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R$ 4,90 #39 SALA DE TV CONFORTO NA SALA DE TELEVISãO PROJETADA PELA ARQUITETA CLAUDIA LüCKMANN JANDT LEVA EM CONSIDERAçãO, PRINCIPALMENTE, O CONFORTO E A QUALIDADE DE SOM E IMAGEM arquitetura | decoração | design | engenharia ano 05 | maio/2010

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Revista Alto Padrão. Voltada ao público de decoração, arquitetura e design de Blumenau e região. Produzida pela Mundi Editora - Blumenau/SC.

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R$ 4,90

#39

SALA DE TVconforto na

sala de televisão projetada pelaarquiteta claudia lückmann jandt

leva em consideração, principalmente,o conforto e a qualidade de som e imagem

arquitetura | decoração | design | engenharia ano 05 | maio/2010

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ExpedienteCONSELHO EDITORIALAmanda Marques, Amauri Alberto Buzzi, Ângela Ferrari, Carla C. Back, Daniela P. Garcia, Danielle Fuchs, Jorge Luiz Strehl, Margareth Volles, Maurilio Bugmann, Odete Campestrini, Patrícia Serafim, Sidnei dos Santos, Silvana Silvestre e Valter Ros de Souza

/Editor-Executivo: Sidnei dos Santos 1198JP (MTb/SC) - [email protected]/Editora-Assistente: Gisele Scopel/Repórteres: Beatriz Roberta Alves Gaviolli, Jean Laurindo e Mariana Tordivelli/Gerente de Arte e Desenvolvimento: Rui Rodolfo Stü[email protected]/Projeto Gráfico: Ferver Comunicação/Foto de Capa: Ivan Schulze/Editora-Chefe: Danielle [email protected]/Gerente Comercial: Eduardo Bellidio47 3035.5500 - [email protected]/Gerente-Geral Comercial: Denilson Mezadri47 3035.5500 - [email protected]/Diretor-Executivo: Niclas [email protected]

DIRETORIA/Presidente: Amauri Alberto Buzzi/Vice Pres. para Assuntos Estratégicos e Ma-teriais: Clemar Fernandes de Souza/Vice Pres. para Assuntos da Indústria Imobi-liária: Valter Luiz Torresani/Vice Pres. para Assuntos de Rel. Trabalhis-tas e Sindicais: Adalberto José da Silva/Vice Pres. para Assuntos de Obras Públicas: Jorge Luiz Strehl/Vice Pres. para Assuntos de Economia e Es-tatística: Guilherme Augusto Mattos Voltolini/Vice Pres. para Assuntos da Administração: André Marin d´ Iglesias Y Vieira/Vice Pres. Para Assuntos de Loteamento: Ricardo Vasselai/Diretor para Assuntos de Relações Intersin-dicais: Maurílio Schmitt/Diretora Administrativa: Margareth Volles/1º Secretário: Luciano Raymundi Filho/2º Secretário: Roberta Silva Silveira/1ª Tesoureira: Eunice Marly Hohl Silveira/2º Tesoureiro: Marco Aurélio Eichstaedt;//Conselho Fiscal/Efetivos: Renato Rossmark Schramm, Marcos Rischbieter, Nilton Speranzini/Suplentes: Valdir Damião Maffezzolli, Alziro Luiz Estevam, José Roberto Antunes Santos//Delegados Representantes/Efetivos: Jorge Luiz Strehl, Amauri Alberto Buzzi/Suplentes: Renato Rossmark Schramm, André Marin d´ Iglesias Y Vieira/Diretores: Giovani Isensee, Valter Ros de Souza, Jader Roney Tomazi, Carlos Alberto Ramos Schmidt, Leonardo Reges Marini da Cunha, Márcio Rogério Bruschi

/TIRAGEM: 4.000 exemplares

/editorial

TEmpo dE TorcEr

O assunto dos meses de junho e julho é a Copa do Mundo da África. Vamos torcer para a Seleção Brasileira, enquanto trabalhamos muito por aqui. É que agora me dedico e espero ajudar também outro time, que comecei a comandar há pouco: o da nova diretoria do Sinduscon Blumenau. A vontade é a seguir o caminho como a equipe brasileira correrá atrás de belos lances e de mais um título mundial. Vamos com dedicação e eficiência buscar boas novas para o setor. Com a proximidade da competição, não poderíamos deixar de falar sobre o assunto nesta edição. É o caso da reportagem sobre como montar uma sala de TV perfeita para acompanhar os jogos com conforto.

Para relaxar, enquanto a bola não rola na Copa, a revista Alto Padrão explica os detalhes de uma arte chamada Bonsai. Mas você pode encontrar também outros temas nestas páginas.

O gesso acartonado também está na edição de junho. Bem como a sustentabilidade. A arquiteta Marina Otte mostra como o design pode estar a favor do meio ambiente, diminuindo os impactos ambientais e reaproveitando material. As colunas Clic e Dicas estão imperdíveis. Bons assuntos não faltam.

Boa leitura!

Amauri Alberto BuzziPresidente Sinduscon Blumenau

Kakau Santos / Arquivo mundi Editora

Home theater projetado pelo arquiteto Vitor Cervi

A Igreja do Espírito Santo está na seção clic Alto Padrão

ricardo Silva / photuspress / Especial

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w w w . f e n a h a b i t . c o m . b r

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/sumário

/habitação Um novo conceito em morar bem

/design As formas e cores dos óculos de sol no Inverno

/paisagismo A arte e o fascínio dos bonsais

/tecnologia Divisórias sem tijolos nem cimento

/projeto comercial Bonito e ao ar livre

/gastronomia Cachaça do Vale ganha prêmio internacional

/clic Alto Padrão/dicas Alto Padrão

/14 /22 /24 /28

/32 /34

/36

/38/30

/sustentabilidadeEcodesign busca tirar o melhor dos processos de produçãode objetos com o menor impacto ambiental possível.

/interioresCom a proximidade da Copa do Mundo, aumenta o interesse pelas marcas de TV disponíveis no mercado. Nesta edição, Alto Padrão traz dicas para montar a sala de TV.

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daniel Zimm

ermann

Banco de imagens

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/projeto residencial

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A busca de um novo conceito de morar em Blumenau foi o fio condutor para criar o Edifí-cio Jazz. Os arquitetos da Terra Arquitetura e a Vasselai Incorporações privilegiaram o design, a sustentabilidade, o conforto e a qualidade de vida. Com arquitetura marcante e uma proposta inovadora, o Jazz é resultado de uma reflexão so-bre as tendências contemporâneas e a realidade local.

