do Carmo da Silva Universidade Estadual da Paraba (UEPB) RESUMO: Este trabalho fruto de um estudo, cujo resultado foi a base para um trabalho de concluso do curso de Letras habilitao em Lngua Portuguesa, da Universidade Estadual da Paraba (UEPB). O enfoque da pesquisa foi dado ao ensino de gneros textuais orais em escolas pblicas. O objetivo principal da pesquisa foi investigar se o ensino de lngua portuguesa utiliza os gneros textuais orais como objeto de ensino-aprendizagem. A pesquisa foi de natureza qualitativa, de procedimento descritivo-interpretativo, uma vez que buscou compreender o ensino de lngua materna, no que concerne ao trabalho realizado com os gneros textuais orais, por meio da descrio e anlise de dados obtidos em questionrios. O locus do estudo foram quatro escolas pblicas da cidade de Campina Grande-PB, pertencentes rede estadual de ensino. Os sujeitos desta investigao foram 10 docentes de Lngua Portuguesa dos anos finais do Ensino Fundamental e do ensino Mdio das referidas escolas - campo de pesquisa. A coleta de dados foi feita mediante aplicao de questionrios, composto por perguntas dissertativas e objetivas, aos professores de lngua portuguesa das escolas supracitadas. A anlise dos dados deu-se mediante as teorias da Lingustica Textual, da oralidade, do ensino de lngua materna e da concepo scio-interacionista de linguagem, a exemplo de Bakhtin e Bronckart. Os resultados da pesquisa indicam que, apesar dos docentes investigados terem conhecimentos acerca da importncia do ensino dos gneros orais, eles no sabem utilizlos de forma adequada em sala de aula. 25O PROCESSO DE ORALIDADE E ESCRITA EM ALUNOS DO 6 ANO DA CIDADE DE TENENTE ANANIAS- RN Maria das Graas de Oliveira Pereira Robson Henrique Antunes de Oliveira Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) RESUMO: O presente artigo se prope a abordar como se dar o processo relacionado escrita e oralidade, para conhecermos melhor como se desenvolve o processo de aquisio da escrita em crianas de 10 a 12 anos. Para isso procuramos coletar textos nas aulas de Lngua Portuguesa, na turma do 6 ano do ensino fundamental, com fim de analisarmos como se dar este processo. Como metodologia adotada para este trabalho foi realizado pesquisa bibliogrfica, em que recorremos aos conceitos defendidos por tericos da Psicolingustica, tal como Frdric Franois (2006), Stampa (2009), Capistrano (2007), Abaurre (2006), Cagliari (2009), e os postulados de Vigotsky (2010), no que se refere hiptese interacionista de aquisio da linguagem. Assim, nosso trabalho foi dividido em duas partes: na primeira parte trazemos questes tericas relacionas a aquisio da linguagem, abordando os componentes lexicais em oposio aos fonemas da grafia; durante a segunda parte procuramos fazer uma anlise aos textos recolhidos nas turmas do 6 ano do ensino fundamental para tentar explanar como se desenvolve o problema em que a oralidade pode influenciar diretamente nos erros da escrita infantil, mais especificamente aprontaremos os erros das junturas intervoclicas, segmentaes no-convencionais, e uso indevido de letras, enfrentado por grande parte das crianas, no estgio da aquisio da escrita.Anais do II Simpsio Nacional de Texto e EnsinoPALAVRAS-CHAVE: Ensino de lngua materna; Gneros textuais; Oralidade. 30. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Grupo de Pesquisa em Produo e Ensino de Texto II Simpsio Nacional de Texto e Ensino PALAVRAS-CHAVE: Aquisio da escrita; Oralidade; Texto infantil.USO DE ANFORAS EM PRODUES TEXTUAIS DE ALUNOS DO PRIMEIRO ANO DO ENSINO MDIO Maria Jos Morais Honrio Crgina Cibelle Pereira Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)Anais do II Simpsio Nacional de Texto e Ensino26RESUMO: Este trabalho um recorte de nosso trabalho de concluso de curso de graduao e teve como finalidade investigar o uso de anforas em produes textuais de alunos do primeiro ano do Ensino Mdio com o intuito de identificar e descrever as anforas que ocorrem nas produes textuais desses alunos. Subsidiamos nossa pesquisa em Antunes (2005), Apothloz (2003), Costa Val (2000), Digenes (2006), Fvero (2002), Koch (2004), dentre outros. Nosso trabalho uma pesquisa documental, de cunho qualitativo e quantitativo. Analisamos dezesseis produes, nas quais encontramos cinquenta e nove ocorrncias anafricas distribudas em vrios tipos de anforas tais como: vinte e seis anforas pronominais; onze associativas; dez fiis; trs conceituais; duas conceituais e uma rotuladora. Nesse sentido, analisamos os trs tipos de anfora mais recorrentes que foram as pronominais, associativas e fiis. A pronominal destacou-se pelo fato dos pronomes serem uma classe de palavra categoremtica No caso da associativa a constante recorrncia deve-se ao fato da tipologia textual ser uma narrativa e a necessidade que o produtor de texto tem em relembrar de que se estar falando. J a anfora fiel tem significativa recorrncia em funo da necessidade de o aluno relembrar, retomar a informao em desenvolvimento. Percebemos tambm que a pronominal no apresenta determinante, ao passo que a associativa e a fiel apresentam o determinante. Acreditamos que nossa pesquisa possa contribuir para a atividade de produo e compreenso textual, na medida em que o processo anafrico est diretamente relacionado a essas atividades. PALAVRAS-CHAVE: Produo textual; Referenciao; Anfora.Produo, anlise e ensino do texto acadmico-cientfico A PRODUO ESCRITA NA UNIVERSIDADE: UM OLHAR SOBRE O RESUMO ACADMICO Ana Paula Lopes Secretaria de Educao do Municpio de So Miguel/RN (SEEC) RESUMO: Com este trabalho apresentamos um recorte de uma pesquisa monogrfica realizada na ps-graduao em Lingustica Aplicada PPGELL/CAMEAM/UERN. Esse trabalho tem como objetivo investigara produo escrita do resumo em nvel acadmico. Pretendemos mostrar como o aluno transfere para a prtica da escrita as suas representaes acerca do gnero resumo, bem como seu entendimento do modo de organizao e funcionamento desse gnero na academia. Com base nos estudos de Moscovici (2003), Bakhtin (2000), Matncio (2002; 2003), Assis e Mata (2005), entre outros, analisamos questionrios e resumos produzidos por alunos dos cursos de graduao em Letras, do Campus Avanado Prof. Maria Elisa de Albuquerque Maia, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Os resultados apresentam a produo do resumo mediante uma representao desse gnero como comprovao da compreenso leitora de 31. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Grupo de Pesquisa em Produo e Ensino de Texto II Simpsio Nacional de Texto e Ensino um determinado texto, produzido atravs da colagem do dizer e da forma de dizer do autor do texto-base. Os resumos analisados nascem de prticas discursivas cujo funcionamento se define por fatores que se distanciam, numa certa medida, daqueles em que se fundam as prticas discursivas da comunidade acadmica, da qual emergem os resumos acadmicos. Conclumos que h necessidade de se intensificar, na graduao, os procedimentos didtico-pedaggicos nas situaes de ensino-aprendizagem de produo de gneros acadmicos, de modo que se passe a considerar as condies de produo, recepo e circulao do texto nesse domnio. PALAVRAS-CHAVE: Linguagem; Escrita; Gnero resumo acadmico; Representao