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ACIDENTES DO TRABALHO. DOENÇAS OCUPACIONAIS. NEXO CAUSAL E CONCAUSAL. DANO MATERIAL E MORAL. ASPECTOS PERICIAIS José Roberto Sodero Victório Advogado Pós-doutor em Bioética, Saúde, Direitos Humanos e Meio Ambiente do Trabalho pela Universidade de Salerno – Itália Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais pela UMSA – Argentina Mestre em Ciências Ambientais pela UNITAU – Brasil Pós-graduado em Direito Empresarial pela UNITAU – Brasil Especialista em Direito e Processo do Trabalho – Direito e Processo Previdenciário – Direito Administrativo Diretor de Relações Institucionais do Instituto Erga Omnes Coordenador e Professor de Pós-graduação Professor dos Cursos e das Faculdades: Legale, Êxito, Damásio de Jesus, LFG, CPJUR, IAPE, IBDP, Escola Superior da Magistratura do Rio Grande do Sul, Faculdade de Direito de Franca, Escola Superior da Advocacia OAB/SP, AATSP, UNISAL, etc. Parecerista e Autor de vários livros e artigos científicos Professor José Roberto Sodero

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ACIDENTES DO TRABALHO. DOENÇAS

OCUPACIONAIS. NEXO CAUSAL E

CONCAUSAL. DANO MATERIAL E MORAL. ASPECTOS PERICIAIS José Roberto Sodero Victório

Advogado

Pós-doutor em Bioética, Saúde, Direitos Humanos e Meio Ambiente do Trabalho pela Universidade de

Salerno – Itália

Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais pela UMSA – Argentina

Mestre em Ciências Ambientais pela UNITAU – Brasil

Pós-graduado em Direito Empresarial pela UNITAU – Brasil

Especialista em Direito e Processo do Trabalho – Direito e Processo Previdenciário – Direito

Administrativo

Diretor de Relações Institucionais do Instituto Erga Omnes

Coordenador e Professor de Pós-graduação

Professor dos Cursos e das Faculdades: Legale, Êxito, Damásio de Jesus, LFG, CPJUR, IAPE, IBDP,

Escola Superior da Magistratura do Rio Grande do Sul, Faculdade de Direito de Franca, Escola

Superior da Advocacia OAB/SP, AATSP, UNISAL, etc.

Parecerista e Autor de vários livros e artigos científicos

Professor José Roberto Sodero

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Professor José Roberto Sodero

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Art. 225 – Proteção ao meio ambiente

Art. 200, VIII – Meio ambiente do trabalho

Art. 5º, X - Proteção à vida

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CLT – Insalubridade e Periculosidade

Portaria nº 3.218/78 do MTE

Normas regulamentadoras -

NR

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1

Art. 19 - Acidente do Trabalho -definição e obrigação empresarial

Art. 20 – Doença profissional e do trabalho e exclusões

Art. 21 – Concausa e outras situações

Art. 21-A – NTEP

Art. 22 – CAT. Prazo

Art. 23 – Data do acidente no caso de doença profissional ou do trabalho

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1

Art. 42 – Invalidez

Art. 59 – Auxílio-doença

Art. 86 – Auxílio-acidente

Art. 57 –Aposentadoria

Especial

Art. 118 – Estabilidade

Art. 93, § 1º -Trabalhador reabilitado

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Responsabilidade Civil

Responsabilidade Criminal

Ações Regressivas

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Cumprir legislação.

Evitar ações.

Qualidade de vida.

Passivo.

Ações pró-ativas.

