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IV- SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

1

Sistema Tributário Nacional

• 1- Introdução

• 2 – Classificação dos Sistemas Tributários

• 3 – Evolução do Sistema Tributário Brasileiro

• 4 – Sistema Tributário e Competências Tributárias

• 5 – A Discriminação de Rendas na CF atual

• 6 – Requisitos de um bom Sistema Tributário

2

Sistema Tributário Nacional

• 7 – Sistema Tributário Brasileiro atual

• 8 – A experiência internacional em matéria de Reforma Tributária

• 9 – A Reforma Tributária no Brasil– 9.1 – A EC 42/2003– 9.2 - Proposta do governo federal– 9.3 - Perspectivas

3

1 – Características de um Sistema

• Elementos ou Componentes

• Princípios

• Interligação entre os mesmos

• Dinamicidade

• Objetivo/Finalidade4

1- Sistema Tributário• Elementos - os tributos.• Princípios - gerais, específicos, expressos,

implícitos e decorrentes.• Dinâmico - varia no tempo e no espaço.• Objetivo principal é fornecer recursos ao Estado

para que este possa atender suas finalidades precípuas, além de favorecer o desenvolvimento do país .

• Conceito5

Conceito de Sistema Tributário• “ É o conjunto de tributos vigentes em um país em

determinada época, sem se distinguir entre os de competência federal, estadual ou municipal, e das regras jurídicas que os disciplinam.” (Luiz Emygdio F. Rosa Junior).

• O conceito de sistema tributário implica certa coordenação dos diferentes tributos entre si com o sistema econômico dominante, com os fins fiscais e extra fiscais da tributação, bem como com os princípios constitucionais.

6

2 - Classificações dos Sistemas Tributários

• Origem Históricos• Racionais (ou Científicos)• • Alteração Flexíveis• Rígidos• Objetivos• Capacidade Contributiva • Subjetivos

7

Os tributos

• Impostos

• Taxas

• Contribuição de Melhoria

• Empréstimos Compulsórios

• Contribuições Especiais

8

3 - Sistema Tributário Nacional- Evolução Histórica

• Brasil Colônia• Brasil Império• Constituição de 1824• Constituição de 1891• Constituição de 1934• Constituição de 1937• Constituição de 1946• Emenda à Constituição 18/65• Constituição de 1967• Emenda à Constituição 1/69• Constituição de 1988

9

3.1 - Emenda à Constituição - 18/65• Foi a mais completa reforma tributária realizada no

Brasil.

• Foi feita a interligação metódica à matéria tributária

• A matéria tributária foi reunida em um só capítulo da CF.

• Classificação dos impostos em termos econômicos e não jurídicos.

• O legislador instituiu um verdadeiro “Sistema Tributário Nacional.”

10

Emenda à Constituição - n 18/65• Há a substituição do princípio da anualidade pelo da

anterioridade.

• Instituição do ICM (Estadual) e extinção do IVC (Imposto sobre Vendas e Consignação).

• Instituição do IPI (federal) e extinção do Imposto do Selo.

• Imposto de Exportação foi deslocado para o âmbito federal, passando a União a ter a competência privativa para legislar sobre os tributos do comércio exterior. .

11

3.2 - Constituição Federal de 1967• Recepcionou-se a Emenda 18/65 em sua

totalidade.

• Instituição da Lei Complementar no ordenamento jurídico brasileiro.

• Instituiu-se, pela primeira vez, um verdadeiro Sistema Tributário Nacional (CF artigos 18 a 28).

• O CTN foi elevado à condição de “Lei Complementar”.

12

3.3 - Emenda à Constituição Federal 1/69

• Introduz poucas modificações no Sistema anterior.

• Mantêm o princípio da competência residual.

• Reforça o princípio da anualidade tributária (sobre os tributos em geral).

13

3.4 - Constituição Federal de 1988• Consagrou a função tríplice da Lei

Complementar em matéria tributária.

• Restringiu a instituição dos Empréstimos Compulsórios e também criou novas modalidades do tributo.

• Tornou explícitos alguns princípios até então implícitos (capacidade contributiva, personalização do imposto e igualdade tributária) .

