relatório de acompanhamento

75
RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DAS ESCOLAS DE TIPOLOGIA HÍBRIDA 2009-10

Upload: maria-cristina-saavedra

Post on 24-May-2015

1.099 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

Page 1: Relatório de acompanhamento

RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DAS

ESCOLAS DE TIPOLOGIA HÍBRIDA

2009-10

Page 2: Relatório de acompanhamento

i

ÍNDICE

Introdução 1

1. Actividades 2

1.1. Visitas às escolas 2

1.2. Seminários 3

1.3. Feedback aos planos reformulados 11

1.4. Formação 12

1.5. Plataforma Moodle – Espaço das escolas híbridas 12

2. Escolas 14

2.1. Escola Secundária de Valbom 14

2.2. Escola Secundária de Arouca 15

2.3. Escola Básica João de Meira 16

2.4. Escola Secundária António Nobre 17

2.5. Escola Básica Rainha Santa Isabel 18

2.6. Escola Secundária da Ramada 18

2.7. Escola Básica e Integrada de Miraflores 19

2.8. Escola Secundária de Sacavém 20

2.9. Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro 20

2.10. Escola Básica de Lagos 21

3. Meta-avaliação 23

3.1. Sucesso em termos de passagem de ano 23

3.2. Sucesso na Língua Portuguesa 24

3.3. Sucesso na Matemática 25

3.4. Sucesso noutras disciplinas 26

3.5. Assiduidade e abandono escolar 26

3.6. Apoio socioeducativo 27

4. Reflexão e recomendações 29

Anexos 31

Anexo 1 - Calendarização das visitas às escolas 32

Anexo 2 - Resumos das visitas às escolas 33

Page 3: Relatório de acompanhamento

ii

Anexo 3 - Programa do 1.º seminário 49

Anexo 4 - Lista de presenças no 2.º seminário 50

Anexo 5 - Programa do 2.º seminário 53

Anexo 6 - Feedback dos planos reformulados 54

Anexo 7 - Necessidades de formação percepcionadas pelos professores envolvidos 65

Anexo 8 - Sucesso escolar global referente ao ano lectivo 2009/2010 66

Anexo 9 - Sucesso alcançado na disciplina de Língua Portuguesa, referente ao ano

lectivo 2009/2010

67

Anexo 10 - Sucesso alcançado na disciplina de Matemática, referente ao ano lecti-

vo 2009/2010

68

Anexo 11 - Sucesso alcançado nas disciplinas de Língua Estrangeira, referente ao

ano lectivo 2009/2010

69

Anexo 12 - Sucesso alcançado nas disciplinas de História e Geografia de Portugal,

História e Geografia, referente ao ano lectivo 2009/2010

70

Anexo 13 - Retenção por excesso de faltas e abandono escolar no ano lectivo

2009/2010

71

Anexo 14 - Apoio socioeducativo no ano escolar 2009/2010 72

Page 4: Relatório de acompanhamento

1

INTRODUÇÃO

O Instituto de Educação da Universidade de Lisboa foi convidado em Março de

2010 pela Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC) a reali-

zar o acompanhamento científico das escolas/agrupamentos de escolas de tipologia

híbrida no âmbito do Programa Mais Sucesso Escolar (PMSE). Fazem parte deste tipo

de tipologia dez escolas localizadas em quatro regiões do país: Norte (DREN), Centro

(DREC), Lisboa e Vale do Tejo (DRELVT) e Algarve (DREALG).

O acompanhamento científico levado a cabo pelo Instituto de Educação envolveu o

desenvolvimento de um plano de apoio do projecto dos agrupamentos de esco-

las/escolas, a realização de visitas às escolas envolvidas, com elaboração de um diário

de bordo de cada visita, o feedback aos materiais produzidos pelas esco-

las/agrupamentos de escolas, a realização de seminários, a facilitação de informação

científica e pedagógica e a apresentação de propostas de formação.

O presente relatório descreve o trabalho desenvolvido com essas esco-

las/agrupamentos, estando organizado em três secções principais. A primeira corres-

ponde às actividades desenvolvidas pelo Instituto de Educação, referindo as visitas às

escolas, os seminários, o feedback aos planos reformulados, a formação e a criação de

um espaço de trabalho na plataforma Moodle do Instituto de Educação. A segunda diz

respeito às escolas/agrupamentos, apresentando para cada uma os aspectos que conside-

ramos mais relevantes. A terceira refere-se à meta-avaliação, procedendo-se a uma aná-

lise das taxas de sucesso alcançadas no 3.º período por cada escola/agrupamento, da

assiduidade e do abandono escolar dos alunos, e das taxas de apoio socioeducativo, no

ano lectivo de 2009/10. Finalmente, o relatório encerra com diversas considerações

finais e recomendações.

No período a que respeita este relatório, a equipa do Instituto de Educação que

intervém neste projecto é constituída por João Pedro da Ponte (coordenador), Carolina

Gonçalves, Cláudia Nunes, Margarida Belchior, Mónica Baptista e Otília Sousa.

Page 5: Relatório de acompanhamento

2

1. Actividades

Nesta secção descrevem-se as actividades que o Instituto de Educação da Universi-

dade de Lisboa levou a cabo no âmbito do Programa Mais Sucesso Escolar – Escolas

Híbridas.

1.1. Visitas às escolas

A equipa do Instituto de Educação visitou entre os meses de Abril e Junho de 2010

as escolas/agrupamentos de tipologia híbrida, efectuando o acompanhamento científico

e pedagógico do respectivo projecto. Em cada Escola/Agrupamento estas visitas con-

templaram três momentos distintos: (i) uma reunião com a coordenação do projecto, (ii)

uma reunião com os professores de uma das turmas envolvidas (se possível todos os

elementos do conselho de turma) e (iii) a observação de situações típicas do trabalho de

intervenção em curso. A calendarização das visitas e o modo como os três momentos

foram distribuídos em cada escola encontram-se no Anexo 1. A Equipa do Instituto de

Educação foi apresentada e acompanhada em cada escola por um elemento representan-

te da respectiva Direcção Regional de Educação e por um elemento da DGIDC.

As reuniões com a coordenação do projecto visaram conhecer a equipa de coordena-

ção e o modo como as tarefas se encontravam distribuídas, analisar o trabalho de inter-

venção que estava a ser desenvolvido, discutir as dificuldades na sua condução e conhe-

cer as necessidades de formação dos professores.

As reuniões com os professores de uma das turmas envolvidas tinham como objec-

tivo compreender o percurso da turma ao longo do ano lectivo, as dificuldades identifi-

cadas pelos professores das diversas disciplinas, a articulação entre a coordenação do

projecto e os professores da turma. Pretendia-se também discutir a actuação futura a

realizar com a turma, dando especial atenção às dinâmicas de trabalho colaborativo a

fomentar para o desenvolvimento do projecto.

Durante a observação de situações do trabalho de intervenção assistimos a aulas

e/ou actividades realizadas noutros espaços de ensino e de aprendizagem considerados

pelas escolas/agrupamentos de escolas como situações típicas do seu projecto. Após a

Page 6: Relatório de acompanhamento

3

observação, realizámos uma reflexão conjunta sobre o trabalho de intervenção que esta-

va a ser desenvolvido e a sua contribuição para a promoção de boas práticas.

No final de cada visita às escolas/agrupamentos de tipologia híbrida elaborámos um

diário de bordo. Este foi constituído por duas componentes principais, uma descritiva e

outra reflexiva. Na componente descritiva procedemos à identificação da escola, ao

registo da data e duração da visita, à descrição dos trabalhos de intervenção observados,

da reunião com coordenação do projecto e da reunião com os professores de uma turma

envolvida no projecto. Pelo seu lado, na componente reflexiva incluímos aspectos

como: modo de trabalho da coordenação do projecto e estilo de liderança; articulação

entre a coordenação do projecto e outros actores; actividades de intervenção que estão a

ser desenvolvidas (aspectos interessantes e aspectos problemáticos); práticas de ensino

dos professores (tarefas que propõem na sala de aula, modo como conduzem a comuni-

cação, objectivos curriculares e competências a que dão prioridade, instrumentos e

materiais utilizados, momentos de regulação do trabalho e papel dos alunos; papéis

assumidos pelos professores que se relacionam com o projecto); papéis assumidos por

outros actores (psicólogo, mediador, etc.) que se relacionam com o projecto; e relações

entre o projecto e as famílias. Os resumos das visitas às escolas, feitos a partir dos diá-

rios de bordo, encontram-se no Anexo 2.

1.2. Seminários

No âmbito do PMSE – Escolas Híbridas realizaram-se dois seminários. O primeiro

seminário teve lugar no dia 12 de Março de 2010 e foi organizado pela DGIDC. Este

seminário representou o primeiro contacto da equipa do Instituto de Educação com as

escolas de tipologia híbrida. O seminário iniciou-se com a apresentação, por parte dos

responsáveis da DGIDC, das linhas gerais do PMSE e a caracterização geral dos projec-

tos das escolas/agrupamentos de escolas que adoptaram esta tipologia. Após este

momento, cada escola dispôs de quinze minutos para apresentar o seu projecto, referin-

do os anos de escolaridade contratualizados, as disciplinas envolvidas, as estratégias

organizacionais utilizadas e as taxas de sucesso referentes ao 1.º período lectivo, compa-

rando com a média dos últimos quatro anos.

Page 7: Relatório de acompanhamento

4

Em seguida, tendo em vista compreender os projectos que cada escola se encontrava

a desenvolver, em relação a cada intervenção, a equipa do Instituto de Educação colo-

cou algumas questões relacionadas com a liderança e coordenação do projecto, as práti-

cas dos professores, o modo como os professores envolvidos se organizavam, o envol-

vimento dos encarregados de educação e as estratégias organizacionais adoptadas. No

Anexo 3 encontra-se o programa deste primeiro seminário.

O segundo seminário realizou-se no dia 6 de Julho de 2010 no Instituto de Educa-

ção, tendo sido organizado por esta instituição. Estiveram presentes a Directora-Geral

da DGIDC, outros responsáveis da DGIDC, o co-coordenador do PMSE, representantes

da DRELVT, DREALG, DREC e DREN, e vários professores e técnicos das escolas

envolvidas. A folha de presenças encontra-se no Anexo 4.

O seminário teve início às 9h30 com a intervenção da Directora-Geral da DGIDC,

Drª Alexandra Marques, seguindo-se a intervenção do co-coordenador do PMSE e

Director-Geral da DREA, Professor Doutor José Verdasca, e a intervenção do Director

do Instituto de Educação e coordenador da respectiva equipa, Professor Doutor João

Pedro da Ponte. A Directora-Geral da DGIDC agradeceu ao Instituto de Educação por

ter aceite o convite para acompanhar cientificamente os projectos das escolas de tipolo-

gia híbrida, considerando que foram dadas as condições necessárias para as estas atingi-

rem as metas a que se propuseram. Informou, ainda, que a DGIDC e o Ministério da

Educação continuam empenhados em dar continuidade ao PMSE. Além disso, mencio-

nou que as escolas tipologia híbrida têm um desafio mais forte que os projectos Turma

Mais e Fénix, uma vez que têm uma maior diversidade de propostas de trabalho, consti-

tuindo o seminário um bom momento para a troca de experiências. O co-coordenador do

PMSE, na sua intervenção, referiu que os projectos de tipologia híbrida têm de “abrir

um caminho”, existindo “uma descoberta diária” que pode servir de modelo para outras

escolas. Finalmente, o Director do Instituto de Educação situou o desenvolvimento do

projecto e explicou o propósito e modo de funcionamento do seminário.

Após este momento, deu-se início à Mesa-Redonda 1, intitulada “Parceria esco-

la-família: Estratégias para o envolvimento dos encarregados de educação na promoção

do sucesso dos alunos”. Esta primeira mesa redonda foi dinamizada pelo Professor João

Pedro da Ponte e nela participaram representantes das escolas Secundária de Valbom,

Page 8: Relatório de acompanhamento

5

Secundária de Sacavém e Básica de Lagos. Cada escola, em cerca de quinze minutos,

apresentou o trabalho desenvolvido no âmbito do tema escola-família.

A coordenadora do projecto da Escola Secundária de Valbom mencionou que a

generalidade dos encarregados de educação é pouco escolarizada e participativa e valo-

riza pouco a escola. Informou, ainda, que alguns encarregados de educação participam

nos órgãos de gestão da escola, na associação de pais, nas reuniões de entrega das ava-

liações e nas actividades abertas à comunidade. Para aumentar a participação dos encar-

regados de educação na vida escolar, a escola delineou várias estratégias, como: (i) a

apresentação do PMSE aos encarregados de educação em Setembro de 2009; (ii) a pro-

moção de tarefas que permitem o envolvimento dos encarregados de educação; e (iii) o

estabelecimento de parcerias com a Câmara Municipal, que entretanto disponibilizou

um psicólogo e uma assistente social que trabalham com as famílias. Para além disso, a

coordenadora referiu diversas acções empreendidas, mencionou os recursos e estruturas

organizativas internas e externas à escola mobilizadas, realizou um balanço positivo das

acções realizadas e indicou como pensam continuar no próximo ano os projectos relati-

vamente a este campo.

A professora de Língua Portuguesa e directora de uma das turmas intervencionadas

da Escola Secundária de Sacavém começou por caracterizar os encarregados de educa-

ção e apresentar as dificuldades com que a equipa do projecto se tem deparado na rela-

ção escola-família. Em seguida, a professora mencionou as estratégias usadas para

ultrapassar essas dificuldades, nomeadamente a recepção dos encarregados de educação

no início do ano; a promoção do dia do diploma para todos os anos; a distribuição de

convites para actividades culturais e para assistir a trabalhos dos respectivos educandos;

e a realização da feira gastronómica com bolos confeccionados pelos pais. A professora

de História continuou a apresentação focando as acções efectuadas, onde se enquadra-

ram as parcerias com outras entidades, como, por exemplo, o projecto Esperança, o

Banco Alimentar contra a Fome, e as acções de formação parental. Referiu, também, os

recursos e as estruturas organizativas mobilizadas e indicou o que pensa a equipa

melhorar no próximo ano lectivo, embora no quadro de uma grande incerteza provocado

pela mudança organizativa iminente resultante da sua integração num

mega-agrupamento.

Page 9: Relatório de acompanhamento

6

A psicóloga que acompanha os alunos envolvidos no PMSE da Escola Básica de

Lagos, referiu que os principais problemas detectados na relação escola-encarregados de

educação foram a falta de acompanhamento da vida escolar por parte das famílias e as

baixas expectativas destas em relação ao percurso escolar dos alunos. Para ultrapassar

essas dificuldades a equipa do projecto desta escola definiu como estratégias o reforço

do contacto com os encarregados de educação; o acolhimento e acompanhamento dos

encarregados de educação por parte de uma equipa multidisciplinar, constituída por psi-

cóloga, socióloga e director de turma; a promoção de uma visão alargada do futuro per-

curso escolar de cada aluno; e a apresentação da escola como estrutura integrada na e da

sociedade, com meios e recursos que não se esgotam na educação escolar. De seguida, a

psicóloga mencionou as principais acções empreendidas, realizou um balanço positivo

das acções desenvolvidas e apresentou diversas iniciativas futuras. Em relação a este

último ponto, a psicóloga referiu que no próximo ano lectivo a coordenação do projecto

pretende manter as acções já empreendidas e colocar outras em prática, como por

exemplo a dinamização de uma acção de formação dirigida aos encarregados de educa-

ção; a programação de actividades visando envolver os encarregados de educação; a

promoção do contacto directo de cada elemento do conselho de turma com os encarre-

gados de educação; e a divulgação dos trabalhos dos alunos junto das famílias e da

comunidade escolar.

