alvos terapêuticos e forças intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas...

31
1 www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal 1 INTRODUÇÃO A QUÍMICA MEDICINAL Prof. Gustavo Pozza Silveira [email protected] Sala 209 Bloco K Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares

Upload: others

Post on 21-Jul-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

1

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

1

INTRODUÇÃO A QUÍMICA

MEDICINAL

Prof. Gustavo Pozza Silveira [email protected]

Sala 209 – Bloco K

Alvos Terapêuticos e Forças

Intermoleculares

Page 2: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

2

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

2

Alvos Terapêuticos

• Como pequenas moléculas podem interagir tão eficientemente com

sistemas complexos como o corpo humano de maneira tão efetiva?

• Fármacos podem ser meros compostos químicos, mas interagem com o

mundo de reações químicas que estão entrando.

• A única surpresa é que a entrada de fármacos no organismo pode resultar

em efeitos específicos.

Page 3: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

3

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

3

Alvos Terapêuticos

• Fármacos estruturalmente inespecíficos

– Seu efeito biológico depende única e exclusivamente de suas

propriedades físico-químicas

– Ex: anestésicos gerais

• Fármacos estruturalmente específicos

– Seu efeito biológico depende da interação seletiva com uma

macromolécula-alvo.

– Ex: benzodiazepínicos

Tipos de Fármacos

Page 4: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

4

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

4

Alvos Terapêuticos

• Fármacos estruturalmente inespecíficos

Perceba que a atividade dos fármacos em questão é relativamente baixa.

Sua ação se da pelas características físico-químicas das moléculas.

halotano

isoflurano

Page 5: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

5

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

5

Alvos Terapêuticos • Fármacos estruturalmente específicos

Nestes casos, a atividade dos fármacos são altas (potência). Sua ação está

relacionada a interação com alguma estrutura tridimensional no organismo

(alvo).

Page 6: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

6

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

6

• É o estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seus

mecanismos de ação

• O que o fármaco faz com o organismo?

Farmacodinâmica

Exemplo: Sistema renina-angiotensina: conjunto de peptídeos, receptores e

enzimas responsáveis pelo controle de líquido extracelular e pressão arterial.

ECA: enzima conversora de angiotensina; Bradicinina: vaso-dilatador.

Page 7: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

7

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

7

Molecular

Celular

Tecidos

Sistemas

Interação do fármaco

com o alvo molecular

Transdução

amplificação do sinal

Efeitos na função

do tecido

Efeitos na função

do sistema

Transporte de glicose

gliconeogênese

Translocação de

GLUT4

Síntese e Ativação

enzimática

Receptor

tirosina quinase

Suporte energético

adequado

INSULINA - Exemplo

Page 8: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

8

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

8

Molecular

Celular

Tecidos

Sistemas

Interação do fármaco

com o alvo molecular

Inibição da transdução e

amplificação do sinal

Efeitos na função

do tecido

Efeitos na função

do sistema

Cronotropismo

Inotropismo

negativos

Prevenção do

Aumento de

AMPc

Receptor

-adrenérgico

Proteína G

Normalização da

função cardíaca

-BLOQUEADOR - Exemplo

Page 9: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

9

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

9

Molecular

Celular

Tecidos

Sistemas

Interação do fármaco

com o alvo molecular

Transdução

amplificação do sinal

Efeitos na função

do tecido

Efeitos na função

do sistema

Impede dano

tecidual

como resultado

da infecção

Inibe a síntese da

parede bacteriana

PENICILINA - Exemplo

Impede a perda da

função

Inibição da

enzima

transpeptidase

Page 10: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

10

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

10

Nucleus

Estrutura celular: fármacos precisam entrar em células.

Cytoplasm

Plasma membrane

Phospholipid bilayer

Page 11: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

11

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

11

Estrutura celular

• Células humanas, animais e vegetais são eucarióticas: Possui núcleo e

organelas.

• O núcleo contém o material genético para codificação da vida (DNA).

• Substâncias gelatinosas/organelas constituem o citoplasma: tudo que está

dentro da membrana celular.

• Estruturas dentro da célula são conhecidas como organelas. Ex.: mitrocondria,

complexo de golgi, ribossomos, lisossomos, retículo endoplasmático rugoso…

• Mitocontria é a fonte de produção de energia.

• Ribossomos são as fábricas proteicas celulares.

• Retículo endoplasmático rugoso: onde encontram-se os ribossomos. Síntese

proteica.

