grandes culturas - cultivar 147
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Começo sadio............................48Tratamento de sementes e outras alternativas para conter doenças na fase inicial da cultura do algodão
Destaques
Índice
Diretas 05
Inoculante no sulco 06
Raiz vermelha em soja 10
Mofo branco em soja 12
Eventos - Circuito Cine Syngenta 20
Manejo de daninhas em trigo 22
Nossa capa - Cultivares de milho 28
Mucuna-preta em cana 44
Tratamento de sementes de algodão 48
Mancha aureolada em café 54
Coluna ANPII 56
Coluna Agronegócios 57
Mercado Agrícola 58
Ampla oferta......................................28A descrição completa das cultivares disponíveis para o plantio da próxima safra de milho no Brasil
Expediente
Cultivar Grandes Culturas • Ano XIII • Nº 147 • Agosto 2011 • ISSN - 1516-358X
Os artigos em Cultivar não representam nenhum consenso. Não esperamos que todos os leitores simpatizem ou concordem com o que encontrarem aqui. Muitos irão, fatalmente, discordar. Mas todos os colaboradores serão mantidos. Eles foram selecionados entre os melhores do país em cada área. Acreditamos que podemos fazer mais pelo entendimento dos assuntos quando expomos diferentes opiniões, para que o leitor julgue. Não aceitamos a responsabilidade por conceitos emitidos nos artigos. Aceitamos, apenas, a responsabilidade por ter dado aos autores a oportunidade de divulgar seus conhecimentos e expressar suas opiniões.
Por falta de espaço não publicamos as referências bibliográficas citadas pelos autores dos artigos que integram esta edição. Os interessados podem solicitá-las à redação pelo e-mail: cultivar@cultivar.inf.br
Grupo Cultivar de Publicações Ltda.CNPJ : 02783227/0001-86Insc. Est. 093/0309480Rua Sete de Setembro, 160, sala 702Pelotas – RS • 96015-300
DiretorNewton Peter
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Nossa capa
Manejo sustentável....................12Que estratégias utilizar para combater o mofo branco na cultura da soja
Habilidade competitiva...............22Que fatores levar em consideração na luta contraplantas daninhas em trigo
Fundadores: Milton Sousa Guerra e Newton Peter
• Geral3028.2000• Assinaturas:3028.2070• Redação:3028.2060
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Charles Echer
REDAÇÃO• Editor
Gilvan Dutra Quevedo• Redação
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• Design Gráfico e DiagramaçãoCristiano Ceia
• RevisãoAline Partzsch de Almeida
MARKETING E PUBLICIDADE• Coordenação
Charles Ricardo Echer• Vendas
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Sedeli FeijóJosé Luis Alves
CIRCULAÇÃO• Coordenação
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Ariane Baquini• Assinaturas
Luciane MendesNatália Rodrigues
• ExpediçãoEdson Krause
GRÁFICAKunde Indústrias Gráficas Ltda.
05www.revistacultivar.com.br • Agosto 2011
Diretas
Marketing AlgodãoFernando Costa Abreu assumiu a gerência de Marketing para o Cultivo de Algodão Brasil, da Basf. Formado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Goiás, o executivo faz parte da equipe da empresa desde julho de 2001. “Nestes dez anos de Basf tive a oportunidade de traba-lhar em diferentes áreas da empresa com diferentes culturas, como arroz, café, feijão, milho, soja e algodão. Com a experiência adquirida, acredito que tenho muito a con-tribuir neste novo desafio. Trago também a certeza de que tenho muita experiência a adquirir para desempenhar meu trabalho”, comenta o novo gerente.
BiotecnologiaA Unidade de Proteção de Cultivos da Basf criou uma diretoria dedicada à bio-tecnologia. A nova área, denominada Basf Plant Science Brasil, tem como desafio au-mentar o número de projetos com culturas geneticamente modificadas. O diretor é o engenheiro agrônomo Luiz Carlos Louzano, que já atuou nas áreas de de-senvolvimento de gerência de Marketing para produtos agroquímicos. “Por volta do ano 2000 a Basf começou a trabalhar com biotecnologia vegetal na América Latina. Agora, com esse novo status de diretoria, a empresa vem consolidar seu comprome-timento com o setor”, explica.
LiderançaA FMC anunciou Carlos Alberto Baptista como novo diretor de Vendas e Distribuição. A proposta é de que Baptista, que ante-riormente atuava como di-retor de Vendas Diretas da FMC, leve para o canal de distribuição sua liderança e experiência em agrone-gócio, a fim de imprimir um diferencial na execução dos planos de crescimento dessa área.
NegóciosRonaldo Pereira, que ocupava a posição de diretor de Negócios da FMC para a Amé-rica Latina, assumiu em julho o cargo de diretor de Vendas Diretas, liderando as áreas de cana-de-açúcar e algodão, seg-mentos-chave para os negócios da FMC Brasil.Ronaldo Pereira
Alberto Baptista
Carlos Louzano
Fernando Costa Abreu
Conexão CanaA FMC promoveu em junho o 1º Conexão Cana, realizado na Usina Andrade - Guarani, em Pintangueiras, São Paulo. O evento contou com a participação de 40 fornecedores que puderam assistir a palestras sobre manejo de daninhas e da broca da cana-de-açúcar. “O Conexão Cana promove um dia de verdadeira integração. A FMC preza muito pelo relacionamento com seus fornecedores e faz questão de acompanhar de perto as necessidades do seu dia a dia. Promover conhecimento num dia de atividades diferenciadas é uma forma de estreitar o relacionamento com aqueles que confiam na qualidade de nossos produtos”, afirma João Gonçales, gerente de Marketing de Cana da FMC.
EncontroA Bayer CropScience realizou, em Araxá, encontro com aproxima-damente 80 consultores que trabalham com a cultura do café. O objetivo do evento é oferecer ambiente propício à troca de informa-ções, análise de mercado, sinalização de tendências e apresentar o Disco de Recomendações Sphere Max. A nova ferramenta possibilita avaliar as diferentes variáveis encontradas em cada lavoura e ainda faz recomendações para o uso personalizado do produto. “Com todos os dados analisados, o Disco de Recomendações mostra qual o melhor momento para a utilização do fungicida Sphere Max e a quantidade que deve ser aplicada, o que diminui a margem de erro para o produtor e proporciona resultados mais eficazes no manejo das doenças nos cafezais”, explica José Frugis, gerente de Cultura do Café da Bayer CropScience.
De Olho no FuturoMais de 200 estudantes de Agronomia já foram contemplados com o programa "De Olho no Futuro" realizado pela Bayer Cropscience. O programa tem por objetivo trabalhar competências técnicas, potencialidades do agronegó-cio, além de questões comportamentais, como marketing pessoal, processo de seleção e relacionamento interpessoal. "Diante da evolução e representativi-dade global do agronegócio brasileiro, o De olho no Futuro tem despertado o interesse de universitários de todo o País, pois amplia a visão de mercado e mostra as várias frentes de atuação que esta carreira proporciona", ressalta Juliana Bremer, gerente de Treinamento e Desenvolvimento da Bayer. Juliana Bremer
InovaçãoA Syngenta lança mão de uma nova ferra-menta para interagir com os produtores e alertar para os problemas provocados por nematoides nas lavouras brasileiras. Peças publicitárias do produto Avicta Completo estão sendo veiculadas com código QR (um código de barras em 2D que pode ser escaneado por web cam ou por celular equipado com câmera fotográfica) que permite visualizar o filme da campanha “Os nematoides estão entre nós”. “Somos a primeira empresa do agronegócio a utilizar esse recurso”, comemora o Coordenador de Promoção, Propaganda e Marketing da Syngenta, Eduardo Romano.Eduardo Romano
Soja
06 Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
Aplicação aprimorada
O uso de inoculante para legumino-sas, em especial para soja, é uma prática já consagrada na agricul-
tura brasileira. O Brasil é exemplo mundial no uso do nitrogênio biológico, obtendo elevadas produtividades na soja praticamente sem o uso de fertilizantes nitrogenados. Produtividades acima de 4.000kg/ha têm sido alcançadas, tendo o inoculante como única fonte de N.
Isto se traduz em enorme economia para o agricultor e resulta, também, em um gran-de ganho ambiental, pois o inoculante é um produto que não gera emissão de gases estufa e nem agride o ambiente. O Brasil produz atu-almente 22 milhões de doses de inoculante, o que poderia nos levar a crer que praticamente todos os plantadores de soja fazem uso deste insumo em suas lavouras.
Entretanto, um olhar mais acurado sobre as estatísticas, nos mostra que os agricultores
do Centro-Oeste fazem uso intensivo de inoculante, utilizando duas a quatro doses por hectare, enquanto no Rio Grande do Sul é elevado o número de produtores que não se beneficiam deste produto. De uma forma geral, podemos dizer que o uso do inoculante cresce à medida que subimos no mapa, do Sul para o Norte. No Maranhão, em uma pesquisa realizada pela Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculante (ANPII) foi constatado o emprego em 100% dos entrevistados, enquanto no Rio Grande do Sul este número não chegou a 50%.
E aí começam as perguntas sobre o por-quê de não se utilizar uma tecnologia que só traz benefícios, sem nenhum inconveniente: aumenta a produtividade, enriquece o solo em nitrogênio, tem custo/benefício altamente positivo e é amigável com o meio ambiente. A mesma pesquisa da ANPII mostrou que as
duas maiores causas para não usar o produto são a crença de que “a bactéria já se implantou no solo e não é necessária nova inoculação” (33%) e a “dificuldade no uso”, apontada por 38% dos entrevistados.
No primeiro caso, há necessidade de se corrigir a informação, divulgando os dados de pesquisa que confirmam ganhos de produtivi-dade em média de 8% mesmo em áreas com muitos anos de cultivo sucessivo de soja. Um amplo trabalho de divulgação pode fazer com que estes agricultores corrijam sua percepção e passem a usufruir dos benefícios do nitrogênio fornecido via biológica.
No caso da dificuldade do uso, cabe às empresas de inoculante e aos pesquisadores buscar novas formas de aplicação do produto, que facilitem e agilizem o uso por parte do agricultor. E foi justamente nesta busca que surgiu a possibilidade da aplicação do inocu-lante via pulverização no sulco do plantio.
Nesta técnica, o produto líquido é diluído em água e pulverizado no sulco, mediante equipamento acoplado à semeadora. Conco-mitantemente a esta pulverização a semente é colocada na terra, sobre ou sob o inoculante. Vários pulverizadores foram desenvolvidos com esta finalidade, com tipos adaptados aos diferentes modelos de semeadoras.
Esta tecnologia de aplicação foi original-mente desenvolvida pelos próprios agricul-tores, mas trabalhos de pesquisa validaram a técnica, fazendo parte, inclusive, das recomen-dações técnicas da Embrapa, que menciona a possibilidade de substituição do tratamento das sementes pela aplicação do inoculante por aspersão no sulco, por ocasião da semeadura, em solos com ou sem população estabelecida (Embrapa, Sistemas de Produção 13, 2008).
Na busca pela popularização do uso da inoculação biológica de nitrogênio, novas técnicas são desenvolvidas e testadas. Nesse contexto, a pulverização no sulco do plantio ganha
força, com resultados já avalizados pela pesquisa
Fotos Micron
em relação ao tratamento das sementes.Assim, já existe boa base de pesquisa
que fornece credibilidade a esta tecnologia de aplicação, bem como empresas que estão produzindo máquinas adequadas para este tipo de operação. A falta inicial de equipa-mentos desenvolvidos para o uso de produtos biológicos trouxe certo descrédito à técnica. Muitos agricultores reportavam que ocorria uma deposição de terra nos bicos, entupindo alguns e deixando sulcos sem o inoculante, o que exige muitas paradas durante o processo de semeadura. Também a regulagem da quantidade aplicada era um empecilho, pois as bombas não atendiam a esta finalidade. Entretanto, as fábricas de equipamentos já introduziram modificações, corrigindo estas falhas e proporcionando uma aplicação prática e confiável. Bombas com regulagem fina “jato sólido”, isto é, em só fio e sem espalhamento, bem como proteção térmica e contra raios violeta, tornaram a pulverização no sulco uma técnica altamente recomendável, tão boa ou até melhor que a inoculação das sementes.
Fazendo-se um bom ajuste entre a quan-tidade de semente a ser semeada em uma unidade de tempo e a quantidade de calda de inoculante a ser aplicada, pode-se minimizar ou até eliminar o tempo de paradas para en-cher o tanque com a calda do inoculante.
A técnica de aplicação do sulco, embora menos trabalhosa que a aplicação nas semen-tes, não exime o operador de alguns cuidados básicos, pois consiste na aplicação de um ser vivo, a bactéria. Assim, deve-se prestar atenção às seguintes recomendações:
• A água utilizada deve ser limpa, de boa qualidade e sem tratamento com cloro.
• O pulverizador deve ser muito bem
limpo, estando totalmente livre de resíduos de defensivos.
• O solo deverá estar úmido, pois solo seco prejudicará a sobrevivência das bactérias.
• O pulverizador deverá ser protegido contra calor e raios ultravioleta. Os equipa-mentos desenvolvidos para uso específico de inoculante e outros produtos biológicos já contam com esta proteção térmica.
• Uma vez feita a diluição do inoculante na água, esta calda deve ser aplicada no mes-mo dia da mistura. No caso de se diluir em um final de tarde, poderá ser utilizada no dia seguinte pela manhã.
Desta forma, a inoculação feita durante mais de 50 anos nas sementes, teve que evoluir em seu modo de aplicação para acompanhar as mudanças tecnológicas e operacionais pelas quais passou e vem passando a agricultura brasileira. Novas formas também estão sen-do testadas, como a aplicação pós-plantio, seja por pulverização terrestre ou aérea, mas isto ainda depende de mais estudos para ser recomendada como uma prática validada pela pesquisa.
A aplicação no sulco de plantio mostra-se uma prática viável, semelhante à inoculação no tratamento de sementes sob o ponto de vista técnico, facilitando a aplicação pelos agricultores, mesmo com sementes tratadas com fungicidas e inseticidas, assim como as sementes tratadas industrialmente, pro-porcionando fixação biológica de nitrogênio altamente eficaz, contribuindo para altas produtividades da soja.
Esse procedimento, segundo a Embrapa, pode ser adotado desde que a dose de inocu-lante seja, no mínimo, seis vezes superior à dose indicada para as sementes. O volume de líquido (inoculante mais água) usado nos experimentos desenvolvidos pela empresa não foi inferior a 50L/ha, mas hoje se pode aplicar quantidades menores de líquido, otimizando o uso dos equipamentos. Com um aparelho bem regulado, pode-se aplicar 20L/ha.
Embora a quantidade de inoculante recomendada seja seis vezes maior do que a usada na inoculação via sementes, o ensaio do órgão de pesquisa que validou esta tec-nologia foi feito com um inoculante com concentração de um bilhão de bactérias por mililitro. Utilizando-se inoculante com cinco bilhões por ml, pode-se trabalhar com duas a três doses/ha, pois mesmo assim o número de bactérias por hectare ainda será superior ao que foi usado no experimento.
Voss, M., no comunicado 108, de de-zembro de 2002, da Embrapa, mostra que o número de nódulos aos 31 dias era maior para a inoculação de sementes do que para a aplicação no sulco, mas na floração era esta-tisticamente igual em ambos os tratamentos. Neste ensaio, entretanto, as sementes não foram tratadas com fungicidas.
O grande apelo da inoculação no sulco é, além da maior facilidade de aplicação, a previ-sível diminuição dos danos que os fungicidas possam causar na mortalidade das bactérias do inoculante e, ainda, a possível contri-buição para um menor efeito negativo da aplicação dos micronutrientes nas sementes. Sabendo-se que a mortandade vai ocorrendo paulatinamente, conforme o tempo de contato entre a bactéria e o fungicida, a aplicação no sulco elimina este fator, pois o contato entre bactéria/fungicida é mínimo ou até nulo.
Outros trabalhos de pesquisa atestam que esta tecnologia apresenta plena viabilidade, sendo tão eficiente quanto a inoculação tradi-cional, e até mais vantajosa quando se utiliza o defensivo para proteger a semente. Zilli et al (2010) verificaram em áreas de primeiro cultivo de soja que a inoculação no sulco pro-porcionou desempenho da fixação biológica do N igual ao da inoculação realizada nas semen-tes, porém, quando associou-se o inoculante ao fungicida, o tratamento com inoculação no sulco produziu incremento de 24% no número de nódulos por planta em relação ao tratamento de sementes, mostrando-se uma alternativa viável para a inoculação em soja.
Entretanto, a aplicação do inoculante no sulco do plantio em solos em que já se cultiva soja há anos também proporciona respostas positivas na eficiência da fixação biológica. Vieira Neto et al (2008) observaram que a inoculação no sulco resultou em 6% e 10% mais nódulos totais e viáveis, respectivamente,
O produto líquido é diluído em água epulverizado com equipamento apropriado
Para tornar possível a operação, pulverizadores foram adaptados aos diversos modelos de semeadoras
CC
Solon Araujo Viviane Costa Martins Stoller do Brasil
07www.revistacultivar.com.br • Agosto 2011
Soja
10 Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
Tabela 1 - Comparação dos valores médios da massa seca da raiz de plântulas de soja inoculadas com isolados de Fusarium tucumaniae e F. brasiliense em casa de vegetação (Embrapa Cerrados – Planaltina, DF)
Massa seca (g)0,0000,1080,1290,1420,7980,341
OrigemRio Verde – GO
Passo Fundo – RS Ituverava – SP
Passo Fundo – RS
Espécie***F. tucumaniaeF. brasilienseF. brasilienseF. tucumaniae
Isolado*31471137
ControleDMS**
*Foram avaliados 60 isolados; os quatro mais agressivos estão representados na tabela. **Diferença mínima significativa, segundo teste de Tukey (P=5%). ***Classificação taxonômica segundo critérios morfológicos descritos por Aoki et al, 2005. (Fonte: Oliveira et al, 2010)
Ameaça vermelhaDentre as doenças fúngicas que limitam a produtividade da soja, a podridão vermelha da raiz é responsável por perdas severas na cultura. Medidas como o plantio tardio e a
utilização de cultivares precoces são indicadas para minimizar os prejuízos
A soja (Glycine max (L.) Merrill) é a oleaginosa mais cultivada no mundo (Wilcox, 2004). Dentre
as várias doenças fúngicas que afetam essa cultura, a podridão vermelha da raiz (PVR) tem apresentado incrementos elevados de participação nas perdas, encontrando-se disse-minada em todas as regiões do país (Embrapa, 2006). Os sintomas começam como manchas cloróticas que aparecem entre as nervuras da folha de uma a duas semanas antes da flora-ção (Nakajima et al, 1996). Quando a planta está entre os estágios de maturação R4 e R5 as manchas cloróticas tornam-se necróticas ou formam estriações cloróticas (Nakajima et al, 1996). Esse sintoma é conhecido como folha “carijó” (Almeida et al, 2005). Folhas
severamente afetadas caem, mas seus pecíolos permanecem no caule (Nakajima et al, 1996). Na raiz, o lenho adquire coloração castanho-clara, que se estende por vários centímetros acima do solo, mas a medula permanece branca (Nakajima et al, 1996; Almeida et al, 2005). A raiz principal apresenta mancha avermelhada, logo abaixo do nível do solo, que se expande, adquirindo coloração negra (Nakajima et al, 1996; Almeida et al, 2005). O patógeno desenvolve-se em temperaturas entre 25ºC e 28oC, preferencialmente em solos compactados e com água livre (Picinini; Fernandes, 2003). A doença distribui-se na lavoura em forma de manchas ao acaso (Pici-nini; Fernandes, 2003).
Até recentemente, o agente causal da PVR
estava classificado (baseado em características morfológicas) como Fusarium solani f. sp. glycines (Roy, 1997). Entretanto, em estudos mais recentes (associando análises moleculares e análises de características morfológicas) foi constatado que havia diferenças suficientes para separá-lo em quatro espécies: Fusarium brasiliense sp. nov., Fusarium cuneirostrum sp. nov., Fusarium tucumaniae e Fusarium virguliforme (Aoki et al, 2005). No entanto, ainda estão sendo realizadas análises para verificar como essa divisão pode influenciar a seleção de cultivares resistentes à PVR. No Brasil, Oliveira et al (2010), avaliaram em casa de vegetação (quanto à agressividade da infecção) 60 isolados de Fusarium spp. Esses isolados foram coletados em diversas regiões
Variedade de soja moderadamente resistente (esquerda) e outra suscetível à doença
Charles Echer
Sintomas típicos da podridão vermelha da raiz, doença que se encontra disseminada nas diversas regiões de cultivo de soja no Brasil
doença. Corrigindo problemas de compacta-ção e da permeabilidade do solo, pode-se redu-zir o risco da PVR (Hartman et al, 1999). Vick et al (2003), compararam tratamentos em solo compactado e não compactado e concluíram que a subsolagem diminuía significativamente o efeito da doença na soja.
A rotação de culturas pode diminuir a incidência de PVR (Rupe et al, 1997). Rupe et al (1997), demonstraram que a rotação de soja com sorgo e trigo reduziu signifi-cativamente a população do patógeno. No entanto, constatou-se que milho-soja em rotação anual, comum no Cinturão do Milho nos Estados Unidos não reduziu a incidência
e a severidade da doença (Xing; Westphal, 2009). Surtos graves de PVR têm ocorrido, mesmo após vários anos de milho contínuo (Xing; Westphal, 2009).
O uso de cultivares resistentes tem sido o método de controle mais eficaz (Farias Neto et al, 2008). No entanto, a resistên-cia é parcial, tendo em vista que, sob alta pressão de inóculo, mesmo os genótipos resistentes muitas vezes apresentam algum sintoma típico da podridão vermelha da raiz (Gásperi et al, 2003). CC
Alexei de Campos Dianese,Embrapa Cerrados
de cultivo da soja, a partir de lesões típicas da podridão vermelha da raiz. Sua caracterização morfológica seguiu os critérios descritos por Aoki et al (2005) e, assim, foram classificados em duas espécies, F. tucumaniae e F. brasiliense. Os dados preliminares apresentados demons-traram que, apesar de haver diferenciação molecular e morfológica entre as espécies de Fusarium causadoras da podridão vermelha da raiz em soja, isso parece não se refletir na interação patógeno-hospedeiro (Tabela 1). Essa uniformidade é um fator positivo para os programas de melhoramento, pois cultivares desenvolvidas para a resistência à fusariose da soja deverão ter desempenho similar, indepen-dentemente da região de plantio (Oliveira et al, 2010).
Não existe controle químico adequado para a PVR, sendo que algumas práticas culturais têm sido capazes de reduzir seu impacto (Hartman et al, 1999). A semeadura antecipada, o frio e os solos úmidos são fatores que predispõem à infecção. Plantio tardio, além da utilização de cultivares precoces, pode minimizar as perdas (Hershman, 1996). Solos compactados impedem a percolação de água e restringem o crescimento radicular. E em conjunto com chuvas excessivas favorecem a saturação dessas áreas e o desenvolvimento da
Fotos Alexei Dianese
Soja
12 Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
Manejo sustentável
A podridão branca da haste (Scle-rotinia sclerotiorum) ou mofo branco é, atualmente, uma das
principais doenças da cultura da soja pelos prejuízos ocasionados nas últimas safras e pela dificuldade de controle. Baseado neste contexto, o Laboratório de Micologia e Pro-teção de Plantas (Lamip), da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), é referência no desenvolvimento de pesquisas a fim de entender melhor a dinâmica desta doença, assim como encontrar dentre as ferramen-
tas de controle disponíveis quais são as mais eficientes e torná-las mais acessíveis aos produtores. Trabalhos com o mesmo objetivo também têm sido desenvolvidos na UEPG, sob a responsabilidade do pes-quisador Davi Jaccoud Filho e sua equipe multidisciplinar.
A doença apresenta difrentes fases na cultura da soja, conforme demonstram a Figura 1 e a Figura 2 (fases miceliogênica e carpogênica). A época crítica para início da doença se dá a partir dos primeiros
botões florais.A podridão branca da haste da soja,
causada por Sclerotinia sclerotiorum, é uma doença que ocorre em mais de 400 espécies de plantas hospedeiras (Figura 1), inclusive em infestantes como vassourinha, picão preto, carrapicho, caruru, mentrasto, beldroega, maria-pretinha, entre outras. As culturas como soja, algodoeiro, girassol, amendoim, ervilha, feijoeiro, alface, to-mate, batateira e repolho podem perenizar o patógeno no campo, principalmente
Com mais de 400 espécies de plantas hospedeiras, inclusive infestantes, o mofo branco ou podridão branca da haste da soja causa severos prejuízos nas lavouras. Entre as alternativas
para o controle está a formação de palhada em áreas infestadas, o uso de fungicidas de forma preventiva, via tratamento de sementes, bem como o emprego de produtos biológicos
Figura 1 - Diferentes sintomas e sinais de Sclerotina sclerotiorum em plantas cultivadas Figura 2 - Fases miceliogênicas (planta) e carpogênicas (solo) de S. Sclerotiorum
Manejo sustentávelCom mais de 400 espécies de plantas hospedeiras, inclusive infestantes, o mofo branco ou podridão branca da haste da soja causa severos prejuízos nas lavouras. Entre as alternativas
para o controle está a formação de palhada em áreas infestadas, o uso de fungicidas de forma preventiva, via tratamento de sementes, bem como o emprego de produtos biológicos
Fotos Fernando Juliatti
(milho, aveia-preta, braquiárias e outras gramíneas), impede a germinacão dos apotécios e emissão dos ascósporos em direcão às plantas.
