40º caderno cultural de coaraci
Post on 25-Nov-2015
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C O A R A C I - B A H I AI g r e j a M a t r i z N o s s a S e n h o r a d e L o u r d e s
CADERNO CULTURAL
ABRIL DE 2014 - 20 .500 DISTRIBUDOS - 500 EXEMPLARES MENSAIS
-
Capa, projeto grfico, diagramao editorao e
artefinalizao
PauloSNSantana
Impresso Grfica
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Caderno Cultural de Coaraci - (73)8121-8056/9118-5080
Cartas a redao
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Para anunciar
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O ESPORTE ENSINA A VIVER
Texto adaptado de PauloSNSanatana
O esporte sempre foi parte importante de minha vida. Ser Bahia, como meus amigos de escola, ser fluminense,
cruzeirense ou santista, nos definia, nos integrava no mundo, iguais aos demais e ao mesmo tempo, diferentes.
Eu queria saber tudo sobre futebol e esse desejo levou-me a procurar noticias nos jornais, radio e tv. Conseguia um
jornal emprestado ou lia na banca de revistas e a minha escolha recaia sobre O Jornal Tarde ou Jornal da Bahia.
As noticias mais importantes circulavam s segundas,quintas e sextas feiras, as pginas esportivas saam
recheadas com acontecimentos das rodadas do domingo e da quarta feira, traziam resultados e faziam previses.
Passei a economizar algum dinheiro para comprar o jornal. S o futebol me atraa, mas num mundo em que a televiso
era artigo de luxo, as imagens preto e branco ainda no atraiam tanto a minha ateno O jornal trazia o estado, o
pas e o mundo para as minhas mos. Em pouco tempo o jornal ocupou mais tempo em minhas leituras. Alguns anos
se passaram, e no meio da adolescncia, eu j era leitor ocasional de esporte e poltica. Minha nossa
Quanta histria rolou depois disso, quantas mudanas em minha vida, quanto tempo da juventude dedicado s
criticas esportivas, politicas e sociais, aos babas na beira da praia, aos estudos..
Foi o futebol a minha porta de entrada para todo um vasto e complexo mundo que o jornal trazia diariamente.
Atualmente, a leitura de jornais e revistas anda no fio da navalha, mas, em compensao, cresce a leitura dos
portais e dos sites na internet. Hoje, como antes, muitos jovens no suportam a leitura e s conseguem realizar essa
operao complexa quando a telinha mostra um site esportivo ou quando pegam em mos um caderno de esportes ou
uma publicao especializada. Pode ser para recortar a foto do time campeo ou adquirir um belo pster
encadernado, quase pronto para ser pregado na parede, sob os sempre presentes protestos das mes
Para muitos jovens o futebol continua sendo a porta de entrada para outros mundos. O que finalmente eu mais sei
sobre a moral e as obrigaes do homem devo ao futebol .
Acredito que o esporte em geral pode nos ensinar muito, em especial s crianas e aos jovens. Com ele vamos ao
xtase pelas grandes vitrias, pelos grandes ttulos. Por ele vamos ao inferno e ainda crianas sentimos a dor das
perdas, a dor das derrotas. Ele pode nos tornar em fanfarres chatos e insuportveis, cantando vitrias e pisoteando
amigos e conhecidos, mas pode nos ensinar a difcil arte do saber ganhar E do saber perder.
A vida reproduz as regras dos esportes. H quem diga que o mais importante o futebol E depois a vida. O que
bobagem, mas h quem assim pense, ao menos durante uma fase da vida. O futebol balizado por regras e
aprendemos isso de forma fantstica e inesquecvel nas peladas na rua de nossa casa, nos jogos estudantis, nos jogos
dos finais de semana entre amigos. H cdigos de conduta, escritos e no escritos.
No h futebol, e nenhum outro esporte, sem uma forte base moral. Um time entra em uma disputa para jogar e
vencer de acordo com as regras. O desenrolar de uma partida pode conduzir a terrveis vicissitudes e a derrotas
fragorosas, mas mesmo nesses casos deve prevalecer a honra e a moral de quem est disputando e dando o melhor
que pode ao seu time. Sempre achei falsas as histrias de que fulano ganhou sozinho um jogo, um campeonato,
uma Copa. Futebol time, equipe, uma associao de pessoas que vo lutar por um objetivo nico, cada uma do
seu jeito, capacidade, dedicao, entrega Derrota, vitria ou empate sempre o produto da ao coletiva. O
atacante genial pode marcar o gol da vitria, mas se todo o time no se empenhar na disputa, pouco ou mesmo nada
valer aquele gol. Um time no joga a toalha, um time no deixa o outro vencer, no importa qual seja o motivo. E se
um time no pode e no deve esmorecer diante de um placar adverso ou de uma fase em que nada d certo, tampouco
ns podemos deixar de encarar a vida e suas dificuldades. Temos de seguir lutando, com perseverana, para
equilibrar e depois virar o jogo, aprendendo isso com o bom futebol desde a mais tenra infncia. Porque o futebol no
a vida, mas parte dela e pode ensinar muito dela para ns.
Aproveito tambm para lembrar que o evento mais importante desse ano no ser a Copa do Mundo e sim a eleio
geral de outubro. E, mesmo que o Brasil chegue final da Copa e vena, ainda assim o momento mais importante de
2014 ser aquele que cada um de vocs, se j eleitor, viver na solido da cabine de votao. Muitos foram s ruas e
protestaram respeitando s leis. Muitos gritaram ordeiramente e escreveram No me representa em relao a
polticos e partidos corruptos.
Pensem, reflitam bastante. No existe sociedade moderna e desenvolvida, principalmente desenvolvida, vivendo
fora da democracia desrespeitando a constituio. Por isso, escolham os nomes que tero a honra de receber seus
votos com muito cuidado e votem com plena conscincia do que esto fazendo.
irrelevante se o voto ser esquerda ou direita ou ao centro, o que realmente relevante que o seu voto seja a
expresso eleitoral do que voc pensa, do que voc acredita, do que voc deseja para si prprio, sua famlia, seu
estado, nosso pas.
No mais...
Tora, tora muito pela nossa Seleo de Futebol, no se esquea de que futebol e vida, vida e futebol entrelaam-
se ao nosso cotidiano, que no podemos de uma hora para outra passar a odiar aquele que nos proporciona alegria.
No mais muita ateno porque cavalo no desce escada!
-
JOAQUIM ALMEIDA TORQUATO
O politico
O destino foi cumprido
na pureza da infncia, a certeza de que um dia
seria prefeito
Sentado na calada em frente antiga Prefeitura Municipal
de Coaraci, um menino de oito anos de idade orientava os
funcionrios que executavam o servio de limpeza pblica,
atraindo a ateno dos transeuntes pela firmeza com que
falava:
Quando eu for prefeito, vocs vo limpar tudo direito.
Naquela poca, o pequeno Quincas, como ainda hoje
chamado pelos familiares e amigos de infncia no tinha
noo de que estava prevendo o seu prprio destino e muito
menos de que se manteria firme no propsito de limpar a
cidade como dizia quando menino.
Aos dezenove anos j era vereador, defendendo os
interesses dos conterrneos. Foi esse desempenho que lhe
assegurou a reeleio por mais de trs legislaturas e
durante todo esse tempo sua preocupao era uma s: O
desenvolvimento de Coaraci.
Foi em 1966 que Joaquim Torquato decidiu disputar as
eleies que o apontariam como o novo prefeito da cidade.
Com o respaldo popular adquirido ao longo de quatro
legislaturas na Cmara Municipal, ele no teve qualquer
receio em representar um partido de oposio (Movimento
Democrtico Brasileiro), o MDB, contra trs candidatos da
Arena, Aliana Renovador Nacional: Venceu com 1.000
votos a mais que o candidato mais votado da Arena, Gilberto
Lyrio, que para sua surpresa veio a ser o prefeito de fato.
