agroindÚstria familiar rural base legal (aspectos tributÁrio, previdenciÁrio, sanitÁrio e...
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AGROINDÚSTRIA FAMILIAR RURAL
BASE LEGAL
(ASPECTOS TRIBUTÁRIO, PREVIDENCIÁRIO, SANITÁRIO E AMBIENTAL)
Elaborado por: Engº. Renato Cougo dos Santos
[email protected] - Tel: (51) 21254271
Área de Agroindústria / Núcleo de Gestão dos Programas Gerência Técnica / Ascar - Emater/RS
BASE LEGAL
LEGALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA
ENQUADRAMENTO PREVIDENCIÁRIO
LICENCIAMENTO SANITÁRIO
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
A CONSTITUIÇÃO
A Constituição rígida situa-se no topo da pirâmide normativa, recebe nomes como Lei Fundamental,
Lei Suprema, Lei das Leis, Lei Maior ou Magna Carta
Histórico das Constituições Brasileiras
O Brasil já teve oito Constituições. Algumas delas foram outorgadas e outras promulgadas. São elas, as Constituições de:
1824: positivada por outorga – Constituição do Império do Brasil.
1891: positivada por promulgação – Constituição da 1ª República.
1934: positivada por promulgação.
1937: positivada por outorga (Getúlio Vargas).
1946: positivada por promulgação – Restabelecimento do Estado Democrático.
1967: positivada por promulgação.
1969: positivada por outorga (Golpe Militar).
1988: positivada por promulgação. A Constituição de 1988 restabeleceu e deu nova visibilidade ao
regime democrático brasileiro, permanecendo até os dias de hoje.
LEGISLAÇÃO
TRIBUTÁRIA
Legislação Tributária IMPOSTOS, TAXAS
QUEM ?
ONDE ?
Ministério da Fazenda
Receita Federal do Brasil
Pessoa Física
Produtor Rural1
2Pessoa jurídica
Empresa e Cooperativa
COMO ?
198819691946
CONSTITUIÇÃO (LEI SUPREMA - LEI DAS LEIS)
1955 1971 1973 19931992 2000 2006
193719341891
Lei
2.6
13
Dec
reto
Lei
1.1
46
Lei
11
Lei
16
Dec
reto
Lei
40.
079
Lei
10.
045
Lei
8.5
22
Lei
11.
326
Lei
123
(1)
(2)
(3)
(4)
(8)
(7)
(10)
(16)
(17)
(a) (b) (c) (d) (e) (f)
EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA NO BRASIL
TRABALHADOR RURAL
PRODUTOR RURAL PESSOA FÍSICA
MICROPRODUTOR RURAL
2001
Lei
10.
256
(13)
1970
Lei
12.
410
(15)
2005
Lei
5.8
89
(5) Dec
reto
Lei
40.
248
(11)
2000D
RP
45/
98
(12)
2002
Có
dig
o c
ivil
(14)
Legislação Federal
Legislação Estadual
1995
Lei
10.
584
(9)
1991
Lei
8.2
12
(6)
Histórico da legislação tributária no Brasil - com destaque para o trabalhador rural, o produtor rural pessoa física e o microprodutor rural
• 1955 - Promulgação da lei federal nº 2.613 que autoriza a união a criar uma fundação denominada serviço social rural
• 1970 - Promulgação do decreto lei federal nº 1.146 que consolida os dispositivos sobre as contribuições criadas
pela lei nº 2.613, de 23 de setembro de 1955 e dá outras providências
• 1971 - Promulgação da lei federal nº 11 que institui o programa de assistência ao trabalhador rural, e dá outras providências
• 1972 - Promulgação da lei federal nº 5.868 que cria o sistema nacional de cadastro rural, e dá outras providências
• 1973 - Promulgação da lei federal nº 16 que altera a redação de dispositivos da lei complementar nº 11, de 25 de maio de 1971, e dá outras providências
• 1973 - Promulgação da lei federal nº 5.889 que estatui normas reguladoras do trabalho rural
• 1991 - Promulgação da lei federal nº 8.212 que dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá outras providências
• 1992 - Promulgação da lei federal nº 8.522 que extingue taxas, emolumentos, contribuições, parcela da
uUnião das custas e emolumentos da justiça do distrito federal, e dá outras providências
• 1993 - Promulgação da lei estadual nº 10.045 que estabelece tratamento diferenciado às
microempresas, aos microprodutores rurais e às empresas de pequeno porte e dá outras providências
• 1995 - Promulgação da lei estadual nº 10.584 que introduz alterações na lei nº 10.045, de 29 de
dezembro de 1993, que estabelece tratamento diferenciado às microempresas, aos microprodutores
rurais e às empresas de pequeno porte
• 2000 - Promulgação do decreto lei estadual nº 40.079 que cria o programa da agroindústria familiar do
estado do Rio Grande do Sul
• 2000 - Promulgação do decreto lei estadual nº 40.248 que modifica o regulamento do imposto sobre
operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação (RICMS)
• 2001 - Promulgação da lei federal nº 10.256 que altera a lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, a lei nª
8.870, de 15 de abril de 1994, a lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e a lei nª 9.528, de 10 de
dezembro de 1997
• 2002 - Promulgação da lei federal nº 10.406 que institui o código civil
• 2005 - Promulgação da lei estadual nº 12.410 que institui o SIMPLES GAÚCHO, introduz modificações
no art. 1º, “caput”, no art. 2º, modifica os incisos I, “b”, II, “c” e III, “b” e o § 1º, acrescenta um novo § 3º,
renumerando o § 3º existente que passa a ser o § 4º, e acrescenta os §§ 5º e 6º, modifica o art. 3º, o art.
4º, § 1º, “b” e o art. 9º, acrescenta o art. 9º-A, modifica o art. 11, I, o Capítulo IV, o art. 14, o art. 15,
“caput” e I, no art. 16, modifica o “caput” e revoga os §§ 1º e 2º, modifica o art. 17, “caput”, no art. 19,
renumera o parágrafo único e acrescenta o § 2º, modifica o art. 20 e revoga os arts. 31, 33 e 34 e o
Anexo, todos da Lei nº 10.045, de 29 de dezembro de 1993, e dá outras providências pela lei nª 2.613,
de 23 de setembro de 1955 e dá outras providências
• 2006 - Promulgação da lei federal nº 11.326 que estabelece as diretrizes para a formulação da política
nacional da agricultura familiar e empreendimentos familiares rurais
• 2006 - Promulgação da lei federal nº 123 que institui o estatuto nacional da microempresa e da
empresa de pequeno porte; altera dispositivos das leis números 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de
1991, da consolidação das leis do trabalho - CLT, aprovada pelo decreto-lei nª 5.452, de 1ª de maio de
1943, da lei nº 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da lei complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990;
e revoga as leis números 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de outubro de 1999
• 1955 - Promulgação da lei federal nº 2.613 que autoriza a união a criar uma fundação
denominada serviço social rural
Artigo 1º - é criado, subordinado ao Ministério da Agricultura, o Serviço Social Rural
(S.S.R.) entidade autárquica, com personalidade jurídica e patrimônio próprio, sede e foro no Distrito
Federal e jurisdição em todo o território nacional.
Artigo 6º - é devida ao S.S.R. a contribuição de 3% (três por cento) sobre a soma paga
mensalmente aos seus empregados pelas pessoas naturais ou jurídicas que exerçam as atividades
industriais adiante enumeradas: (Vide Lei 5.097, de 1966) (Vide Decreto Lei nº 1.146, de 1970)
(Revogado pelo Decreto Lei nº 1.146, de 1970)
1 - Indústria do açúcar; (Revogado pelo Decreto Lei nº 1.146, de 1970)
2 - Indústria de laticínios; (Revogado pelo Decreto Lei nº 1.146, de 1970)
3 - Xarqueadas; (Revogado pelo Decreto Lei nº 1.146, de 1970)
4 - Indústria do mate; (Revogado pelo Decreto Lei nº 1.146, de 1970)
5 - Extração de fibras vegetais e descaroçamento de algodão; (Revogado pelo Decreto Lei nº 1.146, de
1970)
6 - Indústria de beneficiamento de café; (Revogado pelo Decreto Lei nº 1.146, de 1970)
7 - Indústria de beneficiamento de arroz; (Revogado pelo Decreto Lei nº 1.146, de 1970)
8 - Extração do sal; (Revogado pelo Decreto Lei nº 1.146, de 1970)
9 - Extração de madeira, resina e lenha; (Revogado pelo Decreto Lei nº 1.146, de 1970)
10 - Matadouros; (Revogado pelo Decreto Lei nº 1.146, de 1970)
11 - Frigoríficos rurais; (Revogado pelo Decreto Lei nº 1.146, de 1970)
12 - Cortumes rurais; (Revogado pelo Decreto Lei nº 1.146, de 1970)
13 - Olaria. (Revogado pelo Decreto Lei nº 1.146, de 1970)
Parágrafo 1º - as pessoas naturais ou jurídicas que exerçam as atividades industriais de
que trata este artigo deixarão de contribuir para os serviços sociais e de aprendizagem do comércio e da
indústria, regulados pelos Decretos-leis ns. 9.853, de 13 de setembro de 1946; 9.403, de 25 de junho de
1946; 4.048, de 22 de janeiro de 1942, modificado pelo decreto-lei nº 4.936, de 7 de novembro de 1942,
e nº 8.621 de 10 de janeiro de 1946. (Revogado pelo Decreto Lei nº 1.146, de 1970)
Parágrafo 2º - ficam isentos das obrigações referidas neste artigo as indústrias
caseiras, o artesanato bem como as pequenas organizações rurais, de transformação ou
beneficiamento de produtos rurais do próprio dono e cujo valor não exceder de Cr$200.000,00
(duzentos mil cruzeiros). (Revogado pelo Decreto Lei nº 1.146, de 1970)
• 1970 - Promulgação do decreto lei federal nº 1.146 que consolida os dispositivos
sobre as contribuições criadas pela lei nª 2.613, de 23 de setembro de 1955 e dá
outras providências
Artigo 1º - as contribuições criadas pela Lei nº 2.613, de 23 de setembro 1955, mantidas
nos termos deste Decreto-Lei, são devidas de acordo com o artigo 6º do Decreto-Lei nº 582, de 15 de
maio de 1969, e com o artigo 2º do Decreto-Lei nº 1.110, de 9 julho de 1970:
Artigo 2º - a contribuição instituída no " caput " do artigo 6º da Lei número 2.613, de 23 de
setembro de 1955, é reduzida para 2,5% (dois e meio por cento), a partir de 1º de janeiro de 1971, sendo
devida sobre a soma da folha mensal dos salários de contribuição previdenciária dos seus empregados
pelas pessoas naturais e jurídicas, inclusive cooperativa, que exerçam as atividades abaixo enumeradas:
I - Indústria de cana-de-açúcar;
II - Indústria de laticínios;
III - Indústria de beneficiamento de chá e de mate;
IV - Indústria da uva;
V - Indústria de extração e beneficiamento de fibras vegetais e de descaroçamento de algodão;
VI - Indústria de beneficiamento de cereais;
VII - Indústria de beneficiamento de café;
VIII - Indústria de extração de madeira para serraria, de resina, lenha e carvão vegetal;
IX - Matadouros ou abatedouros de animais de quaisquer espécies e charqueadas.
Parágrafo 1º - os contribuintes de trata este artigo estão dispensados das contribuições para
os Serviços Sociais da Indústria (SESI) ou do Comercio (SESC) e Serviços Nacionais de Aprendizagem
Industrial (SENAI) ou do Comércio (SENAC), estabelecidas na respectiva legislação.
Parágrafo 2º - as pessoas naturais ou jurídicas cujas atividades, previstas no artigo 6º da
Lei nº 2.613, de 23 de setembro de 1955, não foram incluídas neste artigo, estão sujeitas a partir de 1º
de janeiro de 1971, às contribuições para as entidades referidas no parágrafo anterior, na forma da
respectiva legislação.
Parágrafo 3º - ficam isentos das obrigações referidas neste artigo as indústrias
caseiras, o artesanato, bem como as pequenas instalações rurais de transformação ou
beneficiamento de produtos do próprio dono e cujo valor não exceder de oitenta salários-mínimos
regionais mensais.
• 1971 - Promulgação da lei federal nº 11 que institui o programa de assistência ao trabalhador rural, e dá outras providências
Artigo 1º - é instituído o Programa de Assistência ao Trabalhador Rural (PRORURAL), nos
termos da presente Lei Complementar.
Parágrafo 1º - ao Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural - FUNRURAL -, diretamente
subordinado ao Ministro do Trabalho e Previdência Social e ao qual é atribuída personalidade jurídica de
natureza autárquica, caberá a execução do Programa de Assistência ao Trabalhador Rural, na forma do
que dispuser o Regulamento desta Lei Complementar.
Artigo 3º - são beneficiários do Programa de Assistência instituído nesta Lei
Complementar o trabalhador rural e seus dependentes:
Parágrafo 1º - considera-se trabalhador rural, para os efeitos desta Lei Complementar:
b) o produtor, proprietário ou não, que sem empregado, trabalhe na atividade rural,
individualmente ou em regime de economia familiar, assim entendido o trabalho dos membros da família
indispensável à própria subsistência e exercido em condições de mutua dependência e colaboração.
Artigo 15º - os recursos para o custeio do Programa de Assistência ao Trabalhador Rural
provirão das seguintes fontes:
I - da contribuição de 2% (dois por cento) devida pelo produtor sobre o valor comercial dos
produtos rurais, e recolhida:
a) pelo adquirente, consignatário ou cooperativa que ficam sub-rogados, para esse fim,
em todas as obrigações do produtor;
b) pelo produtor, quando ele próprio industrializar seus produtos vende-los, no
varejo, diretamente ao consumidor.
Parágrafo 1º - entende-se como produto rural todo aquele que, não tendo sofrido qualquer
processo de industrialização provenha de origem vegetal ou animal, ainda quando haja sido submetido a
processo de beneficiamento, assim compreendido um processo primário, tal como descaroçamento,
pilagem, descascamento ou limpeza e outros do mesmo teor destinado à preparação de matéria-prima
para posterior industrialização.