Recentemente com o uso da técnica de meio de cultura seletivo (Meio de Neon – Figura 4) que permite a detec-ção do micélio dor-mente do patógeno tem-se demonstrado que a simples limpe-za no benefício das sementes (espiral e ou mesa gravimétri-
de produção, a curta e longa distância. Dependendo do lote de sementes esta transmissão pode chegar a 15%. Os ní-
em sistemas irrigados e sem rotação com gramíneas, como milho, brachiárias, mi-lheto e sorgo. A doença foi descrita pela primeira vez no Brasil em batateira em 1917. As maiores perdas têm sido reporta-das em cultivos de feijoeiro irrigados, nos plantios de outono, inverno e primavera, principalmente quando a temperatura se aproxima da faixa de 20°C, em média e com amplitude térmica variando de 15 a 25°C. Apesar de a doença ter seu maior impacto nas culturas do feijoeiro e toma-teiro rasteiro, tem sido discutida também no cultivo da soja (verão), principalmente nos altiplanos, acima de 700m, onde as menores temperaturas noturnas têm pro-vocado perdas em áreas sem rotação de culturas em hospedeiras e sem a prática do uso da palhada (SPD – Sistema de plantio direto na palha) (Figuras 3A, 3B e 3C). A formação de palhada em áreas infestadas é um dos principais métodos de controle da doença. A camada de cobertura morta
Nononononononono
CC
13www.revistacultivar.com.br • Agosto 2011
Figura 3 (A e B) - Ciclo de vida de Sclerotinia sclerotiorum em plantas de soja; B - Ciclo de vida de Sclerotinia sclerotiorum modificado
Figura 4 - Mudança de coloração do meio de Neon de azul para amarelo após crescimento de Sclerotinia sclerotiorum, a partir de sementes infectadas
Figura 5 - Comparação entre o método de detecção Neon (15 dias) a 20o Celsius (formação de escleródios), comparado ao método de rolo de papel a 15o Celsius, por 15 dias
Figura 3C - Sistemas de manejo de solo e efeitos benéficos da palhada na redução de doenças de solo (Sclerotinia, Fusarium, Rhizoctonia, Macrophomina, nematoides etc.)
ca), retirando a massa de escleródios do lote de sementes, não impede a disseminação e a transmissão do patógeno nos campos
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14 Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
Tabela 1 - Formulações e produtos à base de Trichoderma disponíveis no mercado brasileiro
FormulaçãoSCWGPM
LíquidoLíquido
Lote00383008
564A2
P26/0708E44/0508
Concentração Declarada Rótulo2 x 1010 conídios viáveis/mL
1,5 x 1011 UFC/g109 UFC/g
109 UFC/mL2 x 1010 UFC/mL
Produto comercialTrichodermil
QualityAgrotrichPredatoxEcotrich
Tabela 2 - Qualidade dos produtos biológicos avaliados pelo Lamip-UFU
Contaminação por Bactérias1
1,0 x 1041,0x 106
04 x 1051 x 105
Concentração na placa2
1,0 x 1091,0 x 1011
0103103
Concentração na Câmara de Neubauer2
2,6 x 10105,2 x 10101,4 x 10107,2 x 1087,3 x 108
Produto comercialProduto AProduto BProduto CProduto DProduto E
Viabilidade Germinação3
9492304035
1. (colônias/mL ou g); 2. (conídios/mL ou g); 3. % de germinação até 36 horas
veis de infecção normalmente detectados variam de 0,25% – 1,0%, na maioria dos lotes (Figuras 5 e 6). Na Figura 7 observa-se que fungicidas específicos (fluazinam e tiofanato-metílico) via sementes permitem a completa erradicação do patógeno. Esta prática também elimina outros fungos de solo (Fusarium, Macrophomina, Rhizocto-nia, Sclerotium, fungos de armazenamento como Penicillium e Aspergillus spp etc), garante emergência e vigor das plantas e melhor desenvolvimento radicular (Figura 7B).
A eficiência dos métodos de contro-le reside, prioritariamente, no caráter
preventivo do seu uso, ou seja, antes da doença se manifestar. O controle curativo, apesar de reduzir comprovadamente o potencial de inóculo, para safras posterio-res, não reverte perdas. Observou-se que o volume de calda de 200L foi adequado para o controle da doença, descartando a ideia de que maiores volumes de caldas combatem com eficácia o problema. O momento de entrada com os fungicidas nos primeiros botões florais em áreas infestadas é de suma importância para o controle adequado da doença. Outros métodos com grande potencial de sucesso são os controles biológico e genético, bem
como o uso de produtos como indutores de resistência. Para a avaliação da efi-ciência destes métodos são analisados: incidência, severidade, índice de doença (incidência x severidade), AACPD (Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença), peso de escleródios, peso de mil grãos e produtividade.
Um dos fatores-chave para o manejo sustentável da doença é a redução do período de favorabilidade ao patógeno, seja pela proteção química, uso de or-ganismos antagonistas, resistência do hospedeiro ou diminuição do cresci-mento vegetativo.
De modo geral os tratamentos com flu-azinam e tiofanato-metílico apresentaram um melhor desempenho no controle da
Figura 6 - Detecção de Sclerotinia sclerotiorum pelo método de rolo (seis lotes positivos) e Neon (65 lotes positivos)
Figura 8 - Diferentes manejos de fungicidas aplicados a partir de R1, seguidos de aplicações a cada dez dias. (I – duas aplicacões a partir de Vn e intervalo de dez dias; II - duas aplicações a partir de R1 e intervalo de dez dias; III – três aplicações/duas aplicações, a partir de R1 e intervalo de dez dias)
Figura 7 - A) Erradicação de S. sclerotiorum via tratamento de sementes com fungicidas específicos; B - Peso seco médio (g) de raízes de cinco plantas de soja no estádio V3
Sistema de aplicação para cobrir o baixeiro das plantas e controlar o mofo branco
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A) B)
15www.revistacultivar.com.br • Agosto 2011
Tabela 3 - Tamanho da lesão em haste de soja com inoculação artificial em genótipos convencionais de ciclo semiprecoce
Comprimento da lesão (cm)0,49 a2,32 a2,42 a3,43 a3,50 a4,34 a4,39 a5,01 a5,17 a5,89 b7,05 b7,68 b7,74 b7,75 b8,00 b5,0155,30
% de redução no comprimento da lesão94717057564645373526124330
GenótiposGOBR03-2776-4SFGOGOBR03-2776-17SFGO
GOBR00-158-3GOGOBR03-2866-40GO
MSOY 6101GOBR03-2776-16SFGO
BRAS06-0034YBR05-03502Y
GOBR03-2776-36GOBRAS06-0037Y
GOBR03-2776-32GOGOBR03-3173-4GO
BR05-09384YGOBR02-2237-3GOGOBR03-3151-34GO
MédiaCV(%)
*Médias seguidas de letras distintas na coluna diferem entre si, pelo teste de Scott-Knott, a 0,05 de significância. Fonte: Caires (2011) – Dissertacão de mestrado - UFU
Tabela 4 - Correlação da incidência de podridão branca da haste com caracteres agronômicos, genótipos transgênicos de ciclo semiprecoce
Altura1
-0,03ns--
População2
-0,30ns--
Pmil3
-0,20ns--
TratamentosIncidência de Podridão Branca
AlturaPopulação
Produtividade4-0,46*0,09ns0,14ns
1Altura (cm). 2 População (plantas/ha-1). 3 Peso de mil grãos (g). 4 Produtividade (kg/ha-1). ns Não significativo. *Significativo a 5% de probabilidade. Fonte: Caires (2011) – Dissertacão de mestrado - UFU
doença. Pode-se perceber que a podridão branca da haste não interfere no peso de mil grãos, no entanto, interfere no rendi-mento da soja, reduzindo as perdas pela doença que podem chegar a até 39,5% de redução no rendimento da cultura. Neste caso, com uma incidência máxima de 30%-40%. O sucesso do manejo da podridão branca da haste da soja está na adoção e correta utilização ao máximo possível das ferramentas que estão à disposição. A redução no desenvolvimento vegetativo nas aplicações do herbicida lactofen (V8 e R1) reduz a favorabilidade à doença, permitindo escape à doença e melhoria na produção de soja.
O controle biológico é uma importante ferramenta de combate à podridão branca da haste, tendo eficiência semelhante aos tratamentos químicos quando usado no estádio vegetativo. A deposicão dos propágulos do fungo no solo via aplicacão aérea, ainda no ciclo vegetativo, permite a supressão do desenvolvimento de Scle-rotinia sclerotiorum a partir de sua fase carpogênica (escleródios germinando e formando apotécio). Este fungo atua por antibiose e hiperparasitismo (coloniza o fungo fitopatogênico e produz substân-cias antimicrobianas) (Figura 16). Testes
Figura 9 - Diferentes fungicidas aplicados a partir de R1, seguidos de aplicações a cada dez dias. (I – duas aplicações a partir de Vn e intervalo de dez dias; II - duas aplicações a partir de R1 e intervalo de dez dias; III – três aplicações/duas aplicações, a partir de R1 e intervalo de dez dias)
Figura 10 - Diferentes fungicidas aplicados a partir de R1, seguidos de aplicações a cada dez dias. (I – duas aplicações a partir de R1 e intervalo de dez dias; II – três aplicações/duas aplicações, a partir de R1 e intervalo de dez dias)
Figura 11 - Diferentes fungicidas aplicados a partir de R1, seguidos de aplicações a cada dez dias. (I – duas aplicações a partir de R1 e intervalo de dez dias; II – três aplicações/duas aplicações, a partir de R1 e intervalo de dez dias)
Figura 12 - Diferentes indutores de resistência aplicados a partir de V4, seguidos de mais duas aplicações a cada sete dias, comparadas ao tiofanato metílico aplicado em R1 seguido de mais duas aplicações a cada dez dias
16 Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
Figura 13 - Diferentes manejos com indutores de resistência aplicados a partir de V4, seguidos de aplicações a cada dez dias. Os fungicidas fluazinam e tiofanato-metílico foram aplicados a partir de R1 e com aplicações seguidas de dez dias
Figura 14 - Diferentes manejos biológicos aplicados a partir dos estádios V4, V6 e V8, com aplicações a cada dez dias. Os fungicidas fluazinam e tiofanato-metílico foram aplicados a partir de R1 e com aplicações seguidas de dez dias
Figura 15 - Diferentes manejos biológicos aplicados a partir dos estádios V4, V6 e V8, com aplicações a cada dez dias. Os fungicidas fluazinam e tiofanato-metílico foram aplicados a partir de R1 e com aplicações seguidas de dez dias
Figura 16 - Modo de ação efeito de Trichoderma spp., um agente de biocontrole
Figura 17 - Dados climáticos médios dos períodos antes do florescimento, florescimento e depois do florescimento, referentes aos genótipos de ciclo semiprecoce. Fonte: Caires (2011) – Dissertação de mestrado - UFU
Figura 18 – Escleródios encontrados após a trilha de semente e grãos de soja oriundos de áreas infectadas
experimentais realizados em MG e PR têm apresentando resultados satisfatórios já no primeiro ano de aplicação, quando ocorreu pressão moderada da doença (incidência entre 30% e 40%). A maior viabilidade na germinação dos produtos de biocontrole Trichodermil e Quality propiciou eficá-
cia semelhante ao fungicida fluazinam e tiofanato-metílico (aplicados a partir dos primeiros botões florais). A avaliacão em campo destes produtos biológicos precisa ser realizada com lotes de boa procedência e qualidade (concentracão de esporos e germinacão) (Tabelas 1 e 2).
Em relacão à avaliação da reação de re-sistência de genótipos de soja ao patógeno, esta tem sido variada e de resposta ainda não conclusiva. Inoculações do patógeno em folhas destacadas e em hastes de di-ferentes genótipos não se correlacionam. Alguns genótipos comerciais do grupo con-
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18 Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
Tabela 5 – Manejos sustentáveis e táticas de controle racional da podridão branca da haste da soja
Classificação da
EficáciaAltaAltaAltaAltaAlta
MédiaMédiaMédiaMédia BaixaAlta
BaixaMédiaAlta
MédiaAlta
MédiaMédiaMédia
Redução de inóculo inicial (x¬0)
SimSimSimSimSimSimSimNãoNãoNãoSimSimSimNãoSimSim SimSimSim
Redução na Taxa de progresso da doença (r0)
NãoNãoNãoSimNãoSimSimSimSimSimSimSimSimSimSimNãoSimSimSim
Medida/Tática
1. Benefício de sementes - Máquina de ar e peneira, espiral e mesa gravitacional1
2. Sementes sadias e certificadas3. Tratamento de sementes (Mistura de fungicida protetor com sistêmico)
4. Formação da palhada (SPD)2
5. Roguing3 (Erradição de plantas doentes em campo de sementes)6. Herbicidas em pré e pós-emergência4
7. Aumento do espaçamento na cultura e redução de plantas na linha de cultivo8. Nutrição com cálcio e potássio
9. Redução do Nitrogênio10. Redução de plantas na linha de plantio
11. Resistência de cultivares5
12. Uso do controle com extrato de plantas6
13. Controle biológico com Tricoderma7
14. Fungicidas Preventivos8
15. Fungicidas Curativos ou erradicantes9
16. Solarização10
17. Escape – Cultivares Precoces18. Período de Florescimento mais curto
19. Plantas mais eretas
Efeito na doença
1 Retirada de escleródios associados às sementes e restos vegetais contaminados (não elimina infecção no embrião);2Uso de braquiárias, ou gramíneas em geral, que podem acrescentar de 10 a 12T de matéria orgânica no solo, contribuindo para proliferação de microrganismos benéficos (Sistema Santa Fé). Brachiaria ruziziensis pode multiplicar nematoide do gênero Pratylenchus em áreas infestadas;3 Antes da formação de escleródios nas hastes das plantas;4 Herbicidas à base de trifuralina, pendimenthalin, glifosato, e fomesafen podem estimular a germinação de escleródios no solo, ao passo que Linuron, Paraquat e EPTC podem reduzi-la. Na presença de atrasina, simazina e metribuzin os escleródios do patógeno raramente desenvolvem apotécio ou estes são anormais e não produzem ascósporos;5Na cultura da soja existe uma grande variabilidade para a resistência da planta à penetração do patógeno (fatores da planta que bloqueiam o patógeno na fase inicial de infecção), seja na haste ou nas folhas, a qual deve ser explorada pelos melhoristas e fitopatologistas;6Extratos aquosos ou etanólicos de plantas como pimenta longa, Nin e Jambolão têm mostrado o efeito na fase micelial do fungo, o que pode ser utilizado na produção de soja orgânica;7 Depende da data de validade do produto, espécie do fungo e formulação; existem diversos produtos no mercado que precisam ser avaliados antes do uso pelo produtor. Existem laboratórios oficiais para verificar sua qualidade;8Torna-se urgente a avaliação de fungicidas usualmente utilizados na cultura da soja no controle da ferrugem, oídio e DFC quanto ao seu efeito em campo sobre a podridão branca da haste da soja;9 Após a entrada do patógeno na planta, o manejo da doença fica mais difícil com o fungicida;10 Uso de filmes de plástico transparente sobre canteiros ou solo. Algumas brássicas têm efeito biofumigante, reduzindo a população de escleródios (ex. nabo forrageiro).
vencional e genótipos em lançamento do grupo RR apresentam resistência parcial ao patógeno. Testes realizados em condições de campo sob inóculo natural reforçam os resultados encontrados (Tabelas 3 e 4 e Figura 17). Neste tipo de avaliacão ou quantificação da resistência é de vital im-portância a pluviosidade durante o período de florescimento (Figura 17). A redução do desenvolvimento da doença se manifesta no menor tamanho da lesão (cm) e na redução do número e peso dos escleródios após a trilha (Figura 18). Cultivares de soja convencionais, como Engopa 315 e 316, MGBR46-Conquista e MSOy 6001
Fernando Cezar Juliatti, Fernanda Cristina Juliatti,Anakely Alves Resende, Roberto Resende dos Santos e Anderson Monteiro Caires,Lamip – UFUDavi S. Jaccoud Filho,UEPG
Figura 19 - Materiais suscetíveis e resistentes a S. sclerotiorum em condições de campo
Juliatti, Fernanda, Anakely, Santos,Caires e Jaccoud Filho buscam controle eficiente
apresentam este tipo de resistência.A Tabela 5 sumariza a descrição e a
eficácia de todas as estratégias de manejo para o controle racional da doença.
A Figura 19 apresenta o comporta-mento de genótipos em condições de campo frente à resistência parcial a S. sclerotiorum.
Suscetível Resistente
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O município de Restinga Seca, na região central do Rio Grande do Sul, distante 277 quilômetros de
Porto Alegre, recebeu a última etapa do Cir-cuito Cine Syngenta, campanha que divulga o produto Avicta Completo e que percorreu 35 municípios do Sul do Brasil. Com uma carreta equipada com microscópios e cinema 3D a ação teve como objetivo intensificar o alerta sobre a importância de manejar o problema dos nematoides, bem como as soluções proporcionadas pelo novo defensivo da empresa.
Pela dificuldade de serem diagnosticados, estes parasitas têm causado grandes prejuízos em diversas regiões agrícolas em todo o Brasil. Por ser uma praga relativamente nova em algumas regiões e invisível a olho nu, ainda há muita confusão na detecção do problema. É
comum os produtores confundirem os danos causados por nematoides com sintomas de outras doenças, pragas ou mesmo deficiência nutricional.
Durante a apresentação, alguns produto-res imaginavam ser possível ver a praga a olho nu, enquanto outros relataram suspeitar de problemas com nematoides em suas lavou-ras, por terem identificado “várias plantas cortadas”. Diagnósticos equivocados como estes impedem os agricultores de realizar o controle adequado, o que fatalmente resulta em aplicações desnecessárias e perda de pro-dutividade.
Para o engenheiro agrônomo da Coo-perativa Tritícola, Marcos Augusto Lobler, aproximadamente 50% dos 13 mil hectares cultivados com soja no município de Restinga Seca têm problemas com nematoides. “Até o
momento a única solução era plantar cultiva-res resistentes, o que não resolvia o problema completamente. Com a possibilidade de controlar os nematoides com agroquímicos, o produtor pode voltar a plantar cultivares mais produtivas, sem sofrer as perdas com a praga”, explicou.
O produtor de soja Alceu Augusto Nunes relata que há várias safras percebia problema em suas lavouras, mas não conseguia identifi-car e nem remediar a situação com a aplicação de fungicidas e inseticidas. Com o auxílio de um engenheiro agrônomo, foi diagnosticada infestação de nematoides, o que o obrigou a utilizar cultivares resistentes para continuar plantando. “Voltei a colher melhor, mas não conseguia atingir as produtividades alcançadas anteriormente. Agora quero investir novamen-te em cultivares mais produtivas e controlar os nematoides desde o plantio”, explica.
Segundo Einar Pasqualli Nunes, enge-nheiro agrônomo da Syngenta que atende a região central do Rio Grande do Sul, é necessário esclarecer o que é esta nova praga e suas consequências. “Queremos explicar aos produtores o que é o nematoide e como é possível combatê-lo. Além dos danos que causam, os parasitas abrem o caminho para fungos e tornam as plantas mais sensíveis a situações de estresse”, relata.
Lançado em 2009 para a cultura do algo-dão, o Avicta Completo recebeu o registro para soja e milho em 2010. “Avicta Completo traz proteção integral e a resposta é impressionan-te”, garante o gerente de Produto Seedcare da Syngenta, Eduardo Guimarães.
Circuito completoMunicípio gaúcho de Restinga Seca recebe a última etapa de ação da Syngenta, no Sul do Brasil,
para apresentar novo defensivo e alertar sobre problemas com diagnóstico e manejo de nematoides
Lober destacou que aproximadamente 50% da área cultivada com soja em Restinga Seca tem nematoides
Eventos
20 Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
Alceu Nunes teve de lançar mão de cultivares resistentes após descobrir praga na lavoura
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Carreta é equipada com microscópio para visualização dos parasitas
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22 Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
Trigo
Habilidade competitiva
Como ferramenta de auxílio e complementação ao uso de herbicidas, o produtor encontra no manejo cultural um importante aliado na busca pelo controle de plantas daninhas em trigo. Utilizar adequadamente a capacidade das cultivares competirem
com infestantes é um dos aspectos que devem ser considerados dentro do conjunto de medidas recomendadas para manter a lavoura mais limpa
Fotos Fabiane Lamego
No Sul do Brasil, o trigo ainda é a principal cultura para produção de grãos no inverno.
Todavia, as lavouras tritícolas cultivadas no Rio Grande do Sul podem ter sua pro-dutividade comprometida drasticamente em função da ocorrência de uma série de plantas daninhas, que competem com a cultura por água, luz e nutrientes. Dentre as principais pode-se destacar o azevém (Lolium multiflorum), a aveia-preta (Avena strigosa), o nabo (Raphanus raphanistrum e R. sativus), a gorga (Spergula arvensis), o cipó-de-veado (Polygonum convolvulos), dentre outras.
Atualmente, para o manejo de es-pécies daninhas importantes em trigo, há no mercado herbicidas disponíveis e eficientes. Contudo, dadas as caracterís-ticas da planta de trigo (afilhamento) e
o manejo utilizado (espaçamento entre linhas reduzido de 17cm), é possível ao produtor utilizar-se também do controle
cultural para o manejo. Deste modo, uma vez conhecida a habilidade competitiva das cultivares, é possível fazer uso desta
Habilidade competitiva
Cultivar Guamirim sem controle o ciclo inteiro (esquerda) e com controle durante todo o ciclo (direita)
ferramenta, para auxílio e complementação do uso de herbicidas.
Embora a produção de trigo no Brasil não atenda ao consumo, os preços pagos pelo produto são baixos, proporcionando margem de lucro muito estreita ao produtor. Deste modo, fazer uso de cultivares com elevada habilidade competitiva favorece a redução do impacto ao meio ambiente pela menor dependência de herbicidas, além de auxiliar no manejo das infestantes. O co-nhecimento de características morfológicas da planta, principalmente as iniciais, que sejam vantajosas na competição com plantas infestantes, é de suma importância para o produtor, visando o manejo integrado de plantas daninhas e, deste modo, aumentan-do a habilidade competitiva da cultura.
Estudos conduzidos por Rigoli et al (2007) demonstram que em trigo, medidas de controle de plantas daninhas devem abranger entre 12 dias e 24 dias após a emergência da cultura, conhecido como período crítico de prevenção à interferência
(PCPI). Este período nos indica a época em que, obrigatoriamente, se deve evitar a presença das plantas daninhas com a cul-tura para não haver perdas no rendimento além daquelas tidas como aceitáveis (em geral, em torno de 5%). A determinação do PCPI é fundamental para o manejo correto das plantas daninhas, a fim de se evitarem perdas e uso desnecessário de herbicidas. Todavia, o estabelecimento deste período é complexo, uma vez que fatores como época de semeadura e população de plan-tas da cultura, dose e épocas de aplicação de adubação de cobertura e espécies e populações de plantas daninhas presentes na área, afetam consideravelmente os resultados, ocasionando diferenças entre locais e anos.
Vários fatores podem interferir no grau de competição entre plantas daninhas e cultivadas, sendo alguns relacionados à própria cultura, outros à comunidade infestante, porém, fatores ambientais de clima, solo e tratos culturais também
influenciam a interação entre as plantas cultivadas e as plantas daninhas. Desta forma, o grau de competição entre plantas daninhas e cultura pode ser alterado em função do período em que a comunidade estiver disputando determinado recurso do meio. Os efeitos da interferência das plantas daninhas são irreversíveis, não havendo recuperação do desenvolvimento ou da produtividade após a retirada do estresse causado pela presença das plantas daninhas (Kozlowski, 2002).
O aumento da competitividade da cul-tura geralmente é atribuído a uma emer-gência precoce, elevado vigor de plântulas, rápido estabelecimento, estatura elevada, alta capacidade de afilhamento e rápida cobertura do solo pelo dossel, principal-mente na fase inicial de desenvolvimento. Desta forma, plantas portadoras de elevada velocidade de emergência e de crescimento inicial possuem prioridade na utilização dos recursos do meio e, por isso, geralmente levam vantagem na utilização (Gustafson
Figura 3 - Cultivares de trigo (Fundacep Cristalino e BRS Guamirim) com controle de plantas daninhas de azevém e nabo, até o final do ciclo (pré-colheita) – ausência de competição. Frederico Westphalen (RS), 2010
Figura 1 - Produtividade de grãos de cultivares de trigo em função do controle de plantas daninhas até 15, 30 dias após a emergência e pré-colheita. Frederico Westphalen – RS, 2010. *Médias seguidas de letras idênticas dentro das épocas de controle, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%
Figura 2 - Produtividade de grãos de cultivares de trigo em função da ausência de controle de plantas daninhas até 15, 30 dias após a emergência e pré-colheita. Frederico Westphalen (RS), 2010. *Médias seguidas de letras idênticas dentro das épocas de ausência de controle, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%
23www.revistacultivar.com.br • Agosto 2011
Queli Ruchel,Tiago Kaspary, Fabiane Lamego, Antonio Santi eClaudir Basso,UFSM/Cesnors
24 Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
Fotos Fabiane Lamego
et al, 2004). A estatura de planta tem se mostrado uma característica importante na relação de competição entre plantas daninhas e cultivadas. Cultivares de trigo que possuem maior estatura conseguem sombrear as plantas daninhas, reduzindo a disponibilidade de radiação solar à fotos-síntese e levando vantagem na competição (Wicks et al, 2004).
Com o objetivo de avaliar a habili-dade competitiva e o comportamento de cultivares de trigo frente à competição com o azevém e o nabo foi conduzido um experimento no município de Frederico Westphalen, região do Médio Alto Uru-guai gaúcho, em 2010. As cultivares BRS Guamirim (ciclo precoce, estatura baixa e classe comercial pão) e Fundacep Cristali-no (ciclo precoce, estatura média e classe comercial melhorador), foram semeadas em 19 de junho de 2010, com densidade de 350 plantas/m2, em espaçamento de 17cm. Os tratamentos utilizados consisti-ram de controle e ausência de controle das infestantes: até 15 dias após a semeadura (DAS) da cultura, até 30 DAS e até a pré-colheita. Ou seja, as plantas daninhas foram controladas até 15, 30 DAS e pré-colheita (sem competição durante todo o ciclo da cultura) ou conviveram com a cultura até 15, 30 DAS e pré-colheita (competição total durante todo o ciclo da cultura). As infestações de azevém e de nabo corresponderam, respectivamente, a 24 plantas/m² e 28 plantas/m².
As cultivares apresentaram respostas diferenciadas de acordo com o período em que a cultura se manteve na presen-ça ou ausência de competição com as plantas daninhas. No tratamento padrão quando a cultura foi mantida no limpo durante todo o ciclo, ambas as cultivares demonstraram elevadas produtividades, sendo que Cristalino produziu 6.579,8kg/ha (109,6sc/ha) enquanto que Guamirim
produziu 5.476,4kg/ha (91,2sc/ha) (Figu-ra 1). Quando o controle das infestantes foi realizado até 15 DAS e depois não foi realizada nenhuma forma de manejo, a produtividade da Cristalino foi reduzida em 14%. Para Guamirim, esta diferença foi ainda maior, havendo perda de 40% no rendimento de grãos quando o manejo de daninhas foi realizado somente até 15 DAS. Estes resultados reforçam aqueles observados por Rigoli et al (2007), que indicam um período entre 12 e 24 DAS para o desenvolvimento da cultura do trigo no limpo, visando evitar maiores perdas de produtividade pela presença de plantas competidoras.
A convivência com o azevém e o nabo durante todo o ciclo das cultivares causou reduções severas de produtividade. Neste caso, Guamirim produziu o equivalente a 844,5kg/ha (14,07sc/ha) enquanto que Cristalino obteve 3.426,6kg/ha (57,11sc/ha), ou seja, aproximadamente 80% e 40%, respectivamente, a menos do que quando conviveram com a presença das infestantes até 30 DAS (Figura 2). A convivência com as plantas daninhas até esta época (30 DAS) foi mais prejudicial à cultivar Guamirim quando comparada à Cristalino.
A cultivar Cristalino demonstrou ele-vada produtividade em todos os períodos
Figura 4 - Cultivares de trigo (Fundacep Cristalino e BRS Guamirim) sem controle de plantas daninhas de azevém e nabo, até o final do ciclo (pré-colheita) – competição total. Frederico Westphalen (RS), 2010
com presença e ausência de competição, destacando sua superioridade quando na ausência de controle durante todo o ciclo da cultura. Embora Guamirim também seja uma cultivar precoce, com rápido estabelecimento, bom vigor ini-cial e difundida na região norte do Rio Grande do Sul, sua baixa estatura de planta quando comparada à Cristalino pode ter sido responsável pela sua menor habilidade em competir com as plantas daninhas nos estádios iniciais avaliados. De acordo com Blackshaw (1994), em trigo a estatura de planta revelou-se uma característica associada ao incremento na competitividade da cultura, juntamente com demais características de planta, como crescimento precoce, elevada capa-cidade de afilhamento e maior área foliar. A diferença observada entre as cultivares ressalta a importância de manejar as plantas daninhas no momento certo, ou seja, precocemente, visando evitar per-das e redução da expressão do potencial produtivo.
Outro ponto a considerar é que a sustentabilidade da vantagem inicial observada pelas cultivares também é importante, pois as plantas daninhas que emergirem tardiamente e ultrapassarem o dossel da cultura, sombreando-a, poderão comprometer seu desenvolvimento e pro-dutividade. Portanto, mesmo utilizando-se da habilidade competitiva de cultivares, demais métodos de controle de plantas daninhas não devem ser abandonados e/ou esquecidos. O conhecimento da influência de características de planta sobre a competitividade entre plantas daninhas e cultivadas é uma ferramenta do manejo cultural e que pode contribuir para o manejo integrado de infestantes nas lavouras de trigo.
Queli, Kaspary, Fabiane, Santi e Basso abordam o manejo de plantas daninhas na cultura do trigo
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28 Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
Dança das sementesPara a safra de milho 2011/12 mantém-se a dinâmica de renovação de cultivares.
Enquanto 72 novos materiais foram colocados no mercado, outros 81 deixaram de ser comercializados. De um total de 489 variedades disponíveis, 316 são convencionais e 173 transgênicas. Conheça as características agronômicas, tolerância e resistência a pragas e
doenças, além da capacidade de adaptação às regiões de plantio
Na safra 2011/12, estão sendo ofertadas 489 cultivares de milho (sendo 316 convencionais e 173
transgênicas). Portanto, verifica-se redução em relação à safra anterior. A dinâmica de re-novação das cultivares foi mantida, sendo que 72 novas cultivares foram acrescentadas e 81 deixaram de ser comercializadas. Entretanto, o perfil das cultivares que entraram e saíram do mercado foi bastante diferente quando se compara as convencionais e as transgênicas.
Houve significativo aumento do número de cultivares transgênicas disponíveis no mer-cado (57 novas foram oferecidas, substituindo 20 transgênicas que deixaram de ser comercia-lizadas). Por outro lado, entre as convencio-nais apenas 15 novas entraram no mercado, enquanto 61 não estão mais à venda.
Esses dados foram obtidos diretamente das empresas produtoras de sementes de milho, em materiais de divulgação e promo-ção, como boletins e fôlderes das cultivares de milho, distribuídos gratuitamente, e de outras fontes disponíveis, como Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem) e Zoneamento Agrícola. Para facilitar a compreensão, uma análise deve ser realizada separadamente, uma vez que a maioria das cultivares transgênicas possui também versão convencional.
CULTIVARES CONVENCIONAIS (NãO TRANSGêNICAS)Uma análise crítica mostra predominância
no número de híbridos simples, que represen-tam aproximadamente 49,05% do mercado. Os híbridos simples e os triplos, modificados
ou não, juntos são responsáveis por 69,62% das opções para os produtores, mostrando alto potencial genético das sementes de mi-lho utilizadas na agricultura brasileira e uma necessidade de se aprimorar os sistemas de produção empregados para melhor explorar o potencial genético dessas sementes.
As cultivares precoces representam 67,08% das opções de mercado, enquanto as hiper e as superprecoces respondem por 22,46%. Esta classificação quanto ao ciclo não é, entretanto, muito precisa.
Algumas empresas especificam apenas o plantio de verão (ou de safra normal) e a safrinha. Um maior número de empresas, entretanto, fornece mais informações, sepa-rando o plantio em cedo, normal, tardio e safrinha. Outro aspecto importante do milho safrinha é o ajuste na densidade de plantio. Como regra geral, a densidade é menor do que a recomendada para a safra normal, prin-
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cipalmente devido à menor oferta hídrica, que ocorre neste sistema de plantio.
Além da produção de grãos, há indicação de cultivares para silagem de planta inteira, silagem de grãos úmidos e produção de milho verde. As características descritas nas Tabelas 1 e 2 são mais adequadas para cultivares de milho para a produção de grãos e de silagem. Para as cultivares de milho de uso, especiais, como canjica, pipoca, doce e para a indústria de amido, o agricultor deverá verificar outras características importantes, de acordo com as exigências do consumidor ou da indústria processadora.
Com relação à textura do grão, verifica-se a predominância de grãos semiduros (53,82%) e duros (25,47%) no mercado. Materiais dentados são minoria (5,7%), geralmente utilizados para a produção de milho verde ou de silagem.
Também é muito importante o conhe-cimento do comportamento das cultivares com relação às doenças. Na Tabela 2 são apresentadas informações sobre como reagem a desafios como fusariose, ferrugem-comum - Puccinia sorghi, ferrugem-branca - Physopella zea, ferrugem-polisora - Puccinea polysora, mancha-branca (etiologia indefinida), hel-mintosporiose - Helminthosporium turcicum, Helminthosporium maydis, enfezamento, cer-cosporiose e doenças do colmo e dos grãos.
CULTIVARES TRANSGêNICASNa safra atual, não se verificaram no-
vos eventos transgênicos, mas houve uma
mudança no perfil das cultivares oferecidas. Nesta safra 20 cultivares de milho transgênico deixaram de ser comercializadas (16 híbridos simples, um híbrido simples modificado e três híbridos triplos) e 57 novas versões transgê-nicas foram acrescentadas ao mercado (44 híbridos simples, dois híbridos simples mo-dificados e 11 híbridos triplos), mostrando a grande dinâmica na substituição de cultivares de milho no mercado. Atualmente, dentre as cultivares transgênicas, aproximadamente 74% são híbridos simples; 7% são híbridos simples modificados e cerca de 19% híbridos triplos.
As cultivares transgênicas atualmente no mercado são resultantes de cinco eventos transgênicos para o controle de lagartas: o evento TC 1507, marca Herculex I; o evento MON 810, marca registrada YieldGard; o evento MON 89034, YieldGard VT PRO; o Agrisure TL, conhecido como Bt11; e o evento MIR162, TL VIP, e dois eventos transgênicos que conferem resistência ao herbicida glifosato aplicado em pós-emergência: o NK603, marca registrada Roundup Ready, e o GA 21–TG.
Dentre as cultivares transgênicas para o controle de lagartas, existem:
47 cultivares com o evento Herculex; 41 cultivares com o evento YieldGard; 23 cultivares com o evento VT PRO;17 cultivares com o evento Agrisure TL; 2 cultivares com o evento TL VIP. Dentre as cultivares transgênicas com
resistência ao herbicida glifosato aplicado em
pós-emergência do milho, existem 15 com o gene Roundup Ready.
Existem 28 cultivares transgênicas para, simultaneamente, o controle de lagartas e com resistência ao herbicida glifosato aplicado em pós-emergência do milho: 17 cultivares com os eventos Herculex e Roundup Ready; 9 cul-tivares com os eventos YieldGard e Roundup Ready; 1 cultivar com os eventos VT PRO e Roundup Ready e 1 cultivar com os eventos TL Agrisure e GA 21.
Embora as cultivares transgênicas que apresentam resistência ao herbicida glifosato tenham sido registradas no Zoneamento Agrícola de Risco Climático desde a safra passada, somente agora, na safra 2011/12, serão comercializadas no Brasil, uma vez que só agora há registro de herbicida à base de glifosato registrado no Brasil para a aplicação em pós-emergência da cultura do milho.
Das cultivares transgênicas, 139 cultivares (80,34%) apresentam versões convencionais, não transgênicas, que deveriam ser utilizadas preferencialmente nas áreas de refugio e na área de coexistência.
Aproximadamente 76,3% das cultiva-res transgênicas apresentam ciclo precoce, 21,9% são superprecoces e apenas 1,8% é semiprecoce.
As cultivares, convencionais ou transgêni-cas, que estão no comércio na safra 2010/11 e suas principais características e recomenda-ções estão listadas nas Tabelas 1 e 2. CC
30 Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
Tabela 1 - Características agronômicas das cultivares de milho disponíveis no mercado na safra 2011/12Cultivar
AG 1051AG 122AG 2040AG 4051AG 5011
AG 5030 YGAG 5055AG 6018AG 6020AG 6040AG 7000
AG 7000 RR2AG 7000 YG
AG 7000 YGRR2AG 7088
AG 7088 RR2AG 8011
AG 8011 YGAG 8015
AG 8015 YGAG 8021
AG 8021YGAG 8025AG 8060
AG 8060 RR2AG 8060 YG
AG 8060 YGRR2AG 8088
AG 8088 RR2AG 8088 YG
AG 8088 YGRR2AG 9010
AG 9010 RR2AG 9010 YG
AG 9010 YGRR2AG 9020
AG 9020 YGAG 9040
AG 9040 YGAG 9045
AG 8061 YGAG 8061 PROAG 8088 PROAG 7000 PROAG 8041 YGAG 8022 YGAG 7098 PROAG 8544 PROAG 9030 PRO
DKB 175 DKB 175 PRO
DKB 177DKB 177 PRODKB 185 PRO
DKB 240DKB 240 YG
DKB 240 YG RR2DKB 240 PRO
DKB 245DKB 285 PRO
DKB 315DKB 330
DKB 330 YGDKB 350
DKB 350 YGDKB 350 PRO
DKB 370DKB 390
DKB 390 YGDKB 390 YG RR2
DKB 390 PRODKB 390 PRO2DKB 393 PRO
Tipo
HDHDHDHTHTHTHTHTHDHDHSHSHSHSHSHSHTHTHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHS
HSmHSHSHTHTHTHTHSHSHSHSHSHS
Ciclo
SMPPP
SMPPPPSPSPSPPPPPPPPPSPSPPPPPPPPPPPPSPSPSPSPSPSPSPSPSPPPPPPPPPSPPPPP
SMPPPPPPSPSPSPSPPPPPPPPPP
SMP
Graus/ Dias950845875960870878860830780810890890890890880880820820800800845845835845845845845870870870870770770770770820820790790780845845870890835830880845795852852860860920830830830830830795815810811860860860845870870870870870950
Época de Plantio
C/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/S
C/N/T/SC/N/SC/N
N/T/SN/T/SC/N/SC/N/SC/N/SC/N/SC/N/SC/N/SC/NC/NC/NC/NC/NC/NC/NC/NC/NC/NC/N
C/N/SC/N/SC/N/SC/N/SC/N/SC/N/SC/N/SC/N/SC/NC/NN/SN/SC/N
C/N/SC/N/SC/N/SC/N/SC/N/SC/N
C/N/SS
C/N/SC/N/SC/N/SC/N/SC/N/SC/NC/NC/NC/NC/NC/N
C/N/T/SC/N/T
C/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/S
C/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SN/T/S
Uso
G/SPI/MVG/SPIGRãOS
G/SPI/MVG/SPIGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSG/SGUG/SGUGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSG/SGUG/SGUG/SGUG/SGUGRãOSGRãOSGRãOSG/SGUG/SGUGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOS
Cor do grãoAM
AM/ALAM/AL
AMAMALAL
AM/ALALALALALALALALALAMAM
AM/ALAM/ALAM/ALAM/AL
AMALALALALALALALALALALALALAMAMALAL
AM/ALALALALAL
AM/ALAM/ALAM/ALAM/AL
ALAM/ALAM/ALAM/ALAM/ALAM/AL
AMAMAMAMAL
AM/ALAL
AM/ALAM/AL
ALALAL
AM/ALAM/ALAM/ALAM/ALAM/ALAM/AL
AL
Densidade (Plantas/ha)
45-5050-5550-5545-5050-5555-7050-6055-6555-6055-6055-6055-6055-6055-6055-6555-6560-7060-7560-7060-7050-6050-6065-7555-6055-6060-7055-6555-6055-6055-6055-6065-7565-7565-7565-7570-8070-8065-7565-7565-7060-6560-7060-7065-7565-7560-7060-6550-5565-7565-7565-7555-6555-6565-7570-8070-8070-8070-8065-7565-7565-7065-7565-7560-7065-7065-7065-7055-6560-6560-6560-6560-6560-65
Textura do grão
DENTADOSMDENTSMDURODENTADODENTADOSMDUROSMDURO
DURODURODURO
SMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDURODENTADODENTADOSMDENTSMDENTSMDENTSMDENTDENTADO
DURODURODURODURODURODURODURODURODURODURODURODURO
DENTADODENTADO
DURODURO
SMDENTSMDENTSMDENTDURO
SMDUROSMDURO
DUROSMDENTSMDENTSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDURODENTADODENTADODENTADODENTADOSMDUROSMDUROSMDUROSMDENTSMDENTSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDURO
Resistência Acamamento
AMMAAAAAAAAAAAAAAAAAMMAAAAAMMMMAAAAAAAAAAAMAMAAMAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAM
Altura Espiga (m)
1,61,31,31,41,31,21,251,11,11,051,151,151,151,151,31,31,21,21,261,261,31,31,31,151,151,151,151,21,21,21,21111
1,151,151,051,051,21,241,241,21,151,301,341,31,21,051,151,151,31,31,21,21,21,21,21,21
1,21,11,11,21,21,21,351,251,251,251,251,251,3
Altura Planta (m)
2,62,42,52,52,32,352,32,22,12,052,12,12,12,12,32,32,252,252,352,352,32,32,32,22,22,22,22,32,32,32,32222
2,152,152,12,12,22,652,652,32,12,32,332,32,15
22,22,22,32,32,32,252,252,252,252,251,92,42,12,12,22,22,22,62,22,22,22,22,22,4
Nível Tecnologia
M/AMM
M/AAAAAMAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Região de adaptação
SUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, RO
SUL e SPSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, RO
MG,SP,PR,RS,SCSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, RO
SUL e MG,SPSUL e MG,SPSUL e MG,SPSUL e MG,SP
SUL e MS,DF,GO,,MG,SPSUL e MS,DF,GO,,MG,SPSUL e MS,DF,GO,,MG,SP
SUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, RO
SUL e SPSUL e SP
SUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, RO
SUL e MS,DF,GO,,MG,SPSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, RO
SUL e MS,DF,GO,,MG,SPSUL e MS,DF,GO,,MG,SPCO, SE, NE e PR, RO,TOCO, SE, NE e PR, RO,TO
SUL, CO, SE, NE e RO e TOSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, RO
SUL,CO, SE, NE, RO, ACSUL,CO, SE, NE, RO, AC
CO, SE, NE, ROSUL e MS,SPSUL e MS,SPSUL e MS,SPSUL e MS,SP
SUL, CO e MG,SPSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, RO
SUL,CO, SE, NE, RO, ACSUL,CO, SE, NE, RO, AC
SUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, RO, ACSUL,CO, SE, NE, RO, ACSUL,CO, SE, NE, RO, ACSUL,CO, SE, NE, RO, ACSUL,CO, SE, NE, RO, AC
CO,SE, NE RO
Empresa
Sementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes AgroceresSementes Agroceres
DekalbDekalbDekalbDekalbDekalbDekalbDekalbDekalbDekalbDekalbDekalbDekalbDekalbDekalbDekalbDekalbDekalbDekalbDekalbDekalbDekalbDekalbDekalbDekalb
CodCultivar
12345678910111213141516171819202122232425262728293031323334353637383940414243444546474849123456789101112131415161718192021222324
Transgênica/convencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionaltransgênicaconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionaltransgênicatransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionalconvencionaltransgênicatransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicatransgênicatransgênicatransgênicatransgênicatransgênicatransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionalconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicaconvencionalconvencionaltransgênicatransgênicatransgênicatransgênicatransgênica
31www.revistacultivar.com.br • Agosto 2011
CodCultivar
252627282930123456789101112131415161718192021222324252627282930313233343536373839404142434445464748495051525354555657585960616263646566676869
Cultivar
DKB 399DKB 399 PRODKB 566 PRO
DKB 615DKB 789DKB 979P 32R22
P 32R22 HP 32R22 HR
P 1630P 1630 HP 30F44P 32R48
P 32R48 HP 32R48 HR
P 30P70P 30P70 H
P 3340P 3340 YP 3340 HP 30F53
P 30F53 YP 30F53 RP 30F53 HP 30F53 YRP 30F53 HRP 30F53 EP 30K75
P 30K75 YP 30K75 HP 30K64
P 30K64 YP 30K64 HP 30K64 HR
P 3021P 3021 YP 3021 HP 30F80
P 30F80 YP 30F35
P 30F35 YP 30F35 RP 30F35 HP 30F35 YRP 30F35 HR
P 30S31P 30S31 HP 30B39
P 30B39 YP 30B39 HP 30B39 HR
P 30F36P 30F36 HP 30F36 HR
P 30R50P 30R50 YP 30R50 RP 30R50 HP 30R50 YRP 30R50 HR
P 30K73P 30K73 YP 30K73 HP 30K73 HR
P 30B30P 30B30 RP 30B30 HP 30F87P 30B88P 30F90
P 30F90 HP 30F90 HR
P 30S40P 30S40 Y
P 3862
Tipo
HSHSHTHDHDHDHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHS
HSMHSMHSMHSHSHSHSHTHTHTHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHTHTHTHTHTHSHSHSHSHSHS
Ciclo
SMPSMP
PSPPPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPP
Graus/ Dias950950840810900855
121 dias121 dias121 dias115 dias115 dias132 dias127 dias127 dias127 dias132 dias132 dias130 dias130 dias130 dias130 dias130 dias130 dias130 dias130 dias130 dias130 dias135 dias135 dias135 dias140 dias140 dias140 dias140 dias135 dias135 dias135 dias135 dias135 dias140 dias140 dias140 dias140 dias140 dias140 dias140 dias140 dias140 dias140 dias140 dias140 dias140 dias140 dias140 dias135 dias135 dias135 dias135 dias135 dias135 dias138 dias138 dias138 dias138 dias135 dias135 dias135 dias140 dias140 dias140 dias140 dias140 dias145 dias145 dias138 dias
Época de PlantioN/T/SN/T/S
C/N/T/SN/T/S
C/N/T/SC/N/T/S
NNNNNNNNN
N/SN/SN/SNNNNNNNNN
N/T/SN/T/SN/T/S
NNNN
N/T/SN/T/SN/T/SN/T/SN/T/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SNNNNNNNNNNNNN
N/SN/SN/SN/SNNN
N/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SN/S
Uso
GRãOSGRãOS
G/SPI/SGUGRãOSGRãOSGRãOS
G/SPI/SGUG/SPI/SGUG/SPI/SGU
GRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSG/SGUG/SGUG/SGUGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSG/SGUG/SGUGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SGUG/SGUG/SGUGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SPI
Cor dogrãoALALAMAL
AM/ALALAMAMAMAMAMALSISISIAMAMSISISIALALALALALALALALALALALALALALALALALALALALALALALALALALALALAL
AM/ALAM/AL
ALALALALAMAMAMAMAM
AM/ALAL
AM/ALAM/AL
ALALALALSIAMAMAMAMAMAM
Densidade (Plantas/ha)
60-6560-6555-6060-7065-7060-7050-6550-6550-6550-6550-6550-6050-6550-6550-6555-6555-6850-6550-6050-6055-7260-8060-8060-8060-8060-8055-7255-7255-7255-7255-7255-7255-7255-7255-7255-7255-7260-8060-8055-7255-7255-7255-7255-7255-7255-7255-7255-7255-7255-6555-6560-8060-8060-8060-8060-8060-8060-8060-8060-8050-65
6550-6550-65
606060
55-6550-6550-6550-6550-6550-6550-6555-65
Textura do grãoSMDUROSMDUROSMDENTDURO
SMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMMOLESMMOLESMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDURO
DURODURODURO
SMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDURO
DURODURO
SMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDURO
DURODURODURODURODURODURODURO
SMDURO
Resistência Acamamento
MMAAAAMMMMMBMMMBBABBBAAAAABAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
MSMSMSAAA
Altura Espiga (m)
1,31,31,21,151,21,1
1,1 a 1,251,1 a 1,251,1 a 1,251,1 a 1,251,1 a 1,251,35 a 1,451,10 A 1,201,10 A 1,201,10 A 1,201,40 a 1,501,40 a 1,501,35 a 1,451,35 a 1,451,35 a 1,451,10 a 1,201,10 a 1,201,10 a 1,201,10 a 1,201,10 a 1,201,10 a 1,201,10 a 1,201,25 a 1,351,25 a 1,351,25-1,351,4 a 1,61,4 a 1,61,4 a 1,61,4 a 1,61,3 a 1,41,3 a 1,41,3 a 1,4
1,30 a 1,401,3 a 1,41,4 a 1,551,4 a 1,551,4 a 1,551,4 a 1,551,4 a 1,551,4 a 1,551.5 a 1.61.5 a 1.61,3 a 1,41,3 a 1,41,3 a 1,41,3 a 1,4
1,25 a 1,351,25 a 1,351,25 a 1,351.2 a 1.351.2 a 1.351.2 a 1.351.2 a 1.351.2 a 1.351.2 a 1.351,30 a 1,501,30 a 1,501,30 a 1,501,30 a 1,501,30 a 1,401,30 a 1,401,30 a 1,401,35 a 1,551,35 a 1,551,40 a 1,501,40 a 1,501,40 a 1,501,45 A 1,651,45 A 1,651,40 a 1,50
Altura Planta (m)
2,42,42,32,22,32,2
2,7 a 2,852,7 a 2,852,7 a 2,852,7 a 2,852,7 a 2,852,80 a 2,902,70 A 2,802,70 A 2,802,70 A 2,802,80 A 2,952,90 A 3,102,80 a 2,902,80 a 2,902,80 a 2,902,60 a 2,802,60 a 2,802,60 a 2,802,60 a 2,802,60 a 2,802,60 a 2,802,60 a 2,802,75 a 2,852,75 a 2,852,75 a 2,853,10 a 3,303,10 a 3,303,10 a 3,303,10 a 3,302,8 a 2,92,8 a 2,92,8 a 2,92,8 a 2,92,8 a 2,92,9 a 3,22,9 a 3,22,9 a 3,22,9 a 3,22,9 a 3,22,9 a 3,23.0 a 3.23.0 a 3.2
2,90 a 3,102,90 a 3,102,90 a 3,102,90 a 3,102,70 a 2,852,70 a 2,852,70 a 2,852.6 a 2.92.6 a 2.92.6 a 2.92.6 a 2.92.6 a 2.92.6 a 2.92,80 a 3,02,80 a 3,02,80 a 3,02,80 a 3,02,80 a 3,02,80 a 3,02,80 a 3,02,80 a 3,02,80 a 3,02,90 a 3,102,90 a 3,102,90 a 3,102,90 a 3,202,90 a 3,202,90 a 3,10
Nível Tecnologia
AA
M/AA
M/AA
M/A e AM/A e AM/A e AM/A e AM/A e AM/A e AM/A e AM/A e AM/A e AM/A e AM/A e AM/A e AM/A e AM/A e A
AAAAAAA
M/A e AM/A e AM/A e A
AAAA
M/A e AM/A e AM/A e AM e M/AM/A e A
AAAAAA
M/A e AM/A e AM/A e AM/A e AM/A e AM/A e AM/A e AM/A e AM/A e A
AAAAAA
M/A e AM/A e AM/A e AM/A e A
M/AM/AM/AM/AM/A
M/A e AM/A e AM/A e AM/A e AM/A e AM/A e A
Região de adaptação
CO,SE, NE ROCO,SE, NE ROSUL e MG e SP
SUL,CO, SE, NE, ROSUL,CO, SE, NE, RO, ACSUL,CO, SE, NE, RO, AC
SUL e MG, SP e MSSUL e MG, SP e MS
SUL e MG, SP, MS, MT, GO e DFSUL e SP, MS, MT, GO e DFSUL e SP, MS, MT, GO e DF
SUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RRSUL, SP e MS
SUL, SP, MG, MS e GOSUL, SP, MG, MS e GO
SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RRSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RRSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RRSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RRSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR
SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, ACSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, ACSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, ACSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, ACSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, ACSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, ACSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC
SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RRSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RRSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RRSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RRSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RRSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RRSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RRSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RRSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RRSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR
SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, ACSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, ACSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, ACSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, ACSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, ACSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, ACSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, ACSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC
SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RRSUL, SE, CO, NE e TO, RO, RRSUL e SP, MG, GO, DF, MS, BA
SUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR, ACSUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR, ACSUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR, AC
SUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RRSUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RRSUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR
SUL e SP, MG, GO, DF, MS, BASUL e SP, MG, GO, DF, MS, BASUL e SP, MG, GO, DF, MS, BASUL e SP, MG, GO, DF, MS, BASUL e SP, MG, GO, DF, MS, BASUL e SP, MG, GO, DF, MS, BA
SUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR, ACSUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR, ACSUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR, ACSUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR, AC
SUL e SP, MG, GO, DF, MS, BASUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RRSUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR
SUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR, ACSUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR, ACSUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR, ACSUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR, ACSUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR, AC
SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RRSUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RRSUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR
Empresa
DekalbDekalbDekalbDekalbDekalbDekalb
Du Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu PonT do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.A
Transgênica/convencionalconvencionaltransgênicatransgênicaconvencionalconvencionalconvencionalconvencionaltransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionalconvencionaltransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicatransgênicatransgênicatransgênicaconvencionalconvencionaltransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicatransgênicatransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicatransgênicatransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicaconvencional
32 Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
CodCultivar
707172737475767778798081828384858687888912345678910111213141516171819202122232425262728293031323334353637383940414243444546474849123456
Cultivar
P 3862 RP 3862 HP 3646
P 3646 RP 3646 HP 4042
P 4042 HP 4285
P 4285 HP 3989
BG 7049BG 7049 RBG 7049 HBG 7060
BG 7060 YBG 7060 HBG 7060 HRBG 7051 HBG 7055 HBG 7055ATTACK
ATTACK TLCARGO
CELERON TLEXCELERFASTER
FASTER TLFÓRMULA
FÓRMULA TLGARRA
GARRA TLGARRA TL VIP
IMPACTOIMPACTO TL
MASTERMAXIMUS
MAXIMUS TLMAXIMUS TL VIPMAXIMUS TL TG
OMEGAOMEGA TL
PENTAPENTA TL
PREMIUM FLEXPREMIUM FLEX TL
SOMMASOMMA TL
SPEEDSPEED TLSPRINT
SPRINT TLSTATUS
STATUS TLTORK
TORK TLTRAKTORTRUCK
TRUCK TLDOCE TROPICAL
BALU 178BALU 580BALU 184BALU 551BALU 761SG 150SG 6418SG 6015
DEFENDERDEFENDER TL
2A1062A120
2A120 Hx2A550
2A550 Hx2B433
Transgênica/convencionaltransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionalconvencionaltransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicatransgênicatransgênicatransgênicaconvencionalconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionalconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionalconvencionaltransgênicatransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionalconvencionaltransgênicaconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionaltransgênicaconvencionalconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicaconvencional
Tipo
HSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHTHTHTHTHTHTHTHTHTHT
HSmHSmHDHSHT
HSmHSmHSHSHTHTHTHSHSHTHSHSHSHS
HSmHSmHSHSHSHS
HSmHSmHSHSHSHSHSHSHSHSHD
HSmHSmHSHTHDHDHDHDHTHT
HSmHSmHSmHSHSHSHSHSHT
Ciclo
PPPPPPPPPPPPPPPPPSPPPPPPSPPSPSPSPSPPPPPP
SMPPPPPPPPPPPPPSPSPHPHPPPPPPPPSPPPPPPPPPPP
HPHPHPPPSP
Graus/ Dias
138 dias138 dias135 dias135 dias135 dias140 dias140 dias120 dias120 dias135 dias140 dias140 dias140 dias135 dias135 dias135 dias135 dias127 dias135 dias135 dias
860860890SI
870SISISISI
870870870895895895890890890890SISI
870870870870895895815815800800SISI
860860850SISISI
860SI
860786792865865SISISI
760790790825825840
Época de Plantio
NN
N/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SN
N/SN/SN/SNNNNN
N/SN/SNN
C/N/T/SC/N
N/T/SC/NC/NC/NC/N
N/T/SN/T/SN/T/S
C/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/SC/N/SC/N/SC/N/SN/T/SN/T/SC/N/SC/N/SC/NC/N
N/T/SN/T/S
C/SC/SC/NC/NC/NC/NNN
N/TC/N/SC/N/S
NC/N/SC/N/SC/N/SC/N/SC/N/S
NN
N/SC/N/SC/N/S
C/SC/NC/N
C/N/TC/N/T
C/N/T/S
Uso
G/SPIG/SPIGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSG/SPIG/SPIGRãOSG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSG/SGUG/SGUGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOS
M. DOCEG/SPIGRãOSG/SPIG/SPIG/SPIGRãOSGRãOSG/SGUGRãOSGRãOSG/SPIG/SPIG/SPIGRãOSGRãOSG/SPI
Cor dogrãoAMAM
AM/ALAM/ALAM/ALAM/ALAM/ALAM/ALAM/AL
AMALALALALALALALAMALALALALALALLRALALALALALALALALALLRALALALALALALALALALALLRLRLRLRALALALALLRLRLRALALAM ALALAVALALSISI
AM/ALAM/ALAM/ALAM/AL
ALALALAL
AM/AL
Densidade (Plantas/ha)
55-6555-6555-6555-6555-6555-6555-6555-6555-6555-6550-6550-6550-6550-6550-6550-6550-6550-6555-6555-65
5555
55-6060-65
5560-6560-6560-6560-65
606060
55-6055-60
5555-6555-6555-6555-6560-7060-7055-6555-6560-6560-6555-6555-65
6060
55-6555-6560-7060-7055-6055-60
5560-6560-65
SI50-55/45-5055-60/50-5550-55/45-5155-60/45-5055-60/45-51
5555
45-6060-6560-65
60-65/50-5560-6560-65
60-75/50-5560-70/50-5560-65/50-55
Textura do grãoSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDURO
DURODURO
SMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDURO
DURODURODURODURODURODURODURODURODURODURODURODURODURODURODURODURODURODURODURODURODURODURODURO
SMDUROSMDURO
DURODURODURODURODURODURODURODURODURODURODURODURODURO
SIDURODURODURODURODURODURODURODURODURODURO
SMDENTSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDENT
Resistência Acamamento
AAAAASISISISIAAAAAAAAMAAMMAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAMMAAAAMMAAASIAAAAAMMAAAMAMAAA
Altura Espiga (m)1,40 a 1,501,40 a 1,501,30 A 1,401,30 A 1,401,30 A 1,401,55 a 1,651,55 a 1,65
1,31,3
1,4 a 1,551,4 a 1,551,4 a 1,551,4 a 1,55
1,30 a 1,401,30 a 1,401,30 a 1,401,30 a 1,401,10 A 1,201,30 A 1,501,30 A 1,50
1,331,331,31,131,181,261,261,131,131,31,31,31,241,241,221,281,281,281,281,351,351,181,181,121,121,21,21,171,171,171,171,331,331,31,31,191,241,24SISISISISISI
1,31,161,141,21,21,061,101,101,101,101,10
Altura Planta (m)2,90 a 3,102,90 a 3,102,80 A 3,002,80 A 3,002,80 A 3,003,00 a 3,203,00 a 3,20
33
2,9 a 3,22,9 a 3,22,9 a 3,22,9 a 3,22,80 a 3,02,80 a 3,02,80 a 3,02,80 a 3,0
2,70 A 2,803,00 A 3,203,00 A 3,20
2,192,192,352,222,222,482,482,222,222,232,232,232,462,462,382,472,472,472,472,482,482,072,072,12,12,22,21,981,982,092,092,332,332,312,312,12,462,46SI
2,09MÉDIO
22,262,282,352,12,562,22,22,102,152,152,002,002,10
Nível TecnologiaM/A e AM/A e AM/A e AM/A e AM/A e AM/A e AM/A e AM/A e AM/A e A
AM/A e MM/A e MM/A e MM/A e MM/A e MM/A e MM/A e MM/A e AM/A e MM/A e M
M/AM/AMA
M/AAAAA
M/AM/AM/A
AA
M/AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAMMMSIM
M/AMMMMMAMMA
M/A e AM/A e A
AA
M e M/A
Região de adaptação
SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RRSUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RRSUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RRSUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RRSUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RRSUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RRSUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RRSUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RRSUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR
SUL, SP, MT e GOSUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RRSUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RRSUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR
SUL, CO e SP, MG, BASUL e SP, MG, GO, DF, MS, BASUL e SP, MG, GO, DF, MS, BASUL e SP, MG, GO, DF, MS, BA
SUL e SP, MS, MT, GO e DFSUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RRSUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR
SUL e MSSUL e MS
SUL ,CO e SESUL, SP (Sul), MS (Sul)SUL ,CO, SE e BA,MA,PI
SUL e MSSUL e MS
SUL, CO, SP (Sul), MS (Sul)SUL, CO, SP (Sul), MS (Sul)
SUL ,CO e SESUL ,CO e SESUL ,CO e SESUL ,CO e SESUL ,CO e SE
SUL ,CO, SE e BA,MA,PISUL ,CO e SESUL ,CO e SESUL ,CO e SESUL ,CO e SESUL ,CO e SESUL ,CO e SE
SUL e SP(sul) e MS(sul)SUL e SP(sul) e MS(sul)
SUL e MSSUL e MS
SUL ,CO e SESUL ,CO e SESUL ,CO e SESUL ,CO e SE
SUL e SP(sul) e MS(sul)SUL e SP(sul) e MS(sul)
SUL ,CO e SESUL ,CO e SE
SUL ,CO, SE e BA,MA,PISUL ,CO, SE e BA,MA,PISUL ,CO, SE e BA,MA,PI
CO, SECO, SE
CENTRO-SULSUL,CO, SE e BA.SUL,CO, SP, MG
SUL,CO, SE e BA.BRASILBRASIL
SUL e MSSUL e MSBRASILBRASILBRASIL
Sul do Brasil e regiões Tropical Alta Sul do Brasil, demais regiões sob ConsultaSul do Brasil, demais regiões sob Consulta
Sul do Brasil, região Tropical Alta e Tropical de TransiçãoSul do Brasil, região Tropical Alta e Tropical de Transição
Brasil
Empresa
Du Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ADu Pont do Brasil S.ASyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta SeeDs LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngEnta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds LtdaSyngenta Seeds Ltda
Dow Agrosciences Indl LtdaDow Agrosciences Indl LtdaDow Agrosciences Indl LtdaDow Agrosciences Indl LtdaDow Agrosciences Indl LtdaDow Agrosciences Indl Ltda
33www.revistacultivar.com.br • Agosto 2011
CodCultivar
789101112131415161718192021222324123456789101112131415161718192021222312345678910111213141516171819202122232425262728123456
Cultivar
2B433 Hx2B512 HX
2B5872B587 HX
2B6042B604 Hx
2B6552B655 Hx
2B6882B688 HR2B688 Hx
2B7072B707Hx2B710
2B710 HR2B710 HXWxA504
DB2A525 Hx20A55
20A55 HR20A55 Hx
20A7820A78 HX30A25 HR30A25 Hx30A30 Hx
30A3730A37 Hx
30A6830A7030A77
30A77 Hx30A86
30A86 HR30A86 HX
30A9130A91 HR30A91 Hx
30A9530A95 HxAGN 2012BRS 1060BRS1055BRS 1040BRS 1031BRS 1030BRS 1010BRS 1002BRS 3025BRS 3035BRS 3003BR 205BR 206
BRS 2223BRS 2020BRS 2022BR 106BR 451BR 473
BRS CaatingueiroBRS 4154 Saracura
BRS 4157 Sol-da-manhãBRS PlanaltoBRS MISSÕES
BRS 4103BRS Caimbé
BRS GorutubaBR 5011 SertanejoBRS Assum Preto
BX 974BX 981
BX 907 YGBX 945
BX 920 YGBX 1200
Transgênica/convencionaltransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicatransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionalconvencionalconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicaconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionaltransgênicaconvencionaltransgênicaconvencional
Tipo
HTHTHSHS
HSmHSmHTHTHTHTHTHSHSHSHSHSHSHSHTHTHTHTHTHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHS
HSMHSMHSMHTHTHDHSHSHSHSHSHSHSHTHTHTHDHDHDHDHDVVVVVVVVVVVVV
HSHSHSHSHSHS
Ciclo
SPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPSPSPSPSPHPSPSPSPPPPPPPPPPPPP
SMPSMPSMP
PPPPPSPPPPSPPP
SMPPPSPPPPPP
SMPSPPSPPPSPSPP
SMP
Graus/ Dias840840815815848848840840860860860890890850850850850835843842843823823806806800810810SI
963SISISISISI
902902902sisi
810913978876731731819SI
822836819788895788826836788696656702751751SI
810823894765SI
782905915SISISISI
Época de Plantio
C/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SN/T/SN/T/S
C/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/SC/N
C/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/TC/N/TC/N
C/N/T/SC/N/T/SC/N/T
C/N/T/SC/N/TC/N/T
C/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/S
N/SN/SN/SN/SN/SN/SN
N/SS
N/SN/SN/SN/SN/SN/S N/SNNN
N/SN/SNN
N/SN/SNNN
T/ST/SC/NN/SC/N
C/N/T/S
Uso
G/SPIG/SPIGRãOSGRãOSGRãOSGRãOS
G/SPI/SGUG/SPI/SGU
G/SPIG/SPIG/SPIGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSI.AMIDOGRãOSG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIGRãOSG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIGRãOSG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIGRãOSGRãOSGRãOSG/SPIGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSG/SPIGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSG/SPIG/SPIGRãOSG/SPIG/SPI
Cor do grão
AM/ALAL
AM/ALAM/AL
ALALALALALALALALAL
AM/ALAM/ALAM/AL
LR/CEROSOLRALALAL
AM/ALAM/ALAM/ALAM/ALAM/ALAM/ALAM/AL
ALAL
AM/ALAM/AL
ALALALALALALAlAl
AM/ALAVAVALALAL
LR/AVAM/AL
ALALAL
AM/ALAM/ALAM/AL
LRALAM
BRANCOAMAMLRAL
AM/LRAM
AM/ALAM/ALAM/AL
AM/ALLRLRLRLRAMLR
Densidade (Plantas/ha)60-65/45-5560-65/45-5560-70/50-5560-70/50-5560-65/45-5560-65/45-5055-60/50-5555-60/50-5550-60/45-5550-60/45-5550-60/45-5560-65/50-5560-65/50-5655-65/50-5555-65/50-5555-65/50-5560-65/50-55
60-7060-65/50-6060-65/50-6060-65/50-6060-65/50/6060-65/50-6060-65/50-5560-65/50-55
55-6560-70/50-5560-70/50-5560-65/50-6060-65/50-55
50-7050-70
60-65/50-6060-65/50-6060-65/50-6060-65/50-6060-65/50-6060-65/50-6060-65/50-6060-65/50-6050-55/45-5055-65/45-4955-65/45-5055-65/45-5050-60/40-5050-60/40-50
60/40-5070-80
55-65/45-5045-50
5550-5050-50
50-55/40-4550-5550-5540-5040-5040-5040-5040-5040-5040-50
5050-55/45-50 50-55/45-50
40-5045-50
5055.00055.00065.00070.00065.00060.000
Textura do grãoSMDENTSMDUROSMDENTSMDENTSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDURO
DUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDENTSMDENTSMDUROSMDUROSMDUROSMDENTSMDENTSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDENTSMDENTSMDENTSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDENTSMDENTSMDUROSMDENTSMDENTSMDUROSMDUROSMDENTSMDENTSMDENTSMDUROSMDUROSMDURO
DUROSMDURODENTADOSMDUROSMDURO
DUROSMDENTSMDUROSMDUROSMDURO
SMDENTADOSMDURO
SMDENTADOSMDURO
Resistência Acamamento
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAMMMAAAAAAAAAAAAMA
MAMMMMAAAMMMMMMAMMMMMMMMMMMMMAAAAAA
Altura Espiga (m)
1,101,301,051,051,251,251,201,201,151,151,151,301,301,101,101,101,101,301,11,11,11,11,11,151,151,11,11,101,201,301,201,201,301,301,301,301,301,301,201,201,201,041,131,121,151,11SI
1,131,061,151,151,31,11,141,131,41,21,40,91,21,21,11,41,021,10,79
1,2 A 1,50,91,21,120,981,161,191,19
Altura Planta (m)
2,102,302,052,052,252,252,152,152,102,102,102,302,302,022,022,022,002,302,302,302,302,202,202,202,202,152,202,202,252,302,252,252,302,302,302,302,302,302,302,302,202,062,202,182,062,112,1
MÉDIO2,122,012,22,22,32,12,162,132,42,22,41,92,22,31,752,22,12,151,7
2,0 A 2,31,82,182,262,252,362,412,23
Nível TecnologiaM e M/AM e M/A
A A
M/AM/AMM
M/AM/AM/A
AA
M/A e AM/A e AM/A e AM/A e AM/A e A
M/AM/AM/AM/AM/A
AAAAAAAAA
M/A e AM/A e AM/A e A
AAA
M/AM/AB/MM/AM/AM/AM/AM/AM/AM/AM/AM/AM/AM/AM/AM/AM/AM/AB/MB/MB/MB/MB/MB/MB/MB/MB/MB/MB/MB/MB/MM/AM/A
AM/A
AM/A
Região de adaptação
BrasilBrasilBrasilBrasilBrasilBrasilBrasilBrasil
Sul do Brasil, regiões Tropicais de Transição e BaixaSul do Brasil, regiões Tropicais de Transição e BaixaSul do Brasil, regiões Tropicais de Transição e Baixa
BrasilBrasilBrasilBrasilBrasil
RS, SC, PR, SP e MGBrasil
BRASILBRASILBRASILBRASILBRASILBRASILBRASIL
Regiões subtropicaisBrasilBrasil
BRASILRegiões tropicais
BRASILBRASILBRASILBRASILBRASILBRASILBRASILBRASILBRASILBRASILBRASIL
N, NE, SE, CO e PR N, NE, SE, CO e PR CO,NE,SE e PR e TO
CO,SE e PR e BABRASIL exc. RS e SCBRASIL exc. RS e SCRS,SC e Sul do PR
CO,NE,SE e PRCO,NE,SE e PR
SUL,SE,CO, NE e TOSE,CO,NE, e PR,TO
NE, SE,CO,SULBRASIL exc. RS e SCBRASIL exc. RS e SC
SE,CO,NE e PRBRASIL exc.RS
BRASILBRASIL
NEBRASIL exc. RS e SC
BRASILSUL
RS, SC e Sul do PRCO,SE,NE, N e PRCO,SE,NE e PR
SEMIÁRIDO NORDESTINONORDESTE DO BRASIL
SEMIÁRIDO NORDESTINOAL,BA,GO,MA,MG,MS,MT,PI,PR,RS,SE,TO
GO,MG,MT,PR,RS,SC,TODF,GO,MG,MS,PR,RS,SC,SP
DF,GO,MG,MS,MT,PR,RS,SC,SPDF,GO,MG,MS,PR,RS,SC,SP
AL,BA,DF,GO,MA,MS,MG,MT,PI,PR,RS,SC,SE,SP,TO
Empresa
Dow Agrosciences Indl LtdaDow Agrosciences Indl LtdaDow Agrosciences Indl LtdaDow Agrosciences Indl LtdaDow Agrosciences Indl LtdaDow Agrosciences Indl LtdaDow Agrosciences Indl LtdaDow Agrosciences Indl LtdaDow Agrosciences Indl LtdaDow Agrosciences Indl LtdaDow Agrosciences Indl LtdaDow Agrosciences Indl LtdaDow Agrosciences Indl LtdaDow Agrosciences Indl LtdaDow Agrosciences Indl LtdaDow Agrosciences Indl LtdaDow Agrosciences Indl LtdaDow Agrosciences Indl LtdaAgromen Tecnologia LtdaAgromen Tecnologia LtdaAgromen Tecnologia LtdaAgromen Tecnologia LtdaAgromen Tecnologia LtdaAgromen Tecnologia LtdaAgromen Tecnologia LtdaAgromen Tecnologia LtdaAgromen Tecnologia LtdaAgromen Tecnologia LtdaAgromen Tecnologia LtdaAgromen Tecnologia LtdaAgromen Tecnologia LtdaAgromen Tecnologia LtdaAgromen Tecnologia LtdaAgromen Tecnologia LtdaAgromen Tecnologia LtdaAgromEn Tecnologia LtdaAgromen Tecnologia LtdaAgromen Tecnologia LtdaAgromen Tecnologia LtdaAgromen Tecnologia LtdaAgromen Tecnologia Ltda
EmbrapaEmbrapaEmbrapaEmbrapaEmbrapaEmbrapaEmbrapaEmbrapaEmbrapaEmbrapaEmbrapaEmbrapaEmbrapaEmbrapaEmbrapaEmbrapaEmbrapaEmbrapaEmbrapaEmbrapaEmbrapaEmbrapaEmbrapaEmbrapaEmbrapaEmbrapaEmbrapaEmbrapa
Nidera Sementes LTDA. Nidera Sementes LTDA. Nidera Sementes LTDA. Nidera Sementes LTDA. Nidera Sementes LTDA. Nidera Sementes LTDA.
34 Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
CodCultivar
78910111213141234567891011121234567891011121314151617181920212223123456789101112131415161234567123412345
Cultivar
BX 840BX 898 YG
BX 898BX 970BX 1255BX 1280 BX 1293 BX1290XB 7012XB 7011XB 8010XB 8028XB 7253XB 7110XB 9003XB 8030XB 6010XB 6012XB 7116XB 4013
AS 32AS 3466 TOP
AS 1545AS 1565AS 1570AS 1575AS 1535AS 1551
AS 1551YGAS 1551PROAS 1572YGAS 3421YGAS 1590YGAS 1596
AS 1596 PROAS 1596 RR2AS1555 YGAS1555 PROAS1555 RR2AS1598 PROAS1581 PROAS1580 PROAS1660 PROSHS 3031SHS 4050SHS 4060SHS 4070SHS 4080SHS 4090SHS 5050SHS 5070SHS 5080SHS 5090SHS 5550SHS-5560SHS 7070SHS 7080SHS 7090SHS-7770
AL PiratiningaAL 25AL 34
AL AvaréAL BandeiranteCativerde 02
AL BiancoIAC 8333IAC AIRANIAC 8390IAC 125CD 304CD 308CD 316CD 327CD 351
Transgênica/convencionalconvencionaltransgênicaconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionaltransgênicatransgênicatransgênicatransgênicatransgênicaconvencionaltransgênicatransgênicatransgênicatransgênicatransgênicatransgênicatransgênicatransgênicatransgênicaconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencional
Tipo
HSHSHSHSHS
HSmHSHSHTHTHDHDHTHTHSHDHSHSHTHDHDHTHSHSHSHS
HSmHSHSHSHSHTHTHSHSHSHSHSHSHS
HSmHSHSV
HDHDHDHDHDHTHTHTHTHTHTHSHSHSHSVVVVVVV
HIVV
HIVTop cross
HTHDHS
HSmHS
Ciclo
SPSPSPSPPPPPPPPNPPSPPSPPPPPPPPPPPSPSPSPPPSPPPPPPPPPPSPPSPPNPSPSPSPPPPPPPSPP
SMPSMPSMP
NSMPSMPSMP
PPNSPSPPSPPP
Graus/ DiasSISISISISISISISI
884866835920845856810SISISISISI
870845815840845850850805805805855840810850850850815815815920935945810860830850900860820810820880840840840880840810840880870870890880860870775780860760860875720860875
Época de Plantio
C/NC/NC/NN/SN/S
N/T/SN/T/SN/T
C/N/SC/N/S
C/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/SC/N/S
C/N/T/SC/N/SC/N/S
C/N/T/SC/N/T/S
N N/SN N N
N/SN/SN N N N
N/SS
N/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SN/S
SC/N/T/SC/N/S
C/N/T/SC/N/T
C/N/T/SC/N/T/SC/N/SC/N/S
C/N/T/SC/N/SC/N/S
C/N/T/SC/N
C/N/SC/N/T/SC/N/T/S
N/SN/SN/SN/SN/SN/SN/S
C/N/SC/N/SC/N/SC/N N/SN/S
SNN
Uso
G/SGUGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSG/SPIGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSG/SPI GRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSG/SPI GRãOSG/SPIGRãOSG/SGUGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSG/SPIG/SGUG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SGUG/SGUG/SPIG/SGUG/SGUG/SGUG/SGUG/SGUG/SGUG/SGU
G/SPI/MVG/SPIG/SPIG/SPIG/SPI
SPI/MVGRãOSG/SPIG/SPIG/SPIPipocaG/SGUG/SPIGRãOSGRãOSGRãOS
Cor do grãoLRLRLRAMLRLRLRLRLRLRLRALLRLRLRALALALALALAVAVAMAVAL
AM/ALAM/AL
AMAMAMAM
AM/ALALAMAMAMALALALALALALALALLRALAMLRLRLRLRLRLRAVLRAVALLRAV
AM/ALAM/AL
ALALALAM
BRANCOAM/ALAM/AL
ALALALALAMAlAL
Densidade (Plantas/ha)
65.00065.00065.00065.00055.00060.00065.00065.000
50-55/45-5050-55/40-4550-55/40-4550-55/40-4550-55/40-4550-55/40-4555-60/50-5550-55/40-4550-55/45-5050-55/40-4550-55/40-4550-55/40-45
40-5545-5550-5565-7050-5555-6050-5565-7565-7565-7555-6550-6050-6050-6050-6050-6060-7060-7060-7060-6560-6560-6555-60
50-55/50-5555-60/50-5550-55/45-50
50-5555-60/50-5560-65/50-5555-60/50-5555-60/50-5555-60/50-5555-60/50-5560-65/50-5560-65/50-55
55-6060-65/50-5560-65/55-6060-65/50-5545-50/35-4045-50/35-4045-50/35-4050-60/40-4550-55/40-4540-45/30-3545-50/35-40
55-6055/6055-6055-6055/60
55-60/45-5060/6555/6055-60
Textura do grão
SMDENTADOSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDURO
DURODURODURODURODURO
SMDURODURODURODURODURODURO
SMDUROSMDURO
DUROSMDURO
DUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDENTSMDURO
DUROSMDENTSMDENTSMDENTSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDURO
DUROSMDURODENTADOSMDURO
DUROSMDURO
DUROSMDUROSMDURO
DURODURODURO
SMDURODURODURO
SMDENTSMDENTSMDUROSMDUROSMDURODENTADOSMDUROSMDUROSMDENTSMDURO
DuroDURO
SMDUROSMDUROSMDUROSMDURO
Resistência Acamamento
AAAAMAAA
MAMAMAMAMAAMMAMMMAMAMAAAAAAAAAAAMMMAMAAAAAAAAMMAAAAAAAAMMMMMMMAAAMAMMAM
Altura Espiga (m)
0,960,90,90,91,11,231,181,121,051,150,951,251,201,150,961,101,151,301,201,201,101,051,201,081,241,401,271,231,231,231,401,371,131,381,381,381,231,231,231,381,381,221,241,31,11,31,61,31,11,01,01,21,21,21,11,21,21,01,11,251,301,301,181,201,301,301,21,251,31,11,101,09
11,51,45
Altura Planta (m)
2,242,22,22,152,252,272,292,13
1,95-2,102,05-2,252,0-2,152,20-2,25
2,252,201,952,102,102,252,202,202,302,102,302,142,322,352,312,282,282,282,672,432,082,502,502,502,292,292,292,502,502,252,262,42,22,32,72,42,22,02,02,22,22,32,22,32,22,12,22,322,352,352,222,252,302,302,32,352,42,041,931,94
22,62,15
Nível Tecnologia
AAA
M/AM/AM/AM/AM/A
M/A e AM/A e A
M/A e B/MB/M e BM/A e AM/A e MM/A e A
M/A e B/MM/A e AM/A e A
M/A e B/MB/M e B
M/AM/A
AA
M/AM/AM/A
AAAA
M/AM/A
AAAAAAAAAA
M e B/MM/AM/AM/AM/AM/AM/AM/AM/AM/AM/AM/A
AAAA
B/MB/MB/MB/MB/MM
B/MM/BB/MM/A
AM/AM/AM/AM/AM/A
Região de adaptação
DF,GO,MG,MS,PR,RS,SC,SPMS,SP,SC,PR,RS
GO,MG,PR,RS,SC,SPDF,GO,MG,MS,MT,PR,RS,SC,SP
AL,GO,MA,MG,PI,PR,RS,SC,SE,SPDF,BA,GO,MG,MS,MT,PR,RS,SC,SP,TODF,BA,GO,MG,MS,MT,PR,RS,SC,SP,TO
AL,BA,DF,GO,MS,MG,MT,PR,RS,SC,SE,SP,TOGO, MG,MS,PR,SP
GO,MS,PR,SPGO,MA,MG,MS,MT,PE,PI,PR,SP
AL,BA,GO,MG,MS,MT,PR,SPBA,GO,MG,MS,MT,PR,SP,TO
GO,MG,MS,MT,PR,SPGO,MG,MS,MT,PR,SP
BA,GO,MA,MG,MS,MT,PI,PR,SPGO,MG,MS,MT,PR,SC,SP
BA,GO,MG,MS,MTPR,RS,SC,SPBA,GO,MG,MS,MT,PR,SC,SP,TOAL,BA,GO,MG,MS,MT,PR,SP
SUL, CO e SP, MG e BASUL, CO e SP, MG e BASUL e SP, GO, MS e BA
SUL e SPSUL, CO e SP, MG e BASUL, CO e SP, MG e BASUL, CO e SP, MG e BA
SUL e SP, e MSSUL e SP, e MSSUL e SP, e MS
SUL e SP, MG e MSCO, SE e PR, RO, PA, TO, BA, PE, PI, RN, CE, MA, SE, AL, PB
SUL e MS, MT, GO, SP, MGCO, SE, NE e PR, RO,TOCO, SE, NE e PR, RO,TOCO, SE, NE e PR, RO,TO
RS, PR e SP, GO, MS e BARS, PR e SP, GO, MS e BARS, PR e SP, GO, MS e BA
SP, MG, GO, BASP, MG, GO, BASP, MG, GO, BAPR, SP, GO, MSSUL,SE,CO,NE,NSUL,SE,CO,NE,N
SUL,SE,COSUL,SE,CO,NE,NSUL,SE,CO,NE,NSUL,SE,CO,NE,NSUL,SE,CO,NE,NSUL,SE,CO,NE,NSUL,SE,CO,NE,NSUL,SE,CO,NE,N
SUL,SE,COSUL,SE,CO,NE,NSUL,SE,CO,NE
SUL,SE,CO,NE,NSUL,SE,CO,NE,NSUL,SE,CO,NE,N
BRASILBRASILBRASILBRASILBRASILBRASILBRASIL
COCOCOSP
SUL, CO, SP, MG, TO, RO, BASUL, CO , SP, MG, RO, BA, TO.
SUL, SP, MSSUL, SP, MG, CO, RO, TO, BA
CO, PR, SP,RO,MG,TO,BA
Empresa
Nidera Sementes LTDA. Nidera Sementes LTDA. Nidera Sementes LTDA. Nidera Sementes LTDA. Nidera Sementes LTDA. Nidera Sementes LTDA. Nidera Sementes LTDA. Nidera Sementes LTDA.
Semeali Sem. Hibridas LtdaSemeali Sem. Hibridas LtdaSemeali Sem. Hibridas LtdaSemeali Sem. Hibridas LtdaSemeali Sem. Hibridas LtdaSemeali Sem. Hibridas LtdaSemeali Sem. Hibridas LtdaSemeali Sem. Hibridas LtdaSemeali Sem. Hibridas LtdaSemeali Sem. Hibridas LtdaSemeali Sem. Hibridas LtdaSemeali Sem. Hibridas Ltda
AgroesteAgroesteAgroesteAgroesteAgroesteAgroesteAgroesteAgroesteAgroesteAgroesteAgroesteAgroesteAgroesteAgroesteAgroesteAgroesteAgroesteAgroesteAgroesteAgroesteAgroesteAgroesteAgroeste
Santa Helena SementesSanta Helena SementesSanta Helena SementesSanta Helena SementesSanta Helena SementesSanta Helena SementesSanta Helena SementesSanta Helena SementesSanta Helena SementesSanta Helena SementesSanta Helena SementesSanta Helena SementesSanta Helena SementesSanta Helena SementesSanta Helena SementesSanta Helena Sementes
CATICATICATICATICATICATICATIIACIACIACIAC
COODETECCOODETECCOODETECCOODETECCOODETEC
35www.revistacultivar.com.br • Agosto 2011
CodCultivar
67891011121234561234567123412345123123412312345678910111234561123412312345612312
Cultivar
CD 356CD 384
CD 384 HXCD 386 HX
CD 388CD 393
CD 397 YGRS 20RS 21
FEPAGRO 22FEPAGRO S 395FEPAGRO S 265FEPAGRO S 268
GNZ 2004GNZ 2005GNZ 2500GNZ 9501GNZ 9506
GNZ 9505 YGGNZ 9510IPR 114IPR 119IPR 127IPR 164PZ 677PZ 242PZ 240PZ 204PZ 316
UFVM 100 NativoUFVM2 Barão ViçosaUFVM 200 Soberano
DG 501DG 601DG 213DG 627SG 6010SG 6011SG 6302BM 2202BM 810BM 3061BM 620BM 502BM 709BM 207BM 911BM 822BM 3066BM 3063PL 6880PL 6882PL 1335PL 6890
BRAS 3010BRAS 1050
ENGOPA 501SCS 154 - FortunaSCS153-EsperançaSCS155 CatarinaSCS156 Colorado
ORIONTAURUS
PHD 20F07ZNT 1530ZNT 1335ZNT 1165ZNT 3310ZNT 2030ZNT 2353
PR 27 D 28PR 27 D 29PR 1150Agri 143Agri 104
Transgênica/convencionalconvencionalconvencionaltransgênicatransgênicaconvencionalconvencionaltransgênicaconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionaltransgênicaconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencional
Tipo
HDHTHTHSHDHSHTVVVHTHSHSHS
HTmHS
HSmHSHSHSV
HDHSV
HDHTHSHSHSVVVHTHSHDHS
HSmHSmHTHDHSHTHTHDHSHDHTHSHSHTHTHTHSHSHDHSVVVVV
HDHDHSHSHSHSHTHDHDHDHDHSHSHS
Ciclo
PPPPPPPPNPPPPPSPSPPPSPSPPPPPPPPPP
SMPPPPSPSPPPSPPPPPSPP
SMPPSP
SMPPPNPPPPPNPSPPPNNPSPSPSPSPSPPSPPPPP
Graus/ Dias875930875910875910950635862810770680680850820825860830815800870890865870725727872872SISISISI
820810813830800790800867822882807852867852807828838867900890810860815880SISISISISISISI
860765760780790790820785805820SISI
Época de Plantio
NNNNNNNCNNNNN
N/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SN
N/SN/SN/S
C/N/SN/SNS
N/SNNN
N/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SNNN
N/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SC/NC/NC/NC/NN/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SN/S
Uso
GRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSPIPOCAGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOS
G/SPI/MVGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSG/SPIGRãOSGRãOSGRãOS
G/SPI/MVPIPOCAGRãOS
G/SPI/SGUG/SGU
G/SPI/SGUG/SPI/SGUG/SPI/SGU
GRãOSG/SPI/SGU
G/SPIGRãOSSPI/MVGRãOSGRãOSGRãOSG/SPIGRãOSGRãOSG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SPI
G/SPI/SGUG/SPIG/SPIG/SPIGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSG/SPI
G/SPI/MVGRãOSGRãOSGRãOSGRãOSG/SPIGRãOSG/SPIG/SPIGRãOSGRãOSGRãOS
Cor dogrãoAMALALALALALAM
AM/ALBRANCO
ALAM/AL
LRAM/ALAM/AL
ALAL
AM/ALALALAVAM
BRANCOBRANCO
AMALALALALAM
AM/ALALALAMAMAMAMAMAL
AM/ALAVAVAMAVAV
AV/ALAVAMAMAMAMAMAMLRAMAMLRAM
AM/ALAM/ALAM/AL
AVAVALAMAL
AV/ALALAL
AV/ALALAVLRLR
AM/ALAL
Densidade (Plantas/ha)
55-606060
50/7050/5560/7060/70
754050556060
50-57/45-5055-60/50-55
55-6055-6055-6060-6560-6550-55
55-60 / 45-5050-55 / 45-50
50-5550-5550-5555-6060-6555-6050-5550-5550-55
50-55/45-5055-60/50-5555-65/50-6055-60/50-5555-60/50-5560-65/60-6555-60/50-5560-65/50-5560-65/50-55
45-6060-65/45-5560-65/50-5560-65/50-5560-65/50-55
60-7055-6560-70
60-65/50-5555-6055-6055-65
55-60/45-5555-60/45-55
55-6545-5050.00050.00050.00050.00055/6055/6560/6555-6055-6055-6055-6050-5550-5550-6050-6055-65
50-60/40-4550-60/40-45
Textura do grãoSMDENTSMDUROSMDUROSMDUROSMDENTDURO
SMDENTSMDURODENTADOSMDUROSMDENTSMDUROSMDENTSMDENTSMDUROSMDUROSMDENTSMDUROSMDENTSMDUROSMDUROSMDURO
DUROSMDUROSMDUROSMDURO
DUROSMDENTADOSMDENTADO
DENTADOAMERICANO
DUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDURO
DUROSMDUROSMDENTSMDURODENTADOSMDUROSMDUROSMDENTSMDUROSMDENTSMDENTDENTADODENTADODENTADOSMDENTSMDUROSMDENTSMDUROSMDURODENTADO
DURODURODurodURO
SMDENTSMDURODENTADOSMDURO
DUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDURO
Resistência Acamamento
AAAMMAAMMM
M/AM/AM/AMMAMMAAMMMMAAAARAIAAAAAMAAAAMAAAAAMAAMMMMMMMABAA
MAMMAAA
M/AMM
M/AM/A
AAA
Altura Espiga (m)
1,101,201,201,101,41,51,51,161,691,131,141,030,97
1,15-1,301,10-1,301,30-1,401,30-1,401,10-1,301,10-1,301,0-1,10
1,151,251,151,151,151,171,11,21,2
1,0-1,150,931,101,151,101,101,101,201,001,201,21,31,60,81,31,51,20,81,21,41,41,351,31,251,61,41,35
1,80-2,201,21,51,21,31,21,31,20,901,001,151,151,201,251,201,251,201 m
0,90 m
Altura Planta (m)
2,202,302,302,202,82,82,72,22,722,262,341,941,88
2,30-2,702,10-2,402,30-2,502,30 - 2,402,10-2,302,10-2,302,00-2,10
2,32,42,32,32,252,32,22,12,1
2,0-2,301,82,202,202,102,102,202,202,102,202,42,52,82,22,52,62,42,22,42,42,42,622,62,62,752,72,6
2,80-3,202,32,62,32,4
2,10-2,302,35-2,702,20-2,60
2,002,102,202,302,252,302,252,302,25
2,10 m1,90 m
Nível Tecnologia
M/BM/A
AM/AM
M/AM/AM/AB/MM
M/AM/AM/A
AM/A
AAAaAM
M/AM/AMM
M/AAAA
B/MM/AM
M/AA
M/AA
M/AA
M/AM/BM/AM/AMMA
M/BAAA
M/AMMAAMA
B/MB/MB/MB/MB/MB/M
M/A e AA
M/AM/AM/AM/AB/MB/MB/MB/M
M e M/AM/AM/A
Região de adaptação
PR, SP, CO, MG,RO,TO, BASUL, CO, SP, MG, TO, RO, BASUL, CO, SP, MG, TO, RO, BA
SUL, SP, MSSUL, SP, MG, CO, RO, TO, BA SUL, SP, MG, CO, RO, TO, BA SUL, SP, MG, MS, GO, TO, BA
RS e SCRS e SC
SULRS e SC
SULSUL
SE,NE,SUL,CO,NSE,NE,SUL,CO,N
SE,NE,CO,NPR,SE,NE,CO,N
PR, SE, COPR, SE, COSUL, CO
PR, SC, RS, MS, SP, MG, GO, DF, MT e ROPR, SC, RS, SP, MG, GO, DF, MS e MTPR, SC, RS, SP, MG, GO, DF, MS e MT
PR, SC, RS, MS, SP, MG, GO, DF, MT e RON,NE,CO,SE,ParanáN,NE,CO,SE,ParanáN,NE,CO,SE,ParanáN,NE,CO,SE,Paraná
SUL, SE e COSE/NE
SESE
BRASILBRASILBRASILBRASILBRASILBRASILBRASIL
SUL,SE,CO,NE,NSUL,SE,CO,NE,NSUL,SE,CO,NE,N
SUL,SE,COSUL,SE,CO,NE,N
SUL,SE,COSUL,SE,CO,NE,N
SUL,SESUL,SESUL,SE
SUL,SE,CO,NE,NBRASILBRASILBRASILBRASILBRASILBRASIL
COSC/RS/PR
SCSC/RS/PRSC/RS/PR
SE (SE), Centro-Oeste (CO) Nordeste (NE)SE (SE), Centro-Oeste (CO) Nordeste (NE)
Centro-SulSE,CO e PRSE,CO e PR SE,CO e PR
NE, SE,CO e PRNE, SE,CO e PRNE, SE,CO e PR
BRASILBRASIL
SE,CO,NE e PRCO/SE de 200 a 600 m de altitudeCO/SE de 200 a 600 m de altitude
Empresa
COODETECCOODETECCOODETECCOODETECCOODETECCOODETECCOODETECFEPAGROFEPAGROFEPAGROFEPAGROFEPAGROFEPAGROGENEZEGENEZEGENEZEGENEZEGENEZEGENEZEGENEZEIAPARIAPARIAPARIAPAR
Primaiz SementesPrimaiz SementesPrimaiz SementesPrimaiz SementesPrimaiz Sementes
UFVUFVUFV
Datagene Pesq. e SementesDatagene Pesq. e SementesDatagene Pesq. e SementesDatagene Pesq. e Sementes
SEMENTES GUERRASEMENTES GUERRASEMENTES GUERRA
BIOMATRIXBIOMATRIXBIOMATRIXBIOMATRIXBIOMATRIXBIOMATRIXBIOMATRIXBIOMATRIXBIOMATRIXBIOMATRIXBIOMATRIX
LIMAGRAIN/BRASMILHOLIMAGRAIN/BRASMILHOLIMAGRAIN/BRASMILHOLIMAGRAIN/BRASMILHOLIMAGRAIN/BRASMILHOLIMAGRAIN/BRASMILHO
Agência Rural, GOEPAGRIEPAGRIEPAGRIEPAGRI
PHD SEMENTES LTDAPHD SEMENTES LTDAPHD SEMENTES LTDA
Zenit SementesZenit SementesZenit SementesZenit SementesZenit SementesZenit Sementes
Sementes ProdutivaSementes ProdutivaSementes Produtiva
Agricom SeedsAgricom Seeds
36 Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
Híbrido Simples - Cruzamento de duas linhagens endogâmicas. Em geral, é mais produtivo que os demais tipos de híbridos. Semente de maior custo de produção.
Híbrido Simples Modificado - Utiliza como progenitor feminino um híbrido entre duas progênies afins da mesma linhagem e, como progenitor masculino, uma outra linhagem.
Híbrido Triplo – Cruzamento de um híbrido simples com uma terceira linhagem.
Híbrido Triplo Modificado - Obtido sob forma de híbrido modificado, em que a terceira linhagem é substituída por um híbrido formado por duas progênies afins de uma mesma linhagem.
Híbrido duplo – Cruzamento de dois híbridos simples, envolvendo, portanto, quatro linhagens endogâmicas.
