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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS GRADUAÇÃO “LATU SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO E A IMPORTÂNCIA DA ARMAZENAGEM DE MATERIAIS
Por: Maurício da Silva Carvalho
Orientador
Prof. Mary Sue
Rio de Janeiro
2008
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS GRADUAÇÃO “LATU SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
EQUPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO E A IMPORTÂNCIA DA ARMAZENAGEM DE MATERIAIS
Apresentação de monografia à Universidade Candido
Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Logística Empresarial.
Por Maurício da Silva Carvalho
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AGRADECIMENTOS
Ao Professor Roberto Sarandy pelo
ótimo material fornecido para pesquisa
e a Professora Mery Sue por sua
paciência, conhecimento e dedicação
no período de elaboração deste
trabalho.
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DEDICATÓRIA
Em primeiro lugar a Deus e a minha
família. À Michelle, minha namorada,
que me deu todo incentivo para que eu
continuasse em busca de novos
conhecimentos e crescimento
profissional.
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RESUMO
O presente trabalho visa demonstrar de forma clara e sucinta, os
equipamentos mais usuais utilizados na movimentação de materiais e qual a
melhor forma de escolhê-los de acordo com o produto a ser transportado.
Demonstrará, também, a importância da armazenagem para a logística, bem
como, como uma empresa pode reduzir seus gastos a partir do momento que
passa a investir na mão-de-obra, pois o investimento no quadro de pessoal e
até mesmo nas embalagens utilizadas para transporte de materiais são
capazes de gerarem redução de gastos.
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METODOLOGIA
Tem como objetivo a análise do fluxo de movimentação, tais como
materiais, layout, embalagens, equipamentos de movimentação e estocagem,
os quais muitas vezes, por não serem eficientes para determinadas situações,
são responsáveis pelos altíssimos custos. Essa pesquisa será alvo de
consultas a sites, bibliografias, artigos, dentre outros.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I 09 A Movimentação de Materiais e a Importância para a Logística
CAPÍTULO II 14 A importância da Armazenagem para a Logística CAPÍTULO III 17 Equipamentos de Movimentação CAPÍTULO IV 25
Veículo Automático para Transporte de Materiais
CAPÍTULO V 28 Embalagem de Materiais CAPÍTULO VI 32 Movimentação de Materiais e Redução de Custos CONCLUSÃO 37 ATIVIDADES CULTURAIS 38 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39 BIBLIOGRAFIA CITADA 41 ÍNDICE 42 FOLHA DE AVALIAÇÃO 44
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INTRODUÇÃO
Com a expansão tecnológica, passaram a surgir desafios que se
transformam em obstáculos para os profissionais de logística no que concerne
a movimentação de materiais haja vista que, os equipamentos utilizados para a
movimentação destes materiais não estão adequados para a melhor execução
desta tarefa, seja porque arcaicos, sejam porque insuficientes bem como, na
ausência de mão de obra qualificada.
Além dos desafios da administração dos estoques, outros desafios
surgem, e de mais difícil solução, principalmente aquelas relacionadas a infra-
estrutura dos armazéns. A grande maioria dos armazéns foram construídos
com base em antigos conceitos, o que pode gerar, por exemplo, a perda de
materiais, causando enormes prejuízos financeiros para as empresas. A partir
de então, estas passam a optar pela terceirização do setor de logística.
A movimentação de materiais é uma tarefa que demanda um grande
desafio, como por exemplo, escolher o equipamento ideal para cada tipo de
material, pois a cada dia surgem no mercado novos equipamentos, com alta
sofisticação o que acarreta outro nível de mão-de-obra. E, muitas das vezes,
em virtude da escassez de mão – de – obra qualificada, o mais sofisticado
equipamento poderá não ser a melhor solução para a movimentação de
materiais.
A escolha do equipamento adequado poderá fazer surgir o diferencial de
uma empresa ao passo que um equipamento bem administrado poderá gerar
redução nos custos, ganhos em produtividade e acelerar o trabalho.
Neste trabalho, apresentaremos, os principais equipamentos utilizados
para movimentar materiais dentro dos armazéns, enfocando suas vantagens e
desvantagens, bem como, a adequada utilização destes.
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CAPÍTULO I
A MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS E A IMPORTÂNCIA
PARA A LOGÍSTICA
Pode-se conceituar a movimentação de materiais como sendo a arte e a
ciência do fluxo de materiais, envolvendo a embalagem, movimentação e
estocagem.
Atualmente, o interesse das grandes empresas está concentrado na
movimentação rápida e de baixo custo dos materiais, com equipamentos de
movimentação eficiente, tendo em vista que a ineficiência destes, podem
acarretar elevados prejuízos para as empresas.
Não se pode olvidar que o transporte de materiais envolve,
principalmente, uma mão de obra bem qualificada, pois deve prevalecer a
segurança e a integridade das mercadorias.
Para implantar melhoramentos na estrutura industrial é necessário
dinamizar o sistema lógico, que engloba o suprimento de materiais e
componentes, a movimentação e o controle de produtos e o apoio ao esforço
de vendas dos produtos finais, até a colocação do produto acabado no
consumidor.
Os administradores estão reconhecendo, agora, a necessidade de se
estabelecer um conceito bem definido de logística industrial, uma vez que
começam a compreender melhor fluxo contínuo dos materiais, as relações
tempo-estoque na produção e na distribuição e os aspectos relativos ao fluxo
de caixa no controle de materiais.
Hoje, a logística está intimamente ligada ao produto, pois é ela quem vai
garantir, pelo consumidor, a posse do produto, no momento desejado. Desde
os primórdios, a logística vem passando por um processo de transformação,
passando a subtrair do seu processo, tudo o que gere custos e perda de
tempo.
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Logística, é um processo de planejar, implementar e controlar de
maneira eficiente, o fluxo e a armazenagem de produtos, serviços de
informações associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de
consumo, com o objetivo de atender os requisitos do consumidor. (NOVAES,
2001, p.36).
