introduÇÃo À microeconomia prof. marta lemme · muito importante, pois em situação de...

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INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

PROF. MARTA LEMME

1º SEMESTRE 2014

2

MACROECONOMIA X

MICROECONOMIA

Macroeconomia é o estudo do comportamento

agregado de uma economia, ou seja, das principais

tendências da economia no que concerne principalmente

à produção, à geração de renda, ao uso de recursos, ao

comportamento dos preços, e ao comércio exterior.

Microeconomia é o estudo do comportamento das

unidades de consumo representadas pelos indivíduos e/ou

famílias, pelas firmas, suas respectivas produções e

custos, ao estudo da geração e preços dos diversos bens,

serviços e fatores produtivos

3

Análise dos fatores que influenciam crescimento e

os objetivos da firma

Teoria neoclássica e a Revolução Industrial Britânica

Teorias das Firmas e o Fordismo (início do século XX)

Novas Teorias da Firma e os Paradigmas da

Informação

TEORIA DA FIRMA

4

Premissas:

Firma como caixa preta;

Firma – tamanho “ótimo” de equilíbrio

Tecnologias disponíveis no mercado (fator

exógeno) – Função de produção

Racionalidade dos agentes – Firma como

maximizadora de lucros

TEORIA DA FIRMA

Teoria neoclássica e a Revolução

Industrial Britânica

5

Neste contexto, a análise da firma não constitui uma questão

muito importante, pois em situação de concorrência perfeita, e

na ausência de progresso técnico, a firma tem pouca escolha a

fazer. Sua única função é transformar insumos em produtos, e

para isso basta selecionar a técnica mais apropriada e

adquirir os insumos necessários no mercado, incluindo

trabalho e tecnologia. O ambiente competitivo é simples e

inerte, praticamente sem incertezas. (Tigre, P., p. 71)

TEORIA DA FIRMA

Teoria neoclássica e a Revolução

Industrial Britânica

6

Concepção neoclássica – modelo abstrato e descentralizado da

economia que tinha como base uma visão do tipo de firma

dominante na Rev. Indl.

negligência em relação à questão tecnológica - firma como caixa

preta (consistente com percepção de que tema não era da alçada

de economistas)

Walras – leis que regem oferta e demanda, firma apenas como um

ponto de seu sistema

Marshall – referências à realidade das firmas típicas de sua época

TEORIA DA FIRMA

Teoria neoclássica e a Revolução

Industrial Britânica

7

Contexto Histórico

modelo de coordenação pelo mercado (presente) – Estado não interventor;

firma-propriedade – única planta; monoprodutora; firma não integrada

uso de escala de produção como fator para aumento da produtividade não

constituía estratégia empresarial típica;

economias externas presentes

a questão das deseconomias de escala (curva de custo em forma de “U”),

embora polêmica, encontra algum respaldo na realidade. Existência de

“escala típica”.

TEORIA DA FIRMA

Teoria neoclássica e a Revolução

Industrial Britânica

8

“Havia na teoria neoclássica da firma, como mostram seus críticos, uma

absoluta desconsideração de fatores técnicos e organizacionais. A

possibilidade de variação infinitesimal da produção, em resposta à

variação nos preços e na demanda, é um exemplo extremo.

No entanto, outras premissas fundamentais não parecem irrealistas,

quando se leva em consideração o funcionamento do modelo industrial de

maior sucesso econômico do século XIX. Isso inclui o princípio de

concorrência (embora não perfeita), do caráter exógeno da tecnologia

(incorporada nos trabalhadores e máquinas), do tamanho ótimo de

equilíbrio da firma (em um ambiente de mudança tecnológica lenta) e de

informações disponíveis (nos redutos privilegiados dos grandes distritos

industriais).” (Tigre, P. p. 78)

TEORIA DA FIRMA

Teoria neoclássica e a Revolução

Industrial Britânica

9

- Teoria da Firma – surgem efetivamente no início do século XX,

em contraposição à visão neoclássica do papel e objetivos da firma.

