accg revista 2014

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Álvaro Barros A trajetória da Associação Comercial se confunde com a saga dos 150 anos de Campina Grande pág 5 Publicação oficial da Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande | Edição Especial | Dezembro 2014 ANOS À FRENTE Uma história de liderança e desenvolvimento empresarial 88 anos da ACCG

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A Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande, fundada em 1926, é uma entidade que participa ativamente de todos os episódios marcantes da vida de Campina Grande e da região por ela polarizada http://accg.com.br

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Álvaro BarrosA trajetória da Associação Comercial se confundecom a saga dos 150 anos de Campina Grande pág 5

Publicação of ic ial da Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande | Edição Especial | Dezembro 2014

A N O SÀ F R E N T E

Uma história de liderançae desenvolvimento empresarial

88 anos da ACCG

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S U M Á R I O

Conselho Diretor, biênio 2013-2014

Agnelo Cândido NascimentoAgnes Herbert Leite da SilvaAlain Delon Silva OliveiraAlessandro Queiroz de AraújoÁlvaro Morais de BarrosAntônio Andrade IrmãoArlindo Teodósio de OliveiraCandice Silveira LealFrancisco Eduardo MedeirosFrederico Eduardo Machado RodriguesGenebaldo Aristóbulo Cavalcanti De Avellar NetoGilvandro de Andrade CostJoão Ferreira NóbregaJorge Lucas de CarvalhoJosé Anchieta Bernardino GomesJosé Carlos AlvesJosé Clóvis Moroni VidalJosé Faustino dos SantosJosé Tadeu PereiraJoseane Muniz BrandãoJubevan Caldas de SousaJurandi Ferreira de SousaLamir Motta FilhoLucianne Morais de BarrosMarcos Antônio de Oliveira do BúMarcos José de Araújo ProcópioMarilena Motta Damião de AraújoMax Azevedo AgraNeilton Neves dos SantosPaulo Antônio Medeiros SilvaPedro Cézar Pereira CoelhoPéricles Felinto de AraújoSidney Soares de Toledo

EXPEDIENTE

Simone de Sousa DiasVamberto de Farias LealVanduhi de Farias LealWalter Pacheco de OliveiraWilson Vasconcelos BezerraYara Macedo LyraZouraide Silveira

Diretoria Executiva, biênio 2013-2014

Presidente Álvaro Morais de Barros

Vice-predidentesPaulo Antonio Medeiros SilvaMarcos José de Araújo ProcópioVamberto de Farias LealMarilena Motta Damião de Araujo

Diretoras SecretáriasLucianne Morais de BarrosYara Macedo Lyra

Diretores Tesoureiros José Anchieta Bernardino GomesWilson Vasconcelos Bezerra

Diretor de PatrimônioPéricles Felinto de Araújo

Diretor de Marketing e Relações Públicas José Tadeu Pereira

Diretor de Comércio Eletrônico e Exterior José Clóvis Moroni Vidal

Diretores Jurídicos Jurandi Ferreira de SousaJubevan Caldas de Sousa

EditorFernando Soares dos SantosJornalista MTE nº 1712

Produção e RedaçãoFernando SoaresJosé Edmilson RodriguesRaylane BarrosThomas Bruno OliveiraVanderley de Brito

RevisãoJoseany Déborah de O. Cavalcante SoaresSandra Carla Pereira Barbosa

ImpressãoEpgraf

Tiragem1000 exemplares

Editoração e Projeto GráficoAlmir Barbosa BentoJornalista MTE 5026

Redação e Administração: Avenida Floriano Peixoto, 715 - 1º andar - 58400-165 - fone: 83 3341 3306www.accg.com.br | [email protected] | fb.com/accgpb | twitter.com/accgpb | youtube.com/accgpb

Neste dia 2 de dezembro de 2014, a Associação Comerciale Empresarial de Campina Grande (ACCG) completa 88 anos de atividades ininterruptas. A história da entidade se confunde com a vida da própria cidade. Criada em 1926, tendo Demósthenes de Souza Barbosa como seu primeiro presidente, a Associação Comercial foi criada pelos empresários que se sentiam prejudicados pelo então Presidente (Governador) do Estado, Camilo de Holanda, que resolveu fixar no orçamento estadual uma tabela especial do chamado 'Imposto de Indústria e Profissão', determinando que os contribuintes estabelecidos em Campina Grande pagassem alíquotas mais elevadas em comparação aos demais municípios da Paraíba.

Até os dias atuais, além de atuar na defesa dos empresários, a Associação Comercial se destaca, também, como porta voz dos interesses da cidade, às vezes reivindicando ou apontando soluções e estudos para o progresso do município. Os 88 anos da ACCG encontram a entidade mais altiva do que nunca.

O Editor

MAIS ALTIVA DO QUE NUNCA

A foto do início dos

anos 50 mostra,

em segundo plano,

o prédio da ACCG

em fase de construçãoPalavra doPresidente

Mais que um símbolo,uma bandeira de lutas

Uma trajetória de desenvolvimentoe liderança empresarial

A ACCG e o prédio dosCorreios e Telégrafos

Sociedade e governos reconhecemimportância da ACCG

Governador reeleito promete Centro de Convenções paraCampina Grande

SGC da Paraíba atingeR$ 1 milhão em garantias

Empresas de Call Center geram15 mil empregos na Paraíba

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Publicação of ic ial da Associação Comercial

e Empresarial de Campina Grande

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relevantes serviços prestados.Mantendo, hoje, os mesmos propósitos, a ACCG está empenhada no processo de manutenção do desenvolvimento econômico de Campina Grande, com atuação própria ou em parceria com os governos do Estado e do Município. Nesse sentido vem promovendo ações que estimulem a capacitação, a inovação e a competitividade das empresas campinenses através de palestras e programas empresariais.

Em sintonia com a moderna sociedade brasileira, a ACCG se constitui num importante fórum de discussões, participando ativamente do processo das reformas necessárias para o fortalecimento, principalmente, das micro e pequenas empresas. Ao longo dos últimos anos, a Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande vem se aperfeiçoando para oferecer aos seus associados serviços de qualidade nos campos econômico, jurídico, da conciliação, mediação e arbitragem, tributário, do treinamento de pessoal e aperfeiçoamento da gestão.

