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A nova Direção do Colégio de Viseu Al. Linhas de Torres, 2 1750-146 LISBOA [email protected] Envio da Susana Encontro de Postulantes em Fátima Natal na ESEPF - Porto Externato do Parque – Lisboa Árvore da relação Comunidade do Noviciado no Peru Missão na Arrentela - Seixal Irmãs presentes no Capítulo Provincial Recolha de bens no Colégio de Santa Doroteia, Lisboa Despedida de Montes Velhos Presépio em Pinhel

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Page 1: Al. Linhas de Torres, 2 1750-146 LISBOA doroteiasnoticias ... · Em clima de muita fraternidade foram eleitas como delegadas as Irmãs: - Maria Antónia Leitão Marques Guerreiro

A nova Direção do Colégio de Viseu

Al. Linhas de Torres, 2 1750-146 LISBOA [email protected]

Envio da Susana

Encontro de Postulantes em Fátima

Natal na ESEPF - Porto

Externato do Parque –

Lisboa

Árvore da relação

Comunidade do Noviciado

no Peru

Missão na Arrentela - Seixal

Irmãs presentes no Capítulo Provincial

Recolha de bens

no Colégio de Santa Doroteia, Lisboa

Despedida de Montes Velhos Presépio em Pinhel

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CCaappííttuulloo PPrroovviinncciiaall XXII

Irmã Lisete e Irmã Ida

“Reaviva o dom de Deus que está em ti… Vai e caminha com os teus irmãos”.

Este é o tema que anima toda a caminhada.

Tivemos o nosso Capítulo Provincial de 26 a 30 de Dezembro, no Linhó.

Desta vez, tanto no Capítulo Geral como no Capítulo Provincial, temos a presença de Leigas e Leigos com

quem estamos e trabalhamos para um tempo de diálogo-reflexão-partilha. Leigas e Leigos que sintonizam

com o Carisma e Espiritualidade de Paula Frassinetti…

1º Dia – 26/12/2014

Aos 26 de Dezembro, embarcámos na aventura Capitular com um

momento breve de oração à qual se seguiu uma tarde de escuta do

Dr. Carlos Liz (Profissional ligado ao Marketing e Publicidade que

colabora com a CIRP) que, a partir do tema do nosso Capítulo Geral,

“Reaviva o dom de Deus que está em ti… vai e caminha com os teus

irmãos”, nos focalizou em três temas que marcam a vida atual, não

só em Portugal, mas à escala global. Acontecimentos que, no seu

entender, marcam a vida das pessoas todas e por isso trazem

consequências para o estilo de vida e de missão que nós temos

enquanto Doroteias:

A reconsideração da mulher

A omnipresença da tecnologia

A centralidade do conhecimento

Foi interpelador para todas nós o paralelismo que ele fez entre estes

três grandes temas e o espírito da Casa de Quinto. Assim, diante do

primeiro tema situou-nos na reconfiguração dos papéis na Família,

tendo hoje a mulher mais consciência do direito à individualidade

própria. Com isto estamos diante de uma sociedade que olha para as

mulheres, onde também nós estamos inseridas, e as considera.

A partir daqui provocou-nos a beber da novidade dos inícios da

Congregação, confrontando-nos com a audácia e ousadia das 7

primeiras companheiras, mulheres inspiradas e decididas.

No âmbito do segundo tema, dizia-nos que “pensar tecnologia é

pensar em gente ligada. E gente ligada é a nossa especialidade como

pessoas da vida consagrada”. Com isso, desafiava-nos a olhar a

tecnologia como uma aliada emocional importante, capaz de gerar

mobilidade, interação e relações de proximidade entre as pessoas.

Segundo ele, já Paula Frassinetti no seu tempo foi perita em redes de mobilidade e relação ao expandir o

Instituto, não só em Itália, mas também na Europa e no resto do mundo.

Relativamente ao terceiro tema, colocou-nos diante da complexidade da realidade atual que faz com que

o imprevisível aconteça, obrigando a uma constante adaptação e atitude favorável ao conhecimento.

Atitude já presente no espírito das nossas primeiras irmãs que trilham um caminho que vai das conversas

sobre Deus, nos bosques, à primeira escola e ao cuidado de chegar aos ambientes de trabalho das jovens.

Levando-nos mais fundo, desafiou-nos, como Doroteias, a sermos mulheres de conhecimento, promotoras

de conhecimento e a dar a conhecer a nossa história com linguagens atuais, porque existe gente

interessada em conhecer.

Após uma pequena pausa, e sempre partindo do mesmo tema,

fomos impelidas pelo P. José Frazão sj a tomar nas mãos os desafios

do Papa Francisco para a Vida Consagrada: Olhar com gratidão o

passado, viver com paixão o presente e abraçar com esperança o

futuro, sendo conscientes de que a fecundidade da nossa vida está

na articulação destes três elementos. Com um estilo muito inaciano

fez-nos o apelo a vivermos a liberdade interior, numa atitude de

discernimento autêntico, para nos darmos conta do que nos pedem

Deus e a humanidade hoje. Assim, provocou-nos a reavivar o dom,

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ousando correr o risco de um caminhar mais desprendido e com atenção às novas configurações desse

dom hoje, já que “o que nos parece impossível, pela graça espiritual é possível”. Terminou a sua partilha

estimulando-nos a viver a vida em atitude pascal pois “em tempo de renovação é necessário aceitar

perder alguma coisa no presente para podermos abraçar o futuro com esperança”. E convidou-nos a estar

no meio das pessoas, partilhando as suas dificuldades e provações numa atitude de quem as vive com

amor. Em seguida o P. José Frazão presidiu à nossa Eucaristia e partilhou connosco o jantar.

2º Dia – 27/12/2014

A aurora do segundo dia despontou com um tempo de Adoração.

Contemplando o Senhor Jesus, fomos convidadas despertar o mundo a partir

d’Ele e n’Ele e com Ele, para discernir as respostas reais aos problemas reais de

pessoas reais deixando ecoar em nós os dois maiores desafios experimentados

no dia anterior.

Em seguida, vivemos um tempo de encontro com os Leigos que, vindos das

mais variadas Instituições e campos de missão nossos, partilharam connosco

como vêem que podemos fazer caminho juntos; como podemos juntos ser

agentes de transformação da

nossa realidade, e que vazio se

criava em Portugal se as doroteias fossem expulsas de novo

como em 1910.

Claros e provocadores deram um bom contributo à nossa

reflexão.

O encontro com os Leigos terminou com um momento de

oração à qual se seguiu um fraterno almoço.

A tarde foi pautada pelo diálogo em Assembleia a partir da

reflexão feita no dia anterior pelo Dr. Carlos Liz e pelo P. José

Frazão ao qual se seguiu um diálogo e a aprovação do texto

elaborado a partir da Avaliação do Sexénio e da reflexão do

último CPA. Tudo isto em ordem à apresentação da nossa realidade

no Capítulo.

Ao fim da tarde tivemos a graça da presença de D. Manuel

Clemente que partilhou connosco os desafios da Igreja e do último

Sínodo sobre a Família. Em seguida presidiu à Eucaristia e jantou

connosco.

À noite foi feita a apresentação do Dossier com as Propostas elaboradas por toda a Província e o modo

de as trabalhar.

3º Dia – 28/12/2014

Iniciámos a terceira jornada com um momento de oração que nos colocou diante da Sagrada Família e

nos desafiou a reavivar o dom da comunhão para que as nossas comunidades sejam “lugares de Evangelho”.

A manhã foi vivida em clima de silêncio e leitura-reflexão pessoal de todas as Propostas ao Capítulo

enviadas pela nossa Província, terminando com a Eucaristia celebrada na Capela da Casa, junto com o

povo do Linhó.

À tarde prosseguimos com trabalhos de grupos sobre as Propostas e sua apresentação em Assembleia,

votando as que deveriam ser consideradas para reelaboração.

Depois do jantar seguiu-se um animado convívio onde a criatividade e a alegria fraterna se fizeram sentir

com muita força. Num primeiro momento foi feito um 'Julgamento do Natal' ao qual se seguiu uma

Reunião comunitária, e alguns cantares tradicionais originais.

4º Dia – 29/12/2014

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Iniciámos o dia com um momento de oração que nos desafiou a reavivar o dom da Profecia

contemplando a luz de Deus que nos habita e que estamos chamadas a partilhar com

todos.