A inovação começa pelo cubo de vidro inse-rido no topo do edifício, elemento marcante e es-

paço de contemplação. O conceito deste espaço é criar um mirante com lareira para receber os ami-gos, tomar um bom vinho e curtir a paisagem da cidade. Outro destaque são as portas-balcão dos quartos, onde a ampla abertura possibilita maior entrada de luz e também ventilação.

“Um dos nossos objetivos é valorizar a pai-sagem urbana e criar uma relação equilibrada entre os espaços privados e públicos”, afirma a arquiteta Daniela Pareja.

“Procuramos criar espaços que pudessem

contribuir para diminuir o estresse do dia a dia”, descreve o arquiteto Christian Krambeck. Lazer e integração, estas palavras-chave são materiali-zadas através do espaço gourmet, praça, bicicle-tário, pub com fliperama e sinuca, varanda com churrasqueira, forno de pizza e redes no térreo e lounge com lareira no último andar. Os am-bientes comuns serão decorados e contarão com móveis com assinatura de designers consagra-dos, exemplo da recepção que terá uma cadeira Bubble Chair do designer Eero Aarnio.

All ThAT JAZZEmpreendimento incorpora tendências contemporâneas e revê o conceito de morar em Blumenau

Fotos divulgação

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ALTOpadrão

Os espaços de lazer contam com pub (página ao lado); mirante lounge (à esquerda) e varanda com redes para momentos de ócio

e contemplação. Acima, concepção digital da fachada mostrando o cubo (mirante) que vai proporcionar vista diferenciada da região

plantas se adaptam aos diferentes estilos

As plantas são diferenciadas e permitem variações que se adaptam aos vários estilos de vida e jeitos de morar. Seja qual for o estilo, todo apartamento tem hidrômetro e medidor de gás individual, uma ou duas vagas na gara-gem, piso laminado na sala e quartos e sacada com churrasqueira. “A proposta é criar algo di-ferenciado e com identidade, capaz de estimu-lar uma nova cultura arquitetônica na cidade. Morar com personalidade, viver cercado de boa arquitetura e design e perceber diariamente que isto faz toda a diferença”, explica o enge-nheiro Ricardo Vasselai.

No ritmo do Movimento + Sintonia, a equipe desenvol-veu, em conjunto com a empresa Firmorama e Datapris-ma, um material de divulgação interativo. O universo do jazz inspirou a produção do material gráfico em forma de LP, do site e dos vídeos disponíveis na internet. O ponto de venda, no Shopping Neumarkt, oferece alguns momentos de jazz ao vivo e o plantão de vendas, no terreno, foi montado num container com móveis de de-signers renomados.O Movimento + Sintonia também lançou o concurso Morar em Sintonia: os participantes enviam uma fra-se sobre “o que é morar em sintonia para você” e uma foto do “cantinho preferido” e concorrem a um Mac-book e um Ipod Nano. Para participar basta acessar www.moraremsintonia.com.br.

Jazz em tudo

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mais sustentável O edifício incorpora vários itens de sus-

tentabilidade. Além da obra racionalizada para reduzir entulhos e desperdícios, o edifí-cio contará com captação e reuso da água da chuva, torneiras com temporizador, sensor de presença e lâmpadas econômicas nas áreas comuns, pomar, separação de lixo, vasos sa-nitários de baixa vazão, janelas amplas para maior ventilação e iluminação natural e uso de papel reciclado no material de divulgação.

região NorteA localização atende à lógica do planejamento urbano do Município

que, segundo Vasselai, é justamente o desenvolvimento para a região Norte. “Grandes investimentos estão sendo feitos na região Norte de Blu-menau, como o Viaduto da Mafisa, o binário da Rua Paris, a Via Expressa e dois shoppings centers, por exemplo”. O empreendimento ficará pronto em 2013 e terá 12 andares com cinco apartamentos por andar e 6 mil metros quadrados de área construída.

/projeto residencial

A equipe de arquitetos formada por Daniela Pareja, Christian Krambeck (E) e Osvaldo Segundo de Oliveira (D), da Terra Arquitetura, e o engenheiro civil Ricardo Vasselai, da Vasselai Incorporações, idealizaram o Mo-vimento + Sintonia e procuram transformar sonhos em espaço construído. Os profissionais da equipe valorizam o trabalho de artistas locais – as ilustrações de Nestor Jr., por exemplo, estão presentes nos projetos.

o conjunto

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Imagem do apartamento de perfil free, que une conforto e conexão com o natural

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Fotos

divu

lgaçã

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/especial

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EScolhA A TV cErTA Em tempos de Copa do Mundo, Alto Padrão ajuda a montar a sala de TV ideal para acompanhar os jogos da África do Sul

A cada quatro anos, quando se realiza a Copa do Mundo de Futebol, a venda de aparelhos de TV aumenta consideravelmente. Este ano, os equipamentos lançados estão aptos a receber os jogos com o sinal digital na TV aberta, o que

significa assistir a imagens em alta definição e não perder nenhum detalhe das partidas. Além das vendas, a tecnologia e os tipos de apare-lhos também aumentam e é comum ficar um pouco perdido com tanta novidade. O gerente

da Interativa Home Cine, que vende e instala TVs e faz projetos de áudio e vídeo, Romualdo Gassert, explica as diferenças de cada TV, além de calcular a distância correta para a colocação do aparelho em uma sala.

hd e Full hd Até o fim da década de 1990, as TVs tinham

uma resolução de imagem formada por 480 linhas. A partir daí, surgem as TVs de alta defi-nição – HD (high definition) – e as imagens se tornam muito mais reais graças às 720 linhas e

ao 1 milhão de pixels (pontos) presentes na tela. A partir de 2000, a alta qualidade de definição cresce ainda mais com a chegada das TVs Full HD. Estas oferecem resolução de 1.080 linhas e 2 milhões de pixels. Todos os fabricantes de TVs

oferecem modelos com ambas as tecnologias. “Para consumidores que gostam de assistir fil-mes, em telas maiores, recomendo as Full HD, que proporcionam a melhor experiência visual possível”, atesta Romualdo.

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ALTOpadrão

Consumo de energia: baixo em rela-ção às tvs de plasma. alto, se compa-rada com as tvs de led. Vida útil: 100 mil horas, ou 34 anos, com oito horas de uso diário.Espessura: finas e leves, são ideais para serem fixadas na parede.

os modelos de lcd A sigla significa Liquid Crystal Display, ou Tela de Cris-

tal Líquido. Nessas TVs, a imagem é gerada através de lâm-padas situadas na parte traseira do aparelho. A luz passa através do painel junto ao cristal líquido, que tem a função de controlar a luminosidade, para formar as imagens. Por terem um brilho intenso, são mais indicadas para ambien-tes com maior claridade. “Na TV de LCD, em cenas mais escuras ocorre um leve vazamento de luz na tela, tornando as imagens um pouco opacas”, explica Romualdo.

