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R$ 4,90 43 NA COZINHA ESTéTICA CLEAN E PRATICIDADE PREPARAR REFEIçõES DEIXOU DE SER OBRIGAçãO PARA TORNAR-SE UM EVENTO SOCIAL E AS LOJAS ESPECIALIZADAS EM COZINHAS CONTRIBUEM PARA ISSO arquitetura | decoração | design | engenharia ano 05 | out-nov/2010

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Revista Alto Padrão. Voltada ao público de decoração, arquitetura e design de Blumenau e região. Produzida pela Mundi Editora - Blumenau/SC.

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R$ 4,90

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na cozinhaestética clean e praticidade

preparar refeições deixou de ser obrigação para tornar-se um evento

social e as lojas especializadas em cozinhas contribuem para isso

arquitetura | decoração | design | engenharia ano 05 | out-nov/2010

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ExpedienteCONSELHO EDITORIAL

Amanda Marques, Amauri Alberto Buzzi, Ângela Ferrari, Carla C. Back, Daniela P. Garcia, Danielle Fuchs, Jorge Luiz Strehl, Margareth Volles, Maurilio Bugmann, Odete Campestrini, Patrícia Serafim, Sidnei dos Santos, Silvana Silvestre e Valter Ros de Souza

/Editor-Executivo: Sidnei dos Santos 1198JP (MTb/SC) - [email protected]/Repórteres: Iuri Kindlen e Mariana Tordivelli/Gerente de arte e Desenvolvimento: Rui Rodolfo Stü[email protected]/Projeto Gráfico: Ferver Comunicação/Foto de capa: Ivan Schulze/Editora-chefe: Danielle [email protected]/Gerente comercial: Eduardo Bellidio47 3035.5500 - [email protected]/Diretor-Executivo: Niclas [email protected]

DIRETORIA

/Presidente: Amauri Alberto Buzzi/Vice Pres. para assuntos Estratégicos e Ma-teriais: Clemar Fernandes de Souza/Vice Pres. para assuntos da indústria imobi-liária: Valter Luiz Torresani/Vice Pres. para assuntos de Rel. Trabalhis-tas e Sindicais: Adalberto José da Silva/Vice Pres. para assuntos de obras Públicas: Jorge Luiz Strehl/Vice Pres. para assuntos de Economia e Es-tatística: Guilherme Augusto Mattos Voltolini/Vice Pres. para assuntos da administração: André Marin d´ Iglesias Y Vieira/Vice Pres. Para assuntos de Loteamento: Ricardo Vasselai/Diretor para assuntos de Relações intersin-dicais: Maurílio Schmitt/Diretora administrativa: Margareth Volles/1º Secretário: Luciano Raymundi Filho/2º Secretário: Roberta Silva Silveira/1ª Tesoureira: Eunice Marly Hohl Silveira/2º Tesoureiro: Marco Aurélio Eichstaedt;//conselho Fiscal/Efetivos: Renato Rossmark Schramm, Marcos Rischbieter, Nilton Speranzini/Suplentes: Valdir Damião Maffezzolli, Alziro Luiz Estevam, José Roberto Antunes Santos//Delegados Representantes/Efetivos: Jorge Luiz Strehl, Amauri Alberto Buzzi/Suplentes: Renato Rossmark Schramm, André Marin d´ Iglesias Y Vieira/Diretores: Giovani Isensee, Valter Ros de Souza, Jader Roney Tomazi, Carlos Alberto Ramos Schmidt, Leonardo Reges Marini da Cunha, Márcio Rogério Bruschi

/TiRaGEM: 4.000 exemplares/TiRaGEM ViRTUaL: 50.000 exemplares

/editorial

PrEsErvação arquitEtônica

A imigração portuguesa foi a primeira a colonizar nosso País, deixando seus fortes e evidentes traços que a carac-terizam muito bem – sem eira nem beira definia a classe econômica a que se pertencia ou feito nas coxas imortalizado pelas coisas não tão bem feitas – por todo faixa litorânea brasileira; em especial no nosso Estado, o imigrante vinha do império Português, porém, de um ponto distante de lá, que eram os Açores. Este povo deixou, entre outras, a marca da sua linguagem manifestada pelo ilhéu, mais conhecido como “mané da ilha”.

Somente cerca de um quarto de século depois começou a surgir uma outra manifestação imigratória que foi a alemã, que também deixou sua marca, em especial com a técnica enxaimel, trazida e adaptada às condições e recursos locais. A preservação da técnica em nossa região é a característica principal da colonização germânica.

A preservação do patrimônio imigratório é uma característica do povo catarinense.

Boa leitura!

Amauri Alberto BuzziPresidente Sinduscon Blumenau

Blumenau e região mantêm um rico acervo de construções na técnica enxaimel

Daniel Zimm

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/sumário

/especialA cozinha deixou de ser uma clausura onde a dona de casa preparava, solitária, a refeição da família. Hoje, esse cômodo é o espaço mais nobre da casa, onde reúnem-se os amigos.

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Daniel Zimm

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/design /patrimônio

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A especialista Cynthia Araújo, autora de projeto para o Shopping Park Europeu, fala sobre as aplicações do design ambiental nos projetos arquitetônicos.

Pesquisa para dissertação da professora Yone Yara Pereira resgata o verdadeiro patrimônio histórico formado por construções erguidas na técnica enxaimel.

Divulgação

Daniel Zimm

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/projeto comercial FFM muda a paisagem urbana

/sustentabilidade Quadras de tênis em sintonia com a natureza

/gastronomia As delícias do filé mignon

/turismo Natureza exuberante e refrescante na Nova Rússia

/clic Alto Padrão

/tendências A versatilidade é uma tendência mundial

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/48

/paisagismoAna Holzer e Cláudio Saladini transformam residencial de luxo, em Balneário Camboriú, em um verdadeiro oásis.

Divulgação

Banc

o de i

mag

ens

/decoração

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Os papéis de parede se modernizaram e tornaram-se destaque na decoração de ambientes internos. A gama de cores, formas e texturas permite compor decoração das clássicas às mais ousadas, com praticidade de colocação e economia.

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Engetel_Anuncio_AltoPadrao_II

segunda-feira, 4 de outubro de 2010 12:44:24

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�resenteie sua casa com uma jóia.

Rua Theodoro Ho l t rup , 504 - V i l a Nova - B lumenau SC - Fone (47 ) 3488 6045

�onheça nossa nova loja, agora mais ampla para você.

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vivenda.indd 1 03/11/2010 16:35:45

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/c ozinhas

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Foi-se o tempo em que a mãe ficava cozinhando sozinha em um ambiente à parte enquanto a família esperava pela refeição na sala de estar. Cada vez mais integrados, os cômodos unem-se para promover a convivência, um lugar onde todos cozinham e interagem.

Seja apartamento ou casa, cozinha, sala e varanda com churrasqueira são elementos que fazem do espaço um am-biente de confraternização. As designers de interiores da Dell Ano, Luana Segaty e Deise Arruda, dão dicas de como coorde-nar os três espaços em uma festa só.

