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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Tecnologia Informática
Pode resolver os nossos problemas? Não!
Projeto FEUP:
Armando Jorge Miranda de Sousa José Manuel de Magalhães Cruz
Equipa 1MIEIC01_1:
Supervisor: José Manuel de Magalhães Cruz Monitor: Anaís Silva Dias
Estudantes & Autores:
Bruno Moreno up201504781@fe.up.pt João Seixas up201505648@fe.up.pt
Catarina Ferreira up201506671@fe.up.pt Renato Campos up201504942@fe.up.pt
João Esteves up201505145@fe.up.pt Tiago Neves up201506203@fe.up.pt
Tecnologia Informática - Pode resolver os nossos problemas? Não! 1/20
Resumo
O presente relatório foi elaborado no âmbito da unidade curricular “Projeto FEUP” e tem
como objetivo demonstrar o real papel da tecnologia informática na sociedade. Visando
recolher dados sobre o impacto da tecnologia informática na vida pessoal do estudante, a
nossa equipa realizou um inquérito online, no qual obtivemos 102 respostas.
No decorrer do processo de investigação daquilo que a informática não consegue
resolver, decidimos abordar estes três temas: veículos autónomos, publicidade enganosa e
segurança e privacidade informática.
No que toca a veículos autónomos, no caso de haver imprudência do ser humano que
leve a um acidente inevitável, estes podem tomar decisões que muitas pessoas
discordariam. Estamos numa situação em que, apesar da tecnologia informática estar
pronta para implementar veículos autónomos, o seu conceito tem alguns problemas tais
como: em situações que seja necessária navegação manual, os condutores podem ter falta
de experiência; devido à não necessidade de presença humana para conduzir estes carros
muitos postos de trabalho seriam extintos (como por exemplo taxistas); a dependência do
software pode criar situações de perigo, caso ocorra algo inesperado; e para se diminuir
drasticamente o número de acidentes uma maioria da população teria de ter um, algo
extremamente complicado por motivos financeiros
No que toca à publicidade enganosa, a tecnologia informática aliada à ganância e ao
desejo de possuir mais e mais por parte das empresas veio permitir a manipulação
avançada de imagem e vídeo, distorcendo a conceção que as pessoas tinham sobre
determinado produto. Estas empresas manipulam as nossas mentes, enchendo as ruas de
cartazes publicitários e os canais televisivos com anúncios. Apesar de ser crime perante a
legislação portuguesa, continuamos a ser bombardeados com publicidade enganosa.
No que toca ao tema da privacidade e segurança informática, a privacidade (entendida
como a partilha de informações pessoais de acordo com o consentimento das pessoas), é,
atualmente, frequentemente ignorada e distorcida. Isto verifica-se, quer ao nível das redes
sociais, quer noutros locais menos frequentados, como por exemplo simples websites ou
blogues. Chegamos a um ponto em que qualquer tecnologia de informação requer que
divulguemos alguma informação pessoal, comprometendo imediatamente a nossa
privacidade. Apesar dos grandes avanços das tecnologias informáticas, as nossas
informações pessoais encontram-se cada vez mais comprometidas, e é muito provável que
esta situação permaneça deste modo.
Concluímos que a tecnologia, apesar de não conseguir resolver todos os nossos
problemas, tem um grande potencial que devemos usar de forma ética.
Tecnologia Informática - Pode resolver os nossos problemas? Não! 2/20
Palavras-Chave
Veículos Inteligentes;
Privacidade;
Segurança;
Publicidade;
Informática;
Tecnologia;
Sociedade.
Agradecimentos
Deixamos aqui os nossos agradecimentos a todas as pessoas que colaboraram com
o nosso projeto, principalmente àqueles que responderam ao nosso inquérito e àqueles que
nos deram orientação no desenvolvimento do trabalho.
