administração geral e pública · na administração pública, ... às leis e normas em geral....

82
Gestor 2016 Aula 7

Upload: vuongkhanh

Post on 27-Nov-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Gestor 2016

Aula 7

Por que CONTROLAR?

Controle da Administração Pública

Controle como função administrativa: (1) Planejar

(2) Organizar (3) Dirigir (englobando a atividade de coordenação)

(4) Controlar

“Controlar” é um dos quatro processos

fundamentais que compõem a administração.

Controle Administrativo Controlar, em essência, é um processo de tomar

decisões que tem por finalidade manter um sistema na

direção de um objetivo, com base em informações

contínuas sobre as atividades do próprio sistema e

sobre o objetivo.

(Maximiano)

Ou seja: controlar significa obter informações sobre o que está

sendo realizado, comparar com o que deveria estar

acontecendo e, finalmente, adotar medidas para eventuais

correções de rumo, caso sejam detectados desvios que

comprometam o alcance dos objetivos.

Controle Administrativo O processo de controle engloba quatro elementos:

1. Estabelecimento de Padrões 2. Medição 3. Comparação 4. Ações Corretivas

Controle Administrativo

PADRÕES Podem se referir a objetivos ou metas, ou ainda a normas

a serem cumpridas. Por exemplo, é possível efetuar

controle sobre uma unidade administrativa para verificar se

ela está alcançando os resultados esperados, ou seja, se

está realizando suas metas; mas também é possível

efetuar controle para verificar se a mesma unidade

administrativa está realizando os procedimentos conforme

estabelecido em leis e normativos. Nos dois casos, o que

mudou foi o padrão: primeiro, a referência foi a meta;

depois, a referência foi o procedimento normatizado.

Controle Administrativo

MEDIÇÃO A partir da definição dos padrões, a execução das

atividades começa, e assim pode ser realizada a medição.

Nessa fase, quem exerce o controle procura aferir os

resultados reais alcançados, ou seja, as ações

efetivamente empreendidas e o que elas geraram.

Mede-se, enfim, o que foi feito.

Controle Administrativo

COMPARAÇÃO Com o resultado da medição, procede-se à comparação

entre o que aconteceu e o que deveria ter acontecido.

Em outras palavras, compara-se a realidade observada

com o padrão estabelecido, com o intuito de verificar a

adequação a ele.

Controle Administrativo

AÇÕES CORRETIVAS A seguir, pode-se agir em função das conclusões tiradas

da comparação.

Por exemplo, pode-se verificar que as metas não foram

alcançadas, e que, portanto, é necessário rever as

estratégias em curso.

Outro exemplo: pode-se verificar que as normas não estão

sendo cumpridas, sendo necessário corrigir as práticas e,

conformo o caso, adotar sanções contra os responsáveis

pelas irregularidades.

Controle na Administração Pública Na Administração Pública, podemos encontrar o controle

sob diversas formas, embora seja mais comum o enfoque

sobre a conformidade da atuação dos agentes públicos

às leis e normas em geral.

É isso que encontramos nos principais administrativistas, como

Hely Lopes Meirelles:

Controle, em tema de administração pública, é a

faculdade de vigilância, orientação e correção

que um Poder, órgão ou autoridade exerce

sobre a conduta funcional de outro.

Controle na Administração Pública Entretanto...

No conceito de controle administrativo, a

administração exerce supervisão sobre si própria - ou

seja, nem sempre o controle provém de outro poder,

órgão ou autoridade.

Uma organização pública tem o poder - e o dever - de

exercer controle sobre seus próprios atos administrativos

(ainda que motivada por fatores internos ou externos).

Controle na Administração Pública Além disso...

Quando evoluímos em direção a uma gestão pública por

resultados, tende a crescer a figura do controle de

desempenho (e não de conduta funcional), em que se

pretende verificar a produtividade dos processos

de trabalho, os produtos e serviços gerados para a

sociedade, os resultados alcançados - enfim, uma série

de padrões associados a objetivos e metas estipulados

para as organizações públicas.