Saiba mais

Consumo de energia: de-vido ao tipo de lâmpada, são as tvs de menor consumo – gastam até 40% menos que uma tv lcd. Vida útil: 100 mil horas, iguais às tvs de lcd e plasma.

lEd: última geração A concepção dessas TVs é a mesma das de LCD, com a diferença de

que, no lugar das lâmpadas fluorescentes, têm LEDs – diodo emissor de luz. A tecnologia garante melhor contraste, uma vez que, quan-do transmitem cenas escuras, a intensidade das lâmpadas diminui, propiciando imagens mais reais. Ideal para ambientes claros. “As TVs de LED ainda estão em evolução. Permanece a deficiência do tempo da resposta mais lento e cores um pouco artificiais, dependendo do tipo de LED utilizado. Apresentam contraste e coloração inferiores as de plasma, porém é uma tecnologia com futuro promissor”.

Saiba mais

Consumo de energia: maior que tvs de lcd e led. Vida útil: 100 mil horas. isso equiva-le a 34 anos, utili-zando o aparelho oito horas por dia.

plasma: em franca evolução Pioneira entre as TVs de telas grandes, a plasma funciona com milhares de lâmpadas fosfo-

rescentes em miniatura. Ionizadas, elas emitem gazes de luz ultravioleta que, em contato com o fósforo, geram a imagem. “A plasma era criticada por marcar a tela. Porém, nos últimos dois anos, a tecnologia foi aprimorada e ela é cada vez mais procurada pelo consumidor que prefere telas acima

de 50 polegadas. Pois, valorizam a fidelidade nas cores e maior contras-te, melhor imagem em situações escuras”, afirma Romualdo. As TVs de plasma são recomendadas para locais com controle de luminosidade, isso porque a tela reflete a luz externa e prejudica a imagem, tornando-a opaca. Modelos com frequência de 600 Hz são excelentes para assistir a cenas de ação e movimento, como partidas de futebol, corridas automobilísticas e jogos de videogame.

Saiba mais

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ALTOpadrão/especial

distâncias média para assistir TV

Ficar muito próximo de uma TV grande ou afastado demais de um aparelho pequeno pode afetar a qualidade da visualização. Por isso, para escolher o aparelho mais apropriado é preciso verificar a quantos metros é recomendado assistir TV.

monte sua sala de TVAs TVs de tela grande e os home theaters estão cada vez mais

acessíveis e transformando as salas de TV em pequenos cinemas par-ticulares. Antes de projetar o ambiente, é preciso ficar atento a alguns detalhes. Segundo a arquiteta Fernanda Ruske, o item mais importan-te é o conforto. “Como vivemos em uma sociedade dependente da TV, este espaço acaba sendo o local onde a família e amigos se reúnem para conversar, ouvir música, assistir a um bom filme e, até mesmo, degustar lanchinhos informais. Sendo assim, conforto e praticidade são palavras-chave ao montar a sua sala de TV”, afirma.

Se o aconchego é o elemento principal na hora de criar a sala, Fernanda afirma que um sofá confortável e uma iluminação adequa-da são indispensáveis. “Um dos detalhes importantes a se pensar é o posicionamento da TV, pois, se estiver mal-localizada, pode ter proble-mas com reflexos, tanto pela iluminação natural como pela artificial. Para um resultado mais satisfatório, muitas vezes são feitos em con-junto os projetos de luminotécnica do ambiente”, explica.

Para o ambiente ficar harmonioso, Fernanda salienta que ima-gem, som e espaço precisam caminhar juntos. Ela assinala que se deve pensar nos itens como um conjunto, para que não haja con-flito na decoração. “Sabemos que este é um espaço utilizado para diversos fins, mas, se houver um bom planejamento, poderemos utilizá-lo da melhor forma possível”, diz Fernanda, que salienta a importância de planejamento com acompanhamento profissional para evitar surpresas desagradáveis. AP

Ivan Schulze/Especial mundi Editora

como entender os manuais

Pixel - É a abreviatura de picture element, ou seja, “elemento da ima-gem”. Corresponde aos pequenos pontos que formam as linhas na tela da TV. Quanto mais pixels a tela tiver, melhor será a definição.

Progressive Scan - É a forma como as linhas são exibidas na tela. Em português, progressive scan pode ser traduzido como “varredu-ra progressiva”. No modo progressivo, as linhas surgem na tela sem intervalos. Essa forma de exibição traz maior nitidez às imagens. O sistema é representado pela letra “p” (1.080p, por exemplo).

Tempo de resposta - Durante uma cena, os pixels precisam apagar e acender para reproduzir o movimento da imagem. Tempo de res-posta é o período que os pixels levam para realizar essa transição. En-tão, quanto menor for esse tempo, melhor será a exibição de detalhes nas cenas de ação. Essa função é medida em MS (milessegundos).

SBTVD - É o Sistema Brasileiro de Transmissão Digital. As TVs com função DTV são capazes de receber, através da conexão de antena, a transmissão digital brasileira em alta definição.

HD Natural Motion - A trepidação das imagens em movimento é amenizada com esse recurso, que analisa as cenas e controla o pro-blema, tornando as imagens mais reais.

Função Time Machine Ready - Permite a gravação do conteúdo da TV digital aberta pela conexão de um HD externo na estrada USB (de no mínimo 40 GB).

HDMI - Tecnologia de conexão capaz de lidar com áudio e vídeo de alta definição em alta velocidade ao mesmo tempo, dispensando um cabo separado para cada função. Transporta sinal digital de alta definição.

USB - É a sigla para Universal Serial Bus. Trata-se de um plug que tornou mais simples e rápida a conexão de diversos tipos de aparelho (câmeras digitais, HDs, pendrives, mouses etc.) à TV, evitando assim o uso de um tipo específico de conector para cada dispositivo.

52” ............................ 4 m42 a 47” .......... 3,2 a 3,6 m

32 a 37” .......... 2,4 a 2,8 m19 a 26” ............. 1,5 a 2 m

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odorIZZI

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Inserido de vez no arsenal de acessórios de ho-mens e mulheres em todas as estações do ano, os óculos de sol acompanham o ritmo de evolução do mercado da moda. Para o restante deste ano, as ten-dências e variedades de óculos de sol se adaptam a todos os tipos de rostos. Tons, lentes e armações que já fizeram muito sucesso na temporada mais quente do ano evoluem para alternativas sóbrias capazes de incrementar o visual de qualquer pessoa – desde que respeitados o perfil e a personalidade.