Tecnologia Informática - Pode resolver os nossos problemas? Não! 3/20
Índice
Lista de figuras………………………………………………………………………...pág. 4
1 - Introdução- Tecnologia Informática, pode resolver os nossos problemas?Não...pág. 5
2 - O real papel da tecnologia Informática na Sociedade…………………….......pág. 6
2.1 - “Casos inequívocos de problemas não resolvidos pelo avanço da Tecnologia
Informática” ……………………………………………………………………………….........pág. 7
2.1.1 - “Veículos Autónomos” …………………………………………..………..pág. 8
2.1.2 - “Publicidade Enganosa” ………………………………………………...pág. 11
2.1.3 - “Segurança e Privacidade Informática” ………………………………..pág. 12
2.2- Sugestões para melhorar o bem-estar da sociedade e a felicidade das pessoas
sem o recurso à tecnologia Informática. …………………………………………………….pág.14
3 - Conclusões………………...…………...……………………………………………...pág.16
Referências bibliográficas ………………………………………………..…………pág.17
Anexo A - Inquérito aos estudantes universitários ……………………………….pág.19
Tecnologia Informática - Pode resolver os nossos problemas? Não! 4/20
Lista de figuras
Figura 1 : WEpod – 1º autocarro elétrico autónomo ……………………. página 9
Figura 2 :Google Self-Driving Car ……….……………………………… página 10
Tecnologia Informática - Pode resolver os nossos problemas? Não! 5/20
1. Introdução - Tecnologia Informática, pode resolver os
nossos problemas? Não!
A unidade curricular “Projeto FEUP” foi concebida pela Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto e no âmbito desta foi-nos pedido para defender a tese: Tecnologia
Informática, pode resolver os nossos problemas? Não!
Pode-se elencar como principal objetivo deste trabalho, de forma geral, explicitar a
relação da sociedade com a tecnologia informática, demostrando algumas das suas
fragilidades e o porquê da sua ineficiência na resolução de alguns dos nossos problemas.
Visamos também sugerir maneiras de melhorar o bem estar da sociedade sem que esta
recorra à tecnologia informática.
Tecnologia Informática - Pode resolver os nossos problemas? Não! 6/20
2. O real papel da tecnologia Informática na Sociedade
Hoje em dia, a tecnologia informática encontra-se espalhada em diversas partes da vida
de todas as pessoas em todo o mundo. Atualmente, é difícil imaginar uma sociedade em
que a tecnologia não esteja presente, já que ela toma um papel fundamental nas mais
diversas atividades do nosso quotidiano, sendo disso exemplo o entretenimento, o mundo
académico, o mundo profissional, a vida pessoal, entre muitos outros.
No que toca ao entretenimento, existe um enorme leque de opções por onde escolher;
desde filmes, séries, jogos, música, vídeos, livros virtuais e redes sociais, todas elas
utilizando a tecnologia informática.
Porém, a Informática dá também um enorme suporte ao mundo profissional e
académico. Ela facilita o acesso à formação por parte dos futuros profissionais, e é também
através dela que os atuais profissionais conseguem executar as suas funções de forma
cada vez mais eficaz. Enquanto há cinquenta anos atrás a informação era muito mais
limitada e de mais difícil acesso, atualmente a obtenção de informação praticamente não
constitui obstáculo nenhum, embora seja preciso selecioná-la pois nem toda é credível ou
precisa.
Quanto à vida pessoal, as tecnologias de informação têm também um enorme impacto.
Hoje em dia torna-se quase imprescindível frequentar redes sociais, conversar com amigos
pelo telemóvel, partilhar informação, entre outros. Temos vindo a evoluir para uma
sociedade cada vez mais tecnológica e tudo indica que as civilizações evoluam cada vez
mais nessa direção. Existem muitos motivos por trás desta evolução. Um deles consiste no
facto de a Internet proporcionar um maior contato e proximidade entre as pessoas, o que
vem facilitar enormemente as relações interpessoais.
Porém, uma vez que a Informática vem possibilitar uma enorme partilha de informação
(quer pessoal, quer profissional) por todo o mundo, isto também se traduz numa menor
privacidade, tópico que iremos aprofundar mais à frente.
Em suma, a tecnologia informática é muito importante para a sociedade atual, possibilita
a partilha de informação e é praticamente impossível escapar dela.
