crescimento e desenvolvimento da criança · crescimento e desenvolvimento da criança ......

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Crescimento e Desenvolvimento da

Criança

Prof. Deyla Isoldi

Crescimento e desenvolvimento são fenômenos diferentes em sua

concepção fisiológica, paralelos em seu curso e integrados em seu

significado; poder-se-ia dizer que são dois fenômenos em um só.

CRESCIMENTO

CRESCIMENTO

CRESCIMENTO - aumento físico do corpo:

como um todo ou em suas partes, pode ser medido em termos

de centímetros ou de gramas.

Traduz aumento do tamanho das suas células (hipertrofia) ou

de seu número (hiperplasia).

DESENVOLVIMENTO

DESENVOLVIMENTO

DESENVOLVIMENTO - conceito amplo que se refere a: uma

transformação complexa, contínua, dinâmica e progressiva,

inclui além do crescimento, a maturação, a aprendizagem e

os aspectos psíquicos e sociais

Processo de humanização, que inter-relaciona:

aspectos biológicos,

psicoafetivos,

cognitivos,

ambientais,

sócio-econômicos e culturais,

mediante o qual a criança vai adquirindo maior capacidade de:

*Mover-se, *coordenar,

*sentir, *pensar,

*e interagir com os outros e o meio que o rodeia.

em síntese, é o que lhe permitirá incorporar de forma ativa e

transformadora a sociedade em que vive

CRESCIMENTO

Fatores que influenciam:

• Genéticos;

• Sistema neuro-endócrino;

• Relação mãe-filho;

• Alimentação;

• Saneamento básico;

• Clima;

• Condições socio-econômico-cultural da família;

• Acesso aos serviços público e privado.

FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO

FATORES DO MEIO AMBIENTE

Após o nascimento, o meio ambiente exerce influência

significativa.

Ex 1. “Baixa estatura de causa psicossocial”,existe não só atraso

no crescimento, mas também no desenvolvimento ósseo,

neuropsicomotor e emocional.

ALIMENTAÇÃO:

Nos períodos de crescimento rápido, a falta de proteínas animais(sobretudo o leite) e a insuficiência de calorias são as carênciasmais prejudiciais para o organismo. Elas geram uma estagnaçãoprecoce da curva do peso. Mas a altura só é perturbada se acarência persiste.

Em caso de má nutrição, a recuperação é tanto mais difícil quantomais jovem for a criança, sobretudo no primeiro ano de vida.

FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO

HIGIENE DE VIDA E HIGIENE CORPORAL

Higiene de vida: é o equilíbrio que resulta das relações entreatividades, as refeições, o repouso e o sono.

Higiene corporal: os cuidados de higiene que se tem com a criançano período de semidependência por que passam.

A higiene é indispensável à saúde física e mental da criança e influina construção de sua personalidade, seu desenvolvimento e naqualidade de sua inserção social.

FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO

CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS E CULTURAIS

Fatores que influenciam mais decisivamente:

Alojamento superlotados e sem salubridade – impedem umaqualidade dos cuidados e facilitam as infecções.

Nível de instrução dos pais – decisivo na qualidade dodesenvolvimento quanto na sua situação econômica

FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO

CONDIÇÕES FÍSICO - AFETIVAS

Esse fator repercute diretamente sobre o seu apetite.

A situação de carência afetiva acarreta angústia, tristeza, faltade apetite.

FATORES GENÉTICOS

Até os 3 anos de idade a ação do meio é preponderante, masdepois dessa idade os fatores genéticos influenciamprogressivamente e com crescente nitidez.

FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO

FATORES ENDÓCRINOS

Papel importante no crescimento da estatura, no amadurecimentodo ossos.

Hormônio do crescimento ou somatotrófico (STH)

Hormônios da tireóide (triiodotironina (T3) e tiroxina (T4))

FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO

Benefícios do acompanhamento do

desenvolvimento

• Alcance do potencial do desenvolvimento normal;

• Identificação precoce de desvio do desenvolvimento normal;

• Tratamento oportuno dos distúrbios identificados;

• Prevenção de disfunções e/ou instalação de sequelas;

• Recuperação total ou regressão importante de distúrbios motores, senso-percepto-cognitivos e de linguagem;

• Facilitação de interação afetiva e socialização;

• Melhoria da auto-estima e satisfação pessoal;

• Otimização de custos.

