insalubridade, periculosidade, acidentes de trabalho e doenças ocupacionais em serviços de saúde...

Insalubridade, Periculosidade, Acidentes de Insalubridade, Periculosidade, Acidentes de Trabalho e Doenças Ocupacionais em Serviços Trabalho e Doenças Ocupacionais em Serviços

de Saúdede Saúde – Parte 2– Parte 2

Prof. Dr. Marcos Henrique Prof. Dr. Marcos Henrique MendanhaMendanha

A CLT e a “Segurança e Medicina do A CLT e a “Segurança e Medicina do Trabalho”Trabalho”

Art. 166 Art. 166 (NR-6)(NR-6) - A empresa é obrigada a fornecer aos - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de empregados, gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidente e danos à saúde proteção contra os riscos de acidente e danos à saúde dos empregados. dos empregados.

Art. 167 Art. 167 (NR-6)(NR-6) - O equipamento de proteção só - O equipamento de proteção só

poderá ser posto à venda ou utilizado poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação com a indicação do Certificado de Aprovaçãodo Certificado de Aprovação do Ministério do do Ministério do Trabalho.Trabalho.

Obs.: Súmula 80 Obs.: Súmula 80 (EPI elimina insalubridade) (EPI elimina insalubridade) x Súmula x Súmula 289 289 (deve ser demonstrado uso efetivo do EPI) (deve ser demonstrado uso efetivo do EPI) do do TST. TST.


Art. 168 Art. 168 (NR-7)(NR-7) - Será obrigatório exame - Será obrigatório exame médico, por conta do empregador, nas médico, por conta do empregador, nas condições estabelecidas neste artigo e nas condições estabelecidas neste artigo e nas instruções complementares a serem instruções complementares a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho: expedidas pelo Ministério do Trabalho:

I- na admissão; I- na admissão; II- na demissão; II- na demissão; III- periodicamente. III- periodicamente.


Art. 168, § 5º - O resultado dos exames médicos, Art. 168, § 5º - O resultado dos exames médicos, inclusive o exame complementar, será comunicado inclusive o exame complementar, será comunicado ao trabalhador, observados os preceitos da ética ao trabalhador, observados os preceitos da ética médica. (Redação dada ao artigo e parágrafos pela médica. (Redação dada ao artigo e parágrafos pela Lei nº 7.855, de 24.10.89). Lei nº 7.855, de 24.10.89).

Obs.: CEM - Obs.: CEM - Art. 105Art. 105 – É vedado ao médico, revelar – É vedado ao médico, revelar informações confidenciais obtidas quando do informações confidenciais obtidas quando do exame médico de trabalhadores inclusive por exame médico de trabalhadores inclusive por exigência dos dirigentes de empresas ou exigência dos dirigentes de empresas ou instituições, salvo se o silêncio puser em risco a instituições, salvo se o silêncio puser em risco a saúde dos empregados ou da comunidade.saúde dos empregados ou da comunidade.


Art. 189 Art. 189 (NR-15)(NR-15) - Serão consideradas - Serão consideradas atividades ou operações insalubres atividades ou operações insalubres aqueles que, por sua natureza, aqueles que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, nocivos à saúde, acima dos limites de acima dos limites de tolerânciatolerância (?) fixados em razão da (?) fixados em razão da natureza e da intensidade do agente natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus e do tempo de exposição aos seus efeitos. efeitos.


Art. 191 Art. 191 (NR-15)(NR-15) - A eliminação ou a - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: neutralização da insalubridade ocorrerá: I- I- com a adoção de medidas que conservem com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância;de tolerância; II- com a utilização de II- com a utilização de equipamentos de proteção individual ao equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de do agente agressivo a limites de tolerância.tolerância.


Art. 192 Art. 192 (NR-15)(NR-15) - O exercício de - O exercício de trabalho em condições insalubres, trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20%(vinte por (quarenta por cento), 20%(vinte por cento) ou 10%(dez por cento),cento) ou 10%(dez por cento),do do salário mínimosalário mínimo, segundo se , segundo se classifiquem nos graus máximos, classifiquem nos graus máximos, médio e mínimo. médio e mínimo.


Art. 193 Art. 193 (NR-16)(NR-16) - São consideradas atividades ou - São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. ou explosivos em condições de risco acentuado. (Exemplo: Súmula 39 TST - frentista.)(Exemplo: Súmula 39 TST - frentista.)

§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade § 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o (trinta por cento) sobre o salário salário sem os sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. ou participações nos lucros da empresa.

§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de § 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. insalubridade que porventura lhe seja devido.


Art. 194 - O direito do empregado ao adicional de Art. 194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho.do Trabalho.

Art. 195 - A caracterização e a classificação da Art. 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de de Médico do Trabalho ou Engenheiro do TrabalhoMédico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, , registrados no Ministério do Trabalho. registrados no Ministério do Trabalho.

(Em alguns casos, a perícia está dispensada, exemplo: (Em alguns casos, a perícia está dispensada, exemplo: Súmula 39 TST.)Súmula 39 TST.)

Na prática...Na prática...

§ 1º do Art. 58 da Lei 8.213/91:§ 1º do Art. 58 da Lei 8.213/91: A A comprovação da efetiva exposição do comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário (PPP), na forma mediante formulário (PPP), na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, Seguro Social - INSS, emitido pela empresa emitido pela empresa ou seu prepostoou seu preposto, com base em laudo , com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT) expedido por (LTCAT) expedido por médico do trabalhomédico do trabalho ou ou engenheiro de segurança do trabalhoengenheiro de segurança do trabalho nos nos termos da legislação trabalhistatermos da legislação trabalhista. . (Redação dada pela Lei 9.732 de 11/12/98)

Explicando...Explicando...

Portanto, a Lei 8.213/91 outorgou às Portanto, a Lei 8.213/91 outorgou às empresas a faculdade de escolherem empresas a faculdade de escolherem entre entre Médicos do TrabalhoMédicos do Trabalho e e Engenheiros de Segurança do Engenheiros de Segurança do TrabalhoTrabalho, o profissional que , o profissional que confeccionará o seu confeccionará o seu LTCATLTCAT, para , para pagamento ou não de adicionais de pagamento ou não de adicionais de insalubridade e/ou periculosidade.insalubridade e/ou periculosidade.


Obs.:Obs.: será que há possibilidade do empregador será que há possibilidade do empregador comprar o laudo???comprar o laudo???

Art. 195, § 2ºArt. 195, § 2º - Argüida em juízo insalubridade - Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja ou periculosidade, seja por empregado, seja por Sindicato em favor de grupo de associados, por Sindicato em favor de grupo de associados, o juiz designará perito habilitado o juiz designará perito habilitado na forma na forma deste artigodeste artigo, , e, onde não houver, requisitará e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do perícia ao órgão competente do Ministério do TrabalhoTrabalho. (Redação dada pela Lei 6.514 de . (Redação dada pela Lei 6.514 de 22/12/7722/12/77))

§ 3º - O disposto nos parágrafos anteriores não § 3º - O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a ação fiscalizadora do Ministério do prejudica a ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho, nem a realização ex officio da Trabalho, nem a realização ex officio da perícia. perícia.

Explicando...Explicando...

Na Justiça do Trabalho às perícias Na Justiça do Trabalho às perícias relativas à insalubridade e/ou relativas à insalubridade e/ou periculosidade têm sido realizadas periculosidade têm sido realizadas por por Engenheiros de Segurança do Engenheiros de Segurança do TrabalhoTrabalho, e Médicos do Trabalho., e Médicos do Trabalho.

Na ausência destes, comumente Na ausência destes, comumente outro profissional é escolhido à outro profissional é escolhido à critério do magistrado.critério do magistrado.