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2.1 - 3 Casos inequívocos de problemas não resolvidos pelo
avanço da Tecnologia Informática
Neste tópico serão abordados vários casos de problemas que se esperava que já
tivessem sido resolvidos pela informática, mas que ainda estão em fase de desenvolvimento
e que poderão ser difíceis de concretizar ou aplicar.
Em primeiro lugar será abordado o tópico dos Veículos Inteligentes e Autónomos,
projeto que já está em desenvolvimento há várias décadas, que tenta resolver
principalmente o problema da sinistralidade rodoviária, algo que afeta imensamente a
sociedade de hoje em dia.
Seguidamente iremos abordar o tópico da Publicidade Enganosa e a influência que
a tecnologia informática teve nas estratégias de propaganda e venda de produtos.
Por último, o tópico da Segurança e Privacidade Cibernética, tópico este muito
importante na sociedade em que vivemos e que toma proporções cada vez maiores.
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2.1.1 - Veículos Autónomos
Um dos problemas que mais afeta a nossa sociedade atualmente é a sinistralidade
rodoviária, causa pela qual “1.3 milhões de pessoas morrem por ano”, sendo a “causa
principal de morte de jovens de idades entre os 15 e os 19” segundo a associação para
viagens internacionais seguras no seu website. Como resolução para este problema surgem
os veículos autónomos. Estes veículos autónomos podem também ser uma solução para
pessoas portadoras de deficiência, quer seja motora, visual ou auditiva.
Os veículos autónomos que vamos abordar neste trabalho, são aqueles que são
completamente independentes de condutor, ou seja, aqueles que realizam todas as
manobras sem intervenção humana.
A ideia de termos veículos que conseguem ir de um ponto A para um ponto B sozinhos,
sem colocar em risco os outros condutores nem os peões que circulam à sua volta, tem sido
cada vez mais apelativa.
Estes veículos têm a capacidade de se auto guiarem usando radares, satélites,
sistemas informáticos avançados e sensores. Estes sistemas de controlo avançados têm a
capacidade de identificar os melhores caminhos para seguir e detetar obstáculos de várias
naturezas que podem aparecer no seu caminho.
Passemos agora à analise de alguns projetos de carros autónomos que têm vindo a ser
desenvolvidos ao longo dos últimos anos:
WEpod – Primeiro autocarro completamente autónomo:
O WEpod é o primeiro autocarro completamente autónomo, criado por holandeses,
que irá entrar em funcionamento agora em novembro de 2015. Este autocarro tem
capacidade para 12 passageiros e traça sempre o mesmo percurso. Não possui volante
nem outros controlos, apenas um botão de emergência que pode ser acionado em caso de
o veículo se deparar com uma situação anormal. O autocarro é equipado com radares,
câmaras e sensores laser, no entanto “este autocarro enfrenta, em termos práticos, o
mesmo obstáculo que todos os outros veículos sem presença humana na condução: a falta
de legislação e regulação para a sua circulação.” (Daniela Portugal, 04 de Setembro de
2015)
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Figura 1 : WEpod – 1º autocarro elétrico autónomo
Google Self-Driving Car Project – Carro autónomo da Google:
O novo protótipo da Google tem sido testado nos últimos 6 anos em Mountain View,
Califórnia e Austin, Texas. Cada protótipo é mantido a uma velocidade de circulação de 40
quilómetros por hora. Estes carros têm sido testados em estradas privadas, mas também
estão a ser testados em cenários reais, em estradas citadinas de modo a serem feitos
progressos, visto que as estradas privadas não refletem a complexidade das estradas reais.
Recentemente os engenheiros da Google fizeram alterações no software destes carros para
que eles se movessem mais cautelosamente quando perto de crianças. Em 6 anos de
testes, estes protótipos estiveram apenas envolvidos em dezasseis pequenos acidentes ao
longo de 3,2 milhões de quilómetros. Nenhuma das vezes o protótipo foi o causador do
acidente. (Google, 2015).