A moda nas armações, por exemplo, deixa um pouco e lado as opções coloridas e chamativas e parte para tons escuros, como preto e petróleo, e estampas de tartaruga. “Os últimos lançamentos

estavam bastante extravagantes, então os conceitos devolvem um pouco o caráter sóbrio às novidades do mercado de óculos de sol”, afirma a empresária e consultora óptica Vera Weickert, da Ótica Baier.

Ainda assim, marcas voltadas ao público jovem, como a Ray-ban, ainda apostam nas cores para chamar a atenção do público. “As variedades aten-dem a todo tipo de público, mas, quando se fala em tendência, temos algumas mudanças no restante do ano”, explica.

Ainda na parte de armações, a mistura de cores também está em alta. O tom degradê com elementos mais fortes em cima e suaves na parte inferior da haste conferem mais um diferencial aos

lançamentos. O mesmo acontece com as lentes, que têm evolução gradual de cores. “Aqueles óculos com aspecto de joia, que duram a vida inteira, evidente-mente permanecem em alta”, registra.

Variedade

Vera explica que investir em mais de um mode-lo vem se tornando prática comum entre os brasilei-ros, o que amplia ainda mais as opções no mercado. “Uma pessoa pode estar vestindo uma roupa básica, por exemplo, em qualquer estação do ano, mas vai garantir o visual se fizer a escolha certa nos óculos de sol”, diz a consultora.

Óculos de sol ganham novas roupagens para dar um charme extra ao visual de todas as estações

/design

pArA ABrIlhANTAr o ESTIlo

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daniel Zimm

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ExageroPouco a pouco, os mo-

delos com detalhes que ressaltam o exagero, com muito brilho e ostentação, perdem espaço nas pratelei-ras e nos rostos dos clientes. Por questões conceituais que envolvem desde acom-panhamento da moda até segurança, os elementos passam a ser mais discretos. O tamanho também entra neste conceito. “Depois de anos com lentes que co-briam um espaço cada vez maior do rosto, a partir do próximo Verão os óculos devem diminuir bastante de tamanho”, revela. Vera.

O estilo ‘olhos de gato’ dos anos 1940 também ga-nha força. “Quando a moda fica muito exagerada, parte para o oposto. Ainda há muitas opções chamativas, com espaço no visual dos clientes, mas já se percebe que os tamanhos diminuí-ram um pouco”, destaca.

Na opinião da empresá-ria, a maior promessa para os próximos meses são os óculos de sol com lentes es-pelhadas em tons dourados. “Devemos ter um forte apelo desse modelo no filme “Sex and the City 2”, o que deve fazer com que a procura por modelos desse tipo aumen-te bastante. É uma grande aposta”, afirma. AP

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À primeira vista, eles parecem árvores que esqueceram de crescer e al-cançaram um outro tipo de beleza. Mas, ainda que a natureza gere seus bon-sais, normalmente é com o trabalho de mãos meticulosas que as miniaturas de troncos e galhos ganham forma. O bonsai é uma técnica milenar criada na China, onde o cultivo de árvores é feito dentro de vasos. Traduzida para o por-tuguês, a palavra bonsai significa “plantado em uma bandeja”. “O simples fato, porém, de manter uma árvore em um vaso, não faz dela necessariamente um Bonsai”, diz a criadora de bonsais Sônia Lucia Halla, Bonsai Blumenau.

Na arte de miniaturizar árvores que podem produzir flores e frutos, quanto mais antigo for o bonsai, maior será o seu valor e também a sua beleza, dentro do conceito filosófico oriental de exaltação à velhice

e à sabedoria. A criadora de bonsais sempre gostou da natureza e a planta despertou interesse. Cultivando bonsais há 10 anos, Sônia diz que essa planta é uma “obra de arte em constante transformação”. “O bonsai está sempre crescendo, não importa

o quão pequeno e devagar seja esse crescimento. Assim, como nós somos seres únicos, o bonsai também é. Não existe no mundo um igual

ao outro”, afirma. Seja para harmonizar o ambiente da casa ou do escritório, a paciência é o segredo para cultivá-lo. O bonsai é ideal

para quem tem pouco espaço, mas quer manter o contato com a natureza. Para se

chegar a um bonsai finalizado, passa-se por três etapas. Primeiro, as mudas são sele-

cionadas e preparadas, com um trabalho no caule e nas

folhas, para ir para o vaso. “Uma muda de bonsai, se for plantada no chão, não terá

uma forma agradável”, explica Sônia.Depois, ela vira um pré-bonsai. Para isso, a

muda será podada, retirando-se os galhos em excesso, atada com arames para modificar a forma do tronco e transplantada para um vaso, onde ficará por, no mínimo, quatro meses.

É aí que entra a parte da paciência. Durante o processo de acomodação do caule, podem acontecer alguns acidentes,

como, por exemplo, o tronco partir. “Nesse caso, o criador de bonsai poderá usar um selante apropriado para colá-lo e impedir a conta-

minação por fungos.

/paisagismo

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A ArTE dE mINIATurIZAr árVorESPaciência é a palavra-chave para se chegar a um bonsai perfeito, uma “obra de arte em transformação”

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Fotos daniel Zimmermann

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1 - tuia nipônica, 8 anos2 - primavera, 10 anos3 - cica, 10 anos4 - iles, 7 anos5 - escroton, 32 anos6 - jabuticabeira, 12 anos7 - carvalho, 8 anos8 - unha-de-gato, 11 anos

os bonsais

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Outro problema é tirar o arame antes da hora, sem que a planta esteja na posição desejada. Uma vez escolhida a posi-ção final, não se pode mexer. Controlar a ansiedade e esperar é fundamental. Até se tornar um bonsai pronto, pode – e certamente vai – levar anos”, completa Sônia.

Após o desenvolvimento de tronco e galhos na posição desejada, muita água, muito sol e muito vento, o arame é retirado e o bonsai está pronto. Os preços variam: um bonsai pronto pode custar entre R$ 30,00 e R$ 8 mil, dependendo da espécie e, principalmente, da idade e da aparência.

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rua são sebastião, 101, itoupava norte, Blumenau.(47) 3323-7012 / 8809-8124 / [email protected]

Bonsai Blumenau

cuide bem do seu Bonsai

Luz solar: bonsais, na maioria, são plantas de exterior e, por isso, necessitam de luz intensa e natural. É ideal que fi-que ao ar livre para receber sol e vento de todos os lados.