Questão de Prova A implantação da gestão por resultados na administração pública envolve: (A) orientar a avaliação da administração governamental pelos custos do serviço prestado. (B) difundir em toda a administração pública o controle por objetivos e metas. (C) adotar indicadores de produtividade dos servidores públicos, para poder demitir os improdutivos. (D) garantir uma ampla transparência dos serviços públicos, permitindo o controle pela sociedade. (E) orientar as políticas de recursos humanos pelos parâmetros de avaliação de pesquisas de opinião pública. B

Administração Pública

LEGISLATIVO JUDICIÁRIO

EXECUTIVO

MINISTÉRIO

PÚBLICO

TRIBUNAL

DE CONTAS

CONTROLE SOCIAL

Classificações do Controle na APU

Quanto ao momento de exercício do controle:

1. Controle Prévio 2. Controle Concomitante 3. Controle Posterior

Classificações do Controle na APU

Quanto à posição do órgão controlador:

1. Controle Interno 2. Controle Externo

Classificações do Controle na APU

Quanto ao foco do controle:

1. Controle de Legalidade 2. Controle de Legitimidade 3. Controle de Mérito

* Controle de Desempenho

Controle na Constituição Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,

operacional e patrimonial da União e das entidades

da administração direta e indireta, quanto à

legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação

das subvenções e renúncia de receitas, será

exercida pelo Congresso Nacional, mediante

controle externo, e pelo sistema de controle

interno de cada Poder.

Controle na Constituição Art. 70. (...) Parágrafo único: Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica,

pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde,

gerencie ou administre dinheiros, bens e valores

públicos ou pelos quais a União responda, ou que,

em nome desta, assuma obrigações de natureza

pecuniária.

Controle Externo A seguir, em seu artigo 71, a Constituição especifica o papel do

controle externo:

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso

Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de

Contas da União, ao qual compete:

Atenção: Aqui, define-se o titular do controle externo - o Congresso Nacional - e afirma-se o papel do Tribunal de Contas da União (TCU). Todavia, atenção a este ponto: não se

compreende o TCU como órgão subordinado ao Legislativo, e

sim como órgão autônomo, ao qual compete prestar apoio

técnico para a fiscalização a cargo do Congresso.

Controle Externo O artigo 71 relaciona as competências próprias do

TCU:

I – apreciar as contas prestadas anualmente pelo

Presidente da República, mediante parecer prévio que

deverá ser elaborado em 60 dias de seu recebimento;

II - julgar as contas dos administradores (...) responsáveis

por dinheiros, bens e valores públicos da administração

direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades

instituídas pelo Poder Público federal, e as contas

daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra

irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

Controle Externo

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de

admissão de pessoal, a qualquer título, na administração

direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e

mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações

para cargo de provimento em comissão, bem como a das

concessões de aposentadorias, reformas e pensões,

ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o

fundamento legal do ato concessório;

Controle Externo

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos

Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou

de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil,

financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas

unidades administrativas dos Poderes Legislativo,

Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no

inciso II;

V - fiscalizar as contas nacionais das empresas

supranacionais de cujo capital social a União participe, de

forma direta ou indireta, nos termos do tratado

constitutivo;

Controle Externo

VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos

repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste

ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito

Federal ou a Município;

VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso

Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer

das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil,

financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre

resultados de auditorias e inspeções realizadas;

Controle Externo

VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de

despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas

em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa

proporcional ao dano causado ao erário;

IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as

providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se

verificada ilegalidade;

Controle Externo

X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado,

comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao

Senado Federal;

XI

-

representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

Controle Externo Além dos incisos, os parágrafos de 1º a 4º do art. 71

abordam mais alguns aspectos da atuação do TCU:

§ 1º - No caso de contrato, o ato de sustação será adotado

diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de

imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

§ 2º - Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo

de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo

anterior, o Tribunal decidirá a respeito.

§ 3º - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de

débito ou multa terão eficácia de título executivo.

