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.. ( A Saúde na Escola: análise de livros didáticos de la a 4 a séries. Adriana Mohr

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..

( A Saúde na Escola:

análise de livros didáticos de la a 4a séries.

Adriana Mohr

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.,

Nome dos

Componentes da

Banca Examinadora

,

I

Dissertação apresentada aos Srs.:

Esther Maria de Magalhães Arantes Orientadora

Adauto José

Maria Lúcia do Eirado Silva

Visto e permitida a impressão

Rio de Janeiro, 2Z/~ 1~~4

Coordenador Geral do IESAE

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A Saúde na Escola: análise de livros didáticos de 13 a 43 séries.

Adriana Mohr

Orientadora: Prof Dra. Esther Maria de Magalhães Arantes

Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Educação .

Fundação Getúlio Vargas Instituto de Estudos Avançados em Educação

Rio de Janeiro, fevereiro de 1994.

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., ,

í

Para

Cléia e Udo, mãe e pai, duplamente professores.

Martina, Fábio e Leonardo, irmãos, colegas de prQfissão.

Fernando, companheiro de todos os percursos e viagens.

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Vivrais-je cent ans, je n 'oublierai jamais I' affreuse conjúsion que laissa dans ma jeune tête

la lecture de mon premier livre.

Louis Figuier, 1883. La Terre .'Ivant le Déluge. Paris, Hachette .

... mas pensei também nas crianças que, por nada saberem, tudo descobrem .

Érico Veríssimo, 1973. Solo de Clarineta, vol. l. Porto Alegre, Globo.

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SUMÁRIO

í

Agradecimentos 1

• 1. INTRODUÇÃO ....

-' 1. 1. Os Programas de Saúde 4 1.2. O Livro didático 5

2. BffiLIOGRAFIA UTILIZADA 14

3. MATERIAL 17

4. MÉTODOS 19

5. ANÁLISE E RESULTADOS 5. 1. Conteúdos analisados 22

i 5.2. Fichas de análise 24

ti 6. DISCUSSÃO

'" 6.1. Coleção Integrando o Aprender 55 6.2. Coleção Aquarela 63 6.3. Coleção Aprender com Alegria 67 6.4. E então: que saúde nos livros didáticos? 70

7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 7. 1. Conclusões quanto aos Programas de Saúde

apresentados nos livros didáticos 77 7.2. Conclusões quanto à escolha dos livros didáticos 78 7.3. Recomendações 78

8. REFERÊNCIAS BffiUOGRÁFICAS 80

9. ANEXOS I 9. 1. Anexo 1 - Figuras 85

• 9.2. Anexo 2 - Sumários das Coleções 89

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i

AGRADECIMENTOS

A minha orientadora, Dra. Esther Maria de Magalhães Arantes, pela

amizade e competência acadêmica.

A Fernando Dias de Avila Pires, com quem muito aprendo, não só sobre

saúde e educação.

Ao Departamento de Ciências Biológicas da Escola Nacional de Saúde

Pública, Fundação Oswaldo Cruz, na pessoa de seus sucessivos chefes Df. Adauto José

Gonçalves de Araújo e Dra. Keyla Belízia Marzochi, pelo constante estímulo e por

proporcionar as condições para a realização desta dissertação.

Às professoras Maria Luiza Queiroz, da F acuIdade de Educação da

Universidade Federal do Rio de Janeiro e Regina Maria de Almeida Moura, ex-Diretoras

do Colégio Sion, Rio de Janeiro, por acreditarem e incentivarem, na prática, modelos

inovadores de ensino de Ciências e Programas de Saúde.

À professora Rita de Cássia A. Peralta, da Coordenadoria de Apoio ao

Aluno, da Secretaria de Estado da Educação do Rio de Janeiro, pelo acesso à listagem

dos livros distribuídos pelo MEC no Estado do Rio de Janeiro.

À chefe do DEPROlFundação de Assistência ao Estuante, Brasília, Sra.

Edvirgem Maria Dan Ramos, pelo envio de informações sobre o Programa Nacional do

Livro Didático (PNLD).

Às funcionárias da Biblioteca Lincoln de Freitas, da Escola Nacional de

Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, na pessoa de sua Chefe Jussara Long e, em

especial, a Anna Maria, pelo auxílio sempre prestimoso e eficiente para a obtenção da

bibliografia necessária a esta dissertação.

À Sra. RacheI Fullin de Mello, Bibliotecária Chefe, Seção de Referência da

Biblioteca Central da Universidade Estadual de Campinas, pelo envio da obra Que

sabemos sobre o livro didático. Catálogo analítico.

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i

, •

2

As editoras Ática, Scipione, FTD, Moderna e Saraiva e seus

representantes no Rio de Janeiro, pelo envio de coleções de livros didáticos.

Ao Sindicato Nacional dos Editores de Livros, Rio de Janeiro, pelo envio

da Produção editorial brasileira - 1991.

A minha mãe, Cléia Vianna Mohr, pela revisão e correção dos textos.

A CAPES, pela concessão de bolsa de mestrado.

Aos funcionários do Instituto de Estudos Avançados em Educação

(IESAE), pelo espirito sempre pronto a colaborar e encontrar soluções para os problemas

surgidos ao longo do curso.

Aos colegas de curso e professores do IESAE, pela amizade, competência

e coragem demonstrados ao longo desses três últimos e dificeis anos do Instituto, marco

no ensino e na pesquisa educacionais no Brasil, desmontado e fechado pela total falta de

perspectiva histórica e estreiteza de visão da Direção e da Superintendência da Fundação

Getúlio Vargas, Rio de Janeiro .

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I

3

1. INTRODUÇÃO

A dissertação tem como objetivo analisar e discutir o conceito de saúde

presente nos livros didáticos de 13 a 43 séries componentes das três coleções mais

compradas pela Fundação de Assistência ao Estudante doMinistério da Educação e do

Desporto (MEC), dentro do Programa Nacional do Livro Didático - 1991, para o Estado

do Rio de Janeiro.

O estudo se justifica dada a atual importância do livro didático como

recurso pedagógico nas escolas brasileiras. O volume de livros e os custos envolvidos na

sua compra e distribuição às escolas estão a solicitar avaliações sobre a qualidade das

obras adquiridas pelo referido Ministério. Além disso, a presente dissertação pretende ser

uma c.ontribuição aos professores envolvidos nos Programas de Saúde escolares que,

como responsàveis pela indicação dos livros didáticos a serem adquiridos pelo MEC, têm

o dever de realizá-la fundamentados em análises e avaliações criteriosas dos títulos

disponíveis.

A escolha do tema 'saúde', direito fundamental do ser humano, deu-se em

virtude da importância que atribuo a sua presença no currículo escolar, com o objetivo de

desenvolver conhecimentos que subsidiem ações e comportamentos do cidadão na

conservação, melhoria ou recuperação da saúde individual e coletiva.

A circunscrição da análise a livros didáticos destinados aos quatro

primeiros anos de escolaridade deveu-se à importância que assume esse segmento escolar

no atual quadro educacional brasileiro. Dados recentes do Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (ffiGE, 1989) indicam que o número médio de séries concluídas

pelos alunos evadidos da escola, no período de 1978 a 1988, foi de 4,2 séries para a

região Sudeste, 3,0 para a Nordeste e 3,7 séries na média do país. No que se refere à

evasão, os dados apresentados pela mesma fonte projetam, a continuar o mesmo perfil da

década de 1980, apenas 55% da coorte de alunos 1988/1989 concluindo a 43 série e só

22% a 83.

As primeiras séríes devem, portanto, ser objeto prioritário do estudo das

deficiências apresentadas pelo excludente sistema educacional brasileiro: não só porque

. elas representam a única educação formal a que tem acesso uma enorme parcela da

população, mas, também, porque neste periodo podemos identificar alguns dos problemas

que concorrerão para a evasão escolar.

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.. •

..

1.1. Os Programas de Saúde

A lei 5.692/71, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,

determina em seu artigo 7° que a educação em saúde, na escola, seja desenvolvida através

de atividades diversificadas ao longo de todo o l° e 2° graus - nos denominados

'Programas de Saúde' (Ministério da Educação, 1971). Em parecer, o Conselho Federal

de Educação dispõe sobre as diretrizes para o desenvolvimento destas atividades

(Conselho Federal de Educação, 1974). De acordo com este parecer, o programa de

saúde, tal como prescreve e conceitua a lei atual, não deve, necessariamente, ser dado

em todas as séries do r e r graus, como disciplina, e sim na maioria delas, de modo

pragmático e contínuo, através de atividades. Especialmente, deve ser instituído e

reforçado pela contribuição das diferentes áreas e disciplinas. Acentua ainda, tal

documento, que A escola deve possuir seu programa de saúde individualizado,

indicando em que área de estudo ou disciplina será desenvolvido. Em geral, nas quatro

primeiras séries do 1 ° grau, a educação em saúde é desenvolvida dentro da área de

atividades de Ciências. Da 5a à 8a série há, geralmente, no currículo escolar, uma área de

estudo específica denominada Programa de Saúde, com carga horária própria e avaliação

individualizada no boletim escolar. No 2° grau o programa de saúde é desenvolvido em

uma das três séries, comumente na primeira, e caracterizado como disciplina

individualizada.

A educação em saúde, na escola ou fora dela tem sido, cada vez mais,

reconhecida como um elemento indispensável às ações de saúde pública. Na Conferência

Internacional sobre Atenção Primária em Saúde, realizada em Alma-Ata, em 1978, a

educação em saúde foi listada como o primeiro de oito elementos essenciais aos cuidados

primários de saúde, que, por sua vez, foram identificados como chave para atingir o

objetivo estabelecido pela Organização Mundial da Saúde - Saúde para Todos no Ano

2000. (Green, 1983).

O desenvolvimento de atividades de educação em saúde, na escola,

reveste-se de importância fundamental. Seu objetivo maior deve ser o de possibilitar aos

alunos a aquisição de conhecimentos que fundamentem, orientem, justifiquem e que

levem à adoção de comportamentos necessários para que o cidadão intervenha, a nível

individual e coletivo, na manutenção e melhoria das condições de saúde, sua e da

comunidade onde vive. As aulas podem e devem propiciar estes conhecimentos e ser

momento de discussões de temas relativos à saúde da comunidade local ou da população

em geral. Assim, a educação ambiental e a educação em saúde assumem um caráter

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muito mais amplo do que a mera (mas importante e indispensável) aquisição de

conhecimentos, passando a ser um momento de reflexão e questionamento das

condições de vida, suas causas e consequências, e se tornando um instrumento para a

construção e consolidação da cidadania. (Mohr e Schal1, 1992).

1.2. O livro didático

A definição do que seja 'livro didático' merece uma breve discussão.

Para isso, utilizar-me-ei das considerações de Richaudeau (1979) como,

aliás, também o fizeram Oliveira et ai. (1984).

Aquele autor considera o livro didático (manuel scolaire) como 1111

matériel imprimé, structuré, destiné á être utilisé dans un processlls d' apprentissage et

de formation concerté. Como reconhece que tal definição é ampla o suficiente para

englobar também atlas, dicionários, enciclopédias e, no limite, qualquer texto impresso -

jornal, obra literária, filosófica, dentre outras, prefere distinguir duas grandes categorias

de livros didáticos: les ollvrages présentant une progression systématique, d' une part,

les ollvrages de consultation et de référence, d' azttre parto Para uma obra pertencer ao

primeiro tipo, enumera quatro critérios que devem ser satisfeitos:

1. Valeur de l'information (quantité, choix, valeur scientifique).

2. Adaptatioll de cette information à l'environnement et à la situatioll culturelle et

idéologiqlle.

3. Accessibi/ité de cette information: existence de tab/es, d' index, faci/ités de repérage,

intelligibilité de l' information, lisibi/ité matérielle (clarté typographique, lisibi/ité

linguistique, etc.).

-I. Cohérence pédagogique: une cohérence interne (ordre et découpage des 1Illités,

équi/ibre des apports d' information, des exercices, des instruments de contrôle, etc.),

mais allssi cohérence plus générale avec les modeles pédagogiques préconisés par les

autorités scolaires et les enseignants, et prise en compte du niveau tant des é/eves que

des maitres.

Quanto às obras de consulta e referência diz Richaudeau que quelle que

soit leur strllctllre propre, ils proposent lln ensemble d' informations allxqllelles i/ est

possible de se référer en cas de besoin, mais qui n' impliquent en soi aucune

organisation de l' apprentissage. Argumenta ainda que, para tal tipo de texto impresso, o

quarto critério listado acima não é aplicado, além de os três primeiros o serem de forma

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..

6

menos rígida: on peut 'consulter' 1In ouvrage dépassé, incomplet ou inadapté au niveau

précis des é/eves, à condition que I' enseignant ail, lui, une compétence suffisante pOlir

apporter les complémellfs ou les explications indispensables.

Na presente dissertação o termo livro didático será aplicado para designar

os textos pertencentes à primeira categoria.

A despeito de novas tecnologias educacionais disponíveis, o livro didático

constitui-se no recurso pedagógico mais difundido, não só no Brasil como no resto do

mundo. Altbach (1983) constata que nOlhing has ever replaced lhe printed word as a key

element in lhe educational process and, as a result, textbooks are central to schooling aI

ali leveis. Richaudeau (1979) afirma que .. . dans la majorité des cas et des pays, le

manuel scolaire reste le média le plus économique, et qu'i! est toujours, de loin, le plus

employé pllisqu'i! absorbe à ce jOllr 85% des dépenses mOlldiales de matériel

pédagogique.

Especificamente no Brasil, numerosos estudos têm demonstrado que a

importância do livro didático na atividade escolar é muito significativa.

Na área de estudos sociais, Hofling (citada por Molina, 1987) constatou

que 78,6% dos professores entrevistados seguem exclusivamente o livro didático. 80%

dos 347 professores de história (2° grau), questionados por Franco (1982) utilizavam-se

de livros didáticos em suas atividades docentes. Pondé et aI. (1984) afirmam ser o livro

didático, por excelência, o recurso utilizado na escola brasileira não só dos grandes

centros urbanos como também das outras áreas. Um estudo de Moura (1990) constata

que 85,3% dos professores pesquisados sobre o ensino da nutrição valem-se do livro

didático como material de apoio para a organização do conteúdo.

Pretto (1988) vai mais além, dizendo que Com uma série de mediadores

que comandam a escola, restou ao professor um papel secundário onde não lhe cabe

decidir mais nada. Resta-lhe a boa vontade e o esforço para, em condições tão

adversas, conseguir fazer algo. E este fazer algo, na maioria das vezes, é seguir um

manual didático que lhe servirá de programa, de instmmento de planejamento, de livro

de estudo e de caderno de atividades. Restou ao professor única e exclusivamente o

livro didático e a tarefa de reproduzí-lo. Na mesma linha de constatação, Barbieri (1992)

registra que, freqüentemente, o professor descarta a licenciatura que cursou e fica com

o livro didático.

Verificamos, assim, quão freqüentes são as críticas dirigidas à

transformação do livro didático de 'um' dos recursos pedagógicos disponíveis em o 'único'

material didático utilizado, substituindo, às vezes, o próprio professor.

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Conseqüência de vários fatores, que vão do despreparo à falta de tempo

hábil para a organização e planejamento do curso, o professor acaba por adotar o índice

do livro didático como programa de curso para o período letivo. O livro, ao longo do ano

escolar assume, assim, caráter de único instrumento de trabalho de professores e alunos:

o livro didático é a fonte das informações, dos textos e das ilustrações utilizadas em aula;

assim como são do livro os exercícios que se realizam na classe ou como tarefa de casa.

Claro está que este fenômeno não se resume à simples relação professor­

livro didático, mas comporta determinantes e condicionantes que obrigatoriamente devem

ser considerados na análise da questão: número de alunos presentes em cada turma, carga

horária destinada ao professor, o tempo que este pode dedicar-se ao estudo e atualização,

além da remuneração devida aos docentes. Outro problema é a falta de alternativa ao

livro didático. São raras as escolas que possuem bibliotecas adequadas. Estas poderiam

facultar a alunos e professores uma diversificação de fontes de consulta, desde que estes

dispusessem de tempo, habilidades e hábitos de frequentá-las. Também são escassas

publicações do tipo divulgação científica dirigidas para o público em idade escolar.

A importância da utilização de um livro didático satisfatório, na escola,

aumenta se considerarmos o fato de que ele ... pode ser, muitas vezes, o lÍnico livro com

o qual a criança tem contacto. Considerando-se o fato de que, ao deixar a escola, pode

ocorrer que jamais tornem a pegar em livros, percebe-se que, para muitos cidadãos, o

livro didático termina por ser '0' livro. (Molina, 1987).

Sem dúvida, o recurso pedagógico representado pelo livro didático tem

muito a contribuir na estruturação e desenvolvimento das atividades na escola. Ele pode

apresentar uma síntese escolhida, lógica e adequadamente ordenada, dos conhecimentos

de determinada área; pode conter um conjunto de exercícios e atividades a ser proposto

aos estudantes, além de possuir grande valor afetivo para a criança, principalmente das

séries iniciais. Contudo, algumas dessas características positivas do livro, se não forem

apresentadas com critério e estruturadas com extremo cuidado, podem encerrar

limitações muito negativas, quais sejam a circunscrição demasiada do conteúdo,

apresentando-o como acabado e imutável, além de dissimular as lacunas de

conhecimentos e ignorar as controvérsias que existem nos diferentes campos do

conhecimento. As sucessivas reimpressões fazem com que o livro didático permaneça

igual, não incorporando aquisições importantes de conteúdo e de abordagem que

caracterizam a dinâmica do conhecimento científico ou da produção literária. Por fim,

toda a riqueza de pontos de vista, opiniões e diferentes enfoques se perde com a

utilização de uma única fonte de consulta.

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i

,

8

Os números referentes ao livro didático no mercado editorial brasileiro

também demonstram a importância deste produto.

O Sindicato Nacional de Editores de Livros (SNEL) publica anualmente

um balanço da produção editorial brasileira (SNEL, 1993). Embora os dados de tal

entidade deixem a desejar em termos de cobertura de informação, como declarado na

Apresentação, eles podem dar uma idéia aproximada do volume dos livros didáticos no

Brasil.

De acordo com esta publicação no ano de 1991, a categoria 10 grau

representava, em termos de títulos editados, 19,74% (2.294 títulos) do total publicado

naquele ano (11.620 títulos), só perdendo para a literatura infanto-juvenil (20,07% com

2.332 títulos). Segundo a tiragem, os livros didáticos de 10 grau representavam a maior

fatia do mercado editorial brasileiro (44,94%), significando um volume de 90.030.121 do

total de 200.343.752 exemplares.

O Ministério da Educação, através do Programa Nacional do Livro

Didático, constitui-se no maior comprador destes livros. Em 1991, adquiriu .. . um total de

67,2 milhões de exemplares de livros didáticos para distribuição a alunos e professores

das escolas públicas do País ... (FAE, 1991c) .

É interessante notar, ainda, que no quadro Posição das Editoras

Conforme a Tiragem (SNEL, 1990) 6 dentre as 10 primeiras editoras possuíam títulos no

Manual para Indicação de Livro Didático - 1991.(F AE, 1990).

A Fundação de Assistência ao Estudante (F AE), órgão vinculado ao

Mínistério da Educação, é a responsável pelo Programa Nacional do Livro Didático

(PNLD). O programa atualmente desenvolvido teve sua origem no Programa do Livro

Didático - Ensino Fundamental (PLIDEF), da extinta Fundação Nacional de Material

Escolar (FENAME).

Segundo Franco (1980 e 1982), que historia as ações governamentais no

campo do livro didático a partir de 1938, o ano de 1961 marca o início da ação do

Estado como produtor/financiador de livros didáticos, tendo sido, então, o Banco do

Brasil designado para financiar obras didáticas, que ... 0 faz prioritariamente.

promovendo traduções de obras clássicas, principalmente destinadas aos cursos

superiores das áreas médicas. (Franco, 1982). Em 1967 é criada a Fundação Nacional de

Material Escolar com a finalidade básica de produzir e distribuir material didático às

instituições escolares. (Franco, 1982). Em 1970, modifica-se a política de produção de

obras didáticas e a participação do governo passa a se dar através de co-edições com

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,

9

editoras privadas, programa sob responsabilidade do Instituto Nacional do Livro (INL).

Em 1976, tais atividades desenvolvidas pelo INL passam a ser do âmbito da FENAME.

A Fundação de Assistência ao Estudante (F AE) resultou da fusão do

Institlllo Nacional de Assistência ao Educando - INAE -, criado em 1981, a partir da

Campanha Nacional da Alimentação Escolar - CNAE -, que, por sua vez, já

incorporava atividades do Ex-Departamento de Assistência ao Estudante - DAE-MEC -

com a Fundação Nacional de Material Escolar - FENAME - a qual teve alterada sua

denominação e ampliadas as suas funções. (F AE/IRHJP, 1988). De acordo com Pretto

(1985), em 1983, existiam na F AE, além da linha de produção própria, cinco programas

especiais responsáveis pela distribuição gratuita e pela co-edição de livros: Programa do

Livro Didático - Ensino Fundamental (PLIDEF), Programa do Livro Didático - Ensino

Médio (PLIDEM), Programa do Livro Didático - Ensino de Computação (PLIDECOM),

Programa do Livro Didático - Ensino Supletivo (PLIDESU) e Programa do Livro

Didático - Ensino Superior (PLIDES). Nestes programas, em especial no PLIDEF, os

livros a serem editados ou co-editados pela FENAME eram escolhidos por comissões

constituídas pela própria FENAME. Após selecionados e publicados, esses títulos

passavam a compor uma lista, conhecida por 'Listão', que era distribuída às escolas para

escolha dos títulos.

