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FACULDADE CATHEDRAL I-BRAS INSTITUTO BRASIL DE PÓS-GRADUAÇÃO, CAPACITAÇÃO E ASSESSORIA ARLETE ALVES DA SILVA ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO EM PACIENTES HIPERTENSOS FEIRA DE SANTANA 2018

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FACULDADE CATHEDRAL

I-BRAS – INSTITUTO BRASIL DE PÓS-GRADUAÇÃO, CAPACITAÇÃO E ASSESSORIA

ARLETE ALVES DA SILVA

ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO EM PACIENTES HIPERTENSOS

FEIRA DE SANTANA

2018

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FACULDADE CATHEDRAL

I-BRAS – INSTITUTO BRASIL DE PÓS-GRADUAÇÃO, CAPACITAÇÃO E ASSESSORIA

ARLETE ALVES DA SILVA

ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPEUTICO EM PACI-ENTES HIPERTENSOS

Relato de Caso apresentado como requisito parcial para a conclusão do Curso de Pós-graduação em Farmacologia Clínica com Ênfase em Prescrição Farmacêutica da Faculdade Cathedral/I-Bras.

Orientador: Dr. Gildomar Lima Valasques Júnior

FEIRA DE SANTANA

2018

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ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPEUTICO EM PACIENTES HIPERTENSOS

ARLETE ALVES DA SILVA ¹ GILDOMAR LIMA VALASQUES JÚNIOR ²

Resumo. Introdução: A Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é condição clínica multifatorial caracteri-zada por elevação sustentada dos níveis pressóricos maior ou igual 140 e/ ou 90mmHg, sendo um dos problemas de saúde de maior prevalência no Brasil, aproximadamente 65% da população idosa é portadora desta doença; a pressão não controlada é um fator de risco para desenvolvimento de do-enças cardiovasculares. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar a resposta farmacoterapeu-tica em pacientes hipertensos de faixa etária variada do sexo feminino e masculino de uma farmácia no interior da Bahia. Avaliou-se resultados negativos associados ao medicamento (RNM), interações medicamentosas potenciais (IMP) e a adesão ao tratamento farmacoterapêutico. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo em que participaram 12 pacientes de ambos os sexos e idades diversas com HAS diagnosticada. Avaliou-se a pressão arterial média sendo realizado de 15 em 15 dias no período de junho/2018 a outubro/2018. A análise de resultados foi através de exames laboratoriais de acordo a necessidade de cada paciente e pesquisa das interações medicamentosas. Resultados: Quanto aos resultados negativos associado ao medicamento foram encontrados 12 RNM, foram fei-tas 11 intervenções, onde 9 foram aceitas e 5 resolvidas. Não observou interações medicamentosas clinicamente relevantes entre os fármacos anti-hipertensivos e as demais classes terapêuticas utiliza-das pelos pacientes. Conclusão: Foram resolvidas 5 RNM e após o acompanhamento farmacotera-peutico os níveis de pressão arterial dos pacientes melhoraram.

Palavras-chave: Hipertensão arterial, tratamento farmacológico, acompanhamento farmacoterapêu-tico Abstract. Introduction: Systemic arterial hypertension (SAH) is a multifactorial clinical condition charac-terized by a sustained elevation of blood pressure levels of 140 and/ or 90mmHg, being one of the most prevalent health problems in Brazil, approximately 65% of the elderly population are carriers of this disease disease; uncontrolled pressure is a risk factor for the debelopment of cardiovascular deseases. Objetive: The purpose of thes study was to evaluate the pharmacotherapeutic response in hypertensive patients of varied age range of females and males from a pharmacy in the interior of Bahia. Negative results associated with the drug (MRI), potential drug interactions (PIM) and adher-ence to treatment pharmacotherapeutic. Methodology: This is a qualitative study involving 12 patients of both sexes and different ages with diagnosed SAH. The mean arterial pressure was evaluated eve-ry 15 days in the period from June/2018 to October/2018. The analysis of results was through labora-tory tests according to the need of each patient and research of the drug interactions. Results:As for the negative results associated with the drug, 12 MRI were found, 11 interventions were performed, 9 of which were accepted and 5 were resolved. No clinically relevant drug interactions were observed between the antihypertgesive drugs and the other therapeutic classes used by the patients. Conclu-sion: Five MNRs were resolved and after pharmacotherapeutic follow-up, the patients blood pressure levels improved.

Keywords: arterial hypertension, pharmacological treatment, pharmacotherapeutic monitoring

_______________

¹Farmacêutica. Pós-graduanda Em Farmacologia Clínica com ênfase em prescrição farmacêutica pela Faculdade

Cathedral/Instituto Brasil de Pós Graduação.