A intervenção

A intervenção tem como objetivo garantir uma melhoria na

qualidade do atendimento e acompanhamento do desenvolvimento

saudável de nossas crianças promovendo ações que sejam

pertinentes e estruturadas.

Dentre elas podemos citar:

A intervenção

Maximizar o potencial de desenvolvimento da criança

globalmente;

Estimular a conduta adequada à idade e realizar atividades

coerentes;

Favorecer e estruturar o desenvolvimento emocional, cognitivo,

motor e perceptivo da criança;

Motivar, interessar e proporcionar prazer à criança (o brincar é

um fator primordial para o desenvolvimento infantil);

A intervenção

Crianças com desenvolvimento mais atrasado devem ser

intensamente estimuladas, mas todas as crianças devem

receber estímulos;

A criança deve movimentar-se e tornar a manter posturas

ativamente;

A intervenção

As condições que impedem ou dificultam o desenvolvimento

devem ser afastadas ou atenuadas;

Respeitar a maturidade do bebê para cada etapa do

desenvolvimento

O PESO AO NASCER

O indicador que melhor retrata o que ocorredurante a fase fetal é o peso de nascimento dacriança.

Peso ao nascer menor que 2.500 g podem serdecorrentes de prematuridade e/ou déficit decrescimento intra-uterino.

Recém-nascidos com menos de 2.500 g sãoclassificados, genericamente, como de baixo pesoao nascer.

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PARÂMETROS PONDERAIS

Ganho ponderal mensal nos dois primeiros anos de vida

Até 3 meses 750 a 900 gramas por mês

De 3 a 6 meses 600 gramas por mês

De 5 meses a 1 ano 300 a 400 gramas por mês

De 1 a 2 anos 200 a 300 gramas por mês

Evolução do peso de 0 a 2 anos

Peso do nascimento (PN) 3.300 ±500 gramas

Peso ± 5 meses x 2

Peso ± 1 ano PN X 3

Peso ± 2 anos PN X 4

Ganho ponderal anual de 2 a 7 anos

De 2 a 3 anos 1.800g a 2000g por ano

De 3 a 4 anos 1.800g ± por ano

De 4 a 5 anos 1.650g ± por ano

De 5 a 7 anos 1.500g ± por ano

PESO

23

Independente da causa desencadeante, o peso de nascimento

inferior à 2.500g é o fator de risco mais comumente associado

às mortes perinatais, e representa um dos principais indicadores

de risco para o crescimento pós-natal, devendo ser investigado

em cada criança atendida.

PESO

Toda criança com história de baixo peso

ao nascer deve ser considerada como

criança de risco nutricional e

acompanhada com maior assiduidade

pelos serviços de saúde, principalmente

no primeiro ano de vida.

24

Índice de Massa Corpórea (IMC)

O diagnóstico e os testes para aferição de sobrepeso e

obesidade são controversos em crianças. Na prática, utiliza-se a

medida do peso e da altura por serem facilmente obtidos no

exame físico. As crianças obesa tendem a ser adultos obesos.

40% das crianças obesas se tornarão adultos obesos.

ESTATURA

A estatura é uma medida fiel do crescimento de uma criança. Suacurva espelha a vida anterior e torna visível toda a história docrescimento. Com efeito, a desnutrição só se retrata tardiamentesobre a altura do corpo da criança; uma lentidão no crescimento daestatura indica o começo de uma desnutrição dois a três mesesantes.

A estatura é uma medida estável e regular.

GANHO ESTATURAL

Ganho estatural de 0 a 4 anos Estimativa da estatura

No primeiro ano de vida Ao nascimento ± 50 cm

De 0 a 3 meses (3cm/mês) A 1 ano ± 75 cm

De 3 a 6 meses (2cm/mês) Aos 2 anos ± 82cm

De 6 meses a 1 ano (1-1,5cm/mês) Aos 3 anos ± 91 cm

Entre 1 e 2 anos (1cm/mês) Aos 4 anos ± 1m

Entre 2 e 4 anos (0,75cm/mês)

CRESCIMENTO DOS ÓRGÃOS E SEGMENTOS DO CORPO

PERÍMETRO CRANIANO (PC)

O cerébro de um bebê se desenvolve de modo considerável. Seu volume vaide 25% a 60% em apenas 12 meses, em relação ao volume que ocupa numapessoa adulta. Isso explica o aumento rápido do perímetro craniano e aimportância da medição regular, sobretudo no primeiro ano de vida.