Após estas intervenções iniciais, seguiu-se um período de discussão. O Professor

João Pedro da Ponte indicou que as Escolas Secundárias de Sacavém e de Valbom

tinham dado ênfase a duas dimensões complementares. A primeira relaciona-se com o

estabelecimento de relações entre a escola e a comunidade, procurando envolver os

encarregados de educação. Trata-se de uma dimensão que permite construir um projecto

que extravasa a actividade usual da própria escola. A segunda refere-se a uma perspec-

tiva mais centrada na prevenção e resolução de problemas de casos específicos. Comen-

tou, ainda, que a apresentação a Escola Básica de Lagos contemplava a segunda dimen-

são, mas poderia avançar com mais iniciativas relativas ao envolvimento efectivo, em

termos educativos, dos encarregados de educação. Nas intervenções seguintes, discu-

tiu-se a importância deste envolvimento, o papel que os encarregados de educação

podem assumir com os seus educandos e a relação entre a escolaridade dos encarrega-

dos de educação e o sucesso dos alunos.

Page 10: Relatório de acompanhamento

7

A Mesa-Redonda 2 teve início às 11h40, foi moderada por Mónica Baptista e nela

participaram as escolas Básica de João de Meira (de Guimarães), Básica Rainha Santa

Isabel (de Leiria) e o agrupamento de escolas D. Joana de Castro (da Lourinhã). Cada

escola dispôs quinze minutos para apresentar o trabalho desenvolvido no âmbito do

tema “É possível a mudança curricular dentro da sala de aula?”

A apresentação da Escola Básica de João de Meira centrou-se na descrição do tra-

balho desenvolvido nas aulas de Língua Portuguesa. A professora da disciplina mencio-

nou que propôs aos alunos a realização de um “trabalho do mês”, visando o desenvol-

vimento da oralidade e da escrita. Durante a apresentação, a professora descreveu vários

trabalhos do mês desenvolvidos pelos alunos, como, por exemplo, solicitar aos alunos

que seleccionassem uma imagem e escolhessem uma frase que se adequasse a essa ima-

gem.

De seguida, a coordenadora do projecto da Escola Básica Rainha Santa Isabel refe-

riu as principais dificuldades dos alunos, nomeadamente a nível da concentração, da

leitura e compreensão de textos diversos, da expressão escrita e da autonomia. Para

levar os alunos a ultrapassarem essas dificuldades, os professores têm diversificado as

actividades, especificado o tempo para realização das tarefas e têm promovido uma par-

ticipação dos alunos. A coordenadora do projecto salientou que o facto de poderem

dividir as turmas ou de terem assessorias permitiu aos professores um maior acompa-

nhamento dos alunos, sendo essa uma das mais-valias do projecto. Para terminar a apre-

sentação, outra professora, que faz parte da coordenação do projecto e da direcção da

escola, realizou um balanço positivo do trabalho desenvolvido.

Finalmente, a coordenadora do projecto do Agrupamento de Escolas D. Joana de

Castro deu alguns exemplos de dificuldades detectadas no grupo de alunos envolvido,

tendo referido dificuldades ao nível do raciocínio e do cálculo mental; do conhecimento

dos números; da composição e decomposição de quantidades; da resolução de situações

problemáticas; e da motivação, autonomia e concentração. Em seguida, a coordenadora

mencionou algumas actividades e estratégias usadas na sala de aula e noutros espaços

de trabalho, destacando a elaboração, por parte dos alunos, de um plano individual de

trabalho e de um portefólio. Concluiu a apresentação com a realização de um balanço

final positivo e descrevendo o plano de trabalho para o próximo ano lectivo.

Page 11: Relatório de acompanhamento

8

À semelhança da mesa-redonda anterior, seguiu-se um período de discussão alarga-

do às restantes escolas. Neste período houve referência às tarefas valorizadas pelos pro-

fessores nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática e à necessidade de se diag-

nosticarem as dificuldades dos alunos no início do ano lectivo e de se acompanhar a

evolução dessas dificuldades durante o ano. No final do ano, é necessário saber se as

dificuldades diagnosticadas nos alunos permanecem ou foram ultrapassadas.

Às 14h30 deu-se início à Mesa-Redonda 3 intitulada “Estratégias e condições de

liderança pedagógica” e dinamizada por Cláudia Nunes. Esta mesa redonda contou com

a presença das Escolas Básica da Ramada, Secundária de Arouca, Básica de Miraflores

e Secundária António Nobre (Porto).

A coordenadora do projecto da Escola Básica de Ramada referiu que a equipa de

coordenação do projecto trabalhou conjuntamente com os diversos actores envolvidos

(alunos, encarregados de educação, professores das disciplinas intervencionadas, equipa

de coordenação e conselhos de turma), procurando assumir uma liderança marcada pela

capacidade de unir esforços e criar dinâmicas de trabalho colaborativo. No entanto,

durante este ano lectivo a equipa de coordenação enfrentou várias dificuldades, nomea-

damente resistências ao trabalho colaborativo por parte de alguns professores; desactua-

lização dos professores no âmbito das didácticas das disciplinas intervencionadas; dis-

tanciamento do projecto dos professores cujas disciplinas não foram contratualizadas;

falta de tempo e espaço para trabalho colaborativo; e reduzida mobilização dos conse-

lhos de turma. Para finalizar a apresentação, a coordenadora mencionou instrumentos e

procedimentos mobilizados para regular o trabalho desenvolvido, nomeadamente ques-

tionários realizados aos alunos e encarregados de educação no final de cada período,

actas dos conselhos de turma e relatórios produzidos pelo psicólogo e pelo gabinete de

apoio disciplinar.

A coordenadora da Escola Secundária de Arouca classificou a liderança do projecto

como colectiva, referindo que a equipa de coordenação se distribuiu por dois grupos de

trabalho: intervenção e prevenção. Além disso, explicou o papel desempenhado por

cada interveniente e referiu os momentos de trabalho conjunto. Mencionou, ainda, as

dificuldades com que a equipa se deparou, incluindo o acesso tardio a informações rela-

cionadas com o projecto, a realização da intervenção e prevenção apenas uma vez por

semana e a existência de muitos alunos por grupo e ano de escolaridade. Por último

Page 12: Relatório de acompanhamento

9

focou que a equipa de coordenação procede à regulação do projecto a partir das actas

dos conselhos de turma, do conselho pedagógico e do conselho de directores de turma;

dos planos e relatórios de recuperação; dos planos e relatórios das tutorias; da auto-

avaliação dos alunos; e dos relatórios elaborados pela equipa de coordenação.

A coordenadora da Escola Básica e Integrada de Miraflores referiu que a liderança

do projecto foi unipessoal, constituindo esse aspecto uma dificuldade. Além disso, a

coordenadora mencionou outras dificuldades, como a falta de tempo dos professores

titulares e dos assessores para reuniões, partilha de experiências, consolidação de activi-

dades e planificação conjunta; e a falta de pré-requisitos dos alunos. Para terminar a

apresentação, a coordenadora referiu o modo como é realizada a regulação do projecto,

incluindo neste ponto as reuniões com os professores assessores, as reuniões de conse-

lho de turma, as reuniões com a DGIDC e com o Instituto de Educação, as reuniões de

departamento, os relatórios de coordenadores da oficina de Matemática e da biblioteca

escolar, a observação de aula, o tratamento estatístico dos dados da avaliação do final de

período, a aferição do desempenho dos alunos pelos professores da turma, os relatórios

do Observatório para a Intervenção Educativa e Social, as fichas de avaliação e a auto-

avaliação dos alunos.

A coordenadora da Escola Secundária António Nobre indicou que a equipa de

coordenação é constituída por dois professores, estando atribuído à coordenadora o

papel de proceder à elaboração de documentos, submetendo-os à apreciação do director

da escola. Foram, ainda, identificados os actores que intervêm no projecto e enumerados

os recursos usados para mobilizar os diversos actores. Além disso, a coordenadora refe-

riu as dificuldades com que a coordenação do projecto se deparou, relacionadas com: a

adequação do projecto às exigências da tutela; o início tardio da aplicação do projecto; o

excesso de trabalho das directoras de turma; a falta de um psicólogo; o escasso número

de tutores; a não existência na escola do Plano de Acção da Matemática; e a falta de

formação de professores na área da identificação de dificuldades de aprendizagem,

indisciplina e violência na escola, gestão de conflitos, gestão de problemas disciplina-

res, comportamentos desviantes e gestão curricular. Por último, a coordenadora men-

cionou os mecanismos de regulação usados, nomeadamente a realização de reuniões

periódicas com as directoras de turma e a mediadora educativa, a realização de reuniões

semanais com os professores das disciplinas contratualizadas, o contacto com os encar-

Page 13: Relatório de acompanhamento

10

regados de educação, a autarquia e a CPCJ, e a aplicação de instrumentos de avaliação

aos alunos, encarregados de educação e professores.

Após este momento, seguiu-se um período de discussão onde as restantes escolas

puderam dar o seu contributo. Durante a discussão salientou-se a importância da lide-

rança ser colectiva, dos professores desenvolverem um trabalho colaborativo e de existir

um maior envolvimento de outros actores. Também foi salientado que as escolas devem

procurar organizar-se de forma a, durante o período do projecto (previsto para quatro

anos), construir um modelo de práticas lectivas e organizativo capaz de manter a susten-

tabilidade do sucesso escolar dos alunos para além do projecto.

O seminário terminou com um balanço final, onde se realizou uma síntese das visi-

tas do Instituto de Educação às escolas e se informou o modo como o espaço da plata-

forma Moodle está organizado. Deram-se, ainda, sugestões para a continuação do traba-

lho no próximo ano lectivo. A este respeito o Professor João Pedro da Ponte mencionou

que no 1.º período do próximo ano lectivo vão estar disponíveis na plataforma Moodle

tarefas de Língua Portuguesa e de Matemática para os professores proporem na sala de

aula. Estas propostas devem ser adaptadas tendo em consideração o contexto da escola.

Além disso, referiu que no próximo ano lectivo vão realizar-se três seminários, tendo

sido posto à consideração dos professores a preferência por seminários regionais ou

nacionais. Os professores manifestaram preferência por seminários nacionais, tendo

pelo menos um deles lugar na região Norte. De seguida, o Professor João Pedro da Pon-

te mencionou que a equipa do Instituto de Educação se propõe trabalhar com as escolas

em três frentes: (i) No campo das disciplinas, com relevo para as disciplinas contratuali-

zadas, dando-se ênfase especial às tarefas a desenvolver com os alunos e aos modos de

comunicação na sala de aula; (ii) No campo extra-aula, onde se incluem actividades a

realizar com alunos e também com os encarregados de educação e a comunidade esco-

lar; e (iii) No campo da organização e liderança do próprio projecto. Em relação à for-

mação a realizar no próximo ano lectivo, o Instituto de Educação irá apresentar propos-

tas, tendo em conta a região em que as escolas estão inseridas. No Anexo 5 encontra-se

o programa deste seminário.

Page 14: Relatório de acompanhamento

11

1.3. Feedback aos planos reformulados

A equipa do Instituto de Educação solicitou a cada escola que reformulasse o plano

de trabalho para o ano lectivo de 2010/11 até ao dia 28 de Junho 2010. Essa reformula-

ção deveria ter em consideração vários pontos fundamentais:

• Indicação dos anos de escolaridade, turmas e disciplinas a contratualizar;

• Medidas a tomar no campo da prática lectiva na sala de aula das disciplinas a

contratualizar;

• Medidas a tomar no campo do trabalho com os alunos extra-aula;

• Medidas a tomar no campo do trabalho com os encarregados de educação;

• Medidas a tomar no campo da organização da equipa e da liderança no projecto;

• Indicadores e instrumentos de recolha de dados a usar para a monitorização do

progresso do projecto.

Nos dias 6, 7 e 8 de Julho de 2010 foi dado feedback aos planos reformulados,

oralmente e por escrito, em reuniões individuais realizadas com cada escola (Anexo 6).

Na maioria das escolas o feedback assentou na discussão das medidas a tomar no campo

da prática lectiva e no campo da organização da equipa e da liderança. Em relação ao

campo da prática lectiva, discutimos com as escolas o tipo de tarefas a propor aos alu-

nos, os modos de trabalho dentro da sala de aula, o modo como os professores se vão

organizar para preparar as tarefas a propor e reflectir sobre os resultados da sua realiza-

ção. Relativamente a medidas a tomar no campo da organização da equipa e da lideran-

ça, discutimos com as escolas o estilo de liderança que a coordenação do projecto pro-

curará assumir, a constituição da equipa de coordenação e o trabalho que esta pretende

desenvolver com os vários actores envolvidos.

A versão final dos planos foi enviada pelas escolas até ao dia 19 de Julho 2010, à

excepção da Escola Secundária de Sacavém (cujo envio ainda se aguarda no momento

em que se redige este relatório)1.

1 Este atraso pode relacionar-se com a reestruturação da rede escolar para o próximo ano lectivo, mencio-nada pelos professores desta escola, que vai impossibilitar a continuidade da equipa de coordenação do projecto no próximo ano lectivo.

Page 15: Relatório de acompanhamento

12

1.4. Formação

Durante as visitas às escolas fizemos um levantamento das percepções das necessi-

dades de formação por parte dos professores envolvidos (Anexo 7). Atendendo a esse

levantamento, foram indicadas três oficinas de formação, que decorreram entre 5 e 23

de Julho de 2010 no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, e que foram

anunciadas aos professores das escolas de tipologia híbrida do Centro, Lisboa e Vale do

Tejo e Sul do país. Uma das oficinas, no âmbito da disciplina de Matemática, debru-

çou-se sobre os Números e Álgebra no Novo Programa de Matemática do 3.º ciclo do

ensino básico. As outras duas oficinas envolveram temas de natureza transversal, uma

relacionada com desenho de projectos de e-learning e outra com as orientações actuais

para a Educação Sexual em contexto escolar. Nesta última oficina, dez professores da

Escola Secundária da Ramada e cinco professores da Escola Básica e Integrada de

Miraflores mostraram-se interessados em participar.

1.5. Plataforma Moodle – Espaço das escolas Híbridas

Durante as nossas visitas às escolas solicitámos aos coordenadores dos projectos que

se registassem no espaço da plataforma Moodle (http//: meduc.fc.ul.pt) dedicado ao

PMSE – Escolas Híbridas. Esse espaço encontra-se organizado em 10 secções. A secção

1 inclui a legislação de suporte ao PMSE, a caracterização do PMSE e a recolha de

dados referentes às escolas. A secção 2 é dedicada aos projectos de escola, podendo

encontrar-se os planos de trabalho referentes a este ano lectivo e os planos reformulados

para o próximo. A secção 3 diz respeito aos seminários, contendo as apresentações das

escolas realizadas nos dois seminários. Na secção 4 encontram-se textos relativos à

organização e liderança de projectos, nomeadamente:

• Boavida, A. M., & Ponte, J. P. (2002). Investigação colaborativa: Potencialida-

des e problemas. In GTI (Ed.), Reflectir e investigar sobre a prática profissio-

nal. Lisboa: APM.

• Nunes, C. C., & Ponte, J. P. (2008). Os projectos de escola e a sua liderança. In

GTI (Ed.), O professor de Matemática e os projectos de escola. Lisboa: APM.

