ah - principal | 23 de junho de 2016

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Lajeado, quinta-feira, 23 de junho de 2016 Ano 13 - Nº 1619 Avulso: R$ 2,00 Fechamento da edição: 21h Fundado em julho de 2002 Nevoeiro pela manhã, sol à tarde Mínima: 8°C - Máxima: 18ºC TEMPO NO VALE FONTE: CIH/UNIVATES PARA O CONSUMIDOR SANTA CLARA DO SUL Preço sobe 35% nos mercados Partidos escolhem candidatos Valor cobrado pelo litro UHT nas gôndolas dos mercados subiu 35% entre janeiro e ju- nho. Redução das pastagens devido ao frio, aumento dos insumos e abandono da ati- vidade estão entre os motivos para a elevação. A tendência para outubro mostra a reedição da disputa de 2008. Paulo Kohlrausch (PMDB) é o nome da situação. Oposição une esforços e deve indicar Fábio Fischer (PSDB). Página 5 Página 4 Convenção Lojista marca os 50 anos da CDL Lajeado Página 6 O CDL Lajeado realiza hoje a 16ª edição da Convenção Lojista, no Salão Social do Clu- be Tiro e Caça. Com o tema “O amanhã se faz agora. Você está preparado?”, o evento marca o cinquentenário da entidade com a presença de cinco painelistas de renome nacional. A principal atração é o maestro João Carlos Martins. Consi- derado o maior pianista brasileiro de todos os tempos, tem uma história de vida marcada pela superação de problemas físicos para continuar na atividade. FESTIVAL DO LIVRO: incentivo dos pais fez Léo Fensterseifer adotar a leitura como principal hobby ANDERSON LOPES Leitura conquista juventude Conexão ASSASSINATO EM TEUTÔNIA Justiça condena ex-marido Levi de Castro matou a mulher, Daiane, em julho de 2014. Julga- mento ocorreu ontem. Homem está foragido. Página 12 OBRA PARADA FAZ 30 MESES Governo confirma reinício O asfaltamento entre Sério e Boqueirão do Leão recomeça nos próximos 40 dias. Estado assinou autorização ontem. Página 8 FELIPE NEITZKE ANDERSON LOPES

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Page 1: AH - Principal | 23 de junho de 2016

Lajeado, quinta-feira,23 de junho de 2016Ano 13 - Nº 1619

Avulso: R$ 2,00

Fechamento da edição: 21h

Fundado emjulho de 2002

Nevoeiro pela manhã, sol à tarde

Mínima: 8°C - Máxima: 18ºC

TEMPONO VALE

FONTE: CIH/UNIVATES

PARA O CONSUMIDOR

SANTA CLARA DO SUL

Preço sobe 35% nos mercados

Partidos escolhem candidatos

Valor cobrado pelo litro UHT

nas gôndolas dos mercados

subiu 35% entre janeiro e ju-

nho. Redução das pastagens

devido ao frio, aumento dos

insumos e abandono da ati-

vidade estão entre os motivos

para a elevação.

A tendência para outubro

mostra a reedição da disputa de

2008. Paulo Kohlrausch (PMDB)

é o nome da situação. Oposição

une esforços e deve indicar Fábio

Fischer (PSDB).

Página 5

Página 4

Convenção Lojista marcaos 50 anos da CDL Lajeado

Página 6

O CDL Lajeado realiza hoje a 16ª edição da Convenção Lojista, no Salão Social do Clu-be Tiro e Caça. Com o tema “O amanhã se

faz agora. Você está preparado?”, o evento marca

o cinquentenário da entidade com a presença de cinco painelistas de renome nacional. A principal atração é o maestro João Carlos Martins. Consi-derado o maior pianista brasileiro de todos os

tempos, tem uma história de vida marcada pela superação de problemas físicos para continuar na atividade.

FESTIVAL DO LIVRO: incentivo dos pais fez Léo Fensterseifer adotar a leitura como principal hobby

ANDERSON LOPES

Leitura conquista juventude

Conexão

ASSASSINATO EM TEUTÔNIA

Justiça condena ex-marido

Levi de Castro matou a mulher,

Daiane, em julho de 2014. Julga-

mento ocorreu ontem. Homem

está foragido. Página 12

OBRA PARADA FAZ 30 MESES

Governo confirma reinício

O asfaltamento entre Sério e

Boqueirão do Leão recomeça nos

próximos 40 dias. Estado assinou

autorização ontem. Página 8

FELIPE NEITZKE

ANDERSON LOPES

Page 2: AH - Principal | 23 de junho de 2016

2 A HORA · QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016

Com as estradas

de chão batido,

aumenta o preço

dos produtos.

Nos postos de

combustíveis, é

adicionado o custo

logístico.INDICADORES ECONÔMICOS

REDAÇÃOAv. Benjamin Constant, 1034/201

Fone: 51 3710-4200CEP 95900-000 - Lajeado - RS

[email protected]

COMERCIAL E ASSINATURASAv. Benjamin Constant, 1034/201

Fone: 51 3710-4210CEP 95900-000 - Lajeado - [email protected]

[email protected]@jornalahora.inf.br

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade

de seus autores.

Tiragem média por edição: 7.000 exem-plares. Disponível para verificação junto

ao impressor (ZH Editora Jornalística)

Fundado em 1º de julho de 2002Vale do Taquari - Lajeado - RS

EXPEDIENTE

MOEDA COMPRA VENDA

Dólar Comercial 3,3770 3,3776

Dólar Turismo 3,3300 3,5300

Euro 3,8152 3,8159

Libra 4,9725 4,9750

Peso Argentino 0,2413 0,2415

Yen Jap. 0,0324 0,0324

ÍNDICE MÊSÍNDICE

MÊS (%)

ACUMU-LADO

ANO (%)

ICV Mes (DIEESE) 05/2016 0,67 4,25

IGP-DI (FGV) 05/2016 1,13 4,31

IGP-M (FGV) 05/2016 0,82 4,15

INPC (IBGE) 05/2016 0,98 4,60

INCC 05/2016 0,19 2,25

IPC-A (IBGE) 05/2016 0,78 4,05

BOLSAS DE VALORES

PONTOVARIAÇÃO

(%)FECHAMENTO

Ibovespa (BRA) 50156 -1,34

cotação do dia anterior até 17h45min

Dow Jones (EUA) 16.027 -1,10

S&P 500 (EUA) 1.853 -1,42

Nasdaq (EUA) 4.833 -0,22

DAX 30 (ALE) 10.071 0,55

Merval (EUA) 11.400 0,00

Cotação do dia anterior até 17:45h, Valor econômico.

Ouro (dólar) – Onça Troy – USD 1270.5 cotação do dia 22/06/2016

Petróleo (dólar)/Brent Crude – barril – USD 50,62 em 22/06/2016

Salário Mínimo/2016 R$ 880,00

TAXAS E CERTIFICA-DOS (%)

MÊSÍNDICE

MÊS (%)ACUMULADO

ANO (%)

TJLP 7,5

Selic 14.25%(meta)

TR 05/16 0,2043 0,9361

CDI (Mensal) 05/16 1,1074 5,4955

Prime Rate 05/16 3.25 3,25 (Previsto)

Fed fund rate 05/16 0.50 0,25 (Previsto)

Diretor Geral Adair G. WeissDiretor de Conteúdo Fernando A. Weiss

Diretor de Operações Fabricio de Almeida

Editorial

Asfalto para encurtar distância

Os moradores de Boquei-

rão do Leão e Sério

aguardam faz mais de

duas décadas o cum-

primento da promessa de asfaltar

o acesso entre as duas cidades.

Ontem à tarde, mais uma vez,

o governo estadual assegurou o

recomeço das obras.

A notícia anima, mas não

convence. Desde 1998, o asfalta-

mento é feito à conta-gotas. As

obras começam e param. Muito

foi perdido em termos de mate-

riais usados, no preparo do solo.

Serviço refeito é prejuízo. Outros

municípios tiveram situações se-

melhantes, talvez um dos trechos

mais emblemáticos entre Arroio

do Meio e Capitão.

Depois do movimento munici-

palista por melhorias em acessos,

ocorrido durante o governo de

Antônio Britto, foi estabelecida

uma série de asfaltamento. Os

essa premissa. Evidenciam o

distanciamento do qual essas

comunidades vivem devido à

falta de infraestrutura rodoviá-

ria. O asfalto encurta as distân-

cias por facilitar o deslocamen-

to. Uma obra reivindicada há

décadas, quando saí do papel,

traz melhoras perceptíveis.