“A estética clean e a praticidade dão o tom das cozinhas atuais. Os armários es-tão sendo substituídos por gavetões”, diz Deise, acrescentando que o espaço aéreo do ambiente não é mais tão usado para, assim, transmitir sensação de amplitude. Para Luana, quando usado, esse espaço aéreo é ocupado por peças que estão à altura do usuário do ambiente.

A designer Cereni Maria Frizzo, da Flo-rense, enfatiza que a cozinha não é mais um ambiente de serviços, mas, sim, um ambiente social. Dessa forma, busca-se utilizar materiais de acabamento mais nobres, que interagem na composição do ambiente como um só. Cereni acrescenta que a tendência é que a cozinha seja um ambiente prático e funcional, onde for-mas horizontais predominam e propor-cionam ergonomia aos usuários.

Móveis embutidos equipados com aramados e porta-tudo reforçam a prati-cidade da cozinha, onde até os puxadores são discretos e as portas e as gavetas são basculantes.

tuDo Em um lugar sóA sala de jantar raramente usada sai de cena e dá espaço para a praticidade e a integração

Fotos Daniel Zimm

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ALTOpadrão

ao gosto do chefEm termos de material, a sugestão é o uso de lâminas MDF de alta

densidade, que aumentam a vida útil dos móveis planejados. Já para o revestimento é recomendado o uso de material plástico, por ser mais re-sistente. “Na cozinha, lidamos com objetos pontiagudos e um móvel com pintura laqueada pode ser facilmente danificado”, explica Luana.

Para todos os gostos, as texturas do revestimento dos móveis apare-cem nas mais variadas formas. Deise conta que algumas seguem a linha dos eletrodomésticos feitos com inox e apresentam superfície laminada.

Texturas que imitam madeira e linho são sempre pedidas pelos clientes, assim como temáticas florais que mais parecem sofisticados papéis de parede.

Para Luana, a decoração segue a linha dos móveis. Chega de potinhos e bibelôs que ocupam espaço e atrapalham o desenvolvimento da receita. Ela sugere que se invista em uma iluminação bacana e em elementos de destaque, como um relógio de parede diferente ou banquinhos coloridos nos balcões.

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/cozinhas

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Balcão e ilhaPor falar em balcão, a peça normalmen-

te divide a cozinha da sala. Caso falte espaço para a mesa de jantar, Deise sugere que outro balcão, acoplado à divisória, faça a vez do móvel. Nele, o granito ainda é muito usado, contudo, a superfície de Silestone está aboca-nhando boa parte do mercado por ser maleá-vel, resistente e ter coloração sofisticada.

A arquiteta Cristiane Rutzen, da Berlim

Ambientes, acrescenta que as bancadas, na maioria das vezes, acabam sendo o elo en-tre os dois ambientes e, sendo assim, são utilizadas para lanches rápidos, para servir de base a algum eletrodoméstico ou ainda como apoio para os dois ambientes. Além do granito e do Silestone, outros materiais como fórmica, vidro e inox também são usados nas bancadas.

Cristiane diz que o layout do ambiente vai depender muito do espaço disponível, porém, uma forte tendência são as ilhas, que podem acomodar o fogão e a pia ou, simplesmente, outra bancada a ser utilizada como apoio. “Sendo um ambiente onde serão preparados alimentos, os materiais devem ser práticos e fáceis de limpar. Ali, a estética e a funcionalidade devem andar juntas”, afirma.

Fotos Daniel Zimm

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separar ou juntarNão é o tamanho do espaço que de-

fine se os ambientes devem integrar-se ou não. Cereni explica que, independente do tamanho dos espaços, o que define se o cômodo deve ser integrado ou não é o estilo de vida e o gosto de cada pessoa. “Em residências com menor área interna, a integração é interessante, pois, além de proporcionar maior convívio entre as pessoas, também gera a sensação de am-pliação dos ambientes. A grande tendên-cia é que se construam edifícios em que todos os cômodos sejam frequentemente utilizados, sem a existência de espaços ociosos”.

No entanto, quando os ambientes são separados, Cereni recomenda que sejam tratados de maneira singular, em que o formato e os materiais podem ser projetados de forma independen-te dos outros cômodos. Mesmo assim, ela acentua que é fundamental que se mantenha a funcionalidade e praticida-de dos espaços, observando sempre a ergonomia.

O designer Ednilson Melato, da For-mabella, adiciona que, quando separada dos demais ambientes, a cozinha tende a ser formatada com cores claras com deta-lhes em vidro e espelho para dar clarida-de e amplitude. Contudo, Ednilson afirma que as pessoas querem estar próximas do anfitrião e, com isso, todos ficam na cozinha. “Com a integração de am-bientes, além de ampliar o espaço, você consegue ter uma utilização frequente e não ter uma sala que só se usa em ocasi-ões especiais. A ideia é ter todos num só ambiente, seja cozinhando, conversando, vendo TV ou ouvindo música, sem formar grupos separados”, conclui. AP

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/projeto comercial

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Realizado não somente para marcar presença física, mas para transmitir e perpetuar a seriedade de uma instituição reconhecida, o projeto da nova sede da Fundação Fritz Muller, em Blumenau, foi presenteado com uma explanada que consagra a importância e visão de futuro. O cubo de vidro abraçado pelo invólucro de concreto aparente materializa a transparência com que a FFM atua no mercado educacional e a solidez do reconhe-cimento na sociedade.

O arquiteto Rael Belli assumiu o projeto com a missão de inserir na paisagem blumenauense uma obra inovadora. O resultado é uma edificação

de aspecto futurista com cerca de 2 mil me-tros quadrados distribuídos por três andares e subsolo, que estão sobre uma explanada.

A imponência destaca ainda mais a região onde a obra está inserida. O prédio pode ser visto e facilmente reconhecido por quem trafega nas proximidades, um dos prin-cipais caminhos para quem chega à cidade. Sem muitos precedentes na região, o concreto aparente foi construído em etapas passando uma sensação de estrutura em blocos, um dos destaques da arquitetura contemporânea que caracteriza o projeto.

soliDEZ E transParênciaValores institucionais são eternizados em projeto arquitetônico inovador da Fundação Fritz Müller

Fotos Daniel Zimm

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adesão à luz solarOs três andares do prédio são revestidos

externamente por vidros, o que garante ilumi-nação natural durante o dia numa quase tota-lidade dos ambientes. E para que, em algumas horas do dia, a incidência do sol não seja muito forte nos ambientes internos, o concreto apa-rente foi projetado com dimensões maiores, em forma de abraço. Este invólucro de 14 metros de altura garante proteção solar. O mesmo in-vólucro permite proteção acústica nas salas que ficam mais próximas da rua, muito movimen-tada.

Outro elemento utilizado na arquitetura contemporânea da FFM é o brise-soleil com lâminas verticais. Projetado em uma das la-terais da edificação, promove a interrupção da incidência direta do sol naquele lado do início ao final da tarde.