Regas: no verão, o bonsai deve ser regado de uma a duas vezes por dia. no inverno, de dois em dois dias. deve-se molhar toda a área do vaso proporcionalmente. em caso de viagens curtas (até uma semana), o bonsai pode ficar em uma bacia de água e areia até a metade do vaso.

Adubação: adubar a cada 15 dias na primavera e outono e uma vez por mês no verão e inverno.

Ventilação: a ventilação seca rapidamente o solo, aju-dando a controlar o crescimento acelerado do bonsai, além de proteger a planta de fungos e ácaros.

Poda, pinçagem e aramação: para manter a forma ori-ginal do bonsai, procure retirar com os dedos (pinçagem) o excesso de brotações dos ramos, várias vezes ao ano. no fi-nal da primavera, é necessário podar os galhos, para dimi-nuir o tamanho do bonsai ou modificar seu formato. para isso, é preciso enrolar o arame (aramação) entre os galhos, entortá-los e mantê-los preso por cinco meses.

Replantio: a poda de raízes é essencial para a sobrevivên-cia do bonsai. na verdade, qualquer planta em um vaso precisa ter as raízes podadas, caso estas se desenvolvam demasiadamente. do contrário, a planta morrerá porque as raízes terão dificuldade em obter água e oxigênio. o intervalo de tempo entre uma poda e outra depende da espécie, podendo variar de dois a três anos.

Fonte: Bonsai Blumenau

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/paisagismo

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9 - piracanta, 6 anos10 - ulmus, 8 anos11 - serrisa japonesa, 10 anos12 - pitanga, 25 anos13 - floresta de buchinhos, 15 anos14 - ipê, 10 anos

15 - acerola, 12 anos16 - cerejeira-grande, 15anos 17 - caliandra-vermelha, 12 anos18 - acer-pequeno, 6 anos19 - cipestre-japonês, 12 anos20 - pinheiro-negro, 15 anos

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hotel para bonsaiCom o calendário cheio de feriados e comemorações, quem tem um

bonsai em casa enfrenta sempre o mesmo problema: o que fazer com ele nesses períodos?

Em Blumenau, há a alternativa de hospedar a planta no Bonsai Blume-nau. Durante a estada, as hóspedes são regadas e, as que precisam, são leva-das para banhos de sol. “Os bonsais precisam de sol e de rega diária. E, caso o cliente queira, podemos aproveitar a estada da planta para realizar a poda de copa ou ainda a troca de terra, que é feita apenas uma vez por ano”, diz Sônia Lucia Halla. No local, além do hotel, também funciona um “hospital”. “As plantas doentes são avaliadas e recebem o tratamento necessário, que pode ser um adubo ou uma nova terra”, completa. AP

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/turismo

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SEm TIJolo NEm cImENToAlternativo à alvenaria convencional, o gesso acartonado proporciona rapidez, economia de espaço e flexibilidade no layout

O gesso acartonado, ou parede seca (drywall), vem conquistando consumidores por causa das facilidades que apresenta. Sendo usado como divi-sória, forros e revestimentos, consiste, basicamente, de uma estrutura metálica de aço galvanizado com uma ou mais placas de gesso, aparafusadas de ambos os lados. Material produzido industrialmente e com qualidade controlada, o gesso acartonado integra-se ao repertório dos profissionais brasileiros em todos os tipos de obra.

Muito comuns na Europa e Estados Unidos, os painéis de gesso acartonado vêm ganhando o mer-cado brasileiro. A procura aumenta de 40% a 50% ao ano e mostra que o material está ficando livre da imagem de aparente fragilidade, prometendo tomar o espaço da tradicional alvenaria. “A economia, leveza e facilidade de uso, além da rapidez na execução, são alguns fatores que elevaram a procura pelo revesti-mento em gesso acartonado”, diz a empresária Júlia Marta Spengler, da Júlia Decoratus, empresa especia-lizada no produto.

Utilizado inicialmente em construções novas, o gesso acartonado está ganhando espaço também nas reformas de imóveis residenciais e comerciais. Ele pode ser utilizado na divisão de ambientes, como for-ros, sancas e nichos decorativos, estantes, prateleiras e bancadas, em ambientes residenciais, comerciais ou uso público.

O material ganha simpatia devido às muitas vantagens. “O drywall está sendo muito utilizado nas reformas de imóveis porque é flexível, não gera quase nenhum entulho e é leve”, diz Júlia.

De acordo com a empresária, as placas de gesso acartonado substituem alvenarias e argamassas de revestimento em uma única operação, permitindo a fácil instalação dos dutos de água, energia elétrica e de transmissão de dados. E permitem a instalação de isolamento térmico e acústico dentro da parede.

“Esse sistema limita-se a áreas internas e não possui função estrutural. Na área externa, usa-se as

Fotos ricardo Silva/photus press/especial mundi Editora

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O ideal, quando se pensa em construção seca com gesso, é que, em primeiro lugar, tudo seja planejado cuidadosamente, especificando-se os pontos de instalação de prateleiras, peças sanitárias, pontos de água e de energia, sem improvisações. É recomendável utilizar o sistema completo para que ele realmente traga benefícios. “As instalações elétri-cas são semelhantes ao modo convencional. A única preocupação é deixar os conduítes passados por entre as ferragens da parede, antes que a segunda placa seja parafusada. O mesmo é válido para a ins-talação hidráulica”, explica Júlia Marta Spengler.

Existem diferentes tipos de placas de gesso acartonado. Entre as mais conhecidas e usadas, destacam-se: ST (standart), apropriada para divisó-rias, ideal para ambientes internos; RU (resistência a umidade), para áreas sujeitas à umidade, como co-zinha, área de serviço e banheiro; e RF (resistência ao

fogo), que possui aditivos para retardar a liberação de água da chapa, evitando o colapso da peça.

Júlia afirma que espessuras, larguras e resistên-cias podem ser ajustadas de acordo com o projeto. Pode-se aumentar o número de placas, elevando a resistência mecânica e ao fogo e melhorando a iso-lação acústica. “Um bom exemplo são as divisórias de cinema, que usam três placas de cada lado e tra-tamento acústico especial. No caso de hospitais, por exemplo, há necessidade de um vão maior entre as placas para acomodar os equipamentos específicos. E existem, também, sistemas concebidos para isolar salas de raios-X. Cada projeto é um caso a ser anali-sado e, para todo caso, há uma solução”, salienta.

Todas as placas aceitam pintura e aplicação de azulejos. O processo é idêntico ao convencional. “No caso de pintura, deve-se passar um selador, depois amaciar a parede com massa corrida ou acrílica e,

então, pintar. No caso de revestimentos cerâmicos, aplica-se argamassa colante sobre a base limpa e, então, cola-se a placa cerâmica”, explica Júlia.

