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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 0 ISSN 2237-8804 Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação de Bauru Relações sociais e o papel da escola 24 a 26 de outubro de 2011

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 0

ISSN 2237-8804

Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação de

Bauru

Relações sociais e o papel da escola

24 a 26 de outubro de 2011

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 1

Edição Prefeitura Municipal de Bauru

Secretaria Municipal da Educação

Diagramação Wagner Antonio Junior Yara Moraes Rapini Zalaf

Revisão

Alessandra Moreira Cavalieri Nivaldo Aranda

Supervisão e apoio

Equipe do Departamento de Planejamento, Projetos e Pesquisas Educacionais

Semana da Educação Municipal e Congresso Municipal de Educação de

Bauru Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal

de Educação de Bauru, 24 a 26 de outubro de 2011, Bauru, SP – Vol. 1, n.1 (2011) – Bauru: Prefeitura Municipal de Bauru, 2011 –

Anual ISSN 2237-8804 1.Educação. I Prefeitura Municipal de Bauru. II Título.

Prefeitura Municipal de Bauru | Secretaria Municipal da Educação Departamento de Planejamento, Projetos e Pesquisas Educacionais

Rua Padre João, 8-48, Altos da Cidade | CEP 17014-500 | Fone 0 55 14 3234-4693 http://www.bauru.sp.gov.br

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 2

Sumário

APRESENTAÇÃO............................................................................................................................................................. 8 COMISSÃO ORGANIZADORA ...................................................................................................................................... 9 COMISSÃO CIENTÍFICA ............................................................................................................................................... 10 PROGRAMAÇÃO .......................................................................................................................................................... 11 EIXOS TEMÁTICOS ........................................................................................................................................................ 14

RESUMOS – PÔSTERES INSTITUCIONAIS

A Importância da Educação Nutricional na Escola Departamento de Alimentação Escolar Ana Carolina Moretto Tanno; Cláudio Márcio Sakata Chiodo; Élidi de C. Martins Consolmagno; Laura Santos Pola ............. 16

Acompanhamento Pós-colocação: efetivando o direito ao trabalho da pessoa com deficiência APAE – Bauru Ana Lúcia Celestino Ferreira; Sílvia dos Santos .............................................................................................................. 17

Adaptação de Materiais para Deficientes Visuais EMEF Prof. “Etelvino Rodrigues Madureira” Rita de Cássia dos Santos Lopes .................................................................................................................................. 18

Ambiente de Aprendizagem e Sala de Recuperação Paralela: alternativas pedagógicas para um ensino de qualidade EMEF “Santa Maria” Anderson de Oliveira Rodrigues; Camila Pilastri Modolo Garcia ....................................................................................... 19

Aprendendo com a Turma da Mônica EMEF Prof. “José Romão” Lenice Silva de Freitas; Sônia Maria de Souza Garofa .................................................................................................... 20

As Histórias Infantis e seu Favorecimento no Desenvolvimento Social EMEII “Mônica Cristina Carvalho” Ezildinha Garrido; Vanessa Mossato ............................................................................................................................. 21

Beleza e Consumismo EMEF NER “Lydia Alexandrina Nava Cury” Irma Munhoz; Ana Beatriz Cardoso Domingues .............................................................................................................. 22

Breve Histórico do Centro Educacional de Jovens e Adultos (CEJA) – Bauru/SP em Comemoração ao Jubileu de Prata CEJA – BAURU/SP Fátima Aparecida Machado dos Santos; Maria Aparecida Couto ...................................................................................... 23

Departamento de Planejamento, Projetos e Pesquisas Educacionais: formação continuada, projetos escolares e o fortalecimento da atuação docente na rede municipal de Bauru Departamento de Planejamento, Projetos e Pesquisas Educacionais – DPPPE/SME Fernanda Carneiro Bechara Fantin; Maria Angélica Savian Yacovenco; Rita de Cássia Bastos Zuquieri; Sirlei Sebastiana Polidoro Campos................................................................................................................................................... 24 Desafios e Conquistas no Processo de Inclusão de um Aluno Autista no Ensino Fundamental EMEF “Thereza Tarzia” Francini Barbosa Crepaldi; Gislaine Marquini Machado ...................................................................................................

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 3

Descobrindo o Mundo das Águas através da Pedagogia Freinet: uma prática ambientalista EMEF NER “Lydia Alexandrina Nava Cury” Creusa Aparecida Lopes Zaganini; Rosângela Lopes Zaganini; Sabrina Morilhas Simões .................................................. 26

Educação para o olhar EMEF “Santa Maria” Rachel Carvalho Magalhães ......................................................................................................................................... 27

Ensino Fundamental do Município de Bauru: trabalhando pela qualidade de ensino Departamento de Ensino Fundamental – DEF/SME Elisabete Aparecida de Oliveira Pereira; Cristiane Meire Oliveira Harada; Denise Martins Pereira; Simone Teresa Teixeira Cassitas ......................................................................................................................................................... 28

Fotografia: um olhar expressando sensibilidade e arte EMEF Prof. “Etelvino Rodrigues Madureira” Ana Maria Quinezi; Elenita Alves Lippe ........................................................................................................................... 29

Gentileza gera Gentileza EMEF “Nacilda de Campos” Anette Mereb Calhau; Roseli Martins Zenaro Soares; Dirla Oliveira Carvalho Jardim ......................................................... 30

Meio Ambiente e Espaços Naturais: brincar e aprender EMEI “Leila Alvarez Cassab” Sueli Fiorelli de Almeida Penteado; Maria Cristina Ribeiro ............................................................................................... 31

Meio Ambiente: conhecer para preservar EMEF Prof.ª “Dirce Boemer Guedes de Azevedo” Natasha Madureira Silva; Ghislaine Teixeira de Macedo; Sandra de Lima Ribeiro dos Santos; Angela Maria Cardozo Parmegiani; Lyvia Maria Fernandes Canho .................................................................................... 32

Mergulhando no Mundo de Alice no País das Maravilhas: no contexto escolar da Educação Infantil EMEI “Rosângela Vieira Martins de Carvalho” Ana Kátia Brasil Castor Modolo; Cristiane Regina Oliva; Cleuza Maria de Andrade Ussunda; Érika Luciana Jacob Navarro; Joana Lúcia Ryal Dias; Lílian Silveira; Maraci Cristina Goulart Dorigo; Noemia Tereza Zaratini de Góes Maciel; Raquel Ventura Cuesta ............................................................................................................ 33

Modelagem e TICs: uma parceria literalmente animada EMEF Prof.ª “Claudete Vecchi” Luciana Apolonio Rodrigues Carneiro; Keila Cristina Armando de Moraes ........................................................................ 34

Oficinas Pedagógicas: um momento de re-criação EMEII “Hubert Hademakers” Cláudia Lopes Pereira de Abreu; Glaysse M. Prata Oliveira Fontes; Kelly Cristina Pedroso Pfeifer; Marisa Meire Gimenez.... 35

Projeto Animais em Extinção EMEII “Maria de Fátima Lima Figueiredo” Fátima Aparecida Machado dos Santos; Mariana Bueno Moraes Carvalho; Ana Claudia de Brito Bigella ............................. 36

Projeto Biblioteca Circulante “Gato Pintado” EMEI Prof.ª “Valéria de Oliveira Asenjo” Denise Aparecida Jacinto Mercado; Maria do Socorro Costa Candido; Alessandra Carla Chies; Elaine Costa Ruiz Leão; Jael Ruiz; Janaina Braz Gomes; Luciane Ubeda Nefersan dos Santos; Daniela de Barros Negrão Grijo ..................... 37

Projeto ECA na Escola: crianças interpretam a lei em exercício da cidadania EMEF “Thereza Tarzia” Alessandra Pimenta; Andréia Fernandes Prado .............................................................................................................. 38

Projeto escola sustentável EMEF Prof. “Geraldo Arone” Equipe da EMEF “Prof. Geraldo Arone” ..........................................................................................................................

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Projeto: “Jardim Sensorial – Jardim das Flores” EMEI “Magdalena Pereira da Silva Martha” Fernanda Aparecida de Souza Corrêa Costa; Vera Lúcia Ribeiro Soares Sabino ...............................................................

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Projeto: “Sebo nas Canelas” EMEI “Magdalena Pereira da Silva Martha” Elaine Pires Ozório; Fernanda Aparecida de Souza Corrêa Costa .................................................................................... 41

Projeto: Quando Brincar é mais que Brincar EMEII “Maria de Fátima Lima Figueiredo” Mariana Bueno Moraes Carvalho; Fátima Aparecida Machado dos Santos; Ana Claudia de Brito Bigella; José Roberto Dalberto Machado .................................................................................................................................... 42

Proposta Pedagógica e Projetos Especiais do Centro Educacional de Jovens e Adultos – CEJA: Bauru/SPCEJA – BAURU/SP Maria Aparecida Couto; Fátima Aparecida Machado dos Santos ...................................................................................... 43

Qualidade na Educação: Projeto Educação sem Fronteiras orientando ações no Ensino Fundamental Departamento de Planejamento, Projetos e Pesquisas Educacionais – DPPPE/SME Prof.ª Dr.ª Marisa Eugênia Melillo Meira; Prof.ª Esp. Alessandra Moreira Cavalieri; Prof.ª Dr.ª Maria Angélica Savian Yacovenco; Prof.ª Esp. Meire Cristina dos Santos Dangió; Prof.ª Ms Rita de Cássia Bastos Zuquieri; Prof.ª Esp. Sara Regina Rossi Felipe; Prof.ª Esp. Solange da Silva Castro ....................................................................... 44

Serviço de Educação Especial do Município de Bauru: atuando a favor da inclusão escolar Divisão de Educação Especial – Departamento de Ensino Fundamental – DEF/SME Márcia Magoga Cabete; Kátia de Abreu Fonseca; Carla Alves .......................................................................................... 45

Snoezelen/MSE: estimulação multissensorial para pessoas com deficiências APAE – Bauru Eder Ricardo da Silva ................................................................................................................................................. 46

RESUMOS – COMUNICAÇÕES ORAIS A (in) Visibilidade dos Maus Tratos na Infância: concepções e posicionamentos dos profissionais da Educação Infantil Raquel Morato do Amaral Costa; Márcia Cristina Argenti Perez ....................................................................................... 48

A Ação Supervisora: compreensão e vivência do processo de formação continuada dos professores na concepção de gestão democrática da educação Camila Pilastri Modolo Garcia ....................................................................................................................................... 49

A Educação como Indutora da Qualificação do Trabalhador: considerações críticas Alexandre Junqueira Prado Gasparotti Nunes; Waldete Aparecida Junqueira Prado Gasparotti Nunes ................................. 50

A Educação Inclusiva na Educação Infantil Ana Maria Aparecida Martins ........................................................................................................................................ 51

A Formação de Educadores Ambientais em Ambiente Virtual de Aprendizagem no Ensino Técnico Carlos Eduardo Gonçalves ............................................................................................................................................ 52

A Importância do Desenho na Educação Infantil Heloisa Helena Lopes Soares; Eliane Aparecida Zulian Delázari ...................................................................................... 53

A Literatura Infantil no Brasil e a Prática do Professor em Formação: desafios e perspectivas Edson Alexandre de Lima ............................................................................................................................................. 54 A Ludicidade como Incentivadora na Alfabetização de Crianças com Dificuldade de Aprendizagem Marli Caberlin ..............................................................................................................................................................

55 A Psicomotricidade como Auxiliadora no Processo de Alfabetização Marli Caberlin; Ana Carolina Corradi ..............................................................................................................................

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 5

Alfabetização Científica, Enfoque CTSA e Ensino de Física: contribuições ao aperfeiçoamento de situações de aprendizagem sobre entropia e degradação de energia Gabriel Augusto Cação Quinato; Danilo Rothberg .............................................................................................................. 57

Apoio-Garantia de Educação Igualitária? Concepções de Alunos com Deficiência sobre sua Escola Jéssica Fernanda Lopes; Vera Lúcia Messias Fialho Capellini ......................................................................................... 58

Arte: a trilha de um novo olhar Heloisa Helena Pita Prado; Maria Cristina de Andrade Silva; Patrícia Guerra Miranda ........................................................ 59

Avaliação do Repertório de Leitura e Escrita em Crianças com Deficiência Auditiva Sandra de Lima Ribeiro dos Santos; Ana Claudia Moreira Almeida-Verdu ......................................................................... 60

Brincadeiras Folclóricas: sua importância na educação infantil Daniela Violim da Silva ................................................................................................................................................. 61

Cantos e Encantos: a Brinquedoteca FAAG – relatos de experiências Eliane Aparecida Zulian Delázari; Edijane Pereira de Lima; Maria Emília Sampietro Kohashikawa; Raquel Aparecida Lira Eugênio ..................................................................................................................................... 62

Contribuições das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) para a Formação Tecnológica dos Professores: a utilização da televisão digital (TVD) pelos professores em formação Roberta Ribeiro Soares Moura Padoan .......................................................................................................................... 63

Corpo e Movimento na Educação Infantil Ana Kátia Brasil Castor Modolo .................................................................................................................................... 64

Desenvolvimento de uma Criança com Síndrome de Down na Escola Convencional: um estudo de caso Amanda Pereira Dippólito ............................................................................................................................................. 65

Duelo de Teorias e/ou Métodos de Alfabetização Fábio Schwarz Soares dos Santos ................................................................................................................................. 66

Educação Física Pré-Escolar: uma necessidade Rafael Nogueira Rodrigues; Luciana Cristina Ferreira; Lucyara Maria Monteiro; Milton Vieira do Prado Junior ...................... 67

Educação para a Mídia: uma experiência com docentes da rede pública em Bauru Lígia Beatriz Carvalho de Almeida ................................................................................................................................ 68

Educação Patrimonial em Jaú: arte e afetividade Guilherme Eduardo Almeida Prado de Castro Valente; Maria Luísa Toledo Pelegrina ........................................................ 69

Ensino Colaborativo na Educação Infantil: novas perspectivas inclusivas Eliane Morais de Jesus Mani ........................................................................................................................................ 70

Ensino de História e Cultura Africana e Afrobrasileira: da lei à formação do pedagogo Emilene de Fátima Oliveira; Edson Fernandes .............................................................................................................. 71

Formação Inicial e Continuada de Professores no Brasil: em busca de metodologias eficientes Fabíola Pereira Soares ................................................................................................................................................ 72

Gestão Escolar: o desafio do interpessoal Ana Carolina Franco dos Santos; Josiane Faxina ............................................................................................................ 73

Imprensa Escolar: elaboração do jornal da história do bairro Jardim da Grama – CEJA – Bauru/SP Maria Aparecida Couto ................................................................................................................................................

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Inclusão Escolar: proposta de atendimento educacional especializado da APAE de Bauru Salete Regiane Monteiro Afonso ....................................................................................................................................

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 6

Informatizando a Educação Matemática: novas perspectivas Daiely Aparecida de Jesus; Graziella Ribeiro Soares Moura ............................................................................................

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Mediações Educacionais: Arte na Escola Prof.ª Maria Luiza Calim de Carvalho Costa; Prof.ª Dr.ª Guiomar Josefina Biondo; Prof.ª Dr.ª Eliane Patricia G. Serrano....... 77

Musicalização e Textualidade: relações estruturais entre a forma-sonata com o texto José Luiz de Oliveira Coutinho; Rosa Maria Manzoni ...................................................................................................... 78

Na Bolsa Amarela, encontramos Monteiro Lobato Miriam Aparecida Ferreira Fernandes ............................................................................................................................ 79

O Conhecimento Matemático de Estudantes dos Ensinos Fundamental e Médio sobre Frações e Decimais: algumas revelações surpreendentes Graziella Ribeiro Soares Moura; Antonio Celso de Mattos ................................................................................................ 80

O Desenho Infantil: um dos elementos da pré-história da linguagem escrita Gislaine Rossler Rodrigues Gobbo; Stela Miller .............................................................................................................. 81

O Discurso Publicitário numa Abordagem Semiótica Maria Cristina Deziró Fernandes ................................................................................................................................... 82

O Ensino usando o Lúdico na Aprendizagem e Materiais Reciclados na Educação Infantil Prof.ª Dr.ª Eliane Mari de Oliveira; Prof.ª Fernanda Torres Dinardi; Prof.ª Débora Cristina Valeze ....................................... 83

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e as Dimensões Associadas à Qualidade da Educação na Escola Pública Municipal Andréia Melanda Chirinéa ............................................................................................................................................ 84

O Jogo e a Brincadeira como Espaço de Inclusão Expressiva da Criança na Educação Infantil Marisa Saccon Vieira; Eliane Gomes-da-Silva ................................................................................................................. 85

Os Fatores que Interferem no Desempenho Escolar Camila Martins Mansano; Maria de Lourdes Pereira Tozin; Gercelley Paccola Minetto ....................................................... 86

Patrimônio Cultural Imaterial: conhecer para valorizar Cristiane Gonçalves Santos Pinto .................................................................................................................................. 87

Pedagogia Histórico-Crítica: contribuições em práticas docentes na Educação Infantil, no ensino de Ciências Rita de Cássia Bastos Zuquieri; Ana Maria Lombardi Daibem ........................................................................................... 88

Planejamento Participativo na Educação Física: analisando uma proposta no Ensino Fundamental Isabella Blanche Gonçalves Brasil; Denise Aparecida Correa .......................................................................................... 89

Práticas de Ensino descritas em um Plano de Alfabetização de Jovens e Adultos com Deficiência Intelectual e Verificação de Desempenho Ana Paula Aporta ......................................................................................................................................................... 90

Professor Coordenador: importante aliado para a formação docente no contexto de trabalho Aline Juliana Oja; Marcia Cristina Argenti Perez ............................................................................................................... 91

Projeto Avó Aprendendo Catarina de Carvalho Teixeira ....................................................................................................................................... 92

Projeto: do Lixo Ao Luxo – Centro Educacional de Jovens e Adultos (CEJA) – Bauru/SP Maria Angélica Saraiva; Fátima Aparecida Machado dos Santos ......................................................................................

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Quando a Matemática é um Problema: a discalculia Prof.ª Cristiane Piovesana; Prof.ª Dr.ª Eliane Mari de Oliveira ..........................................................................................

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Questões sobre a Educação Escolar para os Alunos Surdos no Brasil Alessandra Bueno Ferreira; Celso Socorro Oliveira .........................................................................................................

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Representações e Práticas Educativas da Infância: dando voz às crianças Francini Barbosa Crepaldi ............................................................................................................................................. 96

Tudo Bem Ser Diferente Alexandra Dionisio dos Santos; Thatiane dos Santos Adorno ............................................................................................ 97

Um Estudo sobre a Formação de Professores no uso da Informática Educacional no Ensino Fundamental da Rede Municipal de Bauru Claudia Amorim Francez; Wilson Massashiro Yonezawa ................................................................................................. 98

AGRADECIMENTOS ..................................................................................................................................................... 99

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 8

Apresentação

A construção das relações sociais na escola é marcada por profundas contradições. Dentro deste

complexo e dialético processo, o papel da escola nas sociedades contemporâneas é fundamental para que

possamos compreender seus objetivos, os mecanismos e procedimentos necessários para sua realização.

Assim, a 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação de Bauru, cujo

tema gerador é “Relações sociais e o papel da escola”, tem por objetivo envolver os profissionais da

educação em reflexões e discussões acerca de temáticas articuladas a este processo.

Além disso, essa edição trará, de forma inédita, espaço para apresentação de trabalhos em duas

modalidades: Pôster institucional e Comunicação oral. A finalidade dessa iniciativa é valorizar a produção dos

profissionais, dar visibilidade ao trabalho pedagógico das escolas e fortalecer vínculos com outros

profissionais e práticas.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 9

Comissão Organizadora

Rodrigo Antonio de Agostinho Mendonça Prefeito Municipal de Bauru

Prof.ª Dr.ª Vera Mariza Regino Casério

Secretária Municipal da Educação

Coordenação

Prof.ª Esp. Fernanda Carneiro Bechara Fantin Diretora do Departamento de Planejamento, Projetos e Pesquisas Educacionais

Prof.ª Dr.ª Maria Angélica Savian Yacovenco

Diretora de Divisão de Formação Continuada

Prof.ª Ms. Rita de Cássia Bastos Zuquieri Diretora de Divisão de Projetos e Pesquisas Educacionais

Prof.ª Ms. Sirlei Sebastiana Polidoro Campos

Diretora de Divisão de Coordenação de Áreas

Organização

Prof.ª Esp. Adriana Yara Dantas Canuto Minozzi Prof.ª Esp. Alessandra Moreira Cavalieri Prof. Ms. Carlos Alberto Gomes Barbosa Prof.ª Clélia Maria Lares Pereira Lamônica Prof. Ms. Flávio Ismael da Silva Oliveira

Prof. Ms. Gilberto de Oliveira Prof. Esp. Meire Cristina dos Santos Dangió Prof.ª Regina Conceição do Amaral Santos

Prof.ª Esp. Rita Regina Santos Prof. Esp. Roberto Vergílio Soares Prof.ª Esp. Sara Regina Rossi Felipe Prof.ª Solange da Silva Castro Prof. Esp. Wagner Antonio Junior

Prof.ª Esp. Yaeko Nakadakari Tsuhako Prof.ª Esp. Yara Moraes Rapini Zalaf

Secretária do DPPPE/SME: Maria Lúcia Bueno Toledo Milano

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 10

Comissão Científica Prof.ª Dr.ª Ana Maria de Andrade Caldeira FC/UNESP Bauru

Prof. Dr. Antonio Francisco Marques FC/UNESP Bauru

Prof. Dr. Clodoaldo Meneguello Cardoso FAAC/UNESP Bauru

Prof.ª Dr.ª Daniela Melaré Vieira Barros Universidade Aberta de Lisboa – UAL/PT

Prof.ª Ms. Eveline Ignácio da Silva Universidade do Sagrado Coração – USC Bauru

Prof.ª Dr.ª Fábia Prates de Oliveira FOA/UNESP Araçatuba

Prof. Dr. José Roberto Boettger Giardinetto FC/UNESP Bauru

Prof.ª Dr.ª Juliana Pereira de Araújo Universidade Estadual do Pará - UEPA

Prof.ª Dr.ª Lígia Ebner Melchiori FC/UNESP Bauru

Prof. Dr. Macioniro Celeste Filho FC/UNESP Bauru

Prof.ª Dr.ª Maria do Carmo Monteiro Kobayashi FC/UNESP Bauru

Prof.ª Dr.ª Maria Regina Cavalcante FC/UNESP Bauru

Prof.ª Dr.ª Maria Valéria Barbosa Veríssimo FFC/UNESP Marília

Prof.ª Ms. Mariana Vaitiekunas Pizarro Universidade do Sagrado Coração – USC Bauru

Prof.ª Dr.ª Relma Urel Carbone Carneiro FCLAr/UNESP Araraquara

Prof.ª Dr.ª Tereza Cristina Bruno Andrade FC/UNESP Bauru

Prof.ª Dr.ª Thaís Cristina Rodrigues Tezani FC/UNESP Bauru

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 11

Programação 24 de outubro de 2011 Segunda-feira Abertura oficial da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação de Bauru Local: Centro Cultural "Celina Neves" Apresentação artística: Quarteto Musical de Bauru 18h30min | Local: Teatro Municipal Sessão de Pôsteres Institucionais 18h30min | Local: Biblioteca Apresentação artística: Banda Sinfônica Municipal 19h30min | Local: Teatro Municipal Lançamento oficial da Revista de Educação Homenagens: EMEF “Santa Maria” e EMEF “Nacilda de Campos” 19h45min | Local: Teatro Municipal

Palestra: “Relações sociais e Educação Ambiental” | Rodrigo Antonio de Agostinho Mendonça (Prefeito Municipal de Bauru) 20h | Local: Teatro Municipal

Coffee 21h30min

25 de outubro de 2011 Terça-feira

Oficina: “Expressão corporal” | Prof.ª Elizabete Beneti 8h30min | Local: Teatro Municipal Palestra: “A alimentação antroposófica e os benefícios nas relações sociais” | Prof.ª Luciana Ortega Maniezzi Macre 8h30min | Local: NAPEM - Sala 5 Minicurso: “Os gêneros discursivos à luz da teoria de Mikhail Bakhtin” | Prof.ª Dr.ª Rosa Maria Manzoni (UNESP/Bauru) 8h30min | Local: NAPEM - Sala 2 Oficina: “Dança circular” | Prof.ª Bruna Laselva Hamer 14h | Local: Teatro Municipal Palestra: “Sustentabilidade cooperativa” | Prof.ª Selma Galhardo e Prof. Rogério Contart Colonbeze 14h | Local: NAPEM - Oficina Pedagógica Minicurso: “Libras como facilitadora na inclusão da pessoa surda” | Profª Ms. Denise Lisandra de Souza Carvalho 14h | Local: NAPEM - Sala 2

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 12

Minicurso: “Relações sociais na escola: o sentido do trabalho docente e a relação escola-família” | Supervisão: Prof.ª Dr.ª Marisa Eugênia Melillo Meira - (UNESP/Bauru) | Coordenação: Graduandas de Psicologia da UNESP Módulo 1 | Dia 25/10 | 14h | Local: NAPEM - Sala 2 Módulo 2 | Dia 26/10 | 14h | Local: NAPEM - Sala 2 Palestra: “A exclusão dos ‘incluídos’ uma crítica à medicalização na educação” | Prof.ª Dr.ª Marisa Eugênia Melillo Meira (UNESP/Bauru) 14h | Local: UNESP - Anfiteatro “Adriana Josefa Ferreira Chaves” Sessões de comunicação oral 14h | Local: UNESP Evento exclusivo para alunos das EMEFs: “Grêmio: oportunidades para o futuro” Palestra: “Juventude, participação e cidadania: que papo é esse?” | Rodrigo Antonio de Agostinho Mendonça (Prefeito Municipal de Bauru) 14h | Local: SESC - Auditório Minicurso: “Relações sociais na escola: a dimensão educativa do trabalho da equipe de apoio” | Supervisão Prof.ª Dr.ª Marisa Eugênia Melillo Meira (UNESP/Bauru) | Coordenação: Graduandas de Psicologia da UNESP Módulo 1 | Dia 25/10 | 19h | Local: NAPEM - Sala 2 Módulo 2 | Dia 26/10 | 19h | Local: NAPEM - Sala 2 Apresentação artística: Peça teatral dos alunos da EMEF “José Romão” 19h30min | Local: Teatro Municipal

Mesa-redonda: “Escola e sociedade: perspectivas e interfaces” | Prof.ª Dr.ª Roberta Stangherlim (Instituto “Paulo Freire” / UNINOVE); Prof.ª Dr.ª Juliana M. V. Davini (IP/USP); Prof. Dr. Ilan Brenman (FE/USP) 20h | Local: Teatro Municipal

26 de outubro de 2011 Quarta-feira Palestra: “Neurociências: impactos no processo educacional” | Prof.ª Dr.ª Graziella Ribeiro Soares Moura 8h30min | Local: SESC - Sala de Uso Múltiplo 1 Palestra: “A experiência estética e a educação sensível” | Prof.ª Bruna Laselva Hamer 8h30min | Local: NAPEM - Sala 5 Oficina: “Teatro em sala de aula” | Valsirene Bueno de Castro - Val do Varal (Arte-educadora da Oficina Cultural “Glauco Pinto de Moraes”) 13h30min | Local: Teatro Municipal Palestra: “A alimentação antroposófica e os benefícios nas relações sociais” | Prof.ª Luciana Ortega Maniezzi Macre 14h | Local: NAPEM - Sala 5 Mesa-redonda: “Educação, tecnologias e a teoria dos Estilos de Aprendizagem” | Prof.ª Dr.ª Daniela Melaré Vieira Barros (Universidade Aberta de Lisboa) - via teleconferência; Prof. Dr. Wilson Massashiro Yonezawa (FC/UNESP - Bauru) - presencial. 14h | Local: NAPEM – Oficina Pedagógica

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 13

Evento exclusivo para alunos das EMEFs: “Grêmio: oportunidades para o futuro”

Palestra: “Despertando o olhar” | Prof. Marcelo Herrera Gonçalves 14h | Local: SESC – Auditório

Palestra: “Política e educação: qual a importância do estudante?” | Diego Augusto dos Santos e Alysson Eduardo de Carvalho Aquino (Graduandos em Psicologia pela UNESP-Bauru e membros do CAPSI - Centro Acadêmico de Psicologia da UNESP Bauru) 16h | Local: SESC - Auditório Mesa-redonda: “Bullying: aspectos globais e os diferentes olhares” | Prof.ª Dr.ª Maria Aparecida de Paula Machado (FOB-USP/Bauru); Prof. Mestrando Fausi dos Santos (IESB Prevê) 19h30min | Local: SESC - Sala de Uso Múltiplo 1 Apresentação artística: Coral EducaNção 19h30min | Local: Teatro Municipal Palestra: “Ética nas relações sociais” | Prof. Dr. Roberto Francisco Daniel (Padre Beto) 20h | Local: Teatro Municipal

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 14

Eixos Temáticos

Eixo 1 Política e Gestão Educacional. Eixo 2 Educação Infantil. Eixo 3 Ensino Fundamental. Eixo 4 Educação de Jovens e Adultos. Eixo 5 Educação Especial e Inclusiva. Eixo 6 Educação e Currículo. Eixo 7 Formação de Professores. Eixo 8 Práticas Pedagógicas e Trabalho Docente.

Eixo 9 Tecnologias da Informação e Comunicação.

Eixo 10 Educação e Ludicidade.

Eixo 11 Psicologia da Educação.

Eixo 12 História e Filosofia da Educação.

Eixo 13 Educação, Arte e Movimento.

Eixo 14 Avaliação Educacional.

Eixo 15 Alfabetização e letramento.

Eixo 16 Educação e Direitos Humanos.

Eixo 17 Educação Ambiental.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 15

Resumos

Pôsteres Institucionais

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 16

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NA ESCOLA

Departamento de Alimentação Escolar

Ana Carolina Moretto Tanno Nutricionista graduada pela

Universidade do Sagrado Coração. Pós-graduação em Cuidados Nutricionais do Paciente e do

Desportista – Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP. Atuando na

Alimentação Escolar. [email protected]

Cláudio Márcio Sakata Chiodo

Nutricionista graduado pela Universidade do Sagrado Coração.

Pós-graduação em Nutrição Clínica - Universidade do Sagrado Coração. Pós-graduando em Administração e Qualidade em UAN (Unidades de Alimentação e Nutrição) – Instituto Passo1. Atuando na Alimentação

Escolar. [email protected]

Élidi de C. Martins

Consolmagno Nutricionista graduada pela

Universidade do Sagrado Coração. Atuando na Alimentação Escolar.

[email protected]

Laura Santos Pola Nutricionista graduada pela

Universidade do Sagrado Coração. Pós-graduando em Administração e Qualidade em UAN (Unidades de Alimentação e Nutrição) - Instituto Passo 1. Atuando na Alimentação

Escolar. [email protected]

No período pré-escolar inicia-se o vínculo entre as crianças e os alimentos, sendo ele o responsável pelo início dos hábitos alimentares. O pré-escolar é considerado formador de opinião, pois este transmite aos seus familiares seus novos conhecimentos esperando uma atitude por parte destes. Esta fase é um período decisivo na formação de hábitos alimentares, que tendem a continuar na vida adulta, por isso a importância de estimular o consumo de uma alimentação variada e equilibrada, tendo em vista que a alimentação adequada é essencial para o crescimento adequado da criança. A educação nutricional em escolas é desenvolvida para que as crianças conheçam a importância de uma alimentação saudável de uma forma lúdica e criativa, pode ser definida como processo de ensino, treinamento e facilitação. Sabemos que o desenvolvimento da criança é processo de aprendizagem, vinculado ao amadurecimento do sistema nervoso e aquisição de habilidades motoras, mentais e sociais. A formação dos hábitos alimentares é um processo que se inicia desde o nascimento com as práticas alimentares introduzidas nos primeiros anos de vida pelos pais, primeiros responsáveis pela formação destes hábitos. Posteriormente, vai sendo moldado, tendo como base as preferências individuais. Visando aplicar esses conceitos, a equipe técnica do Departamento de Alimentação Escolar desenvolveu uma palestra que é ministrada aos alunos, professores e familiares sobre alimentação saudável conforme solicitação da Unidade Escolar. Tendo como conteúdo os dez passos para uma alimentação saudável que aborda temas como: número indicado de refeições diárias; consumo diário de frutas, legumes e verduras; arroz e feijão; carnes (frango, peixe, carne vermelha) e ovos; restrição no consumo de óleos, refrigerantes, açúcar, guloseimas e sal; ingestão de líquidos. Torne sua vida mais saudável, mantenha o peso dentro de limites adequados, pratique pelo menos 30 minutos de atividade físi-ca todos os dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo. Palavras-chave: Educação nutricional. Alimentação saudável. Alimentação do pré-escolar.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 17

ACOMPANHAMENTO PÓS-COLOCAÇÃO: EFETIVANDO O DIREITO AO TRABALHO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

APAE – Bauru

Ana Lúcia Celestino Ferreira

Pedagoga da APAE, licenciada pela FAAG/Agudos.

Sílvia dos Santos

Pedagoga / Coordenadora da APAE, licenciada pela

USC/Bauru. Pós-graduada em Gestão de Instituições de Ensino-UNINTER/Bauru.