Na Justiça:Na Justiça:

§ § 3º, do Art. 145 do CPC:3º, do Art. 145 do CPC: “Nas “Nas localidades onde não houver localidades onde não houver profissionais qualificados que profissionais qualificados que preencham os requisitos dos preencham os requisitos dos parágrafos anteriores, a indicação parágrafos anteriores, a indicação dos peritos será de livre escolha do dos peritos será de livre escolha do juiz.”juiz.”

PERIGO!!!PERIGO!!!

Na Justiça do Trabalho, quem paga o Na Justiça do Trabalho, quem paga o honorário do perito, é a parte honorário do perito, é a parte sucumbente no objeto da perícia.sucumbente no objeto da perícia.

Ex.: se o perito diz que há Ex.: se o perito diz que há insalubridade: “a empresa perdeu a insalubridade: “a empresa perdeu a perícia”! Portanto, ela paga os perícia”! Portanto, ela paga os honorários do perito.honorários do perito.

PERIGO!!!PERIGO!!!

Quando a empresa paga, Quando a empresa paga, geralmente, os honorários geralmente, os honorários

são maiores!!!são maiores!!!

PERIGO!!!PERIGO!!!

Imaginem situações como: LER / Imaginem situações como: LER / DORT e Transtornos Mentais, cujos DORT e Transtornos Mentais, cujos diagnósticos são fundamentalmente diagnósticos são fundamentalmente clínicos...clínicos...

Terreno fértil para toda sorte de Terreno fértil para toda sorte de corrupção pericial!corrupção pericial!

PERIGO!!!PERIGO!!!

Comenta-se nos corredores forenses Comenta-se nos corredores forenses dos grandes centros que, pelo perito, dos grandes centros que, pelo perito, já se sabe a sentença, na Justiça do já se sabe a sentença, na Justiça do

Trabalho.Trabalho.

PERIGO!!!PERIGO!!!

Será que alguns juizes, pela empatia Será que alguns juizes, pela empatia (ou não) com uma das partes na (ou não) com uma das partes na

audiência inicial, não determinam a audiência inicial, não determinam a sentença com a própria escolha do sentença com a própria escolha do

perito???perito???

Sugestão às Empresas em casos Sugestão às Empresas em casos de Processo na Justiça do de Processo na Justiça do

TrabalhoTrabalho

Além de todas as juntadas de Além de todas as juntadas de documentos:documentos:

Tenha um bom assistente técnico;Tenha um bom assistente técnico;

Adiante os honorários do perito Adiante os honorários do perito judicial.judicial.


Art. 391 da CLTArt. 391 da CLT - Não constitui justo motivo para - Não constitui justo motivo para a rescisão do contrato de trabalho da mulher o a rescisão do contrato de trabalho da mulher o fato de haver contraído matrimônio ou de fato de haver contraído matrimônio ou de encontrar-se em estado de gravidez. encontrar-se em estado de gravidez.

Parágrafo único - Não serão permitidos, em Parágrafo único - Não serão permitidos, em regulamentos de qualquer natureza, contratos regulamentos de qualquer natureza, contratos coletivos ou individuais de trabalho, restrições ao coletivos ou individuais de trabalho, restrições ao direito da mulher ao seu emprego, por motivo de direito da mulher ao seu emprego, por motivo de casamento ou de gravidez. casamento ou de gravidez.

(Sintonia com o Art. 7, XXX, da CF, e Lei 5.473 / (Sintonia com o Art. 7, XXX, da CF, e Lei 5.473 / 68, que proíbem a discriminação de sexo na 68, que proíbem a discriminação de sexo na admissão de emprego sujeito a seleção).admissão de emprego sujeito a seleção).


Art. 392 - É proibido o trabalho da mulher grávida Art. 392 - É proibido o trabalho da mulher grávida no período de 4 (quatro) semanas antes, e 8 no período de 4 (quatro) semanas antes, e 8 (oito) semanas depois do parto. (oito) semanas depois do parto.

NOTA: O art. 7º, XVIII, da CF/88 ampliou de 84 NOTA: O art. 7º, XVIII, da CF/88 ampliou de 84 para 120 dias o período durante o qual fica para 120 dias o período durante o qual fica proibido o trabalho da mulher grávida. proibido o trabalho da mulher grávida.

§ 1º - Para os fins previstos neste artigo, o início § 1º - Para os fins previstos neste artigo, o início do afastamento da empregada de seu trabalho do afastamento da empregada de seu trabalho será determinado por atestado médico nos será determinado por atestado médico nos termos do art. 375, o qual deverá ser visado pela termos do art. 375, o qual deverá ser visado pela empresa. empresa.

A CLT e a “Medicina do Trabalho”A CLT e a “Medicina do Trabalho”

§ 2º - Em casos excepcionais, os períodos de § 2º - Em casos excepcionais, os períodos de repouso antes e depois do parto poderão ser repouso antes e depois do parto poderão ser aumentados de mais 2 (duas) semanas cada um, aumentados de mais 2 (duas) semanas cada um, mediante atestado médico, na forma do § 1º. mediante atestado médico, na forma do § 1º. (????) (????)

§ 3º - Em caso de parto antecipado, a mulher terá § 3º - Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito às 12 (doze) semanas previstas neste direito às 12 (doze) semanas previstas neste artigo. artigo. (CF passou para 120 dias)(CF passou para 120 dias)

§ 4º - Em casos excepcionais, mediante atestado § 4º - Em casos excepcionais, mediante atestado médico, na forma do § 1º, é permitido à mulher médico, na forma do § 1º, é permitido à mulher grávida mudar de função.grávida mudar de função.

Curiosidade aos médicos...Curiosidade aos médicos...

E se uma jovem mãe lhe procura no PS E se uma jovem mãe lhe procura no PS dizendo que se auto-medicou com a dizendo que se auto-medicou com a

intenção do abortamento, e intenção do abortamento, e conseguiu realizá-lo. conseguiu realizá-lo. Você tem a Você tem a

obrigação de denunciá-la, uma vez obrigação de denunciá-la, uma vez que aborto é crime conforme Art. que aborto é crime conforme Art.

124 do Código Penal???124 do Código Penal???

R.:R.: Nesse caso específico, Nesse caso específico, nãonão!!

Outra Curiosidade...Outra Curiosidade... Art. 66 da Lei 3.688 / 41 (Lei das Art. 66 da Lei 3.688 / 41 (Lei das

Contravenções Penais): Contravenções Penais): Deixar de comunicar à autoridade competente:Deixar de comunicar à autoridade competente:

II – crime de ação pública, de que teve II – crime de ação pública, de que teve conhecimento conhecimento no exercício da medicinano exercício da medicina ou de ou de outra profissão sanitária, outra profissão sanitária, desde quedesde que a ação a ação penal não dependa de representação e penal não dependa de representação e a a comunicação não exponha o cliente a comunicação não exponha o cliente a procedimento criminalprocedimento criminal: :

Pena – multa, de trezentos mil réis a três Pena – multa, de trezentos mil réis a três contos de réis. contos de réis. (multa calculada em UFIR (multa calculada em UFIR atualmente)atualmente)

A CLT e a “Medicina do Trabalho”A CLT e a “Medicina do Trabalho”

Art. 396 - Para amamentar o próprio Art. 396 - Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de direito, durante a jornada de trabalho, a dois descansos especiais, trabalho, a dois descansos especiais, de meia hora cada um. de meia hora cada um.

A mãe pode optar por uma hora a A mãe pode optar por uma hora a menos na jornada?? menos na jornada??

CuriosidadeCuriosidade

Ato das Disposições Constitucionais Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), Art. 10, inciso IITransitórias (ADCT), Art. 10, inciso II: : “fica vedada a dispensa arbitrária ou “fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: (b) da empregada sem justa causa: (b) da empregada gestante, desde a confirmação da gestante, desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto.”gravidez até 5 meses após o parto.”