Além disso, o drywall possibilita a modificação de layout com maior comodidade, dando flexibili-dade ao projeto e, em alguns casos, proporciona o aumento da área útil. “Esse tipo de revestimento é ideal para apartamentos que precisam de mais es-paço. Além disso, a divisória de gesso acartonado não danifica a estrutura existente”, finaliza. AP

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rapidez e praticidade

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mais informações

(47) 3322-6132 / 9922-9505

[email protected]

placas cimentícias que também não têm função estrutu-ral. Assim, sua utilização pode ser feita na função de ve-dação ou compartimentação”. Júlia acrescenta que, para a sustentação dessa parede, a estrutura metálica precisa ser fixada aos elementos construtivos existentes em todo o perímetro, como piso, cobertura, pilares e vigas.

Em comparação à alvenaria convencional, a parede de gesso acartonado proporciona redução de peso na edificação, diminuição da espessura da parede e rapidez de execução. “Por limitar-se à função de vedação e não ter função estrutural, a parede não necessita de fundação e, por isso, pode ser aplicada sobre o contra-piso ou sobre o piso pronto. Além disso, a versatilidade dos sistemas permite total liberdade na hora de projetar ou reformar”, afirma.

Outras características bastante peculiares ao gesso acartonado são as condições acústicas e térmicas que proporcionam resultados melhores do que as tradicionais paredes de alvenaria. “A resistência mecânica e a eficiência termoacústica da manta ajudam a solidificar sua utilização em áreas com home theater, estúdios e em casas de espe-táculos”, diz a empresária.

Do chão ao teto, as divisórias de gesso acartonadao proporcionam rapidez em

obras novas ou reformas, seja em projetos comerciais ou residenciais

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/sustentabilidade

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Gisele [email protected]

Desde a primeira Conferência Mundial de Meio Ambiente, realizada em Estocolmo, na Suécia, em 5 de junho de 1972, o mundo vem se adaptando às necessidades de mudanças no comportamento humano. As novidades vão desde o uso de com-bustíveis menos poluentes, destinação correta de resíduos, até os hábitos de consumo, apoiadas por empresas com foco na produção sustentável.

A conferência mais recente foi a de Copenhague, capital da Dinamarca, que ocorreu entre os dias 7 e 18 de dezembro de 2009. Apesar de ser considerado o mais importante da história recente dos acordos multilaterais ambientais, pois trazia o objetivo de estabelecer o tratado para substituir o Protocolo de Quioto, vigente de 2008 a 2012, o encontro foi mar-

cado apenas por declarações políticas.As diretrizes desses encontros foram levadas

para o cotidiano das pessoas e, hoje, são aborda-das nos mais diversos setores. Medidas que evitem o desperdício e a poluição, outras que otimizem os recursos buscam um ciclo sustentável. Na arquite-tura, engenharia e design não foi diferente. Nessas áreas também o ambiente ajuda a orientar a direção das decisões. O termo mais usado recentemente é “ecodesign”.

Para a arquiteta e designer Marina Otte, a nova nomenclatura vem movimentar algo que, na verda-de, já vem sendo discutido há tempos: a sustentabili-dade. Marina, que também é mestre em engenharia ambiental, explica que o assunto tem sido discutido mais amplamente, com análises que vão “do berço ao túmulo”, da criação ao descarte do produto.

A arquiteta destaca que, ao se pensar em um

novo produto ou na reinvenção de um já existente, seja um móvel ou uma embalagem de alimento, é preciso focar no ecodesign. Desde o material a ser utilizado, design que requer menor quantidade de matéria-prima, até a manutenção (que seja vantajo-sa, tornando viável a troca de alguma peça quebrada e aumentando a vida útil do produto). “Hoje, assim como outros exemplos, é preferível jogar fora a ca-feteira que estragou e comprar uma nova, a pagar pelo conserto”, lamenta Marina.

O ecodesing, além de aliar beleza e desenhos arrojados e inovadores, também deve se preocupar com o destino final do objeto criado. Após o tempo de uso, ao menos a maior parte dele deve ser passí-vel de reciclagem. Esse conceito já não é novidade, mas ainda há muito a se fazer. O modo de se pensar as novas construções também agrega valores de sustentabilidade cada vez mais utilizados.

o dESIgN Em FAVor do AmBIENTEPreocupação em causar o menor impacto possível e em reaproveitar o material utilizado caracteriza o ecodesign

divulgação

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Aproveitamento total da madeira é uma das características do ecodesign de móveis

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Casas e edifícios são construídos com foco no reaproveitamento de recursos, seja da água das chuvas, da luz do sol ou da água que sai da lavadora de roupas, que pode ser reutilizada em descargas sanitárias ou para lavar pisos. Marina Otte ressalta que nenhum desing é ambientalmente correto, já que, para a fabricação de qualquer que seja o objeto, há impacto ambiental. O ecodesign, ou design sustentável surge na tentativa de minimizar esse impacto. .

Segundo Marina, uma construção totalmente sustentável é mais cara. Po-rém, dentro de cinco anos, em média, dependendo do consumo, todo o sistema implantado estará pago. Após esse período, o usuário passa a ter lucro, já que os custos com o consumo serão radicalmente reduzidos. Nas obras já construídas, é preciso lançar mão de artifícios com o mesmo objetivo. Plantar uma árvore em frente a uma janela ensolarada ajuda a reduzir o calor no ambiente interno, con-sequentemente, o condicionador de ar ficará menos tempo ligado.

A arquiteta ainda avalia que é preciso estar atento ao falso ecodesign. É co-mum, por exemplo, a utilização de garrafas PET para criar enfeites, principalmen-te em datas comemorativas. Mas, se forem utilizados produtos químicos, como tintas automotivas, para pintar o plástico, ele fica inutilizável, tendo como destino o lixo comum e não mais a reciclagem. Nesse caso, além de ignorar a sustentabi-lidade, a tinta está contaminando a terra quando escorre com a água da chuva.

Preservar florestasUma tentativa recente que reaproveita o plástico

descartado como lixo tem dado origem à madeira plástica, ou madeira biossintética. O polietileno de alta densidade (PAD), quando transformado, fica seme-lhante à madeira e apresenta vantagens como dura-bilidade e resistência à umidade. A novidade tem sido

adotada pelo governo norteamericano, maior consu-midor mundial do produto. No Brasil, uma empresa de Belo Horizonte produz a madeira plástica para uso na construção civil, na indústria e em paisagismo.