Analisando o trabalho de encaminhamento profissional da pessoa com deficiência, a APAE de Bauru observou que era necessário o acompanhamento pós-colocação. A partir desta análise, buscou-se viabilizar oportunidades de inserção, de acordo com interesses, habilidades e necessidades individuais, e ainda propiciar condições de sucesso no trabalho para a pessoa com deficiência intelectual, foi criado o Serviço do SEEASP - Serviço de Educação, Encaminhamento, Acompanhamento e Supervisão Profissional. A Equipe do SEEASP analisa o mercado de trabalho na comunidade, promove palestras de sensibilização, encaminha os alunos para atividades laborais em empresas, de acordo com o perfil exigido, e os acompanha integralmente. São encaminhados alunos com deficiência leve, moderada ou múltipla que participaram dos Cursos Profissionalizantes da Apae, para estágios, contrato de aprendizagem e contratações diretas. O acompanhamento é efetivo, desde as entrevistas, treinamentos nas funções, grupos de orientação para o trabalho na instituição e orientações familiares. Às empresas são oferecidas assessorias semanais, quinzenais ou mensais, de acordo com a necessidade e número de contratados, palestras, reuniões de sensibilização, análise de funções, verificação da acessibilidade e indicação dos candidatos. Nas modalidades Estágio e Contrato de Aprendizagem, que complementam a qualificação profissional do aluno e possibilitam sua futura colocação, o acompanhamento é realizado nas atividades da empresa até que o mesmo se adapte. Após o término do estágio e contrato de aprendizagem, por meio da avaliação feita pela APAE e empresa, é indicada ou não a contratação do estagiário e aprendiz. Na contratação direta também é realizado o acompanhamento integral. Com este trabalho muitos são os resultados alcançados, podendo-se destacar a confiança nas potencialidades das pessoas com deficiência, encaminhamentos de alunos com maior comprometimento, abertura de novas oportunidades de emprego, transformações pessoais e profissionais dos alunos, maior aceitação e esclarecimentos de outros funcionários das empresas e da comunidade, extinção gradual do estigma de incapacidade, permanência e promoção dos colocados e surgimento de novos parâmetros para Educação Especial para o Trabalho da pessoa com deficiência. Os resultados mostram que vale a pena trabalhar com esta clientela, e que oportunidade de igualdade é mais que um direito, é um compromisso que devemos assumir na conquista de um mundo mais justo e inclusivo. Palavras-chave: Trabalho. Encaminhamento. Acompanhamento.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 18

ADAPTAÇÃO DE MATERIAIS PARA DEFICIENTES VISUAIS

EMEF Prof. “Etelvino Rodrigues Madureira”

Rita de Cássia dos Santos Lopes

Psicóloga, Pedagoga, com Pós-graduação em Deficiência

Visual. Professora da Educação Especial na rede

Municipal de Ensino de Bauru, na EMEF Prof. “Etelvino R.

Madureira”. [email protected]

A garantia de acesso, da participação e da aprendizagem dos alunos com deficiência nas escolas de ensino comum contribui para construção de uma nova cultura de valorização das diferenças, podendo ser de qualquer natureza. Sendo assim as estratégias de aprendizagem, os procedimentos, o acesso ao conhecimento e a informação, bem como os instrumentos de avaliação devem ser adequados às condições de aprendizagem deste aluno. As atividades escolares que são predominantemente visuais devem ser adaptadas quando o ensino é voltado para o aluno com deficiente visual, podendo ser previamente adaptadas, ou durante a sua realização, por meio de descrição, informação tátil, auditiva, olfativa e de qualquer outra referência que favoreça a delimitação dos cenários ou ambientes, bem como as técnicas específicas (uso do sistema Braille). A organização do espaço da sala de aula é bastante significativa, devendo o professor adotar uma sequência de ações e informar ao aluno cego, para que o mesmo tenha segurança em seus atos. As estratégias apresentadas podem ser observadas por meio do trabalho realizado na EMEF Etelvino Rodrigues Madureira, mais especificamente na turma do 1º A, com uma aluna que possui Deficiência Visual total, que tem como objetivo de reconhecer as letras do alfabeto, escrever com autonomia o próprio nome, evoluir na hipótese de escrita, reconhecer e estabelecer relação entre o número e a quantidade. A aluna tem atingido os objetivos propostos para a sala, devido às adaptações realizadas e vivenciadas. Até o momento os resultados alcançados versam sobre a participação da aluna em todas as atividades propostas para a sala, sem alterações nos conteúdos ou objetivos, por exemplo: a professora ao organizar atividades de leitura, propõe aos alunos a leitura de um livro em tinta, a aluna cega desenvolve a mesma proposta - leitura - com o “livro falado”. O uso de jogos e demais recursos pedagógicos como, por exemplo, o material dourado, cria oportunidades diversificadas daquelas realizadas em caderno ou lousa. As miniaturas também desenvolvem um papel importante na sala de aula, auxiliando na percepção do tema trabalhado a partir do tato. A avaliação é outro aspecto passível de ser adaptada, por exemplo, com questões abertas que poderão ser respondidas oralmente ou em Braille, com caráter diagnóstico e não classificatória, visando observar se após a realização das atividades o aluno em questão atingiu os objetivos pretendidos relacionados com o conteúdo apresentado. Por fim, concluímos que a inclusão escolar de alunos com deficiência ainda apresenta-se como um desafio, porém quando as adaptações necessárias são ofertadas podemos obter resultados expressivos e positivos. Palavras-chave: Adaptação de materiais. Braille. Material dourado.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 19

AMBIENTE DE APRENDIZAGEM E SALA DE RECUPERAÇÃO PARALELA: ALTERNATIVAS PEDAGÓGICAS PARA UM ENSINO DE QUALIDADE

EMEF “Santa Maria”

Anderson de Oliveira Rodrigues

Licenciado em Computação na Universidade Sagrado Coração. Bauru. 2011.

Monitor de informática no município de Bauru- EMEF

Santa Maria [email protected]

Camila Pilastri Modolo

Garcia Licenciada em Pedagogia na

Universidade Estadual Paulista. Bauru. 2007.

Especialista em Administração Escolar – Faculdade São Luis- Jaboticabal 2008. Especialista

em Supervisão Escolar- Faculdade São Luis-

Jaboticabal 2009. Professora do município de Bauru

[email protected]

O objetivo central da escola é propiciar aos alunos o desenvolvimento da compreensão de mundo com a produção e articulação de conhecimentos. A proposta da sala de recuperação paralela é considerar os alunos portadores de conhecimentos que necessitam de estratégias diferenciadas para organizar e potencializar suas aprendizagens. Surgiu assim a parceria com o ambiente de aprendizagem, reconhecendo que as ferramentas tecnológicas oferecem suporte e novas oportunidades ao processo educativo. Focou-se, inicialmente, a parceria no enfoque da leitura e escrita, utilizando ambiente para estabelecer relações entre as atividades escolares e a realidade externa da escola. O ambiente Wiki é organizado para oferecer espaço ao diálogo e interação, legitimando a valorização dos diferentes níveis de aprendizagens por meio de trabalhos colaborativos, que favorecem um contexto de aprendizagem em parceria e auxiliam os alunos a pensarem mais eficientemente, buscando maior autonomia, o que consequentemente, fundamenta e solidifica as relações de aprendizagens. O ambiente Wiki é um agrupamento de páginas web interligado em ambiente de hipertexto com capacidade de armazenamento e modificação de conteúdo, ou seja, um sítio na web, provido de uma base de dados que permite aos navegantes realizar inserções, edições e correções de documentos exclusivamente por meio de um browser (navegador de internet). A filosofia Wiki é proposta neste ambiente virtual como sistema estratégico no desenvolvimento das mais diversas habilidades, entre elas a de escrita e leitura, justificando a importância do sistema Wiki no aprender, enquanto um ambiente de alcance pedagógico e colaborativo. Para este trabalho foi escolhido o Wikispaces, por ser gratuito e de simples manuseio, criado em 2005. Neste sistema, páginas web com recursos avançados podem ser facilmente criadas, permitindo a integração de várias ferramentas da Web 2.0, tais como vídeos, áudios, mapas, slide show, etc. Este trabalho tem demonstrado que a educação atrelada à prática social ressignifica a aprendizagem, tornando-a um processo mais dinâmico, expandindo o conceito de alfabetização além dos limites da simples decodificação para a compreensão do sistema de escrita permeado de função social imediata garantindo sua efetividade. Palavras-chave: Wiki. Educação. Aprendizagem.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 20

APRENDENDO COM A TURMA DA MÔNICA

EMEF Prof. “José Romão”

Lenice Silva de Freitas Pedagoga licenciada com habilitação em Deficiência

Mental e Auditiva pela FAAG/Agudos.

[email protected]

Sônia Maria de Souza Garofa

Pedagoga licenciada pela Faculdade de Filosofia

Ciências e Letras Carlos Queiroz/Santa Cruz do Rio

Pardo. [email protected]

A importância das histórias em quadrinhos inseridas em sala de aula como recurso didático pedagógico são indicados pelos PCNs que podem ser utilizados nas escolas auxiliando àqueles que ainda não sabem ler ou escrever corretamente. As Histórias em quadrinhos surgiram, oficialmente, nos Estados Unidos, em 1895, no Brasil na década de 60 surge um grande cartunista que revolucionou as histórias em quadrinhos Maurício de Souza com a Turma da Mônica. É importante ressaltarmos que as histórias em quadrinhos, bem como as charges, as caricaturas e os cartuns são produtos da cultura de massa, veiculados constantemente dentro e fora da imprensa escrita, tal como jornais, revistas, boletins, e até mesmo na Internet. Por ser um produto dessa mesma cultura, vem dia após dia despertando o interesse e a curiosidade de historiadores, sociólogos, arte - educadores, comunicadores sociais e uma série de outras profissões, que vêem nela uma forma de comunicação bastante relevante para diversas áreas do conhecimento. Os quadrinhos podem ser utilizados na educação como instrumento para a prática educativa, porque neles podemos encontrar elementos composicionais que são bastante úteis como meio de alfabetização e leitura saudável, sem falar na presença de técnicas artísticas como enquadramento, relação entre figura e fundo entre outras, que são importantes nas Artes Visuais e que podem se relacionar perfeitamente com a educação inclusiva, induzindo os alunos que não sabem ler e escrever a aprenderem a ler e escrever a partir de imagens, ou seja, estariam se alfabetizando visualmente. Além do mais, Maurício de Souza já educava por meio das histórias em quadrinhos, criou personagens portadores de deficiências para exercitar a inclusão. Inseriu esses personagens com o intuito de ensinar a turminha muita coisa na área de relacionamento humano, com isso os alunos da sala de recursos além de aprender a ler e escrever utilizando os recursos da imagem e da oralidade das histórias em quadrinhos, com os novos personagens complementam o aprendizado com a questão dos valores, reforçando a sua identidade enquanto portador de necessidades educacionais especiais junto aos demais integrantes da Turma, bem como aos leitores. Acreditamos que com a utilização da história em quadrinhos da Turma da Mônica na sala de recursos, o aluno será capaz de aprender, de se expressar e de desenvolver cada vez mais sua capacidade comunicativa por meio do uso da oralidade e a produção escrita em diferentes contextos, bem como que supere sua dificuldade de atenção e concentração. Palavras-chave: Histórias em quadrinhos. Comunicação. Educação inclusiva. Recurso didático- pedagógico.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 21

AS HISTÓRIAS INFANTIS E SEU FAVORECIMENTO NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL

EMEII “Mônica Cristina Carvalho”

Ezildinha Garrido Professora especialista em

educação infantil da Prefeitura Municipal de Bauru.

Vanessa Mossato

Professora especialista em educação infantil da Prefeitura

Municipal de Bauru. [email protected]

A faixa etária de mini-maternal exige histórias rápidas, com pouco texto, de um enredo simples e vivo, poucos personagens, aproximando-se ao máximo das vivências da criança. Devem ser contadas com muito ritmo e entonação. Nessa fase as crianças apresentam grande interesse por histórias de bichinhos, brinquedos e seres da natureza humanizados. Identificam-se, facilmente, com todos eles. Prendem-se a gravuras grandes e com poucos detalhes, além da música que exerce um grande fascínio sobre elas. A criança acredita que tudo ao seu redor tem vida e vivência, por isso, a história transforma-se em algo real, como se estivesse acontecendo mesmo. Após o período de adaptação as crianças inicialmente brincam sozinhas e aos poucos, porém, rapidamente, passam a brincar em grupos, mas ao final da brincadeira, muitas resistem em ajudar a guardar os brinquedos ficando a professora e alguns amiguinhos organizando os materiais para que seja oferecida uma nova atividade, enquanto isso, não raro surgem as correrias, mordidinhas e choros. Pensando em promover a cooperação e o trabalho coletivo não apenas na hora da organização dos jogos e brinquedos, mas em geral, optamos por utilizar as histórias infantis que abordam de certa forma esse tema, elegendo como história de base para montar um projeto o clássico “A galinha ruiva”, assim, apresentamos a história de diferentes formas (as crianças adoram ouvir,nessa idade,várias vezes a mesma história), utilizando o livro disponível na escola, fantoches que confeccionamos com material reciclado enviado pela famílias, dramatização com máscaras; apresentamos uma galinha ruiva viva (compramos na feira e doamos à uma senhora que se comprometeu a criá-la para produção de ovos num galinheiro espaçoso), cozinhamos ovos e descascamos junto com as crianças para comermos (enfatizamos a importância da alimentação saudável, foi uma festa!), plantamos grãos de milho em jardineiras que montamos com garrafas pets que os pais enviaram para colaborar com o projeto, fizemos trabalho de colagem das cascas dos ovos que descascamos num trabalho de artes, confeccionamos as personagens da história com massinha, os ovos da galinha com argila, a galinha com sua crista utilizando luvas descartáveis e guache, cartazes com caixas de ovos, cantamos e dançamos muito! Principalmente utilizando os famosos cds da Galinha Pintadinha, além de músicas populares como Galinha do vizinho, O pintinho e a galinha, Piu piu piu...Fizemos uma receita com bolo de milho, usando os ingredientes da escola (aproveitamos para enfatizar a importância da higiene das mãos ao se alimentar ou mexer com alimentos), registramos os relatos coletivos formados na roda da conversa. Ao final do projeto, o momento de organização das atividades passou a ser muito prazeroso e mais tranqüilo, surgindo uma nova idéia para que todos pudessem colaborar nas atividades onde apenas uma criança para realizar seria o ideal – o crachá do ajudante do dia – que fazia atividades como: ajudar na hora de carregar o cestinho da turma, dar pequenos recados a outros funcionários, enfim, coisas simples mas que os fazem se sentir muito importantes e cooperativos. Palavras-chave: Histórias infantis. Organização. Cooperação.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 22

BELEZA E CONSUMISMO

EMEF NER “Lydia Alexandrina Nava Cury”

Irma Munhoz Pedagoga e Licenciada em Arte pela UNESP/Bauru. Professora de Arte EMEF

NER Lydia Alexandrina Nava Cury

Ana Beatriz Cardoso

Domingues Pedagoga e Licenciada em

Educação Física pela UNESP/Bauru. Mestre em Ciências da Reabilitação – HRAC/Universidade de São

Paulo. Diretor de Escola Substituto EMEF NER Lydia

Alexandrina Nava Cury

A indústria da beleza está cada vez mais utilizando estratégias para conquistar novos adeptos. Muitas campanhas publicitárias fazem com que as crianças se tornem consumistas de produtos desnecessários ao seu desenvolvimento saudável. Desde pequenas são induzidas a exibirem certos padrões de beleza condizentes aos adolescentes e adultos. A mídia investe em concursos infantis onde estão se tornando cada vez mais comuns a exposição da criança que frequenta salões de beleza desde muito pequena, que veste-se e comporta-se como adolescentes. Por outro lado, os pais se iludem com a “fama” dos filhos e investem em sonhos que nem sempre chegam a um final feliz. Diante dessa realidade foi desenvolvido o projeto “Beleza e Consumismo” que objetivou sensibilizar crianças e adolescentes de 6º ao 9º anos que a valorização de determinados padrões estéticos tem caráter social e ético. Durante as aulas de Arte no primeiro semestre letivo de 2011, foram desenvolvidas questões sobre: a estética e padrões de beleza determinados pela mídia; crianças que apresentam comportamento de adolescentes influenciadas por padrões de consumo; como as campanhas publicitárias incentivam as crianças a exigirem dos pais os produtos que desejam; a indústria da beleza infantil e suas consequências na formação física, intelectual, moral e social da criança; imposição de padrões de beleza que excluem crianças que não se encaixam nos modelos sugeridos pela mídia; distúrbios psíquicos que os consumos em excesso podem causar ao desenvolvimento da criança; erotização da figura infantil. O desenvolvimento contou com a apresentação e leitura de textos sobre a estética e beleza veiculados pela mídia, visualização de obras de arte que demonstram a mudança dos padrões de beleza no decorrer da história da humanidade, reflexões sobre como a publicidade atinge crianças e adultos, análise e interpretação de imagens publicitárias voltadas ao público infantil, releituras de campanhas publicitárias e produtos, seminários sobre a imagem da criança na mídia, dramatização de pequenas cenas sobre consumismo. Concluímos que a abordagem do tema é imprescindível para a formação da cidadania e da sociedade. O consumo é incentivado pela mídia e pelas necessidades relacionais não atendidas. Conscientizar os alunos sobre o apelo publicitário que o faz adquirir bens sem precisar, ou ser escravo da beleza imposta por um grupo de empresários que se aproveita da fragilidade infantil e do adolescente que deseja ser aceito pelo grupo, é dever da escola que procura formar cidadãos conscientes, autônomos, críticos e reflexivos. Palavras-chave: Educação Fundamental. Consumismo. Arte.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 23

BREVE HISTÓRICO DO CENTRO EDUCACIONAL DE JOVENS E ADULTOS (CEJA) – BAURU/SP EM COMEMORAÇÃO AO JUBILEU DE PRATA

CEJA – BAURU/SP

Fátima Aparecida Machado dos Santos Pedagoga licenciada pela Faculdade de Pinhais –

FAPI/Pinhais e Especialista em Gestão Escolar pelo

Centro Universitário de Araras “Dr. Edmundo Ulson” –

UNAR/Araras. [email protected]

Maria Aparecida Couto Pedagoga licenciada pela Faculdade de Pinhais –

FAPI/Pinhais e Especialista em Gestão Escolar pelo

Centro Universitário de Araras “Dr. Edmundo Ulson” –

UNAR/Araras. [email protected].

Este trabalho é resultado das pesquisas desenvolvidas durante a Graduação de Pedagogia e Pós Graduação em Gestão Escolar de duas educadoras da Educação de Jovens e Adultos em Bauru. O tema das pesquisas foi relacionado à unidade escolar, especificamente o histórico do Centro Educacional de Jovens e Adultos (CEJA), a Gestão Escolar Democrática e o Projeto Político Pedagógico. Com estes trabalhos concluídos e com a intenção de homenagear toda a equipe que trabalhou e trabalha na Unidade Escolar, educandos e todos que direta ou indiretamente contribuíram para tornar esta História em uma trajetória a caminho do sucesso é que elaboramos o referido trabalho. A trajetória do CEJA iniciou-se quando a Administração Municipal de Bauru criou em 1984 um serviço municipal de Educação de Jovens e Adultos coordenado por uma equipe de professores, psicólogos e pedagogos. Em 1985 foi criada a Comissão Municipal de Educação de Jovens e Adultos, iniciando-se a implantação das primeiras classes de EJA tendo estagiários como docentes. A Divisão de Educação de Jovens e Adultos foi criada, pela lei municipal nº. 2656 em 25/04/1986 por meio de Convênio com a Fundação Educar, após o fim do MOBRAL, com a finalidade de oferecer acesso à escolaridade, equivalente às quatro primeiras séries do Ensino Fundamental, para todos aqueles que, por razões diversas, não puderam ser atendidos na época oportuna. Em 1998 a Educação de Jovens e Adultos de Bauru passa a ter uma sede própria, com autonomia administrativa, de acordo com a LDBN pelo Decreto Municipal nº. 8477 em 30/03/99. O CEJA é constituído por classes localizadas em diversos bairros da cidade. Sua metodologia é articulada a proposta de Paulo Freire com as demais que existem na educação. Em 2004 foi inaugurada a Unidade II do CEJA, primeiro local que abrigaria classes num espaço próprio. Em 2006 iniciou-se a elaboração coletiva do Projeto Político Pedagógico para melhor auxiliar a prática administrativa e pedagógica. Em 2007 iniciou-se a inauguração dos Polos propiciando espaço adequado aos educandos do CEJA. Em 2009 iniciou-se o trabalho pioneiro, Professor Coordenador Pedagógico. Com base na Pesquisa, observa-se que no decorrer desta trajetória vencer os desafios e adquirir conquistas só se concretizaram a partir da Gestão Democrática que busca uma ação transformadora no cotidiano escolar, promove a divisão de responsabilidades, enriquece o processo de busca coletiva de soluções para os problemas que surgem e em suas relações com a comunidade. A Divisão comemora seus 25 anos e em todo o seu percurso educacional, proporciona oportunidades de escolarização aos educandos jovens, adultos, portadores de necessidades especiais e idosos para praticar a cidadania e interagir ativamente na sociedade. Embora o CEJA, nestes 25 anos, tenha vencido muitos desafios e adquirido conquistas, ainda há muito para realizar, até porque, a Educação é parte do processo de evolução do ser humano. Palavras-chave: Breve histórico. CEJA. Desafios. Conquistas. Jubileu de Prata.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 24

DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO, PROJETOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS: FORMAÇÃO CONTINUADA, PROJETOS ESCOLARES E O FORTALECIMENTO DA ATUAÇÃO DOCENTE NA REDE MUNICIPAL DE BAURU

Departamento de Planejamento, Projetos e Pesquisas Educacionais – DPPPE/SME

Fernanda Carneiro Bechara Fantin

[email protected]

Maria Angélica Savian Yacovenco

Rita de Cássia Bastos Zuquieri

Sirlei Sebastiana Polidoro Campos

O Departamento de Planejamento, Projetos e Pesquisas Educacionais, antigamente denominado Departamento Pedagógico, é responsável, especialmente, pela formação continuada dos profissionais da Rede Municipal de Ensino, por analisar e acompanhar Projetos e Programas a serem desenvolvidos nas Unidades Escolares Municipais e por articular e subsidiar as ações dos demais Departamentos da Secretaria Municipal da Educação de Bauru. Sua estrutura se compõe de três divisões. A primeira, Divisão de Formação Continuada, é responsável pelo desenvolvimento de cursos de formação continuada aos profissionais da Rede Municipal da Educação, por meio da Seção de Operacionalização de Cursos e Eventos. Tais formações ocorrem semestralmente, com eventos pontuais, como a Semana do Planejamento, a Semana da Educação Municipal e o Encontro de Profissionais da área da educação. Dispõe da Seção de Multimeios e Bibliotecas, de Apoio Multidisciplinar, além de responder pelo Núcleo de Aperfeiçoamento Profissional da Educação Municipal – NAPEM. A segunda, Divisão de Coordenação de Áreas, é constituída por profissionais especialistas nas áreas do conhecimento escolar: Língua Portuguesa, História, Geografia, Matemática, Ciências, Educação Física, Artes e Inglês. Os coordenadores de área são responsáveis em promover atividades, tais como cursos, palestras, oficinas etc., que possibilitam a formação continuada dos profissionais da Rede Municipal de Educação. Já a Divisão de Projetos e Pesquisas Educacionais responde pelas ações desenvolvidas nas escolas municipais, dentre as quais destacamos: Projeto Educação sem Fronteiras – PESF; Projeto Segundo Tempo em Bauru; Mais Educação; IDEB baixo, verba PDDE; A Escola Vai ao Teatro; Prevenção e Saúde Bucal; Coral EducaNção; Inclusão Digital – Fundação Telefônica; Orquestra e Banda Municipal (Parceria SMC); Olimpíada Municipal Escolar; Núcleo de Direitos Humanos; PROERD – Resistência as Drogas – em parceria com a Polícia Militar; Projetos de Pesquisa e Extensão Universitária; Projetos Institucionais; Estação Ciência de Bauru. Palavras-chave: Planejamento. Formação continuada. Coordenação de áreas do conhecimento. Projetos e pesquisas educacionais.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 25

DESAFIOS E CONQUISTAS NO PROCESSO DE INCLUSÃO DE UM ALUNO AUTISTA NO ENSINO FUNDAMENTAL

EMEF “Thereza Tarzia”

Francini Barbosa Crepaldi Graduada em Licenciatura Plena em Pedagogia pela

UNESP de Bauru e professora do ensino fundamental da rede

Municipal de Bauru. [email protected]

Gislaine Marquini Machado

Graduada em Licenciatura Plena em Pedagogia pela USC de Bauru com habilitação em

Educação Infantil, Pós Graduada em Educação

Inclusiva pela FACINTER e professora do ensino especial da rede Municipal de Bauru.

[email protected]

Inicialmente o autismo surge como um transtorno emocional, no qual os pais eram considerados incapazes de proporcionar afeto adequado, o que resultava em uma alteração grave no desenvolvimento de indivíduos que possuíam potencial e inteligência para serem normais. Assim acreditava-se que a melhor maneira de ajudar crianças com autismo era estabelecendo laços emocionais saudáveis. Na década de 60, por meio de estudos formulou-se a hipótese de que há alterações cognitivas no indivíduo autista, o que descartou a teoria de que os pais eram os responsáveis por este transtorno. Atualmente o autismo ou o espectro do autismo é considerado como um Transtorno Global do Desenvolvimento, que possui três núcleos de transtorno: 1) qualitativo da relação, 2) alteração da comunicação e da linguagem e 3) falta de flexibilidade mental e comportamental. O indivíduo com autismo além de apresentar um desenvolvimento anormal ou prejudicado na interação social e na comunicação, possui um repertório restrito de atividades e interesses. Este trabalho tem como objetivo relatar o processo de inclusão de um aluno autista no ensino fundamental. No início do ano letivo o aluno ingressou no primeiro ano, em uma escola da rede municipal de Bauru, apresentava comportamentos inadequados como gritar e correr pela sala de aula. Nos primeiros dias de aula a professora especialista desenvolveu as atividades em sala de recursos, com o objetivo de inseri-lo em sala regular gradativamente, no entanto o aluno não respondeu como o esperado, o que a levou desenvolver seu trabalho em sala de aula regular juntamente com a turma. Para a inclusão do aluno várias ações foram desenvolvidas: a preparação da turma por meio de rodas de conversa; a estruturação da rotina da turma na qual são descritas na lousa as atividades diárias, ao aluno autista é oferecida uma rotina visual contendo as mesmas atividades expostas na lousa. O aluno realiza as mesmas atividades acadêmicas do grupo, entretanto são realizadas adaptações e estruturações quando necessárias. O apoio visual é fundamental no processo de alfabetização, mais importante ainda para a criança autista, por isso há constante preocupação em apresentar imagens que transmitam o direcionamento que é fornecido ao grupo de forma oral. Nos momentos de transição como recreio ou saída é solicitado ao grupo que forme filas, inicialmente o aluno autista apresentava certa inquietação e às vezes corria por desconhecer o procedimento de fazer fila, mesmo sendo antecipado oralmente pelas professoras, então foi lhe apresentada uma imagem com crianças em fila, desde então ao sair da sala o aluno faz a fila juntamente com a turma, confirmando assim a importância do apoio visualmente mediado. Assim observamos que, a parceria entre professores do ensino regular e especial, juntamente com a elaboração de estratégias, intervenções e ações práticas inclusivas embasadas em diferentes abordagens específicas para o ensino de alunos com autismo possibilita conquistas no processo de inclusão destes no ensino fundamental, quiçá sua permanência. Palavras-chave: Inclusão. Autismo. Ensino Fundamental.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 26

DESCOBRINDO O MUNDO DAS ÁGUAS ATRAVÉS DA PEDAGOGIA FREINET: UMA PRÁTICA AMBIENTALISTA

EMEF NER “Lydia Alexandrina Nava Cury”

Creusa Aparecida Lopes

Zaganini Pedagoga licenciada pela Universidade do Sagrado

Coração - USC/Bauru. Pós-Graduação em

Piscopedagogia - USC/Bauru. Professora na EMEF Núcleo de Ensino Renovado “Lydia Alexandrina Nava Cury”.

[email protected]

Rosângela Lopes Zaganini

Bióloga formada pela UNESP/Bauru.

[email protected]

Sabrina Morilhas Simões binasimõ[email protected]

Um dos problemas mais discutidos na atualidade é a disponibilidade de água potável para os seres humanos. Até o presente momento, poucos sentiram as conseqüências da falta de água, porém isso tende a se tornar cada vez mais freqüente, devido ao crescimento populacional e sua crescente demanda por recursos. O ciclo da água, é responsável pela renovação da água no planeta, que possui em torno de 1,5 bilhão de quilômetros cúbicos, porém, apenas uma pequena porcentagem está disponível ao uso como água potável. A cidade de Bauru é abastecida pelo Rio Batalha, que nasce na Serra da Jacutinga, no município de Agudos/SP e deságua no Rio Tietê no município de Uru. Este rio tem sofrido durante anos a degradação de sua mata ciliar e manejo inadequado do solo, pela falta de planejamento em suas margens, levando às erosões que influenciam o nível de reservação da captação, principalmente nas épocas de estiagem. A água do Rio Batalha é captada na Estação de Tratamento de Água (ETA), onde passa por processos químicos e físicos tornando-a própria para o consumo. Foi a partir da problemática da falta de água e da necessidade do manejo sustentável desse bem precioso à vida, que surgiu o interesse em realizar a aula passeio na ETA. A aula passeio envolveu três etapas, a primeira: realizada na ETA, com apresentação do vídeo e maquete do local, em seguida realizado um trajeto por toda a estação. Segunda etapa: pausa para reflexão, e um lanche. Terceira etapa: realizada na escola, análise de amostras de água do rio em microscópio para observação de microorganismos sob supervisão de biólogos, e posterior ilustração do que foi observado pelos alunos e exposição dos trabalhos na feira cultural. O caráter significativo ficou explícito na demonstração do conhecimento adquirido na aula passeio, permitindo a realização de uma auto-avaliação, abordando a importância de se aprender na prática, conceitos e valores, que parecem ser complexos na teoria. Portanto evidencia-se que o objetivo da aula passeio pode contribuir para desenvolver habilidades e competências dos alunos, pode-se compreender e refletir as questões emergentes, referente a qualidade da água e sua escassez no planeta e juntos, professora, alunos e as biólogas, poder realizar ações de conscientização e atitudes conservacionistas e preservacionistas, sendo multiplicadores na família e comunidade. O eixo norteador foi de contextualizar através do método natural, o qual favorece a mudança de atitude no aspecto positivo, de ser cidadão consciente, atuante e participativo no meio ambiente. Palavras-chave: Água. Estação de tratamento. Preservação. Manejo sustentável.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 27

EDUCAÇÃO PARA O OLHAR

EMEF “Santa Maria”

Rachel Carvalho Magalhães

Licenciada em Artes Plásticas na Universidade Estadual

Paulista. Bauru. 1989. Mestre em Poéticas Visuais na área de concentração: Projeto Arte e Sociedade na Universidade

Estadual Paulista, Bauru, 1997. Licenciada em Pedagogia no Centro

Universitário Claretiano - Rio Claro, 2007. Especialista em Direito Educacional no Centro Universitário Claretiano - Rio Claro, 2008. Professora do

município de Bauru. [email protected]

A população brasileira, assim como o povo ocidental, como um todo considera a racionalização como um de seus fundamentos mais importantes. Desta forma, o pensar torna-se mais racional, fechado, conciso. A proposta da disciplina de Arte vem para ampliar os horizontes, favorecer o olhar sobre o já existente, apurar os detalhes e elaborar e reelaborar ações de construção permanente e dinâmica, a fim de desenvolver novas possibilidades para o processo intelectual. Transformar significa dar uma nova forma àquilo já realizado. A arte é, por exemplo, uma maneira de despertar o indivíduo para que este dê maior atenção ao seu próprio processo de sentir. Nosso modelo educacional é fundado na construção de um sentido pessoal para a vida, na busca da relação e do diálogo para despojar as respostas já fabricadas; sempre no desenvolvimento de uma consciência estética. Então, durante as aulas de Arte, num trabalho comemorativo ao dia sete de setembro, com as turmas do sexto ano A e oitavo ano A, segundo ciclo do ensino fundamental, foi observada, comentada, explicada a Bandeira Nacional e uma releitura proposta. Papel, lápis, cores, sonhos, ilusões, sentido e sentimentos tomaram posse das nossas atividades e, símbolos pré – estabelecidos, deixaram de ser considerados, e a liberdade tomou o poder e liderança para transformar o símbolo nacional. O resultado foi uma libertação de formas e sentimentos explícitos no suporte (papel) utilizado, que demonstrou o poder da criação estética, explicitando o poder de percepção antes adormecido. Percebeu-se que os alunos apreciaram positivamente suas conquistas, dando novo sentido a obra de arte, não como algo estático, pronto, mas como algo dinâmico, vivo, criativo, e acima de tudo, com sentido. Reitera-se que qualquer criação não envolve só conceitos lógicos, mas principalmente elementos dos sentidos e emoções. Na experiência estética, experimenta-se o objeto no nível dos sentidos sem a mediação conceitual da linguagem. O presente trabalho demonstrou que os alunos são, plenamente, capazes de superar os obstáculos de um olhar fragmentado para um olhar estético mais amplo, participativo, capaz de formular novas respostas, indicar novos caminhos, experimentar outras vertentes, culminando em novos significados, garantindo a autonomia dos alunos em seu processo educativo, tornando-o sujeito de sua aprendizagem. Palavras- chave: Arte. Educação. Liberdade.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 28

ENSINO FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO DE BAURU: TRABALHANDO PELA QUALIDADE DE ENSINO

Departamento de Ensino Fundamental – DEF/SME

Elisabete Aparecida de Oliveira Pereira

[email protected]

Cristiane Meire Oliveira Harada

[email protected]

Denise Martins Pereira [email protected]

Simone Teresa Teixeira

Cassitas [email protected]

O Ensino Fundamental é uma das etapas da educação básica no Brasil. Tem duração de nove anos, sendo a matrícula obrigatória para todas as crianças com idade entre seis e catorze anos. A obrigatoriedade da matrícula nessa faixa etária implica a responsabilidade conjunta: dos pais ou responsáveis, pela matrícula dos filhos; do Estado pela garantia de vaga nas escolas públicas; da sociedade, por fazer valer a própria obrigatoriedade. O Ensino Fundamental prima pelo ensino de qualidade, para isso propõe ações adequadas às necessidades sociais, políticas, econômicas e culturais da comunidade que garantam a todos os alunos a aprendizagem e formação integral. O atendimento é realizado em dezesseis unidades escolares contemplando o Ensino Fundamental I e II, Educação de Jovens e Adultos – Ciclo II, num total de 9031 alunos. As unidades escolares contam com quadra poliesportiva, laboratório de informática, sala de leitura, gibioteca, sala de recursos, aulas de reforço escolar, aulas de Inglês no Ensino Fundamental I e II e Atividade de Trabalho Pedagógico coletiva com a participação de todo o corpo docente. Palavra-chave: Ensino Fundamental. Qualidade de ensino. Obrigatoriedade.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 29

FOTOGRAFIA: UM OLHAR EXPRESSANDO SENSIBILIDADE E ARTE

EMEF Prof. “Etelvino Rodrigues Madureira”

Ana Maria Quinezi Educadora em Arte do Ensino

Fundamental na rede Municipal de Ensino de Bauru, na EMEF “Etelvino Rodrigues

Madureira”. [email protected]

Elenita Alves Lippe

Educadora em Arte do Ensino Fundamental na rede

Municipal de Ensino de Bauru, na EMEF “Etelvino Rodrigues

Madureira”. [email protected]

O Patrimônio Cultural e Histórico deve representar à história e memória de um povo, envolvendo os elementos do meio ambiente, o produto intelectual, a acumulação do conhecimento, do saber, pelo homem no decorrer da história e os bens culturais enquanto produtos concretos do homem. Compreende-se por bem cultural, artefatos, construções, obras de arte, objetos produzidos artesanalmente ou industrialmente pela humanidade, expressando uma época ou até contribuindo para transformações em uma sociedade. Somente acerca de 200 anos a atividade de conservação do patrimônio cultural, enquanto guarda da memória das sociedades, testemunho para gerações futuras, passou a ser considerada uma ciência. Percebendo a importância da atividade de conservação do Patrimônio Cultural, propôs-se para essa tomada de consciência o registro através da fotografia buscando preservar a memória da sociedade, como testemunho para gerações futuras. Existem vários modos de perceber a linguagem da fotografia, impressões pessoais são fortalecidas pelo modo como a fotografia foi composta pelo fotógrafo, mesmo que ele não se tenha dado conta disso quando fotografou, os elementos formais nos provocam sensações e sentimentos. A essência em uma fotografia é o que nos atrai, o que nos toca, nos atravessa. O ato fotográfico como perfeito alinhamento da cabeça, do olho e do coração. A fotografia é uma construção simbólica elaborada, de realidades diversas, com intenções variadas em sua produção e em sua percepção, e que implica um produtor e um leitor inseridos em sua cultura. Ela revela uma realidade aparente e uma realidade interna. O objetivo do projeto foi sensibilizar e despertar no aluno um novo olhar, descobrindo aspectos que passam despercebidos no cotidiano, relevantes à memória e preservação do Patrimônio Cultural e Histórico. Através de uma pesquisa fotográfica realizada pelos alunos no centro de Bauru, buscou-se retratar espaços que fazem parte da história e memória da cidade. A análise das fotografias permitiu constatar o resultado da mesma. A percepção na busca dos detalhes e as significações implícitas trouxeram à tona a relevância da importância da memória e preservação da cultura de um povo. A qualidade das fotografias revelou o compromisso de registrar aquilo que historicamente o aluno julgou ser importante, levando em consideração a perfeita harmonia entre “a cabeça, o olho e o coração”. Palavras-chave: Patrimônio cultural. Fotografia. Memória. Preservação. Leitor/produtor.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 30

GENTILEZA GERA GENTILEZA

EMEF “Nacilda de Campos”

Anette Mereb Calhau Professora especialista em Educação Básica- Ensino

Fundamental 6º ao 9º ano – Língua Portuguesa, lotada na EMEF Nacilda de Campos.

