ah - principal | 16 e 17 de julho de 2016
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Lajeado, fim de semana,16 e 17 de julho de 2016. Ano 13 - Nº 1636
Avulso: R$ 3,50
Fechamento da edição: 19h
Fim de semana no Vale: Predomínio do sol
Mínima: 4°C - Máxima: 15°C
TEMPONO VALE
Fundado em julho de 2002
TER OU NÃO: câmara debate porte de arma no campo
INDISCIPLINA NA ESCOLA
Conselho cobra responsabilidade
VALE DO TAQUARI
Das 55 enchentesdesde 1940, onzeforam em julhoA
chuva desta semana marca o
mês de julho como o segundo
com mais registros de enchen-
tes em 76 anos. Com 11 ocorrências,
se iguala a agosto e só é superado por
setembro, com 12. Desde a madruga-
da dessa sexta-feira, cerca de 50 fa-
mílias tiveram de sair de casa. Ruas
e parques alagados causam transtor-
nos em várias cidades.
QUE LUGAR É ESSE
Entre Encantado e Nova Bréscia, a comuni-
dade abençoada por Nossa Senhora Medianeira
foi fundada em 1949. Inauguração da igreja
inspirou criação do nome. Conexão
Após o vinho e a festa, surge Linha Divertida
FÁBIO KUHN
Distantes dos quartéis da BM, mora-
dores de áreas rurais padecem de segu-
rança. CRPO admite dificuldades de pa-
trulhas no interior. Projeto no Congresso
quer liberar o porte de arma de fogo
para os agricultores.
Participação da família é funda-
mental, dizem conselheiras
Páginas 4 e 5
Páginas 10 e 11
TERROR NA FRANÇA
Estrelensescontam cenasdo atentado
As irmãs Ana Carolina e Letícia
Giacomelli estavam próximas à
avenida beira-mar, onde homem
matou 84 pessoas. Páginas 8 e 9
Página 6
FELIPE NEITZKE
DIVULGAÇÃO
2 A HORA · FIM DE SEMANA, 16 E 17 DE JULHO DE 2016
INDICADORES ECONÔMICOS
REDAÇÃOAv. Benjamin Constant, 1034/201
Fone: 51 3710-4200CEP 95900-000 - Lajeado - RS
COMERCIAL E ASSINATURASAv. Benjamin Constant, 1034/201
Fone: 51 3710-4210CEP 95900-000 - Lajeado - [email protected]
[email protected]@jornalahora.inf.br
Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade
de seus autores.
Tiragem média por edição: 7.000 exem-plares. Disponível para verificação junto
ao impressor (ZH Editora Jornalística)
Fundado em 1º de julho de 2002Vale do Taquari - Lajeado - RS
EXPEDIENTE
MOEDA COMPRA VENDA
Dólar Comercial 3,2537 3,2543
Dólar Turismo 3,1900 3,3900
Euro 3,6015 3,6022
Libra 4,3069 4,3090
Peso Argentino 0,2212 0,2214
Yen Jap. 0,0309 0,0309
ÍNDICE MÊSÍNDICE
MÊS (%)
ACUMU-LADO
ANO (%)
ICV Mes (DIEESE) 06/2016 0,45 4,72
IGP-DI (FGV) 06/2016 1,63 6,01
IGP-M (FGV) 06/2016 1,69 5,91
INPC (IBGE) 06/2016 0,47 5,09
INCC 06/2016 1,52 3,80
IPC-A (IBGE) 06/2016 0,35 4,42
BOLSAS DE VALORES
PONTOVARIAÇÃO
(%)FECHAMENTO
Ibovespa (BRA) 55578 0,18
cotação do dia anterior até 17h45min
Dow Jones (EUA) 16.027 3,00
S&P 500 (EUA) 1.853 -1,42
Nasdaq (EUA) 5.023 0,00
DAX 30 (ALE) 9.964 0,00
Merval (EUA) 11.400 0,00
Cotação do dia anterior até 17:45h, Valor econômico.
Ouro (dólar) – Onça Troy – USD 1331.3 cotação do dia 15/07/2016
Petróleo (dólar)/Brent Crude – barril – USD 47,37 em 15/07/2016
Salário Mínimo/2016 R$ 880,00
TAXAS E CERTIFICA-DOS (%)
MÊSÍNDICE
MÊS (%)ACUMULADO
ANO (%)
TJLP 7,5
Selic 14.25%(meta)
TR 07/16 0,1621 1,0997
CDI (Mensal) 06/16 1,1605 6,7198
Prime Rate 07/16 3.25 3,25 (Previsto)
Fed fund rate 07/16 0.50 0,25 (Previsto)
Diretor Geral Adair G. WeissDiretor de Conteúdo Fernando A. Weiss
Diretor de Operações Fabricio de Almeida Fernando A. Weiss Fabricio de Almeida
Gilberto [email protected]
Opinião 3A HORA · FIM DE SEMANA, 16 E 17 DE JULHO DE 2016
Pensar fora da caixa
Adair [email protected]
Desde que existe a civilização, as cren-
ças ditam normas, regras e, poucas
vezes, não dividem ou matam ho-
mens e mulheres pelos exageros e
extremismos.
O mundo assistiu com tristeza a mais uma
ação terrorista na França. O glamour e a visão
bucólica em relação ao país se esvaem. Maior
destino turístico na Europa, uma das mais cobi-
çadas nações do mundo se vê amedrontada pelo
terror, fruto do fanatismo ideológico.
Ao mesmo tempo em que a tecnologia e a mí-
dia nos aproximam da tragédia, parece distante
da nossa realidade. Mal percebemos que outros
exageros nos rondam em tempo real, disfarça-
dos, enraizados e já aceitos como “normais”.
Ainda que a matança tenha outro formato,
somos vítimas de um trânsito assassino. Uma
crescente criminalidade expõe as mazelas so-
ciais pela omissão do governo e da sociedade
individualista.
Não paramos para analisar o enredo desvir-
tuado que impera um modus operandi insano
e negligente.
Mas o mundo está mudando, felizmente, e não
apenas para pior. Enquanto alguns se mutilam,
se digladiam ou se matam, outros ampliam sua
compreensão das coisas. E o mais fantástico é
sua origem em gestos simples, sejam de letra-
dos, afortunados ou não. Nascem no terreno
da sensibilidade daqueles que compreendem o
valor da harmonia entre fortes e fracos para re-
aprender a conviver em sociedade.
Não adianta construir muros ao redor de nos-
sas casas e, quando saímos deles, somos ataca-
dos por quem quer dinheiro para comprar dro-
ga ou comida.
Ampliar nossa concepção de sociedade é fun-
damental para melhorar o meio onde estamos
inseridos. Ignorar o desespero de quem está às
margens é tão imprudente quanto o individu-
alismo doentio. Logo adiante a reação nos apa-
nha desprevenidos.
Quem acompanhou a reflexão até aqui pode
pensar que este colunista está usando de uto-
pia. Talvez. Mas já é tempo de nos darmos
conta que pequenas ações e gestos simples, en-
quanto indivíduos, fazem diferença.
A crença messiânica ou absolutista começa a
perder espaço para um movimento mais coletivo
e associativista. Construir alianças sólidas e sau-
dáveis no meio inserido será indispensável para
sobreviver nesta nova sociedade que se impõe.
O assunto é tão real que até a Federasul abor-
dou o tema em recente reunião em Estrela,
para cerca de 50 empresários da região.
Faz tempo que as pessoas estão ávidas por
compartilhar sentimentos, necessidades e afli-
ções. Talvez as redes sociais e o avanço tecno-
lógico têm tornado as relações humanas mais
práticas e, por isso, mais frias e distantes. E
não podemos esquecer que as empresas são fei-
tas com pessoas.
Somos humanos, cheios de virtudes e defei-
tos, por isso mesmo, é que somos seres em cons-
tante transformação.
Evoluir como indivíduo não é, necessaria-
mente, ter mais dinheiro ou fama. As gerações
mais apressadas já dão sinais de colapso entre
o desejo e a real possibilidade. Nem todos serão
Mark Zuckerberg. Compreender isso ajuda.
Não é parar de ousar ou desejar. Mas cabe o
pensamento de Albert Einstein: “Procure ser uma
pessoa de valor, em vez de procurar ser uma
pessoa de sucesso. O sucesso é consequência”.
Prestar atenção nos movimentos que se multi-
plicam a cada dia, seja por meio das redes so-
ciais, sociedade organizada ou do simples movi-
mento artístico da praça, facilita a compreensão
de que algumas coisas começam a mudar.
E a grande mudança começa pelo pensamen-
to, livre de crenças extremistas, individualistas
ou limitantes.
Eis o motivo do título acima!
Evoluir como indivíduo não é, necessariamente, ter mais
dinheiro ou fama. As gerações mais apressadas já dão sinais
de colapso entre o desejo e a real possibilidade. Nem todos serão
Mark Zuckerberg.”
4 A HORA · FIM DE SEMANA, 16 E 17 DE JULHO DE 2016
Lei sugere porte de arma de fogo aos produtores
Vale do Taquari
A histórica escassez de soldados da Brigada Militar (BM) e po-liciais civis no estado atinge estatísticas preocupantes. Em
2016, serão mais de 30 aposentadorias só na região, em detrimento ao pouco acesso de novos servidores públicos. Diante dis-so, a insegurança nas áreas urbanas e no meio rural traz à tona a discussão sobre as dificuldades de acesso às armas pela população.
Mais distantes dos quartéis da BM, moradores de áreas rurais sofrem com o pouco policiamento ostensivo nas proxi-midades das lavouras, galpões e residên-cias. Diversos agricultores são obrigados a garantir, pessoalmente, a segurança das propriedades. E, para isso, muitos têm ar-mas sem registro ou porte legal.
É o caso de um agricultor de 48 anos, dono de uma chácara localizada no in-terior de Progresso. O uso de arma de fogo para proteção da propriedade ru-ral faz parte da rotina. Desde jovem, ele teve uma espingarda em casa. “Até uso para caçar, mas a finalidade principal da minha espingarda calibre 20, cano duplo, é proteger a propriedade e a famí-lia”, comenta.
Ele vive distante 22 quilômetros da sede do município, cujo centro urbano tam-bém conta com pouco efetivo policial. A propriedade dele fica na divisa com Bar-
ros Cassal. O sentimento de isolamento e vulnerabilidade perante a ação de crimi-nosos é constante. Agricultor de Progresso
Até uso para caçar, mas a finalidade
principal da minha espingarda
calibre 20, cano duplo, é proteger a propriedade e a
família.”