• 1973 - Promulgação da lei federal nº 16 que altera a redação de dispositivos da lei
complementar nº 11, de 25 de maio de 1971, e dá outras providências
Artigo 1º - a Lei Complementar nº 11, de 25 de maio de 1971, passa a vigorar com as seguintes
alterações:
Artigo 15
“ I ..........................................................
b) pelo produtor, quando ele próprio industrializar seus produtos vende-los ao consumidor, no
varejo, ou a adquirente domiciliado no exterior
Parágrafo 1º - entende-se como produto rural todo aquele que, não tendo sofrido qualquer processo
de industrialização, provenha de origem vegetal ou animal inclusive as espécies aquáticas, ainda que
haja sido submetido a beneficiamento, assim compreendidos os processos primários de preparação do
produto para consumo imediato ou posterior industrialização, tais como descaroçamento pilagem,
descaroçamento limpeza, abate o seccionamento de árvores, pasteurização, resfriamento, secagem,
aferventação e outros do mesmo teor, estendendo-se aos subprodutos e resíduos obtidos através
dessas operações a qualificação de produtos rurais”.
• 1991 - Promulgação da lei federal nº 8.212 que dispõe sobre a organização da
Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá outras providências
CAPÍTULO I - DOS CONTRIBUINTES
Seção I - Dos Segurados
V - como contribuinte individual: (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999).
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer
título, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando
em área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados
ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 10 e 11 deste artigo; (Redação dada pela
Lei nº 11.718, de 2008).
VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em
aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar,
ainda que com o auxílio eventual de terceiros a título de mútua colaboração, na condição de: (Redação
dada pela Lei nº 11.718, de 2008).
a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro
outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade: (Incluído pela Lei nº 11.718, de
2008).
1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; ou (Incluído pela Lei nº 11.718,
de 2008).
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII
do caput do art. 2º da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio de
vida; Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou
principal meio de vida; e (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a
este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente,
trabalhem com o grupo familiar respectivo. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
Parágrafo 1º - entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o
trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento
socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e
colaboração, sem a utilização de empregados permanentes. (Redação dada pela Lei nº 11.718, de
2008).
Parágrafo 9º - não descaracteriza a condição de segurado especial: (Incluído pela Lei nº
11.718, de 2008).
V – a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade, de processo
de beneficiamento ou industrialização artesanal, na forma do Parágrafo 11 do artigo 25 desta Lei;
e (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
CAPÍTULO VI - DA CONTRIBUIÇÃO DO PRODUTOR RURAL E DO PESCADOR
Artigo 25º - a contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à contribuição
de que tratam os incisos I e II do artigo 22, e a do segurado especial, referidos, respectivamente, na
alínea a do inciso V e no inciso VII do artigo 12 desta Lei, destinada à Seguridade Social, é de: (Redação
dada pela Lei nº 10.256, de 2001).
I - 2% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção; (Redação dada
pela Lei nº 9.528, de 10.12.97).
II - 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção para
financiamento das prestações por acidente do trabalho. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97).
Parágrafo 1º - o segurado especial de que trata este artigo, além da contribuição obrigatória
referida no caput, poderá contribuir, facultativamente, na forma do art. 21 desta Lei. (Redação dada pela
Lei nº 8.540, de 22.12.92)
Parágrafo 2º - a pessoa física de que trata a alínea "a" do inciso V do art. 12 contribui,
também, obrigatoriamente, na forma do art. 21 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.540, de 22.12.92)
Parágrafo 3º - integram a produção, para os efeitos deste artigo, os produtos de origem animal
ou vegetal, em estado natural ou submetidos a processos de beneficiamento ou industrialização
rudimentar, assim compreendidos, entre outros, os processos de lavagem, limpeza, descaroçamento,
pilagem, descascamento, lenhamento, pasteurização, resfriamento, secagem, fermentação, embalagem,
cristalização, fundição, carvoejamento, cozimento, destilação, moagem, torrefação, bem como os
subprodutos e os resíduos obtidos através desses processos. (Parágrafo acrescentado pela Lei n º
8.540, de 22.12.92)
Parágrafo 11º - Considera-se processo de beneficiamento ou industrialização artesanal aquele
realizado diretamente pelo próprio produtor rural pessoa física, desde que não esteja sujeito à incidência
do Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI. (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 11.718/2008)
• 1992 - Promulgação da lei federal nº 8.522 extingue taxas, emolumentos,
contribuições, parcela da União das custas e emolumentos da justiça do distrito
federal, e dá outras providências.
Artigo 1º - ficam extintos:
c) a Taxa de Inspeção Sanitária e Industrial de Produtos de Origem Animal (art. 2°, inciso
I);
d) a Taxa de Inspeção e Fiscalização de Bebidas (art. 2°, incisoII);
e) a Taxa de Inspeção e Fiscalização de Produtos Destinados à Alimentação Animal (art.
2°, inciso IV);
• 1993 - Promulgação da lei estadual nº 10.045 que estabelece tratamento diferenciado
às microempresas, aos microprodutores rurais e às empresas de pequeno porte e dá
outras providências.
Artigo 1º - ás microempresas, aos microprodutores rurais e às empresas de pequeno porte é
assegurado tratamento diferenciado, simplificado e favorecido, nos campos tributário, creditício e de
desenvolvimento empresarial, nos termos desta Lei. (Redação dada pelo art. 2º, I, da Lei 12.410, de
22/12/05. (DOE 23/12/05) - Efeitos a partir de 01/07/06)
Capítulo II - do enquadramento
II - microprodutores rurais aqueles que: (Redação dada ao inciso II pelo art. 1º, I, da Lei
10.584, de 24/11/95. (DOE 27/11/95) - Efeitos a partir de 01/01/96)
a) estejam inscritos no CGC/TE; (Redação dada pelo art. 1º, I, da Lei 10.584, de 24/11/95. (DOE
27/11/95) - Efeitos a partir de 01/01/96)
b) sejam possuidores, a qualquer título, por si, seus sócios, parceiros, meeiros, cônjuges
ou filhos menores, de área rural de até 04 (quatro) módulos fiscais, quantificados na legislação
em vigor; (Redação dada pelo art. 1º, I, da Lei 10.584, de 24/11/95. (DOE 27/11/95) - Efeitos a partir de
01/01/96)
c) tenham receita bruta, em cada ano-calendário, não superior a 15.000 (quinze mil) UPF-RS;
(Redação dada pelo art. 2º, II, da Lei 12.410, de 22/12/05. (DOE 23/12/05) - Efeitos a partir de 01/07/06)
• 1995 - Promulgação da lei estadual nº 10.584 que introduz alterações na lei nº 10.045,
de 29 de dezembro de 1993, que estabelece tratamento diferenciado às
microempresas, aos microprodutores rurais e às empresas de pequeno porte
Artigo 1º - ficam introduzidos as seguintes alterações na Lei nº 10.045, de 29 de dezembro de
1993, alterada pelas Leis nºs 10.233, de 27 de julho de 1994, e 10.255, de 08 de setembro de 1994:
"II - microprodutores rurais aqueles que:
a) estejam inscritos no CGC/TE;
b) sejam possuidores, a qualquer título, por si, seus sócios, parceiros, meeiros, cônjuges ou
filhos menores, de área rural de até 04 (quatro) módulos fiscais, quantificados na legislação em vigor;
c) promovam saídas de mercadorias, em cada ano-calendário, cujo valor total não seja
superior ao de 10.000 (dez mil) UPF-RS.”
• 2000 - Promulgação do decreto lei estadual nº 40.079 que cria o programa da
agroindústria familiar do estado do Rio Grande do Sul
Artigo 1º - fica criado, na secretaria da agricultura e do abastecimento, o Programa da
Agroindústria Familiar, a fim de atender os agricultores familiares e pescadores artesanais, tendo como
objetivos gerais:
• 2000 - Promulgação do decreto lei estadual nº 40.248 que modifica o regulamento do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (RICMS)
Artigo 1º - fica introduzida a seguinte alteração no Livro I do Regulamento do ICMS, aprovado
pelo Decreto nº 37.699, de 26/08/97, numerada em sequência às introduzidas pelo Decreto nº 40.233,
de 10/08/00:
Alteração nº 905 - No Artigo 1º, fica acrescentada a alínea “C” ao inciso XVIII com a
seguinte redação:
“c) estando enquadrado como microprodutor rural, nos termos da Lei nº 10.045, de 29/12/93,
atenda, ainda, cumulativamente, as seguintes condições:
1 - seja participante do Programa da Agroindústria Familiar, criado pelo Decreto nº 40.079, de
09/05/00;
2 - promova, nas condições do Programa da Agroindústria Familiar, a saída dos produtos
constantes em instruções baixadas pelo Departamento da Receita Pública Estadual, obtidos da
industrialização de sua produção.”
ICMS do Estado do Rio Grande do Sul
IN DRP nº 45/98
CAPÍTULO XXIV - DA MICROEMPRESA, DO MICROPRODUTOR RURAL E DA EMPRESA DE
PEQUENO PORTE
4.0 – PROGRAMA DA AGROINDÚSTRIA FAMILIAR (RICMS, Livro I, art. 1.º, XVIII, “c”)
4.1 – As saídas promovidas por microprodutor rural e vinculadas ao Programa da Agroindústria
Familiar, referidas no RICMS, Livro I, art. 1.º, XVIII,
“c”, alcançam exclusivamente os seguintes produtos, desde que devidamente acondicionados e
rotulados, registrados no órgão de vigilância sanitária competente e portando o selo de identificação do
programa:
a) carne e produtos comestíveis resultantes do abate de aves e de gado vacum, ovino,
bufalino,
suíno e caprino, bem como do abate de coelhos e rãs, inclusive salgados, resfriados ou congelados;
b) banha suína;
c) pescado em estado natural, congelado ou resfriado;
d) conservas e compotas de legumes e frutas;
e) geléias e doces;
f) preparações alimentícias compostas para crianças;
g) hortaliças, verduras e frutas, frescas;
h) polpas de frutas;
i) grãos e cereais;
j) farinhas de cereais, de mandioca e de peixe;
l) ovos frescos;
m) leite fresco pasteurizado e os produtos comestíveis dele resultantes;
n) pães, bolos, cucas, biscoitos e massas frescas;
o) vinhos;
p) sucos de frutas;
q) melado, açúcar mascavo e rapadura;
r) mel;
s) erva-mate e vegetais para o preparo de chás;
t) plantas aromáticas e condimentares;
u) essências vegetais.
• 2001 - Promulgação da lei federal nº 10.256 que altera a lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, a lei nª 8.870, de 15 de abril de 1994, a lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e a lei nª 9.528, de 10 de dezembro de 1997
Artigo 1º - a Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as seguintes
alterações:
• 2002 - Promulgação da lei federal nº 10.406 que institui o código civil
TÍTULO II - DAS PESSOAS JURÍDICAS
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 44 - são pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
CAPÍTULO II - DAS ASSOCIAÇÕES
Artigo 44 - constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para
fins não econômicos.
LIVRO II - Do Direito de Empresa
TÍTULO I - Do Empresário
CAPÍTULO I - Da Caracterização e da Inscrição
Artigo 966 - considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Artigo 967 - é obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas
Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
Artigo 970 - a lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao
empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes.
Artigo 971 - o empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode,
observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro
Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado,
para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.
CAPÍTULO VII - Da Sociedade Cooperativa
Artigo 1.093 - a sociedade cooperativa reger-se-á pelo disposto no presente Capítulo,
ressalvada a legislação especial.
• 2005 - Promulgação da lei estadual nº 12.410 que institui o SIMPLES GAÚCHO, introduz modificações no art. 1º, “caput”, no art. 2º, modifica os incisos I, “b”, II, “c” e III, “b” e o § 1º, acrescenta um novo § 3º, renumerando o § 3º existente que passa a ser o § 4º, e acrescenta os §§ 5º e 6º, modifica o art. 3º, o art. 4º, § 1º, “b” e o art. 9º, acrescenta o art. 9º-A, modifica o art. 11, I, o Capítulo IV, o art. 14, o art. 15, “caput” e I, no art. 16, modifica o “caput” e revoga os §§ 1º e 2º, modifica o art. 17, “caput”, no art. 19, renumera o parágrafo único e acrescenta o § 2º, modifica o art. 20 e revoga os arts. 31, 33 e 34 e o Anexo, todos da Lei nº 10.045, de 29 de dezembro de 1993, e dá outras providências pela lei nª 2.613, de 23 de setembro de 1955 e dá outras providências
Artigo 1º - fica instituído o Sistema Simplificado de Pagamento de Impostos das
Microempresas, dos Microprodutores Rurais e das Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES GAÚCHO.
• 2006 - Promulgação da lei federal nº 11.326 que estabelece as diretrizes para a formulação da política nacional da agricultura familiar e empreendimentos familiares rurais
Artigo 1º - Esta Lei estabelece os conceitos, princípios e instrumentos destinados à
formulação das políticas públicas direcionadas à Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares
Rurais.
Artigo 3º - Para os efeitos desta Lei, considera-se agricultor familiar e empreendedor
familiar rural aquele que pratica atividades no meio rural, atendendo, simultaneamente, aos seguintes
requisitos:
I - não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais;
II - utilize predominantemente mão-de-obra da própria família nas atividades econômicas
do seu estabelecimento ou empreendimento;
III - tenha renda familiar predominantemente originada de atividades econômicas
vinculadas ao próprio estabelecimento ou empreendimento;
IV - dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família.
Artigo 5º - para atingir seus objetivos, a Política Nacional da Agricultura Familiar e
Empreendimentos Familiares Rurais promoverá o planejamento e a execução das ações, de forma a
compatibilizar as seguintes áreas:
VIII - legislação sanitária, previdenciária, comercial e tributária;
XII - agroindustrialização.
MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 971, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2009
Artigo 9º - Deve contribuir obrigatoriamente na qualidade de contribuinte individual:
III - a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer
título, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando
em área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira ou extrativista, com auxílio
de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 8º e 9º do art. 10;
IV - a pessoa física, proprietária ou não, que, na condição de outorgante, explora a
atividade agropecuária ou pesqueira, por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregado,
observado o disposto no inciso I do § 7º do art. 10;
V - a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral
(garimpo), em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou
sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não-contínua;
VI - o pescador que trabalha em regime de parceria, de meação ou de arrendamento, em
embarcação com mais de 6 (seis) toneladas de arqueação bruta, na exclusiva condição de parceiro
outorgante;
Artigo 10º - deve contribuir obrigatoriamente na qualidade de segurado especial a pessoa
física residente em imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou
em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de:
I - produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro
outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade:
a) agropecuária em área contínua ou não de até 4 (quatro) módulos fiscais; ou
b) de seringueiro ou extrativista vegetal na coleta e extração, de modo sustentável, de
recursos naturais renováveis e faça dessas atividades o principal meio de vida;
II - pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou
principal meio de vida; e
III - cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a
este equiparado, do segurado de que tratam os incisos I e II, que, comprovadamente, tenham
participação ativa nas atividade rurais do grupo familiar.
Parágrafo 1º - entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho
dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do
núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de
empregados permanentes.
Parágrafo 3º - considera-se pescador artesanal aquele que, individualmente ou em regime
de economia familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou seu meio principal de vida, desde que:
I - não utilize embarcação;
II - utilize embarcação de até 6 (seis) toneladas de arqueação bruta, ainda que com auxílio
de parceiro;
III - na exclusiva condição de parceiro outorgado, utilize embarcação de até 10 (dez)
toneladas de arqueação bruta.
Parágrafo 7º - não descaracteriza a condição de segurado especial:
V - a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade, de processo de
beneficiamento ou industrialização artesanal, na forma do § 11 do art. 25 da Lei nº 8.212, de 24 de julho
de 1991; e
Parágrafo 10º - o segurado especial, além da contribuição obrigatória de que trata o caput,
poderá usar da faculdade de contribuir individualmente, mantendo a qualidade de segurado especial no
RGPS, devendo, para tanto, cadastrar-se na forma do art. 43, na qualidade de segurado especial,
observado o disposto no inciso V e nos §§ 8º e 9º do art. 55.
Parágrafo 12º - o grupo familiar poderá utilizar-se de empregado, inclusive daquele referido
no inciso XXX do caput do art. 6º ou de trabalhador de que trata o inciso I do caput do art. 9º, em épocas
de safra, à razão de no máximo 120 (cento e vinte) pessoas/dia no ano civil, em períodos corridos ou
intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, à razão de 8 (oito) horas/dia e 44
(quarenta e quatro) horas/semana.
Parágrafo 16º - a empresa ou cooperativa adquirente, consumidora ou consignatária da
produção fica obrigada a fornecer ao segurado especial cópia do documento fiscal de entrada da
mercadoria, para fins de comprovação da operação e da respectiva contribuição previdenciária.
Parágrafo 17º - quando o grupo familiar a que o segurado especial estiver vinculado não
tiver obtido, no ano, por qualquer motivo, receita proveniente de comercialização de produção deverá
comunicar a ocorrência à Previdência Social.
Parágrafo 18º - quando o segurado especial tiver comercializado sua produção do ano
anterior exclusivamente com empresa adquirente, consignatária ou cooperativa, tal fato deverá ser
comunicado à Previdência Social pelo respectivo grupo familiar.
Seção II - Dos Cadastros Gerais
Artigo 18º - os cadastros da Previdência Social são constituídos dos dados das empresas,
dos equiparados a empresas e das pessoas físicas seguradas.
Artigo 19º - a inscrição ou a matrícula serão efetuadas, conforme o caso:
II - no CEI, no prazo de 30 (trinta) dias contados do início de suas atividades, para o
equiparado à empresa, quando for o caso, e obra de construção civil, sendo responsável pela matrícula:
a) o equiparado à empresa isenta de registro no CNPJ;
e) o produtor rural contribuinte individual e o segurado especial;
h) a pessoa física não-produtor rural que adquire produção rural para venda, no varejo, a
consumidor pessoa física, nos termos do inciso II do § 7º do art. 200 do Regulamento da Previdência
Social (RPS), aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999.
Subseção III
Da Matrícula de Estabelecimento Rural de Segurado Especial
Artigo 37º - o segurado especial responsável pelo recolhimento da contribuição incidente
sobre a comercialização de sua produção deverá providenciar a matrícula da propriedade rural no CEI.
Artigo 38º - na hipótese de segurados especiais explorarem em conjunto, uma única
propriedade rural, partilhando os riscos e a produção, será atribuída apenas uma matrícula em nome do
produtor indicado na inscrição estadual, seguido da expressão "e outros".
Parágrafo único - Deverão ser cadastrados como co-responsáveis todos os produtores
rurais que explorem a propriedade.
Parágrafo 7º - estão desobrigados da apresentação de escrituração contábil, inclusive
quanto à obrigatoriedade de o incorporador manter escrituração contábil segregada para cada
incorporação submetida ao regime especial tributário do patrimônio de afetação, de acordo com o art. 7º
da Lei nº 10.931, de 2 de agosto de 2004:
I - as pessoas físicas equiparadas a empresa, previstas nos incisos I e VI do § 4º do art.
3º, matriculadas no CEI;
TÍTULO III - DAS NORMAS E PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS
CAPÍTULO I - DAS ATIVIDADES RURAL E AGROINDUSTRIAL
Seção I - Dos Conceitos
Artigo 37º - considera-se:
I - produtor rural, a pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que desenvolve, em área
urbana ou rural, a atividade agropecuária, pesqueira ou silvicultural, bem como a extração de produtos
primários, vegetais ou animais, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de
prepostos, sendo:
TÍTULO III - DAS NORMAS E PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS
CAPÍTULO I - DAS ATIVIDADES RURAL E AGROINDUSTRIAL
Seção I - Dos Conceitos
Artigo 37º - considera-se:
I - produtor rural, a pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que desenvolve, em área
urbana ou rural, a atividade agropecuária, pesqueira ou silvicultural, bem como a extração de produtos
primários, vegetais ou animais, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de
prepostos, sendo:
a) produtor rural pessoa física:
1. o segurado especial que, na condição de proprietário, parceiro, meeiro, comodatário ou
arrendatário, pescador artesanal ou a ele assemelhado, exerce a atividade individualmente ou em
regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, bem como seus respectivos
cônjuges ou companheiros e filhos maiores de 16 (dezesseis) anos ou a eles equiparados, desde que
trabalhem comprovadamente com o grupo familiar, conforme definido no art. 10;
2. a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária ou pesqueira,
em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos e com auxílio de
empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua;
b) produtor rural pessoa jurídica:
1. o empregador rural que, constituído sob a forma de firma individual ou de empresário
individual, assim considerado pelo art. 931 da Lei nº 10.406, de 2002 (Código Civil), ou sociedade
empresária, tem como fim apenas a atividade de produção rural, observado o disposto no inciso III do §
2º do art. 175;
2. a agroindústria que desenvolve as atividades de produção rural e de industrialização da
produção rural própria ou da produção rural própria e da adquirida de terceiros, observado o disposto no
inciso IV do § 2º do art. 175 e no § 3º deste artigo;
II - atividade econômica autônoma a que não constitui parte de atividade econômica mais
abrangente ou fase de processo produtivo mais complexo, e que seja exercida mediante estrutura
operacional definida, em um ou mais estabelecimentos. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa
1.071/2010/RFB/MF)
III - beneficiamento, a primeira modificação ou o preparo dos produtos de origem animal ou
vegetal, realizado diretamente pelo próprio produtor rural pessoa física e desde que não esteja sujeito à
incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), por processos simples ou sofisticados, para
posterior venda ou industrialização, sem lhes retirar a característica original, assim compreendidos,
dentre outros, os processos de lavagem, limpeza, descaroçamento, pilagem, descascamento,
debulhação, secagem, socagem e lenhamento;
IV - industrialização rudimentar, o processo de transformação do produto rural, realizado
pelo produtor rural pessoa física ou pessoa jurídica, alterando-lhe as características originais, tais como
a pasteurização, o resfriamento, a fermentação, a embalagem, o carvoejamento, o cozimento, a
destilação, a moagem, a torrefação, a cristalização, a fundição, dentre outros similares;
Artigo 166º - o fato gerador das contribuições sociais ocorre na comercialização:
I - da produção rural do produtor rural pessoa física e do segurado especial realizada
diretamente com:
a) adquirente domiciliado no exterior (exportação), observado o disposto no art. 170;
b) consumidor pessoa física, no varejo;
c) adquirente pessoa física, não-produtor rural, para venda no varejo a consumidor pessoa física;
d) outro produtor rural pessoa física;
e) outro segurado especial;
f) empresa adquirente, consumidora, consignatária ou com cooperativa;
II - da produção rural do produtor rural pessoa jurídica, exceto daquele que, além da
atividade rural, exerce atividade econômica autônoma do ramo comercial, industrial ou de serviços,
observado o disposto nos §§ 4º e 5º do art. 175;
III - da produção própria ou da adquirida de terceiros, industrializada ou não, pela
agroindústria, exceto quanto às sociedades cooperativas e às agroindústrias de piscicultura,
carcinicultura, suinocultura e a de avicultura, a partir de 1º de novembro de 2001.
Parágrafo único - o recebimento de produção agropecuária oriunda de outro país, ainda que
o remetente seja o próprio destinatário do produto, não configura fato gerador de contribuições sociais.
MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1.027, DE 22 DE ABRIL DE 2010
2. ATIVIDADES SUJEITAS A ENQUADRAMENTOS ESPECÍFICOS
2.1. CONCEITOS PARA ENQUADRAMENTO DE ATIVIDADES NO CÓDIGO FPAS
Indústria rudimentar. Para fins de recolhimento das contribuições sociais destinadas à
seguridade social e a outras entidades e fundos, entende-se como indústria rudimentar (FPAS 531) o
conjunto de atividades destinadas à produção de bens simples, para industrialização ou consumo, nos
quais o processo produtivo é de baixa complexidade.
Incluem-se no conceito de indústria rudimentar atividades de extração de fibras e resinas,
extração de madeira para serraria, lenha e carvão vegetal, bem como o beneficiamento e preparação da
matéria-prima, tais como limpeza, descaroçamento, descascamento e outros tratamentos destinados a
otimizar a utilidade do produto para consumo ou industrialização.
Não se enquadram no FPAS 531 usinas, destilarias, indústrias de produtos especiais à
base de leite, indústrias de chás sob qualquer modalidade, indústria de vinho e suco de uva, indústria de
artefatos de madeira ou móveis, indústria de café e outras que empreguem técnicas com algum grau de
sofisticação, ou mão-de-obra especializada ou que dependam de estrutura industrial complexa a
configurar a etapa posterior à industrialização rudimentar, classificando-se, portanto, como indústria
(FPAS 507).
XII - PRODUTORES RURAIS PESSOA FÍSICA E JURÍDICA O produtor rural pessoa física
ou jurídica está sujeito ao recolhimento da contribuição substitutiva imposta pela Lei nº 10.256, de 2001,
incidente sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural, devida à Previdência
Social, GILRAT e SENAR, bem como das contribuições devidas a terceiros, FNDE 2,5% (dois inteiros e
cinco décimos por cento) e INCRA 0,2% (dois décimos por cento), incidentes sobre a folha de salários.
Obriga-se também a descontar e a recolher as contribuições de empregados e demais segurados a seu
serviço, incidentes sobre seu salário-decontribuição.
FPAS 744 - GPS gerada automaticamente pelo sistema, com base na declaração da receita
bruta proveniente da comercialização da produção:
Alíquotas para Pessoa Física: contribuições sobre a comercialização da produção
(substitutiva):
Previdência 2,0% (dois por cento), GILRAT 0,1% (um décimo por cento), SENAR 0,2% (dois
décimos por cento).
MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1.071, DE 15 DE SETEMBRO DE 2010
"Artigo 109 - compete à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), nos termos do art. 3º
da Lei nº 11.457, de 16 de março de 2007, as atividades relativas a tributação, fiscalização, arrecadação
e cobrança da contribuição devida por lei a terceiros, ressalvado o disposto no § 1º do art. 111.
Parágrafo 5º - a contribuição de que trata este artigo é calculada sobre o total da
remuneração paga, devida ou creditada a empregados e trabalhadores avulsos, e é devida:
III - pelo segurado especial, pelo produtor rural pessoa física e jurídica, em relação à
comercialização da sua produção rural, e pela agroindústria, em relação à comercialização da sua
produção, de acordo com as alíquotas constantes do Anexo IV." (NR)
Da Incidência sobre Atividades Rurais”
"Artigo 110-A - a contribuição instituída pelo art. 6º, da Lei nº 2.613, de 23 de setembro de
1955, devida ao Incra, destina-se ao custeio de ações que visem ao desenvolvimento agrário, ao
assentamento de famílias no campo e ao combate ao êxodo rural, e incide sobre a folha de salários das
empresas que atuam nas seguintes atividades:
I - indústria de cana-de-açúcar;
II - indústria de laticínios;
III - indústria de beneficiamento de cereais, café, chá e mate;
IV - indústria da uva;
V - indústria de extração e beneficiamento de fibras vegetais e de descaroçamento de algodão;
VI - indústria de extração de madeira para serraria, de resina, lenha e carvão vegetal; e
VII - matadouros ou abatedouros de animais de quaisquer espécies, inclusive atividades de preparo de charques.
Parágrafo 1º - as atividades de que trata este artigo são autônomas e restringem-se à fase
primária do processo produtivo, as quais aperfeiçoam-se com o emprego de técnicas rústicas e mão de
obra predominantemente artesanal, que independem de qualificação profissional a cargo das entidades
a que se refere o inciso I do § 1º do art. 109.
Parágrafo 2º - para fins de cumprimento do disposto no art. 2º do Decreto-Lei nº 1.146, de 31
de dezembro de 1970, considera-se autônoma a atividade econômica que não constitua parte de
atividade econômica mais abrangente ou fase de processo industrial mais complexo, e que se destine a
produzir matéria-prima a partir dos recursos naturais a que alude o dispositivo, a fim de ser transformada
em produto industrializado.