[email protected]

Roseli Martins Zenaro Soares

Professora especialista em Educação Básica- Ensino

Fundamental 6º ao 9º ano – História, lotada na EMEF

Nacilda de Campos. [email protected]

Dirla Oliveira Carvalho

Jardim Professora especialista em Educação Básica- Ensino Fundamental 1º ao 5º ano, lotada na EMEF Nacilda de

Campos. [email protected]

A crise moral e ética que assola a sociedade atual tem reverberado também nas instituições de ensino. As escolas vêm enfrentando graves problemas causados principalmente pelo enfraquecimento dos valores morais e éticos da sociedade, deixando crianças e adolescentes sem referências positivas. Sobressaltam-se os valores de consumo e não os valores morais. É também papel da escola servir como referência de bons valores aos jovens, influenciando-os e incentivando-os a multiplicar este conhecimento, levando para a comunidade os princípios morais aprendidos na escola. Este trabalho foi justificado pela necessidade de exercitar a gentileza e as boas palavras entre os participantes da nossa comunidade escolar, multiplicando-as aos contextos familiar e social e teve como objetivos exemplificar, através do estudo da vida de José Datrino, conhecido como Profeta Gentileza, uma pessoa que se dedicou a espalhar boas palavras para melhorar a vida do próximo, que é possível viver em um mundo mais civilizado e pacífico, também objetivou promover a gentileza no ambiente escolar, familiar e no contexto social onde o aluno vive e entender a expressão musical como forma de engajamento social. Os procedimentos utilizados foram pesquisas sobre o Profeta Gentileza, sua vida e obra, poesias e músicas que falem sobre gentileza; ilustrações de poemas e músicas sobre a temática, que foram expostas num mural; produção de uma encenação teatral baseada no cotidiano da escola, sobre a falta de gentileza que há, algumas vezes, entre os alunos; produção de cartões sobre gentileza, para foram distribuídos entre os alunos e funcionários da escola; produção de cartazes sobre a importância de ser gentil, distribuídos e colocados em toda escola; produção de paródias e de frases sobre paz e gentileza, que foram colocadas num grande mural, ao som da música “Gentileza”, da Marisa Monte. Ao final, balões brancos foram soltos pelos alunos, simbolizando a imensidão de pessoas que podem ser alcançada com boas ações. A observação da participação e envolvimento nas atividades propostas e o acompanhamento e análise do desenvolvimento dos alunos, mediante observação e postura atitudinal foi o recurso avaliativo utilizado. O resultado esperado, que é uma comunidade escolar mais gentil e pacífica, que multiplique essa atitude nos seus lares e no convívio social, ainda está em construção, pois boas atitudes e a gentileza devem ser sempre incentivadas. Concluindo, gentileza gera gentileza. Palavras-chave: Gentileza. Escola. Valores morais.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 31

MEIO AMBIENTE E ESPAÇOS NATURAIS: BRINCAR E APRENDER

EMEI “Leila Alvarez Cassab”

Sueli Fiorelli de Almeida Penteado

Licenciada em História e Pedagogia pela USC/ Bauru.

Professora da Educação Infantil da Rede Municipal de Bauru.

[email protected]

Maria Cristina Ribeiro Pedagoga licenciada pela USC/ Bauru.Professora de Educação Infantil da Rede Municipal de

Bauru.

Desde muito pequenas, através da interação com o meio físico e social no qual vivem, as crianças aprendem sobre o mundo, fazendo perguntas e procurando respostas às suas questões. O ambiente onde as crianças vivem se constitui em um conjunto de elementos naturais e sociais indissociáveis, no qual elas agem curiosas e investigativas. Planejar e organizar a geografia espacial é otimizar o potencial educativo do espaço interno e externo da Unidade Escolar. Este objetivo vem sendo operacionalizado pelas professoras visando o desenvolvimento da dimensão interativa, vivencial, envolvendo a equipe escolar em prol das questões e ações educativas ambientais. De acordo com a Constituição Federal, no artigo 225, “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. As crianças na faixa de um ano e oito meses até três anos vivenciam experiências novas e concretas, operam num contexto de conceitos, valores, ideias, objetivos concretos e representações sobre os mais diversos temas a que tem acesso na sua vida cotidiana, construindo um conjunto de conhecimentos espontâneos sobre o mundo que as cerca. Neste sentido, com o intuito de desafiar a interação com o meio ambiente escolar rico e propício para o desenvolvimento global das crianças, em contato constante com a flora – horta, pomar e jardins didáticos– e a fauna urbana. Trata-se de um lugar repleto de sons da natureza, cores de flores, folhas, terra, água, cheiros, texturas, sabores, espaços para correr, brincar, aprender, divertir-se e crescer. Desta forma estamos apresentando conhecimentos, caminhando literalmente do saber espontâneo ao saber científico. As práticas pedagógicas focalizam situações nas quais os alunos utilizam fontes de informação familiares, da biblioteca, da brinquedoteca, e de fontes vivas. Também são planejadas rotinas escolares que incluem o passeio e a participação dos alunos desde os momentos de plantio, até a colheita, como por exemplo: amora, banana, abacate, pitanga, fruta do conde, entre outros. Assim, compreendemos que o espaço externo é sala de aula, pois oferece aos pequenos o conhecimento do mundo, a formação pessoal e social. A escola é um dos espaços cotidianos que a criança mais participa, partindo desse pressuposto é muito relevante o processo de autoconhecimento da sua própria escola, de como é organizada, desenvolvida, suas funções e atividades recorrentes. Assim, este será o ponto de partida para possibilitar que o aluno conheça e reflita, posteriormente, sobre o mundo global, e sobre toda a universalidade que o rodeia, além das fronteiras escolares. Palavras-chave: Meio ambiente. Educação Infantil. Espaços escolares naturais.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 32

MEIO AMBIENTE: CONHECER PARA PRESERVAR

EMEF Prof.ª “Dirce Boemer Guedes de Azevedo” Natasha Madureira Silva

natashamad@hotmail

Ghislaine Teixeira de Macedo

[email protected]

Sandra de Lima Ribeiro dos Santos

[email protected]

Angela Maria Cardozo Parmegiani

[email protected]

Lyvia Maria Fernandes Canho

[email protected]

Este projeto é resultado do trabalho e esforço da equipe docente e de apoio da EMEF Dirce Boemer Guedes de Azevedo em trabalhar com o tema meio ambiente. Ao iniciarmos o ano letivo de 2011, notou-se a importância do trabalho intenso com o tema devido as condições do entorno da escola, percebidas pelos professores e relatadas pelos alunos. A possibilidade de incluir no conteúdo programático das séries iniciais-1º ao 5º ano- a discussão sobre educação ambiental abre a possibilidade de iniciar processo participativo, onde o educando assume o papel de elemento central do processo. Ressaltou-se no decorrer do projeto o papel da escola como espaço social e local onde o aluno dará sequência ao seu processo de socialização, assim sendo, comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis. Buscou-se fazer com que os conteúdos ambientais permeassem todas as disciplinas do currículo e fazer com que estes fossem contextualizados na realidade da comunidade. Com o objetivo de fazer com que o aluno se perceba agente de transformação do mundo em que vive o maior enfoque foi dado na formação de novos hábitos em relação a utilização dos recursos naturais e da sustentabilidade. Para tanto, refletir sobre problemas incidentes na comunidade como a questão do lixo e as conseqüências do seu acúmulo para saúde, assim como, as possibilidades de reciclagem, alternativas para melhorar a arborização no interior e entorno da escola, estão entre os temas divididos em: água-poluição, preservação, uso consciente, energia elétrica e higiene pessoal/saúde. Solo- poluição, desmatamento, reflorestamento, alimentação/agrotóxicos. Ar- poluição e queimadas. Lixo: diferentes tipos de lixo, modelos diferentes de aterros. Animais: extinção/preservação, animais domésticos/ silvestres. Outros tipos de poluição- sonora, visual, industrial. A metodologia utilizada para execução do projeto teve a preocupação de aproximar-se da realidade vivida pelos educandos sem, no entanto, restringir-se a ela. Passeios em locais como a Estação de tratamento de água, Duratex e aterro sanitário foram feitos com as classes, além de palestras, exibição de documentários, peças educativas, criação de livro de receitas alternativas, oficina com sucatas transformadas em objetos úteis, entre outras. A avaliação do projeto ocorre bimestralmente e a avaliação final ocorrerá no final do ano letivo. Esperamos poder detectar relativa mudança no comportamento dos alunos em relação à preservação, exercício da cidadania consciente, solidariedade e cooperação. Palavras-chave: Meio ambiente. Saúde. Preservação. Recursos naturais. Sustentabilidade.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 33

MERGULHANDO NO MUNDO DE ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS: NO CONTEXTO ESCOLAR DA EDUCAÇÃO INFANTIL

EMEI “Rosângela Vieira Martins de Carvalho”

Ana Kátia Brasil Castor Modolo

[email protected]

Cristiane Regina Oliva

Cleuza Maria de Andrade Ussunda

Érika Luciana Jacob

Navarro

Joana Lúcia Ryal Dias

Lílian Silveira

Maraci Cristina Goulart Dorigo

Noemia Tereza Zaratini

de Góes Maciel

Raquel Ventura Cuesta

Apresentamos neste trabalho o conhecimento construído focando a literatura infantil, realizado com crianças de 2 a 5 anos no ano de 2010, na EMEI. “Rosângela Vieira Martins de Carvalho”, localizada no Parque Camélias, na cidade de Bauru, tendo o Ensino da Arte o elemento norteador do conhecimento significativo de uma maneira prazerosa e envolvente, sendo o aluno o protagonista do saber, a história Alice no país das maravilhas foi o eixo gerador não apenas para ampliar o repertório cultural das crianças, desenvolvendo a apreciação, mas para transmitir conceitos nas diversas áreas do conhecimento de modo a iniciar o processo de experimentação e pesquisa em busca de outros procedimentos e atitudes em relação à vida. Foi o Ensino da Arte o condutor na construção do conhecimento fazendo conexões com outras áreas e linguagens. Assim proporcionamos por meio de atividades lúdicas, experiências e vivências a construção dos saberes abordando diversos conteúdos relacionando com história da Alice e o contexto da criança. A Roda da conversa foi um momento especial, pois as crianças puderam dialogar, despertando o interesse das mesmas para observarem as imagens, entenderem o contexto da história, seu espaço e tempo analisarem os personagens, seus gestos e expressões, incentivando a se expressarem corporalmente e construírem seus desenhos dentro do contexto atual comparando-os com aqueles observados nas imagens do livro. No jogo simbólico sendo a criança um ser brincante, buscamos mergulhar no imaginário infantil dando forma e movimento a história. A escola virou o País das Maravilhas, a professora com as orelhas do coelho e um relógio iniciou o jogo simbólico, partindo do verbal usando a seguinte frase: “estamos atrasados!” (fala do coelho da história). Por meio desses símbolos: orelhas, relógio e a palavra, os alunos viajaram pelo imaginário. Pois é através da imaginação que os símbolos são traduzidos num significado direto e integrado. Dessa forma o aluno oferece elementos para verificar seu desenvolvimento cognitivo e foi por meio do jogo que os alunos foram apropriando dos saberes colocando-se no lugar dos personagens, vivenciando situações relacionadas com a história e construindo novos saberes. Foi assim, respeitando a natureza espontânea da criança que é energia e movimento, aproximamos do texto imagético, verbal, musical, cinematográfico e teatral possibilitando a criança conhecer e criar experiências estéticas com o texto literário da Alice no país das maravilhas, fazendo relações significativas e apropriando-se das linguagens. Desse modo, teorizando percebemos todo este processo dinâmico do desenvolvimento da criança, que é movimento, que tem uma história, que interage com o meio social, que é provocado nas intervenções e mediações. Nesta dinâmica estamos em constantes transformações na construção dos saberes histórico desenvolvendo-se a cada movimento. Palavras-chave: Educação infantil. Linguagem da arte. Jogo simbólico. Vivências. Conhecimento.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 34

MODELAGEM E TICs: UMA PARCERIA LITERALMENTE ANIMADA

EMEF Prof.ª “Claudete Vecchi”

Luciana Apolonio Rodrigues Carneiro

Pedagoga. Professora do Ensino Fundamental da Rede

Municipal de Bauru. [email protected]

Keila Cristina Armando

de Moraes Pedagoga. Professora do

Ensino Fundamental da Rede Municipal de Bauru.

[email protected]

Segundo dados estatísticos, o Brasil ocupou a 53º posição no ranking do exame feito pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), que avaliou em 2009 o conhecimento de 470 mil estudantes em leitura, ciências e matemática de 65 países. Leitura foi a área que teve maior ênfase e os estudantes da escola pública não alcançaram resultados tão desejáveis. A escola pública, preocupada em oferecer maior qualidade no ensino, tem buscado nos últimos anos melhorias em suas condições, desde a formação continuada à estrutura física e material. Projetos didáticos são práticas incentivadas e frequentes, bem como a implantação e utilização da Informática Educacional, que permite aliar as experiências pedagógicas em ambientes diferenciados. As experiências de leitura no plano virtual geralmente são caracterizadas pela presença de sonoridade e efeitos visuais que provocam, atraem e contagiam seu público, principalmente as crianças, permitindo uma situação convidativa à adoção de hábito e/ou gosto pela leitura. As Histórias em Quadrinhos (HQs) além da popularidade e da forte presença da imagem são consagradas com facilidade pelo público estudantil e permite parcerias com as TICs em diversas situações pedagógicas. Entre as inúmeras opções existentes do mercado, a Turma da Mônica, personagens criados por Mauricio de Sousa, configuram-se na escola como um instrumento educativo, que mediado por ações teóricas e práticas e unido aos aspectos ambiental, moral, corporal, musical, cultural em especial o literário, tornam-se um importante meio de disseminação de leitura. As HQs são uma espécie de ponte entre as áreas de conhecimento: Arte e Literatura. Para alimentar essa união, agrega-se neste trabalho a Tecnologia. Seus recursos vão desde a projeção à criação. A aglutinação dos benefícios das HQs, da ludicidade das massas de modelar e das TICs possibilitou a animação de modelagem – produto final do Projeto Lendo Quadrinhos, cuja intenção foi ler sem dominar a leitura convencional. O uso da câmera fotográfica digital, a preparação do áudio com o programa Audacity e a organização desses elementos no Windows Movie Maker, permitiu a dinâmica do trabalho denominado Cinegibi, versão 1° anos. Nesse processo de confecção da animação da modelagem os alunos demonstraram interesse pelas HQs e durante as etapas de produção manifestaram satisfação e ansiedade para a visualização do produto final. No entanto, vale ressaltar que com as situações de leitura oportunizadas durante o projeto obtiveram-se excelentes resultados, tais como o aumento do interesse pelos gibis e a aquisição frequente deles, conforme depoimentos de responsáveis durante a avaliação do projeto. Também foi utilizado como divulgação dessa experiência, o espaço virtual do site Youtube, sendo assim mais um canal de comunicação e expressão dos alunos, familiares e comunidade sobre os benefícios e experiências com a leitura, modelagem e as TICs. Palavras-chave: Leitura. História em quadrinhos. Tecnologia.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 35

OFICINAS PEDAGÓGICAS: UM MOMENTO DE RE-CRIAÇÃO

EMEII “Hubert Hademakers”

Cláudia Lopes Pereira de Abreu

Pedagoga licenciada pela UNESP/Marília.

[email protected]

Glaysse M. Prata Oliveira Fontes Pedagoga licenciada pela Universidade do Sagrado Coração (USC)/ Bauru.

[email protected]

Kelly Cristina Pedroso Pfeifer

Pedagoga licenciada pela Universidade do Sagrado Coração (USC)/ Bauru.

[email protected]

Marisa Meire Gimenez

Pedagoga licenciada pela UNINOVE/ Bauru; Letras pela

IMES/São Manuel. [email protected]

A creche tem como objetivo ser um ambiente estimulador a fim de contribuir para o desenvolvimento pleno da criança, proporcionando momentos lúdicos, socialização e autonomia, contribuindo para a perda do egocentrismo por meio das interações entre as crianças. Atualmente o trabalho desenvolvido nas creches é realizado por profissionais formados e capacitados para lecionar na educação infantil, tendo em vista a compreensão do desenvolvimento da criança como ser dotado de capacidades que precisam ser estimuladas através de várias metodologias de ensino desde a mais tenra idade. A creche hoje possui além dos professores especialistas em educação, uma proposta pedagógica que visa direcionar o trabalho do corpo docente, relacionada com os conteúdos de língua portuguesa oral e escrita, matemática, natureza e sociedade, música e movimento, artes, identidade e autonomia, além de um espaço físico adequado para o desenvolvimento de tais conteúdos. Trabalhos em grupos devem ser incentivados de forma que condições sejam dadas para que os alunos mais experientes funcionem como mediadores para os alunos mais novos. A EMEII Hubert Hademakers, sendo uma instituição de ensino que atende crianças em período integral, criou as oficinas pedagógicas, um projeto inovador na rede municipal de Bauru, que oferece atividades diferenciadas, utilizando estratégias lúdicas no desenvolvimento dos conteúdos pedagógicos. As oficinas possibilitam a convivência de crianças de diferentes idades, permitindo que aprendam e desenvolvam-se entre si, evidenciando o respeito mútuo e a solidariedade. Tornar o espaço agradável e possibilitar a independência e autonomia das crianças é fundamental para o desenvolvimento dos mesmos. Participam das oficinas todas as turmas: Maternal I, Maternal II, Jardim I e Jardim II. A turma do Maternal I iniciou sua participação no segundo semestre deste ano, devido a melhor adaptação e amadurecimento. As crianças são divididas de forma a integrar as turmas (com exceção do Maternal I, que permanece com a professora), possibilitando a convivência entre as diferentes idades e suas especificidades. Os temas são propostos de acordo com as necessidades do grupo ou baseado em datas comemorativas e temas atuais. Portanto, em sua dinâmica as oficinas são planejadas semanalmente. Palavras-chave: Educação Infantil. Oficinas pedagógicas. Autonomia.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 36

PROJETO ANIMAIS EM EXTINÇÃO

EMEII “Maria de Fátima Lima Figueiredo” Fátima Aparecida Machado

dos Santos Pedagoga licenciada pela Faculdades de Pinhais –

FAPI/Pinhais e Especialistas em Gestão Escolar pelo Centro Universitário de Araras “ Dr.

Edmundo Ulson” – UNAR/Araras.

[email protected]

Mariana Bueno Moraes Carvalho

Pedagoga licenciada pela Faculdade Carlos

Queiroz,Especialista em Gestão pela FALC.

[email protected]

Ana Claudia de Brito Bigella

Cursando Pedagogia /Faculdade Anhanguera/Bauru

A Constituição de 1988, Capítulo VI do Meio Ambiente Art. 225 § 1º VII relata sobre proteção a fauna, a flora e com aquecimento global que prejudica toda a biodiversidade do Planeta Terra norteou – nos na elaboração deste projeto para a sensibilização da preservação da fauna e da flora partindo do pressuposto da afinidade que as crianças têm com os animais, escolheu-se os animais em extinção tema muito pertinente. Com este projeto não queríamos só representar um tema pertinente, queríamos um suporte impactante ou um fio condutor que levassem as crianças a participarem realmente do projeto apropriando-se de conhecimentos com significados, que partisse de uma indagação da realidade, relacionando e estabelecendo múltiplas relações, ampliando suas idéias sobre um assunto específico, buscando complementações com conhecimentos pertinentes. Desejávamos também sensibilizar nas crianças a consciência de preservação dos animais, não somente dos que já estão em extinção, mas também daqueles que nos cercam, além do meio em que vivem, os quais estão ligados intrinsecamente a nossa sobrevivência, integrando o tema com a leitura de imagem dentro da Arte. E este aprendizado servindo de referência para outras situações, permitindo generalizações de ordens diversas. Nossos projetos são interdisciplinares, por isso buscamos na Arte e nas linguagens suporte para que os objetivos fossem alcançados, portanto, enfocamos as Obras de Arte, sendo que no âmbito de Conhecimento de Mundo do RCNEI trata-se à “construção das diferentes linguagens pelas crianças e às relações que estabelecem com os objetos de conhecimento, trazendo uma ênfase na relação das crianças com alguns aspectos da cultura, e esta ideia de cultura transcende o domínio progressivo das diferentes linguagens que favorecem a expressão e comunicação de sentimentos, emoções e idéias das crianças, propiciam a interação com os outros e facilitam a mediação com a cultura e os conhecimentos constituídos”. A metodologia utilizada foi elaboração das aulas de acordo com o cronograma do projeto sempre a procura de obras pertinentes a temática, optou-se primeiramente pelas obras de Cândido Portinari (Fauna e Arara); em seguida a escolha do animal símbolo das turmas, pesquisas em diferentes fontes; leitura de imagens; relação das obras de artes com a temática; exploração de textos e poesias, figuras e filmes para a identificação dos animais; confecção de cartazes representativos e informativos para a comunidade; conversas, levantamento de hipóteses e confronto de idéias; registros fotográficos, escritos e desenhos livres sem intervenção; exibição de vídeo; computador; produção de livros, bilhetes, cartões; exposições de fotos e cartazes; dinâmicas de grupo; aula passeio; confecção e socialização dos trabalhos artísticos e instalação; exposição dos trabalhos para a comunidade. Este projeto teve como produto final a valorização das crianças por todo e qualquer animal se dando conta de que os animais estão em extinção e por isso a necessidade de preservação da fauna, sendo agentes multiplicadores na comunidade e também uma exposição com as produções para a comunidade na reinauguração da unidade escolar. Palavras-chave: Preservar. Animais em extinção. Crianças.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 37

PROJETO BIBLIOTECA CIRCULANTE “GATO PINTADO”

EMEI Prof.ª “Valéria de Oliveira Asenjo” Denise Aparecida Jacinto

Mercado [email protected]

Maria do Socorro Costa

Candido [email protected]

Alessandra Carla Chies

[email protected]

Elaine Costa Ruiz Leão [email protected]

Jael Ruiz

[email protected]

Janaina Braz Gomes [email protected]

Luciane Ubeda Nefersan

dos Santos [email protected]

Daniela de Barros Negrão

Grijo daninegrã[email protected]

Todo início de ano letivo, desde o ano de 2007, iniciamos o Projeto da Biblioteca Circulante “Gato Pintado”, com a Semana Literária. A ideia desse projeto surgiu quando o grupo docente da unidade escolar sentiu a necessidade de incentivar ainda mais, desde cedo o prazer pela leitura nas crianças que não possuem tanto contato com livros e com a leitura propriamente dita na família, assim como o respeito e cuidado com esse tipo de material. Tendo em vista que a Literatura Infantil é de fundamental importância no trabalho com crianças, pois valoriza a fantasia, o lúdico e a expressão dos sentimentos. Sabe-se que a relação com o livro antes da criança aprender a ler a auxilia a torná-lo significativo como um objeto que proporciona satisfação. Isto acontece porque ao manusear, olhar, alisar o livro e brincar com suas folhas e gravuras, a criança sente um prazer similar ao proporcionado por um brinquedo. Esse projeto tem como objetivo, desenvolver o comportamento leitor e o hábito da leitura nas crianças; estimular a autonomia na escolha de livros; desenvolver oralidade, sequência de ideias, imaginação e criatividade, além de possibilitar à criança acesso ao mundo letrado, selecionando acervo de livros de qualidade adequado a cada faixa etária. Sendo assim, na Semana em que se inicia o Projeto Literário, acontece uma festa na escola. Contando com a participação de Pais, Funcionários, Professores e Direção, são elaboradas atividades que envolvem as crianças e a comunidade escolar a mergulhar na fantasia da leitura, sempre com um tema diferente todos os anos. Na Semana Literária, são realizadas atividades atrativas para as crianças e famílias como: palestras diversas com escritores; oficinas culturais; reconto de histórias com professoras e convidados; visita do “Livrinho Falante”; passeio à Feira do Livro, sarau literário e exposição dos trabalhos realizados pelas crianças. O Projeto da Biblioteca Circulante é desenvolvido durante todo o ano letivo com as crianças, contando com a participação das famílias e de mães voluntárias que cuidam da organização da Biblioteca “Gato Pintado”, assim como da retirada e entrega de livros escolhidos pelas crianças. Livros estes que são levados pra casa e devolvidos no dia seguinte. Atividades que envolvem leitura são trabalhadas diariamente com as crianças, além da “Hora do Conto” que acontece uma vez por semana em um momento coletivo, em que cada semana uma professora fica responsável em organizar e contar histórias de um jeito diferente. Nosso projeto é um sucesso anos após ano, as famílias são bastante envolvidas e as crianças se interessam muito por todas as atividades relacionadas à leitura, além da conservação e o respeito aos livros tanto da parte das crianças como da família. Palavras-chave: Leitura. Literatura infantil. Biblioteca circulante.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 38

PROJETO ECA NA ESCOLA: CRIANÇAS INTERPRETAM A LEI EM EXERCÍCIO DA CIDADANIA

EMEF “Thereza Tarzia”

Alessandra Pimenta Licenciatura plena em

Pedagogia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras

“Carlos Queiroz” - Santa Cruz do Rio Pardo. 2001.

Professora do município de Bauru.

[email protected]

Andréia Fernandes Prado Licenciatura plena em

Pedagogia pela Universidade Paulista- UNIP- Bauru. 2006. Professora do município de

Bauru. [email protected]

Desde os tempos mais remotos fala-se em democracia, e mesmo hoje, inseridos num mundo globalizado e com grandes avanços tecnológicos, notamos que em nossa comunidade muito se tem a fazer para se consolidar a democracia e a prática da cidadania. Sendo a formação do cidadão o objetivo fundamental da educação, devemos direcionar e planejar nosso trabalho para este fim. Analisar os problemas sociais, refletir sobre suas soluções, conhecer os direitos e deveres legais do cidadão são práticas que devem ser desenvolvidas no ambiente escolar. A compreensão da cidadania como participação social e política e como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, elevando a dignidade humana adotando, no dia a dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito. O presente projeto teve por objetivo identificar no Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA os direitos garantidos à criança, ressaltando a importância do papel da escola na formação do cidadão; reconhecer os principais problemas sociais próximos de sua realidade, que dificultam o exercício da cidadania, buscando alternativas que possam saná-los; reconhecer-se enquanto sujeito histórico, inserido em uma sociedade regrada com direitos e deveres, buscando no ECA um amparo legal para o exercício da cidadania; conhecer programas institucionais que garantem educação, cultura, esporte e lazer, às crianças em grupo de riscos, contribuindo para erradicação do trabalho infantil; divulgar o trabalho realizado para ressaltar a importância desses programas em combate à exploração do trabalho infantil, à violência e as drogas.O projeto se desenvolveu através de pesquisas sobre o que era o ECA e as formas de trabalho infantil, estudos dos artigos do ECA (artigos do número 53 a 67) e discussões em sala sobre os aspectos mais relevantes, leitura do Jornal da Cidade, suplemento das crianças dos artigos trabalhados, representação do ECA em cartazes e elaboração em PowerPoint (pelos alunos) com apresentação para a comunidade escolar e a entidade parceira- PET BEIJA FLOR- Projeto Fundação Telefônica. Palavras-chave: Trabalho infantil. Educação. Cidadania

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 39

PROJETO ESCOLA SUSTENTÁVEL

EMEF Prof. “Geraldo Arone”

Equipe da EMEF “Prof. Geraldo Arone”

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Segundo o site da WWF Brasil sustentabilidade é “o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, garantindo a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro”. De acordo com essa definição, fica claro que a sustentabilidade é um tema atual, amplo e dinâmico que necessita um estudo aprofundado para conhecer e identificar possibilidades de mudanças em nossa sociedade. Assim, acreditamos que temas como, meio ambiente, higiene pessoal, alimentação adequada e exercícios físicos são fundamentais na criação de hábitos saudáveis e capazes de repercutirem em qualidade de vida, bem estar e sustentabilidade do meio ambiente, utilizando de forma adequada os recursos naturais. O mundo caminha em busca de soluções de problemas para o meio ambiente e a utilização consciente de recursos é o caminho encontrado, para que essas riquezas não venham a ser esgotadas. As crianças são seres capazes de multiplicarem o conhecimento, permitindo de fato que as ações saiam do campo teórico e amplie ao cotidiano da família e da comunidade na qual está inserida. Em uma escola com filosofia e práticas baseadas na sustentabilidade, possibilitamos a formação de alunos conscientes e “sustentáveis”, o que culminará em mundo melhor às futuras gerações. Por isso, cabe a escola educar os cidadãos do futuro a buscarem o bem estar consigo, com os outros e com o meio ambiente, semeando a informação para que possam reproduzir em casa o que se aprende na escola, possibilitando assim uma corrente de informações que desencadeará em um mundo mais sustentável. Palavras-chave: Educação. Meio ambiente. Bem-estar. Reutilização. Sustentabilidade.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 40

PROJETO: “JARDIM SENSORIAL – JARDIM DAS FLORES”

EMEI “Magdalena Pereira da Silva Martha”

Fernanda Aparecida de Souza Corrêa Costa

Pedagoga licenciada pela UNESP/Bauru. Professora da EMEI “Magdalena Pereira da

Silva Martha”. [email protected]

Vera Lúcia Ribeiro Soares Sabino

Professora da EMEI “Magdalena Pereira da Silva

Martha”. [email protected]

O jardim sensorial é um espaço que se difere dos demais jardins comuns, pois além de ser uma área de cultivo de plantas e lazer, também é rico em aprendizado devido à estimulação de todos os órgãos do sentido e não apenas a visão, como costumeiramente se é utilizado. No jardim sensorial, todas as pessoas podem apreciá-lo, pois aguça todos os sentidos, sendo o tato, através das folhas, flores e tronco das plantas; a audição, através dos sons de chocalho, vento na folhagem, sons da natureza; a visão através das cores e texturas das árvores e flores; o olfato através do aroma das plantas e o paladar, através dos sabores das ervas. Este projeto surgiu durante a participação no curso “Troca de Experiências” – oferecido pela Secretaria Municipal de Educação de Bauru, no qual foram relatadas as possibilidades de aprendizagem através do jardim sensorial, vindo ao encontro dos objetivos e necessidades das crianças da EMEI “Magdalena Pereira da Silva Martha” – turma do maternal e jardim II, pois desde a educação infantil, as crianças se interessam pelo cuidado com a natureza, sendo necessário, a escola intervir positivamente para a ampliação do seu conhecimento e consciência ambiental. O objetivo deste projeto foi desenvolver a percepção sensorial dos alunos, bem como o contato e preservação do meio ambiente, ampliando o conhecimento prévio dos alunos sobre a natureza e sobre si mesmo, através da construção do jardim e da exploração dos sentidos no percurso e apreciação do mesmo. Foi realizada uma roda da conversa com as crianças do maternal e jardim II e apresentada a ideia de realizar um jardim diferente em nossa escola, bem colorido, com sons, texturas e aromas diversos. As crianças escolheram como nome “Jardim das Flores”, havendo também a participação dos pais no projeto para a arrecadação de materiais para sua produção e culminância do projeto. As crianças participaram de todo o processo de construção do jardim, vivenciando o cultivo de plantas e a classificação dos materiais para a construção de uma trilha com texturas diversas, além de explorarem os órgãos do sentido durante o passeio pelo jardim e a preservação da natureza, como rotina diária na escola, cujo apresentaremos nesta comunicação, os passos realizados pelas turmas do maternal e jardim II, suas vivências e aprendizado sobre si e o meio ambiente. Palavras-chave: Educação infantil. Jardim. Órgão do sentido. Preservação da natureza.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 41

PROJETO: “SEBO NAS CANELAS”

EMEI “Magdalena Pereira da Silva Martha”

Elaine Pires Ozório Pedagoga licenciada pela USC/Bauru. Professora da

EMEI “Magdalena Pereira da Silva Martha”.