Mas não são 4 meses??Mas não são 4 meses??


Uma gestante de 28 semanas, sendo Uma gestante de 28 semanas, sendo dispensada (e não demitida) do dispensada (e não demitida) do emprego, sem justa causa, chega emprego, sem justa causa, chega em ao consultório do Médico do em ao consultório do Médico do Trabalho para fazer exame Trabalho para fazer exame demissional. demissional.

Ela está apta ou inapta??Ela está apta ou inapta??

Curiosidade...Curiosidade...

Algumas atrizes de Hollywood Algumas atrizes de Hollywood possuem cláusulas contratuais de possuem cláusulas contratuais de proibição expressa de gravidez proibição expressa de gravidez durante vigência do contrato. Isso é durante vigência do contrato. Isso é permitido?permitido?


R.: Lá nos EUA sim! A constituição R.: Lá nos EUA sim! A constituição americana versa somente sobre questões americana versa somente sobre questões que envolvem Estados e suas relações. que envolvem Estados e suas relações. Questões contratuais, por exemplo, são Questões contratuais, por exemplo, são chamadas de “irrelevantes chamadas de “irrelevantes constitucionais”. constitucionais”.

No Brasil, a Constituição Federal de 1988 No Brasil, a Constituição Federal de 1988 dedica Artigo 7 aos “Direitos e Garantias dedica Artigo 7 aos “Direitos e Garantias Fundamentais Fundamentais do trabalhadordo trabalhador”.”.


Uma nação deve ter autonomia de Uma nação deve ter autonomia de legislação.legislação.

Ex.: Na Austrália, o governo decretou Ex.: Na Austrália, o governo decretou que não existe LER / DORT!que não existe LER / DORT!

O suicídio no Paquistão!O suicídio no Paquistão!


Sendo os senhores grandes Sendo os senhores grandes empresários: empresários:

Podem realizar dispensa dos seus Podem realizar dispensa dos seus empregados, sem justa causa, a empregados, sem justa causa, a

qualquer tempo??qualquer tempo??


E os empregados dispensados da E os empregados dispensados da EMBRAEREMBRAER, por que entraram na , por que entraram na justiça pleiteando reintegração ao justiça pleiteando reintegração ao emprego??emprego??


Dispensa arbitrária (sem justa Dispensa arbitrária (sem justa causa), é permitida em nossa causa), é permitida em nossa legislação, baseado no legislação, baseado no princípio princípio fundamental do empregador, fundamental do empregador, estabelecido pela CF / 88, da livre estabelecido pela CF / 88, da livre iniciativa, e no poder potestativo do iniciativa, e no poder potestativo do empregador.empregador.


No entanto, se essa dispensa No entanto, se essa dispensa arbitrária for questionada arbitrária for questionada judicialmente, com o argumento de judicialmente, com o argumento de que feriu alguma que feriu alguma garantia garantia fundamental do cidadão fundamental do cidadão estabelecida estabelecida na CF / 88 (ex.: intimidade, liberdade na CF / 88 (ex.: intimidade, liberdade de expressão, igualdade, etc.), a de expressão, igualdade, etc.), a reintegração ao emprego poderá ser reintegração ao emprego poderá ser pleiteada.pleiteada.


Como envolve Como envolve direitos fundamentais direitos fundamentais do cidadão e do empregadordo cidadão e do empregador, a , a questão dialética do processo será questão dialética do processo será determinante, ou seja, levará a determinante, ou seja, levará a melhor quem tiver o melhor melhor quem tiver o melhor advogado, e conseguir fazer o advogado, e conseguir fazer o convencimento do juiz!convencimento do juiz!


Exemplos: Exemplos: ““Professor poeta”: Professor poeta”: professor de escola professor de escola

particular do ensino médio do RJ, fazia particular do ensino médio do RJ, fazia poesias eróticas fora do ambiente poesias eróticas fora do ambiente escolar. Seu hobby foi descoberto, e escolar. Seu hobby foi descoberto, e ele dispensado sem justa causa. ele dispensado sem justa causa.

Houve lesão do princípio fundamental Houve lesão do princípio fundamental da liberdade de expressão??da liberdade de expressão??


Orkut: Orkut: empregado paulista foi empregado paulista foi dispensado por “mau procedimento” dispensado por “mau procedimento” ao fundar uma comunidade no Orkut ao fundar uma comunidade no Orkut para discussão das relações de para discussão das relações de trabalho na empresa. trabalho na empresa.

Houve violação da liberdade de Houve violação da liberdade de expressão??expressão??


Empregado auxiliar administrativo, Empregado auxiliar administrativo, clinicamente normal, se revela HIV clinicamente normal, se revela HIV positivo e é dispensado.positivo e é dispensado.

Houve lesão ao princípio fundamental Houve lesão ao princípio fundamental da igualdade (discriminação)??da igualdade (discriminação)??


Prefeitura de São Sebastião – RJ, colocou Prefeitura de São Sebastião – RJ, colocou no edital para concurso de “guarda no edital para concurso de “guarda municipal”, que o candidato deveria ter, municipal”, que o candidato deveria ter, pelo menos, “20 dentes da boca”.pelo menos, “20 dentes da boca”.

O edital foi atacado pela Procuradoria do O edital foi atacado pela Procuradoria do Trabalho do RJ, com base no princípio Trabalho do RJ, com base no princípio fundamental da igualdade fundamental da igualdade (discriminação).(discriminação).

As Normas RegulamentadorasAs Normas Regulamentadoras O O Ministério do TrabalhoMinistério do Trabalho, por intermédio , por intermédio

da da Portaria nº 3.214, de 8 de junho de Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 19781978, aprovou as Normas , aprovou as Normas Regulamentadoras - NR - previstas no Regulamentadoras - NR - previstas no Capítulo V da CLT (Lei 6.514 / 77). Capítulo V da CLT (Lei 6.514 / 77).

Esta mesma Portaria estabeleceu que as Esta mesma Portaria estabeleceu que as alterações posteriores das NR seriam alterações posteriores das NR seriam determinadas pela Secretaria de determinadas pela Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho, órgão Segurança e Saúde do Trabalho, órgão do atual do atual Ministério do Trabalho e EmpregoMinistério do Trabalho e Emprego. .

As Normas RegulamentadorasAs Normas Regulamentadoras

NR1NR1 - - Disposições Gerais: Disposições Gerais: são os são os artigos 154 a 159 da Consolidação artigos 154 a 159 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. das Leis do Trabalho - CLT.

NR2 - NR2 - Inspeção Prévia: Inspeção Prévia: é o artigo 160 é o artigo 160 da CLT. da CLT.

NR3 - NR3 - Embargo ou Interdição: Embargo ou Interdição: é o é o artigo 161 da CLT. artigo 161 da CLT.


NR4NR4 - - Serviços Especializados em Engenharia Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT: SESMT: é o artigo 162 da CLT.é o artigo 162 da CLT.

NR5 - NR5 - Comissão Interna de Prevenção de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA: Acidentes - CIPA: são os artigos 163 a 165 da são os artigos 163 a 165 da CLT.CLT.

NR6NR6 - - Equipamentos de Proteção Individual - Equipamentos de Proteção Individual - EPI: EPI: são os artigos 166 e 167 da CLT.são os artigos 166 e 167 da CLT.


NR7NR7 - - Programas de Controle Médico Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO): de Saúde Ocupacional (PCMSO): são são os artigos 168 e 169 da CLT.os artigos 168 e 169 da CLT.


NR8NR8 - - Edificações: são os artigos 170 Edificações: são os artigos 170 a 174 da CLT.a 174 da CLT.