Equipe Multi e Interdisciplinar

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Professor José Roberto Sodero

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Contrato interrompido – Contrato suspenso

B-91 – Contribuições para o FGTS

Estabilidade Legal e Normativa (ACT e

CCT)

Abandono de emprego – Súmula 32

TST

Reabilitação profissional

Limbo jurídico previdenciário

trabalhista

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PROVA

DOCUMENTOS MÉDICOS

DOCUMENTOS INTERNOS DA EMPRESA

PROVA TESTEMUNHAL

PROVA PERICIAL MÉDICA

VISTORIA JUDICIAL

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Professor José Roberto Sodero Da

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Prejuízo financeiroefetivo

Diminuição do seupatrimônio, avaliável

monetariamente

O que o lesadoperdeu – Danos

emergentes

O que deixou de ganhar – lucros

cessantes

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Professor José Roberto Sodero Da

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Prejuízo imediato e mensaurável

Despesas hospitalares, honoráriosmédicos, medicamentos, aparelhos

ortopédicos

Sessões de fisioterapia, salários paraacompanhante (assistência

permanente)

Óbito: funeral, luto, jazigo, remoçãodo corpo, etc.

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Professor José Roberto Sodero Luc

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Privação de ganhos futuros, ainda que temporariamente

Não são consideradas merasprobabilidades, nem se exigecerteza absoluta dos ganhos

(razoabilidade)

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Professor José Roberto Sodero

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Com o dano moral. Súmula 37 do STJ – Art. 5º V – CF/88

Com pensão por morte. A indenização por danos materiais devida pelo empregador

decorre de sua responsabilidade civil e não pode ser confundida com o benefício

previdenciário recebido. Trata-se de parcelas com natureza distinta, sendo a condenação

ao pagamento de pensão mensal, de natureza indenizatória, enquanto o benefício

previdenciário possui natureza assistencial, consoante as regras próprias da autarquia

previdenciária. Assim, não ha que se falar em bis in idem.

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Professor José Roberto Sodero Fix

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Código Civil de 2002

Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.

Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, eqüitativamente, a

indenização.

Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua

indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do

autor do dano.

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Professor José Roberto Sodero Fix

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Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir

outras reparações:

I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família;

II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os

devia, levando-se em conta a duração provável da vida da

vítima.

Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das

despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença,

além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.

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Professor José Roberto SoderoFix

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Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe

diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim

da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da

depreciação que ele sofreu.

Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização

seja arbitrada e paga de uma só vez.

Art. 951. O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência,

imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o

trabalho.

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DANOS MATERIAIS – FALECIMENTO DO TRABALHADOR –QUANTUM INDENIZATÓRIO – PRESTAÇÃO DE ALIMENTOS AOS

DEPENDENTES (VIÚVA E TRÊS FILHOS) – Na hipótese de falecimento do empregado, é razoável que o valor da

indenização referente aos alimentos devidos aos dependentes corresponda à proporção de 2/3 (dois terços) da renda que seria auferida pelo de cujus, porquanto presume-se que uma

parte desta receita destinar-se-ia ao pagamento de suas despesas pessoais. (TRT 02ª R. – RO 00000016420105020030 –

(20141045048) – 6ª T. – Rel. Rafael Edson Pugliese Ribeiro – DJe28.11.2014)

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Professor José Roberto SoderoJu

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INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS – PENSÃO MENSAL –EMPREGADO FALECIDO – DEDUÇÃO DOS VALORES RELATIVOS ÀS DESPESAS PESSOAIS DA VÍTIMA – Em caso de acidente de

trabalho, resultando a morte do empregado, o valor da pensão mensal devida em favor dos dependentes deve corresponder a

2/3 da remuneração percebida pela vítima, uma vez que, conforme iterativa e pacífica jurisprudência, presume-se que o

obreiro falecido despendia, em média, 1/3 da renda para o próprio sustento e despesas pessoais. (TRT 15ª R. – RO 0001094-

46.2012.5.15.0025 – (21423/2016) – Relª Ana Paula PellegrinaLockmann – DJe 22.07.2016 – p. 2462)

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Professor José Roberto SoderoJu

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ACIDENTE DO TRABALHO – REDUÇÃO PARCIAL E PERMANENTE DA CAPACIDADE LABORATIVA – PENSIONAMENTO – A redução parcial e permanente da capacidade laborativa, decorrente

de acidente do trabalho, com culpa do empregador, gera direito à pensão mensal de lucros cessantes, observado o

percentual da redução da capacidade (CC, arts. 944 e 950), a partir da data do evento danoso, e com atualização monetária pelos mesmos índices de sua categoria profissional, observadas

as épocas e percentuais próprios. (TRT 02ª R. – Proc. 00024315920135020005 – (20160792848) – Rel. Des. Fed. Rafael E.