14

Constituição Federal de 1988• Vedação de tributo com efeito de confisco.• Competência privativa da União sobre as

Contribuições Especiais.• Exceções ao princípio da anterioridade de forma

expressa.• Provocou o enfraquecimento da receita da União

(fundos constitucionais).• Alargamento da base do antigo ICM, que passou

a se denominar ICMS.15

Constituição Federal de 1988

• Princípio de que o poder de isentar é ínsito ao poder de tributar.

• IR - generalidade, universalidade e progressividade.

• Previsão do Imposto sobre Grandes Fortunas.

16

4 – Sistema Tributário e as Competências Tributárias

• Competência pode ser de três tipos: legislativa, administrativa e a de julgar tributos.

• Nem todos os entes legislativos gozam de competência legislativa plena.

• Somente a União tem a competência legislativa plena.

• CF. art. 24- competência tributária concorrente.

17

Competências Tributárias

• Privativa

• Comum

• Residual

18

5 - Discriminação de Rendas

• Significa, em um sentido, o modo pela qual a Constituição Federal divide as competências tributárias entre as entidades tributantes.

• Pode ainda ser entendida como a repartição do produto da arrecadação entre as entidades tributantes.

• Não há um critério que seja universal, variando de país para país.

19

Discriminação por produto

• A discriminação por produto, compreende o sistema de repartição das receitas tributárias estabelecido pela Constituição Federal.

• Espécies: discriminação direta e indireta.

20

Discriminação por produto - direta

• É feita sem intermediações, ou seja, o ente político beneficiado, como agente arrecadador, apropria-se total ou parcialmente da receita tributária mediante transferência orçamentária ou o recebe diretamente do ente competente para instituí-lo.

21

Discriminação direta para os Estados e DF

• 1) IR incidente na fonte sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e fundações, pertencendo-lhes o produto da arrecadação (CF.art.157, I);

• 2) Se a União exercer a competência tributária residual (CF. art. 154, I), caberá aos Estados e ao DF, 20% do produto arrecadado.

• 22

Discriminação direta para os Municípios• 1) IR na fonte, nos mesmos casos dos Estados e DF (CF.

art.158, I);• 2) 50% do ITR (CF. art. 158, II);*• 3) 50% do IPVA (CF. art. 158, III); e• 4) 25% do ICMS (CF. art. 158, IV).

• * A EC 43/2003, dispôs que os Municípios poderão celebrar convênios com a União, ficando com toda a arrecadação do imposto, desde que não concedam isenções ou benefícios fiscais relativos ao tributo.

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Discriminação Indireta

• Tal modalidade de discriminação caracteriza-se pelos denominados fundos de participação.

• Presentemente há três Fundos de Participação:

• a) dos Estados e do DF;

• b) dos Municípios; e

• c) para programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

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Discriminação Indireta• Da sua receita própria de IR e IPI, a União

entregará aos fundos de participação, 48%:• a) 21,5% ao FPE (Fundo de Participação dos

Estados e do DF);• * Lei Complementar n° 62/1989.• b) 22,5% ao FPM (Fundo de Participação dos

Municípios); • c) 3% ao Fundo de Desenvolvimento das

regiões N, NE e CO; • d) 1% ao FPM (em dezembro).

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Discriminação Indireta• A União entregará aos Estados/DF, 10% do IPI,

proporcionalmente ao valor das suas exportações de produtos industrializados, que, por sua vez, repassarão aos Municípios 25% dos recursos recebidos (CF. art. 159, II e § 3º ).

• A União entregará aos Estados/DF, 29% da Cide, que repassarão 25% aos seus Municípios (CF. art. 159, III e § 4º ).

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• CF. art. 160 – vedada a retenção de verbas, podendo, contudo, haver a cobrança dos créditos, incluindo as Autarquias.

• CF. art. 162 – divulgação até o último dia do mês subseqüente dos dados (arrecadação, repasse e recebimento dos valores).

• Discriminação por Estados/DF e Municípios.

27

6 - * Características de um bom Sistema Tributário

• Aliomar Baleeiro...

• Administração Tributária eficiente.

• Ausência de bi-tributações.

• Concessão limitada de isenções fiscais.

• Malha de impostos diretos e indiretos.

• Legislação Penal Tributária eficiente.

• Certeza do Direito Tributário.• * Gangemi, citado por Fernando Sainz de Bujanda.

