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Proposta de Plano Diretor Estratégico de Fruticultura para o Estado de São Paulo

IBRAF

Moacyr Saraiva FernandesPresidente

Maio de 2013

Programa Estadual de Fruticultura PROFRUTA - SP

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Objetivo

O objetivo geral do PROFRUTA-SP é proporcionar governança para coordenar as ações das instituições públicas e privadas, objetivando o desenvolvimento de uma fruticultura moderna, sustentável e competitiva.

Este processo permitirá maior competitividade dos nossos produtos, no mercado interno e externo, de forma a atender à demanda, já existente, de frutas para o consumo in natura e industrial no Estado, preparando a ampliação de novos mercados.

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Justificativa

Considerando que o Estado de São Paulo possui excelentes condições de clima e solo para a produção de frutas, tanto de clima temperado como subtropical e tropical, o PROFRUTA-SP, constitui-se, em instrumento estratégico no processo de desenvolvimento econômico e social da fruticultura do Estado de São Paulo.

Os investimentos que serão necessários devem visar, prioritariamente atender as crescentes demandas das diversas regiões do Estado e seus municípios.

Há necessidade de coordenação e governança da cadeia produtiva das frutas atendidas no Estado, de forma a evitar a concorrência danosa entre regiões, a super produção de determinadas frutas e a utilização de mudas frutíferas de baixa qualidade. Isso tem sido demanda do segmento da produção agrícola da cadeia produtiva das frutas.

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Justificativa

A implantação de novos polos frutícolas e a qualificação dos existentes demandarão mão-de-obra qualificada, o que gerará empregos e implicará na fixação de famílias no meio rural, além de representar melhorias na alimentação e saúde das populações urbanas e rurais.

A diversificação da fruticultura, ao mesmo tempo que é uma alternativa econômica importante, se introduzida com competência, poderá ser viável para áreas que não serão mais aptas para cultivos tradicionais como cana de açúcar, café e laranja entre outras.

A necessidade de organização dos agentes que compõem as cadeias produtivas das principais frutas é imprescindível para torná-las fortes e competitivas, frente a outros centros produtores. As cadeias não estão organizadas o que vem dificultando sua rentabilidade e sustentabilidade.

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Público Alvo

É constituído por todos os agentes da cadeia frutícola:

Fruticultores, viveiristas, comerciantes, agroindústrias processadoras de frutas e suas respectivas associações, cooperativas ou entidades representativas e entidades de apoio como prefeituras municipais, universidades, centros de pesquisa, extensão rural e, por último, os consumidores finais.

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Área de Atuação

Sistema Agroalimentar das Frutas do Estado de São Paulo

Fonte: IBRAF.

Refrigerantes, Bebidas Lácteas, Sorvetes,

Confeitos etc.

Sucos, Polpas, Concentrados e NDC

Pomares

Indústria de Sucos

Beneficiamento

Outras Indústrias

Trasnformação Primária

Distribuição e Comércio

Consumo

Frutas

Frutas e DerivadosSucos, Nectares

e Refrescos

Sub produtos

Frutas

Frutas

Sucos, Polpas, Concentrados e

NDC

SUBSISTEMA DE AGROCOMERCIALIZAÇÃO

SUBSISTEMA DE AGROINDUSTRIALIZAÇÃOFrutas

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Estratégia

1°) Promover uma parceria e integração entre o Governo do Estado, através da Secretaria de Agricultura e Abastecimento integrando todos os órgãos à ela vinculados:

Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo - Codasp (Infraestrutura).

Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio - APTA, os institutos relacionados coma Cadeia Produtiva das Frutas e a APTA Regional, coordenados pela agência: Instituto Agronômico; Instituto Biológico; Instituto de Economia Agrícola; Instituto de Tecnologia de Alimentos.

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Estratégia

Coordenadoria de Defesa Agropecuária - CDA. Coordenadoria de Assistência Técnica Integral - Cati. Coordenadoria de Desenvolvimento dos agronegócios - Codeagro. Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável. Fundo de Expansão do Agronegócio - Feap. Conselho Estadual de Desenvolvimento da Agricultura Familiar.

