anais do ii colÓquio do geppele

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Fortaleza, Ceará, 21 e 22 de novembro de 2013 Campus do Benfica da Universidade Federal do Ceará ANAIS DO II COLOQUIO DO GEPPELE Cícero A. A. Miranda Tatiana S. Alves Gerlylson R. Santos (org.) Fortaleza 2013

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Resumos, mesas-redondas e artigos completos do evento.

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  • 1. Fortaleza, Cear, 21 e 22 de novembro de 2013 Campus do Benfica da Universidade Federal do CearANAIS DO II COLOQUIO DO GEPPELECcero A. A. Miranda Tatiana S. Alves Gerlylson R. Santos (org.)Fortaleza 2013

2. II Colquio do GEPPELE Polticas Lingusticas e Formao de professores de E/LE: Saberes e Fazeres no BrasilANAISCcero A. A. Miranda Tatiana S. Alves Gerlylson R. Santos (org.)Organizao:Realizao:Apoio: 3. APRESENTAOOGEPPELE (Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino de Formao de Professores de Lngua Espanhola) um grupo de estudo e pesquisa ligado aoCNPQ e tambm um Programa de Extenso da UFC. Temos como pblico alvo alunos graduandos e/ou ps-graduados em Letras/Espanhol e professores de lngua espanhola. Objetivamos promover o encontro entre profissionais que j atuam e aqueles que esto em processo de formao em ensino de lngua espanhola, de forma que nessa interao possam ser levados e estimulados a refletir a respeito de sua prtica, bem como acerca dos sujeitos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem e sobre a relevncia de sua atuao no e para o contexto educacional brasileiro. Nesse sentido, o GEPPELE tem como objetivo manter um espao de discusso em torno da formao de professores de Lngua Espanhola e do ensino e aprendizagem desse idioma, nas escolas, cursos e universidades brasileiras. Vale ressaltar que o grupo conta, em novembro de 2013, com mais de cem participantes, em todas as aes que desenvolvem, cujas atividades detalhamos a seguir. Projeto MOVE Movimentando o Espanhol: vinculado ao programa de Extenso GEPPELE, atravs de suas aes de informaes tm o intuito de combater a evaso dos alunos dos Cursos de Letras-Espanhol da UFC, atravs de vrias atividades informadoras, tais como: Palestras de Recepo de Novos Alunos, Elaborao e veiculao de um Manual do Estudante de Letras Espanhol Diurno e Noturno, a manuteno de um Blog como canal de informao e marketing do projeto e a realizao de Pesquisa de Satisfao e Necessidades dos alunos para a melhoria do curso. Projeto TMIS DA CINCIA: O projeto prev a integrao com outras atividades j desenvolvidas, no mbito dos cursos de Letras da UFC, que tm sofrido com a evaso de seus cursos, entre outras razes pela desinformao dos alunos das possibilidades de sua formao, inclusive voltada para a pesquisa. Dentro de suas atividades, o projeto promove a realizao de encontros entre os alunos, atravs das aes integrativas de estudos dirigidos, realizados pelo GEPPELE, atravs da plataforma SOLAR, seleo de trabalhos para a publicao em peridicos e revistas, divulgao da formao junto aos alunos das linhas de pesquisa e as vrias modalidades de investigao possveis na formao de Letras, com campanhas publicitrias internas ao campus 4. do Benfica e UFC Virtual; palestras de professores do curso; apresentando as possibilidades de formao e atuao no mercado de trabalho; realizao de pesquisas de satisfao e necessidades dos alunos para a melhoria do curso, no que diz respeito formao para a cincia. Grupo de estudo online: Trata-se de um Frum permanente de discusso no qual, os debates dos textos disponibilizados para estudo so realizados com o apoio do Instituto UFC Virtual atravs da Plataforma SOLAR (Sistema On-line de Aprendizagem). Os textos ficam em um espao de, no mnimo, 10 dias cada um e a mediao feita por um dos membros ou professores colaboradores do projeto. Deste grupo, participam professores cuja contribuio inestimvel, pois contribuem com sua especializao para consideraes que s elevam o nvel das discusses. Fazem parte dele: Beatriz Furtado Alencar UFC, Germana Cruz UFC, Klvya Freitas IFSPE, Lucineudo Machado UERN, Mrcia Ferreira UERN, Regiane Cabral de Paiva UERN, Valdnia Falco UFC, Tatiana Carvalho UERN, Lvia Baptista UFC. Revista Eletrnica do GEPPELE Todas essas atividades tm gerado uma produo cientfica sobre as leituras e publicaes realizadas pelos participantes do grupo. No ano de 2011, com a realizao do I Colquio do grupo, publicamos os textos produzidos no encontro. Este ano, dada a necessidade de abrir mais um espao para a discusso e divulgao das pesquisas da rea de espanhol, realizamos o lanamento da Revista Eletrnica do GEPPELE. O peridico possui publicao semestral e tem o objetivo de publicar textos originais e inditos de professores, pesquisadores, alunos (vinculados graduao ou ps-graduao) e professores da rede pblica e particular cujas pesquisas e trabalhos acadmicos tratem de questes relacionadas ao ensino de Espanhol como lngua estrangeira, polticas lingusticas e formao de professores de E/LE. Somada a todas essas aes, bienalmente, realizamos o Colquio do GEPPELE, que est em sua segunda edio, reunindo, mais uma vez pesquisadores de vrias partes do pas. Estes so os anais do evento, que inclui os resumos das apresentaes orais e psteres, os trabalhos completos de alguns desses trabalhos e os resumos das comunicaes realizadas em mesa-redonda e palestras. Esperamos, com o material produzido no encontro, contribuir com a ampliao da discusso em torno das duas principais linhas da atuao do GEPPELE: a formao de professores e o ensino e aprendizagem de Lngua Espanhola. Tenham todos uma excelente leitura! Ccero Miranda 5. COMISSESCoordenao Geral Ccero Anastcio Arajo de Miranda UFCComit Organizador Lucineudo Machado UERN Germana Cruz UFC Valdnia Falco UFCComisso Cientfica Ana Lourdes Fernndez UFPelotasLvia Baptista UFCAna Mariza Benedetti UNESPLucineudo Machado UERNBeatriz Furtado Alencar UFCMasslia Dias UFCCcero Miranda UFCMrcia Ferreira UERNCristiano Silva de Barros - UFMGMaria Luisa Ortiz UNBElena Godoi UFPRNeide Gonzlez USPElzimar Costa UFMGRegiane Cabral de Paiva - UERNGermana Cruz UFCSimone Rinaldi UELGretel Fernndez USPValdnia Falco UFCKlvya Freitas IFPETatiana Carvalho UERNEquipe de monitores: Tatiana Alves, Jssika Brasil, Livya Pereira, Elisangela Silva, Gerlylson Rubens, Lcio Gondim, Geise Castro, Luiz Amorim. 6. EXPEDIENTEUniversidade Federal do Cear Universidade Federal do CearReviso geral Ccero Miranda Reviso de texto Gerlylson Rubens dos Santos Silva Ccero Miranda Projeto editorial GEPPELE Projeto grfico e diagramao Ccero Miranda Ficha Catalogrfica: Lucineudo Machado Capa: GEPPELEMIRANDA, C. A. A; ALVES, T. S.; SANTOS, G. R. Anais do II Colquio GEPPELE: novos rumos na formao do professor de espanhol polticas lingusticas e ensino de E/LE na escola. Departamento de Letras Estrangeira DLE / Universidade Federal do Cear. Fortaleza, Novembro de 2011. CD-ROM Textos em portugus e espanhol Inclui referencias ISSN: 2237-8979 Formao de professores de espanhol Colquios. II. MIRANDA, C. A. A; II. ALVES, T. S.;III. SANTOS, G. R. 7. 8SUMRIO RESUMOS TTULOPG.A DURAO COMO CORRELATO ACSTICO DO ACENTO DE PALAVRA NO PORTUGUS BRASILEIRO E NO ESPANHOL E O ENSINO DE SUPRASEGMENTAIS.........................................................................................................13A INFLUNCIA DA CULTURA NO PROCESSO DE AQUISIO DO ESPANHOL COMO LNGUA ESTRANGEIRA ...................................................14A LITERATURANO ENSINO DE ESPANHOL COMO LNGUA ESTRANGEIRA: O CONTO COMO RECURSO DIDCTICO............................15ANLISE DA ABORDAGEM DA VARIAO LINGUSTICA DIATPICA NO LIVRO DIDTICO SNTESIS 1.....................................................................................16ANLISE DO COMPONENTE CULTURAL NA COLEO DIDTICA INTERACCIN EN ESPAOL17ANLISIS DE MATERIAL DIDCTICO: LIBRO ESPAOL EN MARCHA18A PRODUO DE MATERIAIS DIDTICOS DE ELE PELO PROFESSOR E SUA IMPORTNCIA NA SALA DE AULA19AS NOVAS TECNOLOGIAS COMO FERRAMENTAS DE APRENDIZAGEM: O USO DO COMPUTADOR E DA INTERNET NO ENSINO DE LNGUA ESPANHOLA20AS REPRESENTAES DE LNGUA DOS ALUNOS CONCLUEDENTES DO CURSO DE LETRAS ESPANHOL: UMA ANLISE DO COMPONENTE LEXICAL21ANLISE DOS FOOTINGS EMPREGADOS PELOS MODERADORES PRESENCIAIS E VIRTUAIS EM GRUPOS DE ESTUDO.........................................22A ORGANIZAO POLTICA DAS MINORIAS TNICAS COMO TEMA TRANSVERSAL NAS AULAS DE E/LE.....................................................................23Os TRABALHOS aqui apresentados so de inteira responsabilidade dos autores, ficando, portanto, a equipe organizadora dos Anais isenta de qualquer responsabilidade decorrente da reviso e do contedo dos textos publicados. Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 8. 9APRENDIZAGEM DE ESPANHOL COMO LNGUA ESTRANGEIRA POR MEIO DE MIDIAS DIGITAIS ......................................................................................24A TEMTICA DA INCLUSO NA GRADE CURRICULAR DA FORMAO DE PROFESSORES DE E/LE........................................................................................25AVALIAO E FORMAO DE PROFESSORES DE ELE..................................26ENSINO DE ESPANHOL A DISTNCIA: REFLEXES SOBRE O ENSINOAPRENDIZAGEM DA PRODUO ORAL ...............................................................27EL USO DEL LIBRO DIDTICO COMO AUXILIO EN LA SALA DE CLASE DE ELE28HISTRIAS, VIDAS E CAMINHOS DIFERENTES: REFLEXES SOBRE O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM EM LNGUA ESPANHOLA NA EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS EJA NA PERSPECTIVA DA APRENDIZAGEM COLABORATIVA ....................................................................29O ENSINO DA HABILIDADE ORAL EM CLASSES DE ESPANHOL COMO LNGUA ESTRANGEIRA ............................................................................................30O ESTUDO DA LNGUA ESPANHOLA APLICADA AO PROFISSIONAL DE TURISMO .....................................................................................................................31OPINIO DE GRADUANDOS EM LETRAS ESPANHOL SOBRE PESQUISA E FORMAO ACADMICA .......................................................................................32OS OBJETOS EDUCACIONAIS DO BANCO INTERNACIONAL DE OBJETOS EDUCACIONAIS (BIOE) COMO RECURSOS AUXILIADORES NA COMPOSIO DAS AULAS DE LNGUA ESPANHOLA .......................................33PLANEJAMENTO E AVALIAO: UM OLHAR CRTICO DA PRTICA DOCENTE DE E/LE NA EDUCAO BSICA........................................................34POTENCIAL DAS AES DE INFORMAO DO PROJETO MOVE NO COMBATE EVASO NOS CURSOS DE LETRAS ESPANHOL ..........................35PRTICAS DE LEITURA E ESCRITA EM LE: O PERFIL DE ALUNOS DO ENSINO MDIO TECNOLGICO ...........................................................................36PROJETO FOCOELE: DESAFIOS E CAMINHOS DA FORMAO CONTINUADA .............................................................................................................37QUESTES DE INTERCULTURALIDADE NAS AULAS DE ESPANHOL Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 9. 