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Al. Linhas de Torres, 2 1750-146 LISBOA [email protected] A Susana com algumas crianças nas “atividades Frassinettinas” Mães de Paula de Caçarelhos Dia de Reis na Câmara da Covilhã “Portugal ainda respira” - painel de ilustres convidados de diferentes áreas de intervenção na sociedade, na Semana Cultural do Colégio de Santa Doroteia Irmãs presentes no Capítulo Provincial 136 anos do Colégio do Sardão “Pai, também quero ir à Missa”

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Page 1: Al. Linhas de Torres, 2 1750-146 LISBOA doroteiasnoticias@gmail · conhecer a imensa riqueza cultural e étnica presente neste país há mais de 5000 anos. Para todas e todos o nosso

Al. Linhas de Torres, 2 1750-146 LISBOA [email protected]

A Susana com algumas crianças nas

“atividades Frassinettinas”

Mães de Paula de Caçarelhos

Dia de Reis na Câmara da Covilhã

“Portugal ainda respira” - painel de ilustres convidados de

diferentes áreas de intervenção na sociedade, na Semana

Cultural do Colégio de Santa Doroteia

Irmãs presentes no Capítulo Provincial

136 anos do Colégio do Sardão

“Pai, também quero ir à Missa”

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PPaarrttiillhhaa ddaa vviiddaa aa aaccoonntteecceerr nnoo NNoovviicciiaaddoo -- PPeerruu

Nestes primeiros meses, temos tido um tempo forte de inculturação. Em

comunidade, organizámos alguns encontros, e cada formanda partilhou

o que aprendeu no seu tempo de postulantado. Pusemos em comum

conhecimentos sobre a História da Igreja, o Documento de Aparecida e

Cristologia. Nestes encontros foi possível encontrar tempos para refle-

xão pessoal e trabalho em conjunto, procurando estreitar relações, ali-

mentando o espírito de família e dando espaço para a participação de todas.

O conhecimento da realidade local tem sido também um objetivo deste

tempo. Para isso participámos em diferentes celebrações, encontros e

atividades a um nível mais local, na Paróquia, na Diocese e também a

nível Nacional, num encontro sobre Catequese Familiar em que esteve

presente a Irmã Josefina. Desta forma vamos conhecendo e vendo onde

será mais necessário o nosso apoio, para agora fazermos a planificação

das atividades para este ano letivo que se inicia em Março.

No bairro onde moramos organizámos as “Atividades Frassinettianas” para as crianças e jovens, em que

demos a conhecer a história de Paula, com diferentes dinâmicas: pinturas, teatros, música e até cozinhan-

do focaccia… Foi um tempo que nos proporcionou conhecer a realidade destas famílias, perceber os seus

problemas e de algum modo animar o tempo de férias destas crianças.

Neste “mergulhar” na realidade local contamos com a presença do Senhor

Florentino – um leigo muito comprometido com a Paróquia e também com

os Grupos de Paula – que nos apresentou as devoções populares locais do

Povo Peruano que são muito variadas, falando-nos do Senhor dos Milagres,

de São Martinho de Porres e da Virgem da Porta.

Quando é possível aproveitamos para estar também com as Irmãs da Região

ouvindo as histórias de vida que tanto nos inspiram e falam de Família. Nes-

tes dias tivemos a oportunidade de receber na nossa comunidade a Irmã Pe-

tronila Mogollón Castillo que nos veio falar da História do Peru dando-nos a

conhecer a imensa riqueza cultural e étnica presente neste país há mais de

5000 anos.

Para todas e todos o nosso abraço amigo e até próximas notícias.

As vossas Susana Santos e Irmã Josefina Pires

CCoollééggiioo ddee SSaannttaa DDoorrootteeiiaa –– LLiissbbooaa

Workshop de Introdução à Interioridade

“Não chegamos à fé mediante a introspeção de princípios doutri-

nais, chegamos à fé quando a descobrimos no interior; portanto, a

melhor pedagogia espiritual é a do autoconhecimento.” Anselm

Grun

Desafiados pelas palavras do Papa Francisco, este ano iniciámos

um espaço de interioridade para os alunos e, como tem sido tão

bom para estes, pensámos propor algo semelhante aos pais. Cha-

mou-se Wii (Workshop de Introdução à Interioridade) e foi orien-

tado por alguém que já é amigo da nossa casa - o João Delicado.

Aconteceu nos dias 6,7 e 8 de fevereiro e devo dizer, fazendo um

resumo do feedback dos 20 participantes (15 pais e mães e 5 pro-

fessores), que voltámos de coração cheio para casa depois de termos mergulhado nas nossas águas pro-

fundas e termos conhecido as 5 portas da interioridade com o objetivo de encontrar a nossa melhor ver-

são. Como alguém dizia “A Wii 1.0 foi muito bom para nos trazer ao essencial e para nos ajudar a encon-

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trar a melhor versão de nós. Mas este mergulho não foi solitário, só foi possível com a partilha e a envol-

vência de todos. Este fim-de-semana foi, sem dúvida, um passo muito importante de aprendizagem, refle-

xão e partilha…”

Penso que a Wii 1,0 será para repetir com outros participantes e por que não, a seguir, a Wii 2,0?

Ana Isabel Santos

Semana Cultural

Entre os dias 9 e 13 de fevereiro aconteceu no Colégio a Semana Cultural, constituída por um diversifica-

do e vasto conjunto de atividades culturais.

Ao longo da semana, vivemos momentos marcantes de partilha de sa-

beres e de aprendizagens que envolveram toda a comunidade educati-

va e, em família, ouvimos com alegria o Coro do nosso Colégio, des-

frutámos de ótimas iguarias dos países das várias línguas lecionadas no

Colégio, num lanche solidário – Para Transformar sonhos de crianças

de Cabo Verde – e, ao fim da tarde, refletimos, entusiástica e vivamen-

te com o Padre Carlos Carneiro, sj, sobre questões essenciais da vida,

no sentido da questão: Funcionários da existência ou agentes de trans-

formação?

Ainda, no mesmo dia e, para começarmos com alegria, vestimos a T-Shirt que cada um criou, nas aulas de

Formação Humana, e que destaca uma palavra ou uma frase de esperança e de otimismo. Assim vestidos,

registámos para memória futura, a fotografia de cada Turma do Colégio.

Recebemos, ainda, calorosamente, pelos Delegados e Subdelegados de Turma do 10.º ano, os Alunos do

4.º ano do Externato do Parque e, acompanhámo-los numa manhã de várias atividades, entre as quais:

robótica, experiências laboratoriais, música, dança, teatro e até numa visita guiada à nossa Horta ecológica.

E porque “Portugal ainda respira”, fomos desafiados pelos Alunos do 12.º ano a ouvir um painel de ilus-

tres convidados de diferentes áreas de intervenção na sociedade e que discutiram entusiasticamente Portu-

gal. Assim, Ricardo Araújo Pereira, Paulo Rocha, Pedro Pita Barros, Rogério Alves, Filipe Anacoreta Cor-

reia, Duarte Pacheco, Fernando Santos e Pe. Vítor Feytor Pinto responderam à questão formulada pelos

Alunos de Ciências Socioeconómicas: Se tivesse poder, ainda que fosse por uma semana, ou mesmo por

um dia, que medida de urgência tomaria para este nosso tão querido país? Em jeito de conclusão, os dois

Alunos apresentadores do painel, destacaram de forma esclarecedora que, não havendo soluções, há ca-

minhos, e que estamos rodeados de gente de boa vontade, capaz de levar por diante o sonho de D.

Afonso Henriques.