Hacienda y Derecho, Madrid: IEP, 1961. 28

Requisitos do Sistema Tributário• A tributação só deve onerar os rendimentos e

nunca o próprio capital.

• Ausência de evasão fiscal.

• Tributação com alíquota baixa sobre a produção e maior sobre o capital.

• Imposto progressivo dentro de certos limites.

• Capacidade Contributiva.

• Eqüidade na distribuição da carga tributária.29

7 - Sistema Tributário Brasileiro atual

• Sistema burocratizado e caro para o empresário.• Alto índice de sonegação fiscal.• Pressão fiscal superior a 38 % do PIB.• Tributação sobre o consumo - ICMS e IPI.• Um Código Tributário Nacional.• Imposto sobre a Renda - física e jurídica.• Contribuições Sociais que encarecem a mão-de-obra .• Alta complexidade.

30

Sistema Tributário Brasileiro atual• Sistema Federal - 3 níveis de tributação

(Federal, Estadual/DF e Municipal).

• Princípios tributários na Constituição Federal.

• Grande concentração no recolhimento de impostos.

• Tributação regressiva.

• Legislação específica para as Micro e Pequenas Empresas.

• Baixo crescimento econômico.31

8 - A Experiência internacional em termos de Reforma Tributária

FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL - FMI

32

Estruturas Tributárias dos Países em Desenvolvimento*

• 1) Complexas.

• 2) Inelásticas.

• 3) Ineficientes.

• 4) Parciais.

• 5) Injustas

*KHALILZADEH-SHIRAZI, Javad; SHAW, Anwar. Tax reform in Developing Countries. Washington: Finance & Development, June, 1991.

33

REFORMA TRIBUTÁRIA NOS PAÍSES EM

DESENVOLVIMENTO

FMIKHALILZADEH-SHIRAZI, Javad; SHAW, Anwar. Tax reform in Developing Countries. Washington:

Finance & Development, June, 1991.

34

Ampliação da base impositiva

• 1- Em toda reforma fiscal empreendida em países em desenvolvimento, o principal objetivo deve ser a ampliação da base impositiva e a redução das alíquotas dos impostos.

• A redução do número de tributos também é fator importante a ser alcançado em uma reforma tributária.

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Imposto sobre o Valor Agregado

• 2- O imposto sobre valor adicionado – IVA, é elemento importante na reforma fiscal dos impostos sobre as vendas nos países em desenvolvimento.

• Possui base tributária ampla.

• Fornece registro confiável nas transações feitas via produção e distribuição.

• Auxilia o combate à sonegação fiscal.

• Permite a extinção de vários tributos. 36

Coordenação da Reforma Fiscal

• 3- É muito mais vantajosa a reforma fiscal coordenada do que um ou outro ajuste no sistema tributário.

• As reformas tributárias devem ser coordenadas com os objetivos globais do País.

• Reforma tributária deve estar integrada às medidas de ajustes globais empreendidas pelo governo.

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Administração Tributária

• 4- Uma administração tributária mais equipada, bem preparada e motivada é indispensável ao sucesso da reforma fiscal.

• A reforma da administração fiscal é parte importante da reforma global!!

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Receitas

• 5- O Sistema Tributário deve ser utilizado para fins fiscais (prioridade).

• Utilização do sistema tributário para fins extra-fiscais é legítimo, contudo, exige cautelas.

• Deve-se evitar a drenagem dos recursos do Tesouro Nacional.

• Os ganhos potenciais devem ser relevados.

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Condições da Reforma

• 6- A reforma fiscal deve levar em conta as condições iniciais, no próprio país e no exterior.

• Reformas fiscais, em geral, trazem restrições ao capital internacional, o que pode ser prejudicial à Política Econômica do País.

• (Convenções para se evitar a dupla tributação internacional e assistência mútua).

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Regime Fiscal

• 7 - A credibilidade do regime tributário é a chave para o sucesso de qualquer reforma tributária.

• A meta a ser alcançada deve ser um regime tributário estável e confiante.

• Contexto estável - traz confiança ao investidor a médio e longo prazo.

• Períodos de ajustes devem estar presentes na reforma tributária.

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9 – A reforma tributária no Brasil

• 9.1 – Emenda 42/2003.

• 9.2 – Proposta de reforma proposta pela União– 9.2.1 – crítica à proposta

– 9.3 – Perspectivas do sistema tributário nacional.

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