ESTATUTO DO DESARMAMENTO
Alterações na burocracia para uso de armas de fogo
geram discordância. Enquanto trabalhadores de áreas
rurais reivindicam mais segurança e facilidades para
garantir o porte, chefe do Comando Regional de
Policiamento Ostensivo (CRPO) vê com preocupação as
possíveis alterações no estatuto criado em dezembro
de 2003. Projeto deve ir à votação no plenário da
Câmara dos Deputados.
“Nessa região é muito comum os cri-mes de abigeato. Temos poucas cabeças de gado e preciso proteger nosso patri-mônio.” Além dos criminosos, o produtor rural reclama da presença de “bichos do mato” que comem as galinhas. Com a espingarda, ele garante conseguir, ao me-nos, espantar esses invasores.
Diante dessas dificuldades, o agricul-tor considera imprescindível a facilidade
ficamos receosos. Este ano, foram vários furtos na re-gião. Não tenho medo de ati-rar em caso de emergência. Conquistei tudo com muito trabalho.”
Sobre o processo para ad-quirir uma arma legalizada, Neitzke reclama da burocra-cia e da demora. Para ele, a possibilidade do porte faci-litaria o uso da espingarda dentro de toda a proprieda-de, como uma ferramenta de proteção. “Como só tenho o registro, não posso usar a arma em qualquer lugar. E pouco podemos contar com a polícia. Estamos distante dos centros urbanos.”
Ele comenta ainda so-bre a facilidade de acesso às armas pelos criminosos no país. Para ele, isso ocor-
re mesmo com as campanhas de desar-mamento. “Nós, cidadãos de bem, não podemos andar armados em nossa pro-priedade. Mas os bandidos andam com armamento melhor que a polícia em qualquer lugar”, reclama.
Próximo da divisa de Boqueirão com Sinimbu, Ederson Neitzke é responsável pela segurança da propried
na liberação do porte de armas para quem trabalha no campo. Cita que o uso de uma arma na rua é diferen-te de ter uma espingarda em casa. “Nós só queremos proteger nossa família e nossos bens. Com o aumen-to da criminalidade, se não nos precavermos, viramos alvos fáceis”.
Hoje, sem registro ou por-te de arma, ele corre riscos perante a lei. Se flagrado com o objeto, poderá ser penalizado pelo crime de “posse ou porte irregular de arma de fogo de uso permi-tido”, cuja pena de detenção varia de um a quatro anos, com multa.
“Pouco contamoscom a polícia”
Agricultor em Estância Schmidt, loca-lidade próxima à divisa com Boqueirão
do Leão, Ederson Neitzke, 29, tem uma arma registrada desde 2012. A espingar-da é utilizada para inibir o acesso de cri-minosos. “Produzimos muito tabaco, e
5A HORA · FIM DE SEMANA, 16 E 17 DE JULHO DE 2016
Reportagem: Rodrigo Martini e Felipe Neitzke
Projeto visafacilitar o porte
Hoje, conforme a lei que dispõe sobre
a comercialização de armas de fogo e
munição, as pessoas residentes em áreas
rurais só podem adquirir o porte quan-
do atingirem idade acima dos 25 anos e
comprovarem “depender do emprego de
arma de fogo para prover sua subsistên-
cia alimentar familiar”.
Eles se estabelecem na categoria de
“caçador”, e só podem adquirir artefa-
tos de tiro simples, com um ou dois ca-
nos, de alma lisa e de calibre igual ou
inferior a 16, desde que o interessado
comprove a efetiva necessidade. Sem tal
comprovação, o morador da área rural
só conseguirá adquirir a posse de arma.
Já aprovado pela Comissão Especial
da Câmara dos Deputados, um projeto
de lei do deputado Rogério “Peninha”
FELIPE NEITZKE
da divisa de Boqueirão com Sinimbu, Ederson Neitzke é responsável pela segurança da propriedade. Para ele, é preciso atualizar a legislação, permitindo o porte para os agricultores
LEI
Como é: no meio rural, o porte de armas só é libera-do a maiores de 25 anos que comprovem depender do emprego de arma de fogo para prover sua sub-sistência alimentar familiar, mediante atestado de bons antecedentes e comprovan-te de domicílio. A cada três anos, é necessário renovar.
Como pode ficar: no meio rural, o porte de arma seria liberado para residen-tes em áreas rurais maiores de 25 anos que comprovem a necessidade para subsis-tência e defesa pessoal, da família ou do patrimônio. O porte dependerá da apre-sentação de identidade, comprovante de residência e atestado de bons antece-dentes, e terá validade de dez anos.
Mendonça busca regulamentar a posse e
o porte de armas. Nessa proposta, tam-
bém recebeu parecer favorável o subs-
titutivo proposto pelo deputado federal
gaúcho, Afonso Hamm (PP), que cria a
licença do Porte Rural de Armas.
A proposta de Hamm, visa permitir
o porte aos proprietários de residências
no campo e aos trabalhadores rurais,
maiores de 25 anos, residentes na área
rural, e que “dependam do emprego de
arma de fogo para proporcionar a defesa
pessoal, familiar ou de terceiros, assim
como, a defesa patrimonial”.
“A principal reivindicação dos traba-
lhadores do campo é a falta de seguran-
ça, cada vez mais latente. Isso ocorre
pois as propriedades rurais ficam des-
providas de polícias fazendo ronda nas
localidades e, também, a falta de acesso
à telefonia e internet”, avalia o parla-
mentar gaúcho.
De acordo com o texto, que carece de
aprovação no plenário da câmara e do
Senado, a licença só será concedida após
apresentação documental, comprovan-
te de residência e atestado de bons an-
tecedentes. O porte seria de dez anos e
ficaria restrito aos limites da proprieda-
de rural, condicionada à demonstração
simplificada “de habilidade no manejo
da categoria de arma”.
“Armas só poderiamser portadaspor policiais”
Para o major da BM e comandante in-
terino do CRPO no Vale do Taquari, Ivan
Silveira Urquia, as dificuldades encon-
tradas para monitorar áreas interiora-
nas estão relacionadas às grandes exten-
sões rurais. “Há estradas em mau estado
de conservação e eventuais dificuldades
de comunicações, seja pela rede de rádio
da BM bem como por meio do uso de te-
lefones celulares.”
Sobre o porte de armas para agriculto-
res, ele afirma ser favorável ao desarma-
mento. “Armas só poderiam ser portadas
por policiais militares, civis e federais.
Claro que, nesse caso, a legislação deve-
ria ser mais gravosa para quem fosse
flagrado portando armas irregularmen-
te”. Como exemplos, cita penas maiores
e a impossibilidade de receber benefícios
como progressão de regime.
Urquia defende que pessoas flagradas
com armas irregulares devem cumprir
a pena na íntegra e em regime fechado.
Para ele, armar a população não resol-
verá o aumento da violência. “Ao con-
trário, vai favorecer acidentes domés-
ticos e suas dramáticas consequências.
E vai servir para armar mais e mais os
criminosos.”
Cidades
A HORA · FIM DE SEMANA, 16 E 17 DE JULHO DE 20166
BOM RETIRO DO SUL – A Secretaria de Obras,
Viação, Urbanismo e Trânsito concluiu a obra de
pavimentação de 1.350 metros quadrados com
paralelepípedo da estrada principal de Pinhal,
trecho próximo à igreja.
Foram investidos cerca de R$ 50 mil em terrapla-
nagem, material e mão de obra. A empresa Atlas
do Brasil doou o paralelepípedo.
Município conclui pavimentação de estrada
Levam as crianças
para a escola
esperando que a
instituição imponha
a disciplina que eles
não conseguiram
Cida Leivas
Coordenadora do Conselho
ENTENDA O CASO
Lajeado
A ameaça da direção da
escola São João Bosco de
fechar turmas devido à
indisciplina dos alunos
repercutiu nos órgãos de prote-
ção à criança e ao adolescente.
Representantes do Conselho Tute-
lar afirmam que o problema não
ocorre apenas no colégio do bairro
Conservas. Para elas, é resultado
da falta de imposição de limites
por parte das famílias.
De acordo com a coordenadora,
Cida Leivas, o conselho está aten-
do ao caso e só não participou da
reunião promovida na escola de-
vido a um atendimento de urgên-
cia que exigiu a presença de todos
os conselheiros. Segundo ela, a
questão envolvendo o colégio vio-
la o direito à educação e deve ser
encarada com seriedade.
“Não é uma determinação na
qual o Conselho tenha gerência”,
alega. Conforme Cida, a atribui-
ção do órgão é assegurar que os
alunos sejam transferidos de co-
légio caso a instituição decida en-
cerrar turmas.
Para a conselheira Tatiane Ma-
chado, a escola é soberana na es-
colha pela medida a ser adotada.
Mesmo assim, afirma ser funda-
mental os espaços de conversas
entre pais, alunos e professores e
a equipe diretiva para tentar so-
lucionar os conflitos.
“Nós apoiamos as escolas no en-
caminhamento de alunos e suas
famílias ao Conselho Tutelar”,
Pais transferem educação, diz ConselhoConforme órgão, problemas nas escolas decorrem da falta de atuação familiar
aponta. Segundo ela, se órgão
julgar necessário, as crianças ou
adolescentes são encaminhados
para acompanhamento nas redes
de proteção.
De acordo com as conselheiras,
o mecanismo é usado por todas
as escolas, inclusive a São João
Bosco. Conforme Cida, o aumento
nos casos de indisciplina nas ins-
tituições de ensino é resultado da
ausência de limites e orientações
por parte da família.
“Levam as crianças para a es-
cola esperando que a instituição
imponha a disciplina que eles não
conseguiram”, alega. Na opinião
da conselheira, o cenário é resul-
tado da desestruturação social de
famílias que terceirizam a respon-
sabilidade pelos filhos.
Críticas ao órgãoDurante a reunião de terça-
-feira, alguns pais justificaram a
ausência de punições aos filhos
por uma suposta proteção exces-
siva do Conselho Tutelar. Alega-
ram, inclusive, que as crianças
ameaçam chamar o órgão quan-
do são contrariadas.
Para Cida, as críticas demons-
Conselheiras relatam o crescimento nos casos de indisciplina escolar
THIAGO MAURIQUE
Os casos de indisciplina na escola São João Bos-co, do bairro Conservas, ameaçam o trabalho dos educadores. Conforme a direção da escola, os alunos confrontam professores e impedem a realização das aulas. Diante do problema, uma das medidas cogitadas é o fechamento de turmas.
Na terça-feira, 12, o assunto foi tema de reunião com representantes da Polícia Civil e do Ministério Público. O encontro fez parte das ações do Núcleo de Polícia comunitária e surgiu a partir de conversas entre a direção e a delegacia de Lajeado.
