tribuna do advogado de novembro de 2011
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TRIBUNA DO ADVOGADO - EDIÇÃO REGIONAL - Novembro / 2011 - 2
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2661-3252 e 2758-0962E-mail: oabbelfordroxo@ig.com.br /belford.roxo@oabrj.org.br
OAB/QUEIMADOSPres: José BôfimEnd: R. Otília, 210 sala 203. Edifíciodo Fórum - Sala dos Advogados. VilaTinguá. Queimados. Cep: 26391-230Tel: 2663-2788.E-mail: oab-queimados@ig.com.br /queimados@oabrj.org.br
TRIBUNA DO ADVOGADO - EDIÇÃO REGIONAL
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Repórteres:Renata Loback(renata.loback@oabrj.org.br) eCássia Bittar (cassia.bittar@oabrj.org.br)
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Diagramação:Flávia Marques(flavia.marques@oabrj.org.br)
Fotografia: Francisco Teixeirae Lula Aparício
Impressão: Walprint
Tiragem: 8.000 exemplares
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Editora:Amanda Lopes(amanda.lopes@oabrj.org.br)
DUQUE DE CAXIAS
Presidente defende municipalizaçãodas redes de água e esgoto
O presidente da OAB/Duque deCaxias, Geraldo Menezes, participoude dois eventos sobre sustentabilida-de nos dias 3 e 10 de outubro, realiza-dos no Rotary Club e na Federação dasIndústrias do Estado do Rio de Janei-ro (Firjan), respectivamente.
Em ambas as oportunidades, Me-nezes defendeu a promoção de inici-ativas para melhorar o saneamentobásico no município. De acordo com um rankingdivulgado pela Fundação Getúlio Vargas, a cidadeocupa o quarto lugar dos piores sistemas de água e
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esgoto do Brasil. “Sou defensor damunicipalização do sistema, queatualmente é administrado pelaCompanhia Estadual de Águas eEsgotos, a Cedae, como alternati-va para enfrentarmos o desafio demelhorar a situação”, disse.
Para o presidente, é importan-te que o saneamento seja vistocomo política social. “As cidades
que conseguiram transferir a responsabilidadesobre os sistemas de saneamento para os gover-nos municipais, aumentaram bastante a qualida-de do serviço. No Estado do Rio, Petrópolis eNiterói são bons exemplos disso”, declarou. “Estaé uma questão de aprimoramento da cidadania,com a qual a Ordem tem o compromisso de con-tribuir”, acrescentou Menezes.
Geraldo Menezes
Em defesa dosdireitos dos advogados
No dia 25 de outubro, oConselho Nacional de Justi-ça (CNJ) confirmou a liminarconcedida pelo conselheiroSílvio Rocha, que acolherapedido da OAB/RJ garantin-do à Seccional do Rio a admi-nistração das salas de advo-
gados nos espaços do TJ. Em novembro haverá ojulgamento definitivo da questão pelo CNJ.
A existência das salas de advogados nos fórunse sua gerência pela OAB não são favor dos tribu-nais. Estão previstas no Estatuto da Advocacia.E não é algo que devesse incomodar o TJ, que játem diante de si problemas suficientes que di-zem respeito ao funcionamento do Judiciário.
A administração dos espaços, até então umaquestão pacífica, passou a ser motivo de discór-dia entre o TJ e a OAB/RJ no fim de setembro,quando o presidente do tribunal, ManoelRebêlo, de forma inesperada, não permitiu quefosse ocupada pela Ordem a sala destinada aosadvogados no Fórum da Leopoldina, recém-inaugurado.
Naturalmente, a OAB/RJ não se conformoucom a decisão. O impasse se agravou quando,no início de outubro, numa agressão à OAB/RJe à advocacia, o TJ delegou à sua Diretoria com-petência para administrar os espaços — o que,de acordo com o Estatuto da Advocacia, cabe àOrdem dos Advogados. A resolução do tribunalimpedia, inclusive, que a Seccional mantivesseos serviços de fotocópias nos moldes em que elesempre foi oferecido aos advogados — o que tra-ria evidentes transtornos aos colegas.
Diante de mais essa ilegalidade, a Secio-nal acionou o CNJ, que concedeu a liminar pornós solicitada.
Confiantes no resultado do julgamento de-finitivo da questão, reiteramos nossa disposi-ção de manter um diálogo profícuo com o Judi-ciário, do qual esperamos uma atitude madurae de respeito à OAB e à advocacia.