10COMO LNGUA ESTRANGEIRA: REFLEXES SOBRE AS PRTICAS DE UM PROFESSOR INTERCULTURAL ................................................................................38RELATOS DE EXPERINCIA DOCENTE DE ELE A DISTNCIA .....................39REPRESENTAES SOBRE LNGUA ESPANHOLA POR ALUNOS INICIANTES DO CURSO DE LNGUA ESPANHOLA: UMA SISTEMATIZAO DE SIGNIFICADOS ..................................................................40TIRAS EM QUADRINHO: UMA ANLISE NA PERSPECTIVA DA MULTIMODALIDADE E DO LETRAMENTO CRTICO E VISUAL ......................41YO, T, L: OS PRONOMES SUJEITO E A FORMAO DE PROFESSORES DE ESPANHOL ............................................................................................................42Y USTED? Y USTED? QUANDO OS USOS NO CORRESPONDEM S EXPLICAES TRADICIONAIS ..........................................................................43ARTIGOS COMPLETOS TtuloPg.A INFLUNCIA DA CULTURA NO PROCESSO DE AQUISIO DO ESPANHOL COMO LNGUA ESTRANGEIRA.......................................................... A LITERATURANO ENSINO DE ESPANHOL COMO ESTRANGEIRA: O CONTO COMO RECURSO DIDCTICO45LNGUA57ANLISE DA ABORDAGEM DA VARIAO LINGUSTICA DIATPICA NO LIVRO DIDTICO SNTESIS 1 ...................................................................................69ANLISE DOS FOOTINGS EMPREGADOS PELOS MODERADORES PRESENCIAIS E VIRTUAIS EM GRUPOS DE ESTUDO .........................................85APRENDIZAGEM DE ESPANHOL COMO LNGUA ESTRANGEIRA POR MEIO DE MIDIAS DIGITAIS ......................................................................................103AS NOVAS TECNOLOGIAS COMO FERRAMENTAS DE APRENDIZAGEM: O USO DO COMPUTADOR E DA INTERNET NO ENSINO DE LNGUA ESPANHOLA119ENSINO DE ESPANHOL COMO LNGUA ESTRANGEIRA A DISTNCIA:128Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 10. 11REFLEXES SOBRE O ENSINO/APRENDIZAGEM DA PRODUO ORAL. HISTRIAS, VIDAS E CAMINHOS DIFERENTES: REFLEXES SOBRE O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM EM LNGUA ESPANHOLA NA EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS EJA NA PERSPECTIVA DA APRENDIZAGEM COLABORATIVA .....................................................................140OS OBJETOS EDUCACIONAIS DO BANCO INTERNACIONAL DE OBJETOS EDUCACIONAIS (BIOE) COMO RECURSOS AUXILIADORES NA COMPOSIO DAS AULAS DE LNGUA ESPANHOLA .......................................155PLANEJAMENTO E AVALIAO: UM OLHAR CRTICO DA PRTICA DOCENTE DE E/LE NA EDUCAO BSICA........................................................170PRTICAS DE LEITURA E ESCRITA EM LE: O PERFIL DE ALUNOS DO ENSINO MDIO TECNOLGICO ..............................................................................185RELATOS DE EXPERINCIA DOCENTE DE ELE A DISTNCIA ........................201REPRESENTAES SOBRE LNGUA ESPANHOLA POR ALUNOS INICIANTES DO CURSO DE LNGUA ESPANHOLA: UMA SISTEMATIZAO DE SIGNIFICADOS ..................................................................214POTENCIAL DAS AES DE INFORMAO DO PROJETO MOVE NO COMBATE EVASO NOS CURSOS DE LETRAS ESPANHOL ..........................226Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 11. 12RESUMOS Grupos de trabalhos GTAnais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 12. 13A DURAO COMO CORRELATO ACSTICO DO ACENTO DE PALAVRA NO PORTUGUS BRASILEIRO E NO ESPANHOL E O ENSINO DE SUPRASEGMENTAISLetnia Ferreira FACEPE/UFPEEstudos mostram que a durao um correlato acstico importante para a expresso do acento de palavra tanto no Portugus como no Espanhol (MAJOR, 1995; MASSINI, 1991; QUILIS, 1983; ORTEGA, 2006, entre outros). No presente estudo perguntamos, porm, se o papel da durao como correlato de slabas tnicas e tonas segue os mesmos padres em ambas as lnguas ou se o comportamento desse parmetro acstico indica diferentes tendncias entre o Portugus e o Espanhol. Para verificar se o mecanismo de contraste entre slabas tnicas e tonas nessas duas lnguas funciona da mesma maneira analisamos a durao como correlato acstico do acento de palavra. Medimos a durao de determinadas slabas em posio tona e comparamos com a posio tnica, total 1152 palavras. Os resultados mostram que, embora o aumento na durao esteja significativamente associado s slabas acentuadas em ambos idiomas notvel o comportamento mais uniforme e robusto da durao no Portugus tanto com relao variao entre sujeitos quanto com relao s caractersticas intrnsecas dos segmentos.Os resultados trazem uma contribuio fundamental para o Ensino do Espanhol a falantes nativos de Portugus. Metodologias recentes no de ensino de Lnguas Estrangeiras defendem o aprendizado das caractersticas supra-segmentais para promover mais autonomia na comunicao e inteligibilidade. Faz-se necessria a melhor compreenso de como operam as caractersticas prosdicas desses idiomas tanto por parte de alunos como de professores. O incentivo ao aprendizado de supra-segmentais pede a disponibilizao de informao sobre as caractersticas dessas lnguas. crucial a incluso no material didtico de atividades e exerccios que incentivem a prtica e o conhecimento tanto explicito como implcito dessas caractersticas.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 13. 14A INFLUNCIA DA CULTURA NO PROCESSO DE AQUISIO DO ESPANHOL COMO LNGUA ESTRANGEIRANatan Gonalves Fraga Universidade Regional de BlumenauO tema analisado nesse artigo trata-se da funo que os aspectos culturais tm no processo de aquisio da Lngua Espanhola como Lngua Estrangeira, e tambm da influncia do imaginrio que os alunos tem nesse processo de aquisio do Espanhol. O objetivo dessa pesquisa a de compreender o papel da cultura da lngua estudada, tanto no processo de aquisio dessa lngua, como no imaginrio do aluno. Para tanto, a pesquisa realiza uma anlise bibliogrfica-documental onde busca discutir com autores como Saussure (1976), Chomsky (1996) e Revuz (2001). feita uma anlise sobre a concepo de lngua e sua relao com a cultura; sobre o processo de aquisio da lngua materna e estrangeira; e sobre a influncia do imaginrio que se tem sobre essa lngua estrangeira no processo de aquisio da mesma. Para isso apresentado uma pesquisa que tem como pblico especfico alunos brasileiros que estudam a Lngua Espanhola como Lngua Estrangeira. Ao decorrer das anlises essa pesquisa evidencia que a lngua uma construo social e que por isso lngua e cultura so indissociveis. Ademais, que o trabalho com os aspectos culturais em sala de aula uma maneira de romper qualquer viso errnea e eliminar preconceitos e esteretipos construdos no imaginrio do aluno para que haja um resultado efetivo no processo de ensinoaprendizagem da lngua estrangeira. Conclui-se que a influncia cultural fundamental no aprendizado da lngua, pois atravs da cultura que se compreende melhor a forma de pensar e ser da sociedade falante da lngua estrangeira.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 14. 15A LITERATURANO ENSINO DE ESPANHOL COMO LNGUA ESTRANGEIRA: O CONTO COMO RECURSO DIDCTICOLuma Almeida De Freitas (UFC) Jos Victor Melo de Lima (UFC) Maria Valdnia Falco Do Nascimento (Orientadora/UFC)Considerando que o desenvolvimento da competncia leitora em uma lngua estrangeira fundamental para formao de sujeitos crticos e a democratizao da cultura, no presente trabalho, objetivamos refletir sobre o uso do gnero conto para o desenvolvimento da compreenso leitora de alunos de espanhol como lngua estrangeira. Com esse fim, analisaremos a experincia vivida no projeto Encontros de Leitura, desenvolvido pela monitora das disciplinas iniciais de Espanhol: Lngua e Cultura do Curso de LetrasEspanhol da Universidade Federal do Cear durante o segundo semestre de 2013. Decidimos pela utilizao do gnero conto por este ser uma narrativa curta e por em geral trabalhar temticas cotidianas, alm de j haver uma tradio do uso de textos literrios como recurso didtico para o ensino de lnguas estrangeiras. Vale ressaltar que se trata de uma mostra de lngua real, o que est de acordo com a proposta de ensino comunicativo de LE. Fundamentamo-nos no trabalho de pesquisadores como Cestaro (2009), Llosa (2009) e Sampaio (2005) que destacam como os textos literrios podem ser usados para estimular o prazer pela leitura e consequentemente como ferramenta para ajudar o aluno a desenvolver sua competncia leitora, uma vez que com esse tipo de narrativa possvel trabalhar mltiplos aspectos, como os socioculturais, lingusticos, literrios, etc., alm de ser uma maneira de familiarizar o aluno com textos que possuem um maior grau esttico em sua elaborao. Os resultados parciais demonstram que os alunos da monitoria mostram-se bastante receptivos ao trabalho proposto.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 15. 16ANLISE DA ABORDAGEM DA VARIAO LINGUSTICA DIATPICA NO LIVRO DIDTICO SNTESIS 1Isabel Maria Da Franca (UFC) Suzane Hensley Pessoa Oliveira (UFC) NeylaDenize de Sousa Soares (UFC)El proceso de enseanza y aprendizaje de una lengua extranjera requiere mucho ms que una simple comprensin y reconocimiento de las palabras, reglas gramaticales, cuestiones relativas al lxico, a la fonologa, a la morfologa y a la sintaxis. Ms que eso, requiere tambin un conocimiento cultural, histrico y social de ese idioma. Con el fin de reflexionar sobre el enfoque adoptado sobre la cuestin de la variacin lingstica en la enseanza de espaol como lengua extranjera, ese trabajo presenta ese tema de gran importancia para la enseanza y el aprendizaje de LE. Inicialmente, se presentaran algunos conceptos bsicos relacionados con el tema, como la variacin lingstica, las diferencias dialectales y el sesgolingstico, con base en los siguientes autores: Nascimento, 2007; Bagno, 2007; y Rodrguez, 2005. Despus, se presenta la metodologa de trabajo que consiste en el anlisis del enfoque dado a la cuestin de la variacin lingstica en el libro didctico Sntesis1, seguida de un anlisis de los datos colectados.