social.ANFORAS ENSAPSULADORAS NA CONSTRUO DE ARGUMENTOS EM ARTIGOS ACADMICOS DE ESTUDANTES DE CURSO DE LETRAS Ananias Agostinho da Silva Rosngela Alves dos Santos Bernardino Gilton Sampaio de Souza Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)PALAVRAS-CHAVE: Anforas encapsuladoras; Argumentos; Artigos acadmicos.PRTICAS LETRADAS EM RESENHAS: O QUE REVELAM OS TEXTOS PRODUZIDOS POR GRADUANDOS DO PRIMEIRO PERODO EM LETRAS? Elisa Cristina Amorim Ferreira Denise Lino de Arajo Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) RESUMO: A resenha configura-se como um texto avaliativo, cuja funo descrever e avaliar o resultado da produo intelectual de uma rea do conhecimento, com base em um dado ponto de vista. Esse gnero discursivo um dos mais solicitados na academia, provavelmente, porque as capacidades subjacentes sua escrita ancoram a produo de outros gneros tambm acadmicos, contribuindo para familiarizao do docente com o discurso cientfico. Assim, considerando que aos gneros esto relacionadas certas prticas letradas que legitimam certas formas de dizer, isto , certas formas de usar a lngua/gem27Anais do II Simpsio Nacional de Texto e EnsinoRESUMO: No intuito de propor uma interface entre os estudos da Lingustica do Texto e as investigaes realizadas sob o aporte terico da Nova Retrica, objetivamos, nesta investigao, analisar o emprego de expresses anafricas encapsuladorasna construo de argumentos em artigos cientficos produzidos por estudantes de Curso de Letras. Para tanto, coletamos cinco artigos publicados em um peridico acadmico certificado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq), a revista Ao p da letra, que publica artigos ou ensaios de alunos de graduao em Letras de todo o Brasil. Como aporte terico, da Lingustica Textual, nos fundamentamos nos trabalhos de Apothloz e Chanet (2003), Conte (2003), Francis (2003), Cavalcante (2011); da Nova Retrica, retomamos o clssico tratado de Perelman e Tyteca (2005) sobre a argumentao nos discursos, bem como estudos que corroboram com o trabalho desses autores, tais como Abreu (1999), Reboul (1998), Souza (2003, 2008), dentre outros. Os resultados demonstram que as anforas encapsuladoras empregadas pelos estudantes nos artigos analisados se revelam como um importante recurso na construo de argumentos mobilizados pelos estudos para defenderem certas teses. 32. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Grupo de Pesquisa em Produo e Ensino de Texto II Simpsio Nacional de Texto e Ensino para interlocuo no presencial, objetivamos identificar as prticas letradas demonstradas por graduandos do primeiro perodo em Letras na produo do gnero resenha na esfera acadmica. A pesquisa interpretativista de vis documental fundamentou-se nos estudos sobre letramento e resenha, enquanto evidncia de prticas letradas acadmicas. Os resultados revelam que os sujeitos encontram-se num contexto de transies mltiplas, no qual, prticas escolares e acadmicas se intercruzam. PALAVRAS-CHAVE: Gnero resenha; Ensino superior; Prticas letradas.EXERCITANDO A LEITURA E A PRODUO DOS GNEROS ACADMICOS RESUMO E RESENHA: RELATO DE EXPERINCIA Elisa Cristina Amorim Ferreira Elizabeth Maria da Silva Roberta Andrade Meneses Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)Anais do II Simpsio Nacional de Texto e Ensino28RESUMO: A disciplina Lngua Portuguesa, obrigatria na maioria dos cursos oferecidos na UFCG, objetiva consiste na leitura, anlise e escrita de, pelo menos, quatro gneros acadmicos resumo, resenha, relatrio e artigo. Dentre os cursos para os quais essa disciplina no ofertada, destaca-se o curso de