Com o Instituto Brasileiro das Frutas (representando todos os Setores da Fruticultura não organizados), Associações Setoriais organizadas, Associação de Viveiristas, Ceasas e outros segmentos representativos da cadeia produtiva das frutas, visando o desenvolvimento integrado.

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Estratégia

2°) Reestruturar e fortalecer as Câmaras Setoriais das Frutas, dos Citros e Uva e Vinho de modo a torná-los órgãos consultivos eficazes para subsidiar as políticas públicas para a fruticultura paulista.

3°) Auxiliar e fomentar programas de estudos, pesquisas e inovação, integrando a inteligência dos institutos de pesquisas estaduais das universidades como a Universidade de São Paulo (UNESP) e Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) com o sistema produtivo.

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Estratégia

4°) Estruturar Programas de Pesquisa e Desenvolvimento de Centros de Inteligência Públicos conforme as demandas dos sistemas produtivos.

5°) Articular com a FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo estudos e pesquisas na cadeia frutícola avalizada pela Secretaria da Agricultura de São Paulo através da Câmara Setorial da Fruticultura.

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Condicionantes de Sucesso

Os principais condicionantes de sucesso para a implementação, operacionalização e execução do PROFRUTA-SP exigem ações para superar barreiras que, hoje, afetam a competitividade das frutas paulistas e seus derivados no exigente mercado de alimentos. Dentre essas ações, destacam-se:

Organizar o sistema de mudas certificadas, ampliando a oferta de material propagativo, sadio, com maior potencial produtivo.

Constituir um sistema sólido de defesa sanitária da fruticultura, de caráter permanente, com um maior rigorismo na aplicação das normas.

Ampliar o número de técnicos capacitados para fazer o acompanhamento dos projetos de fruticultura.

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Condicionantes de Sucesso

Capacitar os agricultores, especialmente aqueles de novos polos regionais, ainda não familiarizados com a prática de fruticultura.

Coordenar parcerias e convênios multi-institucionais, integrando as ações das entidades públicas e privadas e o segmento dos empreendedores em fruticultura.

Estabelecer áreas produtoras com direito a Certificação de Indicação Geográfica, para reconhecimento da procedência e da denominação de origem.

Acompanhar e monitorar o zoneamento agrícola e agro ecológico para o setor da fruticultura.

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Condicionantes de Sucesso

Elaborar e executar plano de pesquisa, desenvolvimento e inovação, por parte dos institutos de pesquisa e universidades estaduais orientado rigorosamente pelas demandas da base produtiva.

Formação de um fundo estadual para promover a fruticultura paulista, apoiar a capacitação dos pequenos produtores (Boas Práticas) e subsidiar pesquisas de interesse estadual e/ou suas regiões.

Desenvolver e executar plano de marketing interno para fomentar e induzir o consumo de frutas e ou seus sucos e polpas e outros derivados, em parcerias com as entidades do setor produtivo, entidades relacionadas com a educação e compromisso alimentar (associações de nutrição, de pediatria, de cardiologia e outras), com apoio das Secretarias de Saúde e de Educação.

Fomentar e induzir e facilitar a agro industrialização da cadeia produtiva das frutas.

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Condicionantes de Sucesso

Aumentar em parceria com representatividades do sistema produtivo, a capacitação para a gestão dos pequenos agronegócios das frutas no Estado.

Apoiar a capacitação de produtores e agroindústrias de pequeno porte e a implementação de boas práticas agrícolas e de fabricação.

Subsidiar os pequenos fruticultores e pequenas agroindústrias para obtenção de certificações nacionais e internacionais exigidas pelos mercados.

Disponibilizar crédito agrícola estadual em valores necessários e custo financeiro compatível com o pequeno produtor.

Ampliar a subvenção estadual para seguro agrícola à fruticultura, para dar um melhor suporte aos pequenos fruticultores.

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Condicionantes de Sucesso

Criar linhas específicas de financiamento estadual para investimentos em dispositivos para proteção dos cultivos contra anomalias climáticas danosas aos pomares.