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 16. 17ANLISE DO COMPONENTE CULTURAL NA COLEO DIDTICA INTERACCIN EN ESPAOLGerlylson Rubens dos Santos Silva (UFC) Ccero Anastcio Arajo de Miranda (Orientador/UFC)Uma lngua considerada heterognea por formar um extenso conjunto de variedades tais como aspectos lingsticos e socioculturais. Cada uma dessas variantes so resultados da experincia histrica e cultural peculiar ao grupo que a usa. Portanto, necessrio considerar importantes os aspectos socioculturais para o ensino/aprendizagem de uma lngua estrangeira, pois esse fenmeno ocorre, na maioria das vezes, no espao distinto do ambiente nativo do idioma, de forma que os estudantes no esto inseridos na sociedade pertencente lngua estudada. Dessa forma, o implante cultural no sistema metodolgico do ensino de uma lngua estrangeira colabora de maneira efetiva no aprendizado de outra lngua, no qual o professor fica responsvel por possibilitar esta introduo cultural em sala de aula. Nesta apresentao, trabalharemos especificamente com o ensino de espanhol como Lngua Estrangeira e por isso devemos considerar ainda a pluralidade do mundo hispnico que formado por mais de vinte pases e que consequentemente tem uma grande diversidade cultural. Assim, consideramos o livro didtico como um auxiliar do professor nessa difcil tarefa de abordar o componente cultural e, por esse motivo, nosso trabalho prope-se a fazer uma anlise crtica da coleo didtica Interaccin en Espaol Volumenes 1, 2, 3 e 4 utilizada em quatro escolas da rede privada da cidade de Fortaleza.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 17. 18ANLISIS DE MATERIAL DIDCTICO: LIBRO ESPAOL EN MARCHALivya Lea de Oliveira Pereira (UFC) Jssika de Oliveira Brasil (UFC) Ccero Anastcio Arajo de Miranda (Orientador)Al ensear una lengua extranjera utilizamos materiales que facilitan la tarea docente, tradicionalmente entre los ms utilizados, encontramos el libro didctico. Este, segn Geraldi (1991), facilit el trabajo del profesor, pues disminuy la responsabilidad por la seleccin de contenidos de enseanza y elaboracin de actividades. De esta forma, al seleccionar un libro didctico es importante tener una visin crtica hacia su orientacin metodolgica, actividades, formato etc. Pues, segn Santos Gargallo (2004), los materiales reflejan modos especficos de comprender el lenguaje y el proceso de enseanza-aprendizaje de una lengua. Asimismo, cabe al profesor analizar el material que utilizar en sus clases, ya que l conoce el perfil de sus alumnos. En este contexto, tenemos el objetivo de analizar uno de los libros de la coleccin Espaol en Marcha, ya que se trata de una coleccin basada en el Marco Comn Europeo de Referencia de Lenguas; y es el material utilizado por la Casa de Cultura Hispnica de la Universidade Federal do Cear. Para el anlisis adaptamos la herramienta de evaluacin de materiales impresos diseado por el Grupo de Investigacin de Tecnologa Educativa (G.I.T.E.), de la Universidad de Murcia (Espaa), el cual fue fabricado considerando la tradicin del uso del libro didctico impreso en la enseanza de lenguas.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 18. 19A PRODUO DE MATERIAIS DIDTICOS DE ELE PELO PROFESSOR E SUA IMPORTNCIA NA SALA DE AULATatiana Silva Alves (UFC) Ccero Anastcio Arajo de Miranda (Orientador)Ao pensarmos em material didtico, difcil no estabelecermos relao com os livros e manuais adotados para uso em sala de aula, muitas vezes, esquecendo que material didtico representa qualquer instrumento ou recurso (impresso, sonoro, visual, ldico etc.) que possa ser utilizado como meio para ensinar, aprender, praticar ou aprofundar algum contedo e limitar o ensino de E/LE ao simples uso do livro didtico torna as aulas pouco proveitosas e cansativas, a interao e o professor acaba se distanciando um pouco dos alunos. Neste trabalho, objetivamos investigar a importncia da produo de materiais didticos pelo professor, para o ensino de E/LE, nas sries do Ensino Fundamental II e Mdio, onde a qualidade do material produzido pelo professor influenciar diretamente o ensino e aprendizagem dos alunos. Os resultados iniciais deste estudo nos mostraram que ao produzir os prprios materiais didticos para complementar suas aulas e os manuais, o professor inevitavelmente aproxima-se das diferentes realidades vivenciadas pelos alunos, e tambm se familiariza com os diferentes tipos de aprendizado deles, podendo assim, facilitar e estimular seus alunos a fim de garantir um bom desempenho alm de ter a possibilidade de colocar o aluno em contato direto com a heterogeneidade lingustica e a pluralidade cultural da lngua espanhola e dos povos que a falam.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 19. 20AS NOVAS TECNOLOGIAS COMO FERRAMENTAS DE APRENDIZAGEM: O USO DO COMPUTADOR E DA INTERNET NO ENSINO DE LNGUA ESPANHOLACarlos Roberto Bezerra Costa (UFC)O uso das novas tecnologias j uma realidade entre os alunos. Compete ao professor de Lngua Estrangeira descobrir como transformar esse espao virtual tambm como espao pedaggico de excelncia para o aprendizado de Lngua Estrangeira. Se as tecnologias digitais j fazem parte do contexto social e histrico, no se justifica a ausncia das mesmas no processo de formao. A preocupao bsica deste estudo fazer uma reflexo sobre o uso das novas tecnologias no ensino de Lngua Espanhola. Assim sendo, esta pesquisa tem como objetivo refletir sobre o uso do computador e da Internet como ferramentas pedaggicas nas aulas de Espanhol como Lngua Estrangeira (LE). Realizou-se uma investigao bibliogrfica a partir de contribuies de autores como ALMEIDA FILHO (2005), GASPARETTI (2001), CASTRO (2001) e FIGUEIREDO (2006), entre outros, procurando destacar a importncia do uso do computador e da internet como ferramentas do ensino e do aprendizado da Lngua Espanhola. A investigao desenvolveu-se ainda, atravs da observao e de entrevistas com professores de espanhol do Ensino Mdio da rede pblica da cidade de Quixad. Como resultado, percebe-se que so muitas as vantagens do uso do computador e da internet no ensino de LE: (1) so meios atraentes, visto que alm de palavras, imagens, cores e sons, envolvem muitas novas descobertas; (2) h a possibilidade de se trabalhar uma diversidade de atividade, desde o trabalho com msicas at a conversao com nativos de uma lngua; (3) possibilita o conhecimento e o contato com outras culturas no caso do Espanhol, com pases hispnicos; (4) transforma a simples busca de informaes em conhecimento; (5) proporciona a integrao entre professor e alunos e entre aluno e alunos; (6) proporciona dinamismo metodolgico, facilitando o aprendizado da lngua. Concluiu-se que so vrios os recursos pedaggicos possibilitados pelo computador e pela Internet e, se bem conduzidos, tornam-se um forte aliado do professor e do aluno de Lngua Espanhola como LE. Dentre as possibilidades do uso do computador e da internet como ferramentas no Ensino de Lngua Espanhola, o presente estudo destaca as pesquisas em sites de buscas, o uso de e-mails e mensagens, os blogs, o Youtube, os chats e as redes sociais.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 20. 21AS REPRESENTAES DE LNGUA DOS ALUNOS CONCLUEDENTES DO CURSO DE LETRAS ESPANHOL: UMA ANLISE DO COMPONENTE LEXICALJssika de Oliveira Brasil (UFC) Ccero Anastcio de Arajo de Miranda (Orientador /UFC)Desde da criao do Curso de Letras Espanhol Noturno no ano de 2010, a UFC e a comunidade em geral conta com mais um curso de licenciatura para formao de professores de lngua espanhola. Baseando-se no projeto poltico pedaggico do curso Letras Espanhol Noturno, um dos seus objetivos implementar a concepo de professor-pesquisador de sua prtica, como veculo de reformulao de concepes, rupturas com percepes tradicionais, mudanas das aes escolares e das prticas pedaggicas de sala de aula. Por esta razo, este trabalho se deter em investigar quais as representaes de lngua possuem os alunos concludentes do curso de Letras, uma vez que o desvelo dessas concepes nos ajudar a compreender a relao existente entre a concepo teorica de lngua e seus eflexos nas prticas docentes futuras. Igualmente, o resultado poder d subsdio ao processo de formao docente, uma vez que se faz necessrio compreender o que esses futuros professores entendem pela definio do seu principal objeto de trabalho: a lngua. Justifica-se este trabalho, pois seu desenvolvimento, poder traar um perfil do aluno do Curso de Letras Espanhol, nos quesitos referenciados e promover uma reflexo, sobre se as concepes de lngua apresentadas pelos alunos investigados, refletem a proposta terica do curso, ao aproximar-se do termino da vida acadmica do aluno conseguiu ser alcanada. Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivo principal analisar as concepes de lngua dos alunos do curso de Letras Espanhol Noturno, reveladas em seu discurso, atravs do componente lexical. Como referencial terico-metodolgico, seguimos os postulados por Moscovici (1978, 2009) e Miranda (2012) em articulao com as propostas de Van Dijk (2008), na rea dos Estudos Crticos do Discurso (ECD). A metodologia prope a aplicao de formulrios, complementados com entrevistas dos participantes da pesquisa, configurando uma pesquisa quanti-qualitativa. Os resultados, contudo ainda so parciais, considerando que a pesquisa encontra-se em fase de concluso.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 21. 