Também tem impacto no ânimo

da população.

Do contrário, fica a sensação

de abandono. As pessoas não en-

xergam proximidade com o poder

público. Diferente da prefeitura,

ou da câmara, o Palácio Piratini

fica a léguas de distância. As

reivindicações não ecoam tão

longe. A cobrança, como sem-

pre, recai no âmbito municipal,

instituição sem força suficiente

para fazer com que os figurões da

política deem a atenção devida e

indispensável a essas pequenas

comunidades.

pedidos dos gestores municipais

se justificam pelo desenvolvimen-

to econômico, mais qualidade de

vida à população e segurança aos

motoristas.

As cidades sem acesso asfáltico

sofrem desvantagem. Empre-

sas escolhem investimentos de

acordo com posição geográfica,

facilidade de logística e custo

no transporte. As oportunidades

criadas com a instalação dos

empreendimentos repercutem no

cotidiano do município, abrem

postos de trabalho e incremen-

tam a arrecadação ao erário.

Com as estradas de chão bati-

do, aumenta o preço dos produ-

tos. Nos postos de combustíveis, é

adicionado o custo logístico. Isso

interfere no preço final do produ-

to. O consumidor paga mais no

fim das contas.

Os relatos expostos na página

8 desta edição contextualizam

Gabriel Souza, deputado estadual pelo PMDBArtigo

O sinal vermelho foi aceso: o

Estado brasileiro está gastando

mais do que sua arrecadação

em níveis jamais vistos, crian-

do déficits bilionários, impossi-

bilitando o pagamento das des-

pesas públicas - mesmo as mais

básicas - como saúde, educação

e, em alguns casos, até mesmo

a folha de pagamento de seus

servidores.

Um dos pilares da “nova ma-

triz econômica” do PT, essa políti-

ca fiscal, em longo prazo, produz

tal resultado. Gastar mais do que

a arrecadação, elevar as despesas

acima do crescimento da receita,

agir com irresponsabilidade fis-

cal é, no fim das contas, um mau

negócio para o país.

Os defensores da política fiscal

que expande os gastos públicos

acima do crescimento da receita

(autodenominados “desenvolvi-

mentistas”) acreditam que seria

exatamente isso que traria o

desenvolvimento e, por conse-

quência, uma espécie defeedba-

ck positivo de crescimento da

arrecadação. O rombo originado

por essa espécie de brincadeira

de “gato e rato” da despesa x

receita é chamado por eles de

“déficit indutor do crescimento”.

Ou seja, para eles criar mais

despesas produz desenvolvimen-

to, que gerará mais receita, o

que cobrirá os gastos que foram

criados e assim por diante.

Mas, o que deu errado? O pro-

blema dessa política é que, ao

gerar déficits bilionários, há um

momento em que a receita para-

rá de expandir e, ao contrário do

que pregam, entrará em declí-

nio. Esse é o resultado da reces-

são econômica gerada pela cri-

se de credibilidade do país que,

inadimplente com seus compro-

missos em virtude do alto défi-

cit, afugenta investimentos e

paralisa a economia.

A meta fiscal de R$ 170,5 bi-

lhões negativos do governo fe-

deral aprovada pelo Congresso

Nacional e o déficit de R$ 6,4

bilhões em 2016 no RS mostram

bem a que ponto chegamos. O

Estado brasileiro penará duran-

te algum tempo para equilibrar

suas contas e conseguir voltar

a promover os investimentos

públicos que geram desenvolvi-

mento econômico sustentável.

Page 3: AH - Principal | 23 de junho de 2016

3A HORA · QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016

Rodrigo [email protected]

lentem.wordpress.com

Os estudantes se revoltam.E a sociedade cruza os braços

– O MP da Comarca de Arroio do Meio falhou na matemática. Anunciou à imprensa do estado, em 2012, fraude superior a R$ 500 mil na compra de medicamentos por intermédio da Defensoria Pública. No entanto, o valor da causa do processo na Justiça é de R$ 25 mil;

– O presidente da Câmara de Vereadores de Lajeado, Heitor Ho-ppe, do PT, mantém faz mais de dois meses a CPI do PAC engaveta-da na sala da presidência;

– O Governo do Estado repassou R$ 32,6 mil ao Codevat para cobrir as despesas com a realização da Consulta Popular 2016/17;

– Em menos de seis meses, os deputados estaduais gaúchos gas-taram R$ 1,1 milhão só em diárias. É a tal crise...;

– Em sessão do Pleno dessa quarta-feira, o Tribunal de Contas do Estado deu provimento ao agravo interposto pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul com o objetivo de suspender a medida cautelar que interrompia o pagamento da Parcela Autônoma de Equivalência (PAE) aos magistrados do Estado;

– Sexta-feira, às 11h, na sede da entidade, a Arla promove mais uma assembleia para discutir a unificação com a Coperval. Elas têm, respectivamente, 448 e 1,5 mil associados;

– Em Santa Clara do Sul, conforme antecipado nesta coluna, a vereadora Márcia Bald (PDT) está “pendurando as chuteiras” na política após 12 anos no plenário;

– Administração de Lajeado planeja gastar R$ 126,7 mil na re-forma e pintura da prefeitura. O edital já foi lançado. Boa quinta--feira a todos!

Tiro CurtoÉ no mínimo curiosa a for-

ma como boa parte da sociedade se posiciona no caso das ocupações das

escolas. Ou das invasões, como al-guns preferem chamar.

O fato é simples. Estudantes gaú-chos reivindicavam melhores con-dições de estudo e valorização dos professores da rede de ensino públi-ca. E o que fez a imensa maioria da sociedade rio-grandense:

Beicinho. A imensa maioria da população

se posicionou contrária aos ma-nifestantes juvenis. Não só isso. Adultos “maduros” fizeram esfor-ço sobrenatural para arranjar e criar argumentos para depreciar tais reivindicações. Cada um com suas razões e convicções. Algumas políticas. Outras ideológicas. Mas, principalmente, individuais.

O resultado disso era óbvio. E não deu outra. Mais uma vez, o Estado venceu a queda de braço. E com total apoio de quem, pas-mem, é depreciador de carteirinha do mesmo Estado. Funcionaram como perfeitos assessores. O gover-nador, claro, agradece.

Fico ainda mais pasmo quando leio as razões que levaram grande parte da população gaúcha a criti-car veemente os adolescentes, cha-mados até de “guerrilheiros” por alguns. Sim, de “guerrilheiros”. E você pode rir disso, se porventura também achou engraçado.

“Ah, mas não é assim que se faz manifestação...”

“Ah, mas deve ter ligação políti-ca...”

“Ah, quero ver se esses alunos têm frequência escolar...”

Assim como tentam desqualifi-car os estudantes, buscam culpa-bilizar os sindicatos e os movimen-tos sociais por defenderem a escola pública. Acabam se escondendo no senso comum. No argumento ba-rato. Na justificativa superficial: “Ah, mas no governo do PT os sin-dicatos não falavam nada...”

Tolice. Falavam sim. E sequer é preciso ir tão longe para saber disso. Aqui mesmo, em Lajeado, vi um dos momentos mais cons-trangedores da gestão do ex-go-vernador petista, Tarso Genro. Foi no dia 9 de julho de 2012, durante inauguração do viaduto da ERS-130. Ele pouco conseguiu falar, de tanta vaia que levou do Cpers.

É assim mesmo. Com o tempo caem todas as teses contrárias ao movimento. E a birra transparece.

Vão impedir outros de estuda-rem? Mas como se as condições de

ensino já são pífias faz anos? Pro-fessores foram impedidos de tra-balhar? Mas como se já não têm condições de trabalho faz anos? Décadas! E além disso, ninguém deixará de ser remunerado. Pelo contrário, o Estado seguirá parce-lando. E era essa uma das críticas do movimento...

São fracos os argumentos con-trários. Partem de quem não con-segue se desprender da eterna peleja entre esquerda e direita. Os alunos? Os professores? Eles que se danem.

Eu não estou feliz com tais ocu-pações. É sempre melhor um es-tudante estudando do que protes-tando. Isso é notório. Mas é preciso lembrar que as ocupações – ou in-vasões – foram a última alterna-tiva, principalmente porque as rei-vindicações sequer são discutidas.