Durante a reunião, pais, alunos, professores e a equipe diretiva entraram em um acordo para manter o funcionamento das turmas. Ficou decidido que os casos mais graves, envolvendo ameaças, calúnia, difama-ção e dano ao patrimônio, serão imediatamente regis-trados na polícia e comuni-cados aos pais.
Os órgãos participantes do núcleo de polícia comu-nitária também se coloca-ram à disposição para con-tinuar o trabalho na escola. As próximas reuniões estão marcadas para agosto, após as férias de inverno.
tram desconhecimento sobre as
atribuições do Conselho, mas
não surpreendem. Segundo ela,
não são raros os casos de pais
que entram em contato relatan-
do situações de desobediência
corriqueiras.
“Dia desses uma mãe ligou para
o telefone do plantão às 3h da ma-
nhã para que a gente desligasse o
videogame do filho”, alega. Con-
forme Cida, o órgão só interfere
nas situações em que não há um
responsável na família ou esse res-
ponsável se torna agressor.
Para a conselheira, esse tipo de
interpretação é uma desculpa dos
pais para se eximir das responsa-
bilidades. “São pessoas que criam
os filhos sem limites, sem orienta-
ção, e depois ficam descontentes
com o comportamento.”
De acordo com a conselheira
Francine Radaelli, alguns pais
também apontam o Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA)
como a causa para a ausência
de punições. Segundo ela, a legis-
lação não impede castigos, desde
que não incluam agressões.
O Conselho Tutelar está dispo-
nível 24 horas, por meio do 9865-
7430. A sede fica na rua Francisco
Oscar Karnal, 440. O atendimento
é de segunda a quinta-feira, das
8h às 11h30min e das 13h30min
às 16h45min. Na sexta-feia, das
8h às 14h .
Cidades 7A HORA · FIM DE SEMANA, 16 E 17 DE JULHO DE 2016
LEGISLAÇÃO RECENTE
Estado
Uma mensagem divul-
gada por grupos no
aplicativo Whatsapp
pode gerar problemas
aos motoristas desavisados. O
texto é uma recomendação do
Ministério Público ao comando da
Brigada Militar, para que o órgão
não multe motoristas pelo uso de
dispositivos de LED chamados Fa-
róis de Rodagem Diurna, DRL na
sigla em inglês.
A confusão ocorre devido à lei
que obriga motoristas a utiliza-
rem os faróis baixos durante o
dia nas rodoviárias. A legislação
vigora desde o dia 8. O descumpri-
mento resulta em multa de R$ 85
e perda de quatro pontos na CNH.
Conforme o soldado da Polícia
Rodoviária Estadual de Teutô-
nia, Ivan Bueno, a determinação
do MP não interfere na obrigato-
riedade. Segundo ele, a medida
foi adotada devido a um número
significativo de motoristas que
adaptam kits de LED para imitar
o DRL de fábrica.
“O dispositivo está presente em
alguns carros. A determinação é
de não multar esses veículos”, ale-
ga. Porém, lembra que os proprie-
Determinação sobre uso de faróis acesos confunde motoristasMinistério Público permite dispositivos de LED originais de fábrica
tários que adaptarem os kits es-
tão sujeitos a penalidades se não
obtiverem permissão por meio de
laudos do Detran.
“Qualquer mudança desse tipo
nos veículos precisa passar por
vistoria para ser autorizada”,
ressalta. Bueno traça um para-
lelo com a situação envolvendo
as lâmpadas de xenon. Popular
há alguns anos, o sistema de luz
branca foi proibida em 2011 por
De acordo com a PRE de Teutônia, os motoristas precisam ficar atentos à nova lei para evitar punições. Como o único disposi-tivo que pode substituir o farol baixo é o DRL, condutores que liga-rem apenas luzes de posição ou faroletes recebem multas.
A lei se origina de uma orientação de 1998 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Para o ór-gão, a medida é capaz de reduzir o número de colisões frontais, principal causa de morte nas estradas. A regra já valia para as motocicletas.
Farol de Rodagem Diurna (DRL) pode substituir o farol baixo nas estradas, desde que o sistema venha instalado
resolução do Conselho Nacional
de Trânsito (Contran). A determi-
nação encerrou a comercialização
de carros com o item de fábrica.
De acordo com o policial, todos
os carros com esse tipo de farol
são averiguados. Se o acessório
faz parte do projeto original do
carro, a infração não é aplicada.
Proprietários que adaptarem kits
xenon pagam multa de R$ 127 e
perdem cinco pontos na CNH.
Insegurança jurídicaPela determinação do MP, mo-
torista podem usar o DRL duran-
te o dia em substituição à luz
baixa nas rodovias. A medida
vale somente para as estradas
fiscalizadas pela Brigada Militar
e até que o Contran se posicione
quanto ao assunto.
No entendimento da promoto-
ria, a aplicação de multas pelo
CRBM nesses casos pode resultar
no ajuizamento de ações contra
o poder público. Para o MP, isso
implicaria na movimentação
da máquina judiciária e, conse-
quentemente, no gastos de recur-
sos do Estado.
O Departamento Nacional de
Trânsito (Denatran) divulgou
um ofício sobre o tema. Para o
órgão, faróis de rodagem diur-
na podem ser utilizados para
os fins exigidos pela legislação.
Desde então, a regra passou a
ser seguida nas estradas fiscali-
zadas pela Polícia Federal.
ANDERSON LOPES
Lajeado
A 2ª Promotoria de Justiça
Cível organiza audiência pú-
blica para debater o acesso à
informação no âmbito muni-
cipal, por meio do Portal da
Transparência. O evento ocor-
re no dia 9 de agosto, das 14h
às 17h, no auditório do Minis-
tério Público.
Conforme o promotor de Jus-
tiça, Neidemar José Fachinetto,
a audiência é aberta à toda
a comunidade. Interessados
em fazer exposição durante o
evento devem se inscrever pelo
até 18h de segunda-feira, dia
8. Cada intervenção respeita
o limite prévio de 10 minutos.
Na sequência, demais partici-
pantes poderão contribuir com
o debate, também respeitando
os limites estabelecidos pela
coordenação.
Audiência debate
acesso à informaçãoPaís
O Ministério da Educação ava-
lia um novo modelo para o Fun-
do de Financiamento Estudantil
(Fies). A intenção do governo in-
terino é assegurar a sustentabi-
lidade do programa e ampliar o
número de vagas ofertadas.
De acordo com o ministro da
Educação, Mendonça Filho, a ex-
pectativa é que a novo modelo,
chamado pelo ministro de Fies
Turbo, possa ser lançado em
2017. “Esse novo modelo deman-
dará um processo de discussão
de 6 a 8 meses.”
O ministro da Educação disse
que o debate terá a participa-
ção das instituições privadas
de ensino, do Banco do Brasil e
da Caixa Econômica, especia-
listas e acadêmicos. Mendonça
Filho citou também a possibili-
dade de participação de bancos
privados.
MEC discute reformulaçãoe aumento de vagas no Fies
Mais vagasO ministro afirma que a am-
pliação da oferta de vagas do
Programa Universidade para To-
dos (ProUni) também é estudada.
Para isso, aponta mudança dos
critérios para a ocupação de va-
gas remanescentes. Segundo ele,
a ampliação no número de estu-
dantes na educação superior é
necessária para o cumprimento
das metas do Plano Nacional de
Educação (PNE).
8 A HORA · FIM DE SEMANA, 16 E 17 DE JULHO DE 2016
Vale do Taquari
“Escutava o barulho
seco do caminhão
batendo e esma-
gando as pessoas.
Vi, pelo menos, dez mortos no
chão. Era uma cena de guerra.”
O depoimento é da estrelen-
se Ana Carolina Giacomelli, 39.
Ela vive em Nice com o marido
e o filho faz nove anos. Na noite
dessa quinta-feira, por volta das
22h30min (17h30min de Brasília),
estava na companhia da família
e de amigos na beira da praia,
ao lado da famosa avenida Pro-
menade des Anglais. Bebia vinho
durante o piquenique na orla do
Mediterrâneo.
Ela acompanhava os fogos em
comemoração ao 14 de Julho,
data em que os franceses cele-
bram a Queda da Bastilha, ocor-
rida em 1789. Milhares de turistas
estavam no local. Em questão de
segundos, a festa se transformou
em carnificina.
Carolina, que trabalha em uma
Estrelenses relatam terror vivido no atentado na FrançaIrmãs nascidas em Estrela testemunharam a morte de 84 pessoas
hotel de luxo da cidade, viu deze-
nas de pessoas pulando o muro
com pouco mais de dois metros
que separa a praia e o asfalto da
avenida beira-mar. Elas fugiam
de um caminhão aparentemente
desgovernado que “esmagava”
os pedestres. Tudo demorou pou-
co mais de cinco segundos, con-
forme a brasileira. “Mas parecia
muito mais.”
Em outro ponto da Promenade
des Anglais, a irmã de Carolina,
Letícia Giacomelli, assistia a tudo
do local de trabalho, na cobertu-
ra de um hotel à beira-mar. “Eu
estava trabalhando no bar, com
vista para a avenida. De repente
uma cliente começou a gritar que
haviam mortos na Promenade.
Dava para ver tudo. Pessoas cor-
rendo, gritando.”
Letícia foi impedida de deixar o
local por questões de segurança.
“Logo me dei conta que minha fa-
mília estava lá”, relembra. “Aí foi
um desespero. Porque na verdade
todo mundo demorou alguns mi-
nutos para perceber a gravidade.”
Passou 15 minutos até o contato
com a irmã. “Foram minutos de
terror”, resume a também es-
trelense que vive faz 11 anos na
Riviera Francesa, e não pretende
deixar a cidade. “Amo esse lugar
e acredito na paz.”
São 84 mortose mais de 100 feridos
“Não vivíamos algo seme-
lhante desde a 2ª Guerra Mun-
dial. Com esse ataque e os ou-
tros em Paris, estamos vivendo
o nosso 11 de Setembro. A cidade
está morta, vazia. Deveria estar
cheia, pois estamos no meio da
temporada de verão. Mas os tu-
ristas estão escondidos”, resu-
me o francês Jean Lin Larroque,
37, que nasceu e vive em Nice, e
é ex-marido de Letícia.
Conforme informações do
Serviço de Inteligência da Fran-
ça, o caminhão que atropelou
mais de cem pessoas – são pelo
menos 84 mortos – era condu-
zido pelo tunisiano Mohamed
Lahouaiej Bouhlel, 31, divor-
ciado e pai de três filhos. Ele foi
morto a tiros pela polícia ainda
dentro da cabine do veículo. A
viúva do camioneiro foi detida
nessa sexta-feira pelos investi-
gadores franceses.
