acórdãos

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- CONSTRANGIMENTO ILEGAL STJ. «Habeas corpus». Revisão criminal. Demora no julgamento. Constrangimento ilegal caracterizado. Limite razoável ultrapassado. Ordem concecida para o imediato julgamento. Precedentes do STF e STJ. CF/88, art. 5º, LXXVIII. Dec. 678/92, art. 7º, itens 5 e 6 (Convenção Americana de Direitos Humanos). CPP, arts. 621 e 647. «Não se admite o decurso de prazo desarrazoadamente longo para o julgamento de qualquer feito judicial, «in casu», revisão criminal. A CF/88, art. 5º, LXXVIII, acrescentado pela EC 45/2004: «a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação». Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica) - Item 5: «Toda pessoa detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à presença de um juiz ou outra autoridade autorizada pela lei a exercer funções judiciais e tem direito a ser julgada dentro de um prazo razoável ou a ser posta em liberdade, sem prejuízo de que prossiga o processo.» Item 6: «Toda pessoa privada da liberdade tem direito a recorrer a um juiz ou tribunal competente, a fim de que este decida, sem demora, sobre a legalidade de sua prisão ou detenção e ordene sua soltura se a prisão ou a detenção forem ilegais. Configura constrangimento ilegal o excesso de prazo injustificado para o julgamento do recurso, sanável via «habeas corpus». (STJ - HC 42.881 - SP - Rel.: Min. Paulo Medina - J. em 11/10/2005 - DJ 21/11/2005 - Boletim Informativo da Juruá 406/037093) STJ. «Habeas corpus». Revisão criminal. Demora no julgamento. Pendência de distribuição. Limite razoável ultrapassado. Constrangimento ilegal caracterizado. Ordem concedida. Precedentes do STF e STJ. Dec. 678/92, art. 7º, itens 5 e 6 (Convenção Americana de Direitos Humanos). CF/88, art. 5º, LXXVIII. CPP, arts. 621 e 647. «Não se admite o decurso de prazo desarrazoadamente longo para o julgamento de qualquer feito judicial, in casu, Revisão Criminal que, até o momento,

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- CONSTRANGIMENTO ILEGAL

- CONSTRANGIMENTO ILEGAL

STJ. Habeas corpus. Reviso criminal. Demora no julgamento. Constrangimento ilegal caracterizado. Limite razovel ultrapassado. Ordem concecida para o imediato julgamento. Precedentes do STF e STJ. CF/88, art. 5, LXXVIII. Dec. 678/92, art. 7, itens 5 e 6 (Conveno Americana de Direitos Humanos). CPP, arts. 621 e 647.No se admite o decurso de prazo desarrazoadamente longo para o julgamento de qualquer feito judicial, in casu, reviso criminal. A CF/88, art. 5, LXXVIII, acrescentado pela EC 45/2004: a todos, no mbito judicial e administrativo, so assegurados a razovel durao do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitao. Conveno Americana de Direitos Humanos (Pacto de So Jos da Costa Rica) - Item 5: Toda pessoa detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, presena de um juiz ou outra autoridade autorizada pela lei a exercer funes judiciais e tem direito a ser julgada dentro de um prazo razovel ou a ser posta em liberdade, sem prejuzo de que prossiga o processo. Item 6: Toda pessoa privada da liberdade tem direito a recorrer a um juiz ou tribunal competente, a fim de que este decida, sem demora, sobre a legalidade de sua priso ou deteno e ordene sua soltura se a priso ou a deteno forem ilegais. Configura constrangimento ilegal o excesso de prazo injustificado para o julgamento do recurso, sanvel via habeas corpus.

(STJ - HC 42.881 - SP - Rel.: Min. Paulo Medina - J. em 11/10/2005 - DJ 21/11/2005 - Boletim Informativo da Juru 406/037093)

STJ. Habeas corpus. Reviso criminal. Demora no julgamento. Pendncia de distribuio. Limite razovel ultrapassado. Constrangimento ilegal caracterizado. Ordem concedida. Precedentes do STF e STJ. Dec. 678/92, art. 7, itens 5 e 6 (Conveno Americana de Direitos Humanos). CF/88, art. 5, LXXVIII. CPP, arts. 621 e 647. No se admite o decurso de prazo desarrazoadamente longo para o julgamento de qualquer feito judicial, in casu, Reviso Criminal que, at o momento, no foi sequer distribuda. CF/88, art. 5, LXXVIII, acrescentado pela EC 45/2004: a todos, no mbito judicial e administrativo, so assegurados a razovel durao do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitao. Conveno Americana de Direitos Humanos (Pacto de So Jos da Costa Rica) - Item 5: Toda pessoa detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, presena de um juiz ou outra autoridade autorizada pela lei a exercer funes judiciais e tem direito a ser julgada dentro de um prazo razovel ou a ser posta em liberdade, sem prejuzo de que prossiga o processo. Item 6: Toda pessoa privada da liberdade tem direito a recorrer a um juiz ou tribunal competente, a fim de que este decida, sem demora, sobre a legalidade de sua priso ou deteno e ordene sua soltura se a priso ou a deteno forem ilegais. Configura constrangimento ilegal o excesso de prazo injustificado para o julgamento do recurso, sanvel via habeas corpus.(STJ - HC 35.971 - SP - Rel.: Min. Paulo Medina - J. em 31/08/2005 - DJ 24/10/2005 - Boletim Informativo da Juru 403/036814)