Por isso eu os apoio. E também porque ficou claro que, mais uma vez, o governo exime-se de suas responsabilidades e culpabiliza, junto com boa parte da socieda-de, os próprios estudantes pelos problemas.

Pior. Incitados por irresponsá-veis agentes públicos, cidadãos compartilhavam com orgulho a forma regateira como policiais militares retiravam jovens das ocupações. O festival de spray de pimenta sobre estudantes foi hediondo. Mas levou ao êxtase os mais ferrenhos reacionários.

Uma pena. Pois sequer sabem de que lado estão nessa batalha.

Mais uma vez, o Estado venceu a queda de braço.

“O modo mais seguro de prevenir as revoltas...é eliminar a sua matéria.”

Francis Bacon

Governo de Lajeado perdeuo senso do ridículo

A administração se supera. Transformam qualquer fato em evento de inauguração. Sejam sin-gelas casinhas de cachorro ao lado do lixão da cidade, ou para liberar ao tráfego um pequeno pontilhão em Conventos, após inexplicáveis protelamentos em ambas as pe-quenas obras. Sem falar nas “inau-gurações” de projetos incompletos.

Mas, ridículo mesmo, foi a for-

ma como apresentaram o novo – e alugado – almoxarifado. O governo “inaugura” um espaço utilizado desde março, e não cita, por exemplo, por que só foi ocupar o pavilhão após a imprensa divul-gar que o aluguel de R$ 8 mil era pago desde junho de 2015, perío-do no qual o espaço ficou ocioso. Também não cita o fato de um ex--CC ser o dono do imóvel.

Page 4: AH - Principal | 23 de junho de 2016

Política

A HORA · QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 20164

Votação de relatório do impeachment será em agostoPAÍS - A Comissão Processante do Im-

peachment aprovou novo cronograma de

trabalhos em razão dos atrasos no original,

causados pela oitiva de testemunhas.

Pela nova previsão, o relatório do senador

Antonio Anastasia deverá ser votado no

plenário do Senado no dia 9 de agosto.

Depois disso, haverá até dez dias para

marcar o julgamento final da presidente

Dilma Rousseff.

Santa Clara do Sul

A história se repete no

município de 5,6 mil

habitantes. Oito anos

depois, os candidatos

que concorreram nas eleições

de 2008 devem reeditar a dispu-

ta em outubro. Pela situação, o

administrador Paulo Kohlraus-

ch (PMDB) tenta o terceiro man-

dado.

A coligação situacionista

entre PMDB e PTB se mantém

para a eleição deste ano. Pre-

sidente do PMDB, Fabrício Ren-

ner, classifica a manutenção da

dobradinha como um processo

natural. “Sempre estivemos

completamente integrados.”

O pré-candidato a vice-prefei-

to será Fabiano Immich (PMDB).

Ele esteve à frente do Executi-

vo de 2013 até março de 2016,

quando deixou o cargo para

se dedicar à campanha. Quem

assumiu a administração foi o

Kohlrausch e Fischer repetem pleito de 2008

Siglas definem nomes para disputa à prefeitura

Formada pelo PSDB, PDT, PP e PT, a oposição aposta no assessor parlamentar e ex-coordenador regional de Saúde, Fábio Fischer (PSDB) como cabeça de chapa. O pré-candidato à majoritária perdeu as últimas duas elei-ção. Em 2008, fez 61 votos a menos que Kohlrausch. Na eleição de 2012, a der-rota foi para Immich, por 39 votos.

Estreante em eleições, o empresário Ademar Wols-chick (PDT) será o pré--candidato a vice-prefeito. As dificuldades pessoais de outros políticos e a “aposta

em um nome novo” fize-ram a coligação opositora escolher Wolschick.

Além da chapa que concorre à majoritária, a oposição também já tem nominata com os 18 pré--candidatos ao cargo de vereador. Fischer destaca a confiança da coligação nas eleições de outubro. “Per-demos as outras vezes com uma diferença muito pe-quena. Por isso temos muita esperança neste ano.”

A chapa composta por Fischer e Wolschick deve ser oficializada nas convenções do início de agosto.

vice, Inácio Herrmann.

Conforme Renner, a chapa

deve ser definida com a ajuda

dos 400 filiados em convenção

partidária programada para o

fim de julho.

PELA TERCEIRA VEZ

Pela situação, aposta é em Paulo Kohlrausch (PMDB) Oposição indica como pré-candidato Fábio Fischer

FOTOS ARQUIVO A HORA

Estado

Durante a sessão plenária

de ontem, o deputado Enio

Bacci (PDT) solicitou a mesa

diretora da Assembleia Legis-

lativa, requerimento que en-

caminha ao juiz Sérgio Moro

e sua equipe um voto congra-

tulatório ou moção de apoio,

como previsto no regimento

interno da Casa.

Segundo o parlamentar,

manifestações como essa são

necessárias neste momento de

pressões contra os trabalhos

da Lava Jato. Bacci afirmou

que as forças políticas e a so-

ciedade, de uma forma geral,

tem que expressar seu total

apoio às ações de combate à

corrupção.

“Um Parlamento como o

nosso tem que ter uma pos-

tura clara, favorável a Lava

Jato. Todos os parlamentares

têm vindo a esta tribuna falar

a mesma coisa e defender as

ações contra a corrupção, seja

quem for e de qual partido for,

que se identifique e puna os

envolvidos”, afirmou o parla-

mentar.

Para Bacci, o juiz Moro repre-

senta uma nova maneira de

atuação do Judiciário. “A mo-

ção não é apenas para a pes-

soa dele, mas sim pelo que ele

significa: um judiciário mais

independente, com mais força

e atuando com respaldo popu-

lar”, argumentou o deputado.

O parlamentar acredita que

processos semelhantes a Lava

Jato devem continuar existin-

do por longos anos e vão atuar

como um olho fiscalizador do

judiciário sobre empresários e

políticos corruptos.

Bacci requer moçãode apoio ao juiz Moro

Cruzeiro do Sul

O prefeito Cesar Leandro Mar-

mitt, o secretário da Admi-

nistração Leandro Johner e o

secretário de Planejamento

Mauro Weiler assinaram, no

dia 16, o contrato com o Bade-

sul, garantindo a liberação de

R$ 889 mil para o asfaltamento

de quase um quilômetro.

A pavimentação ocorre na li-

gação das ruas Albino Fleck e

Laura Centeno de Azambuja –

trecho que liga os bairros Vila

Rosa e Glucostarck. Segundo o

prefeito esta é uma reivindica-

ção antiga da comunidade.

O projeto para o financia-

mento foi encaminhado em

novembro de 2015. A obra cus-

tará pouco mais de R$ um mi-

lhão. Além do valor financiado

em 48 vezes e com juros de 4%

ao ano, a administração muni-

cipal ajuda com uma contra-

partida de R$ 186 mil. Segundo

o secretário Leandro Johner, em

até duas semanas, a obra deve

ser inciada.

Aprovada obra deasfaltamento no Morro

Page 5: AH - Principal | 23 de junho de 2016

OUTROSLATICÍNIOS

5A HORA · QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016 Cidades

Vale do Taquari

A família do operador de produção Marino Zim-mermann mudou de há-bitos diante das seguidas

elevações no preço do leite. Ele, a mulher e o filho consumiam juntos uma média de três caixas com 12 litros por mês.

“Agora estamos comprando ape-nas duas caixas, porque o valor está muito alto”, alega. A consta-tação do consumidor é confirmada por pesquisa da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). Confor-me a entidade, o litro de leite longa vida integral custava em média R$ 2,27 em janeiro. Seis meses depois, o mesmo produto alcança média de R$ 3,07.

“Se continuar subindo, não sei como vou fazer para manter o há-bito”, alega. Para Zimmermann, o alto preço não se justifica diante das dificuldades enfrentadas pelos produtores, que, segundo ele, não recebem a remuneração adequada.

“Parece que pagamos mais pela embalagem do que pelo leite”, aponta. Mãe de uma criança de menos de 1 ano, a professora Va-nessa Trasel, 30, definiu uma es-tratégia para fugir dos preços altos e não ficar sem o produto. “Como a família passou a consumir mais laticínios, fico atenta às promoções para economizar”, afirma.

Já o aposentado Arno Rocken-bach, 60, ressalta que as altas de preços são comuns nesta época do ano. Para ele, apesar do preço, con-sumir leite é necessário por se tra-tar de um alimento saudável.