O dia foi vivido alternando os trabalhos em grupos com a Assembleia para

reformulação e aprovação das várias propostas que irão ao Capítulo Geral. Ao fim

da tarde participámos na celebração da Eucaristia juntamente com a comunidade

local. Após o jantar reunimo-nos para a apresentação dos critérios que presidem ao

discernimento em ordem à eleição das delegadas da Província ao Capítulo Geral.

5º Dia – 30/12/2014

A aurora deste último dia do Capítulo despontou em clima de silêncio e oração para escutar o sussurrar

do Espírito Santo. E em atitude de escuta embarcámos nesta jornada com a celebração da Eucaristia à qual

se seguiu a eleição das delegadas ao Capítulo Geral e das suas substitutas.

Em clima de muita fraternidade foram eleitas como delegadas as Irmãs:

- Maria Antónia Leitão Marques Guerreiro

- Margarida Maria Macedo Ribeirinha

- Maria da Conceição da Costa Oliveira

- Lisete da Natividade Barrigão Gonçalves

- Maria da Conceição da Rocha Amorim

E como substitutas as Irmãs:

- Maria Teresa Matos de Magalhães Ferreira

- Maria Goreti de Jesus Faneca

- Maria Emília Nabuco

Acompanhemos estas nossas Irmãs com a nossa oração.

Terminámos a manhã com um momento de avaliação e de oração que nos desafiou a “Sair e caminhar

com os Irmãos”.

Aproveitamos a ocasião para agradecer a todas as Irmãs e Comunidades que, através das mais variadas

formas, nos fizeram chegar a sua presença e oração.

CCoonnsseellhhoo PPrroovviinncciiaall AAmmpplliiaaddoo -- FFááttiimmaa

Irmã Anabela Pereira

Que alegria não terá tido a nossa Fundadora, ao ver-nos reunidas, em Fátima, no passado dia 7 e 8 de

Novembro! Que alegria terá tido Paula, ao sentir tão vivo todo o esforço e empenho apostólico das suas

queridas “filhas”! Se Santa Paula vivesse hoje, de certeza não resistiria a pegar na sua pena e a escrever-

nos palavras de afeto e estímulo! Roma, 10 de Novembro de 2014

Minhas caríssimas irmãs no Senhor Que alegria sinto ao ver o empenho de cada uma e de todas na construção da Casa de Quinto! Sei que o CPA, vivido em Fátima, foi um momento forte de reflexão sobre a vida da vossa Província. Também sei que o ambiente e a experiência desses dias foi de grande escuta, discernimento e sobretudo de oração e partilha fraterna, de quem deseja acertar com o querer de Deus.

São sempre momentos muito ricos, onde se sente o pulsar da Província e uma presença muito forte de cada uma das irmãs e comunidades, que na retaguarda rezam e oferecem a Jesus as suas dores, os seus sofrimentos. Que nenhuma se sinta de fora… Queridas irmãs, que grande responsabilidade a vossa! Colocai Cristo no centro das vossas vidas, como vos aconselha o Papa Francisco. Neste lugar de plena felicidade, com a comunidade celeste das vossas irmãs, irei interceder junto do Nosso Bom Deus, para que o Seu Espírito de luz e força ilumine cada uma nos trabalhos do próximo Capítulo Provincial. Para cada uma, um afetuoso abraço no Coração Santíssimo de Jesus, e confesso-me

vossa afeiçoadíssima no Senhor Paula Frassinetti

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AAss SSeellffiieess

Postulante Susana Santos

De 14 a 16 de Novembro, realizou-se em Fátima, um encontro de

postulantes, organizado pela CIRP, sobre o tema Conhecimento

Próprio e Vocação: Apareceu-me também a mim (1Cor 15: 8). A

formação foi confiada à Irmã Lisete Gonçalves, e estiveram

presentes 43 postulantes com os respetivos formadores.

O primeiro desafio foi o de entrar no mundo das Selfies. Embora esteja na moda e seja vulgar

para muitos jovens, foi necessário explicar que “selfies” são fotografias que cada pessoa tira a si

própria, muitas vezes com o objetivo de partilhar com outros, principalmente nas redes sociais.

Mas as selfies que nos pediam para fazer, não eram sorrisos bonitos para a fotografia: implicavam

ir mais fundo, dentro de cada um de nós, encontrando as capacidades, sonhos, ideias,

sentimentos, atitudes e reconhecendo também as resistências ao chamamento do Senhor – “os

véus” que não deixam que cada um seja realmente livre, e condicionam as atitudes. O desafio

era de aceitar a realidade e assumir a responsabilidade da própria vida, tornando esses véus mais

transparentes e dando permissão a si próprio de fazer este caminho com muito mais liberdade,

reconhecendo-se amado e enviado a amar ao jeito de Jesus: Deus, que é Amor, chama cada um

de nós no Amor e por Amor! Este desafio de autoconhecimento é para toda a vida, mas tem

nesta altura da formação um papel fundamental, e a Irmã Lisete foi apelando, durante o

encontro, a que cada jovem se motive para esse caminho interior, confrontando aquilo que vai

sentindo com o seu formador.

Para aprofundar os conteúdos abordados, houve possibilidade de

reflexão pessoal, trabalho em pares e em grupo, onde a troca de

experiências entre jovens, de diferentes culturas e Congregações foi

fundamental, principalmente para os “filhos únicos” – como eu!

Assim foi possível partilhar a própria história de vida, o que cada

um sentiu quando experimentou que o Senhor “aparecia também a

mim” e que desafio e/ou dificuldades vai vivendo nesta

caminhada. Foi também em pequenos grupos que se organizou o

serão de sábado, com o objetivo de, partindo das resistências faladas durante o dia (os véus),

construir músicas, poemas, jograis, mímicas… Foi um serão muito simpático, onde se sentiu que

o grupo tinha colocado os seus dons ao serviço, apresentando o tema com criatividade, alegria, e

espírito de grupo, e onde todos puderam de uma forma mais “leve” compreender melhor as

temáticas abordadas. Todas as apresentações foram bastante aplaudidas e sentiu-se um bom

ambiente, havendo colaboração entre grupos, que cantavam as músicas acabadas de aprender,

batiam palmas para ajudar no ritmo e colaboravam sempre que era necessário.

Ao terminar o encontro fica a sensação de ser necessário mais tempo para aprofundar estas

temáticas, mas com as ferramentas dadas existe agora a possibilidade de olhar as selfies ali

construídas, e, de uma forma séria e comprometida, tentar responder a todas as perguntas e

provocações colocadas, encarando-as como uma oportunidade de ir mais fundo, lendo a história

de vida, e ir conhecendo as próprias capacidades, vulnerabilidades e dificuldades. Só assim é

possível desafiar o coração a libertar-se, acolhendo, aceitando, integrando e transformando, com

a certeza de que é um processo contínuo, e que o nosso bom Deus nos olha com infinita

misericórdia e nos acompanha nesta caminhada!

AA ccaammiinnhhoo ddee LLiimmaa

Susana Santos

Os dias que antecederam a viagem foram vividos em pleno: foi

necessário tratar da logística das malas, e fazê-las chegar a Lisboa, já

prontas para irem para o aeroporto… Também o coração se

preparava para a viagem, e as despedidas começaram no Porto, com

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uma oração comunitária, em que esteve presente a Irmã Lúcia Soares, para que se avaliasse e

refletisse a caminhada dos últimos meses e se iniciasse aí o meu envio para o Peru. No dia

seguinte houve possibilidade de estar na missa com a comunidade da Paz, um momento muito

bonito vivido em espírito de simplicidade e família (mesmo ao jeito de Santa Paula), seguido de

um jantar na ESE, com a presença de algumas irmãs, em que se conviveu e se partilharam

momentos significativos. O Colégio da Paz também quis assinalar o meu envio na missa da

comunidade Educativa, onde o Frei Bernardo Corrêa d'Almeida fez uma oração lindíssima, com

uma bênção especial para o início desta nova comunidade, agraciando-a com o seu último livro

autografado: O Caminho para lá chegar – Maria e o Mapa da

Felicidade.