No último dia, na capela, celebrámos todos juntos a Eucaristia e recebemos com

emoção e gratidão o testemunho do atleta invisual Jorge Pina que, transportando

a Tocha da Paz, nos deu o seu exemplo de fé, amor e coragem.

Entre outros momentos, muitos e de grande qualidade e atualidade, a semana no

nosso Colégio foi vivida por todos com empenho e muita alegria.

Maria Cabanas

Pelos caminhos de Lisboa…

No passado dia 20 de Fevereiro, o Colégio de Santa

Doroteia teve o prazer de abrir as suas portas aos

alunos do Colégio da Imaculada Conceição de Vi-

seu. Ainda com a frescura da interrupção letiva e

com uma pronúncia do Norte, vivemos todos a ex-

periência de pertencermos à mesma família, mas em

espaços diferentes. Missa partilhada, almoço convi-

vial e experiências únicas definiram um dia de comunhão entre todos. Fica o

convite no ar para um próximo reencontro. Sandra Correia

Obra Social Paulo VI – Despedida do Presépio

No início do novo ano, e depois de terminado o período das celebrações de Natal, julgámos importante

para as crianças dar continuidade ao que acabávamos de viver e experienciar. Assim, na sala da interiori-

dade da nossa escola, conservou-se o Presépio até ao fim da semana de Reis, disponível para quem o qui-

sesse visitar (pais, colaboradores ou crianças). A luz manteve-se acesa, apontando para Maria e José que,

velando, permaneciam a adorar o Menino.

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Mas não nos ficámos por aí! Ao longo dessa semana, e

aproveitando a chegada dos três reis magos do Oriente,

cada turma teve um momento especial de visita ao Me-

nino e de despedida ao Presépio. Em pequenos grupos

(dois grupos por cada sala de atividades), no tempo des-

tinado à aula de música, as crianças foram conduzidas à

presença de Jesus, acompanhadas pelas suas educadoras e

pelo Jaime, o nosso professor de música, que foi quem

dinamizou este momento tão especial. Todas as crianças

participaram neste momento, desde as mais novas às mais

crescidas, pois mesmo sendo pequenino se entende aquilo

que vai direito ao coração.

Foi um momento em que se tentou que cada criança es-

tabelecesse um diálogo simples mas pessoal com Jesus, intercalando-o com cânticos de Natal que todos

conheciam bem e que haviam sido cantados ao longo de todo o Advento (nas salas, na festa, pelos corre-

dores). Nesse momento, cada um pôde agradecer o seu Natal e comprometer-se com novos desafios e

desejos para o ano de 2015. Todos prometeram tentar, cada vez mais, dar o melhor de si!

Consideramos fundamental esta visita de despedida do presépio (não de Jesus), aproveitando o fim dos

dias agitados, para voltar a centrar em Jesus toda a memória do Natal que as crianças viveram.

A equipa de pastoral da Obra Social Paulo VI

136 Anos do Colégio do Sardão

Foram festejados ao longo de uma semana - Semana Cultural, rica e variada.

Teve início no dia 19 de Janeiro - dia em que abriu o Colégio com as primeiras Irmãs e meninas. A Euca-

ristia foi o momento privilegiado para dar graças a Deus por tanto bem recebido e oferecido.

À noite desse mesmo dia, houve um sarau cultural em que participaram os alunos com a apresentação de

pequenas peças musicais de piano e flautas, dança, ballet e acrobática. Terminou o dia com um belo con-

certo de canto e piano, realizado pelos pais de uma das nossas alunas.

Ao longo da semana os alunos passaram por diversos ateliês de pintura, filosofia, ciência viva, ação médi-

ca, e outras.

A semana terminou com uma conferência proferida por D. Ximenes Belo, Nobel da Paz, sobre solidarie-

dade - dar a mão ao que é mais frágil, um compromisso, um dever.

Foi uma bela exposição seguida de perguntas feitas pelos nossos alunos mais velhos, às quais D. Ximenes

Belo respondeu com muita alegria e simplicidade.

O encerramento foi feito por um dos mais belos coros infantis do país, o Coro dos Pequenos Cantores de

Esposende, que a todos deixou estupefactos, tal era a beleza das suas músicas.

Foi uma excelente forma de terminar as comemorações dos 136 do Colégio do Sardão.

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Apresentação das crianças – uma bênção

Temos vindo nestes últimos anos a fazer uma pequena celebração de apresentação das crianças de 3 anos

ao Senhor. Os pais vêm com os seus filhos à nossa Capela para os apresentarem ao Senhor, num gesto de

oferta e de acolhimento da bênção do Senhor.

Foi uma celebração simples mas cheia de sentido. Aconteceu no dia 3 de Fevereiro.

Fica o testemunho de uma Mãe. Tivemos o privilégio de participar na festa da apresentação, a Bênção

dos nossos filhos, na capela do Colégio. Depois de uma comovente celebração, cada criança levada pelos

seus pais, aproximava-se do Sacerdote para receber a bênção. Foi um

momento muito cheio de intimidade, sereno, acolhedor, um momento

mesmo abençoado. Saímos com o coração enternecido e cheio de paz,

sob o olhar de Maria a quem oferecemos, juntamente com os nossos

filhos, uma flor. Viemos para as nossas casas com a certeza de que Jesus e

Maria nos vão acompanhar no íntimo do nosso lar. Um bem haja bem

sentido à equipa que preparou este momento.

Um dia diferente na entrada do nosso Colégio

Pelas 8.30, do dia 6 de Fevereiro, inserido no programa de Educação Rodoviária, o Colégio tornou-se o

quartel de pequenos agentes de polícia - "Pequenos agentes ...da mudança". Depois de terem sido instruí-

dos em sala de aula, recebidas as últimas instruções na entrada do Colégio, os nossos alunos saíram para a

rua a interpelar os automobilistas:

Bom dia, senhor condutor, pode mostrar-me os seus documentos, por favor? Queremos uma Escola Segu-

ra e, por isso, hoje estamos a relembrar aos pais algumas regras de segurança rodoviária. Nós sabemos as

regras todas, os nossos amigos agentes explicaram-nos tudo muito bem. Pode mostrar-me os seus docu-

mentos? Está tudo em ordem, pode seguir. Muito obrigado pela sua colaboração. Tenha uma boa via-

gem!

Uma forma simples e lúdica de educar para o sentido da responsabilidade na estrada, para o ci-

vismo e para a cidadania.

CCoovviillhhãã –– FFuunnddaaççããoo IImmaaccuullaaddaa CCoonncceeiiççããoo

Festa de São Martinho

No dia 7 de Novembro celebrámos o dia de São Martinho. Tal como

fazemos todos os anos, realizámos um grande magusto para todas as

crianças da Instituição e colaboradores e explorámos a lenda de São

Martinho.

Como o tema deste ano letivo assenta no “transformar-se”, esta atitu-

de tem de começar connosco próprios para poder ser alargada ao ou-

tro. Assim, com a ajuda da equipa educativa, várias crianças fizeram

doces e bolinhos à base de castanha para serem entregues em vários

organismos da cidade da Covilhã.

De forma a abrirmos portas à comunidade que nos rodeia visitámos os

Bombeiros Voluntários da Covilhã tão preciosos no serviço que pres-

tam no dia-a-dia, levámos doces à Câmara Municipal, à Biblioteca, à

Universidade, ao Estabelecimento Prisional e à PSP.

Serviu este gesto para agradecer o que estes organismos fazem pela

nossa cidade e por cada pessoa individualmente, pelos bons serviços

prestados e que não são esquecidos pela Fundação Imaculada Conceição.