NR9NR9 - - Programas de Prevenção de Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA): Riscos Ambientais (PPRA): são os são os artigos 175 a 178 da CLT. artigos 175 a 178 da CLT.


NR10NR10 - - Instalações e Serviços em Instalações e Serviços em Eletricidade: Eletricidade: são os artigos 179 a 181 da são os artigos 179 a 181 da CLT.CLT.

NR11NR11 - - Transporte, Movimentação, Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais: Armazenagem e Manuseio de Materiais: são os artigos 182 e 183 da CLT.são os artigos 182 e 183 da CLT.

NR12NR12 - - Máquinas e Equipamentos: Máquinas e Equipamentos: são os são os artigos 184 e 186 da CLT. artigos 184 e 186 da CLT.


NR13NR13 - - Caldeiras e Vasos de Pressão: Caldeiras e Vasos de Pressão: são os artigos 187 e 188 da CLT.são os artigos 187 e 188 da CLT.

NR14NR14 - - Fornos: Fornos: é o artigo 187 da CLT.é o artigo 187 da CLT.

NR15NR15 - - Atividades e Operações Atividades e Operações Insalubres: Insalubres: são os artigos 189 e 192 são os artigos 189 e 192 da CLT.da CLT.

As Normas RegulamentadorasAs Normas Regulamentadoras NR16NR16 - - Atividades e Operações Perigosas: Atividades e Operações Perigosas: tem a tem a

sua existência jurídica assegurada através dos sua existência jurídica assegurada através dos artigos 193 a 197 da CLT. artigos 193 a 197 da CLT. A fundamentação legal, A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à caracterização da energia elétrica como jurídico à caracterização da energia elétrica como sendo o 3° agente periculoso é a Lei n° 7.369 de sendo o 3° agente periculoso é a Lei n° 7.369 de 22 de setembro de 1985, que institui o adicional 22 de setembro de 1985, que institui o adicional de periculosidade para os profissionais da área de de periculosidade para os profissionais da área de eletricidade. A portaria MTb n° 3.393 de 17 de eletricidade. A portaria MTb n° 3.393 de 17 de dezembro de 1987, numa atitude casuística e dezembro de 1987, numa atitude casuística e decorrente do famoso acidente com o Césio 137 decorrente do famoso acidente com o Césio 137 em Goiânia, veio a enquadrar as radiações em Goiânia, veio a enquadrar as radiações ionizantes, que já eram insalubres de grau ionizantes, que já eram insalubres de grau máximo, como o 4° agente periculoso.máximo, como o 4° agente periculoso.


NR17NR17 - Ergonomia: - Ergonomia: são os artigos são os artigos 198 e 199 da CLT.198 e 199 da CLT.

NR18NR18 - - Condições e Meio Ambiente Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da de Trabalho na Indústria da Construção: Construção: é o artigo 200 inciso I da é o artigo 200 inciso I da CLT.CLT.


NR19NR19 - - Explosivos: Explosivos: é o artigo 200 é o artigo 200 inciso II da CLT.inciso II da CLT.

NR20NR20 - - Líquidos Combustíveis e Líquidos Combustíveis e Inflamáveis: Inflamáveis: é o artigo 200 inciso II é o artigo 200 inciso II da CLT.da CLT.

NR21NR21 - - Trabalho a Céu Aberto: Trabalho a Céu Aberto: é o é o artigo 200 inciso IV da CLT. artigo 200 inciso IV da CLT.

As Normas RegulamentadorasAs Normas Regulamentadoras NR22NR22 - - Segurança e Saúde Ocupacional na Segurança e Saúde Ocupacional na

Mineração: Mineração: A fundamentação legal, A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta embasamento jurídico à existência desta NR, NR, são os artigos 293 a 301 esão os artigos 293 a 301 e o artigo o artigo 200 inciso III200 inciso III, todos da CLT., todos da CLT.

NR23NR23 - - Proteção Contra Incêndios: Proteção Contra Incêndios: é o é o artigo 200 inciso IV da CLT.artigo 200 inciso IV da CLT.

NR24NR24 - - Condições Sanitárias e de Conforto Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho: nos Locais de Trabalho: é o artigo 200 é o artigo 200 inciso VII da CLT. inciso VII da CLT.

As Normas RegulamentadorasAs Normas Regulamentadoras NR25NR25 - - Resíduos Industriais: Resíduos Industriais: é o artigo 200 inciso é o artigo 200 inciso

VII da CLT.VII da CLT.

NR26NR26 - - Sinalização de Segurança: Sinalização de Segurança: é o artigo 200 é o artigo 200 inciso VIII da CLT.inciso VIII da CLT.

NR27NR27 - - Registro Profissional do Técnico de Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério do Trabalho: Segurança do Trabalho no Ministério do Trabalho: A fundamentação legal, ordinária e específica, A fundamentação legal, ordinária e específica, tem seu embasamento jurídico assegurado través tem seu embasamento jurídico assegurado través do artigo 3° da lei n° 7.410 de 27 de novembro do artigo 3° da lei n° 7.410 de 27 de novembro de 1985, regulamentado pelo artigo 7° do de 1985, regulamentado pelo artigo 7° do Decreto n° 92.530 de 9 de abril de 1986. Decreto n° 92.530 de 9 de abril de 1986.

As Normas RegulamentadorasAs Normas Regulamentadoras NR28NR28 - - Fiscalização e Penalidades: Fiscalização e Penalidades: A fundamentação legal, A fundamentação legal,

ordinária e específica, tem a sua existência jurídica assegurada, a ordinária e específica, tem a sua existência jurídica assegurada, a nível de legislação ordinária, através do nível de legislação ordinária, através do artigo 201 da CLTartigo 201 da CLT, com as , com as alterações que lhe foram dadas pelo artigo 2° da Lei n° 7.855 de alterações que lhe foram dadas pelo artigo 2° da Lei n° 7.855 de 24 de outubro de 1989, que institui o Bônus do Tesouro Nacional - 24 de outubro de 1989, que institui o Bônus do Tesouro Nacional - BTN, como valor monetário a ser utilizado na cobrança de multas, BTN, como valor monetário a ser utilizado na cobrança de multas, e posteriormente, pelo artigo 1° da Lei n° 8.383 de 30 de e posteriormente, pelo artigo 1° da Lei n° 8.383 de 30 de dezembro de 1991, especificamente no tocante à instituição da dezembro de 1991, especificamente no tocante à instituição da Unidade Fiscal de Referência -UFIR, como valor monetário a ser Unidade Fiscal de Referência -UFIR, como valor monetário a ser utilizado na cobrança de multas em substituição ao BTN.utilizado na cobrança de multas em substituição ao BTN.

NR29NR29 - - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário: Trabalho Portuário: A sua existência jurídica está assegurada em A sua existência jurídica está assegurada em nível de legislação ordinária, através da Medida Provisória n° nível de legislação ordinária, através da Medida Provisória n° 1.575-6, de 27/11/97, 1.575-6, de 27/11/97, do artigo 200 da CLTdo artigo 200 da CLT, o Decreto n° 99.534, , o Decreto n° 99.534, de 19/09/90 que promulga a Convenção n° 152 da OIT.de 19/09/90 que promulga a Convenção n° 152 da OIT.


NR30NR30 - - Norma Regulamentadora de Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário : Aquaviário : é o artigo 200, caput, da é o artigo 200, caput, da CLT. CLT.


NR31NR31 - - NORMA REGULAMENTADORA DE NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA SILVICULTURA, AGRICULTURA, PECUÁRIA SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQÜICULTURA: EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQÜICULTURA: A sua existência jurídica é assegurada por A sua existência jurídica é assegurada por meio do artigo 13 da Lei nº. 5.889, de 8 de meio do artigo 13 da Lei nº. 5.889, de 8 de junho de 1973. junho de 1973. Esta norma “substitui” as Esta norma “substitui” as NRRs.NRRs.