Depois das despedidas do Porto e de alguns dias vividos com a

minha família, realizou-se a Vigília, na Casa Provincial. Foi um

momento de oração em que, em conjunto, fomos vendo

diferentes chamamentos bíblicos, onde fui especialmente

abençoada por todos os presentes, e o coração transbordava de

felicidade por poder ter a graça da presença da minha família

(pais, irmão, cunhada e a

minha sobrinha com apenas

2 meses de vida), de muitas Irmãs, e também de amigos

próximos. A Casa Provincial alargou-se como se alargou o

meu coração e rapidamente se encheu. Estou muito grata

pelo muito que recebi, expressão do carinho e amizade, que

são para mim um estímulo, que me desafiam a dar MAIS. A

“mala” do coração foi para o aeroporto repleta de amizade,

carinho e ternura, embora sentisse o coração mesmo muito

apertadinho, já com saudades!

E foi assim que levantei voo para este novo desafio, de “ir onde houver esperança de maior

serviço”. Depois de muitas horas de voo, senti-me a aterrar num novo país, com tudo novo:

clima, cultura, língua! Ainda estou em adaptação e a tentar ler os sinais que Deus me vai dando,

para poder ler tudo à sua luz, confiando Nele para viver na sua segurança, tentando

compreender o que Deus me vai dizendo através dos acontecimentos, sabendo pela fé que “Ele

vai à nossa frente a mostrar-nos o caminho” como tão bem nos lembra Santa Paula. Tem sido

um desafio constante, mas muito enriquecedor, vivido em pleno numa

comunidade intercultural, e onde tudo é aprendizagem!

Nos primeiros dias tudo me falava de comunhão: a possibilidade de ter

a Irmã Lisete (que deu uma preciosa contribuição para que a

Comunidade começasse a fazer caminho conjunto); e também a

presença da irmã Cacilda de Angola, com quem recordei o tempo que

estive em Angola, e aquele povo e cultura que tanto me provocou!

Agora é continuar neste desafio da Interculturalidade!

Quero agradecer a comunhão fraterna que tenho experimentado desde

aí; sinto-me sustentada na oração de todas, e mesmo muito feliz com as

mensagens que fazem chegar!

AAbbeerrttuurraa ddoo NNoovviicciiaaddoo nnoo PPeerruu

Queridas Irmãs

É no dia 8, festa da Imaculada Conceição, a abertura do nosso Noviciado

Internacional em Lima – Peru. Segundo indicações da Irmã Josefina, a

Eucaristia, com a presença do Bispo e do Pároco será pelas 16 horas (menos

cinco horas do que em Portugal).

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Morada do Noviciado:

SAN MARTIN DE PORRES

NOVICIADO HERMANAS DESANTA DOROTEA

JIRÓN MAX UHLE, 2941 - CONDVILLA 2ª ETAPA - LIMA - 31 - PERÚ

TELEFONE FIXO: 0051 - 15685638

Estamos todas unidas a celebrar este Advento/ Nascimento para a nossa Congregação.

Um abraço, Lúcia Soares

MMeennssaaggeemm ddoo NNoovviicciiaaddoo

Queridas Irmãs

Neste dia tão feliz para todas nós, queremos agradecer a presença tão fraterna

de cada uma de vocês através de vossas orações e dos diversos gestos de

comunhão que nos chegaram através de Lisete e Susana. Obrigada! Sentimo-

nos cada vez mais família, geradas num coração cheio de ternura, de fé,

simplicidade e zelo apostólico como foi o da nossa tão querida Madre

Fundadora.

Que nossa tão querida MÃE, Maria Santíssima nos faça viver sempre com

muita alegria o nosso sim e que o nosso amor a Deus possa ser traduzido em

gestos concretos de amor aos nossos irmãos, em especial aos que se sentem

menos amados, dentro e fora de nossas comunidades.

Com carinho abraçamos cada uma na alegria de sermos irmãs,

Beijinhos a todas

Comunidade do Noviciado Internacional no Peru

AAccoonntteecceeuu mmiissssããoo……

Irmã Lisete Gonçalves

Tendo no horizonte a missão no Brasil no próximo mês de

Agosto, e fazendo parte do percurso formativo, o grupo da

Juventude Doroteia Missionária (JDM) foi desafiado a viver já

cá, de coração aberto, uma experiência de missão com os

mais pobres. Respondendo ao desafio, no entardecer do dia

19 de Dezembro, 11 jovens do grupo JDM vindos das mais

diversas zonas do país (1 de Loulé, 3 de Moura, 2 de Viseu, 1

da Lourinhã, 4 do Porto) se deslocavam rumo à Arrentela. A

eles se juntavam outros dois jovens da Juventude Doroteia de

Lisboa e as Irmãs Goreti, Ida e Lisete. À chegada tínhamos à

nossa espera a comunidade (Arminda, Ana Barrento, Anjos)

de braços abertos para nos acolher. Foi bonito ver como

tinham revolucionado a casa para que todos lá coubéssemos!

A alvorada do dia 20 depressa chegou e com ela o desfio de um dia intenso

de serviço. Depois de um momento de oração lá fomos, orientados pela

nossa Irmã Arminda, rumo ao Centro Paroquial onde a missão consistia em

descascar cenouras, separar roupas, fazer sandes, separar o pão, preparar os

sacos que mais tarde iriam ser dados às pessoas

sem abrigo e mais carenciadas daquela zona. Era

a primeira etapa da missão, aquela feita de

generosidade silenciosa e que ninguém vê, mas

que faz toda a diferença.

Em seguida passámos pela feira onde com um “frio de rachar” pudemos tocar

mais de perto a missão de ser ponte. Ali pudemos ver a Irmã Anjos

juntamente com um grupo de voluntários que generosamente dão do seu

tempo para vender na feira objetos que lhes foram dados, e assim conseguirem os fundos necessários para

ajudar as pessoas. É missão de ser ponte entre quem tem e pode dar e quem não tem e precisa.

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Depois de um almoço que retemperou as forças, lá fomos, rumo ao Lar de Idosos, viver a missão de ir ao

encontro de quem vai mais à frente na experiência da vida… aí aconteceu missão de encontro, seja pela

animação com cantos partilhados, seja pela escuta das histórias de vida, seja pela simplicidade dos

pequenos gestos de dar a mão ou de trocar um olhar e um sorriso com quem já não tem força para mais.

E, chegado o fim da tarde, era hora de partir para mais uma missão, desta vez a experiência da ronda que

diariamente é levada a cabo por aquela comunidade da Arrentela. E assim, pegando em tudo quanto

tinha sido preparado de manhã, lá fomos pela ruas da

cidade distribuir uma sopa quente, leite e sandes a quem

não tem outro alimento senão este. Era essa a hora da

missão de tocar mais de perto a pobreza das pobrezas,

de partilhar o pouco que se tem com quem não tem

nada e encontrar aí o rosto de Cristo que quer ser Natal

em cada um.

De regresso a casa, já de madrugada, toca o telefone e lá

vamos receber alimentos de quem, terminada uma festa, tem de sobra e

o quer partilhar com quem não tem. E também aí pudemos ver como

Deus se faz presença generosa.

Retemperados pelo merecido descanso (ainda que breve), começámos

o novo dia com mais um momento de oração a provocar-nos ao

confronto da nossa vida com a de Maria, a confrontar os nossos medos

com o medo dela e as nossas questões com as questões dela, para

também nós arriscarmos como ela um sim generoso ao querer de Deus.

E com esse espírito de oração lá fomos juntar-nos ao grupo de Jovens

da paróquia e animar a celebração da Eucaristia.

Foi um fim de semana em cheio em que, no concreto da missão de serviço aos mais pobres, pudemos

tocar também a riqueza da generosidade e entrega dos nossos jovens que foram efetivamente de coração

aberto e souberam dar de si mesmos a todos quantos foram encontrando, fazendo acontecer missão.

Uma missão que vai já acontecendo no concreto do quotidiano, graças às nossas Irmãs da comunidade da

Arrentela cujo testemunho de vida fraterno a todos tocou e fez acontecer Missão!

EEccooss ddaa ffaammíílliiaa ddaa mmaarrggeemm SSuull

Irmã Arminda Oliveira

Nesta margem, todos os anos, realiza-se a grande festa em honra de Nossa

Senhora da Soledade, fazendo memória do terramoto de 1755, um dos

momentos de grande angústia que este povo viveu. Recorreram a Nossa Senhora

para que Ela salvasse aquela gente que lutava pela sua sobrevivência. Em gesto de

compromisso e gratidão todos os anos há a solene procissão à volta da

“santinha” do milagre das águas.