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“Quadros Vivos” – Cenas da Vida de Jesus

Nos dias 17, 18 e 19 de dezembro abrimos as portas da Fundação Imaculada Conceição para que a comu-

nidade, pais e familiares das nossas crianças assistissem aos “Quadros Vivos”- Cenas da vida de Jesus.

Para festejarmos esta época tão especial, em vez do espetáculo de Natal que costumamos realizar, optá-

mos por usar o salão da nossa Instituição e fazer, com as crianças, quadros vivos representativos do nas-

cimento de Jesus.

Durante três dias, em determinado horário, todas as pessoas que qui-

sessem ver os nossos quadros vivos desciam ao salão onde podiam en-

contrar em primeiro lugar o Profeta Isaías, anunciando a Vinda do Se-

nhor, um segundo quadro com a Anunciação, outro com a Visitação e

muitos outros ilustrando toda a história do nascimento de Jesus.

Ainda que esta representação do Natal tenha sido uma novidade para

a equipa educativa e para os pais e encarregados de educação, o es-

forço de todos foi notável tanto na conceção dos cenários como de

todos os adereços usados, muitos deles trazidos pelas próprias famílias.

É de salientar que a preparação deste evento ocorreu durante o Ad-

vento e houve formação do coro que fez o fundo musical para os

“quadros vivos”.

Na primeira semana do Advento realizámos a venda do Livro Cristão

para todos os interessados em adquiri-lo, na segunda semana fez-se a construção de uma grande árvore de

Natal com mãos feitas pelas crianças e pelas famílias e a terceira semana acabou com a supracitada festa

dos “quadros vivos”.

Aproveitámos também esta época natalícia para apelar à solidariedade de

todos aqueles que visitassem o evento, pedindo que trouxessem um géne-

ro alimentício para partilhar. Com esses produtos pudemos fazer peque-

nos cabazes de Natal para ajudar algumas famílias mais carenciadas da

nossa Instituição.

Ainda que este ano se tenha optado por um espetáculo de Natal diferente,

a reação de todos foi muito positiva e foram tecidos vários elogios pelos

pais e também pelos vários organismos e meios de comunicação social que

nos fizeram uma visita para registar este momento tão especial que vi-

vemos.

Dia de Reis

O dia de Reis na Fundação Imaculada Conceição foi comemorado com uma visita à Câmara Municipal da

Covilhã em que as nossas crianças cantaram as Janeiras a todos os que quiseram ouvir e levaram coroas

feitas por elas com materiais reciclados como cápsulas de café. A Câmara Municipal ofereceu às crianças o

Livro da Lenda da Serra da Estrela.

Foi uma surpresa para todos aqueles que se encontravam na Câmara e que gostaram muito da visita.

EExxtteerrnnaattoo ddoo PPaarrqquuee –– LLiissbbooaa

ECOS de Família: RE-COR-DAR EM SANTA PAULA FRASSINETTI " Ao encontro do hoje com as Irmãs Doroteias"

No passado dia 10 de Janeiro tivemos o primeiro encontro de 2015, de ex-alunos do Externato do Par-

que. O tema centrou-se no RE-COR-DAR. E foi possível recordar através não só das imagens, mas princi-

palmente das mensagens, orientadas pela Irmã Margarida Ribeirinha para os princípios, valores e noções

enraizadas em nós, desde os tempos em que vivemos a nossa infância e aprendizagem em comunidade

com os ensinamentos da Santa Paula Frassinetti.

Após este encontro de interioridade, partilhado por todos os presentes, seguiu-se um lanche convívio in-

timista no refeitório do Colégio que nos permitiu reavivar ligações e trocar memórias de outros tempos. E

ainda fomos surpreendidos com os famosos bolos de açúcar que a Professora Tuxa carinhosamente se

lembrou de nos oferecer. Ficamos a aguardar o próximo encontro.

Sofia Alcobia e a Ana Jacinto

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No sábado estive num encontro de antigos alunos, no Externato do Parque.

Reentrar naquele Colégio despertou-me os sentidos e fui transportada para memórias que desconhecia ter.

A textura do chão, o som das portas a abrir, os cheiros, as cores, a luz, a sensação dos espaços e a sua

“nova” dimensão, envolveram-me em emoções difíceis de descrever.

As Irmãs e Professoras quiseram juntar-nos para um lanche em convívio, mas também para partilhar co-

nosco aqueles que foram os ideais que guiaram a sua conduta ao educar-nos. Numa sentida apresentação

mostraram-nos que acreditam numa educação que preza o SER tanto quanto o SABER e que assenta no

amor, na justiça e na fraternidade. Convidaram-nos assim a refletir sobre de que forma a sua filosofia pe-

dagógica está presente na nossa identidade.

Tocou-me que tenham tomado esta iniciativa e que à distância de 20 anos ainda procurem ajudar-nos na

construção da nossa identidade através de reflexões como esta.

Tocou-me mais ainda identificar-me com os ideais que nos transmitiram, são meus também. Sobretudo

quanto ao amor que sinto como eixo, antídoto para qualquer medo, culpa ou ira, suporte intrínseco das

minhas ações. Sempre justo e fraterno, serve sem ser servil porque alimenta o Ser.

Sei, porque o sinto, que esse amor arranja sempre maneira de chegar até mim, vindo de qualquer parte. E

se isto é um direito de todos é certamente também um privilégio, se não mesmo um Dom de Deus, por-

que me foi ensinado, por todos os que me criaram fazendo-me sentir amada.

Para o ano que vem, celebram-se 150 da chegada das Irmãs Doroteias a Portugal, estarei convosco nessa

celebração, certamente com muito gosto, curiosa e grata por nos cruzarmos mais uma vez.

Mariana Faísca

AAss ccooiissaass nnããoo ssããoo nneecceessssaarriiaammeennttee aaqquuiilloo qquuee ppaarreecceemm……

Tornemo-nos “ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença”. É um apelo forte que nos vem do

Papa Francisco para este tempo de Quaresma.

E foi com este pano de fundo que, no quotidiano da vida simples de uma comuni-

dade de Irmãs Doroteias, surgiu algo de insólito a alterar completamente o seu ritu-

al.

Como poderíamos ficar indiferentes diante de um acontecimento tão misterioso?…

Quando as Irmãs se retiravam para os seus aposentos, ouviu-se uma música estri-

dente, uma batida forte e ritmada seguida de um grito de mulher, no meio da noi-

te…

Esse grito parecia de alguém aflito, metia-se na cabeça e tomava conta da nossa

imaginação. Quem seria? O que estaria a acontecer? Será que alguém precisava de

ajuda?

E que fazíamos nós, as vizinhas mais próximas, diante de tal acontecimento? Éramos

enviadas aos mais pobres, sim… e neste caso, o que faríamos?

Abrimos a janela que dava para o jardim e de novo o mesmo som, a mesma música… Da janela do pré-

dio desabitado vinha uma luz vermelha e outra azul, que cintilavam ao som da música. Movimentos afli-

tivos... e o mesmo grito de mulher.

E, à medida que os dias iam passando, o mistério tornava-se mais denso: os mesmos rituais e aquele grito

que teimava em entrar na nossa casa.

Urgia dar um passo… foi chamada a polícia. Vieram. De tão tarde que foi, não chegaram a ver nada, nem

sequer ouviram os gritos na noite.

A situação ia-se repetindo, enquanto a ansiedade aumentava… as rotinas quebravam-se e apenas ficava

um desejo profundo de resolver o problema. Afinal, éramos Doroteias, não podíamos ficar indiferentes

ao sofrimento humano.

E foi numa noite de lua cheia que, com a ajuda de pessoas competentes, resolvemos ir bater à porta da

casa abandonada de onde os gritos procediam.