"Seção V - Das Disposições Especiais” (NR)
"Artigo 231 - A isenção de que trata este Capítulo não dispensa o cumprimento de
obrigações acessórias a que a entidade está sujeita na condição de contribuinte ou responsável.
Parágrafo 1º - além das obrigações previstas no art. 47, a entidade em gozo regular de
isenção se obriga ao cumprimento das seguintes obrigações:
IV - reter o valor da contribuição do produtor rural pessoa física e do segurado especial, do
qual adquira produto rural, na condição de sub-rogada (Lei nº 8.212, de1991, art. 30, inciso IV),
correspondente a 2% (dois por cento) para a Previdência Social, 0,1% (um décimo por cento) para
GILRAT e 0,2% (dois décimos por cento) para o Senar, incidentes sobre a receita bruta da
comercialização, mediante dedução desta, e efetuar o recolhimento no prazo previsto no art. 80;
IV - reter o valor da contribuição do produtor rural pessoa física e do segurado especial, do
qual adquira produto rural, na condição de sub-rogada (Lei nº 8.212, de1991, art. 30, inciso IV),
correspondente a 2% (dois por cento) para a Previdência Social, 0,1% (um décimo por cento) para
GILRAT e 0,2% (dois décimos por cento) para o Senar, incidentes sobre a receita bruta da
comercialização, mediante dedução desta, e efetuar o recolhimento no prazo previsto no art. 80;
6. PRODUTOR RURAL PESSOA FÍSICA
Aplica-se ao produtor rural pessoa física as seguintes regras
a) se qualificado como segurado especial (Lei nº 8.212 art. 12, VII), contribuirá sobre a
comercialização da produção rural (2,0% para Previdência; 0,1% para GILRAT e 0,2% para Senar); não
contribui sobre a remuneração dos trabalhadores que contratar (empregado ou contribuinte individual),
mas é responsável pela retenção e recolhimento da contribuição destes (8%, 9% ou 11% do empregado
e 20% do contribuinte individual).
2. ATIVIDADES SUJEITAS A ENQUADRAMENTOS ESPECÍFICOS
2.1. CONCEITOS PARA ENQUADRAMENTO DE ATIVIDADES NO CÓDIGO FPAS
Indústria rudimentar. Para fins de recolhimento das contribuições sociais destinadas à
seguridade social e a outras entidades e fundos, entende-se como indústria rudimentar (FPAS 531) o
conjunto de atividades destinadas à produção de bens simples, para industrialização ou consumo, nos
quais o processo produtivo é de baixa complexidade.
Incluem-se no conceito de indústria rudimentar atividades de extração de fibras e
resinas, extração de madeira para serraria, lenha e carvão vegetal, bem como o beneficiamento e
preparação da matéria-prima, tais como limpeza, descaroçamento, descascamento e outros
tratamentos destinados a otimizar a utilidade do produto para consumo ou industrialização.
Indústrias relacionadas no art. 2º do Decreto-Lei nº 1.146, de 31 de dezembro de 1970.
A relação é exaustiva e se refere a indústrias rudimentares, as quais, por força do dispositivo,
contribuem para o Incra e não para o Sesi e Senai. Tratando-se de pessoa jurídica classificada como
indústria e que empregue no processo produtivo matéria-prima ou produto oriundo da indústria
rudimentar a que se refere o art. 2º do Decreto-Lei nº 1.146, de 1970, serão devidas contribuições de
acordo com o FPAS 507 e código de terceiros 0079. Tratando-se de agroindústria, haverá 2 (duas)
bases de incidência, as quais devem ser declaradas de forma discriminada na GFIP:
a) valor bruto da comercialização da produção total do empreendimento, a fim de
recolher as contribuições devidas à seguridade social e ao Senar (FPAS 744 atribuído pelo sistema),
em substituição às previstas nos incisos I e II do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991; e
b) remuneração total de segurados (folha do pessoal rural e da indústria), a fim de
recolher as contribuições devidas ao salário-educação e ao Incra (FPAS 825, código de terceiros 0003).
LEGISLAÇÃO
PREVIDENCIÁRIA
Legislação Previdenciária
Seguridade Social
QUEM ?
ONDE ?
Ministério da Previdência Social
Pessoa Física
Segurado Especial1
2Pessoa Física
Contribuinte Individual
COMO ?
INSS
198819691946
CONSTITUIÇÃO (LEI SUPREMA - LEI DAS LEIS)
1971
193719341891
Lei
11
(1)
(a) (b) (c) (d) (e) (f)
EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA NO BRASIL
TRABALHADOR RURAL
2008
Lei
11.
718
(9)
1991
Lei
8.2
12
(2)
1992
Lei
8.5
40
(4)
1997
Lei
9.5
28
(5)
2001
Lei
10.
256
(7)
2003
Lei
10.
666
(8)
Lei
8.2
13
(3)
1999D
ecre
to L
ei 3
.04
8
(6)
Histórico da legislação previdenciária no Brasil - destaque para o segurado especial e o microprodutor rural
• 1971 - Promulgação da lei federal nº 11 que institui o programa de assistência ao trabalhador rural, e dá
outras providências
• 1991 - Promulgação da lei nº 8.212 que dispõe sobre a organização da seguridade social, institui plano
de custeio, e dá outras providências
• 1992 - Promulgação da lei federal nº 8.540 que dispõe sobre a contribuição do empregador rural para a
seguridade social e determina outras providências, alterando dispositivos das leis nº 8.212, de 24 de
julho de 1991 e 8.315, de 23 de dezembro de 1991
• 1997 - Promulgação da lei federal nº 9.528 que altera dispositivos das leis números 8.212 e 8.213,
ambas de 24 de julho de 1991, e dá outras providências
• 1999 - Promulgação do Decreto lei federal nº 3.048 que aprova o Regulamento da Previdência Social, e
dá outras providências
• 2001 - Promulgação da lei federal nº 10.256 que altera a lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, a lei nº 8.870, de 15 de abril de 1994, a lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e a lei nº 9.528, de 10 de dezembro de 1997
• 2003 - Promulgação da lei federal nº 10.666 que dispõe sobre a concessão da aposentadoria especial
ao cooperado de cooperativa de trabalho ou de produção e dá outras providências
• 2008 - Promulgação da lei federal nº 11.718 que acrescenta artigo à lei nº 5.889, de 8 de junho de
1973, criando o contrato de trabalhador rural por pequeno prazo; estabelece normas transitórias sobre a
aposentadoria do trabalhador rural; prorroga o prazo de contratação de financiamentos rurais de que
trata o parágrafo 6º do artigo 1º da lei nº 11.524, de 24 de setembro de 2007; e altera as leis números
8.171, de 17 de janeiro de 1991, 7.106, de 20 de junho de 1993, 9.017, de 30 de março de 1995, e 8.212
e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991
• 1971 - Promulgação da lei federal nº 11 que institui o programa de assistência ao trabalhador rural, e dá outras providências
Artigo 1º - é instituído o Programa de Assistência ao Trabalhador Rural (PRORURAL), nos
termos da presente Lei Complementar.
Parágrafo 1º - ao Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural - FUNRURAL -, diretamente
subordinado ao Ministro do Trabalho e Previdência Social e ao qual é atribuída personalidade jurídica de
natureza autárquica, caberá a execução do Programa de Assistência ao Trabalhador Rural, na forma do
que dispuser o Regulamento desta Lei Complementar.
Artigo 3º - são beneficiários do Programa de Assistência instituído nesta Lei
Complementar o trabalhador rural e seus dependentes:
Parágrafo 1º - considera-se trabalhador rural, para os efeitos desta Lei Complementar:
b) o produtor, proprietário ou não, que sem empregado, trabalhe na atividade rural,
individualmente ou em regime de economia familiar, assim entendido o trabalho dos membros da família
indispensável à própria subsistência e exercido em condições de mutua dependência e colaboração.
Artigo 15º - os recursos para o custeio do Programa de Assistência ao Trabalhador Rural
provirão das seguintes fontes:
I - da contribuição de 2% (dois por cento) devida pelo produtor sobre o valor comercial dos
produtos rurais, e recolhida:
a) pelo adquirente, consignatário ou cooperativa que ficam sub-rogados, para esse fim, em
todas as obrigações do produtor;
b) pelo produtor, quando ele próprio industrializar seus produtos vende-los, no
varejo, diretamente ao consumidor.
Parágrafo 1º - entende-se como produto rural todo aquele que, não tendo sofrido qualquer
processo de industrialização provenha de origem vegetal ou animal, ainda quando haja sido submetido a
processo de beneficiamento, assim compreendido um processo primário, tal como descaroçamento,
pilagem, descascamento ou limpeza e outros do mesmo teor destinado à preparação de matéria-prima
para posterior industrialização.
• 1991 - Promulgação da lei federal nº 8.212 que dispõe sobre a organização da
Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá outras providências
CAPÍTULO I - DOS CONTRIBUINTES
Seção I - Dos Segurados
V - como contribuinte individual: (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999).
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título,
em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em
área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou
por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 10 e 11 deste artigo; (Redação dada pela
Lei nº 11.718, de 2008).
VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em
aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar,
ainda que com o auxílio eventual de terceiros a título de mútua colaboração, na condição de: (Redação
dada pela Lei nº 11.718, de 2008).
a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro
outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade: (Incluído pela Lei nº 11.718, de
2008).
1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; ou (Incluído pela Lei nº 11.718,
de 2008).
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII
do caput do art. 2o da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio de
vida; Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou
principal meio de vida; e (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a
este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente,
trabalhem com o grupo familiar respectivo. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
Parágrafo 1º - entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho
dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do
núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de
empregados permanentes. (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008).
Parágrafo 9º - não descaracteriza a condição de segurado especial: (Incluído pela Lei nº
11.718, de 2008).
V – a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade, de processo de
beneficiamento ou industrialização artesanal, na forma do Parágrafo 11 do artigo 25 desta Lei; e
(Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
CAPÍTULO VI - DA CONTRIBUIÇÃO DO PRODUTOR RURAL E DO PESCADOR
Artigo 25º - a contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à contribuição
de que tratam os incisos I e II do artigo 22, e a do segurado especial, referidos, respectivamente, na
alínea a do inciso V e no inciso VII do artigo 12 desta Lei, destinada à Seguridade Social, é de: (Redação
dada pela Lei nº 10.256, de 2001).
I - 2% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção; (Redação dada
pela Lei nº 9.528, de 10.12.97).
II - 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção para
financiamento das prestações por acidente do trabalho. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97).
Parágrafo 1º - o segurado especial de que trata este artigo, além da contribuição obrigatória
referida no caput, poderá contribuir, facultativamente, na forma do art. 21 desta Lei. (Redação dada pela
Lei nº 8.540, de 22.12.92)
Parágrafo 2º - a pessoa física de que trata a alínea "a" do inciso V do art. 12 contribui,
também, obrigatoriamente, na forma do art. 21 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.540, de 22.12.92)
Parágrafo 3º - integram a produção, para os efeitos deste artigo, os produtos de origem animal
ou vegetal, em estado natural ou submetidos a processos de beneficiamento ou industrialização
rudimentar, assim compreendidos, entre outros, os processos de lavagem, limpeza, descaroçamento,
pilagem, descascamento, lenhamento, pasteurização, resfriamento, secagem, fermentação, embalagem,
cristalização, fundição, carvoejamento, cozimento, destilação, moagem, torrefação, bem como os
subprodutos e os resíduos obtidos através desses processos. (Parágrafo acrescentado pela Lei n º
8.540, de 22.12.92)
• 1991 - Promulgação da lei federal nº 8.213 que dispõe sobre os Planos de Benefícios
da Previdência Social e dá outras providências
TÍTULO III - DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
Capítulo I - DOS BENEFICIÁRIOS
Artigo 10º - os beneficiários do Regime Geral de Previdência Social classificam-se como
segurados e dependentes, nos termos das Seções I e II deste capítulo.
Seção I - Dos Segurados
Artigo 11º - São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:
(Redação dada pela Lei nº 8.647, de 1993)
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título,
em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em
área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou
por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 9o e 10 deste artigo; (Redação dada pela
Lei nº 11.718, de 2008)
VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado
urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o
auxílio eventual de terceiros, na condição de: (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)
a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro
outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade: (Incluído pela Lei nº 11.718, de
2008)
1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; (Incluído pela Lei nº 11.718, de
2008)
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do
caput do art. 2o da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio de
vida; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
b) pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal
meio de vida; e (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este
equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem
com o grupo familiar respectivo. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
Parágrafo 1º - entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho
dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do
núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de
empregados permanentes. (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)
Parágrafo 8º - não descaracteriza a condição de segurado especial: (Incluído pela Lei nº
11.718, de 2008)
V – a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade, de processo de
beneficiamento ou industrialização artesanal, na forma do § 11 do art. 25 da Lei no 8.212, de 24 de julho
de 1991; e (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
• 1992 - Promulgação da lei federal nº 8.540 que dispõe sobre a contribuição do empregador rural para a seguridade social e determina outras providências, alterando dispositivos das leis nº 8.212, de 24 de julho de 1991 e 8.315, de 23 de dezembro de
1991
"Artigo 12. ...............................................
V..........................................................
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária ou pesqueira, em
caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos e com auxílio de
empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua;
Artigo 25º - a contribuição da pessoa física e do segurado especial referidos,
respectivamente, na alínea a do inciso V e no inciso VII do art. 12 desta lei, destinada à Seguridade
Social, é de:
I - dois por cento da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção;
II - um décimo por cento da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção
para financiamento de complementação das prestações por acidente de trabalho.
3° - integram a produção, para os efeitos deste artigo, os produtos de origem animal ou
vegetal, em estado natural ou submetidos a processos de beneficiamento ou industrialização rudimentar,
assim compreendidos, entre outros, os processos de lavagem, limpeza, descaroçamento, pilagem,
descascamento, lenhamento, pasteurização, resfriamento, secagem, fermentação, embalagem,
cristalização, fundição, carvoejamento, cozimento, destilação, moagem, torrefação, bem como os
subprodutos e os resíduos obtidos através desses processos.
1. agropecuária em área contínua ou não de até quatro módulos fiscais; ou (Incluído pelo
Decreto nº 6.722, de 2008).