Letras. Supe-se, erroneamente, que os ingressantes nesse curso no apresentam dificuldades em leitura/escrita dos gneros acadmicos. Na verdade, assim como os alunos de outras reas, os que optaram pela rea de lnguas no tm, em geral, experincia com a escrita acadmica. Diante desse contexto, oferecemos, em 2011, um curso sobre leitura e escrita a fim de contribuir com a formao de alunos de Letras, no tocante produo dos gneros acadmicos resumo e resenha. Este trabalho consiste, portanto, em um relato de experincia, cujo objetivo apresentar criticamente o curso supracitado. Os fundamentos tericos apoiaram-se na abordagem sociointeracional dos gneros (BAKHTIN, 1996), na sociorretrica (MILLER, 1984; SWALES, 1990; BAZERMAN, 2006), alm de estudos sobre resumo e resenha (MOTTAROTH & HENDGES, 2010). A metodologia, de natureza interpretativista, segue os procedimentos de relato de experincia. Como resultados, citamos a inegvel dificuldade dos alunos ingressantes na universidade no cumprimento com as demandas referentes s prticas acadmicas. Nesse sentido, entendemos que eles necessitam de orientao que os mobilizem no sentido de incorporarem o discurso cientfico. O curso supracitado representou, desse modo, um diferencial formao dos alunos, tendo em vista que eles ampliaram, notadamente, seu contato com a leitura, a anlise e a produo de gneros acadmicos. PALAVRAS-CHAVE: Leitura e escrita; Gneros acadmicos; Relato de experincia.A ESCRITA DE PROJETOS DE PESQUISA: UMA ANLISE DA VISO DISCENTE Elizabeth Maria da Silva Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) RESUMO: Pesquisas e experincias docentes tm evidenciado que a maioria dos recmingressos no nvel superior demonstra dificuldades na produo de textos acadmicos. Nesse sentido, faz-se necessrio ensinar-lhes a escrita como uma prtica situada na comunidade acadmica, considerando os seus conhecimentos prvios e as suas necessidades (CINTRA & PASSARELI, 2008), conforme previsto nos estudos do ensino de Lngua Portuguesa para fins especficos (TORRES, 2005; VIAN JNIOR, 2006; 33. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Grupo de Pesquisa em Produo e Ensino de Texto II Simpsio Nacional de Texto e Ensino RAMIRES, 2007; CINTRA & CARREIRA, 2007). nessa perspectiva que se insere este trabalho, cujo principal objetivo o de analisar a percepo de graduandos em Matemtica quanto metodologia utilizada para a abordagem do gnero projeto de pesquisa. Para isso, so analisadas respostas dadas por esses discentes a um questionrio, aplicado um ano aps terem cursado o componente curricular Leitura e Produo de Textos Acadmicos II. Tais respostas evidenciam uma viso favorvel dos alunos em relao s aes realizadas para a escrita do projeto, as quais favoreceram o aprimoramento do texto que estavam escrevendo e podero lhes ajudar no momento da elaborao do Trabalho de Concluso do Curso (TCC). Essa avaliao dos graduandos confirma a produtividade de se pensar o planejamento didtico de disciplinas de natureza instrumental, segundo as necessidades acadmicas do pblico-alvo para o qual ministrada. PALAVRAS-CHAVE: escrita acadmica; projeto de pesquisa; viso discente.DIALOGISMO E ARGUMENTAO NA ESCRITA ACADMICA: AS TCNICAS ARGUMENTATIVAS EM MONOGRAFIAS DE GRADUAO Elvis Alves da Costa Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)PALAVRAS-CHAVE: Dialogismo; Tcnicas argumentativas; Monografia.CONSTITUIO DE ESCRITA: UM PROCESSO DE IMPLICAO COM O SABER Elza Maria Silva de Arajo Alves Sulemi Fabiano Campos Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) RESUMO: Este trabalho fruto de uma pesquisa que est sendo realizada pelo Programa de Ps-Graduao