[email protected]

Fernanda Aparecida de Souza Corrêa Costa

Pedagoga licenciada pela UNESP/Bauru. Professora da EMEI “Magdalena Pereira da

Silva Martha”. [email protected]

Este projeto surgiu diante da avaliação diagnóstica com foco nas necessidades das crianças de estarem em constante movimento, na faixa etária de 2 a 3 anos. Sabe-se que o movimento constitui a característica principal destes alunos, que durante as brincadeiras exploram todo o seu potencial, desenvolvendo maior independência e autonomia, fator este que só é conseguido através da confiança em si e no meio, propiciando a socialização. Este projeto teve como objetivo desenvolver as habilidades motoras, auxiliando a cognição e a afetividade, promovendo através da ludicidade, desafios que estimulam o sujeito cognocente em sua vida social. É papel do professor propor atividades que visem o desenvolvimento de habilidades motoras, com desafios difíceis, mas possíveis de serem realizados, integrando a sua capacidade simbólica e a capacidade de ação da criança, pois o movimento é uma forma de comunicação e expressão. Com os resultados deste projeto, observamos que as crianças obtiveram notável evolução na área motora, de maneira global, culminando na participação dos pais na “Tarde de Brincadeiras” como encerramento do projeto, sendo que apresentaremos nesta comunicação, as reflexões e exemplos de atividades que foram realizadas com a turma do maternal. Palavras-chave: Brincadeiras. Educação infantil. Habilidades motoras. Movimento.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 42

PROJETO: QUANDO BRINCAR É MAIS QUE BRINCAR

EMEII “Maria de Fátima Lima Figueiredo”

Mariana Bueno Moraes Carvalho

Pedagoga licenciada pela Faculdade Carlos Queiroz,

Especialista em Gestão pela FALC.

[email protected]

Fátima Aparecida Machado dos Santos Pedagoga licenciada pela

Faculdades de Pinhais - FAPI e Especialistas em Gestão

Escolar pelo Centro Universitário de Araras “ Dr. Edmundo Ulson” - UNAR.

[email protected]

Ana Claudia de Brito Bigella

Cursando Pedagogia /Faculdade

Anhanguera/Bauru. [email protected]

José Roberto Dalberto

Machado Pedagogo licenciado pela UNIP/ Bauru e Especialista em Psicopedagogia - USC/

Bauru

O projeto surgiu em consideração ao grande tempo que as crianças passam nas instituições de educação infantis integradas. Sabe-se que o brincar interfere no desenvolvimento das crianças, as ajuda reconhecer a si e ao outro. Isso é relevante para reconhecermos a importância do brincar na vida das crianças e sua relação com o desenvolvimento. A partir disso, instigou-se a EMEII oportunizar diversas brincadeiras e jogos no contexto escolar proporcionando não apenas divertimento, mas um processo de ensinar e aprender mais prazeroso. Assim, buscamos, valorizamos e propiciamos brincadeiras tradicionais levando as crianças a aprender de forma lúdica, possibilitando o desenvolvimento das mesmas em todas as suas potencialidades cognitivas, físicas, emocionais e sociais. Para aguçar e exercitar estas potencialidades de acordo com o RCNEI é “imprescindível que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhes são oferecidas sejam elas mais voltadas às brincadeiras ou às aprendizagens que ocorrem por meio de uma intervenção sendo necessária para que, as crianças possam, em situações de interações sociais ou sozinhas, ampliarem suas capacidades de apropriação dos conceitos, dos códigos sociais e das diferentes linguagens, por meio da expressão e comunicação de sentimentos e idéias, da experimentação, da reflexão, da elaboração de perguntas e respostas, da construção de objetos e brinquedos etc.”. As brincadeiras são atividades naturais, espontâneas do ser humano, que acontecem em todas as faixas etárias, e assim como os jogos, possuem inúmeras formas, tipos, e objetivos para cada situação, atuando como grande auxiliar no desenvolvimento das múltiplas competências humanas: cognitivas, afetiva, emocional e social. No processo de construção do conhecimento, as crianças utilizam as mais diferentes linguagens. E pensando neste desenvolvimento, que o projeto “Quando brincar é mais que brincar” evolui, a cada dia, enfocando o brincar não só para passar o tempo ou casa da boneca, mas sim como algo muito sério que permite à criança um bom crescimento físico, intelectual, emocional e social. Brincar tem a dupla função de, por um lado, criar excelentes oportunidades de estimular o raciocínio e, por outro, disponibilizar as regras necessárias à convivência e vida em sociedade. Brincando, a criança experimenta diversas habilidades que estimula a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração e da atenção. O projeto envolveu toda a equipe escolar com momentos de debates sobre: conceitos de brincar; reorganização da rotina disponibilizando semanalmente a ampliação dos espaços para o centro de interesse sem intervenção; a organização dos espaços e do tempo para brincar; reflexão sobre a mediação no momento do brincar e a socialização com as turmas; planejamento e escolhas das brincadeiras, jogos e brinquedos para as diferentes faixas etárias; pesquisas e confecções de materiais estruturadores de ambientes; confecção de brinquedos com sucatas, aquisição de brinquedos tradicionais e materiais de faz de conta, além de outros indispensáveis para o desenvolvimento global das crianças. Dessa forma, o projeto sensibiliza toda a equipe escolar e a comunidade no reconhecimento da importância do brincar; um brincar como alimento da personalidade que estamos formando. Brincar é coisa séria! Palavras-chave: Brincar. Lúdico. Interação

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 43

PROPOSTA PEDAGÓGICA E PROJETOS ESPECIAIS DO CENTRO EDUCACIONAL DE JOVENS E ADULTOS – CEJA: BAURU/SP

CEJA – BAURU/SP

Maria Aparecida Couto Pedagoga licenciada pela Faculdade de Pinhais –

FAPI/Pinhais e Especialista em Gestão Escolar pelo

Centro Universitário de Araras “Dr. Edmundo Ulson” –

UNAR/Araras. [email protected]

Fátima Aparecida

Machado dos Santos Pedagoga licenciada pela Faculdade de Pinhais –

FAPI/Pinhais e Especialista em Gestão Escolar pelo

Centro Universitário de Araras “Dr. Edmundo Ulson” –

UNAR/Araras. [email protected]

O Centro Educacional de Jovens e Adultos (CEJA) tem como meta a realização de uma educação de qualidade a fim de resgatar a dívida social àqueles que foram expropriados do saber escolar. O Plano de Curso do CEJA tem como objetivo levar a clientela, formada por jovens, adultos, portadores de necessidades especiais e idosos, a sistematização e ordenação de aptidões e conhecimentos ao nível dos quatro primeiros anos do Ensino Fundamental. A Proposta Pedagógica está centrada na ideia de uma educação como fator de promoção social visando à potencialidade, criticidade e competências do educando e propõe ir além do domínio básico (ler, escrever e calcular) enriquecendo o conteúdo programático com atividades e práticas mais amplas que extravasem o âmbito escolar tornando a escola num espaço privilegiado para desenvolver o pensamento reflexivo e a construção coletiva aberta as diferentes manifestações da comunidade. A Metodologia do CEJA baseia-se na Filosofia de Paulo Freire articulada com as demais que existem na educação; visa uma educação numa perspectiva de tomada de consciência, transformadora e não simplesmente uma educação como mera alfabetização. Desta forma, o CEJA desenvolve o trabalho enriquecendo-o com projetos propostos pelos educandos e educadores e os projetos especiais propostos pela Unidade Escolar. Nesta última categoria destacamos: Inclusão Digital que tem por objetivo inserir o educando na era tecnológica tornando-o sujeito capaz de interagir com as novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e o Evento Cultural “Se Veja no CEJA” programado a fim de oportunizar aos educandos momentos de socialização, estreitar relações entre as classes, valorizar a pessoa humana através da exposição de talentos dos educandos, educadores, funcionários e proporcionar entretenimento, cultura e informação. Em 2011 o evento foi especial em comemoração aos 25 anos de EJA (Educação de Jovens e Adultos) em Bauru proporcionando apresentações culturais e o concurso para os educandos com o tema “A importância da Educação em minha vida” com premiações aos vencedores. Apresentamos nessa comunicação o fazer pedagógico do CEJA enfatizando os projetos que, no contexto educacional da EJA, é uma estratégia que enriquece o trabalho pedagógico tendo em vista alcançar a meta do crescimento pessoal e desenvolvimento das competências preparando os educandos para o exercício da cidadania de forma a assegurar a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. Palavras-chave: CEJA. Proposta pedagógica. Projetos especiais. Inclusão digital. Se veja no CEJA.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 44

QUALIDADE NA EDUCAÇÃO: PROJETO EDUCAÇÃO SEM FRONTEIRAS ORIENTANDO AÇÕES NO ENSINO FUNDAMENTAL

Departamento de Planejamento, Projetos e Pesquisas Educacionais – DPPPE/SME Prof.ª Dr.ª Marisa Eugênia

Melillo Meira [email protected]

Prof.ª Esp. Alessandra

Moreira Cavalieri cavalieri [email protected]

Prof.ª Dr.ª Maria Angélica

Savian Yacovenco [email protected]

Prof.ª Esp. Meire Cristina

dos Santos Dangió [email protected]

Prof.ª Ms Rita de Cássia

Bastos Zuquieri [email protected]

Prof.ª Esp. Sara Regina

Rossi Felipe [email protected]

Prof.ª Esp. Solange da

Silva Castro [email protected]

Por meio de um trabalho coletivo, emancipatório que envolve a equipe do Departamento de Projetos e Pesquisas Educacionais da Secretaria Municipal de Educação, docentes e alunos dos cursos de Psicologia da UNESP-Bauru e Faculdade Anhanguera, diretores, coordenadores pedagógicos, professores e funcionários da Educação Municipal de Bauru, o Projeto Educação sem Fronteiras que acontece desde março de 2010, tem por objetivo auxiliar as escolas no processo de construção coletiva de propostas educacionais qualitativamente superiores capazes de garantir que todos os alunos se apropriem efetivamente dos conteúdos escolares e desenvolvam pensamento crítico e criativo . A extensão universitária deve produzir conhecimentos pautando-se nas reais necessidades da sociedade, buscando, por meio da articulação entre o ensino e a pesquisa, oferecer soluções de problemas eminentes. Sendo assim, visamos, por meio deste projeto, atender à carência de estudos teórico-práticos que respondam as demandas educacionais contemporâneos, o que certamente trará contribuições importantes para as modificações qualitativas no processo de formação de alunos e equipe docente como também dos alunos de graduação. O grupo em questão participa ativamente junto aos professores do ensino fundamental do município em reuniões de ATP (Atividade de Trabalho Pedagógico), promovendo estudos e momentos de reflexões e ações acerca do trabalho pedagógico desenvolvido. Destacam-se neste projeto as seguintes ações: a) a formação de profissionais cidadãos conscientes, possibilitando a aplicação e o aprofundamento dos conhecimentos aprendidos e, principalmente, fornecendo o espaço e a reflexão crítica necessários para o desenvolvimento de novos saberes na esfera da psicologia escolar que efetivamente atendam às necessidades sociais, afirmando seu caráter educativo, contributivo e emancipador; b) o aprofundamento de conhecimentos na área da Psicologia da Educação através de atividades sistemáticas de reflexão teórica; c) a participação em processos de produção científica; e d) a reflexão crítica acerca de alternativas de trabalho para o psicólogo e o pedagogo, considerando todas as instâncias nas quais a aproximação entre psicologia e educação se faz necessária. O projeto envolve o desenvolvimento de ações com professores, funcionários, alunos e familiares. Palavras-chave: Políticas públicas. Formação continuada. Ensino fundamental

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 45

SERVIÇO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DO MUNICÍPIO DE BAURU: ATUANDO A FAVOR DA INCLUSÃO ESCOLAR

Divisão de Educação Especial – Departamento de Ensino Fundamental – DEF/SME

Márcia Magoga Cabete Pedagoga, com Pós-

graduação em Psicopedagogia – Diretora da Divisão de Educação Especial

do Município de Bauru. [email protected]

Kátia de Abreu Fonseca

Mestre em Psicologia do Desenvolvimento e

Aprendizagem, Psicopedagoga e Pedagoga – Divisão de Educação Especial

do Município de Bauru. [email protected]

Carla Alves

Pedagoga com Pós-graduação em Educação

Especial – Divisão de Educação Especial.

[email protected]

A mais de uma década a sociedade civil abarcada pela sociedade acadêmica discute os princípios de uma educação de qualidade para todos, com o objetivo de garantir o acesso, permanência e sucesso de todos os alunos, entretanto um dos desafios evidenciados na proposição de garantir o direito fundamental - educação - é, o desenvolvimento de estratégias que contribuam com o poder público na organização de estruturas que abranjam o atendimento aos alunos com deficiência e/ou necessidades educacionais especiais nas escolas de ensino comum. O município de Bauru, na égide dos direitos fundamentais, desenvolve seus trabalhos na perspectiva da educação inclusiva e, oferece o atendimento educacional especializado aos alunos com deficiências e/ou necessidades educacionais especiais nas modalidades de Sala de Recursos existentes nas escolas de Ensino Fundamental, dotada de equipamentos e recursos pedagógicos adequados às necessidades educacionais especiais dos alunos, regida por professor especialista que realiza os atendimentos no contra turno das aulas regulares, ou, quando necessário, no mesmo período de aulas da sala comum. O atendimento é realizado de forma individual ou em pequenos grupos, para alunos que apresentam necessidades educacionais especiais semelhantes. A Itinerância é o serviço de orientação e supervisão pedagógica que por meio de visitas semanais às escolas o professor especialista desenvolve trabalho específico com os alunos que apresentam deficiência e/ou necessidades educacionais especiais e orienta seus respectivos professores da sala comum. O trabalho é cooperativo entre o professor do ensino comum e o professor especializado, no planejamento, acompanhamento e avaliação do desempenho e desenvolvimento dos alunos com deficiência e/ou necessidades educacionais especiais. O trabalho tem apresentado resultados positivos na inclusão desses alunos matriculados na rede municipal de ensino. Palavras-chave: Serviço de educação especial. Inclusão escolar. Atendimento educacional especializado.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 46

SNOEZELEN/MSE: ESTIMULAÇÃO MULTISSENSORIAL PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS

APAE – Bauru

Eder Ricardo da Silva Escola de Educação Especial

da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de

Bauru – APAE. [email protected]

http://apaebrasil.org.br

O presente trabalho descreve a utilização do método Snoezelen/MSE na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Bauru (SP) – Centro Snoezelen/MSE do Estado de São Paulo. Atualmente muito tem se discutido sobre formas, estratégias de ensino, adequações pedagógicas, terapêuticas e metodológicas para o ensino, aprendizagem e qualidade de vida da pessoa com deficiência. Na educação especial, há um cuidado ao escolher atividades, terapias e outras formas de beneficiar e atingir o aluno de maneira positiva, produtiva e funcional. É com esse objetivo que a APAE pesquisou novas e melhores possibilidades de oferecer um atendimento diferenciado aos usuários, e nesse sentido, optou-se pelo Snoezelen/MSE. O SNOEZELEN / MSE é um método de estimulação multissensorial que surgiu na Holanda na década de 70 e foi criado por dois terapeutas: Ad Verheul e Jan Hulsegge. O nome Snoezelen vem da junção de duas palavras: “SNUFFELEN”, explorar; e “DOEZELEN”, relaxar. O MSE (Multi Sensory Environment) propõe um ambiente equipado com rico material multissensorial, ou seja, recursos que estimulam os sentidos: visão, audição, olfato, tato e paladar. A proposta dos autores foi melhorar a qualidade de vida, principalmente de pessoas com deficiência grave. Os atendimentos na sala de estimulação multissensorial são realizados baseando-se nos seguintes protocolos: (1) Indicação por profissionais da área da educação e saúde de pessoas que apresentem uma queixa sensorial, comportamental ou emocional; (2) Inscrição para o atendimento; (3) Entrevista inicial para informações referentes ao histórico sensorial da pessoa; (4) Autorização da família. Após essa última etapa, é traçado o planejamento terapêutico, juntamente com a meta e o número de sessões previstas. Os autores do Snoezelen definiram este planejamento como Sensory Diet – Dieta sensorial (5). O acompanhamento e a evolução dos atendimentos são registrados em fichas específicas (6) nas quais são descritos: o objetivo da sessão, os equipamentos utilizados, o relato da sessão e as informações relevantes. Como a sala é composta por vários equipamentos para a estimulação, cada sessão é preparada para facilitar e promover a aprendizagem ou a reeducação dos sentidos primários. A dieta sensorial é indicada de acordo com a queixa apesentada no momento da indicação do atendido. Não foram encontrados dados na literatura nacional e internacional referente ao número de sessões previstas para um determinado atendimento. No entanto, é importante estabelecer um período de trinta minutos para realizar um trabalho de qualidade, com foco para organizar a estrutura da sessão. Após dois anos de experiência, os resultados que estão sendo notados nos permitem descrever a eficácia do Snoezelen/MSE para a melhoria dos processos perceptuais, emocionais, sensoriais e comportamentais dos usuários. O ambiente Snoezelen promove o autocontrole, autonomia, descoberta e exploração, bem como efeitos terapêuticos e pedagógicos positivos. Assim, os sentidos são estimulados dando sensação de prazer e favorecendo o desenvolvimento global. Palavras-chave: Estimulação multissensorial. Snoezelen. Deficiência.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 47

Resumos

Comunicações Orais

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 48

A (IN) VISIBILIDADE DOS MAUS TRATOS NA INFÂNCIA: CONCEPÇÕES E POSICIONAMENTOS DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO INFANTIL Raquel Morato do Amaral Costa

Pedagoga, licenciada pela UNESP/Bauru (2010). Pesquisa

realizada com apoio PIBIC/CNPq em iniciação cientifica.

[email protected]

Márcia Cristina Argenti Perez Orientadora, Professor Assistente

Doutor na FCLAR UNESP/Araraquara, Brasil.

[email protected]

Apesar de possuirmos uma legislação protetiva considerada avançada em relação às crianças, ainda assim, os maus tratos perpetrados contra elas é considerado um grave problema de saúde pública em nosso país, com índices bastante significativos na faixa de 0 a 6 anos. Esta prática resulta em sérios danos ao desenvolvimento do indivíduo agredido: na saúde mental, na adaptação e inserção sociais, até a repetição do modelo aprendido. A escola, embora seja obrigada (art. 245 ECA) a denunciar e notificar situações de violência suspeitada e/ou comprovada aos órgãos públicos competentes, tem participado com um percentual muito baixo (4 a 10%) no conjunto dessas notificações. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi o de mapear a concepção, os posicionamentos e encaminhamento feitos, ou não, pelos profissionais da educação na Educação Infantil acerca dos casos de maus-tratos, suspeitados e/ou comprovados em seus alunos, visando conhecer como tal fenômeno é (re)conhecido, (re)construído e (re)produzido nas relações sociais. As instituições pesquisadas foram cinco escolas municipais de educação infantil, localizadas numa cidade de médio porte do interior do Estado de São Paulo. Os procedimentos metodológicos adotados foram a coleta e a análise dos dados do referencial quantitativo-qualitativo, apoiados no modelo antropológico de pesquisa com grupos sociais urbanos. Para a realização da coleta de dados utilizamos os seguintes instrumentos: o questionário (38) e as entrevistas (6), aplicados no período compreendido entre outubro/2009 a maio/2010. A análise dos dados obtidos indicou alguns fatores dificultadores para um posicionamento efetivo no enfrentamento da violência: os profissionais relatam a presença de suspeita de maus-tratos (45%), todavia as denúncias não são efetivadas; o desconhecimento e/ou conceitos distorcidos acerca da legislação vigente (79% dos participantes desconhecem o artigo - 245 ECA - que lhes estipula o dever da denúncia de maus-tratos), como também, dos indicadores da presença dos maus-tratos, de suas conseqüências negativas para o desenvolvimento da criança, além da falsa crença na família “sagrada” e que os maus-tratos só ocorrem na “periferia” (dado apontado nos questionários e ratificado nas entrevistas), portanto, nas camadas populares. O panorama apresentado por esta pesquisa corrobora a necessidade de estudos e políticas públicas que contemplem de forma continuada, esclarecendo e amparando, os atores envolvidos nessa questão, uma vez que tanto as educadoras, como a própria escola não se percebem como figuras decisivas para o rompimento desse ciclo, como também, não se veem parceiras dos órgãos de proteção integral à criança e, consequentemente, não desenvolvem ações que promovam mudanças de comportamentos “cristalizados” e de representações sociais inadequados ao contexto atual. Palavras-chave: Infância. Maus tratos. Violência. Educação Infantil.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 49

A AÇÃO SUPERVISORA: COMPREENSÃO E VIVÊNCIA DO PROCESSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES NA CONCEPÇÃO DE GESTÃO DEMOCRÁTICA DA EDUCAÇÃO

Camila Pilastri Modolo Garcia Pedagoga licenciada pela

UNESP/Bauru. Especialista em Administração Escolar- Faculdade

São Luis/ Jaboticabal. Especialista em Supervisão Escolar- Faculdade São

Luis/ Jaboticabal. Professora do Municipio de Bauru.

[email protected]

Discussões têm sido feitas em todo o país, e até mundialmente, buscando-se novas alternativas de propiciarmos uma educação de qualidade para todos. Leis têm sido redigidas como diretrizes para as mudanças necessárias, mas a implementação das discussões e anseios sociais e das diretrizes propostas não penetraram, ainda, de forma eficaz, clara e transformadora, na escola, como instituição social educativa. A pesquisa desenvolvida visa ressaltar que para os supervisores não é suficiente apenas desenvolver saberes e competências dentro da sala de aula, é preciso que compreendam como e porque são tomadas certas decisões no sistema de ensino; quais relações de poder há nessas decisões, e quais as implicações das decisões tomadas. Emerge, assim, um novo processo educativo, no qual a gestão escolar democrática participativa é concebida como elemento de democratização da escola, auxiliando a compreensão da cultura da instituição escolar e seus processos e, a articulação das relações sociais, da qual fazem parte, os desafios concretos do contexto histórico. A construção do processo de gestão escolar democrática participativa implica repensar a lógica da organização e participação nas relações e dinâmica escolar, tendo como fundamento a discussão dos mecanismos de participação, as finalidades da escola, bem como, a definição de metas e a tomada de decisão consciente e coletiva. A gestão escolar democrática participativa, que apresenta como um expoente a figura do supervisor, é concebida como um elemento de democratização da escola, que auxilia na compreensão da cultura da instituição escolar e seus processos e, na articulação das relações sociais, da qual fazem parte, os desafios concretos do contexto histórico que vivenciamos.É, nesta perspectiva, muito útil aos objetivos da gestão escolar democrática participativa que, os supervisores, compreendam os processos de tomada de decisões do Estado e sistemas educativos, percebendo que a escola não está isolada do sistema social, político e cultural; assim como compreender que, enquanto profissional da educação tem uma importante função a exercer: oportunizar meios para que a educação de qualidade torne-se uma realidade para todos. É de extrema relevância a compreensão e participação do supervisor nesta nova concepção de gestão, que está definida na Constituição Federal do Brasil e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDBEN. Apenas existe sentido, na melhora das práticas de gestão, na participação dos supervisores nos processos democráticos, caso estes se encontrem associados à melhoria dos métodos de ensino e aprendizagem – fator de maior relevância e eficácia na produção e garantia da qualidade de ensino. Palavras-chave: Supervisão escolar. Gestão escolar. Democracia.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 50

A EDUCAÇÃO COMO INDUTORA DA QUALIFICAÇÃO DO TRABALHADOR: CONSIDERAÇÕES CRÍTICAS

Alexandre Junqueira Prado Gasparotti Nunes

Geógrafo licenciado pela FCT Unesp de Presidente Prudente. Professor de Geografia da EMEF “Ivan Engler de

Almeida”. alexandregasparotti@yahoo .com.br

Waldete Aparecida Junqueira

Prado Gasparotti Nunes Geógrafa e Historiadora licenciada pela USC – Bauru. Professora da EMEII “Glória Cristina de Mello”. [email protected]

O atual mundo do trabalho sofre transformações radicais. A educação sofre os efeitos destas transformações e muda o entendimento sobre a finalidade da formação dos indivíduos. A idéia de que a educação hoje é a chave da formação de uma mão de obra mais qualificada e impulsiona o desenvolvimento científico-tecnológico dos países deve ser analisada. Pouco se questiona sobre o que significa a idéia de trabalho qualificado e de trabalho científico. É esse o objetivo do artigo: oferecer uma interpretação crítica do conceito de qualificação do trabalho e do trabalho científico à luz da análise do fenômeno da degradação do trabalho e das perícias do trabalhador feita pelo sociólogo norte americano Harry Braverman em Trabalho e Capital Monopolista. Nosso artigo consistiu numa leitura minuciosa do capítulo Nota Final Sobre Qualificação e do comentário de aspectos fundamentais do texto. Braverman desmistifica a idéia de que quanto mais o conhecimento científico é incorporado ao processo de produção mais qualificado torna-se o trabalhador. Quem se torna mais sofisticado é o processo de produção e as máquinas inseridas nesse processo, e não o trabalhador, pois esse não domina mais o processo de produção em seu conjunto. Segundo Braverman “Quanto mais a ciência é incorporada no processo de trabalho, tanto menos o trabalhador compreende o processo; quanto mais um complicado produto intelectual se torne máquina, tanto menos controle e compreensão da máquina tem o trabalhador”. A crença de que o conhecimento científico acumulado pelo trabalhador o torna mais qualificado oculta a realidade de que o domínio do processo de produção não está mais em suas mãos, mas na dos gerentes e administradores de empresas e instituições públicas. O capitalismo passa por transformações estruturais e nos países centrais a tecnologia aplicada no setor industrial diminuiu postos de trabalho ao mesmo tempo em que cresceu o emprego no setor de serviços. Este é mais um dado que contradiz a idéia de que a implantação da tecnologia no processo produtivo exige mais qualificação do trabalhador já que o setor de serviços é constituído na maioria por ocupações que exigem pouco preparo e conhecimento científico pelo trabalhador. A idéia de que as sociedades capitalistas contemporâneas têm a necessidade de investir na produção científica e tecnológica e por isso precisa-se de maior instrução e conhecimento dos indivíduos também é contraditória com a realidade do mundo da pesquisa científica, pois hoje o trabalho científico é mais especializado e em muitos campos da pesquisa científica, a tecnologia simplificou o trabalho do cientista a ponto de não podermos mais considerar o mundo da produção científica um ambiente acessível a poucos. A formação de um cientista atualmente não é tão complicada quanto outrora, e isso é um fato que desmistifica a idéia de que a educação básica precisa formar indivíduos altamente qualificados. Palavras-chave: Qualificação do trabalhador. Educação. Ciência e tecnologia.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 51

A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Ana Maria Aparecida Martins Pedagoga, licenciada pela

USC/Bauru. Pós-graduada em Psicopedagogia – USC/Bauru.