O controle do perímetro craniano tem o objetivo de detectar anomaliacerebral. Esta pode ser particularmente grave no período de crescimentorápido.

O aumento acelerado ou uma parada brusca do aumento do PC é patológico.

PERÍMETRO CRANIANO

PERÍMETRO CRANIANO

Perímetro craniano ao nascimento: 33 cm±

1° trimestre: + 5 cm

2° trimestre: + 5 cm

3° trimestre: + 2 cm

4° trimestre: +1 cm

Aos 12 meses: 47 cm

Aos 18 meses: 48 cm

Aos 2 anos: 49 cm

Aos 13 anos: 50 cm

Na idade adulta: 57 cm

PERÍMETRO TORÁCICO (PT)

A característica dessa medida consiste na mudança de sua relação com o

perímetro craniano (PC).

Relação entre PC e PT:

Até os 6 meses: PC é superior a PT

Cerca de 6 meses: PC é igual a PT

Cerca de 9 meses: PC é inferior a PT

DESENVOLVIMENTO

A diversidade conceitual não deve desviar nossa atenção do que é

essencial: conhecer o desenvolvimento normal e suas variações

para que se possa oferecer orientações à família, e em caso de

necessidade, fazer o encaminhamento para diagnóstico e

intervenção, o mais precocemente possível.

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EQUIPE DE SAÚDE

A equipe deverá conhecer os aspectos mais relevantes do

desenvolvimento e estar preparada para fazer algumas

intervenções, se necessário, mas principalmente identificar com

clareza aquelas crianças que devem ser referidas para tratamento

especializado.

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Condições básicas dodesenvolvimento na infância

A palavra infante vem do latim infans, que significa incapaz de

falar.

Geralmente, define o período que vai do nascimento até

aproximadamente dos 2 aos 3 anos de idade, quando a fala já se

transformou em instrumento de comunicação.

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Condições básicas dodesenvolvimento na infância

Nessa fase, muitos eventos ocorrem pela primeira vez: oprimeiro sorriso, a primeira palavra, os primeiros passos, oprimeiro alcançar de um objeto.

A criança é um ser dinâmico, complexo, em constantetransformação, que apresenta uma sequência previsível eregular de crescimento físico e de desenvolvimentoneuropsicomotor.

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Condições básicas dodesenvolvimento na infância

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Fatores Intrínsecos

Fatores Extrínsecos

Provocam variações de um indivíduo para

outro e que tornam único o

curso do desenvolvimento de cada criança

FATORES INTRÍNSECOS

Determinam as características físicas da criança, a cor dos seus

olhos e outros atributos geneticamente determinados.

FATORES EXTRÍNSECOS

Começam a atuar desde a concepção, estando diretamenterelacionados com o ambiente da vida intra-uterina, proporcionadopela mãe por meio das suas condições de saúde e nutrição.

Além disso, mãe e feto sofrem os efeitos do ambiente que oscircunda.

O bem-estar emocional da mãe também influencia de formasignificativa o bem-estar do feto, embora esse tipo de influêncianão funcione, necessariamente, como causa direta de problemasde desenvolvimento ulteriores.

Características Biológicas

O ser humano apresenta algumas características que odiferenciam dos outros animais:

Posição ereta: passando por várias etapas preditivas e pré-determinadas que se traduzem como desenvolvimento motor;

Aparelho visual e flexibilidade manual;

Capacidade de se comunicar através da fala: A avaliação da falae linguagem sempre consta de qualquer escala ou roteiro deavaliação do desenvolvimento da criança.

Características Biológicas

Evolução social o homem vive em uma estrutura social complexa

e desde cedo o bebê tem de se adaptar à mãe e aos outros

Nos roteiros de avaliação, essa área está sempre presente,

denominada como social ou pessoal social.

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Aspectos neurológicos

Do ponto de vista biológico, o desenvolvimento neurológico inicia-se desde a concepção.

As interações do indivíduo com o seu meio ambiente modelam,ao longo de sua vida (incluindo a intra-uterina), tanto a estruturacomo o funcionamento do seu sistema nervoso central (SNC) oqual, por sua vez, cresce e se desenvolve com grandevelocidade, nos primeiros anos de vida.

