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ISBN 978-85-61839-06-2 ANAIS DA MOSTRA CIENTÍFICA

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Ocorrida entre os dias 18 e 23 de janeiro de 2011, no Rio de Janeiro.

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ISBN 978-85-61839-06-2

ANAIS DA MOSTRA CIENTÍFICA

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ISBN 978-85-61839-06-2

União Nacional dos Estudantes Associação Nacional de Pós-Graduandos

Anais da Mostra Científica da 7º Bienal da UNE / Eleonora Rigotti (org.), Theófilo Codeço Machado Rodrigues (org.) / Thiago Oliveira Custódio(org.) – Rio de Janeiro: UNE & ANPG, 2011.

Anais da 7º Bienal da UNE

Organizadores: Eleonora Rigotti Theófilo Codeço Machado Rodrigues Thiago Oliveira Custódio Anais da 7º Bienal da UNE – UNE: RJ, 2011.

ISBN: 978-85-61839-06-2 Organizadores: Eleonora Rigotti, Theófilo Codeço Machado, Thiago Oliveira Custódio.

1. Cultura 2. Educação 3. Ciência e Tecnologia 4. Ciências Humanas 5. Educação e Políticas 6. Meio Ambiente 7. Saúde – Anais. I. Custódio, Thiago Oliveira. II. Rigotti, Eleonora. III. Machado, Theófilo Codeço Machado. IV. União Nacional dos Estudantes. V. Associação Nacional de Pós-Graduandos.

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ISBN 978-85-61839-06-2

UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES

Presidente Augusto Chagas Vice-Presidente Tiago Ventura Primeiro Vice-Presidente Sandino Patriota Segundo Vice-Presidente Bruno da Mata Terceiro Vice-Presidente Tassio Brito Tesouraria Geral Harlen Oliveira Primeiro Tesoureiro Sergio Gabriel Pinto Cruz Secretaria Geral Antonio Henrique Diretor de Comunicação André Vitral Primeiro Diretor de Comunicação Vicente Siluzio Diretor de Relações Internacionais Daniel Iliescu Primeiro Diretor de Relações Internacionais Lucelio de Moura Diretor de Relações Institucionais Marcela Rodrigues Diretor de Políticas Educacionais Wallison Brandão Primeiro Diretor de Políticas Educacionais Lais Gouveia Diretor de Movimentos Sociais Vitor Lucena Diretor de Escolas Particulares Joanna Parolli Diretor de Cultura Fellipe Redó Diretor Jurídico Luis Felipe Maciel Segundo Diretor de Relações Internacionais Renan Alencar Diretor de Desporto Universitário Emival Dalat

7º BIENAL DA UNE

Coordenador geral Felipe Redó Coordenadora de áreas Eleonora Rigotti Coordenador de mobilização Rafael Buda Coordenador de artes cênicas Thiago Pondé Coordenadora de artes visuais Andressa Argenta Coordenador de música Guilherme Barcelos Coordenador de literatura Elisa Ferreira Coordenador de ciência e tecnologia Theófilo Rodrigues Coordenadora da mostra CUCA Cássia Olival Comunicação Blog e TV CUCA Rafael Gomes Produção geral Contra Regras

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUANDOS

Presidente Elisangela Lizardo Vice-presidente Carolina Pinho Tesoureira Carliana Rabelo Secretário-Geral Rodrigo Cavalcanti Diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação Vasco Rodrigo Diretora de Relações Institucionais Angélica Müller Diretora de Comunicação Luana Bonone Vice-presidente Regional Centro-Oeste Tamara Naiz Vice-presidente Regional Nordeste Maíra Gentil Vice-presidente Regional Norte Thiago Oliveira Vice-presidente Regional São Paulo André Cardoso Vice-presidente Regional Sudeste Josué Medeiros Vice-presidente Regional Sul Gabriele Gottlieb 1º Diretor de Relações Institucionais Thiago Matsushita 2º Diretor de Relações Institucionais João Carlos Azuma Diretor de Políticas Educacionais Júlio Neto Diretor Acadêmico-Científico Gustavo Siqueira Diretor de Saúde Pedro Tourinho Diretor de Cultura e Eventos Científicos Marcelo Ramos Diretor de Direitos dos Pós-Graduandos Ilton Robl Filho Diretor de Instituições Estaduais Marcelo Fabiano Diretor de Instituições Públicas Reinaldo César Diretora de Instituições Particulares Érica Giardulli Diretor de Lato-Sensu Luiz Carlos Fernandes Diretora de Ensino à Distância (EAD) Alessandra Millezi Diretor de Movimentos Sociais Fábio Plutt Diretor de Políticas de Emprego João Alex Costa Carneiro Diretor de Políticas de Juventude Tiago Magaldi Diretor de Relações Internacionais Joelson Conceição Souza Diretora de Mulheres Anne Benevides Diretor de Tecnologias da Informação e da Comunicação Thiago Oliveira Custódio

ANAIS DA MOSTRA CIENTÍFICA

Organizadores Eleonora Rigotti Theófilo Rodrigues Thiago Oliveira Custódio

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ISBN 978-85-61839-06-2

APRESENTAÇÃO

Representando os milhões de estudantes

universitários brasileiros e figurando entre as

principais instituições da história do país, a União

Nacional dos Estudantes (UNE) tem 73 anos de

protagonismo e participação ativa nos destinos do

povo brasileiro. A UNE é uma organização

democrática de encontro das diversas juventudes e

lutas pela educação de qualidade, soberania

nacional, tolerância, inclusão, justiça social e

também pela valorização da diversidade

sociocultural no Brasil.

Fundada em 1937, lutou contra a ditadura do Estado

Novo, contra o movimento nazifascista durante a

segunda guerra mundial e a favor do patrimônio

nacional nos anos 50, quando realizou a campanha

“O Petróleo é Nosso”, sucedida pela criação da

Petrobrás. Desde o início da década de 60, o

movimento estudantil milita também pelas grandes

reformas sociais no Brasil, entre elas a reforma

universitária.

No entanto, todas as atividades do movimento

estudantil foram perseguidas e combatidas pela

ditadura militar, instaurada pelo golpe de 1964. Uma

das primeiras atitudes do regime ditatorial, ainda no

dia primeiro de abril desse ano, foi invadir,

metralhar e incendiar a sede da UNE na Praia do

Flamengo, Rio de Janeiro. A UNE e a União Brasileira

dos Estudantes Secundaristas (UBES) foram postas

na ilegalidade, seus representantes perseguidos,

torturados ou assassinados como Honestino

Guimarães, presidente da UNE no final dos anos 60.

O movimento estudantil não recuou e tentou se

organizar como pode, em ações como o Congresso

de Ibiúna (SP), em 1968, que foi invadido pelos

militares e teve todos seus representantes presos.

As universidades eram vigiadas, intelectuais e

artistas eram perseguidos, o Brasil escurecia. Porém,

a UNE resistiu e conseguiu se reestruturar em 1979,

no Congresso de Salvador (BA). Em 1984, os

estudantes participaram ativamente da Campanha

das “Diretas Já” e apoiaram a candidatura de

Tancredo Neves à Presidência da República.

Com a força recuperada, o movimento estudantil,

representado pela UNE e pela UBES (União Brasileira

dos Estudantes Secundaristas), foi o primeiro a

levantar a bandeira pela ética na política em 1992,

durante as manifestações pró-impeachment de

Fernando Collor com o movimento dos “cara-

pintadas”. Durante o governo Fernando Henrique

Cardoso, a UNE resistiu ao movimento de

privatizações e sucateamento da universidade

pública, opondo-se ao neoliberalismo e às

consequências negativas da globalização.

A partir do governo de Luis Inácio Lula da Silva, a

UNE conseguiu fazer valer algumas de suas antigas

reivindicações, como a ampliação do acesso ao

ensino superior e da assistência estudantil,

participando ativamente da criação de programas

como o Prouni e o Reuni. Rodou o Brasil em

caravanas pela educação e saúde, ampliou a sua

participação internacional nos movimentos sociais e

de juventude, além de ter recuperado, em 2007, a

sua antiga sede na Praia do Flamengo, retirada pela

ditadura em 1964. Atualmente a UNE participa do

Conselho Nacional de Juventude e do Conselho de

Desenvolvimento Econômico e Social do Brasil.

A UNE E A CULTURA

Uma das características do movimento estudantil

brasileiro é ser precursor de importantes

movimentos culturais no país. Entre eles, destaca-se

o histórico Centro Popular de Cultura da UNE (CPC

da UNE) nos anos 60, por onde passaram figuras

como Vinícius de Moraes, Cacá Diegues, Ferreira

Goulart, Vianinha e Arnaldo Jabor.

O CPC tornou-se um marco ao unir artistas,

intelectuais e estudantes à cultura popular

brasileira, chegou a fundar um selo de discos, uma

editora de livros e teve, entre seus principais

produtos, o filme Cinco Vezes Favela. A partir do

final da década de 90, a UNE retomou a sua

atividade cultural com sua primeira Bienal de

Cultura, Arte e Ciência em 1999, na cidade de

Salvador e dois anos depois com o projeto CUCA da

UNE (Circuito Universitário de Cultura e Arte).

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ISBN 978-85-61839-06-2

A BIENAL

Com 12 anos de idade e chegando à sua sétima

edição, a Bienal da UNE se consolida hoje como o

principal encontro da juventude brasileira. A 7ª

Bienal teve como sede a cidade do Rio de Janeiro. As

atividades foram realizadas entre os dias 18 e 23 de

janeiro de 2011.

Reunir as diversas expressões artísticas, valorizar a

identidade nacional e conectar as produções juvenis

de todas as regiões do país são algumas das

propostas que envolvem este grande projeto,

considerado hoje o maior festival estudantil da

América Latina.

A Bienal abriu a série de grande projetos e

megaeventos que serão realizados nesta década no

Rio de Janeiro, quando a cidade receberá a Copa de

2014 e as Olimpíadas de 2016. Foram cerca de 10

mil jovens de todo o Brasil e também do exterior,

que se integraram à comunidade carioca somando

um público de mais de 50 mil pessoas em uma

intensa programação de atividades culturais,

científicas e esportivas em diversos espaços da

capital.

Além de ser o principal instrumento para o

mapeamento e difusão da produção desenvolvida

por jovens de todo o país, a Bienal sempre apresenta

um qualificado rol de convidados entre pensadores,

artistas, ativistas e outras figuras públicas em

debates, grandes shows, exposições e atos públicos.

Já participaram da Bienal personagens como

Gilberto Gil, Oscar Niemeyer, Ariano Suassuna,

Ziraldo, Jorge Mautner, Serginho Groisman, Abdias

do Nascimento, Sérgio Amaral, Jards Macalé, Alceu

Valença, Marcelo D2, Martinho da Vila, Racionais

MC, Beth Carvalho, Lenine, O Rappa, Tom Zé, Mr

Catra e Naná Vasconcelos.

Esta edição do evento teve como tema “Brasil no

estandarte, o samba é meu combate”. Ao longo de

11 anos, as bienais já pautaram a herança africana

na cultura do país, os vínculos do Brasil com a

América Latina, a cultura popular e as raízes de

formação do povo brasileiro. A 7ª Bienal representa

um amadurecido trajeto em busca dessa

compreensão privilegiando o samba como elemento

icônico da brasilidade, buscando, para além da sua

história musical, entender como se apresenta nas

dimensões sociais, críticas e estéticas da nação.

O festival propôs um olhar sobre o samba que

ultrapasse sua imagem puramente festiva ou

carnavalesca. Inspira-se no gênero musical tido

como uma marca de trocas sociais, uma

possibilidade autêntica de valorização da

brasilidade, o estilo de vida, os lugares e os

personagens que fazem do samba o seu relato mais

íntimo do dia-a-dia e a sua manifestação maior de

combate. Muito mais do que música, samba é o jeito

de viver, gingar, pensar e decidir do povo brasileiro.

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INTRODUÇÃO

Com cerca de 100 trabalhos inscritos, a mostra científica da 7ª Bienal de Cultura da UNE foi um dos espaços mais ricos de todo o evento. Além da rica troca de experiências o encontro homenageou o cientista brasileiro José Marcio Ayres. A principal ideia defendida por Ayres era a de que as reservas de desenvolvimento sustentável deviam ser geridas pelos próprios moradores. O que isso quer dizer? Quer dizer que não é retirando a população de lá que salvaremos a Amazônia, mas sim empoderando esta população. Uma frase desse pesquisador que ilustra bem seus pensamentos é “a Amazônia está melhor protegida quando seus moradores, ao invés de serem parte do problema, passam a ser parte da solução”. Ao homenagearmos um ambientalista na mostra científica, reafirmamos o compromisso da UNE, da ANPG e dos estudantes brasileiros com o meio ambiente e as gerações futuras.

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SUMÁRIO

I. CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

.....................................................12

1. INCLUSÃO DIGITAL .................................. 12

A. IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA

INCLUSÃO DIGITAL UTILIZANDO SOFTWARE

LIVRE EM UMA ESCOLA MUNICIPAL DE

SOBRAL ...................................................... 12

2. CIÊNCIAS DA SAÚDE ................................ 13

A. A NANOTECNOLOGIA NA BUSCA DO

TRATAMENTO DE DOENÇAS ATRAVÉS DA

NANOMEDICINA ......................................... 13

3. HISTÓRIA DA CIÊNCIAS ............................ 14

A. INTELIGÊNCIA E ENGENHOSIDADE

GERARAM UM PESADELO ÉTICO A BOMBA

ATÔMICA .................................................... 14

4. CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO ...................... 16

A. SISTEMAS DE TV DIGITAL: UMA ANÁLISE

COMPARATIVA ENTRE OS PRINCIPAIS

PADRÕES EXISTENTES ................................. 16

5. CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA .................. 17

A. PROPRIEDADES OPTO-ELETRÔNICAS DE

JUNÇÕES P-I-N INJETORAS DE SPIN .............. 17

6. SOFTWARE LIVRE .................................... 18

A. ARTE DIGITAL COM SOFTWARE LIVRE .. 18

7. CIÊNCIAS AGRÁRIAS ................................ 18

A. AVALIAÇÃO SENSORIAL E DO

RENDIMENTO DE HAMBÚRGUERES BOVINOS

ENRIQUECIDOS COM AVEIA ........................ 18

8. CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA .................. 20

A. ALTERNATIVAS PARA A GERAÇÃO DE

ENERGIA EM PEQUENAS PROPRIEDADES

RURAIS EM ARAÇATUBA-SP ........................ 20

9. SAÚDE COLETIVA ..................................... 21

A. ESTABELECENDO INTEGRAÇÃO ENTRE A

EQUIPE DE SAÚDE E A COMUNIDADE LOCAL:

UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ....................... 21

II. CIÊNCIAS HUMANAS ..................... 24

1. DIREITO ................................................... 24

A. O DIREITO ACHADO NO SAMBA: A

MÚSICA E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL COMO

EXPRESSÕES DA REALIDADE POPULAR ......... 24

B. A PROGRAMATICIDADE DAS NORMAS

CONSTITUCIONAIS SOB A ÓTICA DE JOSÉ

AFONSO DA SILVA ....................................... 25

C. A INFLUÊNCIA DAS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS

NA FORMAÇÃO DA LEI Nº 11.096/2005 –

PROUNI ...................................................... 26

2. LITERATURA E COMUNICAÇÃO ................. 27

D. REVISITANDO A HISTÓRIA DO BRASIL

COM AS LENTES DA CONTEMPORANEIDADE

EM DIÁRIO DO FAROL, DE JOÃO UBALDO

RIBEIRO ...................................................... 27

B. A POESIA NO SÉCULO XXI: UMA ANÁLISE

DE NOME DE ARNALDO ANTUNES ............... 29

E. PROGRAMAS JORNALISTICOS DE

TELEVISÃO COMO INSTRUMENTO DE

PERSUASÃO DO ELEITORADO SINOPENSE .... 30

F. DIÁLOGOS ENTRE JULIO CORTÁZAR E

GABRIEL GARCIA MARQUES:

APROPINCUAÇÕES DOS ROMANCES DO BOOM

31

3. PSICOLOGIA............................................. 32

G. AS VIVÊNCIAS DE SEXUALIDADE NA

TERCEIRA IDADE: IDOSOS DO PROJETO

'CABELOS DE PRATA' DE BOA VISTA – RR ..... 32

4. ECONOMIA .............................................. 33

H. ANÁLISE DA RECENTE REDUÇÃO DA

POBREZA NO BRASIL: GOVERNO FHC E LULA 34

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I. RESERVAS INTERNACIONAIS DO BRASIL:

UMA ANÁLISE DE INDICADORES

MACROECONÔMICOS DE 2000 – 2009 ......... 35

J. ANÁLISE DE ÍNDICES DE

DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL: SERGIPE .. 37

5. ARTES VISUAIS ........................................ 38

K. MAQUETE DO BINHO: A FANTÁSTICA

CIDADE DE BRINQUEDOS ............................ 38

6. CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS .................. 39

A. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. DESVENDANDO

SEPARAÇÃO DE CASAIS ATENDIDOS NO PÓLO

AVANÇADO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO

AMAZONAS ................................................ 39

B. TRABALHO FEMININO: REFLEXÕES SOBRE

O ASSENTAMENTO SANTA MARIA NO ACARÁ -

PA 44

7. CIÊNCIAS SOCIAIS .................................... 46

A. O JOVEM FLORESTAN FERNANDES (1941-

1958): UM LEITOR DOS LIMITES DE

TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA

46

B. A CENSURA POLITICA NA IMPRENSA

BAURUENSE DURANTE A DITADURA MILITAR

(1968-1970) ................................................ 47

C. DO REGGAE AO SAMBA: A DIVERSIDADE

CULTURAL DO MARANHÃO ......................... 48

D. VELHOS E NOVOS SAMBAS: FUZILEIROS

DA FUZARCA ONTEM, HOJE E SEMPRE ......... 49

E. INSTRUMENTOS MUSICAIS AFRO-

BRASILEIROS ............................................... 51

F. "MEMÓRIAS, POÉTICAS E AROMAS" O

TRAJETO ANTROPOLÓGICO DAS VENDEDORAS

DE ERVA DO VER-O-PESO ............................ 52

G. ASTRONOMIA E URBANISMO NA

COMUNIDADE INDÍGENA ............................ 54

H. BREGA S/A: A POPULARIZAÇÃO DA

TECNOLOGIA E A REINVENÇÃO DO BREGA ... 55

I. PROFUSÃO E REPRESSÃO DAS

MANIFESTAÇÕES AFROS NO SÉCULO XIX: DO

BATUQUE AO “SAMBA” .............................. 57

J. O SAMBA NA MINHA TERRA: UM

PARALELO ENTRE O SAMBA DO RIO E O

SAMBA NO MARANHÃO .............................. 58

K. REFLETINDO SOBRE O SER BRASILEIRO: O

NACIONALISMO NO BRASIL PÓS-COPA DO

MUNDO ...................................................... 60

L. MERCOSUL: UMA ANÁLISE DO

FORTALECIMENTO DA INTEGRAÇÃO

REGIONAL ATRAVÉS DO OLHAR DA CULTURA

64

M. GÊNERO, DIVERSIDADE E FAMÍLIA: UMA

QUEBRA DE PARADIGMAS NO ÂMBITO

ESCOLAR ..................................................... 64

N. SER DIFERENTE, SER IGUAL - CONCEITOS

OU PRECONCEITOS? .................................... 65

O. “AGONIZA, MAS NÃO MORRE”:

CARNAVAL, SAMBA E RESISTÊNCIA NA

CONSTRUÇÃO DE UM ESPAÇO NEGRO NA

SOCIEDADE TERESINENSE (1958-2008) ......... 66

III. EDUCAÇÃO E POLÍTICAS ................ 69

1. ÉTICA ...................................................... 69

A. O CONCEITO DE FELICIDADE NA

CONCEPÇÃO KANTIANA .............................. 69

2. GEOMETRIA E TOPOLOGIA ....................... 70

A. EDUCAÇÃO- APRENDIZAGEM DE

GEOMETRIA COM RECURSO VISUAL:UMA

EXPERIÊNCIA EM SOBRAL ............................ 70

B. FUTEBOL É PURA MATEMÁTICA ............... 71

3. CIÊNCIAS DA SAÚDE ............................. 72

A. MUSEU DE ANATOMIA HUMANA DA

UFCSPA. EDUCAÇÃO EM SAÚDE ATRAVÉS DA

ARTE .............................................................. 72

B. VISITA A ESCOLA EXPERMENTAL:

CONTRIBUIÇÕES DA PRÁTICA ESPORTIVA NO

PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM ............ 74

4. MATEMÁTICA .......................................... 75

C. CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS EM TODA

PARTE: O ENSINO DA GEOMETRIA ATRAVÉS

DA PRÁTICA ................................................ 75

5. ESTADO E POLÍTICAS PÚBLICAS ................ 76

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A. CULTURA E EDUCAÇÃO: ONG DARUÊ

MALUNGO, ESPAÇO DE TRANSFORMAÇÃO

SOCIAL PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES DA

COMUNIDDE CHÃO DE ESTRELAS NA CIDADE

DO RECIFE. .................................................. 76

B. A PARTICIPAÇÃO DOS PROGRAMAS DE

TRANSFERÊNCIA CONDICIONADA DE RENDA

NA QUEDA DA DESIGUALDADE DE RENDA NAS

MACRORREGIÕES BRASILEIRAS PÓS 2000 .... 78

C. AMAZÔNIA, FRONTEIRA E FORÇAS

ARMADAS: O CASO DA 2ª FROTA DO

NORTE/AMAZÔNIA ..................................... 79

D. SISTEMA DE PROTEÇÃO E VIGILÂNCIA NA

AMAZÔNIA ................................................. 81

E. POBREZA NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS

ANOS 1992 -2005 ........................................ 82

F. RELAÇÕES INTERNACIONAIS E AS

CIDADES ..................................................... 84

G. A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO TEMA

JUVENTUDE APÓS A 1ª CONFERÊNCIA

NACIONAL DE JUVENTUDE .......................... 85

H. CENSO DA EDUCAÇÃO INFANTIL .......... 86

I. A REDE DE PONTOS DE CULTURA E SAÚDE

COMO FORMA DE EMANCIPAÇÃO SOCIAL ... 87

J. GESTÃO DE CUSTOS NA ADMINISTRAÇÃO

PÚBLICA BRASILEIRA ................................... 88

6. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ......................... 89

K. EDUCAÇÃO PARA ABOLIÇÃO: AS

CHARGES DE ÂNGELO AGOSTINI NO SEGUNDO

REINADO. ................................................... 89

7. ENSINO E APRENDIZAGEM ....................... 90

L. METODOLOGIA PEDAGÓGICA DO

PROGRAMA SEGUNDO TEMPO/SOBRAL-CE . 90

IV. MEIO AMBIENTE ........................... 91

1. DESENVOLVIMENTO E SUSTENABILIDADE 91

A. DO GARIMPO A SOJA: A LÓGICA DA

PRODUÇÃO CAPITALISTA DO ESPAÇO E A

DEGRADAÇÃO AMBIENTAL NO MUNICÍPIO DE

ALTO GARÇAS ............................................. 91

B. DESAFIOS PARA SUSTENTABILIDADE E

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NA SAÚDE

93

V. SAÚDE .......................................... 95

1. NUTRIÇÃO FUNCIONAL ............................ 95

A. CONSIDERAÇÕES SOBRE A IMPORTANCIA

DA ALIMENTAÇÃO NA MANUTENÇÃO DOS

PROCESSOS DE MEMÓRIA ........................... 95

2. SAÚDE PÚBLICA ....................................... 95

A. ATIVIDADE OCUPACIONAL COM EQUIPE

DE UM POSTO DE SAÚDE DE PORTO ALEGRE 95

B. O QUE É SAÚDE? O OLHAR DO

PROFISSIONAL DA MEDICINA DOTADO DE

SIGNIFICADO: UMA ANÁLISE À LUZ DE MAX

WEBER ........................................................ 96

C. O PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO

TRABALHO EM SAÚDE DO TRABALHADOR:

RELATO DE ATIVIDADE EXTENSIONISTA EM

UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE

PETROLINA-PE ............................................. 97

D. A PRODUÇÂO STRICTO SENSU SOBRE

TERAPIA COMUNITÁRIA NO PORTAL CAPES . 99

ÍNDICE DE AUTORES ......................... 101

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CIÊNCIA TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

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I. CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

1. INCLUSÃO DIGITAL

A. IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA INCLUSÃO DIGITAL UTILIZANDO SOFTWARE LIVRE EM UMA ESCOLA MUNICIPAL DE SOBRAL

Cilândia Nágela Morais Silveira1

[email protected]

Plácido Marinho Dias2

INTRDOUÇÃO

A velocidade do surgimento de novas tecnologias de

informação, assim como o seu desenvolvimento, torna a

inclusão digital um processo necessário na vida de

qualquer indivíduo. Essa necessidade tornou-se tão

aparente que muitas ONG’s e associações começaram a

realizar projetos com o intuito de diminuir a exclusão

digital. A idéia é transformar essa inclusão em política

pública, partindo do pressuposto que esta não se resume

apenas no papel desempenhado pelo Estado. As escolas

da rede pública estão sendo equipadas com laboratórios

de informática e sendo alvo de projetos com a doação de

materiais sobre software livre. Neste contexto a

implantação do Programa Inclusão Digital – PID em uma

escola no município de Sobral surge com o objetivo de

amenizar a carência de informação nesta área e

possibilitar a integração dos alunos da rede pública com o

mundo do software livre.

METODOLOGIA

Através da pró-reitoria de assuntos estudantis e da pró-

reitoria de extensão, a Universidade Estadual Vale do

1 Autora, Graduanda em Ciências da Computação na Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA; 2 Orientador, Mestrado em Sistema de Informação e Banco de Dados na Universidade Federal do Ceará - UFC.

Acaraú lançou o programa inclusão digital que utilizou o

laboratório de informática de uma escola municipal em

Sobral para repassar aos alunos informações sobre a

definição de software livre e como usá-lo. Os

computadores da escola tem o Linux Educacional e o

pacote BrOffice.org instalado, sendo estes os softwares

abordados durante as aulas. De forma expositiva,

utilizando um material desenvolvido para este programa,

as aulas aconteciam aos sábados com duração de duas

horas e tinham como público alvo os estudantes do

ensino médio. Cada aluno recebeu a apostila mantendo a

posse da mesma até o fim do curso e durante as aulas

tinham acesso a um computador, onde seguiam as

instruções de utilização do mesmo, através da

visualização em data show. As avaliações aconteciam ao

fim de cada assunto que era considerado como um

módulo, totalizando em cinco, sendo estes: sistema

operacional Linux Educacional, Writer, Calc, Impress e

navegador Mozilla Firefox. As notas e presenças foram

consideradas como critério de avaliação do conhecimento

do aluno e condição para o recebimento do certificado

após a conclusão do programa. No encerramento das

aulas foi realizado uma enquete a fim de saber a opinião

dos alunos sobre o programa e a aceitação do mesmo,

sendo essas informações a base para uma possível

continuidade ou término do programa.

RESULTADOS

Os alunos participaram de forma assídua e contribuíram

para o desenvolvimento do programa, sendo eles os mais

beneficiados com tal ação. Todos receberam os

certificados de conclusão do programa inclusão digital,

sendo especificada a utilização dos softwares livres

abordados em aula. Isso comprova a aceitação do

referido programa por parte dos alunos e sucesso na

iniciativa, já que todos os objetivos foram alcançados.

CONCLUSÃO

Page 13: Anais da Mostra de C&T da 7ª Bienal da UNE

13

ISBN 978-85-61839-06-2

A ausência de alunos nos laboratórios não se dava pela

falta de interesse dos mesmos em utilizá-los, mas por não

deter o conhecimento necessário em informática. Depois

do início do programa, os laboratórios começaram a ser

mais procurados pelos alunos durante o intervalo das

aulas, assim como em outros turnos, o que não acontecia

anteriormente. Essa ausência era atribuída à falta de

internet, mas esse resultado nos remete que inclusão

digital não se refere apenas a utilização da rede na troca

de emails ou contas em sites de relacionamento,

geralmente acessadas em lan houses, mas utilizar as

tecnologias como forma de garantir o espaço em mundo

cada vez mais digital.

PALAVRAS CHAVE: INCLUSÃO DIGITAL; SOFTWARE LIVRE; ESCOLA.

2. CIÊNCIAS DA SAÚDE

A. A NANOTECNOLOGIA NA BUSCA DO TRATAMENTO DE DOENÇAS ATRAVÉS DA NANOMEDICINA

Leonardo B. Pires3

[email protected]

Márcio Nascimento4

INTRDOUÇÃO

Estamos vivendo uma época de novas descobertas no

campo da medicina e da tecnologia. A nanomedicina é a

aplicação da nanotecnologia na medicina. A unidade de

trabalho que tratamos aqui é o nanômetro que mede o

equivalente a bilionésima parte do metro. Ou seja, os

problemas de saúde serão resolvidos no âmago da

questão. No entanto, essa área não avança sozinha.

Depende de todo um conjunto de saberes

interdisciplinares. Avanços na medicina, na biologia

molecular, na engenharia, na química supramolecular,

dentre outras áreas que atuam nestas descobertas. Visa-

se construir estruturas inteligentes menores que células

para operar dentro do organismo humano realizando

3 Autor, Grad. em BI em Saúde na UFBA - BA. 4 Prof de Nanotecnologia da UFBA - BA.

funções bem específicas e resolvendo problemas de

saúde comuns ao século 20. Trago estudos já feitos por

alguns cientistas. Mostrando que obteve-se sucesso na

fabricação de nanodispositivos. E muitos testes vem

sendo realizado em animais de laboratório. O resultado

de tudo isso é uma ótima qualidade de vida para todos

num futuro não muito distante.

METODOLOGIA

Na elaboração deste trabalho, utilizou-se como base

teórica textos científicos que tratam da Medicina e da

Nanotecnologia como meios de tratar doenças. Além

destes textos, consultou-se também sites disponíveis na

internet que tratavam deste assunto. Analisou-se nestes

textos o avanço da tecnologia e a aplicação da mesma na

busca da cura de doenças como a AIDS e o câncer, visto

que essas doenças movem as pesquisas nesta área.

RESULTADOS

A nanomedicina visa à cura através de nanorobôs e

outros elementos a nível nanométrico. É possível

diagnosticar pequenos cânceres, antes de tratá-los com

medicamentos fortes, aplicados apenas no local do

tumor. É possível reduzir quaisquer efeitos colaterais.

Essas possibilidades de tratamento podem ser

comparadas aos que são feitos por fármacos, porém,

eficazes e potentes, isso permite a capacidade de

respostas mais rápido diante das doenças. A

nanomedicina permitirá um controle diferente da saúde

dos pacientes. O homem possui máquinas biológicas,

como as hemácias, as proteínas, a mitocôndria, entre

várias outras. A nanomedicina busca criar robôs que

sejam parecidos ou que exerçam o mesmo papel dessas

máquinas biológicas. Os nanorobôs poderiam ser

injetados no corpo através da via oral ou intravenosa

identificando e destruindo células cancerosas e infectadas

por vírus. Além de regenerar tecidos e fazer uma

infinidade de coisas que os remédios baseados em

química, não conseguem ou demoram para conseguir.

Estudos com hemácias mostram a possibilidade de

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14

ISBN 978-85-61839-06-2

utilização de um sangue sintético. Pesquisadores

conseguiram incorporar ferro-porfirínico em albuminas.

Essas proteínas modificadas conseguem imitar a

hemoglobina e deverão ser utilizadas na fabricação de

sangue artificial.

CONCLUSÃO

Esses estudos nos permite visualizar a medicina do futuro.

As doenças não serão tratadas com medicamentos ou

cirurgias e sim com reparos nos nossos próprios átomos.

Isso significa que dentre toda a história, os seres humanos

atuais serão os mais saudáveis de todos os tempos. Pois

com os avanços da nanomedicina será possível a

reorganização de átomos e moléculas de todas as

maneiras possíveis oferecidas pelas leis da física. Estas

informações podem parecer banais e longe da realidade.

Mas já está sendo construído dispositivos nanométricos

ou nanorobôs menores que células humanas dotadas de

chips inteligentes com capacidade de reconhecer defeitos

mínimos e realizar reparos. Estima-se que dentro da

próxima década, a nanotecnologia esteja sendo usada no

reparo e na reorganização da estrutura molecular das

células vivas. Hoje, alguns cientistas já estão sendo bem-

sucedidos em aplicar a nanomedicina em animais de

laboratório.

PALAVRAS CHAVE: NANOMEDICINA, NANOTECNOLOGIA, NANODISPOSITIVOS

3. HISTÓRIA DA CIÊNCIAS

A. INTELIGÊNCIA E ENGENHOSIDADE GERARAM UM PESADELO ÉTICO A BOMBA ATÔMICA

Geraldo Franscisco Neto5

[email protected]

Eduardo Martins Filho6

[email protected]

Eliezer Reis7

5 Autor, Graduando em Química Industrial na Universidade Federal de Uberlândia – MG. 6 Co-autor Colégio Profissional, Uberlândia – MG.

[email protected]

Ítalo Caetano de Melo8

[email protected]

INTRDOUÇÃO

Em 1939, o mundo estava sob extrema tensão todos

estavam com os olhos voltados à Europa especialmente

na Alemanha Nazista comandada pelo ditador Adolf

Hitler. Do outro lado do oceano pacífico Albert Einstein e

seu amigo Leó Szilard preocupados com a iminência de

uma guerra escreveram uma carta ao presidente

americano Franklin Delano Roosevelt. “Senhor

Presidente, o elemento químico Urânio pode ser

convertido em uma nova e importante fonte de energia

no futuro imediato. Certos aspectos da presente situação

parecem pedir cautela e se necessário uma rápida ação

da parte do governo. Bombas Extremamente poderosas

de um novo tipo, agora podem ser construídas.” A carta

tratava de uma aplicação da famosa equação de Einstein

E=mc^2 na fissão nuclear e do medo que os nazistas a

usassem para fabricar super bombas. Esta carta

desencadeou numa série de fatos que posteriormente

destruiu as cidades de Hiroshima e Nagasaki no Japão e

mudou o mundo. Este trabalho trata-se da interligação

dos fatores que desencadearam a descoberta e utilização

de elementos radioativos como o isótopo 235 do Urânio

na fabricação de bombas arrasadoras.

METODOLOGIA

O levantamento de dados para o presente trabalho foi

feito em alguns sites, livros de história sobre a Segunda

Guerra Mundial e juntamente com informações de alguns

documentários dos canais The History Channel, BBC e

Discovery Channel os documentários “O Projeto

Manhattan”, “O homem e a máquina – Oppenheimer e a

Bomba Atômica”, “Tecnologia Nuclear” e “A história da

bomba de Hiroshima” foram imprescindíveis para o

7 Co-autor Colégio Profissional, Uberlândia – MG, 8 Co-autor Graduando em Química Industrial na Universidade Federal de Uberlândia – MG.

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15

ISBN 978-85-61839-06-2

trabalho, de posse dessas informações foi possível reunir

dados relevantes sobre o mesmo.

RESULTADOS

Ás vésperas da segunda guerra mundial o cientista mais

famoso do mundo Albert Einstein encontrava-se acuado

na Alemanha pela repressão Nazista, decidiu então se

refugiar em algum lugar da costa de Nova Iorque. Seu

verão foi interrompido por uma visita um amigo e

também cientista Leó Szilard, Húngaro, que também

estava nos Estados Unidos fugindo dos Nazistas. Tinham-

se informações de que cientistas da Alemanha haviam

dividido o átomo bombardeando o Urânio com nêutrons

que causavam uma instabilidade no núcleo do Urânio, na

divisão perdeu-se massa convertida em energia cinética

assim foi descoberta a fissão nuclear que poderia gerar

uma grande quantidade de energia e então Leó Szilard

concluiu que esta tecnologia e poderia ser utilizada na

fabricação de bombas extremamente poderosas. Leó

Szilard preocupado com isso conseguiu convencer Albert

Einstein a redigir uma carta ao presidente Roosevelt, que

posteriormente aprovou um projeto intitulado

“Manhattan" com o objetivo de criarem a bomba atômica

antes da Alemanha. Os Japoneses estavam com a marinha

e seus aviões destruídos, entretanto não pediram a

rendição. Nesse intervalo de tempo duas bombas ficaram

prontas uma chamava-se LittleBoy e a outra Bigboy os

generais e políticos americanos acreditavam que as

bombas trariam um fim ao conflito sangrento. Assim

escolheram o primeiro alvo Hiroshima, para testarem o

poder de destruição do LittleBoy. Em uma manha de

agosto de 1945 a primeira bomba atômica foi lançada e

então um nêutron deu inicio a reação em cadeia. E

finalmente o mundo conheceu o poder da equação

E=mc^2, os prédios desapareceram junto com a

vegetação, transformando Hiroshima num campo

deserto. Num raio de dois quilômetros, do hipocentro da

explosão, tudo ficou destruído. Uma onda de calor

intenso emitia raios térmicos, como a radiação

ultravioleta. Os sobreviventes vagavam sem saber o que

havia atingido a cidade. Quem estava a um quilômetro do

hipocentro da explosão, morreu na hora. Alguns tiveram

seus corpos desintegrados. Quem sobreviveu, foi

obrigado a conviver com males terríveis. O calor intenso

queimou a roupa e a pele de quase todas as vítimas ao

passo que vários incêndios foram causados pelos intensos

raios de calor emitidos pela explosão. Uma chuva preta,

oleosa e pesada, caiu ao longo do dia. Essa chuva

continha grande quantidade de poeira radioativa,

contaminando áreas mais distantes do hipocentro.

Mesmo com essa intensa destruição dois dias após essa

catástrofe outra bomba foi lançada no Japão o segundo

alvo escolhido foi Nagasaki.

CONCLUSÃO

Grandes cientistas Europeus eram judeus e em 1933

quando Hitler chegou ao poder na Alemanha eles se

viram ameaçados pela expansão ideológica da Suástica,

então vários deles encontraram refúgio em universidades

dos Estados Unidos. Com a união destes cientistas aos

americanos e com a famosa carta que Einstein escreveu

alertando para uma aplicação de sua equação E=mc^2

pelos inimigos a bomba foi construída antes da Segunda

Guerra Mundial ter acabado e infelizmente ela foi

utilizada mudando o curso da história e da vida de todos

os que participaram diretamente do projeto Manhattan e

também dos Japoneses que sofreram e sofrem com as

consequências da radiação das Bombas lançadas sobre as

cidades de Hiroshima e Nagasaki. Após este episódio

Einstein sempre se sentiu culpado pela morte de milhões

de pessoas afinal ele assinou a carta que possibilitou que

a bomba fosse construída. E logo após a guerra surgiu no

mundo a corrida armamentista em que milhares de

bombas foram construídas e aprimoradas. E assim

finalmente a espécie humana inventou um meio de se

autodestruir.

PALAVRAS CHAVE: EINSTEIN, URÂNIO E BOMBA

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4. CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO A. SISTEMAS DE TV DIGITAL: UMA ANÁLISE

COMPARATIVA ENTRE OS PRINCIPAIS PADRÕES EXISTENTES

Carlos Augusto Ribeiro Mantovani9

[email protected]

Rodolfo Miranda de Barros10

INTRDOUÇÃO

O novo padrão de televisão que está sendo implantado

gradativamente no Brasil: o Sistema Brasileiro de TV

Digital (SBTVD) pode ser tratado como a tecnologia que

indica o início da terceira geração televisiva do Brasil,

visto que a TV analógica monocromática (de 1950 a 1972)

e a TV analógica em cores (de 1972 a atualidade) marcam

as duas primeiras gerações. Por englobar características

dos outros sistemas de TV digital existentes no mundo, o

SBTVD pode ser considerado o mais evoluído entre os

padrões. No entanto, o desenvolvimento de conteúdo,

programação, aplicações interativas, entre outros, ainda

são escassos. Este trabalho tem por objetivo apresentar

as características dos principais padrões digitais

existentes: o americano Advanced Television Systems

Committee (ATSC), o europoeu Digital Video Broadcasting

(DVB) e o japonês Integrated Services Digital Broadcasting

(ISDB), a fim de realizar uma análise comparativa com o

Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD).

METODOLOGIA

Sistemas de televisão digital são baseados em uma

arquitetura de referência que, assim como o modelo para

redes de computadores, Open System Interconnection

(OSI), também é dividida em camadas. O que os membros

dos comitês desenvolvedores dos padrões fazem é

preparar documentos que descrevam quais tecnologias

serão utilizadas em seu padrão para cada camada da

9 Autor, Bacharel em Ciência da Computação pela Universidade Estadual de Londrina – PR. Carlos Augusto Ribeiro Mantovani é bolsista da CAPES. 10 Orientador, Professor Doutor do Departamento de Computação da Universidade Estadual de Londrina – PR.

arquitetura de referência. Para fins de comparação entre

os sistemas avaliados, analisaram-se as particularidades

das tecnologias componentes das camadas da arquitetura

de referência: transmissão, transporte, compressão,

middleware e aplicação. A camada de transmissão pode

ser dividia em três subcamadas: i)Transmissão e

recepção, responsável pelo envio do sinal digital pelo

difusor e recebimento pelo receptor; ii) Modulação

(deslocamento da faixa de frequência original para uma

outra faixa no emissor) e demodulação (inverte o

processo de modulação no receptor); iii) Codificação e

decodificação dos sinais de vídeo, áudio e dados através

de codecs. A camada de transporte realiza a

multiplexação dos dados e agrupa áudio, vídeo e dados

em um único fluxo em uma mesma base de tempo,

enquanto a Camada de compressão realiza a operação de

compressão/descompressão dos sinais digitais de áudio,

vídeo e dados. Já a camada de middleware provê uma

Application Programming Interface (API) que possibilita

que as aplicações sejam executadas independentemente

do hardware existente e, por fim, a camada de aplicação é

responsável pela interação com o usuário final.

RESULTADOS

O padrão ATSC adota o modo de transmissão 8-VSB, que

é um padrão de modulação semelhante ao utilizado na

televisão analógica. O modo de transporte é o MPEG-2-

TS. Na camada de compressão encontram-se dois modos

diferentes: o MPEG-2-HDTV, para realizar a compressão

de vídeo e o Dolby-AC3, para realizar a compressão de

áudio. Já o middleware adotado é o DTV Application

Software Enviroment (DASE). O padrão de transmissão do

DVB é o COFDM. A camada de compressão divide-se em:

de vídeo, utilizando o MPEG-2-SDTV e de áudio que utiliza

o MPEG-2 BC. Para a camada de middleware emprega-se

o Multimedia Home Plataform (MHP). No padrão ISDB o

sistema da camada de transmissão também é o CODFM.

Os padrões de compressão de vídeo são: o MPEG-2-HDTV

e o H.264. Para a compressão de áudio, são utilizados: o

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MPEG-2 AAC, o AIFF e o MPEG-4 Audio. O middleware é o

da Association of Radio Industries and Businesses (ARIB).

O sistema utilizado para a camada de transmissão do

SBTVD é o COFDM, assim como nos padrões DVB e ISDB.

A camada de compressão se equivale à do ISDB no

quesito compressão de áudio, já na compressão de vídeo,

utiliza-se exclusivamente o MPEG-4, por meio do H.264,

que também foi incorporado nas últimas versões do ISDB.