Page 12: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

12

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

12

Phospholipid

Bilayer

Exterior High [Na+]

Interior High [K+]

Membrana Celular

Proteínas

Page 13: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

13

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

13

PolarHeadGroup

Hydrophobic Tails

Membrana Celular

Polar Head Group

Hydrophobic Tails

C H C H 2 C H 2

O O

O

P O O

O

C H 2 C H 2 N M e 3

O O

Page 14: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

14

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

14

Membrana Celular

• A membrana celular é feita de uma bicamada fosfolipídica.

• As cadeias hidrofóbicas interagem entre si através de interações de Van der

Waals “escondendo-se” do meio aquoso.

• As cabeças polares interagem com a água nas superfícies interiores e exteriores

da membrana.

• A membrana celular cria uma barreira hidrofóbica em volta da célula evitando a

passagem de água e moléculas polares.

• Proteínas presentes na célula permitem a passagem pela membrana (canais

iônicos, receptores, enzimas e proteínas de transporte).

Page 15: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

15

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

15

Lipídios

Membrana celular

Proteínas

Receptores

Enzimas

Proteínas de transporte

Proteínas estruturais (tubulina)

Ácidos nuclêicos

DNA

RNA

Carboidratos

Carboidratos presentes na superfícies celular

Antígenos e moléculas de reconhecimento

Tipos de Alvos de Fármacos

Page 16: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

16

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

16

• Alvos são moléculas grandes – macromoléculas.

• Fármacos são geralmente muito menores do que seus alvos.

• Fármacos interagem com seus alvos ligando-se aos sítios de ligação.

• Sítios de ligação são basicamente cavidades hidrofóbicas na superfície de

macromoléculas.

• Interações ligantes envolvem ligações intermoleculares.

• A grande maioria dos fármacos estão em equilíbrio entre estarem e não

estarem ligados aos seus alvos.

• Grupos funcionais no fármaco estão envolvidos nas interações ligantes sendo chamados de grupos ligantes.

• Regiões específicas dentro do sítio ligante que estão envolvidas nas

interações ligantes são chamadas de regiões ligantes.

Alvos - Fármacos

Page 17: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

17

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

17

Macromolecular target

Drug

Bound drug

Induced fit Macromolecular target

Drug

Unbound drug

Binding

site

Drug

Binding site

Binding

regions

Binding

groups

Intermolecular

bonds

Alvos - Fármacos

Page 18: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

18

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

18

• Interações ligantes geralmente resultam em ajuste induzido onde

o sítio ligante modifica-se estruturalmente para acomodar a

molécula.

• O ajuste induzido pode alterar completamente a estrutura do alvo.

• Importante para o efeito farmacológico do fármaco.

Alvos - Fármacos

Page 19: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

19

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

19

Forças de ligação intermoleculares

Electrostática ou ligação iônica

• É a ligação intermolecular mais forte (20-40 kJ mol-1)

• Ocorre entre grupos de carga oposta

• A força das interações iônicas é inversamente proporcional a distância entre as cargas dos dois grupos

• As interações mais fortes ocorrem em ambientes hidrofóbicos

• A força da interação diminui mais lentamente em detrimento da distância do que

outras formas de interações intermoleculares

• As Interações iônicas são as mais importantes quando o fármaco entra no sítio ligante

Drug

O

O H3N Target

Drug NH3

Target

O

O

Page 20: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

20

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

20

Ligações de hidrogênio

X H

Drug

Y Target

Drug XTarget

HY+

+- -

--

HBD HBA HBA HBD

• Variam em força dependendo do ângulo entre o doador e receptor de H

• Mais fraca que a interação eletrostática, mas mais forte que a de van der Waals

• A ligação de hidrogênio ocorre entre um H deficiente de elétrons com um

heteroátomo (N ou O) rico em elétrons

• O hidrogênio deficiente em elétrons geralmente está ligado a um heteroátomo (O ou N)

• O hidrogênio deficiente em elétrons é chamado de doador de hidrogênio (HBD)

• O heteroátomo rico em elétrons é chamado de aceptor de hidrogênio (HBA)

Forças de ligação intermoleculares

Toda ligação de hidrogênio possui a mesma força?

Page 21: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

21

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

21

YX H YX H

Hybridisedorbital

Hybridisedorbital

1sorbital

HBA HBD

• A interação envolve orbitais e é dependente da orientação.

• A orientação perfeita ocorre quando a ligação X-H está diretamente orientada

pelo par de elétrons livre em Y sendo o ângulo entre X, H e Y igual a 180o.

Ligações de hidrogênio

Forças de ligação intermoleculares

Page 22: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

22

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

22

• Exemplos de aceptores de hidrogênio fortes

- Íon carboxilato, íon fosfato, aminas terciárias

• Examples de aceptores de hidrogênio moderados

- Ácido carboxílico, oxigênio amídico, cetona, éster, éter, álcool

• Examplos de aceptores de hidrogênio fracos - Enxofre (sulfetos), fluor, cloro, anel aromático, nitrogênio amídico, amina

aromática

• Exemplo de bons doadores de hidrogênio - Íon alquilamônio

Ligações de hidrogênio

Forças de ligação intermoleculares

Page 23: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

23

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

23

Exercício: sugira o porquê para a seguinte ordem de HBA (aceptor de ligação

de hidrogênio).

Page 24: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

24

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

24

Binding site

DRUG

- +

• Interações muito fracas (2-4 kJ mol-1)

• Ocorrem entre as regiões hidrofóbicas do fármaco e alvo

• Áreas existentes entre regiões de alta e baixa densidade eletrônica levam a

formação de dipolos temporários

• Interações diminuem rapidamente com a distância • Molécula necessita estar próxima ao sítio ligante para que a interação ocorra

• Contribuição total das interações de van der Waals podem ser cruciais para

ligação

+ -

Hydrophobic regions

Transient dipole on drug + -

van der Waals interaction

Ligações de Van der Walls

Forças de ligação intermoleculares

Page 25: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

25

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

25

Dipolo-dipolo

• Podem ocorrer se a molécula e o sítio ligante possuirem momentos de dipolo

• Dipolos alinham-se entre si conforme a droga entre no sítio ligante

• Alinhamento do dipolo orienta a molécula no sítio ligante

• Orientação é benéfica se outros grupos ligantes estiverem corretamente

posicionados com respeito a região ligante correspondente

• Orientação é deletéria se os grupos ligantes não estiverem corretamente posicionados

• A força da interação decresce com a distância mais rapidamente que a

interação eletrostática, mas mais lentamente que as interações de van der

Waals.

Forças de ligação intermoleculares

Page 26: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

26

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

26

Binding site

Localised

d ipole moment

Dipole moment

R

C

R

O

+

-

Binding site

R

C R O

Dipole-dipole

Forças de ligação intermoleculares

Page 27: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

27

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

27

Interações Íon-dipolo

• Ocorrem onde a carga sobre uma molécula interage com o momento de dipolo da

outra

• Mais forte que a interação dipolo-dipolo • Força da interação diminui menos rapidamente com a distância do que a

interação dipolo-dipolo

C

O

O

Binding site

+

-

R

C

R O

H3N

Binding site

+

-

R

C

R O

Forças de ligação intermoleculares

Page 28: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

28

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

28

Interações dipolo induzido

• Ocorre onde a carga sobre a molécula induz um dipolo na outra, p.ex., entre um

íon de amônio quaternário e um anel aromático:

Binding site

R N R 3

+ -

+

Forças de ligação intermoleculares

Page 29: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

29

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

29

Exercício: O hormônio adrenalina interage com proteínas localizadas na

superfície de células e não atravessa a membrana celular. No entanto,

esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam

membranas celulares e interagem com proteínas localizadas no núcleo. Como o

esteróide que é uma molécula muito maior do que a adrenalina é capaz de atravessar a barreira celular?

Page 30: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

30

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

30

R

C

R

O

O H

H H H

O

H

H

O

H

H

O

O H

Binding site

Desolvation - Energy penalty Binding - Energy gain

O H

R

C

R

O

Binding site

R

C

R

O

O H

Binding site

Penalidades da dessolvatação

• Regiões polares do fármaco e seu alvo são solvatados antes de ocorrer a

interação

• Dessolvatação necessita de energia para acontecer

• A energia ganha pelas interações fármaco-alvo precisa ser maior que a energia de

dessolvatação

Page 31: Alvos Terapêuticos e Forças Intermoleculares · 2016-08-26 · esteróides que são moléculas maiores, como p. ex. Oestrona, atravessam membranas celulares e interagem com proteínas

31

www.iq.ufrgs.br/biolab

Prof. Gustavo Pozza Silveira Introdução a Química Medicinal

31

Unstructured water

Increase in entropy

Drug DRUG

Structured water layer

round hydrophobic regions

Hydrophobic

regions

Water Binding site Binding site

Drug DRUG

Binding

Interações Hidrofóbicas

• Regiões hidrofóbicas da droga e seu alvo não são solvatados

• Moléculas de água interagem entre si e formam uma camada ordenada próxima

de regiões hidrofóbicas – entropia negativa

• Interações entre as regiões hidrofóbicas da droga e seu alvo “libertam” as

moléculas de água ordenadas • Como resultado, a entropia do sistema aumenta beneficiando a ligação