Ainda no âmbito das festividades tivemos um belíssimo concerto dinamizado por

Teresa Salgueiro, uma verdadeira artista, a dar beleza à nossa vida a partir da sua voz.

Uma outra experiência muito interessante foi com o Padre Nuno Tovar Lemos,

s.j., que aceitou o convite para nos vir celebrar uma missa e a ir explicando

progressivamente. O alvo foram os jovens, os escuteiros-chefes com os mais

velhos do agrupamento e os catequistas. Foi uma experiência muito rica e que

agradou a todos.

Outra notícia: “O pão por Deus”

No jardim de infância de um colégio aqui da zona, o “Bom João”, tiveram esta iniciativa: cada criança

trazia de casa um pão que entregava à educadora para ser partilhado pelos mais pobres. A directora

contactou-me para o entregar à associação “Dá-me a tua mão”, que a

comunidade mais apoia. Na volta nocturna dos sem-abrigo vieram as

educadoras connosco para serem elas a entregá-lo. Foi muito interessante.

Agora, uma vez por semana fazem a sopa para ser distribuída na volta da noite.

E, já agora, queremos desejar as Boas Festas, um Santo Natal e Bom Ano Novo.

Que o Deus Menino nasça no coração de toda a gente desta margem, mas que

também nasça no coração de todos aqueles que andam noutras margens.

São os votos das irmãs da comunidade da margem Sul.

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7A-Refood

DESPEDIDA DE MONTES VELHOS…

Irmã Margarida Ribeirinha

No dia 14 de Dezembro, em Montes Velhos, fez-se uma homenagem à Comunidade das Irmãs Doroteias.

Após 40 anos de presença junto deste povo e nesta Igreja, fechou-se

a Comunidade das Irmãs.

O dia começou com uma Eucaristia celebrada por D. António

Vitalino, bispo de Beja, concelebrada por D. José João Marcos,

bispo coadjutor, e Padre Paulo Carmo, pároco. Celebrou-se no salão

das festas, pois na Igreja não havia espaço para tanta gente… e o

salão ficou mesmo cheio… Foi um lindo momento de comunhão…

Estiveram presentes, para além das autoridades eclesiais, também as

autoridades políticas e muitas associações.

Depois da Eucaristia, todos foram convidados a ir para o Salão da

Junta de Freguesia onde aconteceu uma homenagem promovida

pela Junta de Freguesia em que discursaram várias personalidades das Instituições políticas. Muitos deles

tinham sido meninos do Jardim de Infância, ou jovens dos grupos que as nossas Irmãs acompanhavam

naquela missão.

Desde os representantes da Igreja ao povo simples, todos salientaram a

tónica da simplicidade e da proximidade.

Seguiu-se o almoço, partilhado por todos, continuando a festa pela tarde

dentro com uma enorme manifestação de carinho em que todas as

Associações se fizeram presentes…

A gratidão cantou alentejano, a nossa missão de Doroteias "canta"

alentejano...

Partimos, mas sabemos que ficamos no coração deste povo, como

mulheres que vivem a simplicidade e geram comunhão. Um “orgulho” para

nós…

No momento de despedida das Irmãs, agradecemos ao Senhor toda a vida

que aqui fica. Uma despedida com lágrimas, sim. Mas uma despedida que

falou da presença/comunhão que as Irmãs tiveram naquelas terras.

O povo disse: "Muito obrigado Irmãs Doroteias, trabalharam na

simplicidade, junto de um povo simples!"

As Doroteias falaram, pela voz da Irmã Lúcia, dizendo que se sentiam

"honradas, comovidas e agradecidas".

CCoollééggiioo ddee SSaannttaa DDoorrootteeiiaa -- LLiissbbooaa

Irmã Maria Francisca Dias

O nosso Colégio de Santa Doroteia, no ano letivo passado, lançou a Escola de

Serviço – Projeto de voluntariado, que no espírito de família, de simplicidade e de

serviço que o caracteriza, desenvolve vários projetos de solidariedade que

pretendem contribuir para uma transformação pessoal, comunitária e social.

Este projeto procura que toda a Comunidade Educativa, em especial os alunos,

possam, de uma forma mais estruturada, na sua liberdade e responsabilidade,

descobrir-se como dom, comprometendo-se ao serviço de uma comunidade com

realidades sociais diversas.

Como se desenvolve? Através de:

- Etapas da Escola de Serviço, num currículo em espiral, desenvolvido em momentos

de formação ao longo do ano e concretizado, como turma, através dos Projetos de

Turma.

Este ano as turmas que já conseguiram escolher a instituição

parceira tiveram um primeiro gesto natalício na sequência do

desafio da caminhada de Advento do Colégio. As

instituições/realidades que apoiamos neste momento são a

Comunidade Vida e Paz, Espaço Paula Frassinetti, Porta do Mais, APCL, Comunidade Vida e Paz- Sandes

Irmã Ludovina Dias Ribeiro

Irmã Maria América Nuñes Frazão

Irmã Maria Emília Gomes da Silva

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Refood, Famílias carenciadas das paróquias, mas ainda muitos estão a nascer.

Para além dos projetos de turma, os alunos do 11º e 12º

anos, pais e ex-alunos são desafiados a assumirem um

compromisso semanal de serviço a uma realidade. Neste

ano, já estão ao serviço cerca de 40 voluntário que dão 2h do seu tempo.

- Em Família: Consiste em apoiar famílias carenciadas, através da recolha de géneros (alimentares e de

higiene) e de fundos.

Em quatro modalidades:

- Campanhas de recolha de bens, que decorreu na última semana de aulas. O que se conseguiu irá ser

distribuído por várias famílias.

- Benfeitores: Contribuição de 1 Euro/mês ao longo do ano.

- Bolo Solidário: Oferta de um bolo para colocar à venda no Bar do Pessoal, semanalmente (Segundas).

- Transformar sonhos: como resposta ao tema do ano: “Trans_forma-te”, nasceu

esta modalidade onde desejamos concretizar sonhos. Este ano a Comunidade Vida

e Paz já viu um sonho concretizado: 750 gilettes e 260 cremes de barbear para

incluírem na prenda de Natal das pessoas sem-

abrigo.

Como consequência do testemunho do Jorge Pina

aos alunos do colégio, na manhã de Natal, está a

nascer um outro sonho: angariar material escolar

para ele levar para a Guiné quando for com a

chama da paz.

No âmbito da Escola de Serviço, o

Colégio tem apoiado várias realidades com os donativos dos ofertórios

das Celebrações Eucarísticas e fundos do Em Família. Dessas ajudas

destacamos: o Espaço Paula Frassinetti para quem foi o ofertório do “Hoje é domingo” deste 1º período,

que irá adquirir um projetor e um quadro branco para desenvolver as atividades da Alfabetização de

adultos; Irmãs do Cotolengo para quem foi o ofertório das Eucaristias de Natal; o Banco Alimentar da

paróquia de S. Bartolomeu da Charneca que recebeu um donativo e que respondeu ao Colégio com a

seguinte carta de agradecimento:

“O Banco Alimentar da paróquia de S. Bartolomeu da Charneca agradece a todos/as os que contribuíram

para que pudéssemos ter um frigorífico e um escadote no nosso Banco Alimentar, que em muito vieram

colaborar para que os alimentos que nos são doados não se estraguem, e a nós veio facilitar-nos o

desempenho das nossas funções. Bem hajam! A Equipa do Banco Alimentar”

Como diria Santa Paula, “educar bem é transformar o mundo”, e esse é o grande desejo da equipa da

Escola de Serviço.