Legendas
Tipo : V - variedade; HD - Híbrido duplo; HT - Híbrido triplo; HTm - Híbrido triplo modificado; HS - Híbrido simples; HSm - Híbrido simples modificado
Ciclo : HP - hiperprecoce; SP - superprecoce; P - Precoce; SMP - Semiprecoce; N - Normal
Época de Plantio : C - Cedo; N - Normal; T - Tarde; S - Safrinha
Uso : G - Grãos; SPI - Silagem da planta inteira; SGU - Silagem de grãos úmidos; MV - Milho verde
Cor do Grão : AL - Alaranjado; LR - Laranja; AV - Avermelhado; AM - Amarela
Densidade de plantas : mil plantas na safra/mil plantas na safrinha
Textura do grão : SMDENT - Semidentado; SMDURO - Semiduro
Resistência ao Acamamento : A - Alta; M - Média; MA - Média a alta
Nível de Tecnologia : A - Alto; M - Média; B - Baixa
SI - Sem informação
CodCultivar
12341212345671234121231234561234561234512
Cultivar
RG 01RG 02 AROBUSTO
RG 03ALFA 10ALFA 90PAC 259ATL 100ATL 110ATL 200
ATL 300 SATL 310ATL 400FTH 510FTH 404FTH 960FTH 900SM 966SM 511MX 300MX 205MX 305
PRE 22D11PRE 32D10PRE 22T10PRE 22T11PRE 12S12PRE 22S11
AX 727BALU 7690MS 2010AM 4003AM 4002AM 4001RB 9108RB 9210RB 9308
RB 9308 YGRB 9110 YGDSS 1001Ipanema
Transgênica/convencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionalconvencionaltransgênicatransgênicaconvencionalconvencional
Tipo
HDHDVHTHSHSHSHS HS
HSmHTHTHDHS HDHTHTHTHS HTHS HTHDHDHTHTHSHSHSHSHSVVV
HSHSHTHTHSHDV
Ciclo
PPPPPNPPPPPPPSPPPPPPPPSPSPPSPSPHPSPPPP
SMPSMP
PPSPPPSP
SMPN
Graus/ Dias765760780790850900
880880880860890SI
840850860860850870880880860810845805807790810SISISISISISI
845810858859790SISI
Época de Plantio
N/SN/SN/S
N/S/MVC/N/T/SC/N/T/S
N/SC/N
C/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/T/SC/N/SC/N/SC/N/SC/N/SC/N/SC/N/SC/N/SC/N/SC/N/SC/N/SC/N/SC/N/SN/SN/SN/SN/SN/SN/SN/S
Uso
G/SPIG/SPIG/SPIG/SPIGRãOSG/SPIGRãOSG/SPIG/SPI
G/SPI/ SGUG/SPI/ SGU
G/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SPI
G/SPI/ SGUG/SPIG/SPIG/SPIG/SPI
G/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SPIG/SPI
G/SPI/MVG/SPI/MVG/SPI/MVG/SPI/MVG/SPI/MV
G/SPIGRãOSG/SPIG/SPIGRãOSG/SPIG/SPI
Cor do grãoALALALALALAMALALALALALALALAVALAVALALAVALALAVALALAM ALAL
AM/ALAM/AL
ALAM/AL
AMALAL
AM/ALALALAL
AM/ALALAM
Densidade (Plantas/ha)
55/5055/5055/5055/5050-6045-50
60-70/50-6055-7055-7055-7055-7055-7055-6555-7055-6555-6555-6555-7055-7055-7055-7055-7055-6355-7555-7545-6355-7555-8055-6555-6555-6545-5545-6045-60
66-60/60-53 70-60/62-5360-50/55-50 60-50/55-5166-60/60-50
50-5050-50
Textura do grãoSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDURO
DUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDUROSMDENTDURO
SMDENTSMDENTSMDUROSMDUROSMDENTDURODURODURO
SMDENTSMDUROSMDENT
Resistência Acamamento
AAMAAAAAAA
MAMAMMMMAMMAMAMAA
MAMAAMAAA
MAMAAA
ALTAALTAM/AM/AALTAMAMA
Altura Espiga (m)
1,21,11,41,21,101,20
1,0-1,201,051,101,151,201,101,201,101,201,101,151,201,151,201,101,101,31,41,41,21,31
0,75-1,650,90-1,650,95-1,560,80-1,400,80-1,400,80-1,201,20-1,501,00-1,201,30-1,601,30-1,611,00-1,10
1,21,36
Altura Planta (m)
2,32,52,62,12,102,30
2,0-2,52,152,302,302,252,202,402,102,202,202,252,402,202,202,152,202,32,42,42,22,32
1,52-2,501,80-2,701,80-2,901,95 -2,501,95 -2,501,60-2,002,10-2,501,90-2,202,20-2,602,20-2,611,90-2,10
2,352,38
Nível Tecnologia
MAMA
M/AM/A/B
AM-AM-AM-AM-AM-AM-AM-AM-AM-AM-AM-AM-AM-AM-AM-AM/BM/BM/AM/AM/A
AM/AM/AM/AMMMA
M/AM/A M/A
ASISI
Região de adaptação
SP- PR- RS- MG- RJ- MS- MT- GO- BA- RO- MA- TOSP- PR- RS- MG- RJ- MS- MT- GO- BA- RO- MA- TOSP- PR- RS- MG- RJ- MS- MT- GO- BA- RO- MA- TOSP- PR- RS- MG- RJ- MS- MT- GO- BA- RO- MA- TO
CO, NE, NORTE, SECO, NE, NORTE, SE
CO, SP,MG, PR S/SE
S/SE/CO/NES/SE/CO/NES/SE/CO/NES/SE/CO/NE
S/SES/SE/CO/NE
S/SES/SE/CO/NES/SE/CO/NES/SE/CO/NES/SE/CO/NES/SE/CO/NES/SE/CO/NES/SE/CO/NE
CO/SULCO/SULCO/SUL
COCO/SULCO/SUL
SUL, CO e MG e SPSUL, CO e MG e SPSUL, CO e MG e SP
SULSUL e MS e SP
SULSE,SUL,NE,COSE,NE,SUL,COSE,NE,SUL,COSE,NE,SUL,COSE,SUL,NE,COS,SE,CO,NE,NS,SE,CO,NE,N
Empresa
SelegrãosSelegrãosSelegrãosSelegrãos
SEMENTES ALFASEMENTES ALFA
ATLÂNTICA SEMENTESATLÂNTICA SEMENTESATLÂNTICA SEMENTESATLÂNTICA SEMENTESATLÂNTICA SEMENTESATLÂNTICA SEMENTESATLÂNTICA SEMENTES
FT SEMENTESFT SEMENTESFT SEMENTESFT SEMENTES
BOA SAFRA SEMENTESBOA SAFRA SEMENTESMAXIMA SEMENTESMAXIMA SEMENTESMAXIMA SEMENTES
Fernando João Prezzotto (Sempre Sementes)Fernando João Prezzotto (Sempre Sementes)Fernando João Prezzotto (Sempre Sementes)Fernando João Prezzotto (Sempre Sementes)Fernando João Prezzotto (Sempre Sementes)Fernando João Prezzotto (Sempre Sementes)
Melhoramento Agropastoril LtdaMelhoramento Agropastoril LtdaMelhoramento Agropastoril LtdaMelhoramento Agropastoril LtdaMelhoramento Agropastoril LtdaMelhoramento Agropastoril Ltda
RIBER SEMENTESRIBER SEMENTESRIBER SEMENTESRIBER SEMENTESRIBER SEMENTES
Di SoloDi Solo
37www.revistacultivar.com.br • Agosto 2011
cultivarAG 1051AG 122AG 2040AG 4051AG 5011
AG 5030 YGAG 5055AG 6018AG 6020AG 6040AG 7000
AG 7000 YGAG 7000 RR2
AG 7000 YGRR2AG 7088
AG 7088 RR2AG 8011
AG 8011 YGAG 8015
AG 8015 YGAG 8021
AG 8021 YGAG 8025AG 8060
AG 8060 YGAG 8060 RR2
AG 8060 YGRR2AG 8088
AG 8088 RR2AG 8088 YG
AG 8088 YGRR2AG 9010
AG 9010 YGAG 9010 RR2
AG 9010 YGRR2AG 9020
AG 9020 YGAG 9040
AG 9040 YGAG 9045
AG 8061YGAG 8061 PROAG 8088 PROAG 7000 PROAG 8041 YGAG8022YG
AG 7098 PROAG 8544 PROAG 9030 PRO
DKB 175DKB 175 PRO
DKB 177DKB 177 PRODK B185 PRO
DKB 240DKB 240 YG
DKB 240 YG RR2DKB 240 PRO
DKB 245DKB 285 PRO
DKB 315DKB 330
DKB 330 YGDKB 350
DKB 350YGDKB 350 PRO
DKB370DKB390
DKB390YGDKB 390 YG RR2
DKB 390 PRODKB 390 PRO2DKB 393 PRO
DKB 399
fusarioseMTMTMTMTTTTT
MTT
MTMTMTMTMTMTMTMTSISIATATSITTTT
MTMTMTMTTTTTTT
MTMTSIT
MTMTMTMTMT TMTT
MTMTMTMTMTMTMTMTMTMSMTSIMSMSMTMTMTMTMTMTMTMTMTMTMS
P. sorghiMTTATBTTATATTTTTTTTTTTTATATTTATBTBTBTBTTTTT
BTBTBTBTATATMTMTATMTMTTT
MTTTT
MSATATTTTATATATATATMTMTTATMSMTMTATMSMTMTMTMTMTT
physopellaMTMTMTMTMTMTBTBTMTMTTTTT
BTBTBTBTMTMTMTMTSIBTBTBTBTBTBTBTBTBTBTBTBTBTBTMTMTSITT
BTTSISITT
MSMSMSMSMSMTATATATATMTT
MSMTMSMSMSMSMSMSSSSS
MTAS
P. polysoraTTTATBTATATBTMTTATATATATTT
BTBTMTMTBTBTTATATATATTTTT
MTMTMTMTBTBTBTBTTTTTATSTTSS
MSMSMSMSS
ASASASASMSMTSS
ASASASASMSMSMSMSMSMSS
MS
entezamentoTTTTTATATBTTTATATATATTT
MTMTMTMTMTMTSITTTT
MTMTMTMTMTMTMTMTBTBTTTSISISIMTATSISISISISISISITT
MTBTBTBTBTSIT
MTTTTTTATATATATATATTSI
H. turcicumTTTATATATATBTTTATATATATTTTTTTTT
MTATATATATMTMTMTMTTTTT
MTMTMTMTATMTMTMTATTTT
MSMSMSMSTTTTTTTATMTT
MSMTMSMSMSMTMSMSMSMSMSATT
H. maydisTTTTATT**ATMTTTTTT
MTMTMTMTSISIMTMTSIMTMTMTMTMTMTMTMTTTTT
MTMTMTMTSIMTMTMTTSISISISISISISIMTMTMTMTMTMTMTSITT
MTMTTTT
MTTTTTTTSI
cercosporaTTTTTTT
BTMTBTATATATATTTTT
MTMTBTBTBTMTMTMTMTMTMTMTMTBTBTBTBTBTBTMMBTSS
MTATMTMTTT
MTTT
MTMTATASASASASMSST
MTT
MTTTATMSMSMSMSMSATAT
sanidade grãosBTTT
BTBTTTATMTMTTTTTTTTT
MTMTATATMTTTTT
BTBTBTBTTTTTTTSISITSSBTTT
MTTTTTTTTT
MTMTMTMTATT
MTMTMTMTSSSS
MTMTMTMTMTMS
Tabela 2 - Comportamento das cultivares de milho disponíveis no mercado brasileiro na safra 2011/12 em relação às principais doençascodresistencia
1234567891011121314151617181920212223242526272829303132333435363738394041424344454647484912345678910111213141516171819202122232425
phaeosphaeriaT
MTTATMTATATBTMTMTATATATATTTTTATATTT
MTTTTTTTTT
MTMTMTMTBTBTSISIT
MTMTTATT
MTTT
MTATATMSMSMTMTMTMTMTT
MTMSMTMSMTTTATATATATATATMTT
doenças colmoMTMTTTTATTATTT
MTMTMTMTTT
MTMTTTATATTTTTT
MTMTMTMTTTTTTTTTTTT
MTMTTTTTTATATMTMTATTTTTATMTTTTTTTTATATATATATMTMT
38 Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
codresistencia26272829301234567891011121314151617181920212223242526272829303132333435363738394041424344454647484950515253545556575859606162636465666768697071
cultivarDKB 399 PRODKB 566 PRO
DKB 615DKB 789DKB 979P 32R22
P 32R22 HP 32R22 HR
P 1630P 1630 H
30F44P 32R48
P 32R48 HP 32R48 HR
P 30P70P 30P70 H
P 3340P 3340 YP 3340 HP 30F53
P 30F53 YP 30F53 RP 30F53 HP 30F53 YRP 30F53 HRP 30F53 EP 30K75
P 30K75 YP 30K75 HP 30K64
P 30K64 YP 30K64 H
P 30K64 HRP 3021
P 3021 YP 3021 HP 30F80
P 30F80 YP 30F35
P 30F35 YP 30F35 RP 30F35 HP 30F35 YRP 30F35 HR
P 30S31P 30S31 HP 30B39
P 30B39 YP 30B39 H
P 30B39 HRP 30F36
P 30F36 HP 30F36 HR
P 30R50P 30R50 YP 30R50 RP 30R50 HP 30R50 YRP 30R50 HR
P 30K73P 30K73 YP 30K73 H
P 30K73 HRP 30B30
P 30B30 RP 30B30 HP 30F87P 30B88P 30F90
P 30F90 HP 30F90 HR
P 30S40P 30S40 Y
P 3862P 3862 RP 3862 H
fusarioseMSMSMSMTMTSISISISISISISISISISISISISISISSSSSSSSISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISISI
P. sorghiTATT
MTMTMSMSMSMSMSMSSSSSSSSS
MSMSMSMSMSMSMSMRMRMRMRMRMRMRMSMSMSMRMRMSMSMSMSMSMSSISIMRMRMRMRMRMRMRMSMSMSMSMSMSMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMSMSMS
physopellaASTS
MSTSSSSSSSSSSS
MRMRMRMSMSMSMSMSMSMSMSMSMSSSSS
MSMSMSMRMRMSMSMSMSMSMSMSMSMRMRMRMRMSMSMSMSMSMSMSMSMSMRMRMRMRSSS
MRMRSSS
MRMRSISISI
P. polysoraMSSSSSSSSSSSSSSSS
MRMRMRSSSSSSS
MRMRMRSSSS
MRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMSMSMSMSSSSSSSSSS
MRMRMRMRSSS
MRMRMRMRMRMRMRSSS
phaeosphaeriaT
MTMST
MTSSSSSSSSSSS
MRMRMRMSMSMSMSMSMSMSMSMSMSSSSS
MRMRMRMSMSMRMRMRMRMRMRMRMRSSSSSSS
MSMSMSMSMSMSMSMSMSMSMSMSMSMRMRMSMSMSMRMRMRMRMR
entezamentoSITTTATSSSSISIMRSSS
MRMRSSSSSSSSSS
MRMRMRSSSS
MSMSMSMRMRMRMRMRMRMRMRSSSISISISIMRMRMRSSSSSS
MRMRMRMRSISISIMRMRMRMRMRMRMRSISISI
H. turcicumT
MTMST
MTMSMSMSSS
MRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMSMSMSMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMSMSMSMSMSMSMSMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRSSS
MRMRMRMRMR
H. maydisSIT
MTTTSSSSISISSSSSSSISISIMSMSMSMSMSMSMSMSMSMSSSSS
MRMRMRMSMSMRMRMRMRMRMRMRMRSSSSSSS
MSMSMSMSMSMSMSMSMSMSMSMSMSMRMRMSMSMSMRMRSISISI
cercosporaATSTATMTSSS
MSMSS
MRMRMRMRMRMRMRMRMSMSMSMSMSMSMSMRMRMRMRMRMRMRMSMSMSSS
MRMRMRMRMRMRMRMRMSMSMSMSMRMRMRMSMSMSMSMSMSMRMRMRMRSSS
MRMRSSS
MRMRSISISI
doenças colmoMTT
MTTTSSS
MSMSS
MRMRMRMSMSSSS
MRMRMRMRMRMRMRMSMSMSMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRSISISI
sanidade grãosMST
MSMTSIMRMRMRMRMRMRMSMSMSMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMSMSMSMSMRMRMRMRMRMSMSMSMSMSMSSS
MSMSMSMSMSMSMSMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMSMSMSMSMSSISISI
39www.revistacultivar.com.br • Agosto 2011
codresistencia72737475767778798081828384858687888912345678910111213141516171819202122232425262728293031323334353637383940414243444546474849123456789
cultivarP 3646
P 3646 RP 3646 HP 4042
P 4042 HP 4285
P 4285 HP 3989
BG 7049BG 7049 RBG 7049 HBG 7060
BG 7060 YBG 7060 H
BG 7060 HRBG 7051 HBG 7055 HBG 7055ATTACK
ATTACK TLCARGO
CELERON TLEXCELERFASTER
FASTER TLFÓRMULA
FÓRMULA TLGARRA
GARRA TLGARRA TL VIP
IMPACTOIMPACTO TL
MASTERMAXIMUS
MAXIMUS TLMAXIMUS TL TGMAXIMUS TL VIP
OMEGAOMEGA TL
PENTAPENTA TL
PREMIUM FLEXPREMIUM FLEX TL
SOMMASOMMA TL
SPEEDSPEED TLSPRINT
SPRINT TLSTATUS
STATUS TLTORK
TORK TLTRAKTORTRUCK
TRUCK TLDOCE TROPICAL
BALU 178BALU 580BALU 184BALU 551BALU 761
SG 150SG 6418SG 6015
DEFENDERDEFENDER TL
2A1062A120
2A120 Hx2A550
2A550 Hx2B433
2B433 Hx2B512 HX
2B587
fusarioseSISISISISISISIMRSISISISISISISISISISIMSMSMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMSMSMRMRMRMRMRMRMSMSMRMRMSMSMRMRMRSIMRSIMRMRMSMRMSSIMRMRSISISISISISISISISI
P. sorghiMSMSMSMRMRMRMRMSMSMSMSMRMRMRMRS
MRMRMRMRMRMSMRMRMRMSMSMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMSMSMSMSMRMRMRMRMSMSMRMRMRMRMRMRMRMRMRSIMRMSMRMSMRSIMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMR
physopellaSISISIMRMRMRMRSIMRMRMRMRMRMRMRS
MRMRMRMRSISIMRMRMRSISISISISISISIMRSISISISISISISISIMRMRSISISISISISISISIMRMRSISISISISISISISISISISISISISIMRSISIMRMRMSMSMRMR
P. polysoraSSS
MRMRMRMRS
MRMRMRSSSSSMM
MRMRMRMSMSMRMRMSMSSISISIMRMRMSMRMRMRMRMRMRSISIMRMRMRMRMSMSMSMSMRMRMRMRMSMRMRMRMSSIMSSISIMRMRSIMRMRS
MRMRMSMSMSMSMRMS
phaeosphaeriaSISISIMRMRMRMRMSMRMRMRMSMSMSMSS
MR MRMRMRMRMSMRMSMSMSMSMRMRMRMRMRMSMRMRMRMRMRMRMSMSMSMSMRMRMSMSMSMSMSMSMRMRMRMRMRMRMRSIMRMRMSMSMRSIMRMRMSSS
MSMSMRMRMRMR
entezamentoSISISIMRMRMRMRSIMSMSMSMRMRMRMRS
MRMRSISISISIMRMRMRSISISISISISISIMRSISISISISISISISIMRMRSISISISISISISISIMRMRMSSISISISISISISISISISISISISISSS
MRMRSS
MRMR
H. turcicumMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMSMSMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRSIMRMRMRMRMRSIMRMRMSMRMRMRMRMSMSMRMS
H. maydisSISISISISISISISIMRMRMRMSMSMSMSSSISISISISISISISISISISIMRMRMRSISISISISISISISISIMRMRSISISISISISIMRMRSISISISISISISIMRSISISISISISISISISISIMRMSMSSIMRMRMRMRMR
cercosporaSISISIMRMRMRMRSIMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMSMSMRMSMSMRMRMSMSMSMSMSMRMRMSMRMRMRMRMRMRMSMSMSMSMRMRMSMSMSMSMRMRMSMSMSMRMRMRSISISISISISISISIMRMRMSSS
MSMSMRMRMRMR
doenças colmoSISISIMRMRMRMRMSMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMSMSMRMSMRMRMRMSMSMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMSMSMRMRMRSIMRSIMRMRMRMRMSSIMRMRS
MSMSRR
MRMRR
MR
sanidade grãosSISISIMRMRMRMRS
MSMSMSMRMRMRMRMRMRMRMSMSMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMSMSMSMSMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRSIMRSIMRMRMRMRMRSIMRMRMRMRMRRR
MRMRMRR
40 Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
codresistencia10111213141516171819202122232412345678910111213141516171819202122231234567891011121314151617181920212223242526272812345678910
cultivar2B587 HX
2B6042B604 Hx
2B6552B655 Hx
2B6882B688 HR2B688 Hx
2B7072B707 Hx
2B7102B710 HR2B710 HXWxA504
DB2A525Hx20A55
20A55H20A55 Hx
20A7820A78 HX30A25 HR30A25 Hx30A30 Hx
30A3730A37 Hx
30A6830A7030A77
30A77 Hx30A86
30A86 HR30A86 HX
30A9130A91 HR30A91 Hx
30A9530A95 HxAGN 2012BRS 1060BRS1055BRS 1040BRS 1031BRS 1030BRS 1010BRS 1002BRS 3025BRS 3035BRS 3003BR 205BR 206
BRS 2223BRS 2020BRS 2022BR 106BR 451BR 473
BRS Caatingueiro Saracura
Sol-da-manhãBRS Planalto BRS Missões BRS 4103
BRS CaimbéBRS Gorutuba
SERTANEJOBRS ASSUM PRETO
BX 974BX 981
BX 907 YGBX 945
BX 920 YGBX 1200BX 840
BX 898 YGBX 898BX 970
fusarioseSISISISISISISISISISISISISISISIMRMRMRSISISISIMSSISISISIMRMRSISISIMRMRMRSISISISISISIMSSIMRSISISIMRMRMRSIMSSIMRMRMRSIMRMRSISISISISIMRMRMRMSR
MRMRMRR
MSMSMR
P. sorghiMRMRMRMRMRMRMRMRMSMSMRMRMRMRMRMSMSMSMRMRMRMRMRMRMRMSMRMSMSMSMSMSMSMSMSMRMRMRS
MSMRMSMRMSMRMRSIMRMRMRMRMRSIMRMRMRSIMRMRSIMRMSRSIMRMRMRMSR
MRMRMRR
MRMRMR
physopellaMRRR
MRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMSMSMSMRMRMRMRMSMSMSR
MRMRMRMSMSMSMRMRMRsisiSIS
MSMRMSMRMRSIS SIMRMRMRMSRSIMRMRMRSIMRMRSISIMSMSSIMRMRMSMRSIMRMRMRSIRRS
P. polysoraMSMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMSMRMRMRMSMSMRMRMRMRMRMSMRMSMSRRR
MRMRMRMSMSMRS
MSSRR
MRMRMRSIMRMSMSMSSSIMRMSMSSIMRMRSIMRMRSSIMRMRMSMSRS
MSMRR
MRMRMR
phaeosphaeriaMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMSMSMSMSMSMRMRMRMRMSRR
MRMRMRMRMRMRMRMSMSMSMRMRMSMSRS
MRRR
MRS SIMSMSMSSSSIMRMRMRSIMRMRSIMRMSMSSIMRMRMRMRMRS
MSMRMRMRMRMR
entezamentoMRMSMSMRMRMSMSMSMRR
MRMRMRSIMRMSMSMSMSMSMSMSMRMRMRR
MSMRMRMRMRMRMSMSMSSS
MRSISISIMRSIMRMSSISIMRMSMSMRSISIMRMSMSSIMRMRSISISISISIMRMRMRMRSIMRMRMRSISISISI
H. turcicumMSMRMRMSMSMSMSMSMRMRMSMSMSSIMSMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRSIMRSIMRSIR
MRSISIMRMRMRMRMRSIMRMRMRSIMRMRSIMRSISISIMRMRRRR
MRMRMRR
MRMRR
H. maydisMRMSMRMSMRMRMRMRMSMSMSMSMSMRMRMSMSMSMRMRRRsi
MSMSMRMRMRMRMSMSMSMSMSMSMSMSMRMRSISISISIRSISISISISISISIMRSISISISISIMRMRSIMRSIMRSISIMRMRMRSIMRMRMRSISISISI
cercosporaMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMSMRMRMRMRMSMSMRMRS
MRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRRRRSIR
MRSIMRSIMRSISISISISISISISISISISISISISIS SISISIR
MRS
MRMRMRS
MRMRR
doenças colmoMRRR
MRR
MRMRMRRR
MRMRMRMSMRMRMRMRMRMRMRMRMSMRMRMRR
MRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRSISISIMSSIMRSISISIMRMRMRSIMSSIMRMRMRSIMRMRSIMRSISISIMRMRMRMRRR
MRRR
MSMSMR
sanidade grãosR
MRMRMRMRMSMSMSRR
MSMSMSR
MRMRMRMRMRMRRR
MRRRR
MRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMSMSSIMRSIMRSISISIMRMRMRMRMRSIMSMRMRSIMRMRSIMRSIMRSIMRMRMRMRRRRRR
MRMSMR
41www.revistacultivar.com.br • Agosto 2011
codresistencia111213141234567891011121234567891011121314151617181920212223123456789101112131415161234567134
12345678910
cultivarBX 1255BX 1280 BX 1293 BX1290XB 7012XB 7011XB 8010XB 8028XB 7253XB 7110XB 9003XB 8030XB 6010XB 6012XB 7116XB 4013
AS 32AS 3466 TOP
AS 1545AS 1565AS 1570AS 1575AS 1535AS 1551
AS 1551 YGAS 1551 PROAS 1572 YGAS 3421 YGAS 1590 YG
AS 1596AS 1596 PROAS 1596 RR2AS1555 YG
AS1555 PROAS1555 RR2AS1598 PROAS1581 PROAS1580 PROAS1660 PRO
SHS 3031SHS 4050SHS 4060SHS 4070SHS 4080SHS 4090SHS 5050SHS 5070SHS 5080SHS 5090SHS 5550SHS-5560SHS 7070SHS 7080SHS 7090SHS-7770
AL PiratiningaAL 25AL 34
AL AvaréAL BandeiranteCativerde 02
AL BiancoIAC 8333IAC 8390IAC 125
IAC AIRANCD 304CD 308CD 316CD 327CD 351CD 356CD 384
CD 384 HXCD 386 HX
CD 388
fusarioseMRRRR
MRMSMSMSMRMRMRMRMRMRMSMSTT
MSTTTTTTTT
MSMTMTMTMTSISISISISISISIMTMTMTMTMTMTMSMTMTMTMTMTMTMTMTMTMSMSMSMSMSMSMSMRMRMRSSIMRSIMRMRMRSISISISI
P. sorghiMRSISIMRMSMSMSMSMRMRMRMRMRMRMRMSMTT
MTT
MTTTTTTT
MTMTTTT
MTMTMTSISISISIMTMTMTMTMTMTMTMTT
MTMTMTMTMTMTMTMSMSMSMSMSMSMSMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMSMSMRR
physopellaMRSISIMRMRMSMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMTT
MSSISISISISISISISISISISISISISISISISISISISIMTMTMTMTMTMTMTMTMTMTMTMTMTMTMTMTMSMSMSMSMSMSMSMSMSMRMRSISISISISISISISISISI
P. polysoraRSISIR
MRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMSMRS
MTS
MTMTTT
MSMSMSMSTSTTT
MSMSMSMTMTMSMSMTMTMTMTMTMTMTMTMTMTMTMTMSMSMTMTMSMSMSMSMSMSMSMRMRS
MRMSMSMSMRMSSIMRMRMRMR
phaeosphaeriaRSISIR
MRMSMRMSMRMRMSMRMRMRMRMRMTT
MTTTTT
MTMTMTTTT
MTMTMTMSMSMSMTMTMSMTMTMSMTMTMTMTMSMSMTMSMSMTMSMTMTMTMSMSMSMSMSMSMSMRMRMRMRMSMSMSMRMRMSMRMRMRMS
entezamentoSISISIR
MRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRSISISISISISISISISISIMSSIMSTTTSISISISISISISIMTMTMTMSMTMTMTMSMTMTMTMTMTMSMTMTMSMSMSMSMSMSMSRR
MSRSIMRSISIMRSISISISISI
H. turcicumSISISIR
MRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMTT
MSMTMTTT
MTMTMTTTSTTTSISISIMTMTMTMSMTMTMTMTMTMTMTMTT
MTMTMTMTMTMTMTMSMSMSMSMSMSMSMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRSI
H. maydisSISISIMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRSISISIMTMTTT
MTMTMTTSISISISISISISISISISISISIMTMTMTMTMTMTMTMTMTMTMTMTMTMTMTMTMSMSMSMSMSMSMSMRMRMRMRSIMRMSSISISISISISISI
cercosporaSISISIR
MRMRMRMSMRMRMRMRMRMRMRMRS
MTSSIMTMTMTMTMTMTMTTSTTT
MSMSMSTTT
MTMTMSMTMTMTMTMSMSMTMSMSMTMSMSMTMTMSMSMSMSMSMSMSMST
MSMRMSMRMRMSMSMSMRMRMRMR
doenças colmoMRSISIR
MRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMSMRMTT
MSTTTTTTTTSISITTTTTTTTTT
MTMTMTMTMTMTMSMTMTMTMTT
MTMTMTMTMSMSMSMSMSMSMSMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMR
sanidade grãosMRSISIR
MRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRTT
MTTTTT
MTMTMTT
MTMTMTMTMTTTTT
MTTT
MTMTMTMTMTMTMTMTT
MTT
MTT
MTMTT
MSMSMSMSMSMSMSRR
MSMSMRMRMRMSMRMRMSMSMRMR
42 Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
codresistencia11121234561234567123412345123123412312345678910111234561123412312345678912123412
cultivarCD 393
CD 397 YGRS 20RS 21
FEPAGRO 22FEPAGRO S 395FEPAGRO S 265FEPAGRO S 268
GNZ 2004GNZ 2005GNZ 2500GNZ 9501GNZ 9506
GNZ 9505 YGGNZ 9510IPR 114IPR 119IPR 127IPR 164PZ 677PZ 242PZ 240PZ 204PZ 316
UFVM 100 NATIVO UFVM 2 Barão ViçosaUFVM 200 Soberano
DG 501DG 601DG 213DG 627SG 6010SG 6011SG 6302BM2202BM 810BM 3061BM 620BM 502BM 709BM 207BM 911BM 822BM 3066BM 3063PL 6880PL 6882PL 1335PL 6890
BRAS 3010BRAS 1050
ENGOPA 501SCS 153/EsperançaSCS 154/FortunaSCS155 CatarinaSCS156 Colorado
ORIONTAURUS
PHD 20F07ZNT 1530ZNT 1335ZNT 1165ZNT 3310ZNT 2030ZNT 2353
PR 27 D 28PR 27 D 29
PR 1150Agri 143Agri 104RG 01
RG 02 AROBUSTO
RG 03ALFA 10ALFA 90
fusarioseSISIMRMRMRMRMRMRMRR
MRMRMRSISISISISIMRMRMRSIMRSISISISIMTMTMTMTMTT
MTSISISISISISISIMRMRMRSISISIMRSISISISIMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRMRSISISIMRR
MRMRMRMRSISI
P. sorghiSIRR
MRRRRRR
MRMRRR
MRMRMRMRMRMRMRR
MRMRRSISISIMTMTMTT
MTBTMTMRMRMRMSMSMSMSRRR
MSMRMRR
MRMRMRSIMSMSSISIMRMSR
MRMRMRMRMRMRSISISIMRMRRRRR
MRMR
physopellaSISIR
MRRRRR
MRRRRR
MRMRSISISISISSSIRSISIMSSIMTMTMTMTMTBTMTR
MRMRMSMRR
MRMRMRMRMRR
MRMRMRMRRSISISISISIMRS
MRMRMRMRMRMRMRSISISIRRRRRR
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codresistencia12345671234121231234561123451234512
cultivarPAC 259 ATL 100ATL 110ATL 200ATL 300SATL 310ATL 400FTH 510FTH 404FTH 960FTH 900SM 966SM 511MX 300MX 205MX 305
PRE 22D11PRE 32D10PRE 22T10PRE 22T11PRE 12S12PRE 22S11
AX 727BALU 7690MS 2010AM 4003AM 4002AM 4001RB 9108RB 9210RB 9308
RB 9308 YGRB 9110 YGDSS 1001Ipanema
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Cana-de-açúcar
44 Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
Amiga ou vilã?A mucuna-preta tem papel positivo nos canaviais, amplamente utilizada como adubo verde, com capacidade de fixar nitrogênio ao solo, auxiliar contra nematoides formadores de galhas, produzir biomassa e diminuir o número de daninhas na área onde é plantada. Contudo, se não submetida a
manejo correto, a solução pode se transformar em problema
A mucuna tem como importância positiva ser um adubo verde, utilizado na reforma do canavial.