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Aspectos psíquicos

Diferentemente das estruturas biológicas, em que os fatorescongênitos são determinantes, o psiquismo do ser humano seconstitui no decorrer das relações/trocas realizadas entre a criançae os outros, desde os primórdios de sua vida.

Em decorrência dessa afirmação, ganha relevo a participaçãodaqueles que dela cuidam e fazem parte do mundo da criança,especialmente os pais.

50

52

Períodos ou etapas do desenvolvimento

Cada um desses períodos tem suas próprias características e

ritmos ainda que não se deva perder de vista que cada criança tem

seu próprio padrão de desenvolvimento.

53

Período pré-natal (da concepção ao

nascimento)

O feto reage ao movimento e sono maternos, e que

ainda dentro do útero difere de sua mãe por sua própria

dinâmica de maturação;

Possui certo grau de autonomia, na medida em que seu

funcionamento sensorial não está em total conexão com a

vida sensorial da mãe;

Pode reagir a sons, seu ciclo de sono-vigília não

coincide necessariamente com o da mãe, já possui um

certo grau de olfato, visão e tato.

54

Período neonatal (0 a 28 dias de vida)

As respostas a estímulos evoluem de reflexos generalizados,

envolvendo todo o corpo para ações voluntárias, definidas pelo

córtex.

São os chamados reflexos corticais. Essa especialização permite

à criança passar de reações simétricas, involuntárias em respostas

ao meio ambiente (gritar, agitar os braços, dar pontapés), para

movimentos assimétricos voluntários, em função de determinado

estímulo.

55

Essas funções nervosas, ou reflexos, podem, conforme sua evolução, ser divididas em três grupos:

Manifestações normais durante algum tempo e que desaparecem

com a evolução, somente reaparecendo em condições patológicas:

reflexo tônico cervical e de retificação corporal, ambos

desaparecendo com 1 ou 2 meses de idade; reflexo de Moro, que

desaparece em torno de 4-6 meses; e o sinal de Babinski, que

quando bilateral, pode ser normal até 18 meses;

56

Reflexos que existem normalmente, desaparecem com a evolução

e reaparecem como atividades voluntárias: reflexo de preensão,

sucção e marcha, por exemplo;

Manifestações que persistem por toda a vida: os vários reflexos

profundos e os reflexos cutâneos abdominais.

Essas funções nervosas, ou reflexos, podem, conforme sua

evolução, ser divididas em três grupos:

57

Primeira infância: lactente(29 dias a 2 anos)

ocorrem as maiores e mais rápidas modificações no desenvolvimento da

criança, principalmente no tocante ao domínio neuropsicomotor.

A criança evolui de brincadeiras com as mãos e a boca para brincadeiras

com os pés e a boca o que lhe permite usar parte de seu próprio corpo como

uma experiência de prazer desligada da necessidade.

A criança suga o dedo e as mãos não necessariamente porque está com

fome, mas sim porque isso é gostoso e às vezes lhe acalma.

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os ritmos de sono, alimentação e excreção vão se estabelecendo a

partir da presença e ausência da mãe (alternância): a mãe que ora

está presente ora não está; ora fala com o bebê, ora se cala; ora lhe

oferece o seio, ora lhe tira, imprime certa coordenação às funções

orgânicas do bebê.

Ele começa a aprender a diferenciar o dia da noite e a tolerar

melhor a distância entre uma mamada e outra.

Primeira infância: lactente

(29 dias a 2 anos)

Desenvolvimento do Lactente (29 dias a 2 anos)

Refere-se a aquisição de um conjunto de habilidades básicas. O

desenvolvimento começa na fecundação e termina aos 8 ou 9 anos de idade.

A medida em que se dá a mielinização e conexão das fibras nervosas,

alguns reflexos vão sendo substituídos por comportamentos intencionais, ou

alguns desaparecem.

Avaliação do desenvolvimento é muito importante na proteção e

assistência preventiva – identificar precocemente as anormalidades do

desenvolvimento, principalmente nos primeiros anos de vida, prevenindo,

assim, problemas que podem deixar sequelas irreversíveis.

Desenvolvimento do Lactente (29 dias a 2

anos)

ESTAGIOS PSICOSSEXUAIS (FREUD) – oral-sensitivo (sucção,

mordedura, mastigação e vocalização).