² Farmacêutico. Especialista em Gestão da Assistência Farmacêutica, pela Universidade Federal de Santa Catari-

na, Doutor em biotecnologia pela Universidade Estadual de Feira de Santana

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1. INTRODUÇÃO

“A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial

caracterizada por elevação dos níveis pressóricos maior ou igual a 140 e/ou 90

mmHg.” (SBC, 2016, p.1). Essa esta relacionada frequentemente a diversos distúr-

bios funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo, podendo ainda ser agravada por fa-

tores de risco, tais como: intolerância a glicose, diabetes mellitus, obesidade abdo-

minal e dislipidemia (SBC, 2016).

Por se tratar de uma das principais causas de morte no Brasil, a hipertensão

arterial sistêmica, merece uma atenção especial. Em 2013 a doença atingia 31,2

milhões de pessoas com idade acima de 18 anos, o que representa 21,4% da popu-

lação do país, sendo que quase metade dessas pessoas fazem parte da força de

trabalho (IBGE, 2014).

Mesmo com dados tão alarmantes, ainda é relativamente baixo, o número de

pessoas que se comprometem com o controle da HAS, devido a essa na maioria

das vezes mostrar-se de forma assintomática, tornando assim o diagnóstico dificul-

toso e às vezes tardio. Outro fator que contribui para o baixo índice de controle da

HAS é a indisposição dos pacientes de se submeterem a medicamentos com efeitos

colaterais desconfortáveis. (SESA-PR, 2014).

Dentro de tal contexto também podemos destacar, o fato de o Brasil ter uma

taxa de envelhecimento da população maior que a taxa de crescimento populacional

(IBGE, 2014). No entanto, já é de saber cientifico que os indivíduos idosos são mais

propensos a desenvolverem HAS (SILVA, A. S. et. al., 2008), ao tempo que apre-

sentam um maior número de indivíduos polimedicados (TEXEIRA, 2014). Logo se

constata que à medida que a população envelhece, aumenta-se também o número

de “indivíduos hipertensos polimedicados”, por conseguinte, torna-se cada vez mais

necessário um maior número de profissionais da saúde voltados a auxiliar essa po-

pulação a ter um uso racional dos diferentes tipos de fármacos a eles prescritos, é ai

então que entra o acompanhamento farmacoterapêutico (AF). Este último deverá

levar em consideração a gravidade da doença e a medicação ingerida pelo paciente,

objetivando prevenir problemas como os de Interações Medicamentosas Potenciais

(IMP), assim o AF é tido como um meio para averiguar a resposta do fármaco, e

também para a intervenção do tratamento, caso necessário. (LIMA, et. al., 2016).

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Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo o Acompanhamento Farma-

coterapêutico a pacientes hipertensos, atendidos em uma farmácia do interior da

Bahia, a fim de identificar, relatar, avaliar e quantificar Resultados Negativos Associ-

ados a Medicamentos (RNMs) e interações medicamentosas potenciais (IMP).

2. OBJETIVO

2.1 OBJETIVO GERAL:

Descrever o acompanhamento farmacoterapêutico dos pacientes hiperten-

sos polimedicados em uma farmácia no interior da Bahia.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Classificar os Resultados Negativos a Medicamentos encontrados em pacientes

hipertensos atendidos em uma farmácia do interior da Bahia

Avaliar as interações medicamentosas potenciais encontrados em pacientes hi-

pertensos atendidos em uma farmácia do interior da Bahia

Realizar intervenções necessárias de acordo com os RNMs encontrados

3. METODOLOGIA

3.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO E DA AMOSTRA

Trata-se de um Relato de Caso do acompanhamento farmacoterapêutico,

realizado na Farmácia do Trabalhador do Brasil, localizado no município de Ribeira

do Pombal, no interior da Bahia, no período de junho a outubro. Os sujeitos da pes-

quisa foram pacientes acima de 18 anos que procuraram o serviço da farmácia e

após ser convidados, aceitaram participar do acompanhamento.

3.2 INSTRUMENTO DE COLETA

Foi utilizado como registro de dados uma ficha farmacoterapêutica (APÊN-

DECE A), elaborado pelos pesquisadores, contendo dados sócio-demográficos, di-

agnóstico do paciente, medicamentos utilizados, com sua respectiva posologia.

Também foram observados parâmetros bioquímicos e fisiológicos, bem como o re-

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gistro de ocorrência de reações adversas, interações medicamentosas e queixas

relacionadas com a utilização dos medicamentos que nortearam a identificação e

classificação dos resultados clínicos negativos associados aos medicamentos

(RNMs).