2. de seringueiro ou extrativista vegetal na coleta e extração, de modo sustentável, de
recursos naturais renováveis, e faça dessas atividades o principal meio de vida; (Incluído pelo Decreto nº
6.722, de 2008).
b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou
principal meio de vida; e
Parágrafo 18º - não descaracteriza a condição de segurado especial:
V - a utilização pelo próprio grupo familiar de processo de beneficiamento ou
industrialização artesanal, na exploração da atividade, de acordo com o disposto no § 25; e (Incluído
pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
Parágrafo 25º - considera-se processo de beneficiamento ou industrialização artesanal
aquele realizado diretamente pelo próprio produtor rural pessoa física, observado o disposto no § 5o do
art. 200, desde que não esteja sujeito à incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI.§ 26.
É considerado MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro
de 2002 - Código Civil, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 36.000,00
(trinta e seis mil reais), optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela
sistemática de recolhimento mencionada na alínea “p” do inciso V do caput. (Incluído pelo Decreto nº
6.722, de 2008).
Artigo 200º - a contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à
contribuição de que tratam o inciso I do art. 201 e o art.202, e a do segurado especial, incidente sobre a
receita bruta da comercialização da produção rural, é de: (Redação dada pelo Decreto nº 4.032, de
2001)
I - dois por cento para a seguridade social; e
II - zero vírgula um por cento para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do
grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho.
• 1999 - Promulgação do Decreto lei federal nº 3.048 que aprova o Regulamento da
Previdência Social, e dá outras providências
Artigo 1º - o Regulamento da Previdência Social passa a vigorar na forma do texto apenso
ao presente Decreto, com seus anexos
TÍTULO II - DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
CAPÍTULO I - DOS BENEFICIÁRIOS
Seção I - Dos Segurados
VII - como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado
urbano ou rural próximo que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o
auxílio eventual de terceiros, na condição de: (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
a) produtor, seja ele proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro
outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade: (Incluído pelo Decreto nº 6.722,
de 2008).
1. agropecuária em área contínua ou não de até quatro módulos fiscais; ou (Incluído pelo
Decreto nº 6.722, de 2008).
2. de seringueiro ou extrativista vegetal na coleta e extração, de modo sustentável, de
recursos naturais renováveis, e faça dessas atividades o principal meio de vida; (Incluído pelo Decreto nº
6.722, de 2008).
b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou
principal meio de vida; e
Parágrafo 18º - não descaracteriza a condição de segurado especial:
V - a utilização pelo próprio grupo familiar de processo de beneficiamento ou
industrialização artesanal, na exploração da atividade, de acordo com o disposto no § 25; e (Incluído
pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
Parágrafo 25º - considera-se processo de beneficiamento ou industrialização artesanal
aquele realizado diretamente pelo próprio produtor rural pessoa física, observado o disposto no § 5o do
art. 200, desde que não esteja sujeito à incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI.§ 26.
É considerado MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro
de 2002 - Código Civil, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 36.000,00
(trinta e seis mil reais), optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela
sistemática de recolhimento mencionada na alínea “p” do inciso V do caput. (Incluído pelo Decreto nº
6.722, de 2008).
Artigo 200º - a contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à
contribuição de que tratam o inciso I do art. 201 e o art.202, e a do segurado especial, incidente sobre a
receita bruta da comercialização da produção rural, é de: (Redação dada pelo Decreto nº 4.032, de
2001)
I - dois por cento para a seguridade social; e
II - zero vírgula um por cento para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do
grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho.
Parágrafo 5º - integram a produção, para os efeitos dos incisos I e II do caput, observado o
disposto no § 25 do art. 9o, os produtos de origem animal ou vegetal, em estado natural ou submetidos a
processos de beneficiamento ou industrialização rudimentar, assim compreendidos, entre outros, os
processos de lavagem, limpeza, descaroçamento, pilagem, descascamento, lenhamento, pasteurização,
resfriamento, secagem, socagem, fermentação, embalagem, cristalização, fundição, carvoejamento,
cozimento, destilação, moagem e torrefação, bem como os subprodutos e os resíduos obtidos por meio
desses processos. (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
• 2008 - Promulgação da lei federal nº 11.718 que acrescenta artigo à lei nº 5.889, de 8
de junho de 1973, criando o contrato de trabalhador rural por pequeno prazo;
estabelece normas transitórias sobre a aposentadoria do trabalhador rural; prorroga o
prazo de contratação de financiamentos rurais de que trata o parágrafo 6º do artigo 1º
da lei nº 11.524, de 24 de setembro de 2007; e altera as leis números 8.171, de 17 de
janeiro de 1991, 7.106, de 20 de junho de 1993, 9.017, de 30 de março de 1995, e 8.212
e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991
Artigo 9º - a Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as seguintes
alterações:
“Artigo 12. ............................................................................
V – .....................................................................................
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título,
em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em
área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou
por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 10 e 11 deste artigo;
VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado
urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o
auxílio eventual de terceiros, na condição de:
a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro
outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade:
1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais;
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do
caput do art. 2o da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio de
vida;
b) pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal
meio de vida; e
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este
equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem
com o grupo familiar respectivo.
Parágrafo 1º - entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho
dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do
núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de
empregados permanentes.
Parágrafo 9º - não descaracteriza a condição de segurado especial:
V – a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade, de processo de
beneficiamento ou industrialização artesanal, na forma do § 11 do art. 25 da Lei no 8.212, de 24 de julho
de 1991; e
Parágrafo 11º - considera-se processo de beneficiamento ou industrialização artesanal aquele
realizado diretamente pelo próprio produtor rural pessoa física, desde que não esteja sujeito à incidência
do Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI.” (NR)
“Artigo 49. ......................................................................
.............................................................................................
Parágrafo 5º - a matrícula atribuída pela Secretaria da Receita Federal do Brasil ao produtor
rural pessoa física ou segurado especial é o documento de inscrição do contribuinte, em substituição à
inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, a ser apresentado em suas relações com o
Poder Público, inclusive para licenciamento sanitário de produtos de origem animal ou vegetal
submetidos a processos de beneficiamento ou industrialização artesanal, com as instituições
financeiras, para fins de contratação de operações de crédito, e com os adquirentes de sua produção
ou fornecedores de sementes, insumos, ferramentas e demais implementos agrícolas.
Parágrafo 6º - o disposto no § 5o deste artigo não se aplica ao licenciamento sanitário de
produtos sujeitos à incidência de Imposto sobre Produtos Industrializados ou ao contribuinte cuja
inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ seja obrigatória.” (NR)
LEGISLAÇÃO
SANITÁRIA
Legislação Sanitária Inocuidade dos Alimentos
Ministério da Saúde
QUEM ?
ONDE ?
Origem Vegetal
Origem Animal
Sucos e Bebidas
Ministério da Agricultura
Ministério da Agricultura
ANVISA – Coord. Estadual de Saúde
1
2
1
3
2 SIF - CISPOA - SIM
3 SIV
198819691946
CONSTITUIÇÃO (LEI SUPREMA - LEI DAS LEIS)
1950 1952 1971 1989 1990 1991 1994 2006 20092008
193719341891
1909 1915 1934 2010
Lei
1.2
83
Dec
reto
Lei
30.
691
Dec
reto
Lei
69.
502
Lei
5.7
60
Dec
reto
Lei
7.6
22
Dec
reto
Lei
11.
462
Lei
7.8
89
Lei
8.0
80
Dec
reto
Lei
5.7
41
Lei
8.1
71
Lei
8.9
18 Dec
reto
Lei
6.3
48
Dec
reto
Lei
6.8
71
Dec
reto
Lei
6.9
46
Dec
reto
Lei
24.
548
Dec
reto
Lei
7.2
16
(1)
(2)(3)
(5)
(6)
(8)
(9)(10)
(11)(12)
(13)
(16)
(17)(18)(19)
(20)(a) (b) (c) (d) (e) (f)
EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO SANITÁRIA NO BRASIL
1998L
ei 9
.712
(14)
1969
Dec
reto
Lei
98
6
Lei
9.7
82
(15)
(7)
1999
Dec
reto
Lei
24.
114
(4)
Histórico da legislação sanitária no Brasil
• 1909 - Promulgação do decreto lei federal nº 7.622 que cria a diretoria da indústria animal
• 1915 - Promulgação do decreto lei federal nº 11.462 que aprova o regulamento para reger o serviço de inspeção das fábricas de produtos animais
• 1934 - Promulgação do decreto lei federal nº 24.548 que aprova o regulamento do serviço de defesa sanitária animal
• 1950 - Promulgação da lei federal nº 1.283 que dispõe sobre a inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal
• 1952 - Promulgação do decreto lei federal nº 30.691 que aprova o novo regulamento da inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal
• 1969 - Promulgação da lei federal nº 986 que institui normas básicas sobre alimentos
• 1971 - Promulgação do decreto lei federal nº 69.502 que dispõe sobre o registro, a padronização e a inspeção de produtos vegetais e animais, inclusive os destinados à alimentação humana, e dá outras providências
• 1989 - Promulgação da lei federal nº 7.889 que dispõe sobre inspeção sanitária e industrial dos produtos de origem animal, e dá outras providências
• 1990 - Promulgação da lei federal nº 8.080 que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências
• 1991 - Promulgação da lei federal nº 8.171 que dispõe sobre a política agrícola
• 1994 - Promulgação da lei federal nº 8.918 que dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas, autoriza a criação da comissão intersetorial de bebidas e dá outras providências
• 1998 - Promulgação da lei federal nº 9.712 que altera a lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991,
acrescentando-lhe dispositivos referentes à defesa agropecuária
• 1999 - Promulgação da lei federal nº 9.782 que define o sistema nacional de vigilância sanitária, cria a
agência nacional de vigilância sanitária, e dá outras providências
• 2006 - Promulgação do decreto lei federal nº 5.741 que regulamenta os artigos 27-A, 28-A e 29-A da lei
nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991, organiza o sistema unificado de atenção à sanidade agropecuária, e
dá outras providências
• 2008 - Promulgação do decreto lei federal nº 6.348 que altera os anexos I e II ao decreto nº 5.351, de
21 de janeiro de 2005, que aprova a estrutura regimental e o quadro demonstrativo dos cargos em
comissão e das funções gratificadas do ministério da agricultura, pecuária e abastecimento, e o artigos
2º do decreto nº 5.741, de 30 de março de 2006, que regulamenta os artigos 27-A, 28-A e 29-A da lei nº
8.171, de 17 de janeiro de 1991, que organiza o sistema unificado de atenção à sanidade agropecuária
• 2009 - Promulgação do decreto lei federal nº 6.871 que regulamenta a lei nª 8.918, de 14 de julho de
1994, que dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção, a produção e a
fiscalização de bebidas
• 2009 - Promulgação do decreto lei federal nº 6.946 que altera dispositivos do regulamento do serviço
de defesa sanitária animal, aprovado pelo decreto nª 24.548, de 3 de julho de 1934, e do regulamento de
defesa sanitária vegetal, aprovado pelo decreto nº 24.114, de 12 de abril de 1934
• 2010 - Promulgação do decreto lei federal nº 7.216 que dá nova redação e acresce dispositivos ao
regulamento dos artigos 27-A, 28-A e 29-A da lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991, aprovado pelo
decreto nº 5.741, de 30 de março de 2006, e dá outras providências
A Constituição da República Federativa do Brasil - CRFB de 1988, assegura o
direito a propriedade privada e o livre exercício de qualquer atividade econômica
TÍTULO VII
Da Ordem Econômica e Financeira
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA
Artigo 170 - a ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social,
observados os seguintes princípios:
II - propriedade privada;
Parágrafo único - é assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade
econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em
lei.
Artigo 174 - como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado
exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante
para o setor público e indicativo para o setor privado.
Prerrogativa
A produção de alimentos representa risco a saúde pública e por isso determina a
necessidade de atuação do poder público junto a iniciativa privada, exigindo e verificando a aplicação
das medidas sanitárias indispensáveis a inocuidade dos alimentos e que devem ser implantadas pelos
estabelecimentos.
HISTÓRICO DA LEGISLAÇÃO SANITÁRIA NO BRASIL
• 1909 - Promulgação do decreto lei federal nº 7.622 que cria a diretoria da indústria animal
* constitui-se na 1º lei a indicar a prática de inspeção sanitária e tecnológica dos produtos de
origem animal.
Artigo 7º - a seção de medicina veterinária e inspeção sanitária do gado tem ao seu
cargo:
Alínea C - a inspeção sanitária dos concursos de animais, dos mercados, estábulos e
matadouros.
• 1915 - Promulgação do decreto lei federal nº 11.462 que aprova o regulamento para reger o serviço de inspeção das fábricas de produtos animais
* a abertura para a participação do Brasil no mercado internacional como exportador de carnes,
determina a necessidade da criação do primeiro regulamento de inspeção sanitária denominado “Serviço
de Inspeção de Fábricas de Produtos Animais”
Artigo 1º - O serviço de inspeção veterinária das fábricas de produtos animais,
subordinado à diretoria do serviço de industria pastoril, tem por fim fiscalizar todos os estabelecimentos
em que se elaborem produtos animais destinados à exportação para o estrangeiro ou ao comércio entre
os Estados da Republica.
• 1934 - Promulgação do decreto lei federal nº 24.548 que aprova o regulamento do serviço de defesa sanitária animal
* como medida de defesa dos rebanhos nacionais é criado o serviço de defesa sanitária animal
Artigo 1º - O Serviço de Defesa Sanitária Animal executará as medidas de profilaxia
previstas neste regulamento, para preservar o país de invasão de zoonoses exóticas e combater as
moléstias infecto-contagiosas e parasitárias existentes no seu território.
• 1934 - Aprova o Regulamento de Defesa Sanitária Vegetal
O CHEFE DO GOVERNO PROVISÓRIO DA REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO
BRASIL, usando das atribuições que lhe confere o artigo 1º do decreto nº 19.398, de 11 de novembro de
1930,
DECRETA:
Artigo 1º - fica aprovado o regulamento da Sanitária Vegetal que com este baixa,
assinado pelo ministro de Estado dos Negócios da Agricultura e referendado pelos da Fazenda, das
Relações Exteriores e da Viação e Obras Públicas.