Redução na oferta aumenta preço do leite Clima adverso e alta dos insumos elevaram em 35% o custo para o consumidor

“A tendência é subir mais”, acre-dita. Segundo Rockenbach, as al-tas se justificam pela redução no número de produtores, por causa da baixa remuneração, e também pela diminuição das pastagens devido às condições meteorológi-cas. “É o resultado da pouca oferta, aliada ao aumento do consumo no inverno”, aponta.

O presidente do Sindilat, Alexan-

dre Guerra, confirma a tendência. De acordo com Guerra, a produção no campo não está reagindo con-forme o esperado, e a recuperação do setor está mais lenta na compa-ração com os anos anteriores.

Ele acredita os valores devem se manter estáveis em julho, uma vez que novos reajustes poderiam impactar negativamente nos há-bitos de consumo das famílias. Já

Valor médio do litro de leite longa vida integral nas gôndolas passou de R$ 2,27, em janeiro, para R$ 3,07 em junho

o Conselho Paritário Produtores e Indústrias de Leite do Estado (Con-seleite-RS) projeta mais dois meses de elevação.

Insumos mais carosO preço pago aos produtores tam-

bém subiu no período. Números da Câmara Técnica do Conseleite-RS mostram que o valor saltou de R$ 0,85 em janeiro para R$ 1,12 em ju-

nho, alta de 32%. Nas gôndolas, a variação foi de 35%.

Conforme a entidade, as indús-trias tiveram redução de 6% no vo-lume recebido na comparação com o mesmo período do ano passado. Entre os motivos, estão as baixas temperaturas, a redução nas pas-tagens e a valorização do milho e do farelo de soja, usados na ração do rebanho.

De acordo com o presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, a alta dos insumos desestimulou inves-timentos na alimentação dos ani-mais e resultou em menor produti-vidade. O descarte de animais e o abandono da atividade por alguns criadores agravam o cenário.

ANDERSON LOPES

Números da Agas mostram que a variação nos demais laticínios foi menor em relação ao leite UHT. Em janeiro, a uni-dade de 720 gramas de iogurte com sabor custava R$ 5,39 em média. Em ju-nho, o valor passou para R$ 5,48, alta de 1,6%.

No mesmo período, o queijo mussarela subiu 9,8%. Em janeiro, o quilo do produto era vendido em média por R$ 26,53. Em junho, o preço médio alcançou R$ 29,15. Já o leite tipo C variou 5,9%, passando de R$ 1,84 por litro em janeiro para R$ 1,95 em junho.

Elevação para o produtor e no mercado

Page 6: AH - Principal | 23 de junho de 2016

PROGRAMAÇÃO

Cidades6 A HORA · QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016

Lajeado

O Clube Tiro e Caça está pronto para receber os cerca de 800 partici-pantes da Convenção

CDL. O evento que marca o cin-quentenário da entidade chega à 16ª edição, sob o tema “O ama-nhã se faz agora. Você está pre-parado?”

Consolidada como referência estadual em qualificação do se-tor empresarial, a convenção teve a primeira edição em 1993, na gestão de Deoclécio Pedó. A ideia surgiu após a participação em eventos gaúchos e nacionais durante os anos de 1980 e o início da década de 90.

De acordo com Pedó, as experi-ências serviram para conceber o conceito usado até hoje no even-to. A decisão foi por fazer uma convenção objetiva, com um dia de duração e conteúdos relevan-tes capazes de agregar informa-ção para o desenvolvimento dos negócios.

Com a presença do especialista em Administração de Empresas Roberto Palominos, autor do livro Nem Acaso, Nem Milagre – a Ges-tão do Compromisso – a conven-ção ocorreu na antiga sede do CTC. “Foi um sucesso, tanto em termos de público quanto pela participa-ção de representantes da federação e de entidades de vários municí-pios gaúchos.”

Após um hiato de oito anos, a se-gunda convenção foi realizada em 2001, durante a gestão de Martin Hann. Desde então, o evento ocorre todos os anos, sempre com atra-ções de renome nacional e grande presença de público.

Para Pedó, o resultado se deve ao trabalho pioneiro aliado ao aper-feiçoamento realizado pelos novos líderes que assumiram a CDL.

Painelistas A atração principal deste ano

é o maestro João Carlos Martins. Aos 75 anos, Martins é conside-rado o maior pianista brasileiro. É reconhecido no mundo pela su-peração de diversos problemas físicos e por integrar projetos que levam a música erudita às cama-das mais pobres da população.

Na palestra “Tocando uma Em-presa”, o maestro conta a história

Convenção marca cinquentenário da CDLEvento criado em 1993 chega à 16ª edição como referência em qualificação no RS

– 8h – Recepção– 8h30min – Abertura– 9h – Palestra Adriano Braga: Inovação e estratégia para obter melhores resultados– 10h30min – Coffee Break– 11h – Palestra Giane Guerra e Lucas Schifino: Ru-mos da economia pós-crise– 12h30min – Almoço– 14h – Palestra Ricardo Cappra: MarketingHacking: Utilizando a informação para agregar valor e cons-truir relacionamentos– 15h30min – Coffee Break– 16h30min – Palestra Maestro João Carlos Martins: Tocando uma empresa– 18h30min – Encerramento

Equipe organizava na tarde de ontem os detalhes para a convenção. CDL espera um público próximo de 800 pessoas para acompanhar as palestras no CTC

THIAGO MAURIQUE

pessoal e faz uma analogia entre o funcionamento de uma orquestra e o de uma empresa.

Arquiteto e especialista em Design Estratégico, Adriano Braga apresen-ta “Inovação e estratégia para obter melhores resultados”. O palestrante abordará fatores e ações capazes de gerar resultados no varejo diante do cenário econômico adverso.

Cientista de dados, Ricardo Ca-ppra, fala sobre estratégias de comunicação e decodificação do comportamento do consumidor, na palestra “Marketing Hacking: utili-zando a informação para agregar valor e construir relacionamentos”.

O evento também terá a pre-sença da jornalista da RBS, Giane

Ricardo Cappra Giane Guerra Lucas Schifinoeconomista

Maestro

Adriano BragaEspecialista em design

estratégico

JornalistaCientista de dados

João Carlos

Guerra, e do economista do siste-ma Fecomércio, Lucas Schifino. Eles apresentam o painel “Rumos da economia pós-crise”.

Os ingressos podem ser compra-dos no local, ao valor de R$ 185 para associados CDL Lajeado e R$ 195 para os demais interessados.

Em comemoração ao aniversário

da CDL, A Hora relembra marcos

históricos da instituição em

caderno especial

Page 7: AH - Principal | 23 de junho de 2016

7A HORA · QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016 Cidades

Lajeado

Atender o indivíduo de

forma integral e traba-

lhar pela prevenção é

uma das premissas do

novo plano de saúde. Inspirado

em sistemas desenvolvidos na

Europa, a Ação Integral de Saúde

(AIS) trabalha a humanização ao

conhecer melhor o paciente em to-

das as fases da vida.

De acordo com o presidente da

Unimed Vale do Taquari e Rio Par-

do, Aldo Pricladnitzki, o plano de

saúde com ênfase na prevenção é

o primeiro do país a ser creditado

pela Agência Nacional de Saúde.

“Trata-se de um produto inova-

dor, assim como foi o Espaço Vi-

ver Bem.”

Conforme o presidente, o aten-

dimento integral para o usuário

terá valores mais baixos, se com-

parados aos planos convencio-

nais. O motivo está na possibili-

dade de desenvolver diferentes

consultas, exames e concentrar

os atendimentos com uma equipe

multidisciplinar em espaço único.

Segundo ele, o modelo demonstra

uma nova atenção com a preven-

ção de doenças, com um atendi-

mento contínuo.

A primeira experiência foi im-

plantada em Santa Cruz do Sul,

em 2015, onde apresenta índices

favoráveis. O plano conta com mil

usuários. Desses, 98% se dizem

satisfeitos e mais de 80% tiveram

resolução nos casos.

A tendência é que o plano seja

oferecido para empresas e pessoas

físicas a partir de julho no Vale do

Taquari.

Diferente do cenário nacional

negativo, a adesão aos planos de

saúde na região teve um cresci-

mento de 3%, enquanto Lajeado

registra um acréscimo de 4,4%.

