câncer ginecológico 2017 revisado em agosto

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ÂNGELA LESSA DE ANDRADEEnfermeira Obstetra, sanitarista, sexóloga e enfermeira do trabalho.

Especialista em Micropolítica.Mestre UPE em promoção à saúde.

A CONSULTA EXIGE OS SEGUINTES PRÉ-REQUISITOS:

• Presença de terceiros em casos específicos(problemas mentais, violência sexual);

• Consentimento da cliente;

• Bexiga vazia;

• Reto e cólon preferencial mente esvaziados;

• Boa luz no ambiente;

• Privacidade.

• A cliente deve se despir e vestir roupão/camisola coma abertura para frente (se possível com materialdescartável ou com lavagem garantida).

Exame Ginecológico

• Exame físico geral.

• Exame físico especial.

• Exame das mamas.

• Exame da vulva.

• Exame especular.

• Exame do toque vaginal.

Exame Ginecológico

• Exame físico geral:

–Pressão arterial.

–Pulso.

–Temperatura.

–Estatura.

–Peso.

Exame Ginecológico

• Exame físico especial:

–Cabeça e Pescoço.

–Aparelho respiratório.

–Aparelho urinário.

–Aparelho cardiovascular.

Exame Ginecológico

• Exame físico especial:

–Abdômen (exame obrigatório):

• Inspeção: forma, tensão, presença de estrias, cicatrizes, pigmentação e ascite.

• Palpação.

• Percussão.

• Ausculta.

Exame das mamas

• Exame das mamas:– Inspeção: observar características e alterações.

• Estática.• Dinâmica.

– Palpação:• Exames de linfonodos: axilares, supra e

infraclaviculares, paraesternais (paciente sentada).

• Exame das mama: Técnica de Bloodgood, Técnica de Velpeau, expressão mamária (paciente deitada).

• Inspeção estática (paciente sentada ou ereta).

– Observar as mamas quanto a:

• Tamanho.

• Contornos.

• Forma.

• Simetria.

• Abaulamentos e retrações.

• Pigmentação areolar.

• Morfologia da papila.

• Circulação venosa.

ALGUNS SINAIS INCLUEM:

• Mudança de cor,

• Reentrâncias,

• Enrugamentos do tipo casca de laranja,

• Elevação da pele em uma área do seio;

• Tamanho ou formato do seio;

• Secreção no mamilo ou aréola

• Um ou mais nódulos nas axilas.

mamas simétricas mamas pendentes

Polimastia Politelia

Linha mamária Politelia e Polimastia

Mamas assimétricas Inversão do mamilo

Inversão de mamilo Retração do mamilo

Peau d’orange Mastite

• Inspeção dinâmica:

– Elevar os membros superiores ao nível da cabeça.

– Estender os membros e realizar inclinação anterior do tronco para frente.

– Contração da musculatura peitoral.

Inspeção estática Inspeção dinâmica

Contração dos músculos peitorais

Contração dos músculos peitorais

Anatomia mamária Cadeia linfática

• Incidência de câncer de mama de acordo com os quadrantes:

– 50% no QSL.

– 17% no retro areolar.

– 15% no QSM

– 11% no QIL.

– 6% no QIM.

• Exame de mamas

– Téc. Bloodgood.

– Téc. Velpeau.

– Expressão das mamas e mamilos.

• Exame de mamas– Técnica de Bloodgood: exame circular,

atingindo todos os quadrantes no sentidohorário e centrípeto, realizado com as polpasdigitais.

– Técnica de Velpeau: exame circular, atingindotodos os quadrantes no sentido horário ecentrípeto, realizado com a mão espalmada.

– Expressão da mamas e mamilos: observarsaída de secreções e características (leitosa,água de rocha, purulenta e sanguinolenta).

Exame dos gânglios linfáticos axilares

Exame dos gânglios linfáticos supra e infraclaviculares

Pesquisa de nodulações e gânglios linfáticos Pesquisa de gânglios linfáticos

Palpação das mamas Expressão das mamas

autoexame das mamas

PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA

CÂNCER DE MAMA

Câncer de Mama:

• Alta frequência;

• Muito temido;

• Psicologicamente afetam a própria imagem;

• Causa maior número de mortes;

• Alguns fatores ambientais e comportamentais são associados, mas estudos epidemiológicos não fornecem evidência conclusiva.

• Ações de promoção à saúde dirigidas aocontrole das doenças crônicas nãotransmissíveis (o que inclui o câncer de mama)devem focar os fatores de risco,especialmente a obesidade e o tabagismo.

São consideradas mulheres de risco elevado aquelas com:

• lesão mamária proliferativa com atípia comprovada em biópsia;

• um ou mais parentes de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com câncer de mama antes de 50 anos;

• um ou mais parentes de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com câncer de mama bilateral ou câncer de ovário;

• história familiar de câncer de mama masculina; lesão mamária proliferativa com atipia comprovada em biópsia.

INTRODUÇÃO

- Mama: possui de 15 a 20 lobos que são feitos porlóbulos e ductos lactíferos.

- Câncer de mama pode ser iniciado nos ductos(carcinoma ductal) ou nos lóbulos (carcinomalobular).

- Carcinoma infiltrante ou invasivo: Tumor começanuma determinada área e se espalha para outra.

Estrutura da mama e localização do tumor

• Os achados radiográficos são descritos como:

- Nódulos: qualquer opacidade com algum contorno arredondado e definido segundo a forma, os contornos e a densidade.- Microcalcificações agrupadas: de acordo com sua morfologia e distribuição.- Distorção focal de arquitetura: espiculações em uma região da mama ou uma retração focal do contorno parenquimatoso denso.

•Quanto as categorias de classificação BI-RADS:

- 0: A avaliação foi incompleta. É necessário realizar novos exames.- 1: Nada foi encontrado. O controle é feito anualmente a partir dos 40 anos.- 2: Achados benignos. O controle é feito anualmente a partir dos 40 anos.- 3: Provavelmente benignos. O controle é feito semestralmente. Às vezes indica-se a biópsia.- 4: Anomalias suspeitas (A, B e C sendo menor, média e maior suspeita, respectivamente). Indica-se a biópsia.- 5: Provavelmente maligno. Indica-se biópsia e esclarecimento definitivo.- 6: Já existe diagnostico do câncer.

ESTÁGIOS DA DOENÇA“ESTADIAMENTO"

• Estágio 0: Fase bem inicial,“in situ”.

• Estágio 1: Fase inicial,tumor menor que 2 cm, não invade a área do seio.

• Estágio 2: Tumor de 2 a 5 cm,nódulos linfáticos da região axilar.

• Estágio 3: Maior que 5 cm, nódulos linf. Axilares,tórax ou camada mais externa da pele.

• Estágio 4: Afeta nódulos e atinge outros órgãos (tumores secundários).

FATORES DE RISCO

• Sexo: principalmente mulheres

• Idade: mais avançada

• Fatores genéticos (histórico familiar)

• Menstruação antes dos 13 e menopausa depois dos 50 anos.

• Anticoncepcionais

• Alimentação

• Fatores ambientais

• Fumo

COMO DETECTAR?

• Auto – Exame

COMO DETECTAR?Nem todas as mulheres apresentam nódulos. Possíveis

sinais:

- Dores ou sensibilidade

- Mudança na forma ou tamanho

- Veias mais proeminentes

- Endurecimento ou escamação

- Vermelhidão,mudança de textura,secreção

- Inchaço na altura dos braços ou debaixo dos mesmos.

COMO DETECTAR?• Mamografia: Melhor método, porém não é 100%

eficaz.

E se o tumor for cancerígeno?- Determinar tamanho e estágio (biópsia)

- Raio X, fotos dos ossos,imagem de ressonância magnética(MRI)

Epidemiologia

• Segunda neoplasia maligna mais comum entre mulheres no mundo.

• No Brasil é a segunda neoplasia maligna mais frequente do sexo feminino

• Anualmente, por cerca de 500 mil casos novos

• Número de casos novos do câncer do colo do útero esperados no ano de 2010 é de 18.430

• Risco estimado de 18,5 casos a cada 100 mil mulheres

• Óbito de aproximadamente 230 mil mulheres

O que sabemos...

• Na maioria dos casos ocorre de forma lenta,passando por fases pré-clínicas detectáveis ecuráveis.

• Estima-se que o tempo médio entre a lesãoinicial e a fase clínica seja de 10 a 15 anos,permitindo um alto potencial de prevenção ecura.

PROMOÇÃO

• Uma alimentação saudável pode reduzir aschances de câncer em pelo menos 40%.