Page 16: Relatório de acompanhamento

13

• Rocha e Fonseca (2008). Agora estamos dois professores na sala de aula. In GTI

(Ed.), O professor de Matemática e os projectos de escola. Lisboa: APM.

Na secção 5 estão incluídos textos de apoio às disciplinas de Língua Portuguesa e

Matemática. No que respeita à Língua Portuguesa os professores podem aceder ao tex-

to:

• Sousa, O. C. (2007). O Texto literário na escola: uma outra abordagem - Círcu-

los de leitura. In F. Azevedo (Ed.) Formar leitores: das teorias às práticas (pp.

45-68). Lisboa: Lidel.

e em relação à Matemática está acessível o texto:

• Stein, M., & Smith, M. (2009). Tarefas matemáticas como quadro para a refle-

xão. Da investigação à prática. Educação e Matemática, 105, 22-28.

As secções que se seguem têm um espaço dedicado para cada uma das disciplinas

envolvidas no projecto, nomeadamente Língua Portuguesa, Matemática, Inglês, Fran-

cês, História e Geografia.

Page 17: Relatório de acompanhamento

14

2. Escolas

Nas subsecções que se seguem referimos aspectos que consideramos mais relevantes

relativos a cada uma das escolas de tipologia híbrida.

2.1. Escola Secundária de Valbom

Estiveram envolvidas no projecto três turmas de 7.º ano e as disciplinas interven-

cionadas foram Língua Portuguesa, Matemática e Inglês. Como principais estratégias de

acção, a escola usou as assessorias e a redução do número de alunos por turma. Esta

escola tem várias actividades extra-aula, desenvolvidas, por exemplo, em clubes e em

projectos relacionados com a saúde e as ciências, que procuram promover o envolvi-

mento dos alunos na escola.

Os professores mostraram-se muito preocupados com os comportamentos disrupti-

vos dos alunos e reconheceram que uma das mais-valias da divisão da turma é o aumen-

to da atenção e a melhoria do comportamento dos alunos. Não se identificaram por parte

da generalidade dos professores das turmas intervencionadas preocupações com as

mudanças a realizar nas práticas lectivas. Um dos desafios para o próximo ano é saber

se estes professores assumem que este aspecto é decisivo no combate ao insucesso ou

continuam a centrar todas as suas expectativas nos benefícios organizacionais para o

controlo dos comportamentos disruptivos decorrentes das assessorias e da redução do

número de alunos por turma.

Fazem parte da equipa de coordenação três professoras que desenvolvem um traba-

lho em conjunto. A equipa de coordenação do projecto mostra-se muito empenhada e

está preocupada com as aprendizagens dos alunos, tendo considerado fundamental a

intervenção no campo da prática lectiva e a formação de professores na área das didácti-

cas. No entanto, uma das professoras que faz parte desta equipa manifesta dificuldades

em dar resposta aos problemas actuais da população escolar, indicando a sua impotência

face a algumas questões que vão surgindo. Os desafios que se colocam no próximo ano

lectivo à coordenação do projecto envolvem: (i) saber se consegue levar os professores

Page 18: Relatório de acompanhamento

15

das disciplinas intervencionadas a reconhecer a necessidade de reflectir e mudar as suas

práticas, (ii) manter e aprofundar o nível das actividades do projecto extra-aula; e (iii)

actuar como uma equipa colectiva, com mobilização dos diferentes actores e realização

de balanços regulares das actividades e a necessária correcção das orientações.

2.2. Escola Secundária de Arouca

O projecto da escola incidiu sobre cinco turmas de 7.º ano e cinco turmas de 8.º

ano, nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Inglês. Os professores que

fazem parte da equipa de coordenação manifestaram preocupação com a aprendizagem

dos alunos, tendo criado três grupos para integrar os alunos que revelam maiores difi-

culdades ou que estão em risco de insucesso escolar: grupo de prevenção, grupo de

intervenção e grupo de recuperação. No grupo de prevenção os alunos desenvolveram

trabalho de projecto, no grupo de intervenção os alunos foram acompanhados nas disci-

plinas envolvidas, funcionando como um apoio individualizado, e no grupo de recupe-

ração os alunos tiveram apoio pedagógico acrescido. Nos grupos de prevenção e inter-

venção os alunos tiveram ao mesmo tempo e no mesmo espaço três professoras de cada

uma das disciplinas envolvidas.

No entanto, verificou-se que o trabalho desenvolvido no âmbito dos grupos não se

reflectiu na sala de aula, uma vez que, numa mesma turma, existiram poucos alunos

envolvidos. Os professores de uma das turmas intervencionadas mostraram-se muito

preocupados com os comportamentos disruptivos dos alunos e consideraram existir

dificuldades em articular o trabalho desenvolvido nos grupos com o trabalho na sala de

aula.

A equipa de coordenação do projecto é constituída por seis professores das discipli-

nas envolvidas que trabalham em conjunto. Esta equipa mostra-se muito empenhada e

com um forte espírito de iniciativa. Os desafios que se colocam à equipa de coordena-

ção do projecto no próximo ano lectivo envolvem: (i) a concretização de uma melhor

articulação entre o trabalho de intervenção extra-aula e o trabalho realizado na sala de

aula; (ii) o modo de promover nos professores das disciplinas intervencionadas a refle-

xão sobre a mudança nas práticas lectivas a operar na sala de aula; e (iii) como valorizar

Page 19: Relatório de acompanhamento

16

um espaço de intervenção extra-aula, que envolva os próprios encarregados de educa-

ção.

2.3. Escola Básica João de Meira

O projecto envolveu uma turma de 6.º ano e seis turmas de 8.º ano, nas disciplinas

de Língua Portuguesa e Matemática, delineando como estratégias de acção assessorias

ou divisão da turma nas disciplinas envolvidas. São realizadas numerosas actividades

extra-aula que promovem o envolvimento dos alunos na escola. Além disso, a maioria

destas actividades mobiliza a comunidade escolar, incluindo encarregados de educação.

Trata-se de uma componente forte deste projecto. Como foi intervencionada apenas uma

turma de 6.º ano a escola não conseguiu atingir a taxa de sucesso que contratualizou

para esse ano de escolaridade.

As duas professoras que fazem parte da coordenação desenvolvem um trabalho

colaborativo, manifestam preocupação com as aprendizagens dos alunos, são muito

empenhadas e têm um forte espírito de iniciativa. No entanto, o facto de a coordenadora

do projecto ter mudado a meio do ano lectivo retardou o desenvolvimento do projecto,

sendo apenas notório os seus efeitos nos alunos a partir de Março de 2010.

A aula observada de Língua Portuguesa foi bem conseguida. Os alunos tiveram

oportunidade de apresentar trabalhos e de desenvolver a capacidade de argumentar e

comunicar. Foi promovida uma discussão em turma bastante interessante que levou os

alunos a fundamentar e a defender as suas ideias. No entanto, na disciplina de Matemá-

tica existe necessidade de valorizar a capacidade de resolução de problemas, comunica-

ção e raciocínio. Para além do referido, também percebemos que os professores do con-

selho de turma com quem reunimos têm um forte espírito de equipa e uma boa relação

entre si.

Tal como noutras escolas, os desafios que se colocam no próximo ano lectivo à

coordenação do projecto envolvem: (i) saber como levar os professores das disciplinas

intervencionadas a reconhecer a necessidade de reflectir e mudar as suas práticas (na

direcção evidenciada pela aula assistida de Língua Portuguesa); (ii) manter o nível das

actividades do projecto extra-aula; e (iii) actuar como uma equipa colectiva, com a

Page 20: Relatório de acompanhamento

17

mobilização dos diferentes actores e a realização balanços regulares da actividade

empreendida e a correcção de orientações.

2.4. Escola Secundária António Nobre

O projecto da escola incidiu sobre duas turmas de 7.º ano, nas disciplinas de Língua

Portuguesa, Inglês e Matemática. As actividades delineadas no seu âmbito tiveram iní-

cio muito tardiamente. A coordenação do projecto e os professores envolvidos estão

muito preocupados com o comportamento disruptivo dos alunos. A principal estratégia

de acção consiste na utilização de técnicos de educação (mediadores, psicólogos) para

actuar junto dos alunos em situação de insucesso e das suas famílias. Este ano lectivo, a

escola contratou uma mediadora educativa, sendo considerada pela coordenadora do

projecto como uma elemento fundamental na ligação entre a escola e a família e entre a

escola e outras entidades. De um modo geral, os professores consideraram que a exis-

tência de psicólogos pode ajudar a resolver os problemas relacionados com os compor-

tamentos disruptivos dos alunos.

Os dois membros da equipa coordenação do projecto não desenvolvem um trabalho

em equipa, estando o trabalho de coordenação essencialmente centrado na coordenado-

ra. Segundo esta indicou, este trabalho releva a preocupação de preparar documentos

escritos para submeter à apreciação do Director da escola. Além disso, os dois professo-

res da equipa de coordenação não leccionaram turmas do ano de escolaridade contratua-

lizado. Urge, portanto, reforçar a equipa de coordenação do projecto nesta escola.

Para o próximo ano lectivo, colocam-se numerosos desafios a esta escola: (i) assu-

me-se que o problema do insucesso dos alunos se combate essencialmente pela inter-

venção de técnicos não docentes (psicólogos, mediadores) ou assume-se que também

envolve a acção directa dos professores, na prática lectiva, realizando-se uma reflexão

sobre essas mesmas práticas e considerando uma eventual mudança? (ii) pretende-se

criar uma coordenação colectiva, feita por uma equipa que tome iniciativas, intervindo

em diversos planos, mobilizando actores e corrigindo estratégias ou a coordenação vai

continuar a actuar em moldes idênticos aos de 2009/10? (iii) qual o envolvimento que se

vai procurar obter por parte dos professores das turmas contratualizadas? (iv) de que

modo se pode tornar mais efectivo o papel dos técnicos de educação ao serviço do pro-

Page 21: Relatório de acompanhamento

18

jecto, de modo a que o seu trabalho produza os resultados pretendidos? e (v) de que

modo a escola vai tirar partido dos recursos postos à sua disposição neste projecto?

2.5. Escola Básica Rainha Santa Isabel

O projecto envolveu quatro turmas de 6.º ano e quatro turmas de 7.º ano, nas disci-

plinas de Língua Portuguesa, Matemática e Inglês. A escola optou como estratégias de

acção as assessorias e a divisão das turmas nas três disciplinas intervencionadas.

A coordenação do projecto mostrou preocupação com as aprendizagens dos alunos,

promovendo o trabalho colaborativo, em cada turma, entre o professor titular e o profes-

sor assessor. De um modo geral, os professores envolvidos valorizaram um ensino

expositivo, recorrendo à resolução de exercícios. Além disso, consideraram fundamental

que os professores da mesma disciplina e os professores do mesmo conselho de turma

tenham no seu horário um espaço para trabalharem em conjunto.

A equipa de coordenação é constituída por duas professoras que tomam decisões

conjuntas e partilham ideias sobre o desenvolvimento do projecto. Existem nessa equipa

grandes potencialidades de liderança, mobilizando vários actores envolvidos no projecto

e revelando forte espírito de iniciativa. O grande desafio que se coloca a esta escola é

saber de que modo a coordenação pode envolver os professores das disciplinas inter-

vencionadas num processo de efectiva reflexão e mudança de práticas lectivas. Para

isso, será necessário reforçar a respectiva equipa de coordenação e saber como exercer

uma liderança mais forte e actuante.

2.6. Escola Secundária da Ramada

Encontraram-se envolvidas no projecto as sete turmas de 7.º ano da escola, nas dis-

ciplinas de Língua Portuguesa, Inglês, Francês e Matemática. A escola delineou como

principal estratégia de acção a divisão da turma. A coordenação do projecto mostrou

preocupação com as aprendizagens dos alunos, mobilizando vários recursos para envol-

ver diversos actores, como a Direcção da escola, os professores, os encarregados de

educação e os directores de turma.

Page 22: Relatório de acompanhamento

19

Os membros da equipa de coordenação do projecto são dinâmicos e empenhados,

têm um forte espírito de equipa, evidenciam iniciativa e trabalham colaborativamente. A

coordenação procura assumir uma liderança marcada pela capacidade de unir esforços e

promover dinâmicas de trabalho colaborativo. De um modo geral, os professores do

conselho de turma, com quem reunimos, revelaram preocupação com as aprendizagens,

valorizando momentos de trabalho em grupo ou em pares para os alunos consolidarem

os conceitos e procedimentos. Também neste caso, o grande desafio que se coloca a esta

escola é o modo como a coordenação do projecto pode envolver os professores das dis-

ciplinas intervencionadas num processo de efectiva reflexão e mudança de práticas lec-

tivas. Será ainda importante verificar como se pode conjugar de forma produtiva o tra-

balho realizado extra-aula e o trabalho na sala de aula.

2.7. Escola Básica e Integrada de Miraflores

O projecto desta escola incidiu sobre três turmas de 5.º ano, nas disciplinas de Lín-

gua Portuguesa, Matemática, História e Geografia de Portugal, delineando como estra-

tégia de acção criação de assessorias ou divisão da turma. A coordenação do projecto

mostrou preocupação em aumentar a taxa de sucesso no 2.º ciclo, procurando atingir

nesse ciclo de ensino a excelência. No entanto, realça-se que a escola tem uma taxa de

sucesso muito mais baixa no 3.º ciclo do que no 2.º, existindo necessidade de repensar

os anos contratualizados.

A equipa de coordenação do projecto é constituída apenas por uma professora,

estando todo o trabalho centrado nela. Há a salientar, ainda, que essa professora não

lecciona as turmas envolvidas e faz parte da direcção da escola. Trata-se, portanto, de

uma coordenação que precisa de ser fortemente reforçada. Os professores das discipli-

nas envolvidas mostraram-se preocupados com a aquisição e consolidação das aprendi-

zagens durante as aulas. Além disso, revelaram uma forte preocupação com a marcação

e verificação dos trabalhos de casa. Os desafios que se colocam a esta escola são múlti-

plos, uma vez que há que passar o centro de gravidade do trabalho do 2.º ciclo para o 3.º

ciclo: (i) como envolver na reflexão sobre as suas práticas lectivas os professores das

Page 23: Relatório de acompanhamento

20

turmas intervencionadas?; e (ii) como conseguir uma liderança mais actuante por parte

da coordenação do projecto junto dos respectivos intervenientes?

2.8. Escola Secundária de Sacavém

O projecto da escola incidiu sobre as duas turmas de 7.º ano da escola, nas discipli-

nas de Língua Portuguesa, História e Geografia. A estratégia de acção seguida passou

pela divisão das turmas em dois grupos nas disciplinas de História e Geografia, recor-

rendo à sobreposição do horário semanal. Na disciplina de Língua Portuguesa foi adop-

tada a estratégia da assessoria ou a da divisão das turmas. A equipa de coordenação e os

professores envolvidos mostraram-se preocupados com os comportamentos disruptivos

dos alunos, tentando mobilizar os encarregados de educação e outras entidades para

ultrapassar esse problema.