22ANLISE DOS FOOTINGS EMPREGADOS PELOS MODERADORES PRESENCIAIS E VIRTUAIS EM GRUPOS DE ESTUDOTatiana Silva Alves Maria Valdnia Falco do Nascimento (Orientadora) UFC No ambiente universitrio, os grupos de estudo so de grande importncia para a formao estudantil, pois, do aos participantes a oportunidade de aprofundar o conhecimento adquirido durante os estudos, a troca de experincias entre professores e alunos e a oportunidade de desenvolver pesquisas acadmicas. Estes grupos, podem se desenvolver de maneira presencial ou virtual, com a possibilidade de abranger diversos tipos de alunos e cabe ao moderador, receber esses membros, facilitar a aprendizagem e estimular a interao. Nesse contexto, este trabalho tem como objetivo analisar os footings adotados pelos moderadores durante as interaes em grupos de estudo em ambos os ambientes, presencial e virtual, focando nas caractersticas que aproximam e distanciam os dois grupos. O grupo de estudos em ambiente virtual, GEPPELE (Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola), realizou suas atividades em fruns on-line de discusso no ambiente SOLAR (Plataforma virtual utilizada pela Universidade Federal do Cear para os cursos semipresenciais) e o presencial, Espanha-Nordeste brasileiro: ecos literrios de convergncias culturais, manteve encontros quinzenais com seus membros, em sala de aula da universidade. A metodologia empregada constituiu na observao e anlise das intervenes feitas pelos moderadores durante os dois processos de interao: O virtual e o face a face. Tomamos como referencial terico os estudos sobre footing (Goffman, 2002). Como concluso parcial, assinalamos a presena de vrios tipos de footings entre as duas formas de interao que as aproximam ou distanciam de acordo com o enquadre comunicativo.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 22. 23A ORGANIZAO POLTICA DAS MINORIAS TNICAS COMO TEMA TRANSVERSAL NAS AULAS DE E/LECarla Dameane Pereira de Souza UFBA Esta comunicao tem o objetivo de refletir sobre a necessidade e a possibilidade de se introduzir, nas aulas de Espanhol como Lngua Estrangeira (E/LE), o tema da organizao poltica das minorias tnicas, chamando ateno para a relao entre racismo e linguagem. Lembrando que nos documentos oficiais do Ministrio da Educao (MEC) quais sejam os PCNEM, PCN e OCEM os temas transversais possuem uma importncia central no carter formador da cidadania de nossos alunos do ensino bsico, apresentarei uma sequncia didtica que ao trabalhar competncias lingusticas integradas e, tendo como foco central a ideia de letramento crtico de Daniel Cassany (2008), desenvolva, principalmente, a competncia intercultural, no sentido em que prope Marcia Paraquett (2010) em seu texto sobre interculturalismo e ensino de espanhol para brasileiros. Ao trazer para a sala de aula um tema transversal que envolve um panorama interdisciplinar, que remete a conceitos mais amplos como o de Histria, Cultura e Identidade, chamarei ateno para os desafios e as possibilidades de realarmos, de maneira consciente, a pluralidade da lngua espanhola em contextos especficos de uso e de aprendizagem.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 23. 24APRENDIZAGEM DE ESPANHOL COMO LNGUA ESTRANGEIRA POR MEIO DE MIDIAS DIGITAISAndr Silva Oliveira (UFC) Germana da Cruz Pereira (UFC)O presente trabalho toma como ponto de partida as atividades desenvolvidas durante o semestre de 2013.1, como parte do projeto de Monitoria dos Semestres Iniciais do curso de Letras Espanhol da Universidade Federal do Cear (UFC), o qual tem por objetivo auxiliar os discentes dos semestres I e II no aprendizado de lngua espanhola por meio de atividades orais e escritas em espanhol. Esta investigao sustenta-se sob os princpios bsicos de autores como Gomes (2006), Fisher (2007) e Baesso (2007) em relao ao uso das mdias digitais e do letramento digital dessas mdias em relao ao ensino de lngua estrangeira. De acordo com Baesso (2007), letramento digital se define como um conjunto de prticas de cunho social em que se usa a escrita, enquanto sistema simblico ou enquanto tecnologia, em contextos especficos e para fins especficos. Para a realizao deste estudo e constituio do corpus, foram selecionadas algumas atividades escritas desenvolvidas durante as aulas de monitoria referentes a filmes, curtas-metragens (legendados e no legendados), videoclipes de cantores espanhis e ibero-americanos, programas de TV, telejornais e anncios publicitrios no intuito de avaliar os contedos gramaticais estudados. Dessa forma, foi possvel averiguar o desempenho dos alunos nas quatro habilidades lingusticas (fala, escuta, leitura e escrita) por meio do uso dessas mdias em aulas de E/LE. A partir da correo dessas atividades propostas, realizadas no inicio e aps o trmino do semestre, pudemos constatar que houve um melhora em relao s quatro habilidades lingusticas dos alunos que compunham a monitoria. Tendo em vista, que eles apresentaram no que se refere s atividades realizadas, 32% de acerto no inicio do semestre e 78% de acerto ao trmino do semestre.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 24. 25A TEMTICA DA INCLUSO NA GRADE CURRICULAR DA FORMAO DE PROFESSORES DE E/LE Dbora Karina de Arajo Santana (UFC) Beatriz Furtado Alencar Lima (UFC)A atual perspectiva do sistema de ensino Brasileiro garantir o acesso e a permanncia de todo e qualquer aluno nos diferentes nveis de ensino das esferas pblica e privada. Pensando num contexto educacional que atenda a todos sem distino, fazem-se necessrios professores preparados para lidar com a diversidade existente entre os alunos. Na LDB 96, lei magna da educao, so previstos professores com especializao adequada em nvel mdio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integrao desses educandos nas classes comuns (art. 58, III). No entanto, tal capacitao no acontece no processo de formao dos professores, em especial, os de lnguas estrangeiras. Estes saem da academia muitas vezes sem conhecer determinadas tcnicas, habilidades e recursos que podem ser desenvolvidos por eles caso recebam no decorrer de sua atuao profissional alunos com deficincia. Segundo o parecer CNE/CP N 9/2001 que determina as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formao de Professores da Educao Bsica, em nvel superior, curso de licenciatura, de graduao plena a formao dos professores ainda dada num formato tradicional que acaba no contemplando muitas das caractersticas consideradas, na atualidade, como inerentes atividade docente. Nossa justificativa encontra-se na necessidade de observarmos que existe um dficit na organizao da grade das universidades e instituies de ensino superior, sendo de suma importncia que as mesmas atentem a essa nova realidade de formao dos professores de lnguas estrangeiras. Considerando todas as questes tratadas at aqui, nossa metodologia consiste em analisar a grade curricular do curso de Letras Espanhol de algumas universidades pblicas da nossa regio com o intuito de verificar se h a oferta nos cursos de algum componente curricular relacionado com a educao inclusiva. Nosso objetivo apresentar a importncia e necessidade da abordagem desta temtica no processo de formao dos futuros docentes. Esperamos que com esta pesquisa os docentes percebam a necessidade de que seus discentes conheam estratgias e ferramentas que possam nortear e viabilizar, num contexto de incluso, o ensino e a aprendizagem de uma lngua estrangeira: em nosso caso, a lngua espanhola.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 25. 26AVALIAO E FORMAO DE PROFESSORES DE ELEMaria Valdnia Falco do Nascimento (UFC)As atividades de avaliao a serem desenvolvidas pelos professores em classe, quer de lngua materna quer de lngua estrangeira, contam com um considervel nmero de estudos, no entanto, observa-se, ainda, a necessidade de aprofundar as orientaes nos cursos de formao de professores de LE sobre esse aspecto to importante do desenvolvimento das prticas escolares. Neste trabalho, propomos uma reflexo sobre a avaliao educacional como uma das formas de acompanhamento das atividades do aluno com o objetivo de promover a sua progresso. Para tanto, importa-nos responder a alguns questionamentos: 1. Qual a relao que se estabelece entre ensino e avaliao? 2. Que prticas de avaliao so desenvolvidas em sala de aula de ELE e com que objetivo? 3. Que papis desempenham professores e alunos no processo de avaliao? Como fundamentao terica, baseamo-nos, especialmente, nos trabalhos de autores como Nascimento (2012), Luckesi (2010), Hadji (2001), Saul (1999), Perrenoud (1999), Richards e Lockhart (1998), entre outros autores que investigam a avaliao em contexto escolar. Interessa-nos, ainda, destacar o funcionamento do processo avaliativo como mecanismo de controle e de excluso, tendo em vista promover uma compreenso crtica dos fatores ideolgicos e sociolgicos que perpassam tanto o discurso sobre a avaliao, como as condies em que essa produzida.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 26. 27ENSINO DE ESPANHOL A DISTNCIA: REFLEXES SOBRE O ENSINOAPRENDIZAGEM DA PRODUO ORALFernanda Almeida Freitas (UFC) Maria Valdnia Falco do Nascimento (UFC)So muitos os questionamentos sobre o processo de ensino-aprendizagem da produo oral de uma lngua estrangeira por meio da EaD. O principal deles compreender como os alunos desenvolvero a fluncia na lngua alvo sem o modelo dado pela presena fsica do professor. Pensando nessa problemtica, o presente artigo tem a finalidade de relatar minha experincia como tutora da disciplina de Prticas Orais do curso de Letras-Espanhol, na modalidade distncia, ofertada pela Universidade Aberta do Brasil em parceria com o Instituto UFC virtual. Para tanto, tomamos como base os trabalhos de Sacristn (2008), Aragons (2004) e Giovanniniet al (1996) entre outros sobre o ensino-aprendizagem da produo oral em contexto de ensino de E/LE. A metodologia utilizada para a anlise dos dados nesta pesquisa em andamento foi a qualitativa, uma vez que interpreta o processo de ensino e aprendizagem da produo oral mediado pelo computador por meio da anlise da descrio das situaes vividas pelo sujeito pesquisador em sua atuao como tutor a distncia. Atividades de portflio cujo objetivo foi gravar arquivos de udio com a produo oral dos alunos, maior nmero de encontros presenciais e chats pelo Skype foram algumas das estratgias utilizadas para superar os problemas decorrentes da distncia fsica entre os agentes do processo de ensino-aprendizagem. Os resultados observados apontam para a relevncia do emprego de variadas estratgias de desenvolvimento da produo oral, na modalidade distncia, que enfatizem a autonomia do aluno com vistas a uma ampliao da sua competncia comunicativa.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 27. 