§ 4º - O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional,

trimestral e anualmente, relatório de suas atividades.

Controle Externo

Mais à frente, no artigo 73, a Constituição descreve a

composição do TCU, orientado seu funcionamento:

Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove

Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de

pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96.

Controle Externo

§ 2º - Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão

escolhidos:

I – um terço pelo Presidente da República, com

aprovação do Senado Federal, sendo dois

alternadamente dentre auditores e membros do

Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em

lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de

antiguidade e merecimento;

II - dois terços pelo Congresso Nacional.

Controle Interno

O artigo 74 trata do sistema integrado de controle interno,

que deve ser mantido pelos três poderes:

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário

manterão, de forma integrada, sistema de controle interno

com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no

plano plurianual, a execução dos programas de

governo e dos orçamentos da União;

Controle Interno

Art. 74 (continuação): II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados,

quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária,

financeira e patrimonial nos órgãos e entidades

da administração federal, bem como da aplicação de

recursos públicos por entidades de direito privado;

III - exercer o controle das operações de crédito, avais

e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua

missão institucional.

Controle Interno

Art. 74 (continuação):

§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem

conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade,

dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob

pena de responsabilidade solidária.

§ 2º - Qualquer cidadão, partido político, associação

ou sindicato é parte legítima para, na forma da

lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades

perante o Tribunal de Contas da União.

Estados e Municípios O artigo 75 estabelece que os Tribunais de Conta dos

Estados e dos Municípios deverão adotar

funcionamento semelhante ao definido para o TCU:

As normas (...) aplicam-se, no que couber, à organização,

composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos

Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais

Contas dos Municípios.

Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os

Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete

Conselheiros.

Questão de Prova Nos termos da Constituição Federal, a fiscalização contábil,

financeira,

orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração

direta e indireta, será exercida pelo:

a) Senado Federal e pela Câmara dos Deputados,

mediante auxílio do Tribunal de Contas da União, e pela

Controladoria Geral da União.

b) Senado Federal e pela Câmara dos Deputados,

mediante auxílio do Tribunal de Contas da União, e pela

Secretaria Federal de Controle Interno.

Questão de Prova

c) Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo

sistema de controle interno de cada Poder.

d) Congresso Nacional, mediante auxílio do Tribunal de

Contas da União, e pela Controladoria Geral da União.

e) Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio do

Tribunal de Contas da União, pelo sistema de controle

interno e pelo Ministério Público.

C

Questões Complementares 01. Mensuração e comparação do desempenho real em

relação a um padrão e tomada de ação gerencial para

corrigir desvios ou padrões inadequados são etapas do

processo de:

(A) organização. (B) planejamento. (C) coordenação. (D) controle. (E) liderança.

D

Questões Complementares 02. A gestão privada é pautada pela busca da eficácia, ou

seja, a utilização de seus recursos da forma mais produtiva

e econômica possível. Por sua vez, a gestão pública não é

guiada pelos princípios da eficácia e da eficiência, pois a

administração pública, direta e indireta, obedece à

legalidade, não podendo postergar o dever administrativo

por excelência.

E

Questões Complementares 03. O controle dos resultados de forma descentralizada, na

administração pública, depende de um grau de confiança

limitado nos agentes públicos, que, mesmo com estrito

monitoramento permanente, devem ter delegação de

competência suficiente para escolher os meios mais

apropriados ao cumprimento das metas prefixadas.

C

Questões Complementares 04. No âmbito do Controle Interno Federal, os Relatórios

de Auditorias constituem-se na forma pela qual os

resultados dos trabalhos realizados são levados ao

conhecimento das autoridades competentes com algumas

finalidades. Dentre estas, encaminha-se o relatório

a) ao Ministério Público, para aplicação das sanções

cabíveis.

b) aos responsáveis pela execução das tarefas, para

correção de erros detectados.

c) ao Tribunal de Contas da União, para emissão de

parecer prévio.

d) aos Órgãos de Controle Externo e Interno, para intimar

os responsáveis a prestarem esclarecimentos acerca dos

erros detectados.

e) às gerências executivas, para determinar a correção dos

erros detectados.

