sistema de segurança pública no brasil

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

ÁREA: 8.514.215,3 KM2

CAPITAL:  BRASÍLIA

POPULACIÓN: 190.732.694 milhões (Censo 2010) 

MONEDA:  Real ( R$ )

DATAS NACIONALES: 7 de setembro (Dia da INDEPENDÊNCIA e 15 de Novembro ( PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA)

PRESIDENTE: Dilma Rousseff

•Capital:

Brasília (Distrito Federal)

• 26 Estados

• 5.024 Municípios

4

“O homem é o lobo do homem.”Platão 428 a.C

Thomas Hobbes (1588-1679)

De Cive (1642) e Leviathan (1651).

5

Contrato Social

“O homem nasce livre e por toda parte é levado a ferros.”

Rousseau

6

7

Como tudo começou para a CIDADANIA!!

8

Origem do respeito aos direitos dos indivíduos

Com a crise feudal (séc. XIV); O Renascimento (Iluminismo) – sec. XVII

e XVIII; O primado dos privilégios de nascença

perdeu força diante da força crítica e otimista do saber científico.

9

Revolução Inglesa 1640-1660 foi um momento no qual o poder estatal

passou para as mãos de uma nova classe social, abrindo caminho para o livre desenvolvimento do modo de produção capitalista;

Em Hobbes, o Estado absoluto passa a ser visualizado como o resultado do estabelecimento de um “contrato social” entre indivíduos que viviam até então em “estado de natureza” e que, por determinadas razões, decidiram abandoná-lo em prol da entrada em um corpo social e político.

10

Revoluções Americana – 1776 e Francesa -1789

Rev. Francesa como fundadora dos direitos civis;

Idéia de FELICIDADE nasce não como uma conquista individual, mas como meta da coletividade;

Com a Rev. Industrial o homem criou os instrumentos de que necessitava para produzir em abundância.

11

No mundo ocidental, até meados do milênio passado, a questão da ordem interna era tratada como questão privada.

Surgiram grupos voluntários de vigilância e repressão ao banditismo local.

Tyhings, na Inglaterra Maréchausseé, na França

A violência constituía um padrão socialpara resolução dos conflitos individuais ecoletivos

a insegurança crônica do cotidiano feudal

12

A emergência dos Estados absolutos inicia a centralização do poder administrativo.

- expansão do Direito codificado e formalizado;

- disseminação de unidades carcerárias (Hospitais Gerais);

- garantia da ordem interna a cargo de exércitos permanentes e profissionalizados.

13

Surgem organizações policiais baseadas no profissionalismo, estrutura burocrática e sob controle estatal.

Modelo francês é copiado por países europeus. Polícia de áreas rurais, militarizada; Polícia de áreas urbanas, de caráter civil.

A Inglaterra permaneceu como exceção, mantendo o sistema de parish constable

até fins do século XVIII.

14

A afirmação do Estado-Nação constitui o corolário do processo de monopolização da violência física no âmbito do poder central.

As polícias militares são a expressão mais visível do Estado-Nação.

O Estado-Nação como comunidade política

retirada gradual dos exércitos nacionaisdos assuntos atinentes à ordem interna

15

Ao longo do século XIX os hospitais gerais vão sendo transformados em Penitenciárias.

Ocorre paralelamente a generalização do Direito criminal codificado e administrado por profissionais especializados.

A privação da liberdade torna-se o principal meio punitivo de criminosos, substituindo o suplício físico.

• Prevalência da CIVIL LAW TRADITION, em detrimento COMMON LAW TRADITION• Combinação de princípios inquisitoriais e acusatoriaisna estruturação dos códigos processuais penais ocidentais

16

A insegurança típica do cotidiano feudal é substituída, aos poucos, por uma situação de maior controle da criminalidade e da violência, caracterizando a pacificação interna que se consolidou na transição do Estado absolutista para o Estado-Nação.

Dupla dimensão:

(a) afirmação do poder coercitivo do Estado

(b) disseminação de padrões civilizados de conduta

Processo civilizador experimentado pelo mundo ocidentalproporcionou mudanças na subjetividade individual, induzindoo maior auto-controle dos impulsos agressivos por parte dosIndivíduos.