O documento de identida-
de do suposto terrorista, que
tinha ficha criminal por pe-
quenos crimes, foi encontrado
na cabine, junto a granadas e
armas. Conforme a agência de
notícias France Presse, Bouhlel
é descrito por vizinhos como
“solitário” e “silencioso”, e não
parecia ser uma pessoa religio-
sa. Ele vivia no quarto andar
de um prédio social, na perife-
ria ao norte de Nice.
Polícia francesa trata o caso como um atentado terrorista. Até o momento, nenhum grupo radical se manifestou sobre possível participação
Foto de Ana Carolina foi feita, duas horas antes do atentado, na beira da
praia de Nice, na Riviera Francesa. Ela mora na França faz nove anosAna Carolina
Testemunha
[...]eu peguei meu
filho e corri para
dentro da água.
Lá fiquei por mais
ou menos meia
hora esperando.
Não sabia se
podia vir uma
bomba.”
DIVULGAÇÃO
ARQUIVO PESSOAL
18%das agressões contra mulheres
aconteceram em casa.Fonte: IBGE, 2009.
Nos 10 primeiros meses de 2015, do total de 63.090 denúncias de
violência contra a mulher:
- 31.432 corresponderam a denúncias de violência física (49,8%);
- 19.182, de violência psi-cológica (30,4%).
Dos atendimentos registrados
em 2014, 77,8% das vítimas
tinham filhos, dos quais 80,4% presenciaram ou sofreram a violên-
cia com as mães.
Fonte: Ligue 180.
Números
9A HORA · FIM DE SEMANA, 16 E 17 DE JULHO DE 2016
Olha, o tempo que eu vi o caminhão passando durou uns cinco segundos”
A estrelense Carolina Giacomelli testemunhou o atentado em Nice
A Hora – Onde você estava e o que viu na trágica noite de quinta--feira?
Carolina Giacomelli – Eu estava na Promenade, com amigos. De repente, depois dos fogos, ouvimos uma gritaria e vimos as pessoas pulando da avenida para a parte do mar da orla, e um caminhão em alta veloci-dade passou esmagando as pessoas. Foi terrível. As mães gritando, crianças mortas. Eu devo ter visto pelo menos dez pessoas mortas no chão. Foi uma situação de guerra mes-mo. Ele andou do início da Promenade até a esquina do Casino Barrière Le Ruhl, isso dá um quilômetro. E nesse trajeto ele foi esmagando todo mundo.
Quanto tempo durou entre o último suspiro tranquilo e o fim da cor-reria?
Carolina – Olha, o tem-po que eu vi o caminhão passando durou uns cinco segundos. Vi ele por mais ou menos cem metros. Foi muito rápido. Estávamos vendo os fogos e tomando um vinho. E nesses cinco segundos eu escutei um barulho seco do caminhão esmagando as pessoas. As mães gritando. Depois ele seguiu pela avenida. Mas o tempo que eu vi ele foi isso, cinco segundos. Parecia muito mais.
A Hora – E o que acon-teceu depois?
Carolina – Na verdade, quando eu percebi, quando me dei conta de que pode-ria ser um atentado, peguei meu filho e corri para dentro da água. Lá fiquei por mais ou menos meia hora espe-rando. Não sabia se podia vir uma bomba. Ouvia barulhos que pareciam tiros, mas não sabíamos se era tiro ou ainda fogos. Pois, mesmo depois da festa, o pessoal seguiu atirando foguetes. Então fiquei dentro da água esperando a coisa
acalmar, e com medo de bomba. Pois, se tratando de atentado, é nisso que tu pensa direto. Quando eu subi para a avenida, já estava a polícia, muitos bombeiros em todo lugar. E eu pessoalmente vi dez pessoas mortas no chão, esmagadas.
Após o tumulto, vocês foram logo para casa?
Carolina – Para sair, como estávamos em vários casais com crianças, e como o meu carro estava mais próximo, ficou acordado que eu levaria as crianças todas para minha casa. Então a polícia me escoltou, eu, meu filho de 5 anos e outras quatro crianças, até meu carro. Todos viram bas-tante mortos. Os policiais verificaram o carro todo e minha bolsa, pois, a partir do momento que há um atentado, todo mundo é um suspeito em potencial.
A França é hoje o prin-cipal alvo desses novos terroristas. Como lhe parece a vida a partir de agora em Nice?
Carolina – Está todo mundo muito chocado. Nice é uma cidade muito alegre, com muito turista, e hoje de manhã, no mercado, senti aquele “climão”. Todo mun-do meio anestesiado. Eu já tenho um pouco de habitude com terrorismo. Estava em Paris em novembro passado. Acaba não chocando tanto. Mas o primeiro pensamento é não entrar no jogo deles. Não ter medo da vida. Pois é justamente isso que eles querem. Querem que abai-xamos nossa cabeça. E essa é a primeira coisa que nós, cidadãos do mundo, preci-samos evitar. Percebo que tudo isso reflete sobre os muçulmanos. Tu acaba ven-do todos como um terroris-ta, pois os novos terroristas não mostram mais que são radicais islâmicos. Por isso fica muito difícil de detectar essa gente. E, infelizmente, tu acaba generalizando. E percebo, por mim e entre conhecidos, uma forma de evitar conviver com eles, por mais que saibamos que nem todos são iguais.
Vale do Taquari
O Serviço de Assistência Jurídica da Univates (Sajur) faz a defesa gra-
tuita de vítimas de violência pela Lei Maria da Penha. Sen-sibilizados com as dificuldades enfrentadas pelas mulheres, os profissionais do Sajur desen-volveram, em parceria com o curso de Psicologia da Univates, projeto para acolher, apoiar e dar suporte às mulheres. O Re-começar foi criado em 2014. É realizado pelas disciplinas de estágio do curso de Psicologia da Univates. Todas as semanas, um grupo de estagiárias faz a me-diação do encontro de mulheres em situação de violência domés-tica. Até hoje, cerca de 80 mulhe-res contaram suas histórias.
As estudantes Geni Inês Anto-niazzi e Ana Maria Kist, ambas
Grupo oferece auxílio para mulheres vítimas de violênciaIniciativa é do do curso de Psicologia da Univates
do 8º semestre do curso de Psicolo-gia, admiram a autonomia que o grupo desenvolveu. "Foi de fato um recomeço para essas mulheres. Elas viraram grandes protagonistas. A rede de apoio que se formou foi fun-damental e de grande crescimento para todas", comenta Geni.
O grupo também formou diver-sas militantes pelo fim da violên-cia. "Muitas mulheres que conse-guiram sair da violência hoje são porta-vozes da busca pela Justiça. Ministram palestras, participam de entidades, dão suporte às no-vas ingressantes quanto aos cami-nhos a serem percorridos, serviços que funcionam e os que não fun-cionam também", relata Ana.
O grupo se reúne todas as ter-ças-feiras a partir das 14h30min. Os encontros são realizados na sede do Sajur, em Lajeado (aveni-da Benjamin Constant, 2718, bair-ro Florestal).
10 A HORA · FIM DE SEMANA, 16 E 17 DE JUNHO DE 2016
Das 55 enchentes ocorridas desde a década de 40, 11 foram no mês de julho. A quanti-dade é igual a de agosto e só infe-rior ao mês de setembro, que soma 12 cheias
Julho é o 2º mês com mais cheias desde 1940
ANTES DO FRIO, ENCHENTE
Vale do Taquari
O alagamento em pon-tos dos bairros Praia, São José, Centro e do Hidráulica obrigou,
na sexta-feira, 15, à retirada de 40 famílias dos pontos mais afe-tados de Lajeado. Além do mu-nicípio, os alagamentos atin-giram Estrela, Cruzeiro do Sul, Colinas, Arroio do Meio, Encan-tado e Imigrante. Nos últimos 76 anos esta é a 11ª enchente registrada no Vale do Taquari só
no mês de julho.Ele só é superado por setembro
como maior histórico de enchen-tes na região, com 12 ocorrências e se iguala a outubro, também com 11. Entre 1940 e 2015, o Vale foi atingido por 55 inundações.
A maior foi em 6 de maio de 1941, quando o nível do rio che-gou em 29,92 metros. Na época foram 22 dias ininterruptos de chuva e 40 mil desabrigados no estado. O acumulado foi de 619 mm de água.
Lajeado é mais afetadaNa primeira cheia de 2016,
às 3h dessa sexta-feira a estação de monitoramento CRPM de Es-trela marcava a cota de 16,20 me-tros. O transbordamento começa a partir dos 17 metros. Apesar do tempo seco ao longo do dia, às 18h30min, foi marcado o pico de 22,36 metros.
Lajeado foi o município mais afetado. No início da manhã de sexta-feira, o coordenador da De-fesa Civil, André Siebra, acompa-nhou a retirada das famílias do bairro Praia, São José e Centro. Ao
todo, mais de 40 precisaram ser transferidas. Elas foram encami-nhadas para o Parque do Imigran-te ou para a casa de familiares e amigos.
Com a elevação do nível do rio, o coordenador trabalhava com a projeção de até 24 metros. Segun-do ele, a situação já chamava a atenção às 22h da quinta-feira.
Veículos estacionados na Aveni-da Décio Martins Costa, no Hidráu-lica, também foram afetados. Três precisaram ser removidos pelo Departamento de Trânsito. Vias como Francisco Oscar Karnal, Santos Filho e Carlos Spohr Filho, no centro; além da Arnoldo Ury no Moinhos e Pedro Petry, bairro Universitário tiveram o trânsito interrompido devido ao acúmulo de água.
Desde a década de 1990 a casa de Airton Kollet, 50, é atingida pelas águas. Trabalhador da cons-trução civil, ele comemora o fato de nunca ter perdido nada com as enchentes, apesar da apreensão gerada a cada nova inundação.
Os preparativos para mais uma saída do local iniciaram às 5h,
com a ajuda de familiares. Pas-sava das 9h quando o caminhão chegou para levar a mobília. “Per-demos um dia de trabalho para conseguir tirar as coisas. Se não fossem os parentes, não sei se con-seguiria a tempo.”
Móveis na ruaAntes de serem retiradas, mui-
tas famílias aguardavam com móveis nas calçadas. Júlia Perei-ra, 26, circulava com um carrinho de bebê entre a movimentação de caminhões e da Defesa Civil. Desde a noite, ela já havia deixa-do tudo preparado para deixar a casa, na rua Borges de Medeiros, onde mora com os filhos de três meses e sete anos. A rotina se re-pete desde 2003.