• Atividade física regular, qualquer atividade quemovimente seu corpo;

• Evitar ou limitar a ingestão de bebidas alcoólicas;

• Parar de fumar!

A prevenção do câncer do colo do útero

• Exame ginecológico

• Papanicolau (citopatológico do colo do útero)

• O objetivo principal do Papanicolau édiagnosticar as lesões pré-malignas do câncerdo colo do útero.

• Este exame permite, através de umaamostragem de células coletadas do colo doútero, detectar células anormais pré-malignasou cancerosas.

FAIXA ETÁRIA E PERIODICIDADE PARA REALIZAÇÃO DO EXAME PREVENTIVO DO

COLO DO ÚTERO

SITUAÇÕES ESPECIAIS

• Mulher grávida: não se deve perder a oportunidadepara a realização do rastreamento. Pode ser feito emqual quer período da gestação, preferencialmente atéo 7º mês. Não está contra indicada a realização doexame em mulheres grávidas, a coleta deve ser feitacom a espátula de Ayre e não usar escova de coletaendocervical.

• Mulheres virgens: a coleta em virgens não deve serrealizada na rotina. A ocorrência de condilomatosegenitália externa, principalmente vulvar e anal, é umindicativo da necessidade de realização do exame docolo, devendo-se ter o devido cuidado e respeitando avontade da mulher.

Mulheres submetidas a histerectomia:

• Histerectomia total recomenda–se a coleta deesfregaço de fundo de saco vaginal.

• Histerectomia subtotal: rotina normal

Mulheres com DST: devem ser submetidas àcitopatologia mais frequentemente pelo seumaior risco de serem portadoras do câncer docolo do útero ou de seus precursores.

Já as mulheres com condilomas em genitáliaexterna não necessitam de coletas maisfrequentes do que as demais, salvo emmulheres imunossuprimidas.

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TRATAMENTOQUIMIOTERAPIA:- Terapia adjuvante ou neoadjuvante.- Medicamentos citotóxicos que interferem no crescimento e

divisão das céls. cancerígenas.

PROTOCOLOS: - CMF (Ciclofosfamida + MTX + 5FU)- CAF (Ciclo + Adriamicina + 5FU)- FEC (5FU + Epirrubicina + Ciclo)- AC (Adriamicina + Ciclo)

Efeitos colaterais: Queda de cabelo, enjoo, falta de apetite, fadiga, baixa contagem de céls. sanguineas.

Exame da vulva

Exame Ginecológico

Exame Ginecológico

Exame da vulva:

• Monte de Vênus.

• Grandes lábios.

• Pequenos lábios.

• Vestíbulo vulvar.

• Clitóris.

• Meato uretral.

• Gl. de Bartholin.

• Fúrcula vaginal.

• Períneo.

• Hímen ou carúnculas.

Exame da vulva: Monte de Vênus.

• Coxim gorduroso.

• Pele recoberta por pêlos curtos e grossos.

• Glândulas sebáceas e sudoríparas.

• Zona erógena.

• Distribuição pilosa de forma triangular de base voltada pra cima recobrindo os grandes lábios.

• Prurido sugere problemas dermatológicos.

Exame da vulva: Grandes lábios.

• Atingem seu desenvolvimento após puberdade.

• Atrofiam após menopausa.

• Homólogos do escroto.

• Proteção mediana da vulva.

• Sede de doenças infecciosas (granuloma, herpes, condilomas e outros).

• Transformação maligna.

Exame da vulva: Pequenos lábios.

• Pele pigmentada (cor varia conforme padrão racial).

• Glândulas sudoríparas.

• Formam o prepúcio clitoriano.

• Estrógeno-dependente.

• Vascularizado.

• Aumentam conforme excitação.

• Sítio de lesões infecciosas e transformação maligna.

Exame da vulva: Vestíbulo vulvar.

• Forma triangular.

• Delimitado anteriormente pelo clitóris, posteriormente pela fúrcula, lateralmente pelos pequenos lábios.

• Observa-se os orifícios da uretra, vagina e canais das glândulas de Skene.

Exame da vulva: Clitóris.

• Mede 1 cm de comprimento.

• Porção mais erógena do trato genital.

• Aumenta de tamanho e consistência durante excitação.

• Abaixo se encontra o Meato uretral.

Exame da vulva: Gls. de Bartholin.