Pugliese Ribeiro – DJe 14.10.2016)

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Dignidade da pessoa humana

Valores sociais do trabalho

Livre iniciativa

Professor José Roberto Sodero

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Promoção do bem estar, sem discriminações e preconceitos

Igualdade perante a Lei

Inviolabilidade da intimidade, vida privada, da honra e da

imagem das pessoas

Direito de resposta proporcional ao agravo

Professor José Roberto Sodero

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Dignidade do trabalhador – direitos sociais Trabalho e Previdência (art. 6º)

Proteção contra a despedida injusta ou arbitrária (art. 7º, I)

Redução dos riscos inerentes ao trabalho (art. 7º, XXII)

Proteção à mulher trabalhadora (art. 7º, XX)

Seguro de AT, independente de indenização (art. 7º, XXVIII)

Proibição de discriminação a portadores de necessidades especiais (art. 7º, XXXI)

Proibição de qualquer distinção quanto a trabalho manual, técnico ou intelectual (art. 7º, XXXII)

Professor José Roberto Sodero

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lResponsabilidade subjetiva?

Responsabilidade objetiva?

Art. 225, § 3º, estabelece a responsabilidade objetiva nos

danos ao meio ambiente, incluindo ai o laboral (art. 200, VIII).

Há entendimento majoritário que para o surgimento da responsabilidade de indenizar, o legislador pátrio adotou a teoria da

responsabilidade subjetiva e, neste passo, deve ser analisado se estão presentes, no caso concreto, os pressupostos da responsabilidade

civil em geral, previstos no art. 186 do Código Civil. Professor José Roberto Sodero

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Professor José Roberto Sodero

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ST Ciência da lesão antes da vigência da EC 45 (30.12.2004).

Prescrição de 3 (três) anos prevista no art. 206, § 3º, V, do Código Civil.

Lesão, ou a ciência da lesão (teoria da actio nata), ocorre em momento posterior à Emenda Constitucional nº

45/2004 (30.12.2004). Prescrição de 5 anos e de 2 anos prevista no art. 7º XXIX da CF

Súmula 278 STJ - O termo inicial do prazo prescricional, na ação de indenização, é a data em que o segurado teve ciência inequívoca

da incapacidade laboral.

PRESCRIÇÃO – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO DECORRENTE DE DOENÇA OCUPACIONAL/ACIDENTE DO TRABALHO – PRAZO E MARCO INICIAL – O prazo prescricional para ação de indenização

decorrente de acidente de trabalho é aquele previsto no art. 7º, XXIX da Constituição Federal e o início da contagem é a ciência inequívoca, pelo trabalhador, da redução de sua capacidade laborativa. Aplicação da Súmula 278 do C. STJ. (TRT 02ª R. – RO 1002161-

87.2016.5.02.0433 – Rel. Antero Arantes Martins – DJe 27.04.2018 – p. 23169)

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Conjunto dos princípios

insculpidos na CF

Não podem ser relativizados,

ainda que por norma tida como constitucional

Quem tem precedência na organização dos comandos

constitucionais são os

princípios, e não as regras

Professor José Roberto Sodero

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na Valor supremo que atrai

todos os direitos fundamentais do homem

Direito à vida, à liberdade, à honra, à imagem, ao nome, à intimidade, à privacidade,

ao decoro, busca da felicidade

Direitos da personalidade

Professor José Roberto Sodero

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Assim se pode afirmar que o princípio da dignidade da pessoa humana é

"dotado de uma natureza sagrada e de direitos inalienáveis, afirma-

se como valor irrenunciável e cimeiro de todo o modelo

constitucional, servindo de fundamento do próprio sistema

jurídico: o Homem e a sua dignidade são a razão de ser da

sociedade, do Estado e do Direito".

OTERO, Paulo. Legalidade e administração pública: o sentido da vinculação administrativa à

juridicidade. Coimbra: Almedina, 2003, pág. 254.