ESTAGIOS PSICOSSOCIAIS (ERICKSON) –confiança versus

desconfiança – é um momento de conseguir e de reconhecer

através de todos os sentidos.

ESTAGIOS COGNITIVOS (PIAGET) – sensório-motora

(nascimento aos 2 anos de idade) – evolui do comportamento por

reflexo para atos simples e repetitivos para atividade de imitação e

descobertas.

61

ESTÁGIOS PSICOSSEXUAIS (FREUD)

Fase Oral

Período: de 0 a 1 ano aproximadamente.

Características principais:

A região do corpo que proporciona maior prazer à criança é a boca.

É pela boca que a criança entra em contato com o mundo, é por esta razão

que a criança pequena tende a levar tudo o que pega à boca.

O principal objeto de desejo nesta fase é o seio da mãe, que além de alimentar

proporciona satisfação ao bebê.

É a fase de reconhecimento do externo. Cores primárias e vibrantes

despertam a atenção das crianças nessa fase.

62

Fase Anal

Período: 2 a 4 anos aproximadamente

Características:

Neste período a criança passa a adquirir o controle dos esfíncteres e a zona de maior

satisfação é a região do ânus.

A criança descobre que pode controlar as fezes que saem de seu interior, oferecendo-as à

mãe ora como um presente, ora como algo agressivo.

É nesta etapa que a criança começa a ter noção de higiene.

Ela começa a ter noção de posse e quer pegar os objetos, tocá-los e ver que aquilo faz parte

de algo fora do limite do seu corpo.

ESTÁGIOS PSICOSSEXUAIS (FREUD)

63

Fase Fálica

Período: de 4 a 6 anos aproximadamente.

Características:

criança volta-se para a região genital e ela apresenta um forte comportamento

narcisista, de representação de si, onde cria uma grandiosa imagem de si

mesma.

Inicialmente a criança imagina que tanto os meninos quanto as meninas

possuem um pênis. Ao serem defrontadas com as diferenças anatômicas entre

os sexos, as crianças criam as chamadas "teorias sexuais infantis", imaginando

que as meninas não tem pênis porque este órgão lhe foi arrancado (complexo de

castração).

ESTÁGIOS PSICOSSEXUAIS (FREUD)

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Fase de Latência

Período: de 6 a 11 anos aproximadamente.

Características:

este período tem por característica principal um deslocamento da libido da

sexualidade para atividades socialmente aceitas, ou seja, a criança passa a

gastar sua energia em atividades sociais e escolares.

Fase Genital

Período: a partir de 11 anos.

Características:

Neste período, que tem início com a adolescência, há uma retomada dos

impulsos sexuais, o adolescente passa a buscar, em pessoas fora de seu grupo

familiar, um objeto de amor.

ESTÁGIOS PSICOSSEXUAIS (FREUD)

65

Aprimoramento das habilidades, a capacidade de comunicação, locomoção

(andar e correr com segurança, subir escadas, etc.), manuseio de objetos e jogos

simbólicos. É a idade do explorar e do brincar.

Embora essas funções tenham certa autonomia neuromotora, elas não se

organizam, dependendo da atividade centralizadora do psiquismo que possibilita

suas articulações numa direção determinada por cada sujeito.

Infância (segunda infância oupré-escolar - 2 a 6 anos)

66

Se essa organização psíquica falhar, uma criança pode adquirir, por exemplo, a

função da marcha ,começar a andar , mas não saberá para onde se dirigir, pode

começar a falar, mas não saberá fazer escolhas, falar de si, fazer planos.

Época dos jogos simbólicos, ou seja, das brincadeiras do faz-de-conta.

É comum, nesse período, surgirem manifestações de medo (de escuro, água,

animais domésticos, etc.), isso implica que a criança percebe que existem limites,

que ela não pode tudo, que existe uma lei reguladora dos atos humanos a qual

ela tem que se submeter.

Infância (segunda infância oupré-escolar - 2 a 6 anos)

67

Pode-se supor a ocorrência de algum problema de origem orgânica quando o

desenvolvimento não vai bem: por exemplo, síndrome de Down, paralisia

cerebral, possíveis complicações decorrentes da prematuridade, doenças

metabólicas, etc.

A preocupação, o olhar sobre a dupla mãe-bebê, nos permitirá acompanhar os

desdobramentos dessas patologias que tanto afetam o desenvolvimento das

crianças.