Todo esse cuidado no planejamento da obra faz com que seja necessário apenas uma pequena quantidade de iluminação artificial. Internamente, o setor administrativo possui corredores totalmente divididos por vidros das salas comerciais, administrativo e financeiro, de reuniões e de gerência. O mesmo ocorre com os espaços de uso comum, onde fica o acesso às escadas, elevadores e toaletes. Por um lado ou pelo outro, o ambiente recebe luz natural.

O benefício da luz natural ocorre de igual forma nas três salas de aula envoltas por vidros. No auditório, localizado no piso térreo, os vidros também estão presentes nas laterais.

Benefícios que vêm da chuvaNão é só pelo sol que o projeto da Fundação Fritz Muller se insere no

conceito de sustentabilidade. Toda água da chuva captada no prédio é armazenada, passa por filtragem e cloração para ser utilizada em vasos sanitários.

Com o mesmo foco em economia, as torneiras e válvulas dos sanitá-rios possuem sensores de presença. As torneiras passam a despejar água na presença de movimentos humanos próximos. Já as válvulas só liberam água após a saída do usuário do local.

tecnologia une facilidade e conforto

A FFM é parceira de outras instituições de ensino, como Furb, Sebrae e Fundação Dom Ca-bral. Para manter a mesma proporção na qualidade de ensino que suas parceiras, houve um importante investimento nos ambientes de aula.

São três salas com capacidade para até 60 pessoas cada. Esses ambientes possuem projetor audiovisual que mantêm conexão wireless. Qualquer participante das aulas pode apresentar conteúdos de seus computadores sem sair da mesa, transferindo-os diretamente para projetor com um registro e senha. A mesma tecnologia está disponível no auditório com capacidade para 160 pessoas que ainda mantém um projetor de tecnologia HDTV widescreen com possi-bilidade de dimensões de 16x9.

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/projeto comercial

sistema inteligenteA partir do início de 2011, todo o prédio terá

automação no sistema de iluminação. Reatores que funcionam em sistema Dali já foram comprados pela instituição para garantir economia de ener-gia. O sistema funcionará com base na iluminação solar. Conforme a claridade natural, as luminárias aumentarão ou diminuirão de intensidade, con-tribuindo somente com a luz que seja necessária. Numa mesma sala será possível observar lâmpa-

das com diferença de intensidade, correspondendo ao lado que esteja recebendo mais ou menos luz natural.

Com os mesmos reatores, será possível obter a automação das cortinas das salas de todo o prédio. A partir do momento em que a incidência do sol passar a interferir em um determinado ambiente, as cortinas podem ser fechadas de forma progra-mada. Mas os usuários poderão optar por mantê-

-las abertas ou fechadas.Outra facilidade é a climatização dos espaços.

O sistema em VRV – Volume Refrigerante Variável – integra todas as saídas multi-split, com uma única unidade externa. Assim, o intercâmbio da re-frigeração a partir de um acionamento progressivo dos compressores controla a demanda de todos os ambientes que estão sendo utilizados, com um bai-xo consumo de energia e com ruídos quase nulos.

centímetros valorizados

Do primeiro estudo apresentado ao projeto executivo proposto e execu-tado ocorreram pequenas alterações. Os profissionais da Jünge Belli Arqui-tetura, com experiência em projetos de instituições de ensino, priorizaram materiais que, proporcionalmente, se encaixam em um sistema modular, evi-tando desperdício.

A estrutura com largos vãos é isenta de pilares intermediários, o que proporciona espaço para trabalhar os ambientes com materiais modulares. O sistema construtivo de planta livre é modulado, permitindo total flexibilida-de dos ambientes internos, consideran-do as mudanças de layout e instalações dos dois setores.

A decoração interna é equilibrada e, com ambientização atemporal, propicia praticidade e economia para prédios corporativos, que mantêm os elemen-tos decorativos por mais tempo. Cores claras e estilo sóbrio correspondem à identidade da FFM.

Fotos

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estrutural, hidrosanitário e preventivo de incendioetec engenharia: 3326-3411

elétricoKreibich engenharia: (47) 3326-7400

ar-condicionadoeng. marcos bittencourt: (47) 3326-8277

execução e gerenciamento da obraconstrutora prosil: (47) 3323-5913

fornecedores

instalações elétricasKienold instalações elétricas

estrutura metálica e coberturaserralheria frare : (47) 3323-2066

mobiliário corporativo e divisóriasbortolini industria de móveis ltda .: (47) 8816-7872

structural glasing (fachada de vidro)espaço aluminio e vidro para arquitetura.: (47) 3334-3412

forro e gesso acartonadoforrotec forros e divisórias: (47) 3326-5600

sistema de automação, sistema de projeção e alarme de incêndioengetel automação e segurança industrial e predial: (47) 3327-0255

persianasambienta: (47) 9973-3647

carpetecisne decorações: (47) 3323-4964

elevadorebc elevadores: (47) 3367-3000

paisagismogardênia paisagismo: (47) 3327-7116

lumináriaslights on : (47) 3329-2049

luminárias e material elétricojoclamar materiais elétricos: (47) 2102-6655

ar-condicionadoprotérmica climatização ltda.: (48) 3342-0049

telefonia e lógicasigmafone telecomunicações: (47) 9144-2995

lajes pré-fabricadasvale do selke sistemas construtivos: (47) 3323-4375 Fic

ha té

cnica

Proje

tos co

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tares

Projeto: fundação fritz müllerEmpresa: junge belli arquitetura: (47) 3326-5063Profissionais: arq. rael belli, proj. renato junge, arq. anderson buss, arq. ricardo parisottoÁrea Construída: 2 mil m2Início da Obra: dez/2009Término da Obra: set/2010

Divisão setorialPlanejado para atender necessidades administrativas e de treina-

mento, o prédio da FFM ganhou uma divisão setorial. A separação em blocos verticais formou dois setores distintos, mas, ao mesmo tempo, integrados.

Na parte da frente, próximas da rua, ficam as salas de treinamento, uma por andar. Aos fundos, ficam as áreas administrativas e de uso con-tínuo. Entre os dois setores estão, em cada pavimento, os conjuntos de sanitários e os acessos a elevadores e escada.

Como a edificação não prevê e não admite anexos, a ideia é que, se necessário, a área administrativa cresça sobre as salas de treinamento e essas sejam transferidas para uma edificação separada no terreno ao lado ou em outra localização. AP

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Estilo nas ParEDEsTexturas, cores e desenhos dos papéis de parede oferecem alternativas das mais tradicionais às mais inusitadas para transformar ambientes

/decoração

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Na vida contemporânea é possível expressar a personalidade de várias formas. De maneira peculiar, muita gente tem feito isso pelas paredes. Transferir o estilo ao ambiente que ocupa é uma prática em evidência, realizada através dos papéis de parede. A empresária e designer Odete Cam-pestrini, da Vivenda Decore, conta que o papel de parede inova os ambientes, apresenta requinte, demonstra conforto e traz sofisticação. Mesmo com as fazes cíclicas da decoração, o elemento é sempre muito bem visto por profissionais da área.