José Carlos Mendonça, em seu artigo sobre Movimentação de Materiais,
publicado em setembro /2002, ressalta que é preciso atentar para os princípios
adaptados pelo Instituto IMAM do Material Halding Institute – USA, pois os
mesmos apesar de não serem regras, ajudam na definição de um fluxo mais
contínuo da produção, evitando movimentos desnecessários. São eles:
• Princípio do Planejamento – è necessário determinar o melhor método
do ponto de vista econômico, para a movimentação de materiais,
considerando-se as condições particulares de cada operação.
• Princípio do Sistema Integrado – devemos planejar um sistema que
integre o maior número de atividades de movimentação, coordenando
todo o conjunto de operação.
• Princípio do Fluxo de Materiais – é fundamental planejar o fluxo
contínuo e progressivo dos materiais.
• Princípio da Simplificação - devemos procurar sempre reduzir,
combinar ou eliminar movimentação e/ou equipamentos desnecessários.
• Princípio da Gravidade - a força motora mais econômica é a gravidade.
• Princípio da Utilização de Espaços ou Princípio da Verticalização – o
aproveitamento dos espaços verticais contribui para o
descongestionamento das áreas de movimentação e a redução dos
custos da armazenagem.
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• Princípio do Tamanho da Carga (Unitização) – a economia em
movimentação de materiais é diretamente proporcional ao tamanho da
carga movimentada.
• Princípio da Segurança – a produtividade aumenta conforme as
condições de trabalho tornam-se mais seguras.
• Princípio da Mecanização – Automação – usar equipamento de
movimentação mecanizada ou, automático sempre que possível.
• Princípio da Seleção de Equipamentos – na seleção de equipamento
de movimentação, considerar todos os aspectos do material, o movimento
a ser realizado e os métodos a serem utilizados.
• Princípio da Padronização – padronizar métodos, bem como tipos e
tamanhos dos equipamentos e das cargas utilizadas.
• Princípio da Flexibilidade – procurar sempre equipamentos versáteis,
pois o seu valor é diretamente proporcional a sua flexibilidade.
• Princípio do Peso Morto – quanto maior for o peso próprio do
equipamento móvel, em relação a sua capacidade de carga, mais
econômicas serão as condições operacionais.
• Princípio do Tempo Ocioso – reduzir tempo ocioso ou improdutivo
tanto do equipamento quanto da mão – de –obra empregada na
movimentação de materiais.
• Princípio da Movimentação – o equipamento projetado para
movimentar materiais deve ser mantido em movimento.
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• Princípio da Manutenção – planejar a manutenção preventiva e
corretiva de todos os equipamentos de movimentação.
• Princípio da Obsolência – substituir os métodos e equipamentos de
movimentação obsoletos quando métodos e equipamentos mais eficientes
vierem a melhorar as operações.
• Princípio do Controle – empregar o equipamento de movimentação de
materiais para melhorar o controle de produção, controle de estoques e
preparação de pedidos.
• Princípio da Capacidade – usar equipamentos de movimentação para
auxiliar a atingir a plena capacidade de produção.
• Princípio do Desempenho - determinar a eficiência do desempenho da
movimentação de materiais em termos de custo por unidade.
Além disso, os administradores também estão reconhecendo que devem
coordenar suprimentos, produção, embalagem, transporte, comercialização e
finanças em uma atividade de controle global, capaz de apoiar firmemente
cada fase do sistema com um máximo de eficiência e um mínimo de capital
investido.
Para que ocorra a transformação da matéria prima, ou pelo menos para
que ele seja beneficiada, é necessária a observância de pelo menos um dos
três pontos primordiais, quais sejam o homem, a máquina ou material, deve
movimentar-se, caso contrário, não se poderia cogitar um processo produtivo.
Na maioria dos casos, o elemento que se movimenta é o material.
Algumas vezes, em casos especiais, como por exemplo, na construção de
aeronaves, embarcações, equipamentos pesados, ou seja, montagem, homem
e máquina convergem para o material, eles é que se movimentam.
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Atualmente, transporte de material e movimentação são classificados
conforme ao seu destino, conforme abaixo exemplificado.
a) Grane- abrange os métodos e equipamentos de transportes usados
desde a extração até o armazém de toda a espécie de materiais a
granel, incluindo gases, líquidos e sólidos.
b) Cargas Unitárias – Basicamente trata-se de cargas contidas em um
recipiente de paredes rígidas ou individuais ligadas entre si, formando
um todo único do ponto de vista de manipulação.
c) Embalagem – È o conjunto de técnicas usadas no projeto, seleção e
utilização de recipientes para o transporte de produtos em processo e
produtos acabados,
d) Armazenamento – Compreende o recebimento, empilhamento ou
colocação em prateleiras ou em suportes especiais, assim como a
expedição de carga de qualquer forma, em qualquer fase do
processamento de um ponto ou na distribuição dos mesmos.
e) Vias de transporte - Abrange o estudo do carregamento, fixação do
transporte, desembarque e transferência de qualquer tipo de materiais
nos terminais das vias de transporte, ou seja, portos, ferrovias e
rodovias.
f) Análise de Dados – Nesse momento, estão contidos todos os aspectos
analíticos da movimentação de materiais, tais como: levantamento de
mapas de transporte, disposição física do equipamento, organização,
treinamento, segurança, manutenção, padronização, análise de custos e
outras técnicas para o desenvolvimento de um sistema eficiente de
movimentação de matérias.
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CAPÍTULO II
A IMPORTÂNCIA DA ARMAGENAZEM PARA A
LOGÍSTICA
O processo de armazenagem é visto como o principal meio de apoio ao
processo logístico a partir do momento em que dá suporte ao desempenho das
atividades primárias, pois envolve, dentre outros fatores, a administração dos
espaços necessários, que podem ser dentro dos armazéns para conseqüente
distribuição dos materiais.