A partir de 1985, após a eleição de Tancredo Neves para a presidência da

república, o Ministério da Educação reformulou a política do livro didático. Foi criado o

Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), que visava alunos de 13 a 83 séries do 10

grau das escola públicas (federais, estaduais, municipais) e comunitárias. Desde então, o

governo federal passou a adquirir os livros de editoras particulares (ou títulos editados

por Secretarias de Educação) de acordo com as solicitações que recebe das escolas.

Em março de 1992, segundo informações obtidas na REF AE/DEMEC­

Rio, a F AE estava estruturada em quatro Diretorias: Diretoria da Apoio Alimentar e

Nutricional (DAAN), responsável pelo programa de merenda escolar; Diretoria de Apoio

Didático Pedagógico (DADP), responsável pelo PNLD; Diretoria de Planejamento (DPL)

e Diretoria de Apoio Complementar (DIACOM), responsável pelo programa de salas de

leitura e saúde escolar. Um detalhamento maior da estrutura, funcionamento e objetivos

da FAE pode ser encontrada em FAEIIRHJP (1988) .

Desde a sua criação em 1985, o PNLD vem atuando nos moldes que

descrevo a seguir.

O Programa, através das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação,

atende escolas públicas em todo o país. É de responsabilidade da equipe de professores

de cada escola a indicação do livro didático a ser distribuído a seus alunos. A seleção dos

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..

10

livros é feita através do Manual para Indicação do Livro Didático, editado e enviado

anualmente pela F AE para as escolas, por volta do mês de junho do ano anterior à

utilização do livro.

Nesse manual (F AE, 1990) constam instruções sobre a seleção e a

indicação dos livros escolhidos, além da listagem dos livros inscritos no PNLD, por série

e por componente curricular. Anexo ao manual existe um Formulário para Indicação de

Livro Didático (F AE, 1991 b ).

Para confecção do Manual, a F AE publica edital, convidando as editoras a

submeterem seus títulos para exame. A F AE avalia, nessa oportunidade, se os livros

atendem à condição sine qua non de não-descartáveis e os aspectos fisicos de cada um,

como qualidade do papel, grampeamento, colagem, impressão, capa, vinco de manuseio,

refile, etc., quesitos que devem propiciar uma razoável durabilidade do livro, visto que a

vida útil de cada exemplar deverá ser de, no mínimo, três anos. Uma vez aprovados

nesses itens,os títulos passam a constar do lv/anual para aquele ano. Com relação à

avaliação dos livros, à FAE não compete corrigir erros decorrentes de preconceitos 011

estereótipos, mas sim estimular os professores a lima análise mais crítica dos conteúdos

dos livros didáticos. Quando é detectado algum erro de impressão ou algum problema

quanto à encadernação ou grampeamento, a FAE entra em contato com a editora, que

faz a correção. Já um erro de conceito, seja ele de qualquer natureza, é mais difícil

solucionar devido à subjetividade que encerra. (F AE, 1987).

Ao professor cabe a análise dos títulos apresentados, a discussão com seus

colegas de escola e a indicação coletiva dos livros a serem utilizados em classe. Esta deve

ser expressa no Formulário (com segunda opção de títulos), enviado à Secretaria

Municipal de Educação, que, via Secretaria Estadual de Educação, o encaminhará a F AE

para compra dos livros solicitados.

A F AE determina que o livro didático distribuído não é propriedade do

aluno: eles pertencem ao 'Banco do Livro' da escola (exceção é feita aos livros de

alfabetização-cartilha, pré-livro e leitura intermediária, por serem doados aos alunos,

F AE, 1991 c). Isto significa que, ao final do ano letivo, os alunos entregam seus livros,

que serão reutilizados, ainda nos dois anos seguintes, por novos alunos. Desta forma,

anualmente, a escola tem o direito de solicitar livros de disciplinas e séries que não

tenham sido comprados nos últimos dois anos. Esta especificação consta no Formulário

enviado a cada uma delas. A F AE salienta que a não observância deste procedimento

inviabiliza o pedido da escola solicitante.

Em 1991, cada escola pôde solicitar dois livros para os alunos de r a ~a

série e três para os de ja a 8a. (F AE, 1990) .

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I

;

11

A F AE determina que é obrigatória a indicação de livros em primeira e

segunda opção: Para garantir o atendimento dos livros escolhidos pela escola, uma

segunda opção serve como alternativa no caso de ser impossível a compra pela F AE da

primeira indicação. Os livros escolhidos para as duas opções de cada série devem ser:

- da mesma matéria

-de editoras diferentes (F AE, 1990).

Tal procedimento tem como objetivo permItIr maIOr flexibilidade de

negociação entre a F AE e as editoras quanto à compra do livro didático (F AE, 1985) e

explica, parcialmente, as diferenças numéricas verificadas na listagem (F AE, 1991 a) e na

tabela 1 (pág. 12) entre os itens 'livros solicitados' e 'livros comprados'.

A tabela 2 (pág. 13) apresenta os componentes curriculares e o número de

títulos oferecidos para o ano letivo de 1991.

A dinâmica relatada acima, entretanto, nem sempre corresponde, na

prática, ao que se propõe o Programa. Fatores diversos concorrem para que o PNLD seja

bastante prejudicado em seus objetivos. Tais problemas vão desde a falta de discussão

entre os professores de uma mesma escola para a seleção conjunta do livro, até a crônica

falta de verbas do MEC para sua aquisição, o que acarreta atrasos significativos na

distribuição dos livros didáticos (por exemplo, segundo informações verbais da

REF AEIDEMEC-RIO, a 17 de março de 1992, dos livros destinados ao uso das escolas

no ano letivo de 1992, apenas as cartilhas haviam sido compradas, mas ainda não

distribuídas ).

Contudo, foge ao objetivo deste trabalho a análise do funcionamento e os

problemas de ordem administrativa e política do PNLD. Interessados nesta questão

poderão recorrer à publicação oriunda de debates promovidos pela F AE, objetivando sua

reestruturação para adaptar-se ao disposto na Constituição de 1988. (F AEIIRHJP, 1988) .

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" 'r " .. , ., ..

TABEl A 1 - Colcçoes mais compradas / soliciladil:>, 1:,lad" do H 10 d,· J alie 11 ,). 1991 - lOllluldo de I'losran"", de Silll,k

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I' 2' J' ,I'

-----------------------------.----------- ------- --- --- -- --- ---- -.-- -- ... -- .. ---------- -- -- -- ---- ------- --- ---- .. -- --n" livros c1assific. ~u nO livros elassilic i!·O n<J 1i,"1"0:-; das;;i!ic. ~'O na livroS' clas,ilil

Integrando o Aprender port-mal-es-ci Bellucci, M.E. e Scipione 21922 1° 36,5 .t6487 1° 35.8 31955 2° 23.3 27108 2 Cavalcante, LG. 50825 la 52566 1° .t1666 2° 316·HI 2'

Coleçao Aquarela port-mal-es-ci Marote, D. Atica 8705 2° 14,5 .t2884 2° 33,1 41881 1° 25.8 3~.'i55 I" 38664 2° 46627 2° 4504tl la t2282 1°

Aprender com Alegria port-mal-es-ci Passos, L. et al Scipione 6492 30 1ll.8 11000 3° lU 11·185 J O 7.1 9298 4' 16949 3° 13266 40 !33~4 ]0 10672 4"

Caminhando es-cl-sau Saroni, F. FTD 2194 8" 3,6 338 15" U.26 7850 5" 4,8 12905 3" 4544 9" 6311 10" 93tlO ,50 15909 1°

... -_ .... --------.. ----------------------------------------------------------------------------------------------_ ... -- -----_ .. --- -- -_ .. -----_ .. -- -- -- -_ .... -- -_ .. -----.. --_ .. ------~_ .... ----- -_ .. ---_ .. -- _ .. -- -.. _ ... _ ... _ .... -_ .... ,. --TOTAL DAS COLEÇOES ACIMA 39313 65.5 1110709 77,7 99174 61.ll 881166

110982 61.8 118770 55,9 109360 5~.5 100<;03

-_ ..... _----------------------------------------------.. _-- ... -------_ ...... ---------- .. _---------------------------- ----- .. _------------- ----- ----- ------- --- --- -- ----- -- ----- --- ---_ .. ----_ .... - -- --- -- - , ....

TOTAL DOS UVROS COM CONfEUDO DE PROGRAMAS DE SAUDE 60053 100 1.!9611 100 162517 100 129921 VOLUMES EXCLUSNOS DE ClENCIAS E MULTIDISCIPLINARES 179532 100 212291 10ll 186852 100 152569

,",'

~o

~O,~

30,-1

7.1

>J9

t>8.~

6\<;

10U 10U

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'j'()'] ,\1

11" Ii\TU'

133:1 ': 176697

13302H

172613

382~5

5t2l1

232H7 3606~

32801,2 ,0%15

livl'OS (()nlprdd(,~

livros solicitados

livros <:omprados li\!TOS ,:olicitados

Ii\TuS comprados livros solicitados

liV[l)s <:olllprad.}s livros solicitados

liVJ'OS ~olllprados

Iivlos solicitados

livros <:omprados li\~'oi; solicitados

FONTE: Foodaçao de Assistencia ao ESludollte, Progrwllll Na,ional do l.ivTQ DidáJico, l.lvroS Pedidos t ('olllp"hlo> IH'" 111, i l )~; III 7."111 "'11 03'07"11, I"'.", 011; 'I·l')~. PNI I) ~I'I

N

Page 19: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

f

TABElA 2 - Número de Tltulos constantes do Manual paralndicaçao do Livro Didátic:o - 1991.

COMP.CURRIC. sÉRIES

alfabet 1& 2& 3& 4&

cartilha 113 pré-livro 17 leil interm. 27 por1uguês 60 63 64 63 39 llllltelJl*iça 28 30 30 31 28 estsociai. 13 13 48 .50 ciênc:ias 20 23 23 24 29 multiditcipL(·) 27 34 34 43 1 mu1tidiscipl.(··) 19 24 23 36 bistória 32 geografia 20 educ.mJbieotal &lmcês inglês

TOTAL(-) 137 130 163 201 213 149

(.) livros mu1tidisciplinares - todos da úrie (") livros mu1tidisciplinarel com cooteúdos de cifociaslpro~ de sm'lde (") 1& a4& smel (+p&a8"smH Hmeoos ( •• )

+

39 39 40 27 27 27

28 27 26 1 1

32 33 30 21 24 22

2 18 8 73

148 131 14.5 2 99

Fome: FuDdaçao de ~a ao EItadIDe, 1990, M-.I para Indi~ de Liwo DicWâco • 1991_

13

TOTAL

113 17 27

407 228 128 202 143 104 127 87 20 8

73

1.508

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"

l~

2. BIBLIOGRAFIA UTILIZADA

A bibliografia brasileira sobre o livro diático é extensa, diversificada e

encontra-se dispersa em um sem número de publicações. Inclui obras específicas sobre o

tema, capítulos de livros de didática, prática ou metodologias de ensino, de caráter geral

ou específico a cada área de conhecimento - língua portuguesa, matemática, história,

artes, fisica, ciências, dentre outras. No que diz respeito à presença desses estudos em

periódicos, ela é tão numerosa e variada quanto o são as publicações destinadas a

educação e áreas correlatas. Esta diversidade compreende desde revistas de caráter geral,

como Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Ciência e Cultura ou Educação e

Sociedade, dentre outras, até publicações de áreas específicas ou setoriais como, por

exemplo, a Revista de Ensino de Física, Revista de Ensino de Ciências, Cadernos de

Saúde Pública ou Leitura, Teoria e Prática.

Como fontes de bibliografia sistematizada encontramos duas obras

essenciais para os interessados no tema do livro didático.

A primeira, Freitag et ai. (1987), sob forma de publicação do

INEPIREDUC, posteriormante editada pela CortezlAutores Associados (Freitag et aI.,

1989), é um levantamento crítico da produção brasileira nesta área (Histórico, Política,

Economia, Conteúdo, Uso do livro didático e O livro didático no contexto).

A segunda, (Fracalanza et ai., 1989) resultou de um projeto que visava

sistematizar as informações disponíveis sobre o livro didático de maneira a criar

condições necessárias para a posterior divulgação dessas informações e, assim, o

desenvolvimento de pesquisas que permitam estabelacer o estado atual do conhecimento

sobre o livro didático no Brasil e, portanto, evitar desperdícios e garantir maior

eficiência no encaminhamento de adequadas soluções para o problema. Desta forma, o

catálogo comentado relaciona títulos classificados sob diversos assuntos: Geral, Língua

Portuguesa, Lingua Estrangeira, Matemática, Ciências, Estudos Sociais e Outras Areas

e inclui livros, dissertações de mestrado, teses de doutorado, artigos de revistas

científicas, pesquisas, trabalhos apresentados em eventos e outros tipos de documentos.

Nessas obras de referência podemos constatar a riqueza de enfoques

dedicados ao tema do livro didático: análises da ideologia e estereótipos veiculados por

ele, adequação psico-pedagógica, análise de conteúdos nas mais diversas áreas do

conhecimento objeto da atividade escolar, análise dos exercícios propostos pelo livro,

epistemologia subjacente à área de conhecimento específica da obra, entre outros.

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I

15

Da extensa bibliografia consultada sobre avaliação de livro didático foram

de valor, para os objetivos desta dissertação, os abaixo relacionados.

No que diz respeito à importância das ilustrações, ressalto os trabalhos de

Witter ( 1981) e Ferreira (1984), criticando seu uso inadequado, o que resulta no aumento

do custo do livro.

Para a seleção dos critérios de análise, destaco os artigos de Melo (1983),

Morles (1983) e Lima (1984), além das obras de Richaudeau (1979 - publicado pela

UNESCO), Pacheco (1983), Oliveira (1984) e Matos e Carvalho (1984).

Especificamente na área do livro didático de Programas de Saúde,

destinados aiO e 2° graus, a bibliografia é escassa e se resume às seguintes.

Candeias (1984) discute a definição dos critérios para a seleção de temas a

serem incluídos no currículo escolar, em função dos interesses manifestados por

adolescentes da 33 série do 2° grau, em São Paulo.

O trabalho de Schall et aI. (1987a) descreve o processo de

desenvolvimento de uma coleção de livros paradidáticos, sob forma de histórias infantis -

a Ciranda da Saúde - abordando, em cada volume, um problema específico da área de

saúde: piolhos, cáries, febre amarela, esquistossomose, verminoses intestinais e doença de

Chagas.

Nascimento e Rezende (1988) relatam um projeto de educação em saúde,

na J3 e 43 série através da elaboração de textos e desenhos sobre temas relacionados à

saúde (doença de Chagas, verminoses, pneumonia, hidrofobia, pediculose e reprodução e

sexualidade) pelos próprios alunos em uma escola da periferia de Belo Horizonte.

Moura (1990), em estudo sobre o ensino da saúde, na cidade de

Campinas, com estudantes na sua maioria cursando a 53 série, verificou que assuntos

considerados de interesse pelos alunos nem sempre são os mesmos considerados pelos

professores. Outra constatação foi a de que 20,6% dos professores questionados

apontaram a necessidade de maior variedade de material didático.

Especificamente sobre análise de livro didático na área de saúde, para 1 ° e

2° graus encontramos a obra de Pretto (1985), na qual o autor avalia algumas coleções de

13 a 43 séries, com o objetivo de analisar a ciência apresentada no livro didático. Dentre

suas interessantes constatações, algumas dizem respeito ou se aplicam ao campo da

saúde.

Vargas et ai. (1988) realizam uma análise do conteúdo referente à unidade

corpo humano em quatro livros de Ciências de 73 série, com algumas observações e

implicações na área da saúde.

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Ir

16

Nilda Alves (1987) resume os resultados de um projeto de pesqUisa

envolvendo análise de livros didáticos de várias áreas e seus comentários, por vezes,

referem-se a conteúdos relativos à saúde .

Neila G. Alves (1989) analisa o conteúdo de saúde de uma coleção de

livros de Ciências de 1 a a 8a séries. Algumas de suas conclusões são concordantes com

aquelas obtidas na presente dissertação.

Para informações técnicas sobre ciclos biológicos, doenças e prevenção

utilizei-me principalmente das obras de Benenson (1987) e Rey (1991).

Finalmente, sobre os conceitos de saúde e de doença e sua intricada

problemática, as obras clássicas de Canguillem (1982), Foucault (1987), Brockington

(1964) e Berlinguer (1988) foram de extrema valia ao reconhecerem sua relatividade.

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17

3. MATERIAL

Utilizei livros didáticos de 13 a 43 séries do 10 grau, adotados nas escolas

públicas do Estado do Rio de Janeiro.

O critério de seleção dos mesmos, a serem analisados quanto ao conteúdo

de saúde, foi o volume numérico de exemplares distribuídos pelo PNLD no Estado do

Rio de Janeiro, em 1991. Tais livros foram selecionados de uma listagem da F AE que

traz o número de livros [do aluno], manuais [do professor] e cadernos [de exercícios] de

todas as séries e componentes curriculares solicitados e comprados pelo PNLD para o

Estado (F AE, 1991 a). Da listagem geral, identifiquei, por série, os livros com conteúdos

de ciências e programas de saúde, tanto na forma de volumes exclusivos como na de

multidisciplinares.

Estes títulos foram ordenados de duas formas: a primeira, em ordem

decrescente de distribuição dos 'títulos solicitados' pelos professores; a segunda, em

ordem decrescente de distribuição dos 'títulos comprados' pelo PNLD para as escolas. O

resultado dos quatro primeiros títulos encontra-se na tabela 1 (pág.12) .

Optei pela analise das três primeiras coleções presentes na tabela 1, por

representarem os três títulos mais solicitados e distribuídos, de 13 a 43 séries, exceto o

volume da 43 série da coleção Aprender com Alegria, que ocupa o 40 lugar.

A importância dos títulos selecionados em relação ao volume total dos

títulos comprados pode ser avaliada através dos percentuais expressos na tabela 1.

As coleções' selecionadas foram solicitadas às respectivas editoras.

A presente di~sertação foi, desta forma, desenvolvida a partir da análise

das seguintes obras, cujos sumários se encontram no ANEXO 2.

Bellucci, Maria Eugênia e Luiz G. Cavalcante. Integrando o Aprender, 93 edição, São

Paulo, Scipione, 1991. [coleção com um manual para o professor e os conteúdos de

português - matemática - estudos sociais - ciências e programas de saúde, 13 a 43

séries do 10 grau; o livro da 13 série possui, também, uma cartilha].

Marote, D'Olim. Coleção Aquarela, 33 edição, São Paulo, Ática, 1991 .[coleção com um

manual para o professor e os conteúdos de português - matemática - estudos sociais -

ciências e programas de saúde, 13 a 43 séries do 10 grau].

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i

18

Passos, Lucina; Albani Fonseca e Marta Chaves. Aprender com Alegria, 6a edição, São

Paulo, Scipione, 1991. [coleção com um manual para o professor, e os conteúdos de

português - matemática - estudos sociais - ciências e programas de saúde, 1 a a 43

séries do 10 grau; o livro da 1 a séries possui, também, uma cartilha].

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,

,

19

4. MÉTODOS

Para a consecução dos objetivos da presente dissertação, identifiquei

critérios de análise que pudessem revelar como a saúde é tratada nos livros didáticos

selecionados. Deste modo, não foram analisados outros aspectos também essenciais à

qualidade global do livro, tais como inteligibilidade dos textos, adequação do

vocabulário, características fisicas do livro (papel, capa ou encadernação).

Os critérios de análise aqui propostos e abaixo relacionados foram

organizados de modo a constituir uma ficha que expressa, assim, o resumo esquemático

da análise de cada volume. A íntegra das fichas encontra-se no capítulo de ANÁLISE E

RESULTADOS.

Nos livros selecionados, os conteúdos de saúde foram identificados nos

capítulos específicos de Programas de Saúde e, se presentes, nos de Ciências. A lista dos

conteúdos analisados em cada volume encontra-se no capítulo ANÁLISE E

RESULTADOS.

A DISCUSSÃO foi baseada nos resultados da análise de cada livro .

A normalização geral do texto, incluindo as citações bibliográficas, foi

feita de acordo com Araújo (1986). As citações, porém, são destacadas em itálico.

4.1. Critérios de análise

Os critérios constantes das fichas (item 5.2) foram os seguintes.

Para cada conteúdo apresentado no livro didático identifiquei, em primeiro

lugar, a presença ou ausência de conceituação ou definição. Quando explícitos, 'conceitos

e definições' podem aparecer no inicio ou no fim da exposição do tema. Se implícitos, o

texto deve fornecer elementos para sua formulação pelo próprio aluno. Quando

inexistentes na forma explícita ou pobres em subsídios para a formulação pelo aluno,

considerei como ausente .

Principalmente por se tratar de livros destinados aos primeiros anos

escolares, o texto deve ser claro, explicativo e acessível. Logo, é fundamental a avaliação

da qualidade no 'desenvolvimento dos conceitos e definições' e da 'explicação dos termos

técnicos' introduzidos. A adequação do vocabulário não-técnico foi desconsiderada na

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,

20

análise, por ultrapassar os objetivos propostos, embora reconheça sua capital importância

para a inteligibilidade de qualquer texto escrito.

'Pré-requisitos' podem ser necessários para a compreensão do texto ou ser,

ainda, desnecessários. No primeiro caso, considerei-os presentes quando encontrados no

mesmo volume ou em volume anterior da coleção. Quando não suficientemente

adequados, foram classificados como parcialmente presentes.

A condição de tomar acessível ao aluno um dado conteúdo não deve, nem

precisa, ser feita com o sacrificio de sua 'correção científica'. Neste item identifiquei a

propriedade e atualidade dos textos, conceitos, definições.