A cada ano, as coleções apresentam muitas novidades. Uma infinita variedade de estampas, com texturas diferenciadas que transformam as superfícies. Não há limites para a criatividade. Tons e desenhos diferentes podem transformar um es-paço. A aplicação pode reduzir ou alongar um am-biente que, da mesma forma, pode ganhar mais vida ou sobriedade.

O papel de parede é de fácil aplicação, com colocação rápida e limpa, tanto em paredes lisas ou com pequenas imperfeições. Suas emendas são quase imperceptíveis. Ponto positivo em caso de pequenos acidentes, quando a substituição pode ser realizada em faixas e não com a retirada de toda a aplicação.

Com manutenção fácil, a tecnologia dos ma-teriais utilizados torna o produto antialérgico e inibe a propagação de chamas. Colas antimofo e à base de água restringem problemas como odor e poeira. A durabilidade média chega a 10 anos e, dependendo da qualidade, o tempo avança para até 20 anos.

Na Vivenda Decore, é possível encontrar papéis de paredes conhecidos como Simples, Vinílicos ou No Wovens. As diferenças estão nos compostos, produtos de fixação e formas de lim-peza. Fornecedores brasileiros, italianos, franceses, argentinos ou alemães garantem a tecnologia e a qualidade dos materiais

Fotos Divulgação

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...mas as várias opções disponíveis no mercadotambém apresentam soluções para ambientes modernos,com cores vivas e grafismo arrojado

acer

te na

s esc

olhas transforme os ambientes percebendo os demais elementos:

pouca ou muita luz: cores claras transmitem mais iluminação, já as escuras consomem mais a claridade do espaço;ambientes altos: tons escuros no teto passam a sensação de rebaixamento. a mesma sensação ocorre com o uso de listras horizontais nas paredes;ambientes baixos: as cores claras no teto transmitem maior profundidade. já o uso de listras verticais dá a sensação de alongamento;ambientes espaçosos: as cores escuras nas paredes transmitem o aspecto de redução;ambientes reduzidos: os tons claros e pastéis passam a sensação de alongamento do espaço;ambientes quentes: é possível transmitir a sensação de frescor com o uso de papéis com tons claros;ambientes frios: as cores quentes e vibrantes transmitem a sensação de calor.

O papel de parede é uma solução interessante para ambientes de estilos mais tradicionais ou retrôs...

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/decoração

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A sala ganha ainda mais status de moderna com o uso do papel de parede

É muito importante avaliar alguns aspectos antes de optar pela aplicação de papel de parede. É preciso perceber a função da-quele espaço, qual atividade é realizada ali e o que conta muito é a personalidade de quem ocupa o ambiente. Pessoas que estão inseridas no ritmo urbano costumam trazer temas ligados à natureza ou o estilo vintage para dentro de casa. Para pessoas modernas e esportivas as combinações que demandam de ação e desenhos arrojados são sempre as preferidas.

O aspecto clássico combina com pessoas mais conservadores e tradicionais, tornando o ambiente luxuoso e elegante, trans-mitindo sofisticação e romantismo. Já a aposta para o estilo natural são os papéis que procuram manter conforto e tranquilidade, aliando pureza, simplicidade e harmonia, com desenhos silvestres, rústicos e com aparência de feltro, camurça, algodão e juta. AP

um papel pra chamar de meu

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Deco

raçã

o hist

órica china: é o país com os primeiros registros do uso de papel de parede,

produzidos artesanalmente com palha de arroz. com o tempo, surgiu o uso de pergaminho vegetal. logo adiante, os papéis ganharam estampas, primeiro, produzidas uma a uma por artistas, e, mais tarde, por imensos carimbos.europa: o papel de parede passou a ser utilizado pelos europeus nos séculos 16 e 17, substituindo as telas e tapeçarias na decoração das paredes. ao mesmo tempo, surgiu o border, como são conhecidas as faixas que contornavam as janelas.em 1930, surgiu, na frança, a primeira fábrica de papel flocado, chamado de papel-toutisses, na cidade de roven. em 1938, os primeiros impressos surgiram na frança. na alemanha de 1700 foram produzidos os papéis com relevos moldados em chapas de cobre.na inglaterra de 1750, os primeiros papéis multicoloridos foram impressos e, em 1770, em paris, instalou-se a primeira fábrica de papéis pintados e flocados. treze anos mais tarde, a manufatura real empregava centenas de artesãos. as impressões com corantes e o lançamento do rolo de papel com mais de quatro metros lineares ocorreu em uma fábrica na cidade de rixheim, na frança, que funcionou entre 1870 e 1939.brasil: os papéis de parede cruzaram o oceano atlântico junto com a cultura européia, no final do século 19. mas o seu uso se tornou realmente popular no país a partir de 1960, com a modernização dos processos de produção e redução de custos.

Fotos

Divu

lgaçã

o

Da cozinha ao quarto infantil,esta é uma solução prática e criativapara dar vida à decoração de ambientes internos

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/design ambiental

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a artE DE FaZEr sEntir-sE BEm“Cada vez mais, empreendimentos corporativos e residenciais se preocupam com a valorização dos espaços”, diz Cynthia Araújo

A designer Cynthia Araújo é diretora da CLA Programa-ção Visual, empresa responsável pelo desenvolvimento e execução do projeto de design ambiental para o Shopping Park Europeu, que está em faze de construção na margem da Via Expressa, em Blumenau. A profissional carioca tem 25 anos de experiência e é referência nacional no segmen-to. De acordo com Cynthia, criar um sistema de sinalização ambiental é valorizar um determinado ambiente ou espaço para transmitir a sensação de bem-estar às pessoas que nele irão circular. É também uma forma de fixar a marca do empre-endimento através do design corporativo. Nesta entrevista à alto Padrão, a designer fala sobre o conceito do design ambiental e suas aplicações. E dá uma ideia de como será o projeto de um dos novos empreendimentos de Blumenau.

Fotos Divulgação

alto Padrão: o que é o design ambiental? cynthia araújo: Em linhas gerais, o design ambiental valoriza

o ambiente interno tanto em empreendimentos corporativos quanto residenciais, criando um código visual que possibilita o entendimento, a mobilidade e o acesso das pessoas em espaços cuidadosamente ilu-minados e decorados. Hoje em dia, o mundo corporativo profissiona-lizou-se e entende o design ambiental como um recurso para reforçar a imagem institucional, gerar grandes resultados no relacionamento e satisfação do cliente. O que, há anos, era tido pelos empresários como luxo, atualmente, é encarado como um investimento, pois, tem a capa-cidade de atrair consumidores e ganhar competitividade. Há pessoas, por exemplo, que preferem frequentar shoppings centers distantes de onde residem ou trabalham pelo fato de perceberem que ele foi proje-tado e planejado para recebê-las.