Os 88 anos de fundação da ACCG encontram a entidade jovem e atuante, se mantendo na defesa dos interesses dos seus associados, da classe empresarial e da cidade como um todo.

defensora da opinião média do setor produtivo. A ACCG, ao longo de sua história, acumulou experiência e credibilidade ao identificar, debater e defender os interesses do desenvolvimento de Campina Grande, da Paraíba e do Nordeste, tendo patrocinado ou participado de inúmeras campanhas em defesa dos interesses do município, como pode ser conferido nas páginas seguintes. A trajetória dos 88 anos da ACCG estará registrada no livro “Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande – Apontamentos para sua história”, que está sendo editado pela própria entidade para comemorar suas oito décadas de existência e

associação Comercial e Empresarial de Campina AGrande (ACCG) é uma

entidade de representação da classe empresarial, constituída por filiação espontânea e direta das empresas ou empreendedores. É mantida livremente pelos associados, isto é, sem o aporte de recursos de origem tributária ou compulsória. Fundada em 1926, a história da ACCG se confunde com a história de Campina Grande.

É a única entidade empresarial eclética, pois reúne associados de todos os portes e de todas as atividades econômicas, o que a torna a melhor conhecedora e

UMA ENTIDADE JOVEME ATUANTE AOS 88 ANOS

Álvaro Barros é presidente da ACCG

PALAVRA DO PRESIDENTEDezembro 2014

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7

Salve Campina Grande nos seus 150 anos, Salve a ACCG nos seus 88 anos.

É a ACCG que crer na plenitude do ser humano, na tolerância religiosa e integração das raças, culturas e credos, pois, no futuro - e o futuro é amanhã - todos estaremos nele. Que a contribuição dessa valorosa instituição seja reconhecida, pois é sobre esses valores que hoje podemos estar comemorando juntos com todos os campinenses a posição em que nos encontramos, como Cidade do Trabalho, Cidade do Forró, Cidade de Educação e agora Cidade da Inovação. Rosalvo MenezesEconomista e consulto empresarial

desenvolvimento de Campina Grande e Região, lutando em diversos conselhos municipais por saúde, educação, segurança, mobilidade urbana, equidade e justiça fiscal. É a ACCG que deseja Campina Grande com o seu Plano de Mobilidade Urbana, o Plano de Acessibilidade, de Desenvolvimento Urbano, do Turismo, Tecnologia e atividades produtivas, em funcionamento. Mas, também, que deseja Campina Grande coordenando a Região Metropolitana da qual faz parte, e que vai se transformar a passos largos de uma Cidade Digital para uma Cidade Inteligente. Essa é a ação de ACCG, que apoiada no seu quadro de associados, vê o futuro como uma garantia de dias melhores para o empreendedor e toda a população local.

Existem entidades que só a sigla nos remete a um conceito de trabalho, seriedade, independência, lutas pelos interesses da classe que representa, defesa dos interesses da cidade, da região e do estado.

m Campina Grande essa entidade é a ACCG - EASSOCIAÇÃO COMERCIAL E

EMPRESARIAL DE CAMPINA GRANDE, que quase centenária, consegue se renovar sempre. Esse respeito foi conquistado nas lutas em defesa dos interesses da classe social que representa, o empresariado de Campina Grande, que deu à Paraíba e ao Brasil, os caminhos do que seria tempos depois de suas proposições, o que é hoje o BNB - Banco do Nordeste do Brasil; a SUDENE - Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, definida em seu conjunto no memorável Encontro dos Bispos do Nordeste em 1956; do NAI - Núcleo de Assistência Industrial, que foi CEAG - Centro de Desenvolvimento Empresarial, que hoje é o SEBRAE que todos conhecemos. Essa é a ACCG das lutas pela complementação do trecho da Rede Ferroviária de Patos até Campina Grande, do Açude Epitácio Pessoa, da Universidade Regional do Nordeste. Das lutas contra as arbitrariedades fiscais e tributárias contra Campina Grande e Região, praticadas por Governos do passado e de tempos atuais, de lutas pela implantação do Polo Aluízio Campos, e do Polo Tecnológico. A ACCG não é só um nome, um nome de uma entidade ou de muitas entidades, é um conjunto de ideias, que apoia o

MAIS QUE UM SÍMBOLO,UMA BANDEIRA DE LUTAS

Rosalvo Menezes: a ACCG consegue se renovar sempre

ARTIGODezembro 2014

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8 HISTÓRIA

como mercadoria para atender a necessidade de vestir os escravos que trabalhavam nas lavouras canavieiras do litoral.

Quem poderia imaginar que esta modesta e incipiente indústria têxtil viria em fins do século XVIII, com a revolução industrial, se intensificar a ponto de suprir a Europa?Pois foi essa mercadoria, o algodão, que passou a produzir rentabilidade e, com o estímulo do comércio direto com o exterior, se tornou a grande mola propulsora do progresso comercial do lugarejo Campina Grande, que logo cedo passou a contrastar com a grande maioria das povoações nordestinas, que viviam apenas em função da própria comuna.

Aos poucos, o contingente populacional e econômico da povoação foi aumentando e, devido este crescimento, em 1790 esse povoamento foi elevado à condição de Vila, passando a se denominar Vila Nova da Rainha e foi elevada à categoria de cidade em 11 de outubro de 1864, voltando a se chamar Campina Grande. Desse período em diante, Campina passa por um novo rápido processo de desenvolvimento, especialmente no volume de atividades comerciais, atraindo cada vez mais forasteiros, ligados, sobretudo ao comércio do algodão, e a Rua do Seridó (atual Maciel Pinheiro) se transformou no ponto centralizador de todos os negócios da cidade nascente.

Em 1884, pela primeira vez, uma junta de comerciantes da Rua do

aldeia de indígenas e mestiços, com capacidade de suprir os viajantes que transitavam pelas antigas estradas que ligavam os sertões ao litoral.

Por esse tempo, os viajantes e comerciantes pousavam na aldeia amiga trazendo produtos de outras localidades, como a carne charqueada, couro e pelos, que trocavam pelos produtos que os nativos produziam; especialmente a farinha, que era um produto alimentício extraído da mandioca muito apropriado para longas viagens, por ser rica em nutrientes e não perecível. Juntamente com outros produtos agrícolas, os índios cultivavam o algodão que, desde tempos imemoriais, convertiam suas fibras em fios e tecidos rudimentarespara fabricar redes de dormir, sacaria para a embalagem do açúcar e cereais e, também,

surgimento de uma povoação ocorre por Ocircunstâncias variadas.