Adaptação àrealidade local

Para a coordenadora de Promo-

ção e Saúde Dr. Cynthia Caetano, o

projeto-piloto, no Vale do Rio Par-

do, trouxe aprendizado à equipe.

O programa se baseia em quatro

pilares. O primeiro deles é o aces-

so. Diz respeito à proximidade do

paciente com a equipe de saúde.

O segundo quesito se refere ao

acompanhamento das pessoas ao

longo de todas as fases da vida,

o que facilita os diagnósticos e a

tática da prevenção. O terceiro pi-

lar dá conta da integralidade do

cliente. Significa uma avaliação

tanto no aspecto físico quanto no

emocional e psicológico. O quarto

ponto é a aproximação efetiva da

equipe médica com os pacientes

em um só lugar, contribuindo

para qualidade nos atendimentos.

Unimed lança

plano de saúde

integralizadoLançamento ocorreu ontem

Equipe médica e funcionários conheceram o espaço da Ação Integral de Saúde

ANDERSON LOPES

Page 8: AH - Principal | 23 de junho de 2016

Cidades8 A HORA · QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016

Vale do Taquari

A promessa de assinatura

da ordem de reinício dos

serviços de asfaltamen-

to entre Sério e Boquei-

rão do Leão feita pelo secretário

dos Transportes, Pedro Westpha-

len, em visita ao Vale do Taquari,

na sexta-feira, foi cumprida ontem

pelo governador José Ivo Sartori.

A assinatura ocorreu em Porto

Alegre. A Construtora Giovanella

ganhou a licitação e inicia os servi-

ços dentro de um prazo de 40 dias.

Com o fim do saldo contratual, os

trabalhos foram interrompidos em

dezembro de 2013.

Segundo Westphalen, ao menos

34 dos 75 municípios sem acesso

asfáltico serão contemplados nos

próximos meses. Diante das difi-

culdades financeiras do Estado,

para assegurar investimentos, o

Daer usa fontes de recurso exter-

nas. O Bird financia programas

como o Crema e o Restauro, o BN-

DES, os acessos municipais e a

Cide, obras diversas.

Estão em licitação a conservação

das regionais com essa demanda

pendente e sendo regularizados os

acordos para sinalização. “Pode ser

que não se iniciem obras e muitas

tenham recomeço. As que inicia-

mos tem fundo de financiamento

e empresas que ganharam a licita-

ção com condições de fazer”, disse

o secretário.

O RS tem 85% do transporte fun-

damentado por estradas, mas ape-

nas 10% delas asfaltadas. O custo

de produção é 19% mais caro em re-

lação ao país, afirmou Westphalen.

Para amenizar o problema, foi

Trabalhos para finalizar trecho da rodovia ERS-421 devem iniciar em 40 dias

Estado autoriza retomada de obras

criado um projeto estadual de lo-

gística para incentivar o uso de

outros modais como hidroviário e

aeroportuário, além de parcerias

públicas-privadas para construção

e conservação de rodovias.

Ontem, durante a solenidade de

assinatura, representantes de Sério

e Boqueirão do Leão solicitaram a

finalização do trecho de quatro

quilômetros, entre a comunidade

de Sete de Setembro e o perímetro

urbano de Sério, também paralisa-

do em 2013.

Economia estagnada O prefeito de Boqueirão do Leão,

Luiz Augusto Schmidt, comemo-

ra a retomada das obras. Destaca

a importância para desenvolver

a economia, atrair novos inves-

timentos e estimular o turismo.

“Muitos deixam de visitar os pon-

tos turísticos pela falta de asfalto.”

Com a arrecadação baseada

no setor primário, cita a dificul-

dade de escoar a produção. Sem

acesso pavimentado, o valor do

frete, dos combustíveis, dos ma-

teriais de construção e demais

produtos encarece em até 40%.

“Todos são prejudicados e a ci-

dade deixa de crescer.”

Schmidt solicitou ao gover-

no estadual a possibilidade de

estabelecer uma parceria para

iniciar as obras de asfaltamen-

to entre Boqueirão do Leão e

Progresso, em um trajeto de 12

quilômetros, pela comunidade

de São Roque. O projeto foi elabo-

rado ainda em 2009.

As péssimas condições da via de chão batido influen-ciam no cumprimento de prazos, valores e qualidade de entrega das mercadorias. Segundo o gerente da filial da Associação Rural de Lajea-do (Arla), Maciel Teston, a diferença entre o valor final dos produtos aumenta em até 4%, em relação aos pratica-dos na matriz em Lajeado. “Para a empresa, o custo de entrega aqui encarece em 60%. Muitos fornecedores evitam vender, pois sabem da dificuldade do fornecimento em município sem acesso asfáltico”, explica.

Além do preço mais eleva-do, a demora na entrega é outro problema enfrentado pelos comerciantes. Na sema-na passada, o recebimento de uma carga de cimento

atrasou em seis horas, pois o caminhão estragou durante o trajeto ainda não pavimen-tado. “Quem vem uma vez para Boqueirão do Leão difi-cilmente volta a fazer entre-gas, pois sabe que vai levar prejuízo”, afirma Teston.

Para o motorista de ônibus Marcelo Marchi, a conclu-são do trecho da ERS-421 significaria uma redução de 20 minutos no itinerário até Lajeado. “Quando não tinha nada de asfalto demorava até duas horas e meia para chegar ao destino, isso com muita poeira. Hoje faço em uma hora e 40 minutos.” Outra mudança após a con-clusão das obras será a oferta de veículos mais confortáveis aos passageiros. Ter asfalto é sinônimo de progresso e qua-lidade de vida, argumenta.

Maciel Testongerente da Arla

Quem vem uma

vez para Boqueirão

do Leão dificilmente

volta a fazer

entregas, pois

sabe que vai levar

prejuízo.

PRAZOS E QUALIDADE COMPROMETIDOS

Teston diz que custo para entrega no município encarece em até 60%

Marchi projeta redução no itinerário percorrido diariamente até Lajeado

FOTOS FELIPE NEITZKE

Page 9: AH - Principal | 23 de junho de 2016

Cidades 9A HORA · QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016

A Hora – O governo vai atender a determi-nação judicial de rein-tegrar os funcionários demitidos?

Prefeito Irineu Horst – Ainda não fomos notifi-cados dessas decisões. A princípio vamos analisar, ver quais os direitos de cada um em si. Eu, como gestor, preciso analisar com calma todos os pro-cessos. Vimos na impren-sa a repercussão desses casos. Mas, como eu disse, não fomos notificados e o jurídico vai analisar a defesa.

Alguns funcionários demitidos foram can-didatos a vereador em 2012 pela coligação contrária ao atual go-verno. Houve qualquer tipo de perseguição contra eles?

Horst – Não. Não tem isso de perseguição. Na verdade, nem sei quem são esses funcionários.

Eu não demiti ninguém na minha gestão. Eu não tinha assumido ainda quando ocorreram. (Irineu assumiu após as decisões, com a cassação de Gilber-to Keller). Então seria até desonestidade minha falar sobre isso.

Assim como os quatro aposentados demitidos em 2013, outros servido-res concursados também se aposentaram pelo INSS no período e não foram desligados do quadro. Tais casos tam-bém serão avaliados?

Horst – Todos os casos são avaliados. Sem dúvida. É algo difícil para o gestor.

Colinas

A administração muni-cipal pretende recorrer das decisões judiciais de reintegração de servido-

res públicos. Os processos foram movidos por aposentados do Re-gime Geral de Previdência Social (RGPS) que foram exonerados em 2013. A Justiça defende a manu-tenção dos empregos e o ressar-cimento de quase R$ 400 mil aos quatro funcionários.

De acordo com os processos ju-diciais, o Executivo errou ao apo-sentar os servidores com base na legislação. Pelo texto, consta que a vacância do cargo é determinada em função da aposentadoria. Mas, os requerentes afirmam que essa medida só vale para afastamentos pelo Regime Próprio da Previdência Social (RPPS), e não pelo INSS.

Executivo perdeu 4 ações movidas por servidores

Governo avalia processos sobre afastamentos

Na decisão da 2ª Vara da Co-marca de Estrela, a magistrada cita não haver “nenhum impedi-mento à continuidade do exercício de atividade pública por servidor municipal estatutário que tenha se aposentado pelo RGPS.”

Dois funcionários públicos de-mitidos concorreram à vereança em 2012. Um pelo PP, e outro pelo PTB. Ambos faziam parte da co-ligação Inovar com União, junto de DEM e PSDB, que era contrária à candidatura de Gilberto Keller, do PMDB. Nenhum se elegeu. Elói Schmidt fez 51 votos e Ademar Hollmann, 67 votos.

O valor de causa de cada processo está avaliado em R$ 80 mil. É essa a estimativa do advogado. Os valores são referentes às remunerações que deixaram de ser pagas desde a exo-neração até a efetiva reintegração, que ainda não ocorreu.

Além dos salários retroativos, o Executivo foi condenado – em primeira instância – a pagar por todas as custas processuais. Também cabe ao município cus-tear os honorários advocatícios do procurador da parte adversa, fixados em 10% sobre o montan-te dos valores devidos pelo perí-odo de afastamento, o que pode representar algo em torno de R$ 40 mil.

Já a administração municipal sustenta que “a concessão de aposentadoria pelo RGPS é caso de vacância do cargo efetivo, in-dependente do regime a que este-ja vinculado o servidor”. Para a assessoria jurídica da prefeitura, é irregular o acúmulo de remune-rações – aposentadoria e salário normal – do cargo efetivo por “expressa vedação no ordena-mento jurídico”.

“Não tem isso de perseguição”

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Page 10: AH - Principal | 23 de junho de 2016

Agro10 A HORA · QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016

Vale do Taquari

O condomínio Florença,

na comunidade de Li-

nha Barão do Triunfo,

em Roca Sales, será o

segundo empreendimento, de um

total de quatro, a iniciar as ativi-

dades. A Dália Alimentos progra-

ma a inauguração para o dia 30, a

partir das 14h.

Foram investidos R$ 5 milhões

numa área de 7,2 hectares. O pro-

jeto associativo reúne 16 famílias

e terá capacidade de alojar 262

animais. Os serviços começaram

em outubro de 2014. Conforme o

presidente do condomínio, Pas-

qual Bertoldi, o novo e moderno

empreendimento trará melhor

Projeto associativo de produção leiteira será apresentado dia 30, em Roca Sales

Cooperativa inaugura segundo condomínio

qualidade de vida aos associados,

minimizando o tempo de traba-

lho e a mão de obra empregada

na produção leiteira. “Com uma

atuação visionária, a cooperativa

preocupa-se com o futuro das ge-

rações. Prova disso são os vários

jovens sucessores que, direta ou

indiretamente, fazem parte desse

projeto”, destaca.

O presidente do Conselho de

Administração, Gilberto Antô-

nio Piccinini, reforça que, além

da qualidade de vida, o projeto

associativo oportuniza mais

qualidade no leite produzido, sa-

nidade animal e produtividade.

Piccinini destaca, ainda, que

se trata de uma nova concepção

de produção leiteira com o que

há de mais moderno no mundo.

O primeiroO primeiro condomínio com or-

denha robotizada está em funcio-

namento em Nova Bréscia desde

outubro do ano passado. Tem 200

animais confinados, desses 165

vacas em lactação e uma produ-

ção média de 28 litros de leite/

vaca/dia, o equivalente a 4.400 li-

tros diários. Os próximos a entrar

em funcionamento estão localiza-

dos em Arroio do Meio e Cande-

lária, com datas a definir.

Estado

Especialistas do segmento lei-

teiro participaram da segunda

reunião do projeto que criará, ain-

da em 2016, o planejamento es-

tratégico do setor, promovido pelo

Instituto Gaúcho do Leite (IGL).

Realizada na terça-feira, em Por-

to Alegre, a iniciativa conta com a

coordenação técnica do Programa

Gaúcho de Qualidade e Produtivi-

dade e demais entidades ligadas à

cadeia produtiva. Todas ajudam a

construir um diagnóstico setorial

inédito no estado e a buscar solu-

ções de longo prazo, para os próxi-

mos seis meses.

Para o presidente do IGL, Gilber-

to Antonio Piccinini, o encontro

permitiu uma análise completa do

segmento. Divididos em cinco me-

sas, cada uma contava com um re-

presentante e mediador de um elo

diferente da cadeia: produtor, in-

dústria, fornecedor e consumidor.

Para o secretário-executivo do

Pgqp, Luiz Ildebrando Pierry, “nos-

so esforço é promover esta oportu-

nidade de união. Temos que exe-

cutar o que foi discutido e buscar

juntos uma certificação para a ca-

deia gaúcha do leite”, avalia.

Cadeia leiteira projeta plano estratégico

Complexo terá capacidade de receber 262 animais. Obra começou em 2014

DIVULGAÇÃO

ANIVERSÁRIO

No dia 15, a cooperativa completou 69 anos de fun-dação. Durante as comemo-rações, ocorreu o anúncio da aprovação de R$ 95,3 milhões para financiamento do Complexo Avícola, a ser erguido em Arroio do Meio. O valor é financiado pelo Banco Regional de Desen-volvimento do Extremo Sul (BRDE).

Page 11: AH - Principal | 23 de junho de 2016

Polícia 11A HORA · QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016

Lajeado

A assessoria do Hospital

Bruno Born (HBB) con-

firmou, às 2h40min

de ontem, a morte do

aposentado, Valdemar Dionísio

Grebin, 68 anos. O idoso foi atro-

pelado no sábado, na rua 11 de

junho, bairro São Cristóvão. De

acordo com o registro na dele-

gacia de polícia, o motorista do

carro parou no local.

Grebin caminhava ao lado da

mulher. O casal havia recém-sa-

ído de uma missa, realizada na

paróquia São Cristóvão. Quan-

do caminhavam pela rua 11 de

Junho, próximo à esquina com

a rua Almirante Barroso, o apo-

sentado foi atropelado por um

Siena, cor prata.

Após o choque, Grebin foi ar-

remessado ao chão com a for-

ça do impacto. Ao cair, bateu

a cabeça. Segundo diagnóstico

no hospital, o idoso sofreu trau-

Dionísio Grebin, 63, saía da missa quando foi atingido. Óbito foi confirmado ontem

Mais um idoso morre atropelado em 2016

matismo craniano. Desde então,

ficou internado na UTI do HBB.

Mas não resistiu.

Essa foi a segunda morte de

idoso em pouco mais de um mês.

No dia 19 de maio, José Renato

Wendt, 61, morreu em um leito

da UTI do mesmo HBB. Ele foi

atropelado 12 dias antes, na noi-

te do dia 7, quando caminhava

sobre a faixa de pedestres, na es-

quina da av. Benjamin Constant

com a rua Saldanha Marinho, no

centro.

Nessa ocorrência, diferente do

caso de Grebin, o motorista não

parou no local do atropelamento

e tampouco prestou socorros. Até

o momento, a Polícia Civil (PC)

segue investigando a autoria do

crime. O motorista, além de atin-

gir o aposentado sobre a faixa de

segurança, teria cruzado o sinal

vermelho.

Casos em outros anosLajeado registra diversos ca-

sos de atropelamentos de idosos

nos últimos anos. A maioria em

rodovias. Em fevereiro de 2015,

Luiz Carlos Moraes, 63, morreu

atropelado na noite de um do-

mingo. De acordo com a Polícia

Rodoviária Federal (PRF), ele foi

atingido por um Volkswagen

Gol, com placas de Panambi. A

vítima tentou atravessar a via

repentinamente e o condutor pa-

rou para prestar socorro.

Em 2013, houve pelo menos

duas mortes de idosos lajeaden-

ses sobre rodovias. O primeiro

caso aconteceu em fevereiro e

matou Otacílio Alves Soares da

Costa, 66, morador de Conven-

tos. Ele andava de bicicleta no

fim da tarde pela ERS-421 quan-

do foi atropelado por um veículo

Celta, da Prefeitura de Forqueti-

nha. Chegou a ser encaminhado

ao HBB, mas não resistiu.

Dois meses depois, foi a vez do

aposentado, Celson Andres, 78,

natural de Lajeado, morrer atro-

pelado por volta das 16h30min

de um sábado, quando tentava

atravessar a BR-386. Com proble-

mas em uma das pernas, ele foi

atingido por um Vectra. O cho-

que ocorreu próximo ao acesso

principal de Estrela. Havia uma

faixa de pedestre a poucos me-

tros, mas o idoso não a utilizou.

Há oito anos, também na BR-

386, o aposentado Almiro Ar-

lindo Gohl, 76, morreu após ser

atropelado por uma motocicleta

no km 342 da rodovia federal,

em Lajeado. Ele também che-

gou a ser socorrido ao HBB, mas

morreu logo após dar entrada

no hospital.

Aposentado caminhava pela rua 11 de julho. Ele ficou internado quatro dias

ANDERSON LOPES

Page 12: AH - Principal | 23 de junho de 2016

Polícia A HORA · QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 201612

Teutônia

A família de Daiane Sie-beneichler de Castro, 33, assassinada com mais de dez facadas

no peito, costas, rosto e mãos, aguarda pela prisão do crimino-so. O crime ocorreu em 17 de ju-lho de 2014, às 20h, na residência

do casal, na rua Asído Dreyer, em Teutônia, e teve o julgamento em júri popular ontem, no Fórum. O acusado, Levi Lopes de Castro, 28, recebeu a sentença de 24 anos em regime inicial fechado.

Lopes se entregou à polícia minutos depois do assassinato e permaneceu um ano e cinco me-ses no Presídio Estadual de Laje-

Júri condena foragido a 24 anos de prisão Levi Lopes de Castro é acusado pelo assassinato de Daiane Siebeneichler em 2014

ado. Entretanto, em dezembro de 2015, ele e mais dois fugiram do sistema prisional. Com a mudan-ça na legislação, desde 2008, foi julgado mesmo sem estar no ple-nário. O julgamento durou oito horas e 10 minutos e contou com sete homens no júri.

A acusação foi sustentada por Milton Stalhöfer e o promotor da Comarca de Teutônia, Jair João Franz. Eledi Amorim Porto representou o réu. O debate teve a mediação da juíza da 1ª Vara, Ângela Lucian. Durante o julga-mento, foram ouvidas duas teste-munhas e dois familiares.

A vizinha do casal, Lurdes Kon-rad, 47, assistia a televisão na noite do crime. Segundo ela, ou-viu pedidos de socorro. Ao abrir a janela, viu Levi correndo e Daia-ne caída sobre o gramado. O sol-dado Carlos Peixoto, da Brigada Militar chegou ao local e chamou o Samu. Também recebeu liga-ção revelando que Levi estava na casa do irmão e queria se entre-gar. “Perguntamos pra ele o que ele tinha feito e ele disse: ‘furei’ minha ex-mulher”. Após registro, ele foi encaminhado ao presídio.

Sobre o casoUma semana antes do assas-

sinato, Levi recebeu R$ 700 refe-rente a serviços prestados pela companheira. Com o dinheiro, fi-cou três dias consumindo drogas em Lajeado. Preocupada, Daiane espalhou cartazes pela cidade e divulgou no Facebook. Ele foi pego em blitz. Depois disso, ela recebeu ameaças e foi orientada pela Defensoria Pública a trocar as fechaduras de casa.

No dia 17, o acusado utilizou a bicicleta do irmão Jonatan e foi até a casa da vítima, en-trando pelo telhado. Ao chegar na residência, a mulher foi sur-preendida.

Levi atacou Daiane com uma faca de 22 centímetros. Ela pu-lou a janela e foi perseguida pelo acusado. O assassinato ocorreu em frente à casa.

Levi confessou o crime e disse ter sido motivado por traição. Segundo ele, a ex-companheira estava enviando fotos íntimas para um japonês de São Paulo em troca de dinheiro. No entanto, nenhuma prova foi encontrada.

Júri popular condenou Levi a 24 anos de reclusão. Família pede prisão imediata

MACIEL DELFINO

“Ele foi julgado, mas vai começar a cumprir pena quando?”

A Hora – Como a se-nhora avaliava a relação da Daiane com o Levi?

Mãe Vera Scholmeier – Era sempre muito desigual. Ele sempre tinha problemas e recaídas nas drogas. Ela sempre tentava e dava mais uma chance, mas eu não via, não achava que ele ia conseguir. Eu apoia-va a separação há muito tempo, porque via que não daria em nada.

Quando recebeu a ligação, sabendo que ela havia sido esfaqueada, qual foi a reação naquele momento?

Vera – Foi horrível, não conseguia entender isso. Meu filho me ligou e disse: “Mãe, o Levi matou a Daia-ne”. Eu perguntava como. Pra mim não era verdade. Entrei em pânico. Nunca pensei que ele pudesse fazer uma coisa dessas.

Qual o sentimento hoje?

Vera – Muito triste. Meu coração anda de bengala. Tínhamos uma afinidade. Mãe e filha sempre são mais próximas e conver-sávamos muito. Tudo que acontecia, ela me contava. Se não dava ao vivo, era por telefone. Nos falá-vamos muito e hoje sinto muita falta disso. De poder

contar coisas que eu só contava pra ela e ela pra mim. É muito difícil.

O que sentiu quan-do soube que Levi foi preso?

Vera – Fiquei feliz, por-que, pelo menos ele estava preso. Fiquei satisfeita por ele ter se entregado.

Como a família julga a fuga dele?

Vera – É uma lástima. Achamos que alguém de dentro do presídio facili-tou, porque foram três que fugiram naquela noite, que cerraram as grades. Eles estavam em um lugar onde seria como uma cela de castigo e lá era mais fácil de chegar na rua. Não temos prova nenhuma, mas pensamos, e como não conseguem pegar ele? É muito difícil de entender, de aceitar. Ele foi julgado, mas vai começar a cumprir pena quando?

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A HORA · QUINTA-FEIRA,

23 DE JUNHO DE 2016

Grêmio

Roger define volanteRamiro como titular

Partida contra o Vitória ocorre na Arena, às 19h15min

PATROCÍNIO:

O técnico Roger Machado definiu

o time do Grêmio para enfren-

tar o Vitória hoje, na Arena, às

19h15min, com Ramiro como

substituto do capitão Maicon. O treinador

justificou a escolha do camisa 17 na dispu-

ta com Jaílson pela hierarquia dos volantes

do elenco.

Sobre as mudanças na defesa, Roger fez

questão de ressaltar sua confiança em

Bressan e Fred. O treinador pediu para a

torcida esquecer as atuações ruins da du-

pla nas eliminações para Juventude e Ro-

sario Central e ressaltou a necessidade do

apoio para o Grêmio seguir na briga pela

liderança do Brasileirão.

O provável time titular para enfrentar o

Vitória é: Marcelo Grohe, Edílson, Bressan,

Fred, Marcelo Oliveira, Walace, Ramiro,

Giuliano, Douglas, Everton e Luan.

O Vitória terá novidades no time titular.

Depois das críticas à defesa, principalmen-

te com as bolas aéreas, o técnico Vagner

Mancini decidiu promover a entrada de

Kanu, que forma a dupla de zaga com

Internacional

O Internacional ficará sem seu ca-

pitão pelos próximos quatro jogos.

Ontem, a direção do clube Gaúcho

confirmou a lesão muscular de Pau-

lão. O zagueiro sentiu o problema du-

rante a derrota para o Figueirense,

em Florianópolis, e ficará de fora por

15 dias. Para a partida de hoje contra

o Coritiba, às 21h30min, no Couto Pe-

reira, Alan Costa deve ser o titular.

Além dele, Geferson, Fernando Bob

e Anderson serão as outras modifica-

ções. O provável time do Inter tem:

Danilo Fernandes, William, Alan Cos-

ta, Ernando, Geferson, Fernando Bob,

Fabinho, Anderson, Gustavo Ferra-

reis, Eduardo Sasha e Vitinho.

Os gaúchos têm 19 pontos. O líder

é o Palmeiras, com 22. Para recupe-

rar a ponta da tabela, precisa golear

os paranaenses por, no mínimo, seis

gols de diferença.

O Coritiba tem seis desfalques.

Benítez, González, Ceará, Alan

Santos estão no departamento

médico. Juninho e João Paulo es-

tão suspensos. Luccas Claro retor-

na de suspensão e volta ao time

titular. A provável escalação tem:

Wilson, Dodô, Rafael Marques,

Luccas Claro, Carlinhos, Amaral,

Edinho, Ruy, Juan, Felipe Amorim

e Kleber.

Paulão sente lesão e para por 15 dias

Victor Ramos. Além de Kanu, o coman-

dante mudará as laterais. Norberto será

poupado do jogo e Maicon Silva está ma-

chucado. Mancini pretende utilizar Eul-

ler na lateral esquerda, com Diego Re-

nan na direita. No meio, Willian

Farias volta após cumprir

suspensão diante da

Chapecoense. No

ataque, Mancini

aguarda apenas

a regularização

do novo contrato

de Marinho para con-

firmar o jogador. Caso ele

não esteja apto a tempo,

Flávio será o titular.