17

A sociedade burguesa completa o processo histórico de transição da provisão privada para a provisão pública da ordem interna.

As noções de ordem pública e de direitos individuais

universais estão umbilicalmente conectadas.

A demanda por ordem e segurança passaram a compor o espectro de ação de todas as classes sociais

É na institucionalização dos direitos civis da cidadania, ao longo dos séculos XVIII e XIX , que se vai configurandoo princípio de ordem sob a lei, como parâmetro definidor doEstado Democrático de Direito.

18

O SISTEMA DE JUSTIÇA CRIMINAL COMO LOOSELY COUPLED SYSTEM

O sistema de justiça criminal constitui um network organizacional.

articulação de subsistemas dotados de singularidadese autonomia institucional

Suposta prevalência de equilíbrio nas relações interorganizacionais como também de coerência entreestrutura e atividades práticas

19

Enquanto isso, no Brasil...

20

A HISTÓRIA DA POLÍCIA BRASILEIRA. Até 1808, no Brasil, as funções policiais estavam entre os encargos dos vice-reis e dos ouvidores gerais, não se dispondo de uma organização policial efetiva.

A segurança das cidades, vilas e da área rural era provida pelos Alcaides (oficial de justiça), auxiliados pelos Quadrilheiros e Capitães-do-mato, todos escolhidos dentre cidadãos civis. Era o “mundo da desordem” agindo em nome da ordem, colonial e escravista. A organização dos Quadrilheiros foi criada no Brasil nos mesmos moldes da metrópole.

Com a chegada da família real em 1808:

"A polícia precisava tratar de dois problemas que atingiam diretamente o governo: o contrabando que drenava a arrecadação pública e as novas idéias liberais que desafiavam os poderes da coroa "

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A HISTÓRIA DA POLÍCIA BRASILEIRA. Estrutura básica da atividade policial brasileira, o cargo de intendente geral da Polícia foi criado por d. João VI  através do  Alvará de 10 de maio de 1808, seguindo os moldes da Polícia de Lisboa.

O cargo de intendente geral de Polícia da Corte foi confiado ao desembargador e ouvidor da Corte, Paulo Fernandes Viana, que o exerceu por cerca de doze anos. Possuindo jurisdição ampla e ilimitada, o intendente geral de Polícia atuava como uma espécie de ministro da Segurança Pública, controlando todos os órgãos policiais do Brasil, inclusive os ouvidores gerais, os alcaides maiores e menores, corregedores, inquiridores, meirinhos e capitães de estrada e assaltos.

Com a reforma do Código do Processo Criminal (1832), o cargo de intendente foi extinto e criado o de chefe de Polícia.

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A HISTÓRIA DA POLÍCIA BRASILEIRA. Os problemas de segurança pública:

Viana teve de enfrentar a escassez de moradias, o desabastecimento de gêneros, de água, e os problemas de limpeza e iluminação da cidade. Para isso montou redes de cooperação dos mais afortunados, "convidados" a pagar pelas necessidades do Estado, e redes de exploração dos escravos, presos e obrigados a trabalhar para o Estado nas obras públicas.

A insegurança produzida pela presença maciça da escravaria na cidade era transformada em benefício para o Estado, que construía estradas e fazia a manutenção das ruas, utilizando os presos trabalhando acorrentados em duplas.

Como se vê, as atribuições da polícia se aproximavam bastante de uma idéia contemporânea de prefeitura, mas os problemas de segurança também se faziam presentes.

23

A HISTÓRIA DA POLÍCIA BRASILEIRA. Os problemas de segurança pública:

Em 1809, surgiu a Guarda Real de Polícia da Corte, uma força policial permanente, recrutada entre os soldados da cavalaria e da infantaria, para auxiliar o intendente geral de polícia e, ao mesmo tempo, poupar o exército das ações policiais que sobre ele recaíam. Realizou um amplo trabalho de repressão à marginalidade da época. Em 1831, a Guarda Real de Polícia foi abolida, sendo criado em seu lugar o Corpo de Guardas Municipais.

A instituição policial no Brasil tornou-se peça  fundamental para o controle  e ordenação da sociedade ao longo de todo o século.

Suas atribuições são reveladoras de um conceito de “polícia” bem diferente do atual. Segundo Morais e Silva, sobre a polícia recaíam o governo e a administração interna, incluindo-se nesta última a “limpeza, asseio, fartura de víveres e vestiário; e a segurança dos cidadãos”.

24

Contextualizando a atuação policial no mundo e no Brasil

A Segurança Pública nos séculos XX e XXI

25

Projeto liberal do Estado de Direito

O pacto social liberal representa um modelo de socialização regulado pelo princípio jurídico. Os indivíduos saem do estágio das liberdades não-protegidas, a liberdade predatória do estado de natureza, para alcançar o estágio das liberdades garantidas e disciplinadas pelo Direito. (Habermas, 1992:122)

26

Leitura da cidadania Admitir o conceito de CIDADANIA como um

processo de inclusão total é uma leitura contemporânea.

Conceitos de liberdade e de cidadania tem várias origens: condições específicas de colonização, o discurso religioso, a influência de pensadores, dentre outros;

Escravatura, é uma contradição da liberdade e igualdade entre todos.

“O que a política torna igualitário, o sucesso financeiro distingue”

27

Constituição Cidadã de 1988CAPÍTULO III

DA SEGURANÇA PÚBLICA

Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:

I - polícia federal;II - polícia rodoviária federal;III - polícia ferroviária federal;IV - polícias civis;V - polícias militares e corpos de bombeiros

militares.

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Lei Complementar 177 – Atuação do Exército em Segurança Pública -

subsidiária

Art. 2o A Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 17A e 18A:

"Art. 17A. Cabe ao Exército, além de outras ações pertinentes, como atribuições subsidiárias particulares:

I – contribuir para a formulação e condução de políticas nacionais que digam respeito ao Poder Militar Terrestre;

II – cooperar com órgãos públicos federais, estaduais e municipais e, excepcionalmente, com empresas privadas, na execução de obras e serviços de engenharia, sendo os recursos advindos do órgão solicitante;

III – cooperar com órgãos federais, quando se fizer necessário, na repressão aos delitos de repercussão nacional e internacional, no território nacional, na forma de apoio logístico, de inteligência, de comunicações e de instrução;

IV – atuar, por meio de ações preventivas e repressivas, na faixa de fronteira terrestre, contra delitos transfronteiriços e ambientais, isoladamente ou em coordenação com outros órgãos do Poder Executivo, executando, dentre outras, as ações de:

a) patrulhamento;

b) revista de pessoas, de veículos terrestres, de embarcações e de aeronaves; e

c) prisões em flagrante delito."

"Art. 18A. (VETADO)"

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Política de Defesa Nacional

I - Segurança é a condição que permite ao País a preservação da soberania e da integridade territorial, a realização dos seus interesses nacionais, livre de pressões e ameaças de qualquer natureza, e a garantia aos cidadãos do exercício dos direitos e deveres constitucionais;II - Defesa Nacional é o conjunto de medidas e ações do Estado, com ênfase na expressão militar, para a defesa do território, da soberania e dos interesses nacionais contra ameaças preponderantemente externas, potenciais ou manifestas.

http://www.defesa.gov.br/pdn/index.php?page=estado_seguranca_defesa

30

Contextualizando a polícia nos séculos XX e XXI:

A polícia, diferentemente de todas as outras organizações de policiamento (caso, por exemplo, no Brasil, dos órgãos de fiscalização sanitária e do meio ambiente), se destaca em função de duas razões principais:

31

Contextualizando a Polícia

1) primeiro, por ter acesso ao uso legítimo da força;

2) segundo, pelo fato de ela ser um serviço público permanente de atendimento de emergência, ao menos teoricamente, disponível para todos, em qualquer lugar, 24 horas por dia.