28EL USO DEL LIBRO DIDTICO COMO AUXILIO EN LA SALA DE CLASE DE ELE Elisngela Maria da Silva Vivian Valeska Guimares Trajano Ccero Anastcio de Arajo de Miranda (orientador) UFC En el desarrollo de las actividades diarias en la sala de clase, el libro didctico es un soporte, y tiene la funcin de auxiliar el profesor con respecto a la enseanza y el aprendizaje de una lengua meta. Vilaa (2001) define material didctico como toda creacin que ayude en la enseanza aprendizaje de una lengua. En este trabajo, tenemos como objetivo comprobar, a travs de bsquedas tericas, que el profesor de lenguas no debe utilizar solamente el libro como recurso para enseanza aprendizaje. La metodologa de este trabajo es realizar bsquedas de investigaciones que confirmen la utilizacin del libro didctico como auxilio para el profesor y no como la nica herramienta de enseanza aprendizaje en el aula de clase de una lengua extranjera. Cmo desarrollar el crecimiento del alumnado, si el profesor utiliza solamente el libro didctico como herramienta de aprendizaje? Por qu el profesor no suele utilizar otras herramientas didcticas? Es importante que un profesor de ELE no fije sus clases solamente en el libro adoptado por la institucin, es necesario que el profesor de lenguas busque otros materiales didcticos que le den soporte para el proceso de enseanza aprendizaje. Una vez definidos los objetivos del profesor para sus clases, lo mismo puede utilizarse de materiales tales como aparatos de sonido, proyector, juegos, y hasta otros materiales que puedan darle soporte en sus clases. La opcin por uno de estos aspectos es determinada por una filosofa de aprendizaje a que se fija el profesor (LEFFA, 2003, p.24). Como auxilio en este trabajo contamos con las contribuciones tericas de Leffa, (2003), Villaa (2001), Santos (2012).Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 28. 29HISTRIAS, VIDAS E CAMINHOS DIFERENTES: REFLEXES SOBRE O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM EM LNGUA ESPANHOLA NA EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS EJA NA PERSPECTIVA DA APRENDIZAGEM COLABORATIVAIvan Vale de Sousa Unidade Educacional Jonas Pereira de MeloAs relaes sociais so fundamentais para a construo da identidade e da histria de cada indivduo, podendo ser escrita e reescrita a partir das oportunidades que lhes so oferecidas, a comear pelo aprendizado de uma segunda lngua. Adquirir as habilidades lingusticas necessrias para se comunicar em outro idioma, significa na atualidade fazer parte do convvio social e da transformao de realidade distintas. Para tanto, fundamental que as prticas de aprendizagens lingusticas tenham ligao com a realidade daqueles que se propem ao desafio de aprender, ou seja, fundamentam-se na intencionalidade da aprendizagem colaborativa no contexto da Educao de Jovens e Adultos EJA, a qual uma modalidade educacional composta por pessoas com especificidades e motivaes diferentes, que por algumas razes no tiveram a oportunidade de frequentar a escola na idade certa. A EJA deve priorizar o processo de ensino e aprendizagem na perspectiva do acolhimento motivacional diversidade etria, assim como tem a finalidade de complementao dos estudos e o exerccio da cidadania, facilitando a entrada e a permanncia no mercado de trabalho desses estudantes. Instigar-se- com o presente artigo, reflexes sobre as aes de ensino e aprendizagem em Lngua Espanhola no processo de letramento para a Educao de Jovens e Adultos - EJA. Vale ressaltar, que a presente produo, constitui-se a partir de uma metodologia de investigao bibliogrfica entre a lngua estrangeira, especificamente, a lngua espanhola e a EJA, logo, objetiva-se discutir, refletir e nortear outras produes cientficas sobre o processo de letramento na aquisio das habilidades lingusticas no contexto de jovens e adultos com distoro de idade/srie. Assim, recorre-se s contribuies tericas de autores, como: Barbato (2005), Benedetti (2005), Goellenauer (2005), Junger (2005), Sedycias (2005) dentre outros, os quais contribuem e enaltecem a discusso na perspectiva de um ensino no qual os anseios dos envolvidos na Educao de Jovens e Adultos EJA sejam contemplados. Espera-se que a presente produo possa tambm contribuir com reflexes acerca do processo de aquisio de uma segunda lngua na perspectiva da aprendizagem colaborativa e no trabalho pedaggico com a diversidade etria, social, cultural, tnico-racial, sexual entre outras com o pblico em questo.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 29. 30O ENSINO DA HABILIDADE ORAL EM CLASSES DE ESPANHOL COMO LNGUA ESTRANGEIRAElisngela Maria da Silva (UFC) Maria Valdnia Falco do Nascimento (Orientadora/ UFC)No desenvolvimento das habilidades leitora, auditiva, oral e escrita, um aspecto importante refere-se abordagem do professor, uma vez que ele desempenha um papel fundamental no processo de ensino e aprendizagem da lngua meta. Nesse sentido, consideramos de mxima relevncia desenvolver pesquisas sobre aspectos que tratam das prticas que os professores levam a cabo na tentativa de obter xito no processo de ensino. A proposta deste trabalho baseia-se no projeto de pesquisa de nossa monografia em andamento para fins de obteno do ttulo de Licenciado em Letras/Espanhol. Nosso objetivo consiste, principalmente, em identificar e analisar as estratgiasque o professor emprega no ensino da habilidade oral em uma sala de espanhol como lngua estrangeira. Segundo Almeida Filho (2010), lngua estrangeira se trata de um conceito complexo em que o professor precisa comtemplar, e, sobre ele refletir, no exerccio da profisso. Nesse sentido vale questionar como desenvolver a habilidade oral dos alunos, considerando-se diferentes situaes de uso, dentro do contexto de sala de aula? necessrio que o aluno pratique a segunda lngua em questo para que possa vivenci-la com segurana nas diferentes situaes comunicativas. Tendo em vista o objetivo proposto, observaremos como um professor de ELE elabora e aplica estratgias que visem a desenvolver a habilidade oral de seus alunos em sala de aula. Para fundamentao terica foram abordados estudos de Almeida Filho (2010), Martnez (2002), Cesteros (2004), Moreno (2002), dentre outros importantes investigadores da rea A metodologia consiste na realizao de uma pesquisa bibliogrfica sobre o tema e na aplicao de diferentes tcnicas para gerao de dados: entrevista semi-estruturada e produo de um dirio de campo com registro das aulas observadas. Os resultados parciais reforam posicionamentos de autores como Almeida Filho (2010) para quem imprescindvel que o professor no seja s comunicativo, mas que adote uma postura profissional para aperfeioar-se lingustica e teoricamente com um exame contnuo de suas aulas.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 30. 31O ESTUDO DA LNGUA ESPANHOLA APLICADA AO PROFISSIONAL DE TURISMO Suzany Silva Batista Ferreira Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do MaranhoCom a incorporao dos acordos entre os pases latino americanos, tais como o Mercosul, o ensino da lngua espanhola adquire espao importante no Brasil. Nesse contexto, ocorre um avano os estudos lingusticos devido grande demanda e s necessidades especficas do ensino de idiomas. O ensino-aprendizagem de lnguas estrangeiras para fins profissionais decorrente do novo modelo de sociedade, a denominada Sociedade da Informao e do Conhecimento, se tornou imprescindvel o fator informao-conhecimento cujos reflexos se vem nas reas das cincias e tecnologias e que so de suma importncia para o desenvolvimento econmico dos pases. A partir deste contexto o acesso s lnguas estrangeiras se faz necessrio nos nveis de relaes pessoais, profissionais, acadmicos e comerciais com uma exigncia explcita de qualidade e eficincia. importante ressaltar que no trabalho dos profissionais de turismo a atividade verbal o essencial na tarefa (LACOSTE, 1998, p.15) e todo o fazer material se estrutura em torno, seja oral, seja escrita. A metodologia utilizada fenomenolgica, na qual se preocupa com a descrio direta da experincia, construindo a realidade entendida no como nicaexistente, mas tantas quantas forem as suas interpretaes e comunicaes. O sujeito/ator reconhecidamente importante no processo de construo do conhecimento (GIL, 1999; TRIVIOS, 1992). Emprega a pesquisa qualitativa e descritiva na Fase de Tratamento dos Dados dos questionrios e entrevistas profissionais com formao na rea turstica, alm dos prprios turistas, a fim de analisar as reais necessidades no que diz respeito aoespanhol.Desta forma, a pesquisa pretende verificar se as informaes tursticas sobre a cidade de Alcntara chegam ao turista hispnico em sua lngua materna com clareza, ou seja, investigar se os profissionais que atuam nas reas de turismo usam o espanhol como lngua de acesso ao pblico hispnico e em que nveis de competncia lingustica, detectando em que setores existem maiores carncias visando uma interveno relacionada proposta para uma formao continuada dos profissionais que atuam nas reas de turismo.Os resultados apresentados neste artigo so parciais, mas servem como indicadores preliminares da situao do turismo na cidade de Alcntara/MApara os falantes de espanhol, podendo, assim, proporcionar aes, tais como oficinas de lngua espanhola que venham assessorar na divulgao do municpio e na prestao de servios tursticos ao pblico hispanofalante.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 31. 32OPINIO DE GRADUANDOS EM LETRAS ESPANHOL SOBRE PESQUISA E FORMAO ACADMICALivya Lea de Oliveira Pereira (UFC) Jssika de Oliveira Brasil Moura (UFC)Atualmente, a formao docente no se restringe ao repasse de saberes produzidos por especialistas-pesquisadores. Com a sociedade globalizada, o avance tecnolgico e os diversos conhecimentos cientficos, a autonomia e reflexo crtica parecem ser fundamentais para a formao do professor na atualidade, assim como afirma Bortolini (2009). Neste contexto, esta investigao objetiva verificar o que os discentes do curso Letras Espanhol (noturno), da Universidade Federal do Cear, pensam acerca da pesquisa e formao acadmica, j que, a pesquisa entendida como um dos trs pilares sustentadores da educao no ensino superior (POFFO;WEIDUSCHAT, 2009). Alm disso, a pesquisa junto ao ensino um importante elemento na produo do conhecimento. Por meio de um questionrio aplicado a alunos dos semestres iniciais do citado curso, poder-se- compreender melhor o que pensam sobre a sua formao acadmica, possibilidades de atuao profissional, reas da investigao e produo cientfica. Como base terica, levaremos em considerao as investigaes de Bortolini (2009), Donatoni e Coelho (2007), Poffo e Weiduschat (2009), Werneck (2006), entre outros, pois trata sobre a relao entre pesquisa e formao de professores, a importncia da formao de docentes crticos - reflexivos, alm de trazer reflexes sobre a importncia da pesquisa na construo do sujeito edo conhecimento.