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Cynthia Araújo é considerada uma das autoridades no País quando o assunto é

designe ambiental. Na página ao lado, imagem do projeto do Park Europeu

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aP: como o design ambiental interage com a arquitetura e demais projetos de um empreendimento?

cynthia: O design ambiental é um projeto complementar de suma importância, seguindo os mesmos critérios formais e conceituais determina-dos pelo projeto de arquitetura que, por sua vez, é norteado por conceitos sugeridos pelo empreen-dedor. Hoje, o design ambiental desenvolvido por profissional especializado é tão importante quanto qualquer outro projeto complementar, como lumi-notécnico, paisagístico, de interiores etc.

aP: onde é possível a aplicação de proje-

tos de design ambiental?cynthia: Felizmente, em vários espaços (risos).

Podemos dizer que desde shopping centers a em-preendimentos residenciais, passando por centros médicos, hospitais, academias de ginástica, museus etc. Cada vez mais, estes empreendimentos corpora-tivos e residenciais se preocupam com a valorização dos espaços internos e externos, com o objetivo de oferecer ao público-alvo a sensação de conforto ambiental.

aP: Em que momento do desenvolvi-mento dos projetos se começa a trabalhar o de design ambiental? como se dá o proces-so até as instalações?

cynthia: O design ambiental começa a ser desenvolvido na aprovação do projeto de arquitetu-ra e a contratação dos demais projetos complemen-tares, já que é preciso que todos estejam compa-tíveis. O projeto de design ambiental subdivide-se, resumidamente, em cinco etapas :

Análise de dados - Levantamento das caracte-rísticas e necessidades do empreendimento, através do reconhecimento do local e diagnóstico das ca-racterísticas dos espaços a serem sinalizados.

Estudo preliminar - A partir dos levantamentos e das análises feitas, será definido o conceito a ser adotado, possibilitando o detalhamento.

Projeto Básico - É o desenvolvimento do con-

ceito definido no estudo preliminar. A partir disso, será estabelecida uma identidade formal entre os vários elementos do sistema de sinalização, de maneira que possam ser reconhecidos como inte-grantes de um mesmo sistema.

Projeto executivo - Implantação e detalhamen-to de todos os elementos previstos no sistema de sinalização e design ambiental. Nesta etapa, é ge-rado um manual executivo com todas as indicações para a produção por fornecedores especializados.

Supervisão de produção - Esta é uma etapa importantíssima e de grande responsabilidade para o designer, que deve garantir que a qualidade na produção de todos os elementos seja alcança-da. Faz-se necessária a produção de protótipos de alguns elementos e o acompanhamento da insta-lação dos elementos do sistema pelo fornecedor contratado.

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ALTOpadrão/design ambientalFotos Divulgação

Cynthia Araújo tem projetos em clínicas médicas e diversos outros segmentos: é possível aplicar o design ambiental em vários espaços, inclusive residenciais

aP: Desde quando o conceito de de-sign ambiental é trabalhado no Brasil?

cynthia: No Brasil, o design ambiental começou a ganhar força no meio corporativo na década de 1990, como recurso para gerar bons resultados no relacionamento e satisfação dos clientes, já que é também através da estéti-ca que o público avalia a qualidade e a credibi-lidade de um produto ou de serviços prestados.

aP: Quais as características específi-

cas do projeto desenvolvido para o Park Shopping Europeu, em Blumenau?

cynthia: A partir da análise do ambiente e das características locais, definiu-se um con-ceito de design ambiental integrado ao projeto de arquitetura, criando um padrão estético compatível com o público-alvo. Para a constru-ção do sistema de sinalização, utilizamos ma-teriais nobres, como o aço inox, laminado de madeira e vidro, resultando numa linguagem moderna e clean, de acordo com o projeto de arquitetura. AP

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/patrimônio histórico

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A colonização de Blumenau por imigrantes alemães, iniciada no Século 19, traz características peculiares, principalmente na arquitetura. A forma como esses imigrantes edificaram as construções, remete a uma técnica construtiva medieval, de-nominada enxaimel. Apaixonada pela história e arquitetura da cidade, a professora do curso de Ar-quiteta e Urbanismo da Furb, Yone Yara Pereira, de-senvolveu a dissertação “Arquitetura de imigração alemã em Blumenau - das permanências às trans-

formações”, em que busca resgatar o patrimônio histórico velado por modernas e descaracterizadas construções.

A professora e arquiteta sempre teve o de-sejo de descortinar o início da história da cidade. “Sempre tive curiosidade em resgatar o processo arquitetônico vindo com os imigrantes”, afirma. De acordo com Yone, o estudo reflete sobre a ar-quitetura dos imigrantes alemães, que determinou uma figuratividade específica, adequando-se e

desenvolvendo-se dentro das condições do meio em que foi inserida.

“A arquitetura, porém, é somente um ponto de toda esta complexa questão imigratória e cultural. Sentiu-se necessidade de um embasamento his-tórico em relação à formação da Alemanha do sé-culo 19, seu território e história, formação social e cultural, para desvendar o lugar destes imigrantes antes de virem para o Brasil”, explica a professora da Universidade Regional.

PEsquisa rEsgata o EnxaimEl117 construções que preservam as características originais serviram de material de estudo para professora da Furb

Fotos Daniel Zimm

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a técnica

o enxaimel é uma técnica construtiva que na alemanha foi denominado por “fackwerk” ou “ fackwerkbau”. é “construção em prateleiras” e através dela se designa uma construção em que as paredes são estruturadas por um tramado de madeiraaparelhada em que as peças horizontais, verticais e inclinadas são encaixadas entre si e cujos tramos (fach, pl fächer) são posteriormentepreenchidos com taipa, adobe, pedra, tijolos etc.

(definição de günter Weimer na obra ‘arquitetura popular da imigração alemã’).

A pesquisadora Yone Yara Pereira utilizou 117 construçõesque mantêm características originais como objeto de pesquisa

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/patrimônio histórico

Casa que abriga Posto de Informações Turísticas, na Rua Itajaí, é exemplo de construção enxaimel. Prédio do Caça e Tiro Concórdia (E) passou por reforma para preservar as características da técnica trazida pelos colonizadores

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As primeiras edificações Com a chegada dos imigrantes, muita coisa

precisou ser feita. Começando pela derrubada das matas para a formação dos povoados, até as construções provisórias e, posteriormente, as construções permanentes que foram edificadas na técnica enxaimel (estruturação em madeira e fechamentos em taipa ou tijolos). “O trabalho teve como objetivo principal analisar e entender o pro-cesso de imigração e a produção arquitetônica, as adaptações e adequações”, aponta a pesquisadora.

Para chegar ao objetivo da pesquisa, Yone

buscou referências na Prefeitura de Blumenau, onde existe o cadastro das edificações de valor hiostórico, das quais 166 são enxaimel. “Deste tanto, optou-se pelo estudo de apenas 117 das construções enxaimel, adotando como critério de seleção edificações residenciais com datação”, ex-plica a pesquisadora.