3.3 PROCEDIMENTOS DE COLETA

A ficha farmacoterapêutica foi preenchida através de entrevista com os

acompanhantes dos pacientes que aceitaram participar do acompanhamento. O

procedimento utilizado para o acompanhamento dos pacientes e coleta de dados foi

o Método Dáder de Seguimento Farmacoterapêutico6, através da realização0 de visi-

tas agendadas com os indivíduos participantes. Na primeira entrevista foi colhida

informações acerca dos medicamentos utilizados no momento da entrevista. Nas

entrevistas subsequentes os pacientes foram monitorados quanto à ocorrência de

reações adversas e relato de queixas relacionadas com o a utilização dos medica-

mentos. Foi observada também a indicação terapêutica, as necessidades terapêuti-

cas não atendidas, Interações medicamentosas potenciais, bem como a eficácia do

tratamento baseada em parâmetros clínicos.

Os problemas decorrentes da utilização dos medicamentos foram analisados

e classificados de acordo com o proposto pelo Terceiro Consenso de Granada

(2007)4 em seis categorias, tendo em vista as condições de necessidade, efetividade

e segurança do tratamento farmacológico.

3.4 ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA

O presente trabalho dispensa a aprovação do comitê de ética, visto que não te-

rá interesse em publicar em revista científica, como descrito em normas do I-Bras,

como também os procedimentos são atribuições do farmacêutico no exercício de

sua função como previsto nas resoluções CFF 585/2013 e na Lei 13.021/2014.

3.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Para análise estatística dos dados foi utilizado o pacote de dados Statistica

versão 7.0.

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4. RELATO DO CASO

Dos doze pacientes no qual o estudo foi realizado todos apresentaram diag-

nóstico para hipertensão e utilizavam alguma classe de medicamentos anti-

hipertensivos. Desses pacientes 50% são do sexo masculino e 50% do sexo femini-

no; a idade mínima foi de 52 anos e a máxima de 74 anos.

Dentre os doze pacientes acompanhados alem de hipertensos a maioria

(83%) apresentou também outro diagnóstico, sendo os mais freqüentes: diabetes

33%, dislipidemia 25%, artrose 25% e glaucoma 8%. Durante o acompanhamento

farmacoterapêutico no período de 01 de junho de 2018 a 01 de outubro de 2018 foi

realizado em intervalo de 15 em 15 dias a aferição da pressão arterial, glicemia capi-

lar e também foi solicitado exames laboratoriais de acordo a necessidade de cada

paciente; os exames mais solicitados foram: glicose em jejum, colesterol total, trigli-

cerídeos, ácido úrico, potássio sérico, TGO e TGP, estes resultados foram importan-

tes para classificação das RNMs.

Quanto ao tratamento medicamentoso para hipertensão arterial, predominou

o uso da classe terapêutica antagonista da angiotensina II sendo que 75% dos paci-

entes acompanhados fazem uso desta classe, seguido por diuréticos tiazídicos 50%,

inibidores da ECA 25%, betabloqueadores 25% e bloqueadores dos canais de cálcio

16%. Em outro artigo pesquisado em estudo realizado em idosos hipertensos a as-

sociação terapêutica que predominou foi diuréticos tiazídicos + inibidores da ECA,

sendo os inibidores da ECA agentes de primeira linha em insuficiência cardíaca, em

situações de infarto agudo do miocárdio, em caso de alto risco de doença coronaria-

na e prevenção secundária de acidente vascular cerebral.

Dos pacientes em estudo 75% fazem tratamento em associação com dois ou

mais fármacos anti-hipertensivos, desta parcela 50% utiliza pelo menos uma classe

de diurético. O tratamento farmacológico isolado é realizado em 8% dos pacientes.

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Tabela 1: Classe de anti-hipertensivos utilizados em pacientes acompanhados no pe-ríodo de junho a outubro de 2018.

Classe terapêutica Número de usuários %

Tiazídico 6 50%

Inibidores da ECA 3 25%

Bloqueadores dos canais de cálcio 2 16%

Antagonista da angiotensina II 9 75%

Beta bloqueadores 3 25%

Fonte própria.

A tabela apresenta as classes de anti-hipertensivos utilizados pelos pacientes

no estudo realizado. Observa-se que o tratamento farmacológico esta de acordo

com o que preconiza as Diretrizes Brasileira de Hipertensão Arterial, os diuréticos

tiazídicos são os mais utilizados porque além de controlarem a PA diminuem a mor-

bidade e a mortalidade cardiovascular.