Festa de Natal na ESEPF

Irmã Lisete Gonçalves

Era a aurora do dia 19 de Dezembro, e na ESEPF respirava-se um ar natalício! Para alguns, tudo decorreu

como habitualmente, entre aulas, trabalhos e testes até às 11h30. Para outros a manhã foi animada com

ensaios de última hora para a festa de Natal. Mas para todos, uma pausa inusitada quebra o ritmo e abre

espaço para a celebração da Eucaristia pelas 12h00, presidida pelo P. Carlos Carneiro, sj, que nos

provocava a viver com mais profundidade o Mistério que estávamos a celebrar. E entre as muitas

provocações que nos lançou, destaca-se que “o Natal não é

quando um homem quer, mas sim quando Deus quer, já que é

iniciativa divina”; “o Natal é para todos, crentes e não crentes,

pois Deus quis ser humano com

todos e para todos”; “o Natal

acontece quando, no quotidiano

da minha vida, dou espaço para

Deus tal como fez Maria”.

Alimentados pela Palavra e provocados por esta celebração, chegou a

hora de partilhar o almoço em alegre confraternização. E assim, entre dois

dedos de conversa e o petiscar de qualquer coisa típica desta quadra

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natalícia, lá vamos novamente para o anfiteatro para um momento de animação cultural preparado pelo

grupo da pastoral com os alunos. Aí fomos presenteados com um "Julgamento do Natal". Advogado de

defesa e de acusação bem se esforçaram por ouvir as mais variadas testemunhas (comércio; padre; ceia

natalícia; Pedro, sem abrigo; pai Natal…) e por as induzir em seu favor. O certo é que a sentença final

não se fez esperar, e para gáudio de todos decretou que: «O Natal é uma festa da família, da família

chegada, e que se expande à família alargada, avós, primos e tios, prolongando-se aos amigos, colegas de

trabalho e toda a comunidade em que estamos integrados. Mas o Natal surgiu da vinda de Jesus, nascido

em Belém, que se oferece com amor a todos, sem distinção de raça, cor ou posição social. Desde os

mendigos, aos sem-abrigo, às pessoas de coração duro, aos

simples e bondosos, como a qualquer rei ou autoridade de

qualquer parte do mundo. Todos podem ter a mesma alegria e a

mesma salvação oferecida pelo Natal de Jesus. Este é o Natal que

todo o verdadeiro cristão também prefere. Um Natal que,

mesmo simples e humilde, apresenta o Rei, o Salvador de toda a

Humanidade. O mundo materialista pretende transformar o

Natal num grande circo de luzes, comércio, comidas e diversões,

que termina no dia 25 de dezembro. Mas o verdadeiro Natal é

simplicidade, amor, humildade, partilha e solidariedade… Começa no dia 25 de dezembro e prolonga-se

por todos os dias da nossa vida.»

Ouvida a sentença, entre a alegria e os aplausos, entrou em cena a Tuna Mista da ESEPF que nos

presenteou com as suas melodias e entusiasmo juvenil, revelando que o Natal é Festa, alegria e

dinamismo que gera vida nova em cada momento.

CCaammiinnhhaaddaa ddee AAddvveennttoo eemm PPiinnhheell

Irmã Gracinda

Um lar para todos:

Integradas, como comunidade-família, na caminhada paroquial, fizemos a nossa vivência de Advento. O

nosso Pároco, Padre Jorge Castela, apresentou a seguinte dinâmica:

Objectivos:

- Reunir fotos para fazer o presépio, com a casa de cada um, como se fosse Belém

- Valorizar a Família como um lar onde habite Deus

- Valorizar a Família cristã

- Centrar o Natal no essencial

- Preparar o Natal do Senhor

- Fomentar o espírito de Comunidade Cristã

- Dinamizar a Comunidade Cristã

Esquema semanal - Proposta a cada família

1ª semana

- Identificar na família uma situação de dificuldade - por ex. falta de tempo para dialogar.

- Identificar fora da família uma situação de dificuldade - por ex. uma família/pessoa que passa

dificuldades, que está só ou doente…

2ª semana

- Na família, desligar a televisão e dialogar sobre o dia vivido, ficando a saber das alegrias e dificuldades

que cada um sentiu.

- Fazer uma visita à família, ou pessoa, ou situação escolhida, para partilhar a alegria do evangelho, em

gestos de proximidade.

3ª semana

- Esta semana repetir com mais frequência três palavras-chave do vocabulário familiar: obrigado, desculpa,

por favor.

- Valorizar no seio da comunidade as três palavras-chave: obrigado, desculpa, por favor.

4ª semana

- Antecipar-se a fazer uma tarefa útil aos outros.

- Ajudar a família/pessoa que estamos a acompanhar numa tarefa concreta: ir passear com ela, ler para

ela, ir à farmácia…

Dia de Natal

Padre Jorge Castela

Pároco de Pinhel

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- Na família, fazer da Ceia de Natal e do dia de Natal um grande momento familiar, pela alegria, pela

entreajuda, cada um fazendo-se um presente para os outros.

- Visitar uma família/pessoa e levar-lhe um presente. Nalgum caso, poderá ser possível convidar para a

ceia ou para o almoço de natal

Sagrada Família

- Participar juntos na Eucaristia

- Convidar a família ou pessoa para participar connosco na Eucaristia.

E é assim que, em Pinhel, como comunidade, neste advento, procurámos fazer caminhada, como família

paroquial, vivenciando os valores propostos, nesta dinâmica de abertura a Deus e aos outros,

preparando-nos para que o nascimento de Jesus seja, de verdade, no nosso coração.

A vinda das nossas Irmãs Alice Simões e Anabela Pereira

Chegaram no dia 5 de Dezembro a fim de estarem com a gente de Pinhel. Fizeram o primeiro encontro

da parte tarde com os mais crescidos da catequese: 8º, 9º, 10º anos. À noite reuniram-se com os Jovens.

Estes encontros foram bastante concorridos e de muito interesse, embora alguns jovens precisem de ser

estimulados a uma atitude mais responsável de atenção e concentração.

No Sábado, foi o dia de retiro para os adultos, no qual nós, irmãs da comunidade, também participámos.

O almoço foi num restaurante da cidade, onde alguns se reuniram em alegre convívio. As nossas duas

irmãs foram convidadas, assim como as da comunidade.

À noite, houve um momento de oração ao jeito de Taizé. A participação foi muito reduzida. O frio, a

idade, a apanha da azeitona, um teatro a decorrer na cidade… Tudo isto serviu para abrandar a

participação. No que nos é dado perceber as pessoas gostam da vinda das irmãs para estes momentos em

que se podem encontrar mais com Deus, consigo próprios e uns com os outros.

EM NÓS, HÁ NATAL!

Quando dermos nossa mão

E, sem olharmos a quem,

Acolhermos como irmão

Quem de nós necessitar;

Quando soubermos partilhar

Com o mais carenciado

E nada exigir de volta

Porque o gesto é gratuidade;

Quando, pela autenticidade,

O considerarmos como igual

Sem o descriminar;

Então, em nós, há Natal!

Irmã Gracinda

Pinhel - Natal - 2014

EExxtteerrnnaattoo ddoo PPaarrqquuee –– LLiissbbooaa

ÁÁrrvvoorree ddaa RReellaaççããoo

A pouco e pouco se levantou do chão. Os seus ramos

foram-se alterando num abraço imenso, acolhendo a

todos no ano “Ser Relação em Espírito de Família”.

Lugar de encontro, acolhimento, alegria, aprendi-

zagem. Aqui cantamos, rezamos, agradecemos...

Aqui deixamos marcado em cada coração, mãos,

folhas, flores, estrelas... momentos significativos das

nossas vivências.

Juntos continuamos inventando e reinventando

caminhos para que as estrelas continuem a brilhar, e

junto ao Menino do Presépio encontrem o Amor e o

vivam pela Vida Fora.

Um Santo Natal para todos!

Comunidade Educativa do Parque

Quando nos olharmos

como Irmãs

Então,

em nós há NATAL!

Que todos nos saibamos olhar como irmãos,

não só no Natal, mas em cada dia, sempre!

É o desejo das irmãs da Comunidade de

Pinhel.

Helena Ferreira

Gracinda Martins

Alice Assunção

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CCoollééggiioo ddaa IImmaaccuullaaddaa CCoonncceeiiççããoo --VViisseeuu

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Viseu, 05 dez 2014 (Ecclesia) – O Colégio da Imaculada Conceição, em

Viseu, está a celebrar o seu 90º aniversário tendo como lema do ano

«Transformar pela Intervenção: renova-te, reage e intervém»

A comemoração deste aniversário ocorre a 14 deste mês e vai ter a

presença de D. Ilídio Leandro, bispo de Viseu, com uma celebração na

Capela do Colégio.

Nesse mesmo dia vai ser exibida a peça de Natal «Uma Vez no Natal»

e, em parceria com o Centro Hospitalar de Tondela-Viseu, “uma

recolha de sangue: «90 anos – 90 dádivas de sangue!»”, realça um

comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

A instituição pertence à Congregação das Irmãs de Santa Doroteia, fundada em 1834, por Paula Frassinetti

que preconizava que “educar bem é transformar o mundo, conduzi-lo à verdadeira vida”. LFS

CCooiimmbbrraa –– LLaarr UUnniivveerrssiittáárriioo

NATAL 2014!

O Menino nasceu para nós, assente nos pilares da pobreza, da vida

comunitária, da vida fraterna e da oração. Envia-nos ao entrançado da

vida, onde as várias cores se misturam, mas, para nós, todas vêm d’Ele e a

Ele nos conduzem. Elas fazem a nossa vida apostólica, representam a

diversidade da juventude que habita a nossa casa e as diferentes

solicitações que nos puxam a um maior serviço.

A todas, neste Natal, desejamos que, pelos sólidos Pilares em que assenta a

nossa vida, sejamos transparência da proximidade e ternura do nosso Deus

que, por tanto bem nos querer, se despojou de todo o seu querer.

Um abraço de Natal de cada uma de nós: Graciosa, Joaquina e Goreti

AAççoorreess

No dia 16 de dezembro, o Cais do

Remar dedicou o seu dia às

participantes da Oficina das Artes,

Hort&Cultura, e Sabor&Saber, com um

almoço de Natal. Estes participantes

reuniram-se no Cais do Remar para

confecionarem a refeição e

seguidamente a saborearem num

ambiente de amizade e alegria.

Testemunho de alguns participantes:

“Eu gostei muito, as irmãs foram muito

atenciosas connosco, até tivemos

direito a um presente.”

(Cláudio Amaral, 32 anos)

“O Almoço de Natal no Remar foi

muito bom e alegre, com muita

amizade entre as pessoas que lá

estavam.” (Lúcia Aguiar, 44 anos)

“O convívio foi bom, a comida estava

muito boa e as irmãs alegravam as

crianças com as suas histórias.”

(Beatriz Moniz, 17 anos)

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FFiigguueeiirraa ddaa FFoozz

A Equipa do Protocolo de RSI da CNSR vem informar que a exposição sobre a pobreza vai estar patente,

esta semana, na Escola Secundária de Cristina Torres; de 1 a 5 de dezembro na Escola Dr. Bernardino

Machado; na primeira semana de janeiro no café Galeria (Buarcos); na segunda no Restaurante Dominó

(Buarcos); de 23 a 30 de janeiro na Casa Havanesa; de 2 a 8 de fevereiro no restaurante Praça 18; e a

partir do dia 9 de fevereiro estará na Biblioteca Municipal da Figueira da Foz. As datas referidas podem

sofrer alterações e esta exposição pode ser alargada a outros locais. Abraço. Tânia e Lili

A ONU proclamou para 2015 os seguintes Anos Internacionais:

AAccoonntteecceeuu...... AAccoonntteeccee...... AAccoonntteecceerráá......

Vindas e idas de Irmãs angolanas:

- 28 Novembro - Chegou de Angola a Irmã

Cacilda (Mestra de Noviças), que foi ao Peru

para a reunião de Formadoras.

- 1 Dezembro - Chegou de Moçambique a

Irmã angolana Helena Cardoso, para revisão

médica.

- 10 Dezembro - Regressaram a Angola as

Irmãs Céu Machado (vinda de Espanha),

Vitória Gueve e Filomena Columba (vinda de

Coimbra)

- 17 Dezembro - A Irmã Cacilda (vinda do

Peru) regressou a Angola.

- 20 Dezembro - a Irmã Helena Cardoso,

angolana que tem estado em Moçambique,

regressou a Angola.

Nasceu neste Natal o novo site da Província

Portuguesa com o seguinte endereço:

http://www.irmasdoroteias.pt/novo/ A Irmã Maria Emília Nabuco parte no dia 5 de

Janeiro para Malta, na sua missão de

Animadora de Área, para trabalhar com

professores das três instituições educativas que

lá temos. Vai tentar que façam uma

experiência idêntica à que se fez em Roma em

Maio passado. É importante que conheçam o

nosso carisma e a nossa forma de educar a

partir de Santa Paula.

Familiares de Irmãs falecidos:

Cunhada da Irmã Tello de Morais (Comunidade Escolar, Calvanas) - 7 de Nov.;

Avô da Irmã Idalécia (Lisboa, Alto do Lumiar) - 8 Nov.;

Tia da Irmã Maria Manuel (Lisboa, Casa Paula) - 12 Nov.;

Cunhada da Irmã Maria Emília Melo (V. Conde) - 21 Nov.;

Irmão da Irmã Alice Assunção (Pinhel) - 24 Nov.;

Sobrinho da Irmã Costa Marques (V. Conde) - 29 Nov.;

Irmã da Irmã Bourbon (Vila do Conde) - 3 Dez.;

Cunhada da Irmã Alvim (Lisboa - Casa Paula) - 6 Dez;

Irmã da Irmã Maria da Graça Guarda (Coimbra) - 8 Dez.

Mãe da Irmã Maria Amélia Silva Figueiredo (Évora) - 30 de Dezembro;

Tia da Irmã Fernanda Santos (Residência Calvanas) - 2 de Janeiro de 2015.

Faleceu também a irmã (irmã/mãe...) da Ilda, que trabalha na Casa Provincial e muitas Irmãs conhecem.

IIrrmmãã EElliissaa VViieeiirraa PPeerreeiirraa

Faleceu no Linhó a 06 de Dezembro, com 82 anos de idade e 54 de Vida Religiosa.

Depois de ter estado nas Calvanas, no Parque, no Sardão, em Abrantes, na Covilhã, foi

para o Linhó em 1974, onde permaneceu até ao seu falecimento.

2015 Ano Internacional

da Luz

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Quem a conheceu pode bem imaginar o que teria sido o seu abraço ao Senhor, a Quem entregou a sua

vida cheia de 'surpresas'. Uma vida vivida no mistério... no silêncio... com fases de enorme expansividade.

«Eu vou para o Céu?» - era a pergunta que tantas vezes fazia, revelando o grande desejo de Deus que

trazia no seu coração.

Apesar da sua longa doença, não se esperava que o Senhor a viesse buscar tão repentinamente, enquanto

lanchava...

Acompanhemos a Comunidade do Linhó que a rodeou sempre de tanto carinho!

IIrrmmãã MMaarriiaa ddaa LLuuzz NNeevveess ddaa SSiillvvaa

Faleceu em Coimbra (Residência das Irmãs) no dia 27 de Dezembro de 2014, com 90

anos de idade e 59 de Vida Religiosa.

Ótima educadora, tinha um excelente relacionamento com as alunas. Era de uma bondade e generosidade

extremas. Simpática e acolhedora com todos.

Fazia muito bom ambiente nas Comunidades, gostava de participar e estava sempre pronta a ajudar no

que fosse preciso. Tinha o dom de descobrir as necessidades das pessoas olhando-as nos olhos.

Tinha muito amor à Família que também lhe manifestava sempre um grande carinho. Esteve algum tempo

em casa a acompanhar os Pais idosos sem deixar de estar ligada aos acontecimentos da Congregação que

seguia sempre com interesse e acompanhava com a oração.

Foi professora de lavores e Coordenadora de várias Comunidades. Foi quando era Coordenadora na

Figueira da Foz (1984-1991) que se construiu a casa nova - deu-lhe muito trabalho e preocupação, mas

teve a alegria de a ver concluída. De 1993 a 2007 foi Coordenadora do Instituto Vanzeller (Vilar) de

onde foi para a Residência das Irmãs em Coimbra.

Nos últimos 4 anos da sua vida, já muito doente, dizia que o que lhe custava mais era não poder dar. Era

de uma imensa gratidão para com as pessoas que a tratavam. Teve uma morte muito serena, e consciência

de que ia morrer.