-Relevância das mudanças econômicas e tecnológicas (ferrovias,

telégrafo, navios a vapor, eletricidade, motor a combustão e

inovações organizacionais – taylorismo-fordismo) , ocorridas ao

longo do século XX, e o processo de concentração da indústria

=> NOVO MODELO DE FIRMA (OLIGOPOLISTA) E DE

MERCADO

=> INTEGRAÇÃO VERTICAL e ORGANIZAÇÃO

MULTIDIVISIONAL

=> Do Capitalismo Proprietário para o Capitalismo

Gerencial

TEORIA DA FIRMA

Teorias da Firma e o Fordismo

10

- Grande lapso temporal entre a emergência da grande corporação

e a consolidação de um corpo teórico alternativo que lidasse com

questões de ECONOMIAS DE ESCALA, ESCOPO, TRANSAÇÕES

E OLIGOPÓLIO.

Sraffa (1926) – “dilema de Marshall” – concorrência x retornos

crescentes de escala

Joan Robinson (1933) / Chamberlin – concorrência imperfeita

(possibilidade do produtor influenciar preços)

Kaldor (1934) – oligopólio

REFORMULAÇÃO DA TEORIA NEOCLÁSSICA, PORÉM

MANTENDO O ARCABOUÇO ESTÀTICO

TEORIA DA FIRMA

Teorias da Firma e o Fordismo

11

- Steindl (1952) – ruptura mais consistente

Steindl se inspira diretamente na realidade do processo de

concorrência de seu tempo, reconhecendo o papel crucial da

propaganda, da diferenciação do produto e da inovação

tecnológica no processo de acumulação do capital. As

assimetrias entre firmas constituem um fator essencial na

explicação da configuração e transformação das estruturas de

mercado. As empresas com menores custos e margens de lucros

maiores são, segundo Steindl, as que têm maiores possibilidades

de crescer a longo prazo.

-Schumpeter – relação entre oligopólio e progresso técnico

TEORIA DA FIRMA

Teorias da Firma e o Fordismo

12

- Desenvolvimento de Teorias da Firma – Linhas de investigação

=> Firma em função de falhas de mercado – Coase (1937), Williamson

(1979), e autores de novos enfoques clássicos;

=> Firma como espaço de produção, criação de riqueza e inovação

(influência Marx e Schumpeter)

i. Firma organização – ação coordenada entre indivíduos - conversão

de conflitos em cooperação ;

ii. Firma instituição (velhos institucionalistas) – visão organizacional +

dimensão social (sistema de propriedade, relações com bancos, condições de

produção e de mercado). Instituições como unidade de análise;

iii. Custos de Transação e novos institucionalistas - Coase - firma como

arranjo institucional alternativo ao mercado

Porém, críticos salientam não ocorrência de efetiva ruptura com a visão

neoclássica (condições dadas)

TEORIA DA FIRMA

Teorias da Firma e o Fordismo

13

- Objetivos da Firma

Sylus-Labini (maximização de lucros a longo prazo);

Baumol (maximização das vendas globais);

Marris (maximizarção da taxa de crescimento das vendas;

Joan Robinson (sobrevivência);

Galbraith (manutenção do poder da tecnoestrutura),

outros

objetivos da firma podem variar de acordo com os

objetivos de seus controladores, sem que se possa

imputar uma regra universal (x visão neoclássica de

maximização do lucro no curto prazo, em equilíbrio

estático)

TEORIA DA FIRMA

Teorias da Firma e o Fordismo

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- Papel do Empreendedor – Iniciativa e Inovação

Inovação (Schumpeter , 1957) ;

Papel da informação (Hayek,1937; Kyrzner, 1973)

Organização e coordenação da produção.