A arquiteta Marina Otte analisa com cautela os be-nefícios das novidades que surgem no mercado. Para

ela, é preciso fazer testes que certifiquem a qualidade, durabilidade e eficiência da proposta. Ela ressalta que o consumidor deve estar atento e procurar empresas atestadas por um certificador idôneo. “Muitas em-presas se autocertificam, sem critérios de um órgão especializado, e isso não é garantia”, afirma.

divulg

ação

Não ao descartávelPara Marina, algo que ainda precisa evoluir

muito é a consciência de abandonar o imediatis-mo. “Os descartáveis são práticos, é verdade, mas o impacto no meio ambiente é desastroso”. Avaliar a produção e o consumo holisticamente aumenta de forma considerável o sucesso do ecodesign. A arqui-teta aponta que o maior poluente em toda a cadeia de consumo é o transporte de produtos.

Pensando nisso, os móveis que ela projeta já

são elaborados de forma compacta. Assim, o es-paço dentro do caminhão ou container é otimizado, exigindo menos viagens. O desenho das partes dos móveis é feito de acordo com o pedaço de madei-ra disponível na marcenaria, buscando sempre o melhor aproveitamento. A matéria-prima utilizada é o eucalipto com selo FSC (Forest Stewardship Council), que atende às normas de sustentabilida-de: ambientalmente adequado, socialmente justo e

economicamente viável. Outro artifício usado por Marina é a ilusão de

ótica. Trabalhando com espessuras, comprimentos e linhas de corte, ela consegue fazer com que o móvel pareça mais robusto, apenas aproveitando melhor o material. Os móveis que ela desenha são feitos em partes desmontáveis, o que facilita a troca em caso de quebra. O objetivo de conservação é trabalhado para que o móvel dure por várias gerações. AP

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/projeto comercial

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Com a intenção de modificar o conceito de shopping e livrar os estabelecimentos do tradicio-nal caixote fechado, a empresa Archer Supermer-cados construiu o charmoso Archer Boulevard, em Brusque.

À frente do projeto está o arquiteto Rubens Aviz e sua cliente e amiga de anos, a superinten-dente da rede Patrícia Archer. “Tudo começou em 2007, quando Patrícia me procurou com a ideia de fazer um conjunto de lojas diferente de tudo que já havia sido construído em Brusque”, conta Aviz.

Ar livre e conforto são os diferenciais do centro comercial. As 17 lojas em operação têm entradas tanto pela frente quanto pelo fundo – onde se concentra o miolo central, com 107 vagas de es-tacionamento.

O empreendimento está situado em frente ao Rio Itajaí-Mirim, na Avenida Arno Carlos Gracher. A equipe aproveitou a ótima localização e procu-rou valorizar o amplo terreno de 16 mil metros quadrados ao mixar estabelecimentos comerciais com escola de inglês e prestadores de serviços. “A diversidade de negócios garante a rotatividade que temos por aqui”, explica Patrícia.

Fotos daniel Zimm

ermann

Ao Ar lIVrEProjeto pioneiro em Brusque une variedade e bom gosto em um só lugar

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O plano diretor prevê a construção de outros 17 ambientes, sendo que dois deles já estão em obras. O arquiteto afirma que a procura tem sido grande, no entanto, cuida para não receber produtos ou serviços concorrentes.

As lojas têm o tamanho padrão de aproximadamen-te 200 metros quadrados, cinco metros de pé direito e mezanino. No entanto, Aviz conta que no Archer Bou-levard o locatário tem liberdade de opinar no projeto. “A interação entre cliente e arquiteto é fundamental para o sucesso da obra”, acrescenta.

Projeto flexível

Os elementos que compõem o Archer Boulevard vieram dos lugares que Patrícia visitou. Os postes de iluminação, por exemplo, são referências às galerias europeias, assim como as plantas e flores do projeto de jardinagem.

Inspirado na arquitetura contemporânea, o projeto é um encontro do clássico com o moderno. Para a du-pla, a estética diferenciada do espaço valoriza a cidade e contribui para elevar o nível de outras obras. AP

Inspirações

O pro

fissio

nal secretário de obras por

quatro anos, rubens aviz esteve à frente de importantes obras em Brusque. entre elas estão fórum, rodoviária, prefeitura e a loja Havan. o archer Boulevard é resultado da parceria de anos com patrícia archer.

Fachadas bem elaboradas chamam a atenção para as lojas do boulevar

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O empreendimento reúne diferentes negócios e foge do conceito tradicional de centro comercial

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/gastronomia

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Com forte crescimento nos últimos anos, a produção anual de cachaça chega a 1,8 bilhão de litros da bebida, que encontra no mercado externo a demanda responsável pela expansão dos negócios. A consolidação da caipirinha como marca registrada do Brasil ajudou e muito na propagação da cachaça em todo o mundial.

Mas, nem sempre a produção em grande esca-la traz ao consumidor um produto de qualidade. No caso da cachaça, mesmo os processos de produção artesanais deixam no líquido diversos elementos de baixa qualidade e prejudiciais à saúde. Álcool de bai-xa qualidade e derivados químicos são os principais responsáveis pela dor de cabeça e mal-estar que acometem o consumidor depois de exagerar um pouco na bebida.

Para oferecer ao consumidor uma cachaça de qualidade e sem qualquer tipo de rejeitos químicos, o empreendedor Artur Bona mergulhou fundo no universo da composição etílica, buscou indicações de literaturas e conheceu os processos mais famosos de produção de bebida na Europa para conseguir a virtude que todo fabricante garante, mas quase ne-nhum consegue cumprir: a pureza.

Há sete anos no mercado, a Puríssima do Brasil passou os primeiros três anos e meio apenas em fase

Fotos daniel Zimm

ermann

VErdAdEIrAmENTE purAVencedora de três prêmios nos Estados Unidos, Cachaça Inox tem como diferencial o processo exclusivo de destilação

de pesquisa e testes da menina dos olhos: a Cachaça Inox. Segundo o sócio-diretor, sempre faltava algu-ma coisa para chegar ao produto ideal, projetado por ele ao longo de anos de experiência no ramo de be-bidas. “Sempre tive o sonho de preparar uma bebida assim”, revela.

O sonho foi realizado, em grande parte, graças ao processo exclusivo de bidestilação desenvolvido

pelo empreendedor. Mais do que destilar a bebida duas vezes, a empresa compra a cachaça artesanal de fornecedores selecionados – nove ao todo, em Luís Alves – e submete o líquido a um aparelho desenvolvido especialmente para essa função. Uns chamam apenas de destilador, mas Bona prefere nominá-lo de fragmentador escalar por diferencial térmico.