As comemoraes duraram pouco tempo. J proclamado
pelo Juiz, estava preparando-se para ser diplomado
quando, segundo consta nos anais da histria, o ento
Presidente Castelo Branco, baixou um decreto
determinando que fossem somados os votos dos trs
candidatos da Arena. A diferena foi de apenas 100 votos de
um total de pouco mais de cinco mil eleitores e Gilberto Lyrio
assumiu a Prefeitura.Com aval da populao, quatro anos
depois Torquato decidiu retornar a briga e desta vez foi para
valer. Ele voltou a se candidatar, numa campanha quente,
mas bonita.
Era como se o povo quisesse fazer justia, se vingar do
ocorrido em 66. Era 1970 Joaquim teve que enfrentar trs
candidatos, numa disputa acirrada, que lhe proporcionou a
vitria com uma diferena de 400 votos. A previso era de
que seu Governo durasse quatro anos, mas o prazo foi
reduzido.Apesar da vitria, mais uma vez ele teria sido
prejudicado, afinal, eram apenas dois anos de mandato,
tempo insuficiente para executar seus projetos sociais no
municpio. Alm disso, Coaraci era um municpio de
pequeno porte e o governo municipal era oposio ao
governo estadual, na gesto de Antnio Carlos Magalhes o
que tornou muito mais difcil a sua administrao. Mesmo
assim fez um bom governo. Na poca ate a cota de ICM foi
reduzida, medida que trouxe reflexos negativos para o
municpio, que embora tivesse mais de 40 mil habitantes,
recebia apenas 44 milhes de ICM. A falta de apoio por parte
do Estado prejudicou o municpio. No entanto, no impediu
que em apenas dois anos Torquato deixasse a sua marca e a
cidade de Coaraci se desenvolvesse.
O sucessor de Joaquim foi Antnio Ribeiro Santiago,
mesmo sendo da Arena, obteve pouco apoio do Governo
Estadual.
Em 1982 Joaquim Torquato volta mais uma vez ao poder.
Ele assumiu em 1983, foi difcil, mas a situao
normalizou-se, com alguns atos e decretos administrativos.
Nos cinco anos de governo revelou-se um dos melhores
prefeitos, entre os que j haviam governado a Terra do Sol,
e realizou um grande numero de obras em todas as reas.
Administrou com poucos recursos, mas obedeceu a um
plano de prioridades. Fez saneamento bsico, voltou-se para
a educao, a sade a cultura os esportes e a assistncia
social. Tudo feito com recursos prprios, at que o Estado
passou encaminhar alguns recursos na gesto relmpago de
Waldir Pires.
Coaraci cresceu, novos bairros surgiram e mais uma vez o
Prefeito Joaquim Almeida Torquato trabalhou muito.
Joaquim Moreira foi companheiro de chapa de Joaquim
Torquato nas eleies de 1970, postulando Prefeitura de
Coaraci, os adversrios eram os mesmos que concorreram
nas eleies de 1966, pela Arena:
Antnio Airton de Carvalho Santos conhecido por Tutu,
Antnio Prado Costa o popular Antnio Guarda e Antnio
Ribeiro Santiago nesta oportunidade substitua na chapa do
Senhor Gilberto Lyrio, que estava no cargo de Prefeito
Municipal de Coaraci.
Na poca o eleitorado de Coaraci era de aproximadamente
sete mil eleitores, somando os votos dos trs adversrios e
os votos de Joaquim Moreira, Joaquim Torquato ainda
obteve trezentos votos a mais, conseguindo portanto
eleger-se mais uma vez Prefeito de Coaraci.
A construo da Passarela Peri Lima, foi um
empreendimento do Prefeito Joaquim Torquato,
substituindo a rudimentar ponte conhecida por Ponte Pau
de Peri! A construo da passarela foi muito importante
pois era o principal acesso ao Colgio de Coaraci. Ao fundo
da obra pode-se avistar a esquerda a residncia do saudoso
Danto Leal, um dos grandes cacauicultores da regio
cacaueira, e pai de Cleofano.
-
Foto 1,Povo na porta do primeiro Prefeito Aristides de Oliveira, esperando-o para conduz-lo at a sede da Prefeitura
Municipal de Coaraci em 1954. Foto 2, o povo conduzindo Aristides de Oliveira na Rua Jaime de Campos Ribeiro
popularmente conhecida por Favela nas imediaes onde ainda mora o Senhor Lourival Arajo. Foto 3, o Prefeito Aristides
j empossado saindo da sede da Prefeitura Municipal de Coaraci em direo Matriz da Igreja Catlica. Foto 4,o Povo
subindo a ladeira com o Prefeito Aristides de Oliveira para a Matriz da Igreja Catlica Nossa Senhora de Lourdes. Foto 5 a
residncia do Senhor Z Pereira pai do Senhor Z Francisco.Seguindo histria tivemos como prefeitos aps Aristides de
Oliveira, Jairo de Arajo Goes que governou de 1959 a 1962, e Gildarte Galvo que governou Coaraci de 1963 a 1966. Foto
06, da direta para esquerda, o Vereador Antnio Airton de Carvalho Santos popular Tutu, Vereador Joaquim Almeida
Torquato, Antonio Soares Lopes 1 Presidente da Cmara de Vereadores de Coaraci, primeira legislatura da Cmara,
Vereador scar Arajo e Joo Munis Cardoso pai da Professora Nilcia Soares.
DOUTOR NGELO BRITO
Fonte Augusto Brito
Texto adaptado por PauloSNSantana
ngelo Carlos Almeida de Brito, nasceu em 18 de Maio de 1936, em Santo Antnio de
Jesus e ali fez os estudos primrios. Em seguida, mudou-se para Salvador com seus familiares
onde concluiu seus estudos, ingressando na Faculdade de Medicina da Bahia, UFBA em 1957
diplomando-se em 1962. Em janeiro de 1963 chegou a Coaraci com mais dois colegas, mais
apenas ele permaneceu aqui, exercendo a medicina nas especialidades de clinica geral,
obstetrcia, e pediatria. Em 1963 Coaraci era uma cidade sem energia eltrica, sem gua
encanada, com pssimas estradas e ainda no possua um hospital. Foi uma situao difcil e
com poucos colegas mdicos o doutor ngelo atuou de modo a no deixar os seus pacientes,
geralmente carentes, sem atendimento. Quantos partos a luz de candeeiro ele realizou com a
maior boa vontade e competncia! Casou-se com Vitria Coury em 1963, trazendo-a para a
cidade. Vitria Coury foi companheira, colaboradora e incentivadora, e muito contribuiu para o
sucesso profissional e pessoal do Dr. ngelo.
Dr. ngelo atendia seus pacientes em seu consultrio mdico na Rua Rui Barbosa. Ele
trabalhou no posto mdico da prefeitura municipal at quando foi nomeado mdico do Estado
da Bahia e lotado no municpio de Almadina onde passou a atender no turno vespertino.
Naquela poca o Hospital resumia-se a um ambulatrio e uma fundao para as obras de
construo que foram iniciadas na gesto do Dr. Gilson e do Prefeito Antnio Ribeiro Santiago.
Dr. ngelo queria concluir as obras, um sonho que se tornou realidade graas colaborao de
Dr. Eldebrando Pires, Dr. Edgar Cruso, Dr. Rubens Nascimento e Dr. Themistocles Azevedo mas
alm desses muitos foram os nomes de pessoas envolvidos naquele projeto. O obstinado Dr.
ngelo continuou exercendo a medicina com entusiasmo, retido e solidariedade, atendia
populao rural e urbana com o mesmo cuidado e dedicao.
A vida do Dr. ngelo resumiu-se medicina, famlia, aos amigos e s viagens de frias,
ele foi um medico que muito ajudou as pessoas a nascer e prolongou a vida de tantas outras.
Doutor ngelo como era conhecido faleceu subitamente em 29 de Agosto de 1987 em sua
fazenda.(Fotos do Dr. ngelo da Senhora Vitria Coury e uma parte de seu consultrio).
1
Aristides de OliveiraTutuJoaquim Torquato3
2Vereador Antonio Soares Tutu
512 6
42
Dr.ngelo C.Almeida Brito
-
DATA DESSA FOTO:
12 DE DEZEMBRO DE 1972
No dia 12 de Dezembro de 1972 a
seleo de futebol de Coaraci
enfrentou em jogo amistoso a forte
equipe do Itabuna, foi uma partida
disputada entre jogadores de alto
nvel tcnico.