E... surpresa nossa, ao ver a porta entreaberta, fomos convidadas a entrar… E lá estava

uma mulher, esguia, bem penteada que, com um sorriso nos lábios, depressa nos acolheu,

explicando a situação. Desapareceu logo voltando, agora com um panfleto na mão…

E, para nosso espanto, tudo não passava de uma encenação, representada pelo Teatro

Universitário do Porto. A casa velha e abandonada dera lugar à preparação de uma en-

cenação da terrífica história “Celeste, uma assombração”. A mulher que gritava todas as

noites não passava de um registo de gravação.

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De facto a "assombração" produziu eco em nós que, aliviadas, regressámos a nossa casa.

Sim, na verdade, respirámos de alívio e sorrimos encantadas pela história que desencadeou uma onda de

solidariedade cá por casa… quem diria!

E nós que não fomos avisadas de tal ocorrência… Ficava-nos a certeza de que não podíamos ficar indife-

rentes ao que se passava à nossa volta, sobretudo se perto de nós.

Desta vez foi uma encenação, mas sabemos que em muitas casas há mulheres que sofrem em silêncio,…

Que neste tempo de Graça, o nosso coração se torne misericordioso, pobre, vigilante e generoso, numa

atitude de serviço, gastando-se pelo outro… Anabela Cristina Pereira

CCoollééggiioo ddaa IImmaaccuullaaddaa CCoonncceeiiççããoo --VViisseeuu

HOMENAGEM À IRMÃ TERESA DE JESUS PRÍNCIPE SANTOS

Realizou-se na tarde do dia 18 de janeiro uma homenagem à Irmã Teresa de Je-

sus Príncipe Santos, pelos seus 22 anos de entrega ao Colégio da Imaculada Con-

ceição.

Depois da Eucaristia, presidida por

Monsenhor Sílvio, foi colocada

uma lápide na parede da portaria

a recordar a dedicação da Irmã

Teresa a este Colégio.

A iniciativa da APACIC (Associação

de Pais dos Alunos do Colégio da

Imaculada Conceição) contou com

a presença de inúmeras pessoas que compõem esta Comu-

nidade Educativa, bem como de algumas autoridades locais.

A Celebração Eucarística foi animada pelo Turma do 6º ano,

seguindo-se um lanche.

Obrigado pelos 22 anos de serviço à Educação nesta Casa de Aprender...

EEnnccoonnttrroo ddee PPrrooffeessssoorreess eemm MMaallttaa

Na concretização da minha missão de Animadora de área das Doroteias da Europa, estive em Malta de 5

a 9 de Janeiro a trabalhar com os professores das nossas três escolas. O grande objectivo foi transmitir-lhes

o encontro de Roma, realizado em Maio do ano passado, para penetrarem cada vez mais no carisma de

Santa Paula. Para todos os efeitos eles são os nossos continuadores, enquanto educadores das crianças e

dos jovens, nas salas de aula.

Os primeiros dias foram de preparação mais próxima do encontro que se realizou no dia 7. Ainda nunca

se tinham reunido os professores das três escolas, por isso podem imaginar a alegria de cada um. O en-

contro superou as minhas expectativas. As professoras e os poucos professores estavam contentíssimos.

Agarraram mesmo o essencial. Então as antigas alunas vibravam imenso e diziam que se identificavam ca-

da vez mais com o carisma de Santa Paula nas características que se iam descrevendo. Dêmos graças a

Deus por mais esta graça que nos concedeu. No dia seguinte participámos numa Eucaristia pela Irmã Do-

reen, seguida de uma reunião para planearmos o tema do ano. Confiamos ao Senhor estes professores

que precisam muito da ajuda d’Ele e nossa. No plenário final já nos deram pistas coincidentes que pode-

rão aproveitar para o tema comum deste ano.

Agradeço muito a oração das Irmãs, porque é uma tarefa delicada. Mas tenho a certeza de que Santa Pau-

la também está connosco ao ver-nos assim tão entusiasmadas com tudo o que ela nos confiou.

Irmã Maria Emília Nabuco

anos da Irmã Maria de Lourdes Magalhães

No dia 14 de Janeiro, a Irmã Maria de Lourdes Magalhães celebrou 90 anos.

Dada a importância da data – não é toda a gente que aqui chega – a nossa Comunidade preparou uma

festa surpresa em que estiveram presentes 60 pessoas que quiseram associar-se a nós neste momento de

AÇÃO DE GRAÇAS e de CONVÍVIO. Além de Irmãs de todas as Comunidades de Lisboa e algumas de fo-

ra, estiveram representadas Antigas Alunas, familiares e amigos e ex-Noviças.

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Foi celebrada a Eucaristia na sala de reuniões do Colégio. Para fazermos memória das origens africanas,

presidiu um sacerdote Angolano – P. Joaquim Tyombe. A celebração foi acompanhada com alguns ins-

trumentos, tocados por um grupinho das nossas Irmãs mais novas e pela Isabel Pinto. A Irmã Mª Lúcia So-

ares fez a 1ª Leitura. No momento de Ação de Graças leram-se alguns textos de agradecimento. Um, em

nome de toda a Província, escrito pela Irmã Mª Antónia

M. Guerreiro, e outros vindos das Filipinas, Angola, Mo-

çambique e Roma.

No final da Eucaristia passou-se um pequeno filme que

fazia referência às diferentes etapas da vida da Irmã Mª

de Lourdes desde as suas origens, no distante Chinguar,

até aos dias de hoje em que, para além de atividades de

apoio à comunidade ainda contacta com a família e

amigos através da internet e se veste de Rei Mago para

animar o convívio da comunidade.

Seguiu-se um fraterno convívio acompanhado de uma merenda ceia servida nas salas e corredor da nossa

comunidade, tornando-se assim um ambiente muito acolhedor.

Não faltaram dois significativos bolos de aniversário. Um oferecido pela Gina Pau Preto, era um duchese

em forma de 90. O outro, oferecido pela Tuxa, tinha gravado um pensamento da Madre Fundadora que

dizia : “Por amor do nosso amor tudo nos deve parecer pouco” e, ao acender das velas, transformou-se

numa verdadeira cascata luminosa.

Foi um dia vivido com muita emoção, alegria e simplicidade.

anos da Irmã Ferreira Fontes

No dia 29 de Janeiro a comunidade da Casa Provincial teve a alegria de celebrar os 90 anos da Irmã Fer-

reira Fontes.

A Eucaristia de Ação de Graças celebrada a meio da tarde, seguida

dum lanche onde um lindo bolo foi cortado ao som do tradicional

cântico de Parabéns, foi vivida, não só pelas Irmãs da Comunidade

como por várias Irmãs das Comunidades vizinhas, a irmã da Irmã

Ferreira Fontes e algumas das suas sobrinhas.

90 anos duma vida cheia, lembrada e relembrada, marcada pelo

grande Amor de Deus por ela e pela sua resposta, momentos fortes em que a Gratidão e a comoção se

misturaram em palavras de apreço, carinho e louvor.

Em gesto de agradecimento, resumindo os sentimentos que a invadiam, a Irmã Ferreira Fontes terminou a

celebração proclamando:

“A OBRA DE ARTE QUE TU ÉS

Uma vez perguntaram a Miguel Ângelo em que consistia criar uma obra de arte.

Assim explicou: «Dentro do bloco de pedra já existe uma obra de arte. Eu apenas tiro o excesso de már-

more».

Não procures fora de ti o que em ti existe. «É em nós que é tudo», recorda Fernando Pessoa.

Dentro de ti, na tua alma, no teu coração, há uma maravilhosa obra de arte, exclusiva, ímpar, irrepetível»

Cada dia és desafiada pelo Criador a aperfeiçoar a obra que tu és, tirando os excessos que só pesam e es-

torvam. A tua grande glória é poderes ser artista de ti mesma, completando a criação de Deus. Mm, sj.".