Nestas edificações, procedeu-se um estudo de vários elementos como implantação, materiais uti-lizados, inclinação e estrutura de telhado, número de tramos (panos de tijolos), desenho da estrutura

enxaimel, empenas, peitoris, anexos de cozinhas e varandas, aberturas, fundações e encaixes.

Conforme explica a arquiteta, só foram es-tudadas as edificações que ainda apresentam os tijolos e a estruturação da madeira aparentes. “Para estudar as edificações rebocadas seria necessária prospecções e um estudo maior e mais aprofun-dado, como descascar paredes ou trabalhar com equipamentos mais sofisticados para saber onde exatamente estariam as madeiras da estrutura en-xaimel”, justifica.

Fotos

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Para embasar o estudo, Yone analisou tanto as alterações deste tipo de arquitetura,quanto a permanência desta arquitetura ao longo do tempo na cidade e como a técnica enxaimel contribuiu para o entendimento da produção arquitetônica do atual centro de Blumenau. “Através deste estu-do, busca-se compreender uma cidade que, com 158 anos, desfralda no Centro a bandeira de uma tentativa de (pseudo) memória que se denomina como a Europa brasileira ou a Alemanha do Sul do Brasil, mas que, em alguns lugares mais distantes

deste centro conta ainda com a permanência das primeiras casas”, acrescenta.

A arquiteta concluiu que as construções pro-duzidas aqui tiveram um padrão diferente das que aconteciam na Alemanha. “Elas foram feitas mais simplificadas, menores em dimensão e volume, menos rebuscadas, mais singelas. Isso aconteceu devido à disponibilidade do material, adaptação climática completamente diferente do lugar de ori-gem, além das condições econômicas e financeiras dos imigrantes”, observa.

O maior número de casas construídas na técni-ca enxaimel encontra-se na região Norte da cidade, principalmente, no Distrito da Vila Itoupava. Yone acredita que por essas construções estarem distante 20 quilômetros do Centro ainda mantêm as caracte-rísticas do estilo. “Essas edificações foram pouco al-teradas ou modificadas. A casa e até mesmo a forma de viver ainda estão preservadas. Algumas pessoas não falam português tentam seguir um padrão de vida que pouco se deixa afetar pela modernidade”, finaliza. AP

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/sustentabilidade

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acaDEmia vErDECobertura de quadra de tênis também serve para captar água da chuva usada nos banheiros e para molhar o saibro

Em uma região onde chove tanto, quem tem quadra de tênis coberta é rei. A única da espécie no Médio Vale encontra-se na academia PSP Sports, no Bairro Bela Vista, em Gaspar. E não é só a proteção contra a chuva que os tenistas encontram como diferen-cial no estabelecimento. Preocupado com a responsabilidade ambiental, o proprietário Paulo Sergio Passold não mede esforços para aproveitar ao má-ximo o que é oferecido pela natureza.

A chuva não é empecilho para a academia. Ao contrário: duas cister-nas captam a água que é usada para molhar a quadra duas vezes por dia. Passold explica que a água da rede, por possuir cloro, resseca o piso e de-mora mais para secar. “Usamos a água nos bacios do banheiro também. A que vem da rede é usada somente nos chuveiros e nas torneiras. A economia é tanta que pagamos o valor mínimo na conta, aproximadamente R$ 40,00”, diz o empreendedor.

Na onda da sustentabilidade, a casinha de madeira que antes era al-moxarifado tornou-se um espaço zen, reservado à saúde, beleza e bem-estar dos clientes. Para isso, foi reformada e recebeu decoração no estilo provençal.

A área externa deste espaço está sendo revitalizada com trabalho de paisagismo, que contará com uma fon-te de água proveniente da cisterna. O ambiente oferece serviços de fisiotera-pia, estética facial e corporal, ginástica para pessoas da terceira idade e exercí-cios de alongamento.

Fotos Daniel Zimm

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Sistema capta água da chuva que é usada nos sanitários, para molhar as quadras e até para alimentar a fonte artificial. Abaixo, o espaço especialmente criado para tratar da saúde, beleza e bem-estar dos clientes

ALTOpadrão

Com cinco anos de vida, a PSP Sports traz um pouco de todos os lu-gares visitados por Passold na época em que viajava muito por causa do esporte. A quadra rápida de cimento que a academia está construindo vem de uma dessas viagens e também será a única na região.

No total, o espaço conta com 35 mil metros quadrados. Árvores nati-vas rodeiam as três quadras de tênis da academia e, para trabalhar com o espaço sem afetar a beleza natural, o proprietário conta que pesquisa bas-tante opções e as coloca em prática com ajuda de um pedreiro.

Árvores nativas

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ALTOpadrão/sustentabilidade

a quadra de tênis

o tênis é jogado em uma superfície plana retangular, geralmente de grama, saibro ou em piso duro. a quadra tem 23,77metros de comprimento e largura de 8,23m para partidas de simples; e de 10,97m para partidas de duplas. o espaço adicional em torno da quadra é requerido para que jogadores possam alcançar a bola quando esta passa os limites da quadra. a rede tem 1,07m de altura nas extremidades, e 914 centímetros de altura no centro. há três tipos principais de quadras, dependendo dos materiais usados para a superfície da mesma. cada superfície fornece uma diferença na velocidade e no salto da bola de tênis.

Terra batida ou saibroesta quadra é composta por terra e argila coberta com pó de tijolo, um piso que torna o jogo um pouco mais lento. as bolas saltam relativamente altas e mais lentamente, fazendo com que seja mais difícil que um jogador bata um tiro indefensável. em quadras de argila, as linhas de chamada são facilmente visíveis porque a bola deixa uma marca no solo. o torneio de roland garros é disputado em quadras deste tipo. vários tenistas fizeram história nesse piso como rafael nadal e gustavo Kuerten.

Piso rápido ou piso duroeste tipo de quadra é feita com muitas superfícies diferentes como cimento, tartan e asfalto. até superfícies de madeira ou grama artificial são usadas. é um piso de jogo rápido devido ao seu piso regular. os ressaltos baixos fazem com que as jogadas sejam curtas e poderosas. os torneios de grand slam disputados nesses pisos são australian open e u.s. open.

Relva ou gramaé o piso mais rápido do tênis, caracterizando-se pela irregularidade do ressalto da bola que depende quão saudável é a grama. os grandes vencedores nesta superfície jogam ao estilo serviço e voleio, como roger federer e pete sampras. o torneio de Wimbledon, na inglaterra é jogado nesta superfície.

Fotos Daniel Zimm

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/gastronomia

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Em Balneário Camboriú, certo festival gastro-nômico anda fazendo a cabeça dos apaixonados por carne. É o Festival do Mignon oferecido pelo Sapore Speciale, na unidade da Avenida Brasil.

No jantar, 10 variações do filé são servidas com combinações de risotos. O estabelecimento também oferece o rodízio de massas com 15 tipos diferentes. O bufê de frios e pães completa a refeição. Para be-ber, o sócio-gerente Geverson Deotti recomenda vinho tinto da uva Cabernet Souvignon ou Merlot.