Problemas no desenvolvimento

68

Quando uma criança nasce com alterações orgânicas, o contraste

entre o filho esperado e o que acaba de nascer afeta radicalmente a

função materna.

Problemas no desenvolvimento

A consequência de um distanciamento entre a mãe e o filho pode

ser grave, se prolongada por alguns meses, até irreversível. Assim,

não se deve perder a oportunidade de se intervir o mais

precocemente nas manifestações patológicas do sistema nervoso e

neuromuscular.

69

A criança existe para a

mãe mesmo antes de

nascer, ou até mesmo

antes de ser concebida, e

esse desejo materno pelo

filho pode influenciar

vários aspectos do seu

desenvolvimento.

70

Ficha de Acompanhamento

do Desenvolvimento

Deve ficar no prontuário da criança; e a padronização para o seu uso, no

consultório.

Sempre utilizar a mesma forma de padronização o que facilitará o exame e

dará maior confiabilidade aos achados clínicos.

O profissional anotará a sua observação no espaço correspondente à idade

da criança e ao marco do desenvolvimento esperado, de acordo com a

seguinte codificação:

P = Presente

A = Ausente

NV = Não Verificado

74

Ao se aplicar a ficha, algumas das seguintes situações podem

ocorrer:

•Presença das respostas esperadas para a idade. A criança está se

desenvolvendo bem e o profissional de saúde deve seguir o calendário de

consulta;

•Falha em alcançar algum marco do desenvolvimento para a idade.

•Antecipar a consulta seguinte; investigar a situação ambiental da criança, relação

com a mãe, oferta de estímulos.

75

• Sugere-se orientar a mãe para brincar e conversar com a criança

durante os cuidados diários;

•Persistência do atraso por mais de duas consultas (ou ausência do

marco no último quadro sombreado).

Se verificado, encaminhar a criança para referência ou serviço de

maior complexidade.

Ao se aplicar a ficha, algumas das seguintes situações

podem ocorrer:

0 A 1 Mês

76

1 A 2 MESES

77

3 A 4 MESES

78

5 A 6 MESES

79

7 A 9 MESES

80

10 A 12 MESES

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Sinais Vitais da Criança

Frequência respiratória diminui – tipo abdominal, irregular e nasal.

Devido as estruturas do trato respiratório serem poucodesenvolvidas - Maior probabilidade à infecções respiratórias.

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Frequência cardíaca diminui

Alterações hematopoiéticas – HgF – 2 a 3 meses – pode levar a anemiafisiológica

Processos digestivos imaturos – abdômen globoso e flácido

Os esfíncteres estomacais, cárdia e piloro imaturos – regurgitação e vômitos.

Capacidade do estômago – RN= 40 - 50ml *1 mês = 60- 70ml; * 3 meses =100 a120ml; * 5 meses= 150-200ml e de 6 meses a 1 ano = 200 –250ml

84

Erupção dos dentes –sequência ordenada, em torno de 6 a 7

meses.

Os primeiros dentes primários são os incisivos centrais inferiores,

que surgem aproximadamente 6 a 8 meses de idade.

Avaliar os dentes decíduos durante os 2 primeiros anos = idade

de criança em meses – 6 = número de dentes.

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O fígado é o mais imaturo dentre todos os órgãosgastrointestinais.

Sistema urinário imaturo - micções frequentes

Sistema Imunológico –IgG materna – imunidade porcerca de 3 meses. A partir do segundo mês ele começaa produzir seus próprios anticorpos e, gradativamente,suas próprias linhas de defesa orgânica vão se tornandomais eficientes.

86

Regurgitação – retorno do alimento não digerido no estômago,geralmente acompanhado de eructação e vômito – expulsãoviolenta ou não de conteúdo gástrico, com ou sem náuseas.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM –

**Promover eructação;

**Posicionar à criança semi-elevada, após a alimentação,movimentação mínima da criança

87

Problemas relacionados à

alimentação

Cólicas - dor abdominal - que ocorre até 03 meses – Possíveis fatoresetiológicos: alimentação muito rápida, ingestão excessiva, deglutição de ar emquantidades excessivas, técnicas inadequadas de alimentação e estresse.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM –

**Promover eructação; ambiente tranqüilo;

**Fazer movimentos de flexão dos MMII;

**Colocar à criança em decúbito ventral;

**Fazer massagem e aplicar calor no abdômen;

**Favorecer evacuações;

**Orientar quanto aos cuidados com o uso da mamadeiras (caso à criança nãoesteja em aleitamento materno exclusivo; e o **tipo de alimentação da mãe;etc.

