9ª bienal - jornal tupinikim #1

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INFORMATIVO OFICIAL DA 9ª BIENAL DA UNE 1º DE FEVEREIRO DE 2015 DOMINGO - RIO DE JANEIRO, LAPA FUNDIçãO PROGRESSO WWW.BIENAL.UNE.ORG.BR FIM DA DéCADA DE 1970 - PRAIA DO FLAMENGO, 132 JANEIRO DE 2015 - FUNDIçãO PROGRESSO, LAPA

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Jornal diário publicado durante a 9ª Bienal da União Nacional dos Estudantes, realizada de 1ª a 6 de fevereiro de 2015, no Rio de Janeiro.

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Page 1: 9ª BIENAL - JORNAL TUPINIKIM #1

InformatIvo ofIcIal da 9ª BIenal da Une

1º de fevereIro de 2015 domIngo - rIo de JaneIro, lapa

fUndIção progressowww.BIenal.Une.org.Br

Fim da década de 1970 - Praia do Flamengo, 132

Janeiro de 2015 - Fundição Progresso,

laPa

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expediente

eQUipe 9a BienaL da Une

CREDENCIAMENTOPara participar do festival é necessário estar credenciad@. o posto de credenciamento está localizado na entrada da Fundição Progresso. no momento do credenciamento não se esqueça de apresentar o comprovante de pagamento e os documentos necessários para efetivar a sua participação. a pulseira de credenciamento é obrigatória para ter acesso ao alojamento, ao transporte e algumas das atividades internas do festival. se você perder sua pulseira, avise imediatamente o coordenador de seu

estado ou procure a organização.

LADO C E OFICINASPara participar do lado c, atividade que visitará comunidades do rio de Janeiro, e das oficinas, é necessário fazer a sua inscrição no momento do credenciamento. as vagas são limitadas.

ALOJAMENTOo alojamento é coletivo e seu bom funcionamento depende de tod@s. deixe seus pertences sempre organizados e colabore com a qualidade, a limpeza e a higiene do ambiente. Tome todas as precauções de segurança. sempre que sair, deixe os seus pertences dentro da barraca trancada. a Bienal não se responsabiliza por quaisquer danos ou perdas que possam ocorrer. seja tolerante, faça amig@s, respeite as diferenças, ajude a construir um clima bom para o espaço.

Coordenadora-geral: Patrícia matosCoord. Projetos de Extensão: Bia mirandaCoord. de Audiovisual: rodrigo morelatoCoord. de Artes Cênicas: Kadu limaCoord. de Música: evandro machadoCoord. de Literatura: nínive aquinoCoord. de C&T: Phillipe PessoaCoord. de Artes Visuais: Bruno Bou

O “TUPINIKIM” é uma publicação da União Nacional dos EstudantesPresidenta da UNE: Virgínia BarrosDir. Comunicação da UNE: Thiago JoséJornalista responsável: Rafael Minoro (CR)Equipe: Artênius Daniel, Cristiane Tada, Larissa Scarpelli, Patricia Blumberg, Renata Bars, Tatiana Rodrigues, Thiago Guimarães e Yuri SalvadorFotografia: Vitor Vogel, Juliana Pimenta e Yuri SalvadorProjeto gráfico: Fields Comunicação – fieldscomunicacao.com.brEndereço: Rua Vergueiro, nº 2485, bairro Vila Mariana, São Paulo/SP –Cep: 04101-200Telefone: +55 11 5539.2342Fale com a UNE: [email protected] com a comunicação da UNE: [email protected] com a assessoria de imprensa da UNE: [email protected]/uneoficialtwitter.com/uneoficialyoutube.com/uneoficialinstagram: @uneoficialflickr.com/_une