Agrega qualidades química e física ao solo, além da supressão de plantas daninhas. O fator negativo tem origem no inadequado manejo, devido às intempéries climáticas ou a questões de planejamento, que impossibilita a incorporação das plantas no momento correto. Esse incorreto manejo permite que as plantas sejam incorporadas ao solo já com as sementes próximas ao estágio de maturação, enrique-cendo o banco de sementes, que beneficiadas pela dormência proporcionam diferentes fluxos de emergência nos canaviais.
O uso da adubação verde não é novidade para grande parte dos produtores de cana-de-açúcar. Segundo Junior & Coelho (2008) essa técnica agronômica permite a descom-pactação, a proteção contra erosão, melhora o teor de nutrientes e matéria orgânica no solo e para Wutke et al (1993) e Erasmo et al (2004), suprime espécies de plantas daninhas.
Dentre as espécies geralmente utilizadas como adubo verde destaca-se a mucuna-preta (Mucuna aterrima) que pertencente à família Fabaceae. Esta planta fixa nitrogênio ao solo,
é eficiente contra nematoides formadores de galhas, produz excelente biomassa e diminui o número de daninhas na área onde é planta-da. A interferência sobre as plantas daninhas deve-se principalmente à supressão devido ao rápido crescimento das plantas de mucunas, além da alelopatia e da competição.
Apesar das vantagens oferecidas pela mu-cuna, no momento da reforma do canavial essa planta pode se tornar perigosa, caso não se faça o manejo adequado. A mucuna foi pesquisada e melhorada geneticamente durante algum tempo para ser uma cultura agronômica. Suas sementes possuem tegumento de difícil permeabilidade, consistindo em uma barreira física contra a entrada de água nas sementes, o que afeta sua germinação, que ocorre de modo desuniforme e em diferentes épocas. Por estas razões o controle é difícil, sendo necessária a adoção de um manejo racional para evitar que a solução vire problema.
A presença de mucuna como planta dani-nha nos canaviais já é considerada importante nas regiões de Ribeirão Preto e Jaboticabal (Azania, 2009). Na cultura da cana-de-açúcar têm se observado alterações na flora daninha, que, segundo Christoffoleti et al (2007), deve-
se principalmente à deposição da palha sobre o solo no momento da colheita, sem a prévia queima do canavial. Nesse contexto, se inse-rem as espécies de mucunas que são recentes como plantas daninhas (Barbosa, 2006). Na literatura, encontram-se trabalhos de mucuna que a preconizam como manejo de plantas daninhas, devido à massa vegetal reduzir o número de indivíduos de outras espécies, mas são escassos os estudos de controle químico dessas espécies.
Na literatura, o potencial da mucuna-preta é reconhecido devido à sua agressividade, promovendo uma barreira física e a supressão das plantas daninhas, além de seu possível efeito alelopático, sobre o crescimento das plantas espontâneas, (Lorenzi, 1984). Entre-tanto, embora seja notório que espécies de mu-cunas suprimam a emergência de infestantes e até possam ser consideradas como manejo de plantas daninhas nos campos em que são semeadas como adubos verdes, se tornam infestantes quando surgem espontaneamente nos canaviais. Assim, se transformam em problema, particularmente pela tolerância que apresentam ao controle químico.
Nesse sentido, Procópio et al (2005) obser-
46 Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
Pedro Eduardo Rampazzo, Carlos Alberto Mathias Azania e Andréa Pádua Mathias Azania,IAC/Cana
Se mal manejada, planta pode se tornar problema,ao se transformar em daninha de difícil controle
CC
varam que a M. aterrima conseguiu absorver resíduos do herbicida trifloxysulfuron-sodium do solo, sem muito comprometimento da planta, comportando-se como eficiente à remediação do solo contaminado com o her-bicida. Belo et al (2007) encontraram resul-tados similares estudando a capacidade de M. aterrima em remediar solos contaminados com os herbicidas tebuthiuron e trifloxysulfuron-sodium. Silva & Bueno (2002) também constataram que M. aterrima foi tolerante a alachlor, imazaquin e pendimethalin aplicados em pré-emergência e foi suscetível ao 2,4-D aplicado em pós-emergência.
Herbicidas residuais com elevada persis-tência no solo e amplamente utilizados na cultura da cana-de-açúcar não têm apresen-tado eficácia sobre as plantas, particularmente quando aplicados em pré-emergência. A busca por herbicidas que controlam a mucuna não é fácil. No mercado de produtos químicos encontra-se uma escassez de defensivos sele-tivos para esse tipo de controle.
Nos canaviais infestados por Mucuna aterrima o manejo deve ser iniciado na refor-ma do canavial, momento em que se pode integrar os manejos mecânicos e químicos com a aplicação de herbicidas não seletivos. Após o plantio ou colheita (soqueiras), muitas vezes o manejo da mucuna ainda exige duas aplicações de herbicidas, uma logo após o plantio ou colheita e outra no fechamento do canavial. Segundo Silva (2011) o sul-fentrazone em pré-emergência é uma opção para aplicação após plantio ou colheita e o amicarbazone é alternativa para aplicação nas soqueiras e também na pré-emergência. O autor também observou que os herbicidas 2,4-D e ametryn+trifloxysulfuron-sodium são eficazes no controle da espécie em pós-emergência.
O pesquisador Gemelli e seus colabora-dores (2010) observaram que outras soluções químicas também podem ser utilizadas no controle da mucuna. De acordo com estes pes-quisadores, glifosato+2,4-D+carfentrazone-ethyl ou glifosato+2,4-D controlaram mu-
1) A eliminação das soqueiras pode ser mecânica ou química, aplicando-se glifosato (2.160g e.a. ha-1) sobre as plantas de cana-de-açúcar quando atingirem altura próxima de 70cm.
2) Escolha do adubo verde (mucunas, crotalárias, girassol etc), que é semeado a lanço ou em linhas sulcadas nas entre linhas da soqueira da cana-de-açúcar. A incorporação da massa vegetal ocorre no início do florescimento, antes da formação
téCNICAS
das vagens3) Preparo do solo, descompactação
(quando necessária), gradagens leves e pesadas que atendam às necessidades da instalação do futuro canavial.
4) Plantio manual ou mecânico da cana-de-açúcar, sulcos realizados com 1,5m entre linhas e aproximadamente 15 gemas/metro de sulco. Adubação química e aplicação de inseticidas preventivamente à infestação de pragas de solo, no sulco de plantio.
Sementes de mucuna-preta possuem tegumento de difícil permeabilidade, o que afeta sua germinação
cuna em pós-emergência. Entretanto, a aplicação não pode ser em área total, devido à presença do glifosato. O herbicida meso-trione misturado com ametrina, atrazina, trifloxysulfuron+ametrina, metribuzim ou diuron+hexazinona proporcionou 100% de mortalidade das plantas de mucuna-preta, porém, nenhuma destas misturas mostrou efeito residual de controle no solo, para essa espécie (Rogerio et al, 2010).
CONSIDERAçÕES FINAIS O manejo preventivo deve ser prioriza-
do, com a aquisição de sementes com pouca dormência (uma vez que os métodos de superação de dormência não são práticos de serem empregados). No momento da incor-poração deve-se evitar, também, que as plantas estejam com sementes formadas, mesmo que não totalmente maduras. Nos canaviais já infestados com mucuna-preta é recomendado utilizar herbicidas não seletivos, integrados ao manejo mecânico, no momento da reforma do canavial. Após o plantio ou colheita procurar
por herbicidas seletivos e eficazes na pré-emergência, podendo ser reaplicados também no fechamento do canavial, caso a infestação permaneça elevada.
Charles Echer
Algodão
48 Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
Começo sadioTombamento, mela e ramulose estão entre as principais doenças que afetam o algodoeiro na fase inicial da lavoura. Para combater o problema, o tratamento de sementes com fungicidas desempenha papel importante, associado a outras ferramentas de manejo, como a rotação de culturas
A cultura do algodoeiro é atacada por um grande número de doen-ças fúngicas, que podem causar
prejuízos tanto ao rendimento quanto à qualidade das sementes. A maioria das do-enças de importância econômica que ocor-rem no algodoeiro é causada por patógenos que são transmitidos pelas sementes, como, por exemplo, Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides (causador da ramulose) resultando na introdução de doenças em locais novos ou mesmo na sua reintrodu-ção em áreas cultivadas. Potencialmente, todos os organismos fitopatogênicos têm a capacidade de ser transmitidos pelas sementes, sendo o grupo dos fungos o mais numeroso.
Com o incremento da área de plantio de algodão no Brasil, tem se observado aumento significativo dos problemas fitossanitários, principalmente aqueles re-lacionados à ocorrência de doenças na fase inicial de desenvolvimento da cultura.
As doenças iniciais do algodoeiro, principalmente aquelas causadas por Rhizoctonia solani, como o tombamento de plântulas e a mela, estão amplamente
disseminadas no Brasil, principalmente nas regiões dos cerrados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Bahia, frequentemente causando danos significativos na fase inicial de estabeleci-mento da lavoura, pela redução da popu-lação de plantas.
Os níveis de danos causados por estas doenças são dependentes de diversos fato-res, porém, nas condições do Brasil, o que mais tem favorecido a sua ocorrência é a monocultura do algodoeiro, associada ao preparo intensivo do solo, o que frequen-temente favorece situações de alagamento e encharcamento, contribuindo para o aumento do potencial de inóculo do pató-geno. Além disso, a utilização de sementes com baixo vigor, associada ao plantio em épocas favoráveis à ocorrência destas en-fermidades, é também fator predisponente ao ataque de R. solani, que deve também ser considerado.
Baseado em critérios de importância, patogenicidade e ocorrência, ênfase maior será dada aos aspectos relacionados ao manejo do tombamento e da mela causados por R. solani
PRINCIPAIS PATÓGENOS
Rhizoctonia solani Kuhn - Tombamento de plântulasO tombamento de plântulas de algodoeiro,
causado por Rhizoctonia solani Kuhn, grupo de anastomose (AG)-4 (teleomorfo: Thanate-phorus cucumeris (A.B. Frank) Donk), é uma doença que está amplamente disseminada no Brasil, principalmente nas regiões dos cerrados (onde estão 85% do algodão cultivado no Brasil) dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Bahia. Ocorre na fase de plântula (tombamento de pós-emergência) e ataca as sementes por ocasião da germinação (tombamento de pré-emergência). Os danos associados ao tombamento são significativos já na fase inicial de estabelecimento do algodoeiro pela redução da população de plantas e, às vezes, pela necessidade de ressemeadura.
R. solani é um parasita necrotrófico, habitante natural do solo. Trata-se de fungo polífago, pois ataca grande número de espé-cies vegetais. R. solani pode ser transmitido pelas sementes, porém raramente isto ocorre, motivo pelo qual a semente não é considerada a principal fonte de inóculo desse patógeno.
Tombamento, mela e ramulose estão entre as principais doenças que afetam o algodoeiro na fase inicial da lavoura. Para combater o problema, o tratamento de sementes com fungicidas desempenha papel importante, associado a outras ferramentas de manejo, como a rotação de culturas
Começo sadio
Este fungo, estando presente no solo e/ou nas sementes, além de ocasionar perdas significativas na fase de plântulas (falha no estande), pode servir ainda como fonte de inóculo para culturas subsequentes. Os sintomas caracterizam-se inicialmente pelo murchamento das folhas com posterior tombamento das plântulas. Este fungo provoca lesões deprimidas e de coloração marrom-avermelhada no colo e nas raízes das plântulas de algodão. O manejo dessa doença deve ser feito de maneira integrada, agregando diferentes táticas de controle. Recomenda-se evitar semeaduras ante-riores a meados de outubro, uma vez que baixas temperaturas favorecem a severida-de e a incidência do tombamento causado por R. solani. Sob baixas temperaturas, sementes de algodoeiro exsudam maior quantidade de açúcares e aminoácidos, o que é extremamente favorável ao ataque do patógeno. Estas condições atrasam a ger-minação ou tornam mais lento o processo de emergência, mantendo a plântula num estágio suscetível por um período mais longo. Assim, a necessidade de adoção de medidas de controle, tais como o tratamen-to de sementes com fungicidas, tem sido claramente demonstrada sob condições de solo com temperaturas baixas, o que assu-me importante papel, sendo considerada,
até o momento, a principal medida a ser adotada e a opção mais segura e econômica (representa apenas 0,17% do custo total de produção) para minimizar os efeitos negativos desta doença. Os melhores resultados no controle desta doença têm sido obtidos com as misturas fludioxonil
+ mefenoxan + azoxyxtrobin (5+15+30g i.a./100kg de sementes), tolylfluanid + pencycuron + triadimenol (75+75+50g i.a./100kg de sementes), carboxin + thiram (187,5+187,5g i.a./100kg de se-mentes) e tiofanato metílico + fluazinam (150+150g i.a./100kg de sementes). A
Plantas de algodão em fase inicial afetadas pelo tombamento, causado por Rizoctonia solani
Augusto Goulart
50 Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
Severidade dos danos causados pela doença implica em muitos casos na necessidade de ressemeadura
rotação de culturas e a resistência genética também são táticas de controle importantes neste contexto e devem ser consideradas no manejo do tombamento. Com relação à rota-ção de culturas, cultivos prévios de braquiária (Brachiaria ruziziensis), aveia preta, milheto, milho e sorgo forrageiro, além do pousio, são eficientes na redução da população de R. solani do solo, o que resulta em menores índices de tombamento de plântulas de algodoeiro. O uso de soja, feijão, crotalária (Crotalaria juncea) e braquiária (Brachiaria ruziziensis) + crotalária (Crotalaria juncea) como culturas antecessoras consistentemente está associado aos maiores índices de tombamento de plântulas de algodoeiro, o que evidencia um aumento da população desse fungo no substrato. Resul-tados de pesquisa têm mostrado que maiores índices de tombamento são observados com o uso contínuo do algodão sem o tratamento de sementes com fungicidas. Da mesma forma que o uso contínuo do algodão, a utilização de leguminosas contribui para o aumento da população de R. solani no solo, devendo ser evitadas como cultivos prévios à cultura do algodoeiro. Por outro lado, a adoção de gra-míneas com características de supressividade a R. solani deve ser a preferencial como culturas antecessoras ao algodoeiro. Em se tratando da resistência genética, no que se refere a R. sola-ni, até o momento não se conhecia nenhuma informação no Brasil que mostrasse o com-portamento de cultivares de algodoeiro frente à ação desse patógeno, até que resultados obtidos na Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados (MS), demonstraram a existência de diferentes reações de algumas cultivares com relação ao ataque do fungo R. solani. Desta forma, os genótipos de algodoeiro que apresentaram menor incidência de tomba-mento e menor percentagem de plântulas com
sintomas desta doença, demonstrando maior tolerância ao ataque de R. solani foram CNPA ITA 90 II, BRS Aroeira, BRS Cedro, BRS Ipê e FMT 701. Ressalta-se ainda que a adoção de cultivares tolerantes a R. solani, assim como o uso de cultivos prévios com plantas que sejam supressoras a este patógeno, otimiza a eficácia do fungicida aplicado às sementes de algodoeiro no controle desse fungo.
MelaA partir da safra 2004/2005, lavouras
de algodoeiro no estado de Mato Grosso vêm apresentando alta incidência de uma forma peculiar da doença, distinta da forma clássica de tombamento. Ocorrendo sempre na fase inicial de desenvolvimento do algo-doeiro (fase de plântula - cotiledonar) reduz significativamente o estande e, em casos mais sérios, tem levado à ressemeadura. Os sintomas iniciais caracterizam-se por lesões nas bordas dos cotilédones, evoluindo para o encharcamento (anasarca), seguidas de destruição total dos cotilédones e posterior morte da plântula. Esta doença está sendo denominada de “mela do algodoeiro” e é predominantemente foliar. Além do Mato
Grosso, esta enfermidade foi detectada nos estados de Mato Grosso do Sul, Minas Ge-rais, Goiás e Bahia. Isolamentos realizados de material doente (plântulas de algodoeiro com sintomas típicos de mela, provenientes dos diferentes estados onde a doença foi detectada) mostraram, na totalidade dos casos, a presença de um crescimento profuso de hifas e micélio sobre os tecidos doentes, o que foi identificado posteriormente como sendo R. solani, considerado agente causal primário da doença, confirmando assim a etiologia desta enfermidade. Os isolados do patógeno tiveram o grupamento de anasto-mose determinado por sequenciamento da região ITS-5.8S rDNA no Eidgenössische Technische Hochschule Zürich (ETHZ), na Suíça. As sequências da região ITS isolados de R. solani da “mela do algodoeiro” foram semelhantes às do grupo de anastomose AG-4 HGI, até então não relatado no Brasil como patógeno foliar do algodoeiro. Resultados obtidos em condições de campo demonstraram maior eficiência de controle da mela com a adição do fungicida PCNB, na dose de 375g do i.a./100kg de sementes às misturas fludioxonil + mefenoxan + azoxyx-trobin (5+15+30g i.a./100kg de sementes), tolylfluanid + pencycuron + triadimenol (75+75+50g i.a./100kg de sementes) e car-boxin + thiram (187,5+187,5g i.a./100kg de sementes). Excepcionalmente, quando as condições climáticas estão muito favoráveis à ocorrência da mela, além da realização do tratamento das sementes com fungicidas, tem sido realizada uma pulverização com o fungicida azoxystrobin, na dose de 200-300ml/ha, com bons resultados. A rotação de culturas também é uma opção neste caso, nos mesmos moldes relatados anteriormente para o tombamento.
Colletotrichum gossypii South var. cephalosporioidesO patógeno, causador da ramulose, é
transmitido tanto externa quanto interna-mente pelas sementes de algodoeiro, que são o mais eficiente veículo de disseminação. O papel das sementes na transmissão do pató-geno fica evidente ao constatar-se a doença
O tombamento está disseminado nasdiversas regiões de cultivo do Brasil
Ciclo desde a semente aos sintomas nas plantas
Fotos Augusto Goulart
52 Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
em áreas novas. As taxas de transmissão de C.G.C. planta-semente e semente-planta são bastante elevadas e por esta razão, a uti-lização de sementes portadoras do patógeno representa sério risco de sua introdução em áreas novas (taxa de transmissão do patógeno das sementes para a parte aérea do algodoeiro é de aproximadamente 3:1, o que significa que três sementes com C.G.C. representa uma planta no campo com ra-mulose). Em condições de clima favorável (temperatura de 25ºC a 30ºC e umidade elevada), a doença avança na lavoura, 1m a cada cinco dias. Este patógeno pode ainda sobreviver de um ano para outro em restos culturais e provocar o tombamento de pré e pós-emergência, porém isso só ocorre quando a incidência desse patógeno nas sementes é elevada (acima de 20%, através de inoculação). Considerando que, em condições naturais de infecção no campo, a incidência máxima desse patógeno nas sementes tem variado de 5% a 9%, a ocor-rência de tombamento no campo devido a este fungo é rara. Lesões deprimidas, pardo-escuras, atingindo grande extensão do colo e da raiz das plântulas são os sintomas característicos provocados por este patóge-no. Até algum tempo, apenas se relatava a presença de Colletotrichum gossypii (C.G.) nas sementes analisadas, não se fazendo menção a C. gossypii var. cephalosporioides, embora ambos pudessem estar ocorrendo. Em função da grande semelhança das es-truturas desses patógenos nas sementes, a distinção entre eles tornava-se muito difícil pelos métodos rotineiros. Atualmente, com o desenvolvimento de novas técnicas de análise baseadas no hábito de crescimento dos fungos nas sementes, a identificação precisa desses dois patógenos já é possível em testes de sanidade de sementes. A re-produtibilidade do método (fácil execução e baixo custo) foi demonstrada, o que permite sua preconização para ser utilizado como rotina em testes de sanidade de sementes de algodoeiro. Entretanto, torna-se impres-cindível que sejam feitos testes de aferição com diversos laboratórios e treinamento dos
analistas para não haver erro no diagnóstico. A distinção entre C. gossypii e C. gossypii var. cephalosporioides exige do analista um trei-namento específico. Colônias de C. gossypii são mais compactas, com setas mais curtas, com abundante esporulação e estruturas do fungo desenvolvidas rente ao tegumento das sementes, com ausência de micélio aéreo. Frequentemente, as cadeias de conídios co-brem completamente as setas, dificultando sua visualização. Colônias de C. gossyppi var. cephalosporioides apresentam-se com abundante micélio aéreo e aspecto menos compacto. De maneira geral, a incidência e a frequência desse patógeno em lotes de sementes são baixas, variando em função da resistência do genótipo. O tratamento de sementes com fungicidas é considerado a prática mais importante no controle desse patógeno presente nas sementes de algodão. Os fungicidas mais utilizados são vitavax-
Sintomas de mela do algodoeiro, doença predominantemente foliar, que se distinguem da forma clássica de tombamento
Augusto César Pereira Goulart,Embrapa Agropecuária Oeste
thiram, vitavax-thiram + carbendazin, difenoconazole, tolylfluanid + pencycuron + triadimenol, fludioxonil + mefenoxan + azoxystrobin, nas doses recomendadas pelos fabricantes. Dados de pesquisa têm demonstrado que a eficiência de um determinado fungicida está relacionada diretamente com o nível de incidência dos fungos nas sementes, sendo maior em lotes de baixa infecção. Nesse contexto, o ideal e recomendável do ponto de vista epidemio-lógico, é fazer o tratamento com fungicidas em sementes com baixos níveis de infecção/contaminação, pois nelas o controle é mais efetivo. A rotação de culturas e a resistência genética também devem ser consideradas como a forma efetiva de controle deste patógeno. CC
Fotos Augusto Goulart
Café
54 Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
Foco no diagnóstico
Facilmente confundida com a mancha de phoma, cercosporiose e com
sintomas de deficiência nutricional, a mancha aureolada causa sérios
prejuízos à cultura do cafeeiro, principalmente em lavouras mais
jovens. Entre as estratégias de manejo, o emprego de fungicidas cúpricos tem
apresentado bom nível de controle
A mancha aureolada, causada pela bactéria Pseudomonas syringae pv. garcae, é uma importante
doença do cafeeiro que tem sido encontra-da em diversas regiões produtoras de café do Brasil. Está presente no estado de São Paulo, no Cerrado, sul de Minas e também no Paraná.
As lavouras mais prejudicadas pela doença são aquelas em formação ou que sofreram podas, como o esqueletamento, e que estão situadas em locais sujeitos à incidência de ventos frios. A bactéria pode permanecer viável nos ramos e em lesões em folhas do cafeeiro e, quando ocorrem condições favoráveis, volta rapidamente a causar prejuízos. As condições climáticas que favorecem a mancha aureolada são temperaturas amenas, especialmente à noite, além de chuvas e elevada umidade relativa.