Na camada de middleware encontra-se o maior

diferencial do SBTVD em relação ao ISDB: o Ginga. Quanto

ao módulo de aplicação, todos os sistemas possuem

suporte a dois paradigmas de programação: o procedural

e o declarativo.

CONCLUSÃO

Este trabalho procurou mostrar as principais

características dos sistemas de televisão digital. Ao

compará-los, pôde-se perceber algumas similaridades,

como por exemplo a tecnologia MPEG-2-TS, que é

empregada na camada de transporte de ambos os

sistemas. De maneira oposta, observou-se que cada um

deles possui o seu próprio middleware. Dado o fato que

cada padrão de televisão digital foi aperfeiçoando os

sistemas pré-existentes, aqueles desenvolvidos mais

recentemente têm se mostrado mais acessíveis e

versáteis. O pioneiro ATSC, por exemplo, não possui

transmissão para dispositivos móveis e

multiprogramação, o que já podia ser encontrado no DVB.

Da mesma forma, o ISDB e o SBTVD, sistemas mais novos,

possuem mobilidade e flexibilidade, atributos que

permitem a recepção portátil móvel, o que não pode ser

obtido com o DVB. A compressão de vídeo também foi

aperfeiçoada com a evolução dos sistemas, sendo que

atualmente, por meio do MPEG-4, obtém-se uma maior

taxa de compressão e qualidade de imagem, quando

comparado ao MPEG-2. De modo geral, todos os sistemas

de TV digital analisados, possuem suporte para canal de

retorno, já o número de camadas de exibição é

especificado no middleware que nestes sistemas são

diferentes entre si. Além disso, para os desenvolvedores

de aplicações, é importante destacar que os set-top boxes

possuem uma arquitetura com recursos de hardwares

limitados e algumas funções e características pré-

estabelecidas pelo middleware que incorpora.

PALAVRAS CHAVE: SISTEMA BRASILEIRO DE TV DIGITAL; PADRÕES DE TELEVISÃO DIGITAL; INTERATIVIDADE; APLICAÇÕES INTERATIVAS

5. CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

A. PROPRIEDADES OPTO-ELETRÔNICAS DE JUNÇÕES P-I-N INJETORAS DE SPIN

Carlos Eduardo De Almeida Brito

11

[email protected]

Eduardo Adriano Cotta12

[email protected]

INTRDOUÇÃO

No trabalho foi analisado as propriedades

optoeletrônicas de uma heteroestrutura semicondutora,

formada de uma junção p-i-n contendo um poço quântico

de GaAs e barreiras de AlAs com dois tipos de contatos

metálicos (Barreira Schottky e ôhmico) desta forma foi

possível passar pela amostra um campo elétrico externo

(efeito Stark) e verificar o comportamento da tensão

versus corrente (ixV) na amostra .

METODOLOGIA

Na caracterização elétrica foram utilizados contatos de In

e “Tinta Pata”. Nessa parte dos testes comparamos a

dependência da corrente versus tensão (ixV) para ambos

os contatos. O experimento consistiu na análise da

corrente passando pela superfície da amostra e também a

atravessando a amostra, foi utilizado para a análise um

gerador de funções arbitrárias. Outra análise foi verificar

11 Autor, aluno de Bacharele em Fisíca na Universidade Federal Do Amazonas; bolsista CNPq- PIBIC. 12 Co-Autor. Dr. em Física Pela Universidade Federal De Minas Gerais-UFMG.

Page 18: Anais da Mostra de C&T da 7ª Bienal da UNE

18

ISBN 978-85-61839-06-2

a dependência da corrente escura (ie) em função da

potencia de bombeio.

RESULTADOS

Foi levantado diferentes curva ixV para os dois materiais

utilizados, onde a “tinta prata” demonstrou

comportamento Schottky e o In comportamento ôhmico.

Na a análise da curva ixV para diferentes potencias de

bombeio tivemos registros da fotocorrente de escuro e

para a curva iexP verificou-se um comportamento linear.

CONCLUSÃO

Constatamos que o contato de In diminui a barreira

Schottky mais que a “tinta prata”, sendo a melhor escolha

para uma análise detalhada da amostra. Registros da

fotocorrente de escuro mostram um comportamento

linear com a potência de bombeio e independente da

polarização do fóton incidente.

PALAVRAS CHAVE: SPIN, OPTOELETRONICA, SEMICONDUTOR

6. SOFTWARE LIVRE

A. ARTE DIGITAL COM SOFTWARE LIVRE

Valessio Soares de Brito13

[email protected]

[email protected]

INTRDOUÇÃO

Software Livre são programas de computador

desenvolvido de forma colaborativa e não detem poder

de copyright, sendo permitido então a sua cópia e

utilização para qualquer fim. O objetivo dessa

apresentação é mostrar quais ferramentas e

possibilidades existe para produção de Arte Digital com

software livre. Irei abordar software para edição vetorial

2D, editoração eletrônica, edição de imagens e fotográfias

digitais, até softwares livre para manipulação 3D.

13 Graduando em Comunicação Social pela Universidade Salvador – BA, bolsista FAPEX, Programa Onda Digital (UFBA), projeto EducanDow.

METODOLOGIA

Durante 5 anos utilizando Software Livre para produção

visual, reuni anotações sobre softwares livres e suas

técnicas, comparando-a com possibilidade de reprodução

das técnicas comum para produção de arte digital.

RESULTADOS

Muitos trabalhos realizado por artistas do software livre

receberam prêmios importantes, como sendo

considerado um reconhecimento do potencial dessas

ferramentas.

CONCLUSÃO

Não se aplica. Temos vasto conteúdo na internet sobre

esses software livre, acho pertinente a disseminação e

utilização desses softwares para produção de artes

gráfica.

PALAVRAS CHAVE: ARTE DIGITAL; CULTURA DIGITAL;

SOFTWARE LIVRE.

7. CIÊNCIAS AGRÁRIAS A. AVALIAÇÃO SENSORIAL E DO RENDIMENTO

DE HAMBÚRGUERES BOVINOS ENRIQUECIDOS COM AVEIA

Thaisla Ribeiro Martins Teixeira14

,

[email protected]

Fernanda Barbosa Borges Jardim15

[email protected]

Danielle Oliveira Borges16

[email protected]

Natalia Amaral e Silva17

,

[email protected]

Camila Pereira Gomes dos Santos18

,

[email protected]

Francesca Magnabosco Lobato19

,

14 Autor, graduando em Engenharia de Alimentos na FAZU – MG. 15 Orientador, Mestrado em Tecnologia de Alimentos na UNICAMP-SP. 16 Co-autor, graduando em Engenharia de Alimentos na FAZU – MG. 17 Co-autor, graduando em Engenharia de Alimentos na FAZU – MG. 18 Co-autor, graduando em Engenharia de Alimentos na FAZU – MG, bolsista FAPEMIG.

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[email protected]

INTRDOUÇÃO

O hambúrguer é um produto cárneo industrializado

processada com adição ou não de tecido adiposo e de

ingredientes, moldado e submetido a processos

tecnológicos adequados (QUEIROZ et al, 2005). Apresenta

elevado teor de lipídeos, sendo que seu consumo

exagerado pode levar ao acréscimo de quantidade de

gordura saturada no organismo, podendo resultar em

doenças cardiovasculares. A aveia é um cereal rico em

vários minerais, proteínas e fibras, sendo que suas fibras

solúveis relacionam-se a um bom funcionamento

intestinal, manutenção de níveis colesterolêmicos e

diminuição da absorção do colesterol LDL. Entrando em

contato com a água, forma géis que tornam o bolo fecal

maior e mais viscoso, ocorrendo uma menor absorção de

glicose e colesterol (QUEIROZ et al., 2005). A fibra

alimentar é um grupo de constituintes do alimento que

resiste a hidrólise pelas enzimas endógenas do trato

digestivo humano, trazendo benefícios à saúde. Elas são

desejáveis pelas propriedades nutricionais e funcionais.

Além disso, a fibra é usada para melhorar textura,

rendimento e nutrição do produto (CAMPAGNOL et al.,

2006). O presente experimento teve como objetivo

analisar o rendimento após o cozimento e as

características sensoriais de hambúrgueres bovinos

formulados com diferentes concentrações de aveia.

METODOLOGIA

Para a elaboração de 3 formulações de hambúrguer

bovino, utilizou-se toucinho e paleta moídos e resfriados,

além dos condimentos e água gelada. Para cada uma das

formulações, foram adicionadas, respectivamente, 0%,

2% e 4% de aveia em flocos finos. A carne foi moída e

adicionada dos ingredientes das respectivas formulações.

Os hambúgueres foram levados à câmara fria a -18ºC.

Foram efetuadas análises de rendimento e sensoriais de

19 co-autor, Graduando em Engenharia de Alimentos na FAZU – MG, bolsista FAPEMIG.

acordo com aceitação e preferência, com 40 provadores

não treinados. As amostras foram codificadas utilizando-

se números com três dígitos, ao acaso, e servidas à

temperatura de 25ºC, em horários não muito próximos

das refeições principais (MEILGAARD; CIVILLE; CARR,

1991; ABNT, 1994). Na análise de rendimento, retirou-se

2 amostras de cada formulação. Determinou-se a massa

inicial das amostras e em seguida foram assadas em forno

a 180ºC por 20 min., quando a temperatura no centro do

hambúrguer atingiu 65ºC. As amostras permaneceram no

forno desligado até atingirem a temperatura de 25ºC para

a determinação da massa final. A diferença percentual

entre a massa inicial e a massa final das amostras foi

determinada para a obtenção do rendimento após o

cozimento, expresso em porcentagem, das 3 formulações.

RESULTADOS

Para o teste de preferência foi verificado o número

mínimo de respostas para o número total de provadores.

O percentual de preferência foi maior para o hambúrguer

sem adição de aveia, porém os resultados foram

próximos, com exceção da formulação com 4% de aveia

que obteve menor preferência. No teste de aceitação,

constatou-se que não houve diferenças significativas

entre as amostras em relação a todos os atributos

analisados. Através dos resultados, pode-se afirmar que

os provadores não perceberam diferenças entre as

formulações com e sem aveia e que as médias obtidas

para os atributos foram superiores a 7 para todas as

formulações, sendo o resultado bastante satisfatório. A

porcentagem de aveia nos hambúrgueres influenciou no

rendimento final dos produtos, já que a formulação com

4% de aveia apresentou menor perda de água após o

cozimento e conseqüentemente, maior rendimento,

enquanto o hambúrguer com 0% de aveia apresentou

menor rendimento. Estes resultados podem ser

explicados pela ação da aveia que, ao entrar em contato

com a água, forma géis resultando em uma maior

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retenção de água e lipídeos do alimento (QUEIROZ et al.,

2005).

CONCLUSÃO

Em relação aos resultados sensoriais, houve uma maior

proporção de escolha pelos hambúrgueres com 0% e 2%

de aveia no teste de preferência. Entretanto, no teste de

aceitação, não houve diferenças significativas entre os

hambúrgueres considerando os atributos aroma, cor,

sabor e impressão global. O hambúrguer com 4% de aveia

destacou-se como a formulação com o maior rendimento

após o cozimento, devido à capacidade da aveia em

formar géis retendo umidade e lipídeos. Adicionalmente,

a aveia proporciona um funcionamento intestinal regular

e um esvaziamento gástrico, que tem como resultado

uma maior saciedade. Em geral, os hambúrgueres bovinos

com adição de aveia apresentaram bom rendimento e

boa aceitação sensorial, agregando, portanto, vantagens

nutricionais em relação aos hambúrgueres do mercado.

PALAVRAS CHAVE: AVEIA, FIBRA, HAMBÚRGUER, SENSORIAL.

8. CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA A. ALTERNATIVAS PARA A GERAÇÃO DE

ENERGIA EM PEQUENAS PROPRIEDADES RURAIS EM ARAÇATUBA-SP

Andréa Meiado Chiarioni20

[email protected]

Marcel Ricardo da Silva21

[email protected]

Giuliano Pierre Estevam22

[email protected]

INTRDOUÇÃO

20 Autora, graduanda em Tecnologia em Biocombustíveis na Fatec Prof. Fernando Amaral de Almeida Prado – SP. 21 Co-autor, graduando em Tecnologia em Biocombustíveis na Fatec Prof. Fernando Amaral de Almeida Prado – SP. 22 Orientador, doutorado em Engenharia Elétrica na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP-SP.

As atividades agropecuárias necessitam de combustível ,

seja para o bombeamento de água de irrigação, preparo

do solo ou transporte. A produção de oleaginosas garante

não só o óleo a ser utilizado na alimentação humana, mas

também um farelo rico em nutrientes e, por fim, tem-se o

resíduo do óleo usado na cocção de alimentos que poderá

ser reciclado e utilizado como biodiesel. A reciclagem de

gorduras e óleos residuais de origem orgânica através da

fabricação de biodiesel também é um modo de proteger o

meio ambiente do descarte inadequado desse material

altamente poluente e de diminuir as despesas dos

municípios com a manutenção das galerias de esgoto

decorrente de entupimentos provocados por incrustações

em tubulações. Na cidade de Araçatuba-SP existem 268

famílias assentadas sem acesso a rede elétrica. A

possibilidade da instalação de uma mini usina de biodiesel

utilizando como matéria prima óleos e gorduras residuais

de restaurantes e bares da cidade e o uso desse biodiesel

em geradores, mitigariam duas situações: a carência de

energia elétrica e o descarte inadequado desse material

altamente poluente.

METODOLOGIA

Foram coletados dados em 31 estabelecimentos do ramo

alimentício na cidade de Araçatuba, com o intuito de se

fazer conhecer o quanto produzem de óleos e gorduras

residuais e qual o destino dado a esse material . Foi feita

uma cotação de preços de motogeradores e de diversos

modelos de mini usinas a fim de verificar quais materiais

seriam os mais adequados a necessidade da comunidade.

RESULTADOS

Existem 236 estabelecimentos cadastrados no sindicato

de hotéis, bares e similares de Araçatuba. Se

multiplicarmos 236 x 102,46 (média da quantidade de

óleo residual produzidos pelos 31 estabelecimentos),

podemos estimar que produzam em torno de 24.180,56 L

de óleos residuais mensalmente.

CONCLUSÃO

Page 21: Anais da Mostra de C&T da 7ª Bienal da UNE

21

ISBN 978-85-61839-06-2

Verificou-se que é viável a implantação da mini usina

dado do volume de óleo descartado pelos bares e

restaurantes de Araçatuba, que o uso de motogeradores

enquanto não é instalada a rede elétrica poderia

proporcionar melhor qualidade de vida as famílias que

residem nesse assentamento e ainda, utilizando o

biodiesel fabricado a partir da transesterificação de óleo

de fritura, um grave problema ambiental seria

minimizado.

PALAVRAS CHAVE: BIODIESEL, ÓLEO RESIDUAL, MICROGERAÇÃO

9. SAÚDE COLETIVA A. ESTABELECENDO INTEGRAÇÃO ENTRE A

EQUIPE DE SAÚDE E A COMUNIDADE LOCAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Diana da Costa Pagliarini23

[email protected]

Amanda Chlalup Linn24

[email protected]

Elise Botteselle de Oliveira25

[email protected]

INTRDOUÇÃO

A importância do vínculo entre os profissionais que atuam

com a população local no âmbito da Atenção Primária à

Saúde é fundamental para que as práticas de saúde sejam

efetivas. O Ministério da Saúde, através do Programa

Humaniza SUS, preconiza o fortalecimento do vínculo

para construção de um serviço mais acolhedor, ágil e

resolutivo. Criar um ambiente que permita a interação

entre os indivíduos é um passo considerável no processo

de integração entre a equipe de saúde e a comunidade,

assim, um passo definitivo no processo de saúde, situação

que não encontrada na ESF Esperança Cordeiro devido à

mudança da equipe de profissionais da unidade e, por

conseguinte, implementação de novas regras afim de um

melhor funcionamento da unidade. Ao selecionar o

23 Autor, Estudante de Enfermagem, UFCSPA, RS, bolsista PET-Saúde. 24 Co-autor, Estudante de Enfermagem, UFCSPA, RS, bolsista PET-Saúde. 25 Mestranda em Epidemiologia, UFRGS, RS, bolsista PET-Saúde.

problema da ESF Esperança cordeiro objetivou-se

trabalhar a integração entre os profissionais da Unidade e

a comunidade de forma efetiva, alicerçado à teoria do

Programa Humaniza SUS.

METODOLOGIA

Relato de experiência que teve embasamento teórico

(Programa Humaniza SUS), planejamento de atividades e

execução. As atividades foram realizadas através do

Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-

Saúde) na Estratégia de Saúde da Família Esperança

Cordeiro, Porto Alegre. Através da problematização

realizada por intermédio do Método do Arco (método

preconizado pela Universidade Federal de Ciências da

Saúde de Porto Alegre – UFCSPA – na disciplina de Saúde

Comunitária a qual integra todos os cursos existentes na

instituição, foram identificados pontos chaves para uma

possível intervenção e mudança de realidade. Observou-

se que o problema maior e potencial para todos os

pontos levantados, era a falta de um forte vínculo entre a

equipe e a população local. Optou-se então, pela

realização de uma Festa Junina com a idéia de criar um

ambiente descontraído e informal, no qual a equipe da

unidade pudesse interagir com a comunidade. A festa,

denominada “Arraiá da Saúde”, teve como atrações

diversas atividades e brincadeiras, como o jogo das

argolas saudáveis, casa de acidentes domésticos,

verificação da pressão arterial e Hemoglicoteste. Os

organizadores da Festa Junina foram estudantes dos

cursos de enfermagem, nutrição e medicina, além das

quatro monitoras do PET-Saúde e profissionais da ESF. Os

organizadores foram divididos nas atividades propostas,

de acordo com o curso que estivesse realizando, a

exemplo os discentes de nutrição que ficaram

responsáveis pelo jogo das argolas saudáveis.

RESULTADOS

O evento foi realizado dez de julho de 2010, contando

com a participação de 107 pessoas da comunidade

abrangida pela ESF Esperança Cordeiro, sendo

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22

ISBN 978-85-61839-06-2

predominantes as crianças já que os jogos eram mais

direcionados a elas. Todos ganhavam brindes após

jogarem e recebiam instruções de educação para saúde

como sobre higiene, acidentes domésticos, alimentação,

postura. Na barraca da memória da postura foram 33

participantes, já nas argolas saudáveis foram 45

participantes, na pescaria da saúde 72 participantes, na

casinha de acidentes 38 participantes, medida de pressão

arterial 29 participantes, medida de HGT 27 participantes

e tenda da dengue 40 participantes.

CONCLUSÃO

A aceitação e a adesão ficaram evidentes com a grande

presença do público, participação e atenção de todos em

relação aos assuntos abordados nas barracas de atividade

relacionadas à saúde, como nas vestimentas e nas

conversas informais, no entanto, a participação poderia

ter sido maior mas no mesmo dia havia outras festas

juninas em escolas, sendo mais típicas com comidas

típicas também o que não havia no “Arraial”. Como os

efeitos da prática do projeto serão vistos à longo prazo,

ainda sabe-se a magnitude dos resultados e quanto isso

contribuirá na melhoria do relacionamento da Unidade

com seus usuários, no entanto satisfizemos com a

aceitação e participação do público. Pode ser observado

devido às mudanças já observadas pela equipe, como

comparecimento aos grupos e consultas, bem como a

melhora das relações pessoais, acredita-se que esse foi

um passo determinante no processo de estabelecimento

do vínculo sólido entre os profissionais da saúde e

população local. Este trabalho não foi importante só para

a comunidade e a equipe de saúde, mas certamente foi

extremamente enriquecedor para os discentes que o

realizaram e fará parte da formação profissional,

formando profissionais mais humanos, mais humildes e

mais conscientes sobre a necessidade de virtudes e

acolhimento na tentativa de promoção da saúde.

PALAVRAS CHAVE: Saúde Coletiva, Humanização,

Integração

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23

ISBN 978-85-61839-06-2

CIÊNCIAS HUMANAS

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II. CIÊNCIAS HUMANAS

1. DIREITO A. O DIREITO ACHADO NO SAMBA: A MÚSICA

E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL COMO EXPRESSÕES DA REALIDADE POPULAR

Allyne Macedo26

[email protected]

Jéssika Rufino27

[email protected]

Mário Maia28

[email protected]

INTRDOUÇÃO

O presente trabalho consiste em uma analise das

composições de importantes sambistas brasileiros

comparando-as com o conteúdo positivado em nossa

Constituição federal. O Samba, fruto da miscigenação

cultural que caracteriza a formação do Brasil, faz parte da

realidade brasileira e relata com maestria o pensamento

da periferia de nosso país sendo, portanto, expressão das

relações sociais e representação de um padrão cultural. A

Constituição Federal, com seu corpo de normas que se

encontram no topo da pirâmide hierárquica do

ordenamento jurídico brasileiro, garante à nação os

Direitos Fundamentais para uma vida digna. Esses

Dispositivos legais são avanços conquistados através da

participação democrática popular - expressa pelo poder

constituinte originário - devendo, por isso, refletir o que a

sociedade tem como objetivos, bem como suas crenças e

valorações. Por serem as normas jurídicas reflexos da

sociedade, faz-se necessária a análise de fenômenos

sociais para uma correta compreensão do Direito.

26 Autora, estudante de Direito –FARN, bolsista de iniciação ciêntifica da FARN. 27 Co-autora, estudante de Direito – FARN. 28 Co-autor/orientador, Titulo de Mestre pela UFPB.

Partindo-se das premissas de que a constituição emana

do povo e o samba é a expressão da realidade social, esta

pesquisa se propõe a verificar se existem nas letras dos

sambas brasileiros elementos que se relacionam com o

texto constitucional com o intuito de verificar se os

Direitos Fundamentais positivados em nossa Carta Magna

correspondem ao pensamento do povo brasileiro,

refletido no conteúdo presente nas composições de

artistas populares.

METODOLOGIA

O trabalho metodológico da presente pesquisa se inicia

através da analise dos textos bibliográficos de síntese

teórica, em especial: Almanaque do samba (DINIZ, 2006),

Sociologia do Direito: o fenômeno jurídico como fato

social (ROSA, 1978), Lições de sociologia do Direito

(MASCARO, 2007), O que é Direito? (FILHO, 2010), Curso

de Direito Constitucional (BONAVIDES, 2010), Curso de

Direito Constitucional positivo (SILVA, 2010) e

Constituição Federal Brasileira, bem como das letras de

importantes sambistas brasileiros como Cartola, Bezerra

da Silva, Paulinho da Viola, Demônios da garoa, Martinho

da Vila, Zé Keti, dentre outros. Utiliza-se, em grande

parte do raciocínio dedutivo e dos métodos de

procedimento histórico e comparativo. Trata-se,

portanto, de pesquisa bibliográfica e documental que se

vincula a vertente critica da sociologia jurídica.

RESULTADOS

A partir da análise minuciosa das composições de

importantes sambistas brasileiros pudemos constatar que

o povo canta através do samba o cotidiano da periferia,

relatando suas alegrias, crenças e valores. Além disso,

também são muito bem expostas nas letras de samba as

dificuldades oriundas da pobreza que assola as camadas

mais desfavorecidas da população, bem como os

caminhos para a solução dos problemas sociais no Brasil.

Nas letras analisadas encontramos diversas passagens

que traduzem a necessidade de efetivação de Direitos

básicos como assistência médica, alimentação de

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25

ISBN 978-85-61839-06-2

qualidade, emprego digno, moradia e lazer para que haja

uma sociedade menos violenta. Outro ponto bastante

observado durante essa pesquisa diz respeito à

valorização da malandragem, que pode ser explicada

como uma negação ao trabalho compulsório. Depois de

entendermos a relação entre a realidade brasileira e o

samba, passamos a verificar se as normas constitucionais

correspondem ao pensamento exposto nas composições

analisadas, e encontramos diversas semelhanças entre os

Direitos fundamentais constitucionais e o pensamento do

nosso povo refletido nas letras de importantes sambistas

brasileiros.

CONCLUSÃO

Os resultados obtidos nessa pesquisa nos levaram a

conclusão de que há relação entre as composições dos

sambas brasileiros e a Constituição Federal do Brasil, e

que isso se dá devido ao fato de ambos se manifestarem

como reflexo das realidades observáveis em nossa

sociedade. As normas constitucionais positivadas em

nossa Carta Magna e os Sambas brasileiros são, portanto,

construções sociais que refletem o complexo de conceitos

éticos e finalísticos do nosso povo.

PAVALAVRAS CHAVE: SAMBA; DIREITOS SOCIAIS; CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

B. A PROGRAMATICIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS SOB A ÓTICA DE JOSÉ AFONSO DA SILVA

Allyne Macedo29

[email protected]

Mário Maia30

[email protected]

INTRDOUÇÃO

O presente trabalho consiste em uma análise da obra de

José Afonso da Silva acerca da classificação das normas

constitucionais no que se refere à sua aplicabilidade. O

29 Autora, estudante de Direito –FARN, bolsista de iniciação ciêntifica da FARN. 30 Co-autor/orientador, Titulo de Mestre pela UFPB.

ambiente neo-constitucionalista é caracterizado pelo

fortalecimento dos princípios, dos direitos fundamentais

e da supremacia constitucional, favorecendo, assim, a

justiciabilidade dos Direitos Sociais. Entretanto, devido ao

caráter abstrato das normas programáticas, um dos

principais problemas do constitucionalismo

contemporâneo concentra-se, justamente, no grau de

eficácia e aplicabilidade das normas constitucionais.

Embora a pioneira obra de José Afonso tenha sido

formulada na década de 1960, sua análise se faz

extremamente presente no direito constitucional

brasileiro sendo objeto de estudo de diversos

pesquisadores na contemporaneidade. A pesquisa analisa

sua paradigmática classificação com o objetivo de

verificar a sua atualidade e na tentativa de contribuir para

a superação da dicotomia entre normas políticas e

jurídicas. Sob um prisma mais amplo busca-se contribuir

para a ampliação das possibilidades de justiciabilidade de

direitos a partir das normas programáticas.

METODOLOGIA

O trabalho metodológico da presente pesquisa se

desenvolve preponderantemente a partir da analise dos

textos bibliográficos de síntese teórica, em especial: A

Aplicabilidade das normas constitucionais (SILVA,2007), El

constitucionlismo de los derechos (SANCHIS,2007) e

Curso de Direito Constitucional (BONAVIDES,2010).

Utiliza-se, em grande parte do raciocínio dedutivo e dos

métodos de procedimento histórico e comparativo. Trata-

se, portanto, de pesquisa bibliográfica e documental que

se vincula a vertente critica da pesquisa jurídica.

RESULTADOS

Os resultados obtidos a partir do recorte temático

proposto devem ser entendidos considerando o norte

mais amplo da pesquisa intitulada “Os direitos sociais

para além do programático: uma análise do estado da

justiciabilidade na jurisprudência brasileira do STF pós –

1988” em andamento no âmbito da iniciação científica da

FARN. Apresenta-se como conclusivo o entendimento da

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26

ISBN 978-85-61839-06-2

importância da classificação de José Afonso da Silva no

contexto do constitucionalismo social brasileiro,

principalmente, pelo reconhecimento resultante da

juridicidade das normas programáticas positivadoras de

direitos sociais. Em verdade o grau de juridicidade

reconhecido se deve ao desenvolvimento da chamada

eficácia negativa das referidas normas. Na Classificação

de Silva, as normas programáticas possuem força jurídica

por possuírem uma eficácia negativa que, ao menos,

impede o adicionamento de normas ao ordenamento

jurídico brasileiro que com elas sejam conflitantes.

CONCLUSÃO

Concluímos que a eficácia negativa presente na

classificação das normas programáticas sob a ótica de

José Afonso da Silva, embora tenha contribuído de forma

significativa para a teoria constitucional e para o

fortalecimento jurídico das normas programáticas, ainda

é insuficiente para garantir a efetivação dos Direitos

Sociais. Entendemos que para ser possível a concretização

da justiça social é necessário buscarmos uma aplicação

direta e uma eficácia positiva de todas as normas

constitucionais. Ainda importa dizer que se pode inferir, a

partir da teoria estudada, o reconhecimento da

politização do Direito. Embora o autor busque a eficácia

jurídica das normas programáticas, ele não nega o caráter

político-ideologico que permeia o texto constitucional,

muito pelo contrário, fica claro em sua obra a

necessidade de se estudar as normas programáticas

sempre vinculadas à disciplina das relações econômico-

sociais.

PALAVRAS CHAVE: NORMAS PROGRAMATICAS; EFICÁCIA NEGATIVA; DIREITOS SOCIAIS.

C. A INFLUÊNCIA DAS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS NA FORMAÇÃO DA LEI Nº 11.096/2005 – PROUNI

Virgínia da Silva Corrêa31

,.

31 Pós-graduada em Política e Representação Parlamentar, Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento da Câmara dos Deputados.

[email protected]

[email protected]

Professor Rildo Cosson32

INTRDOUÇÃO

As audiências públicas são instrumentos de participação

democrática, nas quais os atores (pessoas que atuam na

área ou serão afetados pela matéria em análise) têm a

possibilidade de expressar sua opinião quanto ao que está

sendo proposto. Esse direito está garantido na

Constituição Federal de 1988 e regulamentado pelo

Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Dentre os

tantos temas de grande relevância nacional e

internacional discutidos nas audiências públicas,

escolhemos para análise o Programa Universidade para

Todos – PROUNI. A escolha se deu devido a importância

da educação na vida dos cidadãos e na prática da

democracia. Dessa forma, a fim de verificar a atuação da

sociedade no processo de formulação das leis, utilizando-

se de um dos instrumentos institucionais de participação

democrática que é a audiência pública, a pesquisa buscou

analisar a influência dos atores (institucionais ou não) na

finalização da Lei nº 11.096/2005, comparando as

contribuições expressas nas audiências públicas com o

que foi aprovado pelo Congresso Nacional e promulgadas

pelo Presidente da República. Vale destacar que o

Programa tramitou no Congresso Nacional em menos de

um ano, e teve audiências públicas com a participação de

diversos atores.

METODOLOGIA

Para realizar o estudo, foi feito um levantamento

bibliográfico sobre audiência pública, PROUNI e

democracia participativa, uma pesquisa dentro dos

órgãos da Câmara dos Deputados e do site referente às

audiências públicas realizadas no período de 2003 a 2004

e uma análise das notas taquigráficas das audiências

públicas convocadas para discutir o projeto do PROUNI. O

32 Orientador.

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27

ISBN 978-85-61839-06-2

estudo está dividido em seis capítulos, onde busca-se

conceituar audiência pública, abordando seu

embasamento legal e os órgãos que se utilizam desse

mecanismo, priorizando a utilização da audiência pública

pela Câmara dos Deputados, explicando com ela

funciona. Contextualizamos o PROUNI, a situação da

educação superior no Brasil e do acesso da população

mais carente à educação superior, explicamos como

atualmente se dá o referido programa, como foi a

tramitação dele no Congresso Nacional. Foi feito um

relato das audiências públicas realizadas para tratar do

projeto do PROUNI e da posição dos atores/participantes.

Também foi definido o que é ator e apresentado aqueles

que participaram das audiências públicas. Levantamos as

propostas expressas nas audiências públicas e se estas

foram incorporadas ao projeto final. Encerramos o estudo

com algumas considerações sobre audiências públicas e o

PROUNI.

RESULTADOS

O Governo encaminhou a Câmara dos Deputados o PL nº

3582/2004, com pedido de urgência constitucional, foi

constituído uma comissão especial que realizou três

audiências públicas, e uma foi por iniciativa da Comissão

de Educação e Cultura. Participarão das audiências vários

atores como: governo, políticos, especialistas, entidades

de Classe - Gerais e Nacionais e organizações de classe.

Esses atores levantaram várias propostas, das

incorporadas a lei temos: a assistência estudantil, as

bolsas parciais, as bolsas para alunos bolsistas, as bolsas

para professores, o processo de seleção realizado pela

Instituição, a comissão para verificar a documentação

referente a situação socioeconômica, a não punição, por

parte do MEC as instituições que não quisessem aderir ao

programa, a inclusão no cálculo o percentual de evasão

escolar e de inadimplência, a fiscalização pelo MEC e ou

controle social e a implantação do projeto de forma

gradativa. Tivemos proposta acatadas parcialmente e

outras que não foram incluídas. É importante ressaltar

que o relatório da Comissão Especial já estava, quando o

Governo retirou a urgência constitucional, publicou e

apresentou a MP nº 213/2004, que foi votada no

Congresso Nacional e regulamentada através da Lei nº

11.096/2005.

CONCLUSÃO

No que diz respeito à atuação dos atores envolvidos nas

audiências públicas, podemos concluir que o grupo dos

especialistas apresentou posições divergentes, no que diz

respeito a inconstitucionalidade. Já os atores da

sociedade civil organizada, tivemos o ANDES e a ANDIFES

se posicionando contra o projeto. Podemos dizer que, dos

vinte e cinco deputados (atores públicos) participantes

nas quatro audiências públicas, sete eram contra o

projeto, pediam a ampliação das universidades públicas e

a discussão da reforma universitária como um todo, e

outros quatro deputados não se posicionaram contra ou a

favor, mas pediram que fosse retirada a urgência

constitucional do projeto para que o Congresso Nacional

pudesse debater melhor o assunto. Dentre as

ponderações apresentadas nove foram incorporadas, três

apenas parcialmente e seis não foram incorporadas.

Desta forma, podemos dizer que no caso do PROUNI a

audiência pública foi um mecanismo de participação

efetiva, na qual a sociedade organizada, o Governo e os

parlamentares puderam apresentar as suas ponderações

sobre o tema proposto e determinar melhorias no projeto

apresentado, e construindo um consenso sobre o tema.

PALAVRAS CHAVE: Centro de Formação, Treinamento e

Aperfeiçoamento da Câmara dos Deputados

2. LITERATURA E COMUNICAÇÃO

D. REVISITANDO A HISTÓRIA DO BRASIL COM AS LENTES DA CONTEMPORANEIDADE EM DIÁRIO DO FAROL, DE JOÃO UBALDO RIBEIRO

Heder Junior dos Santos33

[email protected]

33 Graduado em Letras pela Unimar - SP, mestrando em Letras pela Unesp/Assis - SP, graduando em Filosofia pela Unesp/Marília – SP.

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ISBN 978-85-61839-06-2

Roberto Aparecido Teixeira34

[email protected]

INTRDOUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo analisar o romance

Diário do Farol (2002), de João Ubaldo Ribeiro. Essa

narrativa contemporânea revisita o período ditatorial

iniciado em 1964 no Brasil através de um narrador

ensimesmado, cínico, arbitrário e coercitivo.

Aparentemente desvinculado de engajamento político, de

esquerda ou direita, esse narrador-anônimo nos conta

sua trajetória anti-heróica que vai do rural ao urbano, do

relacionamento coletivo (família, seminário e carreira

episcopal na cidade) ao isolamento num farol na ilha de

Água Santa, perpassando os conturbados anos de

chumbo. Em essência, tal narrador vai revelando nas

entre-linhas uma forma de agir que remete às práticas

sociais e políticas das relações de patriarcalismo oriundas

do período Colonial e da Velha República. Todavia,

estamos nos anos de 1960, e é justamente sobre esse

embricamento entre a tradição social baseada nas

relações de mando e favor e as modernas formas

democráticas que nos fala o romance de João Ubaldo.

Configura-se nessa história um panorama do Brasil sob o

olhar esquizofrênico de um jovem filho de proprietário de

terras perturbado em suas relações e em crise com as

instituições sociais que o cercam. Nesse sentido, a obra

aqui analisada compõe uma leitura particular que aglutina

uma tradição patriarcal esfacelada e deslocada de seu

contexto originariamente rural e uma modernização sem

modernidade como elementos para se pensar, entre

outros aspectos, a violência legitimada no cerne das

relações sociais no Brasil.

METODOLOGIA

Por meio do romance Diário do Farol (2002),

pretendemos investigar o retorno ao contexto histórico

34 co-autor, mestrando em Ciências Sociais pela Unesp/Marília - SP e graduando Ciências Sociais pela mesma instituição, bolsista CAPES.

do período ditatorial no Brasil, munidos das perspectivas

de um narrador sem as “clássicas” aspirações políticas de

direita ou esquerda, destoando da característica essencial

que marcou a sociedade daquele momento e as

produções culturais que dela emanavam. Com o método

socio-histórico de investigação dialética, partimos da

conjunção analítica definida por Antonio Candido (1967)

em Literatura e sociedade, que defende que a

compreensão do fenômeno literário deve considerar a

aglutinação do conteúdo e da forma na obra de arte, para

desse modo compreender a representação social no texto

literário e seu condicionamento narrativo feito de fatores

internos e externos. Também partimos das interpretações

de Roberto Schwarz (2000; 2000) em Ao vencedor as

batatas e Um mestre na periferia do capitalismo:

Machado de Assis, no tocante a sua análise sócio-literária

da produção machadiana, afim de identificar os

elementos e aspectos que brotam do solo das relações

materiais e de classe e se instalam nas relações entre

sujeitos e instituições, e que por fim, são incorporadas

pelo escritor na forma de sua obra literária.

RESULTADOS

Os resultados compõem um quadro de constatações e

perspectivas sobre a influência da tradição – relações de

clientelismo, mando e favor – na construção de processos

sociais modernos no país. No Brasil radiografado por

Diário do Farol parece ainda não valer a tese de Marx que

deu nome ao livro de Marshall Berman, e tudo que é

sólido ao que parece não desmancha no ar! Enquanto

“Fausto luta contra o velho mundo, de que ele se libertou,

transformando-se em um novo tipo de pessoa

*…+”(BERMAN, 2007, p. 75), o narrador-personagem

desse romance é o mesmo indivíduo violento do velho

mundo patriarcal, cujo poder foi ampliado e incorporado

ao Estado “moderno”. Se no Fausto temos um

movimento da modernidade demolindo com a tradição,

no Brasil representado pelo romance de Ubaldo, temos a

tradição incorporando a si apenas a parte das

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29

ISBN 978-85-61839-06-2

modernidades que lhe interessa à manutenção do

arcaísmo.

CONCLUSÃO

Podemos concluir que Diário do Farol aponta para o

presente a partir do passado. O Brasil moderno é uma

composição nada simples de ser decifrada, que aglutina

uma tradição patriarcal esfacelada e uma modernização

sem modernidade. Enquanto no plano do incremento

tecnológico o país conseguiu absorver e implantar

modernas técnicas de produção, nas relações sociais o

antigo domínio patriarcalista com base na violência

transferiu-se para o Estado. A tese levantada é essa,

embora esteja dispersa pela construção narrativa e

estruturada muitas vezes de maneira confusa sob a forma

das memórias de um sádico assassino. O solo histórico

fértil de uma democracia, cuja origem já se encontra

degradada, ainda dá ensejo a conhecida violência de

classe das elites rurais brasileiras. Assim, a obra em

questão nos traz a possibilidade, não de uma análise do

golpe em suas características políticas, mas de descortinar

o solo histórico que alimentou e continua alimentando

práticas violentas oriundas de relações sociais arcaicas da

elite rural brasileira e sua simbiose com os aparatos do

Estado “moderno” que legitimam tais práticas.

PALAVRAS CHAVE: Tradição e modernidade; Literatura e sociedade; Literatura brasileira contemporânea.

B. A POESIA NO SÉCULO XXI: UMA ANÁLISE DE NOME DE ARNALDO ANTUNES

Andreia Da Silva Santos35

[email protected]

Luciano Barbosa Justino36

[email protected]

INTRDOUÇÃO

35 Mestranda em Literatura e Interculturalidade- Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), bolsista CAPES. 36 Orientador, doutor em Literatura- coordenador do Mestardo em Literatura e Interculturalidade –UEPB.

O livro não é mais o único meio para se conceber e para

se “consumir” poesia, ela vem transitando para outros

suportes, como é o caso dos videopoemas, objetos

híbridos que agregam som, imagem e palavras e são

podem ser veiculados em suportes eletrônicos,

transgredindo dessa forma o cânone literário. Com isso, a

comunicação pretende fazer uma abordagem acerca do

lugar ou lugares da poesia na contemporaneidade.

Observando dessa forma como se apresenta atualmente a

relação entre a literatura e os meios de comunicação

eletrônicos e o que a crítica tem abordado sobre as novas

formas de artes. Para tanto, utilizou-se como corpus de

análise o projeto multimídia Nome (2005) de Arnaldo

Antunes, composto de livro, Compact Disc (CD) e vídeo.

Ao inserir uma discussão sobre a literatura

contemporânea em diálogo com as novas tecnologias

pretende-se observar de que modo o uso destas se traduz

em inovações estéticas nas narrativas atuais, ou seja,

como se dá a transição entre a página e a tela.

METODOLOGIA

Para atingir os objetivos propostos neste projeto de

pesquisa utilizamos a metodologia de pesquisa

bibliográfica, este tipo de pesquisa se caracteriza,

essencialmente pela leitura, análise e interpretação de

livros, periódicos e outros documentos. Optamos por este

caminho metodológico por acreditarmos que esta seria a

melhor forma de responder ao nosso problema, pois a

pesquisa bibliográfica tem por objetivo conhecer as

diferentes contribuições científicas disponíveis sobre

determinado tema. A análise dos videopoemas da obra

Nome (2005) foi realizada de forma interrelacional, para

isso, utilizamos obras que abordam temáticas como a

teoria da poesia, semiótica, artes visuais, comunicação e

de outras áreas que a pesquisa exigiu.

RESULTADOS

De forma parcial, após a análise da obra Nome (2005)

pode-se perceber que a literatura se relaciona de forma

harmônica com as novas tecnologias eletrônicas. Através

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30

ISBN 978-85-61839-06-2

do objeto em estudo observamos que o autor se utiliza

dessas ferramentas digitais para complementar e

enriquecer sua produção, desse modo não há perda no

fazer poético, pois o videopoeta ao se usar tais

mecanismos desfaz a antiga tradição que poesia só pode

ser pensada e produzida a partir de bases livrescas. O

estudo de Nome mostra como a poesia e a literatura

podem dialogar de forma fecunda com as diversas

ferramentas postas à disposição do poeta e do escritor

contemporâneo, sem constituir uma perda ou um

nivelamento da prática artística, como sugerem alguns

críticos.

CONCLUSÃO

A pesquisa sobre os videopoemas de Arnaldo Antunes

parece fundamental para se criar novos paradigmas de

abordagem destes objetos que dialogam com a literatura

vão além dela e exigem uma visão interdisciplinar, que dê

conta tanto da mídia, quanto das novas ancoragens

semióticas que a escrita no vídeo porta. Dessa forma, o

vídeo é um espaço privilegiado para a poesia e para a

prosa, esta, sobretudo na forma digital, assim percebe-se

o vídeo necessita de novas formas de abordagem tanto

da literatura quanto da escrita como um todo, além de

trazer consigo uma nova relação interpretativa e um novo

horizonte de recepção. O estudo dos videopoemas é de

relevância por tentar elucidar as possibilidades

comunicativas da poesia num meio eletrônico. Sabendo

que essa temática vem ganhando espaço nos debates e

pesquisas nas áreas de Literatura, Arte Mídia,

Comunicação Social e outras áreas afins.