NR32NR32 - Segurança e Saúde no Trabalho em - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde: Estabelecimentos de Saúde: é o artigo é o artigo 200, caput, da CLT. 200, caput, da CLT.


NR33NR33 - - Segurança e Saúde no Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados: Trabalho em Espaços Confinados: é o é o artigo 200, caput, da CLT. artigo 200, caput, da CLT.


Para o exercício Para o exercício Medicina do TrabalhoMedicina do Trabalho, , é fundamental sabermos que:é fundamental sabermos que:

NR-9NR-9 NR-7NR-7

PPRA PCMSOPPRA PCMSO

ASOASO

NR-7 - PCMSONR-7 - PCMSO(Redação dada pela Portaria 24 de 29 de dezembro de 1994)(Redação dada pela Portaria 24 de 29 de dezembro de 1994)

O PCMSO está respaldado na O PCMSO está respaldado na Convenção 161 da Organização Convenção 161 da Organização Internacional do Trabalho - OIT;Internacional do Trabalho - OIT;

O PCMSO está previsto no Artigo O PCMSO está previsto no Artigo 7, inciso XXII, da Constituição 7, inciso XXII, da Constituição Federal da Brasil, de 1988;Federal da Brasil, de 1988;

O PCMSO é uma exigência legal O PCMSO é uma exigência legal prevista no Artigo 168 da CLT.prevista no Artigo 168 da CLT.

O PCMSO (NR-7) de O PCMSO (NR-7) de estabelecimentos de saúde estabelecimentos de saúde

(hospitais, clínicas, etc.), (hospitais, clínicas, etc.), devem estar em sintonia devem estar em sintonia

com a NR-32!com a NR-32!

NR-7 - PCMSONR-7 - PCMSO 7.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR 7.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR

estabelece a estabelece a obrigatoriedadeobrigatoriedade de elaboração e de elaboração e implementação, por parte de todos os implementação, por parte de todos os empregadores e instituições empregadores e instituições que admitam que admitam trabalhadores como empregadostrabalhadores como empregados, do Programa de , do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSOPCMSO, , com o objetivo de promoção e preservação da com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. saúde do conjunto dos seus trabalhadores.

7.2.4. O PCMSO deverá ser planejado e 7.2.4. O PCMSO deverá ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos implantado com base nos riscos à saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas demais NR.avaliações previstas nas demais NR.

NR-7 - PCMSONR-7 - PCMSO 7.3.1. Compete ao empregador:7.3.1. Compete ao empregador: a) garantir a elaboração e efetiva implementação a) garantir a elaboração e efetiva implementação

do PCMSO, bem como zelar pela sua eficácia; do PCMSO, bem como zelar pela sua eficácia;

b) custear sem ônus para o empregado todos os b) custear sem ônus para o empregado todos os procedimentos relacionados ao PCMSO;procedimentos relacionados ao PCMSO;

c) indicar, dentre os médicos dos Serviços c) indicar, dentre os médicos dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT, da empresa, um Medicina do Trabalho - SESMT, da empresa, um coordenador responsável pela execução do coordenador responsável pela execução do PCMSO; PCMSO;

Obs.: NR-4: SESMTObs.: NR-4: SESMT

NR-7 - PCMSONR-7 - PCMSO

d) no caso de a empresa estar d) no caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, desobrigada de manter médico do trabalho, de acordo com a NR 4, deverá o empregador de acordo com a NR 4, deverá o empregador indicar médico do trabalho, empregado ou indicar médico do trabalho, empregado ou não da empresa, para coordenar o PCMSO; não da empresa, para coordenar o PCMSO;

e) inexistindo médico do trabalho na e) inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador poderá contratar localidade, o empregador poderá contratar médico de outra especialidade para médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO. coordenar o PCMSO.

NR-7 - PCMSONR-7 - PCMSO 7.3.2. Compete ao médico coordenador:7.3.2. Compete ao médico coordenador:

a) realizar os exames médicos previstos no item a) realizar os exames médicos previstos no item 7.4.1 ou encarregar os mesmos a profissional 7.4.1 ou encarregar os mesmos a profissional médico familiarizado com os princípios da médico familiarizado com os princípios da patologia ocupacional e suas causas, bem como patologia ocupacional e suas causas, bem como com o ambiente, as condições de trabalho e os com o ambiente, as condições de trabalho e os riscos a que está ou será exposto cada riscos a que está ou será exposto cada trabalhador da empresa a ser examinado; trabalhador da empresa a ser examinado; (médico coordenador x médico examinador)(médico coordenador x médico examinador)

b) encarregar dos exames complementares b) encarregar dos exames complementares previstos nos itens, quadros e anexos desta NR previstos nos itens, quadros e anexos desta NR profissionais e/ou entidades devidamente profissionais e/ou entidades devidamente capacitados, equipados e qualificados.capacitados, equipados e qualificados.

Curiosidade Polêmica!Curiosidade Polêmica!

(Questão do Professor) Ao abrir uma (Questão do Professor) Ao abrir uma clínica de Medicina do Trabalho, um clínica de Medicina do Trabalho, um laboratório lhe procura para que você laboratório lhe procura para que você encaminhe todos os seus pacientes encaminhe todos os seus pacientes ao mesmo, com o argumento de que ao mesmo, com o argumento de que está qualificado para realizar os está qualificado para realizar os exames complementares previstos na exames complementares previstos na NR-7:NR-7:

a) a proposta não deve ser aceita por a) a proposta não deve ser aceita por infringir questões éticas.infringir questões éticas.


b) se o laboratório for confiável, não há b) se o laboratório for confiável, não há questão ética sendo infringida.questão ética sendo infringida.

c) Independente do laboratório ser c) Independente do laboratório ser qualificado, não há questão ética sendo qualificado, não há questão ética sendo infringida.infringida.

d) é vedado ao médico do trabalho exercer a d) é vedado ao médico do trabalho exercer a profissão com interação ou dependência de profissão com interação ou dependência de farmácia, laboratório farmacêutico, ótica ou farmácia, laboratório farmacêutico, ótica ou qualquer organização destinada à qualquer organização destinada à fabricação, manipulação ou comercialização fabricação, manipulação ou comercialização de produtos de prescrição médica de de produtos de prescrição médica de qualquer natureza.qualquer natureza.

e) nda.e) nda.


Resposta: BResposta: B

b) se o laboratório for confiável, não há b) se o laboratório for confiável, não há questão ética sendo infringida.questão ética sendo infringida.

JustificativaJustificativa

Art. 98 do Código de Ética MédicaArt. 98 do Código de Ética Médica: “É : “É vedado ao médico, exercer a profissão vedado ao médico, exercer a profissão com interação ou dependência de com interação ou dependência de farmácia, laboratório farmacêutico, farmácia, laboratório farmacêutico, ótica ou qualquer organização ótica ou qualquer organização destinada à fabricação, manipulação destinada à fabricação, manipulação ou comercialização de produtos de ou comercialização de produtos de prescrição médica de qualquer prescrição médica de qualquer natureza, natureza, exceto quando se tratar de exceto quando se tratar de exercício da Medicina do Trabalhoexercício da Medicina do Trabalho”.”.

NR-7 - PCMSONR-7 - PCMSO 7.4.1. O PCMSO deve incluir, entre outros, 7.4.1. O PCMSO deve incluir, entre outros,

a realização obrigatória dos exames a realização obrigatória dos exames médicos:médicos:

a) admissional; a) admissional;

b) periódico; b) periódico;

c) de retorno ao trabalho; c) de retorno ao trabalho;

d) de mudança de função; d) de mudança de função;

e) demissional. e) demissional.