• Localizada às 4 e 8 horas no coxim adiposo dos grandes lábios.

• Podem apresentar cistos e abscessos.

Exame da vulva: Fúrcula vaginal.

• Localizada na linha mediana e resulta da fusão dos grandes lábios.

• Fosseta navicular.

• Local onde se visualiza

o corrimento.

Exame da vulva: Períneo.

• Localizada entre a fúrcula e o ânus.

• Constituído por tecido fibro-muscular.

• Local de lacerações durante o parto normal.

• Graus de laceração:

– grau I – atinge apenas mucosa.

– grau II – atinge até musculatura.

– grau III – atinge até o esfíncter anal externo.

Exame da vulva: Hímen e Carúnculas.

• Separa o vestíbulo da vagina.

• Restos himenais (pós-coitarca)

• Hímen complacente.

• Carúnculas mirtiformes ou himenais

• (pós-parto).

PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO

FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO

• Infecção pelo Papiloma Vírus Humano – HPV - sendo esseo principal fator de risco;

• Início precoce da atividade sexual;

• Multiplicidade de parceiros sexuais;

•Tabagismo, diretamente relacionados à quantidade decigarros fumados;

• Baixa condição sócio-econômica;

• Imunossupressão;

• Uso prolongado de contraceptivos orais;

• Higiene íntima inadequada

EXAME GENITAL...

• Principal passo para identificar DST’S.

O FLUXOGRAMA DE CONDUTA E DEVE SER REALIZADO SEGUNDO OS PASSOS ABAIXO:

• Separar os lábios vaginais para visualizar o intróitovaginal integralmente;

• Introduzir o espéculo para examinar a vagina, suasparedes, fundo de saco e colo uterino;

• Fazer o teste de pH vaginal1, colocando, por umminuto, a fita de papel indicador do pH na paredevaginal lateral, evitando tocar o colo;

• Colher material para o teste de Whiff - teste dasaminas ou do “cheiro” = lâmina com uma gota de KOH10% sobre uma gota de conteúdo vaginal, sendopositivo se houver cheiro semelhante ao de peixepodre - e para realização da bacterioscopia2;

• Fazer teste do cotonete do conteúdo cervical3- colher swab endocervical com cotonete eobservar se há muco purulento contrapondoem papel branco;

• Havendo possibilidade de realização no localou em referência, coletar material para culturade gonococos e pesquisa de clamídia.

• O EXAME ESPECULAR QUE VAI ALÉM DACOLETA...

• FAZER INPEÇÃO DA VAGINA E FAZER COLETACOMO CITADO ANTERIORMENTE ...

O exame ginecológico propriamente dito se compõe de três aspectos:

• A inspeção da genitália externa ou vulva .

• A inspeção da genitália interna, através do exame especular.

• O toque bimanual Inspeção da genitália externa ou vulva.

• Coleta cervical SN.

A inspeção da genitália externa ou vulva

• Distribuição dos pêlos E Parede vaginal(elasticidade, coloração, integridade doclitóris, do meato uretral, dos grandes epequenos lábios).

• Presença de secreção vaginal (cor, odor,aspecto e localização).

• Sinais de inflamação (inclusive glândulas deBartholin).Presença de veias varicosas.

A lâmina e o frasco que serão utilizados para colocar omaterial a ser examinado devem ser preparados

previamente:

• O uso de lâmina com bordas lapidadas e extremidadefosca é obrigatório;

• Identificar a lâmina escrevendo as iniciais do nome damulher e o seu número de registro da

Unidade, com lápis preto nº2 ou grafite, na extremidadefosca, previamente a coleta;

• Identificar a caixa do porta-lâmina.

• Não usar caneta hidrográfica, esferográfica, etc., poisleva à perda da identificação do material. Essas

tintas se dissolvem durante o processo de coloração daslâminas no laboratório

• Manter os frascos de acondicionamentos,fechados permanentemente a não ser na horade inserir

• as lâminas. No preparo da lâmina ver se elaestá limpa sem a presença de artefatos, casonecessário

• limpar com gaze.