A atenção do produto tem-se voltado, tradicionalmente, para a
engenharia de processo, do ponto de vista tecnológico, dando-se muito pouca
consideração aos problemas de armazenagem e movimentação física, uma vez
que isso normalmente não afeta a qualidade ou quantidade do produto.
Desenvolvimentos recentes das técnicas de armazenagem e
movimentação física, entretanto, estão criando uma consciência dos problemas
de movimentação na fábrica. A administração da produção está tendo
consciência da importância do espaço e da movimentação, em uma tentativa
de diminuir os estoques de material em processo e de minimizar o capital
necessário para o funcionamento da fábrica.
É neste ínterim, que falaremos sobre a importância da armazenagem,
pois é nos armazéns que ocorrem a estocagem dos produtos, permanecendo
até que ocorra a distribuição.
Por armazenagem de materiais, a logística entende que consiste em
uma atividade de apoio, podendo ser definida como todas as ações, processos
e movimentos do material, desde o momento no qual ele é recebido no
armazém, até o momento em que for posto à distribuição.
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Outrossim, esse entendimento é pendular, haja vista que outros grandes
autores utilizam o termo estocagem para conceituar o conjunto de ações,
processos e movimentos que dispõem o material no armazém, e consideram
como armazenagem, os processos utilizados para o recebimento do item
organização, a estocagem e os processos destinados a expedição.
“Pode-se definir a armazenagem como parte do
sistema logístico da empresa que estoca produtos
(matérias- primas, peças, produtos semi-acabados e
acabados) entre o ponto de origem e o ponto de
consumo e proporciona informações à diretoria
sobre a situação, condição e disposição dos itens
estocados” (LAMBERT, 1998).
A armazenagem dos materiais deve ser feita ordenadamente de modo a
proporcionar condições físicas que preservem a qualidade dos artigos
estocados.
2.1 Os segredos da armazenagem
Para que torne possível a consecução de seus objetivos, a
Administração de Materiais desenvolve um ciclo contínuo de atividades
correlatas e interdependentes com as demais unidades da empresa.
Conseqüentemente, uma série de informações tramita entre diversos setores
de atividades do sistema-empresa.
Algumas informações, tais como, níveis de estoque de produtos
acabados, capacidade de produção, níveis de estoque de materiais, previsão
de vendas, etc., devem ser conhecidas, antes de planejar a produção.
No moderno conceito de sistema de administração de materiais, todo o
fluxo referente a recebimento, entrega e manuseio dos diferentes tipos de
materiais, deve estar sob a supervisão de uma única autoridade.
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Para que possa ocorrer uma agilização no processo de armazenagem
ou redução nos custos do processo de armazenagem é imperioso observar se
o local onde os materiais serão armazenados estão em conformidade com as
regulamentações básicas.
A meta principal de uma empresa é, sem dúvida, maximizar o lucro
sobre o capital investindo em fábrica e equipamentos, em financiamentos de
vendas, em reserva de caixa e em estoques.
O objetivo, portanto, é otimizar o investimento em estoques,
aumentando o uso eficiente dos meios internos da empresa, minimizando as
necessidades de capital investido.
Os estoques de produto acabado, matérias-primas e material em
processo não podem ser vistos como independentes. Quaisquer que forem as
decisões tomadas sobre um dos tipos de estoque, elas terão influência sobre
os outros tipos de estoques.
Um outro ponto, é que na armazenagem, quanto maior a distância,
menor a produtividade. Em um grande armazém sempre existe um ponto mais
afastado, onde o ideal é que se reserve este ponto para os itens de baixo giro.
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CAPÍTULO III
EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO
Os equipamentos de movimentação são classificados em grupamentos
bastante amplos, conforme a funcionalidade e sua geométrica. Ressalta-se,
que nessa classificação estão incluídas a carga, descarga e manuseio, que não
sendo máquinas, constituem o meio de apoio à maioria dos sistemas:
a) Transportadores - Correias, correntes, fitas metálicas, roletes,
rodízios, roscas e vibratórios.
b) Guindastes, talhas e elevadores – Guindastes fixos e móveis,
pontes rolantes, talhas, guinchos, monovias, elevadores, dentre outros.
c) Veículos industriais – Carrinhos de todos os tipos, tratores, trailers e
veículos especiais para transporte a granel.
d) Equipamentos de posicionamento, pesagem e controle –
Plataformas fixas e móveis, rampas, equipamentos de transferência, etc.
e) Containers e estruturas de suporte – Vasos, tanques, suportes e
plataformas, estrados, pallets, suportes para bolinhas e equipamento
auxiliar de embalagem.
Será conforme o layout que será analisado o transtorno da
movimentação de materiais, o que deverá ser observado uma série de dados.
No que concerne aos produtos, deverá ser observado as dimensões,
características mecânicas e quantidade a ser transportada. Na edificação,
deve-se atentar para a os espaços entre as colunas, resistência do piso,
dimensão das passagens, corredores, portas, etc. O método, será a seqüência
de operações, meios de armazenagem, os equipamentos de movimentação.
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Ainda há que se cogitar as hipóteses do custo da movimentação, a
área necessária para o funcionamento do equipamento, fonte de energia,
deslocamento, direção do movimento e operador.
Outrossim, não se pode olvidar a possibilidade de mudança do layout
básico. Ocorrendo isto, o fator flexibilidade do equipamento passa a ser de
extrema importância, haja vista que o equipamento deverá operar em
condições de regime irregular de transporte de materiais de formatos diversos
e, em muitos casos, estar apto a recebera adaptação de dispositivos especiais:
em outra situação o transporte e movimentação seriam atendidos por
equipamentos especializados para uma só modalidade
3.1 Sistemas de transportes contínuos.
Consiste na movimentação constante entre pontos pré determinados.
São utilizados em mineiração, indústrias, terminais de carga e descarga,
terminais de recepção e expedição ou em armazéns.