A equipa de coordenação do projecto envolve professores das disciplinas interven-

cionadas, uma psicóloga e a subdirectora da escola. Esta equipa revela-se muito empe-

nhada e dinâmica, procurando envolver no projecto todos os professores pertencentes

aos conselhos de turma do 7.º ano. Os professores durante as suas aulas promovem

vários modos de trabalho na sala de aula: individual, pares e grupo e tentam pôr em prá-

tica estratégias de ensino que vão ao encontro dos interesses dos alunos, proporcionando

a sua inclusão na vida escolar. Os grandes desafios que se colocam a esta escola, no

próximo ano lectivo, são: (i) a reconstituição da equipa à luz da nova realidade organi-

zativa (o mega-agrupamento); e (ii) a consideração da necessidade de reflexão dos pro-

fessores sobre as suas práticas lectivas, de modo a encontrar estratégias que favoreçam a

aprendizagem dos alunos.

2.9. Agrupamento de escolas D. Joana de Castro (Lourinhã)

Estiveram envolvidas no projecto dez turmas de 1.º ano e onze turmas de 2.º ano,

nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, tendo sido delineada como princi-

pal estratégia de acção a criação de grupos de alunos de pequena dimensão para inter-

venção.

Page 24: Relatório de acompanhamento

21

A coordenadora do projecto mostrou preocupação com as aprendizagens dos alu-

nos, promovendo o diagnóstico das suas dificuldades para as disciplinas envolvidas e

proporcionando-lhes momentos de trabalho individual. O trabalho desenvolvido com os

alunos funcionou com uma estrutura semelhante às aulas de apoio, sendo uma aplicação

dos conteúdos de Língua Portuguesa e de Matemática leccionados pelos professores

titulares das turmas.

A equipa de coordenação do projecto é constituída por dois professores, não exis-

tindo neste ano lectivo um trabalho colaborativo entre eles, nem um horário formalizado

para se reunirem. O trabalho da coordenação centra-se na coordenadora, existindo

necessidade de aumentar o envolvimento de outros professores quer na coordenação do

projecto, quer no próprio trabalho de intervenção. Os desafios para o próximo ano lecti-

vo envolvem: (i) a constituição e funcionamento de uma verdadeira coordenação colec-

tiva, apoiada na Direcção do agrupamento e capaz de mobilizar os professores envolvi-

dos; e (ii) a adopção de estratégias de trabalho que levem os professores das turmas

intervencionadas, bem como os professores dos apoios socioeducativos que trabalhem

com essas turmas, a reflectir sobre as suas práticas lectivas.

2.10. Escola Básica de Lagos

O projecto desta escola envolveu uma turma de 7.º ano, nas disciplinas de Língua

Portuguesa, Matemática e Inglês. A principal estratégia de acção consiste na utilização

de técnicos de educação (sociólogos, psicólogos) para actuar junto dos alunos em situa-

ção de insucesso e das suas famílias. Como foi intervencionada apenas uma turma de 7.º

ano, a escola não conseguiu atingir a taxa de sucesso que contratualizou para esse ano

de escolaridade, uma vez que a taxa de sucesso atingida nessa turma não se reflectiu de

forma expressiva nos resultados globais.

A coordenação e os professores envolvidos mostraram preocupação com os com-

portamentos disruptivos dos alunos, sendo muito valorizado o papel da psicóloga e da

socióloga para o desenvolvimento do projecto. As duas técnicas educativas foram con-

sideradas elementos fundamentais para promover a ligação entre a escola e os encarre-

gados de educação e a aquisição por parte dos alunos de métodos e hábitos de trabalho.

Page 25: Relatório de acompanhamento

22

A equipa de coordenação é constituída por três elementos: psicóloga, socióloga e

coordenador do projecto, centrando-se o trabalho de coordenação neste último interve-

niente. Esta equipa de coordenação, apesar de incluir pessoas empenhadas, dinâmicas e

com espírito de iniciativa, mostra-se deficitária em termos de professores, que dinami-

zem o trabalho de intervenção na sala de aula e noutros espaços de aprendizagem, pelo

que deverá ser reforçada. Os grandes desafios do projecto, no próximo ano lectivo, são:

(i) a valorização da vertente do projecto mais directamente ligada às práticas lectivas; e

(ii) a passagem do centro de gravidade da coordenação do projecto do campo da inter-

venção técnica (da psicóloga e da socióloga) para o campo da intervenção educativa (a

cargo de professores).

Page 26: Relatório de acompanhamento

23

3. Meta-avaliação

3.1. Sucesso em termos de passagem de ano

Os resultados do sucesso escolar de cada escola, em termos de passagem de ano,

encontram-se no Anexo 8. À excepção da Escola Básica de João de Meira e da Escola

Básica de Lagos, as restantes oito escolas atingiram as metas relativas à taxa de sucesso

a que se propuseram. Assim, as taxas de sucesso das Escolas Secundárias António

Nobre (com 91% de sucesso escolar no 7.º ano), Valbom (com 90% no 7. ano) e Rama-

da (também com 91% no 7.º ano) foram as que mais claramente ultrapassaram a meta

proposta (todas na ordem dos 9%-10%).

Ainda no campo dos resultados positivos há a registar que a Escola Secundária de

Sacavém conseguiu alcançar no 7.º ano a taxa de sucesso escolar de 76%, superando a

meta proposta em 5%. A Escola Básica Rainha Santa Isabel atingiu, para o 6.º ano, uma

taxa de sucesso de 97%, ultrapassando a meta proposta em 2%, e, para o 7.º ano, atingiu

uma taxa de sucesso de 88%, igual à meta proposta. A taxa de sucesso alcançada pela

Escola Básica de Miraflores (96%) coincidiu com a meta a que se propôs. A taxa de

sucesso alcançada pela Escola Secundária de Arouca no 7.º ano foi de 95%, ultrapas-

sando a meta proposta em 4%, e no 8.º ano foi de 93%, superando a meta proposta em

1%. Finalmente, o Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro ultrapassou a meta a

que se propôs em 1% nos dois anos contratualizados (1.º e 2.º anos de escolaridade),

sendo a única escola que alcançou uma taxa de sucesso de 100% (no 1.º ano).

Em contrapartida, a Escola Básica de João de Meira, para o 6.º ano, tinha como

meta atingir uma taxa de sucesso de 98% e apenas conseguiu alcançar 89% (ficou

aquém 9%). Este resultado prende-se com o número de turmas contratualizadas nesse

ano de escolaridade. Efectivamente, apesar de a taxa de sucesso na turma contratualiza-

da (78%) ser superior à taxa registada no final do ano lectivo anterior (58%), isso não

chegou para ter um impacto significativo no conjunto das turmas do ano. Em relação ao

8.º ano, também contratualizado pela escola, verificou-se uma taxa de sucesso de 95%,

ultrapassando a meta a que se propôs em 1%.

Page 27: Relatório de acompanhamento

24

A Escola Básica de Lagos contratualizou o 7.º ano, tendo alcançado uma taxa de

sucesso de 81%, inferior à taxa de sucesso proposta de 84%. À semelhança da Escola

Básica de João de Meira no 6.º ano, a Escola de Lagos apenas envolveu uma turma no

ano contratualizado, e os resultados alcançados por esta turma não se reflectiram de

modo marcante nos resultados globais.

A Escola Secundária António Nobre, como referimos, ultrapassou significativa-

mente a meta proposta para o 7.º ano. A sua taxa de sucesso escolar aumentou de forma

muito acentuada do 1.º para o 3.º período (de 59% para 91%), o que constitui uma evo-

lução sem paralelo em qualquer das outras escolas. No entanto, apesar desta evolução

aparentemente muito positiva, o facto é que a escola teve uma taxa de sucesso inferior à

média histórica nas disciplinas de Matemática e Inglês. Deste modo, torna-se difícil

perceber se se trata de facto de um caso de progresso no combate ao insucesso escolar.

3.2. Sucesso na Língua Portuguesa

As taxas de sucesso escolar na disciplina de Língua Portuguesa, referentes ao ano

lectivo de 2009/10, encontram-se no Anexo 9. A Escola Secundária da Ramada superou

a média histórica (a média da taxa de sucesso dos últimos quatro anos lectivos) nesta

disciplina em 23% e a Escola Secundária de Valbom ultrapassou-a em 20%, sendo as

escolas com maior progresso em relação à média histórica. Além disso, é de assinalar

que a Escola Secundária de Arouca é a escola com maior taxa de sucesso a Língua Por-

tuguesa (96% no 7.º ano).

Resultados ainda de registar pela positiva são os das Escolas Rainha Santa Isabel no

6.º ano (93% de sucesso alcançado), a Escola Básica de Miraflores (95%) e o Agrupa-

mento de Escolas D. Joana de Castro no 1.º ano (92%).

Em contrapartida, verificamos que a Escola Básica de João de Meira no 6.º ano é a

única que não superou a média histórica. Assim, esta escola alcançou uma taxa de

sucesso de 85% na disciplina de Língua Portuguesa neste ano, sendo a média história

superior em 4%.

Há várias escolas que apresentam resultados absolutos de sucesso na disciplina de

Língua Portuguesa inferiores ao 90%. Assim, a Escola Secundária António Nobre tem a

menor taxa de sucesso à disciplina (70%). Também fracos são os resultados obtidos na

Page 28: Relatório de acompanhamento

25

Escola Básica de Lagos (taxa de sucesso de 75%) e, em menor grau, na Escola Secundá-

ria de Sacavém (82%), na Escola Secundária de Arouca no 8.º ano (84%), a Escola

Secundária João de Meira (para além dos 85%, no 6.º ano, tem apenas 88% no 8.º ano),

e na Escola Básica Rainha Santa Isabel no 7.º ano e no Agrupamento de Escolas D. Joa-

na de Castro no 2.º ano (ambos com 88%),

3.3. Sucesso em Matemática

As taxas de sucesso escolar para a disciplina de Matemática, referentes ao ano lec-

tivo de 2009/10, encontram-se no Anexo 10. A Escola Secundária de Valbom é aquela

que registou maior progresso, tendo alcançado a taxa de 80% (ultrapassando em 22% a

média histórica). Progressos também assinaláveis verificam-se no Agrupamento de

Escolas D. Joana de Castro, no 2.º ano, com uma taxa de 85% (superior em 8% à média

histórica), na Escola Secundária de Arouca, no 7.º ano, com uma taxa de 74%, e no

Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro, no 1.º ano, com uma taxa de 94% (ambos

superiores em 6% à média histórica), Escola Secundária da Ramada com uma taxa de

72% e Básica Rainha Santa Isabel, no 7.º ano, com uma taxa de 76% (ambas superiores

em 5% à sua média histórica).

Resultados marginalmente positivos registam-se na Escola Secundária de Arouca,

no 8.º ano, com uma taxa de 74% e Básica de Lagos com uma taxa de 62% (ambas

superiores em 2%) à média histórica, João de Meira – 8.º ano com uma taxa de 72% e

Miraflores, com uma taxa de 86% (ambos superiores em 1% à média histórica). O

Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro (Lourinhã) é onde se verifica a maior taxa

de sucesso à disciplina de Matemática (94% no 1.º ano).

Pelo lado negativo, há que referir que a Escola Básica de João de Meira, no 6.º ano,

e a Escola Secundária António Nobre, no 7.º ano, obtiveram uma taxa de sucesso infe-

rior à média história. Com efeito, a Escola Básica de João de Meira obteve, no 6.º ano, a

taxa de sucesso de 86%, inferior em 2% à sua média histórica e a Escola Secundária

António Nobre obteve uma taxa de sucesso de 47%, inferior em 8% da média histórica.

A Escola Secundária António Nobre é a escola, destacada, onde se verifica menor taxa

de sucesso para esta disciplina (47%). Seguem-se a Escola Básica de Lagos (62%), e as

Escolas Básica João de Meira (72%, no 8.º ano), Secundária da Ramada (72%), Secun-

Page 29: Relatório de acompanhamento

26

dária de Arouca (72%, no 8.º ano, e 74%, no 7.º ano), e Básica Rainha Santa Isabel, no

7.º ano (76%).

3.4. Sucesso noutras disciplinas

A taxa de sucesso escolar para as Línguas Estrangeiras, referente ao ano lectivo de

2009/10, encontra-se no Anexo 11. No que respeita à disciplina de Inglês, mais uma

vez, a Escola Secundária de Valbom foi a que superou mais a média histórica (em

20%). A Escola Secundária da Ramada foi a que teve maior taxa de sucesso à disciplina

(de 93%). Além disso, esta escola é a única que envolveu a disciplina de Francês, sendo

a taxa de sucesso alcançada (de 93%) superior (em 16%) à média histórica. Em contra-

partida, a Escola Secundária António Nobre é a única em que a taxa alcançada (de 63%)

é inferior à média histórica (em 6%).

A taxa de sucesso escolar, referente ao ano lectivo de 2009/10, para as disciplinas

de História e Geografia de Portugal, História e Geografia encontra-se no Anexo 12.

Estas disciplinas apenas foram contratualizadas pelas escolas Básica de Miraflores e

Secundária de Sacavém. A Escola Básica de Miraflores obteve 96%, ultrapassando em

4% a sua média histórica (de 92%) na disciplina de História e Geografia de Portugal. A

Escola Secundária de Sacavém obteve 93%, superando em 20% a sua média histórica

(de 62%) na disciplina de Geografia e, registou 58% de sucesso na disciplina de Histó-

ria, não alcançando a média histórica (de 61%).

3.5. Assiduidade e abandono escolar

Relativamente aos alunos retidos por excesso de faltas, verificámos que quatro

escolas possuem registo de alunos nesta situação (Anexo 13), nomeadamente a Escola

Secundária António Nobre, a Escola Básica de João de Meira, a Escola Secundária da

Ramada e a Escola Secundária de Sacavém. A Escola Secundária António Nobre desta-

ca-se por ser a que possui uma maior taxa de alunos retidos por faltas (8%).

Em relação ao abandono escolar (Anexo 13), verificámos que a Escola Secundária

António Nobre tem um caso de abandono e a Escola Básica de Lagos tem dois casos de

alunos nessa situação.

Page 30: Relatório de acompanhamento

27

A Escola Secundária de Valbom tem dois alunos que reorientaram o seu percurso

escolar e três alunos que foram transferidos (Anexo 13). Além desta escola, existem

outras com casos de alunos transferidos, nomeadamente a Escola Secundária António

Nobre (com quinze alunos), a Escola Básica de Lagos (onze alunos), o Agrupamento de

Escolas D. Joana de Castro (nove alunos), a Escola Básica de João de Meira e a Escola

Secundária de Sacavém (ambas com seis alunos), a Escola Básica de Miraflores (três

alunos) e a Escola Básica Rainha Santa Isabel (com um aluno). É muito importante per-

ceber-se as razões das transferências dos alunos e o que as escolas podem fazer para

diminuir o número de alunos nesta situação.

3.6. Apoio socioeducativo

A taxa de alunos com apoio socioeducativo, referente ao ano lectivo de 2009/10,

encontra-se no Anexo 14. A Escola Secundária de Arouca é aquela que registou, no 7.º

ano, uma maior taxa de apoio socioeducativo (de 86%). O resultado elevado pode rela-

cionar-se com a existência do grupo de recuperação que funciona como apoio pedagógi-

co acrescido. Além disso, no 8.º ano, 60% dos alunos desta escola usufruem de apoio

socioeducativo. Há outras escolas cuja taxa de apoio socioeducativo é superior a 50%,

nomeadamente a Escola Básica João de Meira (62% no 8.º ano) e a Escola Secundária

da Ramada (56%).