Professor José Roberto Sodero

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Afirmou-se, assim, que as pessoas não são sombras, não são aparências,

são realidades concretas e vivas, daí porque a Declaração Universal dos

Direitos Humanos fez um duplo reconhecimento: primeiro, que acima

das leis emanadas do poder dominante há uma lei maior, de natureza

ética e validade universal; segundo, que o fundamento dessa lei é o

respeito à dignidade da pessoa humana, tendo em vista que a pessoa

humana é o valor fundamental da ordem jurídica, sendo, portanto, a

fonte das fontes do direito.

MONTORO, André Franco. Cultura dos direitos humanos. Direitos humanos: legislação e jurisprudência (Série

Estudos, n. 12), V. I, São Paulo, Centro de Estudos da Procuradoria-Geral do Estado, 1999, pág. 28.

Professor José Roberto Sodero

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Outro aspecto que releva comentar é que, na colidência entre outra norma Constitucional e o princípio da dignidade humana, este deverá prevalecer, tendo em vista seu significado dentro do sistema de direitos e garantias individuais e sociais elencados na Carta Constitucional.

Repise-se que o princípio em referência constitui a "base antropológica" do Estado Democrático de Direito.

Professor José Roberto Sodero

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A vida

A integridade corporal

A liberdade

A honra

O decoro

A intimidade

Os sentimentos afetivos

A imagem

O nome

A capacidade

O estado de famíliaProfessor José Roberto Sodero

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Caráter compensatório para a

vítima

Caráter punitivo para o causador do dano

Caráter exemplar para a sociedade

Professor José Roberto Sodero

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Um judiciário coerente estimula revisão de conceitos,

retomada de valores, modificações de condutas e

aprimoramento de técnicas de serviços. Se os profissionais

prestadores de serviços e as empresas em geral sentirem

que são mais exigidos e que as sentenças estão rompendo

redutos em que a impunidade reinava, naturalmente, por

instinto de defesa, eles criarão métodos eficazes de

eliminação das reclamações para que as mesmas não se

transformem em severas indenizações

ZULIANI, Ênio Santarelli. Inversão do ônus da prova na ação de responsabilidade civil fundada

em erro médico. Seleções Jurídica Adv COAD - Erro Médico, dez. 2003, v. 1, pág. 16.Professor José Roberto Sodero

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Lei 1

3.4

67

/20

17 Art. 223-A. Aplicam-se à

reparação de danos de natureza extrapatrimonial decorrentes da

relação de trabalho exclusivamente os dispositivos

deste Título.

Art. 223-B. Causa dano de natureza extrapatrimonial a ação ou omissão

que ofenda a esfera moral ou existencial da pessoa física ou

jurídica, as quais são as titulares exclusivas do direito à reparação.

Art. 223-C. A honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de ação, a saúde, o lazer e a integridade física são os bens juridicamente tutelados

inerentes à pessoa física.

Professor José Roberto Sodero

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Lei 1

3.4

67

/20

17

Art. 223-D. A imagem, a marca, o nome, o segredo

empresarial e o sigilo a correspondência são bens

juridicamente tutelados inerentes à pessoa jurídica.

Art. 223-E. São responsáveis pelo dano

extrapatrimonial todos os que tenham colaborado

para a ofensa ao bem jurídico tutelado, na

proporção da ação ou da omissão.

Professor José Roberto Sodero

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Lei 1

3.4

67

/20

17 Art. 223-F. A reparação por danos

extrapatrimoniais pode ser pedida cumulativamente com a

indenização por danos materiais decorrentes do mesmo ato lesivo.

§ 1º Se houver cumulação de pedidos, o juízo, ao proferir a

decisão, discriminará os valores das indenizações a título de danos

patrimoniais e das reparações por danos de natureza extrapatrimonial.

§ 2º A composição das perdas e danos, assim compreendidos os

lucros cessantes e os danos emergentes, não interfere na

avaliação dos danos extrapatrimoniais.