São os mais comuns sistemas de transportes contínuos:
3.1.1 - Esteiras Transportadoras
Equipamentos de ampla aplicação, podendo ser de correia, fita ou tela
metálica.
O transporte pela correia é utilizado para grandes quantidades de
materiais, tais como, minério, por atingir alguns quilômetros. As correias podem
ser côncavas – montadas sobre roletes – ou planas, estas montadas sobre
roletes ou superfície de chapa, madeira. A composição da correia nada mais
são que as lonas e coberturas, aquelas podendo serem feitas em algodão ou
náilon, por amortecerem os impactos e estas, borracha, por oferecerem
resistência à abrasão e à tensão
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.Os roletes por sua vez, podem ser de apoio, amortecedores (utilizados
nos pontos de impacto do material), auto-alinhadores (que impedem o desvio
da correia), de retorno (que podem dispor de anéis de borracha, no caso de o
material transportado aderir à correia.
As polias ou tambores, estão localizadas nos extremos do transportador,
uma delas sendo a tração, ligada ao motor e, a outra, é esticadora, dando
aderência à correia.
3.1.2 – Transportadores de Roscas
São indicados para a movimentação de materiais pulverizados, não
corrosivos ou abrasivos. Utilizados em silos, moinhos, indústrias farmacêuticas.
Os tipos dos transportes de roscas mais usados são os de helicóide
contínuo, que variam o passo (distância entre as pás) de acordo com o tipo de
trabalho pretendido. Existe ainda, os transportes que possuem roscas
interrompidas ou ainda, aletas, que servem para transportar flocos ou
granulados de promover areação e mistura de materiais.
3.1.3 – Transportador Magnético
Utilizados para a movimentação de peças de recipientes de fero e aço.
Consiste em duas faixas de fero magnetizadas por ímãs permanentes
colocados na parte posterior de um transportador de fita, com um pólo em cada
faixa. Desta maneira, o material ferroso é conduzido e atraído
simultaneamente, podendo percorrer trajetórias verticais e horizontais.
Nesse tipo de transporte têm-se o aproveitamento do espaço vertical
através de linhas de produção em ângulos de 90º.
3.1.4 – Transportadores pneumáticos
Utilizados para a movimentação de materiais a granel granulados ou em
pó.
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São utilizados em moinhos e portos, sendo indicados para todos os tipos
de materiais não abrasivos. A desvantagem é ser somente utilizado para
materiais de pequena granulometria e não abrasivos.
3.1.5 - Transportadores de roletes livres
Não há mecanismo de acionamento, há somente a força da gravidade
ou manual. Por ser um sistema de transporte econômico, não há manutenção,
permitindo o transporte de todos os materiais não a granel.
A superfície do fundo do material deve ser dura e plana e no mínimo 3
roletes devem estar agindo simultaneamente sobre a carga.
3.1.6 - Transportadores de Correntes
Este tipo de transporte evita problemas de contaminação, permitindo o
aproveitamento do espaço aéreo, gastos iniciais e manutenção baixos.
O transportador aéreo de corrente é limitado na sua capacidade, pois
os processos para a carga e descarga nem sempre podem ser automatizados.
Os meios para contornar a dificuldade – aumento de mão de obra e da
velocidade – não podem ser aplicados onde a movimentação é parte integrante
de outro processo, o que abrange mais de 90% dos trabalhos executados pelo
equipamento.
Nas indústrias automobilísticas, operações de decapagem, pintura e
secagem de peças são executadas em circuito formado por transportadores
aéreos de corrente. O mesmo se dá onde os processos para treinamento
térmico exigem controle nos tempos se aquecimento e resfriamento, havendo
transportadores desse tipo com total automatização
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3.2 Sistemas de Manuseios para Áreas Restritas
Este tipo de mecanismo é utilizado para locais onde a área é crítica.
Sua utilização é feita com freqüência em almoxarifados. Um enfoque especial é
a ponte rolante tendo em vista ser a mais utilizada.
• Pontes Rolantes – É uma viga suspensa sobre um vão livre, que roda
sobre dois trilhos. Muito utilizada em fábricas e depósitos que permitem
o aproveitamento total da área útil. A vantagem deste equipamento é a
sua elevada durabilidade, pois movimentam cargas pesadíssimas,
carregando e descarregando-as em qualquer ponto e posicionamento
aéreo.
• Pórticos – Os pórticos possuem uma viga elevada, semelhante as
pontes rolantes, auto – sustentável sobre trilhos. Geralmente, são
utilizados para armazenamento em locais descobertos.
Pelo fato de se constituir de uma viga com cabina e garfos, os
corredores podem ter a largura máxima de um metro, para seus deslocamentos
e manuseio de carga.
• Stacker Crane – É uma torre apoiada sobre um trilho inferior e guiada
por um trilho superior, podendo ser instalada em corredores com menos
de 1 metro de largura e algumas torres podem chegar até 30 metros de
altura. Devido a sua capacidade, exige um alto investimento, porém vem
a contraprestação na medida em que ocasiona economia no espaço
aéreo.
3.3 Sistemas de Manuseios entre Pontos Sem Limites Fixos
Dentre todos os sistemas, este é o mais versátil.
• Carrinhos – Apesar de ser o mais simples dos equipamentos, é de
baixíssimo custo, pois sua manutenção é praticamente inexistente.
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• Empilhadeiras – Geralmente são utilizadas quando o peso e a distância
são maiores se comparadas ao carrinho. A vantagem é a livre escolha
do caminho, exigindo pouca largura dos corredores, diminuindo a mão-
de - obra.
• Palleteiras – São carrinhos com braços metálicos com formato de grafo
e um pistão hidráulico para elevação de pequenas cargas.
3.3.1 Seleção de equipamentos
Fazer a seleção de equipamentos não é nada fácil, até porque deve-se
levar em conta os pós e os contras. Às vezes, o mais alto investimento
demonstra pouca flexibilidade.