PALAVRAS CHAVE: VIDEOPOESIA, NOME, POESIA CONTEMPORÂNEA

E. PROGRAMAS JORNALISTICOS DE TELEVISÃO COMO INSTRUMENTO DE PERSUASÃO DO ELEITORADO SINOPENSE

Maria Gabriela Melo37

37 Autora, acadêmica de Jornalismo da FASIPE/MT

[email protected]

Miguel Rodrigues Netto38

[email protected]

INTRDOUÇÃO

A televisão, que está presente diariamente nos lares

brasileiros, predomina dentre os meios de comunicação

como instrumento de formação da opinião pública. Nas

décadas em que o Brasil era governado pelo militarismo

as concessões de sinais expandiram no país sendo

dominadas por famílias hegemônicas afim de um

interesse, defender o sistema. Anos se passaram e no

século XXI pouco mudou, as famílias dominadoras de

sinais de televisão utilizam o poder da caixa mágica para

seu próprio interesse, persuadir o telespectador,

conquistá-lo para ganhar votos e assim um cargo eletivo.

O que traz riscos a democracia com os enquadramentos

utilizados pelos editores em seus respectivos jornais. Na

cidade de Sinop, norte do Estado de Mato Grosso, as

emissoras de televisão também se concentram em quatro

famílias concessoras deste poder. Dentre as quatro duas,

mais visivelmente se enquadram no contexto ‘televisão

poder político’, onde personagens políticos usam a sua

influência dentro da televisão, a titulo de concessionado,

para expor sua vida como político e falar de promessas

para o próximo pleito. Utilizando um veículo social para

fazer propaganda eleitoral fora de época.

METODOLOGIA

Para delimitar o assunto pesquisas teóricas estão sendo

analisadas com aprofundamento em livros sobre as

teorias da comunicação, jornalismo e política. A revisão

bibliográfica permite traçar um caminho histórico e

teórico sobre a participação mais influente da política no

jornalismo. Além desse panorama, também mostrará

como atua a política dentro dos jornais locais e o

comportamento de personagens políticos, com cargos

eletivos ou não, no uso de veículos de comunicação para

beneficio próprio ou partidário. Para completar a

38 Co-autor, prof. FASIPE/MT. Mestrando em Política Social/UFMT.

Page 31: Anais da Mostra de C&T da 7ª Bienal da UNE

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ISBN 978-85-61839-06-2

pesquisa entrevistas com assessores de políticos e os

próprios personagens da pesquisa serão realizados. Com

os assessores será abordado assunto da maneira que eles

utilizam para ‘montar’ o personagem político e como o

ensinam a importância do relacionamento com a

imprensa. Os personagens políticos entrevistados

traçarão um panorama desse comportamento, se eles

sabem e acreditam no poder da comunicação através da

televisão.

RESULTADOS

A pesquisa ainda não está concluída, mas através de

estudos preliminares é possível perceber a forte relação e

ligação da política com a mídia, não somente em nível

nacional, mas municipal e estadual. Essa ligação se vê

através de personagens políticos que detêm veículo de

comunicação, televisão e, usam esse poder como

beneficio próprio ou partidário. Com a concessão em

nome da família usa espaços dentro de programas

jornalísticos noticiosos para divulgarem decisões, ações e

anunciarem novas promessas. O espaço, geralmente

grande, onde ele é entrevistado pelo apresentador (a) ou

em uma matéria sobre determinado assunto político por

ele desenvolvido. Muitas vezes sabem que o peso de uma

matéria jornalística ou aparição no programa, é maior.

CONCLUSÃO

As conclusões ainda são preliminares, mas já é possível

mostrar até aqui que os personagens políticos evoluíram

nas últimas décadas e perceberam a importância da

relação com a mídia. Vindo, praticamente de uma

tradição, onde famílias poderosas economicamente

detêm a concessão de emissoras de televisão no país

visando os benefícios que está proporcionará. Como de

acordo com Herman e Chomsky (2003) que afirmam que

o conteúdo midiático defende “determinadas agendas

econômica, social e política dos grupos privilegiados que

dominam a sociedade nacional e o Estado”. (2003: 360)

apud televisão e política. Onde uma das teorias que

explicam a projeção desse material político na população

é a hipótese da agenda-setting (Teoria do Agendamento)

onde os assuntos agendados pela televisão viram

assuntos entre amigos, promovendo cada vez mais o

nome de determinado personagem político.

PALAVRAS CHAVE: PODER, POLÍTICA, MÍDIA.

F. DIÁLOGOS ENTRE JULIO CORTÁZAR E GABRIEL GARCIA MARQUES: APROPINCUAÇÕES DOS ROMANCES DO BOOM

Revison José Silva dos Santos39

[email protected]

INTRDOUÇÃO

O jogo da amarelinha (1963), obra inovadora do argentino

Julio Cortázar que inovou no começo dos anos 60

escrevendo um livro onde o leitor sai do seu papel

habitual de leitor passivo e entra em um livro que pode

ser lido de várias maneiras: linear ou saltando os capítulos

como é informado ao final de cada capítulo, para o qual

ele deve passar. È como um jogo da amarelinha,

brincadeira infantil onde o jogador pode passar de várias

casas de acordo onde a pedra cai o participante deve

pular até ela, é um jogo mais conhecido entre as crianças

das décadas passadas. A tradução em português contém

639 páginas nas quais podemos nos deliciar com as 639

páginas distribuídas em 155 capítulos desse romance

poema também considerado o primeiro anti-romance

mundial nesses capítulos existem poemas, indagações

sobre a literatura, o leitor, amor, loucura, solidão,

suicídio, e várias questões sobre a arte que sempre levam

o leitor ao questionamento. No romance os personagem

principais são: Horácio Oliveira e Maga Lucía um casal que

vive aos encontros e desencontros e tem como pano de

fundo a espetacular cidade de Paris. Com esse livro

Cortázar abusa do surrealismo e cria uma narrativa única.

Cem anos de solidão, o pontapé inicial para o Boom

39 Cujo docente coordenador é a Professora Adriana de Borges Gomes Mestre em Letras e Linguística pela Universidade Federal da Bahia.

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32

ISBN 978-85-61839-06-2

literário dos anos 60. Gabriel Garcia Marques transporta

seus leitores para o mundo mágico de Mancodo dando o

pontapé inicial para o Boom Literário um fenômeno que

alavancou a venda de livros hispano-americanos para

todo mundo além de consagrar vários escritores novos e

consolidar escritores como Gabriel Garcia Marques. Com

uma narrativa que explora o realismo fantástico esses

escritores inovaram e desde então servem de modelo

para novas gerais de escritores de todo mundo. Os

personagens deste livro fogem ao modelo atual das

narrativas, vivendo em uma terra mágica fundada pelo

patriarca da família José Arcádio Buendía e enfrento

várias questões sociais e mágicas. Quando se trata de

questões mágicas essa família não se espanta com

facilidade, atitude que corrobora parra o fascínio dos seus

leitores.

METODOLOGIA

Nossa metodologia foi a leitura crítica e fichamento dos

livros além da leitura de obras críticas sobre eles e de

vários textos já publicados por críticos literários, reuniões

com os demais integrantes feitas na Universidade

Estadual da Bahia da com e sem a presença da

orientadora.

RESULTADOS

De acordo com nossas pesquisas encontramos indícios

explícitos e implícitos desta indagação. Esse plano de

trabalho também tem como objetivo analisar a primeira

obra citada e os elementos que incitaram a sua

consagração por partes de escritores e leitores em todo

mundo. Entre esses dois autores existe a semelhança de

que as respectivas obras estudadas foram escritas fora de

sua terra natal. Nos dois livros constatamos uma

literatura incomum para a época com personagens que

tem vários nomes e que esses nomes influenciam em sua

personalidade, e no início das obras existe um guia onde

o leitor pode consultar no caso de O Jogo da Amarelinha o

leitor pode consultar um tabuleiro que informa quais

capítulos ele deverá pular se optar por ler o livro de forma

não linear, e em Cem Anos de Solidão como os

personagem tem nomes derivados de outros personagens

há a árvore genealógica, um recurso muito útil. Também

vemos que nas duas obras os autores escolhem logo no

primeiro capitulo começar a recordação de um

personagem trazendo para o leitor a nostalgia de uma

lembrança simples, calma, sem os conflitos que serão

levantados no decorrer das obras. No livro Cem Anos de

solidão vemos a citação de um personagem que contem

no Jogo da Amarelinha e o local onde esse personagem,

(Rocamandur), morreu além de semelhanças no primeiro

capítulo, no mesmo ambos começam sua prosa com a

lembrança de um personagem, antecipando os conflitos

que virão.

CONCLUSÃO

Concluímos que o Jogo da Amarelinha foi uma das

principais obras publicada por um escritor latino

americano na década de 60 e que impulsionou o

fenômeno literário intitulado de Boom literário dos anos

60, movimento esse que levou a cultura da América

Latina para todo o mundo, e incentivou vários escritores a

utilizar o realismo fantástico em suas obras.

PALAVRAS CHAVE: Recepção, Cortázar, García Márquez

3. PSICOLOGIA G. AS VIVÊNCIAS DE SEXUALIDADE NA

TERCEIRA IDADE: IDOSOS DO PROJETO 'CABELOS DE PRATA' DE BOA VISTA – RR

Andressa Silva Rebouças40

[email protected]

Andreza Evangelista G. Tavares41

[email protected]

Levine Carvalho dos Santos autora42

[email protected]

40 Autora, graduanda em Psicologia na Universidade Federal de Roraima – UFRR. 41 Autora, graduanda em Psicologia na Universidade Federal de Roraima – UFRR. 42 Graduanda em Psicologia na Universidade Federal de Roraima – UFRR, bolsista institucional da UFRR.

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33

ISBN 978-85-61839-06-2

Raylane Paula C. Santiago43

[email protected]

MSc.Tatiana Saldanha44

INTRDOUÇÃO

O presente estudo teve como objeto de intervenção a

sexualidade na terceira idade. Com isso, o objetivo deste

estudo foi compreender a sexualidade neste período com

os idosos, acima de 60 anos, participantes do projeto

'Cabelos de Prata' da Prefeitura Municipal de Boa Vista –

RR. Segundo alguns teóricos, a sexualidade na terceira

idade é freqüentemente baseada em velhos estereótipos

privados de significados. O desconhecimento da própria

sexualidade e os preconceitos e tabus difundidos levam

os idosos a considerar inadequado expressar emoções

quanto à sexualidade.

METODOLOGIA

Participaram da pesquisa, que tem caráter qualitativo, os

idosos do Projeto Cabelos de Prata da Prefeitura

Municipal de Boa Vista. Foram realizadas cinco

entrevistas, já que é procedimento mais utilizado nesse

vigor. As entrevistas foram aplicadas a quatro mulheres e

um homem. Foram realizadas na praça de uma igreja,

onde funciona uma das sedes do projeto. Cada entrevista

teve duração média de 25 minutos. Essas foram do tipo

semi-estruturadas, realizadas com idosos acima de 60

anos. Recolhemos os relatos de depoimentos e fatos

ocorridos relacionados à sexualidade, com a utilização de

um gravador. e uma máquina fotográfica, na qual

registramos a participação dos idosos realizando as

atividades oferecidas pelo projeto Cabelos de Prata e

obtermos imagens como dados materiais

complementares para a pesquisa. Após gravação, as

entrevistas foram transcritas e delas fizemos uma

ordenação dos dados com o uso do mapa temático, de

acordo com Minayo (1994). Todos os dados que foram

43 Autora, graduanda em Psicologia na Universidade Federal de Roraima – UFRR. 44 Orientadora, Psicóloga, Profª. Do departamento de Psicologia na Universidade Federal de Roraima.

obtidos no trabalho de pesquisa em campo foram

distribuídos em categorias específicas que serviram para

orientar a análise dos dados.

RESULTADOS

Por meio das nossas entrevistas, pudemos comprovar que

devido o preconceito à sexualidade na velhice, oriunda da

sociedade em geral, ainda não é dada a verdadeira

importância para a discussão e abordagem desse tema.

De acordo com os dados provenientes das mesmas, os

entrevistados afirmaram que muitas pessoas do seu

convívio social alegam que o idoso, por ser velho, não

serve mais para ter atividade sexual. Três de nossos

entrevistados ouvem diariamente que os idosos já

viveram tudo o que tinham para viver no sexo quando

eram jovens e conseqüentemente, mesmo sem querer,

acabam internalizando essa idéia. Sendo assim, apesar da

experiência adquirida ao longo de suas vidas, procuram

não demonstrar a vontade, se esta aparecer com

freqüência. No lugar disso, acabam desenvolvendo outras

atividades, vistas como mais tranqüilas e aceitáveis para

um idoso realizar, como: crochê, música, costura e

trabalhos manuais em geral.

CONCLUSÃO

Após nossa análise, apontamos uma série de fatores que

fazem com que os idosos deixem o sexo de lado, estes

são: informações insuficientes sobre sexualidade, perda

da beleza do corpo com a idade, idéia de que sexo é para

jovens, associação à algumas doenças, perda do cônjuge e

medo de doenças sexualmente transmissíveis. Tudo isso

diminui a vontade, não tornando alguns sexualmente

ativos, pois os que praticam ainda tem o prazer de desejar

e ser desejados, é tudo uma questão de cumplicidade,

respeito e amor.

PALAVRAS CHAVE: TERCEIRA IDADE; SEXUALIDADE; PRECONCEITO.

4. ECONOMIA

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ISBN 978-85-61839-06-2

H. ANÁLISE DA RECENTE REDUÇÃO DA POBREZA NO BRASIL: GOVERNO FHC E LULA

Magalí Alves de andrade45

[email protected]

Magila Souza Santos46

[email protected]

Andersonn Souza Gonçalves47

[email protected]

Thiago Souza Gonçalves48

[email protected]

INTRDOUÇÃO

O combate a pobreza precisa ser política de governo para

conseguir atingir da melhor forma os resultados

necessários. A redução da pobreza é uma das Metas do

Milênio, pois a sua redução significa a redução da

mortalidade infantil, melhoria na qualidade de vida,

acesso à saúde, educação e etc. Todas essas necessidades

básicas, inclusive alimentação que é um problema

enfrentado no dia-a-dia da população mais pobres do

Brasil, são garantidas pela Constituição de 1988. A política

de distribuição de renda não é condição suficiente para a

redução da pobreza nem de geração de desenvolvimento,

porém é necessária para que esses dois objetivos sejam

atingidos. Sociedades muito desiguais geraram sempre

condições de pobrezas, sem a capacidade de retirada das

pessoas de tais condições. Dessa forma, o objetivo desse

trabalho é estudar o comportamento e

comprometimento dos dois últimos governos brasileiros,

Fernando Henrique Cardoso (FHC) e Luiz Inácio Lula da

Silva (Lula), com a redução da pobreza e extrema pobreza

45 Autora, Mestranda em Economa da Universidade Federal da Bahia-UFBA 46 co-autora, Mestranda em Economa da Universidade Federal da Bahia-UFBA, bolsista CNPq. 47 Co-autor, Especialista pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR), bolsista CNPq. 48 Co-autor, Mestrando em Economa pela Universidade Federal de Sergipe-UFS.

assim como observar se houve redução da desigualdade

de rendimentos da sociedade, o que significaria maior

inclusão social e o primeiro passo na busca do

desenvolvimento econômico e social.

METODOLOGIA

Dessa forma, o objetivo desse trabalho é estudar o

comportamento e comprometimento dos dois últimos

governos brasileiros, Fernando Henrique Cardoso (FHC) e

Luiz Inácio Lula da Silva (Lula), com a redução da pobreza

e extrema pobreza assim como observar se houve

redução da desigualdade de rendimentos da sociedade, o

que significaria maior inclusão social e o primeiro passo

na busca do desenvolvimento econômico e social. Os

dados escolhidos para essa análise foram: O número de

pessoas pobres, o número de pessoas em extrema

pobreza, número de domicílios em extrema pobreza e

coeficiente de Gini, distribuição da renda. Disponíveis no

site do IPEADATA, tendo como fonte o IBGE e a Pnad para

os anos que vão de 1993 até 2009. Uma das análises

feitas compreende a herança recebida por cada

presidente e deixada por ele, para FHC 1993 é

considerada a herança que ele recebeu, já que 1994 não

está disponível, o fim do seu mandato foi em 2002. Este

ano é considerada a herança deixada por FHC para Lula, o

último ano do governo de Lula é considerado 2009, já que

não estão disponíveis os dados de 2010.

RESULTADOS

O Coeficiente de Gini, que mede a desigualdade da renda

entre os que recebem mais e os que recebem menos,

apresentou reduções robustas na período Lula, enquanto

apenas variações foram observadas no governo

FHC.Número de domicílios em situação de extrema

pobreza, esse indicador mostra a quantidade de

domicílios no Brasil que estavam e permaneceram na

pobreza extrema no Governo FHC e quantas estão ou

sobraram no governo Lula.Número de pobres e de

extremamente pobres. Quem estava pobre em 1995

continuava pobre ou extremamente pobre no final do

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Governo de FHC, 2002. Enquanto no Governo Lula, mais

de 20 milhões de pessoas saíram da pobreza e mais de 10

milhões de pessoas deixaram de está na pobreza

extrema.Em resumo, os dois governos podem ser

análisados pelos dados disponíveis pelo IBGE, IPEADATA e

Pnad, mostram que no combate a pobreza e na

distribuição de renda o governo Lula fez mais que o dobro

do governo FHC. Essas variações representam o quanto

cada indicador foi reduzido em cada gestão.

CONCLUSÃO

O número de pessoas em situação de extrema pobreza

está ligada com maior índices de analfabetismo,

mortalidade infantil, menor espectativa de vida, falta de

saneamento básico e fragilidade alimentar. Essas

situações “sub-humanas” são amenizadas ao passo que as

pessoas são restiradas dessa situação, se configurando

em políticas de extrema urgência, pois a permanência do

cidadão nessa situação pode resultar em morte. A

redução da pobreza é a possibilidade de oferecer

expectativa de futuro para uma grande parcela da

sociedade que ainda se encontra à margem da sociedade.

Essa população não tem acesso à bens de consumo,

educação e saneamento básico, portanto o atendimento

dessas necessidades é um dos passos para conseguir

diminuir a pobreza. Da mesma forma a quantidade de

domicílios em estado de pobreza representa a

necessidade dessa parcela da população. Entretanto,

apenas auferir tais indicadores não mostrar todas as

mudanças que a sociedade está passando e nem que

mostram a mais absoluta verdade. A análise desses

indicadores ajudam a compreender qual o caminho que a

economia está seguindo, vista através da parcela mais

pobre da sociedade, a que possui mais necessidades a ser

atendida.

PALAVRAS CHAVE: POBREZA; DISTRIBUIÇÃO DE RENDA; REDUÇÃO DA POBREZA.

I. RESERVAS INTERNACIONAIS DO BRASIL: UMA ANÁLISE DE INDICADORES MACROECONÔMICOS DE 2000 – 2009

Magila Souza Santos49

[email protected]

Magalí Alves de andrade50

[email protected]

Jamilly Dias dos Santos51

[email protected]

INTRDOUÇÃO'

O Brasil entre os países emergentes, está assumindo

posição de destaque diante dos grandes investidores

estrangeiros. São inúmeros os motivos para esta mudança

de paradigma, um dos destaques é o aumento

considerável das reservas internacionais brasileiras. Com

base nesse contexto, o objetivo desse trabalho é

investigar o comportamento das reservas internacionais

fazendo um comparativo com alguns indicadores

macroeconômicos, utilizando o período de 2000 à 2009.

Nas décadas de 60 e 70, período que mais tiveram

produções sobre o tema, Heller (1966), com análise de

custo-benefício para a escolha ótima da razão

reservas/importações. Os pioneiros a utilizar técnicas

econométricas foram Kenen e Yudin (1965). Autores

como Frankel e Jovanovic (1981), desenvolveram um

modelo de reservas ótimas baseado no papel das reservas

como "buffers"(amortecedores). Flood e Garber (1984),

discutiram o papel das reservas como mecanismo de

adiar as crises. Ben-Bassat e Gottlieb (1992), com um

modelo que media o efeito das reservas na probabilidade

de crise. Dentre esses modelos várias foram as aplicações

e extensões, como Jeanne e Ranciére (2006). Além de

autores como Cavalcante e Vonbun (2007;2008) e a

análise da relação custo-benefício.

49

Autora, Mestranda em Economa da Universidade Federal da Bahia-UFBA 50

Co-autora, Mestranda em Economa da Universidade Federal da Bahia-UFBA; Jamilly Dias dos Santos, co-utora, Mestranda em Economa da Universidade Federal da Bahia-UFBA 51

Co-autora, Mestranda em Economa da Universidade Federal da Bahia-UFBA

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36

ISBN 978-85-61839-06-2

METODOLOGIA

Para atingir o objetivo proposto o procedimento

metodológico utilizado foi uma pesquisa bibliográfica e

uma análise de dados secundários. A pesquisa

bibliográfica foi constituída de livros, publicações

periódicas, artigos científicos, relatórios técnicos

divulgados pelo Banco Central do Brasil e alguns

impressos. Já a pesquisa documental foram utilizados

documentos e dados disponíveis em sites como os do

IBGE, IPEADATA, Banco Central do Brasil. A pesquisa

bibliográfica foi utilizada para dar o aprofundamento

teórico e a documental, para através dos dados,

comprovar as hipóteses estudadas. Os principais

indicadores utilizados, para fazer a análise, foram os

montantes de reservas internacionais, a partir do

conceito liquidez internacional e do conceito caixa,

importações brasileiras, o Ibovespa como proxy da

confiança dos investidores estrangeiros, rentabilidade das

reservas internacionais, dívida externa, Produto Interno

Bruto (PIB) entre outros. Em alguns casos foram

calculadas as relações entre eles, como por exemplo,

Reservas Internacionais/PIB no Brasil, na América Latina e

no Mundo. A base de dados, como já supracitado, foi de

2000 à 2009

RESULTADOS

Ao relacionar as reservas internacionais brasileiras com

PIB percebe-se que desde 1990 esses indicadores seguem

trajetória crescente e concomitante, apresentando

descolamento a partir de 1998, como resultado da crise

asiática em 1997 e a crise na Rússia em 1998, onde as

reservas atingem 5,2% do PIB. Nesse período o governo

brasileiro recorre a empréstimos junto ao Fundo

Monetário Internacional (FMI), e em 1999 desvaloriza o

Real o que elevou o nível de reservas em porcentagem do

PIB, refletindo na queda do valor do PIB em dólar, devido

à desvalorização da moeda brasileira. A partir desse

contexto, apesar de todas essas medidas, o Brasil só

retoma o patamar anterior a crise, em meados de 2000,

quando as reservas retomam a trajetória ascendente. O

crescimento efetivo do acumulo das reservas evidenciou-

se entre os anos de 2006 e 2007, apresentando uma

variação de 110%, chegando a representar 150% das

importações e 75% da dívida externa brasileira. Dessa

forma, as reservas internacionais tem acompanhado a

tendência, de certo modo, crescente do PIB com um leve

descolamento apenas no ano de 2009 quando o PIB

apresentou retração de 0,2% devido a ultima crise

mundial, enquanto que as reservas internacionais

bateram recorde histórico de US$ 209,224 bilhões.

CONCLUSÃO

Sabe-se que as reservas internacionais de um país

representam o total de moeda estrangeira mantido pelo

Banco Central (BCB). A maior parte desses recursos é

aplicada em títulos da dívida de outros países e tem como

origem os superávits do balanço de pagamentos, de

forma que quando ocorre mais entrada de divisas que

saídas, o Banco Central acumula reservas tornando o país

superavitário. Analogamente, o país é deficitário quando

há uma saída de reservas que o BCB cobre utilizando as

divisas acumuladas. Apesar da divergência entre

correntes a respeito do acumulo de reservas, ora como

um seguro contra crise, ou gerando custos fiscais. A

manutenção das reservas internacionais serviram como

proteção contra crises financeiras internacionais e na

diminuição da variabilidade externa, refletidos na menor

queda do PIB e do consumo interno durante crises

internacionais. Contudo, frente a aparente "robustez" da

economia percebe-se que o acumulo de reservas

internacionais tem conseqüências negativas como

abdicação dos retornos ao deixar de investir em algumas

aplicações alternativas, como o investimento produtivo.

Entretanto alguns pontos positivos podem ser

observados, como diminuição da vulnerabilidade do país

e suavização dos impactos causados por crises

internacionais.

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ISBN 978-85-61839-06-2

PALAVRAS CHAVE: RESERVAS INTERNACIONAIS, PRODUTO INTERNO BRUTO, INDICADORES MACROECONÔMICOS.F.

J. ANÁLISE DE ÍNDICES DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL: SERGIPE

Magalí Alves de andrade52

[email protected]

Magila Souza Santos53

[email protected]

Andersonn Souza Gonçalves54

[email protected]

Thiago Souza Gonçalves55

[email protected]

INTRDOUÇÃO

O tema desenvolvimento é discutido na teoria econômica

a muitos anos e sempre junto com essa temática é

levantada a questão da mensuração desse

desenvolvimento. Muitas tentativas de mensurar o

desenvolvimento de forma menos distorcida são feitas e

refeitas dentro da literatura econômica. Esse trabalho

tem como objetivo analisar alguns indicadores de

desenvolvimento a nível municipal que melhor retratem a

realidade dessas localidade. Para isso foi necessária a

busca de alguns índices ou indicadores que pretendem

mensurar o desenvolvimento, ou a pobreza, como

antagonista do desenvolvimento. O Índice de

Desenvolvimento Humano (IDH) é uma dessas medidas

de desenvolvimento bastante utilizadas no Brasil. Tendo

como proxy a renda, a educação e a esperança de vida, é

uma das formas mais utilizadas de mensurar o

desenvolvimento econômico e o bem-estar da sociedade.

No início dos anos 90, ano em que o IDH foi criado,

algumas variações desse indicador vêm sendo testadas,

52 Autora, Mestranda em Economa da Universidade Federal da Bahia-UFBA. 53 Co-autora, Mestranda em Economa da Universidade Federal da Bahia-UFBA; 54 Co-autor, Especialista pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR); 55 Co-autor, Mestrando em Economa pela Universidade Federal de Sergipe-UFS.

como o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

(IDH-M), Índice de Pobreza Humana (IPH) e Índice de

Pobreza Humana Municipal (IPH-M). Existem também

outros tipos de indicadores que tentam mensurar o

desenvolvimento elaborado pelos Estados, é o caso do

Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS), Índice

Desenvolvimento Municipal (IDM), Índice de

Desenvolvimento Social de Oferta (IDS-O), Índice de

Desenvolvimento Social de Resultado (IDS-R) e Índice de

Desenvolvimento Social do BNDES (IDS do BNDES). Todos

esses indicadores apresentam indicadores determinantes

do desenvolvimento com significados muito próximos.

Dessa forma, medem o desenvolvimento a partir de

alguns indicadores de riqueza, de educação, saúde,

moradia, conforto, segurança, bem-estar, entre outros. O

que muda, na maioria dos casos, é a composição dos

indicadores.

METODOLOGIA

Foram analisados diversos índices: IDH, IDH-M, IPH, IPH-

M, IPRS, IDM, IDS-R e IDS-O, e ,IDS do BNDES e IDS-M do

BNDES. Foi feito um levantamento das metodologias

utilizadas por cada índice e foram selecionados dois

índices para serem aplicados a nível municipal no Estado

de Sergipe. Os índices escolhidos foram o IDH-M, IDS-M

do BNDES e IPH-M. Um dos primeiros critérios para a

seleção desses indicadores está na composição. O IDH-M,

IDS-M do BNDES e IPH-M, montam seus indicadores em

três dimensões: Renda, Educação e Saúde. A base de

dados é fornecida pelo PNUD Brasil, pelo IBGE e pelo

IPEADATA, alguns dos índices já estavam disponibilizado

em sua forma final, ou seja, com o índice calculado, e

outros feito o cálculo a partir dos dados disponibilizados.

Apesar de mensurarem coisas diferentes, os IDS-M do

BNDES e IDH-M comparados com o IPH-M, onde o último

tentará mensurar a pobreza da região, diferente dos

demais que buscam o desenvolvimento. O contraponto

desses indicadores remete ao paradoxo enfrentado nos

dias atuais por grande parte dos municípios brasileiros.

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ISBN 978-85-61839-06-2

Onde apesar de apresentarem elevados ou consideráveis

índices de desenvolvimento, apresentam elevados índices

de pobreza também. Ou seja, apesar de estarem mais

desenvolvidos a incidência de pobreza se mantém

elevada.

RESULTADOS

Os resultados do IDH-M nos municípios de Sergipe no ano

2000 são apresentados de forma comparativa com outros

dois índices: IDS-M do BNDES e o IPH-M. Essa comparação

entre índices que fazem uso de indicadores diferenciados,

e que, no entanto, mensuram nas mesmas dimensões,

mostra que a utilização de indicadores diferenciados pode

representar melhor a realidade dos municípios. Alguns

resultados interessantes podem ser observados, Aracaju,

capital do estado apresentou os melhores índices,desde

os de desenvolvimento, como o menor, ou seja, melhor

IPH-M, outros como o município de Itabaiana, que

apresenta pouca diferença entre o IDS-M do BNDES em

relação ao IDH-M, ficando entre a 5ª e 6º mais

desenvolvidos. O que representa apenas a 15º melhor

IPH-M. Já entre os 10 últimos colocados nos índices de

desenvolvimento percebe-se que municípios com menor

desenvolvimento, nem sempre apresentam os maiores

índices de pobreza como seria de se esperar. Alguns

exemplos são: Santana do São Francisco, Nossa Senhora

de Aparecida e Porto da Folha que estão entre os dez

piores índices do IDH-M mas não fazem parte dos dez

piores índices do IDS-M do BNDES, nem do IPH-M, exceto

Nossa Senhora de Aparecida.

CONCLUSÃO

A utilização de indicadores a nível municipal permite uma

robustez maior, por se referirem a unidades geográficas

menores e com características parecidas. No entanto, os

municípios de um mesmo Estado apresentam-se díspares,

tornando-se necessária uma análise mais detalhada. Com

a utilização de mais de um índice ou de índices que seja o

mais robusto possível e que seja composto por uma boa

quantidade de indicadores. Essa é uma observação

importante quando se trata de uma perspectiva de

desenvolvimento, pois o crescimento desigual não gerará

desenvolvimento, mas sim um aprofundamento das

discrepâncias socioeconômicas do município. O IDH-M,

por ser mais conhecido e amplamente utilizado por

governantes e pelos tomadores de decisão, já o IDS-M do

BNDES possui uma escala de valores mais criteriosa, ou

seja, permite a capitação das disparidades entre os

municípios Sergipanos, mas o IPH-M, que mede a

escassez no atendimento às necessidades básicas é a

percepção contrária ao desenvolvimento, medindo aquilo

que não existe e os quais todos deveriam possuir. Essa

análise de índices municipais de desenvolvimento e de

pobreza apresenta com maior clareza a diferença entre os

índices e auxilia no desenvolvimento de diagnósticos mais

precisos e até mesmo na criação de algum índice sintético

que compreenda a utilização dos indicadores dos três

índices. Criando um índice sintético mais robusto e com

maior representatividade.

PALAVRAS CHAVE: Índice de Desenvolvimento Humano

Municipal; Desenvolvimento Municipal; Indicadores de

Desenvolimento

5. ARTES VISUAIS K. MAQUETE DO BINHO: A FANTÁSTICA

CIDADE DE BRINQUEDOS

Fábio Luís Caires Coelho56

,

[email protected]

INTRDOUÇÃO

A Maquete do Binho é uma arte conceitual, cuja técnica

empregada é a mista re conjunto de obras artísticas

trabalhadas artesanalmente com sucatas, emborrachado

vinílico, peças de brinquedo, miniaturas e material

reciclado. Obra temática assinada pelo desenhista e

56 Autor, estudante do 7º período em Artes Visuais e 3º período em Música, ambos da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), bolsista do PIBID.

Page 39: Anais da Mostra de C&T da 7ª Bienal da UNE

39

ISBN 978-85-61839-06-2

artista plástico Fábio Caires, que se inspirou no parque

temático do cartunista Maurício de Sousa, o célebre

criador da Turma da Mônica. A Exposição Temática A

exposição temática é o ápice do trabalho desenvolvido. É

o momento mais importante, onde são apresentados

todos os tópicos da maquete; levando o amigo visitante

de um a forma diferente, a viajar pela cultura e temas

expressos neste trabalho. Através década tópico, o

visitante pode observar minuciosamente a arte

trabalhada, e apreciar uma belíssima visão panorâmica,

através da maquete filosófica, cuja tradição é transformar

com estilo e muita criatividade, o simples em mundo

imaginário.

METODOLOGIA

A metodologia deste trabalho é analisar e apresentar de

forma teória e emppirica a obra Maquete do Binho. São

objetivos principais da Maquete Despertar nas crianças e

adolescentes o interesse pela arte, desenvolvendo as

faculdades mentais e intelectuais, através da sua

capacidade imaginativa e criadora. Incentivar o gosto pela

via miniaturismo, levando o visitante bem próximo da

realidade e do imaginário, através de uma cidade

cenográfica em pequena escala, expressando valores

culturais, morais e educativos. Conscientizar o visitante à

preservação do meio ambiente, reaproveitando do lixo

materiais úteis para a confecção de brinquedos

educativos e artesanais. Mostrar que arte é um dom de

Deus. Que é o céu de todo aquele que encontra na arte

um arco-íris para a sua vida.

RESULTADOS

Imagine fazer do lixo um fábrica de brinquedos!

Transformar uma lâmpada em um colorido balão ou

confeccionar uma casinha decorada com botões, clipes,

lápis, brinquedos e até CD’s! Esta é a principal atração da

Maquete do Binho. Uma tradição que transforma muita

coisa simples em um universo mágico e criativo. Um

cenário especial. Reciclar, cortar, colar, montar,

desenhar...enfim, juntando tudo isso e muita criatividade

e dedicação a maquete foi surgindo e crescendo,

ganhando a forma cenográfica e o colorido especial. Das

técnicas utilizadas, destacam-se a mista reciclagem e o

miniaturismo. Há também o trabalho com peças de

brinquedos, sucatas e emborrachado vinílico. Hoje, são

mais de 50 peças que compõe toda a maquete, que

preenche uma dimensão de 5m2.

CONCLUSÃO

A maquete é uma forma didática onde é possível

aproximar da realidade através da tridimiensionalidade

da obra, podendo mostra a hisória, sua filosofia, e todo

um conjunto de elementos visuais e artísticos. Tupo

arquitetonicamente perfeito e sicronizado para

dsencadear no espectador a sua capacidae imaginativa e

criaora. Não só pelo seu caráter artístico e conceitual.

PALAVRAS CHAVE: Arte; maquete, reciclagem

6. CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS A. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. DESVENDANDO

SEPARAÇÃO DE CASAIS ATENDIDOS NO PÓLO AVANÇADO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

Aghata Teixeira Silva57

[email protected]

Iraildes Caldas Torres58

[email protected]

INTRDOUÇÃO

Este estudo se ocupa da verificação da violência contra a

mulher, como um dos principais fatores de

desestruturação familiar e separação dos casais, na

cidade de Manaus. Elege como categoria de análise as

relações de gênero, família e violência doméstica que

iluminarão as discussões e diálogos travados na rede de

conversação sobre o objeto de estudo. A pesquisa será

realizada no Pólo Avançado da Universidade Federal do

57 Autora, Aluna pesquisadora graduanda da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), bolsista do CNPq. 58 Orientadora, Professora Doutora da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

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40

ISBN 978-85-61839-06-2

Amazonas, órgão responsável por audiências de Pensão

Alimentícia, Divórcio, Separação, Reconhecimento e

Dissolução de Sociedade de Fato, Investigação de

Paternidade, Guarda e Responsabilidade e

Regulamentação de Visitas. Trata-se de um dos eixos do

projeto maior intitulado “Formação de professores em

Diversidade Sexual e Gênero no Amazonas”, coordenado

pela orientadora deste PIBIC, com o apoio da Secretaria

Especial dos Direitos Humanos da Presidência da

República e da SECAD/MEC (Secretaria de Educação

Continuada, Alfabetização e Diversidade). Este estudo se

justifica não só pelo reconhecimento científico que

poderá dar às atividades do Pólo Avançado da

Universidade Federal do Amazonas, mas, sobretudo

porque identificará a atual situação da mulher que sofre

violência no âmbito doméstico na cidade de Manaus.

METODOLOGIA

Este estudo tomará como parâmetro conceitual a

categoria das relações de gênero, ancorada em autores,

como: Foucault (2006), Scott (1991), Giordani (2006),

Vitale e Acosta (2005), Ramos (2003), Torres (2005)

dentre outros. A pesquisa de campo assumirá o aporte

metodológico das abordagens qualitativas sem excluir os

aspectos quantitativos. Logo, a trilha metodológica da

pesquisa obedecerá aos seguintes passos: 1º Momento:

Pesquisa Bibliográfica - Dar-se-á ênfase à pesquisa

bibliográfica, cuja revisão da literatura – feita a partir de

leitura e fichamentos de livros e textos –, dará

sustentação ao quadro de referencial teórico da pesquisa.

Este será um processo contínuo de ir e vir do estudo em

questão. 2º Momento: Pesquisa Documenta - Nesta fase

do trabalho, será realizada a pesquisa documental,

momento em que serão examinados os prontuários e

outros arquivos relativos aos assuntos voltados para a

violência doméstica, objeto de discussão do estudo. O

contato com esse material permitirá identificar os sujeitos

da pesquisa e definir o universo a ser pesquisado,

conforme prevê o terceiro momento a seguir. 3º

Momento: Identificação dos sujeitos da pesquisa - Há, em

média, 600 (seiscentos) processos anualmente relativos

aos atendimentos de demanda que procura o Pólo

Avançado. No entanto, são 150 (cento e cinqüenta) os

processos acompanhados totalmente pela equipe

interdisciplinar que compõe Pólo Avançado. É com base

nesses 150 (cento e cinqüenta) projetos que será possível

identificar os sujeitos da pesquisa, visto que o objeto

violência doméstica só se torna evidente em processos

cujos relatórios trazem no seu parecer o diagnóstico

Psicossocial. Com base nesse número de processos,

tomou-se por amostra a porcentagem normativa que

deve ser de 11% de todo o universo, tendo-se 15 (quinze)

objetos a serem investigados. Ora, se 15 processos

correspondem ao total dos objetos violência doméstica,

significa que há 30 pessoas envolvidas, das quais 15 são

mulheres, vítimas do ato de violência doméstica; Desse

número, pretende-se trabalhar com uma demanda de 12

casais e, portanto, 24 sujeitos, pertencente a diferentes

04 locais de zoneamento Urbano e Rural, assim

distribuídos: 08 casais do perímetro urbano, sendo 04

(quatro) casais da Zona Leste e 04 (quatro) casais da Zona

Sul. Os outros 04 casais serão aqueles que constam no

processo jurídico como moradores da Zona Rural, cujos

municípios – de preferência limítrofes –, serão

posteriormente identificados por via da pesquisa

documental. A diferenciação de locais por certo

qualificará a pesquisa, visto que tal abrangência deve

identificar uma diversidade de valores, culturas e

costumes característicos de cada local habitado por esses

sujeitos da pesquisa. A pesquisa estender-se-á, ainda, a

03 (três) profissionais da equipe multiprofissional

(advogado, psicólogo e assistente social), sendo um de

cada área, para a obtenção de informações sobre

encaminhamentos, acordos e outros instrumentos

conciliatórios assumidos pelo Pólo Avançado. 4º

Momento: Instrumento de campo - Aplicação do Pré-

teste: será elaborado um questionário que permita

através da aplicação do pré-teste redimensionar questões

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41

ISBN 978-85-61839-06-2

de acordo com a veracidade dos fatos. Serão elaborados

dos questionários: um contendo perguntas fechadas e

outro em formato de roteiro, contendo de perguntas

abertas ou semi-estruturadas. Tais documentos deverão

ser previamente elaborados e testados. Trata-se de um

momento crucial, pois as informações apreendidas serão

fundamentais para as análises futuras, permitindo a

afirmação ou negação de hipóteses, dependendo de cada

situação, bem como podem primar pela consolidação

e/ou refutação de aspectos teóricos, criteriosamente

construídos ao longo do trabalho. 5º Momento: Pesquisa

de Campo - Este momento se refere ao início da pesquisa

de campo propriamente dita, visto que se estenderá à

demanda atendida pelo Pólo Avançado da Universidade

Federal do Amazonas e, que tem por objetivo tratar de

assuntos relativos à guarda e conciliação das relações

familiares. 6º Momento: Análise e interpretação dos

dados - Esta fase da pesquisa será reservada à análise,

sistematização das informações que consubstanciarão o

Relatório Final da Pesquisa e, posteriormente, a

Elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso – TCC e,

portanto, nele constará tanto a análise quanto a

interpretação propriamente dita dos dados da pesquisa

como um todo. Critérios de exclusão: 1.Mulheres

menores de 18 anos; 2.Mulheres que tem mais de cinco

filhos; 3.União estável menos de cinco anos de vivencia.

Critérios de Inclusão: 1.Mulheres maiores de 18 anos;

2.União estável a partir de cinco anos; 3.Mulheres que

tenham ate três filhos; 4.Mulheres que procuram o Pólo

Avançado. Critérios para suspender ou encerrar a

pesquisa: 1.Se as mulheres constrangidas ou em

desconforto poderão se retirar da pesquisa em qualquer

momento; 2.Se os informantes se recusarem a informar.

Critérios Para chegarmos aos sujeitos: Processos de

Divórcio Consensual/Litigioso, Separação

Litigiosa/Consensual, ou Reconhecimento e Dissolução de

União Estável; Processos onde as mulheres sejam

requerentes; Processos que na petição indique índices de

violência doméstica; Processos da comarca de Manaus.

RESULTADOS

A primeira grande mudança sobre a ruptura conjugal

aconteceu com a promulgação da Lei do Divórcio. O início

do século XX representou um marco, visto que tal

rompimento provocou profundas mudanças naqueles

valores familiares, até então concebidos como verdadeiro

preconceito. Essa ruptura marca o início da autonomia

feminina, visto que o poder de decisão permitiu à mulher

opinar e decidir sobre o seu próprio futuro conjugal.