A provável escalação

do Vitória para o jogo

tem: Fernando Miguel,

Diego Renan, Victor Ra-

mos, Kanu, Euller, Amaral,

Willian Farias, Tiago Real,

Dagoberto, Marinho (Flávio)

e Kieza.

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14 A HORA · QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016

Regional

Aslivata define fórmula de disputaEncontro ocorre hoje, às 19h30min, na Câmara de Vereadores de Lajeado

A Associação de Ligas do

Vale do Taquari (Asli-

vata) convoca os clu-

bes que confirmaram

participação no Campeonato

Regional de 2016 para reunião

técnica. O evento ocorre hoje, às

19h30min, na Câmara de Verea-

dores de Lajeado, na av. Benjamin

Constant, 670. Até o momento,

há 27 equipes confirmadas.

Até amanhã, a lista pode ser

acrescida de mais um participan-

te. Pela categoria veterano, o en-

contro ocorre no dia 1º de julho, a

partir das 19h30min, na sede da

Aslivata. A confirmação pode ser

feita até a data da reunião.

No encontro de hoje, será apre-

sentado o regulamento as equi-

pes, definidas as chaves e a fór-

mula de disputa. O certame inicia

no dia 17 de julho.

Equipes confirmadasColorado FC e Taquariense, de

Taquari; Assespe e Monterey, de

Venâncio Aires; Rui Barbosa,

Forquetense e Amigos, de Arroio

do Meio; 7 de Setembro, de Capi-

tão; Clube Atlético Navegantes,

de Encantado; Aimoré e Imi-

grante, de Estrela; Ecas e Rio-

grandense, de Imigrante; Ouro

Verde, Ribeirense e Saideira, de

Teutônia; Rudibar, de Bom Re-

tiro do Sul; Juventude, de Bro-

chier; Ser São Cristóvão e União

Campestre, de Lajeado; Arroio

Alegrense, de Forquetinha;

Brasil, de Marques de Souza;

11 Amigos, de Poço das Antas;

25 de Julho e Canarinho, de Cru-

zeiro do Sul; Juventude e Flu-

minense, de Westfália.

Voleibol

No domingo passado, a

equipe da ARV/Roca Sales

recebeu os times Vale Más-

ter, de Estrela, Campo Bom

Vôlei, TDS/Bento e e AVVES,

de Esteio, para a disputa da

Taça ARV de Vôlei Masculi-

no.

O título ficou com a

equipe anfitriã, que ven-

ceu todas as partidas. Na

segunda colocação, ficou

o TDS/Bento e na terceira,

o AVVES, de Esteio. Vale

Máster foi o quarto colo-

cado e CB Vôlei, o quinto.

Intercomunitários

Os Jogos Intercomunitários,

promovidos pelo Governo de

Estrela, por meio da Secre-

taria Municipal de Esportes

e Lazer, encerrou mais uma

modalidade. Arroio do Ouro é

a campeã da bocha, conquis-

tando o quarto título conse-

cutivo (2013, 2014 e 2015).

A final foi disputada no sá-

bado passado, em Arroio do

Ouro, quando a equipe local

venceu Linha Lenz por 3 a 0.

No jogo de ida das finais, Lenz

havia derrotado Arroio do

Ouro por 2 a 1, mas não con-

seguiu manter a vantagem e

ficou com o vice-campeonato.

Na terceira colocação, ficou

a equipe de Porongos, e em

quarto lugar, Glória.

Além do título da bocha,

o fim de semana apontou os

finalistas do futsal feminino.

Em Costão, o Costão derrotou

o Lenz B e agora enfrentará o

Lenz A, que eliminou o Delfi-

na. As finais ocorrem no dia 2

de julho, em Costão.

ARV conquista torneio

Arroio do Ouro vencena bocha

Atual campeão da categoria titular, 25 de Julho, de Cruzeiro do Sul, confirmou participação na edição 2016

ARQUIVO A HORA

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15A HORA · QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016

Agenda – 15ª rodada

Classi"cação

Resultados

Inscrições para Circuito Integrado de Padel

Informe www.soges.com.br 1ª divisão – Campo 112h30min – Anjos da Noite x Passa Bola B13h30min – Sombras x Meninos da Vila14h30min – Al Qaeda Jr x Demonhos Jr15h30min – Boka Bier x Xernobyl16h30min – Alambique FC x Sokanelas17h30min – Sangue Frio x Cevaria18h30min – Xtotz United x Saidera

2ª divisão – Campo 212h30min – LDU x Bud FC13h30min – Tsunami FA x Hooligans14h30min – Os Kururus GR x Fúria F.C15h30min – Capote FC x Os Kururus NC16h30min – Thundercats x Sem Bronca FTA17h30min – Donos da Bola x Smoking F.C18h30min – Patriots SB x Manguaça

Primeira divisão: Xernobyl (21), Alambique FC (19 pontos), Sokanelas (18), Boka Bier e Anjos da Noite (16), Demonhos JR (15), Sangue Frio (13) e Al Qaeda JR (12), Saidera (8), Xtotz United e Sombras (6), Meni-nos Da Vila (5), Cevaria e Passa Bola B (4).

Segunda divisão: Fúria (21 pontos), Donos da Bola (20), Smoking (19), Capote (18), Patriots (16), Manguaça (15), Geral Estrela (15), Bud FC (11), Tsuna-mi, Sem Bronca e Hooligans (10), Os Kururus GR (8), Os Kururus NC (5), Thundercats e LDU (1).

Terceira divisão: Brocadores (21), Sokanelinhas (18), Firma (16), Cetudos (15), Galácticos (13), Falka-trua, Só Pela Ceva, Falcons e Cevaria B (12), Super 10, Renegados, Gunners e Alambique Original, Finotrato (6) e Ser Nata (4).

Segunda divisãoTsunami 2 X 3 Geral EstrelaOs Kururus GR 3 X 4 Bud FCCapote FC 3 X 3 HooligansThundercats 2 X 7 Fúria FCDonos da Bola 5 X 2 Os Kururus NCPatriots 1 X 0 Sem BroncaManguaça 2 X 4 Smoking

Terceira divisãoGalácticos FC 1 X 3 Gunners FCFinotrato 5 X 0 Ser NataFalcons 3 X 6 Firma FCSuper 10 1 X 3 Falkatrua FCEBrocadores 2 X 1 Cevaria BSokanelinhas 2 X 1 Renegados Só Pela Ceva 2 X 2 Alambique Original

As disputas da segun-

da etapa do Circuito

Integrado de Padel

Sete/Soges iniciam

no dia 1º de julho, às 19h, na

Soges. No sábado, 2, os jogos

ocorrem a partir das 8h30min.

As duplas que se classificarem

disputam o título no dia 9. No

fim da etapa, ocorre o tradi-

cional jantar com a entrega

da premiação e sorteio de

brindes.

As inscrições podem ser fei-

tas pelo www.setesoges.com.

br Caso haja dificuldades para

efetuá-las, favor contatar com

a Comissão Organizadora,

pelo [email protected].

Faltam oito rodadas para o fim da primeira fase

Os jogos válidos pela 15ª ro-

dada da Copa Soges ocorrem

neste sábado. Até o fim da fase

classificatória, a competição

terá mais oito rodadas. A pri-

meira divisão entra em cam-

po quatro vezes. A segundona,

cinco; e a terceirona, seis.

Até o momento, apenas

uma equipe está classificada à

próxima fase. Trata-se do Xerno-

byl, atual campeão da primeira

divisão. O clube de Teutônia não

pode ser mais alcançado pelo Sai-

dera, primeiro time fora da zona

de classificação.

Em busca do gol milAs redes balançaram 882 vezes

até a 14ª rodada, uma média de

63 gols por rodada. No ano passa-

do, Fabiano Ferreira, o “Cotona”,

do Anjos da Noite, foi o autor do

gol mil da temporada.

Equipes da primeira e

segunda divisão dispu-

tam a 15ª rodada neste

sábado

Segunda etapa do torneio de padel inicia no dia 1º de julho. Finais estão marcadas para o dia 9 de julho

EZEQUIEL NEITZKE

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Lajeado,Quinta-feira, 23 de junhode 2016

Jornalismo / redação: [email protected] Publicidade: [email protected]: [email protected]