revista schola 2014

138
Escola Secundária / 3 de Barcelinhos 2013/2014

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Revista Schola do ano de 2013-2014

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Page 1: Revista Schola 2014

Escola Secundária / 3 de Barcelinhos 2013/2014

Page 2: Revista Schola 2014
Page 3: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 3 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Ficha técnica

Coordenação

António Fernandes

Diretor

António Fernandes

Capa

Rui Pedro Neto Reis (9ºC)

Administração

António Carvalho

Propriedade

Esc. Sec. / 3 de Barcelinhos

Rua do Areal de Baixo – S. Brás –

4755-056 Barcelinhos

Telefone – 253 839 260

Fax – 253 833 482

Email – [email protected]

http://escbarcelinhos.net/site/

Tiragem

600 exemplares

Depósito Legal n.º55158/92

ISSN 0873-1217

Schola n.º 22 – maio de 2014

Periodicidade – anual

136 páginas

Áreas de interesse

Nota prévia 3

A nossa Escola em números 4

Os sítios da Escola 21

Atividades 22

Ensaios e reflexões 42

Narrativas 71

Poesia 81

Outros textos 95

Anedotas e curiosidades 115

Bloco fotográfico 123

Page 4: Revista Schola 2014

Nota prévia

E depois? O que irá acontecer depois?

Esta será uma das muitas dúvidas que os jovens de hoje em dia se

colocam. O que faremos depois de terminarmos os nossos estudos? Nós

que temos filhos a estudar ou que conhecemos alguém que nos é próximo

e que está na mesma situação, já nos questionamos sobre o seu futuro.

Olhando à realidade do nosso país, parece só restar uma saída para

a situação destes jovens: emigrar. Este é o estado a que chegamos após

anos de descontrolo e desorientação daqueles a quem nós demos o poder

para decidir sobre o nosso futuro.

Mas será que realmente não podemos fazer mais nada? O meu pai

sempre me disse que mais valia continuar na nossa "terrinha" mesmo que

com condições menos boas do que ir para outra onde não conhecemos

nada nem ninguém. Será que não conseguimos encontrar forma de viver

no nosso país sem ter de "desertar" para um qualquer outro? Todos

sabemos que há zonas do nosso país, zonas no interior, onde são

necessários todo o tipo de especialistas e profissionais para as

desenvolver. Não valerá a pena pensar nesta possibilidade antes de termos

de abandonar o nosso cantinho à beira mar plantado?

Se estiverem bem preparados e capazes de desenvolver a sua

atividade, então com toda a certeza, encontrarão o seu lugar ao sol no

nosso país e aqui construirão o seu futuro, a sua família, a sua vida. Se

este não se afigurar como um motivo suficiente para não partir, então

pensem que desta forma vão estar a contrariar esses que nos trouxeram

até aqui e que nos dizem para partir para outra terra.

Aí nos ganhamos.

Page 5: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 5 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

"Nós geralmente descobrimos o que fazer

percebendo aquilo que não devemos fazer.

E provavelmente aquele que nunca

cometeu um erro nunca fez uma

descoberta."

Samuel Smiles

N.: 23 de dezembro de 1812, Escócia

F.: 16 de abril de 1904

Page 6: Revista Schola 2014

A nossa Escola em números

Desde o ano letivo de

1994/1995, a revista Schola

divulga alguns dados estatísticos

que permitem uma avaliação

global e sistematizada da

evolução da vida interna da nossa

escola.

Dando continuidade a esse

trabalho, atualizam-se com os

números relativos ao ano letivo de

2013/2014; expõem-se os dados

evolutivos do sucesso da

população escolar e das

preferências em relação às

opções dos alunos nos últimos

anos, entre outros.

1- Sucesso escolar

Registam-se, de seguida, os dados relativos às percentagens de

sucesso escolar obtido pelos alunos. Divide-se essa apresentação por

ciclos de ensino e anos de escolaridade.

1.1 - Ensino Básico - 3.º Ciclo - % de alunos que transitaram/concluíram

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

Evolução do sucesso

Page 7: Revista Schola 2014

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

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12/13

9ºAno 8ºAno 7ºAno

Ano letivo 7ºAno 8ºAno 9ºAno

86/87 64% 71% 73%

87/88 71% 83% 79%

88/89 59% 60% 75%

89/90 77% 78% 93%

90/91 77% 71% 88%

91/92 76% 82% 77%

92/93 94% 80% 81%

93/94 87% 82% 88%

94/95 70% 80% 84%

95/96 71% 86% 89%

96/97 78% 69% 84%

97/98 68% 78% 89%

98/99 83% 77% 95%

99/00 83% 72% 87%

00/01 82% 61% 86%

01/02 68% 66% 82%

02/03 86% 94% 100%

03/04 73% 87% 93%

04/05 83% 92% 88%

05/06 99% 91% 85%

06/07 96% 91% 79%

07/08 94% 99% 100%

08/09 92% 94% 86%

09/10 93% 93% 100%

10/11 99% 99% 96%

11/12 97% 99% 88%

12/13 99% 98% 97%

1.2 - Ensino Secundário (10.º e 11.º anos) - % de alunos que transitaram

68%74%

76%76%

87%84%84%85%

81%77%78%

61%73%

69%93%

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86/8787/8888/8989/9090/9191/9292/9393/9494/9595/9696/9797/9898/9999/0000/0101/0202/0303/0404/0505/0606/0707/0808/0909/1010/1111/1212/13

11ºAno 10ºAno

Ano letivo 10ºAno 11ºAno

86/87 68% 71%

87/88 74% 88%

88/89 76% 74%

89/90 76% 83%

90/91 87% 95%

91/92 84% 83%

92/93 84% 96%

93/94 85% 90%

94/95 81% 95%

95/96 77% 96%

96/97 78% 80%

97/98 61% 79%

98/99 73% 87%

99/00 69% 83%

00/01 93% 90%

01/02 57% 82%

02/03 76% 81%

03/04 85% 92%

04/05 84% 99%

05/06 95% 94%

06/07 99% 97%

07/08 88% 93%

08/09 90% 87%

09/10 94% 98%

10/11 98% 96%

11/12 97% 97%

12/13 96% 93%

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56%

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71%

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7

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86/8

7

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8

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0

90/9

1

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2

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3

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4

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5

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6

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1

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8

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9

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0

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1

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2

12/1

3

Evolução do sucesso

1.3 - Ensino Secundário (12.º ano) - % de alunos que concluíram

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

86/8

787/8

888/8

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090/9

191/9

292/9

393/9

494/9

595/9

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797/9

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303/0

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707/0

808/0

909/1

010/1

111/1

212/1

3

Evolução do sucesso

Ano letivo 12º Ano

86/87 0%

87/88 0%

88/89 0%

89/90 77%

90/91 96%

91/92 88%

92/93 87%

93/94 92%

94/95 85%

95/96 100%

96/97 88%

97/98 83%

98/99 87%

99/00 83%

00/01 89%

02/03 100%

03/04 56%

04/05 52%

05/06 56%

06/07 72%

07/08 98%

08/09 59%

09/10 100%

10/11 71%

11/12 84%

12/13 98%

Page 9: Revista Schola 2014

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

1.4 - Ensino Profissional / Educação e Formação - % de alunos que

concluíram

81%

95% 95%

79%

89%

82%

93%89%

57%50%

88%83%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

08 / 1

1

09 / 1

2

10 / 1

3

Técnico de Contabilidade Animador Sociocultural Técnico de Turismo

Técnico de Comércio Técnico de Eletrótecnia Técnico de Secretariado

0%

20%

40%

60%

80%

100%

08 / 1

1

09 / 1

2

10 / 1

3

Evolução do sucesso

100%

87%

100%

60%

80%

100%

09 / 1

1

10 / 1

2

10 / 1

1

Eletricidade

Jardinagem

Eletricidade e Instalações

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

2 - População escolar

2.1 - Alunos matriculados

2.1.1 - Frequência por ano letivo

923 913 911 882 859914

959 965 9871033

953

812

655

0

200

400

600

800

1000

1200

01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14

de A

lunos

Ano letivo 7ºAno 8ºAno 9ºAno 10ºAno 11ºAno 12ºAno CEF EFA-B EFA-S Total

01/02 166 177 112 223 109 136 0 0 0 923

02/03 160 152 131 234 140 96 0 0 0 913

03/04 103 121 143 252 166 126 0 0 0 911

04/05 126 95 89 190 205 177 0 0 0 882

05/06 77 114 92 195 156 225 0 0 0 859

06/07 123 84 114 205 198 190 0 0 0 914

07/08 99 124 96 209 180 185 28 16 22 959

08/09 103 95 116 228 184 174 12 16 37 965

09/10 77 101 102 240 200 194 18 0 55 987

10/11 78 72 118 250 235 210 30 0 40 1033

11/12 77 78 102 207 245 229 15 0 0 953

12/13 55 79 87 158 198 235 0 0 0 812

13/14 50 58 83 75 109 124 0 0 156 655

0

500

1000

1500

Evolução da frequência

Page 11: Revista Schola 2014

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

2.1.2 - Frequência por ano de escolaridade - Ensino regular

0

50

100

150

200

250

300

7ºAno 8ºAno 9ºAno 10ºAno 11ºAno 12ºAno

de A

lunos

01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08

08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14

2.1.3 - Alunos inscritos em 2013/2014 por ano de escolaridade

7.º Ano

8%

8.º Ano

9%

9.º Ano

13%

10.º Ano

19%11.º Ano

23%

12.º Ano

28%

Nº Alunos

50

58

83

126

154

184

655

11.º Ano

12.º Ano

Total

Anos

7.º Ano

8.º Ano

9.º Ano

10.º Ano

0

200

400

600

800

1000

1200

1986/1987

1987/1988

1988/1989

1989/1990

1990/1991

1991/1992

1992/1993

1993/1994

1994/1995

1995/1996

1996/1997

1997/1998

1998/1999

1999/2000

2000/2001

2001/2002

2002/2003

2003/2004

2004/2005

2005/2006

2006/2007

2007/2008

2008/2009

2009/2010

2010/2011

2011/2012

2012/2013

2013/2014

Evolução dos totais

Page 12: Revista Schola 2014

R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 12

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

7º 8º 9º 10º 11º 12º

1986/1987 245 132 92 118 55 0 469 173

1987/1988 242 172 111 114 93 0 525 207

1988/1989 255 182 159 151 74 0 596 225

1989/1990 175 189 145 166 92 26 509 284

1990/1991 273 220 155 144 111 24 648 279

1991/1992 180 256 175 130 140 76 611 346

1992/1993 204 175 235 177 139 103 614 419

1993/1994 177 208 180 195 153 52 565 400

1994/1995 283 162 178 177 135 164 623 476

1995/1996 260 228 158 178 141 131 646 450

1996/1997 187 210 215 174 130 153 612 457

1997/1998 187 185 166 160 143 147 538 450

1998/1999 166 148 150 154 113 141 464 408

1999/2000 144 166 133 170 175 117 443 462

2000/2001 169 132 126 151 124 102 427 377

2001/2002 166 177 112 223 109 136 455 468

2002/2003 136 151 131 221 137 117 418 475

2003/2004 103 121 143 252 166 126 367 544

2004/2005 126 95 89 190 205 177 310 572

2005/2006 77 114 92 195 156 225 283 576

2006/2007 123 84 114 205 198 190 321 593

2007/2008 99 124 96 209 180 185 319 574

2008/2009 103 95 116 228 184 174 314 586

2009/2010 77 101 102 240 200 194 280 634

2010/2011 78 72 118 250 235 210 268 695

2011/2012 77 78 102 207 245 229 257 681

2012/2013 55 79 87 158 198 235 221 591

2013/2014 50 58 83 126 154 184 191 464

812

988

957

Bás Sec

1096

914

882

Anos de escolaridadeTotal

732

927

1069

804

642

900

905

1033

963

1099

872

893

911

Anos letivos

655

923

859

914

821

793

965

938

893

0

100

200

300

400

500

600

700

800

1986/1987

1987/1988

1988/1989

1989/1990

1990/1991

1991/1992

1992/1993

1993/1994

1994/1995

1995/1996

1996/1997

1997/1998

1998/1999

1999/2000

2000/2001

2001/2002

2002/2003

2003/2004

2004/2005

2005/2006

2006/2007

2007/2008

2008/2009

2009/2010

2010/2011

2011/2012

2012/2013

2013/2014

Evolução Básico e Secundário

Bás

Sec

Page 13: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 13 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

245

242 255

175

273

180 20

4

177

283

260

187

187

166

144 16

9

166

136

103 12

6

77

123

99 103

77 78 77

55 50

0

50

100

150

200

250

30019

86/1987

1987/1988

1988/1989

1989/1990

1990/1991

1991/1992

1992/1993

1993/1994

1994/1995

1995/1996

1996/1997

1997/1998

1998/1999

1999/2000

2000/2001

2001/2002

2002/2003

2003/2004

2004/2005

2005/2006

2006/2007

2007/2008

2008/2009

2009/2010

2010/2011

2011/2012

2012/2013

2013/2014

Evolução do 7º ano

132

172

182

189 22

0 256

175 20

8

162

228

210

185

148 16

6

132

177

151

121

95

114

84

124

95 101

72 78 79

58

0

50

100

150

200

250

300

1986/1987

1987/1988

1988/1989

1989/1990

1990/1991

1991/1992

1992/1993

1993/1994

1994/1995

1995/1996

1996/1997

1997/1998

1998/1999

1999/2000

2000/2001

2001/2002

2002/2003

2003/2004

2004/2005

2005/2006

2006/2007

2007/2008

2008/2009

2009/2010

2010/2011

2011/2012

2012/2013

2013/2014

Evolução do 8º ano

92

111

159

145 155 17

5

235

180

178

158

215

166

150

133

126

112 13

1 143

89 92

114

96

116

102 11

8

102

87 83

0

50

100

150

200

250

1986/1987

1987/1988

1988/1989

1989/1990

1990/1991

1991/1992

1992/1993

1993/1994

1994/1995

1995/1996

1996/1997

1997/1998

1998/1999

1999/2000

2000/2001

2001/2002

2002/2003

2003/2004

2004/2005

2005/2006

2006/2007

2007/2008

2008/2009

2009/2010

2010/2011

2011/2012

2012/2013

2013/2014

Evolução do 9º ano

118

114

151 166

144

130

177 19

5

177

178

174

160

154 170

151

223

221 25

2

190

195

205

209 22

8 240

250

207

158

126

0

50

100

150

200

250

300

1986/1987

1987/1988

1988/1989

1989/1990

1990/1991

1991/1992

1992/1993

1993/1994

1994/1995

1995/1996

1996/1997

1997/1998

1998/1999

1999/2000

2000/2001

2001/2002

2002/2003

2003/2004

2004/2005

2005/2006

2006/2007

2007/2008

2008/2009

2009/2010

2010/2011

2011/2012

2012/2013

2013/2014

Evolução do 10º ano

55

93

74

92

111 14

0

139 153

135

141

130 143

113

175

124

109 13

7 166

205

156

198

180

184 200 23

5

245

198

154

0

50

100

150

200

250

300

1986/1987

1987/1988

1988/1989

1989/1990

1990/1991

1991/1992

1992/1993

1993/1994

1994/1995

1995/1996

1996/1997

1997/1998

1998/1999

1999/2000

2000/2001

2001/2002

2002/2003

2003/2004

2004/2005

2005/2006

2006/2007

2007/2008

2008/2009

2009/2010

2010/2011

2011/2012

2012/2013

2013/2014

Evolução do 11º ano

0 0 0

26 24

76

103

52

164

131 15

3

147

141

117

102

136

117 126

177

225

190

185

174 19

4 210 22

9

235

184

0

50

100

150

200

250

1986/1987

1987/1988

1988/1989

1989/1990

1990/1991

1991/1992

1992/1993

1993/1994

1994/1995

1995/1996

1996/1997

1997/1998

1998/1999

1999/2000

2000/2001

2001/2002

2002/2003

2003/2004

2004/2005

2005/2006

2006/2007

2007/2008

2008/2009

2009/2010

2010/2011

2011/2012

2012/2013

2013/2014

Evolução do 12º ano

642 73

2 821

793 92

7

957 10

33

965 10

99

1096

1069

988

872

905

804 92

3

893

911

882

859 914

893

900

914 963

938

812

655

0

200

400

600

800

1000

1200

1986/1987

1987/1988

1988/1989

1989/1990

1990/1991

1991/1992

1992/1993

1993/1994

1994/1995

1995/1996

1996/1997

1997/1998

1998/1999

1999/2000

2000/2001

2001/2002

2002/2003

2003/2004

2004/2005

2005/2006

2006/2007

2007/2008

2008/2009

2009/2010

2010/2011

2011/2012

2012/2013

2013/2014

Alunos matriculados

Page 14: Revista Schola 2014

R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 14

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

3 - Preferências dos alunos

3.1 - Ensino Secundário - 10.º ano de escolaridade

3.1.1 - Opção em relação ao tipo de Curso

77%

77%

64% 67%

79%

74%

50% 59

%

58%

68%

66%

32%

23%

23%

36%

33%

21% 26

%

50%

41%

42%

32%

34%

68%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

02/0303/0404/0505/0606/0707/0808/0909/1010/1111/1212/1313/14

C C H

C T/C P

Legenda:

C C H- Cursos Científico-Humanísticos

C T / C P- Cursos Tecnológicos / Cursos Profissionais

3.1.2 - Opção em relação ao tipo de

Curso Científico-Humanísticos

Ano letivo C T C S E LH Total

02/03 111 53 26 190

03/04 135 44 20 199

04/05 76 30 21 127

05/06 88 18 21 127

06/07 101 23 31 155

07/08 90 21 40 151

08/09 85 0 29 114

09/10 108 9 28 145

10/11 94 18 29 141

11/12 85 14 41 140

12/13 66 16 30 112

13/14 55 0 20 75

Ano letivo C C H C T/C P

02/03 77% 23%

03/04 77% 23%

04/05 64% 36%

05/06 67% 33%

06/07 79% 21%

07/08 74% 26%

08/09 50% 50%

09/10 59% 41%

10/11 58% 42%

11/12 68% 32%

12/13 66% 34%

13/14 32% 68%

Page 15: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 15 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

02/0303/0404/0505/0606/0707/0808/0909/1010/1111/1212/1313/14

C T C S E C S H / L H

Legenda:

C T- Ciências e Tecnologias

C S E- Ciências Socioeconómicas

C S H / L H- Ciências Sociais e Humanas / Línguas e Humanidades

Curso 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14

C T 58% 68% 60% 69% 65% 60% 75% 74% 67% 61% 59% 73%

C S E 28% 22% 24% 14% 15% 14% 0% 6% 13% 10% 14% 0%

C S H / L H 14% 10% 17% 17% 20% 26% 25% 19% 21% 29% 27% 27%

3.1.3 - Opção em relação ao tipo de Cursos Tecnológicos

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13

T Adm T Com T Despor Legenda: T Adm- Curso Tecnológico de Administração

T Com- Curso Tecnológico de Comunicação

T Despor- Curso Tecnológico de Desporto

Page 16: Revista Schola 2014

R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 16

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Ano letivo T. Adm T Com Desporto Total

00/01 51 10 0 61

01/02 64 15 0 79

02/03 57 0 0 57

03/04 47 13 0 60

04/05 48 0 25 73

05/06 50 0 20 70

08/09 0 0 26 26

09/10 0 0 27 27

10/11 0 0 45 45

11/12 0 0 64 64

12/13 0 0 37 37

Curso 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13

T Adm 30% 27% 23% 18% 24% 25% 0% 0% 0% 0% 0%

T Com 6% 6% 0% 5% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

T Despor 0% 0% 0% 0% 13% 10% 11% 8% 19% 31% 22%

3.1.4 - Opção em relação ao tipo de Curso Profissional

0%

5%

10%

15%

20%

25%

CONT ASC TAR COM ELECT SEC GDESP IGEST

06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14

Legenda: CONT- Curso Profissional de Técnico de Contabilidade

ASC- Curso Profissional de Animador Sociocultural

TAR- Curso Profissional de Técnico de Turismo Ambiental e Rural

COM- Curso Profissional de Técnico de Comércio

ELECT- Curso Profissional de Técnico de Eletrotecnia

SEC- Curso Profissional de Técnico de Secretariado

GDESP- Curso Profissional de Apoio à Gestão Desportiva

IGEST- Curso Profissional de Técnico de Informática de Gestão

Page 17: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 17 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Ano letivo CONT ASC TAR COM ELECT SEC GDESP IGEST

06/07 13% 12% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

07/08 9% 8% 9% 0% 0% 0% 0% 0%

08/09 7% 8% 9% 9% 8% 0% 0% 0%

09/10 7% 8% 8% 0% 0% 7% 0% 0%

10/11 8% 7% 8% 0% 0% 0% 0% 0%

11/12 0% 7% 0% 0% 0% 7% 18% 0%

12/13 0% 0% 13% 0% 0% 0% 0% 16%

13/14 0% 0% 20% 0% 0% 0% 21% 0%

3.2 - Ensino Secundário - Nº de alunos a frequentar em 2013/2014 os

cursos nos 11º e 12º anos de escolaridade

Legenda: C T- Ciências e Tecnologias

C S E- Ciências Socioeconómicas

C S H / L H- Ciências Sociais e Humanas / Línguas e Humanidades

CP - ASC- Curso Prof. de Animador Sociocultural

CP - TS- Curso Prof. de Técnico de Secretariado

CP - TIG- Curso Prof. de Técnico Informática de Gestão

CP - TAR- Curso Prof. Técnico de Turismo Ambiental e Rural

CP - G. DESP- Curso Prof. Técnico de Apoio à Gestão Desportiva

Ano C T C S E C S H CP ASC CP TS CP TIG CP TAR G.DESP TOTAL

11.º 65 15 29 0 0 23 22 0 154

12.º 75 16 33 15 10 0 0 35 184

4 - Quadro de Excelência e de Valor / Mérito

4.1 - Quadro de excelência

1998/1999 1999/2000 2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Total Total Total Total Total Total Total

3.º Ciclo 9 10 11 16 8 7 8

Secundário 5 3 3 7 5 9 8Percentagem Percentagem Percentagem Percentagem Percentagem Percentagem Percentagem

3.º Ciclo 1,94% 2,26% 2,58% 3,52% 1,91% 1,91% 2,58%

Secundário 1,23% 0,65% 0,80% 1,50% 1,05% 1,65% 1,40%

Page 18: Revista Schola 2014

R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 18

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

3.º Ciclo

Secundário

3.º Ciclo

Secundário

2005/2006 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012

Total Total Total Total Total Total Total

11 11 13 12 6 22 26

12 14 20 17 21 53 61Percentagem Percentagem Percentagem Percentagem Percentagem Percentagem Percentagem

3,89% 3,43% 4,08% 3,82% 1,91% 8,21% 10,12%

2,08% 2,36% 3,48% 2,90% 3,58% 7,63% 8,96%

3.º Ciclo

Secundário

3.º Ciclo

Secundário

2012/2013

Total

32

67Percentagem

14,48%

11,34%

9 10 11 168 7 8 11 11 13 12

6

22 2632

5 3 37

5 9 812 14

20 17 21

5361

67

0

20

40

60

80

100

120

Quadro de Excelência

Secundário

3.º Ciclo

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

Quadro de Excelência

Secundário

3.º Ciclo

4.2 - Quadro de valor / mérito

2010/2011 2011/2012 2012/2013

Total Total Total

3.º Ciclo 1 6 34

Secundário 42 34 108Percentagem Percentagem Percentagem

3.º Ciclo 0,37% 2,33% 15,38%

Secundário 6,04% 4,99% 18,27%

Page 19: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 19 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

1 6

3442 34

108

0

20

40

60

80

100

120

140

160

2010/2011 2011/2012 2012/2013

Quadro de Valor/Mérito

Secundário

3.º Ciclo

0,37%2,33%

15,38%

6,04% 4,99%

18,27%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

35,00%

40,00%

2010/2011 2011/2012 2012/2013

Quadro de Valor/Mérito

Secundário

3.º Ciclo

5 - Pessoal Não Docente - Variação do número de pessoal não docente

pelas diversas categorias profissionais

0

4

8

12

16

20

24

28

01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14

Nº de Funcionários

PT P0AE POC PGN

Legenda: PT- Pessoal Técnico

POAE- Pessoal Operário/ Ação Educativa

POC- Pessoal Operário/Cozinha

PGN- Pessoal Guarda Noturno (EXTINTO)

Page 20: Revista Schola 2014

R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 20

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Ano letivo PT P0AE POC PGN Total

01/02 7 24 4 1 36

02/03 7 24 4 2 37

03/04 7 24 4 1 36

04/05 7 24 4 2 37

05/06 7 24 4 2 37

06/07 7 24 4 2 37

07/08 7 24 4 1 36

08/09 7 24 4 0 35

09/10 7 23 4 0 34

10/11 7 23 4 0 34

11/12 7 23 4 0 34

12/13 7 23 4 0 34

13/14 7 23 4 0 34

32

34

36

38

Evolução do n.º de pessoal não docente

6 - Pessoal Docente - Variação do número de docentes por grupo de

recrutamento

0

2

4

6

8

10

12

14

290 E

MRC

300 P

ORT

320

FRC

330

ING

400

HIS

T

410

FIL

420

GEO

430

Eco

e C

ont

500 M

AT

510 C

FQ

520

BG

530

ET

540

El

ectr

550

INF

600

AV

620

E

F

Nº d

e D

ocen

tes

02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14

Page 21: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 21 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

02/03 1 12 8 9 5 5 4 6 8 10 7 6 1 1 3 9 95

03/04 1 13 9 9 5 5 5 9 9 9 8 6 1 1 3 9 102

04/05 2 12 7 9 5 5 3 7 9 9 9 5 1 2 3 9 97

05/06 1 10 5 7 4 5 3 6 9 8 8 5 1 2 2 9 85

06/07 2 9 5 7 4 5 3 7 11 7 7 4 1 2 2 10 86

07/08 2 9 5 7 5 6 4 8 11 8 8 5 2 2 3 10 95

08/09 2 11 6 8 6 7 4 6 12 9 8 3 2 3 2 9 98

09/10 1 10 6 9 6 8 5 8 12 9 10 5 5 2 2 10 108

10/11 1 12 5 9 6 8 5 9 12 9 13 4 3 2 2 12 112

11/12 1 9 5 9 5 8 4 6 11 7 11 3 1 2 2 12 96

12/13 1 7 5 7 4 5 3 5 9 6 6 3 1 2 1 9 74

13/14 1 7 5 6 3 3 3 5 8 6 7 4 2 1 7 68

13/14 0% -22% 0% -33% -40% -63% -25% -17% -27% -14% -36% 33% -100% 0% -50% -42% -23%

540

Electr

550

INF

600

AV

620

EFTotal

410

FIL

420

GEO

430

Eco e

Cont

500

MAT

510

CFQ

520

BGAno letivo

290

EMRC

300

PORT

320

FRC

330

ING

420

GEO

530

ET

400

HIST

410

FIL

400

HIST

Ano letivo500

MAT

510

CFQ

520

BG

530

ET

620

EFTotal

550

INF

290

EMRC

300

PORT

320

FRC

330

ING

600

AV

540

Electr

430

Eco e

Cont

0

100

200

Evolução do n.º de pessoal docente

Page 22: Revista Schola 2014

R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 22

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Os sítios da Escola

A página da Escola

http://www.esec-barcelinhos.rcts.pt/

A plataforma Moodle da Escola

http://escbarcelinhos.net/moodle2013/

O blog das atividades da Escola

http://esbarcelinhos.blogspot.pt/

A Escola na Agenda Cultural de Barcelos

http://agenda.barcelos.pt/

O blog dos 25 anos da Escola

http://es3barcelinhos25anos.blogspot.pt/

A Escola no facebook

https://www.facebook.com/escolasecundariabarcelinhos.barcelinhos

O blog da biblioteca da Escola

http://bibliobarcelinhos.blogspot.pt/

A biblioteca da Escola no facebook

https://www.facebook.com/escolasecundariabarcelinhos.barcelinhos

O blog do Clube da Língua Portuguesa

http://clp-esb.blogspot.pt/

O blog de Inglês

http://barcelinhosinenglish.blogspot.pt/

O blog do Clube de Proteção Civil

http://clubeproteccaocivilescs3barcelinhos.blogspot.pt/

O blog da Revista Schola

http://revistaschola.blogspot.pt/

O blog de apoio ao PESES

http://escbarcelinhos.net/peses/

Page 23: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 23 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

"Que nada nos limite. Que nada nos defina.

Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja

a nossa própria substância."

Simone de Beauvoir

N.: 9 de janeiro de 1908, Paris

F.: 14 de abril de 1986, Paris

Page 24: Revista Schola 2014

R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 24

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Dia Internacional da Filosofia

O subdepartamento de

Filosofia e Formação Pessoal

comemorou o dia Internacional da

Filosofia, no dia 17 de Novembro,

na Biblioteca da Escola Secundária

de Barcelinhos.

Do programa constou a

declamação de poesia, a

representação de excertos da

"Apologia de Sócrates" e um recital

de música de intervenção.

Participaram nesta atividade,

que teve como objetivo principal

sensibilizar os alunos para a

importância cada vez maior da

disciplina de Filosofia numa

sociedade muitas vezes acrítica e

conformista, os alunos dos 10º e

11º anos."

Page 25: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 25 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Dia Internacional da Língua Materna

O Dia Internacional da

Língua Materna, proclamado

pela UNESCO a 17 de

novembro de 1999, comemora-

se, anualmente, a 21 de

fevereiro. Este dia,

reconhecido formalmente pela

Assembleia Geral das Nações

Unidas, tem como objetivo

promover o multilinguismo, a

diversidade linguística e cultural.

A Biblioteca Escolar

António Ferraz associou-se a

estas comemorações que

contaram com a colaboração

dos alunos dos 11º e 12º anos.

Após uma breve

explicação sobre o significado

deste dia, pela coordenadora

da biblioteca, alunos e

professores declamaram poemas dos mais consagrados poetas

Portugueses. Houve a preocupação de ler poesia em linguagem arcaica e

contemporânea, selecionada pela Professora de Português Ana Reis, no

sentido de sensibilizar os alunos para a origem e evolução do Português

como Língua Materna.

A sessão continuou com a visualização de um vídeo, realizado pelas

alunas do 12º B, intitulado "As pessoas de Pessoa".

Page 26: Revista Schola 2014

R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 26

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Direitos Humanos e Amnistia Internacional na

Escola Secundária de Barcelinhos

Maratona de cartas,

Dança e Palestra sobre os

Direitos Humanos e Conto

Solidário, foram algumas das

atividades dinamizadas pela

Biblioteca Escolar Dr. António

Ferraz. Professores e alunos

envolveram-se intensamente

nesta luta pelos Direitos

Humanos.

A turma do 11º A

apresentou, para toda a escola,

a "Dança dos Direitos"; depois

voltou a atuar, juntamente com

as escolas do concelho, na

Biblioteca Municipal. Neste

momento foi feita a recolha de

milhares de cartas, assinadas

pelos alunos, apelando à

defesa dos Direitos Humanos.

A par desta iniciativa,

decorreu na Biblioteca, ao

longo da semana, a Feira do

Livro.

Page 27: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 27 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Encontro com... Hugo Teixeira, Ilustrador

Numa iniciativa da

Biblioteca Escolar, em

articulação com a editora ASA

e coordenação da Dr.ª Ana

Rocha, decorreu, na Biblioteca

Escolar Dr. António Ferraz, um

encontro com o ilustrador Hugo

Teixeira e as nossas turmas do

7º ano.

Ao longo da sessão,

Hugo Teixeira captou a atenção

dos alunos e docentes com a

sua simpatia e o gosto de

quem faz “tão bem” aquilo que

tanto gosta. O ilustrador falou-

-nos dos seus livros: “Mahou”,

“Origem da Magia” e “Perdidos

no Tempo” nos quais Ana

Vidazinha é autora dos textos.

O criador, natural de

Amarante, confidenciou-nos

que o gosto e paixão pela ilustração

começaram no primeiro dia de aulas e,

a partir daí, nunca mais parou. No final,

houve lugar às habituais perguntas e a

uma sessão de autógrafos muito

original.

Page 28: Revista Schola 2014

R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 28

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Mês das BE's - Dia Internacional das Bibliotecas Escolares

Visitas guiadas à biblioteca, concurso de marcadores e cartaz.

Dia aberto: oficina de escrita criativa e sessão de leitura pública.

Estas foram as atividades

realizadas ao longo do mês das

bibliotecas (outubro).

Os alunos do 7º ano, turma

B, participaram na oficina de

escrita criativa dinamizada pelos

alunos do 11º A.

Dramatização de excertos

de obras de autores portugueses

(Luís Vaz de Camões, Eça de

Queirós e Fernando Pessoa) com

o propósito de lembrarmos o dia

do livro português.

Num ambiente

descontraído e acolhedor, o

público assistiu a sessões de

leitura pública pelos alunos do 12º

B, enquanto saboreava uma

chávena de chá recordando os

momentos do "Chá de livros".

Page 29: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 29 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Parlamento de jovens 2014

À semelhança dos anos

anteriores, decorreu a 12.jan.2014,

no auditório da escola, o simulacro

do Parlamento dos Jovens.

Participaram nesta sessão 12 listas

de alunos do ensino secundário que

debateram, com muita qualidade,

elevação e respeito pelos outros, o

tema: Crise Demográfica (emigração,

natalidade e envelhecimento). O

plenário contou com a presença do

Diretor da escola, Dr. António

Carvalho, do deputado da Assembleia

da República do PSD, Dr. Nuno Reis

(que presidiu aos trabalhos), da responsável pelo Instituto Português do

Desporto e Juventude, Dr.ª Glória Teixeira e do representante da GNR de

Barcelinhos, Alferes Rodrigues.

Depois de uma semana de campanha eleitoral, efetuou-se, no dia

22 de Janeiro, na Biblioteca Dr. António Ferraz da Escola Secundária de

Barcelinhos, a Sessão Escolar do Parlamento dos Jovens.

Depois de apresentadas e discutidas as propostas de cada lista, os

25 deputados presentes votaram 3 medidas de recomendação e elegeram

os alunos Patrícia Briote (12º D), Luís Simões (10º B) e Alexandre

Rodrigues (10º A) para representarem a Escola Secundária de Barcelinhos

na Sessão Distrital que terá lugar no

Instituto Português do Desporto e

Juventude, em Braga. Parabéns a

todos os deputados pela forma

civilizada e responsável participação

neste projeto da Assembleia da

República que a todos deve servir de

exemplo.

Page 30: Revista Schola 2014

R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 30

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

A Escola Secundária de Barcelinhos atribuiu, no dia 10 de

Dezembro de 2013, um Patrono à sua Biblioteca Escolar

Biblioteca Escolar Dr. António Ferraz

A cerimónia singela,

mas de grande importância

para a comunidade educativa

bem como para todos os

barcelinenses, consistiu no

descerramento de uma placa

alusiva à efeméride, e de

uma foto do Patrono – Dr.

António Ferraz - no interior

de Biblioteca.

Na cerimónia estiveram

presentes a Senhora

Vereadora da Educação, Dr.ª

Armandina Saleiro e a sua

Assessora, Maria da Paz

Faria, o Pe. António Júlio

Trigueiros, Fernanda Freitas,

Bibliotecária Interconcelhia,

Dr. Victor Pinho, Bibliotecário

Municipal, professores e alunos,

entre outros convidados.

António Miguel da Costa

Almeida Ferraz nasceu a 3 de

outubro de 1855, na Casa do

Tanque, em Barcelinhos, onde

sempre viveu, tendo falecido em

fevereiro de 1916.

Formou-se em Medicina

pela Escola Médico Cirúrgica do

Porto e foi médico-cirurgião em

Barcelos, que exercia apenas por

caridade junto dos mais

desfavorecidos, a quem não só

receitava, como ajudava

discretamente na compra dos

respetivos medicamentos. Foi

Sócio do Instituto de Coimbra.

Foi administrador do

concelho de Barcelos, vereador e

vice-presidente da Câmara

Municipal de Barcelos desde

1899, sob a presidência do seu

patrício e amigo devotado, Dr.

Page 31: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 31 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

José Júlio Vieira Ramos. É

durante o seu mandato e por sua

iniciativa que é reconstruído, em

1905, o belíssimo Pelourinho

gótico, de que Barcelos se pode

ainda hoje orgulhar, e que se

achava desmontado e com as

suas peças dispersas. Fez,

igualmente, parte do grupo de

barcelenses que muito pugnou

para que o Paço dos Duques

fosse conservado e restaurado.

Foi Provedor da Santa

Casa da Misericórdia de 1899 a

1904 e secretário do Asilo do

Menino Deus. Escritor, historiador

local e genealogista, deixou

quase toda a sua obra inédita.

Escreveu "Apontamentos

para a História do Concelho de

Barcelos", manuscrito em 10

volumes in folio; "Estudo histórico

e genealógico de algumas

famílias barcelenses", manuscrito

in folio; "Notícias genealógicas",

extrato de vários nobiliários,

manuscrito in folio e "A Casa

Manuelina do Largo José Novaes,

em Barcelos", manuscrito in

quarto ilustrado com fotografias.

Deixou ainda alguns trabalhos de

genealogia e heráldica, bem

como numerosos artigos

dispersos por diversos periódicos

locais, de que se destacam o

"Commercio de Barcellos", a

"Barcellos Revista" e "A

Lágrima."

(In "Apontamentos para a História de Barcelos", da autoria do Dr. António Miguel da

Costa Almeida Ferraz, cujo 1º volume foi apresentado a 24 de Maio de 2013.)

A abrir a cerimónia, o Diretor da Escola, Dr. António Carvalho, deu

as boas vindas a todos os presentes, enaltecendo todo o trabalho da

equipa da Biblioteca Escolar. Depois do Pe. António Júlio Trigueiros

evidenciar o percurso notável de Dr. António Ferraz, a Senhora Vereadora

da Educação, Dr.ª Armandina Saleiro, felicitou a direção da Escola e a

Biblioteca "pela escolha particularmente feliz" do patrono, manifestando

"orgulho em participar neste ato cívico de relembrar este ilustre

barcelinense". Referiu ainda que António Ferraz foi "um homem importante

no seu tempo e para o seu tempo", mas "o seu legado vai muito para

além disso".

Por sua vez, a coordenadora da Biblioteca, Florinda Bogas,

expressou a satisfação da equipa da BE pela concretização do objetivo -

atribuir à Biblioteca um patrono oriundo de Barcelinhos – e, em simultâneo,

perpetuar na nossa memória coletiva o nome de tão distinto barcelinense.

Page 32: Revista Schola 2014

R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 32

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Por fim, um sobrinho neto do homenageado descerrou uma

fotografia do Dr. António Ferraz agradeceu, em nome da família, o gesto

simbólico da escola oferecendo um cd com o primeiro volume manuscrito

da principal obra deste grande historiador de Barcelos.

Ao longo da cerimónia houve ainda lugar para a participação dos

alunos com leitura de um texto alusivo ao espaço da Biblioteca, pela aluna

Alda Andrade e um momento musical, em que atuaram os alunos do 11º e

12º anos.

Esta homenagem ao Dr. António Ferraz surge na sequência da

deliberação do Conselho Pedagógico tomada em reunião de 23 de

outubro de 2013.

Dr. António Ferraz, Patrono da Biblioteca Escolar

Texto criado e lido, pela Alda Andrade, na atribuição do Patrono da BEAF

em 10 de Dez. de 2103

Diziam-me, a cada passo meu, que o grande "segredo não é correr

atrás das borboletas...". Esse segredo reside, sim, em zelosamente

"cuidar do jardim para que elas venham até ele".

Sentia-me abençoada por me terem adestrado tão nobre lição, não

obstante nem sempre compreender toda a profundidade deste tão

fascinante ensinamento.

Hoje, por mera eventualidade do acaso, questionei-me acerca

dessa tão afamada máxima que em criança me impuseram, como se de

uma pesada herança, que de pais para filhos, ao longo de incontáveis

gerações, vai passando, se tratasse. Lembrei-me, então, de um sítio

onde, afincadamente, muitos eram os que com deleite cultivavam

esplendorosos jardins, ainda que sem os artifícios típicos de jardineiros ou,

até mesmo, sem uma única planta. Um local onde as flores não tinham

pétalas nem folhas, mas, sim, páginas; e as árvores, frondosas e

magnificentes, não tinham ramos, mas prateleiras, ebriamente carregadas

de folhas. Era um jardim de sabedoria... E as borboletas? Essas cresciam

por cada folha que pisavam, amadureciam por cada ramo que passavam.

Page 33: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 33 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Mas... Enquanto me evadia pelos pensamentos, deparei-me com o

mais inesperado dos cenários: afinal, passei a vida a ouvir conselhos para

que cuidasse de um jardim onde as borboletas lá fossem parar; mas não

me deram a lição toda... Não me ensinaram que as borboletas não

nascem borboletas, nem que as flores não nascem flores. Muito antes de

as borboletas adquirirem toda a sua magnificência, ou de as flores se

tornarem tão belas como os poetas as cantam, há uma fase de indubitável

preponderância: o crescimento! E foi isso que não me ensinaram... Não

me deram a conhecer a existência de locais como o que de momento

piso, no qual diariamente pessoas se esfalfam, dando extenuantemente o

que têm e o que não têm, concretizando o impensável e alcançando o

inalcançável, cultivando e dando vida a este esplendoroso jardim.

E neste momento, perguntar-se-iam, certamente: "Mas não foi isso

que te ensinaram?". Ao que eu prontamente respondo: Não. Não me

ensinaram que não podemos simplesmente cuidar e esperar que as

borboletas espontaneamente irrompam do nada. Ao invés disso, espaços

como este alimentam-nas ainda na sua fase mais precoce - a de larva-,

da qual todos sentem repúdio. Este espaço ampara-as quando não são

nada, quando ainda ninguém lhes reconhece valor, nem dá o que quer que

seja por elas. Este espaço fá-las crescer, renovando-se diariamente

enquanto aguardam, pacientemente, a metamorfose! E quando a

atingem... Libertam-nas. Deixam-nas voar livremente, tendo em mente

que consigo levam a verdadeira sabedoria da vida.

E é isto que tão virtuosa e honradamente este local faz: prepara

almas para a selva que se avizinha e ajuda as nossas asas a crescer, para

que um dia alcancemos a autonomia e a possibilidade de nos discernir no

seio de tantas e quantas almas sem alma...

Por tudo isto, não quero, de maneira alguma, que banalizem aquilo

que tão bem educa as centenas de borboletas que aqui nascem. E tenho

medo. Tenho medo que se esqueçam de toda a beleza e sabedoria que

este espaço em si encerra...

E se por acaso isso acontecer, se algum dia se convencerem de

que este espaço não é mais essencial, não tenham medo de se

lembrarem uns aos outros de quantas borboletas não já daqui saíram,

com um demarcado sorriso por entre as suas antenas. E por isso

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R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 34

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

lembrem-se de não deixarem de gostar deste espaço, porque a verdade é

que cuidam dele como ninguém... Lembrem-se. Lembrem-se, só isso!

Mas, no fim de contas, uma palavra basta - Parabéns! Parabéns

pelo infatigável trabalho que têm feito, os inúmeros esforços que têm

reunido para fazer desta biblioteca muito mais do que isso. Parabéns por a

tornarem uma irmandade de partilha de experiências, momentos e

sabedoria. Parabéns por formarem identidades e fazerem crescer as asas

de todos os que por aqui passam. E parabéns, por marcarem bem mais

do que uma cicatriz.

Dizer "obrigada" basta?

A tradição do São Martinho na Biblioteca

Foi com carinho

e ternura que os alunos

do 12º F receberam os

utentes do Centro

Social e Paroquial de

Barcelinhos.

Num ambiente

"familiar", acalorado

pelas castanhas, que

não podem faltar neste

dia, os idosos ouviram música tradicional e literatura popular. Muitos dos

presentes puderam ainda cantar as suas canções preferidas e completar

os provérbios alusivos ao dia de São Martinho, enquanto saboreavam um

chá quente acompanhado de bolinhos de castanha confecionados a

propósito.

Page 35: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 35 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Semana da Internet Segura

Para comemorar a Semana

da Internet Segura 2014, a Escola

Secundária de Barcelinhos

organizou, ao longo da semana,

várias atividades, com o objetivo

de sensibilizar a Comunidade

Escolar sobre o uso da Internet.

Phishing, Homebanking, Compras

online, software livre, Redes

Sociais, Cyberbullying e Encontros

com Desconhecidos. Estes foram

alguns dos temas discutidos pelos

nossos convidados, o Inspetor da

Polícia Judiciária, Carlos Alves –

DIC, para o 3º ciclo, e o Agente

Costa, da GNR - Escola Segura,

para os alunos dos 10º e 11º

anos.

Esta atividade teve a

colaboração da Direção da

Escola, da Biblioteca e dos

Professores de TIC.

Page 36: Revista Schola 2014

R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 36

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Sermão de Santo António aos Peixes, interpretado por Diogo

Infante, no Teatro Gil Vicente, em Barcelos.

“Vos estis sal terrae” (Vós sois o sal da terra).

Foi com estas palavras que o grande ator, Diogo Infante, iniciou a

encenação, a solo, do “Sermão de Santo António aos Peixes”, da autoria

do Padre António Vieira, que teve lugar no teatro Gil Vicente.

Perante uma assistência constituída, maioritariamente, por alunos

do 11º ano da Escola Secundária de Barcelinhos, o ator cativou a

inteligência dos ouvintes usando, como seria de esperar, uma entoação de

voz extraordinária (a frase

interrogativa num tom mais alto, a

declarativa num tom mais baixo).

Os gestos, as interjeições e

exclamações, as pausas -

propositadas ou não - interpelaram

os ouvintes para a reflexão sobre

problemas muito atuais como a

corrupção, o poder e a tentação

desmedida.

Um texto de 1654 que não perdeu a atualidade, em que é criticada

a prepotência dos grandes que, como peixes, vivem do sacrifício de

muitos pequenos, os quais "engolem" e "devoram".

Este texto, proferido pelo Padre António Vieira em São Luís do

Maranhão, é marcado por rasgados laivos de ironia, e por um agudo

senso de observação sobre os vícios e vaidades do Homem, aqui

comparado aos peixes, na mais sábia alegoria. - “Vos estis sal terrae” !

[Diogo Infante a exaltar-se em latim fica ainda melhor].

O efeito do sal é impedir a corrupção: «...Ou é porque o sal não

salga, ou porque a terra se não deixa salgar».

Inesquecível!

Page 37: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 37 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Clube de Robótica da Escola Secundária/3 de Barcelinhos

Desde o ano passado que alguns professores e alunos, entusiastas

da tecnologia, começaram a pensar criar um Clube de Robótica na nossa

escola. Assim, alguns alunos da turma do 11.º F e alguns professores

iniciaram o clube de robótica que tem funcionado desde o início deste ano

letivo às sextas-feiras das

16H30 às 18H30 na sala

14.

Até ao momento tem

sido uma experiência muito

interessante. Como clube

novo que é, o nosso

trabalho tem sido o de

"desembrulhar"

desenfreadamente os

“presentes” que nos

chegam pelo “correio” e de

experimentar montar as peças do puzzle com a ajuda de vídeos e tutoriais

que se encontram um pouco pela Internet.

Depois de montado o nosso robô, ficamos satisfeitos pelo sucesso

da tarefa, mas, por outro lado, sem rumo à vista. E agora? O que

fazemos?

A resposta foi-nos dada na forma de desafio. E que tal entrarem em

campeonatos?

Isso aguçou o espirito competitivo dos nossos alunos que aceitaram

o desafio sem medos.

Foi então que nos fomos preparando da melhor forma para entrar

em campeonatos. Primeiro pensamos no tema e a escolha foi unanime e

recaiu no futebol. - Futebol robótico - disseram eles.

- Parece-nos bem. - dissemos nós, os professores. A bem da verdade,

há que referir que existiram algumas vozes que queriam fazer robôs

destruidores, mas enfim, passamos à frente.

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R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 38

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

O cenário será então um campo de futebol, uma baliza e, como só

temos um robô, e escolhemos como mascote, claro está, o nosso

Ronaldo com o seu número 7 nas costas.

Ora bem, pensamos nós, com um robô apenas, como vamos fazer

um desafio de futebol? Não há problema nenhum, fazemos um campo

com uma baliza e um robô comandado pelo Android a tentar meter golos

- disseram os nossos alunos.

Assim surgiu o nosso projeto. Motivados pela sua concretização, os

nossos alunos: caracterizaram o robô de Ronaldo; fizeram o campo de

futebol com mesas e programaram o robô para ser comandado através de

um smartphone com Android.

No final do segundo período mostrámo-lo à Escola e foram todos

convidados a experimentar tentar meter golos através do telemóvel com o

nosso robô.

Apareçam, participem nas atividades e entrem no clube de robótica.

Quem sabe se para o ano não estarão a vencer o campeonato de futebol

robótico a nível nacional?

Professor

Pedro Gonçalves

Page 39: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 39 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Concurso Nacional de Leitura 2014

Realizou-se, dia 10 de janeiro,

a 1ª fase do Concurso Nacional de

Leitura, 8ª edição. Os livros de leitura

obrigatória para esta fase do

concurso foram os seguintes: "Uma

Viagem na Nossa Terra", de José

Rodrigues Miguéis e "Amor de

Perdição", de Camilo Castelo

Branco, para os 60 alunos inscritos

do ensino secundário; "A Turma", de

François Bégaudeau e "O Romance

da Raposa", de Aquilino Ribeiro,

foram os livros lidos pelos 58 alunos

do 3º ciclo.

De entre os participantes

sagraram-se vencedores os alunos:

Juliana Ferreira, 8º A; Márcia

Alexandra Antunes, 9º A; Bruna

Costa, 8º A e, como suplente, Marta Fonseca do 8º A, do 3º ciclo.

Ana Margarida Santos, 11º A; Adriana Cristina Batista, 11º A; Tânia

Lopes, 12º D e, como suplente, Ana Isabel Martins, 11º A, foram os

apurados do Secundário.

A segunda fase do CNL será realizada, a nível distrital, em data e

local a designar.

A todos os alunos participantes os nossos parabéns!

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Visita de estudo a Paris

Numa sociedade em constante movimento e transformação, onde surgem

oportunidades de emprego em qualquer ponto do mundo, torna-se fundamental,

não só compreender, mas também falar várias línguas. Por esse motivo,

desenvolvem-se, a nível europeu iniciativas de promoção das línguas, como o

Erasmus+*, por forma a sensibilizar, sobretudo os jovens, para a importância da

aprendizagem das línguas europeias e para o intercâmbio de vivências, através

de projetos que fomentam o contacto com outras línguas e culturas.

Para relembrar a importância da aprendizagem das línguas, celebra-se,

todos os anos, a 26 de setembro, o dia europeu das línguas, «o dia em que

celebramos a diversidade linguística da Europa e as vantagens de aprender

línguas estrangeiras. Defendemos ambas porque a diversidade linguística

constitui uma parte fundamental da nossa identidade cultural europeia e porque a

capacidade de falar várias línguas é um passaporte que abre um mundo de

oportunidades.» (Androulla Vassiliou, Comissária Europeia para a Educação, a

Cultura, o Multilinguismo e a Juventude). Destaca-se ainda a opinião de Ólöf

Ólafsdóttir, diretor na área da Cidadania e Participação Democráticas no

Conselho da Europa que salienta que «Mais do que nunca, as línguas e a

comunicação representam aspetos centrais da nossa sociedade. A aprendizagem

de línguas proporciona formas de abrir os nossos espíritos a novas perspetivas e

culturas».

http://europa.eu/rapid/press-release_IP-13-875_pt.htm

Page 41: Revista Schola 2014

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Foi precisamente no contexto da valorização das línguas

estrangeiras e para dar resposta ao desejo dos alunos que optaram pela

aprendizagem do francês no 7ºano de escolaridade, que surgiu o projeto

da realização de visita de estudo a França, com o intuito de contactar,

não só com os falantes da língua francesa, mas também com alguns

espaços emblemáticos da cultura e do lazer de um dos países fundadores

da Comunidade Europeia. Desta visita inesquecível, fica o testemunho do

Luís Guilherme Ferreira Simões, do 10ºB que integrou a visita.

Bom, toda esta aventura começou com cartazes, que nem sequer

por sonhos anunciavam o que havia de vir... Depois de muita preparação,

e de muitos se terem juntado nesta aventura, chegou o dia… o dia 10…

3,2,1, PARTIDA!

Foi uma viagem longa, sem dormir para uns e completamente a

dormir para outros, com piadas noite dentro, partidas, baton, e acima de

tudo, boa disposição! No dia 11, chegamos e fomos diretos para o

Futuroscope, onde disfrutamos ao máximo deste parque de diversões, e

claro, à noite, do fantástico espetáculo “aquático” e luminoso! Nos dias

seguintes, visitamos o Palácio de Versalhes – residência do «Rei Sol» -

que fica a 16 km de Paris – residência do Rei Sol – e estivemos em Paris,

a Cidade da Luz e do Amor, sempre guiados pelo papel que abanava

incessantemente no ar (pelo braço do nosso guia, o Sr. Tiago), como uma

bandeira que dança com o vento... Nesta bela cidade, visitamos o museu

do Louvre, e como não poderia deixar de ser… a Torre Eiffel, onde todos,

ou quase todos, tiraram uma foto, quer em frente à estrutura de ferro

(peso total de 10 100 toneladas), quer no 3º andar, para, quando

chegamos a Portugal, colocar como foto de perfil no Facebook !

Depois de uma descrição da viagem, julgo que seja a altura ideal

para falar do que realmente interessa: Para que foi esta viagem?

Page 42: Revista Schola 2014

R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 42

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

A esta curta pergunta, eis que surge uma longa resposta: Esta

viagem, poderia ter sido como tantas outras, mas não foi! Foi uma viagem

divertida, mas que, de certo modo, nos ajudou a crescer e a ganhar uma

certa independência, a deixar, os pais “para trás” e a saber

desenvencilharmo-nos sozinhos, noutro país, com outra língua, e, e eis

que vem o mais importante, a desenvolver um espírito de camaradagem,

para com os alunos, mas também para com os professores, que ficaram

a ser vistos pelos alunos, num contexto sem ser o de sala de aula, o que,

de certo modo, contribui para a relação professor-aluno.

Para além de tudo isto, enriquecemo-nos culturalmente, e, para

alguns, desenvolvemos as capacidades de falar e compreender a língua

francesa.

Em suma, este grande grupo, foi a França para contactar com outra

cultura, outra língua, outros espaços, mas também para se divertir, sair do

seu ambiente, conhecer, explorar, sair do seio familiar e passar uns

curtos, mas BONS 6 dias, cansativos, mas que VALERAM A PENA! Julgo

que, tal como eu, todos os que partilharam desta aventura, ficaram com

recordações marcantes e desejam que para o ano haja mais, para outro

destino, para uma nova aventura!

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

"O povo só precisa que lhe traduzam aquilo

que é escrito para ele não entender."

Jorge de Sena

N.: 2 de Novembro de 1919, Lisboa

F.: 4 de Junho de 1978, Califórnia

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

RELAÇÃO ESTATÍSTICA ENTRE A MOTIVAÇÃO, PRÁTICA

DESPORTIVA E A CLASSIFICAÇÃO OBTIDA EM ALGUMAS

DISCIPLINAS ESCOLARES

estudo com alunos do ensino secundário

Domingos J. Lopes da Silva

Professor da Escola Secundária/3 de Barcelinhos

Conceito Estatístico – Centro de Análise Estatística e Apoio à Investigação

[email protected]

Introdução

Todo o aluno deve sentir-se motivado para aprender, todo o

professor tem como propósito central motivar os alunos para a sua

disciplina, proporcionando-lhes as bases metodológicas conducentes ao

sucesso. Os alunos motivados tomam iniciativa, manifestam entusiasmo,

curiosidade e interesse pelo processo de ensino-aprendizagem, enfrentam

desafios, sentem-se confiantes, aprendem mais e com maior

profundidade. Por sua vez, os alunos desmotivados são passivos, não se

interessam nem se esforçam, não se propõem a novos desafios,

abandonam com facilidade, repetem sistematicamente as mesmas e

ineficazes estratégias, têm comportamentos típicos de ansiedade,

aborrecimento e irritação, não aproveitam as oportunidades (Veiga et al.,

2003; Ribeiro, 2011; Bzuneck, 2013). A panóplia de ofertas, sobretudo

provenientes do meio exterior, nem sempre contribui da melhor maneira

para a motivação dos jovens pela vida escolar. E dentro da escola, parece

existir maior motivação para umas áreas disciplinares em detrimento de

outras. Porventura mais atrativas, algumas das ofertas externas à escola

que mais envolvem os jovens (tempo, dedicação e exigência) são o

computador/internet, atividades associativas e o desporto. Na escola

coabitam alunos desportistas e não-desportistas, mas dentro de cada

disciplina os critérios e as oportunidades de avaliação são exatamente os

mesmos para alunos do mesmo ano de escolaridade. Talvez este aspeto

deva ser merecedor de uma mais ampla reflexão e regulamentação.

Page 45: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 45 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

De uma forma geral, os alunos que frequentam o curso de ciências

e tecnologias têm melhores performances académicas do que os restantes

alunos. Associado a este facto está, inevitavelmente, a média mais

elevada de ingresso no ensino superior da maior parte dos cursos

relacionados com esta área do ensino secundário. Mas os alunos do curso

tecnológico de desporto são, na sua generalidade, ou desportistas de

competição ou praticantes com vivências desportivas regulares. Os alunos

do curso de ciências socioeconómicas procuram este curso pela maior

motivação que têm com os aspetos da micro e macroeconomia. Por sua

vez, os alunos do curso de ciências sociais e humanas, estão mais

vocacionados para a área das humanidades, ciências sociais e do

comportamento. Normalmente, decidem-se por este curso pela

impreparação, ou mesmo aversão, à matemática. No ensino secundário

os alunos deste curso frequentam a disciplina de Matemática Aplicada às

Ciências Sociais.

Com este estudo pretendemos avaliar a relação estatística que é

estabelecida entre a motivação, a prática desportiva e a classificação final

de ano letivo nas disciplinas de Educação Física, Português e Matemática,

quer em função do curso académico, quer do género quer da prática

desportiva, em alunos do ensino secundário, de cursos de carácter

regular.

Material e Métodos

A amostra é formada por um total de 274 alunos (118 rapazes e 156

raparigas) do ensino secundário da Escola Secundária/3 de Barcelinhos,

no decurso do ano letivo 2012-2013 (Tabela 1). Todos os sujeitos

frequentam o ensino regular. Para a realização deste estudo foi construído

um questionário, procurando obter informações relativas à identificação

pessoal (nome, ano/turma, data de nascimento e curso que frequenta),

prática desportiva (qual a modalidade, se é ou não de competição, há

quanto tempo e nº treinos/semana) e grau de motivação em relação às

disciplinas de Educação Física (EF), Português (PTG) e Matemática (MAT),

numa escala ordinal (baixo, médio, elevado). A classificação em cada

disciplina corresponde à classificação interna (CI) e foi obtida pela

visualização da pauta de final de ano letivo.

Page 46: Revista Schola 2014

R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 46

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Tabela 1 – Dimensão da amostra (n), por ano de escolaridade, curso e género.

CCT CCSE CCSH CTD TOTAL

RPZ RPG RPZ RPG RPZ RPG RPZ RPG RPZ RPG

10º

ano

27 42 3 2 --- --- --- --- 30 44

11º

ano

33 38 2 4 3 1 --- --- 38 43

12º

ano

21 43 --- --- 6 17 23 9 50 69

TOTAL 81 123 5 6 9 18 23 9 118 156

CCT – curso de ciências e tecnologias RPZ – rapazes; RPG – raparigas

CCSE – curso de ciências socioeconómicas

CCSH – curso de ciências sociais e humanas

CTD – curso tecnológico de desporto

Tabela 2 – Dimensão da população (N) e percentagem de sujeitos que participam na

amostra, por ano de escolaridade, curso académico e género.

População Escolar (N) Percentagem de sujeitos na amostra (%)

CCT CCSE CCSH CTD CCT CCSE CCSH CTD

RP

Z

RP

G

RP

Z

RP

G

RP

Z

RP

G

RP

Z

RP

G

RP

Z

RP

G

RP

Z

RP

G

RP

Z

RP

G

RP

Z

RP

G

10º

ano

27 42 7 9 -- -- -- -- 100 100 43 22 -- -- -- --

11º

ano

43 38 5 8 14 26 -- -- 77 100 40 50 21 4 -- --

12º

ano

42 45 11 1 10 20 28 11 50 96 -- -- 43 85 82 82

TOTAL 112 125 23 18 24 46 28 11 72.3 98.4 21.7 33.3 37.5 39.1 82.0 82.0

Em termos globais participaram neste estudo 63,1% dos rapazes

(n=118) e 78% das raparigas (n=156) do ensino secundário (cursos de

carácter regular) (Tabela 2) ...

Tabela 2 – Dimensão da população (N) e da amostra (n) por género, e percentagem do

total.

N n Total (%)

RPZ RPG RPZ RPG RPZ RPG

187 200 118 156 63,1% 78,0%

Em termos de prática desportiva, 62 rapazes (52,5% do total) e 46

raparigas (29,5% do total) são praticantes de algum tipo de atividade

física e/ou desportiva fora do contexto escolar (Tabela 3) ...

Page 47: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 47 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Tabela 3 – Dimensão da amostra (n) de desportistas e não-desportistas, por ano de

escolaridade e género.

Rapazes Raparigas TOTAL

Sim Não Sim Não Sim Não

10º ano 14 16 13 31 27 47

11º ano 20 18 13 30 33 48

12º ano 28 22 20 49 48 71

TOTAL 62 56 46 110 108 166

Frequência absoluta (n) de sujeitos com prática desportiva

competitiva vs lazer (Tabela 4) ...

Tabela 4 – Frequência de sujeitos, por ano de escolaridade, género e tipo de prática

desportiva (competição vs lazer).

Rapazes Raparigas TOTAL

Competição Lazer Competição Lazer Competição Lazer

10º

ano

9 5 5 8 14 13

11º

ano

11 9 3 10 14 19

12º

ano

20 8 13 7 33 15

TOTAL 40 22 21 25 61 47

Ao nível da estatística descritiva, usamos a média (), desvio-

-padrão (s), valores mínimo (Mín) e máximo (Máx), erro-padrão da média

(SEM), assimetria (skewness) e curtose (kurtosis). A normalidade das

distribuições foi verificada pela estatística de Kolmogorov-Smirnov (n>50)

ou de Shapiro-Wilk (n<50). A homocedasticidade foi avaliada pelo teste de

Levene. Na estatística inferencial paramétrica usamos a one-way ANOVA

de medidas independentes para comparação entre três tratamentos. Na

existência de diferenças estatisticamente significativas entre pares de

tratamentos recorremos ao post-hoc de Tukey HSD. Nos casos onde a

comparação incidiu apenas sobre dois tratamentos, usamos o teste t de

medidas independentes. Na inferência estatística não-paramétrica,

usamos o teste H Kruskal-Wallis para comparação entre três ou mais

tratamentos. Na existência de diferenças estatisticamente significativas

entre pares de tratamentos recorremos ao post-hoc de Bonferroni. Nos

casos onde a comparação incidiu apenas sobre dois tratamentos, usamos

o teste U Mann-Whitney. O nível de significância estatístico adotado foi de

=0,05.

Page 48: Revista Schola 2014

R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 48

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Resultados

a) Análise descritiva

Na Tabela 5, observa-se a análise descritiva por ano de

escolaridade, curso académico e disciplina escolar. As distribuições são

simétricas e mesocúrtica. A dispersão é, na maior parte das variáveis,

fraca. Nas restantes é moderada.

Tabela 5 – Valores mínimo (Mín), máximo (Máx), média (), erro-padrão da média (SEM),

desvio-padrão (s), assimetria e curtose, por ano de escolaridade, curso e disciplina

escolar.

Ano Curso/Discipl

Skewness Kurtosis

Mín Máx SEM s Statistic

Std.

Error Statistic

Std.

Error

10º

ano

CCT

EF 13 19 16,28 0,185 1,533 -0,103 0,289 -0,871 0,570

PTG 10 18 13,70 0,207 1,718 -0,047 0,289 -0,163 0,570

MAT 8 19 13,33 0,390 3,243 0,150 0,289 -1,035 0,570

CCSE

EF 17 19 18,20 0,374 0,837 -0,512 0,913 -0,612 2,000

PTG 13 16 14,60 0,510 1,140 -0,405 0,913 -0,178 2,000

MAT 9 17 13,40 1,364 3,050 -0,543 0,913 -0,003 2,000

11º

ano

CCT

EF 15 20 17,59 0,154 1,294 0,159 0,285 -0,599 0,563

PTG 10 19 14,77 0,241 2,030 -0,043 0,285 -0,193 0,563

MAT 5 20 14,23 0,398 3,352 -0,424 0,285 -0,362 0,563

CCSE

EF 16 18 17,17 0,401 0,983 -0,456 0,845 -2,390 1,741

PTG 10 16 14,00 0,856 2,098 -1,755 0,845 3,657 1,741

MAT 11 16 12,80 0,860 1,924 1,517 0,913 2,608 2,000

CCSH

EF 16 18 17,00 0,408 0,816 0,000 1,014 1,500 2,619

PTG 10 14 12,00 0,816 1,633 0,000 1,014 1,500 2,619

MAT 11 15 12,75 0,854 1,708 0,753 1,014 0,343 2,619

12º

ano

CCT

EF 14 20 17,36 0,189 1,516 -0,019 0,299 -0,457 0,590

PTG 11 19 15,42 0,243 1,912 -0,003 0,304 -0,770 0,599

MAT 6 20 13,00 0,386 2,886 0,405 0,319 0,241 0,628

CCSH

EF 16 20 18,17 0,257 1,230 -0,040 0,481 -0,825 0,935

PTG 11 18 13,57 0,382 1,830 0,812 0,481 0,250 0,935

MAT --- --- --- --- --- --- --- --- ---

CTD

EF 15 20 17,72 0,207 1,170 -0,310 0,414 -0,385 0,809

PTG 8 16 11,56 0,381 2,154 0,817 0,414 0,248 0,809

MAT 7 18 12,23 0,525 2,873 0,469 0,427 -0,415 0,833

no curso CCSH, a disciplina denomina-se “Matemática Aplicada às Ciências

Sociais”.

Page 49: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 49 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Na Tabela 6, apresenta-se a frequência absoluta (n) e relativa (%)

de sujeitos de cada ano de escolaridade por grau de motivação e

disciplina escolar. Na disciplina de Educação Física predomina o grau de

motivação “elevado”, ao passo que nas disciplinas de Português e

Matemática predomina o grau de motivação “médio”.

Tabela 6 – Frequência absoluta (n) e relativa de sujeitos (%), por ano de escolaridade,

grau de motivação e disciplinas escolares.

Grau de Educação Física Português Matemática

Anos Motivação n % n % n %

Baixo 4 5,4 8 10,8 21 28,4

10º ano Médio 34 45,9 58 78,4 43 58,1

Elevado 36 48,6 8 10,8 10 13,5

Baixo --- --- 12 14,8 19 23,5

11º ano Médio 19 23,5 53 65,4 35 43,2

Elevado 62 76,5 16 19,8 27 33,3

Baixo --- --- 10 8,4 43 36,1

12º ano Médio 27 22,7 85 71,4 53 44,5

Elevado 92 77,3 24 20,2 21 17,6

Na Tabela 7, observa-se a frequência de sujeitos da amostra, por

ano de escolaridade e grau de motivação para com as disciplinas de

Educação Física, Português e Matemática, em função do curso de

frequência. Na disciplina de Educação Física, independentemente do

curso académico, predomina o grau de motivação “elevado”. Na disciplina

de Português, qualquer que seja o curso, predomina o grau de motivação

“médio”. Na disciplina de Matemática, nos cursos humanidades,

economia e desporto (neste último, apenas no 11º ano de escolaridade),

predomina o grau de motivação “baixo”, nos restantes cursos e anos

predomina o grau “médio”.

Page 50: Revista Schola 2014

R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 50

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Tabela 7 – Frequência absoluta (n) e relativa (%) de sujeitos, por ano de escolaridade,

curso, grau de motivação e disciplinas escolares.

Grau Educação Física Português Matemática

Ano Curso Motivação n % n % n %

10º ano

Baixo 3 4,3 6 8,7 19 27,5

CCT Médio 33 47,8 55 79,7 40 58,0

Elevado 33 47,8 8 11,6 10 14,5

Baixo 1 20,0 2 40,0 2 40,0

CCSE Médio 1 20,0 3 60,0 3 60,0

Elevado 3 60,0 --- --- --- ---

11º ano

Baixo --- --- 12 16,9 10 14,1

CCT Médio 19 26,8 45 63,4 35 49,3

Elevado 52 73,2 14 19,7 26 36,6

Baixo --- --- --- --- 6 100

CCSE Médio --- --- 5 83,3 --- ---

Elevado 6 100 1 16,7 --- ---

Baixo --- --- --- --- 3 75,0

CCSH Médio --- --- 3 75,0 --- ---

Elevado 4 100,0 1 25,0 1 25,0

12º ano

Baixo --- --- 5 7,8 14 21,9

CCT Médio 17 26,6 43 67,2 36 56,3

Elevado 47 73,4 16 25,0 14 21,9

Baixo --- --- 3 13,0 14 69,6

CCSH Médio 9 39,1 15 65,2 4 17,4

Elevado 14 60,9 5 21,7 3 13,0

Baixo --- --- 2 6,3 15 46,9

CTD Médio 1 3,1 27 84,4 13 40,6

Elevado 31 96,9 3 9,4 4 12,5

b) Análise inferencial

Na Tabela 8, apresentam-se as classificações obtidas em cada

disciplina, por ano de escolaridade em função do grau de motivação. De

uma forma geral, o coeficiente de dispersão varia entre fraco (CV15) e

moderado (15<CV30), o que denota uma relativa homogeneidade da

amostra. Todas as variáveis têm distribuição simétrica e mesocúrtica]-

1,96; 1,96[(Silva, 2011). Em termos médios, com exceção da disciplina

de EF no 10º ano e da disciplina de PTG no 12º ano, