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Post on 04-Jul-2020
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Verônica Stivanim- Resgatando meu amor.
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Resgatando meu amor
Saiba o que acontece quando
um fim vira um novo começo.
Verônica Stivanim
Resgatando meu amor – Verônica Stivanim
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RESGATANDO
MEU AMOR
SAIBA O QUE ACONTECE QUANDO UM FIM VIRA UM NOVO
COMEÇO.
Resgatando meu amor – Verônica Stivanim
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RESGATANDO
MEU AMOR
Verônica Stivanim
Todos os direitos reservados. 2012.
Resgatando meu amor – Verônica Stivanim
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Stivanim, Verônica.
RESGATANDO MEU AMOR.
Primeira Edição - São Paulo – 2012.
Todos os direitos reservados.
Acesse: www.eupenseihoje.blogspot.com
www.facebook.com/veronicastivanim
Resgatando meu amor – Verônica Stivanim
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Muitas são as vezes que precisamos recomeçar.
Dedico este obra à minha família,
Que está sempre comigo, em todos os meus momentos.
Gratidão não é obrigação, é um vínculo.
Verônica Stivanim
Resgatando meu amor – Verônica Stivanim
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Resgatando meu amor – Verônica Stivanim
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Capítulo I
- Eu te amo!
- Eu também te adoro, Lilian. Te adoro muito!
Daniel e Lilian haviam acabado de acordar naquela manhã de
domingo. Era um casal feliz, em um relacionamento que já
duravam dois anos, cinco meses e quinze dias.
- Dani, não precisava trazer o meu café da manhã na cama. Eu já
ia levantar.
- Fecham os olhos, eu tenho uma surpresa.
- Eu pensei que as surpresas tinham acabado depois da noite de
ontem. - Lilian falou isso com um meio sorriso nos lábios e um
olhar malicioso.
- Anda, pega, eu mesmo escolhi. - Daniel entregou a ela um
embrulho grande e bonito. - Espero que goste.
- O que é isso? - Lilian foi abrindo e encontrou uma caixa, outra,
outra, mais outra. Mais uma... - O que é isso? Você está
brincando?
Até que enfim, achou uma caixinha azul e se encantou com a
aliança de ouro que tinha uma pequena pedra brilhante.
- O que achou? Entendeu a mensagem?
- Não vou chutar, se eu errar vou pagar um mico para o meu
futuro marido..opa..
- Isso é um sim?
- Claro Dani! Te amo muito! Te amo mais que ... O meu próprio
cachorro. - Ela disse isso caindo logo para trás, se desmanchando
Resgatando meu amor – Verônica Stivanim
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de rir, ganhando um beijo apaixonado, quando o seu cachorro
pulou em cima da cama.
- Salame, isso são modos? A mamãe já falou que não pode ser
mal educado. Vamos, desça! - O cachorro latiu. - Não fica assim
meu lindinho, você é o poodle mais amado da face da terra. - Lilian
fez uma voz manhosa como se falasse a uma criança. - Você é
lindo, mamãe e papai amam muito você.
- Sai pra lá. Eu não sou pai de cachorro, muito menos de um
chamado Salame. - Daniel dirigia-se ao banheiro com um roupão
de banho.
- Seu bobo. Se você não gosta do meu cachorro, eu não caso.
- Bem, nesse caso... Amo o cachorro, mas não mais que amo
você.
- Assim não vale, tem que ser igualmente.
- Eu caso com vocês dois. - Daniel sorriu para ela.
- Xiii. Ele fez xixi na nossa cama... - Disse Lilian, enquanto retirava
os lençóis.
- Se eu não amasse tanto você...
Lilian riu e saiu do quarto. Daniel olhou para o cachorro que
pareceu entender que fez algo errado.
***
Resgatando meu amor – Verônica Stivanim
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Capítulo II
- A Lilian é muito gata mesmo.
- Você está gamado.
- Sim, tô mesmo.
Marcelo conversava com seu amigo Vinicius. Marcelo era amigo
de Lilian, mas o seu melhor amigo era Vinicius. Conversavam
sobre tudo, do mais banal ao mais íntimo.
- Escuta Vini.Você acha que eu tenho alguma chance com ela?
- Não sei. A Lilian é feliz com o Daniel; eles se amam. Você tem a
Aninha, não sei se ela iria querer um pai solteiro.
- Ela adora a minha filha. Quase toda tarde vem buscar a Aninha
para ficar com ela. A Aninha gosta muito dela também.
- A Aninha ainda é muito pequena, só tem quatro anos. Nem sabe
o que é gostar de alguém.
- Cara, nenhuma namorada minha cuidou tanto da minha filha
quanto ela. Uma criança de quatro anos precisa muito da mãe...
Ficou bem difícil depois que a Liz morreu naquele acidente.
- Em primeiro lugar, a Lilian não é sua namorada, e em segundo
lugar, a Liz morreu já faz dois anos. A Ana nem se lembra direito
dela.
Vinicius segurava a xícara de café em uma das mãos e passava a
outra no cabelo. De repente, ouviu-se um grito do quarto da
menina.
- Papai, socorro!
Resgatando meu amor – Verônica Stivanim
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- O que foi minha gatinha? - Marcelo passou a mão nos cabelos
suados da menina e apoiou-a em seu colo, sentando-se na cama
junto com a filha. - Conta pro papai.
- Papai, eu tive um sonho horrível. Sonhei que a mamãe pegou
uma faca e disse que ia se vingar de você por ter me tirado dela.
- Esquece isso, meu bem. Papai tá aqui. Volte a dormir. Daqui a
pouco você vai para a escola. Mas dorme mais um pouquinho.
-Tá bom papai, eu vou pedir para o papai do céu tirar os sonhos
ruins de mim.
Marcelo apagou a luz e saiu.
- Eu não estou gostando disso. Faz três noites que ela tem o
mesmo sonho, estou ficando preocupado.
- Não liga, a Aninha é muito mimadinha, ela imagina e fala. –
Vinicius mexeu em um retrato e depois disse. - Adivinha? Vou ser
pai. A Luciana está grávida de três semanas.
- Parabéns! Por que não disse antes? Poxa, fico feliz.
-Tenho medo de falhar como pai.
- Falhar é humano. Você vai adorar, é a melhor coisa do mundo.
***
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- Lilian, meu amor, vai comprar um queijinho pra gente, vai?
- Eu vou. Mas você vai fazer o café, torrar os pães e esquentar o
leite.
- Tá bom, senhorita.
- Ah, dá café da manhã para o nosso filho também.
Lilian deu um beijo em seu namorado e abriu a porta. Desceu as
escadas.
‘Queijo... Em que lugar eu posso comprar queijo hoje, já que o
mercado não abre?’- Ela pensava enquanto caminhava pela rua,
quando avistou um pequeno comércio e entrou.
- Moça, por favor, eu quero duzentos gramas de queijo.
- Sim.
-Todo mundo quieto, isso é um assalto! Me passa a grana! - Um
deles apontava a arma para a balconista.
- Por favor, não me machuque!
- Passa logo a grana se não quiser morrer.
A moça lhe dava o dinheiro, enquanto um deles pegou Lilian pelo
braço e disse:
- E você, gracinha! Passa logo tudo o que tiver!
- Eu não tenho nada, só vim comprar queijo.
- Você tá zoando com a minha cara. Eu não gosto. -Ele deu um
tapa no rosto de Lilian e ela caiu no chão.- de brincadeiras!
- Vamos embora, eu já peguei a grana!
- Nós não vamos machucar ninguém, nada de polícia!
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- Tá bom. A gente não fala nada. - A balconista estendeu a mão
para Lilian - eu prometo.
- Você não precisava ter batido na moça.
- Não enche Nandão!
Comentaram enquanto saíam.
- Moça, não chame a polícia.
- Tudo bem. - Lilian estava com a mão no rosto.
- Moça, seu queijo.
As duas riram nervosas.
-Tudo bem com você?
- Sim, isso acontece às vezes por aqui.
- Espero que isso não aconteça nunca mais. - Lilian pegou o queijo
e respirou fundo.
Não conseguia pensar sobre o que podia ter acontecido.