A aprendizagem é mais eficiente à medida que os conteúdos e sua forma

de apresentação se identificam com situações e experiências vividas pelo aluno. Desta

forma, considerei importante verificar se os conteúdos adaptam-se à diversidade de

'realidades econômicas' e 'geográficas' presentes no Estado do Rio de Janeiro, pois alguns

dos títulos constantes do Manual têm especificação regional (A Criança e a Natureza -

versão Minas Gerais, Caminhando - Nordeste, Caminhando - o município - Rio de

Janeiro, etc).

Fundamental, também, é examinar os conteúdos quanto à 'adequação à

idade mínima' dos alunos aos quais os livros se destinam. Embora não tenha eu realizado

uma análise, como a requer um trabalho com objetivo específico de avaliar a adequação

do conteúdo ao desenvolvimento cognitivo dos alunos, a comparação de alguns

conteúdos pôde detectar certas incongruências.

O 'enfoque sanitário' dispensado aos conteúdos deve privilegiar as medidas

preventivas, mas não pode deixar de oferecer subsídios à compreensão dos

procedimentos curativos.

As 'ações requeridas e recomendadas', por sua vez, podem levar em conta

tanto os comportamentos individuais como aqueles de caráter coletivo.

Considerando-se que a saúde e a doença não são entidades independentes,

estáticas e que são influenciadas e condicionadas por fatores do 'ambiente', é de

fundamental importância que a abordagem dos programas de saúde tenha um enfoque

ecológico, inserindo o homem como parte do ecossistema.

Na análise das coleções, avaliei, também, o 'aprofundamento' dos

conteúdos apresentados e habilidades desenvolvidas em relação ao apresentado no

volume anterior, uma vez que os temas principais são recorrentes em todos os volumes

de cada coleção.

É desejável que as 'atividades propostas' contemplem a aquisição de

conhecimentos, a capacidade de análise, de critica e estimulem a iniciativa dos alunos.

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..

21

Essas atividades constituem um fator decisivo para avaliação da qualidade do livro

didático. Desta forma, identifiquei os tipos de atividades propostas em cinco categorias.

Classificadas como análise estão aquelas que demandam formação de um conceito ou

compreensão do texto. Resolução de problemas caracteriza atividades onde o autor

sugere uma situação para a qual o aluno deve propor soluções. Cópia, corresponde ao

nível de questões literais e literais transformadas de Anderson (1972) (citado por Molina,

1987) que implica a identificação visual de elementos do texto, respectivamente em sua

forma literal e ligeiramente transformada. As atividades extra-livro são aquelas que não

se prendem ao livro didático. Resposta aberta caracteriza a atividade na qual o aluno

deve expressar uma opinião ou relatar comportamentos e experiências. F oi identificada a

forma de execução das 'atividades propostas', se individual ou para realização em grupo.

Por fim, a qualidade, a correção e a adequada inserção das 'ilustrações' no

texto são fatores importantes à compreensão dos conteúdos apresentados. Além disso,

elas podem constituir um componente importante nos custos de produção do livro .

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22

5. ANÁLISE E RESULTADOS

5.1. Conteúdos analisados

A seguir, apresento uma lista dos conteúdos identificados e analisados em

cada volume das coleções.

Em letras maiúsculas estão indicados os títulos dos capítulos; os caracteres

em negrito correspondem a títulos ou destaques dentro dos capítulos.

Os itens assinalados com o asterisco (*) são conteúdos encontrados nos

capítulos destinados a Ciências que apresentam abordagem relacionada à saúde.

Coleção Integrando o Aprender venne acidentes prevenção

I" série: vacmas ~. série

NUTRIÇÃO SANEAMENTO BÁSICO cuidados com a eletricidade * alimentos lixo cuidados com combustíveis * HIGIENE esgoto poluição do ar * SAÚDE tratamento da água poluição da água * AGRAVOS À SAÚDE NUTRIÇÃO

acidentes 3" série alimentos

prevenção água potável e poluida * higi.ene alimentar

doenças poluição do ar * SAUDE

vacinas animais nocivos • SANEAMENTO BÁSICO

LIXO NUTRIÇÃO tratamento e abastecimento de

animais nocivos alimentos água alimentação rede e tratamento de esgotos

2" série HIGIENE coleta de lixo

animais domésticos * SAÚDE AGRAVOS À SAÚDE

animais que causam prejuízo· SANEAMENTO BÁSICO doenças

NUTRIÇÃO tratamento da água agentes etiológicos

alimentos rede de esgotos transmissão

higiene e hábitos alimentares coleta de lixo anticorpos

HIGIENE VERMINOSES vacinas

SAÚDE vennes verminoses

agravos à saúde lombriga esquistossomose

doenças ancilóstomo ancilostomose

doenças contagiosas tênia oxiurose

micróbios esquistossomo teniase

contágio oxiúro ascaridiase

verminoses PRIMEIROS SOCORROS PRIMEIROS SOCORROS

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23

Coleção Aquarela corpo humano verminose

I" série alimentação parasita animais parasitas • alimentos lombriga raiva • doenças contagiosas ancilóstomo cuidados com alguns animais· micróbio tênia poluição • lixo esquistossomo desenvolvimento • esgoto primeiros socorros ALIMENTAÇÃO acidentes

.. alimentos 3" série HIGIENE água poluída • ",. série SAÚDE água contaminada • cuidados com a eletricidade • usos da água tratamento da água • cuidados com combustíveis * lixo poluição do ar • tratamento da água • acidentes animais que causam prejuízo • animais que causam prejuízo *

HIGIENE poluição do ar • 2" série SAÚDE poluição da água • , animais domésticos * alimentação HIGIENE animais que causam prejuízo * alimentos SAÚDE HIGIENE desnutrição alimentação SAÚDE saneamento básico alimentos desenvolvi men to tratamento da água higiene alimentar

lixo desnutrição rede de esgotos

11

fi

Coleção Aprender com Alegria

I" série doenças contagiosas ",. série cuidados com os órgãos dos SANEAMENTO cuidados com a eletricidade • sentidos • lixo cuidados com combustíveis • cuidados com o ar, a água e o esgotos poluição do ar • solo· poluição da água • cuidados com os animais 3" série NUTRIÇÃO domésticos • água poluída e água potável • alimentos animais que causam prejuizo • tratamento da água • HIGIENE ALIMENTAR ALIMENTOS poluição do ar • HIGIENE HIGIENE parasitas • SAÚDE SAÚDE animais que causam prejuízo SANEAMENTO BÁSICO SEGURANÇA NUTRIÇAO lixo

alimentos tratamento da água 2" série higiene alimentar esgotos poluição do ar • desnutrição DOENÇAS poluição e contaminação da HIGIENE VACINAS água • SAÚDE contágio verminoses • SANEAMENTO BÁSICO doenças infecciosas

• animais que causam prejuízo • coleta de lixo dengue e febre amarela cuidados com animais tratamento da água doença de Chagas domésticos • rede de esgotos raiva cuidados com os órgãos dos verminose tuberculose sentidos • lombriga tétano ALIMENTAÇÃO ancilóstomo verminoses alimentos tênia lombriga HIGIENE esquistossomo ancilóstomo SAÚDE PRIMEIROS SOCORROS esquis tos somo vacmas acidentes PRIMEIROS SOCORROS

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23

5.2. Fichas de análise

o resultado da análise de cada coleção encontra-se expresso nas fichas que

apresento a seguir.

A anotação 'não há', na ficha, significa ausência ou insuficiência da

informação para proceder à análise.

O código 'n.a.' (não aplica) foi utilizado para indicar que não é possível

aplicar o critério àquele conteúdo considerado .

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TItulo do Livro:lnlegI'W1do o Aprender Autor: BeUucci. M.E e L.G.CavaIcante 25 Série: 1- EdiIora: Scipione Ano: 1991 piQina: 112

CONTEUOO NUTRlÇAO alimentos HlGENE SAUOE AGRAVOS SAUOE acidentes prevençao

explicito preliminar conceitos e expficilo posterior

deliniçoes impAcito x x x ausente x x x x

bom

desenwlvimenlo dos aceitável conceiIos e de6niçoes insuticienle x x x x

inaceilável naohá naohá naohã

expIicaçao dos termos sim

desconhecidos nao nao há x x inexistentes naohá x x naohá

~ estao presentes x priKequisitos parcialmente

ausentes naohá nao há nao há

desnecessários x x x

boa

correçao cienIIica aceitável x x x incorreta naohá naohá naohã naohá

• adequaçao a sim x x x idade minima em parte

# nao naohá nao há nao há nao há

adequaçaoa sim

realidade econômica em parte x nao naohá x x naohá naohá naohá

adequaçaoa sim x x x realidade geogríica em parte

nao naohá naohá naohá naohá

enfoque sanilário preventivo x x x x CUI'IIINo naohá naohá nao há

açoes requeridas I indMduais x x x recomendada coIeMs naohá naohá naohá naohá

~ sin

com meio MIbienIe em parte

nao naohá x x naohá naohã x naohá

~reIIivoà sim

série lf1tMior nao n.a. n.a. n." n.a. n.a. n.a. n.a.

análise 2K tipos das lllividades resol.problemas

-; propostas cópia do l8)cIo

1IIMd . .-...wro 8Ic 15x 11l1c

l'8IfX'* Iberta x x x ~ x x x x

Ionna de 8QCI1Cj8O ~ X X x das lIIMdades propostas grupo n." n.a. n.a. n.a.

col1'8ta x x x i1uR'aqao aceiIíiIMI

incorreta

iMl~I"'''' x x X x

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Tdulo do Livro:lnlqrando o Aprender Autor: Bellucci, M.E e L.G.Cavalcante , .. _o

Série: 1· EdiIora: Scipione Ano: 1991 página: 2J2

CONTEUDO doenças vacinas UXO animais

nocivos

explicito preliminar x conceitos e mcplicito posterior

.. deliniçoet imprlcito

ausente x x x

bom

desenvoMmenlo dos aceitável conceilos e deliniçoes insuliciente x x

inaceitável naohá x

8lCpIicaçao dos termos sim

desconhecidos nao nao há x inexistentes x x

• aslao presentes x pré-requisitos parcialmente

ausentes naohá x desnecessários x

boa x correçao cienlilic:a aceitável x

incorreta nao há x

ol adequaçao a sim x x idade mínima em parte

f nao nao há x

adequaçao a sim x x realidade econômica em parte

nao naohá x

adequaçao a sim x x x realidade geográlca em parte

nao naohá

enfoque sanitário preventivo x x curativo naohá naohá

açoes requeridas I individuais x x recomendadas coletivas naohá naohá

inluêncialrelacao sim

com meio ambiente empane

nao nao há x x x

aproMldamento relalliw à sim

série anterior nao naohá n.a. n.a. n.a.

análise

tipos das alMdades resol.problemas

propostas cópia do texto 2x ?

aIvid. exn.wro x resposta aberta x inexistante x x

forma de execuçao individual x x das alMdades propostas grupo n.a. n.a.

correta

iIumçao aceilável

incorreta x inexistente x x x

I

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Titulo do Uvro:lntegrando o Aprender Autor: Bellucci. M.E e L.G.Cavalcanle 27 Série: 2" Editora: Scipione Ano: 1991 página: 1/3

CONTEUDO animais animais q. NVTRIÇAO alimentos higienelha- HIGIENE SAUDE agravos

dOm8s1coscausam prej. bitos alim. saúde

explícito prelimina x x conceitos e explícito posterior

l definiçoes implícito x x x ausente x x x

bom

desenvolvimento dos aceilável

conceitos e definiçoes insuficiente x x x x x

inaceilável x naohá nao há

expIicaçao dos termos sim x desconhecidos nao naohá nao há x

inexistentes x x x x

, estao presentes x x

pré-fequisitos parcialmente x

ausentes nao há naohá naohá

desnecessários x x

boa

correçao cienllca aceilável x x x incorreta x nao há x naohá nao há

.. adequaçao a sim x x x x x idade mínima em parte

I nao nao há nao há nao há

adequaçao a sim x x

realidade econômica em parte nao nao há x x x nao há naohá

adequaçaoa sim x x x x x realidade geogriica em parte

nao naohá nao há naohá

enfoque sanitário preventivo x x x x x curatiIIo nao há naohá naohá

açoes requeridas I indMduais x x )( )(

recomendadas coletivas naohá naohá nachá naohá

inIuinciaIrelacao sim

com meio ambienIe empane

nao x x naohá )( )( x naohá naohá

aproUIdamento reIIiIiw à sim sene..-rior nao x x naohá x x x naohá naohá

análise x 3x 4x 5x 5x tipos das aIividades resol.problemas

.. propostas cópia do la)do 2x ~ 5x aIMd. 8ICb-IMo resposta aberta x inexiIIenIe )( x )(

forma de a.cuçao individual x x x x )(

das IilMdades proposIU grupo n.a. n.a. n.a.

correta x x ilusnçao aceiUlYeI x

incorreta

inexisene x x x x x

Page 34: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

TItulo do Uvro:lnlegrando o Aprender Autor: Bellucci. M.E e L.G.Cavalcante 28 Série: 21 Editora: Scipione Ano: 1991 PáGina: 2/8

CONTEUDO doenças doenças microbios contágio venninoses verme prevençao vacinas

contagiosas

exprlcito preliminar x x x x conceitos e explicito posterior

• deliniçoes implícito ausente x x x x

bom

" desenvolvimento dos aceitável

conceitos e deliniçoes ins~ente x x x x inaceitável nao há x x naohá

expIicaçao dos termos sim x x x x x desconhecidos nao naohá nao há x

inexistentes

4 estao presentes x x x x x prlHllquisilos parcialmente

ausentes naohá naohá )(

desnecessários

boa

correçao cienfilica aceitável )( )( )(

incorreta nao há )( )( )( nao há

adequaçao a sim )( )( x )( x )(

idade mínima em parte

J nao naohá naohá

• adequaçaoa sim )( )( )( )( )( )(

realidade econômica em parte

nao naohá nao há

adequaqao sim )( )( )( )( )( )(

relllidade geográIca em parte

nao naohá naohá

enfoque sanitário preventivo x )( x )(

curalivo naohá n.a. n.a. naohá

açoes requeridas I individuais )( )( x )(

recomendadas coletivas naohá n.a. n.a. n.ohá

inluencialrelacao sim

com meio lI1lbier8 empane

nao naohá )( )( )( x )( n.ohá )(

aproIundamento relMYo à sim conceieo conceito conceito conceito conceito

série anterior nao naohá novo novo novo novo novo naohá )(

análise tipos das alillidades resol.problemas

I' propostas cópia do taxto )( )( )(

aIMd. lDCIra-IMo

respoaallberta )(

inexisIenIe )( x

tonna de execIlçao indMduaI )( )( )( x x )(

dai lividades propostas grupo n.a. n.a.

correta iIushqao aceitável

incorreta naohá x naohá )( naohá naohá nachá naohá

inuistIInte x )( x )( x x

Page 35: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

TItulo do Livro:~ o Aprender Autor: BeIIucci. M.E e L.G.Cavalcante 29 Série: 'P Editora: Scipione Ano: 1991 Páaina: 313

CONTEUOO SANEAM. lixo esgoto tratamento

BASICO água

explílto preliminar conceitos e explícito posterior

deliniçoes implicito ausente x x x x

bom

desenvoMmento dos aceitável

conceitos e definiçoes insuficiente x inaceilavel naohá x x

explicaçao dos termos sim desconhecido. nao x )( )(

inexistentes x

estao presentes

prlH'equisitos parcialmente

ausentes naohá desnecessários x )( x

boa

correçao cienlilca aceitável incorreta nao há x )( x

adequaçao a sim x x )(

idade mínima em parle

~ nao naohá

adequaçao a sim realidade econômica em parte

nao naohá )( x )(

adequaçaoa sim x x realidade geográIca em parte

nao naohá x

enfoque sanitário preventivo x x x curalivo nachá

açoss requeridas I inc:lMduais x x recomendada coIeWas naohá naohá

inIuinciaIreIac sim com meio ambienIe empan.

nao naohá x x x

~reIaIvoà sim conceito concelo seria arWerior nao naohá x nOl/O nOl/O

análise 4x tipos das atividades resol.problemas

propostas cópia do leXlo 4x aIiIIid. exIJa.IMo respotta .,... .....,...,.. x

forma de-.cuqao indMduIII x x x das lIIMdades propostas grupo n.a.

correta

iIusftçao aceiIáIIeI x incorreta intDCistenIe x x x

,

Page 36: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

TItulo do Livro:lnteggndo o Aprender Autor: Bellucci. M.E e L.G.Cavalcante 30 Série: 38 Editora: Scipione Ano: 1991 piQina: 113

CONTEUDO águapot./ poluiçao animais NUTRIÇAO alimentos alimentaçao HIGIENE SAUDE poluida ar nocivos

expmlto preliminar x x x x conceitos e expOcilo posterior

• deliniçoes impOcito x x x ausente x

bom

deserwoMmento dos aceitável

conceitos e definiçoes insuficiente x x x x x x inaceitável x nao há

exp~caçao dos lermos sim x x desconhecidos nao x nao há x x

inexistentes x x

estao presentes x x pré-requisitos parcialmente

ausentes nao há

desnecessários x x x x x

boa

correçao cienifica aceitável x x x x x incorreta x x nao há

adequaçao a sim x x x x x x x idade mínima em parte

, nao nao há

adequaçao a sim x x x realidade econômica em parte x

030 naohá x x x

adequaçao a sim x x x x x realidade geográfica em parte x x

nao naohá

enfoque sanitário preventivo x x x x x curaIivo nao há naohá x nao há

8Ç08s requeridas I individuais x. x x x recomendadas coIeIivas x naohá naohá x naohá

inluincialrelacao sim

com meio ambiente em parte x x nao x naohá x n.a. x x

aprok.mdamento relaWo à sim x conceito x )(

série anterior nao novo x naohá )( )(

análise 9x tipos das atividades resol.problemas

propostas cópia do Iaxto ex 3K 7x ativid. exn-wro

resposta aberta

inexistente, x )( )(

forma de 8X8CI1çao indillidual )( )( )( )( x das atividades propostas grupo n.a. n.a. n.a.

correta )( )(

ilusnçao aceitável

incorreta

ir\existera x )( )( )( )( )(

Page 37: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

Tdulo do Livro:lnlegrMdo o Aprender Autor: Bellucci. M.E e L.G.Cavalcante 31 Série: 3' Editora: Scipione Ano: 1991 piQina: 213

CONTEUDO SANEAM. tratamento rede coleta VERMINO- vennes lombriga ancilostomo

BASICO água esgotos lixo SES

explicito prelimina x x x conceitos e explícito posterior

~ definiçoes imprtcilo

ause" x x x x x

bom

desenvoMmenlo dos aceitável x x x conceitos e definiçoes insuicienle x x x x x

inaceilável

expIicaçao dos tennos sim x desconhecidos nao x x x

inexistentes x x x x

eslao presentes x pré-requisitos parcialmente

ausentes x x x desnecessários x x x x

boa

correçao cienIIica aceilável x x x x x x incorreta x x

adequaçao a sim x x x x x x x x idade mínima em parte

.. nao

adequaçao a sim x x x x x realidade econômica em parte

nao x x x

adeq. laça0 a sim x x x x x x x realidade geogrílica em parte

nao x

enfoque sanitário preventivo x x x x x curativo naohá naohá n.a.

açoes requeridas I indMduais x x x x x x recomendadas coIeIivu naohá n.a.

inIuinciaIreIac sim

com meio ambienle em parte x nao nao há x x x x x x

~ relalillo à sin x x conceito série ..,..,;o,. nao x x x x x novo

análise

tipos das aJividades resol.problemas

propostas cópia do texto 2x x x x aIMd. exlnHivro x resposta aberta inexistenles x

forma de execuc;ao individual x x x x x x x das aIMdades propostas grupo n.a.

correta x x iIumçao aceitável

incorreta x x inexistante x x x x

Page 38: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

TItulo do Uvro:lntegrando o Aprender Autor: Bellucci. M.E e L.G.Cavalcante 32 Série: 311 Editora: Scipione Ano: 1991 página: 3IS

CONTEUDO tenia esquistos- o)(iuro PRIMEIROS acidentes

somo SOCORROS

expficito preliminar x conceitos e expficito posterior

deliniçoes impficito x ausente x x x

bom

desenvolvimento dos aceitável x x x conceitos e definiçoes insuficiente x x

inaceitável

explicaçao dos termos sim

desconhecidos nao x x ine)(js1entes x x x

estao presentes

pré-roqUlsilos parcialmente x ausentes x x x desnecessários x

boa

correçao cienlílica aceitável x x x incorreta x x

adequaçao a sim x x x x idade mínima em parte x

-nao

adequaçao a sim x x x x x realidade econômica em parte

nao

adequaçaoa sim x x x realidade geogriica emparle x x

nao

enfoque sanitário preventivo x x x x x curalivo

açoes requeridas I individuais x x x x x recomendadas coletivas

inluincialretacao sim

com meio ambiente em parte

nao x x x n.a. x

aprokJndamenIo relMYo à sim x conceito x conceito conceito

série ..-nor nao novo novo novo

análise

tipos das atividades resol.problemas propostas cópia do Ieldo 2>c x x x

alillid.lI)Cb.IMo

resposta liberta

inecistanles

forma de_cuçao indMdual x x x x x das alMdades propostas grupo

correta

iIuA'aqao aceitáIIeI incorreta x x ~ x x x

Page 39: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

TItulo do Uvro:lntegrando o Aprender Autor: Bellucci. M.E e L.G.Cavalcante 33 Série: 4' Editora: Scipione Ano: 1991 página: 1/3