Os torcedores lotaram o campo
de futebol que naquela poca ainda
no era o Estdio Barboso.
Coaraci possua uma seleo de
excelentes jogadores, respeitados
em toda a regio cacaueira.
Por outro lado a equipe do
Itabuna Esporte Clube estava
habituada a grandes jogos e seu
plantel era fantstico. Resumindo:
A Seleo de Futebol de Coaraci
venceu o jogo por 5 X 3 com a
seguinte equipe:
De p: Jackson, Massa Bruta,
Borginho, Hamilton Quebra Banca,
Jorge Bode Rouco, Ngo Mita,
Josemar e Z Donato.
Agachados: Luis de Deus, Milton
Satans, Z do Indio, Toinho, Nilo,
Detinho e Ngo Rose.
JOGO AMISTOSO EM COMEMORAO AO DIA DA CIDADE.
REALIZADO NO DIA 12 DE DEZEMBRO DE 1972.
NA CIDADE DE COARACI NA BAHIA
A MORTE UM DOCE MISTRIO
Texto adaptado por PauloSNSantana
Ainda outro dia pela primeira vez, algum me disse: Quero que voc morra!, estava insandescido.
Fiquei com aquilo no subconsciente, pois ouvi aquela frase pela primeira vez em sessenta anos, passei ento a
estudar perscrutar a morte, para saber mais sobre a vida.
Assim que comea a viver, o homem tem a idade suficiente para morrer. Ao invs de vivermos na angstia da
morte, por que no encar-la como vida?
Ningum passa pela vida ileso. Nascer di. Viver di. Morrer di. Por mais que a cincia avance, as doenas
continuam a existir e a morte continua a ser a nica certeza. O absoluto desta realidade nos deixa perplexo e nos faz
mergulhar na tristeza, certos de que pouco a pouco, perderemos todos os entes amados e um dia, ns mesmos
partiremos e deixaremos para trs tudo aquilo por que lutamos e construmos.
Mas, por que usar a morte para agredir? Porque, de certa forma, ela o extremo? Quem dispe dela, dispe de si,
est ligado a tudo o que pode, , integralmente, poder.
Montaigne dizia que quem ensinasse os homens a morrer, os ensinaria a viver. H muito tempo, os psiclogos
dizem que o medo da morte implica o medo da vida. Entretanto, no podemos negar que quem acredita nela como
um fim, ou mesmo quem cr num post mortem confuso, sente medo. Medo do desconhecido. Medo de exalar.
Medo de perder tudo. Medo de um castigo. Medo de que nada tenha sentido. Entretanto, se acreditamos que morrer
um ato de entrega, apenas renascer em outra dimenso, ser abraado pelo Absoluto, que o nosso destino,
ento a morte muda de perspectiva. A morte pode significar felicidade e realizao. No tenho medo da morte!
Viver no seno seguir, passo a passo, para a morte. Se acreditarmos, porm, que este caminhar uma
aprendizagem para aquele momento mais ntimo e solitrio, a morte deixa de nos assustar.
A f e o ideal apresentam uma misso para a vida, a aventura da abertura para realidade multidimensional, pois,
a despeito de nossa insignificncia e fraqueza, a existncia pessoal passa a ter um sentido definitivo, porque existe
dentro de um projeto eterno e infinito. Quando aquela pessoa desejou a minha morte, ela na verdade estava
desejando o fim do seu estado de espirito naquela ocasio. Mas fim de que, se nada se acaba tudo se transforma! O
fim um comeo.
A f para quem tem, destri a mentira do carter, que obriga o homem a fazer-se de heri, no plano social, e abre
o seu corao para o infinito. Assim, sua vida passa a ter um sentido definitivo, ao invs de, simplesmente, um valor
cultural, social e histrico. Otto Rank pensava que a busca da f o fruto da genuna aspirao pela vida, um esforo
para obter a plenitude de sentido.
A f, portanto, a nica resposta concreta ao problema da morte. Todas as demais elucubraes, com todo o
nosso respeito, terminam em nada. E aqueles que tanto negam a transcendentalidade e a vida eterna, acabam, na
maioria das vezes, por morrer, clamando por Deus...
Fonte: Filosofia de Maria Luiza Silveira Teles
OS GOLS DA SELEO DE COARACI FORAM MARCADOS POR:
NILO (02),DETINHO(01),MILTON(01) E TOINHO(01).
-
comemorao aps jogo:
SELEO DE FUTEBOL DE COARACI RECEBE A
FORTE EQUIPE DO VITORIA
2 Governo de Joaquim Torquato
Jornalista em excelente texto
analisa a violncia black bloc
Black blocs tm seu primeiro feito: um cadver
Autor Josias de Souza
Morreu o cinegrafista Santiago Ildio Andrade, 49 anos. Trata-se
daquele profissional que foi atingido na cabea por um rojo vadio
enquanto tentava filmar a ensima erupo de fria da minoria de
vndalos que se infiltra nas manifestaes pacficas para
transform-las em surtos de desordem. Eles finalmente obtiveram seu
primeiro grande feito. J dispem de um cadver.
Com seus protestos de inspirao anarquista, a estudantada de
msculos inflados, de cara coberta e de ndole violenta ainda no
produziu a derrocada do capitalismo. Mas talvez consiga revolucionar a
semntica dos protestos. As palavras agora devem ganhar novo
sentido. Minoria de vndalos? muito pouco! Black Blocs? O
escambau! Eles so bandidos.
Supremo paradoxo: exaltados pela mdia do tipo Ninja como
inimigos da ordem burguesa e das grandes corporaes, os criminosos
bem-nascidos levaram ao tmulo um trabalhador. E graas s imagens
captadas pelas lentes da velha mdia os selvagens mascarados que
manusearam o rojo ganharam uma visibilidade que, por hedionda,
desafia a ineficincia da polcia.
De repente, descobriu-se que as pessoas que investem contra
policiais e jornalistas, incendeiam carros de emissoras de tev,
depredam estaes de metr, atacam agncias bancrias, destroem
caixas eletrnicos, estilhaam vitrines de lojas, lanam coquetis
molotov em prdios pblicos, matam cinegrafista essas pessoas no
tm uma sensibilidade altura das suas realizaes. Ou, se tm, no
conseguem express-la.
Quando pilhados, os bandidos fogem. Se apanhados, eles silenciam.
Se falam, no dizem coisa com coisa. Os bandidos no tm a
capacidade de refletir sobre os efeitos de suas aes. Eles so
criminosos justamente porque no so pensadores. Se pensassem a
respeito, no cometeriam os crimes. O forte da faco de preto o
trax, no o crebro. Eles invadem o Cdigo Penal porque no sabem
fazer frases. Se soubessem, talvez fizessem cartazes, no cadveres.
Quem tem dois neurnios e sabe fazer frases deve cham-los de
bandidos. Sob pena de a democracia deixar de fazer sentido.
O Senador Pedro Simon (PMDB-RS)
manifestou-se "plenamente a favor" das
manifestaes populares, a exemplo
das que vm ocorrendo no pas desde
junho do ano passado, mas observou
que preciso saber distinguir
manifestaes legtimas de protestos
que s visam promover o quebra-
quebra e o assassinato de pessoas,
como ocorreu no Rio de Janeiro,
quando um rojo atingiu o cinegrafista
da Rede Bandeirantes Santiago
Andrade. Ele disse:
- Esses jovens saram para as ruas e
eu apoiei. Saram pacificamente,
mobilizando, reivindicando. Comeou
pelo aumento de passagem. De repente,
no mais que de repente apareceram os
mascarados. L no Rio de Janeiro
estraalharam as vidraas da prefeitura.
Assistimos pela TV esses jovens
mascarados quebrando e assaltando, e
os jovens do movimento tentando evitar
e a polcia assistindo. claro que alguma
coisa teria que acontecer.
O que aconteceu foi cruel - lamentou o
senador.
-
BIOGRAFIA DE JOS BORGES DOS SANTOS (fonte seu filho, Samuel)
Nesse mesmo ano organizou sua sapataria e casou-se com Magnete Costa Santos, conhecida por Nete, com quem
conviveu harmoniosamente durante cinquenta e trs anos,quando tiveram seis filhos: Jos Borges dos Santos Filho,
Samuel, Carlos, Lgia (in memria), Lcia e Lucy Costa Santos. Mais tarde transformou a sapataria em um comrcio
de venda de material para fabricar sapatos, sela, etc. Ele sabia que o ser humano necessitava de instruo,
conhecimento, sabedoria, ento comeou a estudar no Ginsio de Coaraci. Em 1963, foi aprovado no curso de
admisso ao ginasial no Colgio Educandrio Pestalozzi. Em 1965, junto ao Sr. Walter, funcionrio do FSESP,
candidataram-se e foram eleitos presidente e tesoureiro respectivamente, do Grmio Estudantil. O primeiro projeto
foi a construo de uma quadra de esportes,o que conseguiram realizar com a ajuda dos alunos e da sociedade
coaraciense. A quadra do Pestalozzi foi inaugurada no final de 1966.
No mesmo ano ele fez parte da equipe que daria continuidade construo do hospital, paralisada h alguns anos,
a equipe era presidida pelo senhor Antnio Ribeiro Santiago. Jos Borges era o tesoureiro. Foi uma luta rdua, mas
ambos obtiveram sucesso. Contriburam decisivamente para o sistema de sade publica de Coaraci.
Jos Borges dos Santos, era um homem simples, de pequena estatura, com poucos recursos financeiros, mas um
cidado respeitvel, de carter e moral ilibados, e com uma invejvel personalidade. Ele contribuiu decisivamente
para o desenvolvimento de Coaraci, foi um Cidado Honrado, mas infelizmente no foi reconhecido pelos polticos
desta terra.A Professora Argentina, quando encontrou-se com comigo (Samuel), na poca do seu falecimento,
elogiou o comportamento dele, ela disse na ocasio:-Samuel, Coaraci perde uma das suas ltimas reservas de
moral e tica, a exemplo do saudoso Evanildo Campelo Soares, Soarinho.
Sensibilizado, pedi permisso para publicar aquelas palavras em um artigo no Caderno Cultural de Coaraci, no que
fui prontamente autorizado, s me resta agora agradecer em nome de todos os meus familiares, suas generosas
palavras sobre Jos Borges dos Santos, meu pai. A foto acima da cerimnia das BODAS DE OURO com minha
saudosa me, Magneth Costa Santos. Texto adaptado por PauloSNSantana.
Jos Borges dos Santos, nasceu no dia 30 de junho de 1929, na cidade de Santo Antnio de
Jesus-Ba. Aos dez anos de idade tornou-se chefe da famlia juntamente com a sua me, por ter
perdido o seu pai que havia falecido. Aos doze anos, tornou-se aprendiz de sapateiro, seu mestre
foi um dos melhores sapateiros da regio. Com dezessete anos, no incio de 1947, seguindo a
atitude de inmeros conterrneos, entre eles seu primo Gentil Figueiredo de Souza, decidiu
mudar-se para a regio sul da Bahia, regio prspera na poca, em pleno desenvolvimento.
Escolheu Coaraci. Assim que chegou na Terra do Sol, conseguiu emprego em uma sapataria e
selaria do Senhor Gildarte Galvo do Nascimento, onde trabalhou at 1953.
PARA QUE IR S RUAS?
Texto de PauloSNSantana
-Para que ir s ruas, nas manifestaes populares?
-Pelo preo das passagens dos transportes urbanos,
por melhorias para a educao, contra os gastos
exorbitantes com a copa do mundo no Brasil, em
detrimento de servios e obras essenciais, contra a
corrupo, pedindo por justia pela distribuio de
renda e oportunidades para todos, por um Brasil sem
misria, a favor dos sem tetos e sem terras, procurando
solues contra a misria causada pela seca, contra um
pas de pobreza e injustias, por um pas rico para
todos, etc.. E muito mais...
Mas como realizar esses manifestos? Usando a
violncia que na verdade no conduz a nada, nunca
conduziu e nuca conduzir? Sair s ruas sim, com
argumentos, como fez contra Collor de Melo, lembram?
E as diretas j? Lembram? Foram um espetculo digno
dois pases mais desenvolvidos do mundo. Mas da a
imitar manifestaes de seguidores dos Aiatols? A
quem vai pagar a conta so os inocentes! O brasileiro j
esta cansado de pagar as contas do governo e da
incompetncia dos administradores pblicos.
Radicalizar nunca!Em um mundo globalizado as
palavras ganharam uma fora irresistvel, e a
comunicao ficou fcil com a internet, que aproximou
as pessoas. Ento porque retornar s cavernas? Temos
que nos fazer ouvir, compartilhar a nossa dor, contra a
esperteza e vencer no combate contra as mazelas e as
injustias sociais nas barras dos tribunais e atravs dos
votos conscientes. Tambm acho que as policias
brasileiras precisam ser preparadas para acompanhar,
repito, acompanhar as manifestaes, pois ali estaro
famlias brasileiras honradas, lideres inteligentes, que
sabem usar as palavras e no os coquetis molotov.
Essa a manifestao que apoio e admito e com certeza
farei parte...
PERFILIDADE: A SINA DA PRECONCEITUOSIDADE
De:
A lasca da preconceituao emerge do prprio indivduo que,
no se sabe por que carga d'gua, imagina-se e finda, ser
inferior ao outro e vara a vida inteira no achismo. Apego-me na
raa humana negra para qualific-la, no estou inventando
nada, fato universal e histrico, como a mais forte e duradoura
da humanidade, cuja pele a mais resistente dos humanos.
Pois, a criancinha de cor j comea a se manifestar cedinho,
cedinho, colocando a me em apuros ao imaginar e denunciar
que o filho da vizinha o chama de ngo feio, da cor de carvo,
ngo sujo e outros adjetivos comuns. Na escola acha que a
professora no gosta de sua matiz, que os colegas o
menospreza, que a direo escolar no o considera igual aos
outros, subestimando sua fora e poder qualificativo. No
trabalho foge do agrupamento de equipe por se auto entender
peixe fora do lago, desvalorizado e que jamais o patro vai t-lo
como inteligente e competente para o mister. No
relacionamento amoroso, haja complexo, foge de pessoas do
sexo feminino de cor branca que pode lhe criar cachiblema no
futuro. Doutro lado, como ningum igual, a baita regra
excecionada, h aquele que, de logo, mostra as unhas de fora,
se mostrando, se exibindo e se esnobando porque veste roupa
nova, o pai tem um carro novo, tem relgio possante, frequenta
os ambientes mais sofisticados e luxuosos, tem emprego
invejvel e muito mais "posses" que o vizinho! Esse, sim, ganha
desprezo dos ditos negros e afastamento dos ditos brancos, j
que a sua postura e atitudes, se achando o dono do mundo, o
convidam para o seu prprio ostracismo humano. Ento, a
simples ideia de preconceito nata-vrus do prprio idealizador,
do achador, do engolidor conceituado e defensor da auto
preconceituosidade. Tem cura para esse malefcio humano, sim!
Basta o babaca do desajeitado, desajustado e complexado se
autovalorizar, buscar o seu caminho, delinear e regrar a sua vida
para eliminar, extirpar, soterrar, e adeus preconceito! Seja
autentico e original que ser bem visto e enxergado por todos.
Deus maior!
Don Lopes
-
SIMPLICIANO JOS
Texto adaptado por PauloSNSanatana
Cercado de serra e cacauais por todos os lados, o pequeno municpio
de Coaraci parecia no ter para onde crescer. Tudo fazia crer que isso
era totalmente impossvel. Mas o Vice-Prefeito Simpliciano Jos dos
Santos no pensava assim. E para provar que era possvel, Simpliciano
decidiu abrir mo de grande parte de suas terras para ser loteada, pela
Prefeitura Municipal de Coaraci, e os lotes distribudos a centenas de
famlias da baixa renda. Entre os lotes oferecidos por Simpliciano est o
local onde foi construdo o CEC.
Os problemas habitacionais naquela poca eram gritantes, gerando
uma srie de transtornos sociais. Mas a sua deciso teve efeito no
apenas para solucionar parte desses problemas, mas promoveu o
desenvolvimento urbano do municpio.
O resultado foi o surgimento de um novo bairro, distante do centro da
cidade cerca de dois quilmetros, que em pouco mais de trs meses j
se encontrava habitado em quase toda a sua totalidade. Loteamento
Maria Gabriela. Bisc II, como os moradores preferiam chamar o
local.
A rea total do loteamento era de
sessenta e cinco mil metros quadrados
que representavam seis hectares e
meio de plantao de cacau,
distribuda em quinhentos lotes,
doados atravs da Prefeitura
Municipal, que se props, a dotar o
bairro de toda a infraestrutura
necessria para ser habitado, a
comear pela rede de energia,
inaugurada em 11 de dezembro de 88,
numa extenso de mil seiscentos e dez
metros, com quarenta e seis postes,
alm de servios de terraplanagem
para possibilitar a construo das
casas e implantao da rede de esgoto
sanitrio.Mas na verdade Simpliciano
fez muitas outras doaes. No mesmo
local, ele destinou outra rea com a
mesma finalidade. Vale ressaltar que o
loteamento no ficava localizado no
morro, mas sim em uma plancie de
fcil acesso, principalmente aps as
obras de melhoramento, realizadas
pela administrao municipal, que
contribuiu, ainda, com o fornecimento
de material de construo, atravs do
Pronave, beneficiando cerca de trs
mil pessoas de baixa renda.
Mas os investimentos naquela rea
no pararam, a secretaria de
assistncia social participou da
d is t r ibu io das posses aos
moradores, alm de fornecer tanques
de amianto. Na oportunidade a
Secretria e primeira dama Joselita
Torquato construiu um casaro onde
foram acolhidos menores de sete a
quatorze anos, atravs de convnio
com a LBA, programa ELO.
Foi uma espcie de reforo escolar,
para transformar-se em ensino
profissionalizante.
Iniciou-se com vinte crianas,
transformando-se mais tarde em uma
Creche, que recebeu o nome de
Creche Joselita Torquato. No Bisc
foram distribudos materiais para
construo de banheiros, um projeto
que expandiu-se por todos os bairros
habitados por pessoas carentes. Outro
bairro que tambm surgiu naquela
poca foi o Joia do Almada, que
ganhou saneamento bs i co ,
desenvolvendo-se muito de l pra c.
-
JOO BATALHA
Texto adaptado por PauloSNSantana
Joo Batalha era um sergipano de Tobias Barreto, que viveu sozinho numa
rua de pouco movimento em Coaraci h muitos anos atrs e foi considerado
um historiador da cidade, pelo menos no nvel de politica. Esteve vivo por
dezoito anos e nunca se casou novamente, preferiu namorar a Politica, que
achava muito interessante. E no foi a toa que ele sabia de tudo
detalhadamente, at mesmo coisas ocorridas h mais de quarenta anos.
Joo Batalha dizia que o destino pregava peas, que ele mesmo tinha sido
vitima, quando assumiu por trs anos o cargo de delegado de polcia, um fato
a que ele se referia como um beijo espinhoso que havia recebido da vida.
Segundo ele o destino tambm pregou peas inexplicveis politica
coaraciense. Ele disse na poca que Aristides de Oliveira era radicalmente
contrario emancipao de Coaraci e no entanto venceu as eleies numa
disputa com Elias de Souza Leal.
Joo Batalha fez uma histria cronolgica do municpio, a partir de 1952
quando o primeiro prefeito foi Aristides de Oliveira, assumiu em abril de 1955,
e foi substitudo, em abril de 1959, por Jairo de Arajo Ges. Disse que em
1963, Gildarte Galvo Nascimento passa a dirigir os destinos de Coaraci,
seguido por Gilberto Lyrio. Concluiu dizendo que de 1971 a 1973, Joaquim
Almeida Torquato assumiu a prefeitura, conseguindo fazer o seu sucessor,
Antnio Ribeiro Santiago, que governou at 1977, passando o cargo para
Antnio Lima de Oliveira. Que em 1982, Joaquim Almeida Torquato voltou a
disputar as eleies, com mais dois candidatos do PMDB, Demostenes
Pinheiro de Matos e Aldemir Cunha, e que este ultimo, foi secretrio de obras
do prefeito eleito Joaquim Torquato, que havia vencido com uma larga
margem de votos. Joaquim assumiu oficialmente no dia primeiro de fevereiro
de 1983 e deixou o cargo em 1889. O prprio Joo Batalha, que era um
verdadeiro crtico politico, afirmou que muita coisa ainda precisava ser feita
em Coaraci, mas no tinha duvidas de que dentre todos os prefeitos Joaquim
foi o que mais realizou.
COARACI AOS 35 ANOS
Texto adaptado por:
PauloSNSantana
Com 35 anos de idade o
municpio de Coaraci era uma
cidade prspera e bonita. O
municpio possua uma populao
de quarenta mil habitantes, vinte e
cinco mil dos quais concentrados na
zona urbana e o resto na zona rural.
Coaraci situada em uma regio
privilegiada pelo verde, a extensa
mata podia ser observada a sua
volta, principalmente dos pontos
mais altos da cidade, como o alto da
Colina, de onde se tinha uma viso
quase total de toda a extenso da
zona urbana.L imi tada com
Itapitanga ao Norte, Ibicara ao Sul,
Ibicu a Leste, e Itajupe ao Oeste,
Coaraci era considerada a cidade
satlite da regio. Formada por
ruas extensas e arborizadas, era
uma cidade onde predominava o
verde. At mesmo no centro
comercial, onde se concentrava em
grande parte, no calado da rua
Rui Barbosa e Praa Presidente
Vargas. Nessa mesma rea,
estavam localizadas as agncias
bancrias do municpio (Banco do
Brasil, Bradesco, Baneb e Caixa
Econmica Federal).
CMARA MUNICIPAL
Um presente para os
vereadores
Texto adaptado por
PauloSNSantana
A Cmara Municipal de Coaraci
funcionava num prdio antigo e
sem condies apropriadas para o
desenvolvimento dos trabalhos do
poder Leg is la t ivo. Fo i na
admin istrao de Joaquim
Torquato que o municpio ganhou
uma nova cmara, moderna e bem
estruturada.
Foi nessa nova sede que os
legisladores se reuniram numa
sesso solene que marcou o
aniversrio da cidade.
Na verdade, foi uma sesso
extraordinria convocada pelo
prprio prefeito, para entregar a
nova cmara, mas que pela data de
realizao (dia 14 de dezembro)
serviu, tambm para comemorar o
aniversrio de emancipao
poltico administrativa de Coaraci.
-
A PSICANLISE:
O SIGNIFICADO OCULTO DO NOSSO PSQUICO
Sigmund Freud foi pioneiro nos estudos e
pesquisas sobre a cura pela fala e ficou conhecido como o
pai da Psicanlise.
O inconsciente o ponto central da teoria
psicanaltica. l que esto armazenados, depositados os
instintos; os desejos que norteiam as nossas atitudes, o
nosso comportamento.
Freud desenvolveu um mtodo que ousou colocar
como problemas cientficos as fantasias, os mistrios, os
sonhos e os esquecimentos existentes no interior do
homem. Com as investigaes destas questes, Freud
criou a Psicanlise, a qual uma prtica profissional e um
mtodo investigativo que explica como funciona a vida
psquica do ser humano. Afirma Boch:
A Psicanlise como mtodo de investigao, caracteriza-
se pelo mtodo interpretativo, que busca o significado
oculto daquilo que manifestado por meio de aes e
palavras ou pelas produes imaginrias. A prtica
profissional refere-se forma de tratamento a anlise
que busca o autoconhecimento ou a cura, que ocorre por
meio desse processo de investigao (2009, p.47).
O primeiro estudo formal da personalidade teve
incio com a psicanlise. Os estudos, ideias e abordagens
de Freud foram to importantes que continuam, ao longo
do tempo, muito influentes. Diversas teorias relacionadas
personalidade so desenvolvidas a partir dos trabalhos
dele. Freud conseguiu revolucionar nossa forma de pensar
sobre o ser humano. As ideias e opinies dele causaram
grandiosa repercusso, no apenas nos conhecimentos
especficos da psicanlise, mas tambm da cultura geral.
Para se compreender o desenvolvimento da
personalidade preciso, primeiramente, entender os
nveis e estruturas determinados por Freud em seus
trabalhos.
Ivonete Ferreira Nunes Rocha (Tita)
Psicanalista,Hipnloga
Na foto ao lado a
ponte principal ainda
sem as passarelas,
mais tarde construdas
por Joaquim Torquanto.
Na foto acima a
ponte principal j com
as duas passarelas
construdas.
-
O PROGRESSO DE COARACI DE 1983 1988
Texto adaptado por PauloSNSantana
Fonte Panorama da Bahia Edio Especial
Janeiro de 1988.
A ideia de desenvolvimento sempre foi uma tnica da vida politica de Joaquim Almeida
Torquato.Foi a partir dessa linha de pensamento que se conseguiu em cinco anos transformar
Coaraci em uma cidade bonita, estruturada e limpa.
Tiveram incio ento os servios de saneamento bsico no centro da cidade, estendendo-se para
bairros da periferia a exemplo do Jardim Cajueiro, Goiabeira, Feirinha, Loteamento Joia do Almada,
Jardim Teixeira, Avenida Itapitanga, Bisc I e II e cercanias do Centro Social Urbano Nossa Senhora
de Lourdes. O servio de limpeza pblica tambm chegou a todas as localidades com eficincia,
contando com a utilizao de caambas e cerca de oitenta servidores. Transferiu-se o deposito de
lixo do centro da cidade, para rea localizada fora do permetro urbano. Foram realizadas obras de
urbanizao, construo e recuperao de praas e ruas, a Praa Tancredo Neves, ganhou uma
fonte luminosa. O largo da Feirinha foi reurbanizado, a Praa Presidente Vargas e o Calado da Rua
Rui Barbosa, assim como as Ruas Pio XII e Elias Leal receberam novas obras de recuperao e
arborizao. Foram concentrados esforos na urbanizao da Avenida Beira Rio, onde foi
construda uma passarela ligando as ruas Jaime Campos e Presidente Dutra. Foi recuperada a
estrutura da passarela, Juvncio Lima, construda em concreto, possibilitando o acesso com a
mxima segurana. A ponte Elvira Dantas, que foi construda no primeiro governo de Joaquim, foi
reformada e recebeu um novo cais. O centro da cidade foi quase totalmente asfaltado, com exceo
de algumas ruas, que foram pavimentadas a paraleleppedo, como a Rua 1 de Janeiro.
Foram beneficiados com saneamento, pavimentao, arborizao e finalmente iluminao os
bairros da Feirinha, cercanias do Centro Social Urbano Nossa Senhora de Lourdes, o bairro do
cemitrio e distritos de Itamotinga e So Roque, So Marcos, Lagoa e Macacos.Na zona rural foram
construdas escolas, creches e praas, foi implantado o servio de esgotos e executados projetos de
assistncia social, atravs da Secretaria Municipal de Assistncia Social. Na rea de sade algumas
localidades ganharam postos mdicos. O prdio da Prefeitura Municipal era um imvel desgastado
pelo tempo, e foi completamente restaurado, e transformado em um centro administrativo
municipal, com instalaes modernas. Foi construdo um anexo para a Secretaria de Educao, os
Vereadores foram presenteados com uma nova Cmara de Vereadores no Calado da Rua Ruy
Barbosa. Naquela poca o municpio ocupava uma rea de duzentos e sessenta e um quilmetros
quadrados e em quase sua totalidade foi beneficiado com obras e restauraes. A rea de esportes
e lazer do CEC foi beneficiada com vestirios, biblioteca, sala de professores um grmio estudantil e
uma quadra completamente reformada.Projetos importantes como a construo de um Centro de
Abastecimento do Terminal Rodovirio e do Complexo Policial foram executados. Foram investidos
recursos na restaurao do Matadouro Municipal, localizado na estrada de Itamotinga. O mercado
municipal j estava nos planos do ento Prefeito Joaquim Torquato.
O USQUE DOS FILHOS DE LOMANTO
(Escrito por Z Leal)
Lomanto Jr. ento Governador da Bahia, veio visitar Coaraci, e reuniu-se
com correligionrios na residncia do prefeito Gildarte Galvo. Conversa pra l,
conversa pra c, eu e Genilton de vez em quando, dvamos uma olhadela para
matar a curiosidade. Mas, nossa misso era dar assistncia aos filhos do
Governador que acompanhavam a comitiva. Um deles era o Leur e o outro
Lomantinho, ainda bem jovens. Num certo momento, mandaram pegar no
carro um litro de usque importado, e nos pediram que consegussemos gua de
cco. Logo, trouxemos um cacho de cco verde, fomos para o quintal da casa,
nos juntamos aos dois e comeamos a ajud-los na difcil tarefa de consumir
aquele lquido precioso. O primeiro litro foi liquidado rapidamente. Trouxeram o
segundo, recomeamos a difcil misso, e veio o chamado; vamos rpido que o
Governador os espera. Deram um tchau, agradeceram o apoio e foram embora.
Eu e Genilton ficamos surpresos, pois os filhos de Lomanto esqueceram o
segundo litro de usque quase cheio. Eu disse Genilton, e agora? Ele respondeu
vamos continuar o sacrifcio. Secamos o produto esquecido, rapidamente, e
ainda sobraram alguns cocos que levei pra casa. Dona Zizita, minha me
adorou o presente. Dia seguinte chega um telegrama do palcio do Governo,
pedindo que envissemos pelo correio o litro de usque esquecido, aos
cuidados de um assessor da governadoria. Respondemos que infelizmente o
pedido no poderia ser atendido, pois no fomos orientados que teramos que
parar com a nossa misso, ainda que os visitantes fossem embora. E que se
mandassem um terceiro litro, teramos prazer em consumi-lo, para matar a
saudade daquele encontro inesquecvel. O palcio silenciou. Coisas da
mocidade.
Eu no
tenho
problemas
com
bebida. S
estou com
muita
sede.
-
Quem quer ser professor?
O Estado de S. Paulo
O governo federal alardeia que ser professor exercer "a profisso
que pode mudar o Pas", mas o que se comprova que se trata de uma
carreira que vem perdendo prestgio e pela qual h cada vez menos
interessados.
O problema especialmente grave no ensino de cincias exatas,
essencial para o crescimento de qualquer pas. Embora no se trate de
algo novo, o fenmeno tem se acentuado nos ltimos tempos, e h
novos levantamentos mensurando o grande desinteresse dos jovens
pelo desafio de ensinar e, dessa forma, "construir um Brasil mais
desenvolvido", como diz a propaganda oficial destinada a atrair mo de
obra para as salas de aula.
Uma pesquisa recente feita com ingressantes nos cursos de
licenciatura em matemtica e fsica na Universidade de So Paulo
(USP) mostra que cerca de 50% deles no esto muito dispostos a dar
aula nas respectivas reas. O resultado particularmente importante
quando se leva em conta o fato bvio de que os cursos de licenciatura
so justamente aqueles que formam professores para o ensino
fundamental e o mdio.
A pesquisa constatou que a maioria dos ingressantes nesses
cursos de licenciatura optou por eles porque a exigncia do vestibular
era bem menor, porque o curso gratuito, porque tm afinidade com
matemtica ou fsica e porque abrem caminho para a ps-graduao.
O levantamento mostra ainda que os ingressantes em licenciatura se
enquadram num perfil socioeconmico mais baixo do que o dos
demais cursos na USP, situao que, de acordo com o estudo, se
repete em cursos semelhantes em outras partes do Brasil. , portanto,
uma porta de acesso ao ensino superior para as faixas mais pobres da
populao.
Os estudantes que se disseram em dvida sobre abraar a carreira
de professor destacaram que podem se sentir estimulados se a escola
for "reconhecida por ter um bom trabalho educacional" ou se tiver
"autonomia para elaborar projetos educativos, ensinando com certa
liberdade". As respostas denotam idealismo dos entrevistados, mas,
na prtica, impem condies que hoje no so atendidas na rede
pblica de ensino, mas apenas nas escolas particulares.
O sistema educacional pblico no Brasil padece de um erro de
enfoque: privilegiam-se os controles de desempenho dos professores -
inclusive com a distribuio de prmios em dinheiro - sem, no entanto,
valorizar a carreira em si. Os salrios so considerados baixos em vista
da importncia da profisso. Pretende-se exigir dos professores que
sejam conscientes de sua importncia social, mas o magro
contracheque diz outra coisa.
Alm disso, a precariedade das instalaes da maioria das escolas
pblicas evidencia o descaso do Estado com os profissionais de
educao, obrigados a lidar com a crnica falta de material e de
equipamentos para enfrentar o desafio dirio de estimular seus alunos
a aprender.
Outro aspecto que foi levantado pelos entrevistados na pesquisa
diz respeito ao desprestgio da profisso de professor na educao
bsica. Estudantes de medicina ouvidos pelos pesquisadores
disseram que no se tornariam professores porque, entre outros
motivos, a remunerao baixa, a possibilidade de ascenso
profissional mnima e as condies das escolas so ruins. No
entanto, esse mesmo grupo de entrevistados, assim como os demais,
enfatizou que considera o professor muito relevante para o Pas, por
ser o responsvel pela transmisso de valores e conhecimentos.
H, portanto, um abismo entre o ideal de uma carreira e sua
realidade, demonstrado cabalmente pelo desinteresse dos estudantes
de licenciatura.
Assim, o dficit de professores de matemtica, fsica e qumica, que
j de 200 mil, tende a crescer.O resultado disso que o desempenho
dos alunos da rede pblica em cincias exatas, que j um dos mais
fracos do mundo, tem tudo para piorar - a no ser que o governo aja
radicalmente e, sem mais delongas, restitua ao magistrio o orgulho
profissional.
SUELY PRESENTES
& PERFUMES
RUA J.J.SEABRA
GILSON MOREIRA
Caderno Cultural de Coaraci
patrocinou esse
caderno cultural de coaraci
-
CENTRO EDUCACIONAL DE COARACI
Texto adaptado por PauloSNSantana
A histria de criao e funcionamento do CEC compe mais um recorte especial de trajetria educacional do nosso
municpio cuja origem tem suas bases de implantao no pleito eletivo do prefeito Antnio Ribeiro Santiago.
A criao e funcionamento do Centro Educacional de Coaraci tem ligao ntima com o pleito eletivo de 1973, do
prefeito Antnio Ribeiro Santiago. O referido prefeito em sua gesto, quis, possibilitar aos jovens coaracienses de baixa
renda e sem condio econmica, frequentar uma escola, bem como disponibilizar esse direito inalienvel todos
cidados. Naquela poca em Coaraci no havia colgio de 5 a 8 series gratuito e para estudar no Ginsio de Coaraci ou
no Educandrio Pestalozzi os alunos recebiam bolsa ou tinham seus estudos interrompidos, caso no tivessem
condies de efetuar pagamento. Em 1973 o prefeito Antnio Ribeiro Santiago, esteve com a ateno voltada para o
ensino pblico, tanto , que conforme o ex-prefeito Joaquim Torquato no seu primeiro ano de administrao, Santiago
pagou muitas bolsas para alunos carentes estudarem em colgios particulares da cidade. Como ficava caro para os
cofres do municipais a manuteno dessas bolsas, ele deu prosseguimento as obras da construo do CEC, visto que j
existia a terraplenarem (realizada por Joaquim A. Torquato).
O terreno para construo desse Colgio foi doado pelo senhor Simpliciano Jos dos Santos na primeira gesto de
Joaquim Almeida Torquato (1971-1973) que, no final de seu mandato encaminhou a Cmara Municipal o Projeto de Lei
criando o Centro Educacional de Coaraci (Lei municipal 358/73). O Sr. Joaquim Almeida Torquato conta, que quis
assegurar a criao desse colgio municipal, pois Antnio Ribeiro Santiago havia sido eleito, entretanto no possua a
maioria na Cmara de Vereadores. Com ajuda da Inspetora Municipal de Educao, professora Dejanira Santos Lima, e
dos professores Noel Leon Nicolle, Davino Wenceslau dos Santos e Norberto Ribeiro dos Santos no dia 31 de maro de
1974, esse colgio foi inaugurado. As aulas no CEC iniciaram no dia 13 de abril de 1974, funcionando nos trs turnos, da
1 a 7 sries. A primeira Diretora foi a professora Ivonildes Menezes Santiago, o Vice-Diretor o senhor Noel Leon
Nicolle, o Coordenador Pedaggico foi o professor Davino Wenceslau dos Santos. Em 1977 na administrao de Antnio
Lima de Oliveira e Alfredo Salomo Mafuz a diretora do CEC passou a ser a professora Edneusa Maria Oliveira. Em 1978
foi implantada a 8 serie e o curso de Secretariado e no ano seguinte 1979 o curso de Magistrio. Neste mesmo ano
iniciou-se a construo da quadra do CEC em um terreno tambm doado por Simpliciano Jos dos Santos. Em 1981 o
Colgio passa a ser dirigido pela professora Vera Lcia de Faria Dattoli, em 1982 por Lourdes Luna de Oliveira, de 1983
1984 professora Ins Brando, de 1984 a 1992 o professor Gildsio Brando, neste perodo concentrou esforos para o
reconhecimento do Colgio junto a Secretaria de Educao do Estado da Bahia, que em 1986 foi reconhecida pela
Resoluo C.E.E. N 1651/86, publicado no dirio oficial do dia 24 de junho de 1986. O colgio at 1986 era dividido em
dois pavilhes, em 1987 foi realizada uma reforma que interligou os dois pavilhes.Em 1988 foi implantado o curso de
Magistrio.
Nos anos dois mil dirigiram o CEC, as professoras Alda Helena, Maria das Graas Moreira, Aglia Coelho Silva Fraife e
os professores, Gildsio Brando e Gilson Moreira. O CEC funciona nos trs turnos, oferecendo o ensino fundamental de
3 ao 9 anos a seiscentos e cinquenta alunos matriculados, a escola dirigida atualmente pelo professor Gilson
Moreira, que tem prestado um grande servio educao municipal. O quadro docente da escola possui professores
graduados, ps-graduados e alguns com mestrado. Os funcionrios da administrao e secretaria da escola so
profissionais experientes e dedicados causa da educao municipal. Por tudo isso, e pela importncia desse colgio na
minha vida e na vida dos coaracienses, O Caderno Cultural de Coaraci parabeniza por mais um aniversrio, mais um ano
de relevantes servios prestados educao municipal.
Fonte: Escrevendo o passado e o futuro de Coaraci, organizado por Josefina Castro e Luiza Coelho.
-
CADERNO CULTURAL DE COARACI
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INCONSTITUCIONALIDADE
O perfil de um Pas
Sobrepondo o oposto pelo avesso
Segrega adversidades,
Sndrome da anarquia
Objeto direto das mazelas
Conflito de pra-quedistas
Alpinistas equilibristas,
Sopro do livre arbtrio.
Deitado em bero esplndido
Patriotas transgnios,
Saltimbancos extremistas
Erva daninha invasores
Blindados pelo sistema.
Restringindo, restries,
Subjugando direitos
Instituindo poderes
Raio X da impunidade.
RIS
A menina dos olhos,
Estampa no olhar,
Avalanche de beleza,
Espelho cristalino,
Que Transparente cortina.
A luz do sol,
Um pouco de tudo,
Descendo a ladeira,
Toda prosa,
Cheia de graa.
Gosnita que s.
Transpirando puro xtase,
Arrebatando sentimentos,
Segredos lascivos,
Volpia de desejos incontidos,
Devaneios da luxria reprimida,
Bem aventurado seja,
Toda nudez,
Sobre a face da terra,
Admirvel Iris,
Trilhas das armadilhas,
Tocaia de paixes,
Seiva que se aflora,
Doando-se inteiramente.
Mata virgem semi nua,
Tomada pela vegetao rasteira,
Nunca tocada,
To arredia,
Que nem
Lagarta de fogo.
De Hilton Valadares
Oh! FILHO DE UMA
GUA!
Certo dia, um cavalo caiu em
um buraco e quebrou a pata.
A o porco escutou uma
conversa entre o dono do cavalo e
o veterinrio.
Se o cavalo no melhorar
teremos que sacrifica-lo. Ento, o
porquinho disse ao cavalo:
Tente se levantar! Seno,
eles vo matar voc!
Quando chegou o dia de matar
o cavalo, o animal conseguiu se
levantar.
E o dono do cavalo falou:
Viva! Vamos matar o PORCO pra
comemorar!
Moral da histria:
Nunca ajude um filho de uma
GUA!
Desfolhando anatomia do poder
Soberana do capital inicial
Sobjus da inconstitucionalidade
O silncio obscuro do medo
Stop.
De Hilton Valadares
QUAL A MAIS PROVVEL VERSO PARA EXPLICAR
A ENTRADA DA VASSOURA-DE-BRUXA NA BAHIA?
Texto de Tefilo Santana dos Santos
A resposta no pode ser categrica, a mais provvel que se
pode afirmar com absoluta segurana que a vassoura no veio
sozinha para Bahia, isso , seus esporos no poderiam ter
chegado aqui flutuando livremente pelo ar, como aconteceu,
aparentemente, no caso da ferrugem do caf, os esporos da
ferrugem podem viver por vrios dias flutuando no ar, e,
provavelmente, vieram para Bahia procedentes das
plantaes africanas no golfo da Guin.
Os esporos da vassoura, ao contrrio dos da ferrugem, tem
vida muito curta e no aguentam transporte pelo ar a longas
distncias. Indubitavelmente, o fungo veio transportado pelo
homem, seja atravs de ramos envassourados ou de outro
qualquer fragmento de cacaueiro contaminado pela doena.
Tambm acho pouco provvel que a introduo tenha sido
criminosa. Ou seja, feita com a inteno de prejudicar algum,
ou mesmo por interesse comercial, isto , para promover o
consumo de algum fungicida. Contra essa ltima hiptese h o
forte argumento que at o momento no se conhece nenhum
produto que seja economicamente vivel e comprovadamente
eficaz no combate a doena. Podemos ento perguntar: que
razo poderia ter motivado algum a trazer a doena para
Bahia? No houve razo alguma, mas apenas ignorncia por
parte de quem praticou o ato. Com a atual facilidade de
transporte entre Bahia e a Amaznia, provvel que algum
viajante curioso e naturalmente despreparado tenha trazido
uma vassoura para mostrar aos amigos da Bahia.
-
COLEGIO MUNICIPAL DE COARACI
Texto adaptado por PauloSNSantana
O Ginsio de Coaraci surgiu de um sonho idealizado, por um grupo conhecido como Sociedade dos Amigos de
Coaraci, representada pelos senhores Digenes Mascarenhas de Almeida, Otaviano Jos Oliveira, Josias Jos de Souza.
Esses homens deliberaram criao e fundao neste municpio da Cooperativa Cultural de Coaraci, Responsabilidade
Ltda., com o objetivo de fundar e manter um colgio para atender s necessidades dos filhos da cidade e de cidades
vizinhas, que no tinham condies financeiras para fazer o curso ginasial e secundrio em outras cidades.
No dia 05 de abril de 1953 iniciou-se a construo do prdio do Ginsio de Coaraci. Em 1954 a Cooperativa assume
definitivamente o patrimnio do edifcio do Ginsio de Coaraci. Em 1955, no dia 09 de maio assume a direo do ginsio o
professor Joo Leite, ele convocou uma reunio com o Prefeito Aristides de Oliveira para solicitar uma parceria com a
prefeitura municipal, mas o prefeito no acolheu o pedido, justificando falta de condies do municpio para assumir tal
compromisso. Em 1956 foi criado o curso de Admisso. Em 15 de fevereiro de 1957 assumiu o cargo de Diretor o Dr.
Adauto Ribeiro Sacramento. Em 17 de maro de 1957 assume a direo o ento Vice-Diretor, Dr. Carlos Santos Duarte,
que aps seis meses pede demisso, assumindo o Dr. Jos Almiro Gomes, com o frei Carlos de Castro, como Vice-Diretor.
Em 1961 a Cooperativa cria a Escola Primria Wilson Lus. Em 1962 foi criado o curso de Magistrio. Em 1970 retorna ao
colgio o Diretor Dr. Adauto Ribeiro Sacramento, permanecendo at 1975, nesse perodo o ginsio manteve o convnio
professor aluno, com o Estado que deu sustentao ao aspecto legal do curso de primeiro grau e magistrio, os
professores foram lotados e passaram a ser remunerados pela Secretaria de Educao do Estado da Bahia. Em 1975
assume a direo do Ginsio de Coaraci a professora Irene de Oliveira Fita e Silva. A direo do Colgio Sebastio
Nunes Viana passa para a professora Eponina Borges da Costa. Em 1977 a Cooperativa realiza uma assembleia ordinria
com todos os membros, inclusive as novas diretoras, para definir a juno dos dois estabelecimentos, que
extraoficialmente passa a se chamar Colgio de Coaraci. Em 1980 o Dr. Jos Almiro Gomes retorna ao Ginsio.Em 08 de
dezembro de 1980 a Cooperativa, reuniu-se em Assembleia Geral para propor a municipalizao do ginsio, j que os
movimentos empreendidos para sua estadualizao deram em nada. A Cooperativa passou todo o seu acervo para ao
municpio atravs de um inventrio, preparado pelo ento Diretor, Dr. Jos Almiro Gomes. Em 1981 sob a direo da
professora Carmem da Silva Pereira, o Colgio de Coaraci passou a ser chamado de Colgio Municipal Antnio Lima de
Oliveira. O diretor do Colgio Sebastio Nunes Viana na mesma poca foi o professor Fernando Amorim de Oliveira,
funcionrio do Banco do Brasil. Em 1983 a direo do Colgio Municipal Antnio Lima de Oliveira passa para professora
Rosete Marli Selman Santos. Em 1985 o Colgio Municipal Antnio Lima de Oliveira reconhecido. Em 1989 assume a
direo do Colgio a professora Gilka de Oliveira Andrade. Em 1993 assume a Professora Elizabete Batista Menezes. Em
1997 assume a professora Cllia Coelho dos Santos adaptando o Colgio Municipal Antnio Lima de Oliveira nova LDB.
Em 1998 formam-se as ultimas turmas dos cursos de Magistrio e Tcnico em Contabilidade. Em 1999 assume a direo
o Professor Jos Waldir Carvalho. Na ultima gesto de Joaquim Torquato o Colgio Municipal Antnio Lima de Oliveira
volta a chamar-se Colgio Municipal de Coaraci. Nesses ltimos anos foram promovidos avanos e uma gesto
democrtica em parceria com instituies que proporcionaram melhorias no processo administrativo pedaggico. O
Colgio Municipal de Coaraci mantm em seus quadros, docentes altamente qualificados, todos graduados, ps-
graduados e alguns com mestrado. Dentre os Diretores da nova gerao destacou-se o professor Jos Waldir Carvalho,
as professoras Ieda Gomes, Cristine e atualmente a professora Fabiana Rocha.
Por tudo isso o Caderno Cultural de Coaraci parabeniza o Colgio Municipal de Coaraci, por mais um aniversrio, e
deseja que continue preparando seus alunos para ingressarem com mritos nas Universidades Brasileiras.
Fonte: Escrevendo o passado e o futuro de Coaraci, organizado por Josefina Castro e Luiza Coelho.
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CADERNO CULTURAL DE COARACI
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Site - www.informativocultural.wix.com/coaraci
(73) 8121-8056 # 9118-5080 # 3241-2405
b a i r r o m a r i a g a b r i e l a
Opinio do outro
Mahatma Gandhi
Nunca use violncia de nenhum tipo. Nunca ameace
com violncia de nenhum modo. Nunca sequer tenha
pensamentos violentos. Nunca discuta, porque isto
ataca a opinio do outro. Nunca critique, porque isto
ataca o ego do outro. E o seu sucesso est garantido.
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