Irmã Maria Zilda Filipe

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“Pai, eu também quero ir à missa”

De Lisboa ao Porto… com paragem em Viseu.

Um testemunho do Colégio do Parque - Lisboa:

No dia 24 de Janeiro, a nossa escola organizou uma ativi-

dade chamada “Pai, eu também quero ir à missa”, onde

aprendemos o que é a missa, mas de forma muito diferen-

te. O dia foi dedicado a Jesus!

Começámos as atividades às 9h30. Subimos até à sala de

audiovisuais onde nos apresentaram a Irmã Anabela, a

Margarida e o Jerónimo (que era o Joel mascarado).

Nessa atividade, o Jerónimo fez equilibrismo numa corda e

a Irmã Anabela explicou-nos que nós também nos desequi-

libramos na nossa vida.

De seguida, pusemos umas bolas numa taça e passámos por um túnel escuro. Fomos para uma sala para

rezarmos um bocadinho, escrevemos num papel as coisas más e noutro desenhámos uma cruz com uma

frase dentro.

De seguida fizemos uma caça ao tesouro, em que o tesouro era o Evangelho e rebuçados. Gostámos de

trabalhar em grupo. Quando chegámos à sala de audiovisuais fizemos um desenho sobre uma situação em

que já fomos como o Bom Samaritano.

Fomos almoçar (um almoço partilhado).

A seguir fomos para a sala de oração onde comemos pão e cada um recebeu uma pulseira a dizer: “Em

memória de mim…”.

Terminámos bem o dia, com uma missa. Alguns meninos leram, outros meninos cantaram e outros foram

levar o papel dos desenhos ao altar. Colocámos as bolinhas noutra taça, como forma de agradecimento

por tudo o que temos, e recebemos um colar – símbolo da atividade realizada.

A missa parecia diferente depois de aprendermos o seu significado…

No fim fomos lanchar.

Nós adorámos esta atividade onde aprendemos o significado da palavra: EUCARISTIA

Texto elaborado com a contribuição dos alunos Vera Lima, Margarida Amorim, Tomás Mateus, Di-

ogo Capricho, Mariana Moreno e Teresa Ayala

Colégio do Sardão - Porto

No passado dia 7 de Fevereiro, na Casa de Retiros Paula

Frassinetti - Sardão, decorreu a atividade "Pai, eu também

quero ir à missa". Entre animadores e crianças éramos 49.

De uma forma muito criativa e lúdica fomos percorrendo

várias etapas da Eucaristia.

Houve tempo para brincar, rezar, reflectir, conviver...

Encerrámos com uma Eucaristia/Festa celebrada pelo Pa-

dre Alberto, na presença de pais e filhos. Este foi o pri-

meiro passo de uma caminhada que desejamos proporci-

onar às crianças na sua Formação Espiritual.

Equipa: Irmãs Anabela Pereira e Teresa Magalhães, Margarida Oliveira, Rui Pedro Fernandes, Nuno Mon-

teiro, Jorge e Teresa, Joana Reinas, Carlos Paulo

Colégio da Imaculada Conceição - Viseu

A próxima atividade já está programada para o dia 11 de Abril.

A mesma equipa, disponibilizou-se para ir até Viseu… aguardamos com alegria este momento.

Obrigada a todos os elementos da equipa…

Irmã Anabela Cristina Alves Pereira

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MMããeess ddee PPaauullaa -- CCaaççaarreellhhooss

Breve história da imagem de Santa Paula em Caçarelhos - Bragança

O grupo das Mães de Paula de Caçarelhos nasceu no dia 11 de Janeiro de 2004, por iniciativa da Irmã Ca-

tarina Miguel, depois auxiliada pela sua irmã Isabel Miguel. Durante 6 anos tivemos o apoio das Irmãs,

pois ora uma ora outra estavam na aldeia a cuidar da Mãe que já tinha uma idade avançada. Com o fale-

cimento da mãe, as Irmãs passaram a visitar o grupo menos vezes.

Eu, Clemência de Jesus Castro Vaqueiro, entrei para o grupo das mães de Paula em 2007. Na eleição para

novos serviços em 2012-2013, foi eleita como "mãe guia" a Senhora Maria Augusta Falcão; eu fiquei como

secretária, e como tesoureira ficou a senhora Maria Conde Afonso.

A ideia de mandar fazer a imagem de SANTA PAULA partiu da minha filha Odete. Ela já estava a dar-nos

apoio de forma voluntária, a receber e enviar informações e documentos para o bom funcionamento do

grupo, e ainda a orientar-nos quando nós tínhamos dúvidas num assunto.

Por isso, criou para o grupo um e-mail, em Setembro de 2012, onde passámos a receber os boletins e ou-

tras informações enviadas. O grupo é das mães de Paula de Caçarelhos, mas ao criar o e-mail, por lapso,

ficou registado como [email protected].

A minha filha Odete passou a ser ainda mais o nosso braço direito e achava

que o grupo necessitava de sentir a presença de Santa Paula. Então criou

para o grupo uma imagem da Santa: elaborou um quadro com a fotografia,

ao lado representada, para estar exposto na nossa mesa durante as nossas

reuniões semanais. Nessa época as reuniões eram feitas em nossas casas, ora

em casa de uma, ora em casa de outra, e a fotografia percorria os nossos lares.

Mais tarde a minha filha Odete mandou fazer uma imagem de Santa Paula.

A imagem foi feita pela empresa Farportugal – Indústria de Artigos Religio-

sos, em Ourém – Santarém, em Julho de 2012 e oferecida pela minha filha

ao grupo em Setembro de 2012.

A Odete selecionou algumas imagens retiradas da Internet e enviou para a

Farportugal, solicitando o orçamento da imagem e seu fabrico. Como eles

não tinham moldes de Santa Paula,

escolheram duas imagens daquelas

que foram enviadas e elaboram o

seu orçamento. Então a Odete escolheu uma das duas opções apre-

sentadas e o tamanho de 30 cm. A imagem foi feita de marfinite e

pintada à mão.

Depois, a Odete achou que a imagem deveria estar na Igreja, casa

de Deus, e restaurou um púlpito da igreja para sua colocação.

O Sr. Padre Pedro, anterior pároco, acolheu bem a Santa, realizou

uma missa, benzeu-a e apresentou-a à comunidade que a aceitou

de bom agrado, pois o grupo já se reunia desde 2004. Depois de

algum tempo, o Sr. Padre Júlio Vicente, que veio substituir o Sr.

Padre Pedro, quis recusar a presença da imagem na igreja. Tivemos

uma briga com o Sr. Padre Júlio Vicente, nosso padre actual, mas

com a ajuda de Santa Paula vencemos e fizemos permanecer a

imagem de Santa Paula Frassinetti no seu lugar, na Igreja.

As nossas reuniões continuaram a ser à terça-feira, pelas 14h30m,

mas agora na Igreja paroquial de Caçarelhos, com a presença da

nossa imagem de Santa Paula Frassinetti de 30 cm oferecida pela

minha filha.

A Odete achava que o grupo necessitava de uma imagem, pois para ela, o grupo era como um rebanho

sem pastor. As nossas reuniões tiveram mais sentido pois sentíamos a presença de Santa Paula durante as

nossas orações e reflexões.

Mais tarde ela conseguiu arranjar uns mini girassóis, símbolo da Santa Paula Frassinetti. Por tudo deixo o

meu muito obrigado do grupo à minha Odete.

O grupo de Mães de Paula de Caçarelhos tem muito orgulho na sua Santa, agora com novos arranjos flo-

rais. Que Santa Paula nos abençoe e interceda por nós a Deus todo-poderoso.