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Figura 2 – Google self-driving car
Concluindo, no que toca a veículos autónomos, no caso de haver imprudência do ser
humano que leve a um acidente inevitável, estes podem tomar decisões que muitas
pessoas discordariam. Estamos numa situação em que, apesar da tecnologia informática
estar pronta para implementar veículos autónomos, o seu conceito tem alguns problemas,
tais como: em situações que seja necessário navegação manual os condutores podem ter
falta de experiência; devido à não necessidade de presença humana para conduzir estes
carros muitos postos de trabalho seriam extintos (como por exemplo os taxistas); a
dependência do software pode criar situações de perigo, caso ocorra algo inesperado, e
para se diminuir drasticamente o número de acidentes uma maioria da população teria de
ter um, algo extremamente complicado por motivos financeiros
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2.1.2 - Publicidade Enganosa
A publicidade é algo que nos rodeia constantemente e que, com o avanço
tecnológico, aumentou consideravelmente. É praticamente algo indispensável para qualquer
empresa conseguir dar a conhecer o seu produto e atingir lucros elevados.
Porém, será que podemos confiar na publicidade? Quão atentos devemos estar para
que não sejamos levados a adquirir um produto de má qualidade/um produto de que
realmente não necessitamos? Terá o avanço tecnológico promovido uma proliferação da
publicidade enganosa?
A publicidade enganosa é aquela que pode induzir o consumidor em erro, quer por
omissão (quando o anunciante omite dados acerca do produto, dados esses que poderiam
levar o consumidor a não comprar tal produto) quer por comissão (quando o fornecedor
afirma algo que não é, atribuindo qualidades falsas ao seu produto ou serviço). Deste modo,
este tipo de publicidade consegue distorcer a capacidade de decisão do consumidor.
Nos dias que correm não precisamos de procurar muito; a publicidade enganosa
está por toda a parte: na televisão, na internet, nas ruas (posteres e anúncios) nos
supermercados e centros comerciais, entre outros. As tecnologias, para além de terem
aumentado a difusão da publicidade também serviram como uma das principais causas da
publicidade enganosa. Isto acontece pois a constante evolução da tecnologia veio permitir,
por exemplo, a edição de imagem. Deste modo, a edição de imagem passa a ser
imprescindível na publicidade, tornando possível a distorção da própria, mostrando assim
uma imagem do produto apelativa, mas que não representa a realidade.
Apesar de a publicidade enganosa estar, realmente, documentada como um crime
quando promove qualidades que tal produto não possui, as marcas dão a volta a esta lei
mostrando indiretamente estas falsas qualidades, nomeadamente através da distorção de
imagens, através do uso de fotos de modelos atraentes, entre outros.
Porém, não é possível fazer com que este tipo de publicidade desapareça, uma vez que
quem está por detrás desta publicidade são grandes empresas, muitas vezes empresas
multinacionais muito poderosas, cujos interesses são a obtenção do máximo de lucro
possível. Como a publicidade não é proibida estas aproveitam sempre essa possibilidade
para cativar os consumidores para a compra dos seus produtos. Podemos deste modo
concluir que a razão principal pela qual a publicidade enganosa continua a existir é a
ganância e o desejo de poder por parte do ser humano.
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2.1.3 - Segurança e Privacidade Informática
Quão seguros podemos navegar na web? Que precauções devemos tomar com a
informação que partilhamos nas redes sociais? Será que não necessitamos de nos
preocupar com o facto de as nossas informações partilhadas se encontrarem acessíveis a
todos? Será que devemos tomar medidas para nos protegermos de possíveis violações de
privacidade?
A falta de privacidade nos meios de comunicação é um dos assuntos mais discutidos
na atualidade. A partir do momento em que as pessoas começaram a perceber que não
podiam navegar na web de forma segura, começaram a aparecer dúvidas no que toca a
privacidade. Chegamos a um momento em que as pessoas reivindicam
privacidade/segurança nas tecnologias de comunicação. Mas será que é possível assegurar
isto atualmente?
O conceito de privacidade refere que ninguém deveria ter acesso às informações de
uma determinada pessoa sem o seu consentimento. Este conceito é frequentemente
ignorado involuntariamente. Isto acontece, por exemplo, nas redes sociais.
Um exemplo de um tipo de violação de privacidade nas redes sociais ocorre ao nível
das fotos. Se uma pessoa A publica uma foto de uma pessoa B no seu perfil, sem o seu
consentimento está, efetivamente, a invadir a privacidade da pessoa B.