[email protected]

Este trabalho vem relatar a pratica pedagógica que vivencio na EMEI Lions Clube, desde 2009. A Educação Infantil vem recebendo alunos cada vez mais novos, na faixa etária dos 2 anos de idade, os quais estão passando pelo processo de desenvolvimento de suas habilidades e competências. Portanto a observação dos professores e uma constante avaliação do desenvolvimento se fazem necessário, para que possamos identificar precocemente qualquer problema que possa prejudicar a aprendizagem deste aluno, favorecendo sua inclusão. Quando se percebe que a criança não se adapta a rotina escolar e sua socialização não esta se desenvolvendo, é necessário que o professor inicie uma série de investigações, para identificar o que realmente se passa. A conversa com a família, o auxilio de uma professora especialista em educação especial e um futuro encaminhamento para instituições especializadas pode dar inicio a uma intervenção que futuramente poderá ser de fundamental importância para o sucesso em sua vida. Em 2009 recebi uma aluna, que não se socializava com os demais alunos, não apresentava diálogo e em muitas vezes se mostrava extremamente nervosa. Todos os passos para conhecer e entender esta aluna foram realizados até que em 2010 ela foi encaminhada a uma instituição especializada conveniada, onde foi avaliada por profissionais capacitados. O diagnóstico foi confirmado no inicio deste ano como TGD (Transtorno Global do Desenvolvimento). E assim comecei minha batalha em estudar e elaborar melhores técnicas de aprendizado para esta aluna. Na mesma turma iniciou em 2010 um aluno com características semelhantes. Após todo um estudo de caso e avaliação do neuro-pediatra, veio o diagnóstico: Transtorno Global do Desenvolvimento. Nesta mesma turma também tenho uma aluna que tem epilepsia desde os 15 dias de vida, como as convulsões eram inúmeras e muito fortes, também percebi que seu desenvolvimento destoava. Após avaliação médica e multi-profissional ela também esta inserida em atendimento especializado. Diante desta realidade, tive que reavaliar minha conduta como educadora. Tomei uma grande decisão em minha vida profissional, encarar esta diversidade e enfrentá-la. Participei de capacitações na área, pesquisei e busquei informações com profissionais especializados. Hoje, tenho uma sala de aula verdadeiramente inclusiva, todos meus alunos participam de tudo que é desenvolvido na Escola. Lógico que adaptações foram necessárias, mas nada tão absurdo. Adotei como pratica diária o uso da Linguagem Alternativa, como forma de compreensão. Todas as atividades e espaços da Escola foram fotografados para que todos os dias montemos nossa rotina com as fotos no painel. Também registro todos os acontecimentos importantes através de fotos e filmagens (com a devida autorização dos pais), bem como, elaboro relatórios dos progressos obtidos. Vejo que o que mais me engrandeceu foi o vínculo afetivo que estabeleci com meus alunos, como é gratificante receber um abraço de uma criança autista, como é bom perceber que os demais alunos de sala os aceitam, os compreendem e gostam deles. Não há dinheiro no mundo que pague a alegria de ver meus alunos atingindo os objetivos pedagógicos, cada um dentro de suas limitações, mas acima de tudo, crescendo como cidadãos. Isso sim me faz acreditar no magistério e acreditar no futuro. Inclusão. Eu faço, eu acredito. Palavras-chave: TGD. Inclusão. Vínculo afetivo.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 52

A FORMAÇÃO DE EDUCADORES AMBIENTAIS EM AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM NO ENSINO TÉCNICO

Carlos Eduardo Gonçalves Biólogo licenciado pela

UENP/Jacarezinho, Mestrando no Programa de Pós-Graduação em

Educação para a Ciência – Faculdade de Ciências – UNESP/Bauru. Agência

Financiadora: CAPES. [email protected]

No atual molde educacional brasileiro, nos deparamos ainda com o paradigma positivista absolutamente enraizado nas propostas pedagógicas, nos livros didáticos, nos professores e principalmente nas políticas públicas de educação. O prolongamento dessas raízes acaba influenciando os aspectos culturais, sociais, econômicos, ambientais, políticos e etc. A corrente Positivista se apropriou de vários conceitos de René Descartes, e as críticas a essa interpretação equívoca começaram a surgir principalmente no início do século XX. É nessa esfera que os pensamentos de Descartes e suas influencias na filosofia Positiva são abordadas no âmbito da Educação Ambiental. De acordo com o problema abordado foi ofertado um curso de formação de educadores ambientais aos professores de uma escola técnica de Santa Cruz do Rio Pardo. O curso em andamento tem o total de 8 encontros, sendo 3 presenciais e 5 em plataforma Moodle, o que facilitou uma adesão considerada dos professores, pois o Ambiente Virtual de Aprendizagem dá ao professor autonomia de tempo para a realização de atividades propostas no decorrer do processo. O curso consiste em 3 módulos teóricos/práticos, Educação, Interdisciplinaridade e Educação Ambiental, em cada módulo, são usados textos, fragmentos de textos, vídeos, imagens além do fórum que possibilita a cada professor a interatividade com o grupo. A proposta de interdisciplinaridade baseia-se no levantamento de temas geradores pelos professores em sala de aula, mapear os problemas para posteriormente serem discutidos no âmbito da Educação Ambiental. Ao longo do curso foram feitas entrevistas de grupo focal em prol de compreender a concepção de Educação Ambiental dos professores. A metodologia utilizada é de uma pesquisa qualitativa de cunho exploratório, com elementos que possam vir a caracterizá-la como pesquisa-ação-participante, pois a proposta final do curso consiste em elaborar uma proposta coletiva de Educação Ambiental na escola. O objetivo principal é de formar educadores ambientais que conciliem na formação do aluno o trabalho e a educação. A problemática encontrada resume-se em duas questões: Como o professor deve trabalhar a perspectiva interdisciplinar da Educação Ambiental no ensino técnico? E como os alunos poderão ser atingidos por essa perspectiva? Os resultados preliminares desta pesquisa apontam um grande problema por falta de formação pedagógica dos professores, isto é, muitos bacharéis atuam como docentes, o que resulta no aluno um conhecimento absolutamente fragmentado e bancário; Além disso, a equipe gestora da escola simplesmente aprovou a pesquisa, mas não se manifestou para a aplicação na escola e tampouco para anexação no Projeto Político-Pedagógico. Palavras-chave: Educação ambiental crítica. Interdisciplinaridade. Ambiente virtual de aprendizagem.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 53

A IMPORTÂNCIA DO DESENHO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Heloisa Helena Lopes Soares Aluna do curso superior de Pedagogia

da FAAG - Faculdade de Agudos. [email protected]

Eliane Aparecida Zulian Delázari

Professora Especialista do curso superior de Pedagogia da FAAG –

Faculdade de Agudos. [email protected]

O desenho é extremamente importante no desenvolvimento de uma criança na educação infantil. Enquanto se apropria de subsídios oferecidos pelo ambiente que vive, a criança estabelece padrões de comportamento e aprendizagem quando estimulada adequadamente. Uma criança que se expressa livremente é encorajada em seu próprio pensamento e o desenho como uma forma de auto-expressão, desenvolve o eu da criança sendo um importante fator para desenvolver sua capacidade criadora desenvolvendo o emocional e o grafismo. A melhor oportunidade para perceber um desajuste emocional está no desenho, pois é onde as crianças se refugiam da realidade, ou seja, uma criança retraída mostra em seu desenho uma forma mecânica de se expressar. Longe de ser apenas um momento de brincadeira ou passatempo, as representações gráficas de uma criança é a expressão de um campo imaginário e criativo que, assimilado ao seu potencial traz à aprendizagem pressupostos educacionais aptos ao desenvolvimento infantil. O objetivo dessa pesquisa é levar o professor a analisar a evolução dos desenhos infantis de crianças na educação infantil e o que eles podem atribuir à educação revelando o que os mesmos contribuem para a aprendizagem. A partir dos desenhos o professor como mediador desse processo deve estimular a criança no desenvolvimento de suas habilidades e coordenação motora, onde sua imaginação demonstrará o que a escola e o ambiente que vive contribui para sua aprendizagem, isto é, o professor deve verificar as etapas adquiridas de acordo com as etapas evolutivas; verificar a habilidade de transmitir as idéias a partir do desenho proposto, induzindo a criança à aprendizagem; não se voltar primeiramente para a beleza estética que o desenho traz, mas o que está impedindo o desenvolvimento psicossocial e motor das crianças; salientar o progresso de suas capacidades tanto sociais, psicomotoras e orais escritas, pois o desenho é rico em significações e relações diretas com o cotidiano e a linguagem que a criança expressa através de símbolos. Essa é uma pesquisa de corte qualitativo, com dois instrumentos para coletas de dados: um questionário que será aplicado às professoras da educação infantil e desenhos elaborados por crianças dos diferentes anos da educação infantil. Logo, é uma pesquisa em andamento cujos resultados serão produzidos após a aplicação. Em suma, desde os primeiros rabiscos, o desenho com suas diversas facetas proporciona além de prazer um indicativo que distingue uma criança da outra. Tal processo comunicativo atrelado à aprendizagem torna o desenho um motivo a mais para que a capacidade criadora de uma criança enquanto pequena se torne expressiva. Embora a ajuda das pessoas que convivem com a criança seja imprescindível na mediação de sua evolução, a intervenção de um professor dotado de conhecimento para designar tal função, proporciona à criança liberdade para partilhar de diferentes habilidades que norteiam seu desenvolvimento. Palavras-chave: Desenho infantil. Capacidade criadora. Aprendizagem.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 54

A LITERATURA INFANTIL NO BRASIL E A PRÁTICA DO PROFESSOR EM FORMAÇÃO: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

Edson Alexandre de Lima Pedagogo licenciado pela

UNESP/Bauru (2006). Professor na rede municipal de Bauru/SP.

[email protected]

Na sociedade atual, onde a modernidade trouxe rapidez e dinamismo para a vida do ser humano, aqueles momentos destinados ao puro prazer de contar e ouvir história em volta da fogueira, em uma tarde chuvosa, em um instante de aconchego ouvindo a voz da amada mãe antes de dormir, na escola, na tão esperada “Hora do conto”, foi perdendo espaços. Pais, educadores foram se esquecendo da magia e do encantamento que a Literatura Infantil provoca não só na criança, como também nos adultos. Esses momentos são um portal para um universo imaginário, assim, ouvindo histórias a criança sonha, imagina, aprende, conhece muito mais da vida, conhecimento estes que só são possíveis através da simbologia contida nas histórias. Esse artigo busca traçar um resgate histórico sobre a literatura infantil no Brasil. No Brasil esse tipo de obra literária aparecerá somente em meados do século XIX. Essas obras, num primeiro momento eram traduzidas para o idioma brasileiro, de início, sem a preocupação de adaptá-las a realidade do país. Vários são os autores que deixaram sua marca registrada através da Literatura Infantil, mas nenhum tão espetacular, criativo, irônico e ousado quanto Monteiro Lobato. Não há nada na literatura infantil que seja tão fascinante quanto os contos de fadas. Através deles a criança imagina, cria, transforma, inventa, reinventa sua forma de encarar o mundo real. O conto de fada fala direto à criança. Por ter uma linguagem mágica e fácil não usa de subterfúgios, como a moral existente nas fábulas, para explicar o bem e o mal. Para se contar histórias é preciso ser parte da mesma. Encarnar as personagens de tal forma que o ouvinte possa confundir a realidade com o universo da magia, das histórias, dos contos de fadas. A metodologia utilizada foi a pesquisa descritiva, sob enfoque qualitativo. Observou-se, ao final, a riqueza de fontes em nossa própria literatura e seu potencial na formação da criança. Palavras-chave: Literatura infantil no Brasil. Contar histórias. Imaginário infantil.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 55

A LUDICIDADE COMO INCENTIVADORA NA ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

Marli Caberlin Professora de Educação Fundamental

lotada na Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura da Estância

Turística de Barra Bonita. [email protected]

O professor tem diante de si uma tarefa de peso quando o assunto é auxiliar o aluno na construção da leitura e da escrita, desenvolver habilidades que vão além do ler e escrever e sejam capazes de compreenderem e criarem. O processo de alfabetização exige que o público-alvo seja evidenciado no momento de optar-se por uma prática pedagógica. Requer que uma nova forma de ensinar seja elaborada, diferenciando as meras atividades rotineiras e com pouco significado na vivência de uma clientela que por si só já pode se encontrar estigmatizada. Esta forma diferenciada de alfabetizar deve contemplar a ludicidade como forma prazerosa de superar dificuldades e traumas que contribuem para que a tarefa de aprender torne-se muito dificultosa para algumas crianças. A introdução da literatura na vida infantil foi iniciada a partir do século 17 e 18, após um período em que a criança não tinha importância social, pois a sociedade feudal não reconhecia que elas poderiam ter suas próprias especificidades. Porém, com a queda do feudalismo, a infância passou a ser mais valorizada e a escola e a literatura surgem com ideias de controle sobre o desenvolvimento intelectual e emocional das crianças. Desde então, questiona-se ver a criança como indivíduo que merece considerações especiais e neste contexto, escola e literatura passam a atender as necessidades das crianças em caráter educativo. A Literatura Infantil ajuda as crianças desde a Educação Infantil a compreenderem como a língua funciona tanto na modalidade oral como na escrita contribuindo para que os usos e funções sociais dela sejam reflexivos na orientação do letramento. A magia presente na Literatura Infantil deve ser explorada através de diversos portadores de textos, sejam eles em áudio, áudio-visuais ou impressos. Como também estão presentes nas mídias digitais, possibilitam não apenas auxiliar o imaginário e a fantasia, mas solucionam o enigma de se encontrar uma ferramenta que se adeque ao contexto escolar trazendo para a sala de aula conhecimento da vivência infantil que impulsione a aprendizagem. Enquanto o aluno reflete sobre a Literatura, relaciona palavras, significados e possibilidades, problematizando significativamente suas dúvidas no processo de alfabetização e transforma em conhecimento esta nova forma de auxílio no contexto escolar, como ajuda a formar um cidadão mais observador e crítico. Vários sites auxiliam o trabalho do professor fornecendo material adequado as suas necessidades, ou utilizando adaptações ao conteúdo a ser desenvolvido dentro de uma proposta em que se privilegie selecionar ludicidade e qualidade e não apenas atividades soltas e sem objetivo pré-definido. A tecnologia é indispensável na prática pedagógica atual, não deve ser desvinculada da perspectiva educacional, devendo o professor transformar esta possibilidade aliando suas buscas ao encontro de atividades lúdicas, auxiliares e eficazes na tarefa de alfabetizar. Palavras-chave: Ludicidade. Literatura. Mídias digitais. Dificuldades de aprendizagem. Alfabetização.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 56

A PSICOMOTRICIDADE COMO AUXILIADORA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Marli Caberlin Professora de Educação Infantil lotada na Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura da Estância Turística de

Barra Bonita. [email protected]

Ana Carolina Corradi

Professora de Educação Infantil lotada na Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura da Estância Turística de

Barra Bonita. [email protected]

É na Educação Infantil que as crianças iniciam sua vida escolar, desenvolvendo habilidades que as socializem com também de preparação para a alfabetização. O professor de Educação Infantil, mesmo que não seja especializado na área de Educação Física, enquanto professor que é multidisciplinar deve procurar conhecimento sobre psicomotricidade para que possa trabalhar adequadamente com seu aluno desenvolvendo atividades direcionadas para este fim. O olhar atento do mestre detecta se o aluno está dentro do que se espera para sua faixa etária, se há necessidade do auxílio de algum profissional adequado para sanar alguma deficiência encontrada na área da fala, visão, audição, visão ou coordenação motora. O estudo tem por objetivo o desenvolvimento de mediadores que auxiliem a criança na discriminação visual, auditiva, espacial e temporal, análise de síntese, raciocínio e motricidade para que se previna, desenvolva ou detecte no período preparatório à alfabetização, dificuldades. Conceitos espaciais, vivenciados através de movimentos específicos auxiliam a criança adquirir a estruturação temporal necessária para a aquisição da leitura e escrita. A partir de quando a mulher começou a exercer maior participação no mercado de trabalho as crianças sob sua responsabilidade tiveram que deixar a espontaneidade do brincar para muitas vezes ficarem abrigadas em instituições nem sempre preparadas para recebê-las. Estas geralmente preocupavam-se apenas com o cuidar, assim as atividades preparatórias para o desenvolvimento da estrutura psicomotora da criança, antes executadas através diversas brincadeiras em casa ou ao ar livre, ficaram esquecidas, mais ainda com o advento da televisão, babá eletrônica e dos games. Especialistas no assunto verificam que altos índices de reprovação e problemas como a dislexia e disgrafia poderiam ser evitados promovendo o desenvolvimento integral da criança na Educação Infantil e início do Ensino Fundamental. Para quê esperar que o problema esteja instalado se podemos desenvolver atitudes pedagógicas voltadas para a prevenção? Enquanto professores não podemos ficar nos queixando apenas da situação que a educação encontra-se e sim tentar lidar com o que temos em mãos, que é nossa vontade de melhorar . Devemos ser exemplos em uma sociedade brasileira que não está voltada para a área educacional como prioridade e valorizarmos a profissão que escolhemos para seguir. Isto inclui estar em constante capacitação profissional explorando experiências positivas que forneçam subsídios a curto prazo para nossa clientela. Palavras-chave: Pscicomotrocidade. Educação Infantil. Alfabetização.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 57

ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA, ENFOQUE CTSA E ENSINO DE FÍSICA: CONTRIBUIÇÕES AO APERFEIÇOAMENTO DE SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM SOBRE ENTROPIA E DEGRADAÇÃO DE ENERGIA Gabriel Augusto Cação Quinato Mestrando em Educação para Ciência. Programa de Pós-

graduação em Educação para Ciência – Universidade Estadual

Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP – Campus Bauru.

[email protected]

Danilo Rothberg Docente do Departamento de

Ciências Humanas – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP –

Campus Bauru. [email protected]

A concepção de alfabetização científica encontra-se na atualidade permeada por princípios eventualmente incompatíveis entre si. Desenvolvimento de habilidades cognitivas, preparação para a continuidade dos estudos em nível superior, ingresso no mercado de trabalho e formação da cidadania estão entre os objetivos da educação para a ciência, que muitas vezes competem entre si no cotidiano escolar. No contexto do enfoque CTSA (Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente), a formação para a participação democrática na formulação de políticas de ciência e tecnologia deve ser contemplada pelo ensino de ciências. O objetivo geral deste projeto é trazer contribuições ao aperfeiçoamento do processo de ensino-aprendizagem em relação à alfabetização científica proporcionada por conteúdos de Física presentes na Proposta Curricular do Ensino Médio no Estado de São Paulo. Os objetivos específicos são: a) caracterizar as diversas correntes teóricas que colaboram na construção da concepção de alfabetização científica no ensino brasileiro contemporâneo; b) caracterizar as concepções de alfabetização científica subjacentes ao enfoque CTSA; c) identificar concepções de alfabetização científica subjacentes às Situações de Aprendizagem referentes ao Tema ‘Entropia e Degradação da Energia’ presente nos Cadernos do Professor e do Aluno para o Ensino de Física do Estado de São Paulo; d) propor indicações coerentes com o enfoque CTSA para o aperfeiçoamento das Situações de Aprendizagem referentes ao Tema ‘Entropia e degradação da energia’ dos Cadernos do Professor e do Aluno para o Ensino de Física do Estado de São Paulo; e) avaliar a adequação das indicações produzidas para efetiva aplicação por professores do Ensino Médio no Estado de São Paulo. Palavras-chave: Alfabetização científica. Ensino de Física. Enfoque CTSA. Cidadania.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 58

APOIO-GARANTIA DE EDUCAÇÃO IGUALITÁRIA? CONCEPÇÕES DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA SOBRE SUA ESCOLA

Jéssica Fernanda Lopes Aluna do Curso de Pedagogia - Departamento de Educação -

Faculdade de Ciências – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP/Bauru - CEP 17.033-

360 – Bauru – São Paulo – Brasil. [email protected]

Vera Lúcia Messias Fialho

Capellini Professora do Departamento de

Educação e do Programa de Pós-graduação em Psicologia do

desenvolvimento e aprendizagem da Faculdade de Ciências – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP/Bauru- CEP 17.033-360 – Bauru – São Paulo – Brasil.

[email protected]

A educação inclusiva já é realidade no âmbito legal. No Brasil, hoje, as leis teoricamente embasam, a garantia dos direitos das pessoas com deficiência. Entretanto, nem sempre tais direitos são atendidos e legitimados na prática. No cotidiano das escolas o processo ainda suscita muitos desafios. Este trabalho objetivou analisar as concepções de alunos com deficiência e de seus colegas sobre sua própria escola e verificar se suas necessidades estão sendo atendidas. Hoje, é dever da escola matricular todos os alunos de mesma idade segundo a série/ano indicados. Pela revisão de literatura observamos que para a inclusão escolar se efetivar de fato e o atendimento educacional especializado aos alunos com deficiência seja significativo, são necessários, entre outros aspectos, o emprego de tecnologia assistiva, o uso de estratégias de ensino específicas, de professor com formação adequada; adaptação de materiais ou recursos didático-pedagógicos; agrupamentos diferenciados em sala de aula; ajustes na temporalidade do ensino; adequações curriculares; estrutura adequada na escola. Sabemos, também, que uma educação inclusiva, para todos, está relacionada com educação de qualidade, qualidade esta que não está associada apenas ao número de matrículas, mas também ao desenvolvimento pessoal, social e acadêmico dos indivíduos. Pela característica do estudo foi adotado como tipo de pesquisa a empírica descritiva, com o enfoque qualitativo. Na coleta de dados, foram empregados quatro instrumentos: entrevista com roteiro semiestruturado, questionários direcionados aos professores, formulários de observação e filmagens do cotidiano escolar. Além disso, foram recolhidas duas produções de cada aluno: desenho e/ou um texto sobre o que pensam acerca da escola. Participaram do estudo 15 professores, 9 alunos com deficiência e 80 alunos sem deficiência, todos matriculados nos anos iniciais do ensino fundamental. Os resultados preliminares apontam que os alunos com deficiência, assim como os alunos do primeiro e segundo anos, afirmam gostar da escola e dizem que preferem ficar nela a ficar em suas casas. Entretanto, os alunos do terceiro, quarto e quinto anos retratam a escola como um local importante, porém tecem algumas críticas a mesma. Os professores consideram que os alunos com deficiência não acompanham a turma e que a responsabilidade pela escolarização dos mesmos, é do professor da educação especial e destacam que na classe comum o que mais ocorre é a socialização. Palavras-chave: Educação inclusiva. Deficiência. Relações sociais na escola.

PESP

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 59

ARTE: A TRILHA DE UM NOVO OLHAR

Heloisa Helena Pita Prado Letras licenciada na USC/Bauru.

[email protected]

Maria Cristina de Andrade Silva Letras licenciada na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras “Carlos

Queiroz” –Santa Cruz; Especialização em Leitor Crítico – Unesp/Bauru;

Especialização em Língua Portuguesa – USC/Bauru; Pedagoga licenciada

pela Faculdade de Pinhais/PR; Formada em Gestão pela

Uninter/Bauru. [email protected]

Patrícia Guerra Miranda Pedagoga licenciada pela Faculdade

Anhanguera/Bauru. [email protected]

A arte é uma linguagem que permite olhares apurados, críticos que expressam a realidade de uma sociedade em construção. Percebe-se que o aprendiz da Educação de Jovens e Adultos expressa uma linguagem tímida carregada de pré-conceitos que estão arraigados nas memórias mais íntimas. Porém, a arte é uma forma de quebrar paradigmas e atribuir impressões e sensações reais a uma determinada sociedade. Dessa forma, capturar a essência da imagem, das cores, das linhas é permitir a interação. A linguagem artística está presente no dia-a-dia, nas imagens veiculadas na mídia televisiva, impressa, em outdoor, enfim, a arte é o reflexo da vida. Este trabalho tem como objetivo de ampliar o conhecimento de mundo por meio da manipulação de diferentes objetos, materiais e técnicas, explorando suas características, propriedades de manuseio e entrando em contato com diversas formas de expressão artística. Ter interesse por sua produção, pela produção dos colegas e pelas produções artísticas do pintor Romero Britto ampliando seu conhecimento do mundo e da cultura. Os adultos podem alimentar e construir um percurso criador, informando e contextualizando em relação à produção artística histórica, desenvolvendo-se como pessoas ativas e criadoras. O despertar trilhou um caminho que aguçasse o aluno o desejo de conhecer e experimentar um processo criativo. Com cores quentes, vibrantes e imagens relacionadas à natureza e aos animais, Romero Britto foi um o artista que aguçou o desejo de nossos alunos. O trabalho evidenciou a oralidade, a releitura das obras, observando as cores e formas presentes. As intervenções reafirmou que arte é expressão das sensações e sentimentos que o tempo transborda através da história. Os homens têm a necessidade de expressar suas angústias, dores e alegrias através dos traços, das imagens. Contudo, podemos concluir que a arte é uma forma de linguagem entrelaçada nos fios das experiências da vida humana. Romero Britto contribuiu para alavancar as habilidades e competências dos alunos da Educação de Jovens e adultos aumentando a autoestima. A aprendizagem é um processo contínuo e dinâmico onde se constrói e reconstrói reflexões e conflitos permitidos para o crescimento. Desafiar as barreiras é ter um novo olhar e permitir uma educação de qualidade. Palavras-chave: Arte. Interação. Educação de jovens e adultos.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 60

AVALIAÇÃO DO REPERTÓRIO DE LEITURA E ESCRITA EM CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Sandra de Lima Ribeiro dos Santos

Pedagoga licenciada pela UNESP/Bauru. Mestranda do

Programa de Pós-Graduação em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem, UNESP/BAURU.

[email protected]

Ana Claudia Moreira Almeida-Verdu

Professora titular do Departamento de Psicologia da UNESP/Bauru do Programa de Pós-Graduação em

Aprendizagem e Desenvolvimento. [email protected]

A partir da década de 90 o tema inclusão escolar passou a ser discutido em escala mundial, ganhando maior força em 1994 com a Declaração de Salamanca, dando início ao movimento chamado de Educação Inclusiva. No Brasil muitos estudiosos do assunto começaram, a partir desse momento, a argumentar que todos os alunos deveriam ter as mesmas oportunidades de frequentar classes regulares com um programa adequado às suas capacidades, que oferecesse suporte a todos, inclusive aos com deficiência e aos professores para garantir um atendimento adequado. Desse modo a inclusão nas escolas dessa população é uma realidade hoje, e entre esse alunos estão os com deficiência auditiva. As condições para aprendizagem dos conteúdos escolares por parte do aluno com deficiência auditiva têm se mostrado ineficientes. Assim, um estudo que, partindo de um modelo de análise e descrição de repertórios verbais (ler, escrever, ouvir e falar) que busque avaliar precisamente esses desempenhos em indivíduos com deficiência auditiva parece relevante. Participaram deste estudo vinte crianças, com idades entre 6 e doze anos sendo doze delas usuárias de implante coclear e 8 usuárias de AASI. O objetivo deste estudo foi caracterizar o desempenho em linguagem expressiva e receptiva (ouvir, falar, leitura e escrita respectivamente) em crianças com deficiência auditiva nas séries iniciais do ensino fundamental, tendo como referencial a Análise do Comportamento utilizando o procedimento de emparelhamento de acordo com o modelo (matching-to-sample), visando detectar possíveis dificuldades desses alunos em relação à compreensão da Língua Portuguesa que dificultem seu desempenho acadêmico. Verificar o funcionamento e desempenho da versão do software Aprendendo a Ler e Escrever em Pequenos Passos na versão on-line. Três tipos de tarefas foram desenvolvidas: seleção, composição e vocalização. Essas tarefas foram apresentadas em blocos que avaliaram as habilidades de leitura e escrita de palavras simples. O Diagnóstico foi composto de 3 sessões com duração média de vinte minutos cada . As relações apresentadas foram de identidade que envolviam as relações figura/figura e palavra impressa/palavra impressa, nomeação composto por nomeação de figura, palavra ou vogal, ditado composto por palavra ditada/letra e palavra ditada/composição, cópia de palavra impressa/letra e palavra impressa/composição e seleção com palavra ditada/ figura, palavra ditada/palavra impressa, figura/palavra impressa e palavra impressa/figura. Sendo apresentadas através de imagens na tela e comandos sonoros emitidos pelo computador. Os resultados demonstraram que tanto para os usuários de implante coclear quanto para os usuários de AASI os percentuais de acertos foram mais elevados quando o controle exigido era pela figura do que quando o controle era pela palavra impressa. Esses resultados têm sua relevância ao colaborarem para um possível planejamento de ensino para essa população.

Palavras-chave: Deficiência auditiva. Avaliação. Leitura e escrita.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 61

BRINCADEIRAS FOLCLÓRICAS: SUA IMPORTÂNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Daniela Violim da Silva Pedagoga licenciada pela

UNESP/Bauru. Pós-Graduanda do Curso de Psicopedagogia

Institucional. Professora da EMEI “Catharina Paulucci Silva”.

[email protected]

A presente pesquisa faz uma análise sobre a importância do resgate das brincadeiras folclóricas na educação infantil quando visto pelo foco da atividade principal da infância, que é o ato lúdico. Este estudo traz um breve histórico do sentimento de infância no mundo e no Brasil, no qual é possível enxergarmos quando a criança passou a ser vista e respeitada como um ser humano que possui características próprias e particulares de sua idade. Os objetivos deste trabalho propõem verificar se as crianças de educação infantil hoje têm acesso às brincadeiras folclóricas e se elas gostam e querem participar das atividades lúdicas quando estas são as brincadeiras folclóricas. Ao final, os resultados demonstraram que as crianças são influenciadas pela mídia, que estas brincadeiras têm sido deixadas de lado na educação infantil e que, quando ensinadas, as crianças gostam sim e se sentem estimuladas a participar destas atividades lúdicas, as brincadeiras folclóricas. Palavras-chave: Brincadeira. Folclore. Educação infantil. Ensino e aprendizagem.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 62

CANTOS E ENCANTOS: A BRINQUEDOTECA FAAG – RELATOS DE EXPERIÊNCIAS Eliane Aparecida Zulian Delázari Pedagoga licenciada pela USC/Bauru.

Psicopedagoga USC/Bauru. Faculdade de Agudos - FAAG. [email protected]

Edijane Pereira de Lima

Graduanda em Pedagogia pela FAAG Faculdade de Agudos.

[email protected]

Maria Emília Sampietro Kohashikawa

Graduanda em Pedagogia pela FAAG Faculdade de Agudos.

[email protected]

Raquel Aparecida Lira Eugênio Graduanda em Pedagogia pela FAAG

Faculdade de Agudos. [email protected]

A Brinquedoteca FAAG é um espaço que visa estimular o desenvolvimento psicológico, físico e social de crianças através do brincar. Este ambiente possibilita também o acesso a uma grande variedade de brinquedos, com os quais as crianças colocam em prática sua própria criatividade, construindo dessa maneira os valores que acompanham as atividades lúdicas. Além dos brinquedos, a Brinquedoteca deve ser tocada pela expressividade da decoração, porque a alegria, o afeto e a magia devem ser palpáveis. Sendo um ambiente para estimular a criatividade, deve ser preparado de forma criativa, com espaços que incentivem a brincadeira de “faz de conta”, a dramatização, a construção, a socialização e a vontade de inventar. É um lugar onde tudo convida a explorar, a sentir, a experimentar. A Faculdade de Agudos – FAAG - possui um projeto de brinquedoteca em suas instalações para atender crianças entre 3 e 5 anos, majoritariamente aquelas em situação de risco, degradação física ou moral pertencentes às escolas de educação infantil, principalmente as públicas desprovidas de espaços lúdicos. Este projeto desenvolvido na FAAG alicerça-se em objetivos básicos como: a) oferecer atendimento às crianças da Rede Pública e Educação Infantil do município de Agudos, entre 3 e 5 anos, majoritariamente aquelas em situação de risco, degradação física ou moral; b) possibilitar o ato de brincar, respeitando a liberdade, a iniciativa, a criatividade, a autonomia e a formação do autoconceito positivo; c) oferecer oportunidades para que professores e alunos do curso de Pedagogia produzam conhecimento sobre o papel e importância do brincar na Educação Infantil, através de um grupo de pesquisa sobre o tema. A metodologia utilizada para este estudo foi de observação participante subsidiada por relatos diários que abarcaram momentos relevantes do desenvolvimento infantil através do brincar. Os resultados obtidos foram por meio das atividades propostas como relatórios diários e mensais pautados em teorias e vivências, nos quais avaliou-se o desenvolvimento das crianças. Concluiu-se que a brinquedoteca pode promover o resgate do ser humano como ser singular, auxiliar uma educação global às crianças para que consigam alterar a situação de risco social em que vivem e fornecer oportunidades de brincar e compartilhar momentos de alegria. Palavras-chave: Educação Infantil. Formação de professores. Brinquedoteca. Ludicidade.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 63

CONTRIBUIÇÕES DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) PARA A FORMAÇÃO TECNOLÓGICA DOS PROFESSORES: A UTILIZAÇÃO DA TELEVISÃO DIGITAL (TVD) PELOS PROFESSORES EM FORMAÇÃO

Roberta Ribeiro Soares Moura Padoan

Docente do Instituto de Ensino Superior de Bauru, para curso de

Pedagogia. Mestranda do Programa de Pós-graduação em Televisão Digital da FAAC/UNESP-Bauru.

[email protected]

O Projeto de Pesquisa terá como referência trabalhar o uso das novas tecnologias da informação e comunicação (NTIC) para a formação de professores utilizando a interação da Televisão Digital (TVD) como mediadora do processo. A formação dos futuros professores para trabalhar as novas tecnologias requer um preparo desse profissional para dominar esses recursos, ou seja, a sua alfabetização para as mídias. Os veículos midiáticos digitais por si só não fazem ninguém aprender, pois a aprendizagem não dispensa em hipótese alguma a presença do professor, mas podem se tornar uma ferramenta indispensável para a construção do conhecimento e ser motivação para o aprendizado do futuro professor que terá na TVD um ambiente de troca de experiências através das possibilidades de interação. Através dos meios convencionais é muito difícil preparar professores para usar adequadamente as NTIC. É preciso formá-los do mesmo modo que se espera que eles atuem no local de trabalho, no entanto as NTIC e seu impacto na sociedade são aspectos pouco trabalhados nos cursos de formação de professores, e as oportunidades de se atualizarem nem sempre são as mais adequadas à sua realidade e às suas necessidades, desta forma o projeto visa principalmente incentivar a formação tecnológica dos futuros professores, com o auxílio da Televisão Digital como ambiente de aprendizagem. Só assistir a programas pela TVD não significa aprendizagem significativa, mas a partir do momento que esses programas tem como proposta a interação entre os professores que o assistem, mediando o conhecimento e troca de informações entre eles a aprendizagem pode ser significativa. Portanto a finalidade principal do projeto é incentivar a capacitação de futuros professores em novas tecnologias (NTIC) através da interação existente no ambiente de aprendizagem da TVD. A partir de uma pesquisa exploratória e de campo, serão selecionados alunos de cursos de formação para professores que tenham conhecimento em recursos tecnológicos e que farão propostas de temas para os conteúdos dos programas interativos tendo a televisão digital como ambiente para aprendizagem das NTIC. Buscarei aliar conhecimentos desses professores à prática para desenvolver um modelo de programa com utilização de recursos tecnológicos com interatividade e avaliar a aplicação do programa, produzido pelos sujeitos da pesquisa. Essa pesquisa tem por objetivo analisar o ambiente de aprendizagem que a TVD proporcionará aos futuros profissionais da educação para sua formação tecnológica. Palavras-chave: Televisão Digital. Formação Tecnológica. Interação. Aprendizagem.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 64

CORPO E MOVIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Ana Kátia Brasil Castor Modolo Professora Especialista da Educação Infantil, Rede Municipal de Bauru, SP.