Num patamar inferior temos a Escola Básica Rainha Santa Isabel com 47% de alu-

nos do 6.º ano a usufruir de apoio socioeducativo e 36% de alunos no 7.º ano. Existem

três escolas com taxa de apoio socioeducativo compreendidas entre os 20% e 30%, a

Escola Secundária de Valbom (29%), a Escola Básica de Miraflores (24%) e a Escola

Secundária de Sacavém (23%), e três escolas com taxa entre os 10% e 20%, a Escola

Secundária António Nobre (19%), a Escola Básica João de Meira (10% no 6.º ano) e a

Escola Básica de Lagos (13%). O Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro é onde

se verifica a menor taxa de alunos com apoio socioeducativo (9% no 1.º ano e de 6% no

2.º ano).

Procedendo à análise da taxa de alunos com apoio socioeducativo e da taxa de alu-

nos com sucesso escolar verificamos que parece não existir uma relação directa entre as

duas em alguns casos mas existir noutros. Assim, várias escolas têm taxas de apoio

Page 31: Relatório de acompanhamento

28

socioeducativo pouco elevadas (inferior a 30%) e taxas de sucesso elevadas (superiores

a 90%. É o caso do Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro, para o 1.º ano, onde se

verifica uma taxa de alunos com apoio socioeducativo reduzida (de 9%) e uma elevada

taxa de sucesso escolar (de 100%) A Escola Secundária António Nobre também uma

fraca taxa de alunos com apoio socioeducativo (de 19%) e uma elevada taxa de sucesso

escolar (de 91%), acontecendo uma situação semelhante na Escola Básica de Miraflores

(taxa de apoio socioeducativo de 24% e taxa de sucesso de 96%) e na Escola Secundária

de Valbom (taxa de apoio socioeducativo de 29% e taxa de sucesso de 90%).

Em contrapartida, outras escolas têm resultados de sucesso escolar elevados (supe-

riores a 90%), mas registam uma taxa de alunos com apoio socioeducativo superior a

50%, nomeadamente a Escola Secundária de Arouca (taxa de apoio socioeducativo de

86%, no 7.º ano, e taxa de sucesso de 95% e taxa de apoio socioeducativo de 60%, no

8.º ano e taxa de sucesso de 93%), a Escola Básica de João de Meira (taxa de apoio

socioeducativo de 62%, no 8.º ano, e taxa de sucesso de 95%) e a Escola Secundária da

Ramada (taxa de apoio socioeducativo de 56% e taxa de sucesso de 91%).

Finalmente, numa zona mista, existem outras escolas com taxa de apoio socioedu-

cativo reduzido ou moderado (entre 10% e 50%) e com taxa de sucesso inferior a 90%,

como é o caso da Escola Básica de João de Meira (taxa de apoio socioeducativo de

10%, no 6.º ano, e taxa de sucesso de 89%), Escola Básica de Lagos (taxa de apoio

socioeducativo de 13% e taxa de sucesso de 81%), da Escola Secundária de Sacavém

(taxa de apoio socioeducativo de 23% e taxa de sucesso de 76%) e Escola Básica

Rainha Santa Isabel (taxa de apoio socioeducativo de 36%, 7.º ano, e taxa de sucesso de

88%).

Page 32: Relatório de acompanhamento

29

4. Reflexão e recomendações

Durante as visitas realizadas às escolas tivemos oportunidade de observar os traba-

lhos de intervenção que estavam a ser desenvolvidos. Assim, observámos o trabalho

que estava a ser levado a cabo no âmbito da prática lectiva, tendo-se assistido a aulas

de Língua Portuguesa, Matemática, Inglês, Francês, História, Geografia, História e

Geografia de Portugal e Formação Cívica. Observámos também o trabalho que estava a

ser desenvolvido por técnicos educativos, nomeadamente mediadores, sociólogos e psi-

cólogos. Observámos ainda o trabalho que estava a ser levado a efeito no campo extra-

aula, como nos grupos de intervenção e prevenção na Escola Secundária de Arouca e

nos grupos de alunos que trabalham fora da sala de aula no Agrupamento de Escolas D.

Joana de Castro. Em cinco escolas constatámos que os professores estavam extrema-

mente preocupados com os comportamentos disruptivos dos alunos. Na maioria das

aulas observadas verificámos que os professores seguiram um ensino de cariz forte-

mente expositivo, valorizando a apresentação de conceitos através do discurso magis-

tral, seguido da resolução de exercícios pelos alunos para a consolidação das aprendi-

zagens. Consideramos que há necessidade de os professores porem em prática um ensi-

no baseado na realização de tarefas desafiantes e motivadoras, tendo por base uma

diversidade de tarefas. Na nossa perspectiva, trata-se de um desafio transversal a todas

as escolas, embora algumas pareçam estar já a dar, numa ou noutra disciplina, passos

significativos nesta direcção.

De um modo geral, verificamos que as escolas adoptaram dois grandes tipos de

estratégias de acção: (i) divisão de turmas ou criação de assessorias dentro das turmas;

e (ii) acção directa de técnicos de educação (psicólogos, sociólogos ou mediadores)

para intervir junto do alunos em situação de insucesso (ou perigo de insucesso) e das

suas famílias. Ambas as estratégias têm indiscutível utilidade, mas não atacam o pro-

blema do insucesso onde ele efectivamente se gera – na actividade de ensi-

no-aprendizagem na sala de aula. Consideramos que o Programa Mais Sucesso Escolar

– Escolas de Tipologia Híbrida só pode ter êxito e sustentabilidade se a questão das

prática lectivas na sala aula, e a sua adequação a alunos com características diversas,

Page 33: Relatório de acompanhamento

30

assumir de facto um papel central, em articulação com medidas organizativas, com o

trabalho dos técnicos de educação e com outras acções a realizar extra-aula, a nível de

escola.

As equipas de coordenação do projecto, na maioria das escolas, são constituídas por

vários elementos, encontrando-se as tarefas distribuídas. Os elementos que constituíam

a equipa de coordenação variaram: professores das disciplinas intervencionadas e ele-

mentos da direcção da escola; professores das disciplinas intervencionadas e técnicos

educativos (mediador e psicólogo); professores das disciplinas intervencionadas e

coordenador dos directores de turma; professores das disciplinas intervencionadas; pro-

fessores que submeteram o projecto. A colegialidade e eficácia das lideranças nas

diversas escolas varia consideravelmente. Existem situações em que se reconhecem

equipas de coordenação forte, mas cujo poder de mobilização fica aquém do que se

poderia esperar (por insuficiência das estratégias de acção?), e existem situações em

que a coordenação é dispersa ou tarefista, sendo reduzido o seu poder mobilizador e,

ainda menor, o seu poder questionador das práticas lectivas vigentes

À excepção da Escola Secundária da Ramada, nas restantes escolas não nos foi

dado perceber a existência de um espaço formalizado no horário para a equipa de coor-

denação reunir entre si e com os restantes actores. Será fundamental que os professores

reflictam sobre a importância de uma maior articulação entre os elementos que fazem

parte da equipa de coordenação e entre a coordenação e os vários intervenientes. É

igualmente importante que os professores desenvolvam a capacidade de trabalharem

colaborativamente para melhorarem o sucesso escolar, discutindo os sucessos e as difi-

culdades. Torna-se necessário a tomada de consciência de que as taxas de sucesso esco-

lar não dependem apenas das disciplinas intervencionadas, mas do envolvimento de

todas as disciplinas no projecto.

Reflectir sobre estes pontos em conjunto com as equipas de coordenação das esco-

las será uma tarefa do Instituto de Educação para o próximo ano do projecto PMSE –

Escolas Híbridas. Esperamos, que, para isso, a DGIDC possa manter as condições

necessárias para as escolas continuarem a desenvolver os projectos no âmbito do

PMSE.

Page 34: Relatório de acompanhamento

31

ANEXOS

Page 35: Relatório de acompanhamento

32

Anexo 1

Quadro 1 Calendarização e programação das visitas a cada escola

Escola Data da Visita

Programação

Escola Secundária de Sacavém

20 de Abril

8:15- Aula de Português do 7º A 10:05- Aula de História e Geografia 11:45 - Reunião com a coordenação do projecto 14:15 - Reunião com um conselho de turma do 7º ano

Escola Básica da Ramada

28 de Abril

10:00 - Reunião com a equipa de coordenação 12:00 - Reunião com o Conselho de Turma do 7ºB 15:15 - Aula de Francês (7ºE) e aula de Matemática (7ºA)

Escola Básica de Lagos

3 de Maio 11:00 - Reunião com a coordenação do projecto 14:20 - Sessão de trabalho conjunta da psicóloga, assistente social e director de turma com os alunos 15:10 - Aula de Matemática 16:45 - Reunião com professores de um conselho de turma

Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro

10 de Maio

9:30 - Reunião de coordenação na escola sede 14:00 - Observação de intervenção na EB 1 Atalaia 15:30 - Reunião com uma professora titular

Escola Básica Rainha Santa Isabel

12 de Maio

10:20 - Observação de aula 12:00 - Reunião com coordenação do projecto 14:30 - Reunião com Conselho de Turma

Escola Secundária António Nobre

17 de Maio

11:30 - Reunião com coordenação 15:15 - Aula de Língua Portuguesa 17:00 - Reunião com Conselho de Turma (7ºA)

Escola Básica João Meira

18 Maio 10:00 - Reunião com a Equipa de Coordenação do PSME 13:30 - Observação de uma aula de Língua Portuguesa 15:00 - Reunião com o Conselho de Turma

Escola Secundária de Valbom

19 Maio 9:00 - Reunião com a coordenação do projecto. 11:00 - Observação do trabalho de intervenção na turma B 11:55 - Observação do trabalho de intervenção na turma D 14.30 - Reunião com os directores das turmas envolvidos, profes-sores das 3 disciplinas de intervenção e coordenação

Escola Básica de Miraflores

24 de Maio

10:00 - Reunião com a equipa afecta ao Projecto 11:45 - Aula de História e Geografia de Portugal do 5º B 13:30 - Reunião conjunta com Coordenação do Projecto, professo-ras assessoras e elementos do Conselho de Turma do 5º B

Escola Secundária de Arouca

1 de Junho 10:15 - Reunião com a coordenação do projecto “SOSucesso.esa” 12:00 - Observação do trabalho desenvolvido nos dois grupos: grupo de intervenção e grupo de prevenção. 15:10 - Reunião com os professores e os intervenientes não docen-tes, da turma E do 8º ano

Agrupamento de esco-las D. Joana de Castro

12 de Junho

14:30 - Reunião com a coordenação do projecto

Page 36: Relatório de acompanhamento

33

Anexo 2

Resumos das visitas às escolas

Visita à Escola à Secundária com 3.º Ciclo de Sacavém

20 de Abril de 2010

A visita à Escola Secundária de Sacavém teve início às 8h15 e terminou às 17h.

Durante a sua realização, foi observado o trabalho de intervenção que está a ser desen-

volvido nas disciplinas contratualizadas, nomeadamente Língua Portuguesa, História e

Geografia. A visita também envolveu uma reunião com a coordenação do projecto e

uma reunião com os professores dos dois conselhos de turma contratualizados (7.ºA e

7.ºB).

1. Trabalhos de intervenção observados

Estiveram presentes na observação do trabalho de intervenção Cláudia Nunes,

Mónica Baptista, Professora Otília Sousa, da equipa do Instituto de Educação da Uni-

versidade de Lisboa e Marta Procópio, da DGIDC como acompanhante do Instituto de

Educação na visita à escola.

2. Reunião com a coordenação do projecto

A reunião com a coordenação teve início às 12h00, tendo estado presentes Marta

Procópio, da DGIDC; Paula Josefa Silva, da DRELVT; Cláudia Nunes, Mónica Baptis-

ta e Otília Sousa, do Instituto de Educação; Filomena Costa, Directora da Escola; Naza-

ré Barros, Sub-Directora da Escola; Alexandra Gameiro Salema, Directora de Turma do

7.º A e professora de Língua Portuguesa; Maria José Calado, Directora de Turma do

7ºB e professora de Ciências Físico-Químicas; Genoveva Pereira, professora de História

do 7.º A; Ana Jorge, professora de Geografia dos 7.º A e 7.º B; e Leonor Vozone, psicó-

loga do SPO.

Page 37: Relatório de acompanhamento

34

3. Reunião com os professores das duas turmas do sétimo ano envolvidas no

projecto

A reunião com os professores dos conselhos de turma do 7.º ano envolvidos no

projecto (7.º A e 7.º B) teve início às 14h15, tendo estado presentes Marta Procópio, da

DGIDC (como acompanhante do IE na visita à escola); Cláudia Nunes, Mónica Baptista

e Otília Sousa, do Instituto de Educação; Nazaré Barros, vice-directora da escola; Leo-

nor Vozone, psicóloga do SPO; e todos os professores que fazem parte dos dois conse-

lhos de turma, à excepção da professora de Ciências Físico-Químicas do 7.º A que se

encontrava numa visita de estudo.

Page 38: Relatório de acompanhamento

35

Visita à Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico da Ramada

28 de Abril de 2010

A visita à Escola Secundária com 3.º ciclo do Ensino Básico da Ramada teve

início às 10h00 e terminou às 17h00. A visita envolveu uma reunião com a coordenação

do projecto, uma reunião com os professores de uma turma contratualizada (7.º B) e a

observação do trabalho de intervenção que está a ser desenvolvido nas disciplinas de

Francês e Matemática.

1. Reunião com a coordenação do projecto

A reunião com a coordenação teve início às 10h00, tendo estado presentes Marta

Procópio, da DGIDC, Paula Josefa Silva, da DRELVT, Cláudia Nunes, João Pedro da

Ponte, Margarida Belchior e Mónica Baptista, do Instituto de Educação, Inês Campos,

coordenadora do projecto e professora de Matemática, Hortênsia Azedo, coordenadora

dos directores de turma e professora de Inglês, Albertina Alvares, subdirectora e profes-

sora de Geografia, Ana Lopes e Joana Diogo, adjuntas da direcção e professoras de

Matemática.

2. Reunião com os professores de uma das turmas do 7.º ano envolvidas no

projecto

A reunião com os professores de um conselho de turma do 7.º ano envolvido no

projecto (7.º B) teve início às 12h15, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC

(como acompanhante do IE na visita à escola); Cláudia Nunes, João Pedro da Ponte,

Margarida Belchior e Mónica Baptista, do Instituto de Educação; Inês Campos, coorde-

nadora do projecto; e todos os professores que fazem parte do conselho de turma.

Page 39: Relatório de acompanhamento

36

3. Trabalhos de intervenção observados

A equipa do Instituto de Educação observou três aulas referentes a duas discipli-

nas contratualizadas: Francês e Matemática. Na aula de Francês, os alunos encontra-

vam-se desdobrados em dois grupos de nível. Assim, no grupo de nível 4 e 5, estiveram

presentes Marta Procópio, da DGIDC como acompanhante do Instituto de Educação na

visita à escola, Margarida Belchior e Mónica Baptista. Na aula de Francês, do grupo de

nível 2 e 3, estiveram presentes Marta Procópio, da DGIDC como acompanhante do

Instituto de Educação na visita à escola, e Mónica Baptista. Na aula de Matemática esti-

veram presentes Cláudia Nunes e João Pedro da Ponte.

Page 40: Relatório de acompanhamento

37

Visita à Escola Básica de Lagos

03 de Maio de 2010

A visita à Escola Básica de Lagos teve início às 11h00 e terminou às 18h30. A

visita incluiu uma reunião com a coordenação do projecto, a observação do trabalho de

intervenção realizado nas disciplinas de Formação Cívica e Matemática, e uma reunião

com os professores das disciplinas contratualizadas, a socióloga e a psicóloga.