Pode o Médico do Trabalho solicitar o Pode o Médico do Trabalho solicitar o exame beta-HCG num exame exame beta-HCG num exame admissional, por exemplo??admissional, por exemplo??


R.: R.: A legislação não contempla esse A legislação não contempla esse tópico de forma específica. Caberá tópico de forma específica. Caberá ao solicitante do exame demonstrar ao solicitante do exame demonstrar a necessidade de realizá-lo a necessidade de realizá-lo (prevenção à saúde da criança, por (prevenção à saúde da criança, por exemplo), sob pena de ser arguído exemplo), sob pena de ser arguído judicialmente pelo argumento da judicialmente pelo argumento da lesão ao princípio lesão ao princípio fundamental da fundamental da igualdade igualdade (discriminação).(discriminação).

NR-7 - PCMSONR-7 - PCMSO 7.4.4. Para cada exame médico realizado, 7.4.4. Para cada exame médico realizado,

previsto no item 7.4.1, o médico emitirá o previsto no item 7.4.1, o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em 2 Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em 2 (duas) vias. (duas) vias.

7.4.4.1. A primeira via do ASO ficará arquivada no 7.4.4.1. A primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, inclusive frente local de trabalho do trabalhador, inclusive frente de trabalho ou canteiro de obras, à disposição da de trabalho ou canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho. fiscalização do trabalho.

7.4.4.2. A segunda via do ASO será 7.4.4.2. A segunda via do ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo na primeira via. mediante recibo na primeira via.

NR-7 - PCMSONR-7 - PCMSO

d) o nome do médico coordenador, d) o nome do médico coordenador, quando houver, com respectivo CRM; quando houver, com respectivo CRM; e) e) definição de apto ou inapto para definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador a função específica que o trabalhador vai exercer, exerce ou exerceu;vai exercer, exerce ou exerceu; f) nome do médico encarregado do f) nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato; exame e endereço ou forma de contato; g) data e assinatura do médico g) data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo encarregado do exame e carimbo contendo seu número de inscrição no contendo seu número de inscrição no Conselho Regional de Medicina.Conselho Regional de Medicina.

NR-7 x Lei 10.876 / 04NR-7 x Lei 10.876 / 04

Lei 10.876 / 04, Artigo 2, inciso I: Lei 10.876 / 04, Artigo 2, inciso I: “Compete “Compete privativamenteprivativamente aos aos ocupantes do cargo de Perito Médico ocupantes do cargo de Perito Médico da Previdência Social, emissão de da Previdência Social, emissão de parecer parecer conclusivoconclusivo quanto à quanto à capacidade laboral capacidade laboral para fins para fins previdenciáriosprevidenciários.”.”

NR-7 x Lei 10.876 / 04NR-7 x Lei 10.876 / 04

Tanto o Médico Assistente como o Tanto o Médico Assistente como o Médico do Trabalho podem entender Médico do Trabalho podem entender que o paciente encontra-se inapto a que o paciente encontra-se inapto a uma determinada função, mas o uma determinada função, mas o parecer parecer definitivodefinitivo quanto a sua quanto a sua aptidão / inaptidão laboral, para fins aptidão / inaptidão laboral, para fins previdenciários, será dado pelo previdenciários, será dado pelo Médico Perito do INSS.Médico Perito do INSS.

NR-7 x Lei 10.876 / 04NR-7 x Lei 10.876 / 04

O Médico Assistente / Médico do O Médico Assistente / Médico do Trabalho, ao encaminhar o paciente Trabalho, ao encaminhar o paciente

para o INSS, além do CID, devem para o INSS, além do CID, devem discriminar o tempo estimado para discriminar o tempo estimado para concessão do auxílio previdenciário concessão do auxílio previdenciário

pertinente?pertinente?

Resolução 1.851 de 18/08/08 - Resolução 1.851 de 18/08/08 - CFMCFM

CONSIDERANDO que o médico assistente é o CONSIDERANDO que o médico assistente é o profissional que acompanha o paciente em sua profissional que acompanha o paciente em sua doença e evolução e, quando necessário, emite o doença e evolução e, quando necessário, emite o devido atestado ou relatório médicos:devido atestado ou relatório médicos:

Art. 3ºArt. 3º Na elaboração do atestado médico, o médico Na elaboração do atestado médico, o médico assistente observará os seguintes procedimentos:assistente observará os seguintes procedimentos:

Parágrafo únicoParágrafo único. Quando o atestado for solicitado pelo . Quando o atestado for solicitado pelo paciente ou seu representante legal para fins de perícia paciente ou seu representante legal para fins de perícia médica médica deverádeverá observar:observar:

I - o diagnóstico;I - o diagnóstico;

II - os resultados dos exames complementares;II - os resultados dos exames complementares;

Resolução 1.851 de 18/08/08 - Resolução 1.851 de 18/08/08 - CFMCFM

III - a conduta terapêutica;III - a conduta terapêutica;

IV - o prognóstico;IV - o prognóstico;

V - as conseqüências à saúde do paciente;V - as conseqüências à saúde do paciente;

VI - o provável tempo de repouso estimado VI - o provável tempo de repouso estimado necessário para a sua recuperação, necessário para a sua recuperação, que que complementará o parecer fundamentado do complementará o parecer fundamentado do médico peritomédico perito, , a quem cabe legalmente a a quem cabe legalmente a decisão do benefício previdenciáriodecisão do benefício previdenciário, tais , tais como: aposentadoria, invalidez definitiva, como: aposentadoria, invalidez definitiva, readaptaçãoreadaptação;;

Lei 10.876 / 04 x Resolução 1.851 / 08 - Lei 10.876 / 04 x Resolução 1.851 / 08 - CFMCFM

Sugestão:Sugestão: para estar de acordo com para estar de acordo com a a Lei 10.876 / 04 e a Resolução 1.851 / 08 Lei 10.876 / 04 e a Resolução 1.851 / 08 – CFM– CFM, o médico assistente / médico do , o médico assistente / médico do trabalho deve indicar o tempo provável de trabalho deve indicar o tempo provável de afastamento, mas sempre deixando claro afastamento, mas sempre deixando claro ao paciente, que o parecer definitivo ao paciente, que o parecer definitivo quanto a sua aptidão / inaptidão laboral, e quanto a sua aptidão / inaptidão laboral, e o tempo de benefício previdenciário, será o tempo de benefício previdenciário, será definido pelo Médico Perito do INSS.definido pelo Médico Perito do INSS.


De janeiro a outubro de 2008, De janeiro a outubro de 2008, 8585 peritos do INSS registraram BO na PF peritos do INSS registraram BO na PF por agressão. por agressão.

É consenso de que este número é É consenso de que este número é subestimado, pois não são subestimado, pois não são contabilizadas as denúncias feitas contabilizadas as denúncias feitas administrativamente no próprio INSS.administrativamente no próprio INSS.

Polêmica: afronta ao sigilo médico?Polêmica: afronta ao sigilo médico?

Em novembro de 2008, Segunda Vara Em novembro de 2008, Segunda Vara da JF do RJ determinou ao INSS da JF do RJ determinou ao INSS implantação de medidas de segurança, implantação de medidas de segurança, inclusive, inclusive, câmeras de gravaçãocâmeras de gravação nos nos consultóriosconsultórios..

Em Foz do Iguaçu, prefeito determinou, Em Foz do Iguaçu, prefeito determinou, por outros motivos, monitoramento por por outros motivos, monitoramento por câmeras em todos os postos e serviços câmeras em todos os postos e serviços de saúde do município.de saúde do município.


Vê-se que o atestado de saúde Vê-se que o atestado de saúde ocupacional (ASO) é membro de um ocupacional (ASO) é membro de um corpo maior chamado PCMSO.corpo maior chamado PCMSO.

Onde o ASO sem PCMSO é considerado Onde o ASO sem PCMSO é considerado legal?legal?


No caso dos empregados No caso dos empregados domésticos! domésticos!

Lei 5.859 / 72, Art. 2:Lei 5.859 / 72, Art. 2: “Para admissão “Para admissão ao emprego deverá o empregado ao emprego deverá o empregado doméstico apresentar: (II) atestado doméstico apresentar: (II) atestado de saúde, a critério do empregador.”de saúde, a critério do empregador.”

NR-7 – PCMSONR-7 – PCMSO 7.4.5. Os dados obtidos nos exames médicos, 7.4.5. Os dados obtidos nos exames médicos,

incluindo avaliação clínica e exames incluindo avaliação clínica e exames complementares, as conclusões e as medidas complementares, as conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registrados em prontuário aplicadas deverão ser registrados em prontuário clínico individual, que ficará sob a clínico individual, que ficará sob a responsabilidade do médico-coordenador do responsabilidade do médico-coordenador do PCMSO. PCMSO.

7.4.5.1. Os registros a que se refere o item 7.4.5 7.4.5.1. Os registros a que se refere o item 7.4.5 deverão ser mantidos por período mínimo de 20 deverão ser mantidos por período mínimo de 20 (vinte) anos após o desligamento do trabalhador (vinte) anos após o desligamento do trabalhador (pois o prazo de prescrição do direito de ação, de (pois o prazo de prescrição do direito de ação, de acordo com o antigo Código Civil, era de 20 anos. acordo com o antigo Código Civil, era de 20 anos. Mas de acordo com o novo Código Civil de 2002, Mas de acordo com o novo Código Civil de 2002, em seu art. 205, esse tempo passou para 10 em seu art. 205, esse tempo passou para 10 anos). anos).


CLT, Art. 11: “O direito de ação CLT, Art. 11: “O direito de ação quanto a créditos resultantes das quanto a créditos resultantes das relações trabalhistas prescreve:relações trabalhistas prescreve:

(I) em 5 anos para o trabalhador (I) em 5 anos para o trabalhador urbano, até o limite de 2 anos após a urbano, até o limite de 2 anos após a extinção do contrato.extinção do contrato.


(II) em 2 anos, após a extinção do (II) em 2 anos, após a extinção do contrato de trabalho, para o contrato de trabalho, para o trabalhador rural.”trabalhador rural.”

CLT, Art. 440: “Contra menores de 18 CLT, Art. 440: “Contra menores de 18 anos não corre nenhum prazo de anos não corre nenhum prazo de prescrição.”prescrição.”


Qual é então o tempo em que se Qual é então o tempo em que se deve armazenar o prontuário do deve armazenar o prontuário do paciente?paciente?

a)a) 5 anos.5 anos.

b)b) 10 anos.10 anos.

c)c) 20 anos.20 anos.

d)d) durante toda sua vida profissional.durante toda sua vida profissional.


Sugestão do Professor: Resposta D:Sugestão do Professor: Resposta D: durante toda sua vida profissional.durante toda sua vida profissional.

Justificativa 1:Justificativa 1: “O termo inicial do “O termo inicial do prazo prescricional, na ação de prazo prescricional, na ação de indenização, é a data em que o indenização, é a data em que o segurado teve ciência inequívoca segurado teve ciência inequívoca da incapacidade laboral.” Súmula da incapacidade laboral.” Súmula 278 do STJ.278 do STJ.


Justificativa 2:Justificativa 2: “A prescrição da ação “A prescrição da ação de acidente de trabalho conta-se do de acidente de trabalho conta-se do exame pericial que comprovar a exame pericial que comprovar a enfermidade ou verificar a natureza enfermidade ou verificar a natureza da incapacidade”. da incapacidade”. Súmula 230 do Súmula 230 do STFSTF

Viajando...Viajando...

Imagine um ex-empregado de uma Imagine um ex-empregado de uma mineradora que, após 27 anos mineradora que, após 27 anos decorridos de sua dispensa da decorridos de sua dispensa da empresa, recebe diagnóstico de empresa, recebe diagnóstico de silicose (doença profissional). silicose (doença profissional).

Pode este ex-empregado entrar com Pode este ex-empregado entrar com uma ação contra a empresa, 27 anos uma ação contra a empresa, 27 anos

depois de sua dispensa?depois de sua dispensa?

Viajando...Viajando...

R.:R.: Sim! Sim!

Fundamento: Fundamento: Súmula 230 do STFSúmula 230 do STF

Curiosidade: Hierarquia dos Curiosidade: Hierarquia dos Atestados MédicosAtestados Médicos

A Lei que trata do assunto é a A Lei que trata do assunto é a 605 / 49605 / 49, que foi , que foi regulamentada pelo Decreto 27.048 / 49.regulamentada pelo Decreto 27.048 / 49.

A bem da verdade, tal decreto teve como objetivo A bem da verdade, tal decreto teve como objetivo regulamentar o repouso descanso semanal regulamentar o repouso descanso semanal remunerado, e acabou hierarquizando os atestados remunerado, e acabou hierarquizando os atestados médicos.médicos.

Art 1: Todo empregado tem direito a repouso Art 1: Todo empregado tem direito a repouso remunerado, num dia de cada semana, remunerado, num dia de cada semana, preferencialmente aos domingos, nos feriados civis preferencialmente aos domingos, nos feriados civis e nos religiosos, de acordo com a tradição local, e nos religiosos, de acordo com a tradição local, salvo as exceções previstas neste Regulamento. salvo as exceções previstas neste Regulamento.


Art. 11 - Perderá a remuneração do dia de Art. 11 - Perderá a remuneração do dia de repouso o trabalhador que, sem motivo justificado repouso o trabalhador que, sem motivo justificado ou em virtude de punição disciplinar, não tiver ou em virtude de punição disciplinar, não tiver trabalhado durante toda a semana, cumprindo trabalhado durante toda a semana, cumprindo integralmente o seu horário de trabalho.integralmente o seu horário de trabalho.

Art. 12 - Constituem motivos justificados:Art. 12 - Constituem motivos justificados:

f) a doença do empregado, devidamente f) a doença do empregado, devidamente comprovada, até 15 dias.comprovada, até 15 dias.

Parágrafo 1: A doença será comprovada Parágrafo 1: A doença será comprovada mediante atestado passado por mediante atestado passado por médico da médico da empresaempresa ou por ela designado e pago.ou por ela designado e pago.


Parágrafo 2 - Não dispondo a empresa de Parágrafo 2 - Não dispondo a empresa de médico, o atestado poderá ser passado por médico, o atestado poderá ser passado por médico da instituição de previdência a que médico da instituição de previdência a que esteja filiado o empregado, por médico do esteja filiado o empregado, por médico do Serviço Social da Indústria ou do Serviço Serviço Social da Indústria ou do Serviço Social do Comércio, por médico de Social do Comércio, por médico de repartição federal, estadual ou municipal, repartição federal, estadual ou municipal, incumbida de assunto de higiene ou saúde, incumbida de assunto de higiene ou saúde, ou, inexistindo na localidade médicos nas ou, inexistindo na localidade médicos nas condições acima especificadas, por médico condições acima especificadas, por médico do sindicato a que pertença o empregado do sindicato a que pertença o empregado ou por profissional da escolha deste.ou por profissional da escolha deste.

Além de médicos, quem mais pode Além de médicos, quem mais pode emitir atestados para fins de abonos emitir atestados para fins de abonos

de faltas trabalhistas??de faltas trabalhistas??