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Obstipação intestinal- evacua sistematicamente fezes endurecidas e comsofrimento.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM –

Alimentação adequada.

Eructação – emissão ruidosa e brusca pela boca das gases do estômago

Posicionar a criança corretamente para eructar

Soluços – mais comum até 3º mês. Inspiração breve, espasmódica, comcontração do diafragma. Imaturidade neuromuscular e distensão gástrica queocorre após a mamada.

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Problemas relacionados à Higiene

Dermatite de fraldas ou assaduras

CUIDADOS DE ENFERMAGEM –

Manter pele seca e limpa;

Cuidado com o uso excessivo de sabonete,

Expor a região ao ambiente, deixando à criança sem fralda,

Expor o local ao sol ou foco de luz (10 a 20 minutos - distância de 40 a 50cm).

**Diarréia fisiológica do RN- ocorre entre o 3º e 7º dia de vida

**Exaltação do reflexo gastrocólico – eliminação das fezes durante ou logo após amamada.

90

PROMOÇÃO DE UMA SAÚDE ÓTIMA DURANTE A LACTÂNCIA

NUTRIÇÃO – leite materno – até os primeiros 6 meses e no Segundosemestre– leite materno (desmame gradual) e introdução de alimentos sólidos.

Deve ter cuidado com os distúrbios vitamínicos, de sais minerais, desnutriçãoproteíco-calórica, alergia alimentar, intolerância à lactose.

SONO e ATIVIDADE – variam entre os lactentes – 3 a 4 meses – padrãonoturno de sono de 9 a 11 horas. O período total diário de sono é deaproximadamente 15 horas. Problemas de sono durante a fase de lactância.

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PROMOÇÃO DE UMA SAÚDE ÓTIMA DURANTE A LACTÂNCIA

SAÚDE DENTAL – higiene oral com fralda úmida

Erupção dentária – entre 6 e 8 meses

No fim do primeiro ano – 6 ou 8 dentes

Deve ser desencorajado o uso de mamadeira

IMUNIZAÇÕES

PREVENÇÃO DE ACIDENTES

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PROMOÇÃO DE UMA SAÚDE ÓTIMA DURANTE A LACTÂNCIA

Cuidados com a higiene do bebê e roupas

Cuidados com o quarto do bebê

Cuidados com o banho do bebê

Cuidados com o banho de sol

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Bons cuidados - maior Resiliência

Crianças que têm continuamenteinterações saudáveis com pessoas que

as cuidam bem, se tornam melhorpreparadas emocionalmente e

biologicamente, para aprender e trabalhar estresses ou

desapontamentos do dia a dia de nossas vidas.

AÇÕES PRIORITÁRIAS

Capacitação dos profissionais de saúde (médicos e

enfermeiros)

Capacitação dos agentes de saúde

Definição de papéis e fluxo de encaminhamentos

AÇÕES PRIORITÁRIAS

Estabelecimento de parcerias

difundir conhecimentos e realizar projetos em comum para a promoção e

acompanhamento do Desenvolvimento Infantil (criação de áreas de lazer,

bibliotecas e brinquedotecas móveis, teatro infantil)

Adequação dos espaços físicos

criação de espaços lúdicos e disponibilização de brinquedos, jogos,

material para rabiscação, etc)

AÇÕES PRIORITÁRIAS

Envolvimento da comunidade

na definição de propostas e execução das mesmas

Grupos de gestantes e pais

Promover desde a gestação (buscado sempre a participação do

pai) discussão e aprofundamento sobre Desenvolvimento infantil e

Estimulação Essencial, destacando o papel da afetividade

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica.Saúde da criança: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil / Ministério daSaúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.

COLLET, N.; OLIVEIRA, B. R. G. Enfermagem pediátrica. Goiânia: AB, 2002. 185p.

ISSLER, H.; LEONE, C.; MARCONDES, E. Pediatria na atenção primária. São Paulo: Saraiva,1999.

SIGAUD, C. H. S.; VERÍSSIMO, M. D. L. O. R. Enfermagem pediátrica: o cuidado deenfermagem à criança e ao adolescente. São Paulo: EPU, 1996.

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Referências

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