A Secretária das Mães de Paula de Caçarelhos, Clemência Vaqueiro

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MMããeess ddee PPaauullaa -- LLiissbbooaa

No dia 7 de Janeiro de 2015, os grupos de oração-vida

das Mães de Paula de Lisboa reuniram-se no Centro Pau-

lo VI.

Agradecemos a disponibilidade e carinho da Irmã Purifi-

cação que, sempre com grande alegria nos recebe na sua

casa, incentivando estes encontros tão particulares.

O encontro foi realizado em ambiente familiar de gran-

de simplicidade.

Estas reuniões de partilha são verdadeiramente impor-

tantes, pois promovem a união entre os grupos que fa-

zem convergir os corações, ou seja, cumprir um caminho

em direção a uma comunhão profunda de sentimentos, para se apresentarem em conjunto diante de Deus.

As primeiras comunidades cristãs viviam da união fraterna, da oração em conjunto, tendendo a ser “um

só coração e uma só alma” (Atos 4,34).

O momento principal do encontro foi a celebração Eucarística, presidida pelo Sr. Padre Joaquim Tyombe,

que facilmente se integrou no grupo de MdP.

Durante a celebração foram lembradas todas as MdP, especialmente as que não puderam estar presentes,

as doentes, a Clélia e as Mães Nacionais que, ao longo destes anos, aceitaram apoiar este sonho.

Durante a ação de graças foi lido um excerto da carta de São João Paulo II às mulheres, escrita em Junho

de 1995 e em que o Santo Padre elogia todas as mulheres nas suas mais variadas funções.

Enquanto a carta era lida, cada mãe acendeu uma ve-

la e, com estas luzes, construiu-se um bonito coração,

símbolo da nossa união ao puríssimo Coração de Je-

sus Cristo.

Terminámos com a oração da unidade e levámos no

pensamento uma frase de Santa Paula: “Aprenda a

viver na fé (…), seja boa, serena e alegre”.

Estão aqui evidenciados valores fundamentais e tão

atuais para o nosso Mundo de hoje, que precisa ur-

gentemente de Fé, Caridade, Paz e Alegria.

Ana Maria Rolo Al-

ves

AAccoonntteecceeuu...... AAccoonntteeccee...... AAccoonntteecceerráá......

No dia 6 de Janeiro, chegou de Angola a Irmã

Madalena Soares por motivos de saúde.

A 24 de Janeiro, realizou-se em Fátima um en-

contro da Pastoral Juvenil com o tema "O Be-

lo da Surpresa" - sobre autoconhecimento e re-

lações humanas.

A Irmã Maria Manuel Oliveira participou num

painel da Semana de Estudos da Vida Consa-

grada dando o seu testemunho sobre "alegrias

experimentadas e desafios para o futuro".

A 20 de Fevereiro, de passagem para Angola,

chegou de Roma a Irmã Margarida Adelaide

Kundjutu, Assistente Geral.

A Irmã Maria Emília Nabuco seguiu para Ben-

guela no dia 24 de Fevereiro, a pedido da

Área de África, para participar num encontro

de reflexão sobre a colaboração de leigos com

as Irmãs, na educação. Vai tudo ser realizado

com pão caseiro. Quem vai falar são todas Irmãs

Doroteias. Vão participar Doroteias de Angola,

Moçambique e Camarões. Agradecemos as

orações das Irmãs para que dê frutos bons. Vai

depois a Luanda para acompanhar o Projeto

A Par.

Nos dias 27 e 28 de fevereiro haverá reunião

de Coordenadoras em Fátima.

Nos dias 27, 28 de fevereiro e 1 de março,

tem lugar no Linhó mais um turno de Exercí-

cios para Leigos orientados pelas Irmãs Maria

Antónia Marques Guerreiro e Paula Agostinho,

com o tema "Vim para que tenham vida e a

tenham em abundância".

No dia 7 de março encerram-se as comemora-

ções dos 50 anos do início do Jardim de In-

fância no Instituto Van Zeler - Porto.

Nos dias 7 e 8 de março haverá, no Linhó,

uma Vigília Noturna para jovens com o tema

"Transform'arte".

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FFaammiilliiaarreess ddee IIrrmmããss ffaalleecciiddooss::

Cunhada da Irmã Luzia (Vilar – Porto) de Lordelo Paredes - 31 de Dezembro 2014

Irmão da Irmã Marina Morais Silva (Vilar – Porto), de Chaves - 14 de janeiro 2015

Pai da Irmã Luísa Carneiro (Évora)

Pai da Irmã Céu Laranjeira (Loulé)

Irmã da Irmã Maria Celeste Gonçalves(Viseu) e Maria de Jesus Gonçalves (Vilar - Porto) – 18 de Janeiro

Irmão da Irmã Rosária da Encarnação (Viseu) – 19 de Janeiro

Irmão mais novo da Irmã Etelvina Benedito (Coimbra, Residência) 1 Fevereiro

Mais uma irmã da Irmã Conceição Vaz Pato (Évora), a Margarida, tinha 78 anos e estava há vários anos

internada num Lar perto da família, em Galizes, sem conhecer ninguém – 7 de Fevereiro

Irmã das Irmãs Arminda Gil (Viseu) e Isabel Gil (Abrantes) – 14 de Fevereiro. A Ana era a mais velha de oi-

to irmãos, e foi ela que os ajudou a criar. Acompanhou sempre os Pais, e só após a morte deles é que ca-

sou, e Deus deu-lhe a alegria de ainda ter uma filha aos 44 anos.

IIrrmmãã MMaarrggaarriiddaa ddaa CCoonncceeiiççããoo FFiigguueeiirreeddoo

A nossa Irmã Figueiredo faleceu no Linhó, a 01 de Novembro de 2014, com 95

anos de idade e 74 de Vida Religiosa.

O Linhó foi a sua 'Comunidade de base'... num total de 58 anos; esteve também em Vilar, nas Calvanas e

em Évora, mas regressava sempre ao Linhó, onde, até ao ano de 1999, foi uma das célebres 'despenseiras'

da nossa Província. A partir daí - porque as forças não eram muitas... - passou a ajudar na cozinha. Nos

últimos 2 anos Deus tomou-a nas suas mãos... até que a veio buscar definitivamente para se reunir à nossa

Congregação no Céu.

Por isso, agradecemos ao Senhor

- a sua humildade expressa no silêncio do trabalho feito serviço para todos;

- a sua simplicidade tão característica do nosso ser Doroteia;

- a sua serenidade manifestada mais fortemente na aceitação da sua fragilidade;

- o seu espírito de sacrifício vivido no escondimento e na missão que lhe estava confiada;

- a sua capacidade de atenção e partilha generosa que a tantos ajudou nas suas necessidades;

- a amizade que manifestava por todas as Irmãs e todos os nossos colaboradores;

- o interesse que demonstrava pela vida da Congregação, da Província e dos trabalhos apostólicos

das Irmãs.

Celebramos o dom da VIDA da Irmã Margarida Figueiredo, que se fez dom até ao fim.

Agradecimento

Esta foto foi a última deslocação que o meu pai fez à

Igreja, no dia do batismo do primeiro bisneto a 25 de

Outubro de 2014.

Os netos quiseram vir batizar o filho na Igreja onde o

avô, pai do meu sobrinho, falecido em França, tinha

sido batizado. Quiseram batizá-lo em Portugal para

que o bisavô estivesse presente. Com que alegria e ter-

nura o meu velhinho participou, apesar da sua debili-

dade física.