no Estudo da Linguagem PpgEL da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e pelo Grupo de Pesquisa em Estudos do Texto e do Discurso GETED do Departamento de Letras da UFRN. A questo que norteia este trabalho : como se constitui a escrita do pesquisador ao mobilizar uma teoria no processo de elaborao do29Anais do II Simpsio Nacional de Texto e EnsinoRESUMO: Este trabalho tem por objetivo analisar as tcnicas argumentativas utilizadas pelos autores na construo de hipteses e/ou questes centrais de pesquisa nas justificativas das monografias do curso de Cincias Econmicas. Para tanto, constitumos um corpus formado por cinco justificativas de monografia de graduao do curso de Cincias Econmicas do CAMEAM/UERN, elaboradas pelos concluintes do semestre 2007.2 e 2008.1. Para o estudo em questo, discorremos sobre algumas teorias que nos sero imprescindveis para esta anlise, a saber: o dialogismo em Bakhtin (2006), bem como os postulados tericos de Brait (1997) e, especialmente, as discusses de Perelman e Tyteca (2005), Perelman (2004), Reboul (2004), Souza (2008), acerca da argumentao no discurso. Os resultados apontam que os autores ao defenderem a pertinncia e a aplicabilidade do seu trabalho utilizam em suas justificativas, teses axiais baseadas na estrutura do real, o que nos permite levantar a hiptese de que o prprio gnero exige uma argumentao que trabalhe com relaes de sucesso (causa/efeito, causa/finalidade/impactos/conseqncias). Alm disso, constatamos que, na maioria dos casos, as tcnicas de ancoragem que os autores utilizam em suas justificativas so as mesmas que atuam como axiais. Esperamos, dessa forma, contribuir com as discusses sobre o dialogismo bakhtiniano, bem como, com o papel da argumentao na construo de sentido do texto monogrfico. 34. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Grupo de Pesquisa em Produo e Ensino de Texto II Simpsio Nacional de Texto e Ensino trabalho de pesquisa? Para respond-la nos utilizamos do aparato terico de AuthierRevuz (2004), no que concerne a heterogeneidade enunciativa, mais precisamente das formas da modalizao autonmica que vo da descrio interpretao, local onde se abrem as fronteiras para a heterogeneidade constitutiva, e consequentemente para a subjetividade. Nossa hiptese a de que, ao confrontar textos de diferentes pesquisas, podemos verificar, por meio da materialidade lingustica, se os pesquisadores se encontram implicado com o saber, se a pesquisa tende a produzir conhecimento. Temos como objetivos: i) verificar como conceitos tericos so utilizados em duas pesquisas: uma defendida em 1989, e outra defendida em 2000; ii) observar na escrita do pesquisador se h indcios de implicao com o saber. Os dados analisados foram selecionados a partir de um levantamento de dissertaes de mestrado produzidas em diferentes programas de PsGraduao do Brasil, disponveis no Portal Domnio Pblico CAPES e do acervo da Biblioteca da Faculdade de Filosofia USP. PALAVRAS-CHAVE: Constituio de escrita; Heterogeneidade enunciativa; Mobilizao de conceitos.A ANLISE TEXTUAL DOS DISCURSOS: A (NO) ASSUNO DA RESPONSABILIDADE ENUNCIATIVA NO GNERO ACADMICO Emiliana Souza Soares Fernandes Maria das Graas Soares Rodrigues Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)Anais do II Simpsio Nacional de Texto e Ensino30RESUMO: O trabalho a ser apresentado constitui parte de nossa dissertao de mestrado. Esta pesquisa insere-se nos estudos da Anlise Textual dos Discursos (doravante ATD), elaborada pelo linguista J-M Adam e desenvolvida, atualmente, por estudiosos brasileiros no contexto da Lingustica do Texto. A ATD constitui