CONTEUDO cuidados cuidados poluiçao poluiçao NVTRIÇAO alimentos higiene SAUDE SANEAM. eletricidad. combustiv. ar água alimentar BASICO

explícito preliminar x x conceitos e explícito posterior

definiçoes implícito x x x x x ausente x x

bom

desenvolllimento dos aceilável x x x x conceitos e deliniçoes insuliciente x x x x

inaceitável naohá

explicaçao dos termos sim x desconhecidos nao

inexistentes x x x x x x x x

eslao presenles x x pré-requisilos parcialmente

ausentes

desnecessários x x x x x x x

boa

correçao cienllica aceitável x x x x x x x x incorreta nao há

adequaçao a sim x x x x x x x x idade mínima em parte

I nao nao há

adequaçaoa sim x x x x x realidade econômica em parte

nao naohá x x x

adequaçao a sim x x x x x x x x realidade geográica em parte

nao naohá

enfoque sanitário prevenWo x x x x x x x curativo nao há nao há

açoes requeridas I individuais x x x x x recomendadas coletivas x x naohá x naohá

inIui~ sim

com meio arnbierM empllle x x nao n." n.a. naohá x x x naohá

IpI"CIIundarnerm reIIiIivo à sm conceiIo conceiIo x x .érie..-no.. nao novo novo x nachá x x x

análise tipos das alMdades resol.problemas

propostas cópia do tedo 2x x x x )(

atMd. exIra-IMo 2x resposla liberta 3x inexittenles x

forma de 8X8CI1Ç8O indMduaI x x x x x x x x das atMdades propostas grupo n.a.

correta x iIusnçao aceiIáveI

incorreta inexiàInte x x )( x x x x x

Page 40: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

Tdulo do Livro:lnleQrando o Aprender Autor: Bellucci. M.E e L.G.Cavalcante 34 S6rie: 4- Editora: Scipione Ano: 1991 página: 2/3

CONTEUOO Ir./abut. redelUtam. coleta AGRAVOS doenças agentes lransmissao anliCOfPOS vacinas

água esgotos lixo ASAUDE etiológicos

expficito preliminar x x conceitos e explícito posterior

definiçoes impficito x x x ausente x x x x

bom

desenvolvimento dos aceitável x conceitos e deliniçoes insuficiente x x x x x x

inaceitável nao há x

exp~caçao dos termos sim x x x x desconhecidos nao x

inexistentes x x x x

astao presentes

prHequisitos parcialmenle x ausentes nao há x desnecessários x x x x x x

boa

correçao cientilica aceitável x x x x x x incorreta nao há x x

adequaçao a sim x x x x x x x x idade mínima em parte , nao nao há

adequaçaoa sim x x x x x realidade econômica em parte

nao x x x naohá

adequaçao a sim x x x x x x x realidade geográfica em parte

nao x nao há

enfoque sani\ário preventivo x x x x x x c:uraIiYo naohá n.a. n.a.

açoes requeridas I individuais x x x x x recomendadas coletivas naohá naohá n.a. n.a.

inluincia/relacao sim

com meio ambiente em parte nao x x x naohá x x )( x )(

aprofundamento relüvo à sim x x )( )( x )( conceiIo x série anterior nao naohá novo

análise

tipos das alMdades resol.problemas

propostas cópia do Ie)do 2x 2x x x x aIiIIid. uW.wro )(

resposta aberta )(

inexislentes x x )(

forma de 8X8CI1Ç8O individual )( x x x )( x das alividades propostas grupo n.a. n.a. n.a.

correta x )( x ilusnçao ~

incorreta

inexistenIe x x x x x x

Page 41: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

TItulo do livro:lntegrMdo o Aprender Autor: Bellucci. M.E e L.G.Cavalcante 35 Série: 4' Editora: Scipione Ano: 1991 página: 313

CONTEUDO verminoses esquistos- anciIosto- oxiurose teniase ascaridiase PRf..tEIROS

somose mose SOCORROS

e~rtcito prelimina x x x x x x x conceitos e ~r.cito posterior

deliniçoes imp6cito

ausente

bom x x desenvolvimento dos aceitável x x x conceitos e deliniçoes insuiciente x x

inaceilável

e)(Jllicaçao dos lermos sim

desconhecidos nao x inexistentes x x x x x x

eslao presentes x x x )( )(

pré-requisitos plllcialmenle x ausentes

desnecessários x

boa x x x correçao cientlfica aceiláYel x x x

incorreta x

adequaçao a sim x x x x x x idade mínima em parte x , nao

adequaçaa a sim x x x x x x x realidade econômica empane

nao

adequaçaoa sim x x x x x realidade geogríAca em parte x x

nao

enfoque sanitário preventivo x x x x x x curaIivo x

açoes requeridas I individuais x x x x x x x recomendadas coletivas

inluincialrelacao sim com meio ambietW em parte x x

nao x x x x n.a.

aprokJndamenAo relalivo à sim x série anterior nao x )( x x )( x

análise tipos das lllividades resol.problemas

propostas cópia do tedo x 2x 1IMd . ...wro x relpOlta .t»erta x x inexisIenIes )( )( x )( )(

forma de axecuçao indMduaI )( )(

das lIIMdades propostas grupo n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.

correia x iIushçao aoeiIáveI

incorreta x x inIIICistente x x x x

Page 42: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

TItulo do Livro: Colec;ao Aqu ...... Autor: Marote. D. 3ó Série: 1· Editora: AIica Ano: 1991 página: 112

CONTEUDO animais raiva cuidados cI poluiçao desenvol- AUMENTA- alimentos HIGENE SAUDE parasias algo animais vimento ÇAO

expficito preliminar x x conceitos e expficilo posterior

definiçoes impficilo x x x ausente x x x x

bom desenvolvimento dos aceitável x conceitos e definiçoes insuficiente x x x x x

inaceitável x nao há naohá

explicaçao dos termos sim

desconhecidos nao inexistentes x x x x x nao há x x nao há

eslao presentes

pré-Jequisitos parcialmente

ausentes naohá naohá

desnecessários x x x x x x x

boa correçao cienlilica aceitável x x x x x

incorreta naohá x naohá naohá

adequaçao a sim x x x x x x x idade mínima em parte , nao nao há nao há

adequaçao a sim x x x x x realidade econômica em parte

nao nao há x x naohá

adequaçao a sim x x x x x x x realidade geogríica em parte

nao naohá naohá

enfoque sanitário preventivo x x x x curalivo nao há naohá naohá nao há nao há

açoes requeridas I individuais x x x x recomendadas coletivas nao há nao há x naohá nao há naohá

inftuinciatrelacao sim com meio ambiente em parte x

nao x naohá x x naohá x x nao há

aproMldamenIo relaivo à sim

série .menor nao n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.

análise 4x 2x

tipos das atividades resol.problemas x propostas cópia do texto 7x 2x

aIvid. tDdI'a-Wro x x x x resposta aberta 3lc x inexistentes x x x

forma de execuçao indMdual x x x x x x das ati\/idades propostas grupo n.a. n.a. n.a.

correta x x x ilusnçao aceitável x

incorreta x x inexis1enle x x x

Page 43: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

nulo do Livro: Coleçao Aquarela Autor: Marole. D. 3"7 Série: li Editora: Alica Ano: 1991 pigina: 212

CONTEUDO usos da lixo acidentes

água

e>cplicito preliminar x x conceitos e explicito posterior

definiçoes implicilo x ausente

bom

desenvolvimento dos aceitável

conceitos e definiçoes insuficiente x x x inaceitável

axpIicaçao dos termos sim x desconhecidos nao

inexistentes x x

eslao presentes

pré-fequisitos parcialmente

ausentes

desnecessários x x x

boa

correçao cienllica aceitável x x x incorreta

adequaçao a sim x x x idade mínima em parte , nao

adequaçao a sim

realidade econômica em parte x x nao x

adequaçaoa sim x x x realidade geogriIca em parte

nao

enfoque sanitário preventivo x x curativo naohá

açoss requeridas I indiIIiduais x )(

recomendadas coIeWas naohá

inluinciWtelacao sim com meio ambienAe em parte

nao x x x

aprolMamenIo relaiw à sim

série ""'or nao n.a. n.a. n.a.

anílise 7x 3x 4x tipos das alillidades resol.problemas

propostas cópia do taldo x 5x aIiIIid. 8ldra-Wro x x resposta aberta x x ine)cistenIn

forma de execuçao indMduIII x x x das alMdades propostas gNpo

correta x ilushlçao ~ x

incorreta x inexiseenta

Page 44: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

nulo do Livro:Coleçao Aquarela Autor: Marote. D. 38 Série: 'ZA Editora: Alica Ano: 1991 página: 112

CONTEUDO animais animais q. HIGIENE SAUDE desenvol- corpo alimentaçao alimentos doenças

domesticos c.prejuizo vimento humano contagiosas

exp6cito preliminar x x x conceitos e explícito posterior

definiçoes imp6cito x x x x x ausente x

bom x desenvoMmento dos aceitável x conceitos e deliniçoes insuficiente x x x x

inaceitável nao há x x

expticaçao dos termos sim x desconhecidos nao x

inexistentes x x x nao há x x x

estao presentes

pré-fequisitos parcialmente

ausentes naohá

desnecessários x x x x x x x x

boa x x COfTeçao cienllica aceitável x x

Incorreta x naohá x x x

adequaçao a Sim x x X x x x x x idade mínima em parte

i nao nao há

adequaçao a sim x x x x x realidade econômica em parte

nao x naohá x x

adequaçao a sim x x x x x x x x realidade geográlca em parte

nao naohá

enfoque sanitário prevenlvo x x x x x x curativo n.a. nao há naohá

açoes requeridas I indMduais ~ x x x x x recomendadas coletivas n.a. naohá x naohá

inluencialrelacao sim

com meio ambiente em parte

nao x x x nao há x naohá x x x

aprolundamento relativo à sim conceito x conceito conceito x x conceito

seria anIerior nao novo x n.a. novo novo novo

análise x 2x 3x 3x 2x tipos das atividades resol.problemas

propostas cópia do texto x 3x 2x 3x 10x 7x 3x

aIMd. exlra-4ivro x resposta aberta x 2x inoistenles x

lorma de execuçao incillidual x x x x x x x x das atividades propostas grupo n.a.

correta x x x ilusnçao aceiIáIIeI x

incorreta

in4Dcistent8 x x x x x

Page 45: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

TItulo do Livro: Coleçao Aqu ...... Autor: Marote, D. ,ü

Série: za Editora: Alica Ano: 1991 página: 212

CONTEUDO microbio lixo esgoto

explfllo preliminar x x conceitos e expficito posterior

definiçoes impficilo

ausenle x

bom

desenvolvimento dos aceitável

conceilos e deliniçoes insuficiente x x inaceitável x

explicaçao dos termos sim

desconhecidos nao x inexistentes x x

estao presentes

pré-fequisitos parcialmente

ausentes

desnecessários x x x

boa

correçao cienfifica aceitável x x incorreta x

adequaçao a sim x x x idade mínima em parte

; nao

adequaçaoa sim x x realidade econômica em parte

nao x

adequaçao a sim x x x realidade geográfica em parte

nao

enfoque sanitário preventivo x x curaIiw n.a

açoe. requeridas I indilliduais x x recomendadas coIeIiIIas naohá

inIIuencialrelacao sim com meio ambienIe em parte

nao x x x

aprofI.IldamenI reIaIvo à sim conceiIo x conceito

serie .w.rior nao novo novo

análise

tipos das alividade. resol.probIemas

propostas cópia do le)(Io x 3x aIiIIid . ......wro resposta liberta x inexistentes

fonna de execIlÇIIO indiIIiduaI x x x das lIIMdades propcmas grupo

correta

iIusnçao aceiIáveI x x x incorreta

inecistenIe

Page 46: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

TItulo do Livro: Coleçao Aqu ... ela Autor: Marote. D. .+0 Série: 3" Editora: AIica Ano: 1991 página: 113

CONTEUDO água águacon- tratamento poluiçao animais q. HIGIENE SAUDE aJimentaçao alimentos poluída taminada água ar c.prejuizo

explicito preliminar x x x conceitos e expficito posterior definiçoes imprlCito x x x x x

ausente x

bom x desenvolvimento dos aceitável x conceitos e definiçoes insuficiente x x x x x x

inaceitável naohá

expücaçao dos termos sim x x x desconheCIdos nao x x

inexistentes x x x x

eslao presentes x prtHequisitos parcialmente

ausentes

desnecessários x x x x x naohá x x

boa x COfTeçao cientilica aceitável x x x

incorreta x x x nao há x

adequaçao a sim x x x x x x x idade mínima em parte x

nao nao há

adequaçao a sim x x x x x realidade econômica em parte

nao x naohá x x

adequaçao a sim x x x x x x realidade geográica empane

nao x x naohá

enfoque sanitário preventivo x x x x x curalívo naoha nao há nao há naoha

açoes requeridas I indilliduais x x x x x recomendadas coletivas nao há naohá naohá naohá

inIuinciaIrelacao sim com meio ambiente em parte x x x x

nao x x naohá x x

aprokJndamento rellllillo à sim COncMo conceito conceito conceito x x série anterior nao novo novo novo novo x n.a. x

análise 3x 3x 2x x tipos das alillidades resol.problemas

propostas cópia do IlUdo ~ 2x ~ 2x 12x alillid. extrHvro x resposta liberta 2x

ine*tentes x

forma de exeClIçao indMdual x x x x x x x x das lllilliclades propostas grupo n.a.

correta x x x x x iIushçao aceilável x )(

incorreta inexistante )( )(

Page 47: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

TItulo do Livro: Coleçao Aquarela Autor: Marote. D. ..tI Série: a- Editora: Aica Ano: 1991 página: 2/3

CONTEUOO desnutriçao sane. tralamento lixo rede de verminose parasita lombriga ancilostomo mento água esgotos

explícito preliminar x x conceitos e explícito posterior

definiçoes imprlCito x ausente x x x x x x

bom

desenvolvimento dos aceitável x conceitos e definiçoes insuficiente x x x x x naohá x x

inaceitável

expIicaçao dos termos sim x desconhecidos nao nao há

inexistentes x x x x x x x

estao presentes

pré-fequisitos parcialmente x x x ausentes naoná desnecessários x x x x x

boa x correçao Clentilica aceitável x x x x x x x

incorreta nao há

adequaçao a sim x x x x x x x x idade minima em parte , nao nao há

adequaçao a sim x x x x x realidade econômica em parte

nao x x x naohá

adequaçaoa sim x x x x x x x realidade geográfica em parte x

nao nao há

enfoque sanitário preventivo x x x x curativo nao há nao há naohá naohá nao há

açoss requeridas I indMduais x x x x recomendadas coletivas naohã n.a. naonã naonã naohã

intluincialrelacao sim

com meio ambiente em parte x nao x x x x x nao há x x

aproIundamenIo relalw à sim conceito x conceito conceiIo conceito c:oncem série anlerior nao novo x x x novo novo novo novo

análise tipos das atividades resol.problemas propostas cópia do teldo x 2x x x

aIiIIid. 8)dra.lMo

resposta aberta inexistentes x

forma de execuçao individual x x x x x x x x das alividades propostas grupo n.a.

correta ilusnçao aceitáIIeI x x

incorreta x x inexistente x x x x x

Page 48: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

Tdulo do Livro: CoIeçao Aquarela Autor: Marote, D. -12 Série: aa Editora: Atica Ano: página: 313

CONTEUDO tenia esquistos- primeiros acidentes

somo socorros

explícito preliminar x conceitos e explícito posterior

definiçoes implícito )(

ausente x x

Dom

desenvolvimento dos aceitável x conceitos e definiçoes insuficiente x x x

inaceitável

explicaçao dos termos sim

desconhecidos nao

inexistentes x x x x

estao presentes

pré-fequisitos parcialmente x x x ausentes

desnecessários x

boa

correçao cientilica aceitável x x x Incorreta x

adequaçao a sim x x x idade mínima em parte x , nao

adequaçao a sim x x x x realidade económica em parte

nao

adequaçao a sim x x realidade geográfica em parte x x

nao

enfoque sanitário preventivo x curativo naohá nao há x

açoes requeridas I individuais x x recomendadas cole....., naohá naohá

inlluincia/relacao sim

com meio ambienle em parte

nao x x n.a. x

aprofundamento relaliw à sim conceito conceito conceito conceito

série anterior nao novo novo novo novo

análise

tipos das atividades resol.problemas

propostas cópia do Ie)do x ~

aIivid. 8lCh-IMo resposta aberta x ine»stentes

forma de exacuçao individual x x x x das alividades propostas grupo

correta

iluslraçao aceilílvel x incorreta x x inexistente x

Page 49: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

Tdulo do Livro: Coleçao Aqu ...... Autor: Marote. D. -B Série: 41 Editora: Alica Ano: 1991 págin.: 112

CONTEUDO cuidados cuidados 1ralamento animais q. poluiçao poluiçao HIGIENE SAUDE

eleWicidad . combustiv. água c. prejuizos ar água

e><pficito preliminar

conceitos e e><plícito posterior

definiçoes implícito x x x x x ausente x x x

bom

desenvolllimento dos aceitável x x conceitos e definiçoes insuficiente x x x x x

inaceitável naohá

e><plicaçao dos termos sim x desconhecidos nao x

inexistentes x x x x x nao há

eslao presentes

pré-fequisitos parCIalmente

ausentes nao há

desnecessários x x x x x x x

boa

correçao cientilica aceitável x x x x x x x incorreta x

adequaçao a sim x x x x x x x idade mínima em parte , nao naohá

adequaçao a sim x x x x x realidade econômica em parte

nao x naohá nao há

adequaçao a sim x x x x x x realidade geográlica em parte

nao naohá naohá

enfoque sanitário preventivo x x x x curalivo nao há nao há naohá naohá

açoes requeridas I indMduais x x x x recomendadas coletivas naohá naohá x x naohá naohá

inluincialrelacao sim

com meio ambiente em parte x x x nao x x x x naohá

aproIundamenlo relalivo à sim conceiIo conceito

série anterior 080 novo novo x x x x x naohá

análise

tipos das atividades resol.problemas

propostas cópia do teclo 3x aNdo tDCh-IMo resposta aberta x x intDcistenees x x x

forma de_cuçao indiIIiduaI x x x x x x das 1iIMdade. propostas grupo n.a. n.a.

correta x ilusnçao aceilável

incorreta ~ x x x x x x x

Page 50: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

nulo do Livro: Colec;ao Aquarela Autor: Marote. D. 44 Série: 41 Editora: AIica Ano: 1991 pigina: 212

CONTEUDO alimentaçao alimentos higiene desnutriçao

alimentar

explicito preliminar x conceitos e explícito posterior

deliniçoes implícito x x ausente x

bom

desenwlvimento dos aceitável

conceitos e deliniçoes insuliciente x x x x inaceitável

explicaçao dos termos sim x x desconhecidos nao

inexistentes x x

estao presentes x x pré-fequisitos parCIalmente

ausentes

desnecessários x x

boa

correçao cientifica aceitável x l( x x incorreta

adequaçao a sim x x x x idade mínima em parte

, nao

adequaçao a sim x realidade econômica em parte x x

nao x

adequaçao a sim x l( l( l(

realidade geográfica em parte

nao

enfoque sanitário preventivo x x l(

curativo nao há

açoes requeridas I individuais x l(

recomendadas coletivas n.a. naohá

inluêncialrelacao sim

com meio ambiente em parte

nao x l( l( l(

aprofundamento reldvo à sim

série anterior nao l( l( l( l(

análise

tipos das alividades resol.problemas

propostas cópia do \e)d() x aIivid. mcIra-IMo

resposta aberta l(

inexistentes

forma de execuçao individual l( l( l( x das alividades propostas grupo l(

correta x iIusnçao aceiIáIIeI l( x

incorreta

inuistante x

Page 51: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

rllulo do Uvro: Aprender com Alegria Autor: Passos. L. et ai. 45 Série: 1· Editora: Scipione Ano: 1991 pigina: 111

CONTEUOO cuid.clorg. cuid.clar. cuid.clanim. animais que AUMENTOS HIGIENE SAUOe SEGURANÇA

sentido aguae solo domesticos causam prejuizo

exprlCito preliminar x conceitos e expficilo posterior

definiçoes impficilo x x x x ausente x x x

bom

desenvoMmento dos aceitável

conceitos e definiçoes insuficiente x x x x x inaceitável nao há x nao há

explicaçao dos termos sim x x desconhecidos nao x

inexistentes x x x x naohá

eslao presentes

pré-requisilos parcialmente

ausentes x desnecessários x x x x x nao há x

boa

correçao cienlifica aceitável x x x x x incorreta naohá x naohá

adequaçao a sim x x x x x x x idade mínima em parte , nao naohá

adequaçao a sim x x x x x realidade econômica em parte

nao x x nao há

adequaçao a sim x x x x x x x realidade geográfica em parte

nao naohã

enfoque sanitário preventivo x x x x x x curativo naohã nao há

açoss requeridas I indilliduais x x x x recomendadas coletivas naohá n.a. naohá naohá

inIuIncialrelacao sim com meio lII'I'Ibienle em parte

nao naohá x x naohá x x naohá x

aproUldamenlo relativo à sim

série anterior nao n.a n.a n.a n.a n.a. n.a. n.a n.a

análise 4x 3x 11x ex 3x tipos das atiIIidades resol.problemas

propostas cópia do texto 8x aM/id. mcn-IMo x resposta aberta x x inexistentes x

forma de _alça0 indMdual x x x x x x x das alividades propostas grupo n.a.

correia

iIusnçao aoeiIáwI x x x x incorreta

inuistente x x x x

Page 52: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

TItulo do LNro:Aprender com Alegria Autor: Passos. L. et alo 46 Série: 211 Editora: Scipione Ano: 1991 página: 1/2