• 1950 - Promulgação da lei federal nº 1.283 que dispõe sobre a inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal
* é considerada a lei mãe da inspeção sanitária no Brasil.
Artigo 1º - É estabelecida a obrigatoriedade da prévia fiscalização, sob o ponto de vista
industrial e sanitário, de todos os produtos de origem animal, comestíveis e não comestíveis, sejam ou
não adicionados de produtos vegetais, preparados, transformados, manipulados, recebidos,
acondicionados, depositados e em trânsito.
Considerações:
1) a definição de promulgar é publicar ou mandar publicar uma lei com todos os requisitos necessários
para a tornar executória. Quem promulgou a lei foi a Presidência da República
2) a lei define que a fiscalização e a inspeção sanitária de produtos de origem animal é privativa do
Poder Público e que os estabelecimentos só poderão funcionar com a anuência e a presença de seu
representante legal
3) a lei delega competência ao Ministério da Agricultura para executar a fiscalização e a inspeção
sanitária de produtos de origem animal em âmbito federal (Art. 4º - alínea “a”) ou das Secretarias ou
Departamentos de Agricultura dos Estados, Territórios e do Distrito Federal, observando sua área de
jurisdição, para estabelecimentos que façam apenas o comércio municipal ou intermunicipal (alínea “b”).
4) não é o Ministério da Agricultura que determina a obrigatoriedade da fiscalização e inspeção sanitária
em estabelecimentos de produtos de origem animal e sim a República Federativa do Brasil.
• 1952 - Promulgação do decreto lei federal nº 30.691 que aprova o novo regulamento da inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal - RIISPOA
* conforme o artigo 9º da lei 1.283 de 1950, o poder Executivo da União deverá baixar, dentro
do prazo máximo de cento e oitenta (180) dias, contados a partir da data da publicação da lei, o
regulamento ou regulamentos e atos complementares sobre inspeção industrial e sanitária dos
estabelecimentos referidos na alínea a do art. 4º.
Artigo 1º - Fica aprovado o novo Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de
Produtos de Origem Animal - RIISPOA, que com este baixa assinado pelo Ministro de Estados dos
Negócios da Agricultura, a ser aplicado nos estabelecimentos que realizem comércio interestadual ou
internacional nos termos do artigo 4º, alínea "a", da Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950.
• 1969 - Promulgação do decreto lei federal nº 986 que institui normas básicas sobre
alimentos
* o decreto lei nº 986 institui normas básicas sobre alimentos e define a obrigatoriedade de
registro dos estabelecimentos produtores que desejam realizar a comercialização de seus produtos.
* sua importância reporta-se ao fato de que o decreto conceitua alimentos e não produtos de
origem animal e vegetal. Define como órgão competente o Ministério da Saúde.
Artigo 1º - a defesa e a proteção da saúde individual ou coletiva, no tocante a alimentos,
desde a sua obtenção até seu consumo, serão reguladas, em todo o território nacional, pelas
disposições deste decreto lei.
Artigo 2º - para os efeitos deste decreto lei considera-se:
I - alimento: toda substância ou mistura de substâncias, no estado sólido, líquido, pastoso
ou qualquer outra forma adequada, destinadas a fornecer ao organismo humano os elementos normais à
sua formação, manutenção e desenvolvimento
Artigo 6º - ficam dispensados da obrigatoriedade de registro no órgão competente do
Ministério da Saúde:
I - as matérias-primas alimentares e os alimentos in natura;
• 1971 - Promulgação do decreto lei federal nº 69.502 que dispõe sobre o registro, a padronização e a inspeção de produtos vegetais e animais, inclusive os destinados à alimentação humana, e dá outras providências
* Com o Ato Institucional Nº5 de 13 de dezembro de 1968, tem inicio o processo da
concentração do poder no governo federal – centralização/federalização da prestação dos serviços
públicos pela união.
* O decreto 69.502 dispõe sobre o registro, a padronização e a inspeção de produtos
vegetais e animais, inclusive os destinados à alimentação humana, e da outras providências.
* Salienta-se o fato de que o decreto unifica os procedimentos sanitários para os produtos de
origem vegetal e animal e delega competência exclusiva ao Ministério da Agricultura.
Artigo 1º - compete ao Ministério da Agricultura o registro, a padronização e a inspeção
de produtos vegetais e animais, inclusive na fase de sua industrialização, em consonância com os
objetivos da política de desenvolvimento agroindustrial.
Considerações:
1) o ato anterior é a lei federal nº 1.283 de 1950, o que hierarquicamente invalida o decreto.
2) confronta com o decreto lei federal nº 986 de 1969.
• 1971 - Promulgação da lei federal n° 5.760 que dispõe sobre a inspeção sanitária e industrial dos produtos de origem animal e dá outras providências
* no mesmo ano foi promulgada a lei federal nº 5.760 que consolida o ato anterior, decreto lei
nº 69.502, e federaliza a inspeção sanitária de produtos de origem animal.
Artigo 1º - é da competência da União, como norma geral de defesa e proteção da saúde,
nos termos do artigo 8º, item XVII, alíneas “a” e “c” da constituição, a prévia fiscalização sob o ponto
de vista industrial e sanitário, inclusive quanto a comércio municipal ou intermunicipal, dos produtos de
origem animal, de que trata a lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950.
Artigo 8º da constituição de 1969 - compete a união:
Item XVII - legislar sobre:
alínea “a” - cumprimento da constituição e execução dos serviços federais;
alínea “c” - normas gerais sobre orçamento, despesa e gestão patrimonial e financeira de
natureza pública; taxa judiciária, custas e emolumentos remuneratórios dos serviços forenses, de
registro públicos e notariais; de direito financeiro; de seguro e previdência social; de defesa e proteção
da saúde; de regime penitenciário;
ANTES DA PROMULGAÇÃO DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
Poder Legislativo CENTRALIZADO
A PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOSPUBLICOS CENTRALIZADOS NA
UNIÃO
AGRICULTURA
EDUCAÇÃO
SAÚDE
SEGURANÇA
DEMAIS ÁREAS
Concentração de poderno governo federal
Durante o período
de ditadura militar
(1964 - 1988), houve a
concentração de
poder no governo
federal com a
execução dos serviços
públicos
centralizadas.
Federalização dos
serviços.
• 1989 - Promulgação da lei federal nº 7.889 que dispõe sobre inspeção sanitária e industrial dos produtos de origem animal, e dá outras providências
* com a volta do regime democrático e a promulgação da constituição da república federativa
do Brasil de 1988 é retomado o processo da descentralização a partir do reconhecimento dos estados e
municípios como entes da federação.
Artigo 1º - a prévia inspeção sanitária e industrial dos produtos de origem animal, de que
trata a Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, é da competência da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, nos termos do art. 23, inciso II, da Constituição.
Artigo 23º da constituição de 1988 - É competência comum da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios:
Inciso II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas
portadoras de deficiência;
COMPETÊNCIA
O termo competência na constituição federal apresenta diferentes dimensões.
* A competência se divide em legislativa e administrativa.
A competência legislativa se expressa no poder de estabelecer a entidade normas gerais,
leis em sentido estrito.
A competência administrativa, ou material, cuida da atuação concreta do ente, que tem o
poder de editar normas individuais, ou seja, atos administrativos.
* A Constituição brasileira de 1988, na esteira do aperfeiçoamento de nossa organização
política, estabeleceu um complexo sistema de repartição de competências. A competência legislativa,
em nossa Constituição, aparece de três formas distintas, a saber: a) competência privativa; b)
competência concorrente; c) competência suplementar. A competência administrativa, por sua vez,
apresenta-se apenas como competência privativa ou como competência comum.
A competência legislativa suplementar é a que dá a determinado ente o poder de
suplementar a legislação produzida por outro. O poder, aqui, é mais restrito e se submete aos limites
traçados pelo ente que tem originariamente a competência. Além da competência dos Estados no âmbito
da legitimação concorrente, está aqui incluída a previsão de o Município suplementar a legislação federal
e estadual, no que couber.
A competência comum é aquela que pode ser exercida por todos os entes da
federação, podendo, portanto, ser simultaneamente exercida, desde que respeitados os limites
constitucionais. O artigo 23 da CRFB de 1988 elenca o rol das competências comuns entre os entes
federados. No caso do referido artigo a competência é administrativa.
MAS, também é admitida a competência comum em matéria legislativa. É o exemplo da
instituição de taxas, que pode ser instituída por qualquer ente de federação. (art. 145, II, CF/88).
Descentralização e Municipalização
* O processo de descentralização e municipalização teve início na década de 80 com o
movimento de redemocratização.
* A convergência do modelo centralizado para o modelo descentralizado teve inicio quando
a constituição de 1988 reconheceu os municípios como entes federados. Cada ente federado tem
sua autonomia legislativa e administrativa de acordo com a Constituição Federal de 1998.
Para tanto:
Lei Federal é criada pela união e tem abrangência nacional;
Lei Estadual é criada pelos governos estaduais e só tem abrangência em seus
respectivos estados;
Lei Municipal é aquela cuja sua criação é de responsabilidade dos Governos Municipais,
ou seja, cada município vai legislar e suas leis terão abrangência dentro do seus limites territoriais.
O processo de descentralização com autonomia legislativa previsto na CRFB de 1988
propiciou a implantação de três serviços de inspeção, com a característica de serem independentes,
autônomos e não compartilhados.
SIF- Serviço de Inspeção Federal
SIE – Serviço de Inspeção Estadual
SIM – Serviço de Inspeção Municipal
Constituição da República Federativa doBrasil de 05/10/1988, Art. 23. Inciso II
UNIÃO
SIF SIE SIM
Descentralização
Lei FederalAbrangência
Nacional
Lei EstadualAbrangência
Estadual
Lei MunicipalAbrangênciaMunicipal
A municipalização
ganha notoriedade e
passa ser o centro
das discussões
referentes ao papel
do poder público na
prestação de
serviços.
APÓS A PROMULGAÇÃO DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
Poder LegislativoDESCENTRALIZADO
A PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOSPUBLICOS DESCENTRALIZADOS
UNIÃO
AGRICULTURA
EDUCAÇÃO
SAÚDE
SEGURANÇA
DEMAIS ÁREAS
ESTADOS
MUNICÍPIOS
Deslocamento de poderdo governo federal paraas áreas subnacionais
MUNICIPALIZAÇÃO
• 1990 - Promulgação da lei federal nº 8.080 que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências
* A Lei Federal 8.080/90 observa o principio constitucional que estabelece em seu Título VIII –
da Ordem Social, Capítulo II – da Seguridade Social, Seção II – da Saúde e do Artigo 198 a gestão das
ações de saúde por um Sistema Único.
* Criação do SUS
Artigo 1º - esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde,
executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou
jurídicas de direito Público ou privado.
Artigo 6º - estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):
I - a execução de ações:
a) de vigilância sanitária
VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano
Considerações:
1) O inciso VIII da lei federal nº 8.080 de 1990 segue o que é estabelecido no Artigo 200 da
Constituição da Republica federativa do Brasil de 1988.
Artigo 200 - ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da
lei:
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do
trabalhador
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional,
bem como bebidas e águas para consumo humano
2) A constituição assegura o acesso universal e igualitário às ações e serviços do Sistema
Artigo 196 - a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal
e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
3) o conflito do conceito
Para o Ministério da Saúde o conceito é alimentos, bebidas e água
Para o Ministério da Agricultura são produtos de origens vegetais e animais
4) a criação do SUS gerou conflitos de competência para a execução das ações de fiscalização e
inspeção de alimentos, bebidas e água para consumo humano entre o Ministério da Saúde e o
Ministério da Agricultura.
A solução encotrada para dirimir os conflitos sugere um “acordo” interministerial, o qual
determina que a fiscalização e inspeção de produtos de origem animal, bebidas e água para consumo
humano seriam campos de atuação do Ministério da Agricultura e que os demais produtos de origem
vegetal fariam parte das ações do SUS e executadas pelo Ministério da Saúde.
Como a fiscalização e inspeção de produtos de origem animal, bebidas e água são
estabelecidas fora do campo de atuação do SUS, entende-se que essa ação é inconstitucional.
O modelo de gestão das ações do Sistema Único de Saúde - SUS
Diferentemente da fiscalização e inspeção dos produtos de origem animal, os produtos
de origem vegetal segue o modelo de gestão compartilhada preconizada pelo Sistema Único de
Saúde – SUS e dentro de um subsistema - Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.
CIT – Comissão Intergestores Tripartite. Instância
de articulação e pactuação na esfera federal que
atua na direção nacional do SUS, integrada por
gestores do SUS das três esferas de governo -
União, Estados, DF e Municípios.
CIB – Comissão Intergestores Bipartite. Constitui-
se em instância colegiada de negociação e
pactuação, entre o gestor Estadual e os gestores
Municipais, de aspectos operacionais e de
regulamentação das políticas de saúde no âmbito da
gestão do Sistema Único de Saúde – SUS no
estado.
SUSSISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
CIT
Municípios
Estados
União
CIB
Política agrícola
* conforme o artigo 187 do capítulo III do título VII da CRFB de 1988 a política agrícola
será planejada e executada na forma da lei, com a participação efetiva do setor de produção,
envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de comercialização, de
armazenamento e de transportes, levando em conta, especialmente:
I - os instrumentos creditícios e fiscais;
II - os preços compatíveis com os custos de produção e a garantia de comercialização;
III - o incentivo à pesquisa e à tecnologia;
IV - a assistência técnica e extensão rural;
V - o seguro agrícola;
VI - o cooperativismo;
VII - a eletrificação rural e irrigação;
VIII - a habitação para o trabalhador rural.
Parágrafo 1º - Incluem-se no planejamento agrícola as atividades agro-industriais,
agropecuárias, pesqueiras e florestais.
Consideração:
1) o texto da CRFB de 1988 não refere a defesa sanitária nos incisos do artigo 187
2) cita o artigo 174 da CRFB de 1998 para justificar o poder de exercer as funções de fiscalização, sendo
que este artigo pertence ao Título VII - da ordem econômica e financeira, Capítulo I - dos princípios
gerais da atividade econômica e no Capítulo III - da política agrícola não refere a defesa sanitária, muito
menos a inspeção sanitária.