Segundo Deotti, o cardápio segue os ingredien-tes da temporada e sempre tem algo diferente para oferecer. No entra-e-sai de combinações de molhos, temperos, massas e sabores, uma dupla não sai do rodízio: o filé ao molho de vinho com risoto de mo-rango é o preferido dos clientes.

A receita que agrada os paladares menos exóticos é a que Deotti ensina para os leitores de alto Padrão.

FEstival DE PrimEiraCombinações inusitadas de filé mignon com risoto agradam todos os tipos de paladares

Fotos Daniel Zimm

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Filé ao molho de pimenta com arroz negroingredientes

300g de file mignon 300g de arroz negro600ml de água Uma abóbora cabutiá pequena50g de costelinha suína picada100ml de vinho brancoUma colher de cebola picadaDuas colheres de manteigaUma colher de pimenta vermelha300ml de molho madeira100ml de creme de leiteSal a gosto

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PreparoComece pelo arroz. Refogue em uma panela a manteiga, a cebola e o arroz. Em seguida, acrescente o

vinho branco e, quando reduzir, coloque a água. Feche a panela e deixe cozinhar por 30 minutos. Depois misture a costelinha e coloque o arroz dentro da abóbora. Reserve.

Em seguida, tempere o filé com sal, pimenta e o grelhe em uma frigideira bem quente. Reserve. Em uma panela pequena, refogue a cebola na manteiga e adicione a pimenta e o molho madeira. Deixe cozinhar por 10 minutos, sempre mexendo. Para finalizar, monte o prato com a abóbora recheada com o risoto de arroz negro, o filé e, por cima, o molho madeira. AP

sapore speciale

avenida brasil, 2680telefone: (47) 3361-6671balneário camboriú

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/paisagismo

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A beleza é incontestável. A agitação faz parte desse cenário. Um dos pontos turísticos mais badalados de Santa Catarina, repleto de construções residenciais na orla marítima, recebe mais um empreendimento. No entanto, o Costão da Barra promete trazer inovação e diferencial para a paisagem de Balneário Camboriú. O Costão da Barra Towers Residencial Club é um residencial que explora as belezas naturais do balneário.

Em parceria com a paisagista Ana Holzer e o engenheiro agrônomo Cláudio Saladini, o novo residencial apresenta um projeto focado em sustentabilidade. “Esse projeto traz um arrojo de desenho e de planejamento paisagístico. A con-

Para sEr DEsFrutaDo Poder colher frutas do pé é um dos diferenciais do projeto paisagístico do Costão da Barra Towers Residencial Club

Fotos Divulgação

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ALTOpadrão

cepção é de exuberância e funcionalidade”, afirma a paisagista. De acordo com Ana, o projeto se divide em diversas áreas

distintas. A calçada, parte integrante da cidade, reflete o conceito arrojado do empreendimento. “É o cartão de visitas”, afirma. A área de piscina, segundo a paisagista, é composta por diferentes elementos de integração e lazer. “O hall de entrada foi constituído com jardins espelhados, formando uma privilegiada chegada”, ressalta Ana.

Para a paisagista, o grande diferencial do empreendimento está na área verde de lazer. Os moradores e visitantes irão encon-trar um jardim e árvores frutíferas. “As pessoas vão poder colher as frutas que estiverem no pé. A ideia é unir diversão e natureza ao modernismo, adequando espaços e espécies”, complementa.

Como o empreendimento é à beira-mar, o paisagismo não poderia deixar de seguir o estilo tropical. Além de projetar uma área verde em harmonia com os elementos naturais, os profis-sionais empregaram a vegetação de forma apropriada, assim, garantindo também destaque da arquitetura.

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Jardins suspensos

Lagos e palmeiras já adultas foram implantadosno projeto paisagístico do Costão da Barra

Segundo o engenheiro agrônomo Cláudio Saladini, da Flora Sílvia, a área de lazer recebeu um jardim implantado sobre a lage, com mais de 500 m². Isopor foi usado como material dre-nante. “O projeto fez uso de espécies vegetais exóticas de grande porte, como as palmeiras das canárias, espécies frutíferas, lago orna-mental, vasos com hortaliças e pergolados. Foi implantando também o sistema de irrigação através da coleta da água da chuva”, diz Saladi-ni, que destaca também a cobertura e laje com o telhado verde.

Segundo o engenheiro agrônomo, o projeto procurou agregar mais valor ao empreendimen-to, utilizando técnicas que causassem menos impacto ambiental. Para isso, foram disponi-bilizadas diversas tecnologias modernas para implantação de drenagem, luminotécnica, jar-dim sobre lages, ecotelhado, jardins verticais, vasos, palmeiras adultas, entre outras. “Dessa forma, o paisagismo utilizado no edifício bus-cou a essência da paisagem natural, integrando ao encantador cenário, valorizando ainda mais o balneário. É gratificante poder fazer parte de um empreendimento desse porte”, afirma. AP

Fotos Divulgação

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/turismo

O calor está chegando e o refúgio ideal é logo ali, na Nova Rússia. Primeira região de Blumenau a ser explorada, o local é repleto de história, natureza e tranquilidade. O tesoureiro da ONG Nova Rússia Preservada, Mário Pavesi, conta que, em meados de 1890, o relevo dessa região atraiu mineradoras internacionais, uma delas era alemã, porém, com mineradores

prussianos na equipe, daí o nome Nova Rússia. Localizada ao sul de Blumenau, no entor-

no do Parque Municipal Nascentes do Ribeirão Garcia, hoje Parque Nacional Serra do Itajaí, a área conta com 88 quilômetros quadrados de área, 18% da área total do Município. “Depois da mineração, houve o ciclo da madeira e o atual, que é o do turismo”, afirma Pavesi.

A comunidade que habita o local é forma-da por 86 famílias, entre elas colonos, empre-sários que buscam refúgio e estabelecimentos turísticos que recebem visitantes durante todo o ano. “As atividades turísticas atraem visitan-tes de vários lugares. No Verão ou no Inverno, recebemos estrangeiros, especialmente turis-tas alemães”, diz.

BElEZa naturalUm dos berços da cidade de Blumenau é opção ideal de lazer na estação mais quente do ano

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Mário Pavesi faz parte da diretoria da ONG Nova Rússia Preservada, que busca unir a preservação ambiental com o turismo

EcoturismoEntre as atrações estão caminha-

das, passeios a cavalo, banhos de rio, trilhas de mountain bike e visita aos túneis das Minas da Prata. Ain-da na Nova Rússia, o Parque Natural Municipal das Nascentes do Garcia possui uma área de 5,3 mil hectares, com exuberante floresta e centenas de nascentes de rios. Além da vasta fauna e flora, o Parque das Nascentes conta com seis trilhas, com opções de tempos de percurso variados.

