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Auditor Fiscal Administração Pública Prof. Fábio Furtado

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Auditor Fiscal

Administração Pública

Prof. Fábio Furtado

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Administração Pública

Professor Fábio Furtado

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Edital

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: 11. Ciclo de Gestão do Governo Federal. 12. Controle da Adminis-tração Pública. 14. Orçamento público e os parâmetros da política fiscal. 15. Ciclo orçamentário. 16. Orçamento e gestão das organizações do setor público; características básicas de sistemas orçamentários modernos: estrutura programática, econômica e organizacional para alocação de recursos (classificações orçamentárias); mensuração de desempenho e controle orçamentá-rio. 17. Elaboração, Gestão e Avaliação Anual do PPA. 18. Modelo de gestão do PPA.

Banca: Esaf

Cargo: Auditor Fiscal

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Aula XX

7

Administração Pública

LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

• CRFB/88 (Arts. 165 a 169);

• Lei nº 4.320/64

• Institui normas gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da U, E, DF e M.

• LC nº 101/2000 (LRF)

CRFB/88

Artigo Principais Assuntos Relacionados

165 Instrumentos de Planejamento Orçamentário (PPA, LDO e LOA)

166 Processo Legislativo Orçamentário

167 Vedações Constitucionais em Matéria Orçamentária

168 Transferências de Recursos Financeiros pelo Tesouro para os órgãos

169 Despesas com Pessoal

Orçamento na CF/88: PPA, LDO e LOA.

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I – o plano plurianual (PPA);

II – as diretrizes orçamentárias (LDO);

III – os orçamentos anuais (LOA).

CRFB/88 (Art. 165)

§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

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§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:

I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da ad-ministração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, dete-nha a maioria do capital social com direito a voto;

III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vincula-dos, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e manti-dos pelo Poder Público.

§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plu-rianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

(Orçamentos Fiscal e de Investimentos compatibilizados com o PPA).

§ 9º Cabe à lei complementar:

I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;

• Atualmente, utiliza-se a Lei nº 4.320/64.

Instrumentos de Planejamento Orçamentário (Governamental)

Plano Plurianual (PPA)

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)

Lei Orçamentária Anual (LOA)

Plano Plurianual (PPA)

Período de vigência: 4 anos

Exemplo: PPA 2008 I----I 2011

LULA

2006 eleito

2007 posse e elaboração do novo PPA

I-------------I 2008 2009 2010 2011

I------------------------I I---------I

Governo LULA próximo governante

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Exemplo: PPA 2012 I----I 2015

DILMA

2010 eleita

2011 posse e elaboração do novo PPA

I-------------I 2012 2013 2014 2015

I------------------------I I---------I

Governo DILMA próximo governante

Exemplo: PPA 2016 I----I 2019

DILMA

2014 eleita

2015 posse e elaboração do novo PPA

I-------------I 2016 2017 2018 2019

I------------------------I I---------I

Governo DILMA próximo governante

Art. 165, §1º CF 88

Palavras-chaves:

Regionalizada; diretrizes, objetivos e metas; despesas de capital e decorrentes; programas de duração continuada.

CUIDADO!

Termos corretos:

Regionalizada; diretrizes, objetivos e metas; despesas de capital e decorrentes; programas de duração continuada.

Termos incorretos:

Setorial; metas e prioridades; despesas correntes; programas para o exercício financeiro subsequente.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)

Art. 165, §2º CF 88

Palavras-chaves:

Metas e Prioridades; despesas de capital; LOA; legislação tributária; agências financeiras oficias de fomento.

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CUIDADO!

Termos corretos:

Metas e prioridades; despesas de capital; LOA; legislação tributária; agências financeiras oficias de fomento.

Termos incorretos:

Diretrizes, Objetivos e Metas; Despesas Correntes; PPA; Legislação Societária; Agências Bancárias.

LOA – Lei Orçamentária Anual

Art. 165, §5º CF 88

É composta de:

OF (Administração Direta; Autarquias; Fundações Públicas; Empresas Estatais Dependentes)

OI (investimentos das Empresas Estatais)

OSS (Saúde, Previdência e Assistência Social)

Empresa Estatal Dependente

Art. 2º, III da LRF

Conceito:

Empresa controlada que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária.

Prazos para a União

Art. 35,§ 2º do ADCT – Envio (do Executivo para o Legislativo)

PPA Até 4 meses antes do encerramento do 1º exercício financeiro.(até 31/08) 1º jan I-------------------------------I-----------------I 31/12

31/08

LDO Até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro.(até 15/04) 1º jan I--------------I----------------------------------I 31/12

15/04

LOA Até 4 meses antes do encerramento do exercício financeiro.(até 31/08) 1º jan I-------------------------------I----------------I 31/12

31/08

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Art. 35,§ 2º do ADCT – Devolução (do Legislativo para o Executivo)

PPA Até o encerramento da sessão legislativa.(até 22/12) 02/02 I--------------I 17/07 01/08 I-------------I 22/12

LDO Até o encerramento do 1º período da sessão legislativa.(até 17/07) 02/02 I--------------I 17/07 01/08 I-------------I 22/12

LOA Até o encerramento da sessão legislativa.(até 22/12) 02/02 I--------------I 17/07 01/08 I-------------I 22/12

Sessão Legislativa (União) – CRFB

Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.

§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

CRFB/88

Art. 167. São vedados:

Vedações Constitucionais em Matéria Orçamentária

I – o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;

• É por isso que a LOA é chamada de Orçamento-programa, pois contém Programas de Tra-balho de Governo com diretrizes, objetivos e metas a serem alcançados.

• Cada Programa de Trabalho possui uma unidade gestora e um valor para ser executado.

II – a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orça-mentários ou adicionais;

• Alguns chamam de Princípio da Quantificação dos Créditos Orçamentários. • Fica claro que a LOA fixa a despesa, isto é, estabelece um limite para gastos.

III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;

• É a chamada REGRA DE OURO DAS FINANÇAS PÚBLICAS. • Empréstimos não devem financiar despesas correntes, mas sim despesas de capital.

IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária...e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita...

• Princípio da Não Afetação ou Não Vinculação de Receitas

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V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;

• Já que vai alterar a LOA, modificando a estrutura dos créditos orçamentários originais, é lógico que deve ter autorização legislativa. A indicação de recursos é importante para que não ocorra desequilíbrio fiscal.

VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;

• Já que vai alterar a LOA, modificando a estrutura dos créditos orçamentários originais, é lógico que deve ter autorização legislativa.

VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

• Fica claro que a LOA fixa a despesa, isto é, estabelece um limite para gastos.

IX – a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.

• Fundos Orçamentários somente podem ser criados por Lei.

X – a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por anteci-pação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para paga-mento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.

§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas im-previsíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.

§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:

I – relativa a:

d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementa-res, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;

§ 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta.

(Uma das exceções ao Princípio da Não Afetação ou Não Vinculação de Receitas)

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Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) – Administração Pública – Prof. Fábio Furtado

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Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos su-plementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º.

• A Fazenda Pública, ou seja, o Tesouro, deve enviar para os órgãos até o dia 20 de cada mês os recursos financeiros (dinheiro) para que estes possam pagar o que gastaram dos crédi-tos orçamentários.

Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.

• Art. 19 da LRF (LC nº 101/2000):

União: até 50% da RCL;

Outros (E, DF e M): até 60% da RCL.

§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixa-do na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí-pios adotarão as seguintes providências:

I – redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança;

II – exoneração dos servidores não estáveis.

§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para asse-gurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo...

§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização corres-pondente a um mês de remuneração por ano de serviço.

§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.

§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, em-pregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, in-clusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:

I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;

II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

ORÇAMENTO PÚBLICOConceito:

→ Lei de iniciativa do Chefe do Poder Executivo,

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→ aprovada pelo Poder Legislativo,

→ Que estima receitas e fixa despesas

→ para um determinado exercício financeiro.

CUIDADO! Incorreto:

→ Lei de iniciativa do Chefe do Poder Legislativo,

→ Que fixa receitas e fixa despesas

Obs.: Podemos considerar como correto:

→ Que estima receitas e estima despesas

LOA – Ano XXXX

Receitas Previstas Despesas Fixadas (Créditos Orçamentários)

Tributárias 700Contribuições 50Patrimoniais 50Operações de Crédito 100

Ministério da Educação (Adm. Direta)Pessoal xxxServiços de Terceiros xxx

Ministério dos Transportes (Adm. Direta)

Pessoal xxxMaterial de Consumo xxx

IBAMA (Adm. Indireta/Autarquia)

Pessoal xxxServiços de Terceiros xxxReserva de Contingência 20

Total “Dinheiro previsto” 900 Total “Cartão de Crédito” 900

EXERCÍCIO FINANCEIRO

Art. 34 da Lei nº 4.320/64:

O exercício financeiro coincide com o ano civil.

1º jan I---------------------------------------I 31/12

CUIDADO! Incorreto:

O exercício financeiro coincide com o ano comercial.

Conceito:

O exercício financeiro é o período no qual o orçamento estará em vigor.

É o período em que estaremos arrecadando as receitas previstas e empenhando, gastando, as despesas fixadas (créditos orçamentários).

1º jan I------------------------------------------I 31/12período de execução do orçamento público

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Questões

Orçamento na CF/88: PPA, LDO e LOA

1. (Esaf – Analista Jurídico – Sefaz-CE – 2007)

Consoante a Constituição Federal, leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão o plano plurianual, as diretrizes orçamentá-rias e os orçamentos anuais. Assinale a op-ção incorreta.

a) A lei que instituir o plano plurianual es-tabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da admi-nistração pública federal para as despe-sas de capital e outras delas decorren-tes e para as relativas aos programas de duração continuada.

b) A lei de diretrizes orçamentárias com-preenderá as metas e prioridades da ad-ministração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício finan-ceiro subsequente, orientará a elabora-ção da lei orçamentária anual, disporá so-bre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

c) Os planos e programas nacionais, regio-nais e setoriais previstos nesta Consti-tuição serão elaborados em consonân-cia com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.

d) O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada tri-mestre, relatório resumido da execução orçamentária.

e) O projeto de lei orçamentária será acom-panhado de demonstrativo regionali-zado do efeito, sobre as receitas e des-pesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de na-tureza financeira, tributária e creditícia.

2. (Esaf – APOFP – Sefaz-SP – 2009)

Segundo disposição da Constituição Federal de 1988, as diretrizes e metas da adminis-tração pública, para as despesas de capital, são definidas no seguinte instrumento:

a) em lei ordinária de ordenamento da ad-ministração pública.

b) na lei que institui o plano plurianual.c) na lei orçamentária anual.d) na lei de diretrizes orçamentárias.e) no decreto de programação financeira

do poder executivo.

3 (Esaf – Analista Contábil-Financeiro – Sefaz--CE – 2006)

Sobre o Plano Plurianual – PPA de que trata o art. 165 da Constituição Federal é correto afirmar, exceto:

a) sua duração atual é de quatro anos.b) estabelece, de forma regionalizada, as di-

retrizes, objetivos e metas da Administra-ção Pública para as despesas de capital.

c) a elaboração dá-se no primeiro ano do mandato do governante.

d) os programas de governo e seus princi-pais elementos constitutivos são objeto do PPA.

e) os valores a serem aplicados nos progra-mas não constam do PPA por serem ob-jeto da Lei Orçamentária Anual – LOA.

4. (Esaf – Técnico de Finanças e Controle – CGU – 2001)

A Constituição de 1988, em seu art. 165, de-termina que a lei orçamentária anual com-preenderá:

O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Po-der Público;

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O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital com direito a voto;

O orçamento da seguridade social, abran-gendo todas as entidades e órgãos a ela vinculadas, da administração direta ou indi-reta, bem como os fundos e fundações ins-tituídos e mantidos pelo Poder Público.

Além dos orçamentos anuais acima indicados, a nova constituição estabelece que leis de ini-ciativa do Poder Executivo estabelecerão:

a) o plano plurianual, as diretrizes com-pensatórias e as atualizações fiduciárias

b) o plano bianual, as diretrizes orçamen-tárias e as atualizações permanentes

c) o plano plurianual, as diretrizes estraté-gicas e as atualizações permanentes

d) o plano trianual, as diretrizes orçamen-tárias e as atualizações fiduciárias

e) o plano plurianual, as diretrizes orça-mentárias e os planos e programas na-cionais, regionais e setoriais

5. (Esaf – Analista de Finanças e Controle – CGU – 2002)

O Sistema de Planejamento Integrado, tam-bém conhecido, no Brasil, como Processo de Planejamento-Orçamento, consubstan-cia-se nos seguintes instrumentos: Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual. No que diz respeito à Lei de Diretrizes Orçamentárias, aponte a única opção falsa.

a) Tem a finalidade de nortear a elabora-ção dos orçamentos anuais.

b) Contém as metas e prioridades da ad-ministração pública federal.

c) Dispõe sobre as alterações na legislação tributária.

d) Compreende o orçamento fiscal, o orça-mento de investimento e o orçamento da seguridade social.

e) Estabelece a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

6. (Esaf – Técnico de Nível Superior-SPU – 2006)

Nos termos da Constituição Federal, a lei or-çamentária anual compreenderá:

I – o orçamento fiscal.

II – o orçamento de investimento das em-presas estatais.

III – o orçamento da seguridade social.

Assinale a opção correta.

a) Os itens I, II e III estão corretos.b) Apenas o item I está correto.c) Apenas os itens I e II estão corretos.d) Apenas os itens I e III estão corretos.e) Apenas os itens II e III estão corretos.

7. (Esaf – EPPGG – MPOG – 2013)

A Lei Orçamentária Anual (LOA) da União está mencionada e detalhada na Constitui-ção Federal no art. 165. Estipula o § 5º do artigo 165 da Constituição de 1988 que a Lei Orçamentária Anual compreenderá:

a) o orçamento fiscal referente aos Pode-res da União.

b) os fundos, órgãos e entidades da admi-nistração direta e indireta, excluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.

c) o orçamento de investimento das em-presas em que a União, direta ou indire-tamente, detenha ações, independente de possuir maioria do capital social com direito a voto.

d) o orçamento da seguridade social, não abrangendo as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta.

e) os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público não são passíveis de inclusão na LOA.

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Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) – Administração Pública – Prof. Fábio Furtado

8. (Esaf – EPPGG – MPOG – 2013)

O modelo orçamentário brasileiro é defi-nido na Constituição Federal de 1988 do Brasil. Compõe-se de três instrumentos: o Plano Plurianual – PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e a Lei Orçamentária Anual – LOA, conforme informa o art. 165:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executi-vo estabelecerão:

I – o plano plurianual;

II – as diretrizes orçamentárias;

III – os orçamentos anuais.

Acerca do Planejamento no Brasil após a Constituição de 1988, assinale a opção cor-reta.

a) O PPA, com vigência de quatro anos, tem como função enunciar as políticas públicas e respectivas prioridades para o exercício seguinte.

b) Cabe à LDO estabelecer as diretrizes, objetivos e metas de médio prazo da administração pública.

c) A LOA, ao identificar no PPA as ações que receberão prioridade no exercício seguinte, torna-se o elo entre o PPA, que funciona como um plano de médio prazo do governo.

d) A LOA é a lei orçamentária da União que estima receitas e fixa as despesas para um exercício financeiro. De um lado, permite avaliar as fontes de recursos públicos no universo dos contribuintes e, de outro, quem são os beneficiários desses recursos.

e) A LDO tem como principais objetivos es-timar a receita e fixar a programação das despesas para o exercício financeiro.

9 (Esaf – Técnico Administrativo – DNIT – 2013)

De acordo com a Constituição Federal, o principal objetivo da Lei de Diretrizes Orça-mentárias é:

a) orientar as unidades orçamentárias e administrativas na formulação do seu planejamento anual e na elaboração da proposta orçamentária, bem como es-tabelecer as metas a serem alcançadas no exercício subsequente.

b) estabelecer as diretrizes, prioridades e metas para a organização das entidades com vistas à definição da proposta or-çamentária anual a ser enviada ao Con-gresso Nacional.

c) criar as condições necessárias ao esta-belecimento de um sistema de planeja-mento integrado com vistas à elabora-ção e aprovação do orçamento.

d) estabelecer as metas de despesas corren-tes e de capital para o exercício seguinte, as prioridades da administração e orientar a elaboração da proposta orçamentária.

e) estabelecer as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente e orientar a ela-boração da lei orçamentária.

10. (Esaf – Analista de Planejamento e Orça-mento – MPOG – 2010)

Na integração do Sistema de Planejamento e Orçamento Federal, indique qual (ais) ins-trumento (s) legal (is) explicita (m) as metas e prioridades para cada ano.

a) O Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orça-mentária Anual.

b) A Lei de Responsabilidade Fiscal.c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias.d) A Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei

Orçamentária Anual.e) A Lei Orçamentária Anual.

11. (Esaf – Analista de Finanças e Controle – STN – 2008)

A Constituição brasileira atribui ao Poder Executivo a responsabilidade pelo planeja-mento e orçamento por meio de três instru-mentos principais – o PPA (Plano Plurianu-al), a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e a LOA (Lei Orçamentária Anual); em rela-ção a essa estrutura é correto afirmar:

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a) O PPA deve ser enviado pelo Poder Exe-cutivo ao Poder Legislativo no primeiro ano de mandato apenas para seu co-nhecimento e tem duração até o final do mandato.

b) O Executivo envia conjuntamente os pro-jetos da LDO e da LOA para o Poder Le-gislativo, os quais devem ser votados em conjunto antes do término do ano a fim de serem executados no ano seguinte.

c) Enquanto o PPA é um planejamento para os quatro anos seguintes, incluindo o primeiro ano do mandato subsequente, a LDO estabelece as metas e prioridades para o exercício financeiro seguinte.

d) O Poder Executivo envia para o Legisla-tivo inicialmente a LOA, depois de a LOA aprovada e com base nela, o executivo envia ao legislativo a LDO, que estabe-lece a programação financeira e o cro-nograma mensal de desembolso.

e) O Legislativo só deve aprovar a LDO, pois o PPA é um indicativo das metas do executivo e a LOA é apenas um crono-grama de despesas.

12. (Esaf – APOFP – Sefaz-SP – 2009)

O orçamento público pode ser entendido como um conjunto de informações que evi-denciam as ações governamentais, bem como um elo capaz de ligar os sistemas de planejamento e finanças. A elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), segundo a Consti-tuição Federal de 1988, deverá espelhar:

a) exclusivamente os investimentos.b) as metas fiscais somente para as despe-

sas.c) as estimativas de receita e a fixação de

despesas.d) a autorização para a abertura de crédi-

tos adicionais extraordinários.e) a autorização para criação de novas ta-

xas.

13. (Esaf – Auditor Fiscal – Receita Federal do Brasil – 2009)

Com relação ao Plano Plurianual (PPA), aponte a única opção incorreta.

a) Os programas do PPA podem abranger atividades desenvolvidas por diferentes Ministérios.

b) Um aspecto importante do PPA é sua inte-gração das despesas correntes e de capital, obtida por meio do foco em programas.

c) É exigido que o PPA seja apresentado ao Congresso Nacional até 15 de abril do primeiro dos quatro anos do mandato do Presidente da República.

d) O PPA de 2000-2003, o Avança Brasil, re-flete a nova classificação programática.

e) O PPA foi instituído pela Constituição de 1988.

14. (Esaf – Técnico de Nível Superior-SPU – MPOG – 2006)

No decorrer do primeiro exercício de um mandato presidencial qualquer, os projetos de lei do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual deverão ser enviados para o Congresso Nacional, respectivamente, até as seguintes datas:

a) 15/04 – 15/04 – 31/08.b) 31/08 – 15/04 – 15/04.c) 31/08 – 15/04 – 31/08.d) 15/04 – 31/08 – 31/08.e) 31/08 – 31/08 – 15/04.

15. (Esaf – Analista – Administração e Finanças – Susep – 2010)

A respeito dos prazos relativos à elaboração e tramitação da lei que institui o Plano Plurianual – PPA, da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e da Lei Orçamentária Anual – LOA, é correto afirmar:

a) o projeto de PPA será encaminhado até cinco meses antes do término do exer-cício em que inicia o mandato do Pre-sidente da República, enquanto a LOA deve ser encaminhada até quatro me-ses antes do término do exercício.

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Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) – Administração Pública – Prof. Fábio Furtado

b) a proposta de LOA deverá ser remetida ao Congresso Nacional até quatro me-ses antes do término do exercício finan-ceiro e o projeto aprovado da LDO deve ser devolvido para sanção até o encer-ramento do primeiro período da sessão legislativa.

c) os projetos de PPA e de LDO devem ser encaminhados juntos até seis meses antes do término do exercício uma vez que há conexão entre eles.

d) a Constituição Federal determina que esses projetos de lei são encaminhados ao Congresso Nacional de acordo com as necessidades do Poder Executivo, ex-ceto no último ano de mandato do titu-lar do executivo.

e) os projetos de LDO e de LOA devem ser encaminhados ao Congresso Nacio-nal até seis meses antes do término do exercício e devolvidos para sanção até o encerramento da sessão legislativa.

16. (Esaf – Auditor Fiscal – Receita Federal do Brasil – 2009)

A compreensão adequada do ciclo de gestão do governo federal implica saber que:

a) no último ano de um mandato pre-sidencial qualquer, à lei de diretrizes orçamentárias compete balizar a ela-boração do projeto de lei do plano plu-rianual subsequente.

b) a função controle precede à execução orçamentária.

c) a não-aprovação do projeto de lei de di-retrizes orçamentárias impede o reces-so parlamentar.

d) a votação do plano plurianual segue o rito de lei complementar.

e) com o lançamento do Programa de Acele-ração do Crescimento (PAC), o orçamento de investimento das empresas estatais passou a integrar o plano plurianual.

17. (Esaf – Analista – Planejamento e Execução Financeira – CVM – 2010)

Nos termos da Constituição Federal, é correto afirmar que:

a) o Plano Plurianual possui status de lei complementar.

b) a Lei de Diretrizes Orçamentárias com-preende o orçamento fiscal, o orçamen-to de investimento das estatais e o or-çamento da seguridade social.

c) o Poder Executivo deve publicar, até trinta dias após o encerramento de cada trimestre, relatório resumido da execução orçamentária.

d) o Plano Plurianual compreende as me-tas e prioridades da administração pú-blica federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro sub-sequente.

e) os orçamentos fiscal e de investimento das estatais possuem, entre outras, a fun-ção de reduzir desigualdades inter-regio-nais, segundo critério populacional.

18. (Esaf – AUFC– TCU – 2006)

No que se refere à matéria orçamentária, a Constituição de 1988, em seu artigo 165, determina que leis de iniciativa do Poder Executivo estabeleçam o Plano Plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. Identifique a opção falsa com rela-ção ao tema.

a) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) consiste na lei que norteia a elaboração dos orçamentos anuais, compreendidos o orçamento fiscal, o orçamento de in-vestimento das empresas estatais e o orçamento da seguridade social.

b) A Lei Orçamentária Anual (LOA) objeti-va viabilizar a realização das ações pla-nejadas no Plano Plurianual e transfor-má-las em realidade.

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c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), sob forma de projeto, deve ser encami-nhada pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo, na esfera federal, até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e devolvida para sanção até o final do pri-meiro período da sessão legislativa (17 de julho).

d) O Plano Plurianual corresponde a um plano, por meio do qual se procura or-denar as ações do governo que levem ao alcance dos objetivos e das metas fixados para um período de três anos.

e) A Lei do Orçamento, sob forma de pro-jeto, deve ser encaminhada, no âmbito federal, até quatro meses antes do en-cerramento do exercício financeiro (31 de agosto) e devolvida para sanção até o final da sessão legislativa.

Gabarito: 1. D 2. B 3. E 4. E 5. D 6. A 7. A 8. D 9. E 10. C 11. C 12. C 13. C 14. C 15. B 16. C 17. E 18. D

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RECEITAS PÚBLICAS

RECEITAS PÚBLICAS

RECEITAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS(Ingressos Extraorçamentários)

RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

Classificação quanto ao Ingresso

2

RECEITAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS

Ingressos Extraorçamentários

• Cauções recebidas em dinheiro

• Retenções na fonte

• Consignações em folha de pagamento

• Inscrição de restos a pagar

• Art. 103, parágrafo único da Lei nº 4.320/64

• Operações de Crédito por Antecipação de Receita(ARO; débitos de tesouraria)

• Salários não reclamados

• Depósitos judiciais

• Serviços da dívida a pagar

(“RP da Dívida Pública”)

• Cauções recebidas em dinheiro

• Retenções na fonte

• Consignações em folha de pagamento

• Inscrição de restos a pagar(Art. 103, parágrafo único da Lei nº 4.320/64)

• Operações de crédito por antecipação de receita(aro; débitos de tesouraria)

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• Salários não reclamados

• Depósitos Judiciais

• Serviços da Dívida a Pagar (“RP da Dívida Pública”)

Cauções Recebidas em dinheiro

Exemplo:

EMPRESA X

R$ 120.000,00 (contrato de 12 meses)

X 3%R$ 3.600,00

C/C DO ÓRGÃO PÚBLICO

Balanço Patrimonial

ATIVO PASSIVO

Ativo Financeiro (AF):

Bancos ↑ 3.600,00

SF = AF (-) PFSF = 3.600 (-) 3.600SF = 0

Passivo Financeiro (PF):(Dívida Flutuante)

Cauções a Devolver ↑ 3.600,00

(dinheiro em caráter temporário)

• Cauções recebidas em dinheiro

• Retenções na fonte

• Consignações em folha de pagamento

• Inscrição de restos a pagar(Art. 103, parágrafo único da Lei nº 4.320/64)

• Operações de crédito por antecipação de receita(ARO; débitos de tesouraria)

• Salários não reclamados

• Depósitos judiciais

• Serviços da dívida a pagar (“RP da Dívida Pública”)

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Retenções e Consignações na Fonte

Folha de Pagamento de Agosto/xxxxData do Pagamento da Folha: 31/08/xxxx

Valor Bruto

Retenção de IRConsignações:

• Previdência • Plano de Saúde

Valor Líquido

R$700.000,00(200.000,00)(200.000,00)

__________300.000,00

ATIVO PASSIVO

Ativo Financeiro (AF):

Bancos 700

Passivo Financeiro (PF):(Dívida Flutuante)

Salários a Pagar 300Retenções a Recolher 200Consignações a Recolher 200

ATIVO PASSIVO

Ativo Financeiro (AF):

Bancos 700(300)400

SF = AF (-) PFSF = 400 (-) 400SF = 0

Passivo Financeiro (PF):(Dívida Flutuante)

Salários a Pagar 300

Retenções a Recolher 200Consignações a Recolher 200

(dinheiro em caráter temporário)

• Cauções recebidas em dinheiro

• Retenções na fonte

• Consignações em folha de pagamento

• Inscrição de restos a pagar(Art. 103, parágrafo único da Lei nº 4.320/64)

• Operações de crédito por antecipação de receita(ARO; débitos de tesouraria)

• Salários Não-Reclamados

• Depósitos Judiciais

• Serviços da Dívida a Pagar (“RP da Dívida Pública”)

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ATIVO PASSIVO

Ativo Financeiro (AF):

Bancos 5.000,00

Passivo Financeiro (PF):(Dívida Flutuante)

Fornecedores 5.000,00

Balanço Patrimonial 31/12/x

ATIVO PASSIVO

Ativo Financeiro (AF):

Bancos 5.000,00(4.000,00)1.000,00

SF = AF (-) PFSF = 1.000 (-) 1.000SF = 0

Passivo Financeiro (PF):(Dívida Flutuante)

Fornecedores 5.000,00(4.000,00)

Restos a Pagar 1.000,00

(dinheiro em caráter temporário)

RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

(1) RECEITAS CORRENTES(RC)

(2) RECEITAS DE CAPITAL(RK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

§ 1º; § 4º- 1.Tributárias

- 2. Contribuições

- 3. Patrimoniais

- 4. Agropecuárias

- 5. Industriais

- 6. Serviços

- 7. Transferências Correntes

9. Outras Receitas Correntes

§ 2º; § 4º

- 1. Operações de Crédito

- 2. Alienação de Bens

3. Amortização de Empréstimos (concedidos)

- 4. Transferências de Capital

5. Outras Receitas de Capital(Superávit do Orçamento Corrente)

Art. 11, § 3º

Art. 11 da Lei nº 4.320/64

14

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RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

(1) RECEITAS CORRENTES(RC)

(2) RECEITAS DE CAPITAL(RK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

§ 1º; § 4º- 1.Tributárias

- 2. Contribuições

- 3. Patrimoniais

- 4. Agropecuárias

- 5. Industriais

- 6. Serviços

- 7. Transferências Correntes

9. Outras Receitas Correntes

§ 2º; § 4º

- 1. Operações de Crédito

- 2. Alienação de Bens

3. Amortização de Empréstimos (concedidos)

- 4. Transferências de Capital

5. Outras Receitas de Capital(Superávit do Orçamento Corrente)

Art. 11, § 3º

Art. 11 da Lei nº 4.320/64

15

Receitas Correntes / Tributárias

Impostos;Taxas;Contribuições de Melhoria.

RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

(1) RECEITAS CORRENTES(RC)

(2) RECEITAS DE CAPITAL(RK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

§ 1º; § 4º- 1.Tributárias

- 2. Contribuições

- 3. Patrimoniais

- 4. Agropecuárias

- 5. Industriais

- 6. Serviços

- 7. Transferências Correntes

9. Outras Receitas Correntes

§ 2º; § 4º

- 1. Operações de Crédito

- 2. Alienação de Bens

3. Amortização de Empréstimos (concedidos)

- 4. Transferências de Capital

5. Outras Receitas de Capital(Superávit do Orçamento Corrente)

Art. 11, § 3º

Art. 11 da Lei nº 4.320/64

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Receitas Correntes / Contribuições

CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO

CONTRIBUIÇÃO DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONÔMICAS

CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA

RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

(1) RECEITAS CORRENTES(RC)

(2) RECEITAS DE CAPITAL(RK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

§ 1º; § 4º- 1.Tributárias

- 2. Contribuições

- 3. Patrimoniais

- 4. Agropecuárias

- 5. Industriais

- 6. Serviços

- 7. Transferências Correntes

9. Outras Receitas Correntes

§ 2º; § 4º

- 1. Operações de Crédito

- 2. Alienação de Bens

3. Amortização de Empréstimos (concedidos)

- 4. Transferências de Capital

5. Outras Receitas de Capital(Superávit do Orçamento Corrente)

Art. 11, § 3º

Art. 11 da Lei nº 4.320/64

19

Receitas correntes / patrimoniais

Aluguéis; dividendos;

Juros ou rendimentos de aplicações financeiras;

Arrendamentos;

Receitas de concessões / permissões;

Foros; laudêmios

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RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

(1) RECEITAS CORRENTES(RC)

(2) RECEITAS DE CAPITAL(RK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

§ 1º; § 4º- 1.Tributárias

- 2. Contribuições

- 3. Patrimoniais

- 4. Agropecuárias

- 5. Industriais

- 6. Serviços

- 7. Transferências Correntes

9. Outras Receitas Correntes

§ 2º; § 4º

- 1. Operações de Crédito

- 2. Alienação de Bens

3. Amortização de Empréstimos (concedidos)

- 4. Transferências de Capital

5. Outras Receitas de Capital(Superávit do Orçamento Corrente)

Art. 11, § 3º

Art. 11 da Lei nº 4.320/64

21

Receitas Correntes / Agropecuárias

Decorrem da exploração econômica, por parte do ente público, de atividades agropecuárias, tais como a venda de produtos: agrícolas (grãos, tecnologias, insumos, etc.); pecuários (sêmens, técnicas em inseminação, matrizes, etc.); para reflorestamentos, etc.

RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

(1) RECEITAS CORRENTES(RC)

(2) RECEITAS DE CAPITAL(RK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

§ 1º; § 4º- 1.Tributárias

- 2. Contribuições

- 3. Patrimoniais

- 4. Agropecuárias

- 5. Industriais

- 6. Serviços

- 7. Transferências Correntes

9. Outras Receitas Correntes

§ 2º; § 4º

- 1. Operações de Crédito

- 2. Alienação de Bens

3. Amortização de Empréstimos (concedidos)

- 4. Transferências de Capital

5. Outras Receitas de Capital(Superávit do Orçamento Corrente)

Art. 11, § 3º

Art. 11 da Lei nº 4.320/64

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Receitas Correntes / Industriais

São receitas originárias, provenientes das atividades industriais exercidas pelo ente público. Encontram-se nessa classificação receitas provenientes de atividades econômicas, tais como: da indústria extrativa mineral; da indústria de transformação; da indústria de construção; e outras receitas industriais de utilidade pública.

RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

(1) RECEITAS CORRENTES(RC)

(2) RECEITAS DE CAPITAL(RK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

§ 1º; § 4º- 1.Tributárias

- 2. Contribuições

- 3. Patrimoniais

- 4. Agropecuárias

- 5. Industriais

- 6. Serviços

- 7. Transferências Correntes

9. Outras Receitas Correntes

§ 2º; § 4º

- 1. Operações de Crédito

- 2. Alienação de Bens

3. Amortização de Empréstimos (concedidos)

- 4. Transferências de Capital

5. Outras Receitas de Capital(Superávit do Orçamento Corrente)

Art. 11, § 3º

Art. 11 da Lei nº 4.320/64

25

Receitas Correntes / Serviços

São receitas decorrentes das atividades econômicas na prestação de serviços por parte do ente público, tais como: comércio, transporte, comunicação, serviços hospitalares, armazenagem, serviços recreativos, culturais, etc. Esses serviços são remunerados mediante preço público, também chamado de tarifa. Exemplos de naturezas orçamentárias de receita dessa origem são os seguintes: serviços comerciais; serviços de transporte; serviços portuários, etc.

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RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

(1) RECEITAS CORRENTES(RC)

(2) RECEITAS DE CAPITAL(RK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

§ 1º; § 4º- 1.Tributárias

- 2. Contribuições

- 3. Patrimoniais

- 4. Agropecuárias

- 5. Industriais

- 6. Serviços

- 7. Transferências Correntes

9. Outras Receitas Correntes

§ 2º; § 4º

- 1. Operações de Crédito

- 2. Alienação de Bens

3. Amortização de Empréstimos (concedidos)

- 4. Transferências de Capital

5. Outras Receitas de Capital(Superávit do Orçamento Corrente)

Art. 11, § 3º

Art. 11 da Lei nº 4.320/64

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Receitas Correntes / Transferências

Daqui a pouco veremos Transferências Correntes e Transferências de Capital, para podermos verificar a diferença entre essas duas espécies de TRANSFERÊNCIAS.O exemplo que trabalharemos mais adiante servirá de base para estudarmos as receitas com trans-ferências correntes e de capital, bem como as despesas com essas espécies de transferências.

RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

(1) RECEITAS CORRENTES(RC)

(2) RECEITAS DE CAPITAL(RK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

§ 1º; § 4º- 1.Tributárias

- 2. Contribuições

- 3. Patrimoniais

- 4. Agropecuárias

- 5. Industriais

- 6. Serviços

- 7. Transferências Correntes

9. Outras Receitas Correntes

§ 2º; § 4º

- 1. Operações de Crédito

- 2. Alienação de Bens

3. Amortização de Empréstimos (concedidos)

- 4. Transferências de Capital

5. Outras Receitas de Capital(Superávit do Orçamento Corrente)

Art. 11, § 3º

Art. 11 da Lei nº 4.320/64

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Receitas Correntes / ORC

Recebimento ou cobrança da dívida ativa;Multas; Juros de mora;Indenizações / restituições

Recebimento ou Cobrança da Dívida AtivaExemplo:Contribuinte XIPTU: R$ 1.000,00

Vencimento: 31/03/2004

1ª situação: 10/03/2004

R$ 1.000,00 IPTU RC/Tributária

2ª situação: 30/06/2004

R$ 1.000,00 IPTU RC/Tributária

R$ 200,00 Multa e juros de mora RC/ORCR$ 1.200,00

3ª situação: 01/04/2007

R$ 1.000,00 Dívida ativa RC/ORC

R$ 500,00 Multa e juros de mora RC/ORC

R$ 1.500,00

RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

(1) RECEITAS CORRENTES(RC)

(2) RECEITAS DE CAPITAL(RK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

§ 1º; § 4º- 1.Tributárias

- 2. Contribuições

- 3. Patrimoniais

- 4. Agropecuárias

- 5. Industriais

- 6. Serviços

- 7. Transferências Correntes

9. Outras Receitas Correntes

§ 2º; § 4º

- 1. Operações de Crédito

- 2. Alienação de Bens

3. Amortização de Empréstimos (concedidos)

- 4. Transferências de Capital

5. Outras Receitas de Capital(Superávit do Orçamento Corrente)

Art. 11, § 3º

Art. 11 da Lei nº 4.320/64

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Balanço Patrimonial (Operações de Crédito)

ATIVO PASSIVO

Ativo Financeiro (AF):

Bancos 1 bilhãoAtivo Permanente(AP):

Passivo Financeiro (PF):(Dívida Flutuante)

Passivo Permanente(PP):(Dívida Fundada/Consolidada)Operações de Crédito 1 bilhão(Empréstimos a Pagar)(dinheiro em caráter temporário)

RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

(1) RECEITAS CORRENTES(RC)

(2) RECEITAS DE CAPITAL(RK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

§ 1º; § 4º- 1.Tributárias

- 2. Contribuições

- 3. Patrimoniais

- 4. Agropecuárias

- 5. Industriais

- 6. Serviços

- 7. Transferências Correntes

9. Outras Receitas Correntes

§ 2º; § 4º

- 1. Operações de Crédito

- 2. Alienação de Bens

3. Amortização de Empréstimos (concedidos)

- 4. Transferências de Capital

5. Outras Receitas de Capital(Superávit do Orçamento Corrente)

Art. 11, § 3º

Art. 11 da Lei nº 4.320/64

37

Balanço Patrimonial (Alienação de Bens)

ATIVO PASSIVO

Ativo Financeiro (AF):

Bancos 300 milhões

Ativo Permanente(AP):

Imóveis 300 milhões

Passivo Financeiro (PF):(Dívida Flutuante)

Passivo Permanente(PP):(Dívida Fundada/Consolidada)

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RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

(1) RECEITAS CORRENTES(RC)

(2) RECEITAS DE CAPITAL(RK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

§ 1º; § 4º- 1.Tributárias

- 2. Contribuições

- 3. Patrimoniais

- 4. Agropecuárias

- 5. Industriais

- 6. Serviços

- 7. Transferências Correntes

9. Outras Receitas Correntes

§ 2º; § 4º

- 1. Operações de Crédito

- 2. Alienação de Bens

3. Amortização de Empréstimos (concedidos)

- 4. Transferências de Capital

5. Outras Receitas de Capital(Superávit do Orçamento Corrente)

Art. 11, § 3º

Art. 11 da Lei nº 4.320/64

39

Balanço Patrimonial (Concessão de Empréstimo)

ATIVO PASSIVO

Ativo Financeiro (AF):

Bancos 100 milhões

Ativo Permanente(AP):

Empréstimos a Receber100 milhões

Passivo Financeiro (PF):(Dívida Flutuante)

Passivo Permanente(PP):(Dívida Fundada/Consolidada)

Balanço Patrimonial (Amortização de Empréstimo)

ATIVO PASSIVO

Ativo Financeiro (AF):

Bancos 100 milhões

Ativo Permanente(AP):

Empréstimos a Receber100 milhões

Passivo Financeiro (PF):(Dívida Flutuante)

Passivo Permanente(PP):(Dívida Fundada/Consolidada)

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Fixando para a prova:

Operações de crédito = Receita de CAPITAL

(Pegar emprestado o CAPITAL principal)

Amortização da dívida pública = Despesas de CAPITAL

(Devolver o CAPITAL principal)

“Juros” da dívida pública = Despesas “correntes”

Concessão de empréstimos = Despesas de CAPITAL/inversões financeiras)

(Emprestar o CAPITAL principal)

Receita com amortização de empréstimos anteriormente concedidos = receita de capital

(Receber de volta o CAPITAL principal)

Receita com “juros” associados a esse empréstimo concedido = receitas “correntes”

Operações de Crédito por ANTECIPAÇÃO DE RECEITA ORÇAMENTÁRIA = Receita extraorçamentária

Amortização, Resgate, Liquidação, Pagamento de ARO = Despesa extraorçamentária

“Juros” decorrentes desta ARO = Despesas “correntes”

RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

(1) RECEITAS CORRENTES(RC)

(2) RECEITAS DE CAPITAL(RK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

§ 1º; § 4º- 1.Tributárias

- 2. Contribuições

- 3. Patrimoniais

- 4. Agropecuárias

- 5. Industriais

- 6. Serviços

- 7. Transferências Correntes

9. Outras Receitas Correntes

§ 2º; § 4º

- 1. Operações de Crédito

- 2. Alienação de Bens

3. Amortização de Empréstimos (concedidos)

- 4. Transferências de Capital

5. Outras Receitas de Capital(Superávit do Orçamento Corrente)

Art. 11, § 3º

Art. 11 da Lei nº 4.320/64

45

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Transferências

Transferências Correntes

Exemplo:

Foi firmado um convênio entre a União e um determinado município para aquisição de me-dicamentos para a rede pública municipal. A União repassará ao município um valor de R$ 1.000.000,00 para a realização dessa compra (despesa corrente/custeio ou despesa corrente/outras despesas correntes/aplicações diretas/material de consumo/ drogas e medicamentos = c.g.mm.ee.dd = 3.3.90.30.xx).

Para a União, que concedeu a transferência de recursos (R$ 1.000.000,00), essa é uma despesa corrente/transferência corrente.

Para o município, que recebeu a transferência de recursos (R$ 1.000.000,00), essa é uma receita corrente/transferência corrente.

Vale ressaltar que este é o momento 1, isto é, o momento em que são realizadas as transferên-cias. O momento 2 será quando o município começar a executar o objeto do convênio, ou seja, realizar a aquisição dos medicamentos.

Transferências de Capital

Exemplo:

Foi firmado um convênio entre a União e um determinado município para a construção de um estádio de futebol. A União repassará ao município um valor de R$ 100.000.000,00 para a realização dessa obra (despesa de capital/investimentos ou despesa de capital/investimentos/aplicações diretas/obras e instalações = c.g.mm.ee.dd = 4.4.90.51.xx).

Para a União, que concedeu a transferência de recursos (R$ 100.000.000,00), essa é uma des-pesa de capital/transferência de capital.

Para o município, que recebeu a transferência de recursos (R$ 100.000.000,00), essa é uma receita de capital/transferência de capital.

Vale ressaltar que este é o momento 1, isto é, o momento em que são realizadas as transferên-cias. O momento 2 será quando o município começar a executar o objeto do convênio, ou seja, realizar a obra de construção do estádio de futebol.

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RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

(1) RECEITAS CORRENTES(RC)

(2) RECEITAS DE CAPITAL(RK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

§ 1º; § 4º- 1.Tributárias

- 2. Contribuições

- 3. Patrimoniais

- 4. Agropecuárias

- 5. Industriais

- 6. Serviços

- 7. Transferências Correntes

9. Outras Receitas Correntes

§ 2º; § 4º

- 1. Operações de Crédito

- 2. Alienação de Bens

3. Amortização de Empréstimos (concedidos)

- 4. Transferências de Capital

5. Outras Receitas de Capital(Superávit do Orçamento Corrente)

Art. 11, § 3º

Art. 11 da Lei nº 4.320/64

50

LOA (Superávit do Orçamento Corrente)

Receitas Previstas Despesas Fixadas(Créditos Orçamentários)

Tributárias 700Contribuições 150Patrimoniais 50

Total “RC” 900

Total “Dinheiro previsto” 900SOC = 100

Pessoal 600Serviços de Terceiros 200

Total “DC” 800

Aquisição de Imóveis 100

Total “DK” 100

Total “Cartão de Crédito” 900

Receita, de acordo com o – Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, da Público (MCASP), da STN – Parte I – Procedimentos Contábeis Orçamentários:

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Receita Orçamentária

O orçamento é um importante instrumento de planejamento de qualquer entidade, seja públi-ca ou privada, e representa o fluxo previsto de ingressos e de aplicações de recursos em deter-minado período.

A matéria pertinente à receita vem disciplinada no art. 3º, conjugado com o art. 57, e no at. 35 da Lei nº 4.320/64.

“Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei.

Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros .

[...]

Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3º desta lei serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusi-ve as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no Orçamento”.

Lei nº 4.320/64:

“Art. 35*. Pertencem ao exercício financeiro:

I – as receitas nele arrecadadas;

II – as despesas nele legalmente empenhadas.”

Nota do Professor:

• É o denominado Regime Orçamentário Misto:

Para receitas, regime orçamentário de caixa;

Para despesas, regime orçamentário de competência.

Atenção: é diferente de Regime Contábil.

Para fins contábeis, quanto ao impacto na situação líquida patrimonial, a receita pode ser “efetiva” ou “não efetiva”:

Receita Orçamentária Efetiva – aquela que, no momento do reconhecimento do crédito, au-menta a situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo aumen-tativo.

Receita Orçamentária Não Efetiva – aquela que não altera a situação líquida patrimonial no momento do reconhecimento do crédito e, por isso, constitui fato contábil permutativo, como é o caso das operações de crédito.

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Receitas

Em sentido amplo, os ingressos de recursos financeiros nos cofres do Estado denominam-se Receitas Públicas, registradas como Receitas Orçamentárias, quando representam disponibili-dades de recursos financeiros para o erário, ou Ingressos Extraorçamentários, quando repre-sentam apenas entradas compensatórias.

Em sentido estrito, chamam-se públicas apenas as receitas orçamentárias.

O MCASP adota a definição no sentido estrito; dessa forma, quando houver citação ao termo “Receita Pública”, implica referência às “Receitas Orçamentárias”.

Ingressos Extraorçamentários

São recursos financeiros de caráter temporário e não integram a Lei Orçamentária Anual. O Estado é mero depositário desses recursos, que constituem passivos exigíveis e cujas restitui-ções não se sujeitam à autorização legislativa.

Exemplos: Depósitos em caução, fianças, operações de crédito por antecipação de receita or-çamentária – ARO, emissão de moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros.

Receitas Orçamentárias

São disponibilidades de recursos financeiros que ingressam durante o exercício orçamentário e constituem elemento novo para o patrimônio público. Instrumento por meio do qual se via-biliza a execução das políticas públicas, as receitas orçamentárias são fontes de recursos utili-zadas pelo Estado em programas e ações cuja finalidade precípua é atender às necessidades públicas e demandas da sociedade.

Essas receitas pertencem ao Estado, transitam pelo patrimônio do Poder Público, aumentam-lhe o saldo financeiro, e, via de regra, por força do Princípio Orçamentário da Universalidade, estão previstas na Lei Orçamentária Anual (LOA).

Nesse contexto, embora haja obrigatoriedade de a LOA registrar a previsão de arrecadação, a mera ausência formal do registro dessa previsão, no citado documento legal, não lhes retiram o caráter de orçamentárias, haja vista o art. 57 da Lei nº 4.320, de 1964, determinar classificar--se como Receita Orçamentária toda receita arrecadada que porventura represente ingressos financeiros orçamentários, inclusive se provenientes de operações de crédito, exceto: opera-ções de crédito por antecipação de receita (ARO), emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros.

Quanto à coercitividade:

OBSERVAÇÃO

A doutrina classifica as receitas públicas, quanto à procedência*, em Originárias e Derivadas.

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Essa classificação possui uso acadêmico e não é normatizada; portanto, não é utilizada como classificador oficial da receita pelo Poder Público.

Nota do Professor:

* É a chamada, pela doutrina, classificação quanto à coercitividade.

Receitas públicas Originárias segundo a doutrina, seriam aquelas arrecadadas por meio da exploração de atividades econômicas pela Administração Pública. Resultariam, principalmen-te, de rendas do patrimônio mobiliário e imobiliário do Estado (receita de aluguel), de preços públicos (tarifas), de prestação de serviços comerciais e de venda de produtos industriais ou agropecuários.

Receitas públicas Derivadas segundo a doutrina, seria a receita obtida pelo Poder Público por meio da soberania estatal. Decorreriam de imposição constitucional ou legal e, por isso, auferidas de forma impositiva, como, por exemplo, as receitas tributárias e as de contribuições especiais.

Codificação da Receita

CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA POR NATUREZA

O § 1º do art. 8º da Lei nº 4.320/1964 define que os itens da discriminação da receita, mencio-nados no art. 11 dessa lei, serão identificados por números de código decimal. Convencionou--se denominar este código de natureza de receita.

A fim de possibilitar identificação detalhada dos recursos que ingressam nos cofres públicos, essa classificação é formada por um código numérico de 8 dígitos que se subdivide em seis níveis:

Categoria Econômica, Origem, Espécie, Rubrica, Alínea e Subalínea: C O E R AA SS

Quando, por exemplo, o imposto de renda pessoa física é recolhido dos trabalhadores, aloca--se a receita pública correspondente na Natureza de Receita código “1112.04.10”, segundo es-quema abaixo:

C O E R AA SS

1 1 1 2 04 10

Onde:

1. Categoria Econômica: Receitas Correntes;

1. Origem: Tributária;

1. Espécie: Impostos;

2. Rubrica: Impostos sobre o patrimônio e a renda;

04. Alínea: Impostos sobre a renda e proventos de qualquer natureza;

10. Subalínea: Pessoas físicas

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Categoria Econômica da Receita

Os §§1º e 2º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, classificam as Receitas Orçamentárias em “Receitas Correntes” e “Receitas de Capital”.

A codificação correspondente seria:

CÓDIGO CATEGORIA ECONÔMICA

1 Receitas Correntes

2 Receitas de Capital

1. Receitas Correntes

Receitas Orçamentárias Correntes são arrecadadas dentro do exercício financeiro, aumentam as disponibilidades financeiras do Estado, em geral com efeito positivo sobre o Patrimônio Líquido e constituem instrumento para financiar os objetivos definidos nos programas e ações orçamentários, com vistas a satisfazer finalidades públicas.

De acordo com o §1 º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, classificam-se como Correntes as receitas provenientes de Tributos; de Contribuições; da exploração do patrimônio estatal (Patrimonial); da exploração de atividades econômicas (Agropecuária, Industrial e de Serviços); de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes (Transferências Correntes); por fim, demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores (Outras Receitas Correntes).

2. Receitas de Capital

Receitas Orçamentárias de Capital também aumentam as disponibilidades financeiras do Esta-do e são instrumentos de financiamento dos programas e das ações orçamentários, a fim de se atingirem as finalidades públicas. Porém, de forma diversa das Receitas Correntes, as Receitas de Capital em geral não provocam efeito sobre o Patrimônio Líquido.

De acordo com o §2º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, com redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.939, de 20 de maio de 1982, Receitas de Capital são as provenientes tanto da realização de recursos financeiros oriundos da constituição de dívidas e da conversão, em espécie, de bens e direitos, quanto de recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado e destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital (Transferências de Capital).

Receitas de Operações Intraorçamentárias

são aquelas realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes do orçamento fiscal e do orçamento da seguridade social do mesmo ente federativo; por isso, não representam novas entradas de recursos nos cofres públicos do ente, mas apenas movimentação de receitas entre seus órgãos.

As receitas intraorçamentárias são a contrapartida das despesas classificadas na modalidade de aplicação “91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes do Orçamento Fiscal e do Orçamento da Seguridade Social” que, devidamente

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identificadas, possibilitam anulação do efeito da dupla contagem na consolidação das contas governamentais.

Dessa forma, a fim de se evitar a dupla contagem dos valores financeiros objeto de operações Intraorçamentárias na consolidação das contas públicas, a Portaria Interministerial STN/SOF nº 338, de 26 de abril de 2006, incluiu as “Receitas Correntes Intraorçamentárias” e “Receitas de Capital Intraorçamentárias”, representadas, respectivamente, pelos códigos 7 e 8, em suas categorias econômicas.

Essas classificações, segundo disposto pela Portaria que as criou, não constituem novas cate-gorias econômicas de receita, mas apenas especificações das categorias econômicas “Receita Corrente” e “Receita de Capital”.

Origem da Receita

A origem é o detalhamento das categorias econômicas “Receitas Correntes” e “Receitas de Capital”, com vistas a identificar a natureza da procedência das receitas no momento em que ingressam no Orçamento Público.

Os códigos da origem para as receitas correntes e de capital, de acordo com a Lei nº 4.320, de 1964, são:

Os códigos da origem para as receitas correntes e de capital, de acordo com a Lei nº 4.320, de 1964, são:

1. RECEITAS CORRENTES 2. RECEITAS DE CAPITAL

1. Tributária 1. Operações de Crédito

2. Contribuições 2. Alienação de Bens

3. Patrimonial 3. Amortização de Empréstimos

4. Agropecuária 4. Transferências de Capital

5. Industrial 5. Outras Receitas de Capital

6. Serviços

7. Transferências Correntes

9. Outras Receitas Correntes

1. Receitas correntes

1. Receita Corrente – Tributária

Tributo é uma das origens da receita corrente na Classificação Orçamentária por Categoria Econômica. Quanto à procedência, trata-se de receita derivada cuja finalidade é obter recursos financeiros para o Estado custear as atividades que lhe são correlatas. Sujeitam-se aos princípios da reserva legal e da anterioridade da Lei, salvo exceções.

O art. 3º do Código Tributário Nacional (CTN) define tributo da seguinte forma:

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"Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada".

O art. 5º do CTN e os incisos I, II e III do art. 145 da CF/88 tratam das espécies tributárias impostos, taxas e contribuições de melhoria.

2. Receita Corrente – Contribuições

Segundo a classificação orçamentária, Contribuições são origem da categoria econômica Re-ceitas Correntes.

As contribuições classificam-se nas seguintes espécies:

CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO

CONTRIBUIÇÃO DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONÔMICAS

CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA

3. Receita Corrente – Patrimonial

São receitas provenientes da fruição do patrimônio de ente público, como, por exemplo, bens mobiliários e imobiliários ou, ainda, bens intangíveis e participações societárias. São classifica-das no orçamento como receitas correntes e de natureza patrimonial.

Quanto à procedência, trata-se de receitas originárias. Podemos citar como espécie de receita patrimonial as compensações financeiras, concessões e permissões, dentre outras.

4. Receita Corrente – Agropecuária

São Receitas Correntes, constituindo, também, uma origem de receita específica na classifi-cação orçamentária. Quanto à procedência, trata-se de uma Receita Originária, com o Estado atuando como empresário, em pé de igualdade como o particular.

Decorrem da exploração econômica, por parte do ente público, de atividades agropecuárias, tais como a venda de produtos: agrícolas (grãos, tecnologias, insumos, etc.); pecuários (sêmens, técnicas em inseminação, matrizes, etc.); para reflorestamentos, etc.

5. Receita Corrente – Industrial

Trata-se de Receitas Correntes, constituindo outra origem específica na classificação orçamen-tária da receita. São Receitas Originárias, provenientes das atividades industriais exercidas pelo ente público. Encontram-se nessa classificação receitas provenientes de atividades eco-nômicas, tais como: da indústria extrativa mineral; da indústria de transformação; da indús-tria de construção; e outras receitas industriais de utilidade pública.

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6. Receita Corrente – Serviços

São Receitas Correntes cuja classificação orçamentária constitui origem específica, abrangendo as receitas decorrentes das atividades econômicas na prestação de serviços por parte do ente público, tais como: comércio, transporte, comunicação, serviços hospitalares, armazenagem, serviços recreativos, culturais, etc. Esses serviços são remunerados mediante preço público, também chamado de tarifa. Exemplos de naturezas orçamentárias de receita dessa origem são os seguintes: serviços comerciais; serviços de transporte; serviços portuários etc.

7. Receita Corrente – Transferências Correntes

Na ótica orçamentária, são recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado destinados a atender despesas de manutenção ou funcionamento relacionadas a uma finalidade pública específica, mas que não correspondam a uma contraprestação direta em bens e serviços a quem efetuou a transferência.

Os recursos da transferência são vinculados à finalidade pública, e não à pessoa. Podem ocorrer a nível intragovernamental (dentro do âmbito de um mesmo governo) ou intergovernamental (governos diferentes, da União para Estados, do Estado para os Municípios, por exemplo), assim como podem ser recebidos de instituições privadas.

Nas Transferências Correntes, podemos citar como exemplos as seguintes espécies:

a) Transferências de Convênios:

Recursos oriundos de convênios, com finalidade específica, firmados entre entidades públicas de qualquer espécie, ou entre elas e organizações particulares, para realização de objetivos de interesse comum dos partícipes e destinados a custear despesas correntes.

b) Transferências de Pessoas:

Compreendem as contribuições e doações que pessoas físicas realizem para a Administração Pública.

9. Receita Corrente – Outras Receitas Correntes

Neste título, inserem-se multas e juros de mora, indenizações e restituições, receitas da dívida ativa e as outras receitas não classificadas nas receitas correntes anteriores. Podemos citar como exemplos as seguintes espécies, dentre outras:

Receitas de Multas Receitas da Dívida Ativa

RECEITAS DE MULTAS

As multas também são um tipo de receita pública, de caráter não tributário, constituindo-se em ato de penalidade de natureza pecuniária aplicado pela Administração Púbica aos administra-dos. Dependem, sempre, de prévia cominação em lei ou contrato, cabendo sua imposição ao respectivo órgão competente (poder de polícia). Conforme prescreve o §4º do art. 11 da Lei nº

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4.320, de 1964, as multas classificam-se como “outras receitas correntes”. Podem decorrer do descumprimento de preceitos específicos previstos na legislação pátria, ou de mora pelo não pagamento das obrigações principais ou acessórias nos prazos previstos.

RECEITAS DA DÍVIDA ATIVA

São os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, exigíveis em vir-tude do transcurso do prazo para pagamento. Esse crédito é cobrado por meio da emissão de certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, inscrita na forma da lei, com validade de título executivo. Isso confere à certidão da dívida ativa caráter líquido e certo, embora se admi-ta prova em contrário.

Dívida ativa tributária é o crédito da Fazenda Pública proveniente da obrigação legal relativa a tributos e aos respectivos adicionais, a atualizações monetárias, a encargos e a multas tributárias. Dívida ativa não tributária corresponde aos demais créditos da Fazenda Pública. As receitas decorrentes de dívida ativa tributária ou não tributária devem ser classificadas como “Outras Receitas Correntes”.

2. Receitas de Capital

1. Receita de capital – Operações de crédito

Origem de recursos da categoria econômica “Receitas de Capital”, são recursos financeiros oriundos da colocação de títulos públicos ou da contratação de empréstimos obtidos junto a entidades públicas ou privadas, internas ou externas. São espécies desse tipo de receita:

• Operações de Crédito Internas;

• Operações de Crédito Externas;

2. Receita de capital – Alienação de bens

Origem de recursos da categoria econômica “Receitas de Capital”, são ingressos financeiros com origem específica na classificação orçamentária da receita proveniente da alienação de bens móveis ou imóveis de propriedade do ente público.

Nos termos do artigo 44 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), é vedada a aplicação da receita de capital decorrente da alienação de bens e direitos que integrem o patrimônio público, para financiar despesas correntes, salvo as destinadas por lei aos regimes previdenciários geral e próprio dos servidores públicos.