CONTEUDO poluiçao poluiçJconl. verminoses animais que cuid.clani- cuid.clorg. AUMEN- alimen-do ar da água causam prej. mais domesl. sentido TAÇAO tos

exprlCito preliminar x conceitos e explícito posterior

definiçoes implícito x x x x ausente x x x

bom

desenvolvimento dos aceitável

conceitos e definiçoes insuficiente x x x x x x inaceitável x naohá

explicaçao dos termos sim x x desconhecidos nao x x

inexistentes x x x nao há

estao presentes x pré-requisitos parcialmente

ausentes )(

desnecessários x x )( x naohá x

boa

correçao cienlifica aceitável )( )( x x incorreta x )( x nao há

adequaçao a sim x x )( x x )( x idade mínima em parte

i nao nao há

adequaçao a sim x )( x )( x x realidade econômica em parte

nao naohá )(

adequaçaoa sim )( x x x )( )( x realidade geográfica empane

nao naohá

entoque sanitário preventivo )( )( )( )( )( )(

curativo ·nao há nao há

açoesrequeridasl individuais )( )( )( )( x x recomendadas coletivas naohá naohá

inluincialreiacao sim

com meio ambiente em parte x x nao x x x )( naohá )(

aproUldamento relalivo à sim conceito conceilo conceito x série anterior nao novo novo novo x x naohá x

análise 4x tipos das atividades resol.problemas

propostas cópia do texto 5x alllid. exi"a-livro x x 2x resposta aberta 3lc x inexistentes )( naohá

forma de ex.cuçao individual )( x )( x n.a. x )(

das alillidadas propostas grupo n.a.

correta

ilustraçao aceitável x x incorreta )(

inexistanle x x x x x

Page 53: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

TItulo do Livro:Aprender com Alegria Autor: Passos. L. et al. 47 Série: 21 Editora: Scipione Ano: 1991 página: 2/2

CONTEUDO HIGIENE SAUDE vacinas doenças SANEA- lixo esgotos

contagiosas MENTO

expficito preliminar x x conceitos e expficito posterior

definiçoes impficito x )(

ausente x x x x

bom

desenvolvimento dos aceitável x x conceitos e definiçoes insuficiente x x

inaceitável nao há nao há x

explicaçao dos termos sim x desconhecidos nao nao há nao há x

inexistentes x x x

astao presentes

prlkequisitos parcialmente

ausentes nao há nao há

desnecessários x )( )( )( x

boa

correçao cientilica aceitável x x x x incorreta nao há nao há x

adequaçao a sim x l( x x x idade mínima em parte , nao nao há nao há

adequaçao a sim )( )( )(

realidade econômica empll1e )(

nao )( naohá naohá

adequaçaoa sim x x x x x realidade geográIca em parte

nao naohá naohá

enfoque sanitário preventivo x x x x x curativo nao há naohá

açoes requeridas I indilliduais x x x x x recomendadas coIeivat naohá naohá x

ir6JinciaIrelacao sim com meio ambiente em parte

nao x naohá naohá x x x x

aprok.lldamento reIaIivo à sim conceilo conceito conceilo conceilo

série anterior nao x naohá naohá novo novo novo novo

análise 2x tipos das atividades resol.problemas

propostas cópia do IlUdo 2x 2x x x 3K aIMd. exh-ivro 3K x resposta aberta x 3K ined ..... s x

forma de 8X8CI1ÇaD individual x x )( x )( )(

das alMdadel propostas grupo n.a.

correta

iIunaçao aceiIiveI x x )( )(

incorreta

~ x x x

Page 54: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

, Titulo do Livro: Aprender com Alegria

Série: SI

CONTEUDO água potáveV

poluida

explícito pre/imina x conceitos e explícito posterior

definiçoes implícito

ausente

bom

desenvoMmenlo dos aceitável

conceitos e deliniçoes insuficiente x inaceitável

explicaçao dos termos sim x desconhecidos nao

inexistentes

estao presentes

prckequisitos parci~mente

ausentes

desnecessários x

boa

correçao cienllica aceitável

incorreta x

adequaçao a sim x idade mínima em parte , nao

adequaçao a sim x realidade econômica em parte

nao

adequaçao a sim x realidade geográlica em parte

nao

enfoque sanitário preventivo x curativo

açoss requeridas I indMduais

recomendadas coletivas naohá

inluincialrelacao sim

com meio ambiente em parte

nao x

aprotundamento relalivo à sim série anterior nao x

análise tipos das atividades resol.problemas

propostas cópia do texlo 5x ativid. 8ldra-livro resposta aberta

inexistentes

forma de execuçao individual x das alvidades propostas grupo

correta

ilustraçao aceitáYel

incorreta

inuistente x

Aukw:Passos.L.et~.

Editora: Scipione

tralamento po/uiçao parasitas

água ar

x

x x

x x x

x x x

x x x

x x x

x x x

x x

x

x x

x

x x n.a.

x x n.a.

x x naohá

conceito conceito

novo x novo

x )( )(

x n.a. n.a.

x

x x

B'~'. lOrtCA FUNDAÇÃO Gi:iÚUO VAR!X/Vi

-+8 Ano: 1991 página: 1/3

animais que NUTRIÇAO ~imentos higiene

causam prej. ~imentar

x x x x

x x x naohá

x nao há

x x

x naohá x x

x x x nao há

x x x

nao há

x

naohá x x

x x x

naohá

x x naohá n.a.

x naohá naohá n.a.

x nao há x x

x x naohá x

)(

)(

)( )( x n.a.

x

x x x

Page 55: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

Tllulo do Uvro: Aprender com Alegria Autor: Passos, L. et aJo 49 Série: a- Editora: Scipione Ano: 1991 página: 2/3

CONTEUDO desnutriçao HIGIENE SAUDE SANEAMENTO coleta de tratamento rede de verminose

8ASICO lixo água esgotos

expficito preliminar x x conceitos e expficito posterior

definiçoes implícito x ausente x x x x x

bom

desenvolvimento dos aceitável x conceitos e definiçoes Insuficiente x x x x x

inaceitável nao ha x

explicaçao dos termos sim

desconhecidos nao x inexistentes x x nao há x x x x

estao presentes

pré-fequisitos parcialmente

ausentes x desnecessários x )( nao há )( )( )( x

boa

correçao cienlfica aceitável )( x )( x x x incorreta nao ha x

adequaçao a sim x )( x x x x x idade mínima em parte , nao nao ha

adequaçao a sim x x x realidade econômica em parte x

nao )( nao ha )( )(

adequaçao a sim x )( )( )( x x realidade geográfica em parte

nao naoha x

enfoque sanitário preventivo )( )( x )( x x curativo nao há naoha

açoes requeridas I individuais )( )( x x recomendadas coletivas naohá naoha x naohá

inluência(relacao sim

com meio ambiente em parta

nao )( )( naoha x )( x x )(

aprofundamento reIaIivo à sim conceiIo )( )( conceito

série anterior nao novo nao ha )( x )( novo

análise

tipos das alMdades resol.probtemas

propostas cópia do Iaxto )( 2x 2x Üllid. extr.IMo

resposta aberta 2x inexistanles )( )( )(

farma de execuçao indMdual x )( )( x )(

das alMdades propostas grupo n.a, n.a. n.a.

correta ilusnçao aceitáwI x )( x

incorreta inexistente x x x x x

Page 56: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

, TItulo do Livro: Aprender com Alegria Autor: Passos. L. et alo 50 Série: a- Editora: Scipione Ano: 1991 página: 313

CONTEUDO lombriga anciloslomo tenia esquistossomo PRIMEIROS acidenlet

SOCORROS

explícito preliminar

conceitos e explicito posterior

deliniçoes implícito x x ausente x x x x

bom

desenvolvimento dos aceitável

conceitos e definiçoes insuficiente x x x x x x inaceitável

explicaçao dos termos sim

desconhecidos nao x inexistentes x x x x x

• estao presentes

pré-requisitos parcialmente x ausentes x x desnecessários x x x

boa

correçao cienlilica aceitável x x x x x x incorreta

adequaçao a sim x x x x x x idade mínima em parte

~ nao

adequaçao a sim x x x x x x realidade econômica em parte

nao

adequaçao a sim x x x x realidade geográlica em parte x x

nao

enfoque sanitário preventivo x x x x x curativo x

açoss requeridas I individuais x x x x x x recomendadas cotetivas

inluêncialrelacao sim

com meio ambiente em parte

nao x x x x n.a. x

aprofundamento relativo à sim conceito conceito conceito conceito conceito conceilo

série anterior nao novo novo novo novo novo novo

análise

tipos das alividades resol.problemas

propostas cópia do texto alivid. extr.Iivro x resposta aberta inexistentes x x x x x

lorma de execuçao individual x das atividades propostas grupo n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.

correta

ilusnçao aceitável

incorreta

inexistente x x x x x x

Page 57: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

~

TItulo do Uvro: Aprender com Alegria Autor: Passos. L. et ai. 51 Série: 4' Editora: Scipione Ano: 1991 página: 1/4

CONTEUDO cuidados com cuidados cI poluiçao poluiçao NUTRIÇAO alimentos higiene HIGIENE elelricidade combusfíveis ar água alimentar

explicito preliminar

conceitos e explicito posterior

definiçoes implicito x x x x x x x ausente x

bom

desenvolvimento dos aceitável x x conceitos e definiçoes insuficiente x x x x x

inaceitável nao há

explicaçao dos termos sim

desconhecidos nao x x inexistentes x x x nao há x x

, eslao presentes x x x

prHequisitos parcialmente

ausentes

desnecessarios x x nao há x x

boa correçao cientilica aceitável x x x x x x

incorreta x nao há

adequaçao a sim x x x x x x x idade mínima em parte

I nao nao há

adequaçao a sim x x x x realidade econômica em parte x

nao nao há x x

adequaçao a sim x x x x x x x realidade geográfica em parte

nao nao há

enfoque sanitário preventivo x x x x x x x curaIivo naohá

açoss requeridas I indMduais x x x x x x recomendadas colew.s n.a. naohá

inluincialrelacao sim

com meio ambienle em parte x nao x x x naohá x x x

aprc*Jndamento reIaIivo à sim conceito conceito x sn anterior nao novo novo x x naohá x x

análise 3x tipos das atividades resol.problemas

propostas cópia do \e)d() 7x 5x x alivid. exWa-Wro

resposta aberta x x 4K 9Ic inexistentes x x x

forma de ex.cuçao individual x x x x x das atividade. propostas grupo n.a. n.a. n.a.

correta

ilusnçao aceitável )( x incorreta ~ )( x x x x x

Page 58: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

, TItulo do Livro: Aprender com Alegria Autor:Passos.L.et~. 52 Série: 4' Editora: Scipione Ano: 1991 página: 2/4

CONTEUDO SAUDE SANEAM. lixo tratamento esgotos DOENÇA VAONAS contágio BASICO água

expficito preliminar x x x conceitos e expficito posterior

definiçoes impficito x ausente x x x x

bom

desenvolvimento dos aceitável x x conceitos e definiçoes insuficiente x x x

inaceitável nao há naohá x

expUcaçao dos termos sim x desconhecidos nao naohá nao há

inexistentes x x x x x , estao presentes x

prlHequisitos parci~mente x ausentes nao há

desnecessários x x nao há nao há x

boa

correçao cienlílica aceitável x x x x incorreta naohá nao há x x

adequaçao a sim x x x x x x idade mínima em parte , nao nao há nao há

adequaçao a sim x x x realidade econômica em parte x

nao nao há x x nao há

adequaçao a sim x x x x x realidade geográlca em parte

nao naohá x naohá

enfoque sanitário preventivo x x x x x x curativo nao há naohá

açoes requeridas I individuais x x x x x recomendadas coletivas nao há nao há naohá

inluincialrelacao sim

com meio ambiente em parte

nao nao há x x x x nao há x x

aprok.wldamento relatillo à sim conceito conceito

série anterior nao naohá )( )( x )( naohá novo novo

análise

tipos das atividades resol.problemas

propostas cópia do texto )( )( 2x 7x aIMd. exlnHivro resposta aberta )( x inexistentes )( x

fonna de execuçao individual )( )( )( )( x x das alMdades propostas grupo n.a. n .•.

correia

ilusnçao aceitável x x x x incorreta

inecisten&e x x x x

Page 59: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

TItulo do Uvro: Aprender com Alegria Autor: Passos, L. et ai. 53 Série: 4" Editora: Scipione Ano: 1991 pigina:314

CONTEUDO doenças dengu8l1eb. doença de raiva tuberculose tétano verminoses lombriga

infecciosas amarela Chagas

e>epficilo preliminar x x x x x conceitos e e>epficilo posterior

definiçoes impficilo

ausente x x x

bom desenvolvimento dos aceitável x x x x x conceitos e deliniçoes insuficiente x

inaceitável nao há x

e>epücaçao dos termos sim desconhecidos nao nao há x x x

inexistentes x x x x

eslao presentes x x x :< x pré-fequisitos parcialmente x x

ausentes nao há

desn .. 'C8ssários

boa

correçao cienlilica aceitável x x x x x x incorreta nao há x

adequaçao a sim x x x x x x x idade mínima em parte , nao nao há

adequaçao a sim x x x x x x x realidade econômica em parte

nao nao há

adequaçao a sIm x x x x x x re8Üdade geográfica em parte x

nao nao há

enfoque sanitário preventivo x x x x x x x curalivo nao há

açoes requeridas I individuais x x x x x x recomendadas coletivas naohá naohá

inluincia/relacao sim

com meio ambiente em parte

nao naohá x x x x x x x

aprofundamen&o relalivo à sim conceito conceilo conceilo conceito conceito x série anterior nao naohá novo novo novo novo novo x

análise

tipos das atividades resol.problemas

propostas cópia do \e)d() x x aIiIIid. exlnHivro x resposta lberta x x x inexistenles x x x x

forma de execuçao indillidual x das alillidades propostas grupo n.a. n.a. n.a. x n.a.

correta

itusnçao aceiIáIIeI incorreta x ~ x x x x x x x

Page 60: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

f Titulo do Livro: Aprender com Alegria Autor: Passos, L. el alo 54 Série: 4· Editora: Scipione Ano: 1991 pigina: 414

ancilóslomo esquisloss. PRIMEIROS

CONTEUDO SOCORROS

expficito preliminar x conceitos e expficito posterior

... definiçoes impficito

ausente x x

bom x

• desenvoMmento dos aceitável x x conceitos e definiçoes insuficiente

inaceitável

explicaçao dos termos sim

desconhecidos nao x inexistentes x x

I estao presentes

pré-fequisitos parcialmente x x x ausentes

desnecessários

boa x correçao cienlifica aceitável x x

incorreta

.. adequaçao a sim x x idade mínima em parte x

~ nao

.. adequaçao a sim x x x realidade econômica em parte

nao

adequaçao a sim x x realidade geográfica em parte x

nao

enfoque sanitário preventivo x x curativo x

açoes requeridas I individuais x recomendadas coletivas nao há naohá

inlluincialrelacao sim

com meio ambiente em parte

nao x x n.a.

aprofundamento relaivo à sim x x x série anterior nao

análise

tipos das atividades resol.problemas

propostas cópia do texto x 6)(

aliviei. exIr.wro x resposta aberta

inexistentes x

forma de execuçao individual x x das alividades propostas grupo n.a. x

correta

iIu.traçao aceilávet x incorreta

inexistente x x

Page 61: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

..

55

6. DISCUSSÃO

6.1. Coleção Integrando o Aprender

Texto

'Conceito' é utilizado, na presente dissertação, em sua significação mais

ampla de idéia ou noção geral acerca de algo. Assim, quando se fala de conceituação no

livro didático, entende-se que tal texto deva apresentar informações e explicações

desenvolvidas de tal modo que permitam' ao aluno a compreensão ou concepção geral

(ainda que pouco precisa e não formalizada) acerca do assunto em questão. A 'definição'.

por sua vez, é mais formal, mais rígida. Para definir há que ser preciso: é necessário

delimitar o objeto da definição à sua forma mais individual e restrita. Para a conceituação.

a presença da definição não é condição sine qua non; o que é geralmente falso na

situação inversa: sem a conceituação, nem sempre é possível compreender uma definição.

A falta de conceituação dos assuntos componentes dos Programas de

Saúde, assim como seu desenvolvimento, na maioria das vezes insuficiente ou inaceitável

do ponto de vista da correção científica, constituem-se num dos principais problemas e

falhas da coleção. Assim, a Ilutrição, constante de todos os volumes como título de

capítulo, não é, em nenhum momento, conceituada ou definida explicitamente, nem são

fornecidos os elementos para que o aluno elabore seu próprio conceito do que seja a

nutrição. O que os autores desenvolvem sob o título de nutrição refere-se a um de seus

componentes, a alimentação, apresentada unicamente sob o ponto de vista da ingestão de

alimentos. A falta de conceituação e desenvolvimento das idéias é evidente, também, no

tema saúde, nos volumes de 13,23 e 43 séries. Neste caso, não existe texto ou atividade de

síntese para que o aluno possa compreender a saúde como resultante das ações de

alimentação, higiene e ausência de doenças ou acidentes, apresentados separadamente

dentro dos volumes. Somente no destinado à 33 série (p.267) encontramos a definição de

saúde, feita de maneira explícita e incorreta porque negligencia o componente social

constante da definição da Organização Mundial de Saúde, que os autores citam de modo

incompleto: Saúde é o bem-estar físico e mental das pessoas. Elementos necessários à

conceituação de prevenção, agravos à saúde, doença ou lixo, idéias fundamentais em

qualquer currículo de educação em saúde, estão também ausentes ao longo da coleção.

Principalmente se considerarmos que a coleção atinge alunos no início do

contato formal com o conhecimento escolar, parece-me muito mais importante o

Page 62: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

..

..

I

56

desenvolvimento dos conceitos do que os enunciados das definições. Não havendo a

possibilidade de formação de uma idéia geral, as definições transformam-se em meros

exercícios de memorização: Verminoses são doenças causadas por vermes que se

instalam 110 intestino do homem (33 série, p.269), Ascaridíase é a doença causada por

vermes chamados Ascaris /umbricoides ou simplesmente lombrigas. (43 série, p.317),

sem que seja possível a compreensão do fenômeno geral do parasitismo, nem do

problema da verminose e suas implicações e relações com o organismo humano.

Contrastando com a pobreza na conceituação, no desenvolvimento e na

explicação dos assuntos propostos, são abundantes as classificações, enumerações e

apresentação de fatos estanques, reforçando a idéia de que o conhecimento nada mais é

do que uma coleção de fatos. A classificação dos alimentos está presente em toda a

coleção: de acordo com a origem nos volumes destinados a 13 e 23 séries e de acordo

com a composição nos de 33 e 43. É exclusivamente morfológica e descritiva, na 43 série,

a apresentação do aparelho digestivo humano (p.307), quando nenhuma menção é feita à

alimentação, tratada em separado nos capítulos de Programas de Saúde. Da mesma forma

os agentes etiológicos são listados (43 série, p.315). Semelhante tratamento é dispensado,

em todos os volumes, ao saneamento básico, com a descrição sumária dos sistemas de

tratamento de água e esgotos e a coleta do lixo.

O fracionamento de assuntos complementares e interdependentes e a mera

apresentação de fatos não seria tão grave, se houvesse proposta de integração e síntese

dos conteúdos, antes ou após as análises particularizadas, o que não é o caso na presente

coleção. O tema saúde, por exemplo, é dividido em cuidados com a alimentação, com a

higiene, com o saneamento básico e com os agravos que pode sofrer. Estes assuntos são

tratados de maneira estanque ao longo da coleção, como se as relações mútuas existentes

entre eles não existissem. Nem mesmo dentro dos subtemas a visão de conjunto

sobressai. Os capítulos de agravos à saúde restringem-se a acidentes (na 13 série) e a

doenças contagiosas, que não incluem aquelas comuns na inflincia e as verminoses (na 23

e 43 série). No volume da 33 série não há o capítulo agravos à saúde (ele é substituído

pelas Verminoses). Não há nenhuma menção na coleção sobre as doenças congênitas,

hereditárias, crônico-degenerativas, envenenamento por medicamentos ou produtos

dornissanitários (neologismo utilizado na área de saúde para qualificar os produtos de

limpeza, anti-sepsia, praguicidas, etc., de uso domiciliar) ou, ainda, sobre as diarréias

infantis, todos eles assuntos que se referem a problemas e experiências da vida diária.

A falta de conceituação e o fracionamento dos temas propostos, somados

à quantidade de informações de caráter prescritivo e receituário dos conteúdos de saúde,

Page 63: Adriana Mohr - bibliotecadigital.fgv.br

..

..

57

sem a devida conceituação, reduz os Programas de Saúde apresentados pela coleção em

regras a serem seguidas (figura 1, ANEXO 1). No volume de la série, 15 hábitos de

higiene para ter boa saúde (p.252), dez para evitar acidentes e conservar a saúde

(p.253), dois a respeito do lixo (p.255); na 2a série, 12 para ter higiene e para cultivar

bons hábitos alimentares (p.251), 13 de higiene para ter boa saúde (p.252), três para

evitar as doenças contagiosas (p.253), quatro para prevenirmos certas doenças (p.254).

