fabricação de queijos

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Fabricação de queijos

Tecnologia de Queijos e derivadosProf. Ana Carolina

Fundação Educacional de Fernandópolis - FEF

Fabricação de queijosFluxograma genérico

Escolha e tratamento do leite

Coagulação

Tratamento da massa

Enformagem

Prensagem

Salga

Cura

Fabricação de queijos

Armazenamento

Comercialização

1.Recepção e seleção do leite

boa qualidade microbiológica leite mamítico dificulta a coagulação e dessora da coalhada microrganismos produtores de gás podem causar estufamento a composição do leite é fundamental nas características do queijo

Fabricação de queijos

2. Depuração centrífuga

o leite deve ser filtrado, podendo ser clarificado dependendo da sua qualidade

não se deve homogeneizar o leite pode enfraquecer o coágulo

3. Padronização

manter a mesma relação gordura/extrato seco que deve ter o queijo pronto

Fabricação de queijos

papel da gordura: cor, consistência, sabor, promove melhor retenção da umidade

a padronização pode ser feita centrifugação misturando lotes de leite enriquecendo o leite com extrato seco desnatado

4. Pasteurização

vantagens x desvantagens

destrói mo importantes para a produção de sabor dos queijos durante a cura adicionar culturas lácticas selecionadas

Fabricação de queijos

5. Preparação: na saída do pasteurizador, o leite éresfriado até a temperatura de coagulação e transferido para tanques onde recebe a adição de alguns ingredientes

5.1 Cultura láctea

a cultura atua no queijo desde o começo da fabricação até o final da maturação

acidifica o meio favorecendo a ação do coalho

emprega-se 0,5 a 2% de cultura em relação ao volume do leite Leuconostoc cremoris, Lactococcus lactis, Streptococcus thermophilus, Lactobacilus helveticus

Fabricação de queijos

5.2 Cloreto de cálcio

o cálcio solúvel da fase aquosa do leite está em constante

equilíbrio com o cálcio coloidal ligado às micelas da

caseína. Para uma boa coagulação, as micelas devem

estar saturadas de cálcio. A refrigeração prolongada do

leite a 3-4ºC e a pasteurização provocam um aumento do

conteúdo de cálcio solúvel com perda de cálcio coloidal

o cloreto de cálcio é adicionado para restabelecer o

equilíbrio textura do queijo mais firme

Fabricação de queijos

5.3 Corante

Prato, Gouda, Cheddar corante de origem vegetal urucum ou açafrão

5 a 10 ml de corante para 100 ml de leite coloração amarelada

5.4 Coalho

principal função: promover desnaturação química da caseína. Diminui sua solubilidade, fazendo-a precipitar na forma de coalhada o coalho quebra a K-caseína (Phe-Met)

Fabricação de queijos

6. Coagulação

coagulação pela ação do coalho coagulação pela acidificação

6.1 Coagulação ácida

ocorre devido ao abaixamento do pH até o ponto isoelétrico da caseína por adição de ácido láctico ou acidificação microbiológica

Fabricação de queijos

o coalho natural (renina ou quimosina) é uma enzima proteolítica secretada pelo 4º estômago de ruminante jovens, ou de origem microbiana

é comercializada na forma líquida ou em pó

a pepsina é também uma protease, porém pode provocar sabor amargo ao queijo

o coalho comercial é fabricado para ter uma determinada capacidade coagulante, denominada força, que pode ser afetada por dois fatores:

qualidade do coalho tempo e temperatura de armazenamento

Fabricação de queijos

6.2 Coagulação enzimática

as micelas de caseína são formadas por 4 frações: alfa, beta, gama e kapa. A fração kapa exerce papel protetor sobre as demais frações, evitando que se precipitem na presença de cálcio solúvel. a coagulação se processa em duas fases:

6.2.1 ação enzimáticaA renina promove a ruptura da ligação peptídica ente o aminoácido finilalanina e metionina destruição do efeito protetor da kapa caseína as frações alfa, beta e gama fica susceptíveis à ação do coalho, originando a formação de um complexo chamado paracaseína