Observação 1: Os resultados dos trabalhos de auditoria podem ter vários

direcionamentos, de acordo com suas conclusões. Em regra,

deve-se levar as informações ao conhecimento dos

responsáveis pelos atos e procedimentos supervisionados, de

forma a permitir a correção de erros porventura identificados.

Ou seja, entre as funções do controle está propiciar o

aprimoramento da gestão pública.

B

Observação 2: Adicionalmente, devem ser seguidos, de forma geral, os

seguintes encaminhamentos:

à direção, fornecendo dados para tomada de decisões sobre

a política de área supervisionada;

às gerências executivas, para o atendimento das

recomendações sobre as operações sob sua

responsabilidade;

aos responsáveis pela execução das tarefas, para correção

de erros detectados;

ao TCU, como resultado dos exames efetuados;

a outras autoridades interessadas, dependendo do tipo de

auditoria realizada.

Questões Complementares 05. Na administração pública federal, o Sistema de Controle Interno visa à avaliação da ação governamental. Neste sentido, uma de suas finalidades é a) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. b) apoiar o MPU no exercício de sua missão institucional. c) apreciar as Contas do Governo da República. d) emitir parecer sobre as contas prestadas pelo Presidente da República. e) julgar as contas prestadas pelos administradores públicos.

A

Questões Complementares 06. (Esaf/MPOG/Gestor/2009) Como ação administrativa,

um mecanismo de controle será considerado

eficientemente correto se:

a) possuir caráter eminentemente repressor. b) permitir a identificação de desvios positivos. c) for levado a efeito ainda que seu custo supere o do

objeto controlado.

d) for censitário, quando poderia ser por amostragem. e) evitar o uso de padrões físicos, prestigiando, apenas,

os monetários.

B

Questões Complementares 07. Na busca de resultados e de qualidade na prestação

dos serviços, à administração pública cabe, em regra,

fazer acepção de pessoas. O tratamento diferenciado se

justifica em função das metas previstas pelo governo.

E

Questões Complementares 08. Uma das principais vantagens apontadas na nova

gestão pública, ou gerencialismo, é o fato de ela facilitar a

mensuração da eficiência e a avaliação dos resultados dos

serviços públicos em geral, razão pela qual reduz as

exigências de acompanhamento e controle da execução

dos orçamentos e da consecução dos objetivos do

planejamento governamental.

E

Questões Complementares 09. O Programa Nacional de Gestão Pública identifica seis

categorias básicas de indicadores de avaliação da gestão

pública: efetividade, eficácia, eficiência, execução,

excelência e economicidade.

I. Efetividade está vinculada ao grau de satisfação, ou

ainda ao valor agregado, à transformação produzida no

contexto em geral. Está relacionada com a missão da

instituição e pode ser encontrada na dimensão estratégica

do Plano Plurianual

II. Eficácia é a quantidade e qualidade de produtos e

serviços entregues ao usuário

III. Eficiência está alinhada ao conceito de obtenção e uso

de recursos com o menor ônus possível, dentro dos

requisitos e das quantidades exigidas pelo input, gerindo

adequadamente os recursos financeiros e físicos.

IV. Economicidade é a relação entre os produtos e

serviços gerados com os insumos utilizados, relacionando

o que foi entregue e o que foi consumido de recursos,

usualmente sob a forma de custos ou produtividade.

V. Excelência é a conformidade a critérios e padrões de

qualidade para a realização dos processos, atividades e

projetos na busca da melhor execução e economicidade,

sendo um elemento transversal

É correto o que consta APENAS em a) III, IV e V.

b) II, III e IV. c) I, II e V. d) I, IV e V. e) I, II e III.

C

Questões Complementares 10. Tratando-se de eficiência, eficácia e efetividade,

analise:

I. Eficácia é fazer as atividades ou desenvolver ações de

forma correta para atingir os meios. Tem vínculo estreito

com o planejamento estratégico da organização.

II. Eficiência é fazer as atividades ou desenvolver ações da

maneira correta. Está relacionada com o método de

execução

III. Efetividade é satisfazer as necessidades dos

cidadãos, provocando mudanças na realidade social

IV. Efetividade é o valor social ou medida de utilidade, que

deve ser atribuído como efeito do produto ou serviço,

considerando-se a sociedade como um todo

V. Eficácia é a relação entre os produtos obtidos e os

fatores de produção empregados na sua obtenção.

É correto o que consta APENAS em a) I e II. b) III e V. c) IV e V. d) I, II e III. e) II, III e IV

E

Questões Complementares 11. O Estado brasileiro tem passado por reformas que

impactam em suas dimensões estruturais e culturais.

Algumas tendências têm possibilitado gerir as máquinas

administrativas, enfatizando novas estratégias de gestão

pública e sua correlação com a gestão privada. Acerca

desse assunto, assinale a opção correta.

a) Se determinado hospital recebe recursos do SUS em

função dos variados níveis de atendimento que presta, por

exemplo, atendimento ambulatorial que custa X e

internação que custa 4X, então tal gestão é

caracteristicamente uma gestão com base em resultados,

pois o hospital deve receber mais recursos para as

atividades nas quais são gastos mais recursos.

b) A emissão de certidões negativas pela Internet

representa o acompanhamento de uma tendência de

atendimento às necessidades dos cidadãos, usuários do

sistema, de menos burocracia e mais comodidade.

Assim, sob a ótica das relações de fornecimento de

produtos e serviços, essa ação transforma o cidadão em

cliente dos órgãos da gestão pública, semehante às

relações de um cliente com uma empresa privada

c) Diferentemente da gestão de um negócio privado, a

gestão caracteristicamente pública é incapaz de funcionar

sem alto nível de desperdício de recursos, pois isso é

inerente às grandes dimensões e à complexidade da sua

máquina administrativa.

d) A gestão pública, da mesma forma que a gestão

privada, pode priorizar os resultados e a excelência da

prestação dos seus serviços, independentemente das

regras anteriormente instituídas.

e) O empreendedorismo na gestão pública caracteriza-se

pela elaboração de políticas públicas que atendam

prioritariamente às necessidades dos grupos de

interesses, mesmo que divergentes das demandas e

pressões da sociedade, pois tais grupos possibilitam maior

repercussão em face do processo de sucessão eleitoral.

B

Questões Complementares 12. A conduta do agente público que se vale da

publicidade oficial para realizar promoção pessoal atenta

contra os seguintes princípios da Administração Pública:

a) razoabilidade e legalidade. b) eficiência e publicidade. c) publicidade e proporcionalidade. d) motivação e eficiência. e) impessoalidade e moralidade.

E

Questões Complementares 13. A administração pública possui como princípio basilar a

legalidade, cuja expressão, em face da indisponibilidade

do interesse público, ocorre pela necessária existência de

uma lei que imponha ou autorize determinada atuação do

agente público.

C

Questões Complementares 14. Com relação à classificação dos indicadores de gestão,

considere as afirmativas abaixo.

I. Indicadores de produtividade permitem medir a eficiência

na aplicação dos recursos para a geração de bens e

serviços

II. Indicadores de qualidade visam aperfeiçoar processos e

expressam a eficácia na obtenção da conformidade do

produto e do processo

III. Indicadores de desempenho são fundamentais para as

organizações contemporâneas

IV. Indicadores de resultados são utilizados na

monitoração do grau de sucesso dos objetivos

perseguidos, que dependem exclusivamente das

competências da empresa, visto não serem influenciados

por fatores externos.

V. Indicadores que não espelhem esforços e metas dos

programas internos de melhorias dizem muito pouco à

organização

Está correto o que se afirma APENAS em (A) I, II, III e V

(B) II, III e IV. (C) I e V.

(D) II, IV e V.

(E) I, III, IV e V.

A

Questões Complementares 15. É correto afirmar em relação ao controle externo e

interno da Administração Pública:

A) admite-se o controle jurisdicional dos atos

administrativos discricionários, salvo em relação aos

motivos do ato.

B) no contexto da participação do usuário no controle da

Administração, caberá à lei disciplinar o acesso a registros

administrativos, excetuados os atos de governo.

C) os administrados podem provocar o procedimento de

controle dos atos da Administração, hipótese esta restrita à

proteção de seus respectivos interesses individuais.

D) a anulação de ato administrativo ilegal somente poderá

ser realizada por decisão judicial, em atendimento do

principio da segurança jurídica.

E) os órgãos do Poder Executivo, assim como os órgãos

dos demais Poderes quando realizem função

administrativa, sujeitam-se ao controle interno e externo.

E

Questões Complementares 16. O controle administrativo da Administração Pública é A) exercido pelo Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal

de Contas.

B) o poder de fiscalização e correção que a Administração

Pública exerce sobre sua própria atuação.

C) exercido pelo Ministério Público por meio da ação civil

pública.

D) exercido pelo Poder Judiciário por meio de ações

judiciais.

E) uma forma de controle externo.

B

Questões Complementares 17. Analise as assertivas em relação à Fiscalização

Contábil, Financeira e Orçamentária.

I. O Tribunal de Contas da União, integrado por onze

Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de

pessoal e jurisdição em todo o território nacional.

II. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,

operacional e patrimonial da União quanto à legalidade,

legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e

renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso

Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de

controle interno de cada Poder

III. Dois terços dos Ministros do Tribunal de Contas da

União serão escolhidos pelo Presidente da República, com

aprovação do Senado Federal, sendo dois alternadamente

dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao

Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo

os critérios de antiguidade e merecimento.

IV. Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as

mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos,

vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior

Tribunal de Justiça

De acordo com a Constituição Federal de 1988, é correto o

que se afirma APENAS em

A) I, II e III. B) I, III e IV. C) II, III e IV. D) II e IV. E) III e IV.

D

Prestação de Contas Transcrição de Informações Públicas do TCU

O TCU recebe e disponibiliza anualmente por intermédio

do seu portal na internet os relatórios de gestão dos

responsáveis pelas unidades da Administração Pública

Federal sujeitas a sua jurisdição, os quais são compostos

por um conjunto de demonstrativos e documentos de

natureza

contábil,

financeira,

patrimonial, orçamentária e operacional.

Prestação de Contas Transcrição de Informações Públicas do TCU

Alguns desses relatórios de gestão, selecionados segundo

critérios de risco (materialidade, relevância e

probabilidade de ocorrências de problemas),

acompanhados por outras informações produzidas pelos

órgãos de auditoria e controle interno e por instâncias de

controle fiscal e administrativo, são apreciados pelo

Tribunal sob a forma de tomadas e prestações de

contas.

Prestação de Contas Transcrição de Informações Públicas do TCU

As tomadas e prestações de contas são analisadas sob os

aspectos de legalidade, legitimidade, economicidade,

eficiência e eficácia, após o que são julgadas:

1. Regulares 2. Regulares com ressalvas 3. Irregulares 4. Iliquidáveis.

Prestação de Contas Transcrição de Informações Públicas do TCU

1. Contas Regulares As contas expressam, de forma clara e objetiva, a exatidão dos

demonstrativos contábeis, a legalidade, a legitimidade e a

economicidade dos atos de gestão do responsável.

2. Contas Regulares com Ressalvas As ressalvas decorrem da existência de impropriedades ou

falhas de natureza formal de que não resultem danos ao erário.

Prestação de Contas Transcrição de Informações Públicas do TCU

3. Contas Irregulares Advém de: omissão no dever de prestar contas; prática de ato

de gestão ilegal, ilegítimo, antieconômico, ou infração a

norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira,

orçamentária, operacional ou patrimonial; dano ao erário

decorrente de ato ilegítimo ou antieconômico; desfalque de

dinheiros, bens ou valores públicos; e reincidência no

descumprimento de determinações do Tribunal.