Wadih Damous - Presidente da OAB/RJ
TRIBUNA DO ADVOGADO - EDIÇÃO REGIONAL - Novembro / 2011 - 3
NOVA IGUAÇU
Mutirão do TJ registra criançase adultos rapidamente
Segundo a juíza da 1ª Vara de Família de SãoJoão de Meriti, Raquel Santos Pereira Crispino,que atuou no mutirão, o objetivo é facilitar o acessodas pessoas que não possuem documentos e evi-tar que elas sejam privadas de serviços pela faltadeles. “Quem não possui documentos não tem di-reito à educação formal, ao voto, nem a recolher aaposentadoria. O atendimento do SUS, principal-mente o ambulatorial, e isso inclui pré-natal, re-médios de tarja preta, tratamento para HIV e tu-berculose, também é negado para quem não pos-sui CPF, por exemplo”, explicou Raquel. “Aqui,além das certidões de nascimento, também te-mos um posto para quem precisa retirar a 2ª viade documentos”, comentou.
Para o presidente da OAB/Nova Iguaçu,Jurandir Ceulin, a iniciativa é muito útil e contacom “apoio incondicional da subseção”. “Imagi-ne quantas pessoas serão beneficiadas ao longodo atendimento”, disse ele. “Esse projeto écorretíssimo. As pessoas pre-cisam de orientação sobre do-cumentação e muitas vezesnão têm a quem recorrer”.
Audiências deregistro tardio
são feitas na hora
De acordo com a juíza,além de promover o acesso, osmutirões têm outra vanta-gem: a agilidade. Todos osprocedimentos, incluindo as
Atualmente, cerca de 5% a 10% dos brasileiros
não têm nenhum documento de identificação.
No grupo, estão crianças que nasceram e não
foram registradas e adultos que cresceram sem ter tido a
chance de retirar seus documentos. Os dados são da
Comissão Judiciária do Sub-registro da Corregedoria
Geral da Justiça do Estado, responsável pela realização
do mutirão para registro civil no Fórum de Nova Iguaçu,
entre os dias 17 e 20 de outubro.
audiências judiciais referentes aospedidos de registro tardio, são rea-lizadas no mesmo dia. Mais umdiferencial é a busca de documen-tos. “Aqueles que tiveram seu regis-tro de nascimento feito em outrosestados e não possuem mais o do-cumento precisariam ir até lá pararetirar uma segunda via. Caso a pes-soa não saiba em que unidade car-torial o registro foi feito, a situaçãopiora”. A busca pelos dados aconte-ce, segundo ela, com o auxílio da De-fensoria Pública do Estado. “No mu-tirão, a busca funciona melhor por-que não é judicializada, diferente-mente do que aconteceria em umprocesso normal”, ressaltou.
Até os casos de pais que querem registrar seusbebês, mas não possuem documentos, consideradosos mais complicados, são resolvidos de forma rápi-da. “Antes de registrar as crianças, basta que elesingressem com os pedidos de registro tardio e par-ticipem das audiências aqui mesmo”, disse ela.Quando as mães possuem registro, o procedimentoé ainda mais simples. “No mutirão, as certidões denascimento são feitas no mesmo dia”, acrescentou.
Para a moradora Viviane da Conceição, a es-pera seria um pouco mais longa. Ela, que não
possuía documentos, estavatentando registrar as filhasMicaele e Emanuele, de 6 e 2anos. Enquanto esperava pelaaudiência para retirar a pró-pria certidão de nascimento,ela pensava em como os no-mes das meninas seriam gra-fados. “Ainda não sei se vouescrever com “i” ou “e”. Es-tou me decidindo”, brincou.“Nasci em casa e, na época,meus pais não fizeram o re-gistro. Por isso, não poderia
perder esta oportunidade. Eu e minhas filhasagora passaremos a existir. Essa vai ser a maiorvitória da minha vida”, comemorou Viviane.
Parcerias são importantes
Para fazer o levantamento dos dados da po-pulação, a equipe do mutirão conta com umbanco de dados, atualizado ao longo dos doisanos de existência do projeto, mas tambémcom parcerias. Segundo a juíza, além da ajudada Defensoria Pública, órgãos como o Detrane a Secretaria Estadual de Saúde prestam au-xílio. “O Detran verifica se as pessoas possu-em documentos de identidade anteriores, an-tes de iniciarmos um novo registro. Já a secre-taria é útil quando a mãe perdeu o papel dohospital e não tem como registrar a criança emum cartório. Ela entra em contato diretamen-te com o hospital e quase sempre o encontra”,observou Raquel.