Porém, a falta de privacidade não se verifica apenas nas redes sociais. O acesso a
um simples website já implica o rastreamento de alguma informação pessoal.
Era esperado que, com o avançar da tecnologia, conseguíssemos uma maior
segurança e privacidade. Porém, na realidade, cada vez mais a nossa informação pessoal
está a ser divulgada nos meios comunicação.
Nos dias de hoje, o uso de qualquer meio de comunicação, website, ou tecnologia de
informação requer que rescindamos de, pelo menos, alguma parte da nossa privacidade.
Estes serviços possuem “Termos e Condições” que estão na origem desta “perda” de
privacidade, isto é, estes serviços têm a nossa permissão para recolher dados pessoais
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baseados na nossa utilização. Ainda assim, os utilizadores reclamam pelos seus direitos de
privacidade, não se apercebendo que aceitaram os termos de tais serviços. Esta situação
tem vindo a evoluir ao longo do tempo e, como temos vindo a perceber, os avanços
tecnológicos não promovem uma melhoria da segurança informática mas sim um
comprometimento cada vez maior da nossa privacidade, pelo que podemos concluir que,
apesar dos esforços das tecnologias informáticas, é muito provável que a privacidade
cibernética continua a diminuir cada vez mais ao longo do tempo. “Our information is already
out there and regardless of how hard we scream that we want it back or want it to be secure,
it’s not going to happen…ever.” (Morgan, Jacob, Forbes Contributor).
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2.2- Sugestões para melhorar o bem-estar da sociedade e a
felicidade das pessoas sem o recurso à tecnologia Informática
Para tentarmos compreender como é que a tecnologia informática afeta a vida pessoal
da sociedade elaboramos um questionário dirigido à comunidade académica, no qual
obtivemos 102 respostas. Nesse questionário pedimos aos inquiridos que sugerissem
formas de melhorar o bem-estar da sociedade e a felicidade das pessoas sem o recurso à
tecnologia Informática. Fica aqui um resumo dessas respostas:
1. Não sendo possível abandonar por completo as tecnologias, já que elas nos ajudam
em diversas áreas da nossa vida, devemos saber controlar-nos e dar prioridade às pessoas
que nos fazem felizes - amigos e família - não podendo considerar a informática como
substituta do convívio pessoal;
2. Ter em conta que muitas pessoas "tecno-dependentes" sofrem de ansiedade social e
precisam de um ambiente controlado para sair de casa e expandir horizontes, por isso a
sugestão é que exista a criação de eventos regulares com temas apelativos para as
camadas mais jovens que levem à interação social, como por exemplo: convenções, jogos
lúdicos coletivos, corridas de karts, oficinas de trabalho ou até mesmo experimentar ficar
uma semana sem aceder a dispositivos tecnológicos.
3. Incentivar a qualquer tipo de voluntariado, não só nos jovens mas também nos
adultos, como uma ação benéfica e positivista não só para o próprio como para a sociedade
envolvente;
4. Dar maior importância aos espaços públicos ao ar livre (como por exemplo parques,
jardins e campos de jogos) e em ambientes fechados (como por exemplo teatros,
bibliotecas, estúdios, galerias e museus), implementando, tanto nas crianças como nos
adultos, hábitos desportivos e culturais mais assertivos.
5. Falar, não mais, mas de maneira diferente, mais pessoalmente, é o que podemos
tentar fazer mais vezes hoje em dia e de certeza que nos iremos lembrar desses momentos
com mais felicidade porque o contacto permanente que temos hoje em dia com os
telemóveis e redes sociais retira essa sensação de "escassez".
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Para além destas sugestões que nos foram dadas pelos inquiridos, gostaríamos ainda
de avançar mais duas:
- Relativamente às famílias com filhos, poderiam existir regras em casa que
levem à implementação de intervalos de tempo em que as tecnologias são
deixadas de lado.
- Implementação de espaços públicos onde o uso da tecnologia é limitado.
Em suma, a tecnologia tem o poder de aproximar as pessoas mas também de as
distanciar. Está nas nossas mãos decidir o impacto que ela terá na nossa saúde e no nosso
bem-estar.