o desenvolvimento da rede mundial de computadores e a troca de informações online estão em curso desde a década de 1990. Porém, somente nos últimos anos a humanidade conheceu a real capacidade de interferência das redes na conjuntura social e política das sociedades. revoluções viralizadas como a primavera árabe, publicação irrestrita de segredos de estado – como nos casos Wikileaks e snowden – a influência da web em campanhas políticas e na condução da opinião pública pelo mundo mostram que a internet é definitivamente o novo espaço de poder do século 21.no Brasil, esse processo ficou muito claro a partir das últimas lutas da sociedade organizada, principalmente da juventude. as redes estiveram no centro da mobilização das jornadas de junho de 2013, na campanha pela aprovação do Plano nacional de educação, dos 10% do PiB e dos royalties do petróleo para esse setor, nas lutas pelo estatuto da Juventude. além de passeatas e da pressão das ruas, pesam as tuitadas, postagens no Facebook, fotos no instagram. além da disputa nos espaços convencionais, marcam terreno os comentários online, curtidas e compartilhadas.Por vezes, uma determinada hashtag tem tanta influência quanto uma grande manifestação. Palavras de ordem pela rede são como molotovs capazes de incendiar um debate ou mobilizar a juventude em torno de um tema importante. Por isso, é fundamental que os movimentos populares compreendam a necessidade de travar a disputa virtual com criatividade e inteligência.outra possibilidade valiosa de uso da internet, evidente nos últimos anos, é a transmissão em tempo real de informações por meio de mídias móveis como telefones celulares. iniciativas como a da mídia ninja têm demonstrado que há como criar alternativas de comunicação para além do monopólio dos veículos da chamada grande mídia.uma vitória para o desenvolvimento da rede foi a aprovação do marco civil da internet, pelo congresso nacional, em 2014. Trata-se de um conjunto de normas que determinam as formas de uso da internet, os direitos dos internautas e a função social da rede. entre as garantias do marco civil está a neutralidade, que impede as companhias prestadoras desse serviço de limitar quais conteúdos podem ou não ser acessados pelos cidadãos.Para o movimento estudantil, é importante fortalecer a articulação virtual das entidades, emitir opinião constante na rede e, principalmente, ter a internet como um termômetro permanente dos anseios da juventude. as vozes do Brasil estão sendo postadas e compartilhadas a cada segundo. Vamos acompanhá-las, vamos interagir, vamos somá-las para chegar onde queremos.

Thiago José (foto a enviar)diretor de comunicaçãounião nacional dos estudantes

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UM CONVITE À IMERSÃOBatemos um papo com Patrícia de matos, diretora de cultura da une e coordenadora-geral da 9ª Bienal. a moça ralou pesado para que essa edição do maior festival estudantil da américa latina pudesse acontecer. aqui, ela conta um pouco com foi a seleção de trabalhos e fala das suas expectativas sobre o que os estudantes de todo o Brasil poderão compartilhar ao longo dos seis dias de Bienal.

Qual a avaliação das atividades culturais da Une ao longo desses 16 anos, desde a realização da primeira Bienal?acumulamos muito. iniciamos nosso projeto em 1999, rearticulando as atividades culturais da une após a ditadura militar. a partir daí, discutimos a cultura em movimento que culminou com a fundação do circuito universitário de cultura e arte, o cuca da une, em 2001, uma rede que se estende pela diversidade cultural e territorial do Brasil, colocando em contato estudantes, artistas, produtores culturais, fazedores de cultura, coletivos e periferias. a sensação é que fomos amadurecendo depois desses anos de reflexão em torno da cultura brasileira.

a programação da 9ª Bienal é bem diversa. como é preparada essa programação? o que a produção do evento leva em conta na hora de organizar o festival?é um longo processo de construção conjunta. ela é meio que a impressão da produção artística e cultural universitária, dos movimentos culturais das periferias dos centros urbanos, de artistas e coletivos de cultura. a ideia é que cada atividade da Bienal, da oficina ao sarau, possa colocar todas essas experiências em contato. levamos em conta também o nosso tema, que este ano é #vozesdobrasil e faz uma reflexão sobre a nossa língua e os seus desdobramentos.

Quase dois mil estudantes de todo o país inscreveram os seus trabalhos para a seleção da Bienal. alguns chegaram até aqui. como foi esse processo até a escolha dos que vão ter a oportunidade de se apresentar na 9ª Bienal?o resultado da inscrição de trabalho foi bastante positivo. essa Bienal teve um dos maiores número de inscritos de toda sua história. Foram cerca de 1.600 trabalhos, representando os 27 estados do nosso país. isso garante uma mostra com uma vasta diversidade cultural. o mais importante de se destacar e o que nos deixou bem contentes é constatar que a produção cultural dos estudantes, além de estar efervescente dentro das universidades, mostra também uma qualidade e uma ousadia de temas e propostas muito apurados.