Assim como ela, Débora Silva, 26, buscava informações enquan-to amigos ajudavam a preparar a mudança. Há quatro meses no bairro São José, a situação causou surpresa para ela. “É tão difícil conseguir as coisas, não dá para deixar tudo assim.”
Transtornos pela regiãoEm Estrela, três famílias foram
retiradas das residências até o meio da tarde de ontem. De acor-do com a Defesa Civil do muni-cípio, a medida foi tomada antes da água chegar nas residências. Duas foram encaminhadas para o abrigo e uma para a casa de parentes. As casas ficam na rua Jacob Hallmann, atrás do campo do clube Estrelense. No fim da tar-de, mais duas famílias, do bairro Moinhos, Loteamento Marmitt,
Airton Kollet, 50, mora no bairro Praia. Casa fica em área alagável. Apesar do incômodo, nunca teve prejuízos maiores Na av. Décio Martins Costa, em Lajeado, nível da água subiu rápido e veículos precisaram ser retirados à
PREVISÃO
DO TEMPO
Sábado Sol entre nuvens
mínima – 6ºC máxima – 15ºC
Domingo Dia de sol
mínima – 4ºC máxima – 13ºC
Segunda-feira Dia de sol
mínima – 4ºC máxima – 15ºC
MARCELO GOUVÊA
11A HORA · FIM DE SEMANA, 16 E 17 DE JULHO DE 2016
Reportagem: Marcelo Gouvêa, Fábio Kuhn, Eduardo Amaral e Giovane Weber
VIVIANE BAGATINNI/CHINELAGEM PRESS
precisaram sair de casa devido ao avanço da água. Pela manhã, a cheia alcançou a escadaria. O ponto turístico foi interditado.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Arroio do Meio, Antenor dos Santos, três famílias saíram de casa. De acordo com boletim das 18h dessa sexta--feira, a previsão é que mais 17 precisariam ser transferidas. No município, um total de seis vias tiveram interdição parcial.
Em Colinas, a ERS-129 também foi interditada. A situação não causou surpresa para Seno Mes-ser, 55. Ele mora há 30 anos na localidade de Linha Harmonia e utilizou uma galho para se guiar na travessia. “Aqui fecha fácil,
toda vez que chove, a gente fica ilhado”, resumiu. No município vizinho, Imigrante, deslizamen-tos comprometeram a estrada entre Linha Rosenthal e Boa Vista 37. O trânsito foi interrompido.
No fim da tarde o trecho da ERS -130 o acesso entre Mariante e Cruzeiro do Sul foi bloqueado. O trecho fica entre as comuni-dades de Bom Fim e São Miguel. Outro trecho interditado foi entre a mesma Bom Fim e Linha Sítio, que teve passagem interrompida por volta das 17h. Já em Encan-tado foram registrados danos em estradas da área rural além de alagamentos em espaços públi-cos.
Temperaturasnegativas e geada
Neste sábado, ainda deve cho-ver nas cidades do Extremo Nor-te, próximas a Santa Catarina, da Região Metropolitana, da Ser-ra e do Litoral. Nas outras áreas, o dia ficará estável, e a tempera-tura cai gradualmente. A míni-ma prevista para o Estado é de 1°C, em São José dos Ausentes, e a máxima de 18°C, deve ocorrer em Torres.
No Vale do Taquari, segundo a auxiliar técnica do Centro de Informações Hidrometeoro-lógicas da Univates, Carolina Heinen, o amanhecer e a noite serão gélidos.
No domingo, ainda haverá áre-as de instabilidade em algumas regiões, por causa dos ventos que sopram do mar. Também há possibilidade de ocorrer chuva
av. Décio Martins Costa, em Lajeado, nível da água subiu rápido e veículos precisaram ser retirados às pressas Morando faz 30 anos em Colinas, Seno Messer está acostumado com as cheias
Espaços públicos de Encantado ficaram submersos nessa sexta-feira
congelada ou queda de neve na Serra. “A mínima será de 4ºC. Há risco de formação de geada.”
Na segunda-feira, o frio se in-tensifica por causa do tempo firme. São esperadas geadas ge-neralizadas e mínima de -3°C em São José dos Ausentes. Às 19h des-sa sexta-feira, horário do fecha-mento desta edição, o nível do Rio Taquari estava em 22,42 me-tros, conforme medição do Porto de Estrela. Em Encantado, a cota já havia se estabilizado.
Janeiro – 1
Fevereiro – 1
Março – 0
Abril – 1
Maio – 4
Junho – 3
Julho – 11Agosto – 11Setembro – 12Outubro – 9
Novembro- 1
Dezembro - 1
Enchentes por mês
Números referem-se
às cheias registradas
desde 1940. Nestes 76
anos, foram 55 enchen-
tes no Vale do Taquari
EDUARDO AMARALFÁBIO KUHN
Cidades12 A HORA · FIM DE SEMANA, 16 E 17 DE JULHO DE 2016
SAIBA MAIS
Bom Retiro do Sul
D epois de o marido abandonar a casa, Clarisse Regina dos Santos Francisco, 43,
ficou sozinha para sustentar os quatro filhos. Sem renda, de-pende de doações da Assistência Social e de R$ 70 por mês vindos do Bolsa Família. Uma realidade dramática, pois falta dinheiro para o básico.
Faz quatro meses que não con-segue pagar a energia elétrica. As faturas somam R$ 441. Tendo que priorizar a alimentação dos filhos, também deixou de pagar a água. Resultado: R$ 180 em atraso. A família reside na loca-lidade de Vila Barragem.
Os dias ficam mais tensos com os avisos de corte que chegam por baixo da porta. “Já cortaram a luz uma vez, mas consegui fa-zer uma ligação. Não podemos ficar sem isso, como vamos to-mar banho? A Corsan já avisou que vai tirar o relógio de água”.
O Departamento de Assistên-cia Social ajuda com alimen-tos e orientação. Fiéis de uma igreja se unem para arrecadar dinheiro e ajudar a família. O
Mãe recorre a auxílio público para pagar luzClarisse tem uma dívida de R$ 441 em tarifas atrasadas
filho mais velho, de 19 anos, re-tornou do quartel e ainda não conseguiu emprego. Rafaela de 17 anos ajudou a mãe vendendo enfeites, mas a necessidade de alimento para a família fez o lu-cro e o dinheiro para pagar a for-necedora desaparecerem. “Agora não posso mais vender porque tenho que pagar primeiro”. A menina não frequenta escola porque perdeu a vaga no início do ano. O filho Emanuel, de 15 anos, também está afastado da instituição de ensino. A única a receber conhecimento é Rafaela de 10 anos.
Clarisse não perde a esperan-
ça e acredita que dias melhores virão. “É muito triste. Pedimos para muita gente. Estamos pensando em fazer um emprés-timo para pagar as contas e quem sabe conseguimos mudar a realidade”.
Clarisse tenta incluir a família no Programa Tarifa Social. Ins-tituído pelo governo federal em 2002, ajuda famílias com renda de meio salário mínimo per ca-pita com descontos que variam de 10 até 60%. No município, há 134 moradias cadastradas. No caso de Clarisse, ela não conse-gue se inscrever porque a mora-dia está no nome do marido.
Conta está no nome do marido. Homem abandonou a família em junho. Única renda mensal são os R$ 70 do Bolsa Família
A adesão pode ser feita também por famílias em que a renda chega a três salários mínimos e que tenham pessoas com problemas de saúde que precisam de equipamen-tos ligados na rede de energia elétrica. Porta-dores de necessidades especiais e idosos tam-
bém podem ingressar no programa.
Os interessados devem procurar o Centro de Referência e Apoio da Assistência Social (Cras) e atualizar o Número da Inscrição Social (NIS). Em seguida, devem compa-recer à AES Sul portando documento de identidade.
MACIEL DELFINO
Cidades 13A HORA · FIM DE SEMANA, 16 E 17 DE JULHO DE 2016
SAIBA MAIS
Teutônia
Faz um ano e sete meses que Karen Vargas, 30, tenta matricular o filho Arthur, 10. Aos 8 anos, o
menino autista teria sido agredi-do por funcionária da Apae. Tapas e gritos foram presenciados por duas monitoras. Elas serviram de testemunha-chave para o pro-cesso e depois pediram demissão devido a represálias.
O comportamento de Arthur denunciava rotinas atípicas. O Instituto Geral de Perícias (IGP) de Porto Alegre confirmou alte-rações de humor devido à estresse emocional. Entretanto, a acusada não foi afastada. Com medo de novas agressões, Karen decidiu afastar o filho da instituição. Au-diência no dia 19 busca amparar o direito constitucional de acesso à educação ao menino.
Hoje a família paga consultas particulares com psicopedagoga, três vezes por semana. Cada ses-são de duas horas contribui para o desenvolvimento da criança.
Karen e a família vieram de Camaquã faz dois anos e nota-ram evolução significativa de Ar-thur. A primeira professora dele na Apae trabalhava métodos para adequação e socialização. Em poucos meses, conseguiram ensinar o menino a ir no banhei-ro, deixando de usar fraldas. Outra batalha vencida foi na alimentação. Arthur não comia frutas, mas o incentivo na escola o fez mudar. A educadora deixou a instituição por motivos pesso-ais e os problemas começaram, relata Karen.
Antes, Arthur chegava em casa e se dedicava aos brinque-dos. Com a troca, chorava sem motivos aparentes. O quarto se transformou em refúgio. Para ir à Apae, sempre era difícil. De pacífi-co e tranquilo, passou a empurrar e morder as pessoas que se apro-ximavam. A mãe não entendia todas as alterações no humor do menino. Por meio de anotações na agenda, relatava os fatos à educadora. A fome excessiva em
Mãe clama por direito de educar filho autistaMenino teria sofrido maus-tratos na Apae
determinados dias ressaltaram problemas. “Ele chegava em casa com muita fome, parecia que ele não ganhava comida. Depois des-cobri o que acontecia”.
Com a nova educadora, o sis-tema era diferente. Ao invés de incentivar à alimentação, substituindo itens que o aluno não gostava, obrigava a comer conforme o cardápio. Caso não quisesse, passava o dia sem co-mida. A situação foi confirmada pelas monitoras.
Testemunhasconfirmam agressões
Karen descobriu que as agres-sões da professora ocorriam den-tro da sala de aula na presença de duas monitoras. Outros alunos com necessidades especiais re-cebiam tratamento semelhante, mas ninguém intervia. Arthur sofria mais.