uma perspectiva terica e descritiva do campo da Lingustica Textual que se preocupa com um posicionamento terico e metodolgico situado no quadro mais amplo da Anlise do Discurso. Neste estudo, investigamos no nvel enunciativo do texto, a responsabilidade enunciativa em 14 exemplares do gnero acadmico artigo cientfico, publicados na Revista Ao P da Letra e escritos por estudantes universitrios da Graduao de Letras. A pesquisa orientada a partir dos estudos sobre responsabilidade enunciativa de Adam (2008, 2010), de Rabatel (2009), de Rodrigues (2010), de Guentchva (1994), da perspectiva da heterogeneidade discursiva de Authier-Revuz (2004). Foi estabelecido, como objetivo geral, analisar a ocorrncia da (no) assuno da responsabilidade enunciativa no gnero acadmico artigo cientfico. Na metodologia caracterizamos o referido gnero e as abordagens de gneros desenvolvidas por Bakhtin (1992), por Bazerman (2005) e por Marcuschi (2005). A anlise seguiu o paradigma qualitativo de base interpretativista. As concluses revelam, portanto, que os excertos do gnero discursivo usado para apresentar a anlise tm uma natureza prpria de utilizao do discurso de diversas fontes do saber que muitas vezes podem ser (no) assumidas pelo enunciador. PALAVRAS-CHAVE: Responsabilidade enunciativa; Gnero acadmico; Artigo cientfico.APRENDENDO A RESENHAR NA UNIVERSIDADE: EXPERINCIA DE MONITORIA DE PROJETOS DA GRADUAO Eryck Dieb Souza Universidade Federal do Cear (UFC) 35. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Grupo de Pesquisa em Produo e Ensino de Texto II Simpsio Nacional de Texto e Ensino RESUMO: Este estudo analisa os resultados de um projeto de iniciao docncia inserido na ideao da monitoria de projetos da graduao, da pr-reitoria de graduao da UFC. Neste projeto, trabalhamos com o ensino de produo de gneros acadmicos para fins especficos por alunos de diversos cursos da universidade. Para o presente trabalho, no entanto, analisamos a produo do gnero resenha pelos referidos alunos, procurando observar quais os padres de distribuio de informaes que eles mantinham na prtica da aprendizagem desse gnero de graduao. Utilizamos como fundamentao terica o estudo dos movimentos retricos que compem os gneros acadmicos a partir dos aspectos prototpicos sugeridos por Swales (1990) e adaptados por Motta-Roth (1995), Arajo (1996) e Bezerra (2001) para o gnero resenha. Com base nessa perspectiva, o corpus foi coletado em um minicurso ofertado a 15 alunos da cidade de Beberibe, litoral leste do Cear, na qual se situa um polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB) com cursos semi-presenciais pela Universidade Federal do Cear e pela Universidade Estadual do Cear. A partir do minicurso, desenvolvido como atividade da bolsa de Iniciao Docncia, utilizamos 15 resenhas elaboradas pelos alunos que dele participaram a fim de desenvolvermos nossa anlise. O exerccio analtico das resenhas nos permite discutir sobre alguns aspectos relacionados ao processo de aprendizagem desse gnero, como a ausncia de alguns movimentos retricos, comumente, praticados na resenha acadmica. Assim, conclumos que as ausncias de determinados movimentos retricos percebidas nas resenhas no seguem esquemas diferentes e nem so consideradas gneros distintos, mas apenas ressaltam que tais textos so produzidos em situaes didticas de aprendizagem. PALAVRAS-CHAVES: Gneros acadmicos; Aprendizagem; Resenha.Glenio Artur de Souza Bessa Crgina Cibelle Pereira Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) RESUMO: Levando em considerao que nos ltimos tempos os estudos a respeito dos gneros acadmicos tem sido