Já foram realizados mutirões em BelfordRoxo, Itaboraí, Duque de Caxias, São João deMeriti e São Gonçalo. Até hoje, nove mil pesso-as foram atendidas e duas mil registradas.
Viviane sobre o registro: “Vai ser a maior vitória da minha vida”
A juíza Raquel Crispino
MAGÉ
TJ absolve juíza acusada de designarfuncionárias para presidir audiências
Na votação do procedimento administrativoenviado pela Corregedoria do TJ-RJ, 24 dos 25desembargadores que compõem o Órgão Especi-al votaram pela absolvição. O único voto a favorda instauração de punições à Myriam foi o docorregedor-geral do Tribunal, desembargador An-tônio José Azevedo Pinto, relator do caso.
Após o início das investigações, a juíza teriadeixado de designar funcionárias para substituí-la nas audiências, conforme afirma o presidenteda OAB/Magé, Sérgio Ricardo da Silva. Apesar damudança de postura por parte da magistrada, eleainda defende medidas punitivas. “Faltou uma de-cisão do TJ-RJ a favor de todos que, por ventura,possam ter sido prejudicados pelas sentenças fei-tas pelas servidoras. A magistrada agiu em desa-cordo com as normas por muito tempo”, diz ele.
A Procuradoria da Seccional agora aguar-da a publicação oficial da decisão do ÓrgãoEspecial para, então, recorrer ao ConselhoNacional de Justiça (CNJ). Até o fechamentodesta edição, isto não havia ocorrido. “Somen-te depois dessa publicação, que tornará legí-tima a decisão, é que poderemos entrar comprocedimento no CNJ para pedir providênci-as”, explicou o sub-procurador da OAB/RJ,Guilherme Peres.
Absolvida em setembro pelo Órgão
Especial do Tribunal de Justiça do
Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), a juíza
Myriam Therezinha Simen Rangel Cury, acusada
de delegar duas funcionárias públicas para
presidir audiências, continua à frente dos
juizados especiais Cível e Criminal de Guapimirim
e do Juizado Especial Cível de Inhomirim.
SÃO JOÃO DE MERITI
Direito Civil e questõestrabalhistas são tema de cursoNos dias 3, 9, 10 e 16 de novembro, a OAB/São João de
Meriti promove o curso Questões Trabalhistas, com o juiz
Roberto Fragali, da 1ª Vara do Trabalho. As aulas serão
realizadas das 18h30 às 20h30, na subseção.
Já no dia 29 de outubro, foi iniciado o curso de pós-
graduação em Direito Civil e Processo Civil. As aulas,
promovidas em parceria com o Centro Brasileiro de
Estudos e Pesquisas Jurídicas e a Universidade Cândido
Mendes, acontecem a cada quinze dias, também na
sede da OAB/São João de Meriti.
Mais informações pelos telefones (21) 2651-1892
e 2751-1241.
Liminar devolve àOAB/RJ administraçãode salas dos advogados
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) concedeu
liminar no dia 13 de outubro suspendendo determinação
do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-
RJ) que, a pretexto de disciplinar o uso das salas dos
advogados, extrapolava o Estatuto da Advocacia dando
à corte ingerência sobre esses espaços.
De acordo com o artigo 7, parágrafo 4 do Estatuto,
a Ordem é a única responsável pelo uso das salas, que
devem estar instaladas em todos os juizados, fóruns,
tribunais, delegacias de polícia e presídios. “A decisão do
CNJ restabelece o respeito ao Estatuto da Advocacia e
anula uma resolução do TJ que atropelava direitos dos
advogados”, comemorou o presidente Wadih Damous.
Procurada pela reportagem da TRIBUNA DOADVOGADO REGIONAL, a juíza não foi encon-trada. Segundo a direção do Fórum de Guapimi-rim, a magistrada está de férias.
Relembre o casoAs denúncias contra Myriam surgiram no ano
passado, quando uma equipe da Ouvidoria Iti-nerante da OAB/RJ realizou um plantão no fó-rum local.
O caso ganhou grandes proporções depois deter sido objeto de uma matéria do jornal O Dia.Na reportagem, fotografias comprovavam que fun-cionárias trabalhavam nas audiências no lugar dajuíza. Na época, ela se defendeu das acusaçõesafirmando que as servidores atuavam apenas “naparte burocrática”. “Elas (funcionárias) não pre-sidiam, iam adiantando a confecção das atas deaudiência, a parte burocrática”, declarou a juíza.
Sérgio da Silva,da OAB/Magé
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