1. Reunião com a coordenação do projecto

A reunião com a coordenação teve início às 11h00, tendo estado presentes Marta

Procópio, da DGIDC; Sofia Rodrigues e Ana Filomena Pereira, da DREAlg; Mónica

Baptista, do Instituto de Educação; João Marieiro, coordenador do projecto, director de

turma e professor de Língua Portuguesa; Ana Pinto, psicóloga; Marlene Henriques,

socióloga; Graça Cabrita, directora; e Maria João Silva, professora de Matemática.

2. Trabalhos de intervenção observados

Estiveram presentes na observação do trabalho de intervenção Mónica Baptista,

da equipa do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, e Marta Procópio, da

DGIDC como acompanhante do Instituto de Educação na visita à escola.

3. Reunião com os professores das disciplinas contratualizadas

A reunião com os professores das disciplinas contratualizadas teve início às

17h00, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC; Sofia Rodrigues e Ana

Filomena Pereira, da DREAlg; Mónica Baptista, do Instituto de Educação; João Mariei-

ro, coordenador do projecto, director de turma e professor de Língua Portuguesa; Ana

Pinto, psicóloga; Marlene Henriques, socióloga; Luísa Costa, professora de Inglês; e

Maria João Silva, professora de Matemática.

Page 41: Relatório de acompanhamento

38

Visita ao Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro

10 de Maio de 2010

A visita ao Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro teve início às 9h20 e

terminou às 17h30. A visita envolveu uma reunião com a coordenação do projecto, a

observação do trabalho de intervenção e uma reunião com uma professora titular de

uma turma contratualizada.

1. Reunião com a coordenação do projecto

A reunião com a coordenação teve início às 9h20, tendo estado presentes Marta

Procópio, da DGIDC, Paula Josefa Silva, da DRELVT, Margarida Belchior e Mónica

Baptista, do Instituto de Educação, Maria Gorete Fonseca, coordenadora do projecto, e

Bruno Santos, adjunto da direcção.

2. Trabalho de intervenção observado

O trabalho de intervenção decorreu na escola do 1.º ciclo da Atalaia que pertence

ao Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro. Estiveram presentes na observação do

trabalho de intervenção Margarida Belchior e Mónica Baptista, da equipa do Instituto de

Educação da Universidade de Lisboa, e Marta Procópio, da DGIDC, como acompa-

nhante do Instituto de Educação na visita à escola.

3. Reunião com uma professora titular

A reunião com a professora titular de uma das turmas de 2.º ano, envolvidas no

PMSE, teve início às 15h45, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC; Mar-

garida Belchior e Mónica Baptista, do Instituto de Educação; Maria Gorete Fonseca,

coordenadora do projecto; Bruno Santos, adjunto da direcção; e Purificação Carvalho,

professor titular.

Page 42: Relatório de acompanhamento

39

Visita à Escola Rainha Santa Isabel

A visita ao Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro teve início às 10h30 e

terminou às 16h00. A visita envolveu a observação do trabalho de intervenção, uma

reunião com a coordenação do projecto e uma reunião com os professores de uma turma

contratualizada (6.º C).

1. Trabalho de intervenção observado

A equipa do Instituto de Educação observou uma aula de Inglês dividida em dois

momentos distintos. O primeiro momento da aula corresponde aos primeiros 25 minutos

em que os intervenientes foram 2 professoras, Odete Faustino, a titular da turma, e Ana

Paula Galvão, que dá apoio aos alunos com um comportamento desadequado; e 19 alu-

nos, dos quais 11 são raparigas e 8 são rapazes. No segundo momento, a professora Ana

Paula Galvão e 3 alunos (2 rapazes e 1 rapariga) dirigiram-se para a biblioteca, conti-

nuando a aula com professora titular na mesma sala, com os restantes alunos.

2. Reunião com a coordenação do projecto

A reunião com a coordenação teve início às 12h00, tendo estado presentes Marta

Procópio, da DGIDC; Alexandra Silva e Salete Lopes, representantes de Leiria da

DREC; Carolina Gonçalves, Cláudia Nunes e Mónica Baptista, do Instituto de Educa-

ção; Jaquelina Pimenta, coordenadora do projecto e professora de Língua Portuguesa;

Filipa Estevens, adjunta da direcção e professora de Educação Física; e Adélia Lopes,

directora da escola.

Page 43: Relatório de acompanhamento

40

3. Reunião com os professores de uma das turmas do 6.º ano envolvidas no

projecto

A reunião com os professores de um conselho de turma do 6.º ano envolvido no

projecto (6.º C) teve início às 14h30, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC

(como acompanhante do IE na visita à escola); Carolina Gonçalves, Cláudia Nunes e

Mónica Baptista, do Instituto de Educação; Ana Frias, da DREC; Alexandra Silva e

Salete Lopes, representantes da DREC em Leiria; Filipa Estevens, adjunta da direcção;

Jacquelina Pimenta, coordenadora do projecto; e os professores que fazem parte do con-

selho de turma.

Page 44: Relatório de acompanhamento

41

Visita à Escola Secundária António Nobre

17 de Maio de 2010

A visita à Escola Secundária António Nobre teve início às 11h30 e terminou às

19h00. A visita envolveu uma reunião com a coordenação do projecto, a observação do

trabalho de intervenção que está a ser desenvolvido na disciplina Língua Portuguesa e

uma reunião com os professores de uma turma contratualizada.

1. Reunião com a coordenação do projecto

A reunião com a coordenação teve início às 11h30, tendo estado presentes Marta

Procópio, da DGIDC; Lurdes Godinho, da DREN; Mónica Baptista, do Instituto de

Educação; Ana Castro, coordenadora do projecto; Rolando Silva, professor que apoia a

coordenadora; e Cristóvão Oliveira, director da escola.

2. Trabalhos de intervenção observados

Estiveram presentes, na observação de uma aula de Língua Portuguesa, Mónica

Baptista, da equipa do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, e Marta Procó-

pio, da DGIDC como acompanhante do Instituto de Educação na visita à escola. Os

intervenientes na Língua Portuguesa foram a professora Bárbara Gama e 21 alunos. A

aula teve início às 15h15 e terminou às 16h45.

3. Reunião com os professores das disciplinas contratualizadas

A reunião com os professores das disciplinas contratualizadas teve início às

17h00, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC; Mónica Baptista, do Institu-

to de Educação; Ana Castro, coordenadora do projecto; Raquel Pereira, mediadora edu-

cativa; e os todos os professores de uma das turmas intervencionadas (7.º A).

Page 45: Relatório de acompanhamento

42

Visita à Escola Básica João de Meira

18 de Maio de 2010

A visita à Escola Básica João de Meira teve início às 9h30 e terminou às 17h00.

A visita envolveu uma reunião com a coordenação do projecto, a observação do traba-

lho de intervenção que está a ser desenvolvido na disciplina de Língua Portuguesa e

uma reunião com os professores de uma turma intervencionada (7.º G).

1. Reunião com a coordenação do projecto

A reunião com a coordenação teve início às 9h45, tendo estado presentes Marta

Procópio, da DGIDC; Lurdes Godinho, da DREN; Mónica Baptista, do Instituto de

Educação; Júlia Amaro, coordenadora do projecto e professora de Inglês; Ana Macedo,

subdirectora; e Manuela Ferreira, directora.

2. Trabalhos de intervenção observados

A equipa do Instituto de Educação observou uma aula de Língua Portuguesa,

dividida em dois momentos. Num primeiro momento, as duas professoras da disciplina,

professora titular e professora assessora, estiveram presentes na mesma sala de aula.

Num segundo momento, a turma foi dividida em dois grupos: um grupo permaneceu na

sala de aula, trabalhando com a professora titular, e o outro grupo dirigiu-se para outra

sala de aula, onde trabalharam com a professora assessora. Na observação do trabalho

de intervenção estiveram presentes Marta Procópio, da DGIDC como acompanhante do

Instituto de Educação na visita à escola, e Mónica Baptista.

Page 46: Relatório de acompanhamento

43

3. Reunião com os professores de uma das turmas do 8.º ano envolvidas no

projecto

A reunião com os professores de um conselho de turma do 8.º ano envolvido no

projecto (8.º G) teve início às 15h10, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC

(como acompanhante do IE na visita à escola); Mónica Baptista, do Instituto de Educa-

ção; Júlia Amaro, coordenadora do projecto e professora de Inglês da turma; e todos os

professores que fazem parte do conselho de turma.

Page 47: Relatório de acompanhamento

44

Visita à Escola Secundária de Valbom

19 de Maio de 2010

A visita à Escola Secundária de Valbom teve início às 9h00 e terminou às

17h00. A visita envolveu uma reunião com a coordenação do projecto, a observação do

trabalho de intervenção que está a ser desenvolvido na disciplina de Língua Portuguesa

e uma reunião com os professores das disciplinas intervencionadas.

1. Reunião com a coordenação do projecto

A reunião com a coordenação teve início às 9h00, tendo estado presentes Marta

Procópio, da DGIDC; Lurdes Godinho, da DREN; Mónica Baptista, do Instituto de

Educação; Cristina Varela, coordenadora do projecto e professora de Ciências Naturais;

Ana Zita Rocha, professora de Ciências Naturais; e Ana Barbosa, directora da escola.

2. Trabalhos de intervenção observados

A equipa do Instituto de Educação observou duas aulas de Língua Portuguesa,

uma relativa à turma B e outra à turma D. Na observação do trabalho de intervenção

estiveram presentes Marta Procópio, da DGIDC como acompanhante do Instituto de

Educação na visita à escola, e Mónica Baptista.

3. Reunião com os professores das disciplinas envolvidas

A reunião com os professores das disciplinas envolvidas teve início às 14h30,

com a presença de Marta Procópio, da DGIDC (como acompanhante na visita à escola);

Mónica Baptista, do Instituto de Educação; Cristina Varela, coordenadora do projecto;

Ana Zita Rocha, assessora da coordenadora; Ana Barbosa, directora da escola; Albino

Q. P., psicólogo; Suzete Correia, Mediadora; os professores das disciplinas intervencio-

nadas pertencentes às turmas envolvidas; e as directoras das turmas contratualizadas.

Page 48: Relatório de acompanhamento

45

Visita à Escola Básica de Miraflores

24 de Maio de 2010

A visita à Escola Básica de Miraflores teve início às 10h00 e terminou às 15h30.

A visita envolveu uma reunião com a coordenação do projecto, a observação do traba-

lho de intervenção que está a ser desenvolvido na disciplina de História e Geografia de

Portugal e uma reunião com alguns professores de uma turma envolvida (5.ºB).

1. Reunião com a coordenação do projecto

A reunião com a coordenação teve início às 10h00, tendo estado presentes Marta

Procópio, da DGIDC; Paula Josefa Silva, da DRELVT; Cláudia Nunes e Mónica Bap-

tista, do Instituto de Educação; Cláudia Ferreira, coordenadora do projecto e adjunta da

direcção; Lídia Mendes, professora de Matemática; Luísa Branco, professora de Língua

Portuguesa; e Lília Guerreiro professora de História e Geografia de Portugal.

2. Trabalho de intervenção observado

Estiveram presentes na observação do trabalho de intervenção Mónica Baptista e

Cláudia Nunes, da equipa do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa e Marta

Procópio, da DGIDC como acompanhante do Instituto de Educação na visita à escola.

Os intervenientes na aula História e Geografia de Portugal foram a professora titular

Ana Batista, a professora assessora Lília Guerreiro e 24 alunos, dos quais 15 são rapari-

gas e 9 são rapazes.

3. Reunião com alguns professores de uma das turmas do 5.º ano envolvidas

no projecto

A reunião com alguns professores de um conselho de turma do 5.º ano envolvido

no projecto (5.º B) teve início às 13h30, tendo estado presentes Marta Procópio, da

Page 49: Relatório de acompanhamento

46

DGIDC (como acompanhante do IE na visita à escola); Cláudia Nunes e Mónica Baptis-

ta, do Instituto de Educação; Cláudia Ferreira, coordenadora do projecto; Sónia Reis,

professora de Inglês; Ilídia Sousa, professora de Matemática e coordenadora da discipli-

na; Ana Raquel Neves, directora de turma, professora de Ciências Naturais e Estudo

Acompanhado; Patrícia Martins, professora titular de Língua Portuguesa; Andreia

Batista, professora titular de História e Geografia de Portugal; Luísa Branco, professora

assessora de Língua Portuguesa; Lília Guerreiro professora assessora de História e Geo-

grafia de Portugal; Lídia Mendes, professora assessora de Matemática das turmas 5.º F e

5.ºG.

Page 50: Relatório de acompanhamento

47

Visita à Escola Secundária de Arouca

1 de Junho de 2010

A visita à Escola Secundária de Arouca teve início às 11h00 e terminou às

17h30. A visita envolveu uma reunião com a coordenação do projecto, a observação do

trabalho de intervenção que está a ser desenvolvido nos grupos de intervenção e preven-

ção e uma reunião com os professores de uma turma intervencionada (8.º E).

1. Reunião com a coordenação do projecto

A reunião com a coordenação teve início às 11h00, tendo estado presentes Marta

Procópio, da DGIDC; Lurdes Godinho, da DREN; Mónica Baptista e Otília Sousa do

Instituto de Educação; Cristina Saavedra, coordenadora do projecto e professora de

Matemática; Adília Cruz, directora; Amélia Rodrigues, subdirectora; Olga Soares, coor-

denadora do departamento de Línguas; António Pereira, coordenador do departamento

de Matemática e Ciências Experimentais; Ana Saavedra, coordenadora dos directores de

turma; e Carla Sofia Paiva, educadora social.

2. Trabalhos de intervenção observados

A equipa do Instituto de Educação observou o trabalho desenvolvido nos grupos

de intervenção e prevenção. Na observação dos grupos estiveram presentes Marta Pro-

cópio, da DGIDC como acompanhante do Instituto de Educação na visita à escola;

Mónica Baptista e Otília Sousa, do Instituto de Educação.

3. Reunião com os professores de uma das turmas do 8.º ano envolvidas no

projecto

A reunião com os professores de um conselho de turma do 8.º ano envolvido no

projecto (8.º E) teve início às 15h10, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC

(como acompanhante do IE na visita à escola); Mónica Baptista e Otília Sousa, do Insti-

tuto de Educação; e os professores que fazem parte do conselho de turma.

Page 51: Relatório de acompanhamento

48

Visita ao Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro (Lourinhã)

11 de Junho de 2010

A segunda visita ao Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro teve início às

14h30 e terminou às 17h30. A visita envolveu uma reunião com a coordenação do pro-

jecto, apresentando-se em seguida uma descrição dos aspectos considerados relevantes.

Reunião com a coordenação do projecto

A reunião com a coordenação teve início às 14h30, tendo estado presentes Mar-

garida Belchior e Mónica Baptista, do Instituto de Educação, Maria Gorete Fonseca,

coordenadora do projecto, Bruno Santos, adjunto da direcção, e Fátima Alexandrino,

coordenadora do 1.º ciclo. Durante a reunião foram discutidos vários aspectos relativos

à reformulação do plano de trabalho para o próximo ano lectivo. A professora Gorete

Fonseca revelou receio em envolver os restantes professores no projecto. Nesta altura

foi equacionada a possibilidade de no próximo ano lectivo se levar a cabo uma oficina

de formação para os professores envolvidos no projecto. Durante a formação os profes-

sores teriam oportunidade de seleccionar e usar materiais de Matemática e Língua Por-

tuguesa na sala de aula e de reflectir sobre as suas práticas. A coordenadora do 1.º ciclo,

professora Fátima Alexandrino, e o professor Bruno Santos consideraram que a oficina

de formação será bem recebida por todos os professores e fomentará o seu envolvimen-

to.