Artigo 174 - como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado
exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante
para o setor público e indicativo para o setor privado.
• 1991 - Promulgação da lei federal nº 8.171 que dispõe sobre a política agrícola
Artigo 1º - esta lei fixa os fundamentos, define os objetivos e as competências
institucionais, prevê os recursos e estabelece as ações e instrumentos da política agrícola, relativamente
às atividades agropecuárias, agro-industriais e de planejamento das atividades pesqueira e florestal.
Parágrafo único - para os efeitos desta lei, entende-se por atividade agrícola a produção, o
processamento e a comercialização dos produtos, subprodutos e derivados, serviços e insumos
agrícolas, pecuários, pesqueiros e florestais.
Artigo 2º - a política fundamenta-se nos seguintes pressupostos:
II - o setor agrícola é constituído por segmentos como: produção, insumos, agroindústria,
comércio, abastecimento e afins, os quais respondem diferenciadamente às políticas públicas e às
forças de mercado;
Artigo 4° - as ações e instrumentos de política agrícola referem-se a:
V - defesa da agropecuária
CAPÍTULO VII - Da Defesa Agropecuária
Artigo 27 - vetado
Artigo 28 - Vetado
Artigo 29 - Vetado
mensagem de veto número 35 de 17 de janeiro de 1991
Razões do veto
Todos esses artigos padecem do vício de inconstitucionalidade, uma vez que contrariam o
artigo 61, inciso II, letra "e", da Constituição Federal.
Segundo essa norma, somente ao Presidente da República pertence a iniciativa de leis
que cuidem da "criação, estruturação e atribuições dos Ministérios e órgãos da administração pública".
• 1994 - Promulgação da lei federal nº 8.918 que dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas, autoriza a criação da comissão intersetorial de bebidas e dá outras providências
* a percepção de que à o conflito de competência fica estabelecido no momento da
promulgação da lei federal nº 8.918 que dispõe da fiscalização e inspeção de bebidas sendo que já havia
sido definida na lei federal 8.080 de 1990
Artigo 1º - é estabelecida, em todo o território nacional, a obrigatoriedade do registro, da
padronização, da classificação, da inspeção e da fiscalização da produção e do comércio de bebidas.
Parágrafo único. A inspeção e a fiscalização de que trata esta lei incidirão sobre:
I - Inspeção:
a) equipamentos e instalações, sob os aspectos higiênicos, sanitários e técnicos;
b) embalagens, matérias-primas e demais substâncias, sob os aspectos higiênicos, sanitários
e qualitativos;
II - Fiscalização;
a) estabelecimentos que se dediquem à industrialização, à exportação e à importação dos
produtos objeto desta lei;
b) portos, aeroportos e postos de fronteiras;
c) transporte, armazenagem, depósito, cooperativa e casa atacadista; e
d) quaisquer outros locais previstos na regulamentação desta lei
Artigo 2º - o registro, a padronização, a classificação, e, ainda, a inspeção e a
fiscalização da produção e do comércio de bebidas, em relação aos seus aspectos tecnológicos,
competem ao Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária.
Artigo 3º - a inspeção e a fiscalização de bebidas, nos seus aspectos
bromatológicos e sanitários, são da competência do Sistema Único de Saúde (SUS), por
intermédio de seus órgãos específicos.
Consideração:
1) O Artigo 3º da lei refere o SUS como órgão competente pela inspeção e a fiscalização
de bebidas, nos seus aspectos sanitários e no entanto a Parágrafo Único do Artigo 1º da lei define
as ações da inspeção entre elas a sanitária e que seriam de competência do Ministério da
Agricultura
• 1998 - Promulgação da lei federal nº 9.712 que altera a lei nº 8.171, de 17 de
janeiro de 1991, acrescentando-lhe dispositivos referentes à defesa agropecuária
Artigo 1º - a Lei no 8.171, de 17 de janeiro de 1991, em seu Capítulo VII, passa a
vigorar com os seguintes artigos:
CAPÍTULO VII - Da Defesa Agropecuária
Artigo 27-A - São objetivos da defesa agropecuária assegurar:
IV – a identidade e a segurança higiênico-sanitária e tecnológica dos produtos
agropecuários finais destinados aos consumidores.
Parágrafo 1º - na busca do atingimento dos objetivos referidos no caput, o Poder Público
desenvolverá, permanentemente, as seguintes atividades:
I – vigilância e defesa sanitária vegetal;
II – vigilância e defesa sanitária animal;
III – inspeção e classificação de produtos de origem vegetal, seus derivados, subprodutos
e resíduos de valor econômico;
IV – inspeção e classificação de produtos de origem animal, seus derivados, subprodutos
e resíduos de valor econômico;
V – fiscalização dos insumos e dos serviços usados nas atividades agropecuárias.
Parágrafo 2º - as atividades constantes do parágrafo anterior serão organizadas de forma a
garantir o cumprimento das legislações vigentes que tratem da defesa agropecuária e dos
compromissos internacionais firmados pela União.
Artigo 28-A - visando à promoção da saúde, as ações de vigilância e defesa sanitária dos
animais e dos vegetais serão organizadas, sob a coordenação do Poder Público nas várias instâncias
federativas e no âmbito de sua competência, em um Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária, articulado, no que for atinente à saúde pública, com o Sistema Único de Saúde de que
trata a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, do qual participarão.
Artigo 29-A - a inspeção industrial e sanitária de produtos de origem vegetal e animal,
bem como a dos insumos agropecuários, será gerida de maneira que os procedimentos e a organização
da inspeção se faça por métodos universalizados e aplicados eqüitativamente em todos os
estabelecimentos inspecionados.
Parágrafo 1º - na inspeção poderá ser adotado o método de análise de riscos e pontos
críticos de controle.
Parágrafo 2º - como parte do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, serão
constituídos um sistema brasileiro de inspeção de produtos de origem vegetal e um sistema brasileiro de
inspeção de produtos de origem animal, bem como sistemas específicos de inspeção para insumos
usados na agropecuária.
• 1999 - Promulgação da lei federal nº 9.782 que define o sistema nacional de vigilância sanitária, cria a agência nacional de vigilância sanitária, e dá outras providências
* As atribuições da Vigilância Sanitária estão descritas dentre as competências do Sistema
Único de Saúde (SUS), artigo 200 da Constituição Federal – "Executar as ações de vigilância sanitária e
epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador".
* A execução dessas ações de vigilância sanitária estão incluídas dentre os campos de
atuação do SUS – Inciso I, alínea "a" do Artigo 6º e integra o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
definida na Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, que criou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Artigo 1º - o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária compreende o conjunto de ações
definido pelo § 1º do art. 6º e pelos arts. 15 a 18 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, executado
por instituições da Administração Pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, que exerçam atividades de regulação, normatização, controle e fiscalização na área de
vigilância sanitária.
Consideração:
1) O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária é um subsistema dentro do Sistema Único de Saúde- SUS
Artigo 2º - compete à União no âmbito do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária:
I - definir a política nacional de vigilância sanitária;
II - definir o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária;
III - normatizar, controlar e fiscalizar produtos, substâncias e serviços de interesse
para a saúde;
V - acompanhar e coordenar as ações estaduais, distrital e municipais de vigilância sanitária;
VI - prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios;
VII - atuar em circunstâncias especiais de risco à saúde; e
VIII - manter sistema de informações em vigilância sanitária, em cooperação com os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Artigo 6º - a Agência terá por finalidade institucional promover a proteção da saúde da
população, por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e
serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das
tecnologias a eles relacionados, bem como o controle de portos, aeroportos e de fronteiras.
Artigo 7º - compete à Agência proceder à implementação e à execução do disposto nos
incisos II a VII do art. 2º desta Lei, devendo:
I - coordenar o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária;
III - estabelecer normas, propor, acompanhar e executar as políticas, as diretrizes e as
ações de vigilância sanitária;
VII - autorizar o funcionamento de empresas de fabricação, distribuição e importação dos
produtos mencionados no art. 8o desta Lei e de comercialização de medicamentos;
Artigo 8º - incumbe à Agência, respeitada a legislação em vigor, regulamentar, controlar e
fiscalizar os produtos e serviços que envolvam risco à saúde pública.
§ 1º Consideram-se bens e produtos submetidos ao controle e fiscalização sanitária pela
Agência:
II - alimentos, inclusive bebidas, águas envasadas, seus insumos, suas embalagens,
aditivos alimentares, limites de contaminantes orgânicos, resíduos de agrotóxicos e de medicamentos
veterinários;
• 2006 - Promulgação do decreto lei federal nº 5.741 que regulamenta os artigos 27-A, 28-A e 29-A da lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991, organiza o sistema unificado de atenção à sanidade agropecuária - SUASA, e dá outras providências
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV
e VI, alínea "a", da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 27-A, 28-A e 29-A da Lei nº 8.171,
de 17 de janeiro de 1991,
DECRETA:
Artigo 1º - Fica aprovado, na forma do Anexo deste Decreto, o Regulamento dos arts. 27-A,
28-A e 29-A da Lei no 8.171, de 17 de janeiro de 1991.
Artigo 2º - Compete ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a edição dos
atos e normas complementares previstos no Regulamento ora aprovado. (Redação dada pelo Decreto nº
6.348, de 2008).
CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Artigo 1º - Fica instituído, na forma definida neste Regulamento, o Sistema Unificado de
Atenção à Sanidade Agropecuária - SUASA.
Considerações:
1) O SUASA busca reparar a desuniformização dos procedimentos de garantia da sanidade
animal e vegetal e possibilita a aplicação de procedimentos universalizados nas três esferas de governo.
2) Para avançar é importante definir as três dimensões que serão trabalhadas, como segue:
A primeira, sistema. Sistema pode ser definido como um conjunto de elementos
interdependentes que interagem com objetivos comuns formando um todo, e onde cada um dos
elementos componentes comporta-se, por sua vez, como um sistema cujo resultado é maior do que o
resultado que as unidades poderiam ter se funcionassem independentemente. Qualquer conjunto de
partes unidas entre si pode ser considerado um sistema, desde que as relações entre as partes e o
comportamento do todo sejam o foco de atenção.
A segunda, serviços. Serviços são ações, processos e atuações. O termo serviço designa
um tipo específico de bem com características de intangibilidade, isto é, sem existência física.
A terceira, inspeção. A inspeção é o ato de olhar, o exame minucioso para se conhecer a
qualidade e/ou estado. Distingue-se do serviço por ser tangível. Relaciona-se como sendo um produto, o
qual apesar de ser também um bem, é um bem tangível, ou seja, tem existência física.
Constituição da República Federativa doBrasil de 05/10/1988, Art. 23. Inciso II
UNIÃO
SIF SIE SIM
Descentralização
Lei FederalAbrangência
Nacional
Lei EstadualAbrangência
Estadual
Lei MunicipalAbrangênciaMunicipal
A figura mostra os serviços que
são competentes para realizar a
inspeção sanitária.
3) Anterior ao decreto 5.741 eram trabalhadas duas dimensões, a inspeção e os serviços
4) Posterior ao decreto 5.741 fica instituída a terceira dimensão, o sistema.
5) O sistema integra os serviços e por conseqüência a inspeção
SISTEMA UNIFICADO DEATENÇÃO À SANIDADE
AGROPECUÁRIA (SUASA)
SISTEMASBRASILEIROS
(SISBI)
INSPEÇÃO DEPRODUTOS DE ORIGEM
ANIMAL (SISBIPOA)
INSPEÇÃO DEPRODUTOS DE ORIGEMVEGETAL (SISBIPOV)
INSUMOSPROTEÇÃO
DOS ANIMAIS EDAS PLANTAS
EDUCAÇÃOSANITÁRIA
VIGILÂNCIA
DEFESA SANITÁRIA INSPEÇÃO SANITÁRIA
INSPEÇÃOFEDERAL
INSPEÇÃOESTADUAL
INSPEÇÃOMUNICIPAL
INSTÂNCIA CENTRAL SUPERIOR
INSTÂNCIAS INTERMEDIÁRIAS
INSTÂNCIAS LOCAIS
6) Integram o Sistema Unificado de
Atenção a Sanidade Agropecuária -
SUASA outros sub-sistemas os
Sistemas Brasileiros de Inspesão
Sanitária - SISBIs.
7) Os Sistemas Brasileiros de Inspeção
Sanitária terão caráter de integrar os
serviços de inspeção sanitária federal,
estaduais e municipais na busca de
que haja nas três esferas a aplicação
de procedimentos universalizados
SISBI/POASISTEMA BRASILEIRO DE
INSPEÇÃO DE PRODUTOS DEORIGEM ANIMAL
SIF
SIE
SIM
InstânciaSuperior
InstânciaIntermediária
InstânciaLocal
Lei Federal
Lei Estadual
Lei Municipal
• 2008 - Promulgação do decreto lei federal nº 6.348 que altera os anexos I e II ao
decreto nº 5.351, de 21 de janeiro de 2005, que aprova a estrutura regimental e o quadro
demonstrativo dos cargos em comissão e das funções gratificadas do ministério da
agricultura, pecuária e abastecimento, e o artigos 2º do decreto nº 5.741, de 30 de
março de 2006, que regulamenta os artigos 27-A, 28-A e 29-A da lei nº 8.171, de 17 de
janeiro de 1991, que organiza o sistema unificado de atenção à sanidade agropecuária.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da constituição,
DECRETA:
Artigo 3º - o art. 2º do Decreto nº 5.741, de 30 de março de 2006, passa a vigorar com a
seguinte redação:
“Artigo 2º - compete ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a edição dos
atos e normas complementares previstos no Regulamento ora aprovado.” (NR)
• 2009 - Promulgação do decreto lei federal nº 6.871 que regulamenta a lei nº 8.918, de 14
de julho de 1994, que dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro, a
inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 8.918, de 14 de julho de 1994,
DECRETA:
Artigo 1º - fica aprovado, na forma do Anexo a este Decreto, o Regulamento da Lei no
8.918, de 14 de julho de 1994, sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção e a
fiscalização da produção e do comércio de bebidas
• 2009 - Promulgação do decreto lei federal nº 6.946 que altera dispositivos do
regulamento do serviço de defesa sanitária animal, aprovado pelo decreto nª 24.548, de
3 de julho de 1934, e do regulamento de defesa sanitária vegetal, aprovado pelo decreto
nº 24.114, de 12 de abril de 1934
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI,
alínea “a”, da Constituição,
DECRETA:
Artigo 1º - Os arts. 4o e 51 Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Animal, aprovado
pelo Decreto no 24.548, de 3 de julho de 1934, passam a vigorar com a seguinte redação:
• 2010 - Promulgação do decreto lei federal nº 7.216 que dá nova redação e acresce
dispositivos ao regulamento dos artigos 27-A, 28-A e 29-A da lei nº 8.171, de 17 de
janeiro de 1991, aprovado pelo decreto nº 5.741, de 30 de março de 2006, e dá outras
providências
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 27-A, 28-A e 29-A da Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991,
DECRETA:
Artigo 1º - os arts. 2o, 96, 149 e 153 do Anexo ao Decreto no 5.741, de 30 de março de
2006, passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 2o .........................................................................