Surge, assim, a necessidade de o Poder Judiciário

implantar as Varas de Família para que os direitos sejam

garantidos de forma equânime e direcionados à família

que se encontra em processo de reestruturação. Com

base nessa concepção, inaugura-se o Pólo Avançado do

Núcleo de Conciliação das Varas de Família – PANCVF,

cujo Programa tem por objetivo “promover o livre e fácil

acesso da população inserida em situação de

vulnerabilidade sócio-econômica. Visa-se, com isso,

garantir o sagrado direito à cidadania e à dignidade

humana, por meio de ações articuladas envolvendo a área

jurídica e psicossocial”. Trata-se de um de Programa de

Extensão da Universidade Federal do Amazonas, oriundo

de Acordo de Cooperação Técnica firmado entre a UFAM

e o Tribunal de Justiça do Amazonas, em 23 de setembro

de 2008. Em 19 de maio de 2009, a Defensoria Pública do

Estado do Amazonas integra-se ao Programa, através da

assinatura de um Termo Aditivo. O Pólo Avançado está

localizado à Rua Coronel Sérgio Pessoa, n.º 147, Centro de

Manaus, sediado no histórico prédio onde durante mais

de um século funcionou a Faculdade de Direito da

Universidade Federal do Amazonas. As atividades

inerentes ao Programa funcionam de segunda à sexta

feira, no horário das 08h às 14h. O atendimento ao

público é realizado por meio de uma equipe

multidisciplinar composta por profissionais operadores do

Direito, Defensores Públicos, Assistentes Sociais e

Psicólogos. Concebido, também, como um espaço de

atividades pedagógicas, o Pólo Avançado conta com os

acadêmicos da UFAM, pertencentes dos cursos de Direito,

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42

ISBN 978-85-61839-06-2

Serviço Social e Psicologia e que desenvolvem atividades

de Estágio Curricular numa íntima articulação entre teoria

e prática. Os processos que tramitam no Pólo Avançado

dizem respeito aos seguintes atos jurídicos: Pensão

Alimentícia, Divórcio, Separação, Reconhecimento e

Dissolução de Sociedade de Fato, Investigação de

Paternidade, Guarda e Responsabilidade e

Regulamentação de Visitas. Assim, conforme prevê o

Programa do Pólo Avançado, entre outras coisas,

pretende-se: capacitar tais acadêmicos ao manejo das

técnicas de conciliação como mecanismos válidos para

solução de conflitos de famílias. Quanto aos impactos

sociais promovidos em relação ao público beneficiado, a

proposta tem por objetivo: promover o fortalecimento

dos beneficiados, por meio da sensibilização acerca do

conceito que se tem de cidadania; fomentar a reflexão

crítica, incentivando o protagonismo popular; estimular a

capacidade de cada membro da comunidade em resolver

os conflitos interpessoais; solucionar efetivamente os

próprios conflitos no âmbito judicial com rapidez e

gratuidade. A Secretaria do Pólo é responsável pela

entrada dos processos oriundos do Núcleo de Prática

Jurídica/UFAM e Defensoria Pública, sendo distribuídos

por meio de processo eletrônico e, posteriormente,

digitalizados. Após a remessa eletrônica, os processos

segundo suas classes são enviados para os setores

competentes, que deverão atuar sobre os mesmos. Os

estagiários do Curso de Direito da UFAM (10 discentes),

atuam como Conciliadores, além de exercerem as funções

cartorárias próprias da Secretaria, como na digitalização

dos processos. Os serventuários que compõem a

secretaria do Pólo são pela seguinte ordem e atribuição:

Antonio Carlos Conde Holanda – Secretário Geral,

Bacharel em Direito e Servidor do quadro efetivo do

Tribunal de Justiça do Amazonas, o qual realiza a

interlocução direta com o coordenador Geral do TJAM;

Maria Lúcia de Alcantara Lima e Andrea Renata Virginio

de Souza, ambas, bacharéis em Direito e servidoras do

quadro da Defensoria Pública do Amazonas. As referidas

servidoras são Gerentes da Defensoria Pública do Estado

que compõem também a Secretaria e encaminham as

petições ao Defensor Público; Ieda Meireles Petrola

Feitoza – Bacharel em Direito, servidora pública federal,

do quadro de pessoal da Universidade Federal do

Amazonas, que exerce a função de secretária pedagógica

da UFAM, realizando interlocução direta com a

coordenação geral da UFAM. Setor psicossocial: O setor

psicossocial, composto por profissionais e estagiários de

serviço social e psicologia, desenvolve trabalho

conjuntamente, executando sua função em consonância

com a Secretaria. Ações como Guarda e Regulamentação

de Visitas passam pela avaliação do setor psicossocial,

que após minuciosa análise e estudo sobre os fatos e as

partes envolvidas na ação, fornece laudo técnico para o

embasamento de decisão judicial. Contudo, ressalta-se

que a intervenção do setor psicossocial não limita-se

nessas ações, pois sempre que necessário atuam de

formar interdisciplinar fomentando melhores estratégias

de mediação de conflitos para outras ações no âmbito do

Direito de Família, participando inclusive de audiências de

conciliação. Os profissionais e estagiários de Serviço Social

e Psicologia participam do processo de trabalho sócio-

jurídico do PANCVF mediante a realização de visitas

técnicas domiciliares às partes, entrevistas psicossociais,

encaminhamentos à rede sócio-assistencial do Estado e

Município, atendimentos psicológicos, observação lúdica

de crianças em disputa e sob suspeita de abuso ou

violência, além da construção em conjunto de laudos e

pareceres técnicos, posteriormente juntados ao processo.

O setor psicossocial é composto pelos seguintes

servidores: Taciana de Almeida Costa, Assistente Social,

membro servidora da Defensoria Pública do Estado;

Sandro Haxovell de Lira, Assistente Social, servidor

público federal, do quadro de pessoal da Universidade

Federal do Amazonas; Ilmar Costa Lima, Psicólogo,

servidor público estadual, do quadro efetivo do Tribunal

de Justiça do Amazonas; Estagiários. Em se tratando de

um Programa de Extensão da Universidade Federal do

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ISBN 978-85-61839-06-2

Amazonas, participam efetivamente da rotina diária de

trabalho, alunos da UFAM que realizam seus estágios

curriculares e/ou voluntários. Os estagiários são em

número de trinta (30), sendo dez (10) por área de

conhecimento. Dez estagiários de Direito, dez de Serviço

Social e dez de Psicologia. Todos são alunos regularmente

matriculados na Universidade Federal do Amazonas e sob

supervisão direta de Professores (coordenadores de área)

e técnicos de nível superior de suas respectivas áreas.

Cumpre destacar, que cada área acadêmica tem definido

seu projeto pedagógico de ação do estágio no Pólo

Avançado. Os referidos projetos compõem este Programa

de extensão, os quais são implementados pelas

respectivas coordenações pedagógicas das áreas de

Direito, Serviço Social e Psicologia.Quanto à capacitação

profissional, o Programa possui uma política pedagógica

em que está previsto a realização de Seminários e Ciclos

de Palestras. Como se trata de um Programa de extensão

da UFAM que articula o ensino e a pesquisa, sendo

realizado em parceria com o Tribunal e a Defensoria,

sistematicamente o Pólo está propiciando cursos de

capacitação em Mediação Familiar e outras palestras em

temas ligados ao Direito de Família. Procedimentos gerais

realizados no PANCVF pela Secretaria envolvendo os

profissionais e estagiários da área de Direito. ATIVIDADES

QUANTIDADE: Atendimentos realizados pela Defensoria

Pública (primeiro atendimento realizado no Pólo/ entrada

das ações) 1890; Cadastramento e digitalização de

processos oriundos do Núcleo de Prática Jurídica e

Defensoria Pública 482; Audiências Pautadas 552;

Audiências realizadas 342; Audiências c/ acordo 328;

Audiências s/ acordo 09; Homologações de Acordo 75;

Reconciliações 06; Redistribuição de processos para uma

das varas de família 396; FONTE: Dados da secretaria

geral do Pólo Avançado, 2010. Atividades da equipe

interdisciplinar de Serviço Social e Psicologia (profissionais

e estagiários); Visitas Técnicas 30; Atendimentos

Psicossociais 61; Avaliações Psicossociais 13; Observações

Lúdicas 04; Contatos com Redes de apoio Psicossociais 31;

Encaminhamentos a Redes de apoio Psicossociais 27;

Acordos em Atendimentos Psicossociais 23; Participação

em Audiências de Conciliação; 16; Primeiro atendimento

671. AÇÕES QUANTIDADE: Divórcio consensual 224;

Divórcio litigioso 27; Separação consensual 23; Separação

litigiosa 17; Reconhecimento e dissolução de união

estável 27; Guarda e modificação de guarda 27;

Regulamentação de visitas 02; Fixação de Alimentos 95;

Oferta de alimentos 01; Alimentos gravídicos 02;

Revisional de alimentos 04; Homologação de acordos 79;

Investigação de paternidade 29; TOTAL 557. FONTE: Setor

Psicossocial do PANCVF, 2010. Ações de competência do

PANCVF que foram registradas e processadas no período

de setembro de 2008 a setembro de 2009. AÇÕES

QUANTIDADE: Divórcio consensual 224; Divórcio litigioso

27; Separação consensual 23; Separação litigiosa 17;

Reconhecimento e dissolução de união estável 27; Guarda

e modificação de guarda 27; Regulamentação de visitas

02; Fixação de Alimentos 95; Oferta de alimentos 01;

Alimentos gravídicos 02; Revisional de alimentos 04;

Homologação de acordos 79; Investigação de paternidade

29. TOTAL557. Ressalta-se ainda que até o momento

entrou-se em contato com as mulheres que rrequereram

açao de dissoluçao que totalizaram 98 mulheres, teve-se

uma mini entrvista via telefone, que mostrou que 90%

dessas mulheres separaram-se por motivos de violencia

doméstica.

CONCLUSÃO

Em entrevistas realizadas com o Diretor de Secretaria do

PANCVF Dr. Carlos Conde, podemos ratificar a

importância dessa pesquisa pois segundo o mesmo: “Aqui

no Pólo nos temos muitos processos que encontramos

Boletins de Ocorrências com relatos de violência

doméstica, feitos pelas requerentes, sem contar nos

processos que ao mesmo tempo que correm aqui, correm

também na Vara Maria da Penha” Percebemos dessa

forma que a pesquisa tem grande relevância. Por já

termos contato com o PANCVF, entendemos também que

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44

ISBN 978-85-61839-06-2

estes números já coletados nos dizem muito, pois

geralmente nos casos em que encontramos relatos de

violência doméstica a requerente (quem entra com o

processo) é a mulher, se com as mesmas partes já existe

outro processo na Vara Maria da Penha, é provável que já

se tenham medidas protetivas à mulher, desta forma o

agressor, ora requerido (a outra parte do processo),

percebendo que poderá ser preso e sentindo-se

ameaçado acaba cedendo. Isso se comprova em números

quando observamos a quantidade de divórcios e

separações consensuais feitas pelo PANCVF, no período

pesquisado (setembro – 2008 à setembro 2009) que de

trezentas e quarenta e duas (342) audiências de

separação realizadas, apenas nove (09) não tiveram

conciliação (acordo). Percebemos também que vários

processos de Guarda são requeridos pelo genitor, no

entanto o PANCVF funciona com uma equipe

multiprofissional, que visa o melhor interesse da criança e

do adolescente, a partir de procedimentos metodológicos

(visitas domiciliares, visitas à escola, atendimentos,

encaminhamentos e orientações às partes que culminam

em Relatório Técnico que subsidiará a decisão judicial).

Ressaltando que como se trata de um Pólo Avançado do

Núcleo de Conciliação das Varas de Família, as partes vão

chegar ao consenso da melhor forma de se resolver a

conflitiva, não sendo como comumente no âmbito judicial

arbitrado pelo Juiz. Pontua-se ainda que a violência

doméstica acaba ficando encoberta na mairia dos

processos de dissolução que tramitam no pólo e até o

momento constatou-se que 90% dos processos onde as

mulheres são requerentes, o fator é violência doméstica.

Infelizmente não são todas as mulheres que sofrem com

violência doméstica que procuram buscar seus direitos, e

ficam a mercê de seus agressores, sendo encarceradas,

violentadas e reprimidas por estes ainda tendo que

dormir ao seu lado todas as noites, esperamos que nossa

pesquisa possa acima de tudo encorajar a estas mulheres

aprisionadas, e mostrar-lhes que apesar de termos uma

democracia apenas dita e não vivida, temos direitos e

devemos fazer estes serem válidos e efetivados, pois sim

temos voz e vez. Vale ressaltar que este encontra-se em

processo de construção.

PALAVRAS CHAVE: Família, Gênero e Violência doméstica

B. TRABALHO FEMININO: REFLEXÕES SOBRE O ASSENTAMENTO SANTA MARIA NO ACARÁ - PA

Gisely de Nazaré Freitas da Silva59

[email protected]

Rogério da Costa Sousa60

[email protected]

Alessandra Sardinha Carvalho61

[email protected]

Milane Monteiro Ribeiro62

[email protected]

Heribert Schmitz63

INTRDOUÇÃO

Trabalho é a aplicação de forças humanas para alcançar

determinado fim através de atividade coordenada (de

caráter físico ou intelectual) necessários à realização de

uma tarefa que garanta remuneração. Sociologicamente,

está relacionado à infraestrutura que é a base econômica

da sociedade, mas determina a superestrutura, dividida

em ideológica (idéias políticas, religiosas, morais,

filosóficas) e política (Estado, polícia, exército, leis,

tribunais). Portanto, nossa visão de mundo é reflexo da

base econômica da sociedade. As idéias surgem ao longo

da história e explicam-se pelas sociedades nas quais estão

inseridas. Dessa forma, o homem é fruto do meio, que

59 Autora, graduanda do curso de ciencias sociais da universidade federal do pará -UFPA, Belém-PA 60 Autor, graduando do curso de ciencias sociais da universidade federal do pará -UFPA, Belém-PA, bolsista da FAPESPA. 61 Co-autora, graduanda do curso de ciencias sociais da universidade federal do pará -UFPA, Belém-PA 62 Co-autora, graduanda do curso de ciencias sociais da universidade federal do pará -UFPA, Belém-PA 63 Orientador,Profº Dr. do Curso de Ciências Sociais e do MAFDS - Mestrado em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável no Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural da universidade federal do pará- UFPA, Belém-PA.

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45

ISBN 978-85-61839-06-2

deve ser moldado de forma a servi-lo, em acordo às

necessidades das classes sociais. Contudo, existem

indivíduos excluídos desse modo de produção,

denominado capitalismo, e atuam sobrevivendo de modo

coletivo, onde a divisão de tarefas entre sexo e gênero

permite a lógica sustentável ao modo de produção local

através da extração de matérias-primas, do plantio, da

caça, da pesca e do incentivo ao trabalho comunitário. A

pesquisa aponta as relações de trabalho e formas de

sustentabilidade observadas durante visita de campo ao

Assentamento Santa Maria na região do Baixo Acará – PA,

em que foi possível enfatizar a importância do trabalho

feminino na produção da farinha.

METODOLOGIA

Foi proposta uma visita ao assentamento Santa Maria,

localizado na Região do Acará para melhor observar as

relações que envolvem esse universo complexo chamado

meio rural. Na visita ao assentamento Santa Maria,

ocorrido em julho de 2010, foi visualizado através de uma

breve pesquisa que os assentamentos possuem uma

infra-estrutura mínima se comparadas às moradias

localizadas nos centros das cidades, especialmente, nas

das grandes metrópoles. Têm uma vida social distribuída

por gêneros e sexo. Vale ressaltar que, alguns refletem o

caráter de sociedade patriarcal de países como o próprio

Brasil, que mantém até hoje resquícios de uma sociedade

patriarcal e tradicionalista em inúmeras relações (sociais,

econômicas, políticas). Através de diálogos informais com

a população local pode-se perceber que são realizadas

nos assentamentos várias produções de gêneros

agropecuários, e que alguns vivem em situações

regulares, outros consideram satisfatórios e outros

consideram a vida precária nos assentamentos. Não há

uma unanimidade quanto à qualidade de vida de seus

habitantes. Com isso faz-se necessário o entendimento

dessas relações para compreendermos como os atores

sociais compõem essas relações tão conflituosas. Aqui

será exposto o cotidiano no Assentamento Santa Maria,

visitado para pesquisa e melhor exposição deste assunto,

através de depoimentos, relatos, conversas informais e

observações de pessoas que vivem na localidade, além de

registros fotográficos.

RESULTADOS

Foi constatado que a comunidade tem 22 anos e loca 145

famílias e conta com um passado de luta dentro do

assentamento com episódio de assassinato de

moradores, o que acabou gerando relações com o INCRA

– Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

para tentar amenizar a situação e assentar oficialmente

essas famílias. O INCRA foi responsável pela construção

de cada moradia por assentado através da contratação de

uma construtora, além do projeto das estradas para

atender os moradores do assentamento. A organização

ocorre da seguinte forma, cada assentado é responsável

pelo seu lote e com o cultivo para seu sustento, além da

venda de produtos excedentes. No caso de abandono, é

necessário devolver o lote de terra para a Associação

Comunitária.

A produção da farinha inicia com a prática de “corte-e-

queima” que prepara o local para a plantação da

mandioca, onde atuam homens e meninos (geralmente, a

partir dos 10 anos). No momento da colheita, homens e

crianças participam do recolhimento, no entanto,

geralmente as mulheres ficam com as mães preparando o

maquinário (tipiti) para extração da matéria-prima, a

massa da mandioca. Vale ressaltar essa divisão de gênero

entre o sexo masculino e feminino, homens e meninos

saem para colher ou preparar o local de plantação, e as

mulheres e meninas dão conta do maquinário. Assim

funciona para a maioria das atividades, sobretudo na

produção da farinha, que envolve um maior número de

pessoas. Além disso, após a extração da massa, no

momento de usar a assadeira para receber a massa de

mandioca, são os homens também que conduzem a

produção através da força para movimentar a quantidade

de massa.

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CONCLUSÃO

Após breve síntese do cenário do assentamento sob

diversos aspectos, é necessário deixar claro a importância

ás relações de trabalho e formas de sustentabilidade,

sobretudo das mulheres. O papel desempenhado na

produção de farinha, além da forma como conduzir seu

lar e outras relações no desenvolvimento dessa tarefa. A

mulher e trabalhadora aqui socialmente analisada

resultam numa figura versátil e eficiente que garante uma

renda para o lar, colabora com os serviços domésticos e

ainda é capaz de cuidar do marido, dos filhos. Ela então

assume diversos papéis como: mãe, trabalhadora,

produtora e colaboradora na administração da pequena

produção.

Podemos a partir dessa perspectiva entender a relação de

trabalho e produção nessa comunidade como coletiva,

sustentável e divisória quanto ao gênero, que envolve o

desempenho fundamental da mulher sob diversos

aspectos (socioeconômicos e político-ideológicos).

PALAVRAS CHAVE: TRABALHO; PRODUÇÃO;

ASSENTAMENTO SANTA MARIA.

7. CIÊNCIAS SOCIAIS

A. O JOVEM FLORESTAN FERNANDES (1941-1958): UM LEITOR DOS LIMITES DE TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA

Ricardo Ramos Shiota64

.

[email protected]

Aluísio Schumacher65

.

INTRDOUÇÃO

Florestan Fernandes (1920-1995) é um distinto intelectual

e agente político brasileiro. O seu espólio é uma vasta

produção intelectual, dentro e fora da universidade, e

uma história de vida exemplar. Ele contribuiu com

64 Mestre em sociologia pela UNESP/FFC - SP. 65 Orientador.

interpretações profundas e inovadoras acerca da

formação e do desenvolvimento da sociedade brasileira

até os seus últimos dias de vida. Também se engajou na

luta política pela resolução de grandes questões de

interesse público e exerceu dois mandatos parlamentares

entre 1987 e 1994. Como intérprete do Brasil e sujeito

histórico, ele posicionou-se em defesa das classes

subalternas que formam o povo brasileiro e ao longo dos

anos, foi se tornando cada vez mais convicto da

necessidade de uma revolução socialista no Brasil. Neste

trabalho são apresentados alguns dilemas, presentes no

processo de transformação social brasileiro, identificados

pelo autor no começo de sua formação intelectual na

universidade, por isso a designação jovem Florestan

Fernandes. Pretende-se recuperar seus diagnósticos de

tempo elaborados, nos quais dilemas e obstáculos da

sociedade brasileira foram apontados. No período, o

processo social de “demora cultural” foi hipótese

constante nas análises florestanianas dos problemas

brasileiros. Em contrapartida, a ciência, a sociologia e a

educação foram vistos como meio de fomentar uma

consciência social democrática e de promover uma

sociedade mais justa no Brasil.

METODOLOGIA

A leitura interna das publicações de Florestan Fernandes

inspirou-se na ideia de “modelo crítico”: uma referência

analítica que permite a apreensão do vínculo imanente da

teoria com o seu tempo histórico por meio do resgate dos

diagnósticos e prognósticos elaborados em função da

“perspectiva da distância que separa o que existe das

possibilidades melhores nele embutidas e não realizadas,

vale dizer, à luz da carência do que é frente ao que

melhor pode ser” (NOBRE, 2004, p.56). A historicidade do

real e do pensamento que se debruça sobre ele impõe

restrições para se pensar a formulação conceitual

originária da teoria crítica, tal como proposta por Max

Horkheimer (1975), os sentidos do “comportamento

crítico” e da “orientação para a emancipação” assumem

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47

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novos significados em outros tempos e outros espaços,

porquanto em teoria crítica os diagnósticos de tempo

(incluindo aí o contexto deste diagnóstico) sempre orienta

novas formulações66

.

RESULTADOS

A vinculação do pensamento de Florestan Fernandes aos

dilemas da sociedade brasileira, no período em análise,

teve inicialmente como pressuposto explicativo

fundamental a tese funcionalista clássica da mudança

social: a “demora cultural”, que oferecia uma explicação

para a ausência de organicidade no desenvolvimento do

país, nítida no contraste existente entre centros urbanos -

marcados pela secularização e individuação, o Brasil

“moderno” -, e, as culturas de folk, espalhadas pelo país,

que representavam um Brasil “arcaico”, caracterizado por

formas de controle tradicionais, constituído por relações

pré-capitalistas homogêneas, de solidariedade grupal e de

tradição oral. Os obstáculos do processo de mudança

social brasileiro foram apontados por Florestan Fernandes

com base na hipótese da “demora cultural”, que foi sendo

aprimorada conforme o ponto de vista estrutural e dos

“tipos-ideais” de Karl Mannheim e passa a ser entendida

como heterogeneidade de situações histórico-sociais

numa mesma “estrutura social” que se desenvolvia no

plano econômico, mas era barrada no âmbito cultural e

político. No estudo do folclore, do preconceito de cor e da

democracia no Brasil, ele apresentou esta concepção

histórico-estrutural de explicação, que indicava estreiteza

no horizonte intelectual médio brasileiro, dado o alcance

limitado das mudanças sociais no sentido do processo de

racionalização e de secularização da mentalidade dos

sujeitos.

CONCLUSÃO

66 “A ideia de modelo crítico pretende ressaltar que não há teses determinadas, com conteúdos fixos, a que alguém tenha de aderir se quiser fazer parte do campo crítico” (NOBRE, 2008, p.19). Visto que, para Horkheimer, a validez ou o caráter significativo de um pensamento está relacionado com sua função social progressiva ou regressiva (RUSCONI, 1969, p.203).

Tais empecilhos apontam para a necessidade do

pensamento racional, identificado com a educação

sistemática e com a ciência, como fatores de construção

de uma sociedade democrática. Esta nascia dos

escombros da velha ordem escravocrata-senhorial,

fundada na dominação patrimonialista e patriarcal, cujo

processo de desagregação delineou os limites do

desenvolvimento da democracia no Brasil. Florestan

Fernandes identificou pelo menos quatro dilemas da

sociedade brasileira, em relação à questão da

desorganização social indígena, à questão do negro e do

preconceito de cor, à questão do folclore, da educação,

da ciência e da democracia no país. A efetivação desta,

para ele, tinha na sociologia a possibilidade de construção

da autoconsciência dos cidadãos; na ciência e na

tecnologia a possibilidade de superar o

subdesenvolvimento; e na educação a função de formar

personalidades democráticas e interessadas no

“planejamento democrático” da sociedade.

Enfim, Florestan Fernandes nos anos 50 do século XX

acreditava na possibilidade histórica de o Brasil se tornar

uma sociedade “moderna, legal e igualitária”. Sob este

horizonte intelectual e político e determinadas filiações

teóricas, ele elaborou diagnósticos de tempo, os quais

permitem concebê-lo como um teórico crítico de seu

tempo, não obstante o caráter histórico de suas

contribuições.

PALAVRAS CHAVE: Florestan Fernandes. Dilemas da

sociedade brasileira. Anos 1950

B. A CENSURA POLITICA NA IMPRENSA BAURUENSE DURANTE A DITADURA MILITAR (1968-1970)

Camila Fernandes67

[email protected]

Terezinha Santarosa Zanlochi68

67 Autora, Universidade Sagrado Coração- USC, Bauru/SP. 68 Orientadora, doutora em História Social Universidade de São Paulo- USP

Page 48: Anais da Mostra de C&T da 7ª Bienal da UNE

48

ISBN 978-85-61839-06-2

[email protected]

INTRDOUÇÃO

Este projeto de pesquisa teve como objetivo geral

investigar a reação da imprensa bauruense, frente à

censura militar, e as influências que o Ato Institucional nº

5 instaurou na redação do jornal, por meio da análise de

conteúdo das edições quinzenais de 13 de dezembro de

1968 a 13 de dezembro de 1970 do Diário de Bauru, bem

como levantar informações sobre a reação da imprensa

no interior paulista, mais propriamente em Bauru/SP, no

jornal Diário de Bauru,investigar como se deu a produção

das matérias por meio das experiências relatadas pelos

jornalistas da época e analisar as influências que o AI 5

teve na construção dos textos do jornal analisado.

METODOLOGIA

Coleta de dados. A- bibliográficos: inicialmente, uma

revisão de literatura feita a partir de resenhas e

fichamentos,focalizou as obras do período em questão,

contextualizando o objeto de estudo. Em seguida,um

rastreamento foi feito nos exemplares do jornal Diário de

Bauru no período focado. B- Documentação Oral: utilizou

a técnica da documentação oral para coletar os

depoimentos de interlocutores, tais como historiadores e

jornalistas que vivenciaram a época. Faremos um

questionário para as entrevistas que serão filmadas.

Posteriormente, digitados os textos, serão devidamente

assinados pelos depoentes, assim como a autorização de

direitos de uso de seus depoimentos. Coletados os dados,

fez-se uma análise de conteúdo das informações frente

aos objetivos propostos. Tendo em mãos as publicações

do jornal Diário de Bauru, datados entre 13 de Dezembro

de 1968 a 13 de Dezembro de 1970, a pesquisa fez,

durante o período quinzenal, a análise qualitativa e

quantitativa prezando: a) Matérias; b) Imagens; c)

Editoriais; d) Notas.

RESULTADOS

Golpeando a nação, o AI-5, como ficou conhecido, foi um

instrumento de poder que deu aos governantes poderes

absolutos para administrar o país sob a força dos

decretos-lei como fechar o congresso nacional por tempo

indeterminado, suspender direitos políticos por dez anos,

intervir nos estados e nos municípios, demitir

funcionários públicos e, sobretudo, instalar a censura nas

redações dos jornais brasileiros. Todos os meios de

comunicação sofreram um desgaste em sua autonomia.

Na mesma noite em que o Ato foi publicado, censores

ocuparam as redações dos principais jornais, rádios,

revistas e emissoras de televisão para controlarem as

informações públicas. Era o fim da liberdade de

expressão. O assombroso período durou exato dez anos e

dez dias.

CONCLUSÃO

Os períodos de resistência e reação dos jornais a censura

imposta, uns tanto pelo ufanismo, outros por coragem e

ideologia, fizeram da imprensa brasileira, o grande

estorvo para os militares. Assim, restava à opção de

buscar caminhos alternativos para chegar ao leitor

noticias sobre os acontecimentos do país. A

intencionalidade do ocultamento pode ser sentida com

clareza na forma como agiam os mecanismos censórios

para os periódicos que aceitavam trabalhar no limite da

censura. Atuava por meio de recados telefônicos e

bilhetes sem identificação certa, como por exemplo ‘de

ordem superior’, ‘Polícia Federal’. Os responsáveis pelos

periódicos tinham consciência que o não cumprimento da

‘ordem, implicava represálias. Na redação do jornal

bauruense ‘Diário de Bauru’, não poderia ser diferente,

notas simples e comentários camuflados foram

publicados sobre o que ocorria no país.

PALAVRAS CHAVE: Imprensa. Ditadura Militar. AI -5.

Censura. Linha editorial.

C. DO REGGAE AO SAMBA: A DIVERSIDADE CULTURAL DO MARANHÃO

Page 49: Anais da Mostra de C&T da 7ª Bienal da UNE

49

ISBN 978-85-61839-06-2

Anderson boas Viana69

Naylce Gonçalves Rocha70

Letícia Machado Verde71

Jania Cunha Machado72

Eduardo Alex73

Laura Rosane74

Talita Rivana Campos Cavalcante75

[email protected]

INTRDOUÇÃO

A capital maranhense completa 398 anos, convivendo

com uma diversidade cultural que passeia do bumba-

meu-boi, ao reggae, do tambor de crioula, ao rock, do

cacuriá ao blues, do coco ao samba, da quadrilha ao rap,

do Divino ao forró, do Lelê ao Jazz, da dança de terreiros

ao Samba. Essa variedade rítmica e de manifestações

converge pacificamente entre os músicos. Grande parte

da categoria reconhece, valoriza essa convivência, mas

diverge ao necessitar um olhar mais reflexivo,

visualizando novos horizontes e os ideais instituídos em

pleno século XXI. Para Chris Santana, vocalista da banda

Sou Soul, por mais que façamos um trabalho distante do

que é conceituado de Cultura Popular do Maranhão,

jamais poderemos negar a originalidade, a identidade e o

diferencial onipresente nessas raízes, nessas

manifestações. O objetivo da pesquisa é mostrar a

diversidade cultural do maranhã e o seu potencial

turístico que fomenta o turismo e ainda cria laços de

identidade.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada para elaboração deste trabalho,

quanto aos fins é a pesquisa descritiva, que segundo

Vergara (2004), consiste numa pesquisa que descreverá

uma ideia, ou melhor, descreverá como o turismo vem

69 Graduando em Artes na Universidade Federal do Maranhão. 70 Graduanda em Serviço Social na Universidade Federal do Maranhão. 71 Graduanda em Teatro na Universidade Federal do Maranhão. 72 Graduanda em Artes na Universidade Federal do Maranhão. 73 Graduando em Direito na Ceuma. 74 Graduanda em Artes na Universidade Federal do Maranhão. 75 Graduanda em Filosofia na Universidade Federal do Maranhão.

sendo trabalhado em meio a diversidade cultural de São

Luís. Ainda quanto aos fins, a pesquisa é exploratória, que

segundo Gil (2002), consiste em uma pesquisa que tem

por objetivo o aprimoramento de ideias ou a descoberta

de intuições, visto que na área da pesquisa há pouco

conhecimento sistematizado. Já quanto aos meios, a

pesquisa é bibliográfica, que segundo Vergara (2004),

consiste em pesquisa em base material, principalmente

livros e artigos científicos. Se a História da Humanidade

nos possibilitou a visita de vários povos que contribuíram

com os nossos costumes, valores sociais, econômicos,

político, gastronômico e na arte, cabe aqui definir e

quebrar paradigmas de que a nossa identidade não é só

maranhense, mas sim também com a miscigenação.

RESULTADOS

Dentre os inúmeros resultados que poderiam ser citados,

dá-se destaque ao reconhecimento da diversidade como

identidade cultural; além de mostrar peculiaridades dessa

mistura de ritmos.

CONCLUSÃO

No processo de elaboração deste estudo se obteve o

entendimento de que São Luís é uma terra onde índios,

negros, portugueses, holandeses, franceses e demais

povos da face da Terra contribuíram para o seu

desenvolvimento, fica difícil não compreendê-la como

uma ilha cheia de peculiaridades e ao mesmo tempo

cosmopolitana. No campo do entretenimento isto já pode

ser observado com a receptividade do público, em

diversas faixas etárias, que saem na noite em busca da

tribo com a qual se identifica.

PALAVRAS CHAVE: DIVERSIDADE CULTURA; IDENTIDADE; REGGAE; PAGODE.

D. VELHOS E NOVOS SAMBAS: FUZILEIROS DA FUZARCA ONTEM, HOJE E SEMPRE

Andrea Luisa Frazão Silva76

[email protected]

76 Autor, Graduando em Educação Artística Na Universidade Federal Maranhão- São Luis- MA.

Page 50: Anais da Mostra de C&T da 7ª Bienal da UNE

50

ISBN 978-85-61839-06-2

Larissa de Fatima Martins77

[email protected]

Luis Felix de Barros Vieira Rocha78

[email protected]

Rosiane de Jesus Cardoso79

[email protected]

INTRDOUÇÃO

Presente trabalho baseia-se em estudos e pesquisas sobre

o samba no Maranhão, a resistência e a importância do

grupo de samba Fuzileiros da Fuzarca para historia do

samba no Maranhão. Este grupo foi fundado em 11 de

fevereiro de 1936, no centro de São Luís, os Fuzileiros da

Fuzarca são um dos blocos de samba mais antigos do

Carnaval de São Luís. Surgiu em decorrência da criação do

estilo musical samba, criado em 1917, o grande

transformador do Carnaval carioca. Que com o passar de

tantos anos ainda mantém o estilo das primeiras Escolas

de Samba do Rio de Janeiro, o bloco está entre os

primeiros depois foram chamados de Turmas de Sambas

de São Luís. A pesquisa se debruça na identidade e

manutenção da tradição dos antigos sambas que somente

os Fuzileiros da Fuzarca mantêm com suas composição,

forma de cantar e tocar . O ritmo inequívoco dos

Fuzileiros da Fuzarca, a cadência reporta ao batuque do

samba tradicional transmite a melodia dos carnavais de

outrora. A batucada particular do bloco, sua voz marcante

ao som dos tamborins, cuícas, pandeiros e ritintas

instrumento típico do samba tradicional, tambor

pequeno, amarrado à cintura, tocado com duas baquetas

cadenciam o eco em uníssono dos mestres da batucada.

Os fuzileiros da fuzarca são tradicionais são na verdade a

velha guarda do samba maranhense a expressão da

cultura de um povo que o tempo não conseguiu extingui.

77 Co-Autor, Graduando em Artes Visuais Na Universidade Federal Maranhão- São Luis- MA. 78 Co-Autor, Graduando em Artes Visuais Na Universidade Federal Maranhão- São Luis- MA. 79 Co-Autor, Graduando em Artes Visuais na Universidade Federal Maranhão- São Luis- MA.

Este é sem duvida Sinônimo de resistência cultural cujo

real interesse é cultivo de uma identidade coletiva.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada para a realização da pesquisa

sobre os Fuzileiros da Fuzarca foi à pesquisa participante.

Partimos para a coleta de dados sobre o samba no

Maranhão ao estudo bibliográfico específico e

monografico. Entrevistas com os compositores e

membros do grupo além do registro fotográfico dos

ensaios e apresentações.

RESULTADOS

Na apreciação das entrevistas observamos que a maioria

tem mais de sessenta anos de idade, muitos começaram a

participar do grupo na juventude as composições falam

de sentimentos como amor, amizade e bairrismo pelo

samba tradicional e pelo Maranhão. Esse Bairrismo e

amor pelo samba tradicional fazem com que esse grupo

mantenha sua essência. O bloco tem 74 anos de

fundação, de carnavais e sambas. Quanto à perpetuação

e conservação da manifestação fica a cargo dos filhos e

netos dos brincantes. Notamos na questão musical o uso

de instrumentos de fabricação própria e recobertos de

couro de animais. A bateria é formada somente por um

surdo chamado de tambor de marcação que dá a

marcação, ritintas dita o ritmo frenético, tambor de mão,

pandeiros, roca, ganzá, cabaça, tambor onça a mesma

cuíca e um apito que comanda a batucada. O símbolo do

bloco é a Estrela com as iniciais do bloco "FF" O grupo

começou com 60 pessoas, todos homens, na Rua São

João, em 1936. Os figurinos são confeccionados pelos

integrantes, nas cores pretas e brancas, em homenagem à

madrinha do bloco. Depois do seu falecimento, não

quiseram mais mudar as cores. . Estas informações nos

levam a essência do samba de um grupo, agremiação,

bloco que mantém esse intacta a expressão artística e

cultura dos antigos sambas .

CONCLUSÃO

Page 51: Anais da Mostra de C&T da 7ª Bienal da UNE

51

ISBN 978-85-61839-06-2

O estudo focaliza na cultura, identidade, e resistência do

samba tradicional e cadenciado no Maranhão muito bem

representado pelos Fuzileiros da Fuzarca bloco com mais

de setenta anos de historia no samba com composições

que se eternizaram no carnaval e no coração do povo que

admira há anos e anos essa batucada que perpetua e que

é peculiarmente maranhense.

PALAVRAS CHAVE: SAMBA, IDENTIDADE, RESISTENCIA

E. INSTRUMENTOS MUSICAIS AFRO-BRASILEIROS

Fábio Luís Caires Coelho80

[email protected]

Juvino Alves dos Santos Filho81

INTRDOUÇÃO

A música é um aspecto muito valorizado da cultura

brasileira, especialmente pela grande variedade de nossos

ritmos. Muitos deles são, também, herança africana.

Somos agraciados pela diversidade de ritmos e gêneros

musicais, tais como o frevo, jongo, partido alto, côco,

lundu, axé, tambor de crioula, baião e por que não o

‘samba’. Cada povo nos legou os instrumentos musicais

que usava nas suas terras de origem, naturalmente

adaptando-os aos materiais que foram por aqui

encontrados. É rica a lista de instrumentos musicais afro-

brasileiros e que estão presentes na cultura brasileira.

Dentre eles, encontramos o afoxé, o berimbau, o agogô,

reco-reco, caxixi, tambor, cuíca, e outros instrumentos de

grande importância para a nossa cultura, assim como o

pandeiro, herança dos mouros do norte da África, de uso

muito generalizado no Brasil, sendo indispensável nas

baterias das escolas-de-samba, como em outros estilos e

ritmos brasileiros.

METODOLOGIA

80 Autor, estudante em Artes Visuais e Música, ambos na Universidade Federal do Maranhão – UFMA, bolsista PIBID. 81 Orientador, Professor de Música na Universidade Federal do Maranhão – UFMA.

Na elaboração do presente instrumento, utilizou-se como

base teórica fontes bibliográficas e pesquisas

selecionadas e coletadas na Internet. A nível, prático

todas as informações e imagens coletadas dizem respeito

de forma sucinta e panorâmica aos instrumentos

apresentados na exposição do trabalho.

RESULTADOS

Na pesquisa, encontrou-se na internet, uma variedade de

instrumentos afro-brasileiros e suas notáveis

características e execuções. É fundamental entender a

diversidade que a cultura brasileira apresenta com este

tema e como cada instrumento é construído,

confeccionado e preparado. Desde o mais simples

instrumento artesanal ao mais complexo e exótico

instrumento fabricado. Muitos sofrem mudanças e

recebem um novo design. Mas a tradição sobrevive em

diversos instrumentos musicais afro-brasileiros. São

aqueles que ainda não sofreram mutação pela indústria

cultural.

CONCLUSÃO

É importante não perder de vista a importância desta

grande herança que faz parte da história cultural do nosso

país. Podemos constatar que através das exposições

realizadas com os painéis, uma grande parcela do publico

não tem contato ou conhecimento a respeito dos

instrumentos musicais apresentados, bem como a sua

história e suas principais características. E como eixo

norteador, esta temática pode desencadear interesse

para um estudo educacional pedagógico, podendo assim

empregar de forma didática, o lúdico, o jogo, o ritmo, a

cultura, a tradição e o conhecimento da grande riqueza

cultural que é agraciada a nossa nação, pela sua

diversidade musical.

PALAVRAS CHAVE: DIVERSIDADE E CULTURA; CULTURA AFRO-BRASILEIRA; INSTRUMENTOS MUSICAIS AFRO-BRASILEIROS.

Page 52: Anais da Mostra de C&T da 7ª Bienal da UNE

52

ISBN 978-85-61839-06-2

F. "MEMÓRIAS, POÉTICAS E AROMAS" O TRAJETO ANTROPOLÓGICO DAS VENDEDORAS DE ERVA DO VER-O-PESO

Bárbara Dias dos Santos82

[email protected]

Maria Ana Oliveira de Azevedo83

[email protected]

INTRDOUÇÃO

O presente trabalho é fruto do Projeto de conclusão de

Curso, com o tema central “Ervas Performáticas: A

performance das Vendedoras de erva do Mercado do ver-

o-peso na cidade de Belém do Pará”, sendo este um

desdobramento dos primeiros diálogos teóricos que

sustentarão esta pesquisa.Tem como objetivo estabelecer

uma relação entre o fazer cotidiano cultural e a leitura da

performance.E para isso registros fotográficos,

vídeos,entrevistas livres e observações, são realizados

para se compreender este universo e chegar aos nossos

objetivos finais.O trajeto antropológico como um dos

principais resultados alcançados neste momento foi

apontado para se penetrar no imaginário amazônico e dar

inicio a este mergulho imbricado de poética e tradição.

METODOLOGIA

Aponto como metodologia, a investigação do Cotidiano.

Através da observação e experimentação da realidade

dessas mulheres. Dendo sido documentado com

fotografias,filmagens, questionários Tudo para resultar

em um apanhado sobre as vivencias das vendedoras no

Mercado do Ver-o-peso em Belém.Em especial de

Robertina Suares da Silva, 41 anos, solteira, mãe de

quatro filhos, vendedora de ervas.

RESULTADOS

Mangueiras, onde a flor cheira na beira do Guajará.

Belém do mormaço após a chuva da tarde. É considerada

82 Autora, técnica em dança pela Universidade Federal do Pará e acadêmica do curso de Licenciatura Plena em dança-UFPA. 83 Orientadora, Mestrado em artes pela UFBA, Professora no curso de Licenciatura Plena em Dança-UFPA

a maior cidade na linha do Equador, a segunda cidade

mais populosa da região Norte e a maior Região

Metropolitana do Norte, é conhecida como "Metrópole

da Amazônia". A cidade possui o maior IDH entre as

capitais nortistas e concentra Belém do Pará e sua

poética, a cidade Morena, da chuva da tarde. Belém

cidade das a maior população metropolitana da

região.Belém também é a mãe dos interiores, e deles

todos os gostos e sabores. E onde aportam? Onde mais

seria senão no soberano mercado. Mercado esse ponto

de encontro, troca e venda. É o Ver-o-peso. O mercado é

um ponto turístico da cidade de Belém, situado às

margens da Baía do Guajará. O nome "Ver-o-Peso" tem

sua origem no período colonial, quando funcionava a Casa

do Haver-o-Peso, a mercadoria vinda do interior era toda

pesada lá, também eram cobrados os impostos devidos à

Coroa Portuguesa. O mercado faz parte de um complexo

arquitetônico e paisagístico que compreende uma área de

35 mil metros quadrados, com uma série de construções

históricas, dentre elas o Mercado de Ferro, o Mercado da

Carne, a Praça do Relógio, a Doca, a Feira do Açaí, a

Ladeira do Castelo e o Solar da Beira. O conjunto foi

tombado pelo IPHAN em 1997 ,é considerada a maior

feira livre da América Latina. Mas o Ver-o-peso está além

de ser somente arquitetura e patrimônio, ele reúne

histórias de vida que se entremeiam aos cheiros, à lama

que fica depois que a “maré” seca, os vendedores que

ganham seus clientes no grito, aos barqueiros que

abastecem nossas mesas. E em meio a todo esse

entrelace de pessoas, gestos, sensações. Escutamos o um

chamar acolhedor e amigável. “Amiga venha cá,conhecer

os mistérios das ervas que curam, atraem e afastam.” Elas

são donas dos aromas, da fala conquistadora, dos banhos

atrativos e de descarrego. São as senhoras que

manipulam os destinos e as finanças, que preparam as

mandingas pros males da saúde. Seus perfumes inebriam

quem os sente, pois trazem naqueles pequenos frascos o

mistério da floresta. Suas ervas tem tradição, carregadas

de misticismo, revelam o nosso conhecimento popular.