As carretas, isoladas ou em comboio, transportam grandes volumes
entre unidades industriais. Os comboios podem transportar cargas de 20 á 40
toneladas, em uma velocidade de 5 a 10kg/h.
A escolha das carretas é determinada conforme o fluxo de
movimentação, entre as unidades a serem cobertas e pela facilidade e
descarga do material a ser transportado.
No que concerne aos carrinhos, por serem os mais antigos são os mais
simples para o transporte de cargas. Outrosssim, geram baixos custos,
versatilidade, são silenciosos, e consequentemente, possui um baixíssimo
custo de manutenção.
Os elevadores se dividem em três tipos, conforme a Associação
Brasileira de Normas Técnicas, podendo ser: Elevadores de Carga, muito
parecidos com os elevadores de passageiros, porém, mais rústicos; Elevadores
de Monta- Cargas, com capacidade máxima para 300kg e Elevadores de
Alçapão, utilizados na carga e descarga de garrafas, latas, caixas, entre o
pavimento térreo e o subsolo.
As empilhadeiras, por sua vez, por se dividirem em frontais, laterais e
manuais. As empilhadeiras frontais são ideais para rampas e inclinações,
ocupam pouco espaço, possibilitando melhor aproveitamento do espaço
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vertical, diminuindo a mão – de – obra. As empilhadeiras laterais são ideais
para manobras em cargas pesadas, compridas e desajeitadas em pequenos
espaços, dispensam equipamentos auxiliares, possuindo mais estabilidade que
as empilhadeiras convencionais. Já as empilhadeiras manuais, por ser um
equipamento intermediário entre o carrinho manual e a empilhadeira
motorizada, não exige operador especializado.
O guindaste móvel opera cargas não paletizadas, sua lança atinge
locais de difícil acesso, muito versátil, ideal para transporte em locais em que o
piso torna-se um obstáculo.
As pontes rolantes, possuem duração elevada, podendo movimentar
cargas ultra pesadas, não interferem com o trabalho ao nível do solo, podem
carregar e descarregar em qualquer ponto possibilitando adequado
posicionamento das carga.
Entretanto, para permitir empilhamentos mais elevados, aumentando a
velocidade da operação. Permitindo o fluxo mais rápido da carga, o ideal é a
utilização da ponte rolante empilhadeira.
O pórtico rolante possui maior capacidade de carga, possibilitando
deslocamento a menores distâncias, não precisando de estrutura.
As talhas, são indicadas para cargas pesadas, volumosas ou
desajeitadas, com frequência variável, gerando baixo custo inicial e facilidade
de instalação.
Os transportadores podem ser de Corrente ou de Rodízios. Aqueles, são
utilizados em seções de pintura e decapagem de indústrias, principalmente
automobilísticas, no transporte de reses abatidas em frigoríficos e, em qualquer
situação que exija transporte em série à velocidade não muito elevada. Estes,
não precisam de acionamento mecânico para funcionar em declive. Ocupa
pouco espaço, não necessita de operador especializado, sua estrutura de
sustentação é leve e simples, podendo, inclusive, fazer curvas.
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3.4 Transportadores Aéreos Eletrificados – EOM
Devido ao aumento no fluxo de materiais, estão sendo necessários uma
movimentação de alto grau de prestação de serviços.
Esse tipo de transportador são facilmente adequados às exigências dos
mais variados tipos de transportes.
Os EOM’s transportam, armazenam em empresas que trabalham com
variados tipos de produção.
A vantagem deste tipo de transporte é sua alta redução de custos, haja
vista a redução na energia na medida em que só funcionam quando o produto
que deve ser transportado e quando os veículos vazios retornam ao próximo
local de trabalho. As peças utilizadas neste tipo de equipamento também
acabam sendo menos desgastadas.
O EOM possui um rendimento crescente na zona de trabalho na medida
em que pode modificá-lo em qualquer tempo, possui um modo de emprego
mais simples, com alta flexibilidade para adaptação às modificações das
magnitude básicas. Transportam cargas leves, pesadas, longas, curtas, duras,
volumosas, pequenas, ou seja, é adequado para a maioria dos materiais.
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CAPÍTULO IV
VEÍCULO AUTOMÁTICO PARA TRANSPORTE DE
MATERIAIS
A modernização na movimentação de materiais faz com que haja
exatidão com relação ao tempo bem como, no aproveitamento da produção,
gerando, conseqüentemente, maior eficiência.
Os equipamentos automatizados facilitam o desempenho de tarefas que,
normalmente, seriam executadas em várias etapas, com equipamentos
diversos, ou seja, economiza tempo e a compra de outros equipamentos.
O AGV, mais conhecido como Veículos Automático de transporte, é um
transportador de materiais, tendo sido construído, para, que, sob comando,
receba e entregue materiais por um caminho pré estabelecido
Este tipo de equipamento passou a ser utilizado na década de 50,
facilmente visíveis em industriais, mais utilizados no desempenho de tarefas
repetitivas e que demandam grande esforço.
Sua economia e praticidade, faz com que cada vez mais sejam utilizados
em almoxarifados, setores de estoque, transporte de metais, dentre outros.
O veículo foi projetado para que execute tarefas, a partir de leitura de
código de barras. Cada código de barras fica associado a um material diverso,
desde que inseridos no banco de dados.
A sua tecnologia, faz com que sejam controlados por sistemas que
utilizam o on bord. A grande maioria, no próprio sistema existe uma gerência
ministrando ordens,.
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4.1 Wire Guidance
O wire guidande consiste num fio elétrico que permite que um condutor
elétrico, quando percorrido por uma corrente alternada, crie um campo
eletromagnético ao seu redor. Este campo por sua vez, desempenha mais
força junto ao condutor, diminuindo a medida que se afasta deste.
Quando existe um caminho a ser percorrido que demanda várias saídas,
necessário se faz que nestas saídas existam fios com correntes em freqüência
diversificada, para que o veículo possa captar o caminho que deve seguir.