3. Receita de Capital – Amortização de Empréstimos

São ingressos financeiros provenientes da amortização de financiamentos ou empréstimos concedidos pelo ente público em títulos e contratos.

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Na classificação orçamentária da receita, são Receitas de Capital, origem específica “amorti-zação de empréstimos concedidos” e representam o retorno de recursos anteriormente em-prestados pelo poder público.

Embora a amortização de empréstimos seja origem da categoria econômica “Receitas de Capital”, os juros recebidos, associados a esses empréstimos, são classificados em “Receitas Correntes / de Serviços / Serviços Financeiros”.

4. Receita de Capital – Transferências de Capital

Na ótica orçamentária, são recursos financeiros recebidos de outras pessoas de Direito público ou privado e destinados para atender despesas em investimentos ou inversões financeiras, a fim de satisfazer finalidade pública específica; sem corresponder, entretanto, à contraprestação direta ao ente transferidor.

Os recursos da transferência ficam vinculados à finalidade pública e não à pessoa. Podem ocorrer a nível intragovernamental (dentro do âmbito de um mesmo governo) ou intergovernamental (governos diferentes, da União para Estados, do Estado para os Municípios, por exemplo), assim como recebidos de instituições privadas (do exterior e de pessoas).

5. Receita de Capital – Outras Receitas de Capital

São classificadas nessa origem as receitas de capital que não atendem às especificações ante-riores; ou seja: na impossibilidade de serem classificadas nas origens anteriores.

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Questões

Receitas Públicas.

1. (Esaf – Procurador – TCE-GO – 2007)

As receitas públicas agrupam-se em duas grandes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. Nesse con-texto, as operações de crédito constituem:

a) Receita de Capital. b) Despesa de Capital. c) Transferência Corrente. d) Transferência de Capital. e) Receita Corrente.

2. (Esaf – AUFC – TCU – 2006)

Consoante o disposto na Lei Federal n. 4.320/64 a receita classificar-se-á nas se-guintes categorias econômicas:

Receitas Correntes e Receitas de Capital. Aponte a opção falsa com relação a esse tema.

a) As Receitas de Capital são as provenien-tes de operações de crédito, cobrança de multas e juros de mora, alienação de bens, de amortização de empréstimos concedidos, de indenizações e restitui-ções, de transferências de capital e de outras receitas de capital.

b) São Receitas Correntes as receitas tributá-rias, patrimonial, agropecuária, industrial, de contribuições, de serviços e diversas e, ainda, as transferências correntes.

c) Os tributos são receitas que a doutrina classifica como derivadas.

d) Conceitua-se como Receita Tributária a resultante da cobrança de tributos pagos pelos contribuintes em razão de suas ati-vidades, suas rendas e suas propriedades.

e) Será considerada Receita de Capital o superávit do Orçamento Corrente, segundo disposição da Lei Federal n. 4.320/64.

3. (Esaf – Analista de Finanças e Controle – CGU – 2002)

A receita pública caracteriza-se como um ingresso de recursos ao patrimônio públi-co. Assinale a opção que não é considerada como receita corrente:

a) receita de contribuições. b) eceita da conversão, em espécie, de

bens e direitos. c) receita patrimonial. d) receita agropecuária. e) receita industrial.

4. (Esaf – Técnico de Finanças e Controle – CGU – 2001)

A Lei n° 4.320, de 17/03/1964, que estatui as normas gerais do Direito Financeiro, clas-sifica as receitas públicas em receitas cor-rentes e receitas de capital.

Indique, entre as opções abaixo, aquela que re-presenta corretamente as receitas de capital.

a) Receitas tributárias, receitas dos con-tribuintes, receitas patrimoniais, trans-ferências de capital e outras receitas de capital.

b) Operações de crédito, alienação de bens, amortização de empréstimos, transferências de capital e outras recei-tas de capital.

c) Operações de crédito, alienação de bens, receitas patrimoniais, receitas agropecuárias e receitas industriais.

d) Receitas tributárias, receitas de ser-viços, amortizações de empréstimos, transferências de capital e outras recei-tas de capital.

e) Operações de crédito, receitas tributá-rias, receitas patrimoniais, transferên-cias de capital e outras receitas de capi-tal.

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5. (Esaf – AFC-STN – 2005)

A receita na Administração Pública repre-senta as operações de ingressos de recursos financeiros nos cofres públicos. Identifique a opção não pertinente em relação às recei-tas correntes. a) receitas imobiliárias b) receitas de contribuições sociais c) contribuição de melhoria d) receita de serviços e) alienação de bens móveis e imóveis

6. Esaf – Técnico de Nível Superior – SPU – MPOG – 2006)

Assinale a opção que expressa, corretamen-te, uma receita de capital. a) a receita tributária. b) a receita patrimonial. c) a conversão, em espécie, de bens ou di-

reitos. d) a receita industrial. e) a receita de serviços.

7. (Esaf – Analista de Planejamento e Orça-mento – MPOG – 2008)Segundo o Manual Técnico do Orçamento – 2008, a classificação da receita por natureza busca a melhor identificação da origem do recurso, segundo seu fato gerador. Indique a opção incorreta quanto aos desdobra-mentos dessa receita.

a) Sub-rubrica. b) Origem e espécie. c) Rubrica. d) Categoria econômica. e) Alínea e subalínea.

8. (Esaf – Analista Administrativo – ANA – 2009)Classificam-se como Receitas Correntes Derivadas as receitas:

a) de contribuições e de serviços. b) patrimonial, agropecuária e industrial. c) patrimonial, agropecuária, industrial e

de serviços.

d) tributária e de contribuições. e) tributária e de serviços.

9. (Esaf – Analista de Finanças e Controle – STN – 2013)

Identifique o conceito de receita pública que não é pertinente à sua definição.

a) A multa é uma receita de caráter não tributário.

b) As taxas são receitas tributárias. c) As receitas correntes aumentam a dis-

ponibilidade financeira do Estado, com efeito positivo no patrimônio líquido.

d) Quanto às fontes de recursos, as receitas são classificadas em corrente e capital.

e) As receitas de capital aumentam as dis-ponibilidades do Estado, mas não provo-cam efeito sobre o patrimônio líquido.

10. (Esaf – Analista de Finanças e Controle – STN – 2013)

A receita pública derivada ou de economia pú-blica é caracterizada pelo constrangimento le-gal para sua arrecadação. Sob esta classificação, identifique a única opção correta.

a) Receitas de tributos. b) Receita de vendas de bens intermediá-

rios. c) Receita de prestação de serviços públi-

cos. d) Receita de venda de bens finais. e) Receita de depósitos de terceiros.

11. (Esaf – Analista Administrativo – Contábil – DNIT – 2013)

A respeito da classificação e contabilização das receitas orçamentárias de capital nos entes públicos, é correto afirmar:

a) os ingressos recebidos como transfe-rências de outros entes de direito pú-blico são classificados como receitas de capital e pressupõem a contraprestação direta ao ente transferidor.

b) os ingressos oriundos da alienação de bens móveis e imóveis pertencentes

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Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) – Administração Pública – Prof. Fábio Furtado

aos entes públicos são classificados e contabilizados como receita de capital, não sendo permitida a sua aplicação em despesas correntes.

c) o recebimento de recursos oriundos da amortização de empréstimos concedidos tem seu principal classificado como receita de capital, enquanto os juros relacionados são classificados como receita corrente.

d) as operações de créditos, tanto internas quanto externas, proporcionam a en-trada de recursos no caixa do ente pú-blico, sendo que somente as da dívida mobiliária são classificadas e contabili-zadas como receitas de capital.

e) os ingressos decorrentes da atuação do Estado na atividade industrial são, por força de lei, classificados como despe-sas de capital.

12. (Esaf – Analista Administrativo – Contábil – DNIT – 2013)

A respeito dos créditos relacionados à dívida ativa de que tratam a Lei n. 4.320/1964, bem como seu reflexo no patrimônio do ente público, é correto afirmar, exceto:

a) créditos que não de origem tributária podem ser inscritos em dívida ativa.

b) os créditos não recebidos no exercício e inscritos em dívida ativa são reconheci-dos como receita orçamentária somen-te no exercício do recebimento.

c) quando o crédito a ser inscrito em dívi-da ativa estiver em moeda estrangeira, deverá ocorrer a conversão para moeda nacional na data da inscrição.

d) os juros, as multas de mora e as atuali-zações incidentes sobre os créditos tam-bém constituem receitas da dívida ativa.

e) no âmbito da União, a apuração e ins-crição da dívida ativa devem ser realiza-das pelos órgãos da administração de-tentores dos créditos.

13. (Esaf – AFC-CGU – Auditoria e Fiscalização – 2006)

No que diz respeito à receita pública, indi-que a opção falsa.

a) A Lei n. 4.320/64 classifica receita pú-blica em orçamentária e extraorçamen-tária, sendo que esta apresenta valores que não constam do orçamento.

b) A receita orçamentária divide-se em dois grupos: correntes e de capital.

c) As receitas correntes compreendem as receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, agropecuárias, indus-triais, de serviços, de alienação de bens, de transferências e outras.

d) A receita pública é definida como os re-cursos auferidos na gestão, que serão computados na apuração do resultado financeiro e econômico do exercício.

e) A receita extraorçamentária não per-tence ao Estado, possuindo caráter de extemporaneidade ou de transitorieda-de nos orçamentos.

14. (Esaf – Analista de Planejamento e Orça-mento – MPOG – 2008)

A Receita da Administração Pública pode ser classificada nos seguintes aspectos: quanto à natureza, quanto ao poder de tributar, quanto à coercitividade, quanto à afetação patrimonial e quanto à regularidade.

Quanto à sua regularidade, as receitas são desdobradas em:

a) receitas efetivas e receitas por mutação patrimonial.

b) receitas orçamentárias e receitas extra-orçamentárias.

c) receitas ordinárias e receitas extraordi-nárias.

d) receitas originárias e receitas derivadas. e) receitas de competência Federal, Esta-

dual ou Municipal.

Gabarito: 1. A 2. A 3. B 4. B 5. E 6. C 7. A 8. D 9. D 10. A 11. C 12. E 13. C 14. C

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DESPESAS PÚBLICAS

DESPESAS PÚBLICAS

DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS

Classificação quanto à Natureza

2

DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS

• Cauções devolvidas

• Retenções recolhidas

• Consignações recolhidas

• Pagamento de restos a Pagar(Art. 103, parágrafo único da Lei nº 4.320/64)

• Resgate de ARO

• Salários reclamados

• Depósitos judiciais sacados

• Pagamento dos serviços da dívida a pagar(Pagamento do “RP da Dívida Pública”)

Cauções Devolvidas

Exemplo:

EMPRESA X

R$ 120.000,00 (contrato de 12 meses)

X 3% 3.600,00 C/C DO ÓRGÃO PÚBLICO

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Balanço Patrimonial

(quando a caução foi recebida)

ATIVO PASSIVO

Ativo Financeiro (AF):

Bancos 3.600,00

SF = AF (-) PFSF = 3.600 (-) 3.600SF = 0

Passivo Financeiro (PF):(Dívida Flutuante)

Cauções a Devolver 3.600,00

(dinheiro em caráter temporário)

(quando da devolução da caução)

ATIVO PASSIVO

Ativo Financeiro (AF):

Bancos 3.600,00

Passivo Financeiro (PF):(Dívida Flutuante)

Cauções a Devolver 3.600,00

(Foi desembolsado o dinheiro que estava em caráter temporário).

DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS

• Cauções devolvidas

• Retenções recolhidas

• Consignações recolhidas

• Pagamento de restos a pagar

(Art. 103, parágrafo único da Lei nº 4.320/64)

• Resgate de ARO

• Salários reclamados

• Depósitos judiciais sacados

• Pagamento dos serviços da dívida a pagar

(Pagamento do “RP da Dívida Pública”)

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Retenções e Consignações Recolhidas

Folha de Pagamento de agosto/xxxxRecolhimento em setembro de xxxx

Em setembro Valor Bruto R$

DARF

GPS

FATURA

Retenção de IRConsignações:

• Previdência • Plano de Saúde

Valor Líquido

700.000,00

(200.000,00)(200.000,00)

__________300.000,00

Balanço Patrimonial

Na apropriação da folha, reconhecendo as obrigações a pagar.

ATIVO PASSIVO

Ativo Financeiro (AF):

Bancos 700

Passivo Financeiro (PF):(Dívida Flutuante)

Salários a Pagar 300

Retenções a Recolher 200

Consignações a Recolher 200

No pagamento dos salários líquidos:

ATIVO PASSIVO

Ativo Financeiro (AF):

Bancos 700(300)400

SF = AF (-) PFSF = 400 (-) 400SF = 0

Passivo Financeiro (PF):(Dívida Flutuante)

Salários a Pagar 300

Retenções a Recolher 200

Consignações a Recolher 200

(dinheiro em caráter temporário)

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No recolhimento das retenções/consignações)

ATIVO PASSIVO

Ativo Financeiro (AF):

Bancos 400

Passivo Financeiro (PF):(Dívida Flutuante) Retenções a Recolher 200 Consignações a Recolher 200

Foi desembolsado o dinheiro que estava em caráter temporário.

DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS

• Cauções devolvidas

• Retenções recolhidas

• Consignações recolhidas

• Pagamento de restos a Pagar

(Art. 103, parágrafo único da Lei nº 4.320/64)

• Resgate de ARO

• Salários reclamados

• Depósitos judiciais sacados

• Pagamento dos serviços da dívida a pagar

(Pagamento do “RP da Dívida Pública”)

Balanço Patrimonial

ATIVO PASSIVO

Ativo Financeiro (AF):

Bancos 5.000,00

Passivo Financeiro (PF):(Dívida Flutuante)

Fornecedores 5.000,00

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Balanço Patrimonial 31/12/x

ATIVO PASSIVO

Ativo Financeiro (AF):

Bancos 5.000,00

(4.000,00)1.000,00

SF = AF (-) PF

SF = 1.000 (-) 1.000

SF = 0

Passivo Financeiro (PF):(Dívida Flutuante) Fornecedores 5.000,00

(4.000,00)Restos a Pagar 1.000,00

(dinheiro em caráter temporário)

Balanço Patrimonial em x+1

ATIVO PASSIVO

Ativo Financeiro (AF):

Bancos 1.000,00

Passivo Financeiro (PF):(Dívida Flutuante) Restos a Pagar 1.000,00

(Foi desembolsado o dinheiro que estava em caráter temporário).

DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS

DESPESAS CORRENTES(DC)

DESPESAS DE CAPITAL(DK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

Arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320/64

- Custeio - Transferências Correntes

SubvençõesSociais

(Sem finalidadelucrativa)

SubvençõesEconômicas

(Com finalidade lucrativa)

- Investimentos (agrega valor ao PIB)

- Inversões Financeiras (não altera o PIB)

- Transferências de Capital

17

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DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS

DESPESAS CORRENTES(DC)

DESPESAS DE CAPITAL(DK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

Arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320/64

- Custeio- Transferências Correntes

SubvençõesSociais

(Sem finalidadelucrativa)

SubvençõesEconômicas

(Com finalidade lucrativa)

- Investimentos (agrega valor ao PIB)

- Inversões Financeiras (não altera o PIB)

- Transferências de Capital

18

Despesas Correntes/Custeio

Lei nº 4.320/64:

“Art. 12, §1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis”.

“Art. 13. Observadas as categorias econômicas do art. 12, a discriminação ou especificação da despesa por elementos, em cada unidade administrativa ou órgão de governo, obedece-rá ao seguinte esquema:

DESPESAS CORRENTES

Despesas de CUSTEIO

Pessoal civilPessoal militarMaterial de consumoServiços de terceiros”

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DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS

DESPESAS CORRENTES(DC)

DESPESAS DE CAPITAL(DK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

Arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320/64

- Custeio - Transferências Correntes

SubvençõesSociais

(Sem finalidadelucrativa)

SubvençõesEconômicas

(Com finalidade lucrativa)

- Investimentos (agrega valor ao PIB)

- Inversões Financeiras (não altera o PIB)

- Transferências de Capital

21

Despesas Correntes/Transferências Correntes

Lei nº 4.320/64:

“Art. 12, §2º Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas às quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manutenção de outras entidades de direito público ou privado”.

Transferências

TRANSFERÊNCIAS CORRENTES:

Exemplo:

Foi firmado um convênio entre a União e um determinado município para aquisição de me-dicamentos para a rede pública municipal. A União repassará ao município um valor de R$ 1.000.000,00 para a realização dessa compra (despesa corrente/custeio ou despesa corrente/outras despesas correntes/aplicações diretas/material de consumo/ drogas e medicamentos = c.g.mm.ee.dd = 3.3.90.30.xx).

Para a União, que concedeu a transferência de recursos (R$ 1.000.000,00), essa é uma despesa corrente/transferência corrente.

Para o município, que recebeu a transferência de recursos (R$ 1.000.000,00), essa é uma receita corrente/transferência corrente.

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Vale ressaltar que este é o momento 1, isto é, o momento em que são realizadas as transferên-cias. O momento 2 será quando o município começar a executar o objeto do convênio, ou seja, realizar a aquisição dos medicamentos.

Lei nº 4.320/64:

“Art. 13...

DESPESAS CORRENTES

TRANSFERÊNCIAS CORRENTES

Subvenções sociais

Subvenções econômicas

Inativos

Pensionistas

Salário família e abono familiar

Juros da dívida pública

Contribuições de previdência social

Diversas transferências correntes

DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS

DESPESAS CORRENTES(DC)

DESPESAS DE CAPITAL(DK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

Arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320/64

- Custeio

- Transferências Correntes

SubvençõesSociais

(Sem finalidadelucrativa)

SubvençõesEconômicas

(Com finalidade lucrativa)

- Investimentos (agrega valor ao PIB)

- Inversões Financeiras (não altera o PIB)

- Transferências de Capital

26

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Despesas Correntes/Transferências Correntes/ Subvenções

Lei nº 4.320/64:

“Art. 12, §3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta Lei, as transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como:

I – subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural sem finalidade lucrativa;

II – subvenções econômicas, as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril”.

"I – Das Subvenções Sociais

Art. 16. Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras, a concessão de subvenções sociais visará à prestação essenciais de assistência social, médica e educacional, sempre que a suplementação de recursos de origem privada aplicados a esses objetivos revelar-se mais econômica.

Parágrafo único. O valor das subvenções, sempre que possível, será calculado com base em unidades de serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados, obedecidos os padrões mínimos de eficiência previamente fixados.

Art. 17. Somente à instituição, cujas condições de funcionamento forem julgadas satisfató-rias pelos órgãos oficiais de fiscalização, serão concedidas subvenções”.

“II – Das Subvenções Econômicas

Art. 18. A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza autár-quica ou não, far-se-á mediante subvenções econômicas, expressamente incluídas nas des-pesas correntes do Orçamento da União, do Estado, do Município ou do Distrito Federal.

Parágrafo único. Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas:

a) as dotações destinadas a cobrir a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Governo, de gêneros alimentícios ou outros materiais;

b) as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados gêneros ou materiais.

Art. 19. A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, à empresa de fins lucrativos, salvo quando se tratar de subvenções cuja concessão tenha sido expres-samente autorizada em lei especial”.

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DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS

DESPESAS CORRENTES(DC)

DESPESAS DE CAPITAL(DK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

Arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320/64

- Custeio

- Transferências Correntes

SubvençõesSociais

(Sem finalidadelucrativa)

SubvençõesEconômicas

(Com finalidade lucrativa)

- Investimentos (agrega valor ao PIB)

- Inversões Financeiras (não altera o PIB)

- Transferências de Capital

30

Despesas de Capital/Investimentos

Lei nº 4.320/64:

“Art. 12, §4º Classificam-se como Investimentos as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro”.

“Art. 13...

DESPESAS DE CAPITAL

INVESTIMENTOS

Obras públicas

Serviços em Regime de Programação Especial

Equipamentos e instalações

Material permanente

Participação em constituição ou aumento de capital de empresas ou entidades industriais ou agrícolas

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DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS

DESPESAS CORRENTES(DC)

DESPESAS DE CAPITAL(DK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

Arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320/64

- Custeio - Transferências Correntes

SubvençõesSociais

(Sem finalidadelucrativa)

SubvençõesEconômicas

(Com finalidade lucrativa)

- Investimentos (agrega valor ao PIB)

- Inversões Financeiras (não altera o PIB)

- Transferências de Capital

33

Despesas de Capital/ Inversões Financeiras

Lei nº 4.320/64:

“Art.12, §5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a:

I – aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;

II – aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento de capital;

III – constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros”.

“Art. 13...

DESPESAS DE CAPITAL

INVERSÕES FINANCEIRAS

Aquisição de imóveis

Participação em constituição ou aumento de capital de empresas ou entidades comerciais ou financeiras

Aquisição de títulos representativos de capital de empresas em funcionamento

Constituição de fundos rotativos

Concessão de empréstimos

Diversas inversões financeiras

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DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS

DESPESAS CORRENTES(DC)

DESPESAS DE CAPITAL(DK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

Arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320/64

- Custeio

- Transferências Correntes

SubvençõesSociais

(Sem finalidadelucrativa)

SubvençõesEconômicas

(Com finalidade lucrativa)

- Investimentos (agrega valor ao PIB)

- Inversões Financeiras (não altera o PIB)

- Transferências de Capital

36

Despesas de Capital/Transferências de Capital

Lei nº 4.320/64:

“Art. 12, §6º São transferências de capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independen-temente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei es-pecial anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública”.

Transferências

TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL:

Exemplo:

Foi firmado um convênio entre a União e um determinado município para a construção de um estádio de futebol. A União repassará ao município um valor de R$ 100.000.000,00 para a realização dessa obra (despesa de capital/investimentos ou despesa de capital/investimentos/aplicações diretas/obras e instalações = c.g.mm.ee.dd = 4.4.90.51.xx).

Para a União, que concedeu a transferência de recursos (R$ 100.000.000,00), essa é uma des-pesa de capital/transferência de capital.

Para o município, que recebeu a transferência de recursos (R$ 100.000.000,00), essa é uma re-ceita de capital/transferência de capital.

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Vale ressaltar que este é o momento 1, isto é, o momento em que são realizadas as transferên-cias. O momento 2 será quando o município começar a executar o objeto do convênio, ou seja, realizar a obra de construção do estádio de futebol.

“Art. 13...

DESPESAS DE CAPITAL

TRANSFERÊNCIA DE CAPITAL

Amortização da dívida pública

Auxílios para obras públicas

Auxílios para equipamentos e instalações

Auxílios para inversões financeiras

Outras Contribuições

DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS

(3) DESPESAS CORRENTES(DC)

(4) DESPESAS DE CAPITAL(DK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

A partir da Portaria STN/SOF nº 163/2001; MCASP

1 - Pessoal e Encargos Sociais

2 - Juros e Encargos da Dívida

3 - Outras Despesas Correntes

4 - Investimentos (agrega valor ao PIB)

5 - Inversões Financeiras (não altera o PIB)

6 - Amortização da Dívida

41

Categoria Econômica da Despesa

A despesa, assim como a receita, é classificada em duas categorias econômicas, com os seguin-tes códigos:

CÓDIGO CATEGORIA ECONÔMICA

3 Despesas Correntes

4 Despesas de Capital

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DESPESAS CORRENTES

Classificam-se nessa categoria todas as despesas que não contribuem diretamente para a for-mação ou aquisição de um bem de capital.

DESPESAS DE CAPITAL

Classificam-se nessa categoria aquelas despesas que contribuem diretamente para a formação ou aquisição de um bem de capital.

É importante observar que as despesas orçamentárias de capital mantêm uma correlação com o registro de incorporação de ativo imobilizado, intangível ou investimento (no caso dos grupos de natureza da despesa 4 – investimentos e 5 – inversões financeiras) ou o registro de desincorporação de um passivo (no caso do grupo de despesa 6 – amortização da dívida).

GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA (GND)

É um agregador de elementos de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto, conforme discriminado a seguir:

1 Pessoal e Encargos Sociais

2 Juros e Encargos da Dívida

3 Outras Despesas Correntes

4 Investimentos

5 Inversões Financeiras

6 Amortização da Dívida

DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS

(3) DESPESAS CORRENTES(DC)

(4) DESPESAS DE CAPITAL(DK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

A partir da Portaria STN/SOF nº 163/2001; MCASP

1 - Pessoal e Encargos Sociais

2 - Juros e Encargos da Dívida

3 - Outras Despesas Correntes

4 - Investimentos (agrega valor ao PIB)

5 - Inversões Financeiras (não altera o PIB)

6 - Amortização da Dívida

46

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1. Pessoal e Encargos Sociais

Despesas orçamentárias com pessoal ativo e inativo e pensionistas, relativas a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies re-muneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposen-tadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência, conforme estabelece o caput do art. 18 da Lei Complementar nº 101, de 2000.

DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS

(3) DESPESAS CORRENTES(DC)

(4) DESPESAS DE CAPITAL(DK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

A partir da Portaria STN/SOF nº 163/2001; MCASP

1 - Pessoal e Encargos Sociais

2 - Juros e Encargos da Dívida

3 - Outras Despesas Correntes

4 - Investimentos (agrega valor ao PIB)

5 - Inversões Financeiras (não altera o PIB)

6 - Amortização da Dívida

482. Juros e Encargos da Dívida

Despesas orçamentárias com o pagamento de juros, comissões e outros encargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária.

DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS

(3) DESPESAS CORRENTES(DC)

(4) DESPESAS DE CAPITAL(DK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

A partir da Portaria STN/SOF nº 163/2001; MCASP

1 - Pessoal e Encargos Sociais

2 - Juros e Encargos da Dívida

3 - Outras Despesas Correntes

4 - Investimentos (agrega valor ao PIB)

5 - Inversões Financeiras (não altera o PIB)

6 - Amortização da Dívida

50

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3. Outras Despesas Correntes

Despesas orçamentárias com aquisição de material de consumo, pagamento de diárias, contribuições, subvenções, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, além de outras des-pesas da categoria econômica "Despesas Correntes" não classificáveis nos demais grupos de natureza de despesa.

DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS

(3) DESPESAS CORRENTES(DC)

(4) DESPESAS DE CAPITAL(DK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

A partir da Portaria STN/SOF nº 163/2001; MCASP

1 - Pessoal e Encargos Sociais

2 - Juros e Encargos da Dívida

3 - Outras Despesas Correntes

4 - Investimentos (agrega valor ao PIB)

5 - Inversões Financeiras (não altera o PIB)

6 - Amortização da Dívida

52

4. Investimentos

Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.

DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS

(3) DESPESAS CORRENTES(DC)

(4) DESPESAS DE CAPITAL(DK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

A partir da Portaria STN/SOF nº 163/2001; MCASP

1 - Pessoal e Encargos Sociais

2 - Juros e Encargos da Dívida

3 - Outras Despesas Correntes

4 - Investimentos (agrega valor ao PIB)

5 - Inversões Financeiras (não altera o PIB)

6 - Amortização da Dívida

54

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5. Inversões Financeiras

Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; aqui-sição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a constituição ou au-mento do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis nesse grupo.

DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS

(3) DESPESAS CORRENTES(DC)

(4) DESPESAS DE CAPITAL(DK)

Classificação quanto às Categorias Econômicas

A partir da Portaria STN/SOF nº 163/2001; MCASP

1 - Pessoal e Encargos Sociais

2 - Juros e Encargos da Dívida

3 - Outras Despesas Correntes

4 - Investimentos (agrega valor ao PIB)

5 - Inversões Financeiras (não altera o PIB)

6 - Amortização da Dívida

56

6. Amortização da Dívida

Despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualiza-ção monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária.

Observação:

A Reserva de Contingência e a Reserva do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), des-tinadas ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos, bem como eventos fiscais imprevistos, inclusive a abertura de créditos adicionais, serão classificadas, no que se refere ao grupo de natureza de despesa, com o código "9".

Codificação da Despesa

CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA POR NATUREZA

A classificação da despesa orçamentária, segundo a sua natureza, compõe-se de:

I – Categoria Econômica;

II – Grupo de Natureza da Despesa; e

III – Elemento de Despesa.

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A natureza da despesa será complementada pela informação gerencial denominada “modali-dade de aplicação”, a qual tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federa-ção e suas respectivas entidades, e objetiva, precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados.

ESTRUTURA DA NATUREZA DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA

O conjunto de informações que constitui a natureza de despesa orçamentária forma um código estruturado que agrega a categoria econômica, o grupo, a modalidade de aplicação e o elemento. Essa estrutura deve ser observada na execução orçamentária de todas as esferas de governo.

O código da natureza de despesa orçamentária é composto por seis dígitos, desdobrado até o nível de elemento ou, opcionalmente, por oito, contemplando o desdobramento facultativo do elemento.

A classificação da Reserva de Contingência bem como a Reserva do RPPS, quanto à natureza da despesa orçamentária, serão identificadas com o código “9.9.99.99”, conforme estabelece o parágrafo único do art. 8º da Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de 2001.

A estrutura formada por código numérico de 8 dígitos é:

Categoria Econômica, Grupo de Natureza da Despesa, Modalidade de Aplicação, Elemento da Despesa, Desdobramento Facultativo do Elemento de Despesa: c.g.mm.ee.dd

Categoria Econômica da Despesa

A despesa, assim como a receita, é classificada em duas categorias econômicas, com os seguin-tes códigos:

CÓDIGO CATEGORIA ECONÔMICA

3 Despesas Correntes

4 Despesas de Capital

GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA (GND)

É um agregador de elementos de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto, conforme discriminado a seguir:

1 Pessoal e Encargos Sociais

2 Juros e Encargos da Dívida

3 Outras Despesas Correntes

4 Investimentos

5 Inversões Financeiras

6 Amortização da Dívida

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MODALIDADE DE APLICAÇÃO

A modalidade de aplicação tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamen-te por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de governo ou por outro ente da Fe-deração e suas respectivas entidades. Indica se os recursos serão aplicados diretamente pela unidade detentora do crédito ou mediante transferência para entidades públicas ou priva-das. A modalidade também permite a eliminação de dupla contagem no orçamento.