Durante o período analisado, foram encontradas doze RNMs dentre elas rea-

lizaram-se cinco intervenções farmacêuticas em pacientes junto ao prescritor. Estas

foram escritas e encaminhadas ao médico, que avaliou e concordou com as altera-

ções sugeridas. Nos dois primeiros casos, após análise de exames laboratoriais o

paciente apresentava glicemia acima dos níveis considerados normais, foi feito uma

carta de encaminhamento sugerindo a análise dos resultados dos exames, nos dois

casos foi confirmado o diagnóstico e prescrito o hipoglicemiante. O terceiro paciente

utilizava a sinvastatina para dislipidemia, o mesmo utilizava no período da manhã,

neste caso foi sugerido que o paciente utilizasse após o jantar que seria o horário

indicado para esse medicamento, o médico avaliou e concordou com a alteração. No

quarto caso o paciente fazia uso apenas do captopril de 25mg, a pressão continuava

alta sugeriu a adição de um diurético tiazídico no período da manhã e o médico

prescreveu o hidroclorotiazida 25mg, a sugestão foi aceita e os resultados da PA

satisfatório e o ultimo caso a paciente que utiliza sinvastatina queixa de fortes dores

nos ossos foi sugerido substituir a sinvastatina por outro medicamento que não

apresentasse efeito adverso, porém neste caso a paciente não foi ao médico até o

fim da pesquisa.

Ao finalizar o acompanhamento farmacoterapêutico foi possível classificar as

RNMs encontradas da seguinte forma: RNM de necessidade não quantitativo (3);

RNM de efetividade quantitativo (5); RNM de efetividade não quantitativo (2); RNM

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de segurança quantitativo (1) e RNM de segurança não quantitativo (1), foram um

total de 12 RNMs sendo feito as devidas intervenções junto ao paciente (6) e junto

ao prescritor (5), foram aceitas 10 intervenções e resolvidas (8). Em relação as inter-

venções realizadas junto ao paciente foi trabalhado sobre a importância da adesão

ao tratamento, respeitando os horários correto de tomar o medicamento, foram ori-

entados sobre a importância da aquisição de hábitos saudáveis que reduzem a mor-

bimortalidade cardiovascular, em associação ao tratamento medicamentoso e tam-

bém foram orientados sobre a importância de uma dieta saudável.

Após análise retrospectiva no período de junho/2018 a outubro/2018 não fo-

ram observadas interações medicamentosas relevantes clinicamente entre os fár-

macos anti-hipertensivos e as demais classes terapêuticas utilizadas nas outras pa-

tologias presentes nos pacientes acompanhados.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após o acompanhamento farmacoterapêutico em uma farmácia no interior da

Bahia, foi possível classificar as RNMs encontradas e fazer as intervenções de acor-

do com a necessidade de cada paciente, algumas intervenções foram realizadas

somente junto ao paciente e outras junto ao prescritor. As intervenções farmacêuti-

cas (escritas) enviadas ao médico responsável foram aceitas e mostraram resulta-

dos satisfatórios. Em relação a interações medicamentosas não foram encontradas

nenhuma clinicamente relevante. Foi possível observar também que no decorrer do

período de acompanhamento as médias da PA diminuíram se mantendo dentro dos

valores desejáveis.

O estudo realizado mostrou a importância do acompanhamento farmacotera-

pêutico na promoção do uso correto de medicamentos, através de uma abordagem

educativa favorecendo o esclarecimento de dúvidas e proporcionando maior efetivi-

dade na aplicação de medidas terapêuticas. O trabalho foi importante para divulgar a

população sobre o papel do farmacêutico que através do acompanhamento poderá

trazer resultados positivos a terapia, reduzindo custos, melhorando prescrições, con-

trolando a possibilidade de reações adversas e promovendo através de uma atenção

farmacêutica uma maior adesão ao tratamento. A colaboração do médico também é

fundamental para a realização do trabalho farmacêutico, pois conduz a resultados

terapêuticos eficientes, beneficiando o paciente.

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CASTRO, M. S. et al. Contribuição da atenção farmacêutica no tratamento de paci-entes hipertensos. Revista Brasileira de Hipertensão, Porto Alegre, v.13, n.3, p.198-202, 2006. Disponível em:<http://www.ceatenf.ufc.br/ceaten f_arquivos/Artigos/ATENFAR%20em%20pacientes%20hipertens os.pdf>. Acesso em: 22 jan. 2019. GILMAN, A. G.; GOODMAN, L. S. As bases Farmacológicas da Terapêutica. Tra-dução de Carlos Henrique de Araújo Cosendey et. al. Porto Alegre: Artmed, 2012. IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saúde. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/PNS/2013/pns2013.pdf>. Acesso em: 14 jan. 2019.