Parágrafo 9º - o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária respeitará as
especificidades regionais de produtos e das diferentes escalas de produção, incluindo a agroindústria
rural de pequeno porte.” (NR)
“ Art. 149. ....................................................................
Parágrafo Único - para fins deste Regulamento, considera-se equivalência de serviços de
inspeção o estado no qual as medidas de inspeção higiênico-sanitária e tecnológica aplicadas por
diferentes serviços de inspeção permitem alcançar os mesmos objetivos de inspeção, fiscalização,
inocuidade e qualidade dos produtos.” (NR)
Artigo 2º - o Anexo ao Decreto no 5.741, de 2006, passa a vigorar acrescido dos seguintes
artigos:
“Artigo 143-A - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão editar normas
específicas relativas às condições gerais das instalações, equipamentos e práticas operacionais de
estabelecimento agroindustrial rural de pequeno porte, observados os princípios básicos de higiene
dos alimentos, tendo como objetivo a garantia da inocuidade dos produtos de origem animal, bem
como em relação ao art. 7o, incisos I, II e III, deste Regulamento.
Parágrafo único - Entende-se por estabelecimento agroindustrial rural de pequeno porte
o estabelecimento de propriedade de agricultores familiares, de forma individual ou coletiva, localizada
no meio rural, com área útil construída não superior a duzentos e cinquenta metros quadrados,
destinado exclusivamente ao processamento de produtos de origem animal, dispondo de instalações
para:
I - abate ou industrialização de animais produtores de carnes;
II - processamento de pescado ou seus derivados;
III - processamento de leite ou seus derivados;
IV - processamento de ovos ou seus derivados; ou
V - processamento de produtos das abelhas ou seus derivados.
LEGISLAÇÃO
AMBIENTAL
Legislação Ambiental Preservação do Meio Ambiente
QUEM ?
ONDE ?
Ministério do Meio Ambiente
Licença Prévia (LP)1
2 Licença de Instalação (LI)
3 Licença de Operação (LO)
COMO ?
Estadual FEPAM
Municipal Sec. Mun. Meio Ambiente
198819691946
CONSTITUIÇÃO (LEI SUPREMA - LEI DAS LEIS)
193719341891
(a) (b) (c) (d) (e) (f)
EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL
1997
Res
olu
ção
CO
NA
MA
237
(4)
2002
(5)
2006
(7)
2007
Res
olu
ção
CO
NA
MA
303
Res
olu
ção
FE
PA
M
02
Res
olu
ção
CO
NA
MA
385
(6)
1981
Lei
6.9
38
(1)
1989
Lei
7.8
04
(2)
1990
Lei
8.0
28
(3)
Histórico da legislação ambiental no Brasil - com destaque para o licenciamento ambiental de
agroindústrias de pequeno porte
• 1981 - Promulgação da lei federal nº 6.938 que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
• 1989 - Promulgação da lei federal nº 7.804 que Altera a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que
dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação,
a Lei nº 7.735, de 22 de fevereiro de 1989, a Lei nº 6.803, de 2 de julho de 1980, e dá outras
providências.
• 1990 - Promulgação da lei federal nº 8.028 que Dispõe sobre a organização da Presidência da
República e dos Ministérios, e dá outras providências.
• 1997 - Publicação da Resolução CONAMA nº 237 que dispõe sobre a revisão e complementação dos
procedimentos e critérios utilizados para o licenciamento ambiental.
• 2002 - Publicação da Resolução CONAMA nº 303 que dispõe sobre parâmetros, definições e limites de
Áreas de Preservação Permanente.
• 2006 - Publicação da Resolução CONAMA nº 385 que estabelece procedimentos a serem adotados
para o licenciamento ambiental de agroindústrias de pequeno porte e baixo potencial de impacto
ambiental
• 2007 - Publicação da Resolução FEPAM nº 02 que Dispõe sobre a padronização dos procedimentos
para licenciamento e cobrança do ressarcimento dos custos das licenças ambientais.
• 1981 - Promulgação da lei federal nº 6.938 que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Artigo 1º - esta lei, com fundamento nos incisos VI e VII do art. 23 e no art. 235 da
Constituição, estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e
aplicação, constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) e institui o Cadastro de Defesa
Ambiental. (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
Artigo 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e
recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao
desenvolvimento sócioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da
vida humana, atendidos os seguintes princípios:
DO SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
Artigo 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios
e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e
melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim
estruturado:
I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente da
República na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os
recursos ambientais; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA),
com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas
governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência,
sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia
qualidade de vida; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
III - órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República, com a
finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as
diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
IV - órgão executor: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis, com a finalidade de executar e fazer executar, como órgão federal, a política e diretrizes
governamentais fixadas para o meio ambiente; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
V - Órgãos seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de
programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação
ambiental; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e
fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
Parágrafo 1º - os Estados, na esfera de suas competências e nas áreas de sua jurisdição,
elaborarão normas supletivas e complementares e padrões relacionados com o meio ambiente,
observados os que forem estabelecidos pelo CONAMA.
Parágrafo 2º - os Municípios, observadas as normas e os padrões federais e estaduais,
também poderão elaborar as normas mencionadas no parágrafo anterior.
Parágrafo 3º - os órgãos central, setoriais, seccionais e locais mencionados neste artigo
deverão fornecer os resultados das análises efetuadas e sua fundamentação, quando solicitados por
pessoa legitimamente interessada.
Parágrafo 4º - de acordo com a legislação em vigor, é o Poder Executivo autorizado a criar
uma Fundação de apoio técnico científico às atividades do IBAMA. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de
1989)
DO CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
Artigo 8º - Compete ao CONAMA: (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
I - estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios para o licenciamento de
atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, a ser concedido pelos Estados e supervisionado pelo
IBAMA; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
Artigo 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;
Artigo 10º - a construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e
atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem
como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio
licenciamento de órgão estadual competente, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente -
SISNAMA, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, em
caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
Parágrafo 3º - o órgão estadual do meio ambiente e o IBAMA, esta em caráter supletivo,
poderão, se necessário e sem prejuízo das penalidades pecuniárias cabíveis, determinar a redução das
atividades geradoras de poluição, para manter as emissões gasosas, os efluentes líquidos e os resíduos
sólidos dentro das condições e limites estipulados no licenciamento concedido. (Redação dada pela Lei nº
7.804, de 1989)
Artigo 11º - compete ao IBAMA propor ao CONAMA normas e padrões para implantação,
acompanhamento e fiscalização do licenciamento previsto no artigo anterior, além das que forem oriundas
do próprio CONAMA. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
Parágrafo 1º - a fiscalização e o controle da aplicação de critérios, normas e padrões de
qualidade ambiental serão exercidos pelo IBAMA, em caráter supletivo da atuação do órgão estadual e
municipal competentes. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
• 1989 - Promulgação da lei federal nº 7.804 que Altera a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, a Lei nº 7.735, de 22 de fevereiro de 1989, a Lei nº 6.803, de 2 de julho de 1980, e dá outras providências.
Artigo 1º - a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, passa a vigorar com as seguintes alterações:
I - o art. 1º passa a ter a seguinte redação:
" Artigo 1º - esta Lei, com fundamento nos incisos VI e VII, do art. 23, e no art. 225 da
Constituição Federal, estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de
formulação e aplicação, constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, cria o Conselho
Superior do Meio Ambiente - CSMA, e institui o Cadastro de Defesa Ambiental."
• 1990 - Promulgação da lei federal nº 8.028 que Dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, e dá outras providências.
Artigo 12º - a Secretaria do Meio Ambiente, com a finalidade de planejar, coordenar,
supervisionar e controlar as atividades relativas à Política Nacional do Meio Ambiente e à preservação,
conservação e uso racional dos recursos naturais renováveis, tem a seguinte estrutura básica:
I - Conselho Nacional do Meio Ambiente;
II - Departamento de Planejamento e Coordenação da Política Ambiental;
III - Departamento Técnico-Científico e de Cooperação;
IV - Comitê do Fundo Nacional do Meio Ambiente.
• 1997 - Publicação da Resolução CONAMA nº 237 que dispõe sobre a revisão e complementação dos procedimentos e critérios utilizados para o licenciamento ambiental.
Artigo 1º - para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:
I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental
competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades
utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que,
sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e
regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.
II - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente,
estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo
empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou
atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou
aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.
Artigo 6º - compete ao órgão ambiental municipal, ouvidos os órgãos competentes da
União, dos Estados e do Distrito Federal, quando couber, o licenciamento ambiental de empreendimentos
e atividades de impacto ambiental local e daquelas que lhe forem delegadas pelo Estado por instrumento
legal ou convênio.
Artigo 8º - o Poder Público, no exercício de sua competência de controle, expedirá as
seguintes licenças:
I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento
ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo
os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação;
II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de
acordo com as especifi cações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as
medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante;
III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento,
após a verifi cação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de
controle ambiental e condicionantes determinados para a operação.
Parágrafo único. As licenças ambientais poderão ser expedidas isolada ou sucessivamente,
de acordo com a natureza, características e fase do empreendimento ou atividade.
ANEXO 1
ATIVIDADES OU EMPREENDIMENTOS SUJEITOS AO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Indústria de produtos alimentares e bebidas
- beneficiamento, moagem, torrefação e fabricação de produtos alimentares
- matadouros, abatedouros, frigoríficos, charqueadas e derivados de origem animal
- fabricação de conservas
- preparação de pescados e fabricação de conservas de pescados
- preparação, beneficiamento e industrialização de leite e derivados
- fabricação e refinação de açúcar
- refino / preparação de óleo e gorduras vegetais
- produção de manteiga, cacau, gorduras de origem animal para alimentação
- fabricação de fermentos e leveduras
- fabricação de rações balanceadas e de alimentos preparados para animais
- fabricação de vinhos e vinagre
- fabricação de cervejas, chopes e maltes
- fabricação de bebidas não alcoólicas, bem como engarrafamento e gaseificação de águas
minerais
- fabricação de bebidas alcoólicas
• 2006 - Publicação da Resolução CONAMA nº 385 que estabelece procedimentos a serem adotados para o licenciamento ambiental de agroindústrias de pequeno porte e baixo potencial de impacto ambiental
Artigo 1º - estabelecer procedimentos a serem adotados para o licenciamento ambiental de
agroindústrias de pequeno porte e baixo potencial de impacto ambiental.
Artigo 2º - para efeito desta Resolução, agroindústria de pequeno porte e baixo potencial
de impacto ambiental é todo o estabelecimento que:
I - tenha área construída de até 250 m²;
II - beneficie e/ou transforme produtos provenientes de explorações agrícolas, pecuárias,
pesqueiras, aqüícolas, extrativistas e florestais não-madeireiros, abrangendo desde processos simples,
como secagem, classificação, limpeza e embalagem, até processos que incluem operações físicas,
químicas ou biológicas, de baixo impacto sobre o meio ambiente.
Parágrafo 1º - os abatedouros não deverão ultrapassar a seguinte capacidade máxima diária de abate:
I - animais de grande porte: até 03 animais/dia;
II - animais de médio porte: até 10 animais/dia;
III - animais de pequeno porte: até 500 animais/dia.
Parágrafo 2º - para estabelecimentos que processem pescados, a capacidade máxima de processamento não poderá ultrapassar 1.500 kg de pescados por dia.
Artigo 5º - o órgão ambiental competente, após a análise da documentação emitirá
manifestação expressa sobre a viabilidade da localização do empreendimento e, caso haja comprovação
de baixo impacto ambiental e de reduzida produção de efluentes e resíduos, concederá as licenças
ambientais correspondentes.
Parágrafo 1º - os abatedouros e estabelecimentos que processem pescados serão licenciados
em duas etapas:
I - Licença Prévia e de Instalação-LPI, que autoriza a localização e instalação da atividade; e
II - Licença de Operação-LO, que autoriza a operação da atividade.
Parágrafo 2º - as demais atividades agroindustriais de pequeno porte e baixo
impacto ambiental serão licenciadas em apenas uma etapa quando o órgão ambiental competente
concederá Licença Única de Instalação e Operação - LIO.
• 2007 - Publicação da Resolução FEPAM nº 02 que Dispõe sobre a padronização dos procedimentos para licenciamento e cobrança do ressarcimento dos custos das licenças ambientais.
Artigo 11º - a Divisão de Arrecadação disponibilizará, por solicitação dos interessados,
boletos bancários, quando os Sistemas eletrônicos existentes, na página da Fepam, estiverem
indisponíveis;
Parágrafo 5º - O desconto no valor dos custos para os empreendedores que atendem aos
critérios do Sistema PRONAF passa a ser de 80% do valor das licenças solicitadas a partir de 01/01/08.
Artigo 14º - para enquadramento na modalidade de empreendedor vinculado ao Programa
Nacional de Agricultura Familiar-Pronaf o interessado deverá apresentar, juntamente com as demais
documentações necessárias ao licenciamento, uma Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de
Agricultura Familiar expedida por órgão competente;