No volume destinado à 3a série, 12 sobre os cuidados com a alimentação (p.266), 19

sobre hábitos de higiene que nos ajudam a manter lima boa saúde (267), nove cuidados

para evitar as verminoses (p.271), 10 para evitar acidentes (p.272). Finalmente, na 4a

série, nove sobre algumas regras de higiene alimentar (p.311), 11 para manter a saúde

do nosso corpo e da nossa mente .. [e] para viver bem em sociedade (p.312) e sete para

evitar as verminoses (p.317). O impressionante, além do número que atinge a soma de

136, é que tais recomendações não são explicadas. Bem fundamentadas, até que seriam

importantes na formação dos conhecimentos e comportamentos do indivíduo com relação

à sua saúde. Assim comer carnes sempre bem cozidas (3a, p.271), lavar as mãos antes

das refeições, após lIsar o sanitário e ao chegar da rua (2a, p.252), escovar os dentes ao

levantar, após as refeiçõs e antes de dormir (2a, p.252), ler somente com boa iluminação

(2a, p.252) não merecem nenhum desenvolvimento ou explicação, enquanto os autores

julgam importante justificar: Tomar cuidado ao subir em ánJores. Os galhos podem

quebrar, ou, ainda, mencionar Tomar cuidado para não tropeçar em objetos colocados

no chão. (1a, p.253). Outra demonstração do quanto é arcaico este tipo de enfoque pode

ser verificada no livro da la série onde (a título de exercício da nova habilidade de escrita

?) os autores as apresentam com a recomendação: copie no caderno o que precisamos

fazer para ter boa saúde ou evitar acidentes ... (1 a, p. 252, 253 e 255).

Outro problema gerado pela utilização de regras não explicadas e em

grande número, como vimos acima, é a confusão que elas podem gerar ao serem

repetidas, tentando abranger situações mais amplas. Um exemplo são as recomendações a

respeito da água própria para o consumo humano ao longo das quatro séries. Na 1 a

encontramos: Beber água pura, filtrada ou fervida; na 2a é recomendado: Beber água

filtrada. Não beber água de rios; na 3a a regra é: somente beber água tratada com cloro

ou filtrada e bem fervida e na 4a série encontramos: beber água filtrada ou fervida e

tomar água tratada e fervida. Seria muito mais proveitoso se, ao longo dos anos, os

autores desenvolvessem o conceito de que a água pode conter substâncias impróprias à

saúde e a necessidade indispensável que, mesmo advinda da estação de tratamento de

água, quando isto ocorre, ela seja tratada novamente na casa antes de bebida (este

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,

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lO

58

processo caseiro podendo consistir de filtros eficientes, fervura ou, ainda, aplicação de

substàncias bactericidas como cloro ou água sanitária).

Quando utilizados, os termos técnicos geralmente são explicados, ainda

que em alguns casos isto deixe a desejar. Problemas com relação a este item são

encontrados no volume da la série (p.254) no conteúdo sobre vacinas (com uma

quantidade enorme de termos sem nenhuma explicação: vacinas, intradérmica, dose,

reforço, poliomielite), com o de vacinas, novamente na 2a (p. 54); nos assuntos esgotos

(23, p.256 e 33, p.268), tratamento de água (23, p.256) e tratamento de esgotos (4a,

p.314).

Considerando, como visto anteriormente, que a coleção não apresenta os

conceitos, limitando-se a prescrições, conhecimentos factuais e episódicos, uma das

opções do professor seria de utilizar-se do livro como um dicionário ou enciclopédia.

Mas, para tal uso, a correção científica de muitos conteúdos compromete a obra. São

abundantes nos quatro volumes incorreções que vão de leves para que os esgotos não

cheguem diretamente aos rios e mares, devem ser construídas estações de tratamento de

esgotos (2a, p.256), ou, ainda, alguns invertebrados, como vermes e parasitas, vivem

dentro de outros animais (23, p.243) a absurdas como o conceito de animais úteis e

nocivos ao homem (13 e 23 séries), denunciando a idéia dos autores de que a natureza

existe para servir ao homem e a afirmação Grande parte dos insetos são nocivos. Eles

transmitem doenças, prejudicam as plantações e suas picadas são venenosas. (Y,

p.263).

Outros exemplos de um conteúdo apresentado de maneira errônea: a

verminose se transmite através dos ovos dos vermes (3a, p.269), ainda, Essas doenças

são transmitidas por seres vivos muito pequenos chamados vírus, bactérias e

protozoários. Outras doenças são transmitidas por parasitas maiores, que são os vermes

(43, p.315), ou Essas doenças são transmitidas por seres vivos muito pequenos,

chamados micróbios (23, p.253). Tais exemplos denunciam a ignorància dos autores

sobre a diferença entre agente etiológico e formas de transmissão.

Também são graves as incorreções cometidas pela má explicação ou

omissão de fatores importantes para compreensão de determinados conceitos. Um

exemplo típico é o capítulo referente à transmissão das doenças (23 série, p.253). Ali se

diz que a doença pode ser transmitida por contágio direto (aperto de mão, tosse, espirro,

etc.) ou indireto (copos, lenços, etc. que usamos depois de terem sido utilizados por

pessoas doentes). O texto dá exemplo de doenças contagiosas (gripe, sarampo, caxumba,

tuberculose, varicela), diz que podemos evitar as doenças contagiosas se tivermos os

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..

..

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cuidados de tomar todas as vacinas, evitar o contato com pessoas doentes e ter lima

alimentação bem saudável. Com esse texto, conclui-se que a forma de contágio (o

correto seria usar transmissão) seria a mesma para todas as doenças. Não é de estranhar,

pois, o preconceito e a discriminação demonstrados com relação aos aidéticos.

portadores de hanseníase, síndrome de Down, epilepsia, entre outros, pois, de acordo

com o raciocínio acima, são doentes e precisam ser evitados.

Neste capítulo ignora-se a existência dos animais domésticos e sua

importância como reservatórios e transmissores de zoonoses. Aliás, em toda a coleção, a

raiva é citada em um texto de três linhas, uma única vez, no capítulo destinado ao estudo

dos animais, onde se mencionam as características dos animais domésticos e a

necessidade de vaciná-los (23 série, p.244). Com relação à transmissão, tampouco os

autores se referem à existência de vetores, como os mosquitos, e à forma de como

participam na dinâmica de uma enfermidade transmissível como o dengue, na época da

publicação, já um problema de saúde pública importantíssimo no Estado do Rio de

Janeiro .

Omissão de informação, deturpando sua correção, é encontrada também

nos conteúdos relativos ao tratamento da água. O fato de a água passar por uma estação

de tratamento (23, p.256 e 43

, p.313) necessariamente não a qualifica para consumo

humano em todos os pontos da rede de distribuição, pois entre a estação e a torneira da

cozinha a água está sujeita à contaminação nos encanamentos públicos, na rede e nos

reservatórios domésticos. Infelizmente esta explicação está ausente e, por isso, talvez o

conceito seja incompreendido, quando na 33 série (p.268) os autores, ao contrário do que

o fazem nos outros volumes, mencionam que para torná-la [a água] livre de impurezas,

existem, nas cidades, estações de tratamento de água. Mesmo assim, devemos fenJer ali

filtrar a água antes de bebê-la.

Erro grave é cometido, também, no conteúdo de primeiros socorros (33

série, p.272 e 43, p.318), ao instruir o uso não qualificado de pomadas para aliviar a dor,

no caso de queimaduras, ou, ainda, recomendar que se provoque o vômito na pessoa

envenenada, desconhecendo ser este procedimento indicado apenas no caso de

envenenamento com produtos não corrosivos. Omissão grave neste tema é não

mencIOnar, em nenhum volume, que uma das ações mais importantes, no caso de

acidentes, é procurar auxílio especializado o mais rápido possível. Por outro lado,

situações simples e corriqueiras na infância não são exploradas. Em nenhum momento, ao

longo da coleção, são apresentados conhecimentos que permitam a compreensão da

importância da assepsia imediata de cortes e arranhões, por menores e mais superficiais

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que sejam, para evitar um possível desenvolvimento do bacilo do tétano. Ao contrário, na

4a série (p.318), os autores recomendam: se o ferimento for muito profundo, a pessoa

deverá ir ao hospital para suturar, isto é, costurar o local, e tomar a vacina anti­

tetânica.

Com relação aos pré-requisitos, a maioria dos conteúdos apresentados ou

não os requer ou os desenvolve anteriormente. Exceção feita aos conteúdos de vacinas

(1 a, p.254, 2a, p.253 e 4a

, p.315) que não podem ser entendidos sem noções básicas sobre

imunidade, ou, ainda, àqueles relativos a ciclos de algumas verminoses intestinais. Estes

requerem alguns conhecimentos de anatomia e fisiologia para a compreensão de que um

ovo de Ascaris, ao ser ingerido junto com o alimento, atravessa a parede intestinal já

como larva, ganha a circulação sanguínea, atinge o coração e os pulmões, migra até a

traquéia, atinge a faringe, onde é deglutido, e volta novamente ao intestino, para aí se

desenvolver como verme adulto.

No que diz respeito ao critério sobre a adequação à idade mínima, a

coleção como um todo se apresenta satisfatoriamente. Novamente, exceção é feita ao

conteúdo de vacinas na la série (p.254) que, como abordado, é totalmente inadequado

para este nível e, também, àquele relativo a primeiros socorros (3a p.272 e 4a p.318-319),

sugerindo alguns procedimentos que requerem habilidades incondizentes com a idade à

qual se destinam os volumes. Por outro lado, os conteúdos são incompletos e incorretos,

se os quisermos tomar como manual especializado.

A coleção apresenta conteúdos que se adaptam às distintas realidades

geográficas do Estado do Rio de Janeiro

O mesmo não ocorre com a adequação às diferentes realidades

econômicas. No conteúdos dos alimentos pressupõe-se que o leitor tenha acesso aos

alimentos de que necessite ou que escolha. Neste caso, mais proveitoso seria propor

textos e atividades que estimulassem a exploração do cotidiano alimentar dos alunos, os

acertos, as mudanças desejáveis e as carências verificadas. Para a higiene alimentar e

pessoal, do modo como o texto traz as recomendações, subentende-se a presença de uma

cozinha com seus utensílios, de uma pia com água encanada ou corrente para a lavagem

dos alimentos, de um banheiro provido de vaso sanitário, onde devem ser feitas as

necessidades, de uma pia, onde as mãos são lavadas e os dentes são escovados e de um

chuveiro para o banho diário (figura 1, ANEXO 1). O fato de não haver exploração do

que o aluno dispõe e do que lhe falta para poder ter a higiene descrita no livro, pode

gerar a idéia de algo inatingível e irreal, em algumas situações de carência Quando os

autores abordam os acidentes, omitem os perigos das janelas dos edificios, das linhas de

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.. lO

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trem, dos envenenamentos por medicamentos e produtos domissanitários, das

queimaduras sofridas dentro de casa. O perigo das vias públicas e do trânsito são

lembrados de uma maneira absolutamente inócua: respeitar os sinais de trânsito ao

atrm!essar a rua e não correr atrás da bola no meio da rua, sem olhar para os dois

lados (3 3, p.272). Em nenhum volume é mencionado o problema da violência que

responde atualmente por 46,05% dos óbitos na faixa etária de 5 a 14 anos, constituindo­

se na maior causa de mortalidade nesta faixa etária (Minayo et aI., 1992), nem questões

relacionadas ao fumo, às drogas ou aos entorpecentes.

O enfoque sanitário privilegiado na presente coleção, excetuando-se os

conteúdos relativos aos primeiros socorros, é exclusivamente preventivo.

A maneira como são abordados os conteúdos não considera a influência

do meio ambiente nas condições de saúde e de doença. Ao invés de apresentá-las como

um estado dinâmico, dependente das interações que o homem mantém com os meios

biótico, fisico e social e das relações existentes em seu próprio corpo, os autores

preferem enfatizar a doença unicamente como uma entidade contagiosa e caracterizam a

saúde como a ausência de doença ou acidentes .

Finalmente, com relação ao aprofundamento dos conhecimentos e análises,

a obra deixa a desejar nos conteúdos relativos a higiene, alimentação, vacinas e

saneamento básico. Não é raro encontrarmos nestes capítulos livros de 13 ou 23 série mais

ricos que os de 3a e 4a.

Atividades

Em todos os volumes da coleção, as atividades propostas aos alunos

reduzem-se, quase que exclusivamente, a exercícios onde o aluno simplesmente deve

identificar, no texto anterior, o trecho relativo à questão que lhe é proposta e completar a

resposta com a frase do autor. Uma variação deste tipo de exercício pede ao aluno que

complete a palavra ausente na frase do exercício, repetindo o texto. Do total de 184

atividades, nos quatro volumes da coleção, 133 são deste tipo - 'cópia'; 33 são de

'análise', exigindo que o aluno responda a questão, sem apresentar a solução no texto. Em

12 ocasiões, o livro propõe exercícios de 'resposta aberta' (escreva como você cuida de

sua saúde [l3, p.252], quais são os seus divertimentos? [43, p.312], escreva o nome dos

alimentos que você costuma comer [la, p.251 D. As atividades 'extra-livro' didático são

propostas seis vezes ao longo da coleção (Faça uma pesquisa completa e organize no

caderno um trabalho com o título '0 tratamento de água em minha cidade.' [43, p.314]).

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Por duas vezes, entretanto, estas atividades resumem-se a pergunte a sua mãe e

responda: quais as vacinas que você já tomou?[23, p.254] ou, ainda, pergunte a seus

pais as vacinas que você já tomou e escreva no caderno [la, p.254]. Esta abordagem traz

problemas ao pressupor a presença da mãe, além de desestimular a iniciativa do aluno. O

comportamento positivo a estimular é que o próprio indivíduo se torne responsável pela

sua saúde, exigindo (da mãe, do responsável ou da autoridade competente) os meios de

preservá-la ou recuperá-la. Bastaria que o autor indagasse simplesmente 'Quais as vacinas

que você já tomou?'

A forma de realização das atividades propostas é exclusivamente

individual, perdendo-se a oportunidade, mesmo nas atividades que não são de cópia do

texto, de realizar debates e discussões entre membros de um pequeno grupo ou entre a

classe. Tal postura é coerente com a ênfase dada, como discutida acima, nas ações

individuais para o alcance e a manutenção da boa saúde .

Ilustrações

As ilustrações são desenhos coloridos, não havendo fotografias .

Existem falhas com relação a ilustrações técnicas. Há casos de desenhos

errados, como na página 270, 3a série e página 316, 4a série, onde um caramujo terrestre,

que pode ser encontrado em qualquer jardim, participa do ciclo da esquistossomose,

criando um temor infundado de que os moluscos terrestres são vetores desta doença, fato

já verificado por Schall (l987b) e Machado (1991).

Outras vezes são as legendas que não condizem com o desenhado. À

página 317, 48 série vêem-:-se dois adultos de Ascaris lumbricoides, mas a legenda diz

tratar-se de lanas. Na página 270, 3a série, um casal de esquistossomos em acasalamento

é legendado como esquistossomo.

O mais comum, entretanto, é a falta de indicação de escala nos desenhos.

Mosquitos são mostrados do tamanho de ratos (la, p.243 e 2a, p.245), os miracídeos e as

cercárias têm tamanho de sardinhas, senão maiores (3 a, p.270, e 4a, p.316). Ovos de

Ascaris, de Ancylostoma e de Taenia tornam-se gigantescos, quando comparados com

os seres humanos que os acompanham nas ilustrações (3a, p.269 e 270, e 48, p.317). Em

decorrência destas displiscências, teremos situações como as descritas por Schall (l987b)

quando diz que Ao especialista pode parecer pouco provável que uma criança,

obsenando um ambiente aquático, procure ali cercárias, que, pelos desenhos, imagina

ser do tamanho de peixinhos, mas tal fato ocorre com frequência. Na impossibilidade da

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utilização de exemplos reaiS, é possível desenhá-los em escala junto a objetos maiS

conhecidos como, por exemplo, uma cabeça de alfinete. Seres microscópicos podem,

ainda, ser representados sob uma lente de aumento. Desenhos de organismos maiores

devem incluir escala métrica ou outro referencial conhecido.

Em alguns casos, mesmo os desenhos não-técnicos, como a primeira

ilustração página 255, P série, reforçam erroneamente um texto já incompleto, quando

mostra os sacos de lixo sendo depositados na calçada, ao alcance de cães. Pior é o

desenho da página 253, 2a série, no qual, para ilustrar doenças infecciosas, são

desenhadas situações de transmissão direta e indireta, onde os personagens estão

uniformizados, caracterizando um ambiente escolar. Seria importante esclarecer a

necessidade do isolamento em alguns casos de doenças infecciosas, explicando quando e

como há o perigo da transmissão.

6.2. Coleção Aquarela

Texto

Em termos de conteúdos apresentados, esta coleção é menos densa do que

a Coleção Integrando o Aprender. Basicamente os Programas de Saúde compõem-se de

temas de alimentação, regras de higiene, problemas com o lixo, tratamento de água e

esgotos, que aparecem em todos os volumes da coleção. Os acidentes são tratados na 1 a

série (p.252) e na 33 (p.352), os primeiros socorros na 33 (p.351), as doenças contagiosas

e as vacinas só aparecem na 2a (p.286) e as verminoses somente na 33 (p.349 e 350).

Poluição é um conteúdo com abordagem de saúde que aparece em

destaque dentro dos capítulos de ciências (l3, p.237, 3a, p.313 e 321 e 43, p.428). Ainda

integrantes do conteúdo de ciências são aqueles sobre animais que causam prejuízos ao

homem (presente nas quatro séries), animais domésticos e a referência de que é

necessário vaciná-los (l a e 2a) .

Também nesta coleção encontramos a falta de conceituação dos conteúdos

propostos. Saúde, por exemplo, é título de capítulo em todos os volumes, mas, da

maneira como são apresentados e desenvolvidos os conteúdos relativos ao tema, toma-se

dificil a síntese ou elaboração de algo mais consistente do que simples regras. Outros

conteúdos não conceituados são raiva (l3, p.223), desnutrição (33, p.344 e 43, p.447) e

tratamento da água (33, p.348 e 43, p.313). As definições, ao contrário, são abundantes e

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t

6.+

geralmente explicitadas a priori: ammals parasitas (la, p.220), higiene (la, p.246, 2a,

p.285 e Y, p.345), lixo (la, p.250 e 2a, p.287), doenças contagiosas (2a, p.286),

saneamento (3a, p.348), alimentos (43

, p.446) dentre outras.

No que diz respeito ao desenvolvimento de conceitos e definições, a

presente coleção deixa muito a desejar. Na maioria das vezes ele é insuficiente; por

exemplo, quando o autor menciona que os animais parasitas (la, p.220 e 3a, p.349) vivem

dentro do corpo de outros seres, esquece-se dos ectoparasitas e da explicação do

fenômeno do parasitismo, que é fundamental para a compreensão não só das verminoses,

como das demais doenças infecciosas. Os alimentos são apresentados, em todas as séries,

segundo sua classificação, seja de origem (la, p.242 e 243 e 2a, p.282), seja de

componentes nutricionais (3a, p.342 e 343 e 4a, p.446). O corpo humano, na 2a série, é

alvo de uma descrição anatômica paupérrima (p.280). Sumárias, também, são as

abordagens das verminoses na 3a (p.349), da poluição e do tratamento da água na 4a

(p.425 e 428).

Como na coleção Integrando o Aprender, muitas vezes o que se apresenta

de um conteúdo são regras sem explicação ou qualquer fundamentação que permita sua

compreensão, como se faz ao tratar de higiene (la, 2a e Y), de acidentes (1 a e 3a) e de

alimentação (23, 3a e 4a

), totalizando aqui 92 regras.

É importante assinalar um conceito muito bem desenvolvido, no volume

da 3a série (sob o título para você saber, p.314). Trata-se de um texto sobre água poluída

e contaminada, que, inclusive, demonstra a inutilidade dessas definições simplistas dadas

anteriormente. Muito interessante também é a apresentação, na 2a série (p.278, ainda sob

o título para você saber) de um texto mencionando que nem todas as crianças, no Brasil

e em outros países em desenvolvimento, têm chance de desenvolver-se adequadamente, o

que é o tema do capítulo. A inclusão deste pequeno texto e de uma adaptação da

Declaração dos Direitos da Criança, que o segue, pedem a exploração das

desigualdades sociais e de suas implicações nos problemas de saúde e de doença.

Infelizmente, este tipo de conteúdo está presente apenas no volume 2 da coleção.

Com relação aos termos desconhecidos, notamos uma preocupação maior

em explicar (o que nem sempre é alcançado) o vocabulário técnico utilizado, geralmente

sob forma de nota de rodapé. Contudo, microscópio (23 p.286), vias respiratórias e

vitamina Bi (33, p.322 e 339) são termos novos que aparecem sem definição ou

explicação. Há explicações e definições tautológicas do tipo: os alimentos reguladores

ajudam a regular o funcionamento do organismo, os alimentos energéticos dão

energia. 00 (4a, p.446).

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65

Os pré-requisitos ou não são necessários ou estão explicados

anteriormente. Exceção à regra é o conteúdo referente a verminoses, apresentado na 33

série (p.350). Apesar de a ênfase não recair nos ciclos, mas na sintomatologia, sente-se

falta do conteúdo relativo a dinâmica e integração dos sistemas no corpo humano

(apresentado sob enfoque anatômico no volume 4) e do conceito de parasitismo .

Na presente obra também são constantes os absurdos de incorreção

científica. Merece destaque, no volume da la série (p.228), a idéia de que os ratos, as

moscas e os mosquitos gostam de sujeira e transmitem doenças. Ao coletivizar o que é

particular e minoria dentre as centenas ou milhares de espécies de ratos, moscas e

mosquitos, o livro induz a uma estigmatização negativa desses animais, pondo por terra a

feliz consideração de algumas linhas acima, quando o autor afirma que Todos os animais

são importantes na natureza. Estas associações errôneas provocam contradições

importantes, por exemplo, quando de campanhas como a de combate a Aedes, mosquito

transmissor da dengue e da febre amarela, pois as pessoas têm dificuldade em aceitar o

fato de que este vetor só se cria em coleções de água limpa. Como fazer com que a

criança, que conhece ou tem camundongos brancos ou hamsters em casa, convença-se do

fato de que esses animais podem tornar-se reservatórios de zoonoses, se ela os vê, ao

contrário do livro, tão graciosos e asseados ? Como não considerar a importância dos

mesmos ratos como animais de laboratório?