Em seguida, discutiram-se todos os campos que a escola teve que preencher no

formulário relativo ao plano de trabalho para o próximo ano lectivo, dando-se especial

atenção ao campo da coordenação e liderança do projecto. Salientou-se a necessidade de

existir uma equipa de coordenação que desenvolva um trabalho colaborativo.

Page 52: Relatório de acompanhamento

49

Anexo 3

Programa do 1.º seminário

Page 53: Relatório de acompanhamento

50

Anexo 4

Lista de presenças no 2.º seminário

Page 54: Relatório de acompanhamento

51

Page 55: Relatório de acompanhamento

52

Page 56: Relatório de acompanhamento

53

Anexo 5

Programa do 2.º seminário

Seminário Nacional das Escolas Híbridas

6 Julho 2010 09:30-09:40 – Intervenção inicial Situar o desenvolvimento do projecto e explicar o propósito e modo de funcionamento do seminário 09:40-11:20 – Mesa Redonda 1 – Parceria escola-família: Estratégias para o envolvi-mento dos encarregados de educação na promoção do sucesso dos alunos.

Intervenção inicial a colocar os dados do problema (10 minutos) Escolas Valbom, Sacavém, Lagos (15 minutos cada) Discussão – onde se espera o contributo das restantes escolas (30/45 minutos);

11:40-13:30 – Mesa Redonda 2 – É possível a mudança curricular dentro da sala de aula?

Intervenção inicial a colocar os dados do problema (10 minutos) Escolas João Meira, Leiria, Lourinhã (15 minutos cada) Discussão – onde se espera o contributo das restantes escolas (30/45 minutos)

14:30 – 16:30 Mesa redonda 3 – Estratégias e condições de liderança pedagógica?

Intervenção inicial a colocar os dados do problema (10 minutos) Escolas Ramada, Arouca, Miraflores, António Nobre (15 minutos cada) Discussão – onde se espera o contributo das restantes escolas (30/45 minutos)

16:30 – 17:30 Balanço final Problemas comuns a um número significativo de escolas e problemas específicos Sugestões para a continuação do trabalho, a pensar no ano seguinte.

Page 57: Relatório de acompanhamento

54

Anexo 6 Feedback dos planos reformulados pelas escolas

Escola Secundária de Arouca

No campo da prática lectiva, o projecto reformulado identifica sobretudo aspec-

tos de natureza organizacional. Apesar de o projecto referir para a disciplina de Mate-

mática a “resolução de problemas”, há outros tipos de tarefa que poderá valer a pena

considerar. Além disso, para as restantes disciplinas envolvidas, deveriam ser igualmen-

te referidos os tipos de tarefa a propor na sala de aula. Além disso, sugerimos que con-

tenha, para cada uma das disciplinas intervencionadas, os modos de trabalho dentro da

sala de aula e o modo como os professores se vão organizar para preparar as tarefas a

propor e reflectir sobre os resultados da sua realização. Assim, propomos que o projecto

especifique como vai ser desenvolvido o trabalho entre professores da mesma disciplina

e entre professores do mesmo conselho de turma.

Em relação às medidas a tomar no campo extra-aula, o projecto contempla o tra-

balho a desenvolver no âmbito de 4 grupos (intervenção, prevenção, recuperação e

actuação), estando mencionados no ponto 6, páginas 4 e 5, algumas das dificuldades no

estabelecimento da ligação entre o trabalho da sala de aula com o trabalho a desenvolver

nesses grupos. No sentido de minimizar o obstáculo mencionado no último parágrafo da

página 4, sugerimos a reestruturação dos grupos, passando de 4 para 2. Deste modo, os

objectivos estabelecidos no grupo de intervenção e recuperação poderiam ser incluídos

nas medidas a tomar no campo da prática lectiva (ponto 3).

No campo do trabalho com os encarregados de educação, consideramos que as

actividades propostas no projecto se enquadram nos objectivos do Programa Mais

Sucesso Escolar.

Relativamente a medidas a tomar no campo da organização da equipa e da lide-

rança, o projecto define a equipa de coordenação e o trabalho que esta equipa pretende

desenvolver com os professores envolvidos. No entanto, sugerimos que o projecto

inclua uma descrição do estilo de liderança que a coordenação do projecto procurará

assumir e do modo como vão ser distribuídas as tarefas pelos diversos membros da

equipa de coordenação.

Page 58: Relatório de acompanhamento

55

Escola Básica João de Meira

No campo da prática lectiva, o projecto reformulado identifica para a disciplina

de Língua Portuguesa alguns tipos de tarefa a propor na sala de aula, aborda modos de

trabalho dentro da sala de aula e menciona modos como os professores se vão organizar

para preparar as tarefas. No entanto, seria desejável que o projecto especificasse como

os professores se vão organizar para a “preparação colaborativa de actividades e mate-

riais” e os critérios que vão ser usados para a divisão das turmas. No que respeita à dis-

ciplina de Matemática, o projecto não define tipos de tarefas. Deste modo, sugerimos a

reestruturação deste ponto tendo em conta as questões: Quais os tipos de tarefas que

permitem a “consolidação de competências” e o desenvolvimento “do raciocínio mate-

mático”? Quais os tipos de tarefas que possibilitam o desenvolvimento da capacidade de

comunicação e de resolução de problemas? Para a disciplina de Língua Portuguesa

sugerimos que se inclua o ler para construir conhecimentos, bem como tarefas orienta-

das para a aprendizagem da escrita (planificar, textualizar e rever).

Em relação às medidas a tomar no campo do trabalho com os alunos extra-aula e

no campo do trabalho com os encarregados de educação, consideramos as actividades

propostas no projecto muito pertinentes e adequadas aos objectivos do Programa Mais

Sucesso Escolar.

No campo da organização da equipa e da liderança, o projecto define a equipa de

coordenação, o trabalho que a equipa pretende desenvolver com os professores envolvi-

dos, as disciplinas intervencionadas, o psicólogo e os encarregados de educação, e os

recursos a usar para mobilizar os diversos actores. Parece-nos que o tipo de liderança

proposta pode ser potenciadora das actividades a desenvolver no próximo ano lectivo no

âmbito do projecto.

Page 59: Relatório de acompanhamento

56

Escola Secundária de Lagos

No campo da prática lectiva, o projecto reformulado identifica tarefas a desen-

volver e diversos recursos a usar. No entanto, sugerimos que indique, para cada uma das

disciplinas intervencionadas, os modos de trabalho dentro da sala de aula e o modo

como os professores se vão organizar para preparar as tarefas a propor e para reflectir

sobre os resultados da sua realização. Assim, seria desejável que no projecto estivesse

especificado como vai ser desenvolvido o trabalho entre professores da mesma discipli-

na e entre professores do mesmo conselho de turma.

Em relação às medidas a tomar no campo do trabalho com os alunos extra-aula e

no campo do trabalho com os encarregados de educação, consideramos que as activida-

des propostas no projecto se enquadram nos objectivos do Programa Mais Sucesso

Escolar.

No campo da organização da equipa e da liderança, o projecto define a equipa de

coordenação (coordenador, directores de turma e técnicos de educação), referindo que a

liderança será assumida pelo coordenador do projecto. No entanto, sugerimos que o

projecto inclua uma descrição do modo como vai ser articulado o trabalho do coordena-

dor com o trabalho da restante equipa que constitui a coordenação. Seria, ainda, desejá-

vel que explicitasse o modo como as tarefas vão ser distribuídas, o trabalho que a equi-

pa de coordenação pretende desenvolver com os professores envolvidos e as disciplinas

intervencionadas, e os recursos a usar para mobilizar os diversos actores.

Relativamente aos indicadores e instrumentos de recolha de dados, o projecto

menciona que existirá um “acompanhamento dos resultados por parte de um docente do

Instituto de Educação; este docente irá monitorizar todo o trabalho dos docentes” (p. 7).

De facto, o Instituto de Educação não tem atribuído esse papel no protocolo que estabe-

leceu com a DGIDC, existindo necessidade de reformular este ponto. A função do Insti-

tuto de Educação é acompanhar e apoiar cientificamente os projectos das escolas,

observando aulas e/ou situações críticas, nos casos considerados pertinentes pelos acto-

res directamente envolvidos.

Page 60: Relatório de acompanhamento

57

Escola Básica Rainha Santa Isabel (Leiria)

No campo da prática lectiva, o projecto reformulado identifica aspectos de natu-

reza organizacional e tipos de tarefa a desenvolver. No entanto, seria desejável que o

projecto especificasse para cada uma das disciplinas envolvidas, os tipos de tarefa a

propor na sala de aula. Por exemplo, os problemas e as investigações são algumas das

tarefas características da disciplina de Matemática e a planificação, textualização e revi-

são de textos são algumas das tarefas características de Língua Portuguesa. Outras tare-

fas importantes em Língua Portuguesa são o ler para compreender e o ler para construir

conhecimentos. Além disso, sugerimos que o projecto aprofunde modos de trabalho na

sala de aula e a forma como os professores se vão organizar para preparar as tarefas a

propor e para analisar os resultados da sua realização em sala de aula.

No campo do trabalho com os alunos extra-aula e do trabalho com os encarrega-

dos de educação, seria desejável que existisse um aprofundamento de medidas a tomar e

actividades a desenvolver.

No campo da organização da equipa e da liderança, no projecto está definida a

equipa de coordenação e estilo de liderança que pretendem assumir. No entanto, suge-

rimos um maior desenvolvimento deste ponto, tendo em conta várias questões: Como

serão distribuídas as tarefas? Que trabalho a equipa de coordenação pretende desenvol-

ver com os professores envolvidos? E com as disciplinas intervencionadas? Haverá um

espaço formalizado para desenvolverem esse trabalho? Que recursos pretendem usar

para mobilizar os diversos actores?

Page 61: Relatório de acompanhamento

58

Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro

No campo da prática lectiva, o projecto reformulado identifica alguns tipos de

tarefa a propor na sala de aula e recursos a usar, menciona o modo como os professores

se vão organizar para preparar essas tarefas e aborda modos de trabalho a usar dentro da

sala de aula. No entanto, seria desejável que o projecto especificasse o modo como os

professores se vão organizar para analisar os resultados da realização das tarefas e apro-

fundasse os modos de trabalho dentro da sala de aula. Além disso, sugerimos que inclua

a articulação entre o trabalho da professora Gorete e o trabalho das professoras titulares

das turmas envolvidas.

Em relação às medidas a tomar no campo do trabalho com os encarregados de

educação, consideramos que as actividades propostas no projecto se enquadram nos

objectivos do Programa Mais Sucesso Escolar.

Relativamente a medidas a tomar no campo da organização da equipa e da lide-

rança, o projecto define a equipa de coordenação (coordenadora do projecto, coordena-

dora do 1.º ciclo e adjunto da direcção), evidenciando o modo como vão ser distribuídas

as tarefas, o trabalho que a equipa de coordenação pretende desenvolver com os profes-

sores envolvidos e os recursos a usar para mobilizar os diversos actores, de um modo

que nos parece adequado.

Page 62: Relatório de acompanhamento

59

Escola Básica de Miraflores

No campo da prática lectiva, o projecto reformulado identifica aspectos de natu-

reza organizacional, aborda modos de trabalho dentro da sala de aula e prevê a “planifi-

cação conjunta entre o professor da turma e o professor assessor”. No entanto, seria

desejável que o projecto especificasse com algum, os tipos de tarefa a propor na sala de

aula para cada uma das disciplinas envolvidas. Por exemplo, os problemas e as investi-

gações são algumas das tarefas características da disciplina de Matemática e a planifica-

ção, textualização e revisão de textos são algumas das tarefas características de Língua

Portuguesa. Outras tarefas importantes em Língua Portuguesa são o ler para compreen-

der e o ler para construir conhecimentos. Além disso, sugerimos que o projecto indique

o modo como os professores se vão organizar para preparar as tarefas a propor e para

analisar os resultados da sua realização em sala de aula.

Em relação às medidas a tomar no campo do trabalho com os alunos extra-aula

consideramos que as actividades propostas no projecto se enquadram nos objectivos do

Programa Mais Sucesso Escolar.

O projecto menciona algumas actividades que podem potencializar o envolvi-

mento os encarregados de educação na escola. No entanto, relativamente aos alunos

com um desempenho abaixo da média, seria pertinente pensar em outras formas de edu-

cação para além de informar, periodicamente, os encarregados de educação.

No projecto está assumido que ainda não foi definida a equipa de coordenação e

o modo como esta vai trabalhar. Deste modo, sugerimos que este ponto seja desenvolvi-

do tendo em conta várias questões: Quem é a equipa que vai coordenar o projecto?

Como serão distribuídas as tarefas? Que estilo de liderança a coordenação procura

assumir? Existirá um espaço formalizado no horário para a equipa reunir? Que trabalho

a equipa de coordenação pretende desenvolver com os professores envolvidos? E com

as disciplinas intervencionadas? Haverá um espaço bem definido para desenvolverem

esse trabalho? Que recursos pretendem usar para mobilizar os diversos actores?

Page 63: Relatório de acompanhamento

60

Escola Secundária António Nobre

No campo da prática lectiva, o projecto identifica as tarefas a desenvolver, os

recursos a usar e o modo como os professores se vão organizar para preparar as tarefas a

propor na sala de aula. No entanto, apesar de estarem contempladas tarefas diversifica-

das, sugerimos que se inclua para a disciplina de Língua Portuguesa o ler para aprender,

bem como tarefas orientadas para a aprendizagem da escrita (planificar, textualizar e

rever). Na disciplina de Matemática sugerimos que se introduzam actividades explorató-

rias. Além disso, para cada uma das disciplinas intervencionadas seria desejável uma

maior especificação, dos modos de trabalho dentro da sala de aula e do modo como os

professores se vão organizar para reflectir sobre as tarefas a propor na sala de aula.

Em relação às medidas a tomar no campo do trabalho com os alunos extra-aula e

no campo do trabalho com os encarregados de educação, consideramos que as activida-

des propostas no projecto se enquadram nos objectivos do Programa Mais Sucesso

Escolar. Contudo, sugerimos que alguns pontos contemplados nos campos 6 e 7 transi-

tem para estes dois campos. Com efeito, o ponto c) “Realizar estágio através de protoco-

lo estabelecido com a Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universi-

dade do Porto” e d) “Gabinete de psicologia, ainda não existente”, referidos no campo

6, podem transitar para o campo 4 e o ponto b) “Reunião, realizada no início do ano

lectivo, entre a DT e os respectivos EE para informação do modo como se desenvolverá

o PMSE na turma durante o ano lectivo”, referido no campo 7, pode mudar para o cam-

po 5.

No campo da organização da equipa e da liderança, o projecto refere o trabalho

que a coordenação pretende desenvolver com os directores de turma, os professores das

disciplinas envolvidas, os conselhos de turma e os técnicos de educação. Sugerimos que

o projecto inclua também a constituição da equipa de coordenação, o tipo de liderança

que a coordenação procurará assumir e a descrição do modo como as tarefas vão ser

distribuídas e dos recursos a usar para mobilizar os diversos actores. O ponto e) “Divi-

são dos turnos das turmas em salas separadas” ficaria melhor no campo 3.