Financiar os municípios produtores de frutas em nível comercial competitivo para melhoria de estradas vicinais de importância para o escoamento da produção frutícola local.

Construir nos polos de maior produção e comercialização de frutas unidades de entre postagem (armazéns) frigorificadas.

Priorizar linhas de crédito estadual subsidiadas para financiar a construção de “packing houses” tecnificados cooperativos.

Desenvolver um sistema de subsídios as associações setoriais de frutas que se mostrarem eficientes aos associados através de avais.

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Condicionantes de Sucesso

Canalizar as demandas da cadeia produtiva das frutas para a Câmara Setorial da Fruticultura.

Analisar e priorizar recomendações das Câmaras Setoriais relacionadas com a fruticultura paulista.

Exigir o cumprimento da padronização das frutas, conforme as legislações pertinentes, na comercialização em todos os níveis do processo de distribuição das frutas em São Paulo.

Favorecer institucionalmente e financeiramente a adoção de transporte frigorificado para nos deslocamentos necessários desde o pomar até o consumidor final.

Induzir fortemente junto aos Ceasas do Estado de São Paulo, a implementação de Bancos de Caixas plásticas padronizadas.

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Condicionantes de Sucesso

Proceder gestões para mudança do Ceagesp-SP para localidade mais apropriada e a realização de investimentos para modernização deste que é mais importante central de abastecimento de hortifrutis do Brasil.

Estabelecer convênios com as Centrais de Abastecimento Federais para aprimorar e aperfeiçoar os sistemas de comercialização, transporte e entre postagem frigorificada.

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Desafios Globais

Perdas Refere-se a diminuição do volume de frutas/derivados, acusada

por diferentes motivos ao longo das cadeias produtivas.

Desperdícios

Refere-se a redução de frutas/derivados, que ocorre nas etapas finais das cadeias produtivas e está relacionada com os múltiplos canais de comercialização que existem e com os costumes e comportamento dos consumidores finais.

Porque as Frutas se perdem e como podemos evitar e ou ao menos diminuir, é uma questão importante, mas de difícil resposta, atualmente por falta de informações sólidas e comprováveis sobre o tema.

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Desafios Globais

Índices de Perdas das Principais Frutas no Brasil (2005 -2009):

Abacate –34% Abacaxi –26% Banana –42% Laranja –23% Mamão –32% Manga –28% Morango –40% Média –31%

5.1 milhões de ton./ano de frutas não são consumidas. U$ 2.3 bilhões de dólares jogados fora

Fonte: Luiz Carlos O. Lima - UFLA 2010.

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Desafios Globais

E como estão distribuídas as perdas:

Campo –10% Manuseio e Transporte –50% Centrais de Abasteci/ e Comercialização –30% Supermercado e Consumidores –10%

Fonte: Luiz Carlos O. Lima - UFLA 2010.

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Desafios Globais

Perdas e Desperdícios Globais 2011

Fonte: FAO junho 2011

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Desafios Globais

Na África Subsaariana e do Norte, na Ásia Central, Sul e Sudeste e na América Latina as grande perdas são geradas nas etapas de processamento e distribuição.

Na América do Norte, Oceania e Ásia industrializada os maiores desperdícios ocorrem pelos consumidores.

As perdas no segmento da produção agrícola são prevalecentes nas três regiões mais industrializadas (Europa, América do Norte, Oceania e a Ásia industrializada):o As principais causas são devido as classificações na pós-colheita

realizada para atenderem os exigentes Standards de qualidade estabelecidos pelo mercado.

o As perdas produzidas no final da cadeia frutícola são importantes também nas três regiões.

o Estima-se de 15 a 30 % as frutas e legumes comprados que são descartados pelos consumidores.

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Desafios Globais

Novas Exigências Sócioambientais

Pegada de Carbono (Carbon Footprint).

O que é Pegada de Carbono?

A pegada de carbono “mapeia” todas as emissões de CO2, as quais um produto (fruta), serviço, empresa ou indivíduo é responsável por emitir ao longo de sua cadeia de valor/abastecimento.

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Desafios Globais

O que tem que ser feito?