Erro grave, presente nos volumes 1, 2 e 3, é a sinonimização do alimento

com energia. Deslize de correção é cometido, também, ao comentar os produtos

alimentares industrializados (23, p.283). Novamente, expondo a questão sem

fundamentação, ao autor resta apresentá-la de maneira dogmática e equivocada. Os

produtos químicos que podem provocar doenças não estão necessária e obrigatoriamente

presentes nos alimentos industrializados. Assim como não são inócuos certos alimentos

frescos e sucos naturais. No volume 4 (p.447), este raciocínio errôneo volta a aparecer

na recomendação Entre um refrigerante e um suco natural, dê preferência ao suco. Em

tempos do cólera, mais segura é a opção pelo refrigerante.

Outra incorreção grave em uma abordagem de saúde e acidentes é

encontrada no volume 3 (p.339). Ao dizer que Na cidade de São Paulo, existe um local

para atendimento de casos de pessoas picadas por animais venenosos. É o Instituto

Butantã, o autor deixa de instruir sobre o procedimento correto no caso de pessoas

vitimadas por animais peçonhentos, que é o encaminhamento imediato a um hospital de

emergência, pronto socorro, posto médico ou qualquer outro local que disponha do soro

específico. Além disso, tal texto não menciona outros institutos brasileiros como o Vital

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66

Brazil, em Niterói e o Ezequiel Dias, em Belo Horizonte, entre outros, que também se

destacam na produção de soros anti-ofidicos.

Não se verificaram problemas maiores com relação à idade mínima;

ressalva feita para os conteúdos de primeiros socorros que, como na coleção Integrando

o Aprender, exigem habilidades geralmente inexistentes nesta faixa etária e para o texto

acima referido sobre animais peçonhentos: Ele [o Instituto Butantã] recomenda que nós

capturemos as cobras para enviá-Ias ao Instituto, instrução perigosa quando destinada a

cnanças.

Quanto ao item adequação à realidade econômica, cabem os mesmos

comentários feitos quando da discussão da coleção Integrando o Aprender.

Considerei satisfatória a adequação à realidade geográfica do Estado do

Rio de Janeiro.

o enfoque sanitário é, como na coleção anterior, majoritariamente

preventivo. Seria interessante, contudo, desenvolver o conceito de soro que é apenas uma

citação de passagem (33, p.339).

Com relação às ações requeridas para a manutenção da saúde e a

prevenção da doença, seria conveniente dosar mais adequadamente o que diz respeito ao

indivíduo, maioria na coleção, e o que precisa ser feito a nível coletivo. Apresentam este

enfoque, muito superficialmente, os textos relativos à poluição do meio ambiente.

Os conteúdos analisados só abordam a influência do meio ambiente,

quando tratam do problema da poluição do ar e da água. No restante, tal relação está

ausente. Quando trata da origem dos alimentos, por exemplo, o leite é representado em

sua embalagem de supermercado (l3, p.242, 33, p.342 e 43, p.446), o mesmo acontecendo

com o mel (l3, p.242), a carne de vaca (l3, p.242, 23, p.282 e 43, p.446), o arroz (33,

p.342), assim como com todas as frutas e verduras apresentadas nos quatro volumes. Tal

abordagem gera o descrito por Machado (l991): ... Só que galinha, para a criança de

cidade grande, é alguma coisa que é sempre congelada, enrolada em plástico e

produzida pelo supermercado . ... É o caso de uma criança que viu uma galinha viva e

faloll assim: 'Olha, mãe, a galinha está toda suja de pena. '

O aprofundamento é feito através da apresentação de alguns novos

conteúdos em cada volume. Para aqueles já abordados em volumes anteriores, o

conteúdo e a complexidade são praticamente a mesma, inclusive com a repetição dos

mesmos textos: higiene na 13, 23 e 33 e lixo na 13 e 23 série.

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Atividades

Predominam exercícios do tipo 'cópia'; de 202 atividades propostas no

livro, 133 são deste tipo. Verificamos, entretanto, em relação à coleção anterior, um

pequeno aumento no número de exercícios que requerem 'análise' dos textos

apresentados (40 exercícios), exercícios do tipo 'resposta aberta' (20) e 'atividades extra­

livro didático' (8). Há um exercício de 'resolução de problema' A quase totalidade das

atividades são propostas para execução individual.

Nesta coleção, assim como na Coleção Integrando o Aprender, os tipos

de atividades não se tornam mais complexos conforme o avanço da escolaridade.

Ilustração

A coleção apresenta fotografias e desenhos, ambos em cores.

As ilustrações tomam demasiado espaço no livro; muitas chegam a ocupar

três quartos de página (figura 2, ANEXO 1). Fica a impressão, pela disposição e tamanho

desnecessário de certas ilustrações, de que foram ali colocadas para suprir a falta do texto

escrito.

Ilustrações técnicas incorretas e de péssima qualidade são localizadas nas

páginas 220 (la) e 349 (3a) nas referências a parasitas e vermes, respectivamente. Nos

dois casos, falta escala: as lombrigas e ancilóstomos se parecem com minhocas (inclusive

com segmentação aparente) (figura 2, ANEXO 1). Há o desenho de um ovo de Ascaris

sem qualquer identificação, completamente desproporcional ao verme adulto colocado ao

lado. Naquele legendado como esquistossomo, o que se vê é um casal desses vermes em

cópula.

6.3. Coleção Aprender com Alegria

Texto

Novamente, na presente obra encontramos falta de conceituação de alguns

temas essenciais como saúde, nutrição e doenças. Há um bom número de conceitos

implícitos, como é o caso dos alimentos (la e 4a séries), animais que causam prejuízo (la,

2a e 3a séries), embora seu desenvolvimento deixe a desejar. Somado ao fato de o livro

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68

dedicar poucas páginas aos Programas de Saúde, ou mesmo causado por isso, resta

muito por fazer ao professor interessado em resultados satisfatórios.

A higiene, seja pessoal, doméstica, alimentar, social ou mental, é sempre

apresentada sob a forma de regras sem fundamentação perfazendo um total de 66. A

coleção atinge 96 instruções se somadas àquelas para cuidar da nossa saúde e segurança

(l3, p.I92), para prevenção das doenças contagiosas (23, p.I75), para evitar as

verminoses e acidentes.(33, p.208) e, novamente, para evitar as verminoses (43

, p.303).

Os alimentos são apresentados, como nas coleções anteriores, classificados e nada mais.

Insuficiente, por falta de fundamentação, é o desenvolvimento, no volume 2, da poluição

do ar (p. 163), dos cuidados com os animais domésticos e com nossos órgãos dos

sentidos (p.I71 e 173); no volume 3, de animais parasitas (p.203), desnutrição

(p.206),verminoses e acidentes (p.208); de higiene alimentar (p.296), lixo e esgoto

(p.299) no volume 4.

Identificamos alguns conteúdos com desenvolvimento insuficiente, devido

a incorreções ou definições mal feitas. É o caso do capítulo sobre água poluída e

contaminada (23, p.164, 33

, p.190 e 43, p.282). Ali se usa uma definição inútil de água

pura, potável, poluída e contaminada. A figura 3 (ANEXO 1) exemplifica a confusão

conceitual gerada ao explicar coisas que seriam simples, se bem fundamentadas. A água

clorada é potável, mas pode ter o cheiro da substância; a água pode, por exemplo,

também ser contaminada por metais pesados; pode haver uma água poluída que não

contenha sujeiras aparentes, não seja turva e nem tenha cheiro ou sabor desagradáveis. A

água não contaminada ou poluída dispensa qualquer tratamento para ser potável.

Ao longo dos volumes não há a troca, como verificada nas coleções

anteriores, do conceito de agente etiológico pelo de transmissor, a não ser uma vez,

quando se afirma que Os vermes transmitem doenças que podem causar até a morte. (23,

p. 164).

Novamente se verifica o problema da generalização com relação a uma

determinada espécie de animal que pode causar prejuízo ao homem (23, p.170 e 33

,

p.204). Nos conteúdos relativos às doenças contagiosas o mesmo comentário referido

anteriormente é válido para esta coleção que nos volumes 2 (p.204) e 4(p.300),

estigmatiza as doenças pela incorreção do texto. Positiva no volume 4 (p.300) é seguinte

inclusão, que não ocorre nas outras coleções: O contágio indireto acontece também

através de animais como pulgas, percevejos, mosquitos, moscas, ratos, etc. A lastimar o

fato de neste texto não se considerar, primeiro, a especificidade de cada vetor com cada

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..

I

69

tipo de doença, o que pode gerar um temor infundado com relação aos arumals e,

segundo, o uso de contágio em lugar de transmissão.

É inadmissível a forma como se aborda a questão do tratamento de

esgotos, constatando que Geralmente, os esgotos costumam ser jogados nos rios ou mar.

Existem cidades onde o esgoto é tratado em estações de tratamento, antes de ser jogado

nos rios 011 no mar (3 3, p.207), sem enfatizar a importância capital do tratamento dos

esgotos, como as autoras, aliás, o fazem nos outros volumes (23, p.176 e 43

, p.299).

No volume 4 (p.300), há dois erros em um quadro onde são apresentadas

as vacinas que hoje ... protegem nosso organismo contra as doenças. O primeiro é a

indicação da vacina contra a varíola, que desde 1979, dois anos após a ocorrência do

último caso registrado no mundo, foi considerada erradicada pela Organização Mundial

de Saúde e descontinuada a vacinação. O segundo é a inclusão da vacina anti-rábica. na

mesma categoria da polio ou tríplice, que são consideradas vacinas obrigatórias.

Na maioria das vezes, os pré-requisitos ou não são necessários ao

conteúdo apresentado ou foram desenvolvidos anteriormente. Algumas exceções se

verificam no caso dos cuidados com os animais domésticos (23, p.171), quando falta o

conceito de transmissão e na apresentação das verminoses (3 3 e 4a série), que requer um

mínimo de conhecimento da dinâmica de funcionamento do corpo humano (na 43 série o

enfoque do corpo humano é puramente anatômico e descritivo). No volume 4, a

compreensão das vacinas não se torna possível pela falta da apresentação simplificada do

que seja imunidade.

Com relação a adequação à idade mínima, realidade econômica e

geográfica e enfoque sanitárío, os mesmos comentários feitos às coleções anteriores são

válidos para a presente.

Em termos de ações requeridas ou recomendadas a semelhança também

ocorre. Apenas nos capítulos referentes à poluição e ao saneamento há um enfoque de

coletividade. Este, porém, como um bem coletivo: o ar, as estações de tratamento de

água e esgoto. Não há a preocupação de referência que algumas ações de saúde, embora

individuais, só têm sentido se coletivizadas. Um desses exemplos é o controle de Aedes

aegypti, quando pouco adiantam ações isoladas. Outro, são as campanhas de vacinação

contra a poliomielite ou o sarampo que, para serem eficazes no bloqueio da transmissão,

necessitam atingir mais de 95% da população em um prazo muito curto.

O conteúdo não menciona a influência do meio com o conteúdo abordado

deixa a desejar. Notamos uma breve referência quando as autoras apresentam a poluição

do ar e da água (23, p.163 e 164 e 33

, p.282). Ao tratarem de doenças como dengue,

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;

70

doença de Chagas, tétano e vermmoses (43 série), o ambiente é apenas citado de

passagem. Os alimentos são representados como os vemos no supermercado.

O aprofundamento com relação à série anterior é feito, na maioria das

vezes, através da introdução de novos conteúdos. Em poucos casos, podemos constatá-lo

a partir do aumento da complexidade de um mesmo conteúdo, como por exemplo no

volume 3 (p.205) que aborda a constituição molecular dos alimentos, quando no volume

2 foi considerada a origem dos mesmos. Na 4a série, apresenta-se a função dos nutrientes

no corpo humano.

Atividades

Do total de 183 atividades propostas, embora haja predomínio dos

exercícios de simples cópia do texto apresentado (88) e a análise represente 36

exercícios, na presente coleção encontramos um maior número dos outros tipos de

atividades: 47 permitem ou requerem uma resposta aberta e as atividades extra-livro

didático são solicitadas 12 vezes. Dentre estas últimas, cabe elogiar as propostas

presentes no volume 2 (p.164 e 170), onde as autoras sugerem, sem direcionar,

atividades de pesquisa sobre água contaminada e verminoses e sobre os prejuízos que

alguns animais podem causar ao homem. Propõe-se que, para realizar o trabalho, o aluno

pesquise em casa, na biblioteca e nos postos de saúde (p.164) e nas bibliotecas, nos

postos de saúde e em conversas com os pais e professores (p.170). No volume destinado

à 4a série, ao contrário das coleções anteriores, as autoras dizem procure saber os nomes

das vacinas que você já· tomou para se defender das doenças ... (p.301). Também no

volume 4 encontra-se a proposição de duas atividades em grupo (p.303 e 304); as demais

são de execução individual.

Ilustrações

Na presente coleção, como em Integrando o Aprender, da mesma editora,

as ilustrações são desenhos coloridos, coerentes com o texto que ilustram. Não há

fotografias.

Verifiquei, contudo, dois tipos de problemas. O primeiro diz respeito à má

qualidade dos desenhos nos capítulos de alimentos e nutrição, desenhos esses que

permitem dupla interpretação (la, p.190 e 3a, p.205, respectivamente). O segundo, como

nas coleções anteriores, refere-se à ausência de escala, o que causa uma confusão na

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t

71

identificação dos animais representados (23, p.169 e 170 e 43

, p.301): lombriga, tênia,

escorpião e Aedes. Isto é mais sério do que, a princípio, se pode imaginar. O Ministério

da Saúde, há alguns, anos elaborou material informativo para subsidiar a campanha de

controle de Aedes aegypti. Faziam parte dele cartazes de aproximadamente 50 x 70 em

com o mosquito desenhado em quase toda a mancha. A SUCAM, ao distribuir os

cartazes pelas comunidades, ouviu dos moradores que naquele local não haveria

problemas com o dengue ou a febre amarela, pois não havia tal mosquito: os pernilongos,

comuns na região, eram bastante menores.

6.4. E então: que saúde nos livros didáticos?

Como constatado, apesar de algumas pequenas e setoriais diferenças entre

as coleções, o conjunto das três é muito homogêneo quanto a conteúdos, metodologias e

abordagens. Realizadas as análises individualizadas de cada coleção, resta discutir como a

saúde, que deve ser o objetivo primeiro dos Programas de Saúde, emerge dos volumes

analisados.

Utilizando-me do ditado chinês, diria que a característica mais marcante

dos Programas de Saúde apresentados nos livros didáticos analisados é que eles dão o

peixe, mas não ensinam a pescar. A ênfase é dada aos fatos, não aos porquês. Assim, ao

invés de explorar o fenômeno do parasitismo e abordar algumas parasitoses como

exemplos, prefere-se detalhar as parasitoses e incluir tênue menção ao parasitismo. Isto é

válido, ainda, para a contaminação da água e dos alimentos. Ensina-se que eles podem

estar contaminados, mas não se menciona como e por que se contaminam. Ênfase distinta

capacitaria os alunos a, de posse de um princípio geral, identificar e prevenir situações

outras daquelas abordadas no livro. Muitos dos problemas surgidos, com relação ao

conteúdo das coleções, reside nesta abordagem, que acaba sendo estigmatizadora,

inibidora, preconceituosa e transformando o livro didático em 'cultura inútil'.

Estas falhas apresentadas pelas obras em questão assumem características

dramáticas, se considerarmos as taxas de escolaridade apresentadas na INTRODUÇÃO.

OS conhecimentos adquiridos nas primeiras séries deveriam permitir a aquisição de uma

base conceitual mais sólida e adequada. Esta possibilitaria a necessária visão crítica dos

aprendizados informais posteriores e subsidiaria mais criteriosamente ações, escolhas e

comportamentos do cidadão.

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..

72

Ao apresentarem melas verdades, os livros didáticos podem colocar o

indivíduo em uma situação de desconforto e temor infundados. Quantas pessoas se

sobressaltam ao encontrar um pirrocorídeo ou mirídeo dentro de casa: elas têm medo

porque o confundem com um barbeiro (reduvídeo). A este respeito comenta Machado

(1991), referindo-se ao ensino da zoologia: ... o ensino tradicional exagera no ensino de

animal e planta que tem veneno, que dá doença, que morde. Esses grupos são minoria

mas, no momento em que todo um curso é cellfrado nisso, distorce a imagem para o

negativo, ao contrário do que a geme quer. E continua comentando sobre o ensino que

irresponsavelmente cita Biomphalaria glabrata, mas não se preocupa em distingui-la dos

demais caramujos. Vem daí que eu ja l'i criança com medo daquele caramujinho de

jardim, que pode ser o tal da doença e pergunta à mãe, que fala: 'Eu não sei não, meu

filho, mas por via das dúvidas, vamos tirar esse bicho daí.' Não é tanto pelo caramujo,

mas também por ele, nós não temos o direito de ensinar nada a uma criança que a

coloque angustiada no jardim de sua própria casa. A educação ambiemal que eu

advogo, é libertadora. Nós devemos dar conhecimento às crianças e às pessoas, para

que elas sintam-se bem no jardim, no parque ou na floresta porque conhecem um

mínimo daqueles ambientes.

Se a ignorância dos princípios gerais e dos fatores causais contribui, por

um lado, para a aquisição desses temores sem fundamentos e de preconceitos, por outro,

concorre para a prática de comportamentos de risco que não são devidamente avaliados.

O exemplo da AIDS é contundente. A brutal discriminação social sofrida pelos

soropositivos, que chega às raias da crueldade em se tratando de crianças portadoras do

mal, contrapõe-se ao desleixo individual que expõe os indivíduos ao potencial contato

com o vírus através de agulhas e sangue contaminados ou, ainda, relações sexuais (sem o

uso da camisinha) com os portadores do HIV.

Outro problema importante diz respeito aos tipos de conteúdos e

exemplos abordados pelos livros didáticos. Independentemente da especificidade regional

ou da condição econômica de cada local onde o livro será utilizado, existem problemas

gerais comuns à infância. Gripe, diarréias, resfriado, sarampo, micoses, piolhos, cáries

dizem respeito à condição infantil. Ao invés de partir desse referencial conhecido e

vivenciado para introduzir conhecimentos mais gerais, os autores se limitam a descrever a

teníase ou a esquistossomose. Com isto não pretendo, de nenhum modo, sustentar a tese

de que não são importantes ou que se deva ignorá-los. Contudo, é muito mais

significativo para a criança adquirir conhecimentos a partir de exemplos de seu cotidiano.

O mesmo é válido para os alimentos. Qual a razão da descrição de seus componentes ou

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73

a identificação de sua origem, se não se propõe a exploração do regime alimentar do

aluno, dos alimentos disponíveis na lanchonete junto à escola, ou, ainda, no que é servido

como merenda escolar. Raciocínio semelhante pode ser aplicado aos hábitos de higiene.

Quando os livros didáticos se referem à situação ideal, sem explorar os comportamentos

manifestos do aluno e do que ele dispõe na escola e em casa, pode acontecer que a

distância entre o que está no livro e a vida real seja tão grande que os conteúdos

trabalhados em Programas de Saúde adquirem o mesmo status dos contos de fadas ou da

ficção científica: a fantasia.

Não se trata de reduzir ou circunscrever os conteúdos abordados ao

pequeno mundo de conhecimento e realidade do aluno e incorrer na situação criticada

por Freitag (1989) e por quem critica a produção regionalizada do livro didático

(Oliveira, 1983b e Silva, 1983) e, sim, partir de algo significativo e passível de

intervenção pelo aluno.

Infelizmente, quando abordam problemas mais próximos a ele, os autores

não os propõem com a ênfase acima. Exemplo claro é o conteúdo dedicado ao lixo. Em

todos os volumes analisados, da maneira como é tratada a questão, parece que 'lixo' só

merece esta designação quando no saco ou na lata. Não há, nunca, referência à produção

individual do lixo: o papel que embrulha a bala, o palito do picolé, a madeira do lápis que

é apontado, a cinza do cigarro, que vão parar no chão; a casca da laranja, o papel do

biscoito ou o copinho da água, que são jogados pela janela dos veículos. Até aí, estes

objetos não são 'lixo'. Eles serão assim denominados a partir do momento que forem

recolhidos e ensacados para, então, terem sua destinação final.

A perspectiva da responsabilidade individual não é desenvolvida. O que se

encontra em abundância, como visto anteriormente, são mandamentos de

comportamentos individuais completamente alijados de fundamentação ou justificativas.

Esta responsabilidade individual não se resume àquelas ações que dizem

respeito à saúde individual, mas, sobretudo, às que requerem a soma das ações

individuais. Se é verdade que as ações de um indivíduo podem, por exemplo, reduzir ou

evitar suas cáries dentárias, ou diminuir seu risco de contato com AIDS, hanseníase ou

tétano, o mesmo não acontece com o controle do mosquito transmissor do dengue, com

a poliomielite, o sarampo ou a tuberculose.

Se, por um lado, falta o desenvolvimento dos conceitos propostos, por

outro, a manter-se o padrão apresentado pelas obras, sinto enorme alívio com o pequeno

número de páginas destinadas aos Programas de Saúde: só assim não se vêem

multiplicados os erros cometidos com relação à correção científica.