DDoo BBoolleettiimm IIll FFrraassssiinnoo,, ddee IIttáálliiaa::

Começa com uma explicação do logótipo do

ANO DA VIDA CONSAGRADA

Segue-se o testemunho vocacional de Irmãs que estiveram em Roma a fazer a Terceira Provação:

Denise, brasileira

Apesar de outras Congregações estarem presentes na Paróquia, eram sempre as

Doroteias que mais chamavam a minha atenção, pela simplicidade, a

disponibilidade, e o modo personalizado de acolher os jovens com todas as

ansiedades que experimentavam naqueles anos. O contacto com as Irmãs

alimentava cada vez mais em mim o desejo de entregar a vida toda pelo Reino

de Deus e de conhecer mais de perto a vida de Jesus numa Família Religiosa. E

foi num contexto de amizade e de acolhimento que uma Irmã Doroteia me

convidou a iniciar esta bela experiência, com Paula, no seguimento de Jesus.

Flora, Albanesa

Encontrava-me em Vau-Dejes depois de ter frequentado um curso de fisioterapia

na minha cidade natal.

Procurando uma sala para fazer fisioterapia, encontrei a Irmã Marisa, e ela,

disponível para me ajudar, pôs à minha disposição uma sala no prefabricado em

que dava catequese. E não só… acompanhava-me às casas em que viviam as

pessoas que precisavam da minha ajuda.

Tocava-me o seu modo de agir, a sua disponibilidade e muitas outras coisas que

me ajudaram a encontrar a forma de abrir o coração e de dizer o desejo que tinha

há muito tempo. Compreendia e sentia que ela queria a minha felicidade…

E assim, pouco a pouco, a Irmã Marisa levava-me a um conhecimento mais

profundo de Jesus e do seu modo de viver…

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Nas nossas caminhadas, pela tarde em que ia trabalhar depois das aulas, falava-me de Santa Paula e da sua

vida, e eu encontrei nela o auxílio que procurava… e assim, um ano depois decidi entrar nas Irmãs

Doroteias que estavam em Vau-Dejes.

Marta - albanesa

Conhecendo as Irmãs Doroteias que há vários anos estavam na minha terra, a

presença misteriosa de Deus fazia-se sentir com mais força dentro de mim.

Comecei a frequentar o curso de corte e costura que as Irmãs tinham aberto

para as jovens e também para as senhoras; foi ali que experimentei com muita

força a presença de Jesus e de Santa Paula porque, além de se aprender o

ofício, as Irmãs falavam muito deles. A coisa mais bela que experimentava

naqueles momentos era a alegria e a serenidade logo que entrava na casa

delas, e depois convidaram-me a rezar as Laudes com elas, e foi a experiência mais bonita! Ainda hoje a

sinto fortemente quando me lembro. E assim, pouco a pouco, crescia em mim o desejo de entrar nas

Irmãs e de fazer uma experiência para ver o que Deus queria de mim e o que estava eu a procurar apara a

realização da minha vida. Não posso esquecer o seu acolhimento, a alegria, os seus sorrisos quando deixei

a minha família e o mundo…

Nelva - peruana

As Doroteias espanholas, cheias de energia, chegaram ao Peru em 1963. Poucos dias

depois da sua chegada a Lima, mudaram-se para Chuquibamba, perto de Cutervo, a

terra da minha gente. Foi ali que as Irmãs viveram o seu chamamento e deram início à

sua missão. Posso dizer que foi precisamente ali que nasceram novos relacionamentos

e cresceram os primeiros amores.

O amor das Doroteias conquistou a minha família, de modo particular um prima

minha chamada Grines, a quem hoje estou reconhecida. Através dela e da partilha da

vida e da fé em comunidade hoje sinto-me parte da Família Doroteia da Frassinetti.

Rosalie – Filipina

O meu primeiro desejo era a vida matrimonial, mas houve em mim uma mudança

durante a Jornada Mundial da Juventude, celebrada em janeiro de 1995 nas

Filipinas.

O santo Papa João Paulo II tinha convidado a juventude e o povo filipino a serem

missionários por toda a parte no mundo.

Naquele período comecei a procurar a minha vocação e a pensar na vida religiosa.

.. Fui trabalhar para Taiwan ... onde conheci as nossas Irmãs, quando servia na

Igreja do Sagrado Coração Chungli, cada domingo, como ministra leiga, para

agradecer a Deus as bênçãos que me tinha concedido.

A missão das nossas Irmãs, em Taiwan, motivou-me a entrar. O espírito de família,

o amor, o respeito, a educação para os direitos dos trabalhadores migrantes e a

simplicidade com que as Irmãs iam ao encontro das nossas necessidades, como

partilhar a refeição com elas, dar-nos o casaco delas para o inverno, visitar os doentes e os presos: tudo

isto tocou o meu coração e tornou muito forte o meu desejo de escolher entrar na Congregação.

Suellen – brasileira

Quando eu tinha treze anos, ainda no desabrochar da minha adolescência,

encontrei pela primeira vez algumas Doroteias da Frassinetti, que tinham vindo

fazer um trabalho de missão na minha paróquia.

Depois de as ter conhecido, algo começava a mexer no meu coração, sentia alguma

inquietação e interrogava-me. O trabalho realizado pelas Irmãs tocava-me

profundamente e chamava a minha atenção: o acolhimento, o amor de umas pelas

outras, apesar das diferenças de cada uma, o ardor apostólico, a profunda paixão

por Jesus e pela sua causa, o testemunho de Santa Paula, a alegria, enfim!

Eu sentia-me acolhida tal como era, no modo como me apresentava. Isto fazia a

diferença!

As Irmãs amavam os jovens, acreditavam neles. Sentia-me amada e acolhida, e

desejava, por minha vez, amar e acolher. Não faziam grandes coisas. Quando tinham um pouco de

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tempo dedicavam-no a nós.

A Comunidade era como o coração de Paula, aberto ao encontro com Jesus. Tudo isto me encantava,

mas não sabia dar um nome ao movimento interior que experimentava. Só sabia que Jesus me estava a

amar, me atraía a Si e me propunha um novo caminho. Era mais forte do que eu.

Eu era jovem, imatura… “Acreditarão em mim?”. Era esta a minha preocupação.

(…) ganhei coragem para dizer só às Irmãs que desejava ser como elas. Este era o desejo que me movia:

ser igual às Irmãs! Ser como elas. Isto era ótimo, sei que as Irmãs ficaram contentíssimas e a Paulinha

também.

(...) E assim me coloquei nas mãos de Deus para ser, como as Irmãs Doroteias, um dom de Deus para o

mundo. Compreendi que a minha vida só encontraria a sua plenitude pondo-se ao serviço dos outros em

Comunidade.

Estou infinitamente grata a Deus pela missão que as nossas Irmãs Doroteias realizam e continuarão a

realizar pela formação dos jovens. Um trabalho que me encanta pela gratidão, pela sensibilidade, e, mais

simplesmente, até por ser apenas uma presença.

Judith – congolesa

O meu pai é protestante, a minha mãe católica. Recebi o

Batismo e fiz a Primeira Comunhão aos 17 anos, o

sacramento da Confirmação aos 18. Dois annos depois

descobri que o Senhor me chamava. As Irmãs presentes na

minha Paróquia todos os dia chamavam a minha atenção…

Um dia fui ter com elas para lhes confiar o que sentia no

coração e ser confirmada na minha vocação. Vivi dois anos

na casa que acolhia as Aspirantes à Vida religiosa.

Deus é maravilhoso! Depois da guerra de Brazzaville

encontrei-me em Pointe-Noir onde conheci Michèle e

Virginie que estavam de partida para a Itália para irem ao

encontro das Irmãs Doroteias. Era em 1999.

A partir daquele momento começou a minha

correspondência com as Irmãs que eu conhecia apenas de nome.

Em 2001 vieram a Pointe-Noir a Irmã Maria Zito e a Irmã Ada Tavilla, que nos falaram um bocadinho de

Santa Paula e do seu Carisma: “Evangelizar através da educação”, preferindo os jovens e os mais pobres.

Conversar com elas foi de tal modo interessante que escolhi ser Doroteia na minha vida.

Dois anos depois da passagem daquelas duas Irmãs, fui ter aos Camarões, a nova fundação das Irmãs

Doroteias em África.

Nasceu um Boletim Informativo para fazer a ligação entre os vários Centros

Educativos das Doroteias.