Alguns exemplos:

20 TRANSFERÊNCIAS À UNIÃO

30 TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL

40 TRANSFERÊNCIAS A MUNICÍPIOS

50 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS

60 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS COM FINS LUCRATIVOS

70 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES MULTIGOVERNAMENTAIS

80 TRANSFERÊNCIAS AO EXTERIOR

90 APLICAÇÕES DIRETAS

91 APLICAÇÃO DIRETA DECORRENTE DE OPERAÇÃO ENTRE ÓRGÃOS, FUNDOS E ENTIDA-DES INTEGRANTES DOS ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL

99 A DEFINIR

Existem outros códigos de modalidade de aplicação, como:

22 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA À UNIÃO

31 TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL – FUNDO A FUNDO

32 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL

41 TRANSFERÊNCIAS A MUNICÍPIOS – FUNDO A FUNDO

42 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A MUNICÍPIOS

71 TRANSFERÊNCIAS A CONSÓRCIOS PÚBLICOS

72 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A CONSÓRCIOS PÚBLICOS

90 – Aplicações Diretas

Aplicação direta, pela unidade orçamentária, dos créditos a ela alocados ou oriundos de des-centralização de outras entidades integrantes ou não dos Orçamentos Fiscal ou da Seguridade Social, no âmbito da mesma esfera de governo.

91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social

Despesas orçamentárias de órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais depen-dentes e outras entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social decorrentes

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da aquisição de materiais, bens e serviços, pagamento de impostos, taxas e contribuições, além de outras operações, quando o recebedor dos recursos também for órgão, fundo, autar-quia, fundação, empresa estatal dependente ou outra entidade constante desses orçamentos, no âmbito da mesma esfera de Governo.

Receitas de Operações Intraorçamentárias:

Operações intraorçamentárias são aquelas realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes do orçamento fiscal e do orçamento da seguridade social do mesmo ente federativo; por isso, não representam novas entradas de recursos nos cofres públicos do ente, mas apenas movimentação de receitas entre seus órgãos.

As receitas intraorçamentárias são a contrapartida das despesas classificadas na modalidade de aplicação “91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes do Orçamento Fiscal e do Orçamento da Seguridade Social” que, devidamente identificadas, possibilitam anulação do efeito da dupla contagem na consolidação das contas governamentais.

ELEMENTO DE DESPESA

Tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, sub-venções sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amorti-zação e outros que a administração pública utiliza para a consecução de seus fins.

Alguns exemplos:

01 Aposentadorias e Reformas

03 Pensões

11 Vencimentos e Vantagens Fixas – Pessoal Civil

13 Obrigações Patronais

14 Diárias – Civil

15 Diárias – Militar

30 Material de Consumo

33 Passagens e Despesas com Locomoção

36 Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Física

39 Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica

51 Obras e Instalações

52 Equipamentos e Material Permanente

61 Aquisição de Imóveis

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DESDOBRAMENTO FACULTATIVO DO ELEMENTO DA DESPESA

Conforme as necessidades de escrituração contábil e o controle da execução orçamentária, fica facultado, por parte de cada ente, o desdobramento dos elementos de despesa.

Codificação da Despesa

Exemplo:

1. Despesas com Vencimentos e Vantagens Fixas de Pessoal.

c g mm ee dd

3 1 90 11 xx

Onde:

3. Categoria Econômica: Despesas Correntes;

1. grupo de natureza da despesa: Pessoal e Encargos Sociais;

90. mmodalidade de aplicação: Aplicação Direta;

11. eelemento de despesa: Vencimentos e Vantagens Fixas de Pessoal;

xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa.

Exemplo:

2. Despesas com aquisições de materiais de consumo (medicamentos, merendas, material de limpeza, material de copa e cozinha, material de expediente, etc.)

c g mm ee dd

3 3 90 30 xx

Onde:

3. Categoria Econômica: Despesas Correntes;

3. grupo de natureza da despesa: Outras Despesas Correntes;

90. mmodalidade de aplicação: Aplicação Direta;

30. eelemento de despesa: Material de Consumo;

xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa.

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Exemplo:

3. Despesas com contratações de Serviços de Terceiros de Pessoa Jurídica (fornecimento de Energia Elétrica, de água, de telefonia, de gás, manutenção dos elevadores, etc.)

c g mm ee dd

3 3 90 39 xxOnde:

3. Categoria Econômica: Despesas Correntes;

3. grupo de natureza da despesa: Outras Despesas Correntes;

90. mmodalidade de aplicação: Aplicação Direta;

39. eelemento de despesa: Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica;

xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente Público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa.

Exemplo:

4. Despesas com Obras e Instalações (construção de rodovias, construção de escolas, constru-ção de hospitais, etc.)

c g mm ee dd

4 4 90 51 xx

Onde:

4. Categoria Econômica: Despesas de Capital;

4. grupo de natureza da despesa: Investimentos;

90. mmodalidade de aplicação: Aplicação Direta;

51. eelemento de despesa: Obras e Instalações;

xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa.

Exemplo:

5. Despesas com aquisições de Equipamentos e Materiais Permanentes (ambulâncias, veículos oficiais, tratores, computadores, mobiliário em geral, carteiras escolares, etc.)

c g mm ee dd

4 4 90 52 xxOnde:

4. Categoria Econômica: Despesas de Capital;

4. grupo de natureza da despesa: Investimentos;

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90. mmodalidade de aplicação: Aplicação Direta;

52. eelemento de despesa: Equipamentos e Materiais Permanentes;

xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa.

Exemplo:

6. Despesas com aquisições de Equipamentos e Materiais Permanentes USADOS, de SEGUN-DA MÃO (ambulâncias, veículos oficiais, tratores, computadores, mobiliário em geral, car-teiras escolares, etc.)

c g mm ee dd

4 5 90 52 xx

Onde:

4. Categoria Econômica: Despesas de Capital;

5. grupo de natureza da despesa: Inversões Financeiras;

90. mmodalidade de aplicação: Aplicação Direta;

52. eelemento de despesa: Equipamentos e Materiais Permanentes;

xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa.

Exemplo:

7. Despesas com Aquisição de Imóveis (não* necessários à execução de obras públicas)

*Basta constar Aquisição de Imóveis. Para considerar como Despesas de Capital/Investimentos tem constar vir a observação “necessário à execução de obras”.

c g mm ee dd

4 5 90 61 xx

4. Categoria Econômica: Despesas de Capital;

5. grupo de natureza da despesa: Inversões Financeiras;

90. mmodalidade de aplicação: Aplicação Direta;

61. eelemento de despesa: Aquisição de Imóveis;

xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa.

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Exemplo:

8. Foi firmado um convênio entre a União e um determinado município para aquisição de medicamentos para a rede pública municipal. A União repassará ao município um valor de R$ 1.000.000,00 para a realização dessa compra.

TRANSFERÊNCIAS CORRENTES:

Para a União, que concedeu a transferência de recursos (R$ 1.000.000,00), essa é uma despesa corrente/transferência corrente.

c g mm ee dd

3 3 40 30 xx

3. Categoria Econômica: Despesas Correntes;

3. grupo de natureza da despesa: Outras Despesas Correntes;

40. mmodalidade de aplicação: Transferências a Municípios;

30. eelemento de despesa: Material de Consumo;

xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa.

Exemplo:

9. Foi firmado um convênio entre a União e um determinado município para a construção de um estádio de futebol. A União repassará ao município um valor de R$ 100.000.000,00 para a realização dessa obra .

TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL:

Para a União, que concedeu a transferência de recursos (R$ 100.000.000,00), essa é uma despesa de capital/transferência de capital.

c g mm ee dd

4 4 40 51 xx

4. Categoria Econômica: Despesas de Capital;

4. grupo de natureza da despesa: Investimentos;

40. mmodalidade de aplicação: Transferências a Municípios;

51. eelemento de despesa: Obras e Instalações;

xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa.

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PARA LEITURA

Despesa, de acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), da STN – Parte I – Procedimentos Contábeis Orçamentários:

No processo de aquisição de bens ou serviços por parte do ente da federação, é necessário observar alguns passos para que se possa proceder à adequada classificação quanto à natureza de despesa e garantir que a informação contábil seja fidedigna.

1º Passo – Identificar se o registro do fato é de caráter orçamentário ou extraorçamentário.

Orçamentários – As despesas de caráter orçamentário necessitam de recurso público para sua realização e constituem instrumento para alcançar os fins dos programas governamentais. É exemplo de despesa de natureza orçamentária a contratação de bens e serviços para realização de determinação ação, como serviços de terceiros, pois se faz necessária a emissão de empe-nho para suportar esse contrato.

Extraorçamentários – são aqueles decorrentes de:

I – Saídas compensatórias no ativo e no passivo financeiro – representam desembolsos de recursos de terceiros em poder do ente público, tais como:

a) Devolução dos valores de terceiros (cauções/depósitos) – a caução em dinheiro constitui uma garantia fornecida pelo contratado e tem como objetivo assegurar a execução do contrato celebrado com o poder público. Ao término do contrato, se o contratado cumpriu com todas as obrigações, o valor será devolvido pela administração pública. Caso haja execução da garantia contratual, para ressarcimento da Administração pelos valores das multas e indenizações a ela devidos, será registrada a baixa do passivo financeiro em contrapartida a receita orçamentária.

b) Recolhimento de consignações/retenções – são recolhimentos de valores anteriormente retidos na folha de salários de pessoal ou nos pagamentos de serviços de terceiros;

c) Pagamento das operações de crédito por Antecipação de Receita Orçamentária (ARO) – conforme determina a LRF, as antecipações de receitas orçamentárias para atender a insuficiência de caixa deverão ser quitadas até o dia 10 de dezembro de cada ano. Tais pagamentos não necessitam de autorização orçamentária para que sejam efetuados;

d) Pagamentos de salário-família, salário-maternidade e auxílio-natalidade – os benefícios da Previdência Social adiantados pelo empregador, por força de lei, têm natureza extraorçamentária e, posteriormente, serão objeto de compensação ou restituição.

II – Pagamento de Restos a Pagar – são as saídas para pagamentos de despesas empenhadas em exercícios anteriores.

Se o desembolso é orçamentário, ir para o próximo passo.

2º Passo – Identificar a categoria econômica da despesa orçamentária, verificando se é uma despesa corrente ou de capital, conforme conceitos dispostos no item 4.3.1.1 deste Manual.

3. Despesas Correntes; e 4. Despesas de Capital.

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Conforme já mencionado, as despesas de capital ensejam o registro de incorporação de ativo imobilizado, intangível ou investimento (no caso dos grupos de despesa 4 – investimentos e 5 – inversões financeiras) ou o registro de desincorporação de um passivo (no caso do grupo de despesa 6 – amortização da dívida).

3º Passo – Observada a categoria econômica da despesa, o próximo passo é verificar o grupo de natureza da despesa orçamentária, conforme conceitos estabelecidos no item 4.3.1.2 deste Manual.

1. Pessoal e Encargos Sociais;

2. Juros e Encargos da Dívida;

3. Outras Despesas Correntes;

4. Investimentos;

5. Inversões Financeiras; e

6. Amortização da Dívida.

Para efeito de classificação, as Reservas do RPPS e de Contingência serão identificadas como grupo “9”, todavia não são passíveis de execução, servindo de fonte para abertura de créditos adicionais, mediante os quais se dará efetivamente a despesa que será classificada nos respectivos grupos.

4º Passo – Por fim, far-se-á a identificação do elemento de despesa, ou seja, o objeto fim do gasto, de acordo com as descrições dos elementos constantes no item 4.3.1.4 deste Manual. Normalmente, os elementos de despesa guardam correlação com os grupos, mas não há impedimento para que um elemento típico de despesa corrente esteja relacionado a um grupo de despesa de capital.

Seguem exemplos (não exaustivos):

GRUPOS EXEMPLOS DE COMBINAÇÕES COM OS ELEMENTOS

1 – Pessoal e Encargos Sociais

01 – Aposentadorias e Reformas 03 – Pensões 04 – Contratação por Tempo Determinado 05 – Outros Benefícios Previdenciários 11 – Vencimentos e Vantagens Fixas – Pessoal Civil 13 – Obrigações Patronais 16 – Outras Despesas Variáveis – Pessoal Civil 17 – Outras Despesas Variáveis – Pessoal Militar

GRUPOS EXEMPLOS DE COMBINAÇÕES COM OS ELEMENTOS

2 – Juros e Encargos da Dívida

21 – Juros sobre a Dívida por Contrato 22 – Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato 23 – Juros, Deságios e Descontos da Dív. Mobiliária24 – Outros Encargos sobre a Dívida Mobiliária

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GRUPOS EXEMPLOS DE COMBINAÇÕES COM OS ELEMENTOS

3 – Outras Despesas Correntes

30 – Material de Consumo 32 – Material de Distribuição Gratuita 33 – Passagens e Despesas com Locomoção 35 – Serviços de Consultoria 36 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Física 37 – Locação de Mão de Obra38 – Arrendamento Mercantil 39 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica

GRUPOS EXEMPLOS DE COMBINAÇÕES COM OS ELEMENTOS

4 – Investimentos

30 – Material de Consumo 33 – Passagens e Despesas com Locomoção 51 – Obras e Instalações 52 – Equipamentos e Material Permanente 61 – Aquisição de Imóveis

GRUPOS EXEMPLOS DE COMBINAÇÕES COM OS ELEMENTOS

5 – Inversões Financeiras 61 – Aquisição de Imóveis 63 – Aquisição de Títulos de Crédito 64 – Aquis. Títulos Repr. Capital já Integralizado

GRUPOS EXEMPLOS DE COMBINAÇÕES COM OS ELEMENTOS

6 – Amortização da Dívida

71 – Principal da Dívida Contratual Resgatado 72 – Principal da Dívida Mobiliária Resgatado 73 – Correção Monetária ou Cambial da Dívida Contratual Resgatada

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Questões

Despesas Públicas1. (Esaf – Analista de Planejamento e Orça-

mento – MPOG – 2008)

Com base no Manual Técnico do Orçamen-to – 2008, a despesa é classificada em duas categorias econômicas: despesas correntes e despesas de capital. Aponte a única opção incorreta no que diz respeito à Despesa.

a) Classificam-se em despesas correntes todas as despesas que não contri-buem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.

b) Investimentos são despesas com o plane-jamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipa-mentos e material permanente.

c) Agrupam-se em amortização da dívida as despesas com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna ou externa.

d) São incluídas em inversões financeiras as despesas com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização.

e) Classificam-se em despesas de capital aquelas despesas que contribuem, direta-mente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, incluindo-se as des-pesas com o pagamento de juros e comis-sões de operações de crédito internas.

2. (Esaf – Analista de Finanças e Controle – STN – 2013)

Entre as opções abaixo, indique a despesa que não corresponde à classificação das Despesas Correntes, segundo a classificação orçamentária brasileira.

a) Salário-família.

b) Serviços de consultoria. c) Amortização da dívida pública interna. d) Juros e encargos da dívida pública ex-

terna. e) Aquisição de material de consumo.

3. (Esaf – Auditor – TCE-GO – 2007)A dotação orçamentária destinada a amor-tização da dívida pública externa classifica--se como: a) transferência corrente. b) transferência de capital. c) inversão financeira. d) despesa de custeio. e) investimento.

4. (Esaf – Analista Contábil-Financeiro – Sefaz/CE – 2007)Despesas Correntes segundo a classifica-ção orçamentária brasileira são aquelas efetuadas para a manutenção dos serviços anteriormente criados na Administração Pública. Aponte a única despesa que não pertence a esse grupo. a) Pessoal e encargos sociais. b) Conservação e adaptação de bens

imóveis. c) Subvenções sociais. d) Salário família. e) Aquisição de instalações.

5. (Esaf – Procurador da Fazenda Nacional – 2012)Suponha-se que a União pretenda adquirir o imóvel onde atualmente está instalada, mediante contrato de aluguel, a sede da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Nesse caso, a despesa pública será classifi-cada como: a) despesa corrente, por destinada à ma-

nutenção de serviço anteriormente criado.

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b) transferência corrente, por destinada à manutenção de entidade de direito pú-blico.

c) investimento, por acarretar aumento patrimonial.

d) inversão financeira, por destinada à aquisição de imóvel.

e) transferência de capital, por implicar di-minuição da dívida pública.

6. (Esaf – AUFC – TCU – 2006)

Identifique a opção falsa com relação à clas-sificação da despesa pública segundo a na-tureza, contida na Portaria Interministerial n. 163, de 4 de maio de 2001, a ser obser-vada na execução orçamentária de todas as esferas de governo.

a) Categoria econômica. b) Grupo de natureza da despesa. c) Elemento de despesa. d) Modalidade de aplicação. e) Desdobramento obrigatório do elemen-

to de despesa.

7. (Esaf – AFC-STN – Contábil – Financeiro – 2005)

Segundo o que dispõe a Portaria Interminis-terial STN/SOF nº 163, de 04.05.2001, na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à natureza, deverá ser feita:

a) obrigatoriamente por sub-elemento de despesa.

b) somente por categoria econômica e grupo de despesa.

c) somente por categoria econômica. d) por categoria econômica e elemento de

despesa. e) no mínimo por categoria econômica,

grupo de natureza de despesa e modali-dade de aplicação.

8. (Esaf – Analista Administrativo – Contábil – DNIT – 2013)

Assinale a opção em que a operação carac-teriza-se por ser uma despesa orçamentária

de capital e constitui-se em uma despesa efetiva para o ente público.

a) Aquisição de veículo para posterior do-ação.

b) Pagamento de juros da dívida contratual. c) Baixa de bem móvel por ter se tornado

inservível. d) Aquisição de terreno para a construção

de imóvel. e) Transferências de capital.

9. (Esaf – AFC-CGU – Correição – 2006)

Na classificação da despesa pública segun-do a natureza, no Brasil, um Grupo de Na-tureza da Despesa agrega os elementos de despesa com a mesma característica quanto ao objeto de gasto.

Identifique qual despesa não pertence a esse grupo.

a) Pessoal e encargos sociais. b) Investimentos. c) Amortização de empréstimos. d) Inversões financeiras. e) Juros e encargos da dívida.

10. (Esaf – Analista Contábil-Financeiro – Sefaz--CE – 2007)

Assinale a opção falsa em relação às ca-racterísticas da classificação econômica da despesa estabelecidas pela Lei n. 4.320/64 e Portaria STN/SOF n. 163/2001.

a) O primeiro dígito do código da natureza da despesa indica que a despesa é clas-sificada como corrente ou de capital.

b) A origem dos recursos, em termos tri-butários, está presente na classificação.

c) A modalidade aplicação 40 significa que os recursos são destinados a transfe-rências para municípios.

d) A despesa de pessoal identifica-se na classificação econômica da despesa.

e) A indicação de que os recursos são des-tinados à aquisição de serviços identifi-ca-se pelo elemento de despesa.

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Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) – Administração Pública – Prof. Fábio Furtado

11. (Esaf – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010)

O administrador público federal, ao elabo-rar o orçamento nas modalidades de aplica-ção 30, 40, 50 e 90, está sinalizando para a sociedade que:

a) a estratégia na aplicação dos recursos prioriza a região onde se localiza a enti-dade, embora mediante transferência.

b) a estratégia será entregar os recursos a outra entidade pública da mesma esfe-ra de governo e que a aplicação ocorre-rá sob sua supervisão.

c) a estratégia, na realização da despesa, será transferir os recursos a estados, municípios e entidades privadas, bem como aplicar, ela mesma, parte destes.

d) a entidade possui projetos e atividades tanto da área fim quanto da área meio.

e) os bens e serviços a serem adquiridos serão utilizados pela própria entidade no desempenho de suas atividades.

12. (Esaf – Técnico de Nível Superior – ENAP-MPOG – 2006)

A despesa pública brasileira pode ser classi-ficada segundo categorias econômicas, gru-pos de despesa e modalidades de aplicação.

Identifique a única opção que não pertence aos grupos de natureza de despesa.

a) Pessoal e Encargos. b) Juros e Encargos da Dívida Pública. c) Outras Despesas Correntes. d) Transferências a Instituições Privadas

sem Fins Lucrativos. e) Inversões Financeiras e Amortização da

Dívida Pública.

13. (Esaf – APOFP – Sefaz-SP – 2009)Assinale a opção falsa a respeito da concei-tuação e classificação da despesa orçamen-tária brasileira.

a) A devolução de depósitos feitos em ga-rantia é uma despesa que transita pelo orçamento, embora sem afetar a situa-ção patrimonial líquida.

b) A despesa orçamentária nem sempre é uma despesa de caráter econômico, ou seja, não afeta a situação patrimonial lí-quida.

c) O consumo de um ativo do ente público pode não decorrer de uma despesa or-çamentária.

d) Na classificação econômica da despesa, utiliza-se complementarmente a modali-dade de aplicação para determinar se os recursos foram aplicados pela mesma es-fera de governo ou se foram transferidos.

e) Na classificação econômica, os grupos de despesa têm a finalidade de agrupar as despesas que apresentam as mes-mas características em relação ao obje-to do gasto.

14. (Esaf – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010)A respeito dos dispêndios extraorçamentá-rios, também conhecidos como despesa ex-traorçamentária, é correto afirmar: a) toda baixa no patrimônio não prevista

na lei orçamentária é um dispêndio ex-traorçamentário.

b) a saída de recursos a título extraorçamen-tário não se observa nas entidades da ad-ministração direta em razão de estarem submetidas à lei orçamentária anual.

c) os dispêndios, quando ocorrem, advêm de ingressos extraorçamentários do mesmo exercício.

d) os dispêndios extraorçamentários estão relacionados sempre com as operações da atividade fim da entidade.

e) não alteram a situação patrimonial lí-quida, visto que são oriundos de fatos contábeis permutativos.

Gabarito: 1. E 2. C 3. B 4. E 5. D 6. E 7. E 8. E 9. C 10. B 11. C 12. D 13. A 14. E

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CLASSIFICAÇÕES INSTITUCIONAL, FUNCIONAL E PROGRAMÁTICA DA DESPESA PÚBLICA

CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL

A classificação institucional reflete a estrutura de alocação dos créditos orçamentários e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária.

Alguns exemplos de órgão orçamentário e unidade orçamentária do Governo Federal:

ÓRGÃO UNIDADE ORÇAMENTÁRIA

26000 Ministério da Educação

26242 Universidade Federal de Pernambuco

26277 Fundação Universidade Federal de Ouro Preto

26321 Escola Agrotécnica Fe-deral de Manaus

ÓRGÃO UNIDADE ORÇAMENTÁRIA

30000 Ministério da Justiça

30107 Departamento de Polí-cia Rodoviária Federal

30911 Fundo Nacional de Se-gurança Pública

ÓRGÃO UNIDADE ORÇAMENTÁRIA

39000 Ministério dos Transportes

39250Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)

39252Departamento Nacio-nal de Infraestrutura de Transportes (DNIT)

Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias (art. 14 da Lei nº 4.320/1964).

Os órgãos orçamentários, por sua vez, correspondem a agrupamentos de unidades orçamentárias.

As dotações são consignadas às unidades orçamentárias, responsáveis pela realização das ações.

No caso do Governo Federal, o código da classificação institucional compõe-se de cinco dígi-tos, sendo os dois primeiros reservados à identificação do órgão e os demais à unidade orça-mentária. Não há ato que a estabeleça, sendo definida no contexto da elaboração da lei orça-mentária anual ou da abertura de crédito especial.

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XX XXX

Órgão Orçamentário Unidade Orçamentária

Orçamento “Min. Transportes/DNIT”39 252

Programa de Trabalho: 39.252.26.782.0663.2324.0002 Ano: 20xx

N.D(c.g.mm.ee.) Descrição Valor (R$)

3.1.90.11 Vencimentos e Vantagens Fixas de Pessoal 100.000.000,00

3.3.90.30 Material de Consumo 2.000.000,00

3.3.90.39 Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica 7.000.000,00

3.3.90.92 Despesas de Exercícios Anteriores 1.000.000,00

4.4.90.51 Obras e Instalações 80.000.000,00

4.4.90.52 Equipamentos e Materiais Permanentes 10.000.000,00

Total 200.000.000,00

Classificação Funcional-Programática da Despesa Pública (Portaria nº 42/99 do MPOG)

A classificação funcional é composta de:

Função e Subfunção.

Art. 1º As funções a que se refere o art. 2º, inciso I, da Lei no 4.320, de 17 de março de 1964, discri-minadas no Anexo 5 da mesma Lei, e alterações posteriores, passam a ser as constantes do Anexo que acompanha esta Portaria.

§ 1º Como função, deve entender-se o maior nível de agregação das diversas áreas de despe-sa que competem ao setor público.

Função: 26 (Transporte)Subfunção: 782 (Transporte Rodoviário);

Programa de Trabalho: 39.252.26.782.0663.2324.0002 Ano: 20xx

N.D(c.g.mm.ee.) Descrição Valor (R$)

3.1.90.11 Vencimentos e Vantagens Fixas de Pessoal 100.000.000,00

3.3.90.30 Material de Consumo 2.000.000,00

3.3.90.39 Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica 7.000.000,00

3.3.90.92 Despesas de Exercícios Anteriores 1.000.000,00

4.4.90.51 Obras e Instalações 80.000.000,00

4.4.90.52 Equipamentos e Materiais Permanentes 10.000.000,00

Total 200.000.000,00

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Orçamento “Min. Transportes/DNIT”

Programa de Trabalho: 39.252.26.782.0663.2324.0002 Ano: 20xx

39 Ministério dos Transportes Órgão

252 Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Unidade Orçamentária

26 Transportes Função

782 Transporte Rodoviário Subfunção

0663 Segurança nas Rodovias Federais Nome do Programa

2324 Manutenção da Sinalização Rodoviária Ação (Atividade)

0002 Rio de Janeiro Localização Geográfica

Função: 12 (Educação)

Subfunção: 364 (Ensino Superior);

Programa de Trabalho: 26.242.12.364.XXXX.XXXX.XXXX Ano: 20xx

N.D(c.g.mm.ee.) Descrição Valor (R$)

3.1.90.11 Vencimentos e Vantagens Fixas de Pessoal 100.000.000,00

3.3.90.30 Material de Consumo 2.000.000,00

3.3.90.39 Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica 7.000.000,00

3.3.90.92 Despesas de Exercícios Anteriores 1.000.000,00

4.4.90.51 Obras e Instalações 80.000.000,00

4.4.90.52 Equipamentos e Materiais Permanentes 10.000.000,00

Total 200.000.000,00

Orçamento “Min. Educação/UFPE”

Programa de Trabalho: 26.242.12.364.XXXX.XXXX.XXXX Ano: 20xx

26 Ministério da Educação Órgão

242 Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Unidade Orçamentária

12 Educação Função

364 Ensino Superior Subfunção

XXXX [...] Nome do Programa

XXXX [...] Ação (Atividade)

XXXX [...] Localização Geográfica

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Classificação Funcional-Programática da Despesa Pública(Portaria nº 42/99 do MPOG)

§ 2º A função "Encargos Especiais" engloba as despesas em relação às quais não se possa asso-ciar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressar-cimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra.

§ 3º A subfunção representa uma partição da função, visando a agregar determinado subcon-junto de despesa do setor público.

§ 4º As subfunções poderão ser combinadas com funções diferentes daquelas a que estejam vinculadas, na forma do Anexo a esta Portaria.

Funcional (Art. 1º ):

Função

É o maior nível de agregação da despesa.Ex.: saúde, educação, transporte, habitação, etc.

SubfunçãoÉ uma partição da função.

Ex.: Função: transporte.Subfunções: transporte aéreo; transporte rodoviário.