SINTOMASA bactéria penetra na planta pelas
brotações mais jovens, mais suscetíveis. As lesões nas fo-
lhas são de coloração parda e podem ser acompanhadas por um
halo amarelado. Contudo, há também lesões sem o halo. A bactéria penetra sis-temicamente nos ramos, que inicialmente exibem lesões escuras que atingem as folhas e posteriormente ocorre a desfolha dos ramos. Também são encontradas lesões nas rosetas, nas inflorescências e nos frutos novos. Por esta razão a ocorrência da doen-ça nas lavouras com carga pendente pode comprometer parte da produção. No final do período das águas, a bactéria sobrevive nos ramos e em lesões em folhas na parte superior ou interna da planta, que, muitas vezes, passa despercebida pelo produtor. A doença é mais importante em lavouras novas, com até três anos a quatro anos de idade. Mas lavouras podadas voltam a ser muito suscetíveis. Por causa da gravi-dade da doença, em algumas regiões, nos últimos anos, a mancha aureolada tem causado, inclusive, a morte de plantas com até um ano de idade.
A mancha aureolada também incide sobre mudas em viveiros, causando lesões nas folhas e seca de hastes e ramos. A
doença, com certa frequência, tem sido confundida com a mancha de phoma, causada por Phoma tarda, ou mesmo com distúrbios nutricionais ou climáticos. Lesões nas folhas podem ser confundidas com cercosporiose, causada por Cercospora coffeicola. Os erros de diagnóstico ou o atraso no reconhecimento da presença da doença no campo fazem com que os danos sejam agravados, especialmente porque as medidas adequadas de controle não são adotadas a tempo.
MANEJO DA DOENçAEm viveiros - O manejo da mancha
aureolada se inicia pela utilização de mudas sadias. Os viveiros precisam ser instalados em locais adequados e protegidos contra ventos frios. Recomenda-se que a irrigação do viveiro seja monitorada, evitando-se vazamentos nos aspersores. Mudas com sintomas devem ser isoladas das demais, para que a doença não se propague para as plântulas sadias. Caso a doença seja
Lesão de mancha aureolada
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o
Folhas jovens atacadas pela mancha aureolada
detectada no viveiro, todas as mudas devem ser protegidas com aplicações de fungici-das cúpricos (hidróxido de cobre) e/ou de antibiótico (como a casugamicina), a cada 15 dias (Tabela 1).
Em campo – O manejo da mancha aureolada consiste, inicialmente, em evitar a introdução de mudas doentes na área a ser cultivada com café. Quando a doença for constatada no campo, o manejo se ba-seia em evitar a ocorrência de ferimentos, com o plantio de quebra-ventos, além de aplicações periódicas de cúpricos nas plan-tas afetadas. Em regiões mais favoráveis sugere-se, ainda, utilizar cultivares com alguma resistência.
É muito importante que mudas doen-tes não sejam levadas ao campo, especial-mente em locais sujeitos a ventos frios. Uma vez introduzida na lavoura, o controle da mancha aureolada é muito mais difícil. Por esta razão, o produtor deve fazer uma seleção rigorosa das mudas a serem levadas ao campo, evitando o plantio de mudas com sintomas de mancha aureolada.
O plantio em locais sujeitos a ven-tos frios deve ser muito bem planejado, considerando-se a necessidade de quebra-ventos. Entre as opções de quebra-ventos temporários sugerem-se, entre outros, o
milho, a crotalária e o feijão guandu. Como espécies permanentes podem ser utilizadas grevíleas, bananeiras, abacate, cedrinho e eucalipto.
Poucos estudos avaliaram a resistência de cultivares de cafeeiro a essa doença. As cultivares do grupo Mundo Novo mostram-se bastante suscetíveis à mancha aureolada; as do grupo Catuaí são mode-radamente suscetíveis; do grupo Icatu tem resistência parcial e a variedade Geisha é resistente à mancha aureolada.
O uso de cúpricos também é sugerido para o manejo da mancha aureolada. É importante observar que o controle quí-mico de bacterioses é difícil e geralmente menos efetivo que o combate de doenças causadas por fungos. As proteções com químicos são feitas para impedir a pene-tração da bactéria na planta, especialmente pelas brotações jovens. Ao ser constatada a mancha aureolada na lavoura, as aplicações de fungicidas cúpricos devem ser iniciadas imediatamente e repetidas a cada 20-30 dias. Para as condições de campo, apenas formulações com o hidróxido de cobre estão registradas para o controle dessa bacteriose em café (Tabela 1). Sugere-se que sejam aplicadas doses de médias às mais elevadas de registro, para que haja cobre suficiente na planta para proteger as brotações de ramos, inflorescências e folhas jovens. Quando forem realizadas misturas
com outros produtos, também não se deve “economizar” na quantidade de cobre aplicada. É fundamental que os equipa-mentos estejam ajustados para distribuir a calda uniformemente na planta, tanto nos ramos produtivos, como na parte superior da planta, usualmente a mais afetada pela mancha aureolada.
Há diversos cúpricos registrados para a cultura do café, encontrando-se dez formulações comerciais à base de hidró-xido de cobre, 24 à base de oxicloreto de cobre e três com óxido cuproso. Em nossos experimentos observamos redução na inci-dência da doença e aumento de produção com aplicações repetidas do oxicloreto de cobre, na dose de 4,0kg/ha, e o hidróxido de cobre com adição de adesivo siliconado ou óleo mineral (para aumentar a fixação do cobre nas folhas). Os cúpricos foram aplicados nos meses de setembro, outu-bro, novembro ou dezembro e março e abril, com o objetivo de proteger os ramos em formação, as folhas jovens e as gemas florais, além das inflorescências e frutos recém-formados.
Tabela 1 - Produtos registrados para o controle da mancha aureolada
Produtos comerciaisContact, Garant, Garant BR
Kasumin (registrado apenas para mudas)
Dose 3,0 a 5,0kg/ha
300ml para 100 litros de água
Princípio ativo Hidróxido de cobre
Casugamicina
Inflorescências e rosetasafetadas pela doença
Flávia Rodrigues Alves Patricio,Irene Maria Gatti Almeida eLuís Otávio Saggion Beriam,Instituto BiológicoMasako Toma BraghiniLuiz Carlos FazuoliInstituto Agronômico
Rebrota em lavoura que sofreu esqueletamento com presença do patógeno
CC
55Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
56 Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
Coluna ANPII
Juntos e fortes
Existem diversos slogans lou-vando a conjugação de forças em prol de um bem comum:
“A união faz a força”, “Unidos vencere-mos”, “Povo unido jamais será vencido” e tantos outros criados para justificar e para estimular a união de singulares em torno de objetivos comuns, aumentando a capacidade de criação, de organização e de pressão.
No caso particular da produção de inoculantes, a associação das empresas em uma entidade representativa é fator preponderante para que o setor tenha
inoculantes, encontra-se na faixa de 30 milhões de dólares.
Este pequeno faturamento na venda de inoculantes decorre de dois fatores: o baixíssimo preço dos inoculantes no mercado brasileiro e o mercado restrito à cultura da soja, ficando limitado pela área ocupada por esta cultura. No pri-meiro caso, a longa tradição de preços baixos e a existência de empresas peque-nas, sem uma forte base de capitalização tornam difícil um aumento de preço a níveis que permitam maior rentabilidade para o setor. No segundo caso, o advento
Solon de AraujoConsultor da ANPII
A criação da Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII) foi o fato que deu voz à área de inoculantes
através de esforços conjuntos, muitas vezes cedendo um pouco do individual em prol do coletivo, o setor conseguiu se firmar junto à pesquisa, ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a realizar palestras em con-gressos internacionais, a ser consultado e fazer parte ativa dos grandes projetos nacionais na área agrícola.
A criação da Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII) foi o fato que deu voz à área de inoculantes. Sua partici-pação na Câmara Temática de Insumos
A ANPI aponta o associativismo como caminho para que empresas produtoras de inoculantes possam se fortalecer,
através de ações comuns para beneficiar o setor
representatividade junto à sociedade e aos órgãos governamentais. A produção de inoculantes no Brasil iniciou-se e se manteve por muito tempo como uma quase exclusividade de pequenas em-presas. Enquanto as gigantes nacionais e multinacionais se movimentavam em torno dos fertilizantes químicos e dos defensivos, pequenas empresas, muitas delas familiares, se dedicavam a produzir inoculantes, inicialmente apenas para leguminosas.
No caso da produção de inoculan-tes, existe um paradoxo, pelo menos no Brasil: embora o setor seja vital para a produtividade e a rentabilidade da agricultura brasileira, os recursos financeiros movimentados são de pe-quena monta, se comparados com o universo empresarial brasileiro. Assim, enquanto se estima que a fixação bio-lógica do nitrogênio (FBN), expressa como tecnologia agrícola pelo uso dos inoculantes, economize algo em torno de cinco bilhões de dólares a seis bilhões de dólares para o país, o faturamento do setor, contando-se somente a venda de
de inoculantes para outras culturas, como milho, trigo, arroz, sorgo e futu-ramente para cana-de-açúcar poderão aumentar o mercado e a margem obtida na venda do produto.
Em movimentos de mercado mais recentes, algumas empresas de maior porte, multinacionais, começaram a entrar no mercado de inoculantes, tra-zendo investimentos para o setor, mas não conseguindo alterar o tradicional preço baixo. Hoje não encontramos no Brasil nenhuma empresa que viva apenas de inoculante: todas partiram para produzir outros produtos, alguns dentro da linha biológica, mas também na linha de químicos.
Desta forma, como empresas com faturamento tão pequeno poderiam se fazer ouvir junto à sociedade, às entida-des ligadas ao agronegócio e aos órgãos públicos? Somente através da conjuga-ção de esforços, da união das empresas em torno de objetivos comuns, somando forças e, sinergicamente, constituindo uma entidade representativa e com voz audível junto à sociedade. Somente
Agropecuários, órgão do Mapa e no projeto ABC, que tem por objetivo a redução das emissões de carbono pela agricultura, foi o reconhecimento tácito da importância do setor e da represen-tatividade da associação, fatos que as empresas isoladamente nunca teriam conseguido. Em dois congressos inter-nacionais ocorridos no Brasil, reunindo os maiores pesquisadores do mundo, a ANPII esteve presente, proferindo pales-tras, mostrando ao mundo que o Brasil é um dos países que mais, e melhor, usa a FBN no mundo, contribuindo para uma agricultura mais produtiva, mais rentável e mais sustentável.
Portanto, a associação de empresas em associações de classe, formando entidades representativas e com voz ativa, é uma forma de trazer ganhos a todo o setor, fortalecendo, através de ações comuns, cada uma das empresas individualmente. CC
Coluna Agronegócios
57www.revistacultivar.com.br • Agosto 2011
Um cenário para a próxima década
Em junho foi apresentado um estudo da OCDE e da FAO, abordando as perspectivas agrícolas globais no
período 2011-2020. Os cenários apresentados revelam que na próxima década haverá preços elevados e grande volatilidade internacional, e o Brasil será um dos países mais beneficiados. Fiquei particularmente feliz em verificar que, durante minha passagem pela Presidência da República, havia traçado, em linhas gerais, cenário semelhante ao ora lançado pelas duas entidades internacionais.
O estudo tem o objetivo precípuo de incrementar a produção global, um efeito con-tracíclico destinado a estabilizar os preços das commodities agrícolas, que nos últimos anos elevaram índices inflacionários e chegaram a provocar protestos nas ruas de diversos países. Entrementes, o estudo indica que essa volatilida-de, que já perdura cinco anos, assim prosseguirá
produzir e exportar a custos competitivos.
CUSTOS X EXPANSãOOs custos da produção agrícola estão em
ascensão – em especial devido à disparada de preços de fertilizantes e agroquímicos O crescimento da produtividade sofreu uma perigosa desaceleração, em função dos cus-tos. Pressões da sociedade para proteção de recursos naturais (água, vegetação e terras) aumentaram. Como as áreas mais férteis já estão sendo utilizadas, a produção tende a se expandir em terras marginais com menor fertilidade e maiores riscos de problemas meteorológicos. E as mudanças climáticas globais jogam o imponderável sobre este quadro, podendo tornar regiões outrora secas em pluviosas e vice-versa.
De imediato, a produção agrícola crescerá – é a reação natural aos preços elevados. Entretanto,
infere que Brasil e Argentina manterão sólidos crescimentos em oleaginosas, cereais e gado de corte, devido a seus custos de produção menores. A America do Norte – leia-se EUA - é a única região de alta renda que expandirá significati-vamente a agricultura, baseada em crescimento de produtividade. A Europa Ocidental perdera mais competitividade e produção, pressionada por preocupações ambientais, custos e limitação de terras.
Do lado da demanda, o crescimento popula-cional e o aumento da renda na China e na Índia sustentarão compras firmes de commodities. Arroz, carne, lácteos, óleos vegetais e açúcar deverão ter os maiores aumentos de consumo, e preços firmes e em ascensão. O uso de matérias-primas agrícolas para biocombustíveis mantém crescimento robusto. O documento estima que, até 2020, 30% da produção de cana, 15% de óleos vegetais e 13% de grãos se destinarão à
Décio Luiz GazzoniO autor é Engenheiro Agrônomo,
pesquisador da Embrapa Soja
O crescimento populacional e o aumento da renda na China e Índia sustentarão compras firmes de commodities
e que os preços de muitas commodities básicas deverão se manter em patamares mais elevados (em valores nominais e até reais), comparados à década anterior.
As principais causas para a manutenção dos preços em alta são: I) Os custos da produção agrícola estão em ascensão; II) o crescimento da produtividade sofreu perigosa desaceleração; III) pressões sobre os recursos naturais, princi-palmente água, vegetação e terras, aumentaram; IV) as terras mais férteis já estão sendo utilizadas e mesmo declinando em algumas regiões; V) a produção tende a se expandir em terras mar-ginais com menor fertilidade e maiores riscos climáticos; VI) problemas internos de cada país (exemplo, o nosso Custo Brasil com impostos elevados, falta de infraestrutura, juros altos, desindustrialização) não serão solucionados na década.
A expectativa é que os custos de alguns alimentos até declinem em relação ao início de 2011. Mas, em média e em termos reais, deverão subir ate 50% no caso das carnes e 20% no dos cereais nos próximos anos. O Brasil, principal país exportador de carnes (25% do mercado mundial) e com boas perspectivas para o milho, tende a abocanhar boa parte do ganho - desde que sejam dadas as condições internas para
a estimativa é de crescer apenas 1,7% ao ano (média da próxima década), vis a vis 2,6% da década passada. A maioria dos cultivos tende a expandir menos, especialmente no caso de oleaginosas (grupo que inclui a soja) e grãos for-rageiros (milho entre eles). A pecuária mantém o ritmo dos últimos anos. Lembremo-nos que o crescimento populacional global crescerá acima de 2% na década (demanda natural) e a inclusão social também manterá ritmo elevado (demanda induzida por crescimento econômico). Em con-sequência, a desaceleração global do rendimento de importantes culturas continuará a pressionar os preços internacionais, em um tabuleiro em que os maiores crescimentos da oferta virão de fornecedores que detêm boas tecnologias e políticas públicas adequadas.
MUDANçAS NO TABULEIROProsseguirá a redivisão dos mercados
agrícolas, com a produção migrando de países desenvolvidos para aqueles em desenvolvimento. À America Latina, motor do recente avanço agrícola global, unir-se-á o leste europeu. As duas regiões serão supridoras cada vez mais importantes nesta década. Suas áreas plantadas e produtividade deverão aumentar, e também haverá expansão para a pecuária. O documento
produção de biocombustíveis, num contexto em que as elevadas cotações do petróleo terminarão por viabilizar a sua produção, mesmo sem os subsídios estatais americanos e europeus.
Assim mesmo, o documento refere que preços mais elevados "são um sinal positivo e bem-vindo para um setor que tem experimenta-do declínio real nos custos das commodities por varias décadas e podem estimular investimentos no aumento da produtividade e da produção, necessárias para atender a crescente demanda per alimentos".
O relatório reforça que a produtividade continua a ser um influente fator na forma-ção dos preços de colheitas. A variação no rendimento de grandes lavouras de países exportadores é uma fonte primária da volati-lidade. A severa seca na Rússia e na Ucrânia no ano passado e o excesso de umidade nos EUA ilustram a rapidez com que o equilíbrio do mercado pode mudar. Além disso, o estudo aborda o peso dos mercados de energia na transmissão de volatilidade ao setor agrícola, por seu peso nos custos de produção e pela demanda crescente de biocombustíveis. CC
Coluna Mercado Agrícola
Produtores prontos para plantar safra 2011/12
TRIGO - O trigo mostrou ganhos no mercado internacional, que devido à quebra da safra americana e à boa demanda mundial apresenta cotações entre os 300 dólares e 350 dólares por tonelada nos EUA e acima destes níveis no Canadá. Com esse cenário o produto importado chegará com valores acima dos 400 dólares por tonelada, em portos brasileiros, o que faz as cotações locais avançarem forte e chegar aos moinhos acima dos R$ 600,00. Desta forma há indicativos que a nova safra do trigo do Brasil terá boas expectativas, porque poderemos exportar na base dos 300 dólares por tonelada, que garante um preço mínimo aos produtores, supera a faixa dos R$ 440,00 e também tem o custo crescente do importado, que obrigará os moinhos a pagar mais pelo grão nacional. Uma parte das lavouras do Paraná foi perdida pelas geadas, o que tende a resultar em colheita menor neste ano, dar mais fôlego às cotações e ganhos aos produtores.
algodão - O mercado entra em fase de acomodação. Como a colheita ainda está em andamento, há excedente de oferta no mercado brasileiro e, desta forma, as cotações seguiam frouxas nas últimas semanas. Mas o quadro para a safra nova segue positivo, com os produtores apontando que já fecharam os contratos que esperavam, o que tende a fazer o plantio crescer.
eua - Em julho a safra sofria com temperaturas altas e com falta de chuvas, em plena fase de floração das plantações, o que indica que haverá perdas na produtividade. Como boa notícia, o USDA aumentou a estimativa de consumo
MILHOSafrinha perde em média 30%O mercado observa a safrinha chegar e os números
caminham para uma perda média na produtividade em torno de 30% neste ano, em relação à expectativa dos produtores, que projetavam chegar a patamares acima das 25 milhões de toneladas e agora estão com indica-tivos de fechar a colheita entre 17 milhões de toneladas e 19 milhões de toneladas. Número pequeno para o consumo que o Brasil apresenta atualmente que é de quase cinco milhões de toneladas por mês, entre mer-cado interno e exportação. Desta forma, este segundo semestre caminha para manter os indicativos firmes, como se observa no Mato Grosso, que seguia com a colheita em ritmo lento e indicativos entre R$ 15,00 e R$ 19,00 pela saca, contra patamares que variavam dos R$ 7,00 aos R$ 10,00 no mesmo período do ano passado. Com isso seguiremos na expectativa de que o mercado externo nos traga mais fôlego para ajustes. Isso porque internamente já estamos com indicativos altos e para crescer ainda mais teríamos que ter apoio do mercado internacional. A exportação praticava em julho preços de R$ 30,00 nos portos e mostrava fôlego para pagar um pouco acima. No entanto, as cotações também sinalizam que podem já estar próximas do limite de crescimento. A safra nova mostra bom ritmo de negócios antecipados, o que garante aos produtores a segurança de boa renda na colheita, porque o milho
normalmente sofre pressão de baixa no período da colheita da safra de verão. Nesse contexto, ter parte da colheita negociada antecipada dá tranquilidade aos produtores, que poderão segurar o restante para vender em momento mais favorável aos lucros.
SOJACom bom ritmo dos negócios antecipados O mercado da soja livre mostra pressão de alta em
busca de números maiores do que os praticados pelo mercado externo, com registro de valores entre os R$ 50,00 e os R$ 52,00 nos portos, em julho. Com mais de 20% da safra nova negociada (fato que não tinha sido visto até este ano, porque isso representa mais de 15 milhões de toneladas vendidas), com valores de porto que somam próximos dos R$ 12,5 bilhões, usados para o pagamento de insumos e compra de máquinas, trazendo tranquilidade aos produtores, que já estão com a maior parte dos gastos básicos coberta para a safra. Ainda resta um pouco da safra velha, produto que certamente será bem valorizado nestes próximos meses, porque o con-sumo interno irá crescer forte e bancará cotações mais atrativas do que as praticadas no mercado externo.
FEIJãOAgora somente irrigado comandandoO mercado do feijão já passou pelas duas primeiras
safras e agora temos pela frente somente a colheita
da terceira safra, que chega nos meses de agosto e setembro. Resta quase nada do Nordeste, porque as lavouras de Ribeira do Pombal e região foram ceifadas pelo clima e pela redução da área plantada. Assim, nestes próximos meses as cotações do feijão de boa qualidade caminham para números mais atrativos, entre R$ 130,00 e R$ 160,00. E não deve ser motivo de surpresa se em algum momento a cotação do Carioca Nobre furar a marca dos R$ 200,00.
ARROZReagindo de agora em dianteO mercado de baixa do arroz encerrou em junho,
com julho mostrando os primeiros ajustes positivos. Em agosto, poderemos ter mais fôlego, porque o governo vem com mais apoio, com pregão de Pepro para ração, tirando de campo uma boa fatia do produto excedente. Desta forma caminhamos para ver os indicativos em patamares acima dos R$ 25,00 no mercado do Rio Grande do Sul. Porém, é preciso apontar que o espaço de alta ainda é limitado, porque em julho ainda existiam aproximadamente 1,8 milhão de toneladas de arroz dos nossos vizinhos do Mercosul e que facilmente entrarão aqui, porque o dólar para nós segue em queda, o que resulta em boas cotações aos portenhos, uruguaios e paraguaios. No mercado mundial o valor do arroz aponta para cima, o que pode ser o suporte para algum ganho extra neste segundo semestre.
CURTAS E BOASde milho para etanol, neste novo ano, para a casa das 130,8 milhões de toneladas contra as 128,3 milhões de toneladas que estavam sendo esperadas. Também mostrou avanço para biodiesel, com 1,58 mil toneladas de óleo de soja indo para o biocombustível, contra 1,043 mil toneladas do último ano.
chIna - As compras continuaram agressivas e somente dos EUA levaram mais de três milhões de toneladas de milho em julho. Aponta-se que o país terá necessidade de comprar algo acima das dez milhões de toneladas neste ano, lem-brando que até pouco tempo atrás era exportador e já está disputando o espaço de maior importador mundial do cereal. Para a soja o USDA indica que a China importará 56,5 milhões de toneladas, mas o mercado aponta que o número chegará com facilidade às 60 milhões de toneladas, com grandes expectativas de compras neste segundo semestre.
aRGenTIna - O mercado sofreu com chuvas no período de colheita do milho, que teve atraso, e vai fechando a safra com boas condições, na faixa das 20 milhões de toneladas de milho, 49,2 milhões de toneladas de soja e o trigo nos campos com quase cinco milhões de hectares plantados e esperando colher entre 16 milhões de toneladas e 17 milhões de toneladas.
clIma - Deverá ser o fator mais importante para a safra dos EUA e da Chi-na agora em agosto, porque as lavouras estarão em frutificação e definição de produção.
58 Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
Vlamir Brandalizzebrandalizze@uol.com.br
Os produtores brasileiros estão prontos para mais uma grande safra. Com otimismo, observam as chuvas caírem em ritmo melhor no Sul e no Sudeste, uma vez que, no ano passado, houve registro de tempo seco neste mesmo período. O quadro segue normal no Mato Grosso e em Goiás, que continuam sem muitas precipitações, mas dentro dos níveis considerados normais para a região. Os produtores já negociaram boa parte da safra de soja e milho antecipadamente, para garantir os custos dos principais insumos. Comercialização que cresce a cada ano e dá garantia de lucros aos agricultores, por diminuir os riscos da venda na boca da colheita, normalmente por preços bem menores. Tudo indica que o Brasil irá plantar mais milho e mais soja neste ano, com a oleaginosa apontando que vai bater recorde histórico e chegar aos 25 milhões de hectares, enquanto o milho tende a alcançar mais de 7,5 milhões de hectares, contra aproximadamente 7,1 milhões de hectares plantados no Centro-Sul, na safra passada. Desta forma o País tende a colher novamente uma safra recorde, com expectativas de bater a marca das 80 milhões de toneladas de soja e mais de 36 milhões de toneladas de milho verão, além de uma colheita superior a 12 milhões de toneladas de arroz e mais de um milhão de toneladas de feijão primeira safra. Isso confirmará uma grande safra de verão que chegará entre fevereiro e abril, com concentração de colheita e conse-quente disparada nos preços dos fretes. É preciso lembrar que existe déficit de caminhões no mercado brasileiro, o transporte ferroviário ainda é pouco significativo e, desta forma, a pressão dos preços dos fretes na colheita será muito forte. Resta a recomendação, agora, mais do que nunca, para que o produtor tente escapar da necessidade de vender na boca da colheita. O ideal é que se planeje para não vender, quando estiver colhendo. Apenas entregar contratos, nesse período, ou, pelo menos, ter condição de segurar o produto para comercializar mais tarde, fazendo assim menos pressão de oferta, o que resultará em médias maiores para o ano safra. Os preços atuais e projetados para colheita estão bastante atrativos, o que oferece aos produtores condições de planejamento de vendas, para que não corram riscos de prejuízos ou de ter ganhos e lucros menores. Estamos caminhando para consolidar mais um passo forte na direção de crescimento entre os grandes exportadores mundiais de alimentos, trazendo segurança e lucros aos produtores brasileiros. Mais uma grande safra está começando a aparecer no horizonte e o produtor organizado, sempre lucra mais.
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