preocupao de muitos estudiosos, e, particularmente, essa preocupao tem recado sobre a organizao retrica do gnero, nosso trabalho cumpre estudar, identificar, descrever e interpretar a organizao retrica de introdues dos relatrios de estgio selecionados para composio do corpus de nossa pesquisa, por considerarmos que nessa seo do texto so apresentados aspectos relevantes de toda a produo e que permite ao leitor um primeiro contato com o que ser abordado na produo. Para tanto, trazemos como aporte terico os estudos de Swales (1990 apud BIASI-RODRIGUES, 2009 e HEMAIS & BIASI-RODRIGUES, 2005), e ainda algumas abordagens para o gnero encontradas nos estudos de Bakhtin (2001), Bronckart (1999) e Marcuschi (2003) e (2008). Ademais, nossa anlise tem como foco principal trabalhar com os trs movimentos (moves) propostos pela teoria de Swalles: (i) estabelecer o territrio, (ii) estabelecer o nicho e (iii) ocupar o nicho; e consequentemente com seus passos (steps). A anlise permitiu-nos constatar que as introdues so divergentes na sua forma/estrutura embora carreguem o mesmo propsito comunicativo. Alm do mais, algumas delas no apresentam todos os passos presentes no movimento e esses quando presentes mostramse fora de ordem. Portanto, as anlises que aqui foram realizadas, nos oferecem suporte para concluirmos que as introdues apresentam restries com relao a sua construo, por no apresentarem uma padronizao no que se refere organizao retrica.31Anais do II Simpsio Nacional de Texto e EnsinoO TEXTO NA ESFERA ACADMICA: UM ESTUDO DA ESTRUTURA RETRICA EM INTRODUES DE RELATRIOS DE ESTGIO DO CURSO DE LETRAS 36. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Grupo de Pesquisa em Produo e Ensino de Texto II Simpsio Nacional de Texto e Ensino PALAVRAS-CHAVES: Gneros Acadmicos. Organizao Retrica. Relatrio de Estgio.A ESCRITA NO CURSO DE LETRAS: A RELEVNCIA DA MEDIAO PARA A CONSTITUIO DA AUTORIA EM TEXTOS DE ALUNOS Hubenia Morais de Alencar Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)Anais do II Simpsio Nacional de Texto e Ensino32RESUMO: Este trabalho parte da nossa pesquisa de doutorado, cujo foco a produo textual de alunos no curso de Letras da UERN, com o propsito de analisar a escrita em seu carter processual, a partir da mediao da professora. Temos interesse em saber como os alunos significam os apontamentos/encaminhamentos feitos pela professora em seus textos e de que forma essas orientaes aparecem na reorganizao textual. Buscaremos refletir sobre a autoria dos textos desses sujeitos, no sentido de neles perceberem a voz do outro e imprimir-lhes a prpria voz. Nosso estudo respalda-se numa anlise dialgica do discurso, norteando-se teoricamente nas ideias do Crculo de Bakhtin. Portanto, recorreremos s obras de Bakhtin/Volochnov/Medvidev (2003; 2008; 2010; 2012) e seus estudiosos (FARACO, 2009; BEZERRA, 2008; PONZIO, 2010; GERALDI, 2010; OLIVEIRA, 2008, dentre outros), principalmente, nas suas orientaes sobre dialogismo, exotopia, autor e autoria. Os dados foram constitudos em situao de ensino, envolvendo professora/pesquisadora e alunos do 5 Perodo de Letras/UERN, inscritos na disciplina Didtica da Lngua Portuguesa. Para tanto, houve a aplicao de um questionrio aberto; discusso de textos; (re)escrita de um artigo. Os resultados tm nos mostrado que grande parte dos alunos, apesar de j ter cursado as principais disciplinas que instrumentalizariam sua prtica de produo textual no curso, enquanto aluno, e embasariam teoricamente o seu fazer nas escolas, enquanto professor, declara-se despreparada para trabalhar a produo textual em sala de aula. Alm disso, sua escrita