Classificação Funcional-Programática da Despesa Pública (Portaria nº 42/99 do MPOG)

FUNÇÕES SUBFUNÇÕES

01 – Legislativa 031 – Ação Legislativa 032 – Controle Externo

02 – Judiciária 061 – Ação Judiciária062 – Defesa do Interesse Público no Processo Judiciário

03 – Essencial à Justiça 091 – Defesa da Ordem Jurídica092 – Representação Judicial e Extrajudicial

04 – Administração

121 – Planejamento e Orçamento122 – Administração Geral123 – Administração Financeira124 – Controle Interno125 – Normatização e Fiscalização126 – Tecnologia da Informação127 – Ordenamento Territorial128 – Formação de Recursos Humanos129 – Administração de Receitas130 – Administração de Concessões131 – Comunicação Social

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FUNÇÕES SUBFUNÇÕES

05 – Defesa Nacional151 – Defesa Área152 – Defesa Naval153 – Defesa Terrestre

06 – Segurança Pública181 – Policiamento182 – Defesa Civil183 – Informação e Inteligência

07 – Relações Exteriores 211 – Relações Diplomáticas212 – Cooperação Internacional

08 – Assistência Social

241 – Assistência ao Idoso242 – Assistência ao Portador de Deficiência243 – Assistência à Criança e ao Adolescente244 – Assistência Comunitária

09 – Previdência Social

271 – Previdência Básica272 – Previdência do Regime Estatutário273 – Previdência Complementar274 – Previdência Especial

10 – Saúde

301 – Atenção Básica302 – Assistência Hospitalar e Ambulatorial303 – Suporte Profilático e Terapêutico304 – Vigilância Sanitária305 – Vigilância Epidemiológica306 – Alimentação e Nutrição

11 – Trabalho

331 – Proteção e Benefícios ao Trabalhador332 – Relações de Trabalho333 – Empregabilidade334 – Fomento ao Trabalho

12 – Educação

361 – Ensino Fundamental362 – Ensino Médio363 – Ensino Profissional364 – Ensino Superior365 – Educação Infantil366 – Educação de Jovens e Adultos367 – Educação Especial

13 – Cultura 391 – Patrimônio Histórico, Artístico e Arqueológico392 – Difusão Cultural

14 – Direitos da Cidadania421 – Custódia e Reintegração Social422 – Direitos Individuais, Coletivos e Difusos423 – Assistência aos Povos Indígenas

15 – Urbanismo451 – Infraestrutura Urbana452 – Serviços Urbanos453 – Transportes Coletivos Urbanos

16 – Habitação 481 – Habitação Rural482 – Habitação Urbana

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FUNÇÕES SUBFUNÇÕES

17 – Saneamento 511 – Saneamento Básico Rural512 – Saneamento Básico Urbano

18 – Gestão Ambiental

541 – Preservação e Conservação Ambiental542 – Controle Ambiental543 – Recuperação de Áreas Degradadas544 – Recursos Hídricos545 – Meteorologia

19 – Ciência e Tecnologia571 – Desenvolvimento Científico572 – Desenvolvimento Tecnológico e Engenharia573 – Difusão do Conhecimento Científico e Tecnológico

20 – Agricultura

601 – Promoção da Produção Vegetal602 – Promoção da Produção Animal603 – Defesa Sanitária Vegetal604 – Defesa Sanitária Animal605 – Abastecimento606 – Extensão Rural607 – Irrigação

21 – Organização Agrária 631 – Reforma Agrária632 – Colonização

22 – Indústria

661 – Promoção Industrial662 – Produção Industrial663 – Mineração664 – Propriedade Industrial665 – Normalização e Qualidade

23 – Comércio e Serviços

691 – Promoção Comercial692 – Comercialização693 – Comércio Exterior694 – Serviços Financeiros695 – Turismo

24 – Comunicações 721 – Comunicações Postais722 – Telecomunicações

25 – Energia

751 – Conservação de Energia752 – Energia Elétrica753 – Petróleo754 – Álcool

26 – Transporte

781 – Transporte Aéreo782 – Transporte Rodoviário783 – Transporte Ferroviário784 – Transporte Hidroviário785 – Transportes Especiais

27 – Desporto e Lazer811 – Desporto de Rendimento812 – Desporto Comunitário813 – Lazer

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28 – Encargos Especiais

841 – Refinanciamento da Dívida Interna842 – Refinanciamento da Dívida Externa843 – Serviço da Dívida Interna844 – Serviço da Dívida Externa845 – Transferências846 – Outros Encargos Especiais

A classificação ou estrutura programática é composta de:

programa; projeto/atividade/operações especiais.

Art. 2º Para os efeitos da presente Portaria, entendem-se por:

a) Programa, o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual;

b) Projeto, um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envol-vendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo;

c) Atividade, um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, en-volvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo;

d) Operações Especiais, as despesas que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não geram contraprestação direta sob a for-ma de bens ou serviços.

Art. 3º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabelecerão, em atos próprios, suas estruturas de programas, códigos e identificação, respeitados os conceitos e determinações desta Portaria.

Art. 4º Nas leis orçamentárias e nos balanços, as ações serão identificadas em termos de funções, subfunções, programas, projetos, atividades e operações especiais.

Parágrafo único. No caso da função "Encargos Especiais", os programas corresponderão a um código vazio, do tipo "0000".

Art. 5º A dotação global denominada "Reserva de Contingência", permitida para a União no art. 91 do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, ou em atos das demais esferas de Governo, a ser utilizada como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais e sob coordenação do órgão res-ponsável pela sua destinação, será identificada por código definido pelos diversos níveis de governo.

Art. 6º O disposto nesta Portaria se aplica aos orçamentos da União, dos Estados e do Distrito Federal para o exercício financeiro de 2000 e seguintes, e aos Municípios a partir do exercício financeiro de 2002, revogando-se a Portaria no 117, de 12 de novembro de 1998, do ex-Ministro do Planejamento e Orçamento, e demais disposições em contrário.

Art. 7º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

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Programática (Art. 2º ):

programa; projeto / atividade / operações especiais.

Programa é o que vincula a LOA ao PPA.

É por isso que a nossa LOA é chamada de ORÇAMENTO-PROGRAMA

Projeto: limitado no tempo; / expansão / aperfeiçoamento

Atividade: modo contínuo e permanente; manutenção

Operações Especiais: Gastos que não servem nem para a manutenção nem para a expansão ou aperfeiçoamento da ação de governo.

Ex.: pagamento da dívida pública, pagamento de indenizações, ressarcimentos, etc.

Exemplo:PT:

XX . XXX . XX . XXX . XXXX . XXXX . XXXX

Onde:

Classificação Institucional (órgão . UO)

Classificação Funcional (Função, Subfunção)

Classificação Programática (Nome do Programa;Ação: Projeto/Atividade/Operações Especiais; Localização Geográfica)

Exemplo:PT:

39 . 252 . 26 . 782 . 0663 . 2324 . 0002

Onde:

39: Ministério dos Transportes (órgão); 252: DNIT (UO)

26: Transporte (função); 782: Transporte Rodoviário (subfunção)

0663: Segurança nas Rodovias Federais (nome); 2324: Manutenção da Sinalização Rodoviária (ação: atividade)0002: Rio de Janeiro (localização)

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Orçamento “Min. Transportes/DNIT”

Programa de Trabalho: 39.252.26.782.0663.2324.0002 Ano: 20xx

N.D(c.g.mm.ee.) Descrição Valor (R$)

3.1.90.11 Vencimentos e Vantagens Fixas de Pessoal 100.000.000,00

3.3.90.30 Material de Consumo 2.000.000,00

3.3.90.39 Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica 7.000.000,00

3.3.90.92 Despesas de Exercícios Anteriores 1.000.000,00

4.4.90.51 Obras e Instalações 80.000.000,00

4.4.90.52 Equipamentos e Materiais Permanentes 10.000.000,00

Total 200.000.000,00

Programa de Trabalho: 39.252.26.782.0663.2324.0002 Ano: 20xx

39 Ministério dos Transportes Órgão

252 Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Unidade Orçamentária

26 Transportes Função

782 Transporte Rodoviário Subfunção

0663 Segurança nas Rodovias Federais Nome do Programa

2324 Manutenção da Sinalização Rodoviária Ação (Atividade)

0002 Rio de Janeiro Localização Geográfica

PARA LEITURA

classificações institucional, funcional e programática, de acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), da STN – Parte I – Procedimentos Contábeis Orçamentários:

CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL

A classificação institucional reflete a estrutura de alocação dos créditos orçamentários e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. Cons-titui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou re-partição a que serão consignadas dotações próprias (art. 14 da Lei nº 4.320/1964). Os órgãos orçamentários, por sua vez, correspondem a agrupamentos de unidades orçamentárias. As do-tações são consignadas às unidades orçamentárias, responsáveis pela realização das ações.

No caso do Governo Federal, o código da classificação institucional compõe-se de cinco dígi-tos, sendo os dois primeiros reservados à identificação do órgão e os demais à unidade orça-mentária. Não há ato que a estabeleça, sendo definida no contexto da elaboração da lei orça-mentária anual ou da abertura de crédito especial.

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XX XXX

Órgão Orçamentário Unidade Orçamentária

Exemplos de órgão orçamentário e unidade orçamentária do governo federal:

ÓRGÃO UNIDADE ORÇAMENTÁRIA

26000 Ministério da Educação

26242 Universidade Federal de Pernambuco

26277 Fundação Universidade Federal de Ouro Preto

26321 Escola Agrotécnica Fe-deral de Manaus

ÓRGÃO UNIDADE ORÇAMENTÁRIA

30000 Ministério da Justiça

30107 Departamento de Polí-cia Rodoviária Federal

30109 Defensoria Pública da União

30911 Fundo Nacional de Se-gurança Pública

ÓRGÃO UNIDADE ORÇAMENTÁRIA

39000 Ministério dos Trans-portes

39250Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)

39252Departamento Nacio-nal de Infraestrutura de Transportes (DNIT)

Cabe ressaltar que uma unidade orçamentária não corresponde necessariamente a uma estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e com as unidades orçamentárias “Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios”, “Encargos Financeiros da União”, “Operações Oficiais de Crédito”, “Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal” e “Reserva de Contingência”.

A classificação funcional segrega as dotações orçamentárias em funções e subfunções, buscan-do responder basicamente à indagação “em que” área de ação governamental a despesa será realizada.

A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria nº 42, de 14 de abril de 1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão, e é composta de um rol de funções e subfunções prefixa-das, que servem como agregador dos gastos públicos por área de ação governamental nas três esferas de Governo. Trata-se de classificação de aplicação comum e obrigatória, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o que permite a consolidação na-cional dos gastos do setor público.

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A classificação funcional é representada por cinco dígitos. Os dois primeiros referem-se à fun-ção, enquanto que os três últimos dígitos representam a subfunção, que podem ser traduzidos como agregadores das diversas áreas de atuação do setor público, nas esferas legislativa, exe-cutiva e judiciária.

A classificação funcional é representada por cinco dígitos. Os dois primeiros referem-se à fun-ção, enquanto que os três últimos dígitos representam a subfunção, que podem ser traduzidos como agregadores das diversas áreas de atuação do setor público, nas esferas legislativa, exe-cutiva e judiciária.

XX XXX

Função Subfunção

1. Função

A função é representada pelos dois primeiros dígitos da classificação funcional e pode ser tradu-zida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público. A função quase sempre se relaciona com a missão institucional do órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que, na União, de modo geral, guarda relação com os respectivos Ministérios.

A função “Encargos Especiais” engloba as despesas orçamentárias em relação às quais não se pode associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. Nesse caso, na União, as ações estarão associadas aos programas do tipo "Operações Especiais" que constarão apenas do orçamento, não integrando o PPA.

A dotação global denominada “Reserva de Contingência”, permitida para a União no art. 91 do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, ou em atos das demais esferas de Governo, a ser utilizada como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais e para o atendimento ao disposto no art. 5º, inciso III, da Lei Complementar nº 101, de 2000, sob coordenação do ór-gão responsável pela sua destinação, será identificada nos orçamentos de todas as esferas de Governo pelo código “99.999.9999.xxxx.xxxx”, no que se refere às classificações por função e subfunção e estrutura programática, onde o “x” representa a codificação da ação e o respectivo detalhamento.

2. Subfunção

A subfunção, indicada pelos três últimos dígitos da classificação funcional, representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação go-vernamental, por intermédio da agregação de determinado subconjunto de despesas e iden-tificação da natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções.

As subfunções podem ser combinadas com funções diferentes daquelas às quais estão re-lacionadas na Portaria MOG nº 42/1999. Deve-se adotar como função aquela que é típica ou principal do órgão. Assim, a programação de um órgão, via de regra, é classificada em uma úni-ca função, ao passo que a subfunção é escolhida de acordo com a especificidade de cada ação governamental. A exceção à combinação encontra-se na função 28, Encargos Especiais, e suas subfunções típicas que só podem ser utilizadas conjugadas.

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Exemplos:

Ministério da Educação

FUNÇÃO 12 Educação

SUBFUNÇÃO 365 Educação Infantil

Câmara dos Deputados

FUNÇÃO 01 Legislativa

SUBFUNÇÃO 365 Educação Infantil

Nota do Professor

A subfunção 365, Educação Infantil, no caso da Câmara dos Deputados, pode estar associada à Ação “Assistência Pré-escolar aos Dependentes dos Servidores e Empregados”, conforme exemplificado no MTO, editado pelo MPOG.

CLASSIFICAÇÃO POR ESTRUTURA PROGRAMÁTICA

Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos obje-tivos estratégicos definidos no Plano Plurianual (PPA) para o período de quatro anos. Confor-me estabelecido no art. 3º da Portaria MOG nº 42/1999, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabelecerão, em atos próprios, suas estruturas de programas, códigos e iden-tificação, respeitados os conceitos e as determinações nela contidos. Ou seja, todos os entes devem ter seus trabalhos organizados por programas e ações, mas cada um estabelecerá seus próprios programas e ações de acordo com a referida Portaria.

1. Programa

Programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjun-to de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, vi-sando à solução de um problema ou ao atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade.

O orçamento federal está organizado em programas, a partir dos quais são relacionadas às ações sob a forma de atividades, projetos ou operações especiais, especificando os respecti-vos valores, as metas e as unidades orçamentárias responsáveis pela realização da ação. A cada projeto ou atividade só poderá estar associado um produto, que, quantificado por sua unidade de medida, dará origem à meta.

As informações mais detalhadas sobre os programas da União constam no Plano Plurianual e podem ser visualizados no sítio www.planejamento.gov.br.

2. Ação

As ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes da Federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios, subvenções, auxílios, contribuições e financiamentos, entre outros.

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As ações, conforme suas características, podem ser classificadas como atividades, projetos ou operações especiais.

a) Atividade

É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envol-vendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo.

Exemplo: “Fiscalização e Monitoramento das Operadoras de Planos e Seguros Privados de Assistência à Saúde”.

b) Projeto

É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envol-vendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que con-corre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo.

Exemplo: “Implantação da rede nacional de bancos de leite humano”.

c) Operação Especial

Despesas que não contribuem para a manutenção, a expansão ou o aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.

De acordo com o MTO, editado pelo MPOG na base do sistema, a ação é identificada por um código alfanumérico de oito dígitos:

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º

numérico alfanuméricos numéricos

AÇÃO SUBTÍTULO

Ao observar o 1º dígito do código, pode-se identificar:

1º DÍGITO TIPO DE AÇÃO

1, 3, 5 ou 7 Projeto

2, 4, 6 ou 8 Atividade

0 Operação Especial

3. Subtítulo/Localizador de gasto

A Portaria MOG nº 42/1999 não estabelece critérios para a indicação da localização física das ações, todavia, considerando a dimensão do orçamento da União, a Lei de Diretrizes Orçamentárias tem determinado a identificação da localização do gasto, o que se faz por intermédio do subtítulo.

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O subtítulo permite maior controle governamental e social sobre a implantação das políticas públicas adotadas, além de evidenciar a focalização, os custos e os impactos da ação governa-mental.

No caso da União, as atividades, os projetos e as operações especiais são detalhadas em subtí-tulos, utilizados especialmente para especificar a localização física da ação, não podendo ha-ver, por conseguinte, alteração da finalidade da ação, do produto e das metas estabelecidas. Vale ressaltar que o critério para priorização da localização física da ação em território é o da localização dos beneficiados pela ação. A localização do gasto poderá ser de abrangência nacio-nal, no exterior, por Região (NO, NE, CO, SD, SL), por Estado ou Município ou, excepcionalmen-te, por um critério específico, quando necessário. A LDO da União veda que, na especificação do subtítulo, haja referência a mais de uma localidade, área geográfica ou beneficiário, se de-terminados.

Na União, o subtítulo representa o menor nível de categoria de programação e será detalhado por esfera orçamentária (fiscal, seguridade e investimento), grupo de natureza de despesa, modalidade de aplicação, identificador de resultado primário, identificador de uso e fonte de recursos, sendo o produto e a unidade de medida os mesmos da ação orçamentária.

4. Componentes da programação física

Meta física é a quantidade de produto a ser ofertado por ação, de forma regionalizada, se for o caso, num determinado período e instituída para cada ano. As metas físicas são indicadas em ní-vel de subtítulo e agregadas segundo os respectivos projetos, atividades ou operações especiais.

Ressalte-se que a territorialização das metas físicas é expressa nos localizadores de gasto pre-viamente definidos para a ação.

Exemplo: No caso da vacinação de crianças, a meta será regionalizada pela quantidade de crianças a serem vacinadas ou de vacinas empregadas em cada Estado (localizadores de gas-to), ainda que a campanha seja de âmbito nacional e a despesa paga de forma centralizada. Isso também ocorre com a distribuição de livros didáticos.

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Questões

Classificações Institucional, Funcional e Programática da Despesa Pública

1. (Esaf – APOFP – Sefaz-SP – 2009)

A classificação programática é considerada a mais moderna classificação orçamentária de despesa pública. A portaria n. 42/99, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, propôs um elenco de funções e subfunções padronizadas para a União, Es-tados e Municípios. Assim, de acordo com a referida Portaria, a despesa que não se in-clui na nova classificação é a despesa por:

a) Função.b) Subprograma.c) Projeto.d) Atividade.e) Subfunção.

2. (Esaf – Processo Seletivo Simplificado – Di-versos Órgãos – 2008)

Assinale a opção que indica a correta defini-ção de Funções de Governo, segundo a re-gulamentação vigente.

a) É o maior no nível de agregação das di-versas áreas de despesa que competem ao setor público.

b) É a classificação dos gastos do governo, segundo o tipo de bem a ser adquirido.

c) É a classificação dos gastos de governo, segundo a atividade desempenhada por cada órgão.

d) Permite a agregação dos gastos no menor nível dentro da unidade orçamentária.

e) Demonstra o menor nível de agregação dos recursos no Plano Plurianual.

3. (Esaf – Analista Contábil-Financeiro – Sefaz--CE – 2007)

A Classificação Funcional da Despesa Pú-blica no Brasil substituiu a Classificação Funcional-Programática dos dispêndios pú-blicos. Segundo a nova estrutura Funcional, identifique a única resposta falsa.

a) A subfunção representa um segmento da função, visando a agregar determi-nado subconjunto de despesas.

b) O subprograma representa uma agrega-ção do programa.

c) O programa é o instrumento de orga-nização da atuação governamental que articula um conjunto de ações concor-rentes para um objetivo comum.

d) A função representa o nível mais eleva-do de agregação de informações sobre as diversas áreas de despesa que com-petem ao setor público.

e) A atividade é um instrumento de pro-gramação que envolve um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente.

4. (Esaf – Técnico de Nível Superior – SPU--MPOG – 2006)

De acordo com a estrutura programática adotada a partir da Portaria n. 42/1999, o instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais re-sulta um produto necessário à manutenção da ação de governo, é classificado como:

a) função.b) subfunção.c) programa.d) projetoe) atividade.

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5. (Esaf – Analista de Planejamento e Orça-mento – MPOG – 2008)

De acordo com a Portaria n. 42, de 14 de abril de 1999, entende-se por Atividade:

a) o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos.

b) o maior nível de agregação das diversas áreas da despesa que competem ao se-tor público.

c) as despesas que não contribuem para a manutenção das ações do governo.

d) um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente das quais resulta um pro-duto necessário à manutenção da ação do governo.

e) as despesas em relação às quais não se possa associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente.

6. (Esaf – AFC-CGU – 2008)

A classificação funcional e a estrutura pro-gramática visam ao fornecimento de infor-mações das realizações do governo e é con-siderada a mais moderna das classificações orçamentárias da despesa. A junção das duas, quando da execução da despesa no SIAFI , forma o Programa de Trabalho com a seguinte estrutura:

Programa de Trabalho: AA.BBB.CCCC.DDDD.EEEE

Com relação ao assunto, indique a opção correta.

a) Na estrutura do Programa de Trabalho, a codificação CCCC representa o Progra-ma e a codificação EEEE a ação governa-mental.

b) A ação, reconhecida na estrutura pelo código DDDD, determina a escolha da subfunção, reconhecida pela codifica-ção BBB, estabelecendo uma relação única.

c) A subfunção, código BBB, poderá ser combinada com qualquer função, códi-go AA, em razão da competência do ór-gão responsável pelo programa.

d) Quando o primeiro dígito da codifica-ção DDDD for um número ímpar signifi-ca que a ação é uma atividade.

e) As operações especiais são ações que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resul-tam um produto, e não geram contra-prestação direta sob a forma de bens ou serviços e são identificadas pelo pri-meiro dígito da codificação EEEE.

7. (Esaf – Analista Contábil-Financeiro – Sefaz--CE – 2007)

A classificação administrativa legal da despesa pública no Brasil, sob a ótica do programa de trabalho da entidade, não inclui:

a) o órgão.b) a função.c) o projeto.d) a origem dos recursos.e) a atividade.

8. (Esaf – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010)

A respeito da classificação orçamentária da despesa e da receita pública na esfera fede-ral, é correto afirmar, exceto:

a) as despesas obedecem a uma classifica-ção econômica, enquanto as receitas se submetem a uma classificação progra-mática.

b) a classificação da receita pública por natureza procura identificar a origem do recurso segundo o seu fato gerador.

c) a classificação institucional da despesa indica, por meio do órgão e da unidade orçamentária, qual instituição é respon-sável pela aplicação dos recursos.

d) a classificação da despesa por função indica em que área de atuação do go-verno os recursos serão aplicados.

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Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) – Administração Pública – Prof. Fábio Furtado

e) ao classificar economicamente a despesa e a receita na elaboração do orçamento, a administração pública sinaliza para a so-ciedade o tipo de bens que irá adquirir e a origem dos recursos que irá arrecadar.

9. (Esaf – Analista de Finanças e Controle – CGU – 2012)

Segundo o que dispõe a Lei de Diretrizes Or-çamentárias − LDO, programa de governo é definido como:

a) o segundo nível da categoria de progra-mação e destina-se à especificação dos gastos governamentais cuja mensura-ção se faz por indicadores do PPA.

b) instrumento de organização dos gastos governamentais, composto por ações e mensuração a partir de indicadores da LOA.

c) conjunto de ações e metas de um de-terminado exercício cuja mensuração se faz pelo volume de gasto realizado.

d) mecanismo de organização da ação go-vernamental, detalhado por projetos cuja mensuração se faz por indicadores do PPA.

e) instrumento de organização da ação go-vernamental, visando à concretização dos objetivos pretendidos cuja mensu-ração se faz por indicadores do PPA.

10. (Esaf – AFC-CGU – Correição – 2006)

A Portaria nº 42/1999 atualizou a discrimi-nação da despesa por Funções e Subfun-ções de Governo. Assim, indique qual é a opção correta com relação ao conteúdo da referida portaria.

a) A função visa a agregar determinado sub-conjunto de despesa do setor público.

b) As operações especiais são despesas que não contribuem para a manutenção das ações do Governo, mas geram contraprestação direta sob a forma de bens e serviços.

c) O programa é um instrumento de pro-gramação para alcançar o objetivo de um projeto.

d) A Função Indústria tem como subfun-ção a Subfunção Turismo.

e) Nos balanços e nas leis orçamentárias, as ações serão identificadas em termos de função, subfunções, programas, pro-jetos, atividades e operações especiais.

Gabarito: 1. B 2. A 3. B 4. E 5. D 6. C 7. D 8. A 9. E 10. E

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CICLO ORÇAMENTÁRIO

Ciclo ou Processo Orçamentário

Poder Executivo

(1) Elaboração do Projeto

Poder Legislativo Poder Legislativo

(4) Acompanhamento e Avaliação

(2)Apreciação, Aprovação Sanção e Publicação

Poder Executivo

(3) Execução

Poder Executivo

Ciclo Orçamentário

• Executivo – Elabora • Legislativo – Aprova • Executivo – Executa • Legislativo – Controla

Poder Executivo

(1) Elaboração do Projeto

Poder Legislativo Poder Legislativo

(4) Acompanhamento e Avaliação

(2)Apreciação, Aprovação Sanção e Publicação

Poder Executivo

(3) Execução

Poder Executivo

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Orçamento na CF/88

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I – o plano plurianual (PPA);

II – as diretrizes orçamentárias (LDO);

III – os orçamentos anuais (LOA).

CRFB/88:

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

[...]

XXIII – enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orça-mentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;

Orçamento Público

Conceito:

→ Lei de iniciativa do Chefe do Poder Executivo,

→ aprovada pelo Poder Legislativo,

→ Que estima receitas e fixa despesas

→ para um determinado exercício financeiro.

Projeto de LOA – Ano XXXX

Receitas Previstas

Tributárias 700Contribuições 50Patrimoniais 50Operações de Crédito 100

Despesas Fixadas (Créditos Orçamentários)Ministério da Educação (Adm. Direta)

Pessoal xxxServiços de Terceiros xxx

Ministério dos Transportes (Adm. Direta)Pessoal xxxMaterial de Consumo xxx

IBAMA (Adm. Indireta/Autarquia)Pessoal xxxServiços de Terceiros xxx

Reserva de Contingência 20

Total "Dinheiro previsto" 900 Total "Cartão de Crédito" 900

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Prazos para a União (Art. 35,§ 2º do ADCT)

Envio (do Executivo para o Legislativo)

LOAAté 4 meses antes do encerramento do exercício financeiro.(até 31/08) 1º jan I-------------------------------I----------------I 31/12 31/08

Poder Executivo

(1) Elaboração do Projeto

Poder Legislativo Poder Legislativo

(4) Acompanhamento e Avaliação

(2)Apreciação, Aprovação Sanção e Publicação

Poder Executivo

(3) Execução

Poder Executivo

CRFB/88:

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

CRFB/88 (Art. 166)

§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:

I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República;

II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária...

§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.

• Não passa primeiro pela Câmara dos Deputados para depois ir para o Senado. • Apreciadas de maneira conjunta, isto é, pelas duas Casas, na forma de Congresso Nacional.

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§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:

I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;

II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;

b) serviço da dívida;

c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal;

III – sejam relacionadas:

a) com a correção de erros ou omissões; ou

b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.

§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.

• É a chamada Mensagem Retificadora do Poder Executivo.

§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei comple-mentar a que se refere o art. 165, § 9º.

§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.

§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamen-tária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encami-nhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)

§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no § 9º, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art. 198, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)

§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 9º deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)

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§ 12 As programações orçamentárias previstas no § 9º deste artigo não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)

[...]

[...]

§ 17 Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, o montante previsto no § 11 deste artigo poderá ser reduzido em até a mesma proporção da limitação incidente sobre o conjunto das despesas discricionárias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)

§ 18 Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da autoria.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)

Prazos para a União (Art. 35,§ 2º do ADCT)

Devolução (do Legislativo para o Executivo)

LOAAté o encerramento da sessão legislativa.

(até 22/12) 02/02 I--------------I 17/07 01/08 I-------------I 22/12

LOA – Ano XXXX

Receitas Previstas

Tributárias 700Contribuições 50Patrimoniais 50Operações de Crédito 100

Despesas Fixadas (Créditos Orçamentários)Ministério da Educação (Adm. Direta)

Pessoal xxxServiços de Terceiros xxx

Ministério dos Transportes (Adm. Direta)

Pessoal xxxMaterial de Consumo xxx

IBAMA (Adm. Indireta/Autarquia)Pessoal xxxServiços de Terceiros xxx

Reserva de Contingência 20

Total "Dinheiro previsto" 900/Total "Cartão de Crédito" 900

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EXERCÍCIO FINANCEIRO

Art. 34 da Lei nº 4.320/64:

O exercício financeiro coincide com o ano civil.

1º jan I---------------------------------------I 31/12

CUIDADO! Incorreto:

O exercício financeiro coincide com o ano comercial.

Poder Executivo

(1) Elaboração do Projeto

Poder Legislativo Poder Legislativo

(4) Acompanhamento e Avaliação

(2)Apreciação, Aprovação Sanção e Publicação

Poder Executivo

(3) Execução

Poder Executivo

EXERCÍCIO FINANCEIRO

Conceito:

O exercício financeiro é o período no qual o orçamento estará em vigor.

É o período em que estaremos arrecadando as receitas previstas e empenhando, gastando, as despesas fixadas (créditos orçamentários).

1º jan I------------------------------------------I 31/12

período de execução do orçamento público

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Poder Executivo

(1) Elaboração do Projeto

Poder Legislativo Poder Legislativo

(4) Acompanhamento e Avaliação

(2)Apreciação, Aprovação Sanção e Publicação

Poder Executivo

(3) Execução

Poder Executivo

CRFB/88 (Art. 70)

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que uti-lize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. (Reda-ção dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

CRFB/88 (Art. 84)

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

[...]

XXIV – prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior.

CRFB/88 (Art. 71)

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

CRFB/88 (Art. 71 – compete ao TCU)

I – apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

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II – julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

CRFB/88 (Art. 166)

§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:

I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apre-sentadas anualmente pelo Presidente da República;

[...]

Controle Externo

Na União: CN com auxílio do TCU;

No Estado do RJ: ALERJ com auxílio do TCERJ;

No Município do RJ: CMRJ com auxílio do TCMRJ;

No Município de Niterói: CM de Niterói com auxílio do TCERJ.

Tribunal de Contas do Município (TCM)

Existe somente no Município do Rio de Janeiro (TCMRJ) e no Município de SP (TCMSP).

TC dos Municípios:

Em 4 Estados (BA, CE, GO, PA)

Logo, na Bahia, p. ex:

TCE/BA: auxilia a ALE/BA a fiscalizar as contas do Governo do Estado da Bahia.

TC dos Municípios/BA: auxilia as diversas Câmaras Municipais na fiscalização dos Governos Municipais.

Possui jurisdição nos Municípios de Salvador, Feira de Santana, Ilhéus, etc.

No Estado do Rio de Janeiro:

TCE/RJ: auxilia a ALE/RJ a fiscalizar as contas do Governo do Estado do RJ.

TCE/RJ: auxilia também as diversas Câmaras Municipais na fiscalização dos Governos Munici-pais.

Possui jurisdição nos Municípios de Niterói, Cabo Frio, Macaé, Nova Iguaçu, etc.

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Tem jurisdição em todos os Municípios que compõem o Estado do Rio de Janeiro, exceto o Município do Rio de Janeiro.

No Município do Rio de Janeiro:

TCMRJ: auxilia a CMRJ na fiscalização do Governo do Município do RJ.

Possui jurisdição somente no Município do Rio de Janeiro.

No total são 34 Tribunais de Contas:

01 TCU;26 TCEs;01 TCDF;04 TC dos Municípios (BA, CE, GO e PA);02 TCMs (TCM/RJ e TCM/SP)34

COMPOSIÇÃO DOS TRIBUNAIS DE CONTAS:

O Tribunal de Contas da União (TCU) é integrado por nove ministros.

Os demais tribunais de contas são integrados por sete conselheiros.

Tipos de Orçamento

Tipo de Orçamento Observação

Misto É o utilizado no Brasil (segregação de funções entre os Poderes)

Legislativo O Legislativo elabora o Orçamento

Executivo O executivo elabora, aprova, executa e controla.

No Orçamento Misto:

• Executivo – Elabora (encaminha o Projeto de LOA para a apreciação do Poder Legislativo)

• Legislativo – Aprova (recebe, aprecia, vota e devolve para o Poder Executivo)

• Executivo – Executa (arrecada as receitas e empenha as despesas durante o exercício financeiro)

• Legislativo – Controla (exerce o Controle Externo, com auxílio do Tribunal de Contas)

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Poder Executivo

(1) Elaboração do Projeto

Poder Legislativo Poder Legislativo

(4) Acompanhamento e Avaliação

(2)Apreciação, Aprovação Sanção e Publicação

Poder Executivo

(3) Execução

Poder Executivo

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Questões

Ciclo Orçamentário.

1. (Esaf – Analista Administrativo – ANA – 2009)

No contexto do processo orçamentário, tal como prevê a Constituição Federal, é corre-to afirmar:

a) A Lei orçamentária é de iniciativa conjun-ta dos Poderes Legislativo e Executivo.

b) A execução do orçamento é feita me-diante acompanhamento dos controles interno e externo.

c) Ao Presidente da República é proibido vetar as alterações no projeto de lei do Plano Plurianual que tenham sido apro-vadas pelo Congresso Nacional em dois turnos de votação.

d) O Plano Plurianual possui caráter mera-mente normativo, não sendo utilizado como instrumento de planejamento go-vernamental.

e) A Lei de Diretrizes Orçamentárias com-preende os orçamentos fiscal, da se-guridade social e de investimentos das empresas estatais.

2. (Esaf – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010)

Se o Congresso Nacional não receber no tempo devido a proposta de lei orçamentá-ria, será considerado como proposta:

a) a Lei de Orçamento vigente.b) a proposta orçamentária enviada no

exercício anterior.c) a média dos valores constantes dos or-

çamentos dos dois últimos anos.d) a despesa executada no exercício vigente

até a data limite para o envio da proposta.e) a proposta elaborada pela Comissão

Mista de Orçamento.

3. (Esaf – Analista de Planejamento e Orça-mento – MPOG – 2005)

A elaboração da lei orçamentária é a etapa que, efetivamente, caracteriza a ideia de processo orçamentário, compreendendo fases e operações. A discussão é a fase dos trabalhos consagrada ao debate em plená-rio. Aponte a opção incorreta com relação às etapas da fase da discussão.

a) emendasb) voto do relatorc) redação finald) votação em plenárioe) veto

4. (Esaf – Analista Contábil-Financeiro – Sefaz--CE – 2007)

A respeito da elaboração do Orçamento Ge-ral da União, é correto afirmar, exceto:

a) o Presidente da República poderá en-viar mensagem ao Congresso Nacional propondo a alteração do projeto de lei orçamentária a qualquer tempo.

b) é prerrogativa do Presidente da Repú-blica a iniciativa dos projetos de lei or-çamentária.

c) as emendas parlamentares aos projetos de lei orçamentária anual não poderão indicar como despesas a serem anu-ladas as destinadas ao pagamento de pessoal e seus encargos.

d) na fase de tramitação no Congresso Nacional, cabe a uma comissão mista de Senadores e Deputados examinar e emitir parecer sobre os projetos de lei que tratam de orçamento.

e) a proposta orçamentária para o exer-cício seguinte deverá ser enviada ao Congresso Nacional até 31 de agosto do ano anterior.

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5. (Esaf – Assistente Técnico-Administrativo – Ministério da Fazenda – 2009)

Marque a opção correta.

a) A lei que instituir o plano plurianual compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, in-cluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.

b) O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação a projeto de lei rela-tivo ao orçamento anual desde que não finalizada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.

c) A lei orçamentária anual compreenderá o orçamento de investimento das em-presas, fundos e fundações mantidas pelo Poder Público.

d) Os projetos de lei relativos ao plano plurianual serão apreciados pelo Sena-do Federal.

e) Os planos e programas nacionais, re-gionais e setoriais previstos na Cons-tituição Federal serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.

6. (Esaf – Auditor Fiscal – Receita Federal do Brasil – 2009)

O controle externo da administração pública federal é exercido:

a) pelo Senado Federal.b) pela Câmara dos Deputados.c) pelo Tribunal de Contas da União.d) pelo Congresso Nacional, com o auxílio

do Tribunal de Contas da União.e) pelo Tribunal de Contas da União, com

o auxílio do sistema de controle interno de cada Poder.

7. (Esaf – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010)

Segundo a Constituição Federal, tem com-petência para realizar a fiscalização contá-bil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União no que se refere à legalidade, legitimidade e economicidade:

a) a Comissão Mista de Orçamento e Pla-nos e o Tribunal de Contas da União.

b) o Congresso Nacional e o sistema de controle interno de cada Poder.

c) o Congresso Nacional e as entidades re-presentativas da sociedade organizada.

d) o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e as Comissões do Congresso Nacional.

e) a Câmara dos Deputados, por intermé-dio de suas comissões permanentes e o Tribunal de Contas da União.

8. (Esaf – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010)

Segundo a Constituição Federal, os respon-sáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela dará ciência:

a) ao Ministério Público Federal, para que ajuíze a ação competente junto à Justi-ça Federal de primeira instância.

b) à Polícia Federal, na qualidade de polí-cia judiciária, para abertura de inquéri-to e investigação.

c) ao Tribunal de Contas da União, para que tome as providências no seu âmbi-to de atuação.

d) à Comissão de Fiscalização e Controle do Congresso Nacional.

e) ao titular da entidade ou órgão para que represente ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público.

9. (Esaf – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010)

O sistema de controle interno de que trata o art. 74 da Constituição Federal tem como finalidade, exceto:

a) avaliar os resultados, quanto à eficácia, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades.

b) apoiar o controle externo na sua missão institucional.

c) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União.

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d) apreciar, para fins de registro, a legali-dade dos atos de admissão de pessoal e remetê-los ao Tribunal de Contas da União.

e) avaliar o cumprimento das metas pre-vistas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orça-mentos da União.

10. (Esaf – APOFP – Sefaz-SP – 2009)

A Lei nº 4.320/64 estabelece dois sistemas de controle da execução orçamentária: in-terno e externo. Segundo a Constituição Fe-deral de 1988, não é objetivo do sistema de controle interno:

a) avaliar o cumprimento das metas pre-vistas no plano plurianual.

b) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

c) avaliar a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União.

d) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União.

e) fiscalizar a aplicação de quaisquer re-cursos repassados pela União, median-te convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, Dis-trito Federal ou a Município.

11. (Esaf – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010)

Na esfera federal, o julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos:

a) compete exclusivamente ao Poder Judi-ciário, tendo em vista que, nos termos da Constituição Federal, o órgão de con-trole externo não tem o poder de julgar, propriamente, mas apenas de apreciar tais contas.

b) é de competência própria do Poder Le-gislativo (Congresso Nacional), titular do controle externo, com o auxílio do Tribunal de Contas da União – TCU, que sobre elas emitirá parecer.

c) é de competência privativa do TCU.d) é de competência própria do TCU, com

possibilidade de reforma pelo Congres-so Nacional.

e) é de competência própria do TCU, que sobre elas emitirá parecer.

12. (Esaf – Técnico de Nível Superior-ENAP – MPOG – 2006)

A elaboração da Proposta Orçamentária processa-se em passos determinados. Desta forma, o ciclo orçamentário é composto por fases. Assinale a única opção incorreta no que diz respeito ao ciclo orçamentário.

a) O ciclo orçamentário não se confunde com o exercício financeiro, pois este corresponde a uma das fases do ciclo, ou seja, à execução do orçamento.

b) A liberação do orçamento aprovado é feita para todos os órgãos contempla-dos na Lei Orçamentária Anual (LOA).

c) Depois de aprovada pelo Legislativo e sancionada pelo chefe do Poder Execu-tivo, a proposta orçamentária é trans-formada em lei.

d) Segundo o Art. 71 da Constituição Fe-deral do Brasil, o controle externo é de competência do Poder Legislativo, exercido com o auxilio do Tribunal de Contas, cabendo a este, entre outras atribuições, avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União.

e) A execução é a fase em que é realizado aquilo que fora previsto nos projetos e atividades da referida Lei do Orçamen-to.

Gabarito: 1. B 2. A 3. E 4. A 5. E 6. D 7. B 8. C 9. D 10. E 11. C 12. D

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CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E MENSURAÇÃO DE DESEMPENHO E CONTROLE ORÇAMENTÁRIO

Conceito:

"Controle na Administração Pública, é a faculdade de vigilância, orientação e correção que um Poder, órgão ou autoridade exerce sobre a conduta funcional de outro".

(Hely Lopes Meirelles)

Conceito de Controle

Conceito:

"Controle da administração pública é a possibilidade de verificação, inspeção e exame pela própria Administração, por outros poderes ou por qualquer cidadão, da efetiva correção na conduta gerencial de um poder, órgão ou autoridade, no escopo de garantir atuação conforme os modelos desejados e anteriormente planejados, visando uma aferição sistemática."

(Evandro Martins Guerra)

"Controle, como entendemos hoje, é a fiscalização, quer dizer, inspeção, exame, acompanha-mento, verificação, exercida sobre determinado alvo, de acordo com certos aspectos, visando averiguar o cumprimento do que já foi predeterminado ou evidenciar eventuais desvios com fincas de correção, decidindo acerca da regularidade ou irregularidade do ato praticado. Então controlar é fiscalizar emitindo um juízo de valor".

(Evandro Martins Guerra)

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Conceito de Controle

Classificação do Controle

Classificação do Controle – Quanto ao SUJEITO que o exerce

• Estatal

• Social

Estatal ou Institucional

O controle estatal é exercido pelo Estado, por meio de seus diversos órgãos, com competência prevista em lei.

É exercido por órgãos que têm a competência legal para fiscalizar a aplicação dos recursos públicos. Os artigos 70, 71 e 74 da Constituição Federal brasileira estabelecem que o controle institucional cabe essencialmente ao Congresso Nacional, responsável pelo controle externo, realizado com o auxílio do Tribunal de Contas da União, e a cada Poder, por meio de um sistema integrado de controle interno.

Outros órgãos públicos também atuam na prevenção, controle, investigação e repressão da corrupção: o Ministério Público Federal, os Ministérios Públicos Estaduais, o Tribunal de Contas da União, os Tribunais de Contas dos Estados e dos Municípios, as Controladorias dos Estados, a Polícia Federal, as Polícias Estaduais, o Poder Legislativo e o Poder Judiciário. Esses são os ór-gãos mais evidentes.

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Social

O controle social pode ser entendido como a participação do cidadão na gestão pública, na fiscalização, no monitoramento e no controle das ações da Administração Pública. Trata-se de importante mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento da cidadania.

O controle social pode ocorrer tanto no planejamento como na execução das ações do governo.

O povo brasileiro decidiu que o Estado deve planejar suas políticas públicas em conjunto com os segmentos representativos da sociedade civil. Os instrumentos desse planejamento, definidos na Constituição Federal, são Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA).

13

A sociedade tem o direito e o dever de participar da elaboração desses instrumentos de planejamento da vida do Estado.

No PPA, pode participar das reuniões de elaboração e apreciação, para que sejam contempladas suas necessidades no quadriênio a que o planejamento se refere.

Na LDO, igualmente, pode e deve participar da decisão que elege os programas a serem executados no exercício seguinte, pois somente assim será garantida uma governança democrática, que melhor atenda às necessidades da comunidade.

A sociedade deve também participar da deliberação que aloca os recursos públicos para a execução do programa de trabalho do governo de sua unidade federativa. Essa decisão é impressa na LOA, a peça orçamentária mais concreta.

A sociedade deve participar não apenas da elaboração dos instrumentos de planejamento (PPA, LDO e LOA), mas, inclusive, do processo de apreciação e votação nas casas legislativas.

Encerrada a fase de elaboração, apreciação, votação e aprovação das peças orçamentárias, inicia-se a fase de execução. É o momento da realização dos fins públicos estabelecidos na Constituição. Por isso, a sociedade deve se organizar para participar da gestão desses recursos, em conjunto com os agentes públicos.

O controle social pode ser exercido pelos conselhos de políticas públicas ou diretamente pelos cidadãos, individualmente ou de forma organizada.

A instituição de conselhos e o fornecimento das condições necessárias para o seu funcionamento são condições obrigatórias para que estados e municípios possam receber recursos do Governo Federal para o desenvolvimento de uma série de ações.

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No caso dos municípios, os conselhos foram criados para auxiliar a prefeitura na tarefa de utilizar bem o dinheiro público.

A seguir, alguns exemplos de conselhos que devem ser constituídos pelos municípios:

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Classificação do Controle – Quanto ao ÓRGÃO que o exerce:

• Administrativo ou Executivo

• Legislativo

• Judicial

Administrativo ou Executivo

O controle executivo é o poder de fiscalização e controle exercido pela própria administração pública sobre seus atos e decorre do poder de autotulela, restando este amplamente reconhecido pelo Poder Judiciário conforme súmula 473 do STF. Esse controle pode ser exercido ex officio ou provocado pelos administrados.

Súmula 473 do STF

A Administração Pública pode anular os seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos, ou revogá-los por motivo de conveniência e oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

Legislativo

Segundo Guerra, o controle legislativo ou parlamentar é o controle exercido pelos mandatários do povo e se secciona em duas subespécies.

A primeira, exercida pelos membros do Poder Legislativo, diretamente, mediante seus órgãos e comissões parlamentares, chamada de controle político.

A segunda é denominada indireta, por alguns autores, e, por outros, controle financeiro, quando efetivada por meio de órgãos especializados – os Tribunais de Contas, criados especificamente para exercer o controle contábil, financeiro, orçamentário, operacional e patrimonial de todos os órgãos e entidades do Estado.

Judicial

O controle judicial fundamenta-se no art. 5º, inciso XXXV, da Constituição da República, constituindo-se em monopólio do Poder Judiciário.

O sistema adotado no Brasil é o da jurisdição una pelo qual somente o Poder Judiciário aprecia, com força de coisa julgada, a lesão ou ameaça a direito.

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Classificação do Controle – Quanto ao MOMENTO em que é exercido:

• Prévio

• Concomitante

• Posterior

Prévio, preventivo ou a priori

É o controle exercido antes de ser praticado o ato administrativo, visando prevenir a prática de ato ilegal ou irregular, não conveniente com o interesse público.

Concomitante ou pari-passu ou prospectivo

"É a modalidade de controle tendente a acompanhar a atuação administrativa de forma si-multânea, pari passu, verificando a regularidade do ato administrativo de plano, no mesmo momento em que é praticado, propiciando em caso de irregularidades, o seu imediato sanea-mento."

(Evandro Martins Guerra)

Posterior ou subsequente ou corretivo

"Após praticado o ato administrativo, o controle é chamado de posterior, a posteriori ou corre-tivo. Possui o propósito de rever o ato para confirmá-lo, se legal ou regular, corrigi-lo, no caso de eventuais defeitos apurados ou desfazê-lo, por via da revogação ou declaração de nulidade. (Evandro Martins Guerra)

Classificação do Controle – Quanto a LOCALIZAÇÃO de quem o exerce:

• Controle Externo

• Controle Interno

Controle Externo – É o controle exercido por um poder ou órgão distinto, apartado da estrutura do órgão controlado. No Brasil, o controle externo é exercido pelo Poder Legislativo com o auxílio do Tribunal de Contas, conforme preceituam os artigos 70 e 71 da Constituição Federal.

Controle Interno – É o controle decorrente de órgão da própria estrutura na qual se insere o Poder fiscalizado.

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Controle Externo

Entes Poder Legislativo Tribunal de Contas

União Congresso Nacional TCU

Estados Assembleia Legislativa TCE

Distrito Federal Câmara Legislativa TCDF

Municípios Câmara Municipal TCE

Todos os Municípios daBA, CE, GO e PA Câmara Municipal TCMs (órgão estadual)

Município de SP e RJ Câmara Municipal TCM (órgão municipal)

No total são 34 Tribunais de Contas:

01 TCU;26 TCEs;01 TCDF;04 TC dos Municípios (BA, CE, GO e PA);02 TCMs (TCM/RJ e TCM/SP)34

Classificação do Controle – Quanto a EXTENSÃO do Controle:

• Legalidade

• Mérito

Segundo Evandro Martins Guerra, quanto à extensão, o controle se divide em de legalidade e de mérito.

Legalidade: O controle da legalidade objetiva a verificação do ato ao dizer da lei. Deve ser exercido pelos três Poderes, em obediência ao princípio constitucional segundo o qual se permite ao Administrador Público somente aquilo que a lei prescreve.

Mérito: É o controle determinado a investigar a atividade administrativa e o resultado alcançado pelo ato praticado de acordo com a conveniência e oportunidade da Administração. Visa verificar a harmonia entre o objeto pretendido e o efeito atingido, buscando garantir a boa gestão da coisa pública, sob os aspectos da economicidade, eficácia e eficiência do ato.

Abrangência do Controle

Análise da Conformidade Análise do Desempenho

Legalidade Eficiência

Legitimidade Eficácia

Economicidade Efetividade

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Abrangência do Controle

Análise da Conformidade

Legalidade: aderência à norma estabelecida, em relação aos atos dos agentes da administração;

Legitimidade: capacidade do agente, motivado pelo interesse público, atingir os objetivos da gestão;

Economicidade: minimização dos custos dos recursos utilizados na consecução de uma ativida-de, sem o comprometimento de padrões de qualidade.

Análise do Desempenho

Eficiência: relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por uma atividade e os custos dos insumos empregados em um determinado período de tempo;

Eficácia: grau de alcance das metas programadas em um determinado período de tempo, independente dos custos implicados;

Efetividade: relação entre os resultados (impactos observados) e os objetivos (impactos esperados).

Controle na Constituição Federal

CRFB:

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Segundo Valdecir Pascoal, define-se:

Fiscalização Contábil – relacionada à aplicação dos recursos públicos conforme as técnicas contábeis.

Fiscalização Financeira – relacionada ao fluxo de recursos (ingressos e saídas) geridos pelo administrador, independentemente de serem ou não recursos orçamentários.

Fiscalização Orçamentária – relacionada à aplicação de recursos públicos conforme as leis orçamentárias, acompanhado a arrecadação dos recursos e sua aplicação.

Fiscalização Operacional – relacionada à verificação do cumprimento de metas, resultados, eficácia e eficiência da gestão dos recursos públicos.

Fiscalização Patrimonial – relacionada ao controle e conservação de bens públicos.

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Prestação De Contas

Art. 70, Parágrafo único.

Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

I – apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

II – julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;

• Admissão  de  Pessoal,  a  qualquer  2tulo,  da  administração  direta  e  indireta    

• Concessão   de   Aposentadoria,   reformas   e  pensões    

TC  –  Aprecia  a  legalidade  p/  

registro  

• Nomeações  para  Cargo  em  Comissão  • Melhorias   Posteriores   das   aposentadorias,  reformas   e   pensões   que   não   alterem   o  fundamento  legal  

TC  –  Não  aprecia  a  legalidade  p/

registro    

49 IV – realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;

V – fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;

VI – fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;

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VII – prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

VIII – aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;

Competência Corretiva do Tribunal de Contas

IX – assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;

X – sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;

§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.

Competência Corretiva da Comissão Mista de Orçamento

Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários.

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§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão solici-tará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.

§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua susta-ção.

COMPOSIÇÃO DOS TRIBUNAIS DE CONTAS:

O Tribunal de Contas da União (TCU) é integrado por nove ministros.

Os demais tribunais de contas são integrados por sete conselheiros.

Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96.

§ 1º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos:

I – mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;

II – idoneidade moral e reputação ilibada;

III – notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública;

IV – mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior.

Requisitos para Escolha de Ministros do TCU

Objetivos:

• Nacionalidade: brasileira

• Idade: mais de 35 e menos de 65

• Experiência: mais de 10 anos

Subjetivos:

• Idoneidade moral

• Reputação Ilibada

• Notórios conhecimentos

§ 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:

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I – um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois al-ternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indica-dos em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antigüidade e merecimento;

II – dois terços pelo Congresso Nacional.

Critério de Seleção de Ministros do TCU

Presidente da República Congresso Nacional

3 Ministros 6 Ministros (livre escolha)

• 1 dentre auditores

• 1 dentre membros do Ministério Público junto ao Tribunal

• 1 livre escolha

§ 3º Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, im-pedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando--se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40.

§ 4º O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal.

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, (....), será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;

II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;

IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregulari-dade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsa-bilidade solidária.

§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.

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Questões

Controle da Administração Pública e Mensuração de Desempenho e Controle Orçamentário

1. (Esaf – Auditor Fiscal – Receita Federal do Brasil – 2009)

O controle externo da administração públi-ca federal é exercido:

a) pelo Senado Federal.b) pela Câmara dos Deputados.c) pelo Tribunal de Contas da União.d) pelo Congresso Nacional, com o auxílio

do Tribunal de Contas da União.e) pelo Tribunal de Contas da União, com

o auxílio do sistema de controle interno de cada Poder.

2. (Esaf – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010)

Segundo a Constituição Federal, tem com-petência para realizar a fiscalização contá-bil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União no que se refere à legalidade, legitimidade e economicidade:

a) a Comissão Mista de Orçamento e Pla-nos e o Tribunal de Contas da União.

b) o Congresso Nacional e o sistema de controle interno de cada Poder.

c) o Congresso Nacional e as entidades re-presentativas da sociedade organizada.

d) o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e as Comissões do Congresso Nacional.

e) a Câmara dos Deputados, por intermé-dio de suas comissões permanentes e o Tribunal de Contas da União.

3. (Esaf – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) Segundo a Constituição Federal, os respon-sáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela dará ciência:

a) ao Ministério Público Federal, para que ajuíze a ação competente junto à Justi-ça Federal de primeira instância.

b) à Polícia Federal, na qualidade de polí-cia judiciária, para abertura de inquéri-to e investigação.

c) ao Tribunal de Contas da União, para que tome as providências no seu âmbi-to de atuação.

d) à Comissão de Fiscalização e Controle do Congresso Nacional.

e) ao titular da entidade ou órgão para que represente ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público.

4. (Esaf – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010)

O sistema de controle interno de que trata o art. 74 da Constituição Federal tem como finalidade, exceto:

a) avaliar os resultados, quanto à eficácia, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades.

b) apoiar o controle externo na sua missão institucional.

c) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União.

d) apreciar, para fins de registro, a legali-dade dos atos de admissão de pessoal e remetê-los ao Tribunal de Contas da União.

e) avaliar o cumprimento das metas pre-vistas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orça-mentos da União.

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5. (Esaf – APOFP – Sefaz/SP – 2009)

A Lei nº 4.320/64 estabelece dois sistemas de controle da execução orçamentária: in-terno e externo. Segundo a Constituição Fe-deral de 1988, não é objetivo do sistema de controle interno:

a) avaliar o cumprimento das metas pre-vistas no plano plurianual.

b) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

c) avaliar a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União.

d) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União.

e) fiscalizar a aplicação de quaisquer re-cursos repassados pela União, median-te convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, Dis-trito Federal ou a Município.

6. (Esaf – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010)

Na esfera federal, o julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos:

a) compete exclusivamente ao Poder Judi-ciário, tendo em vista que, nos termos da Constituição Federal, o órgão de con-trole externo não tem o poder de julgar, propriamente, mas apenas de apreciar tais contas.

b) é de competência própria do Poder Le-gislativo (Congresso Nacional), titular do controle externo, com o auxílio do Tribunal de Contas da União – TCU, que sobre elas emitirá parecer.

c) é de competência privativa do TCU.d) é de competência própria do TCU, com

possibilidade de reforma pelo Congres-so Nacional.

e) é de competência própria do TCU, que sobre elas emitirá parecer.

Gabarito: 1. D 2. B 3. C 4. D 5. E 6. C

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CICLO DE GESTÃO DO GOVERNO FEDERAL

Base Legal: CRFB de 1988

Instrumentos:

• Plano Plurianual (PPA)

• Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)

• Lei Orçamentária Anual (LOA)

3 Ciclo de Gestão

Articulados entre si, o PPA é o instrumento de planejamento das ações governamentais de mé-dio ou longo prazo, isto é, é o planejamento estratégico no qual o governante apresenta o que deve ser realizado nos próximos quatro anos. A LDO elege as metas e prioridades e estabelece os limites de receita e de despesa para o ano subsequente ao da sua elaboração, orientando a elaboração e a execução da LOA; e a LOA apresenta os meios (recursos) para a materialização das ações necessárias ao cumprimento dos objetivos e das metas indicadas nos Programas de Governo inicialmente estabelecidos no PPA.

A vigência de um Plano (PPA) vai do início do segundo ano de mandato até o final do primeiro ano de mandato do governo subsequente.

O PPA apresenta os critérios de ação e decisão que devem orientar os gestores públicos (Diretrizes); estipula os resultados que se busca alcançar na gestão (Objetivos), inclusive expressando-os em números (Metas) e delineia o conjunto de ações a serem implementadas (Programas).

O PPA indica as fontes de recursos disponíveis ou potenciais para a consecução dos objetivos e metas dos programas de governo.

O PPA também indica os meios para se atingir os objetivos de um programa, podendo assumir a forma de projetos, atividades ou operações especiais (Ações).

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Projetos são trabalhos específicos, com prazo e produto final.

Atividades são operações de um trabalho continuado, a fim de manter ações já desenvolvidas.

Operações especiais são ações que, em tese, não contribuem para a manutenção das ações do governo, como o pagamento de servidores inativos.

A LDO dispõe sobre as metas e as prioridades para a Administração Pública, os critérios para a elaboração da LOA, as alterações da legislação tributária e as formas de financiamento do orçamento. Dispõe ainda sobre política salarial e concursos públicos e estabelece os percentuais de recursos que serão descentralizados para os Poderes e Administração Indireta, como fundações, autarquias e sociedades de economia mista. Elege, a partir do PPA, os programas e as metas físicas a serem executadas, sempre no exercício seguinte ao de sua elaboração.

A LOA se ocupa de definir as fontes de arrecadação, estimar as receitas e prever as despesas para o ano seguinte ao de sua elaboração.

É nela que o Programa de Trabalho do Governo se apresenta de forma mais detalhada e objetiva, a ponto de seu não encaminhamento ao Congresso Nacional até 31 de agosto implicar em crime de responsabilidade do Presidente da República, conforme previsto no inciso III do § 2º do art. 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), combinado com o art. 10 da Lei nº 1.079/1950. Esses dispositivos também atingem os governadores e prefeitos.

A LOA apresenta os meios (recursos) para a materialização das ações necessárias ao cumprimento dos objetivos e metas indicados nos Programas de Governo inicialmente estabelecidos no PPA. O que vincula o planejamento da LOA ao que foi inicialmente planejado no PPA é chamado programa.

Programa é o instrumento de organização da ação governamental que visa à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual.

Por isso, modernamente, a LOA é denominada Orçamento-Programa.

O manejo da LOA deve obedecer aos princípios, definidos na Lei nº 4.320/1964, conhecida como Lei das Finanças Públicas. Destacam-se os seguintes princípios orçamentários: unidade, universalidade, anualidade, equilíbrio, publicidade, especialização, exclusividade e orçamento bruto.

12

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De acordo com esses princípios, em cada exercício financeiro deve haver apenas um orçamento (unidade) para cada ente federativo, o qual deve abranger todas as receitas a serem arrecadadas e todas as despesas a serem realizadas (universalidade). O orçamento deve tratar apenas de receitas e despesas, sendo permitida autorização de abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito (exclusividade). Deve ter vigência de um ano (anualidade) e cuidar para que as despesas não ultrapassem as receitas (equilíbrio). Deve ser publicado nos diários oficiais (publicidade), discriminar as receitas e despesas (especialização) e apresentar-se sem deduções (orçamento bruto).

CRFB/88

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I – o plano plurianual (PPA);

II – as diretrizes orçamentárias (LDO);

III – os orçamentos anuais (LOA).

CRFB/88 (Art. 165)§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:

I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

(Orçamentos Fiscal e de Investimentos compatibilizados com o PPA).

§ 9º Cabe à lei complementar:

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I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;

* Atualmente, utiliza-se a Lei nº 4.320/64.

Instrumentos de Planejamento Orçamentário (Governamental)

PPA (Plano Plurianual)

LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias)

LOA ( Lei Orçamentária Anual)

Encaminhamento ao Congresso /Devolução para Sanção

Art. 35, §2º do ADCT

• até 31 de agosto / 22 de dezembro (PPA)

• até 15 de abril / 17 de julho (LDO)

• até 31 de agosto / 22 de dezembro (LOA)

• (Plano Plurianual) Período de vigência: 4 anos (PPA)

Plano Plurianual (PPA)

Período de vigência: 4 anos

Exemplo: PPA 2016 I----I 2019

DILMA2014 eleita

2015 posse e elaboração do novo PPA

I-------------I 2016 2017 2018 2019

I------------------------I I---------I

Governo DILMA próximo governante

A vigência de um PPA vai do início do segundo ano de mandato até o final do primeiro ano de mandato do governo subsequente.