Foi esta foto que os meus sobrinhos colocaram nas re-

des sociais a comunicar a partida do meu pai com estas

palavras: “O avô partiu… a estrela que brilhou e nos

reuniu como família, agora brilha mais alto junto de

Deus porque viveu da Fé, da Esperança e do Amor”. É

também com esta foto que quero dizer a cada Irmã, o

meu muito obrigada pela presença, amizade e oração nesta hora de saudade. Obrigada às Irmãs de Vila

do Conde e do Sardão que marcaram presença no funeral. Nestas duas comunidades senti a presença de

toda a Província. Nesta hora apenas sei dizer OBRIGADA!

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Um pai sempre presente

Neste ano da vida consagrada, gosto de partilhar o carinho e a estima que o meu Pai tinha pela Vida Reli-

giosa.Com que ternura falava aos catequizandos (foi catequista durante muitos anos), nas Irmãs (as minhas

tias) e na filha freira. Numa carta que me escreveu, dizia:

Filha, agora tens mais tempo para te dedicares às coisas de Deus. Reza por todos nós. Nós, no terço que

rezamos à noite, rezamos por ti. Na visita que faço aos doentes, (uma das suas grandes paixões como foi

referido na homilia do funeral) peço-lhes que rezem por ti e por todas as tuas companheiras para serdes

fieis à missão que escolhestes e assim espalharem o reino de Deus para que todos os homens, de todo o

mundo, conheçam o verdadeiro caminho que nos conduz ao Pai. Para isso, querida filha, é preciso que tu

e as tuas companheiras, na vida que escolhestes, e eu com a tua mãe, na vida que escolhemos, sejamos

lâmpadas a iluminar o caminho. Eu e tua mãe estamos felizes porque o Senhor veio buscar ao canteiro do

nosso lar uma luz. Espero que sejas luz a indicar a todos, com quem vives e trabalhas, o caminho para

Deus. Deus seja bendito e louvado...

Com que alegria, no tempo da sementeira, ia ajudar a plantar as batatas na residência das Irmãs em Vila

do Conde. Nesse tempo não havia os telemóveis, e ele escrevia a comunicar: “Filha, hoje, tua mãe, a tia

Vira e eu fomos a vila do Conde ajudar a tia Zé a plantar as batatas ou a arrancar. Ficámos contentes

porque as Irmãs ficaram contentes e trataram-nos muito bem. Foi um dia muito bem passado”.

Quanto me ajudaram, ele e a mãe, e incentivava outros a partilharem, com os produtos da terra, nos

tempos em que estive em Bragança, e promovia as colónias de férias, na praia da minha aldeia!

Como ficava feliz quando, uma vez ao ano, nos reuníamos em família, para celebrar e conviver… e ficava

feliz com a presença das suas irmãs, em férias. Em tempo de férias das minhas tias, gostava de as levar a

visitar os doentes e sozinhos.

Nos dois últimos anos de vida da minha tia Zé (Irmã Costa) reunimo-nos em Vila do Conde, um ano ain-

da na residência e o último no instituto. Ficava feliz por dar alegria e promover o encontro… Fazia ques-

tão que este iniciasse com a Eucaristia.

No último encontro deste ano, em que recebeu a Santa Unção, em família, disse: Filhos, noras, genros e

netos, eu já cumpri a minha missão agora sois vós que tendes que continuar esta reunião familiar. Tu,

Céu, que tens a missão, onde trabalhas, de reunir o povo, ficas responsável, dentro das tuas possibilida-

des, de reunir a família, uma vez por ano e não te esqueças que este deve iniciar com a missa como tem

sido hábito. Quando Deus quiser, que me venha buscar porque agora só me resta esperar pelo encontro

com a vossa mãe, o vosso irmão e com tantos que foram das nossas relações e que já estão em Deus. E ele

partiu. Foi assim que recebi a notícia: “O Pai partiu, sereno, para a sua nova morada”.

Peço às Irmãs que agradeçam, comigo, a Deus por termos um Pai que soube transmitir e viver os valores

da Fé, com grande Sabedoria… Irmã Céu Laran-

jeira

AAnnoo ddaa VViiddaa CCoonnssaaggrraaddaa

Testemunho vocacional da Irmã Maria Francisca Dias

Falar da minha vocação é como dizer… “pelo decorrer dos acontecimentos verei a

vontade de Deus”(Santa Paula).

Nasci numa família católica, mas sem grande compromisso eclesial, de eucaristia do-

minical, mas da qual estive afastada durante algum tempo.

Em 2002/2003, era aluna da Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti, no 3º

ano do curso de Educação de Infância, e não estava a gostar do curso, queria desistir

mas ao mesmo tempo tinha consciência de que por respeito aos meus pais deveria

acabar, pois tinham investido muito e com algum sacrifício. Diante desta certeza, sur-

giram outras questões: então se não era este curso qual seria? E atrás desta questão surgiu outra: para sa-

beres o que queres tens que saber quem és… e depois desta outra… e nesta altura surge uma Doroteia, a

Irmã Sofia Guedes, atenta e perspicaz, que me diz: "Mª Francisca, tu precisas é de parar e pensar, não que-

res fazer um retiro?". E eu, decidida como era, aceitei logo o desafio… mal eu sabia Quem me esperava!

Em abril de 2003, fiz o retiro que mudou o rumo da minha vida. Se entrei no retiro com vontade de sa-

ber quem era, saí de lá com o “olhar de Jesus” gravado no coração e a interpelação muito grande de des-

cobrir quem era este Homem que me olhava com um olhar tão forte e me dizia: "Francisca, deixa-me di-

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zer-te quem Sou, deixa-me mostrar-te o teu caminho.". Do retiro saí com uma certeza: preciso de desco-

brir quem é Jesus, o que Ele quer de mim.

E foi assim que começou a minha história de amor com este Deus que me ama, por quem me apaixonei.

Uma experiência que me mostrou que não podia ficar parada, precisava de espalhar este amor que expe-

rimentava e levá-lo aos outros, levar este Homem, o seu projeto de felicidade. Iniciei o percurso de dis-

cernimento às escondidas dos meus pais, e no espaço de dois anos vi a minha vida dar uma cambalhota.

Mas como foi que escolhi ser Doroteia? Mesmo sem eu ter consciência, a minha educação na família teve

mão das Doroteias: a minha mãe e tias foram educadas nos nossos colégios, quer no Brasil, quer no Porto.

Por isso, sentia-me em casa, sentia-me em família na Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti. Mas

o que despertou maior identificação com esta Família foi ver que as Irmãs eram felizes, transpareciam ale-

gria, simplicidade, e dum acolhimento excecional, sem nunca me prenderem. Nunca senti por parte das

irmãs que me acompanharam no discernimento uma ponta de interesse no caminho que faziam comigo.

À medida que ia conhecendo mais Doroteias, participando nas atividades da Pastoral Juvenil, mais me

identificava com o nosso modo de viver e de nos darmos aos outros. Testemunhos de mulheres que me

falavam de Deus e me fizeram dizer: "Eu também quero ser assim!!!".

Neste percurso de discernimento que fiz tenho recordações incríveis, e olhando para trás só encontro a mão

de Deus… desde o ter-se realizado o retiro, mesmo arriscando ser com poucos jovens; o dia em que iniciou

coincidiu com a partida para Deus da Irmã Leão, uma doroteia ligada à música (Deus chamou a si uma mú-

sica e tratou de tocar noutra ligada à música); num célebre dia de Julho, sem eu estar à espera, conheci a Ir-

mã Mª Gabriela Figueiredo num encontro com uma verdadeira Doroteia, dom de Deus. Pedi-lhe para fazer

uma experiência comunitária. Passada uma semana ela partiu para o Pai (ainda hoje trago comigo a carta

que ficou por lhe entregar), sem dúvida que está no céu a velar por mim junto de Deus. Uma atividade da

Pastoral Juvenil (Bragança, 2003), onde sem dar conta fico numa ponta duma grande mesa e ao meu redor

só Doroteias, e eis que a Irmã Guida, com o seu olhar 'mafioso', me diz: "É melhor pensares no que Deus te

estará a querer dizer!!"... e pensei, rezei e arrisquei… e hoje sou feliz por ser Doroteia!!!