Este equipamento é indicado para industriais de grande porte, haja vista,
que apesar da economia gerada, induz ao dispêndio de investimento mais
elevado ao passo que necessita que uma empresa que instale o AGV de
maneira correta.
4.2 Magnet – Gyro Guidance
È um sistema desenvolvido pela AGV Eletronics, que combina com
exatidão, um sensor de ímãs permanentes com um giroscópio para que
mantenha o AGV na direção exata. Este sensor gera um sistema que permite
que os veículos se guiem a partir da colocação de ímãs menores no chão, na
trajetória a ser percorrida.
È um equipamento que custa, para sua implantação, quatro vezes
menos do que o wire guidande.
4.3 Tipos de AGV’s
Existem diversos tipos de AGV’s, o mais usuais são:
• Diverless trains – É um veículo de reboque, que pode puxar um ou mais
reboques, equiparando-se a um trem. Muito utilizados em cargas pesadas que
necessitam serem movimentadas em grande distância.
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• AGV’s pallet truck – Usualmente destinados á empilhadeiras de palets,
monitoradas automaticamente com o escopo de mover produtos/cargas
paletizadas ao decorrer do caminho percorrido.
Necessita da ajuda humana, na medida em que este guia a empilhadeira
para que esta eleve a carga.
• AGV’s unit load carries – É um AGV destinado para movimentação de
cargas de uma área de trabalho para outra área de trabalho. Realizam o
carregamento automaticamente e fazem o descarregamento com a ajuda de
transportes de rolos, correia, entre outros.
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CAPÍTULO V
A EMBALAGEM DE MATERIAIS
Para o profissional na área de logística, o conceito de embalagem é bem
mais importante do que para os profissionais de outras áreas, pois é através
dela que serão transportados os materiais ao seu local de destino.
Para a escolha da embalagem adequada ao tipo de material a ser
transportado, necessário se faz ter conhecido do conteúdo, pois além de visar
o menor custo, necessário enfocar também, a proteção para com o conteúdo.
Existem cuidado básicos para serem observados quando da projeção e
fabricação para o transporte de produtos alimentícios e químicos, são eles:
• A resistência química da embalagem deverá ser maior, na proporção,
do que o , a ser transportado;
• O tamanho da embalagem deverá ser maior do que o tamanho do
produto a ser transportado;
• Verificar as condições de estoque e manuseio, afim de evitar
deteriorações;
• Verificar se o custo da embalagem será inferior ao custo do produto.
As embalagens podem ser fechadas por diversas maneiras. As mais
usuais são:
a) Fechamento por grampos- utilizados na montagem e fechamento das
embalagens de madeira, fibra e papelão.. Sua vantegem é o baixo
custo em comparação as fitas de aço, de aplicação rápida, em
embalagens de tamanhos variados.
b) Fechamento por fitas metálicas – utilizadas para reforçarem as
embalagens de madeira ou papelão. Apesar da alta resistência, são de
29
difícil manuseio; se suportam o peso de centenas de quilo, oferecem
maiores riscos de danificarem o material.
c) Fechamento por fitas adesivas - Podem ser as gomadas, que utilizam
um adesivo ativo por água ou solvente; as sensíveis á pressão, fixam-se
através da pressão, não requerendo umedecimento; e as fitas ativadas
pelo calor, que empregam pressão e calor para aderência.
d) Fechamento por costura – utilizadas para sacos de papel e de tecido,
podendo ser: costura simples, quando a costura é feita diretamente
sobre o tecido ou papel; costura sobre fita, quando coloca-se uma fita de
papel kraft e, por cima dele é feita a costura; e fita sobre fita, quando
utiliza-se uma fita adesiva sobre a costura, com o intuito de o material
não escape.
Assim, verifica-se que o objetivo da embalagem é proteger da melhor
maneira possível a mercadoria, adequando-se ao meio de transporte escolhido,
com o menor custo possível.
5.1 Caixas de Papelão
As caixas de papelão geram grande economia para as empresas na
medida em que as caixas de papelão confeccionadas com papelão ondulado
podem substituir as caixas de madeira., compensados ou de embalagem a
granel.
Possuem exigências, tais como: serem de cor clara, impressão dos
diretrizes bem legíveis,, suas abas devem situar-se num esquadro, umas em
relação às outras, suas faces externas não podem apresentar nós, tampouco,
manchas.
Contudo, três características básicas devem ser respeitadas, são elas:
• resistência quanto ao arrebentamento;
• resistência quanto ao esmagamento;
30
• resistência á compressão.
As vantagens com relação à caixa de madeira são:
• redução de mão-de-obra na carpintaria;
• redução nos espaços ocupados pelas caixas de madeira;
• facilidade no fechamento da caixa;
• caso á caixa seja violada, será mais visível;
• leveza no manuseio;
• não estraga;
• protege melhor a mercadoria em caso de poeira.
5.2 Tambores
A utilização dos tambores encontra-se visível na maioria dos produtos.
Sua indicação é recomendada para transporte de líquidos, produtos sólidos,
fluídos, semi-fluídos, produtos em pó, granulados, dentre outros.
Sua indicação também irá depender do revestimento dos tambores em
virtude da existência de produtos, que sua própria natureza não permitir o
contato direto com as chapas internas, como, por exemplo, dos petróleos.
Possui facilidade de manuseio, transporte e armazenagem, maior
proteção ao produto.
5.3 Fardos
Em virtude do excesso de volume de mercadorias, as empresas
passaram a optar pelo enfardamento como opção de sistema de embalagem.
O transporte e o manuseio de fardos requer poucos cuidados,
entretanto, necessário se faz evitar a umidade e a chuva, pois, por exemplo, o
algodão.
Para elevação e movimentação interna, as empresas ou armazéns
utilizam talhas e pontes rolantes, porém, a forma mais usual, é o manuseio com
carrinhos de mãos.