O que tem que ser feito?

Algumas redes de supermercados e outros importadores de frutas já começaram a requerer informações para demonstrar a seus consumidores que suas compras promovem menor impacto ambiental do que aqueles concorrentes que não estão considerando este fator.

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Desafios Globais

À medida que nossos produtos possam dar respostas satisfatórias a estas exigências, podemos continuar competitivos no mercado internacional, com sustentabilidade e expansão.

Nos países mais evoluídos da Europa, os consumidores já estão conscientes da pegada de carbono dos produtos e estão dispostos a realizar substituições em seus hábitos de consumo.

Os mercados que mais produzem gás estufa (CO2) são os que mais estão a exigir identificação de pegada de carbono

No Reino Unido a rede Tesco já abriu seu “Supermercado Zero Carbono”.

Na França, desde janeiro de 2011, é obrigatória a menção da pegada de carbono nos rótulos dos produtos.

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Desafios Globais

Pegada de Água.

O que é Pegada de Água?

É o total do volume de água que se utiliza para produzir produtos (frutas).

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Desafios Globais

O que tem que ser feito?

Tipo de Água:

Água azul: águas superficiais como rios, lagos, canais etc. Água verde: água da chuva que se acumula no solo e pode ser absorvida

pela planta. Água cinza: água contaminada associada à produção de bens e

determinados serviços.

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Desafios Globais

O mercado internacional é sensível como são produzidos os alimentos e demais produtos.

A pegada de água é um conceito novo e que requer maiores discussões quanto a dados estandardizados e utilização de motivos.

Incorporar estas variáveis antecipadamente permitirá estar preparado para possíveis regulamentações e exigências, a ser mais competitivo no mercado internacional.

Já existe metodologia para determinar a pegada de água de uma fruta fresca ou uma fruta processada.

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Desafios Globais

Pegada de Água Média Global da Maçã:

Maçã “in natura”: → 822 litros/kg

Suco Integral : → 1.140 litros/litro

Tipo de Água: → Cinza: 15%

→ Azul: 16%

→ Verde: 68%

 

Fonte: Water Footprint Network – Holanda 2012.

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Desafios Globais

Embalagens Verdes (Green Packaging).

O que é Embalagem Verde?

Trata-se de embalagens elaboradas com materiais recicláveis, podendo ser reusáveis e com características de biodegradação.

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Desafios Globais

Tendências de Demanda para Embalagens Verdes:

Demanda para Embalagens Verdes - Bilhões de Dólares

Item 2005 2010 2015% de Crescimento Anual

2005 - 2010 2010 - 2015

Demanda Global 128,8 160,5 211,8 4,5 5,7

América do Norte 38,4 44,6 54,3 3,1 4,0

Europa Ocidental 36,6 41,5 50,8 2,5 4,1

Ásia/Pacífico 40,6 55,8 79,1 6,5 7,2

Outras Regiões 13,2 18,9 27,6 1,5 7,9

Fonte: The Freedoma Group - 2011.

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Desafios Globais

Código Florestal.

O texto aprovado pelo Congresso permite árvores frutícolas entre as alternativas para recuperar matas ciliares e nascentes desmatadas ilegalmente.

Caberia à Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo com apoio dos órgãos do meio ambiente do Estado regulamentar e exercer um governança para compatibilizar as exigências ambientais com alternativas e oportunidades sócio econômicas.

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Desafios Globais

Atendimento aos Desejos do Consumidor.

Tendências: Os 5 “S” das Frutas e Derivados:

Saudabilidade: Frutas e Derivados saudáveis

Simplicidade: Os produtos devem tornar a vida mais simples

Segurança: As Frutas e Derivados necessitam ser seguros

Sabor: Mais sabor e cheiro para o prazer de consumo

Sustentabilidade: É essencial para o futuro produzir e industrializar frutas de forma sustentável

CONTATO

Moacyr Saraiva Fernandes

Instituto Brasileiro de Frutas

Fone/Fax: 11 3223-8766moacyr.presidencia@ibraf.org.br

www.ibraf.org.br

www.brazilianfruit.org.br

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