Santa Paula ou Jesus?

Nas duas últimas conferências do Padre Carlos Carneiro, sj, a que assisti, respectiva-

mente no último CPA, em Agosto de 2014 e, mais recentemente, na Semana Cultural

do Colégio de Santa Doroteia, em Fevereiro de 2015, a conclusão foi nos seguintes

termos:

Paula, apaga-te para que o Senhor brilhe… porque não quiseste brilhar com a tua luz,

mas que a luz do Senhor brilhasse em ti.

Falem menos de Santa Paula e coloquem Jesus no centro.

Santa Paula ou Jesus?... Santa Paula em Jesus?...

Um alerta para apresentarmos Santa Paula em Jesus… Se Santa Paula foi a Mulher que conhecemos e que

nos deixou tão rico legado da sua vida, foi porque fez de Jesus o centro em todos os momentos da sua

existência.

De facto, somente quem fez de Deus o seu centro pode escrever com verdade:

Por amor do nosso Amor tudo deveria parecer pouco (Carta 11,6) → Deus-centro-Amor…

Se se apoiar em Deus será omnipotente, mas se se apoiar no homem, por mais santo que seja, não terá

senão força humana (390,4); O Senhor quer-nos apoiadas só n’Ele (165,8) → Deus-centro-Rocha…

Coragem (…) as nossas misérias metamo-las todas, todas no Lado trespassado de Jesus Cristo (301,5); Não

se admire se vê misérias, tanto em si como nas outras; meta-as todas no Coração Santíssimo de Jesus, e

neste dulcíssimo Coração estabeleça a sua morada (512,3); Deus vos abençoe com a mão direita e com a

esquerda, e vos guarde sempre no seu Coração (363,10) → Deus-centro-Abrigo seguro…

Abandone-se, portanto, nos braços da Divina Misericórdia e, como uma criancinha que dorme nos braços

da sua mãe… (536,5) → Deus-centro-Misericórdia…

O Coração S.mo de Jesus seja a sua morada, a sua escola e o seu conselheiro (536,5); Desejaria que o San-

to Presépio e o Monte Calvário fossem duas escolas por vós frequentadas, onde aprendêsseis as preciosas

lições que a todos dá o Coração S.mo de Jesus (665,3); Que este Coração seja (…) a escola onde aprenda

a prática de todas as virtudes, em especial da suavidade, mansidão e humildade (681,4) → Deus-centro-

Mestre…

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Dêmos também nós a Deus aquilo que de mais querido possuímos, isto é, a nossa vontade, deixando-nos

daqui em diante moldar por Ele como o barro nas mãos do oleiro, persuadidas de que tudo quanto Deus

fizer de nós será para o nosso verdadeiro bem (102,5) → Deus-centro-Oleiro…

Oh, como me envergonho dos desabafos que tive, quando olho para o crucifixo! Pede, portanto, ao Se-

nhor que me perdoe e que me dê um castigo qualquer, mas nunca o de me aliviar a cruz; porque, se no

passado não a abracei com alegria, de futuro, mediante a graça e a força que me hão-de obter as almas

boas que rezam por mim, hei-de colocá-la no centro do coração e guardá-la como fez Aquele que nela

morreu por meu amor (33,4); Jesus, seu Esposo, a tenha nos seus braços e a faça saborear a sua Cruz

(425,2) → Deus-centro-Cruz redentora…

Em frente, em frente, alegres, seguindo Jesus pelo caminho do Calvário (318,3); Desejo a todas uma santa

Páscoa. Espero que, nestes santos dias, todas morram com Jesus e, depois, ressuscitem com Jesus para uma

nova vida mais perfeita e mais santa (570,13); → Deus-centro-Mistério pascal…

O meu Jesus Cristo sabe que comigo não se engana: fizemos os nossos pactos há muitos anos, e por isso

pode fazer o que quiser de mim e das coisas que me pertencem, que tem sempre o meu consentimento

(620,4) → Deus-centro-O Tudo…

De facto, Paula despojou-se, descentrou-se de si, porque encontrou em Deus o centro da sua vida:

Não tenhamos outro fim nas nossas acções senão a maior glória de Deus e o maior bem das almas. … E

felizes de nós, se pudermos dizer com verdade à hora da nossa morte: nas minhas acções nunca me pro-

curei a mim mesma, mas unicamente a glória de Deus e o bem espiritual do meu próximo (119,4); Felizes

de nós, se a vida que nos resta a empregarmos toda em procurar unicamente a maior glória de Deus e a

salvação do nosso próximo! (89,5). Irmã Diana Barbosa

PPaappaa FFrraanncciissccoo

Primeira Jornada Internacional contra o tráfico de pessoas

A Jornada celebra-se a 8 de fevereiro, festa de Santa Josefina Bakhita - a escrava

sudanesa que uma vez libertada se tornou freira canossiana e foi declarada san-

ta no ano 2000 – e o seu tema é: "Acende uma luz contra o tráfico".

Esta jornada foi promovida pelo Pontifício Conselho para a Pastoral dos Emigrantes e Itinerantes, o Pon-

tificio Conselho Justiça e Paz e a União Internacional feminina e masculina dos Superiores/ras Gerais.

«O Santo Padre convida-nos a todos a reconhecer que estamos perante um fenómeno global que excede a

competência de qualquer comunidade ou país, e que para eliminá-lo, necessitamos de uma mobilização

comparável em tamanho ao do próprio fenómeno.

Da MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2015

Tempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para cada um dos fiéis, a Quaresma é sobretu-

do um «tempo favorável» de graça (cf. 2 Cor 6, 2). Deus nada nos pede, que antes não nos tenha dado:

«Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro» (1 Jo 4, 19).

... Hoje, a atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma

globalização da indiferença. Trata-se de um mal-estar que temos obrigação, como cristãos, de enfrentar.

... O povo de Deus tem necessidade de renovação, para não cair na indiferença nem se fechar em si mesmo.

... Assim podemos ver, no nosso próximo, o irmão e a irmã pelos quais Cristo morreu e ressuscitou. Tudo

aquilo que recebemos, recebemo-lo também para eles. E, vice-versa, tudo o que estes irmãos possuem é

um dom para a Igreja e para a humanidade inteira.

... A Quaresma é um tempo propício para mostrar este interesse pelo outro, através de um sinal – mesmo

pequeno, mas concreto – da nossa participação na humanidade que temos em comum.

... Para superar a indiferença e as nossas pretensões de omnipotência, gostaria de pedir a todos para vive-

rem este tempo de Quaresma como um percurso de formação do coração, a que nos convidava Bento

XVI (Carta enc. Deus caritas est, 31). Ter um coração misericordioso não significa ter um coração débil.

Quem quer ser misericordioso precisa de um coração forte, firme, fechado ao tentador mas aberto a

Deus; um coração que se deixe impregnar pelo Espírito e levar pelos caminhos do amor que conduzem aos

irmãos e irmãs; no fundo, um coração pobre, isto é, que conhece as suas limitações e se gasta pelo outro.

... Teremos assim um coração forte e misericordioso, vigilante e generoso, que não se deixa fechar em si

mesmo nem cai na vertigem da globalização da indiferença.