32

A Polícia:

Nos séculos XIX e XX protetora do patrimônio, subsidiariamente protege a vida;

Proteger a elite; Conter a plebe; A Revolução de 64 “abduziu

a polícia da sociedade”

33

Segundo a mídia a polícia brasileira é:

Mal paga; Mal treinada; Violenta; Corrupta; e Incompetente, porque não se fala.

34

Segundo Luther King

Nem a Independência dos EUA, nem o fim da escravidão significaram o fim das limitações à cidadania dos negros e cobra que os direitos expressos na Declaração de Independência sejam compreendidos amplamente.

A cidadania era construída a partir de mecanismos de defesa do indivíduo diante do Estado ou de outros indivíduos.

35

Declaração dos Direitos do homemArt. 1 – os homens nascem e

permanecem livres e iguais em direitos:

- de liberdade;- de propriedade;- de segurança; e- resistência à opressão.

Não se restringe a assegurar os direitos civis do cidadão, ela estabelece também seus

limites.

36

““O QUE ME ASSUSTAO QUE ME ASSUSTANÃO É O GRITO DOSNÃO É O GRITO DOS

VIOLENTOS, É OVIOLENTOS, É OSILÊNCIO DOS SILÊNCIO DOS

BONS.”BONS.”Martin Luther King Jr. Martin Luther King Jr.

37

A HISTÓRIA DA POLÍCIA BRASILEIRA. “POLICIA” é um vocábulo de origem grega,

“politeia”, e derivou para o latim, “politia”, ambos com o mesmo significado: governo de uma cidade, administração, forma de governo.

Com o passar dos tempos o termo “POLÍCIA” assumiu um sentido mais restrito, particular, passando a representar a ação do governo enquanto exerce sua missão de tutela da ordem jurídica, assegurando a tranqüilidade pública e a proteção da sociedade contra as violações e malefícios.

38

A ORDEM PÚBLICA COMO BEM COLETIVO

A manutenção da ordem pública é um dos principais bens coletivos da sociedade moderna.

controle de comportamentos criminosos por parte do Estado

provisão coletivizada e não mais particularizada

Paulatina monopolização da violência nas mãos do Estado

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Características básicas de alguns sistemas nacionais de justiça criminal:

BRASIL FRANÇA E.U.A

PRINCÍPIO JURÍDICO

DIVISÃO DE TAREFAS

Inquisitorial/acusatorial inquisitorial acusatorial

GRAU DE CENTRALIZAÇÃO/DESCENTRALIZAÇÃO

estruturas organizacionaisestadualizadas e federalizadas

Estruturas organizacionaisfederalizadas

Estruturas organizacionaismunicipalizadas,estadualizadas e federalizadas

Polícia investiga eMinistério Público denuncia;Juiz tem atribuição decisória

Importante.

Polícia investiga sobcoordenação de juiz de instrução;Juiz tem atribuição decisória

importante.

Polícia investiga sob coordenação dos promotores; Julgamentos realizados

com Júri.

40

A frouxa articulação da justiça criminal pode ser compreendida a partir do dilema lei X ordem que caracteriza as sociedades democráticas

Disjunção entre os mitos institucionais que definemos parâmetros morais do sistema e as demandas de suas atividades práticas

A justaposição entre lei e ordem não é tão natural comose poderia supor a princípio.

Policiais, juízes, promotores, agentes prisionais são street level bureaucrats que são afetados por condições específicas em seusambientes de trabalho,levando-os a institucionalizar informalmente receitas práticas profissionais.

41

A gestão da política de segurança pública envolve,necessariamente, o exercício da governança.

Gerência de redes interorganizacionais auto-organizativas

Restrições claras à capacidade dos governos degerência do sistema de justiça criminal

42

POLÍTICAS PÚBLICAS DE MANUTENÇÃO DA ORDEM PÚBLICA

Questão central :

política pública é capaz de impactar a incidência da criminalidade ?

Não há consenso na expertise acadêmica quanto á realcapacidade do aparato estatal de reduzir os indicadores decriminalidade

O acúmulo de conhecimento científico sobre o tema é fundamental.