Algumas prosperam e se tornam grandes centros urbanos, enquanto outras nunca conseguem passar de um pequeno aglomerado de casas sem relevância. Isso porque o crescimento de um lugar, invariavelmente, está atrelado à sua tendência comercial, pois o comércio tem o desenvolvimento como demanda e, sendo uma atividade humana, são os homens do comércio os principais responsáveis pelo crescimento dos lugares. Homens destemidos que, com visão de futuro, labutam muito para o desenvolvimento de sua praça comercial.

O lugarejo de Campina Grande, no século XVII, bem antes de ser notificada por Teodósio de Oliveira Ledo em 1697, já existia como uma

UMA TRAJETÓRIA DE LIDERANÇAE DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL

88 ANOS

Rua Maciel Pinheiro na década de 1930

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conhecimentos. Com isso, a Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande, que festeja seus 88 anos de vida, potencializa-se como um dos grandes instrumentos catalizadores das políticas empreendedoras do progresso da cidade de Campina Grande e região por ela polarizada. O arrojo e ousadia da atual administração do Presidente Álvaro de Morais Barros tem dado maiores contornos a essa influência e participação da ACCG na vida da cidade. A instalação do impostômetro é o reflexo disso, informando a população o quanto é recolhido de impostos pela união em tempo real.

Ao longo destes 150 anos de emancipação política da cidade, a Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande vem sendo uma entidade que participa ativamente de todos os seus episódios marcantes, sempre firme em sua missão de unir os setores empresariais na busca dos melhores caminhos para o desenvolvimento da Rainha da Borborema.

pública e em 1917 o comerciante Lino Gomes já ansiava em organizar os comerciantes em torno de uma associação, mas foi em fins de 1926, que o comerciante João de Souza Vasconcelos, no intuito de unir oficialmente os comerciantes locais em prol dos interesses da classe, reuniu um grupo de lojistas na sede do Grêmio Renascença 31 para criar a Associação Comercial de Campina Grande, tendo como seu primeiro presidente o Cel. Demósthenes Barbosa.

Por esse tempo, Campina Grande já era o maior empório comercial do Nordeste, a Rainha da Borborema, e a Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande, que representava os grandes responsáveis pelo sustentáculo da economia da cidade, tornou-se uma das maiores forças representativas e reivindicatórias em prol do desenvolvimento no setor urbano, social e econômico de Campina Grande .Campina é uma cidade que se transcende através dos seus reflexos de conteúdos em serviços, calçadista, educacional, software, 'cidade high-tech nordestina', considerada o centro de excelência mundial, potencializada pela produção de TI - Tecnologia da Informação e novos

Seridó se reuniu em favor da classe, quando elaborou um abaixo-assinado à Assembleia Legislativa, com adesão de grande número de comerciantes, para reivindicar sobre a instalação de lugar apropriado para a feira da cidade. Em vistas das justificativas e da importância do comércio, à Assembleia atendeu as ponderações com a lei no 794 de 28 de setembro de 1885, redefinido a feira de Campina para o lugar indicado pelos comerciantes. Esta pode ter sido a primeira vez que o comércio de Campina se uniu em favor de seu desenvolvimento urbano e econômico.

Em 1907, por mérito do comerciante Cristiano Lauritzen, foi implantado em Campina Grande um ramal da estrada de ferro, e a chegada dos trilhos promoveu uma nova e acelerada intensificação do comércio, a instalação das primeiras indústrias locais e o aumento de migração de forasteiros seduzidos pelas oportunidades que a cidade propiciava. Com este crescimento econômico que se operou na Cidade de forma vertiginosa, tanto na economia local quanto nacional, as aspirações da classe comercial ressoavam como de importância

Rua Maciel Pinheiro em novembro de 2014

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para o desenvolvimento urbano da cidade e, depois de muita luta, meses depois de construído o prédio foi demolido e se iniciou a edificação do novo prédio dos Correios no terreno onde ficava a casa do Cel. Demóstenes Barbosa (na esquina da atual Rua Getúlio Vargas com a Praça da Bandeira, local onde está até hoje) e os representantes da Associação se fizeram presente no evento de lançamento da pedra fundamental do edifício, em janeiro de 1948, demonstrando que a ACCG era de fato um órgão de poder e persuasão.

Vanderley de BritoHistoriador, membro diretor da Sociedade Paraibana de Arqueologia

cidade, este foi exonerado do cargo em dezembro de 1932. Nesse tempo era assim: mandava quem podia e obedecia quem tinha juízo.

Desse modo, a inauguração do prédio ocorreu em fevereiro de 1933. Mas a Associação não se deu por vencida e usou de sua influência para mostrar que o local escolhido implicava em dificuldades

Em princípios da década de 1930, a Associação Comercial de Campina Grande, criada quatro anos antes, devido à força e do comércio algodoeiro em franca ebulição, já era considerada como uma entidade de muito respaldo e influência política na cidade.

esta época, o Governo Federal iria construir um Nprédio para os Correios e

Telégrafos de Campina Grande e o então Ministro de Viação e Obras Públicas, o paraibano José Américo de Almeida, sugeriu que o prédio fosse erguido no Largo do Rosário (lugar onde hoje está a Praça da Bandeira), mas o prefeito da

De todo modo, apesar de ter grande influência, a opinião da Associação de nada adiantou contra a altivez do Ministro, pois sua determinação foi cumprida e o prédio foi edificado no lugar onde se pretendia. Além disso, para punir a contrariedade do prefeito da

cidade, Lafayete Cavalcanti, discordava do local alegando que ali o prédio prejudicaria o embelezamento da cidade.

Assim, para resolver tal impasse, o então Interventor do Estado, Antenor Navarro, solicitou em julho de 1932 à Associação Comercial de Campina Grande que interviesse junto ao prefeito em favor da construção do prédio onde determinava José Américo. Porém a Associação, mesmo com o pedido do interventor, se posicionou contrária a construção naquele local, alegando as mesmas razões de mobilidade urbana expostas pelo prefeito, que também era comerciante e sócio da ACCG

A ACCG E O PRÉDIO DOS CORREIOSE TELÉGRAFOS DE CAMPINA GRANDE

Prédio dos Correios no início da década de 1960

ARTIGO

Associação não se

deu por vencida e

depois de muita luta,

o prédio foi demolido

e se iniciou a edificação

do novo prédio

dos Correios

Dezembro 2014

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ASSOCIAÇÃO COMERCIAL CONSOLIDASERVIÇOS E AMPLIA PORTFÓLIO

A lista de serviços que requerem o uso de certificados digitais cresce diariamente, permitindo trazer maior conforto às pessoas e empresas em suas atividades profissionais.

digitais que de outra forma não seriam suficientemente seguros e confiáveis. As principais vantagens do uso do certificado digital estão nas suas propriedades tecnológicas e legais, atribuindo segurança digital e validade jurídica em documentos assinados eletronicamente.