Prestação de Contas Transcrição de Informações Públicas do TCU

4. Contas Iliquidáveis As contas serão consideradas iliquidáveis quando caso fortuito

ou força maior tornar materialmente impossível o julgamento

de mérito.

Prestação de Contas Transcrição de Informações Públicas do TCU

CONTRADITÓRIO E DIREITO A AMPLA DEFESA No julgamento das contas são respeitados o contraditório e

o direito à ampla defesa dos responsáveis, com todos os

elementos a ela inerentes.

O Tribunal, diante de irregularidades detectadas em suas

análises, determina a realização de diligência, audiência

prévia ou citação dos interessados, que, não as atendendo,

são considerados revéis e como tal julgados.

Prestação de Contas Transcrição de Informações Públicas do TCU

Em caso de julgamento pela irregularidade, as seguintes

SANÇÕES podem ser aplicadas pelo TCU, isolada ou

cumulativamente:

a) a condenação ao recolhimento do débito

eventualmente apurado;

b) a aplicação ao agente público de multa proporcional ao

valor de prejuízo causado ao erário, sendo o montante

do dano o limite máximo da penalidade;

Prestação de Contas Transcrição de Informações Públicas do TCU

c) a aplicação de multa ao responsável por contas

julgadas irregulares, por ato irregular, ilegítimo ou

antieconômico, por não atendimento de diligência ou

determinação do Tribunal, por obstrução ao livre

exercício de inspeções ou auditorias e por sonegação

de processo, documento ou informação;

d) o afastamento provisório de seu cargo, do dirigente

responsável por cerceamentos a inspeções e auditorias

enquanto durarem os respectivos trabalhos;

Prestação de Contas Transcrição de Informações Públicas do TCU

e) a decretação, no curso de qualquer apuração de

irregularidade, da indisponibilidade, por prazo não

superior a um ano, dos bens do responsável

considerados bastantes para garantir o ressarcimento

do prejuízo;

f) a declaração de inabilitação, pelo período de cinco a oito anos, para o exercício de cargo em comissão ou

função de confiança no âmbito da administração

pública;

Prestação de Contas Transcrição de Informações Públicas do TCU

g) a declaração de inidoneidade do responsável por

fraude em licitação para participar, por até cinco anos,

de certames licitatórios promovidos pela administração

pública;

h) a determinação à Advocacia-Geral da União, ou ao

dirigente de entidade jurisdicionada, de adoção de

providências para arresto dos bens de responsáveis

julgados em débito.

Prestação de Contas Transcrição de Informações Públicas do TCU

Atenção: As penalidades aplicadas pelo Tribunal de

Contas não excluem a aplicação de sanções penais e

de outras sanções administrativas, pelas

autoridades competentes. Ressalte-se, também, que

a legislação eleitoral prevê a inelegibilidade, por um

período de cinco anos, dos responsáveis por contas

irregulares.

Prestação de Contas Transcrição de Informações Públicas do TCU

O processo de exame e julgamento de tomadas

e prestação de contas anuais é expressão máxima do

poder controlador do TCU, exercido em auxílio ao

Congresso Nacional.

Permite ao Tribunal exercer juízo sobre a gestão dos

responsáveis pela administração de recursos

públicos federais, bem como fazer determinações

e imputar sanções, as quais, no que tange ao

mérito, não são recorríveis a outro órgão que não ao

próprio TCU.

Prestação de Contas Transcrição de Informações Públicas do TCU

O conceito de processo de contas tem sido ampliado para

dar ênfase à questão do desempenho, especificamente

quanto à produção de resultados pelo aparato estatal,

sendo redefinido, resumidamente, como um processo de

trabalho do controle externo voltado ao exame da

conformidade e o desempenho da gestão dos

responsáveis pelas unidades da Administração Pública

Federal jurisdicionadas ao TCU.