Qual recado você deixaria para todos os estudantes que deixaram as suas cidades e estão chegando aqui no rio?Venham animados e com o coração aberto! essa é a época mais linda do rio de Janeiro e o cenário da cidade com certeza vai propiciar um momento importante e de muita troca. Faço um convite também à imersão! À imersão na cultura brasileira e em tudo que está sendo produzido nas universidades do nosso país. sairemos diferentes dessa Bienal!

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o rio de Janeiro sempre povoou o imaginário popular brasileiro com a maior coleção de ícones nacionais. do corcovado ao Pão de açúcar, passando por ipanema e o Jardim Botânico, a cidade foi, e continua sendo, um dos grandes centros culturais do país. o lugar onde as coisas acontecem, a cidade dos artistas e dos intelectuais. o espaço da boemia ilustrada. não falta na nossa literatura heróis que veem a cidade maravilhosa como a nossa Paris tupiniquim, a cidade luz, somatória de tudo que é bonito e é pra se mostrar.

a relação da une com o rio está em sua essência. a entidade foi fundada aqui, em 11 de agosto de 1937, na casa do estudante do Brasil. durante a eclosão da segunda guerra mundial, os estudantes se transferiram para a antiga sede do clube germânia, na Praia do Flamengo, 132. e é aí que o relacionamento da entidade com a cidade maravilhosa alça voos altos e infindáveis.

o rio viu nascer um dos projetos culturais mais ousados do país, o centro Popular de cultura (cPc da une), em 1962; assistiu indignado ao incêndio da sede da une, em 1964; abrigou a revolta do povo na Passeata dos cem mil, em 1967; e comemorou o renascimento cultural da une, em 2001, com a criação do circuito universitário de cultura e arte, o cuca, durante a 2ª Bienal da entidade.

Já em 2007, o rio presenciou aquilo que seria uma das maiores conquistas do movimento estudantil: a retomada da Praia do Flamengo, 132, após a culturata da 5ª Bienal da une (2007), que se iniciou na lapa. Quatro anos depois, recebeu de braços abertos os estudantes de todo Brasil para discutir um assunto que conhece com maestria: o samba, tema da 7ª Bienal (2011).

agora a une volta para o território da beleza e do caos. Quem consegue esquecer a lapa? onde vem curtir um som o funkeiro do morro da mangueira, mas também vem se perder o menino da província burguesa. madame satã, célebre e temerário malandro homossexual, já dizia em alguns trechos de suas memórias : “amava a minha lapa querida. Parecia que ela estava dentro da minha pele”.

durante seis dias de atividades a lendária Fundição Progresso, patrimônio histórico que já foi uma fábrica de fogão no final do século 19, o lendário circo Voador e o cartão postal dos arcos da lapa serão a nova casa do poder jovem. Toda a diversidade cultural aqui presente estará no quintal de cada estudante que ousar adentrar o mundo fantástico das vozes brasileiras. Quem vem junto?

Lapa , p aL co de tantas h istórias do movimento estudant iL e c u Ltu raL , acoL he a 9 ª B ienaL da une

Mais de 30 mil pessoas assistem ao show de

Martinho da Vila nos Arcos da Lapa durante a 7ª

Bienal da UNE, em 2011

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Croqui desenhado pelo arquiteto Oscar Niemeyer para a reconstrução do prédio da UNE.

Marcha da culturata da retomada do terreno da UNE na 5ª Bienal, em 2007

´O aniVeRSaRiO de UM RetORnOune celebra oito anos da retomada do terreno da sua sede que foi incendiada e demolida pela ditatura militar.

Há exatamente oito anos atrás, no dia 1º de fevereiro de 2007, terminava no rio de Janeiro a 5ª edição da Bienal e começava algo ainda maior para a história do movimento estudantil. a culturata do último dia do festival resultou na ocupação do terreno da Praia do Flamengo, 132, onde funcionou por décadas o prédio da sede da une, incendiado pela ditadura em 1964 e demolido pelos mesmos militares em 1980. o local funcionou então como um estacionamento clandestino e era antiga a vontade de retomá-lo para as mãos de quem nunca devia tê-lo perdido: os estudantes brasileiros.

segundo o presidente da une na época, gustavo Petta, o ato envolveu muita organização dos jovens que estavam ali: “após a demolição do prédio da une, o local ficou sem dono. os posseiros irregulares que invadiram ganhavam muito dinheiro com o espaço, tínhamos informações de que eram ligados ao crime organizado e que havia pessoas armadas”, relembra. esse era o momento que iria materializar um sonho antigo, que começou em 1994, no governo itamar Franco, quando o então presidente devolveu a une a escritura do terreno. Também solidário com a causa, o arquiteto oscar niemeyer presenteou o movimento estudantil com o projeto do novo prédio que está sendo construído no famoso endereço.