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Questões

Ciclo de Gestão do Governo Federal

1. (Esaf – Analista Contábil-Financeiro – Sefaz--CE – 2006)

Sobre o Plano Plurianual – PPA de que trata o art. 165 da Constituição Federal é correto afirmar, exceto:

a) sua duração atual é de quatro anos.b) estabelece, de forma regionalizada, as di-

retrizes, objetivos e metas da Administra-ção Pública para as despesas de capital.

c) a elaboração dá-se no primeiro ano do mandato do governante.

d) os programas de governo e seus princi-pais elementos constitutivos são objeto do PPA.

e) os valores a serem aplicados nos progra-mas não constam do PPA por serem ob-jeto da Lei Orçamentária Anual – LOA.

2. (Esaf – Técnico de Finanças e Controle – CGU – 2001)

A Constituição de 1988, em seu art. 165, de-termina que a lei orçamentária anual com-preenderá:

• O orçamento fiscal referente aos Po-deres da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e in-direta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

• O orçamento de investimento das em-presas em que a União, direta ou indire-tamente, detenha a maioria do capital com direito a voto;

• O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e ór-gãos a ela vinculadas, da administração direta ou indireta, bem como os fundos

e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Além dos orçamentos anuais acima indicados, a nova constituição estabelece que leis de ini-ciativa do Poder Executivo estabelecerão:

a) o plano plurianual, as diretrizes com-pensatórias e as atualizações fiduciárias

b) o plano bianual, as diretrizes orçamen-tárias e as atualizações permanentes

c) o plano plurianual, as diretrizes estraté-gicas e as atualizações permanentes

d) o plano trianual, as diretrizes orçamen-tárias e as atualizações fiduciárias

e) o plano plurianual, as diretrizes orça-mentárias e os planos e programas na-cionais, regionais e setoriais

3. (Esaf – Técnico de Nível Superior – SPU – 2006)

Nos termos da Constituição Federal, a lei or-çamentária anual compreenderá:

I – o orçamento fiscal.

II – o orçamento de investimento das em-presas estatais.

III – o orçamento da seguridade social.

Assinale a opção correta.

a) Os itens I, II e III estão corretos.b) Apenas o item I está correto.c) Apenas os itens I e II estão corretos.d) Apenas os itens I e III estão corretos.e) Apenas os itens II e III estão corretos.

4. (Esaf – Analista de Planejamento e Orça-mento – MPOG – 2010)

Na integração do Sistema de Planejamen-to e Orçamento Federal, indique qual(ais) instrumento(s) legal(is) explicita(m) as me-tas e prioridades para cada ano.

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a) O Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orça-mentária Anual.

b) A Lei de Responsabilidade Fiscal.c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias.d) A Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei

Orçamentária Anual.e) A Lei Orçamentária Anual.

5. (Esaf – Técnico de Nível Superior – SPU – MPOG – 2006)

No decorrer do primeiro exercício de um mandato presidencial qualquer, os projetos de lei do Plano Plurianual, da Lei de Diretri-zes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual deverão ser enviados para o Congres-so Nacional, respectivamente, até as se-guintes datas:

a) 15/04 – 15/04 – 31/08.b) 31/08 – 15/04 – 15/04.c) 31/08 – 15/04 – 31/08.d) 15/04 – 31/08 – 31/08.e) 31/08 – 31/08 – 15/04.

6. (Esaf – AUFC– TCU – 2006)

No que se refere à matéria orçamentária, a Constituição de 1988, em seu artigo 165, determina que leis de iniciativa do Poder Executivo estabeleçam o Plano Plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. Identifique a opção falsa com rela-ção ao tema.

a) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) consiste na lei que norteia a elaboração dos orçamentos anuais, compreendidos o orçamento fiscal, o orçamento de in-vestimento das empresas estatais e o orçamento da seguridade social.

b) A Lei Orçamentária Anual (LOA) objeti-va viabilizar a realização das ações pla-nejadas no Plano Plurianual e transfor-má-las em realidade.

c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), sob forma de projeto, deve ser encami-nhada pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo, na esfera federal, até oito meses e meio antes do encerramento

do exercício financeiro (15 de abril) e devolvida para sanção até o final do pri-meiro período da sessão legislativa (17 de julho).

d) O Plano Plurianual corresponde a um plano, por meio do qual se procura or-denar as ações do governo que levem ao alcance dos objetivos e das metas fixados para um período de três anos.

e) A Lei do Orçamento, sob forma de pro-jeto, deve ser encaminhada, no âmbito federal, até quatro meses antes do en-cerramento do exercício financeiro (31 de agosto) e devolvida para sanção até o final da sessão legislativa.

7. (Esaf – Analista de Finanças e Controle – CGU – 2012)

Segundo o que dispõe a Lei de Diretrizes Or-çamentárias − LDO, programa de governo é definido como:

a) o segundo nível da categoria de progra-mação e destina-se à especificação dos gastos governamentais cuja mensura-ção se faz por indicadores do PPA.

b) instrumento de organização dos gastos go-vernamentais, composto por ações e men-suração a partir de indicadores da LOA.

c) conjunto de ações e metas de um de-terminado exercício cuja mensuração se faz pelo volume de gasto realizado.

d) mecanismo de organização da ação go-vernamental, detalhado por projetos cuja mensuração se faz por indicadores do PPA.

e) instrumento de organização da ação go-vernamental, visando à concretização dos objetivos pretendidos cuja mensu-ração se faz por indicadores do PPA.

8. (Esaf – Auditor Fiscal – Receita Federal do Brasil – 2009)

Com relação ao Plano Plurianual (PPA), aponte a única opção incorreta.

a) Os programas do PPA podem abranger atividades desenvolvidas por diferentes Ministérios.

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Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) – Administração Pública – Prof. Fábio Furtado

b) Um aspecto importante do PPA é sua integração das despesas correntes e de capital, obtida por meio do foco em programas.

c) É exigido que o PPA seja apresentado ao Congresso Nacional até 15 de abril do primeiro dos quatro anos do mandato do Presidente da República.

d) O PPA de 2000-2003, o Avança Brasil, re-flete a nova classificação programática.

e) O PPA foi instituído pela Constituição de 1988.

9. (Esaf – Auditor Fiscal – Receita Federal do Brasil – 2009)

A compreensão adequada do ciclo de ges-tão do governo federal implica saber que:a) no último ano de um mandato pre-

sidencial qualquer, à lei de diretrizes orçamentárias compete balizar a ela-boração do projeto de lei do plano plu-rianual subsequente.

b) a função controle precede à execução orçamentária.

c) a não-aprovação do projeto de lei de di-retrizes orçamentárias impede o reces-so parlamentar.

d) a votação do plano plurianual segue o rito de lei complementar.

e) com o lançamento do Programa de Acele-ração do Crescimento (PAC), o orçamento de investimento das empresas estatais passou a integrar o plano plurianual.

10. (Esaf – Técnico de Nível Superior – SPU – MPOG – 2006) De acordo com a estrutura programática adotada a partir da Portaria n. 42/1999, o instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais re-sulta um produto necessário à manutenção da ação de governo, é classificado como:

a) função.b) subfunção.c) programa.d) projeto

e) atividade.

11. (Esaf – AUFC – TCU 1999)

No tocante aos objetivos dos princípios or-çamentários, assinale a opção correta.

a) Segundo o princípio da exclusividade, o orçamento deve conter todas as recei-tas e despesas referentes aos poderes da União.

b) De acordo com o princípio da unidade, o orçamento deve conter apenas maté-ria orçamentária.

c) O princípio da publicidade represen-ta uma regra técnica administrativa, segundo a qual a lei do orçamento so-mente deve veicular matéria de nature-za financeira.

d) O princípio da legalidade determina que o conteúdo do orçamento deve ser divulgado por veículos oficiais de comu-nicação.

e) O princípio da unidade recomenda que deve existir apenas um orçamento.

12. (Esaf – AUFC– TCU 2002)

A ação planejada do Estado materializa-se através do orçamento público. Indique o princípio orçamentário que consiste na não--inserção de matéria estranha à previsão da receita e à fixação da despesa.

a) princípio da discriminaçãob) princípio da exclusividadec) princípio do orçamento brutod) princípio da universalidadee) princípio do equilíbrio

13. (Esaf – ATRFB – RECEITA FEDERAL – 2009)

Constata-se que os princípios orçamentários do equilíbrio e da unidade foram respeitados quando ocorrem, respectivamente:

a) as despesas correntes liquidadas não ultrapassam as receitas correntes ar-recadadas e a Lei Orçamentária Anual disciplinou todas modificações na legis-lação tributária necessárias à execução do orçamento.

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b) as despesas correntes foram pagas sem a realização de operações de crédito e as despesas de capital foram cobertas com receitas correntes.

c) a arrecadação total foi suficiente para cobrir todas as despesas liquidadas e a distribuição dos gastos durante os me-ses do exercício manteve-se bem distri-buída.

d) as receitas de capital não ultrapassaram as despesas de capital e todas as despe-sas realizadas foram autorizadas em lei.

e) todas as despesas autorizadas no exer-cício não ultrapassam o valor das recei-tas estimadas e cada ente da federação apresenta um único orçamento no exer-cício.

14. (Esaf – Analista – BACEN – 2001)

Apesar de não possuírem caráter absoluto, os princípios orçamentários têm servido de base para elaboração dos orçamentos pú-blicos e para discussões teóricas sobre esse tema.

Entre as opções abaixo, assinale aquela que expressa corretamente o princípio orça-mentário da universalidade.

a) Cada unidade governamental deve pos-suir apenas um orçamento.

b) O orçamento deve conter todas as re-ceitas e todas as despesas do Estado.

c) As receitas e despesas no orçamento devem aparecer de maneira discrimi-nada, de tal forma que se possa saber, com detalhes, a origem dos recursos e sua aplicação.

d) As propostas orçamentárias devem ser amplamente divulgadas, de forma que o maior número possível de pessoas te-nha acesso às realizações pretendidas pela administração pública.

e) O orçamento deve ser apresentado em linguagem clara, de modo que o maior número possível de pessoas possa com-preendê-lo e manipulá-lo.

15. (Esaf – AFC – STN – 2005)

São impositivos nos orçamentos públicos os princípios orçamentários. O princípio que obriga que a estimativa de receita e a fixa-ção de despesa limitem-se a período defini-do de tempo, chamado exercício financeiro, é o princípio da

a) exclusividade.b) especificação.c) anualidade.d) unidade.e) universalidade.

16. (Esaf – Procurador da Fazenda Nacional – 2004)O estudo da evolução dos contornos nor-mativos dados ao orçamento pelo direito brasileiro indica-nos as caudas orçamentá-rias, combatidas tanto por Artur Bernardes como por Rui Barbosa, e que possibilitavam a inclusão de variados assuntos em dispo-sições orçamentárias, a exemplo da lei do orçamento vetada em janeiro de 1922 pelo então presidente Epitácio Pessoa. No mo-delo atual, as caudas orçamentárias

a) são autorizadas, por conta de adequa-ção dos gastos com o plano plurianual, guardados limites para contratação de operações de crédito, nos termos de lei complementar.

b) são autorizadas, devido a dispositi-vo que permite inclusão de créditos e despesas até trinta dias após o encer-ramento de cada bimestre, mediante relatório resumido da execução orça-mentária, nos termos da lei.

c) são absolutamente proibidas, por meio de vedação implícita, decorrente de in-compatibilização com o plano plurianual, cuja função não se vincula a mecanismos de redução de desigualdades inter-regio-nais, segundo critério populacional, nos termos de lei complementar.

d) são absolutamente proibidas, dada a vedação de dispositivo estranho à pre-visão da receita e à fixação da despesa

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na lei orçamentária plurianual, em qual-quer circunstância, nos termos de lei complementar.

e) são proibidas, por causa da vedação da lei orçamentária anual de conter dispo-sitivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, embora não se in-cluam na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratações de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

17. (Esaf – Analista – ANA – 2009)

A Constituição Federal, ao estabelecer que a lei orçamentária anual não conterá dispo-sitivo estranho à previsão da receita e à fixa-ção da despesa, consagra o seguinte princí-pio orçamentário:

a) Unidade.b) Especificação.c) Exclusividade.d) Legalidade.e) Não-afetação das receitas.

Gabarito: 1. E 2. E 3. A 4. C 5. C 6. D 7. E 8. C 9. C 10. E 11. E 12. B 13. E 14. B 15. C 16. E 17. C

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ELABORAÇÃO, GESTÃO E AVALIAÇÃO ANUAL DO PPA E MODELO DE GESTÃO DO PPA

A gestão do PPA ocorre, principalmente, com base no monitoramento dos Programas, Objetivos, Metas e Iniciativas, dedicando especial atenção aos meios mais eficazes para possibilitar a execução necessária ao desenvolvimento do País.

É importante destacar que o conceito de gestão associado ao Plano Plurianual (PPA) dialoga com a criação de condições objetivas que favoreçam a execução, de forma que o conceito de resultado está associado à abertura de canais que ampliem a escala de entregas do Estado.

Fonte: http://www.planejamento.gov.br/

Cartilha para elaboração do PPA 2016-2019

http://bibspi.planejamento.gov.br/handle/iditem/666

Introdução

O País vive um momento de contínua ascensão social dos mais pobres, de democratização do acesso a serviços públicos e de efetivação de direitos econômicos, sociais, políticos e culturais de seu povo. Esse quadro é resultado de decisões tomadas por governos anteriores, em especial a partir de 2003, com um forte compromisso com o desenvolvimento, a inclusão social e a geração de oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras.

As estratégias definidas no Plano Mais Brasil (PPA 2012–2015) de desenvolvimento com redução das desigualdades, melhoria da infraestrutura e transformação produtiva, em meio a um cenário internacional de crise, foram decisivas para alcançarmos a superação da pobreza extrema em nosso país, a geração de novos empregos e a profunda redução das desigualdades. Temos hoje um novo País, com mais acesso a bens, serviços e direitos pela imensa maioria da população.

Nesse caminho, no entanto, é preciso compreender que as conquistas já alcançadas trazem novos anseios e novas demandas. Neste momento, estamos prontos para dar mais um salto, oferecendo serviços públicos de mais qualidade.

Para tanto, entendemos ser fundamental a afirmação de novos valores e a consolidação dos avanços já conquistados. Os anseios dessa nova etapa de desenvolvimento já se encontram refletidos no Programa do atual governo, e terão seus eixos centrais também traduzidos no próximo PPA.

Dando continuidade aos avanços recentes já obtidos, o governo eleito também assumiu um forte compromisso com o diálogo social e a participação nas políticas públicas.

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O processo de elaboração do PPA 2016–2019, que se inicia, estabelece bases sólidas de diálogo com a sociedade e os movimentos sociais. Suas orientações estratégicas buscarão consolidar as conquistas econômicas, políticas e sociais do Brasil e impulsionar um novo ciclo de desenvolvimento, tornando-o uma Pátria Educadora para a democracia, para o bem-estar social e para novas conquistas da cidadania de atuais e futuras gerações. O processo em curso conta com iniciativas de caráter consultivo, como a realização do Fórum Interconselhos. Esse evento terá a presença de mais de 30 conselhos e comissões setoriais, e abrirá espaço para contribuições dos participantes que incidirão no processo de formulação dos Programas Temáticos do PPA.

O Fórum Interconselhos, já consolidado e reconhecido internacionalmente com o prêmio da Organização das Nações Unidas (ONU) para Melhores Práticas na Gestão Pública, deve continuar sendo o principal espaço de articulação entre o Governo e a sociedade civil organizada. Para tanto, ocorrerá em Brasília, em sua 6ª edição, que contará com uma dinâmica de trabalho voltada para a discussão e a proposição de contribuições para a Dimensão Estratégica do PPA, bem como o levantamento de desafios a serem enfrentados pelos diversos temas de políticas públicas nos próximos quatro anos de governo e suas respectivas propostas de soluções.

A participação virtual, por meio da plataforma ParticipaBR, também será um canal por meio do qual toda a sociedade poderá contribuir para a formulação e implementação de políticas públicas, as quais serão refletidas nos Programas do PPA. Serão também realizadas oficinas de elaboração de Programas Temáticos envolvendo os Ministérios, sob a coordenação do Ministério do Planejamento, e a promoção de diálogos regionais, que deverão gerar insumos para as etapas de construção do PPA.

É assumindo essas agendas que se abre o período de elaboração do PPA, quando juntos apon-taremos os melhores caminhos para alcançar os compromissos assumidos pelo Governo. Espe-ra-se, com esse PPA, um aprofundamento dos avanços já conquistados, visando não somente à ampliação das esferas de participação e envolvimento da sociedade, mas principalmente à qualificação do diálogo conferindo transparência aos trabalhos e concretude na recepção das propostas. O fortalecimento da sociedade por meio desse instrumento é fundamental para a consolidação da cultura de gestão participativa do Planejamento Governamental em todas as suas etapas.

Esse documento tem a finalidade de orientar o processo de participação, trazendo informações sobre o PPA e sua dinâmica de elaboração.

O Plano Plurianual

O planejamento de políticas públicas é pressuposto para a qualificação dos bens e dos serviços públicos ofertados à sociedade e essencial em um contexto que demanda a implantação de mecanismos capazes de dar continuidade ao necessário desenvolvimento socioeconômico do País.

O Governo tem à disposição vários instrumentos para o planejamento de suas políticas que, na maioria das vezes, resultam em planos setoriais de médio e longo prazos, a exemplo do Plano Nacional de Saúde ou o Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Além dos planos setoriais e dos

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planejamentos estratégicos, o Governo Federal também exerce sua função de planejamento por meio da elaboração do PPA.

O PPA é o instrumento constitucional de planejamento governamental que reflete as diretrizes do Governo para um período de quatro anos. Previsto na Constituição Federal de 1988, o PPA, nos termos do § 1º do art. 165, “estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada”. Dessa forma, todos os investimentos realizados pelo Governo devem estar previstos no PPA.

Ainda no § 4º do art. 165, a Constituição também define que “os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional”.

Ao observar o preceito constitucional, verifica-se a relevância do PPA para o planejamento no âmbito do Governo Federal, cuja vigência também está definida pela Constituição, por meio do art. 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, quando esclarece que “o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa”.

Assim, o Governo Federal encaminhará ao Congresso Nacional, até 31 de agosto de 2015, o Projeto de Lei do PPA 2016–2019. Os trabalhos para a elaboração do PPA começaram em janeiro corrente, sob a responsabilidade do Ministério do Planejamento, que coordena o processo. A primeira etapa da elaboração constitui-se de uma proposta para discussão envolvendo Governo e sociedade, sobre a Dimensão Estratégica composta dos Eixos e das Diretrizes Estratégicas. É essa dimensão que dará o alinhamento estratégico necessário para a elaboração dos Programas do PPA.

O Plano Plurianual 2016–2019

O Planejamento Governamental é uma ferramenta central no caminho de desenvolvimento do País. Pode-se afirmar que, por mais de uma década, o Brasil vem avançando tanto no sentido de aperfeiçoar essa função como de aproximar os instrumentos formais da efetiva gestão das políticas públicas em curso no País.

Nesse cenário, situa-se a obrigação constitucional de elaborar o PPA a cada quatro anos.

O modelo introduzido no PPA 2012–2015 representou muitos avanços para o Planejamento Governamental ao explicitar as escolhas de políticas públicas para o período do Plano por meio da criação de Programas Temáticos. Esses programas retratam no Plano a agenda de Governo, organizada pelos temas de políticas públicas. É esperado que, para o PPA 2016– 2019, tanto os ajustes de conceitos e adequações ao modelo como a própria experiência adquirida com a implantação do Plano no ciclo anterior contribuam para a construção de Programas Temáticos, Objetivos e Metas que reflitam o que é mais estruturante no âmbito de cada política pública.

Diante dessas constatações, a orientação para esse novo ciclo do PPA aponta para um instru-mento mais estratégico, no qual os Eixos e as Diretrizes Estratégicas norteiam a implantação das políticas, orientando a construção dos Programas Temáticos.

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Espera-se, com isso, aperfeiçoar o acompanhamento das ações do Governo e garantir que os resultados pretendidos sejam alcançados.

Dimensão Estratégica do PPA 2016–2019

Os eixos e as diretrizes estratégicas são os elementos centrais para a elaboração do PPA 2016–2019 e estão diretamente relacionados ao modelo de desenvolvimento inclusivo em curso no Brasil, marcado pela perspectiva do crescimento econômico com redução das desigualdades sociais e regionais.

A trajetória das estratégias dos PPAs, nos últimos doze anos, pode ser observada na tabela a baixo, a seguir. Constata-se que, a partir do PPA 2004–2007, a dimensão social assumiu cen-tralidade na estratégia do Plano. Tornou-se fundamental o fortalecimento do mercado interno mediante a conformação de um mercado de massas, apoiado em aumentos reais do salário--mínimo, em políticas de transferência de renda e na redução das desigualdades, processos esses combinados com o controle da inflação.

O PPA 2008–2011 deu sequência a essa estratégia ao reforçar o fortalecimento do mercado in-terno com a redução de desigualdades por meio da aceleração dos investimentos em educação e em infraestrutura econômica e social.

Assim, a consolidação da agenda inclusiva passou pela implantação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pela aprovação do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e pela criação do maior programa popular de habitação do País nas últimas décadas, o “Minha Casa, Minha Vida”.

Na mesma direção dos dois planos anteriores, o PPA 2012–2015 deu destaque para o “Brasil Sem Miséria”, programa que promoveu a superação da pobreza extrema no País e possibilitou a inclusão social e produtiva desse contingente populacional; para o PAC 2, com mais recursos e maior integração com estados e municípios nos investimentos em infraestrutura e habitação; e para um conjunto de medidas de apoio à manutenção dos níveis de emprego e renda diante da deterioração do cenário internacional, às quais se somaram iniciativas voltadas para a qua-lificação da mão de obra, como o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e o Programa Ciência sem Fronteiras.

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PPA 2004-2007 PPA 2008-2011 PPA 2012-2013

• Inclusão Social

• Desconcentração de renda (valorização do salário-mínimo)

• Fortalecimento do mercado interno

• Redução da vulnerabilidade externa

• Fortalecimento da democracia e da cidadania

• Investimento em infraestrutura

• Manutenção e expansão dos investimentos em infraestrutura (PAC, MCMV)

• Garantia para a educação de qualidade (PDE)

• Agenda Social

• Ampliação do Programa Bolsa Família

• Erradicação da pobreza extrema (BSM)

• Manutenção e expansão dos investimentos em infraestrutura (PAC 2 e MCMV)

• Apoio à manutenção do emprego de renda

• Qualificação da mão de obra (Pronatec e Programa Ciências sem fronteira)

O novo ciclo que agora se inicia, demarcado pela ideia-força Brasil, Pátria Educadora, sugere que o acesso a uma educação de qualidade será fundamental para garantir a cidadania e ampliar as capacidades da população. Com base nesse lema, os elementos da estratégia constante do Plano apontam para o fortalecimento dos fundamentos macroeconômicos e a ampliação dos investimentos públicos e privados, especialmente em infraestrutura, e a busca da inclusão social para além da renda, como aspectos centrais para a retomada do crescimento e para a ampliação da produtividade e da competitividade da economia, gerando oportunidades de trabalho para a população. É também importante, para o novo ciclo, que se busque uma melhor distribuição das oportunidades de acesso a bens e serviços públicos de qualidade. Assim, a proposta para os Eixos Estratégicos do próximo PPA é:

A partir desses Eixos, as Diretrizes Estratégicas orientarão a construção dos Programas Temá-ticos que, devem identificar o que será feito, considerando os compromissos assumidos pelo Governo que indicam as principais agendas para os próximos quatro anos. Importante também é a apropriação, pelo PPA, dos Planos Nacionais Setoriais, com o devido recorte para os próxi-mos quatro anos, esperando assim que a estratégia revele as principais agendas do Governo e que estas se expressem de forma transversal em meio aos Objetivos e às Metas dos Programas Temáticos.

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O PPA 2012–2015 vigente compreende um total de 65 Programas Temáticos que traduzem o conjunto de objetivos, metas e iniciativas implantado pelo Governo desde 2012. Considerando que o objetivo do Governo é um PPA focado no que é mais estruturante para as políticas públicas nos próximos quatro anos, a começar por sua própria orientação estratégica, o conteúdo dos programas também será mais estruturante de forma a tornar o conjunto de Objetivos e Metas mais coeso. O PPA vigente define aproximadamente 2.400 metas, o que será redimensionado para o próximo PPA, no intuito de definir um grupo de metas que permita ao Governo atuar no que será efetivamente relevante de se alcançar quanto aos resultados esperados e planejados para até 2019.

Diálogo e Participação Social

As contribuições da sociedade formuladas durante o Fórum Interconselhos terão como ponto de partida a discussão da Dimensão Estratégica. Essas contribuições, portanto, serão obtidas previamente à elaboração dos programas temáticos e apresentadas aos ministérios, permitindo assim que sejam incorporadas ao debate do conteúdo de cada política.

Para ampliar a capilaridade do processo e a diversidade da participação, o portal ParticipaBR, coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência da República, também oferecerá instrumen-tos de participação que estarão voltados para o diálogo em torno do planejamento de políticas públicas. Por meio dessa plataforma, poderão participar todos os cidadãos, as redes,os movi-mentos sociais e as organizações, promovendo assim um diálogo inclusivo e ampliado da socie-dade com o Governo Federal .

Após a finalização da etapa de formulação dos programas temáticos, inicia-se a fase devolutiva à sociedade, com apresentação do encaminhamento das propostas aportadas nas etapas iniciais de contribuição. O cronograma a seguir explicita os principais momentos da elaboração do Plano.

Elaboração do PPA 2016-2019 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO

Elaboração e discussão da Dimen-são Estratégica e da Proposta Me-todológica do PPA 2016-2019

2 jan a 15 mar

Validação da Dimensão Estratégica 20 abr a 30 jul

Reunião com Secretários Executi-vos dos Ministérios 19

Retorno das contribuições dos Secretários Executivos (sobre as Diretrizes Estratégicas)

10

Lançamento Oficial do PPA 2016-2019 14

Fórum Interconselhos – discussão de propostas

15 e 16

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Elaboração do PPA 2016-2019 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO

Primeira Oficina com os Ministé-rios para elaborar os Programas Temáticos

22 abr a 15 mai

Segunda Oficina com Ministérios para finalizar os Programas Temá-ticos

4 a 26

Diálogos Setoriais 27 a 29

Terceira oficina com Ministérios – com nível diretivo, para validar os Programas Temáticos

30 mai a 24 jun

Validação dos Programas Temá-ticos com a Presidência da Repú-blica

25 a 28

Fórum Interconselhos – devolutiva 1 e 2

Diálogos Federativos (por macror-regiões)

1 a 18

Fase da discussão quantitativa dos Programas (orçamento)

29 jun a 17 jul

Envio do PL PPA 2016-2019 ao Congresso Nacional 27

Mensagem Presidencial no Projeto de Lei do PPA 2016-2019

Fonte: Página da Câmara dos Deputados na internet

APRESENTAÇÃO

O PPA 2016-2019 integra um projeto nacional de desenvolvimento que vem se consolidando há mais de uma década e que concilia o crescimento econômico com a distribuição da renda e a inclusão social. O novo Plano Plurianual traz inovações que dão sequência ao processo permanente de aperfeiçoamento metodológico do planejamento no Governo Federal. A estratégia de direcionar a atuação do Estado na promoção de um modelo inclusivo de desenvolvimento foi decisiva para a melhoria na distribuição da renda, seja pela ampliação do combate à pobreza como compromisso de toda a sociedade, seja pela manutenção dos níveis de emprego e rendimento do trabalho em meio a um contexto de crise econômica internacional.

A inclusão social tem proporcionado uma condição de vida melhor a uma parcela expressiva da população, a partir do acesso à renda e às oportunidades. E o patamar de desenvolvimento que o Brasil vem alcançando nesses últimos anos tem também como consequência uma nova visão da sociedade com relação às suas possibilidades e expectativas. As demandas da popula-

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ção exigem esforços ainda maiores do Estado, seja com mais investimentos em infraestrutura, aumentando a competitividade da economia, seja com mais serviços públicos de qualidade.

O duplo desafio de preservar as conquistas e aprofundar os avanços não é somente uma opção do Governo Federal, mas sobretudo uma escolha da própria sociedade, traduzida inclusive nos espaços de discussão do próprio PPA 2016-2019, que contou com ampla participação social nas suas diferentes etapas de elaboração.

O PPA 2016-2019 foi construído dentro deste contexto e, a partir de uma Dimensão Estratégica, detalha sua Dimensão Programática, representada pelos Programas Temáticos e de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado, indicando os principais compromissos do Governo para os próximos quatro anos.

DIMENSÃO ESTRATÉGICA DO PPA 2016-2019

A Dimensão Estratégica do PPA traduz as principais linhas estratégicas definidas pelo Governo Federal para a implementação de políticas públicas, tendo como horizonte o período de quatro anos. No PPA 2016-2019, a Dimensão Estratégica é composta pela Visão de Futuro, pelo Cenário Macroeconômico, pelos Eixos Estratégicos e pelas Diretrizes Estratégicas que orientam a elaboração da estrutura programática, especialmente dos Programas Temáticos, que compõem a Dimensão Tática do PPA ao lado dos Programas de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado.

VISÃO DE FUTURO

A Visão de Futuro do País pode ser entendida como a declaração de um desejo coletivo, factível e claro, que orienta o planejamento da ação governamental. É nesse sentido que o PPA 2016-2019 assume como Visão de Futuro um Brasil que se reconheça e seja reconhecido como:

• uma sociedade inclusiva, democrática e mais igualitária, com educação de qualidade, respeito e valorização da diversidade e que tenha superado a extrema pobreza;

• uma economia sólida, dinâmica e sustentável, capaz de expandir e renovar competitiva-mente sua estrutura produtiva com geração de empregos de qualidade e com respeito ao meio ambiente.