reveladora da dificuldade que os alunos tm ao produzirem um texto, tanto no aspecto formal quanto no aspecto discursivo. PALAVRAS-CHAVE: Ensino; Escrita; Mediao; Exotopia. Autoria.UMA ANLISE DAS MARCAS IDEOLGICO-DISCURSIVAS NO TEXTO ACADMICO: UM OLHAR SOBRE A SEO DAS JUSTIFICATIVAS EM PROJETOS DE MONOGRAFIAS Ivoneide Aires Alves do Rgo Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) RESUMO: O texto acadmico tem se configurado como objeto de estudo das mais variadas reas de pesquisa a respeito da linguagem e tem despertado o interesse de pesquisadores que levam em considerao a especificidade e cientificidade do texto acadmico. Autores como Motta-Roth (2008), Arajo (2008) e Bezerra (2009) tem se destacado no Brasil na realizao de pesquisas que tratam da anlise de textos acadmicos tomando por base o modelo CARS desenvolvido por Swales, o qual prima pela disposio das informaes que so utilizadas na construo do texto. Nesse caso, o objetivo dessa pesquisa foi realizar uma anlise de textos acadmicos, mais precisamente a seo de justificativas de projetos de pesquisa de alunos do Curso de Letras Lngua Espanhola do CAMEAM/UERN. Centramos nossa investigao nos mecanismos retricos de disposio das informaes que justificam os projetos de pesquisa atentando para a averiguao das marcas ideolgicodiscursivas dos alunos da graduao. Para tanto, foram escolhidos projetos de alunos das trs turmas que j concluram, sendo estes codificados e separadas amostras por sorteio, logo depois foi feita a identificao da disposio das informaes e classificadas em unidades e subunidades retricas baseadas no modelo CARS. O resultado das anlises 37. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Grupo de Pesquisa em Produo e Ensino de Texto II Simpsio Nacional de Texto e Ensino mostrou a incidncia da disposio das informaes que compem a justificativa dos projetos, essas informaes puderam ser agrupadas em unidades retricas, as quais apresentaram ainda as marcas ideolgico-discursivas que, esto vinculadas ao contexto histrico, social e poltico vivenciado pelos alunos da graduao, se configurando na base de sua formao ideolgico-discursiva. PALAVRAS-CHAVE: Texto acadmico; Unidade retrica; Marcas ideolgico-discursivas.PROBLEMAS COESIVOS NA PRODUCAO TEXTUAL: UMA REFLEXAO SOBRE ATIVIDADES DE ESCRITA DOS ALUNOS DE LETRAS Joo Irineu de Franca Neto Andra Costa Bhler Universidade Estadual da Paraba (UEPB)PALAVRAS CHAVES: Produo Textual; Coeso; Sentido.OS DIFERENTES TIPOS DE REPRESENTAO DE FALA COMO MARCAS DA RESPONSABILIDADE ENUNCIATIVA EM ARTIGOS CIENTFICOS Jorge Luis Queiroz Carvalho Rosngela Alves dos Santos Bernardino Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) RESUMO: Este trabalho tem como objetivo investigar como os estudantes de graduao em Letras assinalam a responsabilidade enunciativa daquilo que dizem em artigos cientficos por eles produzidos. Para isso, ancoramos nossos estudos na Anlise Textual dos Discursos (ATD), tal como ela pressuposta por Adam (2008), considerando tambm os estudos de Passeggi et al (2008) e de Rodrigues, Passeggi & Silva Neto (2010) sobre esse campo terico, alm das consideraes de Coltier, Dendale & Brabanter (2009) e Rabatel (2009) acerca a responsabilidade enunciativa. Para este trabalho, delimitamos como foco de anlise a categoria dos diferentes tipos de representao de fala, recorrendo aos estudos de Bakhtin (2006), de Maingueneau (1996; 2002) e de Boch & Grossmann (2002). Nosso corpus se constitui de 10 artigos cientficos produzidos por estudantes de Letras publicados em um evento cientfico da rea de Letras. A anlise mostra que o estudante de