31
Apesar do aperfeiçoamento atingido nos sistemas de fardos, necessário
se faz ter, também, um sistema de prensa para enfardamento., que comprimem
a mercadoria com fitas metálicas, geralmente de aço, sendo colocadas ao
redor do fardo e amarradas com fivelas.
5.4 Recipientes de Plástico
Os recipientes plásticos, geralmente são utilizados para fins industriais
que estão, gradativamente substituindo as embalagens de vidro, madeira e de
metal.
Decido a sua praticidade, também gera maior economia, haja vista que,
por exemplo, no caso da substituição de embalagens de vidro, gera maior
resistência no manuseio e transporte, dando mais proteção no produto a ser
transportado.
Outrossim, com relação ao transporte de álcool. Gasolina, essências,
substâncias aromáticas, deve, estes devem ser armazenados por curto período
devido à permeabilidade do polietileno (é a resina adotada na fabricação de
recipientes plásticos) aos vapores de gases.
Quando armazenados em locais abertos, ao ar livre, os recipientes
deverão possui a cor preta, com o fito de evitar os raios ultravioletas, pois
diminuem a sua resistência.
Os recipientes plásticos fechados, destinam-se ao transporte e
armazenagem de produtos líquidos ou em pó, já os recipientes abertos, são
utilizados para produtos sólidos.
32
CAPÍTULO VI
MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS E REDUÇÃO DE
CUSTOS
A movimentação de materiais de maneira correta, pode acarretar
redução de custos.
Para tal, necessário será a análise do fluxo da movimentação de
materiais, o layout, a embalagem, o equipamento de movimentação escolhido,
os quais, na maioria das vezes, por não serem completamente eficientes,
geram custos altíssimos.
Para que o ocorra a redução de custos, vale apostar na qualificação da
mão- de – obra.
Outorssim, vale também, movimentar o material de maneira inteligente.
A qualificação da mão –de- obra pode influenciar diretamente na
produtividade das atividades de armazenagem e na movimentação de
materiais, tendo em vista que a maioria dos armazéns ainda exigem atividades
manuais.
A utilização da mão – de – obra nas atividades de movimentação e
armazenamento de materiais deverá ocorrer na medida certa, pois o excesso
pode ocasionar a queda da produtividade.
Além disso, a mão-de-obra pode acabar influenciando no custo de sua
utilização. Sobre esse assunto, Bowersox e Closs (2001, p.348) registram que:
Considerando todas as atividades desempenhadas dentro dos
depósitos, o manuseio de materiais é aquela que mais consome mão-de-obra.
A mão de obra necessária à separação de manuseio de produtos representa
um dos componentes de custo pessoal mais altos no sistema logístico.
Com isso, podemos afirmar que o ideal é mesclar a quantidade
suficiente de mão-de-obra com a utilização das tecnologias existentes no
mercado, para atingir produtividade e custos satisfatórios nas atividades de
armazenagem e movimentação de materiais.
33
6.1 O Treinamento do Pessoal
Para que ocorra a eficiência nas atividades de armazenagem, e
consequentemente na movimentação de materiais, mister se faz necessário a
qualificação do pessoal, para que seja assegurado os resultados desejados.
Todo o pessoal deverá ser bem instruído ante do início das atividades,
sendo que cada grupo de empregados deverão ser treinados separadamente.
O essencial é que, no caso de operações em armazéns, seja simulado
com os empregados as atividades que irão desempenhar, com o fito de
propiciar a real experiência de trabalho.
Para que a distribuição física funcione a contendo e de forma
competitiva, é necessário dispor de pessoal devidamente capacitado e
treinado. Com a sofisticação dos equipamentos e do tratamento da informação
nas atividades de logísticas nos dias de hoje, torna-se necessário reciclar o
elemento humano em todos os níveis. (NOVAES, 2001, p. 149).
As empresas devem reconhecer que com um empregado bem
qualificado, maior será a sua eficiência, podendo se obter a satisfação,
melhorando seu desempenho no trabalho.
A partir deste momento, a empresa começará a atingir os resultados
desejados, aumentando a produtividade com a conseqüente redução de
custos, através da competência e da mão de obra qualificada.
6.1.1 A mão de obra e a ergonomia
A partir do momento em que temos equipamentos em condições de
trabalho, o rendimento dos empregados tendem a aumentar, trazendo lucros
para as empresas e organizações.
34
Os equipamentos que venham a facilitar a visão do seu operador, como
por exemplo, que possuam baixo ruído e que produzam pouco calor durante a
sua operação, proporcionam segurança, satisfação ao empregado.
A Ergonomia aplicada aos locais de trabalho irá harmonizar e integrar os
equipamentos e a mão-de-obra nas áreas de movimentação de materiais.
6.1.2 A utilização da mão-de-obra e a redução de custos
O aumento de tecnologia fazem com que a movimentação manual dos
materiais fiquem de lado, não mais sendo vista como uma eficiente espécie de
movimentação.
Outrossim, antes de pensar em escolher qualquer tipo de equipamento
de movimentação de materiais, necessário se faz cogitar se este tipo de
movimentação pode ser realizada através do sistema manual.
Para que isso ocorra, é preciso analisar os seguintes pontos:
• A distância a ser percorrida entre o local da armazenagem do
produto ao seu destino;
• O tipo de embalagem que está guardando determinado produto –
se este pode ser arrastado sem danificar a embalagem;
• Se a embalagem foi através de tambores de carga, se este pode
ser rolado;
• O peso ;
• O tipo de material;
• A quantidade de material;
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• A logística do movimento – áreas restritas, limitações, alturas,
movimentos aplicados;
• Conforme o peso da carga, se esta por acima de 5 kg, necessita
de mais de uma pessoa.
6.2 Mão – de- obra própria ou terceirizada
Devido ao grande número de empresas prestadoras de serviço que a
cada dia surgem, a terceirização de serviços torna-se mais freqüente.
A terceirização de mão-de-obra traz consigo vantagens as grandes
empresas, tais como: estrutura de empregados mais restrita, diminuição com
custos de pagamento de empregados (encargos trabalhistas), mão-de-obra
mais flexível.