Page 53: Anais da Mostra de C&T da 7ª Bienal da UNE

53

ISBN 978-85-61839-06-2

Todo esse universo encontra-se nas vendedoras de Ervas

do mercado do Ver-o-peso. Elas possuidoras de um

gestual único carregado de elemento espetacular, nos

envolvem com suas maneiras de nos abordar e nos

colocar em contato com as crenças populares. E no

entremear de todo esse universo das Mulheres

Mandingueiras, perguntas surgem no intuito de entender

a significação dessa representação viva da cultura

amazônica. Pergunto-me de onde vem essa tradição?

Como as Erveiras obtiveram esse conhecimento? O que as

plantas, folhas, galhos e raízes representam em suas

vidas?E suas famílias? Como participam desse contesto?

No intuito de responder algumas dessas inúmeras

inquietações, fui buscar o conceito do trajeto

antropológico do francês Gilbert Durand, Professor de

filosofia, professor titular e professor emérito de

sociologia e de antropologia da Universidade de

Grenoble. Conceitua o trajeto antropólogico como sendo:

“A constante troca que existe ao nível do imaginário

entre as pulsões subjetivas e assimiladoras, e as

intimações objetivas emanadas do meio cósmico e

social.” Outro teórico que busquei foi o Paraense João de

Jesus Paes Loureiro, escritor, poeta, professor de Estética,

História da Arte e Cultura Amazônica, na Universidade

Federal do Pará. Em sua contextualização, o trajeto

antropológico: “É todo percurso que fazemos pela cultura

e que provoca um intercâmbio entre nosso mundo

interior e o mundo exterior. As experiências adquiridas

em nosso projeto antropológico nos abastecem de

informações e constitui nossa individuação”. Após

identificar os conceitos que sustentariam as indagações,

fui ao encontro de Robertina Suares da Silva, mulher de

41 anos, solteira, mãe de quatro filhos, vendedora de

ervas no Mercado do Ver-o-peso. Roberta, como se

denomina, começou seu trabalho com ervas no mercado

com 16 anos de idade, juntamente com suas irmãs, tias e

avó. Revela que essa tradição entrou na sua família

através de seu Avô materno, o Sr Miguel da Silva,

trabalhador da Feira no tempo em que não havia um

lugar fixo para a venda das ervas, o complexo do Ver-o-

peso não possuía infra-estruturar, por isso as vendas

eram feitas no chão em meio ao sujo e as enchentes. Foi

ele o responsável pela manutenção dessa tradição dentro

da família da Silva, pois repassou para sua esposa os

segredos dos banhos atrativos e das ervas de cura,

entregando-lhe os saberes populares para que a mesma

repassasse para suas filhas em um constante fluxo, como

um grande Rio com seus afluentes. Roberta aprendiz de

sua mãe, narra que desde pequena foi ensinada as

orações para cada banho, era algo comum dentro de casa

o convívio com a fabricação de garrafadas e remédios. Em

sua narrativa conta: “A minha mãe sempre levava para

casa as ervas, lavávamos as garrafas, cortávamos as

raízes. Crescemos vendo ela e minhas tias mais minha avó

com meu avô fazendo as garrafadas e os perfumes. Eles

nem perguntaram se nós queríamos, ensinaram e

pronto”.

Assim cresceu ao lado de suas irmãs detendo o

conhecimento passado de geração em geração. Hoje

educa seus filhos com os mesmo saberes, eles aprendem

desde jovens para o que cada erva serve. São eles que a

ajudam na fabricação dos produtos que vende na sua

barraca. Roberta decorre sobre a importância dessa

tradição dentro da família. Pois a maior parte da sua

família está envolvida com venda de ervas no mercado do

Ver-o-peso, o seu sustento sempre foi retirado da feira,

mesmo com todas as dificuldades apontadas: “Chego aqui

no ver-o-peso umas 5h30min. Para arrumar tudo e

receber as ervas e saio umas 18h00min. A vida da gente

não é fácil não, mas já melhorou muito. Eu digo pros

meus filhos estudarem, eles estudam, mas não tem

serviço não. E aqui é pra sempre, minha mãe foi criada

com o dinheiro daqui, eu fui criada aqui também, meus

filhos estão sendo criados aqui e meus netos serão

também. Porque isso aqui é um conhecimento nosso, e

vai ser assim até o fim.”

CONCLUSÃO

Page 54: Anais da Mostra de C&T da 7ª Bienal da UNE

54

ISBN 978-85-61839-06-2

Sem perceber a importância da sua fala, ela deixava claro

esse trajeto que foi percorrido. Pois como compreendo o

trajeto antropológico na perspectiva abordada por Paes

Loureiro, vejo esse intercambio muito claro entre os

mundos, o interior e o exterior. Onde Robertina Suares da

Silva traz em sua particularidade, em sua tradição

familiar, algo que é universal, um conhecimento tido

popular e de domínio público. Existe a troca constante

entre o imaginário e as pulsões tida como subjetivas por

Durand. Nota-se que as vivências adquiridas no percurso

traçado pela vendedora Roberta hoje formam o que

chamamos de individuação da mesma. Em seu trajeto

antropológico traz o fator memória e ancestralidade

bastante presente e a questão da perpetuação disso que

se dará com seus filhos, e esta realidade imbricada de

poesia sempre terá um fluxo, pois se perpetuará com seus

descendentes. Encerrando aqui momentaneamente o

tracejar de uma tradição de mistérios, segredos e

crendices – “Se eu pudesse ver o peso que a Vida tem. Eu

passaria a minha Vida a ver-o-peso em Belém”(Max

Martins).

PALAVRAS CHAVE: CULTURA, POÉTICA, TRAJETO

G. ASTRONOMIA E URBANISMO NA COMUNIDADE INDÍGENA

Guilherme Rosa De Almeida 84

[email protected]

INTRDOUÇÃO

Este trabalho apresenta como os diferentes saberes sobre

o céu (astronomia) e sobre o espaço de convivência

humana (arquitetura e urbanismo) estão intimamente

relacionados dentro da comunidade indígena.

Trabalharemos com o exemplo da etnia caiapó. Os índios

mantêm uma relação de proximidade e respeito aos

aspectos da natureza, o nascer e pôr do sol, marcando o

tempo e o desenho do espaço, as lendas ao redor das

84 Estudante de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT- Campus Cuiabá.

figuras existentes no céu que fazem parte da sua

mitologia. A astronomia é considerada a ciência mais

antiga da humanidade, encontram-se registros muito

antigos de estudos do céu, entre os sumérios estes

registros são de 3.500 a.c.,. A astronomia nasce associada

a dois eixos; um prático, e outro interpretativo de cunho

místico. No primeiro ajuda a marcar a cronologia dos

eventos, a época chuvosa, o clima frio, o bom momento

da colheita, a orientação espacial nas viagens, etc. Em

outro eixo é associada ao poder que os astros e seus

movimentos supostamente possuem sobre o

comportamento humano e os acontecimentos do

cotidiano.Em todas as diferentes manifestações culturais

pelo mundo existe a forte relação com os astros. a

atividade humana de ocupação do espaço para

convivência em sociedade não escapa a este costume.de

associar aos astros uma importância substancial.

METODOLOGIA

Uma pesquisa bibliográfica foi a base da pesquisa aqui

tratada.O autor foi o principal responsável pela pesquisa

cujo tema é pouco tratado em livros e revistas

especializadas. Existe uma carência enorme sobre o tema

de textos científicos. O principal autor sobre o tema o

professor Germano Afonso (UFPR) foi à literatura básica e

outras reportagens sobre o tema. O grupo de divulgação

da Astronomia no Pantanal coordenado pela professora

Dr. Telma Couto da UFMT foi consultado e contribuiu

significativamente com explicações sobre os astros e suas

diversas interpretações: a etnoastronomia. Os

professores de urbanismo com os conceitos de

territorialidade e simbologia dos espaços foram essenciais

para compressão de como se traduz a linguagem celeste

em desenhos do espaço planejado pelo grupo indígena.

RESULTADOS

Ao olhar para o céu e criar ou identificar símbolos para

resolver seus problemas cotidianos, as pessoas estão

exteriorizando um vasto universo cultural e imaginário. As

constelações para quem as criou e seus grupos sociais são

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55

ISBN 978-85-61839-06-2

mais que um agrupamento de estrelas, são as

representações simbólica de um conjunto de valores,

crenças e costumes, a compressão destes chamamos de

etnoastronomia, onde é possível perceber esta

pluralidade cultural representada no céu. Etnoastronomia

é a ciência que estuda, por intermédio dos costumes de

um povo, os seus conhecimentos astronômicos

(MOURÃO, 1995).Um ponto fundamental na

compreensão do espaço e as relações que se criam com

esta ocupação é o conceito de territorialidade, O

professor Paul E. Little ao tratar do tema diz: “Defino a

territorialidade como o esforço coletivo de um grupo

social para ocupar, usar, controlar e se identificar com

uma parcela específica de seu ambiente biofísico,

convertendo-a assim em seu “território” ou

homeland”.Através destes dois conceitos,

etnoastronomia e territorialidade, podemos identificar as

diferentes relações que os povos mantém com o espaço

ao seu redor, em vários níveis. Esta relação é possível de

encontrar nas comunidades caiapó que com uma

etnoastronomia própria a identifica com o seu espaço

construído. Céu,astros e desenho por onde os corpos

caminham possuem uma identificação

CONCLUSÃO

Podemos identificar então que existe uma interligação

entre espaço, tempo e cultura com o conhecimento

construído sobre o Cosmo, e que estas interligações estão

presentes na forma de convivência das pessoas, com seu

espaço social e natural. Enfatiza-se, desta forma, a

necessidade de se pensar o mundo numa perspectiva

relativa ou plural, de forma a propiciar o respeito às

diferenças. Estas diferenças podem ser ricos meios de se

conhecer outras culturas como a caiapó e outras etnias

indígenas, mas também podem ser meios de sensibilizar

através da estética que estes povos possuem. Esta

sensibilidade ajuda a compreender os próprios símbolos e

estratégias dos diversos membros da nossa sociedade

para planejar seu espaço.

PALAVRAS CHAVE: ETNOASTRONOMIA, URBANISMO.

H. BREGA S/A: A POPULARIZAÇÃO DA TECNOLOGIA E A REINVENÇÃO DO BREGA

Lucas Silva Moreira85

[email protected]

Pérola Virgínia de Clemente Mathias86

[email protected]

Antônio da Silva Câmara87

INTRDOUÇÃO

O objetivo deste artigo, fruto do projeto de pesquisa

sobre as representações sociais no cinema documentário,

é investigar nesta categoria fílmica a refiguração de

aspectos da realidade social. Aqui analisaremos o filme

Brega S/A, que remonta ao fenômeno do tecnobrega na

cidade de Belém do Pará. O filme busca reconstruir a

história do brega enquanto gênero, que tem origem na

década de 1970 e sofreu várias modificações com a ampla

popularização da tecnologia, inclusive modificando o

modo das pessoas escutarem esse tipo de música. Serão

analisados os aspectos sociológicos que permeiam o

tecnobrega tanto enquanto um gênero musical passível

de análise estética, quanto como um fenômeno social

característico daquela região, que se caracteriza por uma

particularidade no que diz respeito à forma de produção,

de consumo e de distribuição. As análises aqui

explicitadas partirão de uma investigação do filme,

resultado final de um processo artístico que se apresenta

enquanto forma materializada de símbolos que

denunciam a realidade social. Filmado entre os anos de

2006 e 2008 a película evidenciará como em uma

realidade economicamente insuficiente, com uma

estrutura social amplamente caótica, a estrutura dos

shows apresenta-se enquanto uma possibilidade de

acesso à modernidade, bem como a criação de um

movimento organizado de produção musical que não se

85 Universidade Federal da Bahia – UFBa, pesquisador voluntário 86 Pesquisadora voluntária. 87 Orientador.

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56

ISBN 978-85-61839-06-2

encontra no circuito oficial. O tecnobrega parte de uma

base musical computadorizada e semi-pronta, cujos

arranjos são feitos num software. Assim, o trabalho do

artista é simplificado, restringindo-se basicamente à

composição de uma letra que se adapte ao ritmo.

METODOLOGIA

O processo de trabalho se dá com a análise da linguagem

cinematográfica, após ter-se assistido o filme,

decompondo-o e recompondo-o segundo uma

determinada ótica de análise. Esta ótica é embasada pelos

estudos acerca das teorias referentes ao cinema,

principalmente o cinema documentário, e a sociologia da

arte. A relação do filme com as categorias de produção e

reprodução artística e sua relação com determinado

público, leva-nos a desenvolver a discussão de T. Adorno

sobre a indústria cultural, relacionando-a com as

considerações de W. Benjamin em “A obra de arte na era

da reprodutibilidade técnica”. Além disso, buscamos

ainda as contribuições da filosofia hegeliana, tendo como

objetivo uma reflexão acerca de suas categorias estéticas.

RESULTADOS

O brega enquanto gênero, apesar de dificuldade de ser

conceituado, surge aproximadamente na década de 1970

e caracteriza-se pelo forte apelo sentimental de suas

letras românticas e pelo arranjos simples da melodia. O

tecnobrega é uma “atualização”, por assim dizer, deste

brega romântico. Ele coloca como pano de fundo uma

base eletrônica, reduzindo ao máximo o trabalho criativo

do músico. Sobrepõe-se a um ritmo predeterminado

letras de rima fácil e pouco apuradas que em uma

semana, ou menos, encherão os camelôs da cidade de

Belém do Pará. Assim, ocorre uma simplificação do

gênero musical, implicando no empobrecimento das

composições como um todo. É essa nova forma de

conceber tanto as letras, quanto o ritmo que ocasionará

uma mudança da forma de fruição. Os salões são

substituídos por uma arena iluminada por lasers e os

espectadores, desse espetáculo que mistura variações da

música eletrônica européia aos acordes básicos do

teclado, pulam freneticamente embalados por uma letra

nem sempre romântica. A ruptura maior do tecnobrega

com o brega se dá principalmente pela assimilação de

novos conteúdos que transformará o “cafona” em pop. A

popularização da tecnologia possibilita uma produção

massiva do tecnobrega, a garantia de um mercado

sempre em movimento. O destino de todas as produções

da região é o mercado paralelo, ilegal, atuando como

segmento marginal da “indústria cultural”. Ele não

aparece aqui como uma alternativa a um circuito oficial e

institucionalizado, ele já é de inicio o lugar pensado para a

distribuição dos milhares de bregas tecnificados. Neste

circuito são preservadas as mesmas características do

entretenimento massivo surgido no século XX. No Pará tal

tipo de música é comercializada pelas vias da economia

informal.

CONCLUSÃO

As artes em geral constituem importante fonte de

conhecimento e apreensão da realidade social. O filme,

em particular, o faz através das representações que

contém. O filme-documentário Brega S/A além de

descortinar o cenário do tecnobrega, torna possível a

reflexão de que a produção exagerada deste gênero,

correspondente ao “lixo cultural”, é maior do que a

capacidade de absorção dos ouvintes. Os próprios

“artistas” se questionam quanto a necessidade do que

produzem, admitindo que eles, de fato, não podem

acrescentar nada substancial à sociedade. Mas, como a

venda deste produto de necessidade e qualidade

questionáveis é garantida, surge no lugar da expressão

artística uma atividade comercial de subsistência. Assim,

vemos a espetacularização desse gênero nas grandes

arenas luminosas e “modernas”, em contraste com o

“caos” social, urbano e econômico de Belém; e a perda da

autenticidade artística, não pela reprodutibilidade em si,

mas pela forma como ela é utilizada – não existe fixidez

Page 57: Anais da Mostra de C&T da 7ª Bienal da UNE

57

ISBN 978-85-61839-06-2

ou substância artística e a falta de reflexão torna tal

matéria efêmera.

PALAVRAS CHAVE: CINEMA; REPRESENTAÇÃO SOCIAL; TECNOBREGA.

I. PROFUSÃO E REPRESSÃO DAS MANIFESTAÇÕES AFROS NO SÉCULO XIX: DO BATUQUE AO “SAMBA”

Marcelo Ferreira Lemos Filho88

[email protected]

INTRDOUÇÃO

As manifestações culturais dos negros sempre foram

malvistas pelas elites brancas da época colonial, imperial

e na república até meados do século XX, estas elites

acusavam a estes sons de serem “afrontamento aos seus

ouvidos”, e que fugiam das “normas e dos bons

costumes” da época, estas “normas e bons costumes” era

importada da Europa. Com isso as manifestações por

muito foram perseguidas, com decretos de leis que

proibiam o culto das manifestações musicais que eram

provenientes dos negros, denominados genericamente de

batuques, que mais tarde passaria também a se chamar

ainda de forma genérica de samba. Neste trabalho

procuro abordar e, apesar das limitações historiográficas,

explicar porque das proibições das camadas mais

abastadas de folguedos dos negros – que mais tarde

passaria a ser praticadas não somente pelos negros mais

também pelas classes mais baixas – e como se deu a sua

profusão diante de tanta polêmica e perseguição, desta

manifestação que é afro-diásporica. Este artigo é a

primeira produção do projeto de Iniciação Cientifica sobre

a História e Tradição do Samba de Roda, que ainda esta

em fase inicial. Este artigo consiste em revisões

bibliográficas de livros, artigos, dissertações e teses sobre

o tema. Com estas bibliografias, já foi possível mapear

algumas fontes primárias como artigos de jornais, para

88 Graduando do curso de Licenciatura Plena em História pela Universidade do Esado da Bahia – UNEB, bolsista da FAPESB.

que seja dada continuidade ao andamento do projeto,

que a entrada em arquivo público. Esta revisão

bibliográfica fez com que novas questões fossem

levantadas e respondidas, como porque houve repressão

dos sons produzidos pelos negros? E também trouxe

desafios que é identificar o samba de roda dentro desse

contexto de repressão e dificuldade de nomenclatura – já

que todos os sons produzidos pelos negros eram

chamados de batuques. Todo este trabalho esta sendo

acompanhado de perto pelo orientador da pesquisa Ari

Lima, que esta norteando estas discussões e fazendo com

que consiga focar no objeto de pesquisa, e uma

elaboração de um projeto para o Trabalho de Conclusão

de Curso, além de fornecer um arcabouço teórico-

metodológico para poder prosseguir com a pesquisa. Esta

revisão bibliográfica também pôde abastecer-me para o

mapeamento e caracterização dos sambas de Alagoinhas

em termo de performance, repertório e instrumentos

musicais, já que uma das ultimas fases da minha pesquisa

será um trabalho de observação etnográfica junto a

alguns sambas, pretendendo assim fazer um trabalho

além de histórico, também um trabalho de cunho sócio-

antropológico

METODOLOGIA

A execução deste projeto implica em pesquisa em

arquivos públicos, biblioteca, centro de estudos e bancos

de dissertações e teses no sentido da busca de

referências ao samba na Bahia. Para a elaboração deste

trabalho, foi feita uma revisão bibliográfica, que envolveu

trabalhos de pesquisadores importantes como José

Ramos Tinhorão, historiador Pós-graduado pela USP, do

antropólogo doutor pela Unb Ari Lima. Devido aos limites

historiográficos do tema e com o amparo que a história

cultural tem na interdisciplinaridade, este trabalho

também contou com estudos de outras áreas das ciências

humanas, como trabalhos etnográficos de viajantes dos

séculos passados, e até mesmo de trabalhos

antropológicos contemporâneos, como o do antropólogo

Page 58: Anais da Mostra de C&T da 7ª Bienal da UNE

58

ISBN 978-85-61839-06-2

Jocélio Teles dos Santos e de Katharina Döring. Este

trabalho buscou entender como as manifestações afros

eram praticadas no século XIX, como sobreviveu ao

repúdio e a repressão, e também como conseguiu se

difundir por outros meios sociais, que somente não fosse

as senzalas ou as fazendas.

RESULTADOS

Que o Samba não é uma manifestação dos negros, e sim

faz parte de uma mistura de ritmos, e que os brancos

tiveram a sua contribuição, para a resistência e

reinvenção desta manifestação. As manifestações Afros

não foram abolidas da sociedade pois se reinventavam

para resistir; Os estudos não retratam o porque da

substituição do nome de Batuques para Samba, sendo

que os dois tratavam das mesma coisa; Para se tratar de

Samba no século XIX, tem que tratar de todas as

manifestações culturais dos negros, dos mestiços e

brancos das classes menos abastadas, como um todo.

CONCLUSÃO

A manifestação dos negro-africanos vem sendo contada -

apesar em baixíssima escala e de forma mais informal –

desde o século XVII, com desenhos, pinturas e fato

ocorridos, pelos viajantes que pelo Brasil passavam. Com

o passar do tempo veio ganhando mais espaços na

sociedade, com algumas transformações que foram

cruciais para a sua sobrevivência e que perdurassem até

os dias de hoje. Dentre estas a adesão das camadas de

classe média baixa e o êxodo rural, que ao chegarem nas

cidades aquelas pessoas que viviam e trabalhavam no

campo mudou, de forma significante, o cotidiano das

pessoas que ali moravam, que já tinham os seus costumes

e procuravam um padrão importado da Europa. Dentro

desse contexto de fins do século XVIII inicio do século XIX

os batuques foram sendo introduzidos na sociedade

urbana, e essa manifestação sofreu mutações pelas

pessoas que iam aderindo a ela, como o lundu sendo

integrante do termo genérico, a introdução da viola, de

determinadas cantorias, a forma com que eram cultuadas

pelos novos simpatizantes, que fez com que os batuques

saíssem de um cunho mais religioso e representativo -

como era no campo – para algo muito mais lúdico e quase

sem compromisso com nenhuma religião na área urbana.

Deve-se salientar também que os batuques e/ou samba

tomou uma proporção tão grande que começou a

incomodar as pessoas da zona urbana, fazendo com que

Resoluções fossem criadas para o combate legal destas

manifestações, que agora não era mais de determinado

grupo étnico e sim de uma classe social menos abastada.

É nesse contexto que o samba, samba de roda vem se

desenhando ao longo dos séculos, desde o seqüestro dos

negros na África até a adesão da camada menos

favorecida da sociedade, que fez com que a industria

cultural da zona urbana desse maior visibilidade (apesar

das perseguições e repressões), a esta manifestação antes

de tudo afro-diásporica e de resistência às discriminações.

PALAVRAS CHAVE: PERSEGUIÇÃO; BATUQUES; SAMBA.

J. O SAMBA NA MINHA TERRA: UM PARALELO ENTRE O SAMBA DO RIO E O SAMBA NO MARANHÃO

Rutti Suelma Cutrim Costa89

[email protected]

Heriverto Nunes Mendonça Júnior90

[email protected]

INTRDOUÇÃO

Partindo da diversidade cultural do Brasil e das

confluências culturais existentes na tríade luso-afro-

ameríndia, o ensaio proposto toma o Samba como objeto

de estudo e suas etnoinfluências no Maranhão, por ser

um gênero musical carioca que, pela reminiscência e re-

significações e/ou hibridismos culturais, tem seus

fragmentos encontrados em produções culturais

maranhenses. Aspectos desse ritmo carioca são

89 Autora, Estudante de Turismo Bacharelado na Universidade Federal do Maranhão – UFMA. 90 Co-autor, Estudante de Licenciatura em Teatro na Universidade Federal do Maranhão – UFMA, bolsista CNPq.

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59

ISBN 978-85-61839-06-2

encontrados no samba dos grupos carnavalescos Blocos

Tradicionais, na fé e na festa do Tambor de Crioula em

louvor a São Benedito e na obrigação de fé ao Caboclo

Boiadeiro do Samba de Angola, ritual do Candomblé de

Caboclo da Casa Fanti-Ashanti de São Luís (MA). Ciente de

que as migrações culturais apontadas resultam em

peculiaridades de costumes, crenças, experiências e

produções sociais, que ora são pontuais e identitárias de

espaços sociais e geográficos, ora se confluem, gerando

interações etnoculturais, sem deslegitimar as origens e

essências de cada um, objetiva-se averiguar o que

provoca tais interações, o resultado dessa confluência de

idéias, costumes e símbolos e o que esse fenômeno

musical é para as pessoas e suas produções

lúdico/religiosas, identificando a idiossincrasia do samba

carioca no Maranhão.

METODOLOGIA

Para a compreensão dos elementos fundamentais do

fenômeno samba em outros espaços supostamente

alheios ao seu campo original, e das manifestações

maranhenses, são consideradas suas bases históricas,

sociológicas e culturais para o apontamento de suas

características musicais, estéticas e performáticas,

considerando estes aspectos definidores da natureza

genuína do gênero musical estudado. Por trata-se de uma

pesquisa multidisciplinar, de interpretação

descritivo/comparativa, os instrumentos definidos para o

alcance do que se propõem foram a observação direta

não-participante, estruturada por visitas de campo aos

fatos sociais acessíveis; coleta de dados subjetivos e

primários, por meio de entrevistas não-estruturada;

levantamento de dados audiovisuais das produções

culturais acessíveis e não acessíveis ao contato direto;

levantamento e apreciação de referenciais teóricos por

meio de leituras especializadas encontradas em livros e

periódicos. Ente os referenciais teóricos, dá-se foco aos

estudos da etnomusicologia, da história e da antropologia

cultural.

RESULTADOS

Tratando-se de um estudo em andamento, o resultado

esperado balizou-se no alcance de parâmetros de

identificação das interações etnoculturais e dos aspectos

peculiares ao samba carioca e às manifestações da cultura

popular maranhense, apontando os reflexos de co-

existirem em espaços sociais e geográficos diversos ao

seu natural, fundamentando o estudo comparativo

substancial quanto as semelhanças e resistências. Para

tanto, os dados já coletados preliminarmente dentro dos

recursos bibliográficos e audiovisuais permitiu a

identificação de semelhanças existentes e,

aparentemente, ausência de um processo

descaracterizador de ambos os fenômeno sociais

apontados. Este dado ainda precisa ser complementado.

Entrevistas e observação direta estão sendo realizadas

para a análise comparativa aos dados já coletados, e

entre os fenômenos sociais estudados. Espera-se ainda

captar o posicionamento dos atores das produções da

cultura popular maranhense entrelaçadas ao samba

carioca, quanto ao pertencimento, legitimidade e

descaracterização envolvidas no complexo cultural objeto

de estudo, samba/Rio e samba/Maranhão, ratificando o

hibridismo cultural existente, pautado em unidades e

universalidades culturais que fazem do Brasil um país de

rica diversidade cultural.

CONCLUSÃO

Diante de tudo que tem sido observado e

problematizado, as interações etnoculturais aqui

elencadas, não deslegitimam a naturalidade carioca que é

empregada ao samba, tão pouco ao fato cultural onde

este fenômeno social acaba por ser inserido, voluntaria

ou involuntariamente. Ao contrário, a re-significação do

samba em outros espaços sociais e geográficos pode ser

poro de ratificação de sua legitimidade enquanto símbolo

nacional, pois não é descaracterizado e não

descaracteriza as essências de ambas as produções,

mantendo seu caráter identitário e representativo da

Page 60: Anais da Mostra de C&T da 7ª Bienal da UNE

60

ISBN 978-85-61839-06-2

sociedade brasileira. A confluência de idéias, costumes e

símbolos se re-significam em outros espaços para

complementar e tornar ainda mais relevantes os

significados deste complexo cultural, afinal “o samba foi

recheio, por vezes inspiração, de quase todos os

movimentos musicais desta terra carnavalesca” (DINIZ,

2006, p. 15), tão logo recheio também para outras

construções culturais.

PALAVRAS CHAVE: SAMBA; IDIOSSINCRASIA; CULTURA POPULAR MARANHENSE.

K. REFLETINDO SOBRE O SER BRASILEIRO: O NACIONALISMO NO BRASIL PÓS-COPA DO MUNDO

Lucas Sousa Galindo91

[email protected]

INTRDOUÇÃO

Passada – um pouco antes do previsto – a euforia

instalada no Brasil em meio à Copa do Mundo de futebol,

tem-se a impressão de que a agonia decorrente da volta

antecipada da seleção brasileira para casa já não tem

mais o mesmo dissabor de outros tempos. Não que as

duas eliminações consecutivas já nas quartas-de-final, em

2006 e 2010, tenham sido capazes de preparar para ou

mesmo acostumar os brasileiros a esse tipo de frustração.

No entanto, é notório que paira nos ares deste imenso

país um sentimento generalizado de “sigamos em frente”,

pois o jogo não acabou. Ou seja, “ainda temos a tarefa de

continuar construindo essa nação”. Isso não significa que

a centralidade do período de uma Copa do Mundo,

enquanto momento de maior expressão concreta do

nacionalismo brasileiro, esteja ameaçada. Expressão esta,

aliás, que é particularmente uníssona nesse tipo de

situação, exatamente por ser uma das características da

formação da identidade nacional a necessidade de

diferenciar positivamente determinada comunidade,

pretensamente “superior”, das “alheias”. Portanto,

natural que ele fique mais vigoroso num espaço em que é

91 Autor, graduando em Línugas Estrangeiras Aplicadas às Negociações Internacionais na Universidade Estadual de Santa Cruz.

nítido esse destaque sobre os demais – caso do futebol

brasileiro, com seus numerosos e constantes êxitos. A

propósito, por uma série de condicionantes políticas e

históricas, coube a esta modalidade esportiva simbolizar

aquele que é um dos fenômenos sociais mais

emblemáticos verificados entre os seres humanos na

atualidade. Tanto por representar a correlação de

diversos elementos internos, comuns ou não (desde as

tradições culturais à ideologia política) e a elevação deles

a uma esfera mais “sublime”, quiçá intocável; quanto pela

essência subjetiva do fenômeno. Conforme

observávamos, ainda que não haja uma perspectiva de

modificação do referido quadro no curto prazo, é

perceptível uma significativa diferença no

comportamento do povo brasileiro diante de um mau

resultado no futebol. Contribui para isso o fato de um

bom número de outras modalidades disputarem mais

acirradamente a atenção dos cidadãos nos últimos anos,

marcadamente após a construção exitosa dos Jogos

Panamericanos do Rio de Janeiro em 2007, que por sua

vez foi o cartão de visitas necessário para credenciar o

Brasil como sede de dois outros megaeventos esportivos:

a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

A realização dessas importantes atividades em território

brasileiro constitui, inclusive, a base do fatos que

decisivamente corrobora com a mudança de atitude aqui

citada: a materialização da idéia de que bons

desempenhos em competições têm mais valor se

associados a um potencial mais completo, que vá muito

além de simplesmente comemorar os troféus

conquistados. Afinal, além dos holofotes, tais

acontecimentos trazem consigo grandes volumes de

patrocínios, prestígio internacional, turismo alavancado,

dentre outros ganhos. O mais importante deles, aliás, não

vem incluso neste pacote – ao contrário, só será obtido

com uma efetiva participação dos diversos segmentos

sociais: a continuidade do processo de transformação das

oportunidades estratégicas (como essa) em avanços reais

para o conjunto da população brasileira. Com isso, é

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61

ISBN 978-85-61839-06-2

possível afirmar que o nacionalismo brasileiro vai

deixando de ser apenas ocasional, preso a uma limitante

periodicidade quadrienal. Consequentemente, ganha

força para impulsionar as vitórias almejadas. Espera-se, é

lógico, que elas aconteçam nos mais variados campos:

educação, saúde, desenvolvimento sustentável, inclusão

social, combate à pobreza e tantos mais. Se daqui até

2014 surgirem sinais ainda mais claros da concretização

deste sonho nacional, certamente não fará muita

diferença se a seleção finalmente sacramentar o

hexacampeonato ou se ela for eliminada ainda na

primeira fase da Copa de 2014.

METODOLOGIA

Passada – um pouco antes do previsto – a euforia

instalada no Brasil em meio à Copa do Mundo de futebol,

tem-se a impressão de que a agonia decorrente da volta

antecipada da seleção brasileira para casa já não tem

mais o mesmo dissabor de outros tempos. Não que as

duas eliminações consecutivas já nas quartas-de-final, em

2006 e 2010, tenham sido capazes de preparar para ou

mesmo acostumar os brasileiros a esse tipo de frustração.

No entanto, é notório que paira nos ares deste imenso

país um sentimento generalizado de “sigamos em frente”,

pois o jogo não acabou. Ou seja, “ainda temos a tarefa de

continuar construindo essa nação”. Isso não significa que

a centralidade do período de uma Copa do Mundo,

enquanto momento de maior expressão concreta do

nacionalismo brasileiro, esteja ameaçada. Expressão esta,

aliás, que é particularmente uníssona nesse tipo de

situação, exatamente por ser uma das características da

formação da identidade nacional a necessidade de

diferenciar positivamente determinada comunidade,

pretensamente “superior”, das “alheias”. Portanto,

natural que ele fique mais vigoroso num espaço em que é

nítido esse destaque sobre os demais – caso do futebol

brasileiro, com seus numerosos e constantes êxitos. A

propósito, por uma série de condicionantes políticas e

históricas, coube a esta modalidade esportiva simbolizar

aquele que é um dos fenômenos sociais mais

emblemáticos verificados entre os seres humanos na

atualidade. Tanto por representar a correlação de

diversos elementos internos, comuns ou não (desde as

tradições culturais à ideologia política) e a elevação deles

a uma esfera mais “sublime”, quiçá intocável; quanto pela

essência subjetiva do fenômeno. Conforme

observávamos, ainda que não haja uma perspectiva de

modificação do referido quadro no curto prazo, é

perceptível uma significativa diferença no

comportamento do povo brasileiro diante de um mau

resultado no futebol. Contribui para isso o fato de um

bom número de outras modalidades disputarem mais

acirradamente a atenção dos cidadãos nos últimos anos,

marcadamente após a construção exitosa dos Jogos

Panamericanos do Rio de Janeiro em 2007, que por sua

vez foi o cartão de visitas necessário para credenciar o

Brasil como sede de dois outros megaeventos esportivos:

a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

A realização dessas importantes atividades em território

brasileiro constitui, inclusive, a base do fatos que

decisivamente corrobora com a mudança de atitude aqui

citada: a materialização da idéia de que bons

desempenhos em competições têm mais valor se

associados a um potencial mais completo, que vá muito

além de simplesmente comemorar os troféus

conquistados. Afinal, além dos holofotes, tais

acontecimentos trazem consigo grandes volumes de

patrocínios, prestígio internacional, turismo alavancado,

dentre outros ganhos. O mais importante deles, aliás, não

vem incluso neste pacote – ao contrário, só será obtido

com uma efetiva participação dos diversos segmentos

sociais: a continuidade do processo de transformação das

oportunidades estratégicas (como essa) em avanços reais

para o conjunto da população brasileira. Com isso, é

possível afirmar que o nacionalismo brasileiro vai

deixando de ser apenas ocasional, preso a uma limitante

periodicidade quadrienal. Consequentemente, ganha

força para impulsionar as vitórias almejadas. Espera-se, é

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lógico, que elas aconteçam nos mais variados campos:

educação, saúde, desenvolvimento sustentável, inclusão

social, combate à pobreza e tantos mais. Se daqui até

2014 surgirem sinais ainda mais claros da concretização

deste sonho nacional, certamente não fará muita

diferença se a seleção finalmente sacramentar o

hexacampeonato ou se ela for eliminada ainda na

primeira fase da Copa de 2014.

RESULTADOS

Passada – um pouco antes do previsto – a euforia

instalada no Brasil em meio à Copa do Mundo de futebol,

tem-se a impressão de que a agonia decorrente da volta

antecipada da seleção brasileira para casa já não tem

mais o mesmo dissabor de outros tempos. Não que as

duas eliminações consecutivas já nas quartas-de-final, em

2006 e 2010, tenham sido capazes de preparar para ou

mesmo acostumar os brasileiros a esse tipo de frustração.

No entanto, é notório que paira nos ares deste imenso

país um sentimento generalizado de “sigamos em frente”,

pois o jogo não acabou. Ou seja, “ainda temos a tarefa de

continuar construindo essa nação”. Isso não significa que

a centralidade do período de uma Copa do Mundo,

enquanto momento de maior expressão concreta do

nacionalismo brasileiro, esteja ameaçada. Expressão esta,

aliás, que é particularmente uníssona nesse tipo de

situação, exatamente por ser uma das características da

formação da identidade nacional a necessidade de

diferenciar positivamente determinada comunidade,

pretensamente “superior”, das “alheias”. Portanto,

natural que ele fique mais vigoroso num espaço em que é

nítido esse destaque sobre os demais – caso do futebol

brasileiro, com seus numerosos e constantes êxitos. A

propósito, por uma série de condicionantes políticas e

históricas, coube a esta modalidade esportiva simbolizar

aquele que é um dos fenômenos sociais mais

emblemáticos verificados entre os seres humanos na

atualidade. Tanto por representar a correlação de

diversos elementos internos, comuns ou não (desde as

tradições culturais à ideologia política) e a elevação deles

a uma esfera mais “sublime”, quiçá intocável; quanto pela

essência subjetiva do fenômeno. Conforme

observávamos, ainda que não haja uma perspectiva de

modificação do referido quadro no curto prazo, é

perceptível uma significativa diferença no

comportamento do povo brasileiro diante de um mau

resultado no futebol. Contribui para isso o fato de um

bom número de outras modalidades disputarem mais

acirradamente a atenção dos cidadãos nos últimos anos,

marcadamente após a construção exitosa dos Jogos

Panamericanos do Rio de Janeiro em 2007, que por sua

vez foi o cartão de visitas necessário para credenciar o

Brasil como sede de dois outros megaeventos esportivos:

a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

A realização dessas importantes atividades em território

brasileiro constitui, inclusive, a base do fatos que

decisivamente corrobora com a mudança de atitude aqui

citada: a materialização da idéia de que bons

desempenhos em competições têm mais valor se

associados a um potencial mais completo, que vá muito

além de simplesmente comemorar os troféus

conquistados. Afinal, além dos holofotes, tais

acontecimentos trazem consigo grandes volumes de

patrocínios, prestígio internacional, turismo alavancado,

dentre outros ganhos. O mais importante deles, aliás, não

vem incluso neste pacote – ao contrário, só será obtido

com uma efetiva participação dos diversos segmentos

sociais: a continuidade do processo de transformação das

oportunidades estratégicas (como essa) em avanços reais

para o conjunto da população brasileira. Com isso, é

possível afirmar que o nacionalismo brasileiro vai

deixando de ser apenas ocasional, preso a uma limitante

periodicidade quadrienal. Consequentemente, ganha

força para impulsionar as vitórias almejadas. Espera-se, é

lógico, que elas aconteçam nos mais variados campos:

educação, saúde, desenvolvimento sustentável, inclusão

social, combate à pobreza e tantos mais. Se daqui até

2014 surgirem sinais ainda mais claros da concretização

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ISBN 978-85-61839-06-2

deste sonho nacional, certamente não fará muita

diferença se a seleção finalmente sacramentar o

hexacampeonato ou se ela for eliminada ainda na

primeira fase da Copa de 2014.

CONCLUSÃO

Passada – um pouco antes do previsto – a euforia

instalada no Brasil em meio à Copa do Mundo de futebol,

tem-se a impressão de que a agonia decorrente da volta

antecipada da seleção brasileira para casa já não tem

mais o mesmo dissabor de outros tempos. Não que as

duas eliminações consecutivas já nas quartas-de-final, em

2006 e 2010, tenham sido capazes de preparar para ou

mesmo acostumar os brasileiros a esse tipo de frustração.

No entanto, é notório que paira nos ares deste imenso

país um sentimento generalizado de “sigamos em frente”,

pois o jogo não acabou. Ou seja, “ainda temos a tarefa de

continuar construindo essa nação”. Isso não significa que

a centralidade do período de uma Copa do Mundo,

enquanto momento de maior expressão concreta do

nacionalismo brasileiro, esteja ameaçada. Expressão esta,

aliás, que é particularmente uníssona nesse tipo de

situação, exatamente por ser uma das características da

formação da identidade nacional a necessidade de

diferenciar positivamente determinada comunidade,

pretensamente “superior”, das “alheias”. Portanto,

natural que ele fique mais vigoroso num espaço em que é

nítido esse destaque sobre os demais – caso do futebol

brasileiro, com seus numerosos e constantes êxitos. A

propósito, por uma série de condicionantes políticas e

históricas, coube a esta modalidade esportiva simbolizar

aquele que é um dos fenômenos sociais mais

emblemáticos verificados entre os seres humanos na

atualidade. Tanto por representar a correlação de

diversos elementos internos, comuns ou não (desde as

tradições culturais à ideologia política) e a elevação deles

a uma esfera mais “sublime”, quiçá intocável; quanto pela

essência subjetiva do fenômeno. Conforme

observávamos, ainda que não haja uma perspectiva de

modificação do referido quadro no curto prazo, é

perceptível uma significativa diferença no

comportamento do povo brasileiro diante de um mau

resultado no futebol. Contribui para isso o fato de um

bom número de outras modalidades disputarem mais

acirradamente a atenção dos cidadãos nos últimos anos,

marcadamente após a construção exitosa dos Jogos

Panamericanos do Rio de Janeiro em 2007, que por sua

vez foi o cartão de visitas necessário para credenciar o

Brasil como sede de dois outros megaeventos esportivos:

a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

A realização dessas importantes atividades em território

brasileiro constitui, inclusive, a base do fatos que

decisivamente corrobora com a mudança de atitude aqui

citada: a materialização da idéia de que bons

desempenhos em competições têm mais valor se

associados a um potencial mais completo, que vá muito

além de simplesmente comemorar os troféus

conquistados. Afinal, além dos holofotes, tais

acontecimentos trazem consigo grandes volumes de

patrocínios, prestígio internacional, turismo alavancado,

dentre outros ganhos. O mais importante deles, aliás, não

vem incluso neste pacote – ao contrário, só será obtido

com uma efetiva participação dos diversos segmentos

sociais: a continuidade do processo de transformação das

oportunidades estratégicas (como essa) em avanços reais

para o conjunto da população brasileira. Com isso, é

possível afirmar que o nacionalismo brasileiro vai

deixando de ser apenas ocasional, preso a uma limitante

periodicidade quadrienal. Consequentemente, ganha

força para impulsionar as vitórias almejadas. Espera-se, é

lógico, que elas aconteçam nos mais variados campos:

educação, saúde, desenvolvimento sustentável, inclusão

social, combate à pobreza e tantos mais. Se daqui até

2014 surgirem sinais ainda mais claros da concretização

deste sonho nacional, certamente não fará muita

diferença se a seleção finalmente sacramentar o

hexacampeonato ou se ela for eliminada ainda na

primeira fase da Copa de 2014.

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ISBN 978-85-61839-06-2

PALAVRAS CHAVE: NACIONALISMO, BRASIL, COPA DO MUNDO.

L. MERCOSUL: UMA ANÁLISE DO FORTALECIMENTO DA INTEGRAÇÃO REGIONAL ATRAVÉS DO OLHAR DA CULTURA

Paula Gomes Moreira92

[email protected]

INTRDOUÇÃO

O início do século XXI na América do Sul foi marcado por

intensas mudanças na política, na economia e na

sociedade. Buscando seu lugar no mundo a integração

regional veio a se constituir na alternativa principal dos

países para promoção de seu desenvolvimento. Visando

superar os entraves históricos enraizados às identidades

da região, a cultura aparece como o seu eixo principal. A

percepção de que somente por meio da interdependência

seria possível transformar a realidade de distanciamento

entre os povos, fez com que as práticas culturais fossem

fortalecidas. Assim, o Mercosul que inicialmente

objetivava apenas interesses comercias, hoje volta-se

para o fortalecimento da sociedade civil, principalmente,

por meio da esfera cultural. Ainda que seja um esboço

daquilo que o real integracionismo deveria ser, aponta

para o futuro do continente.

METODOLOGIA

Análise de literatura especializada no tema, assim como

periódicos e sites de organismos supranacionais,

movimentos sociais e do governo brasileiro.

RESULTADOS

Como resultados é importante apresentar as práticas que

se estabeleceram nos últimos anos dentro da esfera de

atuação do Mercosul, tais como: agricultura familiar,

economia solidária, parlasul e mercocidades. Todas essas

iniciatiavs expressam a mudança que ocorreu no eixo de

92 Mestranda em Relações Internacionais na Universidade do Estado do Rio de Janeiro – RJ.

atuação do organismo, de modo a privilegiar as práticas

sociais e dar menor destaque para a área comercial.

Assim, há uma valorização das vertentes culturais de

forma a proximar os países integrantes do bloco.

CONCLUSÃO

Como consequência das diversas iniciativas de cunho

mais social, há uma valorização das vertentes culturais de

forma a proximar os países integrantes do bloco. Essa

valorização pode ser vista por meio da música, do

artesanato, entre outras.

PALAVRAS CHAVE: AMÉRICA DO SUL, INTEGRAÇÃO REGIONAL, IDENTIDADE.

M. GÊNERO, DIVERSIDADE E FAMÍLIA: UMA QUEBRA DE PARADIGMAS NO ÂMBITO ESCOLAR

Michele Janaína dos Santos Cardoso93

,

[email protected]

Maria do Carmo Gonçalo Santos94

[email protected]

INTRDOUÇÃO

A pesquisa se deu a partir da análise de algumas práticas

pedagógicas com as quais tive contato desde criança,

associando-as à temática de gênero e família, logo surgiu

o desejo de pesquisar acerca do tema, pois a sociedade

vem passando por diversas transformações, que

estimulam a escola a “re” pensar seu conceito de família e

“re” significar suas práticas relativas à gênero. Essa

discussão é relevante para a sociedade, pois a escola é

local de convivência coletiva, onde as temáticas que

envolvem gênero e família têm condições de estarem

inseridas no currículo. Propondo a possibilidade de

contribuição com reflexão na comunidade educacional

acerca da diversidade existente na escola. O presente

93 Autora, Graduanda em Letras na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Caruaru – PE, bolsista do PIBIC/CNPq. 94 Orientadora, Mestra em Educação na Universidade Federal – PE.

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ISBN 978-85-61839-06-2

trabalho aspira a identificação das concepções de gênero

e família na escola, além de investigar as situações de

conflitos geradas pela diversidade de gênero na escola

analisando as práticas pedagógicas relativas às relações

de gênero e aos conceitos de família. Ratifica-se a

relevância das pesquisas que englobam diversidade e

escola, pois os estudos colaboram para uma redefinição

de conceitos que desmistificam preconceitos atenuando a

intolerância.

METODOLOGIA

A organização do trabalho teve como fundamentação

teórica a análise empírica, bibliográfica e documental,

abrangendo os clássicos da literatura científica do tema

em estudo, além de artigos on-line. Através de pesquisa

de campo realizada em escola pública e particular,

entrevistei professores/as, coordenadores/as e alunos/as.

A pesquisa foi qualitativa e o instrumento utilizado para

coleta de dados foi um questionário com seis perguntas,

sendo três estruturadas e três feitas de acordo com as

respostas das três anteriores. Confrontando ao final as

respostas com o levantamento bibliográfico.

RESULTADOS

Identificou-se que as maiores dificuldades encontradas

partiram das indagações feitas pelos/as professores/as

que ainda se sentem despreparados para lidar com a

diversidade em sala de aula, alunos/as relataram o medo

de permanecer na escola após descobrirem sua

sexualidade, alegam não encontram lugar para eles/as na

escola, pois as ofensas são constantes. Professores/as

apontam ainda a forte influência da mídia nas questões

de sexualidade, uma vez que os adolescentes assistem

aos conteúdos em um dia e chegam repletos de

perguntas e comentários no dia seguinte, assustando os

sujeitos da escola e da família que não estão preparados

para discutir o tema.

CONCLUSÃO

A homofobia e a discriminação de gênero dão margem à

intolerância, esse preconceito velado pela sociedade

causa medo, e esse medo gera a evasão escolar. A

ausência de informações sobre o assunto tratado na

pesquisa aponta para a necessidade de uma reflexão

sobre os conceitos e preconceitos que maculam a

sociedade. Todos os sujeitos devem ter acesso e garantia

de permanência na escola, pois trata-se de um direito

resguardado pela Constituição Federal de 1988, pelo

Estatuto da Criança e do Adolescente e pela Lei de

Diretrizes e Bases, além do Plano Nacional de Educação

em Direitos Humanos.

PALAVRAS CHAVE: GÊNERO; FAMÍLIA; EDUCAÇÃO.

N. SER DIFERENTE, SER IGUAL - CONCEITOS OU PRECONCEITOS?

Fabiane Klering 95

[email protected]

Luciana Costa Marra96

[email protected]

Nádia Rosa97

Ottmar Teske98

INTRDOUÇÃO

Como estudantes da universidade, passamos a maior

parte do nosso tempo convivendo e relacionando-nos

com pessoas desconhecidas, mas que passamos a

conhecer um pouco mais, devido o convívio diário nas

aulas, nos corredores dos prédios, no pátio e porque não,

no banheiro da universidade. E não é preciso conviver

para reconhecer que somos todos diferentes, mesmo

possuindo semelhanças. Nas aulas as diferenças, podem

acentuar-se, em discussões e opiniões diferentes, entre

os alunos e também entre alunos e professores. Na

formação de grupos de estudo e elaboração de trabalhos,

a escolha geralmente é feita de acordo com a afinidade,

podendo surgir sentimentos negativos em relação a

95 Graduanda do Curso de Psicologia, da Universidade Luterana do Brasil. 96 Graduanda do Curso de Teologia, da Universidade Luterana do Brasil. 97 Graduanda do Curso de Ed. Física, da Universidade Luterana do Brasil. 98 Orientador, Mestre em Educação e Graduado em Ciências Sociais.

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ISBN 978-85-61839-06-2

pessoas ou grupos específicos. Segundo Max Weber, o

indivíduo é responsável pelas ações que toma. Uma

atitude hostil ou negativa em relação a um determinado

grupo, pode ser classificada como preconceito. O

preconceito está geralmente relacionado com a ausência

de conhecimento acerca de determinado assunto. Muitos

dos conceitos que hoje assumimos como nossos, nos

foram na realidade legados através de confortáveis

estereótipos transmitidos de geração em geração. Nesse

sentido, este trabalho busca estudar os conceitos ou

preconceitos dos universitários da ULBRA sobre o tema da

diversidade. Cabe neste espaço duvidar, desconfiar,

contestar esses estereótipos, não com o objetivo de

buscar respostas próprias, mas principalmente para

perceber os conceitos que povoam o cotidiano individual.

Objetivo geral: Analisar os diferentes conceitos da

diferença sob o olhar dos acadêmicos da ULBRA –

Universidade Luterana do Brasil. Objetivos específicos:

Verificar o grau de compreensão desse conceito no

cotidiano desses estudantes. Refletir as dimensões que os

conceitos de diferença e igualdade possuem entre os

universitários.

METODOLOGIA

Optou-se por trabalhar com perguntas abertas, sendo a

análise realizada a partir da pesquisa qualitativa e

descritiva. Traçar um perfil dos estudantes da ULBRA em

relação à sociedade contemporânea, pois nossa hipótese

trabalha com a visão de que esses estudantes são

formadores de opinião em seu espaço profissional,

familiar e estudantil.

RESULTADOS

Questionário: 1)o que você quer ser e fazer no seu

futuro?; 2)para você o que é ser normal?; 3)para você o

que é ser diferente?; 4)para você o que é ser igual?

Público alvo: acadêmicos: - Jovens do gênero masculino e

feminino (18 a 29 anos); - Adultos do gênero masculino e

feminino (30 a 59 anos); - Idosos do gênero masculino e

feminino (60 anos ou mais); O instrumento de pesquisa

foi respondido por 54 estudantes de diversos cursos da

Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), realizado na

cidade de Canoas/RS (Brasil). Ao analisar as respostas dos

entrevistados observamos que a maioria conceituam

diferenças e percebem e interpretam o mundo de formas

distintas e carregados de preconceitos, dando significados

e sentidos ao objeto pesquisado bem próprios e

singulares e por vezes descriminatórios. Foi possível

observar que a faixa etária não influenciou na elaboração

dos conceitos.

CONCLUSÃO

Percebermos que temos diferenças e semelhanças, isto

faz parte da vida humana, somos ao mesmo tempo seres

individuais e coletivos e esta é a beleza da existência

humana. Acreditamos que é necessário uma educação

para sensibilizar a aceitação das diferenças, isso ajudará

os acadêmicos a refletirem mais sobre o assunto, não

reduzir os conceitos, para que eles possam olhar de forma

menos parcial e preconceituosa para o contexto em que

vivem e consequentemente agirem com menos

preconceitos e com mais respeito e responsabilidade com

a diversidade.

PALAVRAS CHAVE: DIFERENÇAS; DIFERENÇAS INDIVIDUAIS.

O. “AGONIZA, MAS NÃO MORRE”: CARNAVAL, SAMBA E RESISTÊNCIA NA CONSTRUÇÃO DE UM ESPAÇO NEGRO NA SOCIEDADE TERESINENSE (1958-2008)

Solimar Oliveira Lima99

Uaglyson Rodrigo Oliveira Ferreira100

[email protected]

Ivana Campelo Cabral101

[email protected]

INTRDOUÇÃO

99 Orientador, Prof. Dr. Depto. de Economia da Universidade Fedreal do Piauí –UFPI. 100 Autor, Graduando do Curso de Licenciatura Plena em História da Universidade Federal do Piauí – UFPI. 101 Co-autor, Graduada em História pela Universidade Federal do Piauí – UFPI, em 2010.

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ISBN 978-85-61839-06-2

Dos Blocos de Rua às Escolas de Samba. O carnaval

teresinense se caracterizou, pelo menos nos primórdios,

como uma manifestação cultural genuinamente negra e

pobre, já que de meados da década de 1960 em diante,

foi apadrinhado pela elite teresinense fazendo-o perder

aos poucos sua capacidade criativa e transgressora. Os

sambistas e seus “seguidores” eram mal vistos por uma

boa parcela da sociedade, por congregar nos seus corsos

pessoas de “vida fácil”, negros, boêmios e prostitutas,

enfim, indivíduos que faziam parte das classes mais baixas

da sociedade. Estabelecer um espaço de

discussão/problematização sobre o papel do carnaval

teresinense, mais precisamente dos sambas e,

consequentemente, dos sambistas, para a constituição de

um espaço negro/pobre na sociedade teresinense, bem

como para a construção e consolidação da cultura

piauiense, observando os possíveis diálogos entre este e a

literatura que forjou e consolidou pelo viés elitista a

cultura piauiense.

METODOLOGIA

Neste ensejo, analiso as letras dos sambas-enredo do

carnaval de Teresina limitando-me aos anos que pude ter

acesso, assim como os discursos desses sujeitos sobre o

carnaval, principalmente por meio de entrevistas com

grandes personalidades do samba em Teresina – diga-se

de passagem, em sua maioria negra.

RESULTADOS

Eis que ainda resta um tanto de “revoltosos”, aqueles cuja

ancestralidade africana, agora genuinamente

afrobrasileira, é mais forte e imprescindível do que

qualquer tipo de lucro proporcionado pela venda de

produtos musicais de consumo de massa. Aqueles que

prezam por suas raízes, por sua cor, por sua cultura viva,

mesmo mediante à explosão comercial proposta pela

indústria fonográfica.

CONCLUSÃO

É no samba, justamente nos sambas-enredo, ainda

melhor, nas representações e simbologias trazidas pelo

carnaval, que percebemos a importância dada à produção

de discursos em relação à África e seus expressivos

sujeitos: os negros.

PALAVRAS CHAVE: CARNAVAL. SAMBA-ENREDO.

TERESINA.

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EDUCAÇÃO E POLÍTICAS

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III. EDUCAÇÃO E POLÍTICAS

1. ÉTICA

A. O CONCEITO DE FELICIDADE NA CONCEPÇÃO KANTIANA

Hellen Caroliny Cordovil Ribon102

[email protected]

Pedro Paulo Corôa103

INTRDOUÇÃO

O objetivo deste tema consiste em tratar da questão

sobre a “felicidade”, que a principio parece algo simples a

ser esclarecido, mas que se observarmos de perto, torna-

se um pouco complexo dado às divergências de opiniões

acerca do seu conceito. O que nos interessa, neste

momento, é esclarecer a tese kantiana em relação a este

tema, devido à grande importância do seu conceito. Na

obra "Fundamentação da Metafísica dos Costumes", Kant

pretende fundar uma filosofia moral pura, embora o

homem não consiga realizá-la plenamente. Nesta obra o

filósofo pressupõe que o bem, ou melhor, a boa vontade,

é aquilo sem o que os dons naturais e o próprio

merecimento de ser feliz não têm nenhum valor, logo,

Kant se distancia do suporte moral da felicidade. Mas por

que discutir sobre a felicidade? Qual a importância desta

palavra para o homem? É algo que exige alguma

definição? Se formos notar com mais cuidado, veremos

que este é o principal objetivo do ser humano, em relação

a tudo o que ele faz, tendo em vista sempre, no fim,

102 Graduanda em Filosofia na Universidade Federal do Pará – UFPA, , bolsista em Projeto de Iniciação à Docência pela Capes. 103 Doutor em Filosofia na Universidade Federal do Pará - UFPA.

alcançar aquilo que mais possa satisfazê-lo, ou seja, a

felicidade. Mas, Kant faz uma divisão dos fins visados pelo

homem, o que vai se refletir na diferença entre

imperativos categóricos e imperativos hipotéticos. O

primeiro representa a necessidade de se alcançar um fim,

o segundo promove uma ação dependente da inclinação,

logo tem um fim natural. Nisto consiste a questão a ser

tratada. A diferença entre as regras que conduzem o

homem a obter um fim ou outro. É sobre esses dois tipos

de determinações de fins que o filósofo se dedica a

esclarecer.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada é referente ao estudo

bibliográfico, especialmente em relação à obra

"Fundamentação da Metafísica dos Costumes", do

filósofo alemão Immanuel Kant, além de outras obras de

sua autoria, tal como a "Crítica da Razão Prática" e

"Crítica da Razão Pura".

RESULTADOS

Ao se tratar da felicidade, Kant questiona seus

fundamentos. Para isso, apresenta na obra

“Fundamentação da Metafísica dos Costumes” todo um

processo referente à moral, onde divide a ação humana

em dois momentos nos quais o homem direciona suas

atitudes. Estes momentos se convertem em deveres e,

estes deveres se tornam mandamentos, constituindo dois

imperativos. O primeiro imperativo é o hipotético, o

segundo é categórico. O primeiro imperativo consiste a

um fim natural, o segundo diz respeito ao fim moral, onde

neste último descansa a plena e considerável ação

humana de acordo com a lei moral, esta responsável por

fazer com que o homem aja através de máximas em que

suas ações se desviem de tendências, desejos e

inclinações, que apenas o levam a escolhas distantes da

liberdade e satisfatórias momentaneamente, podendo

causar danos aos seus semelhantes. Quando se fala em

tendências, desejos e inclinações, as ações incidem no

imperativo hipotético, por dados da experiência e, é neste

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que a felicidade estaciona, pois para Kant o homem

agindo pela boa ação pode ser digno da felicidade, mas

jamais alcançá-la, haja vista ela não ser um fim em si

mesmo que concorde com a lei moral, mas ao contrário,

leva o homem ao seu estado natural, isto é, em

satisfações imediatas correspondentes ao imperativo

hipotético. Como conclusão, a felicidade deve ser

sacrificada em nome da atuação moral, pois a felicidade

pessoal não faz parte da lei moral.

CONCLUSÃO

De acordo com a análise do tema e nas nossas

perspectivas pessoais, é válido que acreditemos na

possibilidade da existência da felicidade, pois este desejo

é comum a todos os homens como o bem maior e último

que após tantas conquistas unitárias, que juntando ao

final, damos o nome de "felicidade". Muitos filósofos

discutiram este assunto, levados a diversas

interpretações, mas Kant em especial desconsidera a

felicidade, colocando-a oposta às nossas perspectivas, se

fizermos esta observação. E o que é viável aqui, até então

é que pensador expõe sua teoria pra termos base de

reflexão em nossas vidas e aí sim sabermos conduzir da

melhor maneira a "nossa felicidade".

PALAVRAS CHAVE: BEM, DEVER, IMPERATIVO.

2. GEOMETRIA E TOPOLOGIA A. EDUCAÇÃO- APRENDIZAGEM DE

GEOMETRIA COM RECURSO VISUAL:UMA EXPERIÊNCIA EM SOBRAL

Francisco Jeovane do Nascimento104

[email protected]

Raylane Mayara Neres de Sousa105

[email protected]

Miguel Jocélio Alves da Silva106

104 Autor, graduando em Matemática na Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA, bolsista do PIBID/CAPES. 105 Co-autora, graduanda em Matemática na Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA.

[email protected]

INTRDOUÇÃO

O trabalho desenvolvido busca compreender a aplicação

prática e teórica de conceitos de geometria plana e

espacial, a partir da produção de materiais com os

estudantes, tendo como referência o cotidiano da cidade

de Sobral, uma cidade que tem vários prédios tombados

pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional - IPHAN.

Realizamos atividades com os estudantes da Escola Padre

Osvaldo Carneiro Chaves, de Educação Infantil e Ensino

Fundamental, localizada na Zona Urbana de Sobral,

pertencente à Rede Municipal de ensino. Estas atividades

foram realizadas, a partir da produção de materiais de

geometria plana e espacial, além de visitas a alguns

prédios do patrimônio histórico, onde buscamos

identificar formas geométricas presentes e relacionar com

as figuras planas e espaciais, presentes no estudo da

geometria.

METODOLOGIA

Escolhemos para a realização das atividades, a sala do 7°

Ano C, no turno vespertino da Escola Padre Osvaldo

Carneiro Chaves de Educação Infantil e Ensino

Fundamental. Esta turma tinha 35 estudantes

matriculados, mas apenas 30 estavam frequentando

regularmente as aulas. Ao conversamos com o docente da

sala, este nos relatou a dificuldade de compreensão

geométrica dos alunos, o que constatamos '' in loco ''

,através da observação de atividades propostas pelo

professor, durante duas seções de 30 minutos, realizadas

em dias diferentes. Após conversamos sobre as

observações feitas em sala e discutirmos sobre a melhor

forma de encaminharmos as atividades, decidimos fazer

encontros semanais com os alunos. As atividades foram,

predição sobre os conteúdos que os alunos já sabiam,

produção de materiais geométricos com material

106 Orientador, Professor do curso de Matemática na Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA.

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ISBN 978-85-61839-06-2

reciclado, visitas a prédios históricos da cidade, escolhidos

anteriormente, além de observações do espaço escolar,

para identificar formas geométricas presentes.

RESULTADOS

Propomos aos alunos a utilização de outras formas de

estudo, objetivando a visualização das mais variadas

formas geométricas existentes nos mais diversos lugares.

Pedimos aos alunos que trouxessem materiais recicláveis

como papel, papelão, palitos de picolé, canudos de

refrigerante, etc. Estes materiais foram utilizados para

construção em sala de aula, de algumas figuras

geométricas planas. Após uma breve explicação oral e

com a utilização de outros recursos, como retroprojetor,

recorte de jornais, revistas e objetos geométricos já

construídos, propusemos que os alunos construíssem

com o material que trouxeram de casa, figuras planas que

conheciam. Visitamos alguns dos principais monumentos

históricos da cidade, que compõem o conjunto

arquitetônico de Sobral, tombado pelo IPHAN, buscando

encontrar a presença de formas geométricas, a fim de

verificarmos com os estudantes a forma como a

geometria está presente em várias atividades humanas

que não só a matemática.

CONCLUSÃO

Considerando a Geometria como uma das principais áreas

de estudo da Matemática, percebemos com o término do

trabalho, que a mesma pode ser ensinada através de

recursos variados, aplicando métodos que estejam ao

alcance dos estudantes e que é possível uma transição

menos traumática do não-saber ao saber, na perspectiva

da inclusão e da aprendizagem curricular qualificada.

Acreditamos que com esse projeto, conseguimos gerar

idéias e afirmar que crianças e jovens são capazes de

aprender geometria.

PALAVRAS CHAVE: GEOMETRIA, COMPREENSÃO, APRENDIZAGEM.

B. FUTEBOL É PURA MATEMÁTICA

Francisco Jeovane do Nascimento107

[email protected]

Raylane Mayara Neres de Sousa108

[email protected]

Márcio Nascimento da Silva109

[email protected]

INTRDOUÇÃO

A Matemática é vista como um conteúdo curricular de

difícil compreensão na escola, uma vez que parte

considerada dos conceitos, formulações e objetos desta

disciplina, são abordados de maneira superficial, sem

significado e vínculo com a realidade do educando. O

estudo da Geometria, que é parte integrante da

matemática escolar, pode desenvolver nos estudantes

uma percepção visual e espacial apuradas, desde que as

atividades realizadas dentro e fora da sala de aula sejam

significativas. A experiência demonstrada neste trabalho

visa uma melhor compreensão da Geometria Plana e

Espacial, através do uso de elementos presentes no

futebol, esporte popular presente no cotidiano deste

imenso Brasil. Utilizando formas e figuras presentes nos

espaços desta prática esportiva, a aprendizagem da

Geometria pode tornar-se estimulante ao proporcionar

com praticidade, atividades que relacionem o meio social

com o meio escolar, através da organização e realização

de atividades em que haja uma visualização e

identificação das figuras geométricas, suas características,

seus conceitos e fundamentos, além de uma discussão

sobre as suas relações com as respectivas representações

simbólicas.

METODOLOGIA

O trabalho pedagógico foi desenvolvido com os

estudantes do 1º ano (turmas A e B – Tarde), um total de

107 Autor, graduando em Matemática na Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA, bolsista do PIBID/CAPES. 108 Co-autora, graduanda em Matemática na Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA. 109 Orientador, Professor do curso de Matemática na Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA.

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72

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70 jovens da Escola de Ensino Médio Elza Goersch,

localizada no município de Forquilha, região norte do

estado do Ceará, situada a 208 km da capital Fortaleza.

Neste trabalho abordamos a Geometria Plana e Espacial

utilizando figuras geométricas como retângulo, quadrado

e círculo, entre outras, identificadas em um campo de

futebol, onde utilizamos imagens ilustrativas. Com

encontros semanais propusemos e realizamos formas de

estudo que objetivavam a visualização das mais variadas

formas geométricas existentes num campo de futebol, a

partir da observação detalhada neste espaço esportivo,

diálogo e debate sobre as formas identificadas, além de

discutirmos cada espaço do campo e suas respectivas

funções num jogo de futebol. Realizamos uma oficina de

produção de material didático-pedagógico, feita de forma

coletiva e com uso de material reciclável (papel, papelão,

palitos de picolé, canudos, etc.) tendo como tema as

formas encontradas no campo de futebol. Utilizamos

outros recursos como o laboratório de informática, para

buscar encontrar a presença de formas geométricas em

outros ambientes do convívio social dos estudantes,

pretendendo com isto aproximar a Geometria deste

universo.

RESULTADOS

No caso de trabalho de extensão este item pode ser

deixado em branco

CONCLUSÃO

Considerando a geometria como uma das principais áreas

da matemática escolar, percebemos com o andamento do

trabalho, que a mesma pode ser trabalhada através de

recursos variados, aplicando métodos que estejam ao

alcance dos estudantes, e que é possível uma transição

menos traumática do não-saber ao saber, na perspectiva

da inclusão e da aprendizagem curricular qualificada. Ao

final do trabalho concluímos nossa idéia inicial de

desenvolver nos alunos uma percepção e capacidade de

observação mais apurada, primeira ação da atividade

matemática e geométrica. Olhando para as idéias iniciais

do projeto, que surgiram ainda sem nitidez e sem clareza,

podemos vislumbrar, hoje, mudanças no meio do

percurso, dúvidas que nos fizeram parar para estudar e

refletir que as idéias não nascem prontas e acabadas, mas

que é necessário dar a elas conseqüência ,colocá-las em

movimento e não se conformar com a paralisia, que por

muitas vezes toma conta do sistema educacional. Este

projeto fará de nós, estudantes e professores melhores,

mais cuidadosos e interessados em conhecer cada vez

mais, para oferecermos aos estudantes da escola pública

as melhores condições de aprendizagem.

PALAVRAS CHAVE: Futebol; Matemática;Aprendizagem.

3. CIÊNCIAS DA SAÚDE A. MUSEU DE ANATOMIA HUMANA DA

UFCSPA. EDUCAÇÃO EM SAÚDE ATRAVÉS DA ARTE

Rodrigo Ferrari Zeni110

[email protected]

Andréa Oxley da Rocha111

[email protected]

Leandro Totti Cavazolla112

[email protected]

Raphael Canto113

[email protected]

Celto Dalla Vechia114

[email protected]

Rafael Schwab115

110 Autor, Graduando em Medicina na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – UFCSPA, bolsista do Programa de Iniciação à Docência (PID). 111 Orientadora, Professora de Anatomia Humana da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – UFCSPA. 112 Co-autor, Professor de Anatomia Humana da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – UFCSPA. 113 Co-autor Granduando em Biomedicina na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – UFCSPA. 114 Co-autor, Graduando em Medicina na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – UFCSPA, , bolsista do Programa de Iniciação à Docência (PID). 115 Co-autor, Graduando em Medicina na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – UFCSPA.

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73

ISBN 978-85-61839-06-2

[email protected]

INTRDOUÇÃO

A importância, a beleza e a curiosidade inerentes ao

estudo do corpo humano motivam a reserva de um

espaço especial para tal. O Museu de Anatomia se

configura em uma forma peculiar de abordar os

conhecimentos anatômicos, despertando a curiosidade

dos visitantes. Além disso, serve de estímulo à aquisição

de habilidades cirúrgicas e conhecimento científico para

os alunos que o preparam. A anatomia que na atualidade

vem sendo tratada como um conhecimento técnico, teve

em tempos passados uma relação estreita com a arte e o

conceito de beleza. Nomes de artistas como Leonardo da

Vinci, que foi o pioneiro neste campo descrevendo o

esqueleto, os músculos, os nervos e os vasos, e Andreas

Vesalius, que foi autor do primeiro tratado anatômico no

sentido moderno “De Humani Corporis Fabrica” (1543),

ilustram bem a união da ciência com a arte em torno da

anatomia. A disciplina de anatomia abrange a base

teórica e prática inicial de todos os cursos da área da

saúde e é de suma importância que seu estudo seja

estimulado não só dentro do meio acadêmico, mas

também na comunidade em geral.

METODOLOGIA

Através de uma exposição de peças anatômicas visamos

promover o ensino de anatomia humana, aberto a toda a

comunidade acadêmica e publico leigo. A busca constante

por conhecimento anatômico no ano de 2010 culminou

com a criação da Oficina de Dissecação. Esta consiste em

curso semanal organizado pela disciplina para o

desenvolvimento de técnicas de dissecação e produção

de material para exposição. O material biológico humano

utilizado foi oriundo do Depertamento Médico Legal e de

doações da “Campanha de Doação de Corpos” um outro

projeto da disciplina, o pioneiro no Brasil nestes moldes.

Foi utilizada a técnica de injeção-corrosão para

elaboração de peças que objetivavam mostram estruturas

vasculares. É realizada também por forma de edital uma

seleção de alunos tutores que são os encarregados de

acolher e guiar os visitantes, bem como sanar suas

dúvidas. A montagem de museu é feita pelos Professores

e alunos tutores no laboratório de anatomia para uma

exposição de 4 dias. Esta tem periodicidade anual e está,

em 2010, na sua 3ª edição. São montadas estações que

tratam dos temas: esqueleto, membros superiores,

membros inferiores, neuroanatomia, tórax, abdome e

pelve. Há ainda uma estação interativa que simula uma

sala de cirurgia com equipamento de videolaparoscopia.

RESULTADOS

A exposição realizada em 2009 teve 292 visitas

representando um aumento de 71,7 % em comparação à

2008 sendo os registros de opiniões no caderno de visitas

muito positivos. Na avaliação feita com o uso das peças

durante as aulas da Disciplina constatou-se que os alunos

preferem as peças do museu às disponibilizadas

normalmente para as aulas devido à alta qualidade do

material produzido. Durante todo o ano letivo observa-se

um envolvimento maior dos alunos e monitores da

disciplina no estudo e na dissecação das peças. Cada

aluno recebe uma peça para preparar e a ocasião de

exposição desta peça no museu motiva uma dissecação

mais cuidadosa. Há um aumento de rendimento

principalmente nas aulas praticas com a maior

disponibilização de material didático.

CONCLUSÃO

O fato de o museu receber visitas de alunos de escolas

públicas de ensino fundamental e médio e de membros

de variadas classes sociais prova o caráter plural e de

extensão do projeto. Isso permite uma troca de

experiências entre diferentes instituições e comunidades

e a democratização do conhecimento. A utilização do

corpo humano após a morte em laboratórios de anatomia

ainda é visto com preconceito por grande parte da

população leiga. A desmistificação o uso de cadáveres

para ensino e a conscientização da importância da doação

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74

ISBN 978-85-61839-06-2

de corpos para ciência são provados pelo sensível

aumento do número de doações em vida que a

“Campanha de Doação de Corpos” recebe após o Museu.

Essa interação com o público externo e o crescente

número de doações gera uma conscientização dos alunos,

que passam a tratar com mais respeito os corpos que lhes

servem de material de estudo. Isso motivou no ano de

2010 a realização de um culto ecumênico em homenagem

aos doadores e seus familiares. Há uma constante

pesquisa de novos métodos de preparo de peças, vem

sendo empregada desde 2009 a técnica de injeção-

corrosão que objetiva mostar estruturas vasculares e vem

sendo estudada a técnica de plastinação.

PALAVRAS CHAVE: MUSEU, ANATOMIA, EDUCAÇÃO.

B. VISITA A ESCOLA EXPERMENTAL: CONTRIBUIÇÕES DA PRÁTICA ESPORTIVA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Marcelo Tavares116

Elayne Cristine de Oliveira117

[email protected]

Ana Cláudia Palhares118

[email protected]

Carlos Henrique Cavalcanti119

[email protected]

INTRDOUÇÃO

No Brasil, hoje em dia, nota-se numa parcela dos

profissionais de educação, a baixa qualidade

metodológica do ensino, de maneira geral e,

principalmente, da educação física. Alguns fatores como:

formação acadêmica e continuada dos professores,

condições de trabalho, políticas sociais e educacionais e

116 Orientador, Doutor em Educação na Unversidade Federal de Pernabuco – PE. 117 Autor, Graduanda em Educação Física na Universidade de Pernambuco – PE. 118 Co-autor, Graduanda em Educação Física na Universidade de Pernambuco – PE. 119 Co-autor, Graduando em Educação Física na Universidade de Pernambuco - PE.

salário contribuem diretamente para o atual quadro de

descaso da educação física. Este pode ser os motivos que

dificultam o processo de ensino-aprenizagem do aluno,

levando os conteúdos próprios da Educação Física de uma

maneira não pedagógica, não tratando seus conteúdos de

maneira a formar indivíduos críticos reflexivos diante da

sociedade,ou seja, não tem sentido/significado para o

aluno estudar Educação Física. Diante da situação em

questão, o presente estudo tem como objetivo mostrar

que a Educação Física, por meio do esporte

(especificamente o Basquete), um dos conteúdos da E.F.,

é importante no processo de ensino-aprendizagem dos

seus participantes.

METODOLOGIA

A partir de um resgate da situação atual da educação

física, sentimos a necessidade de nos inserirmos no

contexto, indo à prática, vivenciando e relatando as

experiências vividas diretamente por nós, em uma

pesquisa qualitativa de observação participante, com

alunos do 2º ano do ensino médio de uma escola

experimental do Recife e unimos isso a uma pesquisa

bibliográfica subsidiada por livros e artigos relacionados a

prática pedagógica da Educação Física, relação

professor/aluno, a prática do esporte na escola entre

outros. As aula foram realizadas na quadra coberta da

escola, dspondo de todo matrial necessário para a prática

esportiva em questão. Utilizou-se de atividades

recreativas, buscando o resgate hístórico do esporte em

questão; Logo depois, a cada dia eram realizadas

atividades mais complexas, dando a situação/problema

para os alunos realizassem a tarefa de acordo com o

esperado.

RESULTADOS

Notamos que através de nossas observações e

intervenções nas aulas de Educação Física, o alunos

interagiam mais entre si, procurando sempre durante as

atividades uma boa relação para atingir o objetivo

desejado. Para isso, eles tiveram que despertar, neles

Page 75: Anais da Mostra de C&T da 7ª Bienal da UNE

75

ISBN 978-85-61839-06-2

mesmos, o coletivismo, buscar soluções em grupos,

traçando estratégias, táticas para realizar a tarefa. Além

de promover o acesso ao aprendizado motor, possibilitou

ao alunado o reconhecimento de que através do esporte,

se pode alcançar objetivos de forma honesta, limpa e com

esforço próprio e coletivo.

CONCLUSÃO

Com toda essa experiência vivenciada, percebemos que

diante do novo contexto histórico, a concepção de

Educação Física e seus objetivos na escola devem ser

repensados, juntamente com a sua modificação da

prática pedagógica. A Educação Física tem, obrigação,

assim como as demais disciplinas, de assumir a

responsabilidade na formação de cidadãos capazes de

posicionarem-se criticamente diante da sociedade de

maneira geral, tornando imprescindível a adoção, por

parte da escola e dos professores, de uma pedagogia que

valorize a educação integral do aluno, que desenvolva

não apenas a aptidão física, mas também o cognitivo, o

social e o afetivo, que priorize o lúdico ao invés do

rendimento, que respeite os limites do corpo e dê prazer

aos seus praticantes. Podemos perceber essas atitudes

através da prática esportiva, onde os alunos perceberam

que dentro do jogo existe o comportamento coletivo,

integrador, estratégico, tático para poder alcançar um

objetivo. Nos leva a perceber que o esporte vai bem mais

além do rendimento, trás grande parte do processo de

formação cidadã dum indivíduo.

PALAVRAS CHAVE: ESPORTE, ENSINO-APRENDIZAGEM.

4. MATEMÁTICA C. CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS EM TODA

PARTE: O ENSINO DA GEOMETRIA ATRAVÉS DA PRÁTICA

Italândia F de Azevedo120

[email protected]

César M N Lucas121

120 Autor, Graduanda Matemática na Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA-CE, bolsista PIBID/CAPES.

[email protected]

Maria D. Moreira122

[email protected]

Márcio Nascimento da Silva123

INTRDOUÇÃO

O ensino de Geometria no ensino fundamental ocorre, na

maioria das escolas públicas, de forma muito abstrata e

teórica, com isso os alunos não conseguem absorver as

idéias dos elementos geométricos e acabam confundindo

os nomes das formas geométricas. Confundem, por

exemplo, um cubo com um quadrado, um paralelepípedo

com um retângulo, não sabendo diferenciar formas

geométricas planas de formas geométricas espaciais. Para

levar o ensino da Geometria de maneira mais prazerosa,

interessante e divertida para um grupo de alunos do 7º e

8º ano da Escola Maria do Carmo Carneiro em Massapê-

CE, os autores desse projeto, bolsistas do

PIBID/UVA/Matemática (Programa Institucional de Bolsa

de Iniciação a Docência, Curso de Matemática da

Universidade Estadual Vale do Acaraú), realizaram o

projeto “CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS EM TODA PARTE:

O Ensino da Geometria através da prática”, onde foram

construídas formas geométricas observadas em nosso

cotidiano.

METODOLOGIA

O projeto desenvolveu-se na forma de oficina de

produção de sólidos geométricos espaciais construídos a

partir de figuras planas. Iniciamos cada encontro

apresentando vídeos do MEC mostrando formas

geométricas presentes em diversos setores da sociedade.

Após o vídeo, levantamos discussões sobre as formas

geométricas presentes e observadas pelos alunos em sua

cidade. Para uma melhor compreensão sobre as figuras

planas e espaciais, planejamos para cada encontro

121 Co-autor ; Graduando Matemática na Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA-CE, bolsista PIBID/CAPES. 122 Co-autor, Graduanda Matemática na Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA-CE, bolsista PIBID/CAPES. 123 Orientador, Mestre em Matemática, UFC.

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ISBN 978-85-61839-06-2

atividades das mais fáceis para as mais difíceis. Cada

encontro teve foco em uma figura plana e a partir dessa,

foram construídos sólidos espaciais. No processo de

construção os alunos perceberam as diferenças existentes

entre formas bidimensionais e tridimensionais. Utilizamos

os sólidos platônicos como uma referência para as

construções geométricas devido a sua importância dentro

do estudo das formas geométricas espaciais no ensino

médio.

RESULTADOS

No início da oficina observamos que os alunos tinham

pouco conhecimento sobre geometria plana e

principalmente sobre geometria espacial, não

identificavam formas geométricas presentes ao seu redor

e apresentavam também grande dificuldade de trabalho

em equipe. No decorrer da oficina percebemos que eles

começaram a conhecer as formas geométricas espaciais e

diferenciá-las das figuras planas, também passaram a

visualizar geometria por onde passavam, identificavam

formas geométricas em cada lugar que olhavam. Outro

fator positivo é que no final do projeto os meninos

mostravam-se mais companheiros e cavalheiros, com

espírito de equipe. Esse trabalho reforçou, para os

autores, a importância de usar formas alternativas para

auxílio no ensino de Matemática, formas que estimulem a

aprendizagem, que permitam aos alunos a construção de

seu próprio conhecimento.

CONCLUSÃO

A Matemática de forma geral é tida como uma disciplina

difícil, e a Geometria não fica de fora, então mostramos

com esse projeto que existem alternativas que podem

mudar ou amenizar essa situação, formas que podem

tornar a matemática uma disciplina palpável,

compreensível, menos aterrorizante. “CONSTRUÇÕES

GEOMÉTRICAS EM TODA PARTE: O ensino da Geometria

através da prática” foi uma experiência bem sucedida e

gratificante para os autores, pois perceberam nos alunos

a satisfação de fazerem parte do grupo (oficina), de

realizarem as atividades, de serem pontuais, de gostarem

de “brincar” de construir geometria, “matemática”. Ficou

para nós autores, que material concreto é uma alternativa

que deve ser usada em sala de aula para auxiliar no

processo de ensino aprendizagem, e que além dessa,

existem outras formas que também devem ser utilizadas

para que o ensino venha se tornar menos precário, e que

as pessoas possam conhecer essa disciplina que é tão

fascinante para alguns e ao mesmo tempo tão

aterrorizante para outros.

PALAVRAS CHAVE: SÓLIDOS GEOMÉTRICOS,

CONSTRUÇÕES, APRENDIZAGEM

5. ESTADO E POLÍTICAS PÚBLICAS

A. CULTURA E EDUCAÇÃO: ONG DARUÊ MALUNGO, ESPAÇO DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES DA COMUNIDDE CHÃO DE ESTRELAS NA CIDADE DO RECIFE.

Gabriela Alexandre Teixeira Lopes124

[email protected]

Tereza Cristina Oliveira da Silva Santiago125

[email protected]

INTRDOUÇÃO

O presente trabalho apresenta a fase inicial da pesquisa

que vem sendo analisada a realidade da ONG Daruê

Malungo situada na comunidade Chão de Estrelas Estrelas

no bairro de Campina do Barreto em Recife. Tendo por

referência as manifestações da cultura através da música

(percussão) e educação, numa perspectiva educativa e

não apenas artística, já que a educação figura tanto como

direito social – artigo 6º da Constituição Federal – quanto

cultural – artigo 205 à 214 - para que assim sejam

disseminados elementos que estimulem a compreensão e

percepção de mundo. Essas expressões são significativas,

124 Autora, Graduanda do 7º período de Serviço Social da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, Recife, PE. 125 Co-autora, Graduanda do 7º de Serviço Social da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, Recife, PE, bolsista de Assistência Estudantil (DAE/PROACAD).

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77

ISBN 978-85-61839-06-2

pois constroem amplas possibilidades de aprendizagens.

Nesse estudo, está sendo investigada a cultura e a

educação popular na perspectiva de formação, cidadania

e transformação social de jovens e crianças desta

comunidade. Nessa perspectiva, objetiva-se investigar

como a cultura e a educação estão sendo abordadas na

formação desse público-alvo e como essa identidade se

manifesta como símbolo de resistência às demais culturas

hegemônicas. A música através da percussão e a

educação são assim compreendidas como uma forma de

manifestação de uma identidade individual e coletiva

desses jovens e crianças as quais servem como estratégia

de integração destes com o contexto local e regional,

visando na participação dos mesmos a história da

comunidade e propostas de transformação social, por

isso, esse estudo visa contribuir com a produção de

conhecimentos relevantes para a área de educação

popular, artística e cultural.

METODOLOGIA

Seguindo uma análise na perspectiva dialética, a pesquisa

é de natureza qualitativa, a qual: “considera que há uma

relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é,

um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a

subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em

números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição

de significados são básicas no processo de pesquisa

qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas

estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para

coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave”.

(SILVA, 2001). Será realizada sob a perspectiva explicativa,

que visa identificar os fatores que determinam ou

contribuem para a ocorrência dos fenômenos e

aprofundar o conhecimento da realidade ao explicar a

razão, o “porquê” das coisas (SILVA, 2001), método

compatível para efetivação dos objetivos traçados.

Realizada nas ciências sociais, a pesquisa explicativa

requer o uso do método observacional, nesse caso, a

observação participante, na qual o pesquisador tem

contato direto com o fenômeno observado para obter

informações sobre a realidade dos atores sociais em seus

próprios contextos. Também serão utilizadas conversas

informais que proporcionam troca de idéias, discussões e

respostas (“feedbacks”) sobre a pesquisa desenvolvida.

Como o nome já expressa, a conversa informal possui um

“ar” mais descontraído, o que facilita a obtenção de

informações, pois descaracteriza a idéia de formalidade

de uma entrevista.

RESULTADOS

Este trabalho apresenta o resultado dos estudos da

cultura através da ONG como estratégia de educação

intercultural que sensibiliza e valoriza a cultura como

mecanismo de valorização e perpetuação das raízes afro-

descendentes como foco de identidade e resistência. No

segundo momento por reconhecer que boa parte da

manifestação cultural desse grupo se expressam nos

calendários festivos como o Carnaval, Páscoa, São João e

Natal, nós iremos acompanhar as suas apresentações

culturais no calendário carnavalesco em 2011, para

análise dos fatos.