o momento da Bienal de 2007 era perfeito para a ocupação. Havia a mobilização de milhares de estudantes de todo o país no rio e a informação de que os posseiros estavam em situação delicada. a culturata daquele dia 1º de fevereiro saiu dos arcos da lapa pela região da glória, catete, até alcançar a Praia do Flamengo. na linha de frente, ex-presidentes da une de diversas gerações, lado a lado. das janelas dos prédios,

a população apoiava o movimento agitando bandeiras ou jogando papel picado pelas janelas. era hora de reparar a história da juventude e do Brasil.

assim que a passeata chegou ao endereço, os estudantes derrubaram o portão e entraram. o clima era de festa e lágrimas: “estávamos, obviamente, emocionados, nos sentindo protagonistas de um momento histórico para o Brasil”, recorda gustavo Petta. a partir daquele momento, os estudantes de diversas regiões do país armaram barracas, organizaram-se e deram início a ocupação que duraria meses. o movimento recebeu apoios diversos de intelectuais, artistas, autoridades e o caso foi para a Justiça, que finalmente retornou a posse para a une.

atualmente, a entidade avança nas obras do seu novo prédio no local. “esse é um lugar mítico, uma referência de valor incontável para qualquer militante do movimento estudantil brasileiro.”, afirma a presidenta da une Vic Barros. a decisão pela realização da 9ª Bienal no rio de Janeiro levou em conta também a aproximação dos estudantes com esse espaço e essa história. “a Bienal de 2015 começa exatamente no aniversário daquela ocupação, trazendo a energia daquela geração de jovens para nos inspirar e motivar nossas lutas e reflexões”, diz a presidenta.

a Bienal terminará no dia 6 de fevereiro com uma culturata para celebrar essa história. a atividade homenageará oscar niemeyer, grande amigo dos estudantes e que doou parte de sua genialidade para que o sonho se realizasse. a culturata começa ao meio dia e contará com a participação carnavalesca da orquestra Voadora (rJ).

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nínive aquino tem 21 anos e cursa letras na universidade regional do cariri (urca). a estudante tirou da estante “grandes sertões: Veredas”, escrito em 1956. a grandiosa obra de guimarães rosa gira em torno do jagunço riobaldo, que tece a história de sua vida em um discurso de descoberta e autoconhecimento revelando o sertão-mundo, revela-se a si próprio.

luis Parras é coordenador de estrutura da Bienal e lenda-viva nos festivais de cultura da une. Parras foi um dos fundadores do cuca, em 2001, e participou de quase todas as edições das Bienais.

a lenda voltou!

Tina Palma é responsável pelo centro cultural da Fundição Progresso. é ela quem faz o elo entre as pessoas que habitam o universo da Fundição e os produtores e coordenadores que estão trabalhando na 9ª Bienal da une.

valeu, tina!

dodô giovanetti é o responsável pela cenografia e direção técnica dos espetáculos. o cara rala o dia inteiro, levantando coisa para cima e para baixo, para a Bienal acontecer nos trinques.

Quebra tudo, dodô!

QUeM e QUeM?´

tO na Lapa

A casa dos 7 sotaquesem um hostel no meio da muvuca da lapa começou a ser gestada, há alguns meses, a 9ª Bienal. Foi ali que sete jovens, de sete lugares diferentes, juntaram-se e formaram a coordenação do festival. minas, Bahia, Brasília, rio, ceará, são Paulo e rio grande do sul se misturaram à diversidade do bairro mais boêmio do país e do suco dessa batida nasceu mais uma edição do festival estudantil. do jeito que gente gosta. Junto e misturado!

ze BOQUinha´ Me Lambe, lambe-mede repente, cidades foram lambidas pela une. os muros não mais eram muros. eram, agora, páginas de um livro ao ar livre cheio de poesia e amor. os responsáveis pelas lambidas mais amorosas dos últimos tempos foram os caras da gráfica Fidalga, uma lendária fábrica de resistência localizada em algum canto de são Paulo. a parceria com a 9ª Bienal rendeu tanto que o pessoal vai estar por aí, lambendo a lapa e tudo o que ela tem de mais gostoso.