R.: R.: A Lei 605 / 49 só fala de médicos. A Lei 605 / 49 só fala de médicos. No entanto, a No entanto, a Resolução 1658 / 2002 Resolução 1658 / 2002 do CFMdo CFM, em seu artigo 6, assim , em seu artigo 6, assim coloca: “Somente aos coloca: “Somente aos médicos e aos médicos e aos odontólogosodontólogos, estes no estrito âmbito , estes no estrito âmbito de sua profissão, é facultada a de sua profissão, é facultada a prerrogativa do fornecimento de prerrogativa do fornecimento de atestado de afastamento do atestado de afastamento do trabalho”.trabalho”.

Hierarquia dos Atestados Médicos Hierarquia dos Atestados Médicos (Parecer do CFM n.41 / 90)(Parecer do CFM n.41 / 90)

Se a empresa negar eficácia a Se a empresa negar eficácia a atestado médico apresentado pelo atestado médico apresentado pelo empregado porque fornecido por empregado porque fornecido por profissional em desconformidade profissional em desconformidade com a sequência relacionada na com a sequência relacionada na Lei nº605/49 estará agindo Lei nº605/49 estará agindo corretamente corretamente nãonão implicando tal implicando tal conduta em contestação sobre o conduta em contestação sobre o seu conteúdo, idoneidade ou seu conteúdo, idoneidade ou veracidade de informações.veracidade de informações.


Art. 131 da CLT:Art. 131 da CLT: Não será Não será considerado falta ao serviço, considerado falta ao serviço, para os efeitos do artigo para os efeitos do artigo anterior, a ausência do emprego:anterior, a ausência do emprego:

IV - justificada pela empresa, IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que entendendo-se como tal a que não tiver determinado o não tiver determinado o desconto do correspondente desconto do correspondente saláriosalário..


Conclui-se que:Conclui-se que:

a) a empresa pode validar ou não o a) a empresa pode validar ou não o atestado médico entregue pelo atestado médico entregue pelo empregado, conforme empregado, conforme Lei 605 / 49 Lei 605 / 49 c/cc/c Parecer do CFM n.41 / 90Parecer do CFM n.41 / 90..

b) Validando o atestado, este tem o poder b) Validando o atestado, este tem o poder de justificar a falta do empregado (não de justificar a falta do empregado (não gerando desconto em seu salário);gerando desconto em seu salário);


c) se no atestado válido, o tempo c) se no atestado válido, o tempo discriminado para afastamento for discriminado para afastamento for maior do que 15 dias, deve-se maior do que 15 dias, deve-se encaminhar o empregado ao INSS, encaminhar o empregado ao INSS, conforme conforme artigo 60 da Lei 8.213 / 91 artigo 60 da Lei 8.213 / 91 (suspensão total do contrato de (suspensão total do contrato de trabalho). O tempo de afastamento, trabalho). O tempo de afastamento, neste caso, será determinado pelo neste caso, será determinado pelo perito do INSS, conforme perito do INSS, conforme artigo 2 da artigo 2 da Lei 10.876 / 04Lei 10.876 / 04..


c) sendo considerado válido pela c) sendo considerado válido pela empresa o atestado médico, os dias empresa o atestado médico, os dias de afastamento (desde que não de afastamento (desde que não ultrapassem 15 dias), devem ser ultrapassem 15 dias), devem ser pagos pelo empregador, conforme pagos pelo empregador, conforme Art. 131 da CLT Art. 131 da CLT (suspensão parcial (suspensão parcial do contrato de trabalho).do contrato de trabalho).

Atestado Médico deve ter CID?Atestado Médico deve ter CID?

CEM, ArtCEM, Art. . 117117 – – “É vedado ao “É vedado ao médico elaborar ou divulgar boletim médico elaborar ou divulgar boletim médico que revele o diagnóstico, médico que revele o diagnóstico, prognóstico ou terapêutica, sem a prognóstico ou terapêutica, sem a expressa autorização do paciente ou expressa autorização do paciente ou de seu responsável legal.”de seu responsável legal.”


Resolução 1.658 / 2002 do CFM:Resolução 1.658 / 2002 do CFM:

Art. 3º:Art. 3º: “Na elaboração do atestado “Na elaboração do atestado médico, o médico assistente médico, o médico assistente observará os seguintes observará os seguintes procedimentos: procedimentos:

II - estabelecer o diagnóstico, quando II - estabelecer o diagnóstico, quando expressamente autorizado pelo expressamente autorizado pelo paciente.”paciente.”


Art. 5º:Art. 5º: “Os médicos somente podem “Os médicos somente podem fornecer atestados com o diagnóstico fornecer atestados com o diagnóstico codificado ou não quando por justa causa, codificado ou não quando por justa causa, exercício de dever legalexercício de dever legal, solicitação do , solicitação do próprio paciente ou de seu representante próprio paciente ou de seu representante legal.legal.

Parágrafo único:Parágrafo único: No caso da solicitação de No caso da solicitação de colocação de diagnóstico, codificado ou não, colocação de diagnóstico, codificado ou não, ser feita pelo próprio paciente ou seu ser feita pelo próprio paciente ou seu representante legal, representante legal, esta concordância esta concordância deverá estar expressa no atestado.deverá estar expressa no atestado.


O Médico Assistente, quando O Médico Assistente, quando solicitado pelo Médico do Trabalho, solicitado pelo Médico do Trabalho, deve fornecer o CID ou abrir o deve fornecer o CID ou abrir o diagnóstico do empregado? diagnóstico do empregado?


Art. 2º da Resolução 1.658 / 2002 Art. 2º da Resolução 1.658 / 2002 do CFM:do CFM: “Ao fornecer o atestado, “Ao fornecer o atestado, deverá o médico registrar em ficha deverá o médico registrar em ficha própria e/ou prontuário médico os própria e/ou prontuário médico os dados dos exames e tratamentos dados dos exames e tratamentos realizados, de maneira que possa realizados, de maneira que possa atender às pesquisas de informações atender às pesquisas de informações dos dos médicos peritos das empresas médicos peritos das empresas ou ou dos órgãos públicos da Previdência dos órgãos públicos da Previdência Social e da Justiça”.Social e da Justiça”.


Cuidado!Cuidado!

Médico Perito da Empresa não significa Médico Perito da Empresa não significa Médico do Trabalho.Médico do Trabalho.

Médico Perito da Empresa (ou Assistente Médico Perito da Empresa (ou Assistente Técnico da Empresa) é o médico Técnico da Empresa) é o médico

contratado pela empresa, que atua contratado pela empresa, que atua judicialmente no acompanhamento do judicialmente no acompanhamento do

perito judicial.perito judicial.


Art. Art. 429 do CPC:429 do CPC: “Para o desempenho “Para o desempenho de sua função, podem o perito de sua função, podem o perito e os e os assistentes técnicos assistentes técnicos utilizar-se de utilizar-se de todos todos os meios necessários, ouvindo os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam solicitando documentos que estejam em poder de parte ou em repartições em poder de parte ou em repartições públicaspúblicas, bem como instruir o laudo , bem como instruir o laudo com plantas, desenhos, fotografias e com plantas, desenhos, fotografias e outras quaisquer peças”. outras quaisquer peças”.


O Médico Assistente, quando O Médico Assistente, quando solicitado pelo Médico do Trabalho, solicitado pelo Médico do Trabalho, deve fornecer o CID ou abrir o deve fornecer o CID ou abrir o diagnóstico do empregado?diagnóstico do empregado?

R.:R.: Somente mediante autorização Somente mediante autorização expressa do paciente, no próprio expressa do paciente, no próprio atestado!atestado!

insalubridade, periculosidade, acidentes de trabalho e doenças ocupacionais em serviços de saúde...

Documents