Não muito longe dali, o Parque Ecológico Spitkopft é um perfeito re-fúgio ecológico com fauna e flora exu-berantes. O local é coberto pela Mata Atlântica, além de ser o ponto mais alto de Blumenau, com 936 metros de altitude. Da trilha que leva ao pico do morro pode-se avistar boa parte de Blumenau e Indaial. Ao longe, é pos-sível ver outros municípios e, em dias ensolarados, pode-se até avistar o Litoral, a 40 quilômetros de distância.

atrativos da nova rússia

Minas da Prata – Trilha de acesso fácil, ideal para crianças a partir de seis anos, acompanhadas de um responsável. Túneis e histórias interessantes das antigas minas de prata. Meio de Transporte: a pé ou de bicicleta. Distância: até as minas da prata é de 2,7 quilômetros. Tempo de percurso: no mínimo, duas horas.Equipamentos e guia para o passeio às Minas da Prata: (47) 3336-1348 / 9159-4813; [email protected]; www.pousadariodaprata.com.br

Mirante do Morro do Sapo - Um dos pontos mais altos da Nova Rússia. De lá, é possível ter uma visão 360 graus da região. O mirante fica dentro do Parque das Nascentes, maior parque natural municipal do País. Atualmente, faz parte do Parque Nacional Serra do Itajaí. Possui hospedagem, área para camping e trilhas. (47) 3335-1863, [email protected].

Recantos naturais – Os recantos contam com serviços de bar, cozinha, áreas para camping, aluguel de quiosques e churrasqueiras e proporcionam banhos de rio e contato intenso com a natureza.

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Belas paisagens e equipamentos turísticos rústicos fazem parte das atrações para quem visita a Nova Rússia

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/turismo

nova rússia Preservada

A Ong Nova Rússia Preservada busca, há 11 anos, a preservação ambiental através do desenvolvimento sustentável e incentiva ações de ecoturismo na região. Importantes iniciativas já foram desenvolvidas pela ONG:- Limpeza dos rios com a participação das crianças;- Conscientização para a reciclagem e destinação cor-reta do lixo;- Instalação de lixeiras ao longo das principais vias;- Cooperação para viabilizar, juntamente com o Ser-viço Municipal de Águas e Esgotos de Blumenau, sis-tema próprio de Tratamento de Esgotos abrangendo 100% das propriedades da localidade;- Doação de equipamento de informática para crian-ças da escola local;- Construção de área coberta para realização de even-tos na comunidade;Implantação da Feira Nova, evento que promove as atividades econômicas como artesanato, agroindús-trias, pousadas, recantos etc.

arquivo mundi Editora

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Há 25 anos transformamos angústia em esperança.

Ligue 141 24hwww.cvv.org.br

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marco Da Fé açorianaCapela de São João Batista, construída em 1759, está entre as mais antigas do Estado e conserva a estrutura original

/clic Alto Padrão

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Fotos Daniel Zimm

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Do pátio da capela é possível avistar as belas paisagens

das praias do Trapiche e Armação do ItapocoróyFachada da igrejinha evidencia o estilo arquitetônico sacro do Litoral Catarinense no Século 19, trazido pelos colonizadores açorianos

Construída em 1759, a Capela de São João Batista foi edificada em um ponto alto do Município de Penha e conserva até hoje a estrutura da época. O pátio guarda a mais bela vista da baía de Armação do Itapocoróy.

Na estrutura da capela foi usado óleo de

baleia para dar liga na construção de alvenaria. No interior, encontram-se obras de valor ines-timável, como a imagem de Nossa Senhora da Piedade e a imagem do padroeiro, vindas de Portugal e veneradas por aproximadamente 240 anos. A igreja é mobiliada com bancos de madeira maciça, possuindo iluminação

elétrica, diferente dos métodos utilizados an-tigamente, quando a iluminação era feita por lamparinas que tinham como combustível o óleo de baleia.

Tombada pelo Patrimônio Histórico Na-cional, a Capela de São João Batista é o mais valioso patrimônio arquitetônico de Penha. AP

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vErsatiliDaDE univErsalAs tendências estão globalizadas e, cada vez mais, busca-se aconchego e personalidade na decoração

/tendências

O arquiteto Sólon Cassal esteve em Blumenau para apresentar a visão e o conceito do designer catalão Enric Canet, gerente de produtos do Grupo Lamigraf, um dos principais fornecedores de papéis decorativos da Placacentro Masisa Possa-mai. A apresentação de Cassal foi baseada na macrotendência – que busca elemen-tos ao redor do mundo. “A volta ao mundo busca cores, formas e referências. No de-sign, tudo se casa, se mistura, se reutiliza”, afirma o arquiteto.

A palestra ocorreu durante a segunda edição do Coquetel de Ideias, promovido pela Placacentro Masisa e pelo Instituto Brasileiro de Design (IBDI), em 25 de ju-lho, no Restaurante Moinho do Vale, em Blumenau. Durante o evento, arquitetos, decoradores e designers conheceram as tendências em cores, texturas e padrões para confecções de móveis para interiores. Cassal é gerente de marketing da Lamigraf Brasil.

Segundo o arquiteto, atualmente, as tendências são universais. O que é ten-dência na Itália já é no Brasil também. As ‘megatrends’ (megatendências) são as misturas de todo o mundo. Elementos como a simplicidade, comodidade, tradi-ção, reciclagem e tecnologia fazem parte dessa nova era. “O design, as formas, as cores estão cada vez mais versáteis e ágeis. Um tempo atrás, quando voltava de viagens internacionais, encontrava as no-vidades vistas por lá meses, anos depois no Brasil. Hoje, as coisas estão mais rápi-das e o que se viu no Salão de Milão desse ano já pode ser encontrado nas melhores casas do Brasil. O brasileiro tem sede de novidades”, garante.

lar, doce larO que a maioria das pessoas quer encontrar quando chega em casa nada mais é do que

conforto. A palavra da vez, depois de sustentabilidade, é aconchego. Segundo Cassal, a deco-ração dos interiores está cada vez mais acolhedora, retratando o verdadeiro sentido do lar: o refúgio. “Os interiores estão voltados para a simplicidade, serenidade, elegância e funcionalida-de dos móveis e objetos”, afirma.

Outra novidade são as cores. O que há quatro anos era cinza ou bege explodiu para cores fortes e vibrantes. Para o arquiteto, essa mudança se deve à crise mundial. “As pessoas não podem trocar de móveis, optando assim por pintá-los de outras tonalidades. O mercado exige versatilidade”, acrescenta.

Diferentemente do que acontecia há pouco tempo, o mercado moveleiro está se reinven-tando. A tendência está na maneira de se vestir, agir, na cultura dos povos. “Precisamos estar atentos a tudo. Ao cheiro, ao paladar das pessoas. O reflexo dos tempos é olhar o passado, valorizando o clássico e as coisas antigas”, acrescenta. AP

Conforto e aconchego na lar são, cada vez mais, o sonho de consumo de pessoas em todo o mundo

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Divulg

ação

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Lançamento

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