“The difference between technology and slavery is that slaves are fully aware that they
are not free” (Taleb,Nassim Nicholas, http://goo.gl/NJFUxB)
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3. Conclusões
A tecnologia informática encontra-se em todo o lado; não é possível fugir desta nem o
devemos fazer. Ela pode e deve ser usada para nosso proveito, mas não é possível usá-la
para tudo.
Os três casos inequívocos de problemas não resolvidos pelo avanço da tecnologia
informática analisados neste trabalho - “Veículos Autónomos”, “Publicidade Enganosa” e
“Segurança e Privacidade Informática” - provam esse facto; existem problemas que a
tecnologia informática ainda não resolveu nem conseguirá resolver ou que, pelo menos,
muito dificilmente conseguirá.
Podemos assim concluir que, para além do enorme potencial que a tecnologia tem,
haverá sempre problemas que não conseguirá resolver, quer por culpa do ser humano, quer
por o problema ser causa do avanço tecnológico, ou até mesmo pela simples
impossibilidade de o resolver.
Como estes problemas não são resolvidos pela tecnologia informática, é necessário
procurar e aplicar soluções que não recorram a estas, tema também analisado neste
relatório.
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Referências bibliográficas
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de outubro de 2015).
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“Google driverless car.” Wikipedia. https://en.wikipedia.org/wiki/Google_driverless_car
(acedido a 22 de outubro de 2015).
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work (acedido a 21 de outubro de 2015).
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“Google releases first monthly report about self-driving car accidents.” Circanews.
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Harper, Jason H.. ”Self-driving Cars Are No Longer a Thing of the Future.” Time.
http://time.com/3661446/self-driving-driverless-cars-ces/ (acedido a 21 de outubro de 2015).
“How safe is your password.” BBC.
http://www.bbc.com/future/story/20150508-how-safe-is-your-password (acedido a 19 de
outubro de 2015).
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“Injuries in Google self-driving car accident”CNNMoney
http://money.cnn.com/2015/07/17/autos/google-self-driving-car-injury-accident
(acedido a 19 de outubro de 2015).
Kresge, Naomi. ”Smart Self-Driving Cars Still Need to Factor in Human Error.”
BloombergBusiness. http://www.bloomberg.com/news/articles/2015-06-08/cars-smart-
enough-to-drive-still-need-to-overcome-human-error (acedido a 20 de outubro de 2015).
“Lack of Privacy Awareness in Social Networks.”, ISACA.
http://www.isaca.org/Journal/archives/2012/Volume-6/Pages/Lack-of-Privacy-Awareness-in-
Social-Networks.aspx (acedido a 19 de outubro de 2015).
Morgan, Jacob. “Privacy Is Completely And Utterly Dead, And We Killed It.” Forbes.
http://www.forbes.com/sites/jacobmorgan/2014/08/19/privacy-is-completely-and-utterly-dead-
and-we-killed-it/ (acedido a 18 de outubro de 2015).
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Portugal, Daniela. “Holanda criar autocarros elétricos autónomos.” Auto.monitor.
http://automonitor.pt/2015/09/24/novidades/holanda-cria-autocarros-eletricos-autonomos
(acedido a 24 de outubro de 2015).
Taleb, Nassim Nicholas. “Difference between technology and slavery.” Goodreads.
http://goodreads.com/quotes (acedido a 15 de outubro de 2015).
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http://www.ted.com/talks/sebastian_thrun_google_s_driverless_car (acedido a 21 de outubro
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Valentinelli, Monica. “Social Media and Your (Lack of) Privacy.” SFWA.
http://www.sfwa.org/2010/06/social-media-and-your-lack-of-privacy/ (acedido a 18 de
outubro de 2015).
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Anexo A
Para melhor compreendermos o impacto da tecnologia informática na vida do estudante
universitário, a nossa equipa concebeu um inquérito online no qual obtivemos 102
respostas.
De forma a facilitar a validação científica dos resultados, fizemos com que as perguntas
colocadas aos inquiridos correspondessem na íntegra aos títulos dos gráficos.
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