É a possibilidade real de substituir a assinatura manuscrita em documentos, de eliminar a impressão e gastos relacionados ao controle, envio e reconhecimento de firmas - por uma operação eletrônica, executada pela internet, de forma simplificada e com total legitimidade.

esde 2010, a Associação Comercial, através de Dparceria com a Certisign

disponibiliza o serviço de certificação digital para empresas e profissionais liberais. Foi o 'ponta pé' inicial para a formação do portfólio de serviços que está sendo ampliado por meio da parceria com o PROGERECS.

O Certificado Digital é uma identidade eletrônica que carrega, dentro de si, os dados de identificação da empresa, pessoa ou site que representa. Um documento eletrônico reconhecido pelos sistemas de informação, sites e programas de computador em nome de seu portador, que valida suas ações. Resumindo, ele é a sua assinatura digital. Cada vez mais, pessoas e empresas têm experimentado os benefícios da tecnologia do certificado digital - um componente de inovação que aumenta extremamente o grau de confiança das transações eletrônicas.

O seu uso promove o surgimento de novas soluções e serviços

Dezembro 2014

É a possibilidade real de

substituir a assinatura

manuscrita por uma

operação eletrônica

Atendimento da Certificadora Digital na ACCG

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13Dezembro 2014

de pujança, que fizeram de Campina Grande a Rainha da Borborema e um dos mais importantes pólos econômicos do interior do país, que tem na Associação Comercial uma entidade de vanguarda e de tradição, cuja história de lutas se confunde com a da própria cidade”.

O Sr. João Jerônimo, prefeito de Campina Grande em 1964, ano do centenário da cidade, também participou da solenidade e destacou a trajetória de Campina Grande, de seus empresários que muito contribuíram para o desenvolvimento do município, a exemplo de Demóstenes de Souza Barbosa, que no início dos anos 20 atuou no comércio algodoeiro da cidade. Diversas autoridades prestigiaram o evento, dentre elas o vice-governador da Paraíba, Rômulo Gouveia, que enalteceu a iniciativa da Associação Comercial de homenagear Campina Grande com um livro-agenda.

empresários de Campina Grande assinou convênio de cooperação técnica com o SEBRAE, visando a realização de palestras e do Jantar Empresarial; e de patrocínio institucional com o Sicoob CGCred, para a implantação de um painel eletrônico que vai divulgar as informações do impostômetro e de outros serviços de interesse da entidade e da classe.

O presidente da ACCG, empresário Álvaro Barros, destacou que o livro-agenda é a contribuição da entidade para a programação que está sendo desenvolvida ao longo do ano em homenagem ao sesquicentenário da cidade. “Em nome das pessoas destacadas no livro, estamos homenageando Campina Grande e toda a sua população”, disse Álvaro. Ainda em sua fala, Álvaro Barros disse da sua satisfação de estar como presidente da Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande no ano do seu sesquicentenário. “São 150 anos de emancipação política, são 150 anos de uma interessante história. São 150 anos de progresso e

A Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande (ACCG) reuniu seus associados e personalidades do mundo empresarial, político e social da cidade “Rainha da Borborema” na noite do dia 30 de abril, para homenagear aos 150 anos de emancipação política de Campina Grande.

a oportunidade, a entidade classista fez o lançamento Nde um livro-agenda, através

do qual, a instituição homenageia personalidades que contribuíram com a história do município ao longo de um século e meio. Como parte da programação também foram inauguradas as reformas de melhorias realizadas nas instalações da Associação Comercial, que beneficiaram, significativamente, o “Auditório José Borges de Medeiros”, sala de reuniões e sala da presidência. Na mesma ocasião, a entidade representativa dos

ACCG HOMENAGEIA OS 150 ANOSDE CAMPINA GRANDE COM LIVRO-AGENDA

O livro-agenda é umahomenagem aos 150 anosde Campina Grande

Solenidade bastante prestigiada durantelançamento do livro-agenda na ACCG

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15HOMENAGEM

Associação Comercial registra uma história que se confunde com a própria vida de Campina AGrande, marcada pelo espírito empreendedor,

de bravura e pela força de trabalho. É uma entidade que há 88 anos se faz presente nos momentos mais decisivos da cidade. Uma associação que reúne empresários dignos e de caráter nobre. A Associação Comercial comemora 88 anos mais viva do que nunca

CONTRIBUINDO PARA A PROMOÇÃO DODESENVOLVIMENTO DA PARAÍBA

Dezembro 2014

e, neste momento de felicitações, a maior alegria para a cidade é poder contar com o importante apoio de quem contribui com a promoção do desenvolvimento de Campina Grande. Acreditar na Associação Comercial é ter esperança num futuro mais digno para nosso povo. Parabenizá-la é mais que um mero formalismo, representa uma atitude de compromisso com os destinos da cidade.

RICARDO COUTINHOGOVERNADOR DA PARAÍBA

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O RECONHECIMENTO DA SOCIEDADEE DO PODER PÚBLICO

Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande é uma entidade admirada e respeitada Apelo nosso governo; é uma instituição que ao

longo de sua história sempre esteve à frente do seu tempo. A entidade possui uma presença marcante e atuante na vida da comunidade, defendendo os seus associados e a classe empresarial como um todo, mantendo a sua principal bandeira de luta: pugnar pela manutenção e consolidação de Campina Grande como um dos principais polos de desenvolvimento do Norte/Nordeste.

Ao homenagear a Associação Comercial em seus 88 anos de fundação, renovamos nossos votos de confiança na pujança do setor empresarial campinense, um dos setores mais importantes da cidade, que em seus 150 anos de

Os 88 anos da Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande representam um grande marco na história do associativismo empresarial da Paraíba. O espírito pioneiro de seus fundadores e a capacidade empreendedora de várias gerações de comerciantes transformaram a ACCG num símbolo do empreendedorismo paraibano.

É com entusiasmo que a FACEPB comemora os 88 anos da Associação Comercial e os 150 anos de Campina Grande. Parabéns!

ALEXANDRE BELTRÃO MOURAPRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DASASSOCIAÇÕES COMERCIAIS DA PARAÍBA

emancipação política está ganhando o Complexo Multimodal Aluízio Campos. Trata-se do maior empreendimento do gênero, constituindo-se na proposta de desenvolvimento mais ambiciosa do Norte/Nordeste, onde cerca de 170 empresas estarão iniciando suas atividades nos próximos meses, para marcar uma nova etapa na história do desenvolvimento de Campina Grande.