O produto final do fabricante comum é apenas a matéria-prima da Cachaça Inox. É com o líquido em estoque que o fragmentador escalar entra em ação. Ele faz a destilação sem oscilações de temperatura, de maneira gradual e sem aproximar o fogo. Durante o processo, identifica-se o ponto de fusão e ebulição de cada elemento prejudicial presente na cachaça e destila-se a bebida até a eliminação destes. De acor-do com Bona, chegam a ser retirados mais de 40

substâncias tóxicas por meio do procedimento.Uma delas é o metanol. Usado como combus-

tível para automóveis, a substância pode ser mortal se ingerida puramente. Misturada com outros ele-mentos em forma de cachaça, traz as consequências conhecidas em longo prazo como envelhecimento e perda de resistência física. “A ressaca nada mais é do que a reação do organismo não ao álcool, mas a esses elementos altamente prejudiciais presentes

em grande parte das bebidas”, explica Bona.Álcool butílico, também usado como combus-

tível, e óleo fuser, que puro pode levar à cegueira, também são encontradas em cachaças industria-lizadas, ainda que em pouca quantidade. “Sempre digo que se tomarmos um copo de veneno morre-remos, mas se despejarmos ele numa caixa d’água e várias pessoas beberem, todos vão passar mal e ter complicações, mas ninguém vai morrer”, compara.

prova de fogo

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Além da segunda destilação, a Cachaça Inox é sub-metida ainda a outras cinco etapas. Duas delas Bona clas-sifica como segredos industriais. Há cerca de dois anos disponível no mercado, a bebida já experimenta bons resultados. Tanto que o parque industrial da Puríssima do Brasil já foi transferido de Jaraguá do Sul para Blumenau, onde está sendo montado um roteiro de visitação. “Essa mudança aconteceu com a chegada do novo sócio, Mar-cos Rischbieter, que trouxe o apoio do Grupo Rischbieter para a produção da Cachaça Inox”, informa Bona.

A avaliação positiva da bebida já ultrapassa frontei-ras em forma de premiação. Nos dias 13 e 14 de março, a cachaça original recebeu a dupla medalha de ouro no San Francisco World Spirits Competition 2010, maior concurso internacional de destilados. Além disso, a varie-dade com sabor de coco ficou com a medalha de prata e a de manga conquistou a premiação de bronze. “Isso comprova a qualidade do trabalho que estamos fazen-do”, comemora.

Do lado de cá da América, a empresa conclui a trans-ferência da estrutura industrial, com capacidade produti-va de mais de mil litros por dia. O lado ecológico também recebe atenção da companhia, que faz o processo de queima e bidestilação do álcool com brickets de madeira prensados. O método não cria cinzas, não faz fumaça e evita o desmatamento. AP

prêmio internacional

Vem do nome

O nome Inox foi pensado pela empresa sem tan-ta pretensão. Apesar disso, a origem da ideia foi o significado do termo em grego, um prefixo que traduz a pureza. Outro fator que contou a favor foi a facilidade de uso do termo em outros idio-mas. Como o principal objetivo da companhia é a exportação, o diferencial foi decisivo. “O ‘X’ é um fator de multiplicação, como já dizia o milionário Eike Batista”, acrescenta Bona. Das 10 empresas de propriedade do empresário e homem mais rico do País, Eike Batista, seis contam com a letra ‘X’ na razão social.

A bebida com sabor de coco ficou com a medalha de pratano maior concurso internacional de destilados

A Inox Original recebeu dupla medalha de ouro no San Francisco World Spirits Competition 2010

E a Inox Manga foi premiada com a medalha de bronzeno concurso ocorrido em março desse ano

Além dos três sabores premiados nos Estados Unidos,a Inox também pode ser encontrada na versão maracujá

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A crENçA doS ImIgrANTESIgreja do Espírito Santo segue tendências arquitetônicas dos séculos 13 e 14 com o requinte do século 19

/clic Alto Padrão

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Fotos ricardo Silva/photuspress/Especial mundi Editora

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Igreja do Espírito Santo

Rua Amazonas, 119, Bairro Ribeirão Fresco, Blumenau.

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Os primeiros cultos da Comunidade Evangélica Luterana eram realizados aos domingos, no Barracão dos Imigrantes. Ali, a partir de 1857, o pastor Rudolph Oswald Hesse, recém-chegado da Alemanha, anun-ciava, numa cerimônia simples, a palavra de Deus aos membros da comunidade. Somente depois de vários relatórios enviados pelo Dr. Blumenau, em que frisava a necessidade urgente da construção de um templo, o governo imperial deferiu o pedido por decreto, em 1865, e a pedra fundamental foi lançada em 1868.

A construção durou exatamente nove anos, fi-cando sob a responsabilidade do arquiteto Henrique Krohberger. Durante este período, paralisações acon-teceram por diversos motivos. Finalmente, em 23 de setembro de1877, depois de anos de celebrações em locais diversos, o templo foi inaugurado, recebendo a denominação de Igreja do Espírito Santo.

Entre 1927 e 1929, a igreja foi dotada de uma pequena torre, que realçou ainda mais a arquitetura, de autoria do arquiteto alemão Franz von Knoblauch. Hoje, a Paróquia Centro é o símbolo da colonização blumenauense e baluarte da congregação. Conserva o estilo neogótico nas linhas principais traçadas pelo idealizador da obra. A presença marcante das formas ogivais nas fachadas e nos portais é um belíssimo exemplo das tendências dos séculos 13 e 14, renova-das com todo o requinte e o bom gosto do Século 19.

A Igreja do Espírito Santo é protegida pela lei de Tombamento Estadual e homologada através do decreto número 5913, de 21 de novembro de 2002, e pelo tombamento individual pelo Instituto do Patri-mônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), pelos va-lores históricos, artísticos e paisagísticos. Nos fundos da igreja está o cemitério evangélico luterano, que abriga o túmulo de Fritz Müller e de vários dos primeiros imi-grantes da cidade. (com texto de Rodrigo Hahne, pre-sidente da Paróquia Centro da Comunidade Evangélica Luterana de Blumenau) AP

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Para decorar a casa, a empresária Thaise Poffo Zwicker buscou sinergia entre cores, espaço e aconchego. Para ela,

a decoração é uma extensão da personalidade, por isso, procurou agregar objetos que retratassem seu

perfil. Thaise acredita que as cores influenciam no estado de espírito das pessoas, sendo a luz um

dos elementos fundamentais para a composi-ção da decoração. Além disso, a empresária

busca objetos que tragam leveza e har-monia, para assim criar um clima agra-

dável no ambiente, fazendo com que as pessoas sintam-se bem.

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