[email protected]

Pela tradição do ensino no Brasil, a Arte na Educação Infantil sempre ocorreu de forma intuitiva, com atividades que envolvem as crianças; no entanto, tais atividades eram realizadas desvinculadas do Projeto Político-Pedagógico da escola. Predominava a vontade do professor, e estavam relacionadas às datas comemorativas, desvinculadas do contexto sócio-histórico e das vivências culturais. Diante dessa inquietação, atuando como professora de Educação Infantil, decidimos – por meio de pesquisa-ação – propor um projeto, aliando teoria e prática, corpo e mente, arte e vida, de modo a confrontar conteúdos e relacionar o processo pedagógico à questão cultural. O projeto A linguagem do movimento na Arte Cênica foi desenvolvido com um grupo de dezesseis alunos na faixa etária de cinco a seis anos, de uma Escola Municipal de Educação Infantil em Bauru-SP. Com base na revisão da literatura, foram sintetizadas informações sobre o fato de que, por meio do movimento, a criança interage com o meio físico tendo possibilidades de relacionar-se com o mundo social, expressar-se e desenvolver habilidades necessárias para uma relação mais independente consigo mesma, com o outro e com o ambiente. Nessa perspectiva, foi estabelecido o seguinte objetivo: trabalhar o movimento corporal associado ao processo de alfabetização. Desse modo, seguindo os teóricos do movimento e da educação e, unindo teoria e prática, conseguimos envolver várias áreas do conhecimento por meio da interdisciplinaridade. Os dados coletados receberam abordagem qualitativa e foram interpretados com base na Hermenêutica. Os resultados indicam que, ao se trabalhar com os movimentos corporais, os alunos descobrem novos espaços, ampliam seu processo de percepção de mundo e aguçam o fazer criativo, o que facilita o processo de alfabetização por meio da associação da linguagem à Arte Cênica. Apropriando-se, então, dos gestos e movimentos por meio de jogos e brincadeiras culturais, surgiram novos relacionamentos de grupo que, aliados ao desenvolvimento comportamental e à autoexpressão infantil, conseguiram se posicionar com maior desenvoltura obtendo ampla visão do mundo que os cerca. Palavras-chave: Educação Infantil. Movimento corporal. Arte cênica. Fazer criativo. Conhecimento.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 65

DESENVOLVIMENTO DE UMA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN NA ESCOLA CONVENCIONAL: UM ESTUDO DE CASO

Amanda Pereira Dippólito Pedagoga licenciada pelo IESB

PREVE. [email protected]

Acredita-se que o ato de incluir dentro da escola está diretamente ligado ao ato de oferecer a criança caminhos para que ela aprenda independente de suas dificuldades, causadas por alguma patologia, ou não. Partindo deste pressuposto, a escola deve se adaptar ao aluno e não o contrário. Por meio de um estudo de caso, realizado com uma criança portadora da Síndrome de Down inserida na escola convencional da rede particular de ensino e pesquisa bibliográfica foi possível constatar que é possível fazer com que a mesma obtenha sucesso em diversas áreas do conhecimento como a alfabetização quando a escola disponibiliza de recursos que possibilitem esse resultado. Com o auxílio de uma amiga qualificada (nome que recebe o profissional que age como segundo professor em sala de aula responsável pelo auxílio à criança e adaptação do material didático) a criança analisada em questão conseguiu superar desafios importantes ligados a inclusão e ao desempenho pedagógico que provavelmente não seriam vencidos sem o apoio da mesma. Com a presente pesquisa foi possível desmistificar o conceito errôneo que se tem de que para incluir os portadores de necessidades especiais educacionais na escola convencional é necessário tão somente colocá-los dentro da escola, no entanto, a inclusão escolar é mais abrangente do que isso, ela se caracteriza pela inclusão de todos os alunos. No presente estudo de caso foi possível perceber que a escola onde a aluna em questão estava inserida trata a questão da Inclusão com bastante seriedade e busca desenvolver ao máximo as potencialidades das crianças, como recurso para desenvolver tal objetivo a amiga qualificada buscou respaldo na Pedagogia Freinetiana, levando em consideração que a criança passa a entender o universo escolar como se o mesmo fosse seu trabalho e que o mesmo deve ser prazeroso. Para tanto é necessário que a escola torne seu ambiente um espaço motivador de aprendizado, pois acredita-se que a criança aprende objetos de seu interesse, porém cabe a escola gerar o interesse na criança pelas diversas áreas do conhecimento, além de criar caminhos para que ela desenvolva suas aptidões. É necessário ainda enxergar a escola como uma representação da sociedade, assim sendo a mesma deve criar caminhos para que a criança se descubra enquanto indivíduo e perceba as diversas maneiras de contribuir com o desenvolvimento de seu grupo. Palavras-chave: Estudo de caso. Inclusão escolar. Síndrome de Down. Amiga qualificada.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 66

DUELO DE TEORIAS E/OU MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO

Fábio Schwarz Soares dos Santos

Pedagogo licenciado pela UNESP/Bauru. Pós -graduando em

Alfabetização pela UNICID/São Paulo. [email protected]

As teorias/métodos de alfabetização contribuem para o norteamento de educadores alfabetizadores. Em sala de aula é necessário saber quais são as devidas intervenções e como essas intervenções contribuirão para o desenvolvimento da competência leitora e escritora do aluno. Educadores de diversas realidades encontram a mesma dificuldade e vivem o mesmo dilema. Que metodologia adotar? Quando não, muitas das vezes a eles são impostas teorias, que mesmo sendo diferentes das quais lhe simpatiza, acabando por ele sendo aceita como norteadora de seu trabalho. As escolas públicas, que é foco principal de nosso trabalho, adotaram algumas concepções de ensino, embora ainda exita nas mesmas a possibilidade de complementação com aquela que o professor julga necessário ou acredita. Mas, o que vemos na prática não é apenas a adoção de um método a seguir, ou a indicação de autores para embasar o trabalho pedagógico, há o duelo entre as teorias. As teorias se conflitam, uma distancia-se da outra e diverge em pontos comuns, sendo um dos pontos como a criança aprende a leitura e escrita. Mas, alguém já parou para pensar em como as teorias podem se complementar? Já houveram professores que se dispuseram a unir, teorias e metodologias em busca de melhorar a sua prática e consequentemente auxiliar o educando? Essas e outras perguntas são objetos de análise do presente estudo, que visa investigar o conhecimento dos professores acerca de suas práticas pedagógicas e discutir os pontos em comum e os conflitantes em cada teoria, pois acreditamos que as estas devem ser observadas como parâmetros e, não como modelos a serem seguidos, haja vista que as necessidades de cada educando são diferentes. Desta forma as contribuições das teorias devem estar entrelaçadas umas nas outras, complementado com a experiência e a prática cotidiana. Pensar em educação não é somente despejar teorias, mas sim contribuir efetivamente para a aquisição de conhecimento. Neste sentido, fica claro que os métodos e teorias da alfabetização não devem estabelecer uma disputa entre qual a melhor intervenção, mas juntos complementarem a prática pedagógica de acordo com a realidade do aluno. Palavras-chave: Educação. Alfabetização. Métodos/teorias. Alfabetização tradicional. Construtivismo.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 67

EDUCAÇÃO FÍSICA PRÉ-ESCOLAR: UMA NECESSIDADE

Rafael Nogueira Rodrigues Dep. Ed. Física, Faculdade de

Ciências, Unesp Bauru. [email protected]

Luciana Cristina Ferreira Dep. Ed. Física, Faculdade de

Ciências, Unesp Bauru. [email protected]

Lucyara Maria Monteiro

Dep. Ed. Física, Faculdade de Ciências, Unesp Bauru.

[email protected]

Milton Vieira do Prado Junior Dep. Ed. Física, Faculdade de

Ciências, Unesp Bauru. [email protected]

Este projeto foi efetuado no Centro de Convivência Infantil da UNESP de Bauru-SP, fazendo parte de um projeto que visa demonstrar a importância da presença de um profissional de Educação Física no ambiente pré-escolar, defendendo a sua importância no desenvolvimento da criança. Analisando a influência de intervenções pedagógicas específicas, no desenvolvimento das crianças em idade pré-escolar. Participaram da realização do trabalho 41 crianças, na faixa etária de 2 a 6 anos, a partir da vinculação de três alunos do curso de Licenciatura em Educação Física de forma voluntaria, dentro da instituição e responsável pela estimulação motora. Foram descritas a participação, motivação e relações interpessoais dos alunos durante todas as aulas do primeiro semestre 2011, sendo anotadas as atividades desenvolvidas nas aulas, os seus objetivos, bem como as dificuldades apresentadas pelos alunos nas atividades desenvolvidas no projeto, nas diferentes faixas etárias. As aulas eram elaboradas com a finalidade de atingirmos os objetivos de estimular nas crianças o desenvolvimento dos padrões fundamentais de movimento estipulados por GALLAHUE (1989). Para verificar a fase do crescimento físico das crianças, foram coletados alguns dados antropométricos como: peso, altura total, altura do tronco, envergadura e circunferências. Para coletar esses dados utilizamos fita métricas, banquinho e balança. A coleta de dados de desenvolvimento motor foi feita através da filmagem das crianças que realizaram nove padrões fundamentais de movimento. Esta filmagem foi feita para que fosse possível avaliar em que nível de aprendizagem a criança se encontra. A intenção dessa filmagem não é julgar as crianças em melhor ou pior, mas sim tentarmos entender em que estímulo a criança ficou em déficit, caso ela não consiga realizar algum tipo de aprendizagem. Em um espaço flexível e privilegiado para o desenvolvimento infantil, que dispõe de uma arquitetura pensada nas peculiaridades infantis, com áreas amplas e arejadas e com um projeto específico de educação física pré-escolar, para o desenvolvimento dessas habilidades constatamos que, ouve estímulo dos padrões fundamentais de movimento, através de jogos e brincadeiras, utilizando material diferenciado e aumentando a complexidade das atividades para cada faixa etária - bem como criou um espaço rico em sociabilização, a partir de atividades em grupo e com a inclusão de regras. Verificando, assim que o desenvolvimento das crianças dá-se de maneira mais proveitosa, pois tais práticas propiciam condições que estimulam a construção do conhecimento de si, do outro e do mundo que o cerca. Em relação ao crescimento físico e desenvolvimento motor observamos que nas diferentes faixas etárias as crianças encontram-se dentro do processo normal de desenvolvimento, porém apontando para que seja aumentada a estimulação motora, visando combater um percentual pequeno de crianças que encontram-se com sobrepeso e/ou com dificuldades na execução de algumas habilidades motoras, principalmente, quanto as estabilizadoras. A partir dos resultados podemos concluir que será necessário manter e ampliar o presente projeto e garantir a estimulação motora já que não existe dentro da instituição a contratação de um profissional da área. Visto que, o período de 2 a 6 anos é um período fundamental no processo de desenvolvimento humano. Palavras-chave: Educação pré-escolar. Educação Física. Habilidades motoras fundamentais.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 68

EDUCAÇÃO PARA A MÍDIA: UMA EXPERIÊNCIA COM DOCENTES DA REDE PÚBLICA EM BAURU

Lígia Beatriz Carvalho de Almeida

Docente da Universidade Sagrado Coração, Bauru. Mestre em

Comunicação Midiática. Doutoranda em Educação – Faculdade de Educação - Unesp, Marília.

[email protected]

Os meios de comunicação constituem um agente cultural com reconhecida influência na vida associada. Ao ingressar no ensino fundamental a criança sabe mais sobre mensagens midiáticas do que sobre qualquer matéria escolar. No entanto, ela não é competente para entender aspectos determinantes na construção do sentido das mesmas e dificilmente encontra, na escola, respaldo para fazê-lo. Este é o objetivo da educação para a mídia: educar sobre a atuação dos meios de comunicação na sociedade. E, para tanto, deve englobar também a educação para e pelos meios, o que implica no uso das Tecnologias da Informação e Comunicação com intencionalidade dialógica. Com esse objetivo, educadores vêm se empenhando em desenvolver um currículo para a mídia educação. A UNESCO lançou na Europa, em fins de 2006, um protótipo de currículo denominado Mídia Educação: um kit para professores, alunos, pais e profissionais, que compreende um manual para professores, direcionado à qualificação básica de docentes. Idealizado para sistematizar a mídia educação em diversos países do mundo, sugere-se sua adaptação às características da escola local. Realizou-se na Universidade Sagrado Coração uma pesquisa-ação unindo docentes da Universidade e de escolas públicas de Bauru, bem como discentes de ambas as instituições, para avaliar a possibilidade de sua utilização, integral ou parcial, em nível local. A intenção foi a de estimular o desenvolvimento de competências para ensinar e aprender sobre mídia, consideradas básicas ao exercício da cidadania. A eficácia do protótipo foi avaliada considerando-se o parecer dos docentes sobre a relevância do tema no contexto educacional local, assim como a viabilidade de desenvolver no cotidiano escolar atividades que promovam a difusão dos seguintes conceitos-chave propostos no Manual: as características da linguagem midiática, a dinâmica econômica e política que rege a produção nos meios de comunicação, o uso de representações pela mídia e o papel exercido pelas audiências. Os participantes vivenciaram práticas de educação para a mídia e avaliaram positivamente o potencial educativo das mesmas, atestando a possibilidade de unir os conceitos de mídia-educação a conteúdos escolares formais. As dificuldades encontradas em relação ao uso da tecnologia não se constituíram obstáculo para a execução das atividades. Tal fato demonstrou que se ela é muito importante, não se configura condição sine qua non para a educação para a mídia ocorrer. Os docentes da escola básica revelaram grande interesse e habilidade para trabalhar com diferentes códigos e linguagens: fotografia, impresso, áudio e digital. Usando as tecnologias e as estratégias pedagógicas propostas produziram blogs, programas radiofônicos, cartazes publicitários e um vídeo. Os estudantes da escola básica também se mostraram bastante motivados ao desenvolverem as atividades e foram capazes de entender os conceitos envolvidos. Os resultados parciais foram reunidos pelos participantes no blog www.midiabb3.wordpress.com. Palavras-chave: Tecnologias. Educação básica. Educação para a mídia. Educomunicação. Mídia educação.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 69

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL EM JAÚ: ARTE E AFETIVIDADE

Guilherme Eduardo Almeida Prado de Castro Valente

Professor da rede municipal de Jaú. Mestre em Desenvolvimento

Regional e Meio Ambiente. [email protected]

Maria Luísa Toledo Pelegrina Professora de arte das redes

Municipal e Estadual. [email protected]

Cidade de Jaú possui um conjunto arquitetônico de 492 imóveis preserváveis em estilo eclético que foram edificados entre as décadas de 1880 a 1920 durante o ciclo do café. A preservação deste patrimônio histórico depende do grau de conhecimento, afetividade e a apropriação consciente pelas comunidades de seu legado. A Prefeitura Municipal de Jaú implantou nas escolas municipais o Projeto de Educação Patrimonial em 2010. As Secretarias Municipais de Educação e a de Cultura e Turismo desenvolveram um projeto de Educação Patrimonial para alunos do 4º ano do ensino fundamental que atendeu 1210 alunos em 2010 e 1873 em 2011. A autora do projeto e o supervisor usaram como referencial teórico os princípios da Educação Patrimonial de Maria de Lourdes Horta e de interpretações de sítios históricos de Murta e Goodey. As duas teorias se complementam ao justificar a preservação de bens preserváveis através do conhecimento, apropriação e roteiros interpretativos que provoquem emoções e afeição. O objetivo do Projeto de Educação Patrimonial: Conhecer para preservar é divulgar principalmente o patrimônio edificado do município através de atividades ministradas pelos professores de educação básica e de Arte da rede pública municipal, favorecendo o conhecimento por parte do jovem da paisagem urbana construída ao longo dos anos, a atribuição de simbolismo emocional e apropriação do patrimônio histórico. O projeto está dividido em três fases distintas. A primeira consiste em uma apresentação de um breve histórico e características gerais da arquitetura eclética através de uma exibição de fotografias do início do século XX, destacando elementos arquitetônicos recorrentes nas edificações deste recorte temporal. A pesquisa em publicação sobre o patrimônio local permite o aprofundamento e reconhecimento de algumas características estudadas, bem como, fazer reflexões sobre quem construiu e habitava nas edificações preserváveis. Na segunda fase os alunos participam de uma visita guiada por um historiador pelo sítio histórico. Os estudantes têm a oportunidade de ver as edificações pesquisadas in loco e participar de um roteiro interpretativo cujo objetivo é despertar a emoção de estar em contato com a história local. A terceira fase prioriza a apropriação do objeto de estudo com a produção de painéis com as mais diversas técnicas de arte com suas interpretações do patrimônio local e demonstração de afeição aos bens pesquisados. O conjunto de painéis produzidos é exposto no Museu Municipal de Jaú, onde os próprios alunos funcionam como multiplicadores do conhecimento adquirido ao trazerem suas famílias para visitarem as obras. A Educação Patrimonial propicia o despertar da afeição e apropriação pelo patrimônio natural e edificado do município e será o alicerce para o exercício da cidadania e preservação dos marcos da história local. Palavras-chave: Educação Patrimonial. Arte. Afeição

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 70

ENSINO COLABORATIVO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: NOVAS PERSPECTIVAS INCLUSIVAS

Eliane Morais de Jesus Mani Pedagoga licenciada pela

FAAG/Agudos. Especialista em Educação Especial pela FJB/José

Bonifácio. Especialista em Psicopedagogia Clínica e Educacional

pela UNAR/Araras. Professora do Ensino Especial da Rede Municipal de

Bauru. [email protected]

A Educação Inclusiva rompe com conceitos e práticas educacionais tradicionalistas, partindo de uma filosofia segundo a qual todas as crianças podem aprender e fazer parte do contexto escolar e comunitário. Sob este princípio a diversidade é valorizada, já que fortalece a turma oferecendo maiores oportunidades de aprendizagem. Historicamente a prática docente faz com que professores sintam-se alienados nas escolas porque são proporcionados poucas ou nenhuma oportunidade para uma interação cooperativa desses profissionais. O ensino colaborativo vislumbra uma nova postura dos professores frente às necessidades da escola inclusiva, pressupõe um trabalho em equipe onde são permitidas trocas de experiências, planejamento conjunto e interação construtiva, dando condições para compartilhar certezas e dúvidas, anseios e expectativas. Esse exercício ajuda os professores melhorarem suas habilidades profissionais viabilizando uma autonomia da própria prática pedagógica, não de forma isolada e solitária, mas de maneira cooperativa, otimizando o papel do professor e consequentemente a qualidade de ensino, sobretudo para os alunos com necessidades educacionais especiais (NEE). O termo colaboração nos remete a ideia de ajuda, apoio e companheirismo, neste modelo educacional os professores trabalham em comum acordo, sem deixar de assumir cada qual suas responsabilidades. As estratégias adotadas na sala de aula, específicas para o trabalho com os alunos com NEE, acabam por tornar-se efetivas também para os demais alunos da sala de aula. Assim, são realizadas propostas de trabalhos em grupos, em duplas, em espaços físicos modificados ou alternativos, que já fazem parte do cotidiano escolar, mas passam a atender as especificidades de uma educação inclusiva. A experiência de vivência como professora Itinerante do Ensino Especial na Educação Infantil no município de Bauru, envolvendo a orientação e a atuação na sala comum como professora de apoio no processo de inclusão de alunos autistas e outras NEE têm caracterizado provas significativas de sucesso, vencendo inúmeras barreiras, minimizando preconceitos e princípios arraigados sobre a capacidade de aprendizagem desses alunos. Este estudo tem por objetivo destacar o processo de inclusão por meio de ações práticas direcionadas às crianças, descrever estratégias e intervenções, além de ressaltar a importância do trabalho colaborativo entre a professora especialista e a da sala comum na Educação Infantil. No início do ano letivo eram realizados atendimentos a um aluno autista três vezes por semana na sala de aula comum, porém com a chegada de outro aluno com diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e Distúrbio de Linguagem, surgiu a necessidade de estender os atendimentos a um caráter diário, tendo em vista diversas complicações e ajustes necessários tornando essencial o apoio da professora especialista na sala comum, ainda a perspectiva colaborativa como estratégia fundamental no trabalho pedagógico. A princípio a inserção de mais de um aluno com NEE que exige um nível maior de intensidade de apoio numa mesma sala de aula foi extenuante e ordenou a reflexão e o empenho de novas práticas educacionais. Contudo, no decorrer do ano os resultados obtidos cotidianamente tem demonstrado uma evolução surpreendente no desenvolvimento de aprendizagens e interação social dos alunos. Palavras-chave: Educação inclusiva. Ensino colaborativo. Educação Infantil.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 71

ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA E AFROBRASILEIRA: DA LEI À FORMAÇÃO DO PEDAGOGO

Emilene de Fátima Oliveira Aluna de Graduação do curso de Pedagogia no IESB- Instituto de

Ensino Superior de Bauru. Funcionário Público Municipal.

[email protected]

Edson Fernandes [email protected]

Este estudo teve sua origem na preocupação ante as mudanças propostas pela Lei Federal 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio da rede pública e particular. O conhecimento é o mais poderoso instrumento contra o preconceito, portanto há de se construir uma prática educativa que respeite as diferenças, entendendo-as como parte da riqueza cultural do Brasil. Assim, tendo como base a Lei 10.639/2003, compreende-se que os cursos de Pedagogia devem contemplar em sua grade curricular a História e Cultura Africana e Afro-Brasileira, uma vez que a formação acadêmica do professor é necessária para a consolidação da referida lei. Parte-se do princípio de que o tema desta pesquisa é imprescindível, pois a efetivação da referida lei constitui novas diretrizes pedagógicas que reconhecem a importância dos africanos e afro-brasileiros na construção do Brasil ao longo da história, visando a educação de qualidade como um direito de todos e onde todos se reconheçam. Foram estabelecidas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais que apontam a formação dos professores como indispensável para uma educação de qualidade, tendo como finalidade a valorização e o reconhecimento da Cultura e da História dos Afro-Brasileiros. Neste contexto, questiona-se se os cursos de Pedagogia da cidade de Bauru contemplam em sua grade curricular conteúdos referentes ao Ensino de História e Cultura Africana e Afro-brasileira. Deste modo, este trabalho de pesquisa tem por objetivo analisar as grades curriculares dos cursos de Pedagogia, cuja modalidade seja presencial na cidade de Bauru, com ênfase no Ensino de História e Cultura Africana e Afro-brasileira. Paralelamente, buscará apresentar breve histórico da trajetória do negro no Brasil, analisar a Resolução n°1 do Conselho Nacional de Educação/ Conselho Pleno (CNE/CP), de 15 de maio de 2006, e aprofundar conhecimento na Lei 10.639/2003. Essa pesquisa pode ser definida como exploratória, bibliográfica, documental e qualitativa, pois para realização desse projeto partir-se-á de uma pesquisa exploratória que se dará por meio da busca por referencial teórico para embasar a sua construção. O Brasil é um país constituído por diversas etnias, portanto a educação formal necessita comprometer-se com a formação da identidade dos brasileiros, valorizando a inalienável contribuição dos africanos e afro-brasileiros na construção do país. Palavras-chave: Educação. Lei Federal 10.639/2003. Diversidade cultural. Currículo. Formação do pedagogo.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 72

FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE PROFESSORES NO BRASIL: EM BUSCA DE METODOLOGIAS EFICIENTES

Fabíola Pereira Soares Graduada em História pela

Universidade do Sagrado Coração. Mestrado em Planejamento Urbano e Regional: Assentamentos Humanos,

UNESP –Bauru. Doutorado em Educação Brasileira, UNESP Marília.

[email protected]

Diante dos desafios colocados pelas novas tecnologias, formas de gestão inovadoras e reorganização das formas de produção, a formação de professores no Ensino Superior torna-se uma modalidade de formação com ligação imediata a conjuntura global, e com responsabilidade de buscar maneiras de formar o cidadão para interagir de forma criativa na sociedade cada vez mais globalizada, com necessidades inéditas em relação aos seus cidadãos. Este trabalho pretende realizar uma discussão teórica sobre o papel do professor de Educação Básica e Ensino Superior focando a formação deste profissional para o exercício da docência e as possibilidades de melhoria de seu desempenho a partir do intercâmbio de experiências e cursos de aperfeiçoamento. Para tanto, envolverá a crítica à legislação específica da Educação- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- nº 9394/96- em todas as diferentes modalidades de ensino no Brasil. Os sistemas de avaliação, que passaram a fazer parte da rotina escolar em todas as modalidades de ensino- PROVINHA BRASIL, SARESP, ENEM e ENADE- a partir dessa reflexão poderá ser delineado o perfil desejado para os profissionais que exercem o magistério e as possibilidades de aperfeiçoamento de frente a estas novas exigências colocadas. A abordagem de conceitos como qualidade, competência e saber; se torna fundamental, pois objetiva a uma reflexão sobre a profissão docente na atual realidade do país, e a defesa de práticas que envolvam a troca de experiências entre docentes será defendida como um dos instrumentos eficazes na preparação do professor que está em formação inicial (graduação), e com a mesma importância para os professores que já atuam em diferentes sistemas de ensino de diferentes modalidades. As colocações serão respaldadas em experiência, realizada pela pesquisadora, que objetivou estabelecer um intercâmbio de experiências docentes bem sucedidas entre professores de diferentes modalidades de ensino, do qual resultou a tese de doutorado: “Encontro de ideias: proposta de valorização e recurso de formação de professores” Palavras–chave: Formação docente. Qualidade. Competências. Saberes.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 73

GESTÃO ESCOLAR: O DESAFIO DO INTERPESSOAL Ana Carolina Franco dos Santos

Pedagoga licenciada pela UNESP/Bauru, com especialização

em psicopedagogia e complementação em Gestão e

supervisão escolar. [email protected]

Josiane Faxina Pedagoga licenciada pela

UNESP/Bauru, com especialização em psicopedagogia e

complementação em Gestão e supervisão escolar.

[email protected]

Concebendo a escola como espaço de desenvolvimento de aprendizagem, bem como de interações sociais e formação do cidadão para atuar criticamente numa sociedade dinâmica e globalizada, o artigo que originou esse resumo tinha o propósito de verificar a atuação da gestão educacional e investigar a importância que esta dava para as relações interpessoais. É fundamental em uma administração fundamentada no diálogo que todos os membros da comunidade escolar estejam comprometidos com o processo de ensino- aprendizagem e co-responsabilizem pelos resultados obtidos. É consenso que a escola deve criar oportunidades para o desenvolvimento de relações interpessoais, cognitivas, afetivas e éticas, no entanto é comum diante dessa visão um relacionamento ainda conturbado da gestão escolar com pais, professores e equipe. Nesse âmbito procurou-se comparar como as relações interpessoais estabelecem-se como princípios de participação e responsabilização pela gestão de pessoas. Foi aplicado questionários em uma escola estadual e outra municipal, para todos os membros da equipe escolar sem distinções, desde a agente de limpeza até a direção da escola, que teriam que responder questões dissertativas com espaço para respostas objetivas como sim e não e para dissertarem sobre como as relações interpessoais eram permeadas no ambiente escolar. Nas questões abordamos assuntos sobre gestão democrática, Projeto Político Pedagógico e as relações interpessoais propriamente ditas. E tentamos relacionar as questões de forma que os profissionais nos dessem indícios de que forma as relações estabelecidas afetam a administração da instituição e o processo de aquisição da linguagem pelo aluno (na construção do conhecimento). A presente investigação concluiu que as práticas gestoras apesar de terem avançado no campo conceitual e teórico ainda carregam arraigadas no cotidiano escolar muitas concepções das administrações empresariais, herança dos modelos tecnicistas herdados do regime militar pós-64. Percebe-se que os membros da equipe escolar ainda não compreendem a importância social da escola como instituição de superação de modelos vigentes. Ao escolher duas escolas públicas, onde a função social da escola é muito mais ampla, distinguimos os tipos de sistemas avaliados, para avaliar se de alguma forma essa diferença afetava as relações interpessoais e os modelos de gestão. Apesar de quantitativamente as respostas terem sido parecidas e os gráficos apresentarem pouca diferenciação percentual nos resultados, podemos através da observação e da análise qualitativa das questões dissertativas observarmos diferenças importantes para uma primeira compreensão da coletividade no ambiente escolar. Uma gestão realmente fundamentada no diálogo, mostrou-se como aparece no discorrer dessa investigação, utópica. No entanto, como fundamentado acima a utopia pode acontecer, desde que todos se sintam envolvidos no processo de busca por uma sociedade mais participativa e democrática. Palavras-chave: Gestão democrática. Relações interpessoais. Participação coletiva.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 74

IMPRENSA ESCOLAR: ELABORAÇÃO DO JORNAL DA HISTÓRIA DO BAIRRO JARDIM DA GRAMA – CEJA – BAURU/SP

Maria Aparecida Couto Pedagoga licenciada pela Faculdades

de Pinhais – FAPI/Pinhais e Especialista em Gestão Escolar pelo Centro Universitário de Araras “ Dr. Edmundo Ulson” – UNAR/Araras. E-

mail: [email protected]

O ensino vem sentindo alterações rápidas no espaço que ocupa na vida, na preparação do cidadão. O ser humano e a humanidade como um todo, sempre procurou se aperfeiçoar, isto, aguça a criatividade, desperta o gênio inventivo, destaca e tempera o caráter, a capacidade de resistência e adaptação, da mesma forma, tem que se preparar para um novo tempo e isto, na educação, pode ser incentivado pelo educador. Neste sentido, a escola não pode ignorar o que se passa no mundo. As novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) transformam espetacularmente não só nossas maneiras de se comunicar, mas também de trabalhar, de decidir e de pensar. As constantes mudanças tecnológicas e a velocidade com que a informação e a comunicação evoluem, atualmente exigem com que os educadores utilizem à informática e outros meios de comunicação, beneficiando a prática profissional. Pensando nesse contexto e tendo em vista as dificuldades apresentadas pelos educandos da EJA, em relação à leitura de jornais, bem como a realização de um sonho pessoal, elaborar o jornal da sala de aula, foi realizado este projeto no Centro Educacional de Jovens e Adultos de Bauru (CEJA), no bairro Jardim da Grama durante a Oficina de Informática Imprensa Escolar. Realizou-se um trabalho com o uso das novas Tecnologias da Informação e da Comunicação, suas contribuições e desafios no mundo virtual na EJA. A Secretaria Municipal de Educação, através da Formação Continuada de Educadores, em parceria com o Planeta Educação, disponibilizava oficinas possibilitando aos educadores a apropriação dos recursos tecnológicos para enriquecimento da prática pedagógica. A sala de aula do CEJA, localizada na igreja São Sebastião, não frequentava o Ambiente de Informática. Com a participação da educadora nas oficinas, buscou-se alternativas para envolver os educandos na era tecnológica. As atividades propostas na oficina eram adaptadas em sala de aula aos educandos e este material organizado pela educadora na produção do jornal, através do Programa Microsoft Office Publisher. Dentro do contexto de aprendizagem, as aulas tornaram-se prazerosas; houve um momento “note book em sala de aula” para compartilhar as produções das oficinas e a partir dessa iniciativa despertou, em algumas senhoras, o interesse para desvendar o mundo tecnológico e semanalmente participaram da Informática no CEJA. Atualmente os educandos frequentam o Ambiente de Informática quinzenalmente. A partir da primeira edição do Jornal instigou-se a realização da segunda edição, concluída no primeiro semestre de 2011; fomenta-se perspectivas futuras de novas edições. As TICS não devem ser ignoradas e independentemente onde as salas estão localizadas, nós educadores, precisamos ousar, renovar o trabalho e a tecnologia pode ser uma valiosa ferramenta pedagógica. Palavras-chave: CEJA. Tecnologia. Imprensa escolar. Jornal. Jardim da Grama.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 75

INCLUSÃO ESCOLAR: PROPOSTA DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO DA APAE DE BAURU Salete Regiane Monteiro Afonso

APAE de Bauru (SP). [email protected]

O presente trabalho pretende apresentar o serviço de Atendimento Educacional Especializado – AEE do Centro de Apoio Pedagógico Especializado da APAE de Bauru para alunos da Educação Infantil e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) matriculados nas Escolas Municipais de Bauru. Tem como base a regulamentação da Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva (BRASIL, 2008), que é o reflexo de toda normatização interna existente (Constituição Federal, 1988), somada às diretrizes internacionais vigentes, para os temas: pessoas com deficiência e educação. Além destes, foram utilizados instrumentos normativos e técnicos, tais como: Decreto Nº 6.571/2008; Nota Técnica – SEESP/GAB/Nº 9/2010; Resolução nº 4, de 02 de outubro de 2009, dentre outros. A ideia é garantir às pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação o acesso a um sistema educacional que prime pela inclusão de todos, eliminando as barreiras que possam dificultar ou impedir tal acesso. Compreende-se que a Educação Especial deve estar presente em todos os níveis e modalidades, realizando o AEE que deve ser oferecido de forma não substitutiva à escolarização. O objetivo é ofertar atendimento educacional especializado no contra turno da escolarização para pessoas com deficiência física, intelectual, múltipla e transtorno global do desenvolvimento. O serviço tem como meta a formação continuada para os professores que atendem a esses alunos, bem como os familiares. A fundamentação teórica está pautada nos princípios filosóficos de Dignidade Humana, Igualdades de Direitos e Participação.É utilizada a abordagem sociointeracionista e para isso, fundamentamo-nos em Vygotsky (1998). As ações do Centro estão voltadas para a identificação, elaboração e organização de recursos pedagógicos e de acessibilidade considerando as necessidades específicas dos alunos com o intuito de propiciar autonomia e independência. As atividades do AEE se diferem das que são realizadas no ensino comum, pois são direcionadas para o desenvolvimento das potencialidades e habilidades de cada indivíduo. Para avaliação diagnóstica, serão utilizados como subsídios, os documentos presentes na Resolução SE nº 11 de 31 de janeiro de 2008, alterada pela Resolução SE nº 31 de 24 de março de 2008 (SÃO PAULO, 2008); no caso específico de crianças até seis anos de idade será utilizado ainda o Inventário Portage Operacionalizado. De posse destes resultados diagnósticos será elaborado o Plano de AEE para os alunos do Centro. A inclusão escolar de pessoas com deficiências e transtorno invasivo do desenvolvimento tem sido alvo de muitas discussões e reflexões, no entanto este assunto ainda não se esgotou e requer uma soma de esforços para que ocorra de fato. O atendimento educacional especializado (AEE), neste contexto da educação inclusiva, se torna extremamente necessário, visto que é a partir deste trabalho que será avaliado cada aluno na sua especificidade e produzido recursos importantes para o desenvolvimento cognitivo e de aprendizagem. Partindo deste princípio o Centro de Apoio Pedagógico Especializado da APAE de Bauru, oferecendo o AEE, vem contribuindo de forma significativa para o processo da inclusão escolar. Palavras-chave: AEE. Inclusão escolar. Deficiência.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 76

INFORMATIZANDO A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: NOVAS PERSPECTIVAS

Daiely Aparecida de Jesus

Estudante do curso de licenciatura plena em pedagogia do Instituto de Ensino Superior de Bauru (IESB).