***
Resgatando meu amor – Verônica Stivanim
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Capitulo III
Lilian chegou ao seu apartamento muito assustada.
- Li o que foi isso?
- Um assalto Dani.
Abraçaram-se. Algum tempo depois,quando ela se acalmou,contou
o ocorrido.
- Isso é um absurdo! Como pode acontecer isso e ficar desse jeito?
Eu vou chamar a polícia.
- Não! - Lilian deu um salto. - Não, eles disseram para não chamar.
- Mas Li...
- Não Dani. Já passou. - ela pegou o queijo. -Vamos tomar café?
- Ai, Lilian, só você mesmo!
***
O relógio marcava catorze horas quando Marcelo tocou a
campainha da casa de Lilian.
- Marcelo, você por aqui?- Lilian abaixou-se e falou para Ana - E
você minha bonequinha, foi pra escola hoje?
- Fui, mas eu não quero voltar lá.
- Que isso mocinha? Você vai voltar sim, senão, não brinco mais
com você.
- Não quero. – A menina, que segurava a mão pai, agarrou-a e se
escondeu atrás dele.
- O que aconteceu? - Lilian levantou-se, limpando os joelhos.
Resgatando meu amor – Verônica Stivanim
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- Ela brigou na escola, coisa de criança. – Antes que Lilian
pudesse falar, ele apoiou o queixo dela em seus dedos. - O que foi
isso? Foi o Daniel?
- Não. O Daniel não faria isso. Foi um assalto.
- È mesmo? Como foi?
- Depois Marcelo. Eu não quero falar sobre isso na frente dela. -
Lilian ajoelhou-se novamente. - Ei, meu amorzinho, vamos
conversar?
A menina olhou para o pai e virou-se para Lilian.
- Por que não me buscou na escola hoje? Eu saio da escola uma
hora, você sabe disso.
- Desculpa meu anjinho. - Lilian passou a mão sobre os cabelos da
menina. - Vem, vamos brincar a tarde inteira.
- Lilian, se não puder, não tem problema, eu fico com ela.
Lilian levantou-se com a menina no colo e disse:
- Você sabe que eu fico a tarde inteira sozinha, eu gosto de ficar
com ela.
- Estou pensando em me mudar. Você sabe, eu não tenho um
emprego, o dinheiro está curto, e todo o dinheiro que eu tenho no
banco está acabando. A Liz deixou a conta dela para a Ana e eu
pago o aluguel e mantenho a casa com o meu dinheiro. Estou
pensando em me mudar para um lugar mais barato.
- Não Marcelo, não faz isso. Eu falo com o Daniel, eu peço a ele
que te arrume um emprego na empresa que ele trabalha.
- Eu não tenho faculdade...
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- Não é problema não. O Dani vai te ajudar. Eu só não quero que
leve ela daqui. Eu vou sentir muito a falta dela. - Lilian olhou para
ele, colocou a garota no chão e completou. - e sua falta também.
- Li você sabe que eu gosto muito de você. Praticamente
crescemos juntos. Você viu a Ana nascer e foi uma grande amiga
quando a Liz morreu. Você cuidou da minha filha como se fosse
sua, enquanto eu me embebedava. Eu quase perdi a minha filha.
Você lembra que mentiu quando iam levar a Ana, alegando que
não podia cuidar dela porque bebia e não tinha um emprego?
- Eu só falei aquilo porque eu não podia deixar a Ana ir para um
lugar desses. E você é um grande homem, eu não menti quando
disse que estava desnorteado por causa da morte de sua esposa.
- Se você não dissesse que cuidaria da minha filha até eu me
recuperar, ela não estaria comigo hoje.
- Que isso Marcelo, adoro a Ana, foi um prazer cuidar dela naquele
tempo. Ela é muito meiga.
- Por que não me chama de Lelo, como antes? Depois que
conheceu o Daniel nunca mais me chamou assim.
- Que nada, só perdi o costume. - Eles se olharam um pouco. -
Então, tchau Mar... Quero dizer, Lelo. - Virou-se para Ana e disse:-
Vamos minha florzinha, entre.
Lilian fechou a porta e Marcelo sorriu feliz.
***
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