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 32. 33OS OBJETOS EDUCACIONAIS DO BANCO INTERNACIONAL DE OBJETOS EDUCACIONAIS (BIOE) COMO RECURSOS AUXILIADORES NA COMPOSIO DAS AULAS DE LNGUA ESPANHOLAGerlylson Rubens dos Santos Silva (UFC) Ccero Anastcio Arajo Miranda (UFC)Diante de um contexto educacional, no qual se verifica um maior interesse na utilizao de recursos tecnolgicos para o desenvolvimento do sistema metodolgico da atual grade curricular de ensino, tem-se evidenciado constantes avanos no processo de ensinoaprendizagem escolar com a insero de recursos digitais e interativos. Dessa forma, o presente trabalho tem por objetivo demonstrar e verificar se os objetos educacionais utilizados no mbito escolar so recursos eficazes para prtica pedaggica do professor de Espanhol como Lngua Estrangeira. O estudo foi realizado com objetos educacionais disponibilizados peloBanco Internacional de Objetos Educacionais (BIOE) oferecidos pelo Ministrio da Educao (MEC). Na sesso de Lngua Estrangeira, mais especificamente no tpico de Lngua Espanhola foram analisados, durante seis meses, recursos oferecidos que pudessem dar um suporte pedaggico para que o docente realizasse estratgias didticas nas suas prticas de ensino. Os recursos foram inseridos no contexto curricular de alunos do sexto ano de uma escola pblica estadual da cidade de Fortaleza e foram avaliados criticamente quanto a sua relevncia no processo de formao do estudante. Com isso, os alunos demonstraram uma maior capacidade de apreenso do contedo apresentado pelo professor. Alm da manifestao de um maior interesse, os alunos conseguiram mostrar uma maior seguridade quanto ao seu prprio aprendizado. Dessa forma, inferimos do estudo que os objetos educacionais miditicos do Banco Internacional de Objetos Educacionais, se utilizados de maneira planejada em sala de aula, auxiliam de maneira eficaz na prtica docente e integram as novas tecnologias aos conceitos educacionais, estando, ento, de acordo com as orientaes dos Parmetros Curriculares Nacionais (PCNs)Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 33. 34PLANEJAMENTO E AVALIAO: UM OLHAR CRTICO DA PRTICA DOCENTE DE E/LE NA EDUCAO BSICA.Aline Oliveira Arruda kyla Mayara Araujo Camelo Universidade Federal de Campina GrandeO planejamento a realizao do que vai ser construdo ao longo do ano, um conjunto de aes que conduz a certo resultado desejado e a avaliao no processo de ensino e aprendizagem, permite a reflexo e a investigao da ao do aluno, auxiliando na construo do ser social em sala de aula para a sociedade. Assim, planejamento e avaliao esto interligados. Neste sentido, nosso trabalho objetiva pesquisar como as prticas de planejar e avaliar esto sendo desenvolvidas no mbito escolar e a maneira que se realiza em sala de aula de lngua espanhola E/LE, compreendendo assim a teoria versus prtica. Para fins metodolgicos, pesquisamos e coletamos dados atravs de entrevistas, anotaes de campo e exerccios realizados em sala de aula de uma escola pblica da cidade de Campina Grande/PB, no perodo de julho a agosto de 2013. Em termos tericos nos basearemos em Hoffmann (2010), em Kleiman (2001), Zarala (1998), como tambm nas contribuies de Luckesi (2011) dentre outros que defendem uma avaliao essencial educao, visando o questionamento e a reflexo sobre a ao. Portanto, a explanao do nosso trabalho, estar sempre relacionando a teoria e a prtica no mbito escolar, com o propsito de verificar para quais fins o planejamento e a avaliao se destinam. Uma vez que a avaliao no existe se no for prevista no planejamento, para isso, apontaremos sugestes de aes que podem contribuir para a melhoria da ao de planejar e avaliar, uma vez que a cultura do planejamento deve estar presente em todas as aes da escola.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 34. 35POTENCIAL DAS AES DE INFORMAO DO PROJETO MOVE NO COMBATE EVASO NOS CURSOS DE LETRAS ESPANHOLJssika de Oliveira Brasil (UFC) Ccero Anastcio Arajo de Miranda (orientador/ UFC)O Projeto MOVE (Movimentando o Espanhol), vinculado ao programa de Extenso GEPPELE, atravs de suas aes de informaes tem como um dos seus principais intuitos combater a evaso dos alunos dos Cursos de Letras Espanhol, atravs das principais atividades informadoras: Palestra de Recepo de Novos Alunos, Manual do Estudante de Letras Espanhol Diurno e Noturno, Blog como canal de informao e marketing do projeto e a Pesquisa de Satisfao e Necessidades dos alunos para a melhoria do curso. Tais aes primam o conhecimento da estrutura da Universidade e seus pilares: Pesquisa, Ensino e Extenso, que por sua vez, auxiliam ao aluno recm-ingresso na conduo de seus passos na Instituio de Nvel Superior, pois a partir das aes de informao que integram os novos alunos, o discente sente-se estimulado na jornada acadmica devido o conhecimento do objetivo do seu curso e das possibilidades de formao e atuao no mercado de trabalho. Diante do exposto, retomando o discorrido por Andriola (2009), Ristoff (1995), Bueno (1993, p.12) respeito da evaso e suas causas, iremos expor o potencial dessas aes do projeto no combate a evaso e apontar novos rumos e expectativa na postergao do mencionado projeto.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 35. 36PRTICAS DE LEITURA E ESCRITA EM LE: O PERFIL DE ALUNOS DO ENSINO MDIO TECNOLGICO Everaldo Vital Benvenuto (IFSPE) Klvya Freitas Abreu (IFSPE)Compreender as prticas letradas em lngua estrangeira (LE) que futuros tcnicos em edificaes, agropecuria e informtica de nvel mdio da educao bsica possuem, tomando como base a sua formao o principal objetivo deste estudo. Uma vez que ao aproximar-se da cultura do outro, do contexto social do outro, da lngua do outro, faz dos sujeitos cidados do mundo (OCNEM, BRASIL, 2006). Portanto, o presente estudo apresenta resultados obtidos atravs de pesquisa qualiquantitativa por meio de questionrios aplicados, cujo escopo seria diagnosticar os hbitos de leitura e de escrita em lngua estrangeira dos discentes do ensino mdio integrado do Campus Salgueiro (IFSerto/PE), com nfase na lngua espanhola. Para tal, faz-se necessrio destacar que esta investigao trata-se de um recorte de pesquisa PIBIC Jr - Agncia de letramento(s): Diagnstico das prticas de leitura e de escrita em lngua estrangeira no IF Serto Pernambucano. Assim, para esta investigao, concebeu-se a definio de Letramento (CASSANY, 2006; ROJO, 2005), entendendo-a como o contato que o sujeito faz com diferentes gneros e com diferentes funes que a leitura e a escrita desempenham em nossa vida (SOARES, 2005). Alm de sinalizar a proposta sugerida por documentos governamentais ao entenderem que aprender um idioma o aprendiz passa por processos de alteridade, de engajamento discursivo, e de cidadania (OCNEM, BRASIL, 2006).Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 36. 37PROJETO FOCOELE: DESAFIOS E CAMINHOS DA FORMAO CONTINUADA Thayane Silva Campos (UFMG)O Projeto de Formao Continuada de Professores de Espanhol como Lngua Estrangeira FOCOELE um curso de extenso da UFMG voltado para Licenciados em Espanhol ou Portugus/Espanhol. O curso anual, semipresencial, com 120h de carga horria, das quais 90 horas so distncia, por meio do ambiente virtual Teleduc, e 30 horas, presenciais. O projeto tem como objetivos: discutir prticas pedaggicas e perspectivas tericas do ensino e da aprendizagem de espanhol na escola, buscando no reduzir a lngua a esteretipos, falsas crenas e hegemonia de uma variante lingustica e uma cultura especficas; propiciar a reflexo crtica e a autonomia na prtica docente; estimular o uso de tecnologias tanto na prpria formao, quanto no ensino; avaliar, complementar e produzir materiais didticos (ALMEIDA; BARROS; COSTA, 2012, p. 52-53). Tais objetivos esto em consonncia com os Parmetros Curriculares Nacionais (1998) e as Orientaes Curriculares para o Ensino Mdio (2006), que nos tm guiado como um suporte terico-metodolgico. Em 2013 estamos no 4 ano de projeto e desde sua primeira edio muitas mudanas foram feitas para que esse curso de educao continuada pudesse se adequar ao perfil dos professores inscritos. Essa trajetria nos possibilitou reflexes importantes e constantes sobre a atuao do professor na escola, fazendo-nos redimensionar os propsitos e a complexidade da educao continuada, j que em muitos casos funciona como uma formao inicial. O objetivo deste trabalho apresentar o percurso seguido pelo FOCOELE nesses 4 anos, mostrando as mudanas feitas curso para se adequar s necessidades dos professores. Dessa forma, pretendemos demonstrar a importncia da educao continuada, que ajuda no s oprofessor da Educao Bsica, mas tambm os coordenadores e monitores do FOCOELE, j que a cada ano o curso nos permite reavaliar o papel da universidade na formao dos profissionais que atuam/atuaro na escola e repensar o lugar que ocupam e a forma como se do o ensino e a aprendizagem de espanhol no ensino regular.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 37. 38QUESTES DE INTERCULTURALIDADE NAS AULAS DE ESPANHOL COMO LNGUA ESTRANGEIRA: REFLEXES SOBRE AS PRTICAS DE UM PROFESSOR INTERCULTURALSandra Roza da Cruz da Silva (UFBA) Universidade Federal da Bahia Atualmente a Interculturalidade est entre os principais requisitos bsicos para que o ensino/aprendizagem de uma Lngua Estrangeira (LE) obtenha sucesso em sua aplicao. Esta vertente pedaggica preza por uma educao baseada no conhecimento diversidade, no respeito mtuo e, antes de tudo, no autoconhecimento identitrio. Partindo desta reflexo, o trabalho proposto sugere uma anlise focada na prtica docente de um suposto professor(a) intercultural, questionando criticamente sua abordagem em sala de aula, o trato com o aluno, a metodologia de ensino empregada e seu posicionamento quanto aos materiais didticos utilizados. Levando em conta a realidade do ensino/aprendizagem do Espanhol como LE no pas, sero levantadas questes do tipo se possvel ser intercultural dentro da realidade da educao pblica; como esta prtica pode (ou no) ser desenvolvida dentro do contexto atual de ensino; e, como um(a) professor(a) intercultural se constitui. Este trabalho est respaldado, entre outros autores, nos estudos de Flor Cabrera, Margarita Bartolom, Teresinha Machado Maher, Edleise Mandes e Reinaldo Matias Fleuri. A partir da base terica apresentada pelos autores, partiremos em busca de respostas e/ou reflexes que contribuam para ajudar professores e alunos que se dedicam a ensinar e aprender uma LE, em nosso caso, especialmente, a Lngua Espanhola.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 38. 39RELATOS DE EXPERINCIA DOCENTE DE ELE A DISTNCIAAna Lourdes da Rosa Nieves Fernndez Juliana Lbke Castro Luiza Machado da Silva Universidade Federal de PelotasO objetivo do presente trabalho apresentar uma srie de consideraes que emergiram a partir da experincia com o espanhol como LE (Lngua Estrangeira) a distncia, na primeira turma formada por um projeto realizado em rede com universidades do Rio Grande do Sul. O motivo que levou as pesquisadoras a compartilhar essas vivncias foi dialogar com outras pesquisas da rea de forma a contribuir com o ensino de lnguas a distncia demonstrando a possibilidade de se aprender lnguas atravs das novas tecnologias de forma, to eficaz quanto no ensino presencial, desde que haja uma equipe comprometida. Para isso, foram analisados trabalhos de concluso de curso dos alunos egressos apresentados em forma de memorial de formao, em que foi possvel verificar por meio das narrativas dos alunos aspectos do processo que foram extremamente relevantes para sua formao. Para legitimar as anlises e interpretaes, usou-se como fundamentao terica, artigos de linguistas aplicados que trabalham com a Teoria do Caos, aquisio da segunda lngua na perspectiva dos Sistemas Complexos, com o Emergentismo, Aquisio de Segunda Lngua mediada por computador, como Paiva (2005, 2007, 2010, 2011) e Leffa (2006, 2012). O levantamento de dados da pesquisa aponta para uma diminuio de preconceitos em relao ao ensino de lnguas distncia e pe em evidncia a possibilidade de formar docentes de Lngua Espanhola como LE a distncia com a mesma qualidade dos cursos de licenciatura da modalidade presencial.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 39. 40REPRESENTAES SOBRE LNGUA ESPANHOLA POR ALUNOS INICIANTES DO CURSO DE LNGUA ESPANHOLA: UMA SISTEMATIZAO DE SIGNIFICADOSLucineudo Machado Irineu Mikaeli Cristina Macdo Costa UERN/UFC O presente estudo investigou as representaes sociais sobre lngua espanhola por alunos do primeiro perodo do curso de Letras/Espanhol do CAMEAM-UERN no ano de 2011. Os dados foram coletados por meio de um questionrio, composto por oito questes referentes lngua espanhola. Participaram da pesquisa 20 alunos, homens e mulheres com idades entre 17 e 31 anos. Considerando a representao social como um saber que se organiza socialmente sobre a influncia das experincias partilhadas pelos indivduos na coletividade e em contextos sociais diversos, objetivamos neste trabalho analisar que representaes os alunos do curso de graduao em Letras (Espanhol), enquanto membros de grupo social constroem sobre a lngua espanhola, na tentativa de compreendermos o sentido que este grupo atribui a esse objeto social. Para tanto, fizemos uma sistematizao de significados que estes alunos do a lngua espanhola, com base nos dados obtidos por meio de um questionrio. Como fundamento terico-metodolgico utilizamos a Teoria das Representaes Sociais, elaborada por SrgeMoscovici (1976) e complementada por Denise Jodelet (2001), Jean Claude-Abric (2001) e WillenDoise (2001). As anlises mostraram que estes alunos construram suas representaes com base nas crenas e imagens consensuais que circulam na sociedade sobre a lngua espanhola, como uma lngua fcil, de gramtica difcil, mas que encanta a todos com seu sotaque. Estes elementos temticos, por sua vez, orientam os posicionamentos e as atitudes deste grupo em relao ao objeto de representao, a lngua espanhola.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 40. 41TIRAS EM QUADRINHO: UMA ANLISE NA PERSPECTIVA DA MULTIMODALIDADE E DO LETRAMENTO CRTICO E VISUALHiran Nogueira Moreira (UECE)Muitas pesquisas tm sido feitas sobre o gnero textual tiras em quadrinho sob uma gama de perspectivas e abordagens terico-metodolgicas. Queremos contribuir com esta diversidade de estudos ao propormos com esta pesquisa relacionar conceitos da Multimodalidade e do Letramento Visual e Crtico em uma anlise do modo como s tiras em quadrinhos so propostas em livros didticos de Espanhol escolhidos pelo PNLD 2012 (Programa Nacional do Livro Didtico) para o ensino mdio. Relacionamos estas duas abordagens porque defendemos que as modalidades semiticas, verbal e visual, no podem ser dissociadas. Isso s traria prejuzos construo de sentido para o leitor. Afinal, cada modo semitico tem sua especificidade no processo de construo do sentido. E no se trata apenas de apresentar imagens, mas de abord-las criticamente na busca de promover a prtica social de leitura na perspectiva do Letramento Visual e Crtico. Alm de que, defendemos a pertinncia das OCEM (Orientaes Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio) ao propor um papel educacional do ensino de lnguas estrangeiras a partir da formao cidad dos estudantes. Como resultado, encontramos que das trs colees didticas de Espanhol do PNLD 2012, somente uma se aproxima das consideraes pedaggicas do Letramento Visual e Crtico, visto que utilizam as tirinhas quase que exclusivamente para o ensino de contedo gramatical e interpretao textual.Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 41. 42YO, T, L: OS PRONOMES SUJEITO E A FORMAO DE PROFESSORES DE ESPANHOL Cristiano Silva De Barros (UFMG)Os documentos que orientam o ensino de lnguas estrangeiras na Educao Bsica (LDB, 1996; PCN, 1998; OCEM, 2006) sugerem que os alunos aprendam outro idioma atravs de experincias de uso e interao na lngua estrangeira, construindo, de maneira diversificada, plural e heterognea, discursos e formas de expresso e de ver/estar no mundo, atravs da reflexo crtica em relao aos diferentes modos de atuao lingustica. A concepo de linguagem que fundamenta tal perspectiva de ensino e de trabalho com a lngua estrangeira na escola de natureza sociointeracional (BRASIL, 1998, p. 27), definida por Travaglia como lugar de interao humana, de interao comunicativa pela produo de efeitos de sentido entre interlocutores, em uma dada situao de comunicao e em um contexto scio-histrico e ideolgico (2005, p. 23). Assim, nesse contexto, o foco da gramtica deve voltar-se para o papel que ela desempenha nas relaes interpessoais e discursivas (BRASIL, 2006, p. 144) e entre os vrios fatores que podem contribuir para a implantao de um processo de ensinoaprendizagem nessa linha (materiais didticos, recursos disponveis, orientao metodolgica adotada etc.), a formao lingustica dos professores que iro concretiz-la se configura como elemento fundamental. A partir da anlise das respostas dadas pelos professores participantes do Projeto de Formao Continuada de Professores de Espanhol (FOCOELE) a uma atividade diagnstica sobre o uso dos pronomes sujeito em espanhol, o objetivo do presente trabalho evidenciar lacunas na formao lingustica desses professores, mostrando a necessidade de que a formao docente contemple, tambm, e de forma organizada e sistemtica, uma linha de trabalho com a lngua que privilegie o uso e a reflexo e associe forma e discurso, vinculando o funcionamento sinttico da lngua produo de sentido nas dimenses semntica, textual, discursiva e pragmtica (GUIMARES, 2009, p. 55).Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 42. 43Y USTED? Y USTED? QUANDO OS USOS NO CORRESPONDEM S EXPLICAES TRADICIONAIS Elzimar Goettenauer de Marins Costa (UFMG)Em quais aspectos deve incidir a formao continuada de professores de espanhol? Essa interrogao tem servido de base para a definio do planejamento do projeto FOCOELE (FALE/UFMG), que, nas trs edies anteriores (2010 a 2012), tratou de questes metodolgicas relativas ao desenvolvimento das habilidades de compreenso e produo oral e escrita, anlise de livros didticos e elaborao de atividades. Este ano, atendendo demanda dos prprios professores, optou-se pelo aprofundamento de temas gramaticais. No segundo mdulo, abordou-se o tema PronombresPersonales, assunto que, embora presente nos livros didticos e nas gramticas dirigidas ao ensino/aprendizagem de espanhol como lngua estrangeira, constitui-se como um tpico gramatical complexo, devido principalmente inversa assimetria dos usos dos pronomes na funo de sujeito e de complemento em espanhol e portugus (GONZLEZ, 2008). Nesta comunicao, ser apresentada a proposta de estudo dos pronombrespersonalessujeto destacando-se o emprego de vos e usted , realizada no curso, tomando como fundamento o princpio de que a aprendizagem de uma lngua deve propiciar que o aprendiz se situe no discurso do outro e ao mesmo tempo possa expressar suas idias e sua identidade no idioma do outro (OCEM, p. 151; 152). Sendo assim, a formao de um professor como profissional crtico passa pela superao da crena inocente de que sistematizaes gramaticais simplificadas so mais compreensveis do que reflexes mais profundas sobre a gramtica em funcionamento (NEVES, 2012).Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 43. 44Artigos CompletosAnais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 44. 45A INFLUNCIA DA CULTURA NO PROCESSO DE AQUISIO DO ESPANHOL COMO LNGUA ESTRANGEIRA NATAN GONALVES FRAGA FURBRESUMEN: El tema tratado en este artculo es el papel que los aspectos culturales en el proceso de adquisicin del idioma Espaol como lengua extranjera, as como la influencia de la imaginacin que tienen los estudiantes en el proceso de adquisicin del Espaol. El objetivo de esta investigacin es comprender el papel de la cultura en la lengua objeto de estudio, tanto en la adquisicin de ese idioma, y en la imaginacin de los estudiantes. Por lo tanto, el estudio realiza una revisin bibliogrfica y documental que trata de discutir con autores como Saussure (1976), Chomsky (1996) y Revuz (2001). Se hace un anlisis sobre la concepcin de lengua y su relacin con la cultura; sobre el proceso adquisicin de la lengua materna y extranjera; y sobre la influencia de las imgenes que tenemos de la lengua extranjera en el proceso de adquisicin de la misma. Para ello se presenta un estudio cuyo pblico especfico son estudiantes brasileos que estudian Idioma Espaol como Lengua Extranjera. En el curso de este anlisis, la investigacin muestra que el lenguaje es una construccin social y por lo tanto lengua y cultura son inseparables. Adems, que el trabajo con los aspectos culturales en el aula es una manera de romper cualquier visin errnea y eliminar los prejuicios y estereotipos construidos en la imaginacin de los estudiantes para que haya un resultado eficaz en la enseanza y el aprendizaje de lenguas extranjeras. Llegamos a la conclusin de que la influencia cultural es fundamental en el aprendizaje de la lengua, ya que es a travs de la cultura que podamos entender mejor la forma de pensar y de ser de la sociedad hablante de la lengua extranjera.INTRODUONo podemos limitar o processo de aquisio de Lngua Espanhola somente a aprender regras gramaticais, pronncia e vocabulrio. insuficiente, se necessita muitomais. Aprender uma lngua estrangeira implica na forma de ver, pensar, acreditar e agir na lngua, pois por mais que haja tamanha semelhana entre as lnguas Espanhola e Portuguesa, o processo de aquisio no deixa de ser complexo. O conceito de certo, de errado, de educao, de grosseria, de violncia, de amvel, e de tantas outras caractersticas muda de uma cultura para outra, de uma sociedade para outra e isso influencia muito no valor e no significado das palavras de uma lngua, j que a lngua expressa a viso de mundo de determinado povo, sociedade, cultura. Mesmo no caso do portugus do Brasil e o portugus de Portugal que so lnguas iguais, vemos palavras iguais na sua grafia, mas seno um pouco, totalmente diferentes em sua significao ou em sua funo. Por isso faz parte do processo de aquisio de uma lngua estrangeira o contato com a Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 45. 46cultura da lngua estudada, para que haja uma compreenso real dos lxicos e das estruturas gramaticais de determinada lngua. Hoje essa viso muito aplicada no ensino de Lngua Espanhola, j que, ao contrrio da Lngua Inglesa, a cultura da Lngua Espanhola no influencia e nem est presente em nossa cultura. Porisso, o objetivo dessa pesquisa analisar a funo do contedo sociocultural nas aulas de Lngua Espanhola. Para isso ser necessrio explorar o conceito de lngua e a sua relao com o sociocultural; o processo de aquisio da lngua materna e lngua estrangeira, evidenciando semelhanas e distines em ambos os processos; o imaginrio que os brasileiros tem sobre a lngua e cultura espanhola, e a importncia do estudo da cultura na formao desse imaginrio. LNGUA Saussure (1976), responsvel por definir a Lingustica como Cincia, define a lngua como sistema de signos, como um conjunto de unidades que esto organizadas e que forma um todo. Diz que a lngua no definida por um indivduo, mas sim pelo grupo social ao qual esse indivduo pertence, ou seja, a lngua um conceito social, imperativa, interativa, um patrimnio social abstrato. Em suma, Saussure (1976) mostra atravs de sua definio que a lngua expressa a cosmoviso de uma sociedade, e assim que a lngua est intimamente ligada ao pensamento. Por mais abstratas ou particulares que sejam as operaes do pensamento, elas so expressas atravs da lngua. Podemos dizer tudo, e podemos diz-lo como queremos. Da procede esta convico de que pensar e falar so duas atividades distintas por essncia, que so acionadas pela prtica da comunicao, mas que tm cada uma o seu domnio e suas possibilidades independentes. Mas isso a que chamamos "o que queremos dizer" ou "o nosso pensamento" um contedo de pensamento, bem difcil de definir em si mesmo. Recebe forma da lngua e na lngua, que o molde de toda expresso possvel; e que no pode dissociar-se dela. Essa lngua configura-se no seu conjunto e enquanto totalidade. Essa grande estrutura, que encerra estruturas menores e de muitos nveis, d a sua forma ao contedo de pensamento. Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 46. 47A lngua , pois, no apenas a condio de transmissibilidade, mas antes de tudo a condio de realizao do pensamento. No captamos o pensamento a no ser j adequado aos quadros da lngua. Portanto, a lngua numa sociedade expressa o pensamento e faz a estrutura sociocultural de uma comunidade, organiza e constitui o meio. A lngua interpreta a experincia de tal forma que as categorias mais profundas do pensamento so diferentes nas diferentes culturas, ou seja, cada cultura pensa diferente porque cada cultura tem uma lngua diferente. A lngua de uma comunidade, alm de materializar os aspectos sociais, geogrficos, polticos, econmicos e culturais que formam as ideias, vises e experincias vividas por tal povo, que singular,tambm a ter estas caractersticas como significado de seus signos. E assim nessa interao e complementao de lngua x pensamento, voltamos ao que Saussure (1976) diz, que a lngua definida pelo pensamento sociocultural e por isso um fato e conceito social. A LNGUA MATERNA E A LNGUA ESTRANGEIRAA lngua materna adquirida por um processo cognitivo universal, relativo condio humana. Essa aquisio da lngua materna uma habilidade complexa e especializada, que se desenvolve de forma espontnea, sem esforo consciente e sem instruo formal e que igual para todos os indivduos. Essa aquisio materializa a capacidade de linguagem dos indivduos, ou seja, no processo de aquisio de lngua materna o indivduo desenvolve a capacidade de interagir com seu prximo, construir seu mundo interior, organizar seu pensamento e se desenvolver como ser humano. Essa aquisio ocorre de maneira natural, em situaes reais do cotidiano do indivduo (CHOMSKY, 1981 apud BARALO, 1996, p.11). As caractersticas do processo de aquisio da lngua materna e os valores e conceitos do meio do indivduo do significado s palavras (REVUZ, 2001). A linguagem do meio do indivduo o influencia antes de seu ser falar, a construo do sistema lingustico do indivduo se baseia no sistema de valores e a relao de sua linguagem se tece a partir do desejo do outro, enquanto ela prpria modelada a partir desse desejo. Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 47. 48O processo de aquisio da lngua estrangeira se distingue do processo de aquisio de lngua materna, pois quando se adquire a lngua estrangeira j se tem o conhecimento e a experincia da lngua materna (REVUZ, 2001). Os conhecimentos da lngua materna por vezes so usados como referncia no aprendizado da lngua estrangeira, j que o indivduo tem sua identidade formada na L11. Sobre a influncia da lngua materna no processo de aquisio da lngua estrangeira, Revuz (2001, p. 217), esclarece que Toda tentativa para aprender uma outra vem perturbar, questionar, modificar aquilo que est inscrito em ns com as palavras dessa primeira lngua. Muito antes de ser objeto de conhecimento, a lngua o material fundador de nosso psiquismo e de nossa vida relacional. Se no se escamoteia essa dimenso, claro que no se pode conceber a lngua como um simples instrumento de comunicao. justamente porque a lngua no um princpio, e nunca, s um instrumento, que o encontro com uma outra lngua to problemtico, e que ela suscita reaes to vivas, diversificadas e enigmticas. Essas reaes se esclarecem um pouco se for levado em considerao que o aprendiz, em seu primeiro curso de lngua, j traz consigo uma longa histria com sua lngua. Essa histria interferirsempre em sua maneira de abordar a lngua estrangeira. Alm do processo de aquisio de lngua estrangeira se distinguir do da lngua materna por j ter o conhecimento de uma lngua, h tambm o contexto que se pode ser artificial ou natural e a variao de idade que pode influenciar no sotaque. Por essas caractersticas, podemos dizer que estudar uma lngua estrangeira se colocar em uma situao de no saber absoluto, voltar a ser beb, fazer a experincia da importncia de se fazer entender. entrar num mundo artificial, imaginrio. Se o meio em que o convive no tem a lngua estrangeira como lngua nativa, e mesmo se for o ambiente o da lngua estrangeira, um meio natural, h o exerccio de se colocar como um ser sem o saber da lngua materna para a formao de seu ser nesse mundo novo que traz a lngua estrangeira. O exerccio rduo, pois na sua prtica vemos fortemente a presena da lngua materna na prtica do entendimento das significaes da lngua estrangeira e no aparelho fonador que foi formado para os sons da lngua materna e com isso encontra-se dificuldade na adaptao para novos sons da lngua estrangeira.1Lngua Materna Anais do II Colquio do GEPPELE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Prticas de Ensino e Formao de Professores de Lngua Espanhola Universidade Federal do Cear 21 e 22 de Novembro de 2013 Campus Benfica Centro de Humanidades Fortaleza Cear ISSN: 2237-8979 48. 49A lngua materna to onipresente na vida do indivduo que se tem a sensao de jamais t-la aprendido, por isso o contato com a lngua estrangeira parece uma experincia totalmente nova, experincia que no tem haver com o fenmeno lingustico, mas sim com as modalidades(REVUZ, 2001). A presena da lngua materna obvia e impossvel extinguila, j que o indivduo se forma e se desenvolve como ser humano sob a estrutura de sua lngua materna, mas isso no impede seu sucesso com a lngua estrangeira, ao contrrio, so muitos os que conseguem a fluncia e domnio na lngua estrangeira mais que os prprios nativos. Sobre a aquisio do conhecimento sinttico da lngua estrangeira, Chomsky (apud BARALO, 1996, p.9) diz que o indivduo, no seu processo de aquisio da lngua estrangeira sabe construir oraes gramaticais, ou seja, sabe as regras de estruturas sintticas sem que algum o tenha ensinado. Essa prtica natural e esse conhecimento inconsciente das categorias das palavras, das regras de dependncia estrutural dos sintagmas, da estrutura dos sintagmas que sempre se projetam a partir de seu ncleo, da regra de construo das interrogativas entre outros muitos aspectos ocorrem