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espetaculo de abertura

´17h

Personagem do modernista brasileiro mario de andrade é tema central do espetáculo de

abertura da 9ª Bienal da une; iara rennó é a grande atração.

os 70 anos da morte de mário de andrade são pretexto para celebrar uma das figuras mais emblemáticas do movimento modernista brasileiro. se só a antropofagia nos une, a nova linguagem proposta pelo escritor no início dos anos 1920 se reinventa no espetáculo de abertura da 9ª Bienal, que acontece no lendário circo Voador, dia 1º de fevereiro, dando início a mais um capítulo da historia cultural dos estudantes.

macunaíma, nosso herói tupiniquim, é o elemento central do espetáculo que conta com apresentação musical, instalações cenográficas, intervenções, interpretações cênicas, leituras de trechos modernistas e cortejo. Às 17h, as portas do circo Voador se abrem para o início do show. redes e cachos de bananas, inspirados no mito preguiçoso de nosso anti-herói, estarão espalhados para quem ousar interagir. a instalação dura cerca de 1h e, após o primeiro contato, o público está convidado a se dirigir ao palco principal para participar da segunda parte da apresentação. o cortejo ficará por conta da grande cia brasileira mystérios e novidades.

iara rennó, grande cantora brasileira, conduzirá o show com músicas sobre nosso personagem. enquanto isso, um grupo teatral, dirigido por ricardo Pavão, encenará o nascimento de macunaíma e mario de andrade. sim, nessa mesma ordem, em uma referência ao texto do poeta mano melo: “o criador não manda na criatura. ele só escreve o que já está escrito”.

a memória de mario de andrade será revisitada pelo mestre de cerimônias Pascoal da conceição, que por ironia do destino ao acaso da obra, é parecido fisicamente com o poeta. durante o espetáculo, Virgínia Barros, presidenta da une, dará as boas-vindas a todos os estudantes. Para finalizar o grande dia, uma surpresa vai arrepiar quem gosta de samba e música brasileira.

em entrevista para o TuPiniKim, Pavão explica que a dinâmica do espetáculo não acontece nos padrões convencionais. “este vai ser um espetáculo não-linear. não tem princípio, meio e fim, embora acabe quando termina. Vamos trabalhar as várias narrativas de linguagem em diversos momentos do show. isso demanda interação do público com a obra.”

esse é um projeto da une para todos os estudantes do Brasil. um projeto que tem na alma a generosidade da juventude e a riqueza da cultura nacional-popular brasileira. em um momento em que o teatro brasileiro precisa retomar o seu lugar como tribuna dos grandes temas e das grandes narrativas do país, o espetáculo de abertura da Bienal da une aponta para a necessidade de pensarmos um teatro político, épico, divertido e inteligente, absolutamente necessário para os dias de hoje.

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faceBOOkBruno Tryon Ribeiro

e já começou a roda de conversa sobre o movimento estudantil na Pré Bienal da une.#une #ueesP #uBes #uPes

Mayara Viana

#Bienaldaune #VozesdoBrasil #rJ — com manuela Paes, sula souza, luana Florentino, norberto mesquita Filho, raquel cardoso e germana amaral em Faculdade de arquitetura e urbanismo uFc.

twitteRMiss Atomic Bomb @kayta_Não, eu não vou pra Bienal da UNE. Não me fale porque o psicológico tá abalado.

Bienal da UNE @BienaldaUNECampanha vai pra Bienal, @Kayta_!!

Miss Atomic Bomb @kayta_@BienaldaUNE AI MEU DEUS, AGORA É QUESTÃO DE HONRA. TENHO QUE IR!

DaiaVarotto @daiavarottoBora lá inscrever um trabalho e preparar os badulaques que vem aí mais uma Bienal! #BienaldaUNE

Karol @D3primenteInscrição confirmada na #BienaldaUNE O Rio vai ferveeer!

Turma da UEE-SP em encontro descontraído mandando uma selfie pré-bienal.

Isabela Taylor Rio de Janeiro Um pouco de poesia nesta sexta agradável. Vem fim de semana! #poesia # lambelambe #streatart #GuimaraesRosa #Criolo #RacionaisMC #CaetanoVeloso #ManoelBarros #Noel Rosa

SeLfie dO dia

inStagRaM

Thalita Rodrigues Juazeiro do Norte

#BienalDaUNE #RiodeJaneiro #aUNEsomosnós #vamosquevamos