Destarte, que apesar da economia, as desvantagens também são
freqüentes, pois a empresa tomadora acaba perdendo o seu controle com
relação ao processo de armazenagem.
A empresa interposta, com sua mão-de-obra qualificada, possui a
facilidade de gerenciamento das mercadorias, reduzindo o percentual de
perdas e avarias, e acaba disponibilizando outros enfocas em outras áreas da
logística .
Além da redução de custos com a mão-de-obra, é necessário observas
se a empresa tomadora possui cinco fatores principais, que são
gerenciamento, capital, mão-de-obra, flexibilidade e controle.
Se a empresa tomadora não possui gerenciamento para o seu processo
de armazenagem, importante será observar quais serão os riscos de
terceirizar. Nos casos em que o número de empregados sejam exorbitante, a
terceirização dos serviços funcionará como um meio de transferência de
emprego.
A mão-de-obra dentro de um local de armazenagem é um dos fatores
primordiais na hora de tomar a decisão de terceirizar.
36
A flexibilidade é, sem dúvidas, uma das causas mais freqüentes. A partir
do momento em que uma empresa tem a noção do número de empregados e
operadores de equipamentos que necessitará, poderá ser mais econômico
37
CONCLUSÃO
A medida que surgem as inovações tecnológicas, surge a necessidade
de fazer com que a mão -de- obra torne-se qualificada para o acompanhado
das novas tecnologias.
Para o setor de logística, mais especificadamente, nos equipamentos de
transporte de materiais, é necessário que a mão-de-obra esteja apta para
acompanhar as tecnologias, pois uma mão-de-obra bem treinada faz com que
as empresas reduzam seus gatos na medida em que não há a perda da
mercadoria ou do material de ser transportado.
Outro fato importante, são as embalagens utilizadas para transportar
materiais, haja vista que a escolha da embalagem não adequada faz com que
ocorra a perda do material, devendo ser analisado o se o conteúdo do material
se coaduna com as características da embalagem utilizada.
Além do mais, o investimento no pessoal, fazendo com que passem a ter
conhecimento específico do serviço desempenhado proporciona ao
empregado mais segurança e dedicação no desempenho de suas atribulações.
Não se pode olvidar , que a escolha da terceirização de mão-de-obra
nem sempre beneficiará a empresa tomadora.
Os diversos tipos de equipamentos, abrem um leque de opções na hora
da escolha. Entretanto, nem sempre o equipamento mais caro e moderno trará
melhores resultados, tendo em vista que podem gerar a elevação de custos.
A satisfação do custo final é aquele em que não há perda de materiais,
celeridade com perfeição na movimentação dos mesmos.
38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ABNT. Apresentação de relatórios técnico-científico .Rio de Janeiro: 2001.
_____. NBR 6023: Informação e documentação – Trabalhos Acadêmicos –
Apresentação. Rio de Janeiro:2002
AYRES, Fernando Arduini; LAROSA, Marco Antônio. Como Produzir uma
Monografia. 6ª edição. Rio de Janeiro: Wak, 2005.
BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e Gerenciamento da Cadeia de
Abastecimento. São Paulo: Atlas, 2001, p.509
CARRION, Valentim. Comentários às consolidações das leis do trabalho.
31 ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Materiais: uma abordagem logística.
4ª edição. São Paulo: Ed. Atlas, 1993.
FIGUEIREDO FERNANDES, José Carlos. Administração de Material, um
enfoque sistêmico (teoria e prática). livros técnicos e científicos 2ª edição,
Editora S.A., 1984.
OLIVEIRA, Antônio. Administração de Materiais: manual prático para
organização e administração de almoxarifado. João Pessoa, PB, SEBRAE:
1995.
TRIGUEIRO, Fernando Guihobel. Administração de Materiais: um enforque
prático. 1ª edição. Recife, PE, 1985.
40
BIBLIOGRAFIA CITADA
BOWERSOX, Donald J; CLOSS, David J. Logística Empresarial: o processo de
integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2001.
NOVAES, Antônio Galvão. Logística e Gerenciamento da cadeia de
42
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
A Movimentação de Materiais e a Importância para a Logística 9
CAPÍTULO II
A importância da Armazenagem para a Logística 14
2.1 –Os Segredos da Armazenagem 15
CAPÍTULO III
Equipamentos de Movimentação 17
3.1 –Sistemas de Transportes Contínuos 18
3.1.1 – Esteiras Transportadoras 18
3.1..2 –Transportadores de Roscas 19
3.1.3 Transportadores Magnéticos 19
3.1.4 Transportadores Pneumáticos 19
3.1.5 Transportadores Roletes Leves 20
3.1.6 Transportadores Correias 20
3.2 Sistemas de Manuseio para Áreas Restritas 21
3.3 Sistemas de Manuseio entre Pontos sem Limites 21
3.3.1 Seleção de Equipamentos 22
3.4 Transportes Aéreos Eletrificados EOM 24
43
CAPÍTULO IV
Veículos Automáticos para Transporte de Materiais 25
4.1 Wire Guidance 26
4.2 Magnet Gyro Guidance 26
4.3 Tipos de AGV’s 26
CAPÍTULO V
Embalagem de Materiais 28 5.1 Caixas de Papelão 29
5.2 Tambores 30
5.3 Fardos 30
5.4 Recipientes de Plástico 31
CAPÍTULO VI
Movimentação de Materiais e Redução de Custos 32
6.1 O Treinamento do Pessoal 33
6.1.1 A Mão de obra e a Ergonomia 33
6.1.2 A Mão de obra e a Redução de Custos 34
6.2 Mão de- obra própria ou terceirizada 35
CONCLUSÃO 37
ATIVIDADES CULTURAIS 38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39
BIBLIOGRAFIA CITADA 41
ÍNDICE 42
FOLHA DE AVALIAÇÃO 44
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