Preocupada, a mãe procurou res-postas. Uma funcionária aceitou contar detalhes. No entanto, o re-ceio de perder o emprego atrasou o encontro em semanas. Em dezem-bro de 2014, registraram boletim de ocorrência por maus-tratos e coação. Foram ouvidas 12 teste-munhas. O inquérito foi concluído em junho do ano seguinte e en-caminhado ao Ministério Público (MP). Exames do IGP confirmaram agressões físicas e verbais.
O processo aguarda julgamen-to. “Não tenho nada contra a instituição. Luto pelo direito de es-tudar e para que os responsáveis sejam punidos.”
Apae nega conivênciaEmbora a funcionária acusada
continue trabalhando no educan-dário, a direção nega conivência. Segundo integrante do colegiado da Apae, Valdir Picinini, o caso segue em segredo de Justiça e so-mente o assessor jurídico da fe-deração está autorizado a se ma-nifestar. “É um assunto delicado, porque a Apae não faz parte. Foi uma denúncia pessoal. Temos que aguardar”, resume.
O autismo é um distúr-bio no desenvolvimento que afeta, principalmente, a habilidade de interagir com pessoas, dificuldade de domínio da linguagem e padrão de comportamento restritivo e repetitivo. A inten-sidade varia. Sintomas mais leves permitem ao indivíduo a possibilidade de se expres-sar e manter raciocínio lógi-co. Casos extremos geram
comportamento agressivo e retardo mental.
Em geral, o autismo pode ser identificado na infância. Atinge mais meninos do que meninas e o tratamento é individual. Criar vínculo de contato e comunicação é fundamental para o desen-volvimento de autistas. As mudanças ou alterações de rotinas, por menores que se-jam, podem afetar pacientes.
“Jamais acreditei que isso fosse acontecer dentro da Apae”
Karen Vargas deixou o emprego para cuidar do filho. O receio e as neces-sidades de Arthur impedem que cuidadoras assumam a responsabilidade.
A Hora – Qual a prin-cipal dificuldade que Arthur apresenta?
Karen Vargas – Precisa de mim pra tudo. Desde o banho até a alimentação. A pessoa para trabalhar com eles tem que amar o que faz, ter carinho. Depois que começa a conviver com a criança, cada avanço é algo maravilhoso, porque é muito trabalhoso e difícil até ter resultados.
O que o Arthur mais gosta de fazer?
Karen – Ele prefere ficar no quarto, olhar Fórmula 1, desenhos no You Tube e fotos. Os carrinhos que ele coleciona são o passatempo
preferido. Ele adora e tem mais de cem.
O que você nota de re-gresso na aprendizagem?
Karen – Estaria bem avançado, porque a última professora estava con-seguindo que ele ficasse sentado, que era bem difícil. Estava começando a mostrar as letras do nome deles. É demais o retroces-so que ele está tendo este tempo todo em casa. É um descaso muito grande. Ja-mais acreditei que isso fosse acontecer dentro da Apae.
O que você sonha para ele?
Karen – Sonho que ele frequente uma escola, seja incluído de verdade. Não só porque tem a lei, mas que a professora queira, que a es-cola queira, que tenhamos um objetivo só: o avanço, mesmo no tempo dele.
Desde os 8 anos, o menino não frequenta escola. Mãe quer garantir direito
Karen Vargas
Mãe de Arthur
Ele chegava em casa com muita
fome, parecia que ele não ganhava comida. Depois descobri o que
acontecia
MACIEL DELFINO
PolíciaPolícia recupera objetos furtados por menores
LAJEADO - Durante a averiguação de um
veículo suspeito com cinco pessoas, a Brigada
Miliar apreendeu três menores de idade e conse-
guiu recuperar objetos furtados. O fato ocorreu,
sexta-feira, no bairro São Bento.
Conforme o boletim de ocorrência, os ado-
lescentes teriam cometido o crime na noite
de quinta-feira. O condutor do veículo e um
carroneiro teriam ido até a casa dos menores
para recuperar parte dos objetos furtados. Todos
foram encaminhados à Delegacia de Polícia para
prestar depoimento.
A HORA · FIM DE SEMANA, 16 E 17 DE JULHO DE 201614
Fazenda Vilanova
Dez dias depois da co-
munidade protestar
por segurança em
frente ao prédio da
Brigada Militar (BM), mora-
dores acordaram assustados.
Por volta da 1h15min dessa
sexta-feira, João Bráz Filho, 66,
ouviu alarme. Acreditou ser
de algum automóvel próximo
da residência. Entretanto, era
uma tentativa de arromba-
mento de caixa eletrônico.
O fato ocorreu na avenida
Rio Grande do Sul, cerca de 300
metros da prefeitura. Cinco ho-
mens quebraram o vidro lateral
da agência bancária do Sicredi
e tentaram abrir o caixa eletrô-
nico com o maçarico. Ao ligar
o alarme, os bandidos fugiram.
Segundo Bráz, a criminalida-
de na cidade está aumentando
e a falta de efetivo contribui
para a fragilidade do sistema.
“Me sinto inseguro. Enquanto
meu filho não entra em casa eu
não durmo. Ele tem 20 anos e
Tentativa de furto assusta comunidadeInstituição bancária foi alvo de assaltantes na madrugada dessa sexta-feira
estuda à noite, no outro lado da
avenida”.
Sueli Junqueira, 66, reside
próximo a Laticínios Bom Gosto
e sofreu tentativa de assalto há
quatro anos.
Ela estava no aviário, por
volta da meia-noite, quando
um homem de boné invadiu o
local. Sueli gritou e afugentou
o suspeito.
Naquela noite, a agricultora
teve a pior sensação diante do
fato. “Liguei para o 190, para
chamar a polícia, mas nin-
guém atendia.”
Nos 43 anos que reside na ci-
dade, nota a mudança no perfil
da juventude. Antes as crian-
ças começavam trabalhando
na agricultura, mas com novo
formato as indústrias não acei-
tam jovens com menos de 16
anos. “Para trabalhar não tem
ninguém, mas pra se criar va-
gabundo, Vilanova está cheia”.
Natalício Roquerthal, 66, foi
convidado para festejar o ani-
versário do filho em Parobé, no
sábado, mas não deixará a casa.
Com medo de arrombamentos
no período em que estiver fora,
prefere permanecer e guarnecer
o lar. Uma opção seria contra-
tar alguém de confiança, mas o
prazo é curto e ninguém defen-
deria a morada com tanto ím-
peto, relata.
O agricultor vende hortaliças
e sente receio de ser roubado a
cada fim de tarde. “Morei mui-
tos anos na favela em Novo
Hamburgo e nunca aconteceu
nada. Quando passei a morar
em Fazenda Vilanova, nos pri-
meiros anos, ia viajar para a
Natalício, Sueli e João temem novos ataques na agência do Sicredi
MACIEL DELFINO
praia sem medo. Agora não
posso sair”.
Manifestodemonstra temor
No início do mês, 200 pessoas
se reuniram em frente ao prédio
da BM, próximo à BR-386, em
clamor por segurança. Na oca-
sião, cantaram o hino nacional,
aplaudiram os militares em re-
conhecimento pelo esforço que
fazem, mesmo com baixo efeti-
vo e a desvalorização do estado.
Depois, oraram pedindo prote-
ção e, por fim, deram abraço
simbólico ao prédio.
As histórias de crimes se
acumulam. A agência do Ban-
risul sofreu tentativa, a far-
mácia em frente à prefeitura,
rodoviária e moradores foram
assaltados. Os relatos de ar-
rombamentos às residências
circulam pelas rodas de con-
versa. No entanto, a frase que a
comunidade mais deseja ouvir
parece distante: mais efetivo e
segurança.
Suspeito de matar empresário é morador de Bom Retiro do SulVale do Taquari
A Polícia Civil prendeu dois ho-
mens suspeitos do assalto e mor-
te do empresário Gerson Arthur
Meurer, 51, ocorridos na quarta-
-feira, em Santa Cruz do Sul.
Eles foram encontrada em um
residencial do bairro Progresso,
em Santa Cruz do Sul. Um deles
é morador de Bom Retiro do Sul
e não quis explicar para a polí-
cia o que fazia em Santa Cruz do
Sul. Ele tem diversas passagens
pela polícia e, em 2012, fugiu do
Presídio Estadual de Lajeado,
sendo capturado nas proximida-
des. O outro preso é morador de
Santa Cruz do Sul.
Com a dupla, foram apreen-
didos um rádio de comunica-
ção semelhante ao que o trio
abandonou após o latrocínio,
uma touca ninja e uma pisto-
la 9 milímetros. Uma terceira
pessoa ainda é procurada pela
Polícia Civil.
Taquari
Um homem morreu após ser
atropelado e arrastado por um
automóvel na VRS-868. De acor-
do com o Pelotão Rodoviário
da Brigada Militar, o acidente
aconteceu no km 6 da rodovia,
na localidade de Santinha. Três
homens estavam conversando
à beira da rodovia, quando dois
deles foram atingidos por um
Fiat Uno de cor branca. Narciso
Argemiro Pinto de Oliveira, 63,
morador de Rincão São José, foi
arrastado por 50 metros, mor-
rendo no local. A outra vítima
teve lesão leve.
Homem morre após ser atropelado
Liga Nacional
Alaf recebe o líder do campeonatoJogo contra o Copagril ocorre sábado, às 20h15min, no Complexo da Univates
A HORA · FIM DE SEMANA,
16 E 17 DE JULHO DE 2016
PATROCÍNIO:
Para retornar à zona de
classificação na pró-
xima fase da Liga Na-
cional, a Alaf tem um
difícil confronto neste sábado. A
partir das 20h15min, o time de
Lajeado recebe no Complexo Es-
portivo da Univates, o Copagril,
líder da competição. Ingressos
estão à venda por R$ 10, na DMF
Esportes, Bruxellas Esportes,
Sede Social da Alaf, Comercial
São Cristóvão e Imprimix. Na
hora, custam R$ 15.
O técnico Giba prevê uma par-
tida equilibrada e conta com o
apoio do torcedor para vencer.
“Fizemos uma das melhores par-
tidas dentro da Liga Nacional nos
último clássicos contra a Assoe-
va e ACBF, queremos novamen-
te fazer um jogo de qualidade e
buscar a vitória para presentear
o nosso torcedor.”
O único desfalque é o goleiro
Chico, que se recupera de lesão. O
restante do time é o mesmo que
iniciou os últimos jogos: Cris-
tian, Marcelo Giba, Lucas Selba-
ch (Adriano), Batalha e Rafinha.