Fabricação de queijos

6.2.2 interação com o cálcio

na presença de cálcio, a paracaseína dá origem ao

paracaseinato de cálcio

em repouso, o leite se transforma num gel, ou seja, coagula

a consistência do gel vai aumentando gradativamente,

chegando a um ponto ótimo em função da elasticidade

desejada na massa

Fabricação de queijos

Glucomacrompeptideo

Grupo fosfato: Ca3(PO4)2

Fabricação de queijos

6.3 Fatores que influem na coagulação

6.3.1 acidez do leite

o abaixamento do pH facilita a ação do coalho sobre a caseína pois a acidez reduz sua carga elétrica, diminuindo a estabilidade da caseína

6.3.2 concentração de sais solúveis

se conteúdo de cálcio é baixo coagulação é lenta e coalhada é frágil

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6.3.3 concentração de caseína e fosfato de cálcio coloidal

maior concentração da caseína maior consistência da coalhada

há uma quantidade mínima de fosfato de cálcio para resultar na característica gelatinosa típica

6.3.4 temperatura de coagulação

T ótima: entre 40 e 42ºC não ocorre: T<10ºC e T>65ºC

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6.4 Problemas de coagulação se o leite não coagula bem e a coalhada é cortada mesmo assim, há grande perda de gordura no soro

esse problema pode ser causado por: coalho de má qualidade, corte da coalhada antes do ponto corte efetuado muito rapidamente ou de modo irregular

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7 Tratamento da massa

Após a adição do coalho, deixa-se o leite em repouso até a completa coagulação, que é determinada pela consistência do gel, denominado na prática como ponto de corte

7.1 determinação do ponto de corte

não deve ser feito com a coalhada muito frágil nem muito rígida

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7.2 Corte

o corte inicia-se quando a acidez do soro exsudado da

coalhada eleva-se em 2ºD

a massa é cortada em porções iguais

quanto maior a subdivisão, maior a dessora

utilização de liras: fios de aço inox dispostos verticalmente

ou horizontalmente, ou das duas formas em conjunto

Fabricação de queijos

7.2 corte

Fabricação de queijos

7.3 Agitação e cozimento

finalidade da agitação dos grão de coalhada: evitar aglomeração e acelerar a sua desidratação

o cozimento da coalhada é utilizado em queijos duros

T de cozimento: entre 50 e 60ºC

o cozimento não deve alcançar a T letal da cultura láctea

após 2 horas, a coalhada alcança a consistência conveniente e é enformada

Fabricação de queijos

Fabricação de queijos

7.3 Agitação e cozimento

Fabricação de queijos

Fabricação de queijos

8. Moldagem ou enformagem

8.1 separação do soro: deixar a coalhada repousar e se acumular no fundo do tanque. O soro é retirado por bomba de sucção

8.2 pré-prensagem: é realizada no tanque de fabricação e visa extrair o soro e unir a massa na forma de um bloco

8.3 salga na massa: facilita a dessoragem (agente conservador)

Fabricação de queijos

9. Enformagem

após a pré-prensagem, a massa compactada é subdividida e colocada em formas próprias

as formas geralmente são de plástico contendo um dessorador de tecido sintético

10. Prensagem

objetivo: unir os grãos de massa bloco de estrutura homogênea com formato definido

extração da água livre juntamente com lactose

Fabricação de queijos

11. Salga

melhora sabor inibe crescimento de mo indesejáveis realizada a frio absorvido osmoticamente pela superfície do queijo e se distribui lentamente para toda a massa

11.1 salga seca

11.2 salga em salmoura 35% queijos duros 23% queijos semi duros 19% queijos macios

Fabricação de queijos

Fabricação de queijos

12. Cura ou maturação

reações bioquímicas aroma, consistência, textura

lactose: transformada em ácido láctico

proteína: hidrolisada em compostos mais simples

proteínas proteoses + H2O peptonas + H2O Aa + H2O

T recomendada: 10 a 15 ºC controlar umidade relativa da câmara

Fabricação de queijos

Fabricação de queijos

Fabricação de queijos

13. Embalagem

“cryovac”: plástico termo-encolhível preservam propriedades do queijo, impedindo a formação e propagação de mo

14. Armazenamento

câmaras frias: T entre 0 e 5ºC tempo de vida maior maior remoção de água “Minas Frescal”: 2 semanas “Prato”e “Gouda”: vários meses “Suíço”e “Cheddar”: um ano “Parmesão”: indefinido

Tipos de queijos

Tipos de queijos

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