Dando continuidade ao encontro internacional realizado em Roma, vão-se

fazendo outros encontros de educadores leigos dos vários Centros. No mês

de setembro 2014, foi em Árcore.

Em Dezembro foi a vez de se encontrarem em Montecchio Emília os

docentes de Montecchio e de Nápoles, que falam assim da intervenção da

Irmã Silvia: um diálogo de coração aberto, um contínuo fluxo de comunicação das próprias experiências e

sensações… e descobrir o desejo comum de realizar o trabalho a que somos chamadas na Escola

procurando percorrer o mais fielmente possível, nos limites da fraqueza humana, o caminho que nos foi

ensinado por Santa Paula:

AGIR COM SIMPLICIDADE, FIRMEZA E SERENIDADE,

COLOCANDO O OUTRO NO CENTRO DA NOSSA ATENÇÃO.

Na Albânia fizeram de um “Encontro de Jovens das nossas paróquias” baseado no tema: COM PAULA

PARA TRANSFORMAR O MUNDO!

Estão a reparar o teto da Capela da Casa de Santo Onofrio e a substituir as janelas, por causa da

humidade que se fazia sentir.

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EM SAN CALOGERO, no dia 8 de Dezembro foi colocada a

primeira pedra de uma Capela dedicada a Santa Paula, na

localidade de Torretta, com a presença do Bispo local Luigi

Renzo. Em seguida, houve Missa na Igreja paroquial e depois

foi apresentado o livro “Mi voglio alzare” publicado no ano

passado ‘com a intenção de dar a conhecer a todos a grande fé

de Maria Maccarone, mulher humilde e mãe corajosa’ que

acompanhou as cerimónias.

“COMO UM GIRASSOL” – o musical de Michele Paulicelli sobre Paula, levado ao palco em 2009

durante as celebrações jubilares, foi de novo encenado, agora pela “Companhia da Alegria”, e

representado e em várias paróquias, entre Setembro de 2012 e 2014.

Os 70 anos da Irmã Jaci foram celebrados a 27 de Setembro, durante o CPA da Província Italiana,

realizado em S. Onofrio.

As Irmãs Mestras de Santa Doroteia (Doroteias de Veneza) tiveram o seu XXIX Capítulo Geral de 26

de Junho a 20 de Julho de 2014 em que elegeram como Superiora Geral a

Irmã Luisa Bergomi.

O Bispo D. Giovanni Antonio Farina, fundador das Irmãs Mestras de Santa

Doroteia Filhas dos Sagrados Corações (Doroteias de Vicenza), foi canonizado

pelo Papa Francisco a 23 de novembro na Praça de S. Pedro, Roma.

Uma Irmã desta Congregação, Irmã Albarosa Ines Bassani, foi nomeada em

2012 para consultora da Congregação da Causa dos Santos, juntamente com a

Irmã Grazia Loparco, salesiana. São as primeiras mulheres escolhidas para este

cargo na Igreja Católica.

Uma receita convidativa…

… para preparar uma CEIA

com os ingredientes da espiritualidade de Paula.

Recebe tudo DAS MÃOS DE DEUS.

Põe como base indispensável

uma abundante dose de FÉ.

Espalha em cada instante

uma pitadinha de SIMPLICIDADE.

Derrama as tuas “misérias e fraquezas”

comprovadas por uma HUMILDADE sem medida.

Deita uma mancheia de PACIÊNCIA

para amalgamar “tribulações, sofrimentos e contrariedades”.

Junta como adoçante

o PARAÍSO da VONTADE DE DEUS.

Mistura os vários ingredientes

com toda a CORAGEM que tiveres.

Acende o fogo da CARIDADE

e alimenta-o com uma ORAÇÃO

cheia de GRATIDÃO.

Põe tudo, com delicadeza,

na FORNALHA ARDENTE DO CORAÇÃO DE JESUS.

Conserva-te com ilimitada CONFIANÇA

nos braços de MARIA, NOSSA QUERIDA MÃE.

Aguarda com incondicional ESPERANÇA

a mensagem alegre do tempo…

Oferece a deliciosa ceia

para festejar o SANTO NATAL

do DIVINO MENINO JESUS.

Ir. Giovanna Patrì

Page 20: Al. Linhas de Torres, 2 1750-146 LISBOA doroteiasnoticias ... · Em clima de muita fraternidade foram eleitas como delegadas as Irmãs: - Maria Antónia Leitão Marques Guerreiro

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PPeennssaammeennttooss ddee SSaannttaa PPaauullaa ssoobbrree oo AANNOO NNOOVVOO

Deus a abençoe e lhe dê festas felizes, repletas das mais eleitas bênçãos, como

o meu coração lhe deseja e implora a Deus (Carta 814).

E, pedindo de todo o coração ao Divino Menino Jesus que se digne cumular-

vos de toda a espécie de bênçãos para a próxima festividade, para o fim de ano

e princípio do novo, encomendo-me às vossas orações… (Carta 98,5).

Ao começar o ano, renovemo-nos espiritualmente, fortaleçamos os nossos

propósitos e multipliquemos os nossos esforços para nos tornarmos mais

queridas de Deus e mais úteis ao próximo (Carta 224,4).

Dê as minhas saudações a essas boas Irmãs, animando-as a começar o Ano

Novo com grande generosidade de coração e prontidão de espírito, sem olhar

às lamúrias da carne fraca e enferma (Carta 178,8).

PPaappaa FFrraanncciissccoo

Da homilia do Papa Francisco na Missa do Natal do Senhor:

(...) Nesta noite santa, ao mesmo tempo que contemplamos o Menino Jesus recém-nascido e reclinado

numa manjedoura, somos convidados a refletir. Como acolhemos a ternura de Deus? Deixo-me alcançar

por Ele, deixo-me abraçar, ou impeço-Lhe de aproximar-Se? «Oh não, eu procuro o Senhor!»– poderíamos

replicar. Porém a coisa mais importante não é procurá-Lo, mas deixar que seja Ele a encontrar-me e

cobrir-me amorosamente das suas carícias. Esta é a pergunta que o Menino nos coloca com a sua mera

presença: permito a Deus que me queira bem?

E ainda: temos a coragem de acolher, com ternura, as situações difíceis e os problemas de quem vive ao

nosso lado, ou preferimos as soluções impessoais, talvez eficientes mas desprovidas do calor do

Evangelho? Quão grande é a necessidade que o mundo tem hoje de ternura! A paciência de Deus, a

proximidade de Deus, a ternura de Deus.

A resposta do cristão não pode ser diferente da que Deus dá à nossa pequenez. A vida deve ser

enfrentada com bondade, com mansidão. Quando nos damos conta de que Deus Se enamorou da nossa

pequenez, de que Ele mesmo Se faz pequeno para melhor nos encontrar, não podemos deixar de Lhe

abrir o nosso coração pedindo-Lhe: «Senhor, ajudai-me a ser como Vós, concedei-me a graça da ternura

nas circunstâncias mais duras da vida, dai-me a graça de me aproximar ao ver qualquer necessidade, a

graça da mansidão em qualquer conflito».

Queridos irmãos e irmãs, nesta noite santa, contemplamos o

presépio: nele, «o povo que andava nas trevas viu uma grande luz»

(Is 9,1). Viram-na as pessoas simples, dispostas a acolher o dom de

Deus. Pelo contrário, não a viram os arrogantes, os soberbos,

aqueles que estabelecem as leis segundo os próprios critérios

pessoais, aqueles que assumem atitudes de fechamento. Olhemos o

presépio e façamos este pedido à Virgem Mãe: «Ó Maria, mostrai-

nos Jesus!»

O Papa Francisco vai realizar uma visita pastoral ao Sri Lanka, de 12 a 15 janeiro de 2015, e às Filipinas

entre o dia 15 e 19 do mesmo mês.

O Governo filipino anunciou já esperar seis milhões de pessoas a assistir à Missa papal em Tacloban e, no

dia seguinte em Manila.

O emblema do PAPA FRANCISCO é um verdadeiro PRESÉPIO:

JESUS é o centro e o SOL com as três letras iniciais do seu nome em grego,

caraterística dos Jesuítas...

MARIA é a ESTRELA de oito pontas, a recordar as Bem-aventuranças.

JOSÉ é a FLOR de nardo que o simboliza e lembra a vara florida em que se costuma

apoiar.