43

Políticas públicas não são caracterizadas, necessariamente, por alto grau de racionalidade ou mesmo planejadas e executadas de forma sistemática.

A implementação de políticas públicas não está sujeita apenas à dualidade Estado-Mercado.

Muito da atividade política está direcionadapara a manutenção do status quo e não paraa realização de mudanças

a participação da sociedade civil deve ser também considerada neste processo, além dos novos mecanismosde parceria público-privada

44

A elaboração e implementação de políticas públicas é modelada por condições estruturais dadas pela configuração institucional em que estão inseridas.

Instituições sociais abrangem desde regras elementares que normatizam as relações sociais atém arranjos complexos, formalizados e burocratizados que estabelecem parâmetrosa processos econômicos e políticos.

Fenômenos tipo informal constraints, path dependence,desenho institucional, efeito lock in, como também as idéias e o perfil de decision makers devem ser consideradosna análise de políticas públicas.

NEO - INSTITUCIONALISMO

45

O principal debate no âmbito das políticas de segurança pública diz respeito à indefinição quanto à eficiência comparativa entre estratégias repressivas e estratégias preventivas.

este debate está contaminado por uma perspectiva ideológica, dificultando qualqueresforço de compatibilização teórica e práticadestas estratégias.

46

PERSPECTIVAS DA POLÍTICA DE SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍTICA REPRESSIVA POLÍTICA PREVENTIVA

FUNDAMENTOVALORATIVO

Punição é um importante instrumento de afirmação de valores morais e culturais

O mais importante é evitar que o crime aconteça de modo que o respeito a justiça, à igualdade e aos direitos humanos são basilares na ação do Estado

PRESSUPOSTO DAAÇÃO SOCIAL

Criminoso é ator racional e deve assumir plena responsabilidade por seus atos e

deve responder perante o sistema de justiça criminal.

Criminoso é vítima de condições sociais marcadas pela desigualdade,

injustiça e discriminação.

HIPÓTESE CRIMINOLÓGICA Níveis de criminalidade estão associados ao grau de eficiência do sistema de justiça

criminal.

Níveis de criminalidade estão associados aos níveis de

desemprego, de pobreza e às crises econômicas.

DIRETRIZ DE POLÍTICA PÚBLICA

PREPONDERANTE

Medidas dissuasórias - aparelhamento da polícia, aperfeiçoamento da máquina

judicial, maior rigor da aplicação da pena, incremento do encarceramento - devem ser

o cerne da ação governamental.

Medidas de inclusão social e humanitária - diminuição da

desigualdade social, do desemprego e incremento da participação comunitária, valorização da

educação, ênfase na ressocialização do criminoso - devem ser o cerne da

ação governamental

47

As evidências empíricas disponíveis não permitem afirmar que estratégias preventivas de controle da criminalidade são mais eficientes do que estratégias repressivas, e vice-versa.

À medida que prevenção e repressão são concebidascomo pólos opostos, reduz-se a capacidade do Estadoem prover ordem pública com efetividade.

Escassas experiências internacionais de políticaspúblicas que tenham alcançado resultados relevantesem termos de redução dos indicadores de criminalidade

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A POLÍTICA DE SEGURANÇA PÚBLICA NA SOCIEDADE BRASILEIRA

O processo de retomada da Democracia na sociedade brasileira, desde meados da década de 1980, não trouxe consigo avanços na provisão da ordem pública.

deterioração intensa dos padrões desegurança pública

Manifestação de um inquietante paradoxo : a democratização tem sido acompanhada pela violência

49

A institucionalização da democracia e o recrudescimento da violência têm sido acompanhadas de uma lenta e gradual melhoria dos indicadores sociais.

Queda na proporção de pobres Queda da miséria Avanços nos indicadores de saúde e educação Melhoria do IDH

Há um processo em curso caracterizado por umacrescente inclusão social e não por uma exclusão social

50

O recrudescimento da violência na sociedade brasileira nos últimos vinte anos não pode ser explicada pela pobreza absoluta.

Jovens negros e residentes nas periferias das grandescidades brasileiras tornaram-se as principais vítimase algozes deste espiral de violência

Combinação perversa de fatores psicossociais :

• disseminação de valores individualistas e consumistas• consolidação do tráfico de drogas• disseminação das gangues de jovens• manutenção de altos níveis de desigualdade social

51

PRESERVAÇÃO DA ORDEM PÚBLICA DEMOCRÁTICAInclui variáveis extra-policiais

Ultrapassa a abrangência, a intensidade e a qualidade das ações exclusivas de polícia

É maior que as políticas de policiamento.

A ruptura de falsas dicotomias:

Ação policialAção policial

Segurança PúblicaSegurança Pública

Ação socialAção social

Ação PolicialAção Policial

X

=

52

Plano Nacional de Segurança Pública (2003)

INTERSETORIALIDADE

MAIS EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E EFETIVIDADE DO

SISTEMA ÚNICO DE SEGURANÇA PÚBLICA (SUSP)

53

Planejamento, Prevenção, Repressão qualificada, Solução Pacífica de Conflitos e Investimento em educação permanente

PARCERIAS INSTITUCIONAIS

Efetividade do SUSPParcerias

Consenso com estados e municípios,

E

Mudança de paradigmas na GESTÃO

54

GARANTIA DO PLENO EXERCÍCIO DA CIDADANIA

PARCERIAS INSTITUCIONAIS

Objetivos da mudança de paradigmas na GESTÃO:

55

Os Municípios no Sistema Único de Segurança Pública

SUSPUniãoEs

tado

s

Municípios

56

Expansão da presença policial – algumas observações empíricas:

57

MINISTÉRIO DA JUSTIÇASECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICADEPARTAMENTO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS

58

59

Breve Contextualização

Consenso sobre Pol. Com. – pequeno; Variedades de programas – causam

confusão; Falta de clareza – movimento retórico; Resultado inevitável – desapontamento; e Dificuldade de reforma policial

significativa.

60

Conceito “Uma filosofia e uma estratégia organizacional

que proporciona uma nova parceria entre a população e a polícia, baseada na premissa de que tanto a polícia quanto a comunidade devem

trabalhar juntas para identificar, priorizar e resolver problemas contemporâneos , como crimes, drogas,

medos,desordens físicas, morais e até mesmo a decadência dos bairros, com o objetivo de

melhorar a qualidade geral de vida na área”. Trojanowicz

“ EXERCÍCIO DE POLÍCIA VOLTADO À DEFESA DA CIDADANIA, COM TOTAL RESPEITO AOS DIREITOS HUMANOS E INTEREÇÃO DA COMUNIDADE”

61

Os seis grandes

Departamento de Polícia; A Comunidade; Autoridades Cívicas Eleitas; A Comunidade de Negócios; Outras Instituições; e A Mídia.

62

Os P´s da Polícia Comunitária

O policiamento comunitário é uma filosofia de policiamento personalizado de serviço completo, onde o mesmo policial patrulha e trabalha na mesma área numa base permanente, a partir de um posto descentralizado, trabalhando numa parceria preventiva com os cidadãos para identificar e resolver problemas.

63

Elementos da Polícia Comunitária Prevenção do Crime Baseada na

Comunidade; Reorientação das Atividades de

Patrulhamento; Aumento da Responsabilidade da Polícia; Descentralização do Comando; Supervisão e Avaliação de Resultados; e Policiamento Orientado Para Solução de

Problemas.

64

Dificuldades para Implantação e Implementação

InternasResistência por desconhecimento dos mais variados

escalões;Falta de apoio da alta direção; eFalta de Envolvimento e comprometimento. ExternasAproximação policial da comunidade;Falta atuação integrada com outros órgãos;Desconhecimento do conceito de Polícia Comunitária;Mobilização comunitária; eFalta de Envolvimento e comprometimento.

65

Em termos históricos: Observa-se que o policiamento pode não ser

realizado apenas pela polícia, ainda que o trabalho dela seja imprescindível para a manutenção e reprodução da lei e da ordem nas sociedades modernas.

No mundo contemporâneo, entretanto, passou-se a entender que o trabalho policial (“da polícia...”) não deva ser conduzido sem uma estreita "colaboração organizada" da cidadania.

A forma mais comum dessa organização da segurança pública, por intermédio da cidadania, dar-se-ia no seio da própria comunidade – daí a expressão gestão comunitária da segurança pública.

66

Consenso

Com o intuito de evitar equívocos de interpretação, pode ser considerado que a expressão “policiamento comunitário” equivale a de “gestão comunitária da segurança pública”

67

A Política de Segurança Pública no Brasil

Sistema Único de Segurança Pública – SUSP Plano Nacional de Segurança Pública – PNSP (A

PARTIR DE 01/AGO/07- PRONASCI) Projeto Segurança Cidadã – SENASP - PNUD – ONU

Fases I 2004, II 2005, e III 2006/2007 Lei nº 10.201/01, alterada pela Lei 10.746/03, FNSP Plano Plurianual 2004 – 2007, publicado no D.O.U.

12/08/04 Art 144 da Constituição Federal Planos Estaduais de Segurança Pública

68

Base Teórica

Teoria do Patrocínio Normativo (Sower, 1975)

Teoria Social Crítica (Fay, 1984)- Esclarecimento- Poder- Emacipação

69

Estratégias do Policiamento Moderno

POLÍCIA COMUNITÁRIA

POLICIAMENTO ORIENTADO PARA O PROBLEMA

POLICIAMENTO ESTRATÉGICO

POLICIAMENTO TRADICIONAL

70

COMANDO DE POLICIAMENTO DA CAPITAL

CPA/M-11BCS LARGO DO BELÉM

71

COMANDO DE POLICIAMENTO DA CAPITAL

CPA/M-10BCS JD. RANIERI

72

COMANDO DE POLICIAMENTO DA CAPITAL

CPA/M-9BCS CARMO

73

COMANDO DE POLICIAMENTO DA CAPITAL

CPA/M-5BCS JD. BRITÂNIA

74

COMANDO DE POLICIAMENTO DA CAPITAL

CPA/M-4BCS LARGO 1º DE MAIO

75

COMANDO DE POLICIAMENTO DA CAPITAL

CPA/M-3BCS MARIA CÂNDIDA

76

COMANDO DE POLICIAMENTO DA CAPITAL

CPA/M-2BCS VILA DAS MERCÊS

77

COMANDO DE POLICIAMENTO DA CAPITAL

CPA/M-1BCS ROTARY

78

COMANDO DE POLICIAMENTO DA CAPITAL

BCSD - Santo Antônio do Paranapanema

79

COMANDO DE POLICIAMENTO DA CAPITAL

BCSD - Distrito de Nova Alexandria

80

COMANDO DE POLICIAMENTO DA CAPITAL

Distrito de Frutal do Campo: Cão de Patrulhamento

81

COMANDO DE POLICIAMENTO DA CAPITAL

BCSD - Frutal do Campo – Sd PM Jorge e Esposa

82

Sistema de segurança pública no Brasil.

Qual a natureza da identidade da polícia brasileira?

Civil? Humanista? Militar? Governamental? Judiciária? Social? Cidadã? Investigativa? Ostensiva? Preventiva? Nacional? Estadual?

Municipal?

83

QUEM PRODUZ SEGURANÇA PÚBLICA?

Os atores sociais

As agências públicas e civis que prestam serviços essenciais à população

As agências de segurança pública e justiça criminal, em especial as polícias.

84

Reflexões Sobre o Tema Refletindo ainda mais sobre comunidade:

Podemos envolver outros órgãos públicos na questão ? Qual a participação das escolas e das universidades?A mídia não tem papel importante nesse trabalho educativo?Qual a participação das igrejas neste processo?Teremos autonomia para exigir ações dos poderes públicos locais?

85

Bom final de semana!!

86

Pehkx Jones

pehkx.jones@terra.com.br

61 – 9682-3434

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