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74

Algumas falhas são tão primárias quanto ensinar que dois mais dois são

cinco, ou, ainda, trocar a definição de verbo pela de sujeito. Certas incorreções não só

denotam a ignorância dos autores, como, também, sua displiscência em não consultar

fontes com um mínimo de credibilidade. Em qualquer biblioteca de faculdade de Medicina

ou Ciências Biológicas, os autores aprenderiam a diferença entre agente etiológico e

transmissor de uma dada doença. No mesmo local teriam acesso a ilustrações, onde

aprenderiam a distinguir lombriga de minhocas.

Superada este tipo de limitação, talvez os autores pudessem consultar a

excelente coleção Ciência Hoje das Crianças, publicada desde março de 1987 pela

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Lendo tal periódico, que encanta

crianças e adultos, talvez percebessem que escrever para o público infantil não significa

despir os conceitos e apresentar sua caricatura, com pretextos excusos: sob a forma de

pequenos textos, escritos em uma linguagem direta, para facilitar a leitura e o

entendimento. Todos os textos são acompanhados por ilustrações elucidativas,

perfeitamente integradas a eles. Os textos apresentam lima complexidade crescente na

sua estrutura. Há um predomínio de gravuras, atendendo-se assim ao nível de leitura do

alfabetizando. li medida que se sucedem as séries, ampliam-se os textos (Coleção

Aprender com Alegria, Manual do Professor). Talvez aprendessem, também, que não é

necessário maquiar ou dissimular o conhecimento para torná-lo interessante ao aluno. Ao

contrário, é esta falta de substância intelectual dos autores e, em consequência, de seus

livros didáticos que muito contribuem para o fenômeno percebido por todos aqueles, de

alguma forma, relacionados à atividade escolar: a criança curiosa, atenta e interessada das

primeiras séries vai transformando-se num aluno desinteressado, entediado e

decepcionado à medida que avança sua escolaridade.

Embora os Programas de Saúde devam eminentemente revestir-se do

caráter preventivo, em alguns temas há falta de conhecimentos que poderiam embasar e

subsidiar as ações curativas, quando estas se fizessem necessárias. Exemplo nítido é a

abordagem das verminoses, onde não se menciona a importância do tratamento das

pessoas infectadas para o rompimento do ciclo de transmissão do parasita. Da mesma

forma ausentes encontram-se os conteúdos sobre soros. São de fundamental importância

os conhecimentos sobre os soros antitetânico e anti-rábico.

As coleções não abordam a saúde ou a doença segundo o enfoque das

influências dos fatores do ambiente - fisicos, biológicos, sociais e culturais. Talvez esta

seja a perspectiva mais indicada para que o indivíduo formule seus próprios conceitos.

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".

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Dessa forma ele poderia avaliar, interpretar e integrar novos informações e adotar

conscientemente ações e comportamentos coerentes .

A predorninància absoluta dos exercícios de tipo cópia faz com que as

coleções analisadas limitem-se a explorar a habilidade mais elementar com relação ao

texto escrito, a identificação visual. Molina (1987) resume este tipo de atividade quando

diz que A afirmação é tomada, palavra por palavra, naforma literal do texto. Não são

evidência suficiente de compreensão, uma vez que podem ser respondidas emparelhando

seus elementos ortográficos ou fonéticos superficiais da comunicação original.

Sem dúvida, o período escolar ao qual se destinam as coleções,

caracteriza-se, dentre outros objetivos, pela aquisição e consolidação da capacidade e

habilidade de leitura e escrita. O lastimável é que, ao contrário do declarado nos manuais

para o professor, não seja aproveitada e estimulada nos alunos a capacidade de expressão

própria e criativa.

Outra deformação encontrada nas freqüentes questões do tipo Pergunte a

sua mãe sobre as vacinas que você já tomou ? é a subtração da capacidade de iniciativa

própria do aluno. Além disso, reforça a idéia de que qualquer autoridade é detententora

das informações, pelo fato de ser autoridade. Para se ter uma idéia da importància do

fenômeno, basta contabilizar o número de pessoas de nosso círculo de conhecimento que

adotam certos procedimentos ou argumentos porque o 'especialista' que apareceu no

último 'Fantástico' assim argumentou.

Em sua análise dos livros de ciências, Pretto (1985) também constata a

abundante presença de questões como as mencionadas acima.

Da maneira como se apresentam nas três coleções (para ressaltar nomes de

capítulo e temas), as ilustrações e o uso das cores parecem ter o objetivo primordial de

impressionar pais, alunos e professores, chamando a atenção para o colorido do livro e

promovendo sua venda, como observa Ferreira (1984). Também Witter (1981) ressalta

que não se justifica a inclusão de um elemento no material didático sem que tenha

alguma relação com o processo ensino-aprendizagem. Se a figura não exercer qualquer

controle sobre o repertório do aluno, não se justifica encarecer a produção do material

pela inclusão da mesma.

Considerando-se a falta de familiaridade visual com um ovo de lombriga

ou com um miracídio, ao contrário do que ocorre com laranjas ou automóveis, a inclusão

daqueles desenhos deve ser feita com mais rigor técnico. A estilização, neste caso, não

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tem nehuma razão de ser. Nesta linha, seria imperioso a consulta de obras especializadas

de parasitologia ou saúde pública, nas quais os autores poderiam encontrar

representações simples, mas fiéis.

Oliveira (1983), em estudo sobre os custos de produção, constata que a

utilização das ilustrações e o uso da cor no livro didático não são fatores desprezíveis .

Entretanto, este impacto é atenuado com tiragens acima de 30 mil exemplares.

De qualquer forma, urgem avaliações e modificações: para aperfeiçoá-las,

melhorarando sua qualidade gráfica, revisando a correção técnica e aprimorando sua

significação cognitiva ou suprimi-las. Um grande número dentre as atuais não faria falta,

ao contrário, talvez ajudasse a não aumentar a confusão causada por certos textos.

Infelizmente, ainda é imperioso admitir que as críticas feitas por Lins

(1977), de que os livros didáticos de português estavam acometidos do delírio

iconográfico, continuam atuais e válidas para as coleções analisadas. Chego à conclusão

que estas coleções também pertencem ao que denominou Disneylândia Pedagógica.

Após a análise, fica evidente que os volumes não proporcionam meios de

atingir os objetivos por eles mesmos propostos. Na orientação metodológica relativa à

área de estudos de Ciências e Programas de Saúde, que compõe o livro do professor da

Coleção Integrando o Aprender, encontro as seguintes considerações: Através do estudo

das ciências, o homem procura formular leis, compreender os fenômenos da natureza e

utilizar-se dos recursos naturais e tenta compreender a sua interação no ambiente. Para

a criança, estudar ciências significa conhecer o mundo que a cerca, entender a vida e o

porquê de cada fato. Sendo assim, a memorização não pode existir sem a pesquisa, a

obsenJação e a experiência. A curiosidade já existe na criança; cabe ao professor

aproveitar e manter esse interesse, levando-a a investigar e a procurar respostas,

interferindo apenas para fornecer informações e materiais necessários ao trabalho do

aluno. A medida que compreender os fatos, passará a respeitar a natureza e a valorizar

o ser vivo. Na Coleção Aquarela, verifico um plano de curso onde são listados dentre

outros objetivos instrucionais os seguintes: Identificar animais úteis ao homem,

Reconhecer a importância da alimentação, Reconhecer a necessidade de se formarem

hábitos de higiene mental e corporal, Identificar como as doenças contagiosas são

transmitidas, Reconhecer a importância do saneamento básico para a saúde. Na

coleção Aprender com Alegria os objetivos gerais da obra são os seguintes: Favorecer a

aquisição de técnicas e habilidades indispensáveis para a aplicação de conceitos na

resolução de problemas da vida prática, Propiciar ao aluno a aprendizagem de

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conceitos corretos, de acordo com uma sequência lógica e uma dosagem de dificuldades

que atendam aos diferentes níveis de seu aprendizado, Favorecer o desenvolvimento das

habilidades de observação, análise, julgamento, interpretação, síntese, de concluir e de

aplicar conclusões e conceitos na resolução de situações-problema do cotidiano .

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OI

.i

..

j

7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

7.1. Conclusões quanto aos Programas de Saúde apresentados nos

livros didáticos

77

As coleções analisadas na presente dissertação apresentam os Programas

de Saúde baseados fundamentalmente em regras de higiene (corporal, mental, alimentar e

social) e de prevenção a algumas verminoses, doenças contagiosas e acidentes. Na

maioria das vezes, esses procedimentos são apresentados sem qualquer fundamentação

que os caracterizem como ações e escolhas conscientes. Se tal enfoque pode ser de valia

em campanhas temporárias e emergenciais, são totalmente contraproducentes e ineficazes

na perspectiva do curriculo escolar, que se propõe formador de indivíduos com

capacidade de análise e de crítica.

Nos volumes, o conteúdo dos Programas de Saúde é desenvolvido de

forma incompleta, inúmeras vezes com conceitos ausentes e mesmo informações

incorretas. Esses conhecimentos são apresentados como um aglomerado de fatos muito

mais propensos a estimular memorização do que compreensão dos princípios gerais,

capacidade de raciocínio, análise e critica do aluno. Além disso, são desenvolvidos quase

como uma ilustração das regras citadas acima.

° fato de se apresentarem desvinculados de situações e problemas reais e

significativos para os alunos pode introduzir a idéia dos Programas de Saúde puramente

teóricos e abstratos, que' servem, quando muito, para responder às questões de provas

escolares.

Ao considerar com certo rigor as quatro condições que caracterizam um

livro didático, apresentadas na INTRODUÇÃO, chego à conclusão que as coleções

analisadas não satisfazem tais exigências mínimas e não poderiam, portanto, nessas

condições, ostentar o título de 'livro didático'.

Para que o professor conseguisse superar as deficiências dessas coleções

(em termos de correção das informações, enfoque individualista, falta de relação com o

meio ambiente, caráter receituário, situações significativas para o grupo de alunos, dentre

outras), necessitaria de tal esforço que mais simples e fácil seria organizar as atividades

sem elas.

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7.2. Conclusões quanto à escolha dos livros didáticos

Tendo em vista a péssima qualidade dos livros analisados e a ampla

preferência que por eles demonstraram os professores quando da solicitação à F AE, no

PNLD - 1991, existem três hipóteses a considerar: (1) não há títulos melhores disponíveis

no Manual ou (2) os professores não estão avaliando os livros didáticos solicitados ou

(3) os professores não foram capazes de fazer uma avaliação satisfatória.

7.3. Recomendações

A importância do PNLD cresceu após a promulgação do texto

constitucional de 1988. No artigo 208, VII encontramos que o dever do Estado com a

educação será efetivado, dentre outros, mediante a garantia de atendimento ao educando,

110 ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático­

pedagógico, transporte, alimentação e assistência à saúde.

Assim, é importante o aperfeiçoamento do Programa, não só em termos de

quantidade, mas, concomitantemente, de melhoria de qualidade do livro distribuído.

Além disso, o montante de recursos envolvidos não justifica a F AE como um mero

entreposto entre as editoras e os professores. Da mesma forma como é intolerável e

inimaginável a compra de alimentos deteriorados ou contaminados para o programa da

merenda escolar, a compra do livro didático merece mais atenção.

Os próprios objetivos do PNLD, que incluem o de buscar a elevação da

qualidade pedagógica e fisica do livro e tomar o professor um ativo participante nas

tarefas de análise, seleção e indicação do livro didático demonstram a importância de um

processo de avaliação mais criterioso e eficiente deste instrumento pedagógico.

Além disso, a importância do Programa no mercado editorial brasileiro

demonstra sua capacidade potencial de intervenção para o aperfeiçoamento dos livros

didáticos de 10 grau.

Contudo, tal ação deve pautar-se em dois princípios basilares, para evitar

erros do passado:

1. Não exercer ou se tomar um instrumento de censura ideológica ou

política e

2. Respeitar o direito de livre escolha dos livros didáticos pelos

professores.

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,

-.

79

Feitas tais considerações, algumas sugestões poderiam ser esboçadas:

* A F AE, sem prejuízo de outras iniciativas de mesmo caráter, deveria

assumir a organização e coordenação do processo efetivo e regular de avaliação dos

livros didáticos inscritos no PNLD.

* A execução da avaliação dos livros didáticos, obrigatoriamente

multidisciplinar, deveria contar com a colaboração de especialistas das áreas

educacionais, das áreas de conhecimento de cada livro alvo, além de especialistas em

comunicação visual e editoração. Para isto, é condição essencial que a F AE articule-se

com as associações e conselhos profissionais e que estes sejam parte efetiva do processo.

* A avaliação dos títulos disponiveis deveria ocorrer visando objetivos a

curto prazo (corrigir as incorreções de conteúdo e ilustrações dos livros didáticos

existentes) e a médio e longo prazo (uma reformulação mais profunda quanto ao enfoque

e às metodologias neles utilizadas).

* Este processo de avaliação poderia ser realizado nos moldes das

consultorias ad hoc atualmente em uso pela CAPES e pelo CNPq, com previsão de

encontros e discussões periódicas.

* Os resultados dessas avaliações teriam a finalidade de subsidiar os

professores nas suas próprias análises dos livros didáticos e deveriam ser encaminhadas às

escolas, de forma clara e concisa, indissociada do Manual.

Mais importante que isto, entretanto, é o estímulo e a implementação das

atividades de análise e avaliação dos livros didáticos nos cursos de formação de

professores, tanto a nível de 2° quanto de 3° graus.

Ponta do Cacupé Grande, fevereiro de 1994.

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..

80

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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,

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85 ..

ANEXO 1 - Figuras

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..

86

Higiene e saúde

Para uma pessoa ter saúde, é necessário que seu corpo e sua mente es­tejam bem.

~I

Para termos boa saúde, precisamos ter bons hábitos de higiene.

Veja o que precisamos fazer para ter boa saúde:

J Lavar as mãos antes das refeições, após usar o sanitário e ao chegar da rua. , Escovar os dentes ao levantar, após as refeições e antes de dormir . J Cortar e limpar as unhas. ~ Tomar banho diariamente. • Comer nas horas certas e mastigar bem. j Alimentar-se com comidas variadas. ) Tomar sol, principalmente de manhã. , Praticar algum exercício físico: andar, jogar bola etc. ) Dormir oito horas por dia em quarto bem ventilado. ) Sentar-se corretamente. • Ler somente com boa iluminação. t Não usar roupas ou sapatos apertados. t Andar calçado .

252 fIgura 1 - Coleção Integrando oAprender, 28 série.

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A baleia. vive na água.

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o jacaré vive tanto na terra como na água.

87

Alguns animais, como os pássaros por exemplo, vivem a maior parte do tempo no ar. Outros animais) chamados pa­rasitas, vivem dentro do corpo dos animais. E o caso da lom­briga.

220 ftgura 2 - Coleção Aquarela, la série.

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)

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·AÁGUA

~~~['J~~ -::-- i ~- .=&--L~~Ad_ 4-;;-Por que as pessoas, os animais e as plantas precisam

da água para viver? • A água mata a sede das pessoas e dos animais. • A água faz as plantas nascerem, crescerem e se desenvolve­

rem. • A água é usada na higiene do corpo, dos alimentos e da ha­

bitação . Onde a água é encontrada na natureza?

• A água é encontrada nos mares ou oceanos, nos rios, nos lagos, nas lagoas e nas nascentes.

Antes de ser bebida, a água precisa ser filtrada ou fer­vida. Assim ela se toma potável. A água potável não tem cheiro e nem cor.

Água poluída é a água que contém sujeiras. A água contaminada contém vermes ou micróbios. Os vermes transmitem doenças que podem causar até

a morte. A verminose é ~a doença que pode ser provocada pe­

la água contaminada. A ágUa dos poços, dos reservatórios e das piscinas pre­

cisa ser tratada com cloro ou cal, antes de ser usada.

164

figura 3 - Coleção Aprender com Alegria, ?

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t

ANEXO 2 - Sumários das Coleções , ..

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Coleçao Integrando o Aprender

1 a série: Cartilha 4 a 97 Português 98 a 135 Matemática 136 a 194 Estudos Sociais 195 a 233 Ciências e Programas de Saúde 234 a 255

1. O Sol - A Terra - A Lua 235 , 2. Os órgaos do sentido 236 3. Os seres - nascimento e desenvolvimento 237 4. As plantas 238 5. Os animais 241 6. Recursos naturais 248

< 7. Nutriçao 250 ... 8. Higiene e saúde 252 9. Agravos à saúde 253 10. O lixo 255

2a série: Português 4 a 96

" Matemática 97 a 180 Estudos Sociais 181 a 226 .. Ciências e Programas de Saúde 227 a 256

• 1. A Terra 228 2. Os recursos naturais 231 3. As plantas 235 4. Os animais 239 5. O corpo humano 247 6. A nutriçao 250 7. Higiene e saúde 252 8. Noçoes de saneamento básico 255

3a série: Português 4 a 97 Matemática 98 a 189 Estudos Sociais 190 a 235 Ciências e Programas de Saúde 236 a 272 ,.

1. A Terra 237

• 2. A água 247 3. O ar e o vento 249 4. As plantas 256

) 5. Os animais 259 6. Nutriçao 265 7. Higiene e saúde 267

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...

8. N oçoes de saneamento básico 268 9. Verminoses 269 10. Primeiros socorros e como evitar acidentes 272

4a série: Português 4 a 100 Matemática 101 a 196 Estudos Sociais 197 a 290 Ciências e Programas de Saúde 291 a 320

1. Eletricidade 292 2. A combustao 297 3. O calor 298 4. A conservaçao dos recursos naturais 300 5. O corpo humano 303

I 6. Nutriçao 310 .. 7. Saúde fisica, mental e a participaçao social 312 8. Saneamento básico 313 9. Agravos a saúde dos seres vivos 315 10. Os primeiros socorros 318

Coleçao Aquarela

• la série: Língua Portuguesa 2 a 82 Matemática 83 a 160 Estudos Sociais 161 a 207 Ciências e Programas de Saúde 208 a 254

Nossos cinco sentidos 210 Os seres que nos cercam 214 Os animais 216 As plantas 230 Recursos naturais 236 Alimentaçao 242 Higiene e saúde 246

2a série: Língua Portuguesa 2 a 114 Matemática 115 a 192 Estudos Sociais 193 a 243 Ciências e Programas de Saúde 244 a 288

O espaço celeste 246 As plantas 256 Os animais 265 Higiene e saúde 276

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38 série: Língua Portuguesa 2 a 138 Matemática 139 a 240 Estudos Sociais 241 a 302 Ciências e Programas de Saúde 303 a 352

A terra no espaço 302 A água 313 O ar 319 As plantas 329 Os animais 336 Higiene e saúde 342

48 série:

" Língua Portuguesa 2 a 150 Matemática 151 a 288 Estudos Sociais 289 a 412 Ciências e Programas de Saúde 413 a 448

Eletricidade 414 Combustao 420 Calor 422 O homem e os recursos naturais 424 O corpo humano 433 , Higiene e saúde 446

Coleçao Aprender com Alegria

18 série: Cartilha 3 a 86 Português 87 a 112 Matemática 113 a 158 Estudos Sociais 159a178 Ciências e Programas de Saúde 179 a 192

1. O nosso corpo 179 2. Os seres e os objetos 182 3. Os recursos naturais 183 4. As plantas 184 5. Os animais 187 6. Os alimentos 190 7. Higiene e saúde 191 8. Saúde e segurança 192

28 série: Português 3 a69 Matemática 70 a 127 Estudos Sociais 128 a 156

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Ciências e Programas de Saúde 157 a 176 1. ATerra, o Sol e a Lua 158 2. Os movimentos da Terra 159 3. As estaçoes do ano 160 4. Os nossos recursos naturais 160 5. As rochas e os minerais 161 6. O solo 162 7. O ar 163 8. A água 164 9. As plantas 165 10. Como se desenvolvem as plantas? 167 13. Os aniamais vertebrados 168 14. Os animais invertebrados 169 15. Os animais e o homem 170

~ 16. Os animais domésticos e os animais selvagens 171 .. 17. Como nascem e se desenvolvem os animais 171 18. O corpo humano 172

r 19. Os cinco sentidos 173 20. A alimentaçao 174 21. Higiene e saúde 174 22. Os cuidados com a saúde 175

• 23. Os serviços de saneamento 176

, 3a série: til( , Português 3 a 91 Matemática 92 a 150 Estudos Sociais 151a185 Ciências e Programas de Saúde 186 a 208

1. ATerra no sistema solar 187 2. A Terra, nosso planeta 188 3. Os estados da matéria 189 4. A água 190 5. Os estados fisicos da água 191 6. O ciclo da água na natureza 192 7. A superflcie terrestre 193 8. O solo 194 9.0ar 196 10. O vento 197

ti 11. A pressao atmosférica 198 12. A umidade do ar 199 13. A temperatura e a previsao do tempo 200 14. As plantas 201 15. As plantas se alimentam e se reproduzem 202 16. Os animais 203 17. Animais: utilidades e prejuízos 204 18. Animais: reproduçao 205 19. A nutriçao 205

---- -.----------~c_-_------------------- -.....,..", .. ,."."....----,---.---~--------

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94 , ,

20. Higiene e saúde 206 21. Saneamento básico 207 22. As verminoses 208 23. Primeiros socorros 208

4a série: Português 3 a 100 Matemática 101 a 178 Estudos Sociais 179 a 276 Ciências e Programas de Saúde 277 a 304

1. A eletricidade 277 2. O calor 280 3. A combustao 281 4. Os recursos naturais 282 5. A cadeia alimentar 285 6. O corpo humano 286 7. Nutriçao 295 8. Higiene alimentar 296 9. Higiene e saúde 297 10. Saneamento básico 299 11. Doenças e vacinas 300 12. Primeiros socorros 303