Professor José Roberto Sodero

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ART. 223-G. AO APRECIAR O PEDIDO, O JUÍZO

CONSIDERARÁ:

I – a natureza do bem jurídico tutelado;

II – a intensidade do sofrimento ou da humilhação;

III - a possibilidade de superação física ou psicológica;

IV – os reflexos pessoais e sociais da ação ou da omissão;

V – a extensão e a duração dos efeitos da ofensa;

Professor José Roberto Sodero

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ART. 223-G. AO APRECIAR O PEDIDO, O

JUÍZO CONSIDERARÁ:

VI – as condições em que ocorreu a ofensa ou o prejuízo moral;

VII – o grau de dolo ou culpa;

VIII – a ocorrência de retratação espontânea;

IX – o esforço efetivo para minimizar a ofensa;

X - o perdão, tácito ou expresso;

Professor José Roberto Sodero

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ART. 223-G. AO APRECIAR O PEDIDO, O

JUÍZO CONSIDERARÁ:

XI – a situação social e econômica das partes envolvidas;

XII – o grau de publicidade da ofensa.

Professor José Roberto Sodero

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§ 1º SE JULGAR PROCEDENTE O PEDIDO, O JUÍZO FIXARÁ

A INDENIZAÇÃO A SER PAGA, A CADA UM DOS

OFENDIDOS, EM UM DOS SEGUINTES PARÂMETROS,

VEDADA A ACUMULAÇÃO:

I – ofensa de natureza leve, até três vezes o último salário contratual do ofendido;

II – ofensa de natureza média, até cinco vezes o último salário contratual o ofendido;

III – ofensa de natureza grave, até vinte vezes o último salário contratual do ofendido.

IV – ofensa de natureza gravíssima, até vinte vezes o último salário contratual do ofendido.

Professor José Roberto Sodero

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Haverá como já há, uma discussão sobre eventual

inconstitucionalidade da norma quando tarifa a

indenização, matéria que deve ser levada ao STF e neste

sentido lembra-se do posicionamento da Suprema

Corte que julgou inconstitucional a tarifação por dano

moral prevista na Lei de Imprensa.

STF, RE 447584/RJ, rel. Min. Cezar Peluso, 28.11.2006

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Partindo do pressuposto que a norma que tarifa as indenizações

por dano moral será considerada constitucional, há de se indagar,

como apurar o grau da ofensa, se leve, médio, grave ou

gravíssimo?

No caso do dano moral decorrente do acidente do trabalho,

inclua-se aí a doença ocupacional – doença profissional ou do

trabalho, cabe ao Autor da Reclamação e ao Reclamado instarem a

perícia médica a avaliar a extensão do dano moral.

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Neste sentido, Amaury Rodrigues Pinto Júnior indaga: quais seriam as

peculiaridades do caso concreto que poderiam (ou deveriam) ser

levadas em consideração para fim de arbitramento final?

O que se verifica é que somente as peculiaridades do caso

estabelecerão a extensão do dano.

Exemplos de peculiaridades são: a idade do ofendido; expectativa de

sobrevida; extensão de limitações de natureza profissional e social; etc.

Observe-se para a decisão de arbitramento do limite de gravidade, não

está dispensada a obrigação da motivação das decisões judiciais, como

direito fundamental dos litigantes.

PINTO JÚNIOR, Amaury Rodrigues. A quantificação do dano – Acidentes do trabalho e doenças ocupacionais –São Paulo : LTr, 2016, pág. 144

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A tentativa é que se crie uma objetividade em circunstâncias

que podem se apresentar subjetivas e que precisam ser

aguçadas para despertar a sensibilidade do julgador. Não vejo

como uniformizar quesitos, pois que as peculiaridades da vida

desafiam a uniformidade que pretendem imprimir, sob o falso

argumento da segurança jurídica.

Essa sistematização, tabelamento ou tarifação do dano

extrapatrimonial, exigirá a avaliação da extensão do dano ou

prejuízo. E como poderíamos explorar esses prejuízos ao

quesitar em sede de perícia médica?Professor José Roberto Sodero

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Professor José Roberto Sodero

A denominada nomenclatura "Dintilhac", nomeada em

homenagem ao presidente do grupo de trabalho (Jean-Pierre

DINTILHAC, ex-presidente da 2ª Câmara Cível do Tribunal de

Cassação) que a elaborou, é uma ferramenta de referência no

campo da indenização às vítimas de lesão corporal.