Gradual passagem do equilíbrio estático para visão

evolucionista, que incorpora INFORMAÇÃO +

INOVAÇÃO

TEORIA DA FIRMA

Teorias da Firma e o Fordismo

15

TEORIA DA FIRMA

Tecnologias da Informação e Novas Teorias da Firma

a) Contextualização – Final século XX / início século XXI

Necessidade de reformulação das teorias da firma

(papel da mudança tecnológica na configuração da

firma e mercados)

16

TEORIA DA FIRMA

Tecnologias da Informação e Novas

Teorias da Firma

-Linhas de Análise

a) Neo-Institucionalistas (Chandler, Aoki);

Chandler – importância da trajetória institucional;

Aoki – análise do funcionamento interno da firma e

das orgnizações competitivas emergentes

17

TEORIA DA FIRMA

Tecnologias da Informação e Novas

Teorias da Firma

18

TEORIA DA FIRMA

Tecnologias da Informação e Novas

Teorias da Firma

- Linhas de Análise

b) Evolucionistas

Princípios

dinâmica econômica é baseada em inovações;

descarte de qualquer princípio de racionalidade

invariante e introdução da racionalidade procedural

auto-organização da firma

19

TEORIA DA FIRMA

Tecnologias da Informação e Novas

Teorias da Firma

- Linhas de Análise

b) Evolucionistas

Fatores Determinantes do Desenvolvimento da Firma

Rotina e Aprendizagem

Path dependency

Ambiente e Seleção

Competência Central

Críticas: Ênfase excessiva nos mecanismos endógenos

20

TEORIAS DA FIRMA

21

MODELOS ECONÔMICOS

22

FLUXO CIRCULAR

Krugman ● Wells

23

QUESTÕES

Krugman ● Wells

Como as pessoas fazem escolhas:

Escassez

Custo de oportunidade

Trade-offs

Análise marginal

Como as escolhas individuais interagem:

Comércio

Ganhos do comércio

Especialização

Equilíbrio

Eficiência e eqüidade

24

ESCOLHA INDIVIDUAL

Krugman ● Wells

1.Os recursos são escassos.

2. O custo real de algo é o que você é obrigado a dispensar para adquiri-

lo.

Custo de oportunidade

É igual a tudo aquilo de que você tem de abrir mão para obter sua

escolha.

3. “Quanto?” é uma decisão na margem.

Trade-offs

Decisões marginais e análise marginal

4. As pessoas em geral exploram as oportunidades de melhorar sua

própria situação.

Incentivos

25

Krugman ● Wells

T

R

A

D

E

O

F

F

FRONTEIRA DE POSSIBILIDADE DE

PRODUÇÃO

26

Krugman ● Wells

FRONTEIRA DE POSSIBILIDADE DE

PRODUÇÃO Custo de

Oportunidade

Crescente

27

Krugman ● Wells

FRONTEIRA DE POSSIBILIDADE DE

PRODUÇÃO

Crescimento

28

INTERAÇÃO ESCOLHAS INDIVIDUAIS

Krugman ● Wells

Princípios subjacentes à interação entre escolhas individuais: 1. Há ganhos do comércio. Especialização Comércio e ganhos com o comércio

2. Os mercados caminham para o equilíbrio. 3. Os recursos deveriam ser usados do modo mais eficiente para alcançar os objetivos da sociedade. Eficiência Eqüidade

29

INTERAÇÃO ESCOLHAS INDIVIDUAIS

Krugman ● Wells

30

INTERAÇÃO ESCOLHAS INDIVIDUAIS

Krugman ● Wells

Assim, os dois

náufragos ficam em

situação melhor

quando cada um deles

se especializa naquilo

em que é bom e os

dois trocam.

31

INTERAÇÃO ESCOLHAS INDIVIDUAIS

Krugman ● Wells

Sem Comércio

-Tom: 28 p e 9 c

- Hanks: 6 p e 8 c

Prod = Consumo

Com Comércio

-Tom:

Produz 40 p

Consome 30 p e 10c

-Hanks

Produz 20 c

Consome 10 p e 10c

Troca: 1 c = 1 p

32

MERCADO

Krugman ● Wells

4. Os mercados em geral levam à eficiência.

34

FALHAS DE MERCADO

Krugman ● Wells

Quando os mercados apresentam

falhas, a intervenção do governo

pode melhorar o bem-estar da

sociedade.

Existência de Falhas de Mercado

=> Não alcance de Máximo

Bem-Estar

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