Com lesão de Chico, goleiro Cristian continua no time titular da Alaf
EZEQUIEL NEITZKE
CLASSIFICAÇÃO
Equipes PG JG V E D SG1º – Copagril 31 14 9 4 1 15
2º – Atlântico 25 14 8 1 5 9
3º – ADC Intelli 25 14 7 4 3 21
4º – ACBF 24 13 7 3 3 11
5º – JEC/Krona 24 13 7 3 3 8
6º – Assoeva 22 14 6 4 4 8
7º – Jaraguá Futsal 21 12 6 3 3 3
8º – Corinthians 20 13 6 2 5 9
9º – Floripa Futsal 19 14 5 4 5 -2
10º – Concórdia 18 13 4 6 3 7
11º – Magnus Futsl 17 12 5 2 5 1
12º – AFSU 17 14 4 5 5 -1
13º – São José 16 13 4 4 5 -1
14º – Marreco Futsal 14 13 2 8 3 -10
15º – Minas Tênis Clube 12 14 2 6 6 -10
16º – CAD 11 13 2 5 6 -9
17º – Cascavel Futsal 10 13 3 1 9 -12
18º – Alaf 10 13 1 7 5 -11
19º – Unisul 8 14 2 2 10 -35
Depois dessa partida, a Alaf
disputa mais quatro: Cascavel
(3/8) e CAD (6/8), ambas em casa;
Corinthians (15/8) e ADC Intelli
(22/8), em São Paulo.
A rodada iniciou na quinta-
-feira com a vitória do ADC In-
telli sobre a Assoeva por 3 a 0. Na
sexta-feira, jogaram JEC/Krona
versus Jaraguá Futsal, São José
Futsal versus Marreco Futsal,
Concórdia versus ACBF, todas
partidas encerradas após o fe-
chamento desta edição.
Neste sábado, jogam Alaf ver-
sus Copagril, Atlântico versus
Unisul e AFSU versus Corin-
thians.
Como vem o adversárioLíder com 31 pontos, o Copa-
gril, de Marechal Cândido Ron-
don (PR), tem no elenco dois jo-
gadores conhecidos da torcida
da Alaf. O ala Pelé atuou no time
lajeadense em 2014. Já Cristian
Alfinete jogou em duas tempora-
das pela ASTF, de Teutônia.
Para o jogo deste sábado, a
equipe comandada por Paulinho
Sananduva não conta com o ala
Deivão, destaque do jogo ante-
rior que cumpre suspensão pelo
terceiro cartão amarelo, e o pivô
Marquinhos, em tratamento de
lesão no adutor.
Na Liga Nacional, o time ven-
ceu nove jogos, empatou quatro
e perdeu um. Marcou 45 gols e
sofreu 30. No campeonato pa-
ranaense, é o segundo colocado
com 31 pontos. O líder é o Keima
Futsal.
Paulinho Vettorellotreinador do União Campestre
Todos entram na competição
querendo o título, mas nós
queremos é fazer história [...]”
16
Regional reúne cerca de 1,6 mil atletas. Eles representam
64 times nas categorias aspirante, titular e veterano
A HORA · FIM DE SEMANA, 16 E 17 DE JULHO DE 2016
A bola começa a rolar em 11 municípios a partir deste domingo. Orga-nizado pela Associação
de Ligas do Vale do Taquari (As-livata), o Campeonato Regional – Copa Certel/Sicredi integra 1,6 mil atletas dos vales do Taquari, Rio Pardo e Caí. Eles representam 31 clubes, com 64 times nas três categorias – 27 (aspirante), 27 (ti-tular) e dez (veterano).
Nessa quarta-feira à noite, dezenas de dirigentes, atletas e admiradores do futebol amador participaram do lançamento da competição, em Teutônia. Duran-te o evento, o presidente da Asli-vata, Volnei Kochhann, enalteceu
a importância do certame para a integração das comunidades. “É um dos maiores campeonatos amadores do estado.” Até o mês de dezembro, 324 partidas serão rea-lizadas nas três categorias.
Os times aspirantes entram em campo às 13h30min, enquanto os atletas dos titulares jogam às 15h30min (veja box com primeira rodada). Já a categoria veterano começa a disputa no dia 31, com partidas às 10h.
Fórmula de disputaNa categoria titular, as 27 equi-
pes estão divididas em quatro chaves, três com sete times e uma com seis. Durante a fase classifi-
Começa um dos maioresamadores do estado
catória, as equipes se confrontam dentro dos grupos. Avançam as 24 melhores para a segunda fase. Nela, continuam os 12 vencedo-res, mais os quatro perdedores que tiverem melhor campanha, para fechar as oitavas de final. O sistema da categoria aspirante é idêntico.
Em ambas as categorias, os clubes com melhor campanha jogam por dois empates. Em caso de uma vitória e uma derrota (in-dependente do saldo), o classifica-do será definido nas penalidades. Quem tiver a melhor disciplina leva o segundo jogo para casa.
Pela categoria veterano, os dez clubes foram divididos em dois
grupos. Na fase inicial, as equipes se confrontam em turno e returno dentro dos grupos. Passam para as quartas de final as quatro me-lhores de cada chave.
Três equipesbuscam o tetra
No início da década de 1990, o EC Brasil, de Marques de Souza, fez história ao conquistar três campeonatos regionais consecuti-vos. Dez anos após a última parti-cipação, a equipe retorna visando o tetracampeonato. Presidente da equipe, João Renato Simonetti comenta que o clube passou por uma reestruturação física e ago-ra a participação na competição
Regionalem números
1,6 milatletas
35 clubes
3categorias
(veterano, titular e aspirante)
60árbitros
por rodada
7,5 milpessoas
(previsão de públicopor rodada)
Lançamento do campeonato reuniu dezenas de pessoas nessa quarta-feira à noite em Teutônia. Bola começa a rolar neste domingo, em 11 municípios da região
CURIOSIDADES
17
Reportagem e fotos: Ezequiel Neitzke
FIM DE SEMANA, 16 E 17 DE JULHO DE 2016 · A HORA
passou a ser certa. “É feio uma equipe tricampeã regional ficar de fora da competição.”
Para a edição deste ano, o gru-po aposta no treinador campeão com o União Campestre em 2008, Rogério Lourenço, o “Rocha”, para conquistar o título. “Todos entram na competição querendo o título, mas nós queremos é fazer histó-ria e conquistar o inédito tetra.” Além do comandante, o time tem no elenco atletas que são destaque na região, como o zagueiro Leoca-dio Laux, o polivalente Anderson Belmonte, o lateral-direito Cristian Klein e o atacante Willyan Koelzer.
Com os títulos em 1994, 2005 e 2011, o Rui Barbosa, de Arroio
do Meio, aposta no entrosamento
dos atletas. Do grupo de jogadores vice-campeão municipal neste ano, 12 permaneceram para a dis-puta da competição. Além deles, ingressaram os atacantes Diego Marder, Raí Rohr e Arthur Jun-gkenn, o “Cacetinho”.
Representante de Lajeado, o União Campestre busca o título que não comemora há oito anos. Campeão nas edições de 1999, 2001 e 2008, o time do bairro Campestre manteve a base da temporada pas-sada e acrescentou ao elenco joga-dores de destaque como os meias Riopardinho, Cisso e Piccinini, mais os atacantes Nego e Diogui-nho. Para o treinador Paulinho Vet-torello, o torcedor pode acreditar em um possível tetracampeona-
Destaque da rodada fica para o clássico entre Rui Barbosa e União Campestre
Atual campeão, 25 de Julho quer conquistar dois títulos consecutivos. Único time a comemorar a façanha foi o Brasil
PRIMEIRA RODADA
Chave A
Linha Delfina/Estrela Aimoré x 25 de Julho
Grão Pará/Venâncio Aires Assespe x Ouro Verde
Boa Vista/Poço das Antas 11 Amigos x Amigos
Chave B
São Cristóvão/Lajeado Ser São Cristóvão x Imigrante
Centro/Westfália Fluminense x Brasil
Rincão/Taquari Danados FC x Rudibar
Chave C
Arroio Alegre/Forquetinha Arroio Alegrense x CAN
Centro/Imigrante Ecas x 7 de Setembro
Forqueta/Arroio do Meio Forquetense x Monterey
Chave D
Rui Barbosa/Arroio do Meio Rui Barbosa x União Campestre
Linha Ribeiro/Teutônia Ribeirense x Juventude Brochier
São Bento/Cruzeiro do Sul Canarinho x Colorado
to. “Qualificamos o grupo, temos tradição, camisa forte e quando entramos na competição sempre queremos algo a mais.”
Atual campeão buscao bicampeonato consecutivo
O 25 de Julho, atual campeão, inicia neste domingo a busca pelo bicampeonato regional, o segun-do em sequência. O primeiro ad-versário será o Aimoré, em Linha Delfina, Estrela.
A equipe de Cruzeiro do Sul quer quebrar um tabu de 23 anos. Desde 1993, quando o Brasil, de Marques de Souza, conquistou o campeonato em sequência, nenhum clube conse-guiu tal façanha. Para o treinador João Führ, o “Monga”, as equipes que disputam o campeonato têm qualidade. Segundo ele, todos os anos, aparecem novos times e jo-gadores, equilibrando o torneio. Garante que o 25 entra no Regional disposto a fazer história. “Vamos trabalhar forte para isso, mas sem-pre respeitando os adversários.”
Do elenco campeão no ano pas-sado, Riopardinho, Daniel, Márcio Borba e Michel Beuren deixaram o grupo.
• Dos 35 participantes do campeonato no ano passado, 16 permaneceram para a edição 2016. Entre os ausentes, o atual vice-campeão, União Carneiros (Lajeado).
• Há probabilidade de o Vale do Taquari conhecer um
novo campeão regional em 2016. Dos 18 detentores de títulos da Aslivata, apenas sete participam neste ano. Trata--se dos tricampeões Rui Barbosa (Arroio do Meio), União Campestre (Lajeado) e Brasil (Marques de Souza); além dos campeões Riograndense (Imigrante), Forquetense (Arroio do Meio), Ser São Cristóvão (Lajeado) e 25 de Julho (Cruzeiro do Sul).
• Seis equipes participam pela primeira vez de campe-onatos regionais. São elas: Saidera (Teutônia), Danados (Taquari) , Monterey (Venâncio Aires), CAN (Encantado), Imigrantes (Estrela) e Rudibar (Bom Retiro do Sul).
• Lajeado é o município com maior número de títulos no Regional (oito taças). Na sequência, Teutônia (seis), Arroio do Meio (cinco) e Venâncio Aires (quatro).
• Gaúcho, de Teutônia, é a equipe que chegou mais vezes à final. Foram cinco decisões, com a conquista de três títulos (1987, 1989 e 2009). Neste ano, a agremiação não disputa o torneio.