Antes de iniciar a coleta, perguntar à mulher:

• Se está grávida ou suspeita. Caso afirmativonão colher material da endocervical;

• Se já teve filhos por parto normal; se é virgem.Para facilitar a escolha do espéculo maisadequado;

• Se faz uso de anticoncepcional, tratamentohormonal, submeteu-se à radioterapia pélvica;

• A data da última menstruação;

• Se há sangramento após as relações sexuais;

• Se utiliza duchas ou medicamentos vaginaisou realizou exames intravaginais, como porexemplo a ultrassonografia, durante 48 horasantes da coleta;

• Se teve relações sexuais durante 48 horasantes da coleta

Técnica do Exame

• O primeiro passo é a realização da consulta deenfermagem em ginecologia, destacando oexame especular para diagnóstico dealterações de colo.

• Diagnósticos de alterações na secreção eparede vaginal, e no colo uterino.

A INSPEÇÃO DA GENITÁLIA INTERNA, ATRAVÉS DO EXAME ESPECULAR.

GOOGLE, 2014

Diagnóstico

GOOGLE, 2014

Esperado – Fisiológico:

GOOGLE, 2014

• Lesões de parede vaginal, hiperemia,hipocromia, edema, vascularização patológica,lesões de alto e/ou baixo relevo. Alterações nocolo, ocorrência de ectopia (forma e tamanhoda lesão).Presença de pólipos (indicartamanho e localização), de miomas emparturição, Presença de cistos de Naboth.

• O foco, com boa luminosidade, em perfeitascondições de uso e essencial para qualidadedo exame.

PERMITE VERIFICAR:

• O estado da mucosa vaginal;

• A situação, forma e aspecto do colo;

• O aspecto da secreção vaginal ou da leucorréia;

• O tipo e o estado da secreção cervical;

• Todo corrimentodeve ser cuidadosamente examinado quanto a: coloração, odor, quantidade e consistência.

• Infecções crônicas causam corrimentos malcheirosos e abundantes.

• Candidíase, gardenerella, trichomonas.

• Pequena quantidade de muco brilhante translúcido é normal na vagina.

• As paredes da vagina são observadas quanto a textura, coloração e sustentação.

O TOQUE VAGINAL

EXAME DE TOQUE RETAL

• O exame de toque retal pode ser necessáriona determinação de tumores pélvicos, naspacientes idosas ou nas mulheres virgens.quando necessário, deverá ser explicado paraa paciente, e realizado com uso delubrificante. Facilita o exame pedir à pacientepara fazer força durante a inserção do dedoexaminador.

CLASSIFICAÇÃO DE PH

● ácida se o pH < 7

● básica ou alcalina se o pH > 7

● neutra se pH = 7

...quando a análise é realizada a temperatura de 25ºC.

• Vagina 4 -4, 5 (MS)

EXPLORANDO OS ACHADOS DO EXAME ESPECULAR

• OCI= Endocérvice, que é revestido por uma camada única de células cilíndricas produtoras de muco – epitélio colunar simples.

• OCE= Ectocérvice e é revestida por um tecido de várias camadas de células planas – epitélio escamoso e estratificado.

JEC : Junção Escamo-Colunar• A JEC pode ficar exteriorizada nos processos inflamatórios e durante uso de estrógenos.• A JEC fica interiorizada na menopausa.

JEC

ZT

• METAPLASIA ESCAMOSA: Epitélio daendocervice se transforma no epitélio daectocérvice, avançando a partir da JEC originalem direção ao óstio externo do colo,formando uma nova JEC. Este processo formauma área entre a JEC original e a JEC maisexterna: A ZONA DE TRANSFORMAÇÃO.

ALTERAÇÕES NO COLO...

• AS ALTERAÇÕES NOS TECIDOS DÃO INÍCIO ÀS LESÕES. E ESTAS PODEM SER PRECUSSORAS DO CÂNCER.

INFECÇÃO PELO PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV)

HPV e NIC

• HPV está relacionado a >90 % das NIC.

• HPV – indivíduos sexualmente ativos poderão serinfectados durante a sua vida.

• Alto risco – tipos 16,18,45,31,33,52,58,35,51,56,59

• Baixo risco – tipos 6,11,42,43,44,54 (verrugasgenitais)

FATORES DE RISCO PARA FORMAÇÃO DE NIC APÓS INFECÇÃO PELO HPV

• Tabagismo / DST / Deficiência de vitamina A e C;

• Uso de contraceptivos orais

• Nutrição inadequada

• Imunodeficiência (ex. infecção pelo HIV).

VACINA (prevenção primária)

• Disponível no mercado vacina vacinaquadrivalente (Gardasil – Merck)

tipos 16, 18 e tipos 6 e 11 (80% casos verrugasgenitais).

OPÇÕES TERAPÊUTICAS (PODEM ESTAR DISPONÍVEIS EM UNIDADE BÁSICA DE

SAÚDE)• Podofilina 10-25% (em solução alcoólica ou em

tintura de Benjoim);(ação antimitótica)

• Ácido tricloroacético (ATA) a 80-90%, utilizado para tratamento do colo uterino, e a 50% para tratamento da vulva, em solução alcoólica; (coagulação química de seu conteúdo protéico)

• Exérese cirúrgica

OUTRAS OPÇÕES TERAPÊUTICAS

• Eletrocauterização ou Eletrocoagulação ou Eletrofulguração;

• Criocauterização ou Crioterapia ou Criocoagulação;

• Podofilotoxina 0,15% creme;

• Imiquimod 5% creme

COLETA CITOLÓGICA...

MATERIAIS

EXAME ESPECULAR

Coleta do exame citopatológico

CITOLOGIA CERVICAL

FIXAÇÃO

1. Fixação com álcool a 96%

2. Fixação com Spray de Polietilenoglicol = 20cm

3. Fixação com Polietilenoglicol líquido= 3-4gts

• A presença de células metaplásicas ou célulasendocervicais, representativas da junçãoescamocolunar (JEC), tem sido consideradacomo indicador da qualidade da coleta, pelofato de essa coleta objetivar a obtenção deelementos celulares representativos do localonde se situa a quase totalidade dos cânceresdo colo do útero.

QUEIXAS GINECOLÓGICAS

• As queixas ginecológicas não só devem servalorizadas, mas solucionadas, considerandoque os laudos do exame citológico, na maioriadas vezes, mencionam agentes microbiológicos,que quando associados às queixas clínicasmerecem tratamento específico.

• Rotina de rastreamento citológico significarealizar coleta de exame citopatológico umavez por ano e, após dois exames anuaisconsecutivos negativos, a cada três anos.

CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS DA NIC

• Imaturidade celular

• Desorganização celular

• Anormalidades nucleares

• Aumento da atividade mitótica

CLASSIFICAÇÃO DE BETHESDA PARA O EXAME DE PAPANICOLAU

( 2001 ) ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS

CÉLULAS ESCAMOSAS• Células Escamosas Atípicas (ASC).• De significado indeterminado (ASCUS).HSIL não pode ser excluído (ASC-H).• Lesão Intra-Epitelial Escamosa de Baixo Grau:NIC I• Lesão Intra-Epitelial Escamosa de Alto Grau: NIC II, NIC III• Carcinoma Escamoso

CELULAS GLANDULARES

Atípicas

• AGC - Células glandulares atípicas a favor deneoplasia (especificar endocervicais ou nãoespecíficas).

• Adenocarcinoma in situ (AIS).

• Adenocarcinoma.

COLPOSCOPIA

• Objetivo de obter diagnóstico histopatológico.

• O ácido acético interage com proteínas e tornam oepitélio mais claro quanto maior for o seu teor protéico.

• Lugol ( Schiller ) cora o glicogênio das células, tornando-as mais escuras quanto maior for a concentração deglicogênio.

• Áreas de intensa atividade celular são ricas emproteínas e pobres em glicogênio.

• Em pacientes menopausadas pode ser necessárioestrogenioterapia tópica para realização de colposcopiaadequada.

ACHADOS NORMAIS

• Epitélio escamoso, epitélio colunar, JEC, metaplasia escamosa e zona de transformação.

ACHADOS ANORMAIS

• Epitélio AcetoBranco / Mosaico / Pontilhado / Iodo parcialmente positivo / Iodo negativo / Vasos atípicos.

EPITÉLIO ACETOBRANCO: reflete imaturidade celular pois ascélulas são mais ricas em

proteínas.

1. PONTILHADO: pontos vermelhos finos ou grosseirosencontrados em áreas acetobrancas. Extremidade de vasoscapilares. Sugestivo de NIC. Quanto mais fino e regular indicalesões de baixo grau. Quanto mais grosseiros indica lesões dealto grau.

2. MOSAICO: padrão anormal de pequenos vasos comconfluência em “tijolos” ou “mosaicos”. Mesmo significado dopontilhado. Quanto mais finos e regulares indicam lesões debaixo grau.

PADRÃO VASCULAR ATÍPICO: vasos anormais(saca-rolhas, alça, “ J” , etc). Suspeito de câncerinvasivo.

IODO NEGATIVO (Teste de Schiller Positivo):podem representar metaplasia imatura, NIC, oubaixa taxa de estrogênio.

COLPOSCOPIA INSATISFATÓRIA

• JEC não visível / Inflamação severa / Atrofiasevera / Trauma / Cervix não visível.

MISCELÂNIA

• Condiloma / Queratose ou Leucoplasia /Erosão / Inflamação / Atrofia / Deciduose/Pólipo.

• LEUCOPLASIA : vista antes do ácido acético.Camada de queratina sobre o epitélio.

• Principal causa: HPV.

Características colposcopicas sugestivas dealterações metaplásicas

• Superfície lisa com vasos de calibre uniforme.

• Alterações acetobrancas moderadas.

• Iodo negativo ou parcialmente positivo.

Características colposcopicas sugestivas de doença de baixo grau (alterações menores)

• Superfície lisa com uma borda externa irregular.

• Alteração acetobranca leve que aparece tardiamente e desaparece rápido.

• Positividade parcial do iodo.

• Pontilhado fino e mosaico regular fino.

• Características colposcopicas sugestivas de doençade alto grau (alterações maiores)

• Superficie lisa (homogênea) com borda externaabrupta e bem marcada.

• Alteração acetobranca densa que apareceprecocemente e desaparece lentamente (branconacarado que lembra “ostra”).

• Negatividade ao iodo, coloração amarelo-mostardaem epitélio densamente branco prévio.

• Pontilhado grosseiro e mosaico de camposirregulares e de tamanhos discrepantes.

• Acetobranco denso no epitélio colunar pode indicardoença glandular.

Características colposcopicas sugestivas decâncer invasivo

• Superfície irregular , erosão ou ulceração.

• Acetobranqueamento denso.

• Pontilhado irregular extenso e mosaicogrosseiro.

• Vasos atípicos.

ACHADOS:

ectópico: Fora do posicionamento correto; Deslocado de lugar.exteriorização deste epitélio colunar que se expões para a vagina.

O exame ginecológico revela um nódulo arredondado, pequeno e liso (ou um grupo de nódulos) na superfície do colo uterino. Em raras ocasiões, um exame

colposcópico se faz necessário para distinguir os cistos de Naboth de outros tipos de lesões cervicais.

ACHADOS RELACIONADOS À MALIGNIDADE

* EPITÉLIO ACETO-BRANCO

* MOSAICO * PONTILHADO * VASOS ATÍPICOS

TESTE DE SCHILLER• O teste de Schiller é um exame de diagnóstico que

consiste em colorir a região interna da vagina e docolo do útero com uma solução iodada a fim deobservar a integridade das células desta região.

• Quando o teste de Schiller der positivo significa quea solução não conseguiu cobrir toda a área e háalguma alteração, dando um resultado patológico.

• Quando o teste de Schiller der negativo, significaque a solução foi capaz de cobrir toda a área semmostrar alterações, dando um resultado normal.

LESÃO BENIGNINA APÓS CRIOTERAPIA

ACHADOS INDETRMINADOS – ASCUS E ASGUS

NIC

ESTADIAMENTO – FIGO 2009

1. EXAME GINECOLÓGICO E FÍSICO COMPLETO (incluiobrigatoriamente toques

vaginal e retal; avaliação linfonodal – supraclavicular einguinal);

2. ESTUDOS RADIOLÓGICOS (Enema baritado; UrografiaExcretora; Rx de Tórax);

3. PROCEDIMENTOS (Biópsia; Conização; Cistoscopia;Retossigmoidoscopia).

• ESTUDOS DE IMAGEM OPCIONAIS: TomografiaComputadorizada; Ressonância Magnética;Ultrassonografia; Cintilografia; Laparoscopia ; PET-CT apartir da disponibilidade e julgamento clínicoindividualizado.

CÂNCER DE VULVA

QUEIXAS MAIS COMUNS

• Leucorréia

• Prurido

• Hiperplasia das células escamosas

• Úlceras e massas vulvares

REFERÊNCIAS

- Controle do Câncer: Uma proposta de Integração Ensino – Serviço (livro)

- www.inca.gov.br

- www.oncoguia.com.br

- www.abcdasaude.com.br

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