Graziella Ribeiro Soares Moura

Pedagoga. Mestre em Educação para a Ciência

(Unesp/Bauru). Doutora em Educação Especial (Ufscar). Docente do Instituto

de Ensino Superior de Bauru e da Fatec/Bauru.

O avanço da tecnologia impõe à escola questionamentos sobre métodos e ferramentas no processo de aprendizagem dos alunos, fazendo com que não seja mais possível ignorar essa realidade. A disciplina de matemática constitui um desafio para muitas crianças que não conseguem ver a sua ligação com outras disciplinas e com a própria vida. Isso demonstra a falta de contextualização e significado, que pode ser superada com o auxílio da tecnologia mais próxima dos alunos, o computador. Dessa forma tem-se o seguinte questionamento, qual seria a influência exercida por um aplicativo computacional na aprendizagem da educação matemática? Esse estudo teve como objetivo avaliar a influência que um aplicativo computacional exerce sobre a aprendizagem matemática em alunos do 4º ano do Ensino Fundamental, verificar a adequação das atividades utilizadas para a faixa etária das crianças, comparar o desempenho dos alunos nos exercícios realizados pelo aplicativo computacional e de forma convencional (papel e lápis) observando se há motivação, interesse e estímulo durante a realização das atividades, identificar quais foram às dificuldades apresentadas tanto por meio do aplicativo como pela forma convencional. A metodologia aplicada teve como técnica a observação sistemática e como instrumento um formulário de observação estruturado, visando identificar os objetivos estipulados. O estudo consistiu da aplicação das atividades matemáticas de forma convencional e posteriormente a realização das mesmas atividades por meio do aplicativo computacional. Com os resultados preliminares verificou-se que o aplicativo computacional exerce grande influência de motivação, interesse e estímulo nos alunos participantes, identificou-se que as dificuldades apresentadas nas duas etapas de realização do estudo estão ligadas a resolução de problemas, cálculo, raciocínio, lógica e interpretação do enunciado. Comparando a aplicação nas duas etapas, percebe-se que com o aplicativo computacional aumentaram-se as porcentagens de acertos, visto que o computador proporciona que o aluno verifique se acertou ou errou o resultado, no caso de erro ele sente-se desafiado e realiza novamente o exercício buscando a resolução correta. Palavras-chave: Educação Matemática. Aplicativo computacional. Ensino e aprendizagem

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 77

MEDIAÇÕES EDUCACIONAIS: ARTE NA ESCOLA

Prof.ª Maria Luiza Calim de Carvalho Costa

FAAC/Unesp- Bauru [email protected]

Prof.ª Dr.ª Guiomar Josefina

Biondo FAAC/Unesp- Bauru

[email protected]

Prof.ª Dr.ª Eliane Patricia G. Serrano

FAAC/Unesp- Bauru [email protected]

O Pólo Bauru-FAAC/UNESP - Arte na Escola nasceu de um convênio entre a UNESP e o Instituto Arte na Escola, firmado em 2004, com o objetivo de qualificar processos educacionais em arte. É um projeto de Formação Continuada, que através da reflexão permanente sobre a prática docente no contexto escolar, visa a ampliação de repertório em arte e educação através da articulação de teorias e transposições didático-pedagógicas. Entendendo a arte como linguagem, área de conhecimento específica e de produção de sentidos, busca auxiliar o docente, com vínculo na rede pública de educação, a formar o sujeito conhecedor da linguagem artística, capaz de compreendê-la e utilizá-la em suas relações histórico-culturais. O projeto tem promovido grupos de estudos com reuniões quinzenais aos professores da rede pública municipal e estadual na região de Bauru, palestras, encontros, oficinas e, aos professores cadastrados no projeto, oferece um acervo composto por livros, catálogos de exposições, revistas e uma dvdteca com, atualmente, 160 títulos sobre arte brasileira contemporânea, para consulta e empréstimo. É vinculado ao DARG/FAAC e coordenado pela Profa Dra Maria Luiza Calim de Carvalho Costa – coordenação geral- e pela Profa Dra Guiomar Josefina Biondo- coordenação pedagógica. As ações do Pólo buscam uma metodologia que possibilite ao professor que construa o conhecimento e forneça condições para que ele leve seu aluno a construir seus próprios trajetos de leitura. Em 2011, no 1o. semestre dois cursos foram oferecidos: "Cultura Popular de Massa e sua Função Pedagógica nas Experiências Estéticas" ministrado pela Profa Dra Guiomar J. Biondo e “Arte Brasileira e Latino-Americana: Diálogos Culturais” ministrado pela Profa Dra Maria Luiza Calim de Carvalho Costa. No segundo semestre, um curso intitulado "A Mediação e Expressividade dos Materiais" está sendo ministrado pela Profa Dra Eliane Patricia G. Serrano no período da manhã e no período da tarde uma série de palestras com profissionais de vertentes variadas. Como resultado, desde 2004, o Pólo tem atuado em Bauru e região, atendendo e fornecendo espaço de atualização, estudo, pesquisa e discussão aos professores da rede pública municipal e estadual; emprestando material do acervo para qualificar o ensino de arte na escola pública cumprindo a missão extensionista da universidade. Palavras-chave: Arte na Escola. Educação continuada. Arte brasileira contemporânea.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 78

MUSICALIZAÇÃO E TEXTUALIDADE: RELAÇÕES ESTRUTURAIS ENTRE A FORMA-SONATA COM O TEXTO José Luiz de Oliveira Coutinho Aluno do curso de licenciatura em

Pedagogia da Universidade Estadual Paulista - UNESP campus Bauru.

[email protected]

Rosa Maria Manzoni Doutora em Linguística, da

Universidade Estadual Paulista – UNESP campus Bauru.

O presente trabalho estudou a importância da música e seus elementos, como subsídio para apresentar a forma-sonata e com isso, a sua relação com o texto e, posteriormente buscou semelhanças entre ambos, tendo como suporte teórico o desenvolvimento conceitual de Vygotsky. Centrou-se na possibilidade de verificar as relações estruturais entre a forma-sonata e o texto, através de apresentações onde música e texto são exibidos ao vivo. Um quarteto de cordas e outro grupo formado por quatro pessoas que farão a leitura de um texto é que se examinará a possibilidade dessa relação. A metodologia da pesquisa utilizada foi a pesquisa-ação. Para tal, foram feitas seis apresentações. Em todas as experiências, foi contextualizado o desenvolvimento da música cientificamente, culminando com o surgimento de estruturas organizadas de composição musical, entre elas a forma-sonata, e com o texto buscou-se explicitar o que faz com que um texto seja um texto, quais pressupostos estão contidos em um texto para que ele exista como tal, com isso trabalhar as estruturas, música e texto paralelamente. A peça musical para apresentação da forma-sonata foi: “Eine Kleine Natmusick”, (Pequena serenata noturna) de Mozart, cujo primeiro movimento é na forma-sonata. Foi escolhido o texto de José Oliva, “Pessoas são músicas, você já percebeu”? Para explorar a construção textual. Os resultados colhidos permitiram dizer que a música, pela sua complexidade, é um conceito que só pode ser transformado em unidade para o músico, ou pessoa que a estude, e a conheça cientificamente, mesmo que esteja associada a um texto, que é estudado por um maior número de pessoas. Palavras-chave: Musicalização. Texto. Aprendizagem.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 79

NA BOLSA AMARELA, ENCONTRAMOS MONTEIRO LOBATO

Miriam Aparecida Ferreira Fernandes

Formada em Letras Português/Inglês e Pedagogia pela USC Bauru, Leciona

na rede estadual de ensino para o Ensino Fundamental II com projeto Hora da Leitura em escola de tempo integral e com recuperação paralela

em Língua Portuguesa; no SESI trabalha com a EJA no Ensino

Fundamental; Pós Graduanda em Ética, Valores e Cidadania pela USP.

[email protected]

Como é do conhecimento de todos, despertar o gosto e o prazer pela leitura nos pré-adolescentes e adolescentes brasileiros não é uma tarefa fácil, porém que não pode ser deixada de lado em momento algum. A constante conscientização da mesma deve acontecer em todas as faixas etárias, apresentando novos autores, tipos de textos, temas numa proposta que vise a autonomia leitora. Ler na linha, nas entrelinhas e por de trás da linha, é outro desafio a ser vencido, buscando a formação da competência leitora e consequentemente escritora. Diante de tais colocações é que resolvi desenvolver o projeto em questão na escola estadual de tempo integral “José Aparecido Guedes de Azevedo”, com os alunos da 6ª série “C” do Ensino Fundamental II, na disciplina curricular Hora da Leitura, enviando-o inclusive para o Prêmio “Viva Leitura”. O projeto denominado “Na Bolsa Amarela Encontramos Monteiro Lobato”, veio de uma necessidade de trabalhar a leitura em primeiro lugar por conta da disciplina que leciono, mas também por questões nada relacionadas aos conteúdos, porém que exigiam (essa é a palavra) de uma intervenção urgente quanto a organização, responsabilidade, envolvimento dos alunos com a escola, inter-relacionamento professor-aluno, aluno-aluno, valores, enfim, encontrei na Bolsa Amarela de Lygia Bojunga Nunes e, posteriormente em “Minhas Memórias de Lobato – contadas por Emília, a Marquesa de Rabicó e Visconde de Sabugosa (Luciana Sandroni)”, elementos que poderiam me ajudar a pelo menos minimizar alguns dos problemas que essa sala apresenta (uso o verbo no presente porque o projeto ainda não finalizou, e a avaliação não é total). Partindo dos conhecimentos prévios dos alunos, pesquisa biográfica dos autores, leitura de texto da autora, desenhos, exercícios de reflexão objetivando sensibilizá-los até o momento de chegarmos à leitura coletiva do primeiro livro citado, sempre com pesquisa no dicionário e discussões em rodas da conversa a respeito da leitura feita, fomos construindo juntos nosso conhecimento, interagindo mais, fazendo-os perceber algumas semelhanças com a personagem principal – Raquel, conhecendo o clássico “Sítio do Pica-Pau-Amarelo” que poucos conhecem e ainda assim superficialmente e trazendo elementos dessa obra como a criatividade a importância de brincar, procurando resgatar com eles coisas de nossa cultura como por exemplo o Saci, que é presença marcante para Monteiro Lobato e acima de tudo, o ato de pesquisar que é um dos temas abordados no segundo livro. A leitura coletiva foi e é algo muito importante, todos liam e lêem uma página em todos os nossos encontros e têm melhorado a cada dia em tudo que foi escrito anteriormente. Palavras-chave: Leitura. Lygia Bojunga. Monteiro Lobato. Bolsa amarela. Sítio do Pica-Pau-Amarelo.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 80

O CONHECIMENTO MATEMÁTICO DE ESTUDANTES DOS ENSINOS FUNDAMENTAL E MÉDIO SOBRE FRAÇÕES E DECIMAIS: ALGUMAS REVELAÇÕES SURPREENDENTES Graziella Ribeiro Soares Moura Licenciada em Pedagogia. Mestre em

Educação para a Ciência (Unesp/Bauru) e doutora em

Educação Especial (Ufscar). Docente do IESB e Fatec/ Bauru. [email protected]

Antonio Celso de Mattos Licenciado em Matemática e

Engenharia Química. Mestre em Saúde Coletiva (USC/Bauru). Docente

do IESB. [email protected]

Aprender matemática se faz, atualmente, mais do que necessário, é um ingrediente fundamental para a sobrevivência nesta sociedade que a cada dia se torna mais matematizada, em função da evolução tecnológica que tende a dominar vários setores da vida humana. O saber matemático que a escola tem por responsabilidade tornar assimilável pelo aluno é útil e imprescindível para a vida das pessoas. Sendo assim, os estudantes necessitam aprender a linguagem matemática que é ensinada, por excelência, na instituição escolar. Dados do último Exame Internacional de Avaliação dos Estudantes da Educação Básica, o Pisa, realizado em 2009 revelou que mais da metade dos alunos dos ensinos fundamental e médio encontram-se em um nível insatisfatório de aprendizagem matemática, indicando desempenho abaixo do esperado pela idade/ano escolar. Esta avaliação colocou o Brasil na 57ª posição na disciplina matemática, colocação pior do que em leitura e ciências em que obteve o 53º lugar dentre 65 países. Os resultados das últimas avaliações do Sistema de Avaliação da Educação Básica, a Prova Brasil e do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo, o Saresp, corroboraram as estatísticas do Pisa ao demonstrar rendimento aquém da média estipulada pelos órgãos governamentais da educação. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo verificar o conhecimento dos estudantes sobre números racionais: frações e decimais, conteúdo este, muito importante e totalmente necessário para a formação dos alunos. Empregou-se como delineamento a observação direta extensiva com a aplicação de um protocolo com dezessete exercícios/testes contemplando os conteúdos frações e decimais a 317 alunos do 6º ao 9º anos do ensino fundamental e do 1º ao 3º anos do ensino médio de escolas públicas e particulares do município de Bauru/SP. A coleta de dados foi realizada pelos licenciandos do 5º nível do Curso de Pedagogia do IESB durante o 2º semestre de 2010. Concluiu-se que existe uma defasagem muito grande no desempenho destes estudantes com relação aos conteúdos investigados, uma vez que no total, cerca de 70% deles não conseguiram realizar e responder aos exercícios/testes corretamente. Necessário se faz rever os processos pedagógicos, pois os conhecimentos contemplados nos protocolos são ensinados por volta do 5º ano do ensino fundamental. Palavras-chave: Educação matemática. Ensino e aprendizagem. Frações e decimais.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 81

O DESENHO INFANTIL: UM DOS ELEMENTOS DA PRÉ-HISTÓRIA DA LINGUAGEM ESCRITA

Gislaine Rossler Rodrigues Gobbo

Professora de educação infantil da rede municipal de Bauru, licenciaturas em Letras e Pedagogia, professora bolsista da Unesp de Bauru, Mestre em educação na área de educação brasileira na linha de linguagens-

UNESP-Marília. [email protected]

Stela Miller

Professora Doutora do programa de pós-graduação da UNESP-Marília.

O objetivo deste trabalho é evidenciar a partir de referencial teórico na perspectiva Histórico Cultural a existência de uma pré-história de desenvolvimento da linguagem escrita, que revela como os desenhos contribuem para a inserção da criança pré-escolar no universo da escrita. Para comprovar a hipótese da mediação do desenho para aprendizagem desse sistema cultural complexo, utilizamos para geração de dados quatro sujeitos participantes da pré-escola, em uma unidade pública municipal. Esses sujeitos foram acompanhados nas produções gráficas por meio de observação, análise documental dos registros, imagens fotográficas dos desenhos e reescritas de histórias. Duas crianças participaram nos quatro anos dos estudos e outras duas se inserem no percurso. Diante dos resultados obtidos, pudemos verificar que inicialmente as crianças com três anos tinham ação prazerosa pelos rabiscos e garatujas, nesse período agiam pela ação e pesquisa com os materiais disponibilizados, quando o professor intencionalmente realizava intervenções com imagens, repertórios e narrativas contadas ou lidas, essas situações enunciativas conduziam à representação figurativa, ou seja, desenhar a figura humana. Aos quatro e cinco anos, a trajetória dos sujeitos participantes, demonstrou que houve poucas experiências com desenhos. Nesse período intermediário, nos anos de 2006 e 2007, desenhar remetia à ação espontânea sem intervenções das mediadoras, para avanços no processo, como também, servia para ilustração de datas comemorativas e avaliações de conteúdos. A ausência com desenhos nesse período denota poucos momentos de autoria ou subjetividade. No período final, em 2008, o desenho como elemento participante do desenvolvimento humano retoma seu papel, pelas intervenções realizadas pelo Outro no papel do professor. Os sujeitos desejam dizer algo por meio dos desenhos em diversas situações discursivas e enunciativas, assim passam a utilizá-los em momentos de dialogia para expressar ideias a interlocutores, dessa forma, fazem uso da escrita pictográfica, aquela que contribui para recordação de conteúdos por imagens. Pela mediação do professor e contato com os gêneros orais e escritos adquirem noções da estrutura da escrita e percebem que além de desenhar palavras podem também escrevê-las e ocorre a inserção nesse ensino. Palavras-chave: Educação infantil. Desenho. Cultura escrita. Trabalho docente. Aprendizagem-desenvolvimento.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 82

O DISCURSO PUBLICITÁRIO NUMA ABORDAGEM SEMIÓTICA Maria Cristina Deziró Fernandes

Mestra em Comunicação pela UNESP-Bauru. Professora de Inglês

da Rede Municipal de Ensino de Bauru.

[email protected]

Em plena era da comunicação midiática, o público-receptor de mensagens publicitárias torna-se, muitas vezes, refém de determinado produto ou serviço por não ter a devida compreensão do aspecto discursivo e da manipulação exercida pelas diferentes mídias. A linguagem publicitária, utilizando-se de novos aparatos tecnológicos pode persuadir e potencialmente controlar ideias e comportamentos sem o uso da força. Estímulos midiáticos de imagens, cores, formas, dimensões, texturas, volumes, espessuras, sons, ruídos e palavras despertam a percepção sensorial humana e, sem pedir licença, tomam conta da mente do público receptor, provocando-lhe impressões, sentimentos, emoções e sensações. Assim, os apelos publicitários emitidos aos sentidos humanos provocam reações na mente receptora que, por sua vez, tende a centrar sua atenção e se mover, de alguma forma, rumo ao objeto de consumo, isto é, ao produto ou serviço anunciado. Esse processo pode desencadear um consumo desenfreado de mercadorias, muitas vezes supérfluos. As percepções guiam mais o emocional do que o racional do cliente para que este vá em direção ao consumo; e, por sua vez, os produtores de mídia, conhecedores desta realidade, constroem suas propagandas tendo como base um discurso persuasivo e manipulador. A Semiótica de A. J. Greimas, sendo a teoria da significação e tendo como o objeto o sentido, contribui para uma melhor compreensão do poder manipulador das propagandas de TV, rádio e internet. O percurso narrativo de sentido, preconizado pela semiótica greimasiana, oferece uma importante noção de como as manipulações por sedução (fazer querer-fazer), provocação (fazer dever-fazer), tentação (fazer querer-fazer), intimidação (fazer dever-fazer) acontecem e influenciam sobremaneira o receptor diante da cultura midiática moderna. Enquanto cidadãos e educadores, precisamos ter uma postura reflexiva e crítica diante da realidade midiática que nos é imposta pelos diferentes tipos de propagandas. Esta comunicação apresentará alguns dos muitos exemplos de discursos publicitários e demonstrará a forma que o texto verbal e não-verbal dos mesmos foi construído e quais tipos de manipulação exercem no público-receptor. Desta maneira, através da explanação do trabalho e consequente discussão sobre o tema, o docente terá uma maior reflexão acerca da linguagem publicitária, suas implicações e consequências individuais e sociais, além de tornar-se agente multiplicador para com seu educando no sentido da tomada de consciência de que estes não podem ser apenas meros espectadores das mídias, mas agentes reflexivos e transformadores em suas relações interpessoais e sociais.

Palavras-chave: Discurso publicitário. Manipulação. Semiótica greimasiana.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 83

O ENSINO USANDO O LÚDICO NA APRENDIZAGEM E MATERIAIS RECICLADOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Prof.ª Dr.ª Eliane Mari de Oliveira

Licenciada em Física pela UNESP, mestre em biotecnologia pela UNESP e Doutora em Ciência e Engenharia

pela UNESP, pós-graduada em Educação Matemática.

Prof.ª Fernanda Torres Dinardi

Estudante de licenciatura em Pedagogia, professora assistente de Ensino Fundamental de Ciclo I na Escola de Ensino Fundamental –

Colégio Francisco Garrido.

Prof.ª Débora Cristina Valeze Estudante de licenciatura em

Pedagogia no ISEOL – Instituto Superior de Educação Orígenes

Lessa.

Na atualidade a reciclagem vem apresentando um destaque crescente, na medida em que contribui para a preservação e conservação do meio ambiente e para a solução da questão da destinação dos lixos urbanos. Reciclar é, na sua essência, uma forma de educar e fortalecer nas pessoas o vínculo afetivo com o meio ambiente, despertando o sentimento do poder de cada um para modificar o meio em que vivem. O presente trabalho teve foco na construção e aplicação de atividades lúdicas usando materiais reciclados, tenta-se mostrar quais são as dificuldades que o professor da educação infantil com relação a aquisição de materiais pedagógicos, aqui representados principalmente como brinquedos e jogos que tem o papel de auxiliar no ensino aprendizagem de maneira lúdica. Foram idealizados novos jogos utilizando materiais recicláveis tais como: papelão, plástico, garrafa pet, latas, entre outros e feita a observação e aplicação na etapa II da Educação Infantil. Os jogos criados contribuíram para a aprendizagem e na conscientização das crianças sobre a importância de reciclar para o meio ambiente. A escolha do tema, jogos e brincadeiras provenientes de matérias recicláveis, se deu a partir da vivencia no âmbito escolar, onde observamos a pobre variedade de jogos pedagógicos e também falta de preparo dos professores para utilizar os jogos e criar novas estratégias e recursos mais acessíveis para atender a dificuldades dos seus alunos em sala de aula. O trabalho procurou ensinar e criar alternativas simples e de fácil acesso ao professor em sala de aula, colocando em pauta as dificuldades, as soluções e um novo jeito de realizar o processo ensino aprendizagem em sala de aula. A aplicação foi divertida e prazerosa com vários jogos idealizados e aplicados. O jogo bilboquê feito com bolas de gude e garrafas PET trabalhou a coordenação motora, audição, noção espacial, quantidade, percepção e o reflexo. O boliche trabalhou a coordenação motora, orientação espacial e percepção visual, para ele foram usadas garrafas de danone, tintas, cola e fita transparente. O trabalho por fim deu as crianças noções importantes de aprendizagem além da temática meio ambiente. Palavras-chave: Reciclagem. Ambiente. Jogos. Matemática.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 84

O ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA (IDEB) E AS DIMENSÕES ASSOCIADAS À QUALIDADE DA EDUCAÇÃO NA ESCOLA PÚBLICA MUNICIPAL

Andréia Melanda Chirinéa Mestre em Educação pela

Universidade Estadual Paulista UNESP-Marília, professora da rede municipal de ensino de Bauru-SP e

docente da Universidade do Sagrado Coração.

[email protected]

Este trabalho procurou investigar as dimensões engendradas no interior de duas escolas municipais de ensino fundamental que contribuem para elevar a qualidade da educação no Brasil, demonstrada por meio de testes padronizados, como Prova Brasil e SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica), e compilados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Para tanto, buscou-se compreender as dinâmicas que contribuem para a qualidade na educação, explicitada por meio de índices. Os dados foram coletados em duas escolas dos municípios de Itápolis e Assis, ambas no interior do Estado de São Paulo, com nota IDEB de 8,2 e 2,4, respectivamente, no ano de 2007, ou seja, uma escola com melhor e outra com pior IDEB. O trabalho caracterizou-se por uma pesquisa de abordagem qualitativa com dois objetos de estudo. Os métodos utilizados para a coleta de dados foram: observação, análise documental e entrevistas. Já as análises dos resultados tiveram como parâmetro o documento elaborado pelo MEC/INEP: Indicadores da Qualidade na Educação. O trabalho é relevante para a área da política e gestão da educação na medida em explicita contradições da própria política educacional e qualidade da educação no âmbito da unidade escolar. Os resultados demonstraram que o nível socioeconômico e cultural dos estudantes, os níveis de ensino oferecido na escola e seu tamanho físico, assim como os processos de gestão, constituem fatores determinantes para a qualidade da educação. Palavra-chave: Qualidade educacional. Avaliação externa. Escola pública.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 85

O JOGO E A BRINCADEIRA COMO ESPAÇO DE INCLUSÃO EXPRESSIVA DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Marisa Saccon Vieira EMEI Maria da Conceição Gelonesi –

Bauru-SP. [email protected]

Eliane Gomes-da-Silva

Universidade de São Paulo – FEUSP. [email protected]

Os jogos e as brincadeiras são, possivelmente, os procedimentos teórico-metodológicos mais indicados para se trabalhar adequadamente com as crianças na Educação Infantil, valorizando essa fase cujo o brincar é a atividade principal. Nessa direção, muitas pesquisas e publicações didáticas têm cumprido o papel de desenvolver, organizar e prescrever modalidades de jogos e brincadeiras para auxiliar os professores a desempenhar sua tarefa educativa. Sendo assim, baseados metodologicamente na pesquisa-ação e na autobiografia, empreendemos pesquisa de campo em uma Escola Municipal de Educação Infantil, em Bauru-SP, com uma turma de 4 a 5 anos de idade, com o objetivo de experimentar formas de utilizar jogos e brincadeiras, não como atividades descontextualizadas, mas como fio condutor da prática pedagógica. Nossa hipótese é que esse procedimento poderia nos auxiliar na tarefa de ler, interpretar e conhecer melhor as crianças, bem como percebê-las nas suas necessidades e desejos - para além dos despertados pela indústria cultural - e, desse modo, descobrimos como elas aprendem as linguagens desenvolvidas na Educação Infantil. Pautamo-nos no entendimento de que a criança conhece e dialoga com o mundo, com o outro e consigo mesma a partir de seu modo específico de produzir linguagens, qual seja, sendo corpo-movimento. A hipótese derivou de estudos sobre o Movimento Humano que se fundamentam em uma perspectiva fenomenológica, a qual permite entender o movimento como nutriente da expressividade infantil. É este entendimento que nos aguça o olhar para a leitura e avaliação das expressividades comunicativas das crianças. As possibilidades de tal procedimento teórico-metodológico para a reconstrução da prática pedagógica e da participação efetiva e singular de todas as crianças estão sendo investigadas. Este trabalho apresenta o relato de uma das participantes da pesquisa de campo, que, na condição de professora da Escola em questão, lançou um olhar reflexivo sobre o processo da pesquisa, o que permitiu evidenciar as implicações para sua formação e atuação docente. Considerou que, de um lado, era presa a tentativas de transpor com maior eficiência as propostas técnicas e com regras padronizadas, tais como as indicadas pelos livros, ignorando as expressividades das crianças concretas, seus alunos. De outro, ocupava-se em proteger as crianças de acidentes, bem como promover “ordem” e “harmonia” nas atividades. Pôde concluir que as expressividades das crianças são comunicativas, dinâmicas, e, portanto, exigem a reconstrução constante dos jogos e das brincadeiras. Não poderia, pois, residir na abstração dos livros os subsídios mais qualificados para orientar a prática pedagógica com seus alunos, vivos em suas histórias, que expressam de modos diversos seus desejos, necessidades e possibilidades de aprendizagem. Tomar os jogos e brincadeiras como fio condutor das práticas pedagógicas facilitou-lhe a percepção das contingências desse processo. Por fim, concluiu-se que a observação de si mesma e de seus alunos é o principal instrumento para o aprendizado do professor. Palavras-chave: Autobiografia. Corpo-movimento. Jogos e brincadeiras. Prática pedagógica.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 86

OS FATORES QUE INTERFEREM NO DESEMPENHO ESCOLAR

Camila Martins Mansano Graduanda do Curso de Serviço Social pela Instituição Toledo de Ensino em Bauru. Estagiária em

Serviço Social da Secretaria Municipal da Educação.

[email protected]

Maria de Lourdes Pereira Tozin Assistente Social formada pela Instituição Toledo de Ensino.

Professora de História licenciada pela USC – Universidade do Sagrado

Coração. Supervisora de campo de estágio em Serviço Social da

Secretaria Municipal da Educação. [email protected]

Gercelley Paccola Minetto

Professora Universitária em Serviço Social da Instituição Toledo de Ensino.

Orientadora de Pesquisa Científica para Tese de Conclusão de Curso.

Supervisora acadêmica. [email protected]

Em consideração ao atual sistema econômico capitalista, salienta-se a desigualdade existente entre as classes sociais, favorecendo-se a uma minoria, que em sua maior parte constitui-se de proprietários dos meios de produção, enquanto que a maioria constitui-se de proletários. Portanto, derivando-se da vigência do atual sistema sócio-econômico ocorrem as diversas expressões da questão social, dentre elas, o desemprego, baixa renda familiar, sendo estes, inclusive considerados como fatores que interferem nos processos educacionais e desempenho do aluno, além do nível de envolvimento dos pais quanto à educação formal dos filhos e a relação estabelecida entre escola-família que se expressa principalmente através de participação da família na realidade escolar. Diante da diferenciação do índice de desempenho escolar de educação básica (IDEB) de duas unidades escolares, levantou-se o problema: Quais os fatores que interferem no desempenho escolar? No espaço escolar ocorre, além de diversos processos sociais relacionais, a transmissão sistematizada do conhecimento para a capacitação do indivíduo com resultados mediatos e imediatos, a educação formal é portanto, institucionalizada, prepara o indivíduo para conhecimentos específicos condicionados às necessidades da sociedade na garantia de seu pleno desenvolvimento e sobrevivência. A pesquisa trata-se de um estudo comparativo entre duas unidades escolares, intencionalmente escolhidas dentre as 16 escolas de ensino fundamental do município de Bauru, sendo que uma EMEF apresentou uma das maiores notas no Prova Brasil de 2009, com IDEB 5,9 e a EMEF em comparação, uma das menores notas com IDEB 4,7. O estudo tem por objetivo geral, revelar os fatores que interferem no desempenho escolar de alunos de 5º ano e com os objetivos específicos de identificar o perfil dos professores e o perfil dos alunos de 5º ano das unidades escolares em estudo; evidenciar como os educadores veêm a participação dos pais neste processo e desvelar o grau de envolvimento da família no processo educativo dos alunos. Este estudo refere-se à realização de pesquisa social aplicada com abordagem quali-quantitativa, uma vez que coleta dados objetivos e subjetivos da realidade, sendo desenvolvidas pesquisa bibliográfica e de campo. Para o desenvolvimento da pesquisa utilizou-se como instrumento de coleta de dados, o questionário com perguntas abertas e fechadas, com dados objetivos e subjetivos, endereçados às famílias dos alunos e aos educadores além de se fundamentar teoricamente com diversas obras literárias e informações disponíveis na internet. O universo da pesquisa é composto por 290 alunos do 5º ano das duas escolas municipais e 14 educadores. Portanto, o tema é extremamente relevante considerando-se a abrangência, os objetivos e o papel que a educação exerce na vida de todo cidadão, sendo um direito que se constitui com uma com a proposta de construir e desenvolver as potencialidades humanas do indivíduo social através dos aspectos de conhecimento formal e político. Palavras-chave: Educação. Desempenho escolar. Ensino Fundamental.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 87

PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL: CONHECER PARA VALORIZAR

Cristiane Gonçalves Santos Pinto

SESI 114- Agudos/SP. [email protected]

Iniciei o projeto com o documentário “Percepção da Paisagem Urbana” de Elaine Schmidlin assim iniciamos uma reflexão sobre o ambiente urbano e a relação dos alunos com ele, a interação com as informações visuais presentes em signos que habitam as cidades, nos envolvemos com o espaço público na intensa relação entre o ser e o objeto, entre o habitante e a cidade. Para estudar o ambiente urbano, somos convidados a ver o espaço em ritmos diferentes, homens e mulheres andam pela cidade, dessa forma também ritmos diversos são oferecidos pelos pisos, que dividem e unem espaços, que brincam com formas e matérias. Questionei os alunos sobre o que lembravam do seu trajeto casa-escola. Por ser algo tão automático, os alunos relataram o trajeto com poucos detalhes. Propus uma tarefa o Diário de Bordo, um relato escrito do trajeto diário do aluno, assim eles detalharam e refletiram sobre o ambiente urbano. Com os relatos, os alunos se agruparam e montaram uma dramatização de uma situação interessante do trajeto. Depois realizaram uma história em quadrinhos com as imagens da história dramatizada. Os alunos coletaram dados sobre a história da cidade de Agudos e separaram imagens que a representasse. Em seguida assistimos o documentário “Cores Urbanas” de Eliane de Fátima Vieira, com o objetivo de incentivar os alunos a criar produções visuais com imagens da cidade de Agudos/SP. Explorando os elementos como: geometria, cores, textura, os traçados e construções geométricas em praças e pontes, as formas e outros, que possibilitaram uma leitura das composições visuais. Os alunos fizeram também uma autoavaliação de suas produções visuais, levando em conta os elementos da gramática visual. Surgiu a ideia de expor os trabalhos para compartilhar com todos da escola. Para planejar a exposição primeiramente apresentei um vídeo sobre a função dos curadores de arte, dando subsídios para montarem sua própria exposição, com cartaz e folhetos. A partir de nossas conversas percebi a necessidade de resgatar o valor do Patrimônio Cultural Imaterial entre eles. Solicitei então um Trabalho de pesquisa sobre a Cultura Patrimonial Imaterial que cada um tem em suas casas, uma pesquisa para conhecer a relação da família com o espaço utilizado em casa para jardins e hortas. Com a pesquisa resultou uma coleção de receitas culinárias dos familiares dos alunos, imagens da história familiar e a mudança de atitude dos alunos, aprendendo a valorizar o patrimônio cultural imaterial que possuem em casa, que é transmitido de geração em geração e constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo assim para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana. Ao final os alunos conseguiram adquirir um novo olhar para a cidade e uma nova atitude na cultura familiar. Aprendendo que a receita de chá da mãe faz parte do Patrimônio Cultural Imaterial, que uma atitude tão simples possui influências históricas. Palavras-chave: Patrimônio. Percepção. Valorização.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 88

PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA: CONTRIBUIÇÕES EM PRÁTICAS DOCENTES NA EDUCAÇÃO INFANTIL, NO ENSINO DE CIÊNCIAS Rita de Cássia Bastos Zuquieri Mestre em Ensino de Ciências pela

Faculdade de Ciências, UNESP campus de Bauru. Professora de

Educação Infantil da rede municipal de Bauru. Atualmente ocupa o cargo de

diretora da Divisão de Projetos e Pesquisas Educacionais da Secretaria

Municipal da Educação de Bauru. [email protected]

Ana Maria Lombardi Daibem

Doutora em Educação Brasileira pela UNESP, campus de Marília. Professora aposentada do

Departamento de Educação da UNESP, campus de Bauru. [email protected]

A presente pesquisa efetivou-se com o objetivo de responder a seguinte questão: Práticas docentes no Ensino de Ciências na Educação Infantil desenvolvidas através dos passos metodológicos da Pedagogia Histórico-crítica, propiciam um processo de ensino e aprendizagem de qualidade para professores e alunos? Diante da questão proposta, escolhemos para desenvolvimento metodológico a Pesquisa-Ação, que segundo Thiollent (2004), por ser um referencial que propicia a participação ativa do grupo e envolve a comunidade local como um todo, possibilitando uma educação emancipatória, inspirada na Pedagogia Histórico-crítica. A etapa de Diagnóstico constou da apresentação do projeto de pesquisa na escola e de duas entrevistas iniciais com as professoras participantes. A etapa de Intervenção tratou da Prática Social Inicial, Problematização e Instrumentalização e a etapa de Avaliação da Catarse e da Prática Social Final. Os passos metodológicos da Pedagogia Histórico-crítica se articularam às etapas da pesquisa –ação, fornecendo condições favoráveis um quadro estruturado para a pesquisa. O conteúdo escolhido para a intervenção foi o “o lixo reciclável”, assunto, que envolve diretamente os alunos, as famílias , a escola e a comunidade como um todo . Como resultados da pesquisa concluímos que a prática docente à luz da metodologia da Pedagogia Histórico-crítica, efetivada na Educação Infantil no âmbito do Ensino de Ciências, efetiva-se num processo de ensino e aprendizagem de qualidade superior para professores e alunos. Os relatórios e entrevistas, bem como a própria ação pedagógica das professoras participantes, esclarecem tal afirmação juntamente com a prática social final realizada pelas crianças em forma de texto e outras atividades, desse modo garantindo o resultado relevante da pesquisa. Outro fator de relevância se configurou na formação do grupo de estudos sobre a Pedagogia Histórico-crítica, que teve início logo após o término da pesquisa, sendo subsidiado pela Secretaria de Educação Municipal de Bauru. Este desdobramento possibilitou o acesso a vários profissionais da rede Municipal de Ensino de Bauru, a teoria da Pedagogia Histórico-crítica , evidenciando a necessidade de uma formação continuada de qualidade . Palavras-chave: Pedagogia Histórico-crítica. Educação infantil. Ensino de ciências. Práticas docentes.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 89

PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO NA EDUCAÇÃO FÍSICA: ANALISANDO UMA PROPOSTA NO ENSINO FUNDAMENTAL

Isabella Blanche Gonçalves Brasil

Professora de Educação Física da Rede Municipal de Ensino de Bauru, Estado de São Paulo; aluna do IV

Curso de Especialização em Educação Física Escolar do

DEFMH/UFSCar.