STJ. Julgamento. Prazo razovel. Instruo criminal. Excesso de prazo. Coao (ilegalidade). Conveno Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de So Jos da Costa Rica). CPP, art. 648, II. Aplicao. Dec. 678/92, art. 7. CF/88, art. 5, LXXVIII.H prazos para a instruo criminal, estando o ru preso, solto ou afianado. Estando preso o ru, impe-se seja rpido tal procedimento, isto , que a instruo se encerre dentro de prazo razovel. garantido a todo preso o direito de ser julgado dentro de prazo razovel - razovel durao do processo (Conveno promulgada pelo Dec. 678/92, art. 7, e CF/88, art. 5, LXXVIII). Quando algum estiver preso por mais tempo do que determina a lei, o caso de coao ilegal. Havendo priso provisria por mais de trs anos e quatro meses, o caso enquadra-se no art. 648, II, do CPP.(STJ - HC 55.446 - MG - Rel.: Min. Nilson Naves - J. em 18/12/2006 - DJ 25/06/2007 - Boletim Informativo da Juru 441/040535

Tribunal de Justia do Esprito SantoNmero do processo: 100.02.003383-1Ao: Habeas Corpusrgo Julgador : PRIMEIRA CMARA CRIMINALData de Julgamento : 12/03/2003Data de Leitura : 12/03/2003Data da Publicao no Dirio : 20/03/2003Relator : SRGIO LUIZ TEIXEIRA GAMA Vara de Origem : TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESPRITO SANTOAcrdo: HABEAS CORPUS. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. EXECUO PROVISRIA DA PENA - PEDIDO DE PROGRESSO DE REGIME: COMPETNCIA DO JUZO DAS EXECUES PENAIS - NO CONHECIMENTO DO PEDIDO. DIREITO A TRATAMENTO MDICO EM LIBERDADE: OBSERVNCIA DOS DIREITOS HUMANOS - PACIENTE DEVIDAMENTE ASSISTIDO. ORDEM DENEGADA.No se conhece de argumento relativo progresso de regime prisional se, inobstante no ter sido ventilado em 2 grau, compete ao Juzo de Execues o exame dos requisitos para a progresso de regime. Ademais, a suposta demora na apreciao da viabilidade da concesso da progresso de regime, encontra-se justificado, eis que o procedimento de execuo provisria da sentena encontra-se aguardando os documentos referentes conduta carcerria do preso.Quanto ao pedido de tratamento mdico em liberdade, verifica-se que a Autoridade coatora possibilitou ao paciente a realizao do tratamento preventivo que lhe necessrio, tendo, inclusive, excepcionando a norma legal inserta no artigo 117, da Lei das Execues Penais, concedido-lhe a priso domiciliar, mesmo estando cumprindo pena em regime fechado, pelo prazo peremptrio de 60 (sessenta) dias.Ordem denegada.Concluso: unanimidade, no conhecer do pedido de progresso e denegar a ordem quanto ao pedido de liberdade provisria para fins de tratamento mdico

Numero:105866Ano:2007Magistrado:DES. DIOCLES DE FIGUEIREDOEmenta: CONSTITUCIONAL - PROCESSO PENAL - HABEAS CORPUS - TRFICO DE SUBSTNCIA ENTORPECENTE E POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO - INDEFERIMENTO DE PEDIDO DE LIBERDADE PROVISRIA - ALEGADA SUPERVENINCIA DA LEI N 11.464/2007 - IRRELEVNCIA - PACIENTE DELIBITADO, PORTADOR DE ENFISEMA PULMONAR PROVOCADO POR AVANADA TUBERCULOSE - EXISTNCIA DE OUTRAS PATOLOGIAS - CASO EXCEPCIONAL - APLICAO DE DIREITOS HUMANOS DO HOMEM - CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONFIGURADO - ORDEM CONCEDIDA. Concede-se liberdade provisria, em carter excepcionalssimo, a agente que viola os preceitos dos arts. 33 e 44 da Lei n 11.343/2006, mas que reste comprovado nos autos ser portador de enfisema pulmonar progressiva e irreversvel, decorrente de um quadro patolgico onde a tuberculose pulmonar manifesta-se irreversvel, mxime que, devido a sua debilidade, certamente estar mais propenso a doenas infecto-contagiosas, presentes nas cadeias pblicas, no havendo em tais estabelecimentos o necessrio tratamento e acompanhamento hospitalar.