Page 64: Relatório de acompanhamento

61

Relativamente aos indicadores e instrumentos de recolha de dados, considera-

mos pertinentes os questionários desenvolvidos para os encarregados de educação, alu-

nos e professores. Porém, sugerimos que o projecto inclua, no ponto 7, referência a

indicadores que permitam a sua monitorização, como, por exemplo, o sucesso nas disci-

plinas intervencionadas e a assiduidade dos alunos, naturalmente entre outros.

Page 65: Relatório de acompanhamento

62

Escola Secundária da Ramada

No campo da prática lectiva, o projecto reformulado identifica tipos de tarefa a

propor na sala de aula, menciona o modo como os professores se vão organizar para

preparar as tarefas e aborda modos de trabalho a usar dentro da sala de aula. Com efeito,

consideramos que contempla uma diversidade de tarefas e uma proposta de trabalho

colaborativo entre professores bastante pertinentes. No campo 2, o Francês está incluído

como uma disciplina intervencionada. No entanto, esta disciplina não se encontra refe-

rida no campo 3, o que nos parece uma incongruência a clarificar. Seria, ainda, desejá-

vel que em relação à disciplina de Língua Portuguesa se especificasse como será pro-

movida a interdisciplinaridade.

Em relação às medidas a tomar no campo do trabalho com os alunos extra-aula e

no campo do trabalho com os encarregados de educação, salientamos que estes dois

campos estão muito bem estruturados, contemplando actividades bastante pertinentes e

diversificadas.

No campo da organização da equipa e da liderança, o projecto define a equipa de

coordenação, o trabalho que a equipa pretende desenvolver com os professores envolvi-

dos, as disciplinas intervencionadas e os encarregados de educação, e os recursos a usar

para mobilizar os diversos actores. Consideramos que o tipo de liderança proposta pode

ser potenciadora das actividades a desenvolver no próximo ano lectivo no âmbito do

projecto.

De um modo geral, o plano de trabalho encontra-se muitíssimo bem estruturado,

notando-se uma forte preocupação constante na diversificação das actividades apresen-

tadas e na adequabilidade do projecto aos objectivos do Programa Mais Sucesso Esco-

lar.

Page 66: Relatório de acompanhamento

63

Escola Secundária de Sacavém

No campo da prática lectiva o projecto reformulado refere sobretudo aspectos de

natureza organizacional. Seria desejável que se especificasse para cada uma das disci-

plinas envolvidas, os tipos de tarefa a propor na sala de aula. Por exemplo, os problemas

e as investigações são algumas das tarefas características da disciplina de Matemática e

a planificação, textualização e revisão de textos são algumas das tarefas características

de Língua Portuguesa que poderiam ser referidas. Outras tarefas importantes em Língua

Portuguesa são o ler para compreender e o ler para construir conhecimentos. Apesar de

o projecto referir que actividades vão ser diversificadas, deve explicitar em que consiste

essa diversificação. Seria desejável, ainda, que aprofundasse para cada uma das disci-

plinas intervencionadas os modos de trabalho dentro da sala de aula e o modo como

estão organizadas, nomeadamente os critérios usados para a divisão das turmas e o tra-

balho a desenvolver com os vários grupos.

Para os professores das turmas de 8.º ano não está descrito o modo como se vão

organizar para preparar as tarefas, para os professores das turmas de 7.º ano pode existir

uma descrição mais pormenorizada, explicitando como vai ser desenvolvido o trabalho

entre professores da mesma disciplina e entre professores do mesmo conselho de turma.

Relativamente a medidas a tomar no campo da organização da equipa e da lide-

rança, o projecto não define a equipa de coordenação e o modo como esta vai trabalhar.

Deste modo, sugerimos a reestruturação deste ponto, tendo em conta várias questões:

Quem é a equipa que vai coordenar o projecto? Como serão distribuídas as tarefas? Que

estilo de liderança a coordenação procura assumir? Existirá um espaço formalizado no

horário para a equipa reunir? Que trabalho a equipa de coordenação pretende desenvol-

ver com os professores envolvidos? E com as disciplinas intervencionadas? Haverá um

espaço formalizado para desenvolverem esse trabalho? Que recursos pretendem usar

para mobilizar os diversos actores?

Em relação às medidas a tomar no campo do trabalho com os alunos extra-aula e

no campo do trabalho com os encarregados de educação, consideramos que as activida-

des propostas no projecto se enquadram nos objectivos do Programa Mais Sucesso

Escolar.

Page 67: Relatório de acompanhamento

64

Escola Secundária de Valbom

No campo da prática lectiva, o projecto identifica estratégias de ensino e recur-

sos a usar na sala de aula. Seria desejável que se especificasse, para cada uma das disci-

plinas envolvidas, os tipos de tarefa a propor na sala de aula. Por exemplo, os problemas

e as investigações são algumas das tarefas características da disciplina de Matemática e

a planificação, textualização e revisão de textos são algumas das tarefas características

de Língua Portuguesa. Outras tarefas importantes em Língua Portuguesa são o ler para

compreender e o ler para construir conhecimentos. Apesar de o projecto referir que acti-

vidades a concretizar vão ser “diferentes e mais específicas”, sugerimos que explicite

em que consiste essa diversificação e especificidade. Seria desejável, ainda, que apro-

fundasse para cada uma das disciplinas intervencionadas os modos de trabalho dentro da

sala de aula e os critérios que irão ser usados para a divisão das turmas.

Em relação às medidas a tomar no campo do trabalho com os alunos extra-aula e

no campo do trabalho com os encarregados de educação, consideramos que as activida-

des propostas no projecto se enquadram nos objectivos do Programa Mais Sucesso

Escolar.

Relativamente a medidas a tomar no campo organizacional, o projecto define a

equipa de coordenação, o trabalho que a equipa de coordenação pretende desenvolver

com os professores envolvidos, os directores de turma e os encarregados de educação.

No entanto, sugerimos que o projecto inclua uma descrição do modo como vão ser dis-

tribuídas as tarefas pelos membros da equipa de coordenação e dos recursos a usar para

mobilizar os diversos actores.

Relativamente aos indicadores e instrumentos de recolha de dados, o projecto

menciona a “avaliação externa pela instituição do ensino superior” (p. 7). De facto, o

Instituto de Educação não tem esse papel indicado no protocolo que estabeleceu com a

DGIDC, existindo necessidade de reformular este ponto. A função do Instituto é acom-

panhar e apoiar cientificamente os projectos das escolas, promovendo a sua supervisão.

Page 68: Relatório de acompanhamento

65

Anexo 7

Quadro 2 Necessidades de formação percepcionadas pelos professores envolvidos

Escola Necessidades de formação Secundária de Sacavém Liderança

Gestão de conflitos Indisciplina Comportamento dos alunos Mediação Didáctica das disciplinas

Secundária da Ramada Avaliação dos alunos Básica de Lagos Não apresentaram sugestões Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro Lourinhã

Gestão de conflitos na sala de aula Diferenciação pedagógica Introdução das TIC Quadros interactivos Novos programas Sexualidade na sala de aula

Básica Rainha Santa Isabel

Gestão de projecto

Secundária António Nobre

Gestão de conflitos Gestão de aprendizagens de alunos com comporta-mentos disruptivos Gestão de situações relacionadas com a negligência dos encarregados de educação

Básica de João Meira Formação para apoio à Coordenação: Criação de questionários e de outros instrumentos de recolha de informação e de monitorização. Formação para apoio à intervenção pedagógica: Práticas pedagógicas de Língua Portuguesa; Práticas pedagógicas de Matemática; Práticas pedagógicas promotoras do trabalho colabo-rativo entre alunos; Práticas pedagógicas em aulas leccionadas por pares pedagógicos (professores em parceria); Práticas pedagógicas de promoção da articulação interdisciplinar.

Secundária de Valbom Gestão de comportamentos e conflitos Motivação dos alunos Gestão de projecto

Básica de Miraflores Experiências de assessorias Secundária de Arouca Necessidades educativas especiais

Didáctica das disciplinas

Page 69: Relatório de acompanhamento

66

Anexo 8

Quadro 3 Sucesso escolar2 global referente ao ano lectivo 2009/2010

Escolas DRE Ano de esco-

laridade Taxa de sucesso no 1.º período

Taxa de sucesso no 2.º período

Taxa de sucesso no 3.º período

Meta a atingir

ES/3 António Nobre Norte 7 59% 57% 91% 81%

ES/3 Arouca Norte 7 86% 88% 95% 91%

ES/3 Arouca Norte 8 89% 86% 93% 92%

EB 2,3 de João de Meira Norte 6 97% 78% 89% 98%

EB 2,3 de João de Meira Norte 8 85% 77% 95% 94%

ES/3 de Valbom Norte 7 83% 87% 90% 81% EB 2,3 Rainha Santa Isabel Centro 7 78% 81% 88% 88% EB 2,3 Rainha Santa Isabel Centro 6 90% 94% 97% 95% Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro Lisboa 1 100% 100% 100% 99% Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro Lisboa 2 86% 96% 89% 88%

EBI de Miraflores Lisboa 5 89% 96% 96% 96%

ES/3 da Ramada Lisboa 7 64% 67% 91% 81%

ES/3 de Sacavém Lisboa 7 66% 66% 76% 71%

EB 2,3 de Lagos Algarve 7 99% 74% 81% 84%

2 Corresponde aos alunos que transitaram de ano

Page 70: Relatório de acompanhamento

67

Anexo 9

Quadro 4 Sucesso alcançado na disciplina de Língua Portuguesa, referente ao ano lecti-

vo 2009/2010

Escolas DRE Ano de esco-

laridade Média histórica

Taxa de sucesso alcançada

ES/3 António Nobre Norte 7 70% 70%

ES/3 Arouca Norte 7 83% 96%

ES/3 Arouca Norte 8 83% 84%

EB 2,3 de João de Meira Norte 6 89% 85%

EB 2,3 de João de Meira Norte 8 81% 88%

ES/3 de Valbom Norte 7 66% 86% EB 2,3 Rainha Santa Isabel Centro 6 89% 93% EB 2,3 Rainha Santa Isabel Centro 7 73% 88% Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro Lisboa 1 84% 92% Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro Lisboa 2 78% 88%

EBI de Miraflores Lisboa 5 89% 95%

ES/3 da Ramada Lisboa 7 70% 93%

ES/3 de Sacavém Lisboa 7 64% 82%

EB 2,3 de Lagos Algarve 7 69% 75%

Page 71: Relatório de acompanhamento

68

Anexo 10

Quadro 5 Sucesso alcançado na disciplina de Matemática, referente ao ano lectivo

2009/2010

Escolas DRE Ano de esco-

laridade Média histórica

Taxa de sucesso alcançada

ES/3 António Nobre Norte 7 54% 47%

ES/3 Arouca Norte 7 68% 74%

ES/3 Arouca Norte 8 70% 72%

EB 2,3 de João de Meira Norte 6 88% 86%

EB 2,3 de João de Meira Norte 8 71% 72%

ES/3 de Valbom Norte 7 58% 80% EB 2,3 Rainha Santa Isabel Centro 6 83% 83% EB 2,3 Rainha Santa Isabel Centro 7 71% 76% Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro Lisboa 1 86% 94% Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro Lisboa 2 77% 85%

EBI de Miraflores Lisboa 5 85% 86%

ES/3 da Ramada Lisboa 7 67% 72%

ES/3 de Sacavém Lisboa 7 ----- -----

EB 2,3 de Lagos Algarve 7 60% 62%

Page 72: Relatório de acompanhamento

69

Anexo 11

Quadro 6 Sucesso alcançado nas disciplinas de Língua Estrangeira, referente ao ano

lectivo 2009/2010

Escolas DRE Ano de esco-

laridade Média histórica

em Inglês Taxa de sucesso

alcançada em Inglês Média histórica

Em Francês Taxa de sucesso

alcançada Francês ES/3 António Nobre Norte 7 69% 63% ----- -----

ES/3 Arouca Norte 7 78% 82% ----- -----

ES/3 Arouca Norte 8 75% 83% ----- ----- EB 2,3 de João de Meira Norte 6 ----- ----- EB 2,3 de João de Meira Norte 8 ----- -----

ES/3 de Valbom Norte 7 62% 82% ----- ----- EB 2,3 Rainha Santa Isabel Centro 6 81% 89% ----- ----- EB 2,3 Rainha Santa Isabel Centro 7 79% 86% ----- ----- Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro Lisboa 1 ----- ----- Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro Lisboa 2 ----- ----- EBI de Miraflo-res Lisboa 5 ----- -----

ES/3 da Ramada Lisboa 7 77% 93% 77% 93%

ES/3 de Saca-vém Lisboa 7 ----- -----

EB 2,3 de Lagos Algarve 7 63% 69% ----- -----

Page 73: Relatório de acompanhamento

70

Anexo 12

Quadro 7 Sucesso alcançado nas disciplinas de História e Geografia de Portugal (HGP),

História (Hist) e Geografia (Geog), referente ao ano lectivo 2009/2010

Escolas DRE Ano de esco-

laridade

Média histórica Em HGP

Taxa de suces-so alcançada

em HGP

Média his-tórica

em História

Taxa de sucesso

alcançada em História

Média Histórica Geografia

Taxa de sucesso

alcançada Geografia

EBI de Miraflores Lisboa 5 92% 96% ---- ---- ---- ----

ES/3 de Sacavém Lisboa 7 ---- ---- 61% 58% 63% 93%

Page 74: Relatório de acompanhamento

71

Anexo 13

Quadro 8 Retenção por excesso de faltas e abandono escolar no ano lectivo 2009/2010

Escolas DRE Ano de

escolaridade Total de alunos

Número de alunos retidos por exces-

so de faltas

Número de alunos em abandono

Número de alunos que reorientaram o percurso escolar

Número de alunos

transferidos

ES/3 António Nobre Norte 7 39 3 1 0 15

ES/3 Arouca Norte 7 e 8 248 0 0 0 0

EB 2,3 de João de Meira Norte 6 e 8 329 1 0 0 5

ES/3 de Valbom Norte 7 67 0 0 2 3

EB 2,3 Rainha Santa Isabel Centro 6 e 7 155 0

0 0 1

Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro Lisboa 1 e 2 222 0

0 0 9

EBI de Miraflores Lisboa 5 179 0 0 0 3

ES/3 da Ramada Lisboa 7 191 1 0 0 0

ES/3 de Sacavém Lisboa 7 47 2 0 0 6

EB 2,3 de Lagos Algarve 7 121 0 2 0 11

Total 1598 7 3 0 54

Page 75: Relatório de acompanhamento

72

Anexo 14

Quadro 9 Apoio socioeducativo no ano escolar 2009/2010

Escolas DRE Ano de esco-

laridade Apoio socioedu-

cativo Taxa de sucesso no

3.º período ES/3 António Nobre Norte 7 19% 91%

ES/3 Arouca Norte 7 86% 95%

ES/3 Arouca Norte 8 60% 93% EB 2,3 de João de Meira Norte 6 10% 89% EB 2,3 de João de Meira Norte 8 62% 95%

ES/3 de Valbom Norte 7 29% 90% EB 2,3 Rainha Santa Isabel Centro 7 36% 88% EB 2,3 Rainha Santa Isabel Centro 6 47% 97% Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro Lisboa 1 9% 100% Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro Lisboa 2 6% 89% EBI de Miraflo-res Lisboa 5 24% 96%

ES/3 da Ramada Lisboa 7 56% 91% ES/3 de Saca-vém Lisboa 7 23% 76%

EB 2,3 de Lagos Algarve 7 13% 81%