Embora não seja juridicamente vinculativo, é amplamente

utilizado por todos os profissionais (especialistas médicos, reguladores, advogados, associações de vítimas, tribunais) e

inclui uma lista de posições prejudiciais para as vítimas diretas e

indiretas. isto é, parentes.

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NOMENCLATURA DINTILHAC

os prejuízos temporários prejuízos agudos que

seqüenciaram o sinistro (dores lancinantes, desespero pela

diante da nova realidade e as incertezas do porvir, internação

hospitalar.

prejuízos funcionais temporários impossibilidade do exercício da atividade

que garanta o sustento, sua impossibilidade e limitação de atividades prazerosas,

internação hospitalar, cumprimentos de compromissos das atividades mais básicas, higienização, auto-alimentação, isso tudo

até a consolidação das lesões.

sofrimentos físicos e psíquicos sofrimentos que

afligem o acidentado imediatamente após o

infortúnio, dor física provocada pela lesão ou

doença traumática.

prejuízos estéticos temporários autonomia do prejuízo estético,

deformidades.

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NOMENCLATURA DINTILHAC

prejuízos permanentes conseqüências definitivas após a consolidação do infortúnio,

aquilo que normalmente deverá acompanhar o trabalhador

para o resto de sua vida.

prejuízos funcionais permanentes relações sociais, familiares, atividades do cotidiano, profissão, atividade lucrativa, debilidades motoras, prejuízos fisiológicos, perda de

autonomia, taxa de incapacidade funcional permanente, etc.

prejuízos de amenidades perda da possibilidade de

exercer atividades prazerosas: lúdicas, artísticas, culturais,

esportivas ou simplesmente de lazer, prejuízo sexual,

diminuição da perspectiva de casamento, etc.

prejuízo estético permanente individualização quando os danos

estéticos são expressivos, visibilidade ou possibilidade de percepção.

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NOMENCLATURA DINTILHAC

prejuízo sexual ainda que guarde alguma afinidade com o prejuízo de amenidades, perda

dos prazeres da vida, privação de uma das atividades mais importantes da vida, não somente

os danos físicos, mas também, falta de libido, disfunções psicológicas, situações peculiares da

vítima.

prejuízo ao projeto de vida familiar existem danos físicos que inviabilizam a menor esperança de concretização de constituir família, ter filhos, convivência familiar, tetraplegia e grandes traumas cranianos, psicológicos, degradação

da vida anterior, etc.

prejuízo de contaminação contaminação por elementos

químicos, físicos ou biológicos, angústia provocada pelo futuro incerto, medo

de que a doença tenha desenvolvimento e redução da

expectativa de vida.

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PREJUÍZO EXTRAPATRIMONIAL POR RICOCHETE

O STF já se posicionou pela competência da Justiça do

Trabalho para julgar processos indenizatórios quando movidos por herdeiros do trabalhador falecido (RE 600.091/MG, com repercussão geral), “sendo irrelevante, para fins de fixação da competência, o fato de ter sido ajuizada por sucessores

do trabalhador falecido”. O prejuízo por ricochete aflige diretamente a

“vítima indireta” e deverá ser vindicado por jure próprio.

prejuízo de acompanhamento não alcança automaticamente os familiares, mas apenas os que convivem afetiva e

efetivamente com a vítima inicial. Atingem também aqueles que, embora não

coabitassem com o lesionado no momento do sinistro, sejam compelidos a fazê-lo após

o evento incapacitante, modificando desse modo as suas condições existenciais.

prejuízo de afeição dor moral pela tristeza provocada pela morte do ente querido, invade a alma e

permanece, por anos seguidos, perda da alegria de viver, mesmo no caso de que a vítima sobrevive.Professor José Roberto Sodero

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OBRIGADO!!!!!!!!!