LIMA, T. A. M. et. al. Acompanhamento farmacoterapêutico em idosos. Arquivos de Ciências da Saúde, São José do Rio Preto, v.23, n.1, p.52-57, 2016. MedScape. Drug interaction Checker. Disponível em:<https://reference.medscape.com/drug-interactionchecker>. Acesso em: 19 jan. 2019. Ministério da Saúde. Hipertensão. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/hipertensao>. Acesso em: 19 jan. 2019. REINHARDT, F. et. al. Acompanhamento farmacoterapêutico em idosos hipertensos residentes em um lar geriátrico, localizado na Região do Vale dos Sinos, Rio Grande do Sul, Brasil. Revista brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro, v.15, n.1, p. 109-117, 2012. RENOVATO, R. D.; TRINDADE, M. F. Atenção farmacêutica na hipertensão arterial em uma farmácia de dourados, Mato Grosso do Sul. Infarma, Brasília - DF, v.16, n.11-12, p.49-55, 2004. SESA-PR, Secretaria de Saúde do Estado do Paraná. Arquivos. Disponível em: <http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/web_final_hipertensao_linhaguia.pdf>. Acesso em: 16 jan. 2019. SILVA, A. S. et. al. Avaliação do serviço de Atenção Farmacêutica na otimização dos resultados terapêuticos de usuários com hipertensão arterial sistêmica: um estudo piloto. Revista brasileira de farmácia, Rio de Janeiro, v.89, n.3, p.255-258, 2008.

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Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Ar-terial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Rio de Janeiro, v.107, n.3, p. 1-83, 2016. Sociedade brasileira de hipertensão (SBH). Informações. Disponível em:<http://www.sbh.org.br/home.html>. Acesso em: 22 jan. 2019. TEXEIRA, J. T. P. Polimedicação no Idoso. 67f. Tese (Mestrado em Medicina) - Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Coimbra, 2014. Disponível em: < https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/29154/1/tese.pdf>. Acesso em: 24 jan. 2019.

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APÊNDICE A – FICHA FARMACOTERAPÊUTICA

FICHA FARMACOTERAPÊUTICA

I - Variáveis independentes:

Instituição de Saúde (Nome da Farmácia, Hospital, UBS):

Número de registro (controle interno):

1. Dados pessoais:

1.1 Nome: 1.2 CPF: 1.3 Endereço: 1.4 Telefone: 1.5 Data de Nascimento: ___ / ___ / ___ (dd/mm/aaaa)

II - Variáveis dependentes:

2. Anamnese Farmacêutica

2.2 Idade: _____ anos

2.3 Peso: _____ kg

2.4 Altura ______ metros

2.5 IMC _______

2.6 Queixas de problemas de saúde.

2.7. Existem dúvidas sobre uso de algum medicamento?

2.8 Doenças crônicas em tratamento

Doença diagnosticada Tempo de tratamento Ultimo retorno ao médico

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Data da prescrição: ___/___/___

3. Avaliação da prescrição

3.1 Medicamentos em uso

Medicamento Classe Dose Via de admi-

nistração Posologia

3.2 Interações medicamentosas identificadas (dados gerados no MEDSCAPE)

Medicamentos Envolvidos1 Tipo de Interação2 Gravidade3

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1Descrever os 2 medicamentos envolvidos

2Detalhar o tipo de interação (Farmacocinética ou Farmacodinâmica)

3Descrever a gravidade (Contraindicada, Grave, Moderada ou Leve)

3.3Existem suspeitas de reação adversa? Quais?

3.3.1 Relação de Casualidade

3.3.1.1 Aplicação do algoritmo de Naranjo (1981) (ANEXO A)

3.4 Resultados de exames laboratoriais

Data do exa-

me Tipo de exame Resultado Valor de Referência

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3.5 Resultados de parâmetros fisiológicos

Data Parâmetro avaliado* Resultado Valor de referên-

cia

* (1) Pressão Arterial

* (2) Glicemia Capilar

* (3) Temperatura Corporal

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3.6 Identificação de Resultados Negativos Associados a Medicamentos - RNM

3.6.1 Algum RNM foi encontrado? Qual (is), descreva-o (s)

3.6.2 Plano de ação para resolução do RNM

3.6.1 Tipo de intervenção

1. ( ) Contatar o médico para apresentar o problema identificado 2. ( ) Orientação ao paciente

3.6.2 Detalhamento do plano de intervenção

3.6.3 RNM resolvido?

( ) SIM. Intervenção do próximo RNM (se houver)

( ) NÃO. Retornar ao item 3.6.2