CENÁRIO MACROECONÔMICO

O Brasil da última década e meia vem passando por intensas transformações com a construção e consolidação de um modelo de desenvolvimento com inclusão social. Entre 2004 e 2010, a taxa média de crescimento do PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) acelerou, a inflação foi mantida sob controle e, mais importante, a pobreza e a desigualdade diminuíram.

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No período mais recente, na esteira do aprofundamento da crise econômica global iniciada em 2008, a consolidação do modelo de desenvolvimento com inclusão social enfrentou um quadro macroeconômico desafiador, coincidente com o intervalo do último plano plurianual, de 2012 a 2015. O crescimento econômico global e doméstico desacelerou e, com o propósito de preservação das conquistas sociais e do nível de emprego, a política macroeconômica absorveu vários choques. Pelo lado externo, a queda nos preços das commodities limitou o potencial de crescimento da economia. O baixo crescimento da economia mundial, por sua vez, reduziu o dinamismo do comércio internacional e criou empecilhos à trajetória de expansão das exportações brasileiras. do lado interno, uma forte crise hídrica criou um quadro de seca em regiões específicas do País, acarretando pressão sobre os preços de energia e de alimentos.

A política macroeconômica respondeu a esses choques por meio da expansão dos programas de investimento público (Programa de Aceleração do Crescimento 2 – PAC 2, Programa de Investimentos em Logística – PIL, Programa Minha Casa Minha Vida – MCMV), de desonerações de impostos e do barateamento do crédito ao setor privado. Além disso, a política fiscal absorveu parte do aumento dos custos de energia e financiou ações específicas de combate aos efeitos da seca para a população diretamente atingida. Essas ações mantiveram a taxa de desemprego em queda (4,8% da população economicamente ativa na média de 2014, contra 7,8% em 2008 e 12,3% em 20033) e a de investimento entre os patamares mais elevados da série histórica. No entanto, por conta da redução de receitas e da expansão de despesas, em 2014 o resultado primário do setor público consolidado inverteu de sinal com um déficit de 0,59% do PIB.

EIXOS ESTRATÉGICOS

O PPA 2016-2019 reforça o compromisso pela promoção do desenvolvimento econômico e social, com redução da desigualdade e criação de amplas oportunidades, traduzido em quatro Eixos Estratégicos:

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DIRETRIZES ESTRATÉGICAS

Para a superação dos desafios compreendidos em cada Eixo Estratégico, é proposto um conjunto de Diretrizes que norteiam as principais agendas para os próximos quatro anos, nos quais o PPA 2016-2019 propõe sustentar o processo de desenvolvimento inclusivo no Brasil por meio da retomada do crescimento econômico e da distribuição dos ganhos de produtividade na sociedade. O vínculo entre as Diretrizes e os Eixos Estratégicos não é rígido, podendo uma mesma Diretriz Estratégica colaborar para mais de um eixo estratégico. As Diretrizes são:

• Combate à pobreza e redução das desigualdades, promovendo o acesso equitativo aos serviços públicos e ampliando as oportunidades econômicas no campo e na cidade.

• Promoção da qualidade e ampliação do acesso à educação com equidade, articulando os diferentes níveis, modalidades e sistemas, garantindo condições de permanência e aprendizado e valorizando a diversidade.

• Promoção do emprego e do trabalho decente, com garantia de direitos trabalhistas, qualificação profissional e o fortalecimento do sistema público de emprego.

• Garantia de acesso universal aos serviços de atenção básica e especializada em saúde, com foco na integralidade e qualidade do atendimento e no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

• Garantia de acesso da população ao sistema previdenciário, com qualidade e equidade no atendimento e melhoria da gestão, contribuindo para a sustentabilidade do sistema.

• Garantia de acesso com qualidade aos serviços de assistência social, por meio da consolidação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

• Garantia do direito humano à alimentação adequada e saudável, com promoção da soberania e da segurança alimentar e nutricional.

• Fortalecimento da cidadania e dos direitos fundamentais, promovendo a participação social, o acesso à justiça, os direitos da pessoa idosa, dos jovens, da pessoa com deficiência, o respeito à população LGBT e o enfrentamento a todas as formas de violência.

• Promoção da igualdade de gênero e étnico-racial e superação do racismo, respeitando a diversidade das relações humanas.

• Promoção do desenvolvimento rural sustentável, visando a ampliação da produção e da produtividade agropecuária, com geração de emprego, renda, divisas e o acesso da população rural aos bens e serviços públicos.

• Fortalecimento da governança fundiária e promoção da reforma agrária e da proteção dos direitos dos povos indígenas, povos e comunidades tradicionais e quilombolas.

• Promoção do direito à comunicação e à inclusão digital, ampliando o acesso à Internet banda larga e expandindo a oferta de serviços e conteúdos de telecomunicações.

• Fortalecimento da segurança pública e redução de homicídios, com integração de políticas públicas entre os entes federados, controle de fronteiras e promoção de uma cultura de paz.

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• Promoção do desenvolvimento urbano integrado e sustentável, ampliando e melhorando as condições de moradia, saneamento, acessibilidade, mobilidade urbana e trânsito, com qualidade ambiental.

• Promoção da segurança hídrica, com investimentos em infraestrutura e aprimoramento da gestão compartilhada e da conservação da água.

• Promoção da conservação, da recuperação e do uso sustentável dos recursos naturais.

• Ampliação das capacidades de prevenção, gestão de riscos e resposta a desastres e de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

• Redução das desigualdades regionais e intrarregionais e promoção do desenvolvimento territorial sustentável, respeitando as identidades e a diversidade cultural.

• Promoção do desenvolvimento cultural e artístico e acesso à cultura, com valorização da diversidade e fortalecimento da economia da cultura.

• Promoção da democratização do acesso ao esporte, da formação esportiva e da preparação de atletas, com foco na elevação da qualidade de vida da população.

• Promoção da ciência, da tecnologia e da inovação e estímulo ao desenvolvimento produtivo, com ampliação da produtividade, da competitividade e da sustentabilidade da economia.

• Promoção do desenvolvimento econômico, melhoria do ambiente de negócios e da concorrência, com justiça fiscal e equilíbrio das contas públicas.

• Fortalecimento das micro e pequenas empresas e dos microempreendedores individuais, e promoção do trabalho associado, da cooperação, da autogestão e dos empreendimentos solidários.

• Ampliação da atuação do Brasil no comércio internacional de bens e serviços, agregando valor, conteúdo tecnológico, e diversificando a pauta e o destino das exportações brasileiras.

• Investimentos na melhoria do transporte de passageiros e de carga, buscando a integração modal, a eficiência da rede de transporte, a competitividade do país, o desenvolvimento sustentável e a integração regional, nacional e sul-americana.

• Promoção de investimentos para ampliação da oferta de energia e da produção de combustíveis, com ênfase em fontes renováveis.

• Garantia da defesa nacional e da integridade territorial, e promoção da paz, dos direitos humanos e da cooperação entre as nações.

• Fortalecimento da capacidade de gestão do Estado, com foco no aumento da qualidade dos serviços prestados ao cidadão, na qualidade do gasto, na transparência, na comunicação e participação social, bem como da prevenção e do combate à corrupção.

A próxima figura ilustra como está organizada a dimensão estratégica do PPA 2016-2019.

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As Diretrizes Estratégicas expressam o resultado de um processo amplo de discussão entre os diversos órgãos do Governo Federal e também com outras instâncias e esferas do Poder Públi-co, além das contribuições da sociedade civil organizada. As Diretrizes Estratégicas orientam a concepção e a implementação da Dimensão Tática do Plano, representada por 54 Programas Temáticos do PPA 2016-2019.

PPA EM GRANDES NÚMEROS

Os Eixos e as Diretrizes Estratégicas, bem como os Programas expressos no PPA 2016-2019, traduzem-se na alocação de recursos prevista para o período do Plano. Nos próximos quatro anos, o PPA estima dispêndios globais, incluindo o gasto tributário incorporado, da ordem de R$ 8.217 bilhões.

Recursos por tipo de Programa

Dois tipos de Programas compõem o PPA 2016-2019:

a) Programas Temáticos: organizados por recortes selecionados de políticas públicas, expres-sam e orientam a ação governamental para a entrega de bens e serviços à sociedade;

b) Programas de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado: expressam as ações destinadas ao apoio, à gestão e à manutenção da atuação governamental.

Do total de recursos previstos no PPA, 84% estão vinculados aos Programas Temáticos e 16% aos Programas de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado.

Lei do PPA 2016 a 2019

CAPÍTULO I DO PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E DO PLANO PLURIANUAL

Art. 1º Esta Lei institui o Plano Plurianual da União para o período de 2016 a 2019 – PPA 2016-2019, em cumprimento ao disposto no § 1º do art. 165 da Constituição Federal.

Art. 2º O PPA 2016-2019 é instrumento de planejamento governamental que define diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada, com o propósito de viabilizar a implementação e a gestão das políticas públicas.

Art. 3º São prioridades da administração pública federal para o período 2016- 2019:

I – as metas inscritas no Plano Nacional de Educação (Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014);

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II – o Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, identificado nas leis orçamentárias anuais por meio de atributo específico e;

III – o Plano Brasil sem Miséria – PBSM, identificado nas leis orçamentárias anuais por meio de atributo específico.

Parágrafo único. No prazo de noventa dias a contar da publicação desta Lei, o Poder Executivo informará ao Congresso Nacional o montante de recursos a ser destinado, no quadriênio 2016-2019, ao Programa de Aceleração do Crescimento – PAC e ao Programa de Investimentos em Logística – PIL.

Art. 4º Para o período 2016-2019, o PPA terá como diretrizes:

I – O desenvolvimento sustentável orientado pela inclusão social;

II – A melhoria contínua da qualidade dos serviços públicos;

III – A garantia dos direitos humanos com redução das desigualdades sociais, regionais, étnico-raciais, geracionais e de gênero;

IV – O estímulo e a valorização da educação, ciência, tecnologia e inovação e competitividade;

V – A participação social como direito do cidadão;

VI – A valorização e o respeito à diversidade cultural; e

VII – O aperfeiçoamento da gestão pública com foco no cidadão, na eficiência do gasto público, na transparência, e no enfrentamento à corrupção.

VIII – A garantia do equilíbrio das contas públicas.

CAPÍTULO II DA ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO PLANO

Art. 5º O PPA 2016-2019 reflete as políticas públicas e orienta a atuação governamental por meio de Programas Temáticos e de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado, assim definidos:

I – Programa Temático: organizado por recortes selecionados de políticas públicas, expressa e orienta a ação governamental para a entrega de bens e serviços à sociedade; e

II – Programa de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado: expressa e orienta as ações destinadas ao apoio, à gestão e à manutenção da atuação governamental.

Parágrafo único. Não integram o PPA 2016-2019 os programas destinados exclusivamente a operações especiais.

Art. 6º O Programa Temático é composto pelos seguintes elementos constituintes:

I – Objetivo, que expressa as escolhas de políticas públicas para o alcance dos resultados almejados pela intervenção governamental e tem como atributos:

a) Órgão Responsável: órgão cujas atribuições mais contribuem para a implementação do Ob-jetivo ou da Meta;

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b) Meta: medida do alcance do Objetivo, podendo ser de natureza quantitativa ou qualitativa; e

c) Iniciativa: declaração dos meios e mecanismos de gestão que viabilizam os Objetivos e suas Metas, explicitando a lógica da intervenção.

II – Indicador, que é uma referência que permite identificar e aferir, periodicamente, aspectos relacionados a um Programa, auxiliando a avaliação dos seus resultados.

III – Valor Global do Programa, que é a estimativa dos recursos orçamentários e extraorçamen-tários previstos para a consecução dos Objetivos, sendo os orçamentários segregados nas es-feras Fiscal e da Seguridade Social e na esfera de Investimento das Empresas Estatais, com as respectivas categorias econômicas.

IV – Valor de Referência, que é o parâmetro financeiro utilizado para fins de individualização de empreendimento como iniciativa no Anexo III, estabelecido por Programa Temático e especifi-cado para as esferas Fiscal e da Seguridade Social e para a esfera de Investimento das Empresas Estatais.

Art. 7º Integram o PPA 2016-2019 os seguintes anexos:

I – Anexo I – Programas Temáticos;

II – Anexo II – Programas de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado; e III – Anexo

III – Empreendimentos Individualizados como Iniciativas – acima do Valor de Referência; e,

IV – Anexo

IV – Empreendimentos Individualizados como Iniciativas – Abaixo do Valor de Referência.

CAPÍTULO III DA INTEGRAÇÃO COM AS LEIS ORÇAMENTÁRIAS ANUAIS

Art. 8º Os Programas constantes do PPA 2016-2019 estarão expressos nas leis orçamentárias anuais e nas leis de crédito adicional.

§ 1º As ações orçamentárias serão discriminadas exclusivamente nas leis orçamentárias.

§ 2º Nos Programas Temáticos, cada ação orçamentária estará vinculada a um único Objetivo, exceto as ações padronizadas.

§ 3º As vinculações entre ações orçamentárias e Objetivos do PPA constarão das leis orçamen-tárias anuais.

Art. 9º O Valor Global dos Programas, bem como os enunciados dos Objetivos e Metas, não constituem limites à programação e à execução das despesas expressas nas leis orçamentárias anuais e nas leis de crédito adicional.

Art. 10. Os empreendimentos plurianuais cujo custo total estimado for igual ou superior ao Valor de Referência deverão ser individualizados como Iniciativas no Anexo III e aqueles cujo custo total foi inferior ao Valor de Referência serão individualizados como Iniciativas no Anexo IV .

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§ 1º A individualização de que trata o caput não se aplica aos empreendimentos realizados por meio de transferências de recursos da União a Estados, Distrito Federal e Municípios.

§ 2º O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão poderá definir critérios adicionais para a individualização de Iniciativas de que trata o caput deste artigo.

CAPÍTULO IV DA GESTÃO DO PLANO

Art. 11. A gestão do PPA 2016-2019 consiste na articulação dos meios necessários para viabilizar o alcance dos Objetivos e das Metas, sobretudo para a garantia de acesso às políticas públicas pelos segmentos populacionais mais vulneráveis, e busca o aperfeiçoamento:

I – dos mecanismos de implementação e integração das políticas públicas;

II – dos critérios de regionalização das políticas públicas;

III – dos mecanismos de monitoramento, avaliação e revisão do Plano; e

IV – dos instrumentos de cooperação federativa

Art. 12. A gestão do PPA 2016-2019 observará os princípios da publicidade, eficiência, impessoalidade, economicidade e efetividade e compreenderá a implementação, o monitoramento, a avaliação e a revisão do Plano.

§ 1º Caberá ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão definir os prazos, as diretrizes e as orientações técnicas complementares para a gestão do PPA 2016-2019.

§ 2º O Poder Executivo manterá sistema informatizado de apoio à gestão do Plano, cujas informações deverão ser atualizadas com periodicidade definida nos termos do §1º.

§ 3º O Poder Executivo adotará, em conjunto com representantes da sociedade civil, mecanis-mos de participação social nas etapas do ciclo de gestão do PPA 2016-2019.

Art. 13. O Poder Executivo:

I – publicará em portal eletrônico dados estruturados e informações sobre a implementação e o acompanhamento do PPA 2016-2019; e

II – encaminhará ao Congresso Nacional o Relatório Anual de Avaliação do Plano, que conterá:

a) análise do comportamento das variáveis macroeconômicas que embasaram a elaboração do Plano, explicitando, se for o caso, as razões das discrepâncias verificadas entre os valores pre-vistos e realizados;

b) análise da situação, por Programa, dos Indicadores, Objetivos e Metas, informando as me-didas corretivas a serem adotadas quando houver indicativo de que metas estabelecidas não serão atingidas até o término do Plano; e

c) execução financeira das ações vinculadas aos objetivos dos Programas Temáticos.

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CAPÍTULO V DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 14. Para fins de atendimento ao disposto no § 1º do art. 167 da Constituição Federal, o investimento plurianual, para o período de 2016 a 2019, está incluído no Valor Global dos Programas.

Parágrafo único. A lei orçamentária anual e as leis de créditos adicionais detalharão em seus anexos os investimentos de que trata o caput, para o ano de sua vigência.

Art. 15. Fica o Poder Executivo autorizado a promover, por ato próprio, alterações no PPA 2016-2019 para:

I – compatibilizar as alterações promovidas pelas leis orçamentárias anuais e pelas leis de crédito adicional, podendo, para tanto:

a) alterar o Valor Global do Programa;

b) adequar as vinculações entre ações orçamentárias e objetivos; e

c) revisar ou atualizar Metas.

II – alterar Metas qualitativas; e

III – incluir, excluir ou alterar os seguintes atributos:

a) Indicador;

b) Órgão Responsável por Objetivo e Meta;

c) Iniciativa; e

d) Valor Global do Programa, em razão de alteração de fontes de financiamento com recursos extraorçamentários.

Parágrafo único. Quaisquer modificações realizadas com fulcro na autorização prevista no caput deverão ser informadas à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional e publicadas em portal eletrônico do governo federal.

Art. 16. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

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Questões

Elaboração, Gestão e Avaliação Anual do PPA e Modelo de Gestão do PPA

1. (Esaf – EPPGG – MPOG – 2013)

A Lei nº 12.593, de 18/01/2012, instituiu o Plano Plurianual da União para o período de 2012 a 2015. O art. 4º da Lei nº 12.593, de 18/01/2012, que trata das diretrizes e orientações gerais do Plano, estabelece que o PPA 2012- 2015 terá como princípios e di-retrizes, entre outras, as afirmativas abaixo, exceto:

a) a garantia dos direitos humanos com redução das desigualdades sociais, re-gionais, étnicoraciais e de gênero.

b a ampliação da participação social. c) a excelência na gestão para garantir o

provimento de bens e serviços à socie-dade.

d) a valorização da diversidade cultural e da identidade nacional.

e) o aumento dos gastos públicos.

2. (Esaf – EPPGG – MPOG – 2013)

O art. 5º da Lei nº 12.593, de 18/01/2012, estabelece a estrutura e organização do PPA. O PPA 2012-2015 reflete as políticas públicas e organiza a atuação governamen-tal.

De que forma o PPA 2012- 2015 realiza es-sas tarefas?

Assinale a opção correta.

a) O PPA atua por meio de Programas Te-máticos e de Gestão, Manutenção e Serviços à Sociedade.

b) O PPA atua por meio do Programa Te-mático que expressa e orienta a ação governamental para a entrega de bens e serviços ao Estado.

c) O PPA atua por intermédio do Programa de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado: que expressa e orienta as ações destinadas ao apoio, à gestão e à manu-tenção da atuação governamental.

d) O Programa de Gestão, parte integrante do PPA, é composto por Objetivos, Indi-cadores, Valor Global e Valor de Refe-rência.

e) Os programas destinados exclusiva-mente a operações especiais integram o PPA.

3. (Esaf – Analista Técnico de Políticas Sociais – Educação – MPOG – 2012)

A Gestão do Plano Plurianual (PPA) 2012-2015 observará os seguintes princípios, ex-ceto:

a) Publicidade. b) Eficiência. c) Impessoalidade. d) Economicidade. e) Governabilidade.

4. (Esaf – Analista Técnico de Políticas Sociais – Educação – MPOG – 2012)

O Plano Plurianual (PPA) 2012 – 2015 refle-te as políticas públicas e organiza a atuação governamental por meio de Programas Te-máticos e de Gestão, Manutenção e Servi-ços ao Estado. Os Programas Temáticos são compostos por Objetivos, Indicadores, Va-lor Global e Valor de Referência.

Associe os elementos constitutivos do Pro-grama Temático aos seus conceitos e a se-guir assinale a sequência correta:

1. Objetivo 2. Indicador 3. Valor Global 4. Valor de Referência

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( ) referência que permite identificar e aferir, periodicamente, aspectos relaciona-dos a um Programa, auxiliando o seu moni-toramento e avaliação.

( ) parâmetro financeiro, estabelecido por Programa Temático, especificado pelas es-feras Fiscal e da Seguridade e pela esfera de Investimento das Empresas Estatais.

( ) estimativa dos recursos orçamentários necessários à consecução dos objetivos, se-gregadas as esferas Fiscal e da Seguridade da esfera de Investimento das Empresas Es-tatais, com as respectivas categorias econô-micas, e dos recursos de outras fontes.

( ) expressa o que deve ser feito, reflete as situações a serem alteradas pela implemen-tação de um conjunto de iniciativas.

a) 1, 4, 3, 2. b) 2, 3, 4, 1. c) 2, 4, 3, 1. d) 4, 3, 2, 1. e) 1, 2, 3, 4.

Gabarito: 1. E 2. C 3. E 4. C

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ORÇAMENTO PÚBLICO E PARÂMETROS DA POLÍTICA FISCAL

O Orçamento Público é a tradução monetária das decisões políticas, ou seja, uma programação do volume de receitas e da fixação da despesa da Administração Pública durante um período de vigência determinado.

Abrange uma multiplicidade de aspectos, entre eles os os aspectos jurídico, político, adminis-trativo, econômico, financeiro e contábil, em constante evolução técnica.

ASPECTOS JURÍDICOS DO ORÇAMENTO PÚBLICO

O processo orçamentário é regido por normas legais e por instrumentos orçamentários definidos na Magna Carta de 1988.

No Brasil, o ciclo orçamentário federal teve alterações após a promulgação da Constituição Federal de 1988, encontrando fundamento constitucional nos arts. 165 a 169.

A Constituição Federal de 1988 cria o instrumento de planejamento orçamentário denominado Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) com o objetivo de intregrar o plano operacional (LOA) ao plano estratégico (PPA).

Na própria Constituição Federal de 1988 há a criação do Plano Plurianual (PPA), que veio substituir o Orçamento Plurianual de Investimentos (OPI).

Observa-se que cada um desses instrumentos legais possui objetivos específicos, ou seja, o (PPA) delineará um cenário macroeconômico nacional e estabelecerá, de forma regionalizada, um planejamento de médio prazo com as despesas de capital dos programas de investimentos, com os quais deverão estar em consonância todos os outros planos nacionais e regionais.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) orienta o processo orçamentário e fixa uma política de gastos do governo, compreendendo portanto as metas e prioridades da administração pública federal no exercício financeiro subseqüente.

A Lei Orçamentária Anual (LOA) prevê as receitas e determina as alocações anuais específicas de recursos. É importante salientar que esses desembolsos governamentais acham-se submetidos a um regime de autorização e controles, que procuram coibir a malversação no emprego do dinheiro público e, por conseguinte, evitar a imposição de gravames exorbitantes sobre a população, de cuja renda são extraídos esses recursos.

É no Orçamento Público que se traduzem as medidas governamentais de caráter político-eco-nômico tomadas pelo Estado. Essas medidas são representadas pela intervenção estatal na economia. O governo intervém nos mercados diretamente – comprando, vendendo, tributan-do ou subsidiando, ou indiretamente – regulamentando ou fornecendo algum tipo de infraes-trutura.

A política fiscal representa a obtenção e a utilização planejada dos recursos arrecadados pelo Governo e se divide em política tributária e política orçamentária.

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Dessa forma, a política fiscal age sobre a arrecadação e a alocação de recursos, a distribuição de renda, a estabilização da produção e do emprego e o crescimento econômico.

A política fiscal está ligada a três funções que pertencem à pauta do Estado no âmbito de sua intervenção econômica, quais sejam: funções alocativa, distributiva e estabilizadora.

Função alocativa – relaciona-se à alocação de recursos pelo Estado, de maneira a favorecer a disponibilização de bens públicos e semipúblicos à população.

Função distributiva – diz respeito aos ajustes realizados pelo Estado na distribuição de renda que permitam que a distribuição prevalecente seja aquela considerada justa pela sociedade.

Função estabilizadora – tem como objetivo o uso da política econômica visando a um alto nível de emprego, à estabilidade dos preços e à obtenção de uma taxa apropriada de crescimento econômico.

Bens públicos: são aqueles oferecidos pelo governo. O consumo desse bem por um indivíduo não afeta seu acesso a outro indivíduo. O bem público é desfrutado por todos – princípio da não exclusão.

A falha de mercado acontece exatamente porque, como todos usufruem do bem, não há como o governo mensurar o quanto cada indivíduo usa o bem e assim, tributá-lo.

O Estado oferta esse bem e todos usam inclusive quem não é tributado.

São exemplos de bens públicos: bens tangíveis como as ruas ou a iluminação pública; e bens intangíveis como justiça, segurança pública e defesa nacional.

Bens semipúblicos ou meritórios: (saúde, educação, por exemplo) atendem ao princípio da ex-clusão porque podem ser prestados por particulares. Esses, na prestação, logicamente excluem aqueles que não pagam (Só quem paga usa).

Os bens semipúblicos, como os serviços de educação e saúde, apresentam consumo rival e excludente. Por exemplo, apenas quem passa no vestibular tem acesso à universidade pública. No caso da universidade privada, apenas quem paga tem acesso.

Esses bens semipúblicos são fornecidos por particulares, mas também pelo Estado por meio da execução de programas de governo aprovados no orçamento público.

Conclusão:

Existem alguns bens que o mercado não consegue fornecer (bens públicos). Logo, a presença do Estado é necessária (é a função alocativa). O sistema de mercado não leva a uma justa distri-buição de renda, sendo necessária a intervenção do estado (função distributiva). Finalmente, a economia de mercado não consegue se autoregular, sendo necessária a função estabilizadora do Estado.

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Questões

Orçamento Público e Parâmetros da Política Fiscal

1. (Esaf – AFC – CGU – 2001)

No tocante ao papel do Estado na atividade econômica, diz-se que o setor público deve cumprir, fundamentalmente, as três seguin-tes funções:

a) distributiva, fiscalizadora e alocativab) distributiva, fiscalizadora e estabilizadorac) distributiva, alocativa e estabilizadorad) fiscalizadora, alocativa e estabilizadorae) fiscalizadora, normativa e estabilizadora

2. (Esaf – AFC – CGU – 2004)

A necessidade de atuação econômica do se-tor público prende-se à constatação de que o sistema de preços não consegue cumprir adequadamente algumas tarefas ou fun-ções. Assim, é correto afirmar que

a) a função distributiva do governo está associada ao fornecimento de bens e serviços não oferecidos eficientemente pelo sistema de mercado.

b) a função alocativa do governo está re-lacionada com a intervenção do Estado na economia para alterar o comporta-mento dos níveis de preços e emprego.

c) o governo funciona como agente redis-tribuidor de renda através da tributa-ção, retirando recursos dos segmentos mais ricos da sociedade e transferindo--os para os segmentos menos favoreci-dos.

d) a função estabilizadora do governo está relacionada ao fato de que o sistema de preços não leva a uma justa distribuição de renda.

e) a distribuição pessoal de renda pode ser implementada por meio de uma es-trutura tarifária regressiva.

3. (Esaf – AFC – STN – 2008)

A aplicação das diversas políticas econô-micas a fim de promover o emprego, o de-senvolvimento e a estabilidade, diante da incapacidade do mercado em assegurar o atingimento de tais objetivos, compreende a seguinte função do Governo:

a) Função Estabilizadora.b) Função Distributiva.c) Função Monetária.d) Função Desenvolvimentista.e) Função Alocativa.

4. (Esaf – APO – MPOG – 2015)

Identifique a opção incorreta sob o ponto de vista das funções clássicas do Estado: alocativa, distributiva e estabilizadora.

a) A função alocativa tem a característica de não excluir ninguém e nem de con-correr com os bens privados.

b) A função distributiva visa determinar o tipo e a quantidade de bens públicos a serem ofertados.

c) A função estabilizadora tem como obje-tivo o uso da política econômica visan-do a um alto nível de emprego, à estabi-lidade dos preços e à obtenção de uma taxa apropriada de crescimento econô-mico.

d) O processo político surge como substi-tuto do mecanismo do sistema de mer-cado no caso das funções clássicas do Estado.

e) Existe também a provisão por parte do setor público dos chamados bens “se-mipúblicos” ou “meritórios”, que cons-tituem um caso intermediário entre os bens privados e os bens públicos.

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5. (Esaf – AFC – STN – 2013)

Com relação ao papel do Estado e as Finan-ças Públicas, identifique a única opção in-correta.

a) Cabe ao Estado a responsabilidade de viabilizar o funcionamento dos serviços públicos essenciais demandados pela coletividade.

b) É função do Estado a realização de for-ma direta e exclusiva das necessidades de natureza essencial, tais como sanea-mento e transporte.

c) O objeto precípuo das finanças públicas é o estudo da atividade fiscal, ou seja, aquela desempenhada pelos poderes públicos com o propósito de obter e aplicar recursos para o custeio dos ser-viços públicos.

d) Historicamente, pode-se dizer que a maior intervenção do Estado na econo-mia brasileira teve como seu principal objetivo a complementação da ação do setor privado com vistas ao desenvolvi-mento do país.

e) A atividade financeira do Estado desen-volve-se em quatro áreas afins: receita pública, despesa pública, orçamento público e crédito público.

6. (Esaf – AFC – CGU – 2006)

Com base nas funções clássicas do Estado, assinale a única opção falsa.

a) As necessidades meritórias são aquelas que também são atendidas pelo setor privado e, portanto, não estão sujeitas ao princípio da exclusão.

b) A função estabilizadora do governo con-centra seus esforços na manutenção de um alto nível de utilização de recursos e de um valor estável da moeda.

c) As necessidades meritórias e as neces-sidades sociais são atendidas, no Brasil, pelas três esferas de governo.

d) Na atual conjuntura brasileira, verifica--se atividade governamental no que se refere à distribuição de renda, via ações compensatórias, tais como as transfe-rências de renda por meio da distribui-ção de cestas básicas.

e) A função alocativa do governo está as-sociada ao fornecimento de bens e ser-viços não oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado.

Gabarito: 1. C 2. C 3. A 4. B 5. B 6. A