CONCLUSÃO

Este estudo teve por objetivo evidenciar o potencial da

cultura, através do maracatu, como um meio para a

transformação social numa comunidade popular, na qual

os principais agentes dessa transformação são jovens e

crianças que não tiveram a oportunidade de escolher

outra vida a não ser a da exclusão. A integração e atuação

da ONG nessa comunidade possuem um papel voltado

para a quebra de paradigmas frente aos desafios

impostos pelo modo de produção capitalista, que a cada

dia deixa a população, que é menos privilegiada

economicamente, mais desigual e distante de

oportunidades e de direitos sociais.

Este trabalho apresenta o resultado dos estudos da

cultura através da ONG como estratégia de educação

intercultural que sensibiliza e valoriza a cultura como

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78

ISBN 978-85-61839-06-2

mecanismo de valorização e perpetuação das raízes afro-

descendentes como foco de identidade e resistência.

Podemos concluir com este trabalho que através dessa

valorização possamos incluir estas manifestações com

seus contextos festivos nas práticas da Educação popular

e acadêmica, contribuindo para que os estudantes

possam ampliar seus saberes e experiências com os

saberes culturais relevantes para a identificação com o

local que traz os sentidos e significados de sua própria

cultura.

PALAVRAS CHAVE: CULTURA, TRANSFORMAÇÃO SOCIAL, PARTICIPAÇÃO

B. A PARTICIPAÇÃO DOS PROGRAMAS DE TRANSFERÊNCIA CONDICIONADA DE RENDA NA QUEDA DA DESIGUALDADE DE RENDA NAS MACRORREGIÕES BRASILEIRAS PÓS 2000

Juliana Carolina Frigo Baptistella126

[email protected]

Solange de Cássia Inforzato de Souza127

INTRDOUÇÃO

O Brasil tem passado nos últimos anos por modificações

significativas nas suas características distributivas. Entre

2001 e 2008 a queda na concentração de renda foi de

8,4%, o que significa uma taxa média de redução de 1,2%

ao ano. Concomitantemente, ocorreu uma notável

expansão dos programas de transferência de renda que,

passaram a integrar a agenda governamental nos anos 90,

mas se consolidaram no início do século XXI após a

unificação dos programas preexistentes e modificações

nos critérios de seleção, concessão e coordenação dos

benefícios. Contudo, a distribuição dos rendimentos no

país permanece ainda em níveis muito desiguais, de

modo que essa intensidade da queda na disparidade de

126 Autora, Graduada em Economia pela Universidade Estadual de Londrina-PR, bolsista CAPES. 127 Orientadora, Professora adjunta do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Londrina-PR.

renda deve continuar por um longo período, para que o

Brasil possa sair do topo do ranking da desigualdade

mundial. Assim, identificar os principais determinantes da

redução da disparidade de renda no país pode contribuir

para avaliar as políticas sociais adotadas pelo governo e

verificar se os recursos gastos com essas políticas estão

gerando efeito significativo sobre a desigualdade, ou, se

devem ser alocados em outras medidas cujo impacto

sobre a desigualdade seja maior. Diante disso, este

trabalho tem por objetivo investigar o peso dos

programas de transferência condicionada de renda na

composição do rendimento domiciliar per capita, com a

intenção de descobrir em que medida esses programas

contribuíram para o declínio da desigualdade de renda no

Brasil e em suas macrorregiões no pós 2000.

METODOLOGIA

Foram utilizados os dados da Pesquisa Nacional por

Amostra de Domicílios de 2001 a 2006 para realizar a

decomposição do índice de Gini e calcular os indicadores

de participação das fontes de renda domiciliar per capita

e suas razões de concentração. A partir da participação

percentual de cada componente no rendimento

domiciliar per capita, analisou-se a contribuição do

rendimento advindo de programas de transferências de

renda na composição da renda das macrorregiões

brasileiras e, através da razão de concentração

investigou-se a contribuição desse componente para a

desigualdade de renda nessas regiões. O coeficiente de

Gini utilizado na decomposição do rendimento domiciliar

per capita é uma medida de concentração de renda que

varia entre 0 e 1, sinalizando menor disparidade

distributiva ao aproximar-se de 0 e completa

desigualdade de renda ao igualar-se a 1. Sabe-se que um

componente contribui para reduzir a disparidade na

distribuição de renda quando sua razão de concentração

é menor que o índice de Gini total, e apresenta o

comportamento oposto quando a razão de concentração

supera o Gini total. Calculou-se ainda a variação do índice

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ISBN 978-85-61839-06-2

de Gini de 2001 a 2006, ponderada pela participação de

cada componente do rendimento domiciliar per capita,

com a intenção de descobrir qual o peso de cada um

deles na redução do Gini das macrorregiões brasileiras no

período.

RESULTADOS

No período analisado, a participação média das

transferências condicionadas de renda na composição do

rendimento domiciliar per capita do Brasil foi de 1,5%.

Quanto às regiões, foi mais elevada no Nordeste (2,5%),

do que no Norte (1,5%), Sul (1,5%), Centro-Oeste (1,3%) e

Sudeste (1,2%). Entretanto, apresentou crescimento

expressivo em todas as regiões. No Norte aumentou de

0,62% do rendimento em 2001 para 3,1% em 2006, no

Nordeste de 1,2% para 4,2%, no Centro-Oeste de 0,8%

para 2,1%, no Sudeste de 0,8% para 1,5% e no Sul de 1,3%

para 2,1%. No Brasil, a participação desse componente

passou de 0,9% em 2001 para 2,2 % em 2006. De maneira

oposta, a razão de concentração dessa fonte de renda

reduziu-se expressivamente ao longo do período. Na

Região Norte caiu 92,5%, na Centro-Oeste 85,8%, na

Nordeste 82,2%, na Sudeste 58,5%, na Sul 51,2% e no

Brasil 77,4%. Essa razão de concentração esteve abaixo do

Gini total em todos os anos nas regiões Centro-Oeste,

Norte e Nordeste. No Sul esse comportamento foi

registrado em 5 dos 6 anos analisados e no Sudeste em 4

dos 6 anos. Ou seja, as transferências condicionadas de

renda colaboraram para a diminuição da disparidade na

distribuição de renda no Brasil e em suas macrorregiões

na maioria do período analisado. Verificou-se ainda que

as transferências condicionadas de renda foram

responsáveis por 69% da queda do índice de Gini no

Nordeste, contribuição superior à registrada no Norte

(35,1%), Centro-Oeste (30,4%), Sudeste (15,7%), Sul

(14,4%) e inclusive no Brasil (29,6%).

CONCLUSÃO

Por meio da composição da renda domiciliar per capita

notou-se que a participação das transferências

condicionadas de renda cresceu de forma significativa

entre 2001 e 2006. Esse expressivo aumento é associado

à expansão das políticas de proteção social ocorridas nos

anos 2000 e especialmente à criação do Programa Bolsa

Família, responsável pela maior parcela dos recursos

destinados à Assistência Social. A partir da decomposição

do índice de Gini mostrou-se que esse rendimento

colaborou para reduzir a desigualdade na distribuição de

renda das macrorregiões brasileiras em quase todo o

período. Diante da magnitude do Bolsa Família na esfera

dos programas de transferência condicionada de renda,

tudo indica que esse programa teve participação especial

na recente queda da disparidade de renda, especialmente

após a ampliação da cobertura e focalização de seus

beneficiários. Constatou-se também que as transferências

condicionadas de renda tiveram pesos diferentes na

redução do Gini em cada macrorregião. O Nordeste foi a

única região onde esse componente colaborou com a

maior parcela de queda do índice. Nas outras regiões

apesar de significativa, a participação desse componente

foi em níveis menores, especialmente nas regiões Sul e

Sudeste. Portanto, pode-se concluir que as transferências

condicionadas de renda tiveram papel importante na

queda da disparidade do rendimento domiciliar per

capita, especialmente nas regiões mais desiguais e pobres

do país, onde a contribuição foi ainda mais expressiva.

PALAVRAS CHAVE: DESIGUALDADE DE RENDA, PROGRAMAS DE TRANSFERÊNCIA CONDICIONADA DE RENDA, BOLSA FAMÍLIA.

C. AMAZÔNIA, FRONTEIRA E FORÇAS ARMADAS: O CASO DA 2ª FROTA DO NORTE/AMAZÔNIA

Regiane Ribeiro128

[email protected]

Augusto Cleybe Silva da Costa129

[email protected]

128 Autora, Graduanda do Curso de Ciências Sociais - Universidade Federal do Pará. 129 Co-autor, Graduando de Ciências Sociais - Universidade Federal do Pará.

Page 80: Anais da Mostra de C&T da 7ª Bienal da UNE

80

ISBN 978-85-61839-06-2

INTRDOUÇÃO

Ao longo das duas últimas décadas o Ministério da Defesa

(MD) tem buscado alterar o padrão de organização e

estruturação das forças militares no Brasil e

especialmente na Amazônia brasileira, principalmente na

Faixa de Fronteira da área em torno da Foz do Rio

Amazonas, jurisdição do 4º Distrito Naval (Amapá, Pará,

Maranhão e Piauí). Evidências dessa iniciativa podem ser

verificadas efetivamente em seus discursos e

pronunciamentos, sobretudo na política migratória de

contingentes militares para municípios localizados na

fronteira a exemplo de Tabatinga e São Gabriel da

Cachoeira, no estado do Amazonas. Com o propósito de

analisar a lógica estratégico-militar efetuada pelo MD,

busca-se avaliar a atuação da Marinha no processo

decisório que culminou com a escolha da baía de São

Marcos, no estado do Maranhão, ao invésde Belém (PA),

para a instalação da 2ª Frota do Norte/Amazônia

(SIQUEIRA, 2010; EUGÊNIO, 2010; MONTEIRO, 2010;

TROTTE, 2010), no contexto do debate acerca da

reativação da 4ª Frota na América Latina pelas Forças

Armadas dos EUA (GOMES, 2009), a fim de identificar e

avaliar os motivos pelos quais os decisores no âmbito da

política de espacialização da presença da Marinha no

território nacional. O objetivo consiste em analisar o

comportamento da Marinha na Faixa de Fronteira da

área em torno da Foz do Rio Amazonas, jurisdição do 4º

Distrito Naval. O fato é que a partir da observação dessas

estratégias e políticas pensadas à nossa época, a

Amazônia nesse aspecto, e por seu alto grau valorativo é

a região do Brasil estratégica e que está no epicentro do

debate sobre possíveis “ameaças”. Nesse processo de

fortalecimento das bases da Marinha na fronteira ao

Norte, principalmente na Faixa de Fronteira, ela tem

buscado proteger as vias fluviais de acesso à navegação

com relativa segurança, bem como incrementado o

controle das embarcações e seu policiamento, sobretudo

por meio dos Serviços de Patrulha Costeira Fluvial.

METODOLOGIA

O procedimento metodológico adotado consiste em uma

pesquisa documental e bibliográfica. Na pesquisa

documental, consta fontes de documentos de arquivos

públicos, publicações parlamentares, para a legitimação

dos discursos promulgados pelas Forças Armadas, onde

estes dificilmente podem ter sua fidedignidade

questionada (Marconi e Lakatos, 2002). A pesquisa

bibliográfica, por sua vez, teve suas fontes pautadas na

imprensa escrita – jornais e revistas -, material

cartográfico – mapas com divisão política e de localização

de dados variáveis, como bases navais, batalhões da

marinha, etc. - e publicações – livros, teses, monografias,

publicações avulsas, pesquisas, etc. – sendo essa pesquisa

de extrema importância, pois a partir dessa que se

verificou, com os dados compilados, a atuação do ator

estudado, se está ou não de acordo com o discurso que

este emprega. A pesquisa consiste, então, na consulta e

análise de material que aborde o caso da instalação da 2ª

Frota do Norte/Amazônia da Marinha do Brasil e sua

localização estratégica face aos discursos das Forças

Armadas, sendo principal fonte a bibliografia militar,

composta por discursos, entrevistas, revistas e jornais

contendo depoimento de especialistas e de membros da

Marinha sobre o objeto em foco.

RESULTADOS

Provavelmente, o Brasil manterá sua posição político-

militar de independência e autonomia no plano regional

seguindo os preceitos da Constituição de 1988.

Explicitamente é o que se pode visualizar na Política de

Defesa Nacional (PDN) e na Estratégia Nacional de Defesa

(END). Aqui na região do Cone Sul, a consolidação das

democracias liberais, após décadas de autoritarismo,

repôs a questão do padrão estratégico a ser

desempenhado pelas FA no processo de realinhamento

mundial. A Marinha enquanto componente indissociável

das FA integra a malha de defesa na fronteira política. A

Marinha do Brasil, assim com as demais forças, requer um

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81

ISBN 978-85-61839-06-2

conjunto de ações que viabilizem a efetivação das

políticas pensadas para o Brasil, e em especial para a

Amazônia verde e Amazônia Azul (ALBUQUERQUE, 2010;

ALMEIDA, 2010; SILVA, 2010), sendo essa última uma

jurisdição territorial que merece atenção redobrada,

considerando a moderna delimitação do mar territorial

brasileiro. A partir da observação dessas estratégias e

políticas pensadas à nossa época, identifica-se a

introdução de uma nova abordagem do conceito de

defesa em relação aos de outrora encontrados nos

ministérios militares (NASCIMENTO, 2007).

CONCLUSÃO

A proposta de instalação de mais uma Frota, na

Amazônia, somando-se às outras duas a 1ª Frota Sudeste

– Rio de Janeiro – e 3ª Frota Nordeste – Bahia nos

pareceu convincente à luz da magnitude que adquire a

Defesa do Brasil neste século de difícil catalogação quanto

aos potenciais riscos e ameaças para a Amazônia, em

particular. O incremento de programas de natureza de

defesa e de segurança, entendendo esses conceitos de

forma bastante elástica, como o de Amazônia Azul e o de

Amazônia Segura, revela a intencionalidade das

autoridades situadas em arenas decisórias no MD para

criar, ou fortalecer o quadro existente, através de uma

rede institucional para dissuadir quaisquer pretensões

hegemonistas sobre o patrimônio nacional.

PALAVRAS CHAVE: Brasil, Amazônia, Defesa Nacional,

Marinha do Brasil

D. SISTEMA DE PROTEÇÃO E VIGILÂNCIA NA AMAZÔNIA

Augusto Cleybe Silva da Costa130

[email protected]

Regiane Ribeiro131

130 Autor, graduando no 8° semestre do Curso de Ciência Sociais da Universidade Federal do Pará; Belém-Pará. 131 Co-autora, no 8° semestre do Curso de Ciência Sociais da Universidade Federal do Pará; Belém-Pará.

[email protected]

INTRDOUÇÃO

O trabalho a seguir, expõe a implementação estatal do

Sistema de Proteção e Vigilância da Amazônia que vem

sofre sucessivas críticas e novas ameaças, tanto por parte

dos agentes internos e externos. Após um levantamento

histórico, que mostra o porquê do Império Português ter

optado pela forma belicista para ocupação da região na

época, e seus desdobramentos para os processos de

ocupação da Amazônia legal na contemporaneidade. O

estudo da construção do Sistema de Proteção da

Amazônia (SIPAM) e Sistema de vigilância da Amazônia

(SIVAM) na manutenção e aplicação dos instrumentos de

segurança. E, portanto, na manutenção dos interesses

nacionais, e com isso, a análise dos métodos e

gerenciamentos governamentais na área da segurança

pode demonstrar elementos que refutam teses ou

assertiva debates de idéias acerca do tema. O objetivo

constitui-se na demonstração das ações estatais em

contraponto a manifestação de organizações não-

governamentais e outros agentes, sejam na perspectiva

econômica, na ótica dos povos tradicionais ou para

manutenção e na aplicação dos instrumentos de

segurança, em especial dos modernos sistemas de

vigilância e proteção da Amazônia legal. No que se refere

aos objetivos gerais para o tema torna-se relevante a

explorar as temáticas da geopolítica, ambientalista,

mineralógica para comercio mundial e demais

conseqüências e a discurso a respeito da soberania do

Brasil e na Amazônia Legal num contexto internacional.

Nesse sentido, é relevante a comparar os discursos dos

organismos internacionais em dicotomia as doutrinas

nacionais.

METODOLOGIA

Na abordagem metodológica o ponto de inicial está na

realidade concreta acerca da estrutura estatal, normais,

legislação, categorias agentes civis e militares; faz

necessárias as capturas das análises compreensivas e

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82

ISBN 978-85-61839-06-2

simbólicas que permeiam as relações entre os atores

sociais e o sistema de segurança que o Estado brasileiro

apresenta na Amazônia legal. Levantamento das

informações organização das matérias recolhidos e

estudo das elaborações teóricas concretas já existentes

acerca do tema; - Visita e entrevistas dos atores descritos

na problemática da pesquisa, buscar de documentos

relevantes para substanciar as argumentações ao tema; -

Buscar orientações para a aplicação da pesquisa no

campo; - Conseguir documentos que demonstre as

posições em ambos os lados e como os discursos se

relacionam; - Recolher os documentos juntos ao

SIVAM/SIPAM, as ONG’S, Setores militares e instituições

militares circunscritas ao tema; - Observação dos

comportamentos e interesses que presentes nos atores

sociais envolvidos; - Analise, formatação das informações

e documentos conseguidos juntos aos atores sociais.

RESULTADOS

O Censipam trabalha em parceria com diversos órgãos

que utilizam a nfraestrutura do Sipam para a geração de

conhecimento e informações a cerca da Região

Amazônica. Visando um melhor acompanhamento desta

proposta, o Censipam desenvolveu uma série de

indicadores que utilizam a capacidade de atendimento

das demandas dos órgãos parceiros, nas atividades

caracterizadas como as de maior valor agregado, como

medida da integração entre órgãos de governo com

atuação na Amazônia, e do provimento de informações

integradas. O indicador do Programa representa uma

média aritmética simples das taxas de satisfação das

demandas das atividades de meteorologia,

sensoriamento remoto, inteligência, varia de 0 a 100, e

seu valor representa o percentual de demandas de órgãos

parceiros, nas áreas citadas, que puderam ser atendidas

pelo Censipam. O Censipam tem como meta, expressa no

PPA 2008-2011, atingir taxa média de satisfação de 80%

em 2008. Neste ano, o Censipam atingiu taxa média de

satisfação de 99,8%.

CONCLUSÃO

O estudo da construção do Sistema de Proteção da

Amazônia (SIPAM) e Sistema de vigilância da Amazônia

(SIVAM) demonstrou a necessidade da presença do

Estado numa região rarefeita da presença humana

organização enquanto instituições em proporção cuja

área território representa um desafio de ocupação de

assentamentos humanos e a constituição do Estado

Brasileiro propriamente dita. A partir dos dados e

informações que ante do projeto era rarefeita, e depois

se tornou circulante no meio das instituições e

comunidade acadêmica, isso veio promover a articulações

dos meios científico, estatal e sociedade civil organizada.

Por outro lado, podemos perceber um reforça na

estrutura de segurança e vigilância produzida pelos

instrumentos tecnológicos que dispõem SIPAM/SIVAM

para o conhecimentos das diversas Amazônias dentro da

Amazônia legal.

PALAVRAS CHAVE: SEGURANÇA; VIGILÂNCIA; SOBERANIA; ESTRUTURA; PROTEÇÃO.

E. POBREZA NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS ANOS 1992 -2005

Gepherson Macêdo Espínola132

[email protected]

Magila Souza Santos133

[email protected]

Magalí Alves de Andrade134

[email protected]

INTRDOUÇÃO

O debate acerca da pobreza e das desigualdades sociais

têm se destacado no cenário nacional, tendo em vista a

busca de soluções para a persistência de um grande

contingente populacional em condições precárias de vida.

De fato, a despeito de todo o progresso alcançado pelas

132 Autor, graduado em Ciências Econômicas na Universidade Estadual de Feira de Santana. 133 Co-autora;Mestranda em Ciências Econômicas pela Universidade Federal da Bahia, bolsista CAPES. 134 Co-autora, Mestranda em Ciências Econômicas pela Universidade Federal da Bahia.

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83

ISBN 978-85-61839-06-2

sociedades contemporâneas, observa-se, ainda, um

elevado grau de concentração de renda e,

conseqüentemente, um disparate muito grande em

relação à qualidade de vida. As disparidades de renda e o

desenvolvimento territorial desigual surgem enquanto

evidências da concentração econômica e espacial do

processo de desenvolvimento do país. Expressam, ainda,

o relativo atraso social e econômico, haja vista as

diferenças entre as condições socioeconômicas das

regiões e classes sociais. O presente trabalho tem como

objetivo estudar o comportamento recente da pobreza e

da desigualdade no Brasil, com recortes espaciais (sempre

que possível).

METODOLOGIA

Esse texto apoiou-se, fundamentalmente, em fontes

secundárias de investigação. Utilizaram-se pesquisas

estatísticas elaboradas por instituições oficiais que tratam

da pobreza e da desigualdade, bem como textos que

discutem o papel das políticas públicas no combate à

pobreza. A análise do comportamento da pobreza será

pautada, prioritariamente, nas tabulações

disponibilizadas pelo Instituto de Estudos do Trabalho e

Sociedade (IETS) com base nos processamentos feitos a

partir dos microdados da Pesquisa Nacional de Amostra

por Domicílios (PNAD). Na maioria das vezes, apresenta-

se uma série histórica longa, 1992-2005, com o intuito de

evidenciar transformações ocorridas no período, noutras

são feitas comparações entre 2004 e 2005. Cabe salientar

que a área rural da Região Norte do país só passou a

integrar a amostra da PNAD em 2004, todavia as

comparações aqui feitas incluindo os anos de 2004 e 2005

estão harmonizadas com a cobertura geográfica existente

até 2003. A eleição das dimensões e dos indicadores

segue uma estratégia pragmática e empírica, pautadas na

disponibilidade e confiabilidade das informações

acessíveis. Daí extrai-se a explicação da recorrente

utilização da renda como uma forte medida de

mensuração da pobreza e estabelecimento do bem-estar,

frente à dificuldade de agregação de diferentes

dimensões não monetárias para caracterizar a qualidade

de vida.

RESULTADOS

A partir dos dados derivados da PNAD percebe-se uma

queda sustentada da proporção de pobres na população

brasileira no período 1995-2005, sofrendo oscilações

positivas apenas em 1997, 1999 e 2003. Entre 2004 e

2005, a proporção cai mais de dois e meio pontos

percentuais, de 31,68% para 29,08%, saindo de 57,7

milhões em 2004 para 53,6 milhões de pobres em 2005 –

o que representa uma redução absoluta de 4,0 milhões

de pessoas consideradas pobres nesse último ano. Já a

proporção de indigentes cai de 12,33%, em 2004, para

10,76% em 2005, o que corresponde a um contingente de

19,8 milhões de pessoas vivendo na extrema pobreza –

menos 2,6 milhões do que em 2004. A redução da

desigualdade e da pobreza nos últimos anos,

diferentemente do período pós-estabilização, pode ser

explicada, em que pese à ausência de um aumento

expressivo da renda, pela melhoria distributiva. Se entre

1993 e 1995 a melhoria do bem-estar decorrente do

aumento da renda e da redução da proporção de pobres

e indigentes se deu em virtude do crescimento e

estabilização , a dos anos recentes explica-se pela

melhora no nível de distribuição de rendimentos, onde as

políticas de transferência de renda, como o Programa

Bolsa Família (PBF), desempenham um papel significativo.

CONCLUSÃO

Em síntese, sob a perspectiva da análise unidimensional

que privilegia o indicador renda, a análise dos dados

derivados da PNAD revela uma redução da proporção de

pobres e indigentes e da desigualdade no Brasil, nos anos

recentes. Explicadas não por um crescimento econômico

balanceado e significativo, mas sim por melhoras na base

de distribuição em que políticas de transferência de

renda, como o Programa Bolsa Família, apresentam papel

singular.

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ISBN 978-85-61839-06-2

O impacto da queda é percebido de maneiras diferentes

pelos estratos urbano, metropolitano e rural. A redução

na proporção de pobres rurais evidencia a urbanização e a

metropolização da pobreza, haja vista a significativa

diferença da população entre as áreas e o maior

dinamismo socioeconômico destas últimas. Por outro

lado, verifica-se que a Região Nordeste ainda apresenta

as maiores proporções de pobres e indigentes, ratificando

a herança do desenvolvimento desigual.

Por fim, e tendo em vista os dados e análises

apresentadas, pode-se inferir que, embora a

problemática de medição e aferição da pobreza e da

desigualdade envolva diferentes perspectivas analíticas e

metodológicas, é inegável que o período recente do

desenvolvimento do Brasil, tem sido marcado tanto pela

redução da pobreza, como pela queda no nível de

desigualdade econômica e social.

PALAVRAS CHAVE: POBREZA. DESIGUALDADE. POLÍTICAS PÚBLICAS.

F. RELAÇÕES INTERNACIONAIS E AS CIDADES

Michael Gomes de Oliveira Genofre135

[email protected]

INTRDOUÇÃO

Também conhecida como Paradiplomacia, a atuação

internacional das cidades não é necessariamente uma

novidade. Porém, o tema tem se tornado recorrente

entre os profissionais e analistas internacionais por ser

um novo campo de atuação, complexo e que necessita de

novos profissionais, novas teorias e práticas bastante

próprias. O objetivo deste trabalho é o de apresentar o

que já se tem desenvolvido nesta área e fazer

apontamentos sobre como a atuação internacional das

cidades poderá ser mais ampla, democrática, obtendo

ganhos não apenas para a administração pública, mas

para a população como um todo.

135 Autor, Graduando em Relações Internacionais. Faculdade Internacional de Curitiba - Facinter; Curitiba/PR.

METODOLOGIA

O trabalho foi uma busca de referências sobre o tema

Cooperação Descentralizada, Cooperação Intermunicipal,

Paradiplomacia, Atuação Internacional Estratégica entre

Cidades, Atuação de Atores Internacionais Não-Centrais.

Dentre elas, foi possível identificar um padrão orientador

pelo qual pode-se estabelecer algumas esruturas e

aportes teóricos para a atuação internacional das cidades.

Após, foram levantadas as experiências principais

voltadas para a atuação internacional das cidades,

principalmente na atuação de "irmanamentos" e "redes e

consórcios" de cidades. Os principais documentos foram

encontrados em outros trabalhos acadêmicos, além dos

bancos de dados da Mercocidades e do URB-AL.

RESULTADOS

Após uma série de análises, foi possível observar que há

uma atuação internacional possível para todas as cidades,

independentemente seu tamanho. Que houveram

mudanças na forma de se atuar internacionalmente, mas

que ainda tem como principal motivador a captação de

recursos. E que há a possibilidade de se fazer tal atuação

de maneira mais democrática, com ganhos não apenas

financeiros, mas principalmente sociais com tal atuação. E

que, desde que o Presidente Lula trouxe para o Itamaraty

esta modalidade de atuação internacional, a atuação das

cidades em relações exteriores tem sido realizada no

Brasil com mais força, ainda que em poucas cidades.

CONCLUSÃO

Ainda que a principal motivação seja a captação de

recursos, as cidades possuem atualmente a possibilidade

de atuar internacionalmente com motivações distintas -

influência política, cultural, tecnológicos ou solidariedade

internacional. O que diferencia a atuação de uma cidade

para a outra é a capacidade de investimento em uma

atuação estratégica e a formação de sua equipe, além de

um desenho institucional que favoreça a atuação

internacional. A população pode participar com força,

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85

ISBN 978-85-61839-06-2

uma vez que a leitura da cidade, essencial para o

desenvolvimento de projetos, poderá ter como fonte a

sociedade organizada e as entidades do movimento

social.

PALAVRAS CHAVE: RELAÇÕES INTERNACIONAIS, PARADIPLOMACIA, ATUAÇÃO INTERNACIONAL DE CIDADES.

G. A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO TEMA JUVENTUDE APÓS A 1ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE JUVENTUDE

Grazielle Vital Da Silveira

136

[email protected]

Patrícia Simone Nogueira137

[email protected]

Maria Das Graças Martins Silva138

[email protected]

INTRDOUÇÃO

Este trabalho busca fazer um resgate das prioridades

estabelecidas pela 1ª Conferência Nacional de Juventude,

tendo em vista verificar os avanços obtidos a partir da

aprovação deste evento para o debate das Políticas

Públicas de Juventude. A juventude é uma categoria social

(GROPPO, 2000; IANNI, 1968), que, na modernidade, com

o desenvolvimento do sistema capitalista, se colocou

como uma força decisiva em vários embates sociais

(IANNI, 1968). O jovem historicamente participa das lutas,

ou seja, dos embates políticos no país. A sua participação

política juventude ocorre na forma de uma militância

múltipla (MISCHE, 1997). Em 2007, o Conselho Nacional

de Juventude e a Secretaria Nacional de Juventude

lançaram a Conferência Nacional de Políticas Públicas de

136

Graduada em Letras pela UNIR, Estudante do curso de História da

UFMT. 137

Graduada em Nutrição pela UFMT, Mestranda em Educação do

Programa de Pós-Graduação em Educação da UFMT. 138 Doutora em Educação, Professora do Programa de Pós-Graduação

em Educação da UFMT.

Juventude, intitulada “Levante a sua bandeira”, que teve

como objetivo geral contribuir para a construção e o

fortalecimento da Política Nacional de Juventude. Nessa

conferência foram estabelecidas vinte e duas prioridades

para a juventude brasileira, dentre elas duas ligadas à

temática “fortalecimento institucional”, as quais

analisamos o seu possível cumprimento.

METODOLOGIA

Para a construção deste estudo, foi realizada pesquisa

bibliográfica abordando as temáticas: Juventude,

Participação Política, Políticas Públicas de Juventude. Gil

(apud Raupp & Beuren, 2004, p. 87) explica que a

pesquisa bibliográfica é desenvolvida mediante material

já elaborado, principalmente livros e artigos científicos.

Além da pesquisa bibliográfica foi feita uma pesquisa

documental. Na 1ª Conferência Nacional de Políticas de

Juventude foram aprovadas setenta resoluções, destas

vinte e duas foram eleitas como prioridades para as

políticas de juventude. Antes de ocorrer a Conferência

Nacional, em abril de 2008, realizaram-se etapas

municipais, estaduais, consulta às populações tradicionais

e conferências livres. Este trabalho fez um recorte nas

prioridades ligadas à temática “fortalecimento

institucional”. Nesse eixo definiram-se duas prioridades,

os quais apuramos se houve (ou não) a concretização das

propostas.

RESULTADOS

A pesquisa fez o levantamento das prioridades do tema

“fortalecimento institucional”. Houve duas propostas

para efetivar essa demanda: a) aprovação, pelo Congresso

Nacional, do marco legal da juventude, referentes ao

regime de urgência da PEC nº 138/2003, ao Plano

Nacional de Juventude - PL 4530/2004 e ao Estatuto da

Juventude PL 4529/2004; b) criar o Sistema Nacional de

Juventude, que confira status de Ministério à Secretaria

Nacional de Juventude, exigindo que a adesão de estados

e municípios seja condicionada a existência de órgão

gestor específico e respectivo conselho de juventude.

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86

ISBN 978-85-61839-06-2

Nessa segunda proposta consta que a partir de dezembro

de 2009 os recursos do Fundo Nacional de Juventude, do

ProJovem e demais programas de juventude, apenas

continuarão a ser repassados aos estados e municípios

que aderirem ao Sistema. Das duas propostas

apresentadas, a primeira conseguiu ser implementada

parcialmente, visto que apenas a PEC nº 138/2003 (que

tem o objetivo de incluir a expressão ‘jovem’ na

constituição brasileira e garante aos jovens entre 15 e 29

anos proteção dos direitos econômicos, sociais e

culturais) foi aprovada pela Câmara dos Deputados, em

agosto de 2010.

CONCLUSÃO

A institucionalização do tema “juventude” fez intensificar

o debate sobre políticas públicas de juventude,

acarretando, assim, a conquista de um espaço destacado

na agenda política do país, empoderando os jovens e as

jovens a serem sujeitos transformadores da realidade. O

presente estudo apresenta dados preliminares, o que

requer maior busca de dados, como, por exemplo, sobre

o sistema de juventude em estados e municípios. É

possível identificar ganhos na constituição de espaços

institucionais e na aprovação da PEC nº 138/2003,

todavia, é preciso deixar claro que esses estão aquém das

demandas estabelecidas como prioridades. Cabe ressaltar

que neste ano, foi lançada a 2ª Conferência Nacional de

Políticas Públicas de Juventude, sendo importante

reconhecer a necessidade de avanços, na perspectiva de

construção de políticas de juventude. Para isso, as

prioridades estabelecidas na 1ª Conferência devem ser

implementadas.

PALAVRAS CHAVE: JUVENTUDE, POLÍTICA, FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

H. CENSO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Jéssica Querolin Goes Da Silva

[email protected]

Danielly Couto de Freitas

[email protected]

Keyla Laura de Souza Mota

[email protected]

Arminda Rachel Botelho Mourao

INTRDOUÇÃO

Traçar o perfil das Instituições que trabalham com a

Educação Infantil no Município de Manaus(bem como:

Público/Privado, Situação das Escolas, Estrutura Física,

Estrutura Pedagógica, Formação de Professores), visando

construir políticas públicas que garantam o atendimento

quantitativo e qualitativo deste nível de Ensino, de acordo

com a LDBEN n° 9.394/96, art. 29, 30 e 31 em

consonância com a lei n° 11.494/07 FUNDEB.

METODOLOGIA

1° - SELEÇÃO DOS BOLSISTAS -> 46 Alunos/matutino e

Vespertino sendo (1- Edital, 2- Seleção por currículo, 3-

treinamento, 4- entendimento do projeto). Sujeitos

participantes: Coordenadores do projeto, C.M.E.e alunos

selecionados Equipamentos: foi utilizado questionario

estruturado como instrumento da coleta de dados e

mapas da cidade. Ambientes: instituicoes publicas e

privadas de educaçãoinfantil localizadas nas zonas

urbana, rural e ribeirinha da cidade de Manaus.

RESULTADOS

Trabalho de extensao

CONCLUSÃO

a pesquisa constataou que deve ser realizada a

construção de creches e escolas de educação infantil,

melhorar as condições físicas das escolas/creches, realizar

concursos públicos para aumentar a demanda de

professores para esses niveis de ensino e ter um maior e

melhor acompanhamento pedagógico por equipe

multidisciplinar. os resultados obtidos nos mostraram a

necessidade de um novo olhar na qualidade do nivel da

educacao infantil, bem como todas as suas carencias.

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ISBN 978-85-61839-06-2

PALAVRAS CHAVE: CENSO; EDUCAÇÃO INFANTIL, QUALIDADE DE ENSINO

I. A REDE DE PONTOS DE CULTURA E SAÚDE COMO FORMA DE EMANCIPAÇÃO SOCIAL

Luiza de Almeida Bezerra139

[email protected]

INTRDOUÇÃO

O presente estudo discute a questão da exclusão social,

partindo da premissa de que uma maneira de se chegar à

emancipação social se dá através da existência de Pontos

de Cultura nas comunidades. Esta é uma política pública

do Ministério da Cultura (MinC), na qual, através de

editais, entidades são selecionadas para receberem

recursos a fim de potencializar as ações já desenvolvidas

em determinada comunidade. Os Pontos a serem

estudados no presente trabalho fazem parte da Rede de

Pontos de Cultura e Saúde do Grupo Hospitalar Conceição

(GHC), primeira experiência do Brasil unindo saúde e

cultura em Pontos. Visa-se com este trabalho identificar

as potencialidades e as dificuldades encontradas pela

política, a fim de ajudarmos no aperfeiçoamento da

mesma. Esta pesquisa será relevante para ajudar os

Pontos de Cultura e suas comunidades na busca da

emancipação social.

METODOLOGIA

Será utilizado o método qualitativo, através da aplicação

de entrevistas semi-estruradas, obtendo, assim, a

possibilidade de o pesquisador conduzir a entrevista, mas,

ao mesmo, de não deixá-la restrita às perguntas. Realizar-

se-á um estudo de caso, tendo como objeto o Ponto do

Samba, da cidade de Porto Alegre. As entrevistas serão

aplicadas nos Coordenadores do Ponto e nos Agentes de

Cultura e Saúde, bem como em algum Oficineiro.

Também irão ser entrevistados Oficinandos do Ponto, os

quais são moradores da comunidade. O principal

139

Graduanda de Ciências Sociais na Universidade Federal do Rio

Grande do Sul – UFRGS.

embasamento teórico da pesquisa serão os trabalhos do

Professor Boaventura de Sousa Santos, posto que Santos

desenvolve uma teoria que é, ao mesmo tempo, otimista

e realista a respeito do contexto atual - de globalização

neoliberal hegemônica -, uma vez que o referido autor

acredita no poder da luta contra-hegemônica e

cosmopolita subalterna. Ao mesmo tempo, suas

categorias abrem a perspectiva de que podemos interferir

na sociedade, melhorando-a. Além disso, será usado a

teoria desenvolvida por Célio Turino, um dos mentores da

política pública dos Pontos de Cultura, a fim de

verificarmos se os conceitos e objetivos iniciais do

Programa Cultura Viva estão conseguindo sucesso no

Ponto de Cultura e Saúde a ser estudado.

RESULTADOS

Tendo em vista que este é um trabalho em fase inicial,

uma vez que tem origem em um Projeto de Trabalho de

Conclusão de Curso (TCC), houve apenas uma primeira

aproximação com o objeto descrito acima. Assim, não

possui até o memento resultados definitivos. No entanto,

através dessa primeira saída de campo, sustento a

confirmação das hipóteses propostas: a) Há associação

entre a existência do Ponto de Cultura e maior qualidade

de vida na comunidade; b) Quanto maior a comunicação

com outros Pontos e com as Unidades de Saúde (US),

maior a influência do Ponto na comunidade; c) Quanto

menor a disponibilidade de recursos (materiais e

simbólicos), menor a articulação do Ponto de Cultura com

a comunidade e com outros Pontos.

CONCLUSÃO

Este estudo visa potencializar as ações dos Pontos de

Cultura, por acreditar que este é um modelo de política

pública que dá certo, pois se investe nas pessoas,

acreditando que através da mudança de mentalidade é

possível mudar nossa sociedade. Intenta, portanto,

contribuir no fomento da autonomia, protagonismo e

Page 88: Anais da Mostra de C&T da 7ª Bienal da UNE

88

ISBN 978-85-61839-06-2

empoderamento da população, influenciando no

surgimento de uma nova cultura política, que vise cada

vez mais valorizar os potenciais de nosso povo ao invés

das carências. Apesar de o estudo estar centrado em

apenas um Ponto, ele pretende buscar as potencialidades

e dificuldades da política, podendo servir ao restante da

Rede de Cultura e Saúde.

PALAVRAS CHAVE: PONTO DE CULTURA; EMANCIPAÇÃO SOCIAL; POLÍTICAS PÚBLICAS

J. GESTÃO DE CUSTOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA

Alegria dos Santos Leite

[email protected]

Luciana Cristina Romeu da Silva

[email protected]

INTRDOUÇÃO Este trabalho destina-se a salientar a

importância de um Sistema de Custos para a gestão

pública afim de que se possa subsidiar a tomada de

decisão, a definição orçamentária, a política de

investimentos e o planejamento das atividades

operacionais. Avaliando a eficiência operacional, o melhor

uso dos ativos para a qualidade no serviço, possibilitar a

troca de informações e a comparação de resultados entre

instituições além de realizar prestação de contas, visando

maior transparência ao controle social. É abordado o

motivo da intensificação do uso do sistema de custos nas

entidades públicas, ressaltando também os atrativos que

a intensificação do uso e análise do sistema de custos traz

para a administração pública e a sociedade. Analisando os

conceitos de custos e os tipos de custos, seus métodos de

custeio ressaltando as vantagens e desvantagens que se

apresentam dependendo da atividade da organização;

além de citar a qualidade que aparece no serviço público

caso se utilize adequadamente determinados

métodos/sistemas de custos proporcionando o

aparecimento e intensificação da eficiência, eficácia e

economicidade da Administração Pública no país.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada para a elaboração deste trabalho

foi essencialmente a pesquisa qualitativa, que permitiu

descrever os componentes de um sistema, foram usadas

fontes formais, tais como a bibliográfica e de análise

documental, que contribuíram para o entendimento e

aquisição de novos conhecimentos, uma vez que foram

analisados livros e artigos científicos.

RESULTADOS

A Gestão Pública necessita de um modelo de gestão que

vise um resultado econômico positivo para a organização

e a criação do valor aos usuários do serviço prestado.

Assim, deve-se calcar em uma gestão estratégica

(maximizar os resultados econômicos a longo

prazo).Partindo desse pressuposto, uma entidade pública

deve utilizar-se de uma estratégia genérica de liderança

em custo e de um modelo de gestão baseado na criação

de valor. Meirelles (1999) acrescenta que a administração

pública está consubstanciada em seis princípios de

observância permanente e obrigatória do administrador:

legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade e

eficiência. A avaliação de desempenho do gestor público

deve ser direcionada a apuração da eficiência econômica

da Atividade Pública, respaldada na LRF, que impôs ao

gestor atuar com responsabilidade na gestão fiscal. O

modelo de Gestão Pública é normativo, ou seja, o gestor

só pode agir conforme a legislação. O Art.165 da

constituição Federal institui os instrumentos que são: (i)

PPA (plano plurianual); (ii)LDO (lei de diretrizes

orçamentárias); (iii)LOA (lei orçamentária anual) que é o

resultado final do planejamento operacional.

CONCLUSÃO

A qualidade nos serviços públicos é algo que deve ser

perseguido com extremo afinco pelos gestores públicos e

reivindicado veementemente pela sociedade. Um

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89

ISBN 978-85-61839-06-2

destacado mecanismo que incentiva a melhoria da gestão

das atividades no serviço público é o uso adequado das

informações de custos. O uso dos diversos métodos de

custeio amoldado para a atividade que a administração

pública exercita, tende a intensificar o controle dos

gastos, mede o desempenho organizacional e permite

que as instituições acompanhem o andamento dos

indicadores de desempenho. A gestão de Custos mostra

ao gestor onde devem ser investidas as receitas para agir

com eficiência que é a capacidade de uma organização

em obter o máximo de produto a partir de um dado

conjunto de insumos, eficácia que seria a obtenção de

resultados dentro dos objetivos propostos e

economicidade, pressupõe a obtenção e a utilização exata

de recursos nas quantidades necessárias e suficientes no

momento adequado, sem desperdícios e observando as

alternativas mais econômicas no mercado. Trazendo o

Resultado Econômico que é o valor que o cidadão exige

como remuneração pelo seu capital investido na entidade

pública, sob forma de impostos.

PALAVRAS CHAVE: gestão pública, custos e sociedade

6. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO K. EDUCAÇÃO PARA ABOLIÇÃO: AS

CHARGES DE ÂNGELO AGOSTINI NO SEGUNDO REINADO.