Denise Aparecida Correa Docente do Departamento de

Educação Física da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita

Filho" (DEF/UNESP-Bauru).

A Educação Física como componente curricular obrigatório da Educação Básica assume a função de pensar a educação permeada por valores e atitudes solidárias, promovendo o desenvolvimento da autonomia e do exercício da cidadania por parte dos alunos. Inquietações relacionadas ao planejamento pedagógico permeiam a prática docente, quanto aos conteúdos desenvolvidos, a construção destes conteúdos, a avaliação e, principalmente, sobre a percepção dos alunos quanto a essas ações. Dessa forma, por que não proporcionar através do diálogo a construção coletiva do planejamento, numa ação conjunta e significativa para todos? Planejar coletivamente é uma ação que possibilita dialogar com os alunos e que permite ouví-los numa ação conjunta e significativa. Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo analisar a elaboração e construção de uma proposta de aulas de Educação Física pautadas no Planejamento Participativo. Participaram dessa pesquisa alunos do quarto ano do Ensino Fundamental I de uma escola da Rede Municipal de Bauru-SP. A trajetória metodológica se pautou por uma pesquisa qualitativa do tipo pesquisa-ação, tendo como instrumentos de coleta de dados os registros em diários de campo, os quais após análise temática de conteúdo permitiram a elaboração de três categorias: A) Tempo de Aula, que foi um elemento que permeou a elaboração e a construção da proposta do Planejamento Participativo, pois este apareceu inúmeras vezes como fator limitante do diálogo e das atividades combinadas; B) Resistência e Aceitação ao Diálogo, tendo este como elemento central, sob duas perspectivas que se apresentaram prevalentes nos relatos, que foram a resistência e a aceitação dos alunos pelo mesmo e C) Participação e Envolvimento, que analisa a proposta de acordo com a participação, observando que esta não atingiu a totalidade dos alunos de forma efetiva. Com essa proposta, foi possível apontar que o Planejamento Participativo apresentou diversas dificuldades e limitações, tanto na sua elaboração quanto no seu desenvolvimento, mas nenhuma delas impossibilitou a realização do mesmo. Dessa forma, o Planejamento Participativo apresenta-se como uma prática relevante para auxiliar no processo de ensino e aprendizagem, incentivando ações protagonistas, apontando que a elaboração participativa do planejamento é uma “utopia possível”, pois houve o desenvolvimento da reflexão, da autonomia e criticidade nos alunos, tornando-os protagonistas e co-responsáveis pelo processo. Palavras-chave: Educação Física escolar. Planejamento participativo. Ensino Fundamental.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 90

PRÁTICAS DE ENSINO DESCRITAS EM UM PLANO DE ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E VERIFICAÇÃO DE DESEMPENHO

Ana Paula Aporta Pedagoga Especialista pós-graduada pela UNESP/Bauru. Pós-graduação em Educação Especial e Inclusiva. Universidade Estadual Paulista –

Faculdade de Ciências. [email protected]

Pensando numa proposta de igualdade de oportunidades aos jovens e adultos com deficiência intelectual na área da alfabetização, esse trabalho procurou estudar as estratégias adotadas em um plano de alfabetização para estes jovens e adultos numa escola especial com o desenvolvimento de passos partindo de palavras chaves de acordo com a realidade dos alunos, no caso, o encaminhamento ao mercado de trabalho, tomando como base o modelo descritivo das relações de equivalência. Esse modelo descreve que o comportamento simbólico pode ser descrito a partir das relações de permutabilidade entre dois ou mais eventos e, no caso da leitura, os eventos figuras, palavras faladas e palavras impressas devem compartilhar dessas relações de substituição mútua. Este trabalho teve como objetivo: a. analisar as etapas de alfabetização descritas em um planejamento de educação para jovens e adultos na área de alfabetização numa escola especial; b. identificar as relações condicionais de acordo com o modelo das relações de equivalência e, c. caracterizar o desempenho dos alunos nesta rede de relações depois de receber o ensino com essas características. O procedimento se deu em duas etapas: (1) Análise do plano de ensino que implicou em: leitura, descrição da atividade, identificação de relações condicionais ensinadas e identificação do entrelaçamento dessas relações de acordo como o modelo das relações de equivalência; (2) Avaliação do desempenho dos participantes submetidos às estratégias e relações condicionais descritas no plano que contou com a participação de cinco jovens e adultos com deficiência intelectual moderada, com desempenho acadêmico ao nível de reconhecimento do próprio nome ou de letras isoladas. Foram confeccionadas tarefas que avaliavam relações condicionais entre palavra ditada e figura (AB), palavra ditada e palavra impressa (AC) e palavra impressa e figura (CB) organizadas em pastas tipo catálogo. A exceção de um, o desempenho de todos participantes foi superior a 66,6% de acertos em todas as relações que descrevem leitura. Os resultados discutem as condições de ensino desse importante repertório social em situação naturalística e aplicada. Palavras-chave: Alfabetização de jovens e adultos. Relações de equivalência. Deficiência intelectual.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 91

PROFESSOR COORDENADOR: IMPORTANTE ALIADO PARA A FORMAÇÃO DOCENTE NO CONTEXTO DE TRABALHO

Aline Juliana Oja Mestre em Educação pelo Programa

de Pós-Graduação/UFSCar. Licenciada em Pedagogia pela

UNESP/Bauru. Professora dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

[email protected]

Marcia Cristina Argenti Perez Professora Assistente Doutora da Faculdade de Ciências e Letras, Departamento de Psicologia da

Educação, UNESP – Araraquara. [email protected]

Frente aos desafios que muitos professores enfrentam ao ingressarem na carreira profissional, ou até mesmo ao longo de sua atuação, ressalta-se a necessidade de se refletir sobre possíveis caminhos para superação dos impasses advindos do trabalho docente. O processo de inserção na docência é complexo, pois envolve a mobilização de saberes diversos que, muitas vezes, ainda precisam ser desenvolvidos pelos professores, mesmo que já tenham passado pela formação inicial. Considerando esses aspectos, destaca-se a figura do professor coordenador como um importante aliado para atuar nesse cenário de certezas e incertezas do fazer docente, pois esse profissional pode contribuir com ações voltadas ao processo de desenvolvimento profissional do professor no contexto de trabalho. Todavia, convém destacar que as atribuições do professor coordenador se modificam de acordo com a legislação vigente em determinada instituição, assim, nos atentaremos às determinações de um documento oficial que rege sobre as funções desse profissional na rede de escolas dos anos iniciais do Ensino Fundamental do Estado de São Paulo. Este trabalho teve como principal objetivo delinear pressupostos teóricos e práticos para subsidiar a discussão sobre o papel do professor coordenador em relação à formação dos docentes no contexto de trabalho. Buscou-se apontar possíveis estratégias que podem ser mobilizadas pelo professor coordenador para colaborar, tanto com as necessidades iniciais dos professores que ingressam na carreira docente, como também com o processo de formação contínua de professores que já possuem experiência na docência. Para tanto, realizou-se um levantamento bibliográfico acerca da temática em questão, visando elucidar questões acerca do panorama de pesquisas sobre a docência e sobre o professor coordenador. A partir das especificidades que sinalizam a complexidade do processo de desenvolvimento profissional da docência em suas diferentes fases, considera-se relevante a atuação do professor coordenador como formador de docentes em exercício. Entretanto, a literatura que trata das atribuições do professor coordenador e dos aspectos relativos ao seu o contexto de trabalho sinalizam impasses oriundos da atuação desse profissional, já que, muitas vezes, as suas atribuições não são delimitadas de forma coerente com sua função e as condições de trabalho acabam por distorcer a especificidade de seu papel. Dessa forma, este estudo trouxe discussões pertinentes para fomentar reflexões e ações que possam contribuir com a superação dos dilemas que circundam o trabalho docente, apontando considerável relevância ao papel do professor coordenador neste processo. Sugere-se a fundamentação da atuação do professor coordenador com vistas a atenuar esse quadro e atender as necessidades formativas de docentes iniciantes e experientes. Visando o cumprimento dessa função, ressaltam-se algumas características pertinentes ao perfil do professor coordenador: boa formação profissional, conhecimento acerca do processo de formação profissional da docência, atualização constante e a mobilização de ações e estratégias que podem desencadear um processo de mudança nos professores. Conclui-se que as dificuldades e os desafios enfrentados pelos professores coordenadores apontam a necessidade de ressignificar o papel desse profissional e dar a essa função um caráter emancipatório. Palavras-chave: Formação docente. Professor coordenador. Desenvolvimento profissional da docência.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 92

PROJETO AVÓ APRENDENDO

Catarina de Carvalho Teixeira Pedagoga licenciada pela

Universidade Sagrado Coração e Universidade de Marília. Diretora

técnico-pedagógica da Associação de Pais para Integração Escolar da

Criança Especial (APIECE). [email protected]

Este Projeto nasceu da presença necessária de uma idosa que acompanha seu neto, E.G.J, de 12 anos de idade, usuário de cadeira de rodas, em razão de uma paralisia cerebral. Enquanto ele assistia aulas e realizava atividades, sua avó recolhia-se num dos bancos do nosso jardim, refletindo sobre a vida, muito calada e resignada com a sorte, esperando o horário de saída da aula. De vez em quando, a equipe da escola oferecia um café, trocava cumprimentos e observava o seu silêncio. Num determinado momento, após o almoço, a diretora técnica da instituição resolveu se assentar ao lado da avó e começar uma prosa, sentindo que ela ficou muito animada com a troca de informações. Depois, olhou bem para a avó e questionou: “- O que a senhora gostaria de fazer neste momento de sua vida?”. Sorrindo, respondeu rapidamente: “Meu sonho é aprender leitura, pois não sei ler, nem escrever. Apenas aprendi a assinar meu nome. Não saber leitura é o mesmo que ser cego. A gente passa e não vê as coisas. Conheço os ônibus pelos números e me ensinaram também a não assinar papel em branco. Se alguém me ensinar a ler e escrever, eu serei a pessoa mais realizada do mundo, mas já perdi essa esperança”. Após o relato, a diretora elaborou um projeto pedagógico intelectual, que contou com a parceira dos profissionais da instituição. E assim, como nos contos de fadas, a avó sorrindo, assistiu a sua aula inaugural, que com certeza mudará sua trajetória e sua inclusão social para sempre. O “projeto avó aprendendo” elaborado pelos profissionais da instituição e apoiado pela Secretaria Municipal da Educação, tem como meta principal a integração e inserção da família, do deficiente e do idoso à comunidade. O objetivo maior desta ação é realizar, efetivamente, a integração do aluno e da família na sociedade, identificando valores, lugares e, sobretudo, a importância do saber como ferramenta de segurança, economia doméstica e inclusão em todos os ambientes sociais. A metodologia e as estratégias de ensino foram delineadas pelos professores, considerando a cultura de origem, nos moldes do construtivismo piagetiano. Portanto, o projeto visa trabalhar com habilidades diárias, trazendo sua vivência empírica para o banco escolar. Considerando a experiência de vida da aluna e sua potencialidade, os profissionais do magistério planejaram suas aulas sempre embasados nas motivações e idéias levantadas pela avó, revigorando, assim, sua autoestima e vontade contínua de começar de novo. O projeto que nasceu informal e voluntariamente tornou-se oficial com a efetiva matricula da avó em uma instituição de ensino municipal para jovens e adultos. Palavras-chave: Aprender. Direitos humanos. Inclusão social. Autoestima.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 93

PROJETO: DO LIXO AO LUXO – CENTRO EDUCACIONAL DE JOVENS E ADULTOS (CEJA) – BAURU/SP

Maria Angélica Saraiva Pedagoga licenciada pela Faculdade

de Filosofia – FAFIL/Bauru. [email protected]

Fátima Aparecida Machado dos

Santos Pedagoga licenciada pela Faculdades

de Pinhais – FAPI/Pinhais e Especialista em Gestão Escolar pelo Centro Universitário de Araras “ Dr. Edmundo Ulson” – UNAR/Araras.

[email protected]

A escola não pode ignorar o que se passa no mundo e a sustentabilidade é um tema reflexivo sobre como o mundo ficará com tanto desperdícios de materiais que poderiam ser reciclados e reaproveitados. Sabe-se de que cada um de nós produz mais ou menos 500 gramas de lixo todos os dias. Podemos diminuir esta quantidade, reutilizando, reaproveitando e reciclando o lixo representando uma economia e até reverter em geração de renda. Nos PCN´s: (...) a principal função do trabalho com o Meio Ambiente nos temas transversais é contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos para decidirem e atuarem na realidade sócio-ambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade local e global. Precisamos ter a consciência do que o lixo representa em nossa vida e como agride o Planeta Terra e isto, norteou nosso projeto. O projeto iniciou-se em 2007 para conscientizar e sensibilizar os educandos para deixar de jogar alguns materiais e transformá-los em objetos úteis e ou de decoração e sobre a necessidade dos 3 Rs para preservação dos recursos da natureza incentivando-os na compreensão de que esses cuidados trará benefícios não só para si, mas para toda humanidade. Em 2010, ao refletirmos sobre o tema, foi colocado mais um R, repensar, ficando 4 Rs. Com o início do projeto montamos uma sucatoteca. Tivemos estudo de textos informativos, poesias, letra de músicas, dando continuidade com: obras de artes, pesquisa sobre a duração dos materiais na natureza e o prejuízo, oficina de sucata, pufes e vassouras com garrafas pet, bijuterias, caixas e árvores de natal de folhas de revistas; arranjos de flores, porta retratos, porta canetas. O projeto foi muito além do proposto porque os alunos se tornaram agentes multiplicadores e encantaram-se com os objetos construídos por eles. No final do primeiro semestre de 2010 as produções foram expostas no evento “Se veja no CEJA” e no final do segundo semestre na Amostra Cultural da EMEI Magdalena Martha. Nestas participações algumas pessoas queriam comprar os produtos, então, resolvemos em 2010 confeccionar alguns objetos para a venda em prol da nossa festa de confraternização. Foi um sucesso! A educação é uma forma de transformação social e não apenas um instrumento de defesa ambiental e da cidadania. Sendo assim, a consciência ecológica está conectada a utilização sustentável dos recursos naturais, gerando novos princípios, valores e conceitos para uma nova racionalidade, questionando e problematizando os paradigmas científicos com base no que foi constituída a civilização moderna. É possível compreender a Educação Ambiental como um processo de construção de valores sociais, de conhecimentos e atitudes voltadas para alternativas sustentáveis de desenvolvimento, por todos os indivíduos e pela coletividade no decorrer da história e partindo destes fundamentos o projeto evoluiu na sensibilização dos alunos sobre os cuidados com Planeta Terra e realizarem algo com o lixo. Lixo não é outra coisa senão material bom no lugar errado. Palavras-chave: Reflexão. Reduzir. Reutilizar. Lixo. Transformação.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 94

QUANDO A MATEMÁTICA É UM PROBLEMA: A DISCALCULIA

Prof.ª Cristiane Piovesana

Estudante de licenciatura em Pedagogia, coordenadora de Ensino Fundamental de Ciclo I na Escola de

Ensino Fundamental – Colégio Francisco Garrido.

Prof.ª Dr.ª Eliane Mari de

Oliveira

Licenciada em Física pela UNESP, mestre em biotecnologia pela UNESP e Doutora em Ciência e Engenharia

pela UNESP, pós-graduada em Educação Matemática.

A matemática faz parte do cotidiano das pessoas e de suas rotinas ela está presente nas horas do nosso dia, no espaço que ocupamos, nos percursos que percorremos e em todas as referências de contagens e comparações que realizamos junto à sociedade. Espera-se que esses conceitos sejam adquiridos na infância e aperfeiçoados durante a permanência do aluno na escola. Porém essa linearidade nem sempre acontece e ocorrem distúrbios e dificuldades inerentes ao processo de aprendizagem, um destes distúrbios é a discalculia. A discalculia é um processo que dificulta a aprendizagem, pois impede que o indivíduo compreenda os processos matemáticos, mesmo tendo um Quociente de Inteligência (QI) considerado normal ou acima do normal. Nesse trabalho é retratada através da visão de psicopedagogos, neuropediatras e professores, buscando evidenciar estudos do processo relacionado com a aprendizagem no intuito de propor soluções. O reconhecimento da discalculia como um distúrbio de aprendizagem e a capacidade de lidar com ela dentro de sala de aula é a forma de incluir as crianças em seu grupo de convívio, dando apoio e confiança. O trabalho foi realizado buscando atividades alternativas com o intuito de melhorar o desempenho das crianças acometidas desse distúrbio. Usamos para isso a estratégia de estimular a inteligência lógico-matemática através de jogos com a utilização de materiais de fácil aquisição (garrafas pets, madeira, fitas, jogos, quebra-cabeça). A aplicação dos jogos foi realizada em ambiente escolar e pudemos observar como as crianças podem treinar atitudes e procedimentos com os quais apresentam dificuldades como comparar garrafas maiores das menores, comparando os tamanhos e verbalizando os conceitos de “grande” e “pequeno”, ordenar as garrafas em tamanhos, agrupando, as de tamanhos quase iguais ou diferentes, ordenando-as em fileiras, da menor para a maior e da maior para a menor, ordenar peças de dominó visando desenvolver a percepção do sistema de numeração e estimular a associabilidade, a noção de sequencia e a contagem. O diagnostico psicopedagógico ajuda a auxiliar o professor neste processo de ensino aprendizagem de matemática para crianças com o distúrbio oferecendo atividades que possam auxiliar no processo de ensino com materiais de fácil acesso e baixo custo, o que permite que todos possam utilizar sem maiores gastos financeiros. Palavras-chave: Discalculia. Matemática. Distúrbio. Dificuldade.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 95

QUESTÕES SOBRE A EDUCAÇÃO ESCOLAR PARA OS ALUNOS SURDOS NO BRASIL

Alessandra Bueno Ferreira Estudante de Pedagogia da UNES/

Bauru. [email protected]

Celso Socorro Oliveira

Doutorado em Educação do Individuo Especial pela Universidade Federal de

São Carlos – UFSCar (2002) - professor assistente doutor efetivo da Universidade Estadual Paulista "Júlio

de Mesquita Filho”. [email protected]

O objetivo principal desse projeto é analisar as dificuldades enfrentadas pelos alunos surdos em classes regulares dos primeiros anos do ensino fundamental, bem como a atuação dos professores desses alunos. A importância de tal pesquisa é evidente quando consideramos que o conhecimento sobre as características da surdez é essencial ao professor que lida com alunos surdos, pois torna possível realizar um trabalho pedagógico capaz de atender às necessidades especiais destes. São abordados alguns conceitos e classificações dos diferentes graus de surdez, bem como seus respectivos períodos de aquisição e causas. Segundo Zych (2003), ao contrário do que se pode supor, a surdez não implica em déficit intelectual, psicológico ou desvio de conduta, mas suas grandes implicações estão centradas no desenvolvimento do sistema fonoarticulatório, que interfere diretamente na aquisição da comunicação oral e na interação social da pessoa surda. Logo, é importante que não se exclua as oportunidades de relações dessas crianças no contexto social, para que se possibilite á estas o devido aprendizado, desenvolvimento e progresso. Com a finalidade de fazer uma análise comparativa, será feito uma nova pesquisa para coletar dados atuais, como a pesquisa realizada por Buffa (2002), onde constam resultados de um questionário aplicado a professores de educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental (do 1º ao 5º ano). Num total de 196 professores, sendo 73 da rede estadual, 54 da particular e 69 da municipal. A maioria, 56,63% (111), é formada em curso superior, sendo 55,85% (62) destes formados em Pedagogia. Dos professores participantes, 81,62% (160) sentem-se despreparados para atuar com a criança surda, apesar de 45,91% (90) já terem atuado. Entretanto, a maioria dos professores pesquisados é a favor da inclusão da criança surda ao ensino regular, desde que sejam providenciadas as condições necessárias para sua real efetivação. A problemática desta pesquisa se refere ao início de uma análise da escassez de profissionais de nível superior na área da educação, que estejam qualificados e preparados para trabalhar com a criança surda, bem como a falta de acesso destes alunos à tecnologia pertinente aos sistemas educacionais e as dificuldades enfrentadas por estes no que diz respeito ao processo de ensino-aprendizagem. O método desta pesquisa terá como base a observação e entrevistas de natureza qualitativa e quantitativa realizadas com os professores e alunos de redes regulares de Ensino Fundamental ciclo I das redes estadual, municipal e particular, no segundo semestre de 2011. Após a coleta dos dados, será dado início à intervenção, utilizando os recursos tecnológicos disponíveis nas instituições de ensino ou emprestados de outras unidades. Havendo necessidade e possibilidade de recursos, estes serão adquiridos no próprio mercado. Uma das contribuições desta pesquisa é a possibilidade de discutir questões sobre a inclusão escolar que se pretende fornecer à criança surda, e quanto ao grau de acesso ao conhecimento, sem pretender encontrar respostas prontas e definitivas. Palavras-chave: Surdez. Formação de Professores. Libras.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 96

REPRESENTAÇÕES E PRÁTICAS EDUCATIVAS DA INFÂNCIA: DANDO VOZ ÀS CRIANÇAS

Francini Barbosa Crepaldi Graduada em Licenciatura Plena em Pedagogia pela UNESP de Bauru e

professora do Ensino Fundamental da rede Municipal de Bauru.

[email protected]

Percebemos que a literatura educacional apresenta uma grande preocupação em discutir os caminhos da infância na atualidade, com todas as suas implicações. Verificamos em pesquisas científicas, indicativos oficiais e informações apresentadas pela mídia que a infância, apesar de todo o aparato legal de direitos, de todo o conhecimento científico sobre suas especificidades e toda a concepção moderna que apresenta a infância como um período de mobilização social em prol da proteção e estímulo ao desenvolvimento, muitas crianças vivem à margem da sociedade, experimentando o abandono, os maus-tratos, a pobreza, sendo exploradas no trabalho infantil, na mídia, nas práticas educativas mediadas pela indústria cultural, no abuso precoce da sua sexualidade e nas tentativas de condicionamento a partir dos valores e vivências do universo do adulto. Sendo assim justificamos a relevância social, educacional e científica do estudo. O presente estudo tem como objetivo compreender algumas temáticas sobre a infância na atualidade, a partir das representações da própria criança. Para a realização deste estudo desenvolvemos uma pesquisa empírica em espaços lúdicos planejados para a interação da pesquisadora e a criança. Foram selecionadas para a pesquisa oito crianças na faixa etária de quatro a onze anos de idade perfazendo uma criança para cada idade. Como procedimentos metodológicos para a coleta de dados, adotamos o levantamento e análise bibliográfica, observação participante no momento da hora lúdica e a entrevista semi-estruturada. No decorrer desta pesquisa podemos perceber que a infância é mais que uma fase da vida é uma categoria social, a criança não é um ser incompleto, mas alguém que pensa, tem opiniões e ao seu modo compreende tudo o que ocorre ao seu redor. A infância não é algo imutável ou universal, mas possui diversos fatores que a compõe como, por exemplo, a cultura, a classe econômica, a religião. As práticas educativas que a criança recebe da família e da escola, as informações obtidas pela mídia, as relações com seus pares são vivenciadas transformadas e produzidas em forma de uma cultura própria, a cultura das infâncias. Palavras-chave: infância na atualidade, práticas educativas, cultura das infâncias.

Orientadora: Márcia Cristina Argenti Perez

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 97

TUDO BEM SER DIFERENTE Alexandra Dionisio dos Santos

Thatiane dos Santos Adorno

Atualmente no Brasil, cerca de 10% da população apresenta algum tipo de deficiência e vivenciam diariamente situações de preconceito, discriminação e falta de acessibilidade. A escola, sendo geralmente a primeira instituição social onde a criança irá participar, tem papel fundamental de oportunizar práticas inclusivas e desenvolver habilidades e competências relacionadas à respeito e cooperação. Em Bauru, a Prefeitura Municipal, através da Secretaria da Educação e Divisão de Educação Especial oferece o Atendimento Educacional Especializado nas escolas de educação infantil devido ao grande número de alunos matriculados com necessidades especiais, para que realmente essas crianças possam participar ativamente do Ensino Comum. O atendimento educacional especializado consiste em intervenções junto ao aluno pela professora especialista durante toda a rotina de atividades em sua própria unidade escolar, visando otimizar seu processo de desenvolvimento e aprendizagem. Sendo assim, no final do 1º semestre de 2011, foi iniciado pela professora do ensino comum e professora especialista em uma turma de alunos do Grupo lll (idade entre 4 e 5 anos),onde existem casos de inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais o projeto Tudo Bem ser Diferente, com o objetivo de proporcionar aos alunos o auto conhecimento, e o respeito a diversidade.O projeto conta como recurso metodológico as histórias infantis para ilustrar situações e exemplos de condutas e práticas inclusivas e solidárias. Para tornar as histórias mais emocionantes e com um clima de magia pertinente a educação infantil foi confeccionada a Caixa Mágica Dourada que é enviada cada dia para um aluno da turma, com um livro de histórias diferente a cada dia, um caderno de registro que conta com a produção da criança perante a história e o relato da famíla sobre a experiência vivida. No final do 2º semestre, o livro de registro se transformará em um portfólio, onde constará todas as vivências de cada aluno da turma e será um recurso apresentado para todos poderem apreciar o trabalho de cada um. Poderíamos descrever como resultado a empolgação dos alunos ao saberem que seria o seu dia de levar a caixa dourada; as belas produções feitas por cada aluno e a riqueza de seus desenhos e visões do mundo; Os emocionantes depoimentos dos familiares que descreveram sentimentos de gratidão e retorno á sua infância. Mas sem dúvida, o maior e melhor de todos os resultados alcançados no projeto foi poder vivenciar em crianças tão pequeninas mudanças de atitudes perante o outro e reconhecimento de suas próprias qualidades e valorização de suas diferenças. Palavras-chave: Diversidade. Inclusão. Educação Infantil. Histórias infantis.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 98

UM ESTUDO SOBRE A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO USO DA INFORMÁTICA EDUCACIONAL NO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE MUNICIPAL DE BAURU

Claudia Amorim Francez Pedagoga licenciada pela

UNESP/Bauru. [email protected]

Wilson Massashiro Yonezawa

Professor Doutor do Departamento de Computação -

UNESP - FC – Bauru. [email protected]

Com o desenvolvimento tecnológico, em especial da Tecnologia da Informação (TIC), o uso do computador tornou-se mais acessível ao adentrar o ambiente escolar. No entanto a formação de profissionais capazes de mediar à relação aluno-computador tem se tornando uma questão essencial para o desenvolvimento de atividades na área da informática em educação. O uso das novas tecnologias na formação de professores ainda é um assunto polêmico, onde encontramos dúvidas e conflitos. Isso decorre em função de diversos fatores, como a recente disseminação da tecnologia nos ambientes escolares, falta de verbas e a formação inadequada de professores. Atualmente as TIC são utilizadas em muitas escolas, mas a qualidade e/ou efetividade desse uso ainda é questionável. Para que seu uso seja significativo e eficiente, é necessário saber utilizá-lo, para que assim haja uma aprendizagem significativa. Como muito bem expõe Schimitz (1992), “nenhuma pessoa pode esperar fazer o melhor uso dos recursos se não se der ao trabalho de descobrir todas as possibilidades de sua utilização”. Shulman (1986) discute os saberes pedagógicos e conteúdo na formação de professores. Mishra e Koehler (2003) estende o modelo proposto por Shulman e influem o saberes relacionados a tecnologia. Neste contexto, conhecer, identificar e avaliar como os professores lidam com a integração desses saberes nas suas atividades de ensino é de extrema importância, já que serão eles os mediadores do uso das novas tecnologias e o processo de ensino-aprendizagem dos alunos. O presente estudo visa apresentar a importância da formação de professores e sua capacitação como mediador da interação aluno-computador, como chave da implantação da informática no processo de ensino-aprendizagem do educando e a busca de conhecimento, através de ferramentas atrativas e condizentes a era digital em que estão inseridos. Tendo como objetivo a análise da prática docente no uso das TIC como ferramenta pedagógica. Este trabalho descreve a pesquisa foi realizada no período de seis meses, nas dependências de uma Escola Municipal do Ensino Fundamental de 1º ao 5º ano, situada na periferia de Bauru (SP), em que participaram quatro professores. A coleta de dados foi feita por meio dos recursos metodológicos, cujos instrumentos foram à observação participativa, as anotações de campo e a entrevista. Por meio da pesquisa, constatou que apesar de existir uma política de uso informática nas escolas, tem-se pouca atenção para com a formação de professores para trabalharem com ela, e que os programas formação existentes não suprem o que é realmente necessário. Dessa forma, observa-se uma contradição entre os amplos avanços tecnológicos e o investimento em recursos humanos. Embora a infra-estrutura exista e esteja disponível, a mesma não é efetivamente utilizada, visto que, o professor, aquele que deveria utilizar da mesma na sua prática de ensino, não recebe a atenção adequada e necessária. Palavras-chave: Formação de professores. Novas tecnologias. Prática de ensino.

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Anais da 11ª Semana da Educação Municipal e 1º Congresso Municipal de Educação Volume 1 | Número 1 | Ano 2011 | ISSN 2237-8804 99

Agradecimentos

Apoio

Centro Acadêmico de

Psicologia da UNESP/Bauru

Padaria

Antroposófica Secretaria Municipal Secretaria Municipal Secretaria Municipal Secretaria Municipal

da Culturada Culturada Culturada Cultura

Realização

Prefeitura Municipal

de Bauru