Em nome do presidente Álvaro Barros cumprimentamos todos os associados da Associação Comercial, sem esquecer aqueles que, no passado, também deram importante contribuição para a construção dessa entidade grandiosa.

ROMERO RODRIGUESPREFEITO DE CAMPINA GRANDE

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A Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande representa um segmento da mais alta importância para o desenvolvimento desta cidade.

Ao lado da CDL, a Associação Comercial tem tido atuação destacada na luta e na defesa dos interesses da classe que representa e do próprio município. Parabéns para todos que dela participam!

HILTON CARNEIRO MOTTA FILHO PRESIDENTE DA CDL

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Lembrar o aniversário da Associação Comercial é resgatar a história de Campina Grande e a importância da entidade para o desenvolvimento do município.

Nós temos uma história de lutas. Desde 1926, que a Associação Comercial defende a manutenção e a consolidação de Campina Grande como um dos principais centros de desenvolvimento econômico do Nordeste.

LUIZ ALBERTO LEITE

SECRETÁRIO DE DESENVOLVIMENTOECONÔMICO DE CAMPINA GRANDE

Campina Grande pode se orgulhar por ter uma instituição como a Associação Comercial, uma entidade sempre atuante e inserida no contexto do progresso da cidade.

Empresários dos mais representativos da economia campinense integram essa instituição e todos contribuem para o desenvolvimento da entidade e do município, sempre buscando inovar as relações comerciais e acompanhar a evolução da área empresarial. Parabéns à Associação Comercial e aos seus associados por mais essa comemoração.

LUIZ ALBERTO GONÇALVES DE AMORIMSUPERINTENDENTE DO SEBRAE PARAÍBA

A Associação Comercial sempre esteve presente nos principais acontecimentos do município, às vezes pleiteando, apoiando ou sugerindo, sempre buscando o melhor para Campina Grande, quando não sozinha ou em parceria com outras instituições classistas e da Câmara Municipal. Sempre soube superar crises, transpor obstáculos, numa grande batalha pela sobrevivência do comércio e do setor empresarial como um todo. Nesses seus 88 anos estão de parabéns os seus diretores e todos os associados.

NELSON GOMES FILHOVEREADOR PRESIDENTE DA CÂMARAMUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE

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informou aos representantes do consulado chinês, sobre as potencialidades econômicas e da localização geográfica privilegiada do município. Em conversa com a imprensa, Luiz Alberto também destacou que existem empresários chineses interessados em investir no complexo empresarial Aluizio Campos, onde cerca de 170 empresas deverão se instalar a partir de 2015. No mesmo local, onde serão construídas quatro mil residências.

O Secretário Executivo de Indústria e Comércio do Estado, Marcos Procópio, apresentou informações sobre setores empresariais de Campina Grande que fazem negócios com a China e do interesse dessas parcerias serem ampliadas. Além dos chinês que residem e fazem negócios em nossa cidade, Marcos Procópio afirmou que na Paraíba tem empresas sólidas e competitivas e em condições de realizarem importantes negócios com empresas da China.

Ao recepcionar a comitiva chinesa, o presidente da ACCG, Álvaro Barros, se disse honrado com a visita e que a Associação Comercial, ao lado da Prefeitura Municipal e do Governo do Estado, se colocava como um canal para aproximar os interesses empresariais, trabalhando para ampliar os negócios e, principalmente, o desenvolvimento econômico da “Rainha da Borborema”. O Secretário de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura Municipal, Luiz Alberto Leite, um dos articuladores da visita do cônsul a Campina Grande,

m visita de cortesia à Associação Comercial e EEmpresarial de Campina

Grande (ACCG), o Cônsul da China para o Nordeste, Wang Xian, deixou claro a intenção do seu país em firmar parcerias econômicas e culturais com estados do Nordeste. Ele destacou que na região nordestina Campina Grande é uma prospera cidade e se apresenta com inúmeras possibilidades para atrair investimentos do capital chinês.

Em seu contato com as lideranças empresariais da cidade, o cônsul destacou a importância da Associação Comercial como órgão representativo para aproximar os interesses das duas nações. Na oportunidade, Wang Xian lembrou que em Campina Grande já existe uma comunidade de empresários chineses, com cerca de 100 pessoas, atuando, em sua maioria, no comércio varejista. O cônsul também conversou individualmente com alguns empresários, esclarecendo dúvidas e orientando sobre procedimentos de importação com o seu país.

CÔNSUL VISITA ACCG E ANUNCIAINVESTIMENTOS EM CAMPINA GRANDE

CHINÊS

19Dezembro 2014

Álvaro Barros e o Cônsul da China Wang Xian na ACCG

Cônsul chinês Wang Xian destaca potencial econômico de CG

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das Associações Comerciais da Paraíba entregaram um documento ao governador Ricardo Coutinho, sugerindo 10 propostas para cumprimento no segundo governo.

Dentre elas, as nomeações do secretário executivo de Indústria e Comércio e do presidente da Cinep, através de uma lista tríplice apresentada em conjunto pelas entidades empresariais. As entidades também propõem a criação de um Conselho de Recursos Fiscais para a cidade de Campina Grande, visando descentralizar e desafogar o volume excessivo de processos hoje existente em João Pessoa sem prazo certo para julgamento. Outra sugestão é “a criação da infraestrutura do Distrito Empresarial Aluízio Campos, entendendo a importância do mesmo como um novo ciclo econômico a ser desenvolvido no município e região”

Os empresários pedem a instalação nas principais cidades do Estado de um sistema inteligente de captura de imagens por câmeras de vídeo acompanhado de uma central de monitoramento para auxiliar os órgãos da Segurança Pública, Defesa Civil, do Patrimônio Público, Trânsito, Rodovias, fazendo uso da rede de fibra ótica em fase de instalação no Estado. Por fim, pediram ainda recursos para o Maior São João do Mundo.

esta cidade na rota do turismo de negócios, a exemplo do que fizemos em João Pessoa”, prometeu Ricardo.

Ele firmou o compromisso de continuar concedendo incentivos fiscais para atração de empreendimentos, além de apoiar às micro e pequenas empresas e chegar a investimentos de R$ 140 milhões no Empreender Paraíba. Ricardo Coutinho disse que durante seu governo Campina recebeu 47 novas empresas, que geram 4.269 empregos diretos e dois call centers que geraram outros 5 mil empregos diretos. Em relação às estradas, ele prometeu construir a segunda etapa da PB-138, ligando a sede do distrito de Catolé de Boa Vista à BR-412. O socialista ainda garantiu duplicar a estrada de Galante e pavimentar a estrada de Jenipapo.

CANDIDATO RECEBE DOCUMENTONa ocasião da entrevista com Ricardo Coutinho, a ACCG, Câmara de Dirigentes Lojistas e Federação

governador eleito da Paraíba, Ricardo Coutinho O(PSB), que disputou a

reeleição pela coligação “A Força do Trabalho”, prometeu construir um centro de convenções em Campina Grande para realizar grandes eventos, dar incentivos fiscais para atrair mais empresas, instalar uma central de monitoramento com câmeras nas ruas centrais da cidade, e construir mais estradas nos distritos para escoar as produções agrícola e mineral. As promessas foram feitas pelo então candidato Ricardo Coutinho quando participou de entrevista na Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande, dia 15 de setembro, durante o Ciclo de Entrevistas promovido pela Associação Comercial de Campina Grande (ACCG) e o JORNAL DA PARAÍBA, com os concorrentes ao Palácio da Redenção.

“No nosso segundo governo, vamos construir o Centro de Convenções de Campina Grande para incluir

RICARDO COUTINHO PROMETE CENTRODE CONVENÇÕES PARA CAMPINA GRANDE

Ricardo Coutinho, Governador da Paraíba

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“Hoje percebemos que o projeto se ajusta claramente a uma necessidade social, independentemente de ideologias”, disse.

Para que a nova Lei de Arbitragem funcione, o professor Tucci entende que deve haver uma mudança cultural e de paradigma em relação ao comportamento do brasileiro diante do Judiciário. Mesmo diante de um crescente número de demandas resolvidas por arbitragem, no estágio atual ele acredita que não seria um mecanismo capaz de diminuir de fato o volume de causas levadas aos tribunais. “Enquanto continuarem sendo levadas aos tribunais questões que de antemão já se reconhece o resultado, não haverá solução para a lentidão. Nosso problema não é de legislação, mas de gestão e de cultura”, diz.

Experiência estrangeiraA discussão sobre o marco regulatório da mediação prosseguiu no debate mediado pelo ministro do STJ Mauro Campbell Marques. A experiência internacional na mediação foi apresentada pela advogada Juliana Loss de Andrade, que trabalha com mediação na Europa, onde faz doutorado na Universidade Paris-Sorbonne. Segundo ela, embora a mediação esteja mais avançada na Europa, com legislação em vigor, muitos países enfrentaram os mesmos entraves do Brasil. Juliana Loss aponta que ter um marco legal é muito positivo e que, quando aprovado, isso vai refletir no maior uso da mediação.

tribunais, e os que foram criados carecem de estrutura básica para funcionar.

Lentidão e desconfiançaNo debate “Temas Controvertidos na Futura Lei de Arbitragem”, os palestrantes apontaram que a lentidão do sistema judicial brasileiro é uma das razões para a ampliação das práticas de conciliação, mediação e arbitragem no país. O debate foi mediado pelo ministro do Villas BôasCueva, do Superior Tribunal de Justiça, e contou com as participações do diretor da Faculdade de Direito da USP, professor José Rogério Cruz e Tucci, e do professor de Direito Civil Otávio Luiz Rodrigues Júnior, também da USP. Os dois professores concordam que o pacto da mediação pode ser utilizado em inúmeras situações, envolvendo agências reguladoras, seguradoras de planos de saúde e administração pública. Com a nova legislação, que ainda precisa ser aprovada no Congresso, o processo de arbitragem pode estar presente nas relações de consumo e nas trabalhistas e ser utilizada mais amplamente na área societária. O professor Rodrigues Júnior lembrou que o Brasil passou por um processo similar a vários países quanto à aceitação da Lei de Arbitragem (Lei 9.307/96), em fases oscilantes de confiança e desconfiança.

Ele acrescentou que, apesar disso, a lei se faz necessária. Quando foi criada a atual Lei de Arbitragem, em 1996, o Brasil estava num contexto em que se discutia a inserção do país na política neoliberal. Os críticos aventavam uma possível privatização do Poder Judiciário, lembra Rodrigues Júnior.

SEM MUDANÇA NA CULTURADO LITÍGIO, MEDIAÇÃO NÃO BASTA

mediação não deve ter o objetivo de desafogar o AJudiciário, mas de mudar a

cultura do litígio. A opinião é o do professor Kazuo Watanabe, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, crítico da forma como a modalidade de solução de conflito vem sendo implementada no Brasil. A avaliação foi feita durante o seminário sobre mediação e arbitragem, promovido pelo Conselho da Justiça Federal, em Brasília, na sexta-feira (21/11). No painel conduzido pelo ministro Marco Buzzi, do Superior Tribunal de Justiça, o professor Kazuo Watanabe discutiu o tema “Aspectos gerais do marco legal” com a também professora da USP Ada Pellegrini Grinover. “O Judiciário ainda está utilizando a mediação e a conciliação como meio alternativo para reduzir estoque de processos

É preciso adotar uma nova cultura, que encontre meios adequados de solução de conflitos, e não alternativos”, afirmou Watanabe. A professora Ada Pelegrini criticou incisivamente o Projeto de Lei 7.169/2014. “A tardia ressurreição das nossas práticas conciliativas está ameaçada. O marco regulatório da mediação judicial não é esse projeto de lei”, disse. Para ela, a proposta que tramita na Câmara dos Deputados entra em conflito com as regras inseridas no projeto do novo Código de Processo Civil referentes ao tema. Para os dois acadêmicos, o marco ideal era a Resolução 125 do Conselho Nacional de Justiça, cuja ideia era exemplar, mas que teve falhas em sua implementação. Os centros de solução de conflitos, segundo eles, nunca saíram do papel em muitos

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USP

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A partir de fevereiro deste ano, a Câmara Municipal aprovou e o prefeito Romero Rodrigues sancionou a lei 5.417, criando o Comitê Técnico de Mobilidade Urbana, com a seguinte composição SITRANS - Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Campina Grande, CDL - Câmara de Dirigentes Lojistas de Campina

partir do advento da Lei federal 12.587/12, segmentos Aorganizados da sociedade civil

de Campina Grande, entenderam ser urgente a necessidade de trazer o tema mobilidade urbana para a discussão. Ainda em 2012, sob a liderança do Sitrans e com o apoio da Associação Comercial, CDL e FIEP, iniciou-se a realização de uma série de fóruns com a participação de especialistas locais e de técnicos do Ministério das Cidades, esclarecendo os objetivos da Lei Nacional de Mobilidade Urbana, que determina aos municípios com mais de 20 mil habitantes a obrigatoriedade de elaborar o Plano Municipal de Mobilidade, até abril de 2015.

Após a realização, em 2012, de quatro plenárias do Fórum de Mobilidade Urbana, em 2013 o tema passou a ser tratado em um evento de maior porte e com a participação de mais palestrantes, inclusive do Ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, com a realização do Seminário Cidade Expressa, que se repetiu este ano, sempre no mês de junho, constituindo-se no principal palco de discussão sobre o planejamento urbano de Campina Grande.

SOCIEDADE PAUTA MOBILIDADEURBANA EM CAMPINA GRANDE

DEBATE

Grande, Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande, Federação das Indútrias do Estado da Paraíba, SEBRAE, Instituto Cresce Campina, Universidade Federal de Campina Grande, Universidade Estadual da Paraíba, Instituto Federal da Paraíba, Facisa - Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas, Prefeitura Municipal e Câmara de Vereadores de Campina Grande.

Desde então, o CTMU vem se reunindo mensalmente com a equipe responsável pela elaboração do Plano de Mobilidade Urbana da cidade. Durante as reuniões, foram apresentados diagnósticos e propostas para o planejamento urbano do município, priorizando os meios de transporte não motorizados e o transporte coletivo.

‘A grande pergunta é: que cidade queremos? É preciso quea sociedade defina se quer uma cidade amigável e sustentável,que prioriza o transporte não motorizado e o coletivo, ou umacidade sufocada pelo automóvel?’Anchieta Bernardino, na abertura do Cidade Expressa 2014

Lançamento do seminário Cidade Expressa na ACCG, em maio de 2013

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Paraíba são o SICOOB-CGCred e a Unicred, que conseguem descontos significativos nos juros cobrados pelas financeiras e cobra, pelo serviço, uma taxa de 5% sobre o valor contratado, além de garantir 80% da operação de crédito.

Segundo ainda Luiz Alberto, a SGC Garanti Paraíba tem tido dificuldades de trabalhar com bancos privados porque faltava um marco regulatório para as SGCs,

esolução do Banco Central, colocada em audiência Rpública em novembro, é

considerada um marco regulatório das sociedades garantidoras de crédito (SGC) e deve facilitar o acesso de micro e pequenas empresas a empréstimos e financiamentos. A afirmação é de Luiz Alberto Leite, presidente da SGC Garanti Paraíba. Ele participou, em Florianópolis (SC), entre os dias 17 e 19 de novembro, do VI Fórum Banco Central sobre Inclusão Financeira.

Na oportunidade foi aprovada a nova regra - por enquanto ainda em forma de minuta e sujeita a modificações ao longo dos 90 dias de consulta pública – que autorizará a constituição de cooperativas de crédito com o objetivo de prestar garantias às operações de crédito realizadas com MPEs e servirá para formalizar as SGCs que já existem no sistema financeiro nacional. A função das sociedades garantidoras é fornecer carta garantias, que servem para lastrear os financiamentos - seja capital de giro ou investimento - dos pequenos empresários e facilitar o acesso deles ao crédito.

De acordo com Luiz Alberto, o uso das SGCs garante benefício tanto ao empreendedor, quanto ao banco ou cooperativa que fornece o empréstimo. "O empresário consegue aumentar o prazo do financiamento e reduzir as taxas de juros, enquanto a instituição financeira reduz o nível de inadimplência", observou o executivo. Na Paraíba, os principais parceiros da SGC Garanti

SGC GARANTI PARAÍBA LIBERAR$ 1 MILHÃO EM AVAL

Luiz Alberto preside a SGC Garanti Paraíba

“onde nós fossemos qualificados como membros do sistema financeiro”, disse ele. Em relação a SGC Garanti Paraíba, Luiz Alberto Leite informa que a Unicred Alto Sertão, sediada em Sousa, será a próxima parceira do sistema e prevê encerrar 2014 com mais de R$ 1 milhão em aval, superando as expectativas iniciais.

O empresário consegue aumentaro prazo do financiamento e reduzir as taxas de juros

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ma das preocupações da atual gestão da Associação UComercial e Empresarial de

Campina Grande foi promover uma maior integração entre os membros da Diretoria Executiva e Conselhos com os associados da entidade, estimulando a prática do associativismo. Nesse sentido, uma das estratégias utilizadas pelos dirigentes da Casa foi a realização de palestras e do “Jantar Empresarial”.

Os eventos em parceria com SEBRAE, SICOOB-CGCred e SITRANS reuniram expressivos nomes da política, da economia local e nacional para discutir cenários e tendências. Uma das palestras de maior público foi a do então governador de Pernambuco, Eduardo Campos. No dia 23 de outubro de 2013, a ACCG reuniu mais de 400 empresários em torno de um jantar com Eduardo Campos, tragicamente falecido em 13 de agosto deste ano, no interior de São Paulo, em campanha pela Presidência da República, pelo PSB.

JANTAR EMPRESARIAL E PALESTRAS PROMOVEMINTEGRAÇÃO E ATUALIZAÇÃO EMPRESARIAL

Em agosto de 2013, as manifestações populares pautaram o debate do Jantar Empresarial

Eduardo Campos no Jantar Empresarial em 2013

Em parceria com o Sebrae,

a ACCG trouxe o palestrante

internacional Daniel Godri,

em agosto de 2014

Cláudio Marinho apresentou

cenários econômicos para a

Paraíba e Pernambuco,

em dezembro de 2013

Dulce Magalhâes proferiu

a palestra ‘O foco define a

sorte’, no teatro Facisa

em setembro de 2013

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empresariais para a Paraíba, o secretário Marcos Procópio estruturou o NAI com um excelente quadro de técnicos e de profissionais formados em Relações Internacionais que, no mínimo, são bilíngues, o que aumenta a eficiência dos processos.

Desta forma, de acordo com Marcos Procópio, o Núcleo atua na atração de novos investimentos para o Estado, por meio da elaboração de uma imagem positiva da Paraíba como um local propício para negócios, da prospecção de possíveis empresas para se instalarem no Estado, da captação de recursos para os empreendimentos interessados e do acompanhamento dessas empresas após sua instalação. O processo de atração de investimentos direcionado por essa instituição tem como passo inicial a criação da imagem da Paraíba como produto, com o objetivo de vendê-la, nacional e internacionalmente, como lugar favorável para receber investimentos e empreendimentos.

responsável por 5.000 empregos diretos através de duas unidades: em Mangabeira e no José Américo. Em Campina Grande, a AeC conta com a sua maior unidade operacional de todo o Brasil, com aproximadamente seis mil empregados até a presente data.

Com inauguração prevista para o dia 12 de dezembro de ano, a empresa Contax pretende gerar três mil e quinhentos empregos diretos até o final do primeiro semestre de 2015, em sua unidade localizada no bairro de Mangabeira, em João Pessoa. Atualmente, a Empresa Contax se consolida como a terceira maior empregadora privada do país, com atuação em vários estados do Brasil e, também, na América Latina. Além disso, a empresa possui potencial para gerar mais de dez mil postos de trabalho no estado da Paraíba. O Grupo Stefanini, conhecido como a terceira maior empresa internacionalizada do Brasil e com atuação em 23 países, escolheu a Paraíba como nova localidade para as suas operações após negociações com a Secretaria Executiva de Indústria e Comércio. Inaugurada em Campina Grande em 2013, a Orbitall Call Center desenvolve um processo contínuo na geração de empregos, com aproximadamente 1.500 postos de trabalho. Para atuar no competitivo espaço de atração de empreendimentos

bjetivando aperfeiçoar as estratégias de atração de Oinvestimentos econômicos e

geração de empregos para nosso estado, a Secretaria Executiva de Indústria e Comércio do Governo da Paraíba, que tem como titular o empresário Marcos Procópio, criou o Núcleo de Atração de Investimentos (NAI), que atua, também, como órgão de relações internacionais. Os resultados do trabalho do NAI, no que se refere a atração de empreendimentos para a Paraíba, podem ser visto, inicialmente, através da instalação de três grandes empresas de Call Centers em nosso estado, a partir de 2012, com a chegada da AeC em Campina Grande. Atualmente, essas empresas geram 15,5 mil empregos nas duas principais cidades do estado.

Com um investimento de aproximadamente R$ 60 milhões, a empresa de Call Center AeC gerou mais de onze mil empregos até a presente data, em João Pessoa e Campina Grande. A atração e a implementação desta empresa por meio da Secretaria Executiva de Indústria e Comércio e do NAI já se configura como o maior projeto de geração de empregos diretos de toda a história da Paraíba, em um único governo. Em João Pessoa, a AeC concluiu o processo de instalação e é

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EMPRESAS DE CALL CENTER GERAMMAIS DE 15 MIL EMPREGOS NA PARAÍBA

Marcos Procópio é vice-presidenteda ACCG e Secretário de Indústria eComércio do Governo do Estado

Empresa de Call Center instalada em Campina Grande

EMPREGOS

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ou omissão de lançamentos, divergências nos valores lançados ou mesmo inversão e trocas de contas. Esses cuidados resguardam a empresa de multas de fiscalização por divergências.

Violação dos princípiosda contabilidadeO respeito aos princípios da contabilidade é o que garante a uniformidade dos processos contábeis para todas as empresas. Porém, alguns contadores e escritórios de contabilidade ainda cometem erros ao violar esses princípios, quando supervalorizam os ativos, por exemplo. Esse erro, que fere o princípio de prudência, pode gerar uma interpretação falsa do patrimônio da empresa, levando-a a decisões estratégicas prejudiciais.

Falhas na emissão denotas fiscais eletrônicasComo a emissão correta de uma nota fiscal eletrônica depende do preenchimento exato de campos como PIS, ISS e CONFINS, este processo está sujeito a falhas comuns. E, claro, erros na emissão das notas fiscais eletrônicas também podem prejudicar uma empresa, fazendo-a pagar impostos desnecessários ou mesmo serem notificadas pelos órgãos de fiscalização.A automatização do processo de emissão dessas notas através de um sistema de gestão contábil evita esse tipo de erro e é um diferencial importante para os contadores e escritórios frente aos clientes em potencial.

Fonte: Grupo Sage

prejudicaram a corporação. Neste cenário de insegurança, sai na frente quem possui os recursos para uma contabilidade mais precisa e em conformidade com a volátil legislação tributária brasileira, única maneira de evitar que as empresas atendidas se exponham a riscos como problemas com o Fisco, processos trabalhistas, entre outros. E você, sabe como explicar a importância disso para seu cliente? Veja neste post, os quatro erros contábeis mais cometidos pelas empresas e saiba explicar por que você pode resguardá-lo deles!

Erro na agendade pagamentosA saúde contábil de uma empresa engloba uma série de fluxos, entre eles os pagamentos de tributos e de funcionários nas datas precisas. A falta de uma organização interna nos lançamentos, na geração de guias de pagamentos ou a incidência de atrasos e omissões de pagamentos importantes gera problemas facilmente evitáveis. Assim, a exatidão nos lançamentos e o cuidado com os prazos são essenciais. Um sistema de contabilidade que integre lançamentos diversos com folha de pagamentos, a escrituração fiscal e o controle patrimonial é uma boa alternativa para evitar esse tipo de equívoco.

Desorganização dosarquivos contábeis Tudo o que é declarado na contabilidade deve ser potencialmente provado. Para isso, a organização de notas e documentos fiscais é imprescindível. Ter esses documentos arquivados em versão digital evita erros como duplicidade

A contabilidade está para as empresas assim como a medicina está para a saúde. Ela é o coração de uma empresa e qualquer erro neste setor pode custar o próprio patrimônio do empreendedor.

alvez o seu cliente ainda não tenha clareza disso, mas a Tcontabilidade está para as

empresas assim como a medicina está para a saúde. Ela é o coração de uma empresa e qualquer erro neste setor pode custar o próprio patrimônio do empreendedor. Além de imprescindível perante as exigências legais e fiscais do país, a contabilidade é hoje um braço estratégico dentro das corporações, já que reúne informações valiosas para a tomada de decisões estratégicas, como investimentos ou aplicações.

Mas, ainda assim, estudo realizado pela CONFEB (Conselho Fiscal Empresarial Brasileiro) mostrou que 84% das empresas já identificaram deslizes internos ou junto aos escritórios de contabilidade que

OS PRINCIPAIS ERROS CONTÁBEISCOMETIDOS PELAS EMPRESAS

Os cuidados com os prazos são essenciais

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