Thiago Vasconcellos Modenesi140

[email protected]

Edilson Fernandes de Souza141

[email protected]

INTRDOUÇÃO

Nosso trabalho estuda a formação da corrente

abolicionista mais amplamente no contexto do Segundo

Reinado do Império brasileiro, onde a educação era

voltada para a minoria, enquanto a maior parte da

população continuava analfabeta. Naquele período

140 Autor, Mestrando em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE; 141 Orientador, Professor Doutor do Centro de Educação da UFPE.

poucos alunos chegavam ao ensino secundário e as

universidades eram um privilégio da elite. Esta situação

educacional encontrou um contraponto nas publicações

de preço acessível e com riqueza de imagens. Isso se dava

nos periódicos, mas também no segmento de revistas

ilustradas que combinavam poesias, charges (à época

chamada simplesmente de caricaturas), críticas e textos

literários muito atrativos para os que sabiam ler pouco ou

nada. O conjunto do que foi produzido nas charges e

histórias em quadrinhos do século XIX era de caráter

contestador, com críticas evidentes ao status quo, sem

subjetividade e feito de maneira direta, com posição

ideológica clara e expressa. Dito conjunto de produções

cumpriu papel de formar opinião em setores da

sociedade imperial, tendo alcance mais largo do que a

escola tradicional.

METODOLOGIA

Nosso objeto de estudo são charges publicadas na

imprensa brasileira que circulava no Segundo Reinado,

este material encontra-se arquivado no Senado Federal e

desenvolvo, a partir deste, pesquisas na perspectiva da

educação. Busco responder a seguinte questão: como as

charges contribuíram para a abolição da escravidão no

Brasil? Para tanto, faço um levantamento através da

análise de 52 exemplares da Revista Illustrada, quatro de

cada ano do Segundo Reinado brasileiro, analisando as

charges ali contidas entre os anos de 1876 e 1888. Além

disso, pesquiso jornais da época, livros diversos sobre a

arte, a política e a sociedade no Império do Brasil. O

corpo documental será utilizado para entender e

dimensionar o papel das charges partindo de avaliações e

comentários feitos por abolicionistas e personalidades do

Império sobre as mesmas, respondendo às questões

levantadas na investigação sobre a influência desse

material como instrumento educacional não oficial e

informal. A análise será realizada a partir da teoria

elisiana, sob a qual repousa a idéia de processo

civilizacional e da circulação de ideias. A teoria de Norbert

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90

ISBN 978-85-61839-06-2

Elias nos ajudará a compreender a conduta dos homens

do Império, bem como sua relação com a sociedade

escravocrata e a construção de uma civilização brasileira.

RESULTADOS

Até o presente a pesquisa aponta para a grande presença

de histórias em quadrinhos e, em particular, charges nas

revistas e jornais que circulavam pelo Segundo Reinado

do Império Brasileiro. Entre os diversos desenhistas em

vários estados do país, tem relevância Ângelo Agostini,

cujo material circulava em São Paulo e na capital federal,

o Rio de Janeiro. Agostini cumpria papel crítico à política

e, em particular, à figura do Imperador. Seu trabalho

enquadrava-se na categoria de pintura com reproduções

detalhadas de passagens e personagens da política e

destacava a necessidade da abolição, com críticas a

escravidão, embora o fizesse mais sobre a ótica política

do que humana.

CONCLUSÃO

A pesquisa vem apontando para o melhor

aprofundamento do estudo do material representado

pelas charges como instrumentos educacionais não

formais e não intencionais, aprofundaremos o

levantamento de seu alcance para melhor identificar o

papel que cumpriu. Busco, ainda, contribuir com mais

estudos que ajudem a entender os detalhes tanto da

abolição da escravatura no Brasil como do Segundo

Reinado, para que possamos estudar melhor como essas

facetas de nossa história se deram em sua plenitude,

considerando que ambos os fatos contam com pouca

documentação além da produzida pela Corte. As charges

podem ser consideradas como fonte a ser utilizada para

um melhor entendimento do período em questão, bem

como para o estudo da influência das mesmas sobre certa

parte da configuração imperial. Nossa pesquisa objetiva

tratar a educação como algo que não se encerra na

relação cotidiana entre docentes e discentes, assim como

evidenciar seu caráter transformador, no que concerne à

capacidade de, gradativamente, exercer influência,

através de fontes alternativas como as charges, sobre a

opinião daqueles que eram a parte excluída do sistema

oficial de ensino e do núcleo de poder do Império.

PALAVRAS CHAVE: Charges, abolição, educaçãoEducação

7. ENSINO E APRENDIZAGEM L. METODOLOGIA PEDAGÓGICA DO

PROGRAMA SEGUNDO TEMPO/SOBRAL-CE

Amanda de Melo Oliveira142

[email protected]

Anaisa Alves de Moura143

[email protected]

INTRDOUÇÃO

Em Sobral através do Programa Segundo Tempo, o

esporte tem sido usado como eficiente instrumento para

o processo da inclusão social, observando-se as

possibilidades de vivências em grupo e das relações

sociais que podem ser estabelecidas e orientadas por

meio dele. Uma parceria do Ministério do Esporte

estabelecida com a Prefeitura Municipal de Sobral, a

partir do convênio firmado entre as partes em dezembro

de 2003, com o objetivo de ofertar atividades esportivas

para crianças e adolescentes expostos aos riscos sociais,

oferecendo momentos de lazer, socialização,

desenvolvimento da aprendizagem através do esporte,

possibilitando a descoberta de talentos esportivos. Sua

execução teve início em janeiro de 2004, atendendo a

6.000 crianças, adolescentes e jovens na faixa etária de 05

a 18 anos, atendidos em 30 núcleos. O Programa Segundo

Tempo prevê que além das atividades esportivas, os

alunos beneficiados possam participar ainda das

chamadas atividades complementares: reforço escolar

(um acompanhamento pedagógico específico aos alunos

que apresentam dificuldades cognitivas prejudiciais a sua

aprendizagem e a sua intervenção social), xadrez, dança,

142 Autor, estudante do 3º período de Pedagogia da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)- CE. 143 Orientadora, Especialista em Gestão Escolar pelas Faculdades INTA- CE.

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ISBN 978-85-61839-06-2

capoeira e skate. Essas atividades são ações sistemáticas

que ocorrem logo após, ou antes, da realização das

atividades esportivas.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada para a efetivação da pesquisa

sobre o processo pedagógico do reforço escolar do

Programa Segundo Tempo foi visitação de endereço

eletrônico, banco de fotografias, de folders, acesso a

proposta pedagógica do reforço escolar e conversa com

os responsáveis pelo programa no Município. Pesquisa

presencial em algumas escolas.

RESULTADOS

TRABALHO DE EXTENSÃO.

CONCLUSÃO

O Reforço Escolar, conteúdo inserido no Programa

Segundo Tempo de Sobral como atividade complementar

sistemática desde o segundo convênio, refere-se à área

da Educação e buscará “possibilidades de estabelecer

uma relação permanente com o aprendizado escolar, de

forma a oferecer aos participantes a confiança necessária

para superar as barreiras que estejam enfrentando no

processo de ensino aprendizagem...” (Programa Segundo

Tempo Padrão: Diretrizes e orientações para

estabelecimento de parcerias, 2009, p. 18.)Enquanto

atividade complementar do Programa Segundo Tempo,

com o objetivo de oferecer um acompanhamento

pedagógico específico aos alunos das escolas públicas do

município de Sobral, que apresentem dificuldades

cognitivas prejudiciais a sua aprendizagem e intervenção

social, buscando também contribuir com a sua autonomia

frente ao processo de aprendizagem, oferecendo-lhes um

momento a mais e significativo para a construção do

conhecimento, e não apenas a mera apropriação daquele

saber que já está pronto. Propondo trabalhar em função

da implementação/manutenção do “currículo

multicultural” (BEZERRA, acessado em 18/jun/2010),

considera as diferenças entre os indivíduos e os vários

tipos de cultura, valorizando o que o diferente pode

contribuir para enriquecer ou contestar.

PALAVRAS CHAVE: APRENDIZAGEM; ESPORTE;INCLUSÃO

SOCIAL.

IV. MEIO AMBIENTE

1. DESENVOLVIMENTO E SUSTENABILIDADE

A. DO GARIMPO A SOJA: A LÓGICA DA PRODUÇÃO CAPITALISTA DO ESPAÇO E A DEGRADAÇÃO AMBIENTAL NO MUNICÍPIO DE ALTO GARÇAS

Ana Paula Konrad144

[email protected]

Weder Rogério da Costa Vieira Dias145

[email protected]

INTRDOUÇÃO

No passado, a população do Estado de Mato Grosso que

vivia nas áreas de cerrado praticavam pouco mais que a

agricultura de subsistência, abrindo pequenas clareiras

nas matas de galerias, extraindo carvão, e praticando a

pesca, caça e garimpagem. Hoje e o Estado mais afetado

pelo ato do desmatamento, o qual assume proporções

preocupantes, após os anos de 1980, a produção no

campo passa a produzir uma nova cultura, conhecida

como a sojicultura, esta se expande tomando o lugar da

produção de arroz e da criação de gado existente na

região. Na mesorregião sudeste mato-grossense, com a

decadência do garimpo a partir de 1980 “abrem-se novas

perspectivas de mudança no modelo de ocupação,

podendo se intensificar o ritmo da degradação e acarretar

impactos irreversíveis sobre um dos mais importantes

biomas do país” o cerrado. (MONTEIRO, 2006, p.11). Pois

144 Autora, Mestranda do programa de Pós-Graduação em Geografia na

Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT. 145

Co-autor, Estudante do curso de Biologia na Universidade Federal de

Mato Grosso - UFMT.

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92

ISBN 978-85-61839-06-2

uma das atividades mais impactante é a agricultura, como

no cultivo da soja commodities, que rompe com a

biodiversidade, convertendo o ecossistema em um agro

ecossistema. E com a chegada da soja que o município de

Alto Garças passa por um novo modelo econômico visado

estritamente o lucro e passando por cima das questões

ambientais. Portanto este artigo tem como objetivo

discutir sobre a nova lógica capitalista no município e as

conseqüências ocasionadas no meio ambiente.

METODOLOGIA

Deste modo a pesquisa foi efetuada através de revisão

bibliográfica de dissertações de doutorado, mestrado e

monografias de graduação e especialização, e demais

obras sobre a temática; a lógica da produção capitalista e

a degradação ambiental. Realizaram-se trabalhos de

campo objetivando colher dados in loco e dados na base

estatística do IBGE e SEPLAN-MT. Utilizou-se da confecção

de mapas através de imagens de satélites mostrando a

expansão da agricultura na área do município. Essas

imagens foram do LANDSAT 5 TM geoprocessadas no Arc.

Gis 9.2.

RESULTADOS

Compreendendo o processo de produção no território

mato-grossense através da técnica e da ciência condiz

entender a questão ambiental a relação entre homem é

natureza, sociedade é natureza que estimulados pelos

lucros em curto espaço de tempo não se voltou a atenção

para os recursos naturais, passando por cima dos limites

para atingir a expansão e o lucro máximo. Segundo dados

da SEPLAN MT em 1999 o município de Alto Garças tinha

62,27% do seu total de áreas desmatadas. Pois de acordo

com Lemos (1994) apud (Viera Neto) 2003, na lógica de

especulação capitalista é necessario destrutir a natureza

para converté-la em mercadoria. Em 2003 quatro anos

mais tarde esse percentual cresce para 70,79% e por fim o

último dado disponível no anuário nos mostra o

crescimento de 2,64% no ano de 2006 que chega a atingir

73,43% (SEPLAN MT) da sua área desmatada, para cultivo

da agricultura e pecuária. Assim podemos ver através das

imagens de satéites a expanssão da agropecuária que foi

a responsavél pelo desmatamento no município, que não

possui nenhuma reserva ambiental. E essa falta de áreas

verdes é reservas ambientais prejudica diretamente na

qualidade de vida da população, principalmente naquela

com menor poder aquisitivo, que se encontra na periferia

da cidade.

CONCLUSÃO

Observa-se que existe uma forte tendência da soja

expandir-se nas áreas de cerrado, provavelmente devido

ao relevo ser plano, a fácil correção química do solo e ao

apoio técnico-científico oferecido pelo governo, além da

alta rentabilidade deste cultivo. Conclui-se que a soja está

sendo a principal causa da mudança do uso da terra neste

bioma. Assim através dos dados e mapas vemos que o

município em estudo já foi muito desmatado devido o

crescimento agrícola, sendo hoje um dos maiores

produtores de soja para sementes do Estado, mas toda

sua riqueza acaba concentrando-se apenas nas mãos de

uma minoria. No entanto é presciso se pensar em

políticas para criar áreas de preservação ambiental, áreas

de lazer para a população, é preciso tomar medidas

ugentes e oferecer uma melhora na qualidade de vida da

população. E se pensar na questão ambiental pois esse e

mais um modelo produtivo que não demonstra

sustentabilidade ambiental a longo prazo, são projetos

que se baseiam na intensa exploração até o esgotamento

total dos recursos, além de ser concentrador de renda. O

desmatamento foi aumentando com o decorrer dos anos

no município, ocasionado pela nova lógica de produção,

esses fatores fazem com que ocorra no município novos

re-arranjos espaciais oriundos das etapas e dos ciclos

produtivos. O território passa dessa forma a ser

transformado não sendo mais das galinhas, da laranja do

limão, do feijão, arroz, da vaca leiteira, mas sim de uma

monocultura a soja, que torna idêntico os vastos campos

que antes eram ocupados pelo cerrado, acabando com os

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ISBN 978-85-61839-06-2

rios as matas e expulsando os trabalhadores para as

cidades.

PALAVRAS CHAVE: TRANSFORMAÇÕES NO RURAL,

PROBLEMAS AMBIENTAIS.

B. DESAFIOS PARA SUSTENTABILIDADE E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NA

SAÚDE

Mônica Sacramento146

[email protected]

INTRDOUÇÃO

A contribuição do Consumo sustentável dentro da política

de economia nos ajuda a compreender problemas sociais

de saúde e meio ambiente em sua relação com os

processos e modelos de desenvolvimento econômico de

um território, ou região. Os processos econômicos e os

processos de organização da natureza com seus fluxos de

energia e materias na produção da vida, A utilização de

combustivéis fosséis não renováveis que aceleram

processos de entropias global no planeta, as

características desse regime de energia aliado aos

padrões de produção e consumo de sociedades

capitalistas contemporaneas, geram intensos fluxos de

materiais incompativéis com a natureza ecológica.

Processos de desorganização dos ecossistemas e da

própria vida, acentuada pela pela urgência dos chamados

riscos ecológicos globais, mudanças climáticas, assim a

sustentabilidade do planeta com recursos limitados como

a Terra depende tanto da mudança de padrões de

produção e consumo. Esta compreensão tende a

influenciar as classes sociais, ONG's e novos movimentos,

com novas práticas cientifícas e institucionais passam a

exercer um papel fundamental na criação de novos rumos

para o desenvolvimento e a democracia a partir dos

conflitos e crises existenciais.

METODOLOGIA

146 Autora, Graduanda em BI Saúde na UFBA.

Fora realizada leitura de textos na internet e artigos

científicos oriundos de fontes como o Google Acadêmico,

Sciello, BVS, entre outros. Analisou-se estes documentos

e adicionou-se fontes jornalísticas televisional.

RESULTADOS

Extensão.

CONCLUSÃO

A intensificação dos conflitos socioambientais

decorrentes desse modelo, ao mesmo tempo que é

inevitável, apresenta possibilidades de criação de

movimentos sociais e espaços públicos de discussão que

poderão contribuir para uma transição com bases mais

justas e sustentáveis. É inevitável que os países mais

pobres e periféricos conseguirão aumentar seus PIBs sem

contribuirem para as tragédias sócioambientais, é

necessário que políticas públicas, bem como em

pesquisas, como nas propostas da ciência cidadã e de

processos dialógicos.

PALAVRAS CHAVE: DESENVOLVIMENTO,

SUSTENTABILIDADE, SAÚDE.

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SAÚDE

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V. SAÚDE

1. NUTRIÇÃO FUNCIONAL

A. CONSIDERAÇÕES SOBRE A IMPORTANCIA DA ALIMENTAÇÃO NA MANUTENÇÃO DOS PROCESSOS DE MEMÓRIA

Deivid Diego de Oliveira Freire147

[email protected]

Rogéryo Fernandes Da Costa148

,

[email protected]

Rosana Christine Cavalcanti Ximenes149

[email protected]

INTRDOUÇÃO

Com o passar dos anos, nota-se que a capacidade do ser

humano de reter informações diminui. Esse fenômeno é

chamado de perda de memória. Muitos estudos já foram

feitos para avaliar seus aspectos etiológicos, mas não

foram totalmente conclusivos. No entanto, alguns autores

afirmaram que a alimentação pode retardar estados de

perda de memória, que a partir da meia idade se torna

mais grave, podendo progredir ou não para o mal de

Alzheimer

METODOLOGIA

O estudo foi elaborado a partir de análise sistemática de

artigos dos bancos de dados da BIREME e PUBMED (2000

– 2010) e de livros de referência no assunto.

RESULTADOS

A perda de memória é um indesejável processo que

ocorre gradativamente por morte de células do

hipocampo, umas das regiões cerebrais que envolvem a

integração de informações. Pode ser acelerado pelo stress

e outras patologias ligados a problemas neurológicos, mas

que pode ser retardado por certas substâncias como

147

Autor, Acadêmico de Nutrição na Faculdade Maurício de Nassau-PE. 148

Co-autor, Acadêmico de Nutrição,Faculdade Maurício de Nassau-PE. 149

Co-autora ,Drª em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento

pela Universidade Federal de Pernambuco-PE.

antioxidantes que estão presente naturalmente em

alimentos que contém fontes de vitamina C e E.

CONCLUSÃO

O resultado permite observar que a perda de memória é

um acontecimento fisiológico e que pode ser acelerado

por certos distúrbios da atualidade. Em contrapartida,

pode ser retardado pela introdução de alimentos que

contenham substâncias como antioxidantes em sua

composição.

PALAVRAS CHAVE: MEMÓRIA, ANTIOXIDANTES E

RADICAIS LIVRES.

2. SAÚDE PÚBLICA

A. ATIVIDADE OCUPACIONAL COM EQUIPE DE UM POSTO DE SAÚDE DE PORTO ALEGRE

Eduarda de Oliveira Fin150

[email protected]

Mariana Córdova151

[email protected]

Diana da Costa Pagliarini152

[email protected]

Rochelle de Carli Silva153

[email protected]

Keron dos Santos Sanches154

[email protected]

Anna Paula Aquino Corrêa155

[email protected]

INTRDOUÇÃO

150

Autor, Estudante de Ensino Superior, Graduação em Enfermagem

pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – RS, bolsista do programa PET-SAÚDE do Governo. 151

Co-autor, Estudante de Ensino Superior, Graduação em Nutrição

pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – RS, bolsista do programa PET-SAÚDE do Governo. 152

Co-autor, Estudante de Ensino Superior, Graduação em Enfermagem

pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – RS, bolsista do programa PET-SAÚDE do Governo. 153

Co-autor, Estudante de Ensino Superior, Graduação em Enfermagem

pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – RS. 154

Co-autor, Estudante de Ensino Superior, Graduação em Enfermagem

pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – RS. 155

Co-autor, Estudante de Ensino Superior, Graduação em Enfermagem

pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – RS.

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Na rotina de um posto de saúde, nas interações do

trabalho em equipe, a convivência interpessoal pode se

tornar bastante complicada e estressante. Dessa forma

percebemos a importância de existir alguma atividade de

descontração, um momento que os profissionais possam

deixar as preocupações de lado e cuidar da sua saúde

mental. Para a escolha da atividade fizemos uma pesquisa

para conhecer as formas mais eficazes de descontração

em grupo. O objetivo principal do trabalho foi

proporcionar a equipe do ESF momentos de descontração

e relaxamento através de atividades ocupacionais,

ocasionando, assim, uma maior união dos profissionais de

saúde daquele posto.

METODOLOGIA

A atividade aconteceu em um posto da Estratégia de

Saúde da Família de Porto Alegre - Rio Grande do Sul,

realizada pelas monitoras da disciplina do PET-Saúde. A

atividade foi realizada através de uma oficina de pintura

em potes de vidro, na qual os alunos que organizaram a

atividade providenciaram as tintas, os potes e os pincéis,

bem como jornais e materiais de limpeza para o final da

atividade.

RESULTADOS

Uma avaliação quantitativa nós pareceu inviável devido às

fortes características qualitativas da medida de

intervenção, mas de acordo com a avaliação dos

acadêmicos e da enfermeira do posto, a qual estava

acompanhando os alunos nessa atividade do PET-Saúde,

foi uma atividade muito proveitosa para os integrantes da

equipe do posto, de forma que puderam aproveitar e

relaxar do estresse que pode ser causado pela

convivência diária. e relaxar do estresse que pode ser

causado pela convivência diária.

CONCLUSÃO

Podemos perceber que os integrantes da equipe de saúde

obtiveram resultados positivos da atividade,

considerando que a situação daqueles profissionais

estava tensa, por isso, e a atividade foi muito bem

recebida pela equipe. É nessas pequenas atividades que

se nota a necessidade desse tipo de acontecimento em

postos de saúde, pois há toda uma preocupação com os

pacientes e como melhorar a saúde da população e

muitas vezes quem mais precisa de uma atitude saudável

são os prestadores da saúde.

PALAVRAS CHAVE: SAÚDE, PROFISSIONAL, INTEGRAÇÃO.

B. O QUE É SAÚDE? O OLHAR DO PROFISSIONAL DA MEDICINA DOTADO DE SIGNIFICADO: UMA ANÁLISE À LUZ DE MAX WEBER

Aline Risoleta do Nascimento Rios156

[email protected]

Silmara Fontenele Aragão157

silmaragã[email protected]

Denise Nascimento158

[email protected]

INTRDOUÇÃO

Compreender a natureza da saúde e da doença humana é

um tema muito instigante. Desde explicações mais

simplórias até elaboradas teorias, o homem sempre

procurou significados para explicar o que sente. Conceitos

sobre saúde e doença são continuamente reformulados

tanto no campo científico quanto no leigo. O interesse

por estes conceitos parece mais presente do que nunca. A

saúde da população mundial é preocupante, a escassez

de recursos é grande e as repercussões trazem a tona

questões éticas em relação ao planejamento e melhor

utilização dos haveres disponíveis. Weber enfatiza que a

ação da sociedade deve ser visto como um histórico. Para

entendê-lo não se pode desconectar a linha de presente,

156 Autora, Acadêmica do Curso de Fisioterapia no Instituto Superior de Teologia Aplicada - INTA Sobral-Ce. 157 Co-autora, Acadêmica do Curso de Fisioterapia no Instituto Superior de Teologia Aplicada- INTA Sobral-Ce. 158 Orientadora, Doutora em Sociologia da Universidade Federal do Ceará-UFC Sobral- Ce.

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passado e futuro. A análise histórica de cada um é o

resultado do que vivemos com os outros. Toda conduta

humana é dotada de significados subjetivos, dado por

quem a executa e quem orienta essa ação. Tais condutas

são mais racionais quanto menor for sua submissão do

agente aos costumes e afetos e quanto mais ele se

adéqüe a situação. Ressalta-se que o significado deve ser

aceito sócio-culturalmente pelos semelhantes para que

seja legitimado pelo indivíduo. A maior sensibilidade do

médico quanto ao sofrimento do paciente assim como a

transformação da prática médica em uma medicina mais

humana requer uma maior compreensão sobre a

percepção da doença pelo paciente. Considerando a

importância da abordagem do significado da saúde e

doença este trabalho envolve tal visão de médicos e

acadêmicos da Faculdade Federal de Medicina do Ceará,

Campus Sobral. Objetivando avaliar os significados

atribuídos aos termos saúde e doença na área dos futuros

e atuais profissionais da saúde, relacionando às formas de

assistência à saúde.

METODOLOGIA

A pesquisa foi realizada na Faculdade de Medicina - UFC-

campus Sobral/Ceará. Foram sete informantes, de

diferentes sexo e semestre. Utilizou-se o método

qualitativo de pesquisa analisando o conteúdo dos

discursos dos entrevistados. A abordagem ocorreu após o

consentimento livre e esclarecido dos sujeitos, com os

depoimentos da pesquisa colhidos através de entrevistas

abertas, semi-estruturadas. A interpretação dos

depoimentos se deu por análise temática das entrevistas.

Quatro categorias temáticas foram delimitadas: duas

centrais, saúde e “doença”; e duas secundárias; o “sentir-

se doente” e “formas de assistência à saúde”. Em seguida

elaboramos as perguntas para a entrevista. Foi usado

gravador com posterior transcrição alternativa da

entrevista e anotações do depoimento ao mesmo tempo.

RESULTADOS

Existe um diferencial nas respostas que vão de acordo

com o nível de conhecimento da saúde e formação dos

estudantes de medicina que se dá dentro de uma relação

de Dominação Carismática entre estudante e mestre.

CONCLUSÃO

Embasados nos textos dos entrevistados percebe-se que

o significado da saúde varia de indivíduo para individuo

de acordo com o contexto vivenciado. A possibilidade de

entender a estrutura e a superestrutura social enfatizado

por Max Weber como um conjunto de lógica diversa,

oferece para análise da sociedade várias perspectivas

para enfatizar a dominação de carisma existente dentro

do contexto apresentado.

PALAVRAS CHAVE: SOCIOLOGIA; HUMANIZAÇÃO E CARÍSMA.

C. O PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO TRABALHO EM SAÚDE DO TRABALHADOR: RELATO DE ATIVIDADE EXTENSIONISTA EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE PETROLINA-PE

Mayara Castro Lustosa Moura Granja

159

[email protected]

Abel da Costa Neto160

[email protected]

Ivanessa de Souza Brito161

[email protected]

Luciana Pessoa Maciel162

[email protected]

Sílvia Raquel Santos de Morais163

[email protected]

INTRDOUÇÃO

159 Autor, Discente do curso de Enfermagem na Universidade Federal do Vale do São Francisco, bolsista do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde do Trabalhador (PET-Saúde). 160 Co-autor, Discente do curso de medicina na Universidade Federal do Vale do São Francisco, bolsista do Programa PET-Saúde do Trabalhador. 161 Co-autor, Discente do curso de Psicologia na Universidade Federal do Vale do São Francisco, bolsista do Programa PET-Saúde do Trabalhador. 162 Co-autor, Enfermeira da Unidade de Saúde da Família Rosa Maria Ribeiro, Petrolina – PE. 163 Orientador, Docente do curso de Psicologia da Universidade federal do Vale do São Francisco.

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Nos últimos anos assiste-se a desafios crescentes no

cenário dos trabalhadores em saúde pública, como

situações de violência, assédio moral, síndrome de

exaustão e esgotamento (burnout), doenças

ocupacionais, absenteísmo, dentre outras. Isso pode ser

contemplado através de noticiários, de pesquisas

científicas e também a partir do grande índice de

sofrimento psíquico, doenças de cunho somático

relacionadas ao trabalho, e às vezes, transparece até

mesmo nas freqüentes queixas dos usuários contra

trabalhadores. No contexto da rede de saúde pública se

discute muito os processos de saúde-doença do

trabalhador usuário do SUS, entretanto há um

esquecimento e marginalização do trabalhador das

equipes de saúde do SUS desse processo, seja no

contexto hospitalar, da atenção primária a saúde (APS), e

em outros dispositivos. Nesse sentido, recai sobre os

profissionais da equipe de saúde uma grande cobrança e

responsabilidade por uma promoção integral à saúde do

usuário, mas por outro lado, assiste-se a condições de

trabalho e à não atenção à saúde dos cuidadores. É

praticamente inviável pensar como os trabalhadores da

APS, irão trabalhar com a prevenção/promoção da saúde

junto aos usuários se esses profissionais encontram-se,

não raras vezes, adoecidos e desmotivados frente às

condições precárias de trabalho, aos fatores de risco e às

problemáticas político-sanitárias. Isso acaba afetando o

desempenho produtivo, comprometendo a qualidade do

atendimento prestado e conseqüentemente, minando a

saúde dos cuidadores. No âmbito do Sistema Único de

Saúde (SUS), as ações em saúde do trabalhador têm se

desenvolvido de forma isolada e fragmentada, tendo em

vista a dicotomia na atuação dos órgãos responsáveis, em

particular o Ministério da saúde, o Ministério da

Previdência e Assistência Social e o Ministério do

Trabalho e Emprego. E ainda tendo em vista outros

órgãos aos quais compete melhor atuação e maior

visibilidade, observa-se um padecimento e uma visão

estreita da saúde do trabalhador (LACAZ, 2003).

METODOLOGIA

A metodologia centra-se da ação-problematização-ação

em saúde (FREIRE, 1984; TOZONI-REIS, 2006) de modo a

construir conhecimentos com base na inserção no campo

prático com posterior questionamento das características

apresentadas pelo mesmo, e vice-versa, através de um

movimento dialético. As estratégias escolhidas para a

implantação do PET/ST na Unidade do Gercino Coelho

foram: reuniões de mini-equipe e da equipe geral, visitas

à UBS com observações e anotações do campo, visitas

domiciliares com os Agentes Comunitários de Saúde,

estudos bibliográficos da área e discussão semanal. A

mini-equipe PET-ST da UBS em questão iniciou seus

trabalhos em abril de 2010 através de observação

participante in loco, de uma entrevista contendo cinco

questões aplicado pelos estudantes com X trabalhadores,

um questionário sócio-demográfico e uma oficina de

socialização visando compreender as expectativas e

demandas dos trabalhadores desta UBS.

RESULTADOS

Os trabalhadores participantes da entrevista avaliam

negativamente alguns aspectos das condições de trabalho

no contexto da ESF. No que concerne aos recursos

humanos foi detectado uma insuficiência de capacitações,

educação permanente e no quadro de profissionais da

equipe, proporcionando uma sobrecarga de

trabalho/funções prejudicando a assistência a saúde dos

usuários como também a saúde do próprio trabalhador,

este fato foi observado em todas as entrevistas

realizadas. A ausência constante de recursos materiais e

instrumentos básicos para a execução do trabalho da

equipe também foi destacado, como, por exemplo, a falta

de materiais de limpeza, vacina, medicamentos e no caso

dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), o relato de que

não recebem os instrumentos necessários para trabalhar;

a saber, protetor solar e boné, aumentando a exposição e

a vulnerabilidade ao sol, bem como a falta de fardamento

o que dificulta a identificação destes profissionais pela

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comunidade. Ademais, no que diz respeito aos ACSs, foi

identificada uma insegurança relacionada ao seu vínculo

empregatício, supostamente estável, pois o mesmo foi

resultado de concurso público, tendo em vista que a atual

gestão não quer reconhecer a veracidade do concurso

público efetivado pelo estado, levando a um desestímulo

pelo trabalho por parte destes funcionários. Referente à

parte da entrevista que questionava a respeito do que,

para a equipe de saúde, era o programa PET, alguns

profissionais correlacionaram-no com experiências de

outros grupos PET passados, fazendo alusão à saúde

mental, que foi a linha de pesquisa desenvolvida na ESF.

Além de questionários, a realização da oficina de

apresentação do programa se mostrou de fundamental

importância para aquisição de dados e elaboração de

medidas representativas e eficazes de solucionar a

problemática enfrentada nesta unidade básica, sejam elas

de cunho estrutural ou no que diz respeito aos aspectos

humanos do trabalho em equipe, ponto chave da oficina.

Os profissionais destacaram que a relação da equipe com

os usuários/comunidade é bastante conflituosa, pois há

cobrança e incompreensão por parte da comunidade

devido à ausência de recursos humanos e materiais

(vacina, medicamentos, médicos, dentista, exames);

assim os usuários da USF, culpam a equipe por demandas

que não cabem a esses profissionais solucionar. Dessa

maneira, a interação entre trabalhadores e comunidade

parece afetar o bem estar e saúde não só desse

trabalhador, mas também a dos próprios usuários da APS.

Os resultados da pesquisa apontam para um alto nível de

stress, insatisfação e cansaço pela maioria dos

trabalhadores frente às demandas prementes no

contexto de trabalho da ESF. Identificou-se que grande

parte dos profissionais sofre de doenças ocasionadas pelo

trabalho, as mais citadas foram reações alérgicas,

lombalgia e dores articulares. Nesse sentido, frente a essa

série de adversidades, percebeu-se que estes não

consideram o ambiente de trabalho, no contexto da ESF,

como sendo saudável e produtor de bem estar. Não

obstante, as representações sociais demonstraram que a

maioria dos profissionais entrevistados se sentem

realizados com a profissão que exercem, entretanto não

estão satisfeitos, contemplados com as condições

impostas de trabalho.

CONCLUSÃO

A partir das vivências desta mini-equipe do PET-ST

observou-se que este programa não visa apenas apoiar o

ensino da graduação em saúde, mas vai além na medida

em que aproxima a Universidade do contexto social,

articula as redes de saúde da região, instiga o diálogo

entre as diversas áreas de saber, proporcionando

aprendizado coletivo, intercâmbio de conhecimentos e

desenvolvimento de estratégias condizentes com as

propostas do SUS no contexto da APS.

PALAVRAS CHAVE: SAÚDE DO TRABALHADOR, PET SAÚDE, ATENÇÃO PRIMÁRIA

D. A PRODUÇÂO STRICTO SENSU SOBRE TERAPIA COMUNITÁRIA NO PORTAL CAPES

Cintia Poleto Buzeli164

[email protected]

Christianne M. Casoni Cardoso165

[email protected]

Daniely Beatrice Ribeiro do Lago166

[email protected]

Aldenan Lima Ribeiro Correa da Costa167

Sonia Ayako Tao Maruyama168

INTRODUÇÃO

A Terapia Comunitária (TC) foi desenvolvida em 1987,

como uma nova ferramenta de cuidado a população

carente. A TC está embasada em quatro pilares

fundamentais como a teoria sistêmica, a teoria da

comunicação, a antropologia cultural e a resiliência.

164 Autora, Mestrado em Enfermagem na UFMT; bolsista da FAPEMAT. 165 Autora, Mestrado em Enfermagem UFMT. 166 Autora, Mestrado em Enfermagem UFMT. 167 Orientadora. 168 Orientadora .

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Partindo desses pressupostos e motivadas pelo interesse

de conhecer práticas humanizadas de cuidar, escolhemos

investigar as produções acadêmicas sobre a TC.

METODOLOGIA

é um estudo de revisão bibliográfica de caráter

quantitativo. O levantamento bibliográfico deste estudo

foi através Portal Capes (Coordenação de

Aperfeiçoamento de Ensino de Nível Superior). A palavra-

chave utilizada para a busca foi “terapia comunitária”

como expressão exata.

RESULTADOS

fizeram parte dessa análise 8 (oito) dissertações. Todos os

estudos apresentaram uma abordagem qualitativa. As

principais palavras chaves encontradas nas teses foram:

Terapia Comunitária 62,5% (5), Saúde Mental 37,5% (3),

Enfermagem 22,2% (2) e termos relativos à atenção

primária a saúde ou estratégia saúde da família 37,5%

(3).Em geral as dissertações apresentaram a TC como uma

nova tecnologia do cuidado.

CONCLUSÃO Em geral as dissertações apresentaram a TC

como uma nova tecnologia do cuidado. Apontamos a

necessidade de uma pesquisa no Estado de Mato Grosso

sobre esta prática, onde e como acontece, visto que,

identificamos uma centralização dos estudos nas regiões

de São Paulo e da Paraíba.

PALAVRAS CHAVE: ENFERMAGEM EM SAÚDE PÚBLICA;

COMUNIDADE TERAPÊUTICA; HUMANIZAÇÃO DA

ASSISTÊNCIA; TRABALHO .

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ÍNDICE DE AUTORES

Abel da Costa Neto ................................. 97 Aghata Teixeira Silva .............................. 39 Aldenan Lima Ribeiro Correa da Costa .... 99 Alegria dos Santos Leite .......................... 88 Alessandra Sardinha Carvalho................. 44 Aline Risoleta do Nascimento Rios .......... 96 Allyne Macedo .................................. 24, 25 Aluísio Schumacher ................................ 46 Amanda Chlalup Linn .............................. 21 Amanda de Melo Oliveira ....................... 90 Ana Cláudia Palhares .............................. 74 Ana Paula Konrad ................................... 91 Anaisa Alves de Moura ........................... 90 Anderson boas Viana .............................. 49 Andersonn Souza Gonçalves .............. 34, 37 Andrea Luisa Frazão Silva........................ 49 Andréa Meiado Chiarioni ........................ 20 Andréa Oxley da Rocha ........................... 72 Andreia Da Silva Santos .......................... 29 Andressa Silva Rebouças......................... 32 Andreza Evangelista G. Tavares .............. 32 Anna Paula Aquino Corrêa ...................... 95 Antônio da Silva Câmara ......................... 55 Arminda Rachel Botelho Mourao ............ 86 Augusto Cleybe Silva da Costa ........... 79, 81 Bárbara Dias dos Santos ......................... 52 Camila Fernandes ................................... 47 Camila Pereira Gomes dos Santos ........... 18 Carlos Augusto Ribeiro Mantovani .......... 16 Carlos Eduardo De Almeida Brito ............ 17 Carlos Henrique Cavalcanti ..................... 74 Celto Dalla Vechia .................................. 72 César M N Lucas ..................................... 75 Christianne M. Casoni Cardoso ............... 99 Cilândia Nágela Morais Silveira ............... 12 Cintia Poleto Buzeli................................. 99 Danielle Oliveira Borges.......................... 18 Danielly Couto de Freitas ........................ 86 Daniely Beatrice Ribeiro do Lago ............ 99 Deivid Diego de Oliveira Freire................ 95 Denise Nascimento ................................. 96 Diana da Costa Pagliarini ................... 21, 95 Edilson Fernandes de Souza .................... 89 Eduarda de Oliveira Fin ........................... 95 Eduardo Adriano Cotta ........................... 17 Eduardo Alex .......................................... 49 Eduardo Martins Filho ............................ 14 Elayne Cristine de Oliveira ...................... 74 Eliezer Reis ............................................. 14 Elise Botteselle de Oliveira ..................... 21 Fabiane Klering ....................................... 65 Fábio Luís Caires Coelho .................... 38, 51

Fernanda Barbosa Borges Jardim ............ 18 Francesca Magnabosco Lobato ............... 18 Francisco Jeovane do Nascimento...... 70, 71 Gabriela Alexandre Teixeira Lopes .......... 76 Gepherson Macêdo Espínola .................. 82 Geraldo Franscisco Neto ......................... 14 Gisely de Nazaré Freitas da Silva ............. 44 Giuliano Pierre Estevam ......................... 20 Grazielle Vital Da Silveira ........................ 85 Guilherme Rosa De Almeida ................... 54 Heder Junior dos Santos ......................... 27 Hellen Caroliny Cordovil Ribon ............... 69 Heribert Schmitz..................................... 44 Heriverto Nunes Mendonça Júnior ......... 58 Iraildes Caldas Torres ............................. 39 Italândia F de Azevedo ........................... 75 Ítalo Caetano de Melo ............................ 14 Ivana Campelo Cabral ............................. 66 Ivanessa de Souza Brito .......................... 97 Jania Cunha Machado ............................. 49 Jéssica Querolin Goes Da Silva ................ 86 Jéssika Rufino ......................................... 24 Juliana Carolina Frigo Baptistella ............ 78 Juvino Alves dos Santos Filho ................. 51 Keron dos Santos Sanches ...................... 95 Keyla Laura de Souza Mota ..................... 86 Larissa de Fatima Martins ....................... 50 Laura Rosane .......................................... 49 Leandro Totti Cavazolla .......................... 72 Leonardo B. Pires ................................... 13 Letícia Machado Verde ........................... 49 Levine Carvalho dos Santos autora ......... 32 Lucas Silva Moreira ................................ 55 Lucas Sousa Galindo ............................... 60 Luciana Costa Marra ............................... 65 Luciana Cristina Romeu da Silva .............. 88 Luciana Pessoa Maciel ............................ 97 Luciano Barbosa Justino ......................... 29 Luis Felix de Barros Vieira Rocha ............. 50 Luiza de Almeida Bezerra ........................ 87 Magalí Alves de andrade ................... 34, 37 Magalí Alves de Andrade ........................ 82 Magila Souza Santos .................... 34, 37, 82 Marcel Ricardo da Silva .......................... 20 Marcelo Ferreira Lemos Filho ................. 57 Marcelo Tavares ..................................... 74 Márcio Nascimento ................................ 13 Márcio Nascimento da Silva............... 71, 75 Maria Ana Oliveira de Azevedo ............... 52 Maria D. Moreira .................................... 75 Maria Das Graças Martins Silva............... 85 Maria do Carmo Gonçalo Santos ............. 64

Maria Gabriela Melo .............................. 30 Mariana Córdova ................................... 95 Mário Maia ....................................... 24, 25 Mayara Castro Lustosa Moura Granja ..... 97 Michael Gomes de Oliveira Genofre ....... 84 Michele Janaína dos Santos Cardoso ...... 64 Miguel Jocélio Alves da Silva .................. 70 Miguel Rodrigues Netto ......................... 30 Milane Monteiro Ribeiro ........................ 44 Mônica Sacramento ............................... 93 MSc.Tatiana Saldanha ............................ 33 Nádia Rosa ............................................. 65 Natalia Amaral e Silva ............................ 18 Naylce Gonçalves Rocha ......................... 49 Ottmar Teske ......................................... 65 Patrícia Simone Nogueira ....................... 85 Paula Gomes Moreira ............................. 64 Pedro Paulo Corôa ................................. 69 Pérola Virgínia de Clemente Mathias ...... 55 Plácido Marinho Dias ............................. 12 Professor Rildo Cosson ........................... 26 Rafael Schwab ........................................ 72 Raphael Canto ........................................ 72 Raylane Mayara Neres de Sousa ........ 70, 71 Raylane Paula C. Santiago ...................... 33 Regiane Ribeiro ................................. 79, 81 Revison José Silva dos Santos ................. 31 Ricardo Ramos Shiota............................. 46 Roberto Aparecido Teixeira .................... 28 Rochelle de Carli Silva ............................ 95 Rodolfo Miranda de Barros .................... 16 Rodrigo Ferrari Zeni................................ 72 Rogério da Costa Sousa .......................... 44 Rogéryo Fernandes Da Costa .................. 95 Rosana Christine Cavalcanti Ximenes ...... 95 Rosiane de Jesus Cardoso ....................... 50 Rutti Suelma Cutrim Costa ...................... 58 Silmara Fontenele Aragão ...................... 96 Sílvia Raquel Santos de Morais ............... 97 Solange de Cássia Inforzato de Souza...... 78 Solimar Oliveira Lima ............................. 66 Sonia Ayako Tao Maruyama ................... 99 Talita Rivana Campos Cavalcante ........... 49 Tereza Cristina Oliveira da Silva Santiago 76 Terezinha Santarosa Zanlochi ................. 47 Thaisla Ribeiro Martins Teixeira ............. 18 Thiago Souza Gonçalves .................... 34, 37 Thiago Vasconcellos Modenesi ............... 89 Uaglyson Rodrigo Oliveira Ferreira ......... 66 Valessio Soares de Brito ......................... 18 Virgínia da Silva Corrêa .......................... 26 Weder Rogério da Costa Vieira Dias ........ 91