• Juventude (Venâncio Aires) e Rui Barbosa (Arroio do Meio) chegaram à final quatro vezes. Esperança (Teutônia) e União Campestre (Lajeado) foram finalistas três vezes.
• Outra equipe que chegou a três decisões foi o Sete de
Setembro (Arroio do Meio). A agremiação arroio-meense perdeu as decisões de 1987 (Gaúcho), 1993 (Brasil) e 2007 (União Carneiros).
• Quatro equipes são tricampeãs da Aslivata. É o caso do Gaúcho (Teutônia), Rui Barbosa (Arroio do Meio), União Campestre (Lajeado) e Brasil (Marques de Souza). O clube marques-sousenze foi o único a conseguir os três títulos seguidos (1991, 1992 e 1993).
• Arroio do Meio, Lajeado e Teutônia foram as cidades que mais vezes tiveram representantes na final. Lajeado esteve em 11 decisões. Arroio do Meio e Teutônia, em nove.
• Somente em três edições, dois clubes do mesmo muni-
cípio decidiram a taça. Em 1995, São Cristóvão venceu o Olarias. Em 2008, o União Campestre conquistou a taça sobre o Ser São Cristóvão. Em 2010, o Santo André venceu o União Carneiros na decisão.
18 A HORA · FIM DE SEMANA, 16 E 17 DE JULHO DE 2016
Internacional
Lomba aguarda documentação para estrearSe inscrito no BID, goleiro pode começar como titular contra o Palmeiras
Recém-contratado junto ao Bahia,
o goleiro Marcelo Lomba partici-
pou do penúltimo treinamento
do Internacional antes da parti-
da contra o Palmeiras, neste domingo, às
16h, no Beira-Rio.
A direção colorada aguarda documen-
tos do Bahia para oficializar a contrata-
ção e, então, anunciá-lo. Caso isso ocorra
a tempo de regularizar o jogador no Bole-
tim Informativo Diário (BID) da CBF, Lom-
ba deve começar a partida como titular.
Primeiro, o atleta participou do traba-
lho específico com os goleiros. Depois, re-
vezou com Jacsson no gol do time titular.
Esse iniciou a atividade, mas acabou tro-
cado pelo ex-arqueiro do Bahia.
Os titulares atuaram com: Jacsson
(Marcelo Lomba), William, Paulão, Er-
nando, Raphinha, Fernando Bob, Rodri-
go Dourado, Andrigo, Gustavo Ferrareis,
Eduardo Sasha e Vitinho.
A reestreia de Falcão neste domingo
tem ainda a missão de acabar com a
incômoda sequência de seis partidas
CLASSIFICAÇÃO
Time PG V E D GP GC1º – Palmeiras 29 9 2 3 30 14
2º – Corinthians 28 9 1 4 24 10
3º – Grêmio 27 8 3 3 23 15
4º – Santos 23 7 2 5 24 13
5º – Atlético-PR 23 7 2 5 16 14
6º – Flamengo 23 7 2 5 15 15
7º – Ponte Preta 23 7 2 5 17 20
8º – São Paulo 21 6 3 5 15 13
9º – Internacional 20 6 2 6 15 13
10º – Atlético-MG 20 5 5 4 22 22
11º – Fluminense 18 4 6 4 13 15
12º – Vitória 18 4 6 4 17 20
13º – Chapecoense 18 4 6 4 20 25
14º – Botafogo 16 4 4 6 16 21
15º – Cruzeiro 15 4 3 7 18 23
16º – Coritiba 15 3 6 5 15 18
17º – Figueirense 15 3 6 5 12 17
18º – Santa Cruz 14 4 2 8 16 20
19º – Sport 12 3 3 8 19 24
20º – América-MG 8 2 2 10 9 24
Série A - 15ª rodadaSábado
16h Botafogo x Flamengo
18h30min Santos x Ponte Preta
Domingo
11h América-MG x Santa Cruz
16h Internacional x Palmeiras
16h Fluminense x Cruzeiro
16h Corinthians x São Paulo
16h Atlético-PR x Vitória
16h Figueirense x Chapecoense
18h30min Sport x Grêmio
19h30min Vitória x Fluminense
Segunda-feira
20h Atlético-MG x Coritiba
Jogos
Recém-contratado junto ao Bahia, o goleiro Marcelo Lomba pode estrear no jogo deste domingo
Grêmio
O técnico Roger Machado ganhou um
importante reforço nos treinamentos do
Grêmio desta semana. O zagueiro Pedro
Geromel participou e pode enfrentar o
Sport neste domingo, às 18h30min, em
Recife.
Geromel não atua desde a vitória sobre
o Cruzeiro, no dia 19 de junho, quando so-
freu uma lesão muscular. Quem também
se machucou naquele jogo foi Wallace
Reis, que treinou nessa sexta-feira, mas
no time reserva. Com isso, Fred foi manti-
do na equipe titular.
Outra volta ao time titular foi do vo-
lante Maicon. O capitão gremista ocupou
a vaga de Walace, que desfalca o Grêmio
em Recife por suspensão. O provável time
titular do Tricolor é: Marcelo Grohe, Edíl-
son, Geromel (Thyere), Fred, Marcelo Oli-
veira, Jaílson, Maicon, Giuliano, Douglas,
Everton e Luan.
A deleção tricolor viajou nessa sexta-
-feira para Recife, onde realiza um treina-
mento neste sábado.
sem vitória – com cinco derrotas e um
empate. Os gaúchos ocupam a nona co-
locação com 20 pontos, 9 atrás do líder
Palmeiras.
Zagueiro Geromel pode voltar ao time titular
Geromel treinou e pode enfrentar o Sport
FOTOS DIVULGAÇÃO
Jogos
19A HORA · FIM DE SEMANA, 16 E 17 DE JULHO DE 2016
Informe www.ctclajeado.com.brww
Conheça os destaquesdas quatro divisões
Equipe Pontos Disciplina
1° Galera 23 460
2° Dream Team 19 440
3° Banguzinho 18 300
4° C. Mirim/Charrua 17 290
5° Rebordose 16 500
6° Aliança 14 320
7° C. Mirim D 14 440
8° Donos da Bola 13 410
9° EPTG 10 610
10° C. Mirim/Arco-Gás 4 330
11° Falcatrua 3 280
12° Tocafogo 3 400
Equipe Pontos Disciplina
1° Amnésia 27 100
2° Smurfs 23 360
3° Exxtra Classe 21 440
4° DK FC 17 440
5° Maragatos 17 510
6° Hangover 16 540
7° Metralhas 15 450
8° Sodabeb 14 400
9° 100 Pressão 13 430
10° Executivos 12 480
11° Bitterflex 9 480
12° Ghost 4 620
Equipe Pontos Disciplina
1° Galera 20 280
2° Lesionados 19 320
3° Pampero 17 240
4° C. Mirim D/Physalis 16 280
5° C. Mirim 12 270
6° C. Mirim D 14 120
7° No Migué 14 310
8° S.O.S 11 320
9° Four 10 100
10° Descontrole 7 300
11° ADL 1411 7 280
12° Toca Água 6 300
Primeira divisão Segunda divisão Terceira divisão
Classificação
O Coroas Mirim/Charrua, quarto colocado na elite, tem o artilheiro da Copa CTC/Espaço3 Arquitetura.
É Felipe Diego Cardoso, o “Mendigo”, autor de nove gols. Diego Ristoff da Silva (Donos da Bola) e Josimar da Rosa (Banguzinho), têm oito.
Pela segunda divisão, o destaque é Guilherme Lazzaron Pereira, do terceiro colocado Exxtra Classe. Ele marcou 15 gols, cinco a mais que os vices-artilheiros, Sérgio Favaretto (Executivos) e Tiago Weber (Amné-sia).
Disputada está a artilharia da terceirona. Seis atletas estão empa-tados com sete gols cada: Cristiano Cezar (Galera), João Paulo Worm (S.O.S), Luis Worm (Coroas Mirim), Ronaldo Rockenbach (Coroas Mirim D), Ismael Wathier e Rodrigo Sbarai-ni (Lesionados),
Luciano Bottoni, do eliminado Ca-nhão, é o goleador na quarta divi-são. Ele fez nove gols até o momento, dois a mais que Victor Fensterseifer (Aliança).
Primeira divisão (campo C)
12h15min – Banguzinho x EPTG
13h15min – Donos da Bola x Aliança
14h15min – Rebordose x C. Mirim D
15h15min – Dream Team x Galera
16h15min – C. Mirim/Charrua x Falcatrua
17h15min – C. Mirim/Arco-Gás x Tocafogo
Segunda divisão (campo B)
Série ouro
12h15min – Amnesia x Hangover
13h15min – Smurfs x Maragatos
14h15min – Exxtra Classe x DK FC
Série prata
15h15min – Metralhas x Ghost
16h15min – Sodabeb x Bitterflex
17h15min – 100 Pressão x Executivos
Terceira divisão (campo A)
12h15min – No Migué x Galera
13h15min – C. Mirim D x ADL1411
14h15min – C. Mirim D x S.O.S
15h15min – Toca Água x Lesionados
Quarta divisão (campo A)
16h15min – Pumas x Dream Team
17h15min – Baile de Monique x Supérfluos
Todas divisões entram em campo
neste sábado
Rodada deste sábado tem 17 partidas nas quatro divisões. Jogos ocorrem a partir das 12h15min
Melhores defesasDa terceira divisão, o Lesionados é a
equipe que menos sofreu gols na com-petição – seis em nove partidas. Mesmo com a melhor defesa, o time está na se-gunda colocação da terceirona com 19 pontos.
Na primeira divisão, o líder Galera tem a melhor defesa com oito gols so-fridos em nove jogos. A segunda defe-sa menos vazada é do Banguzinho, que ocupa a terceira posição com 12 gols sofridos.
Pela segundona, Amnésia levou nove gols o ostenta a melhor defesa. Esse foi o mesmo número de gols sofridos pelo Pumas, dono da melhor defesa da quar-ta divisão.
Semifinal da quarta divisãoA rodada de sábado passado foi cance-
lada por causa da chuva. Pela quarta di-visão, as equipes jogam a semifinal neste sábado. Quem perder está fora do torneio.
No primeiro confronto, o dono da me-lhor campanha Pumas encara o Dream Team. Pela outra partida da semifinal, às 17h15min, Baile de Monique encara o Supérfluos.
FÁBIO KUHN
Lajeado,fim de semana, 16 e 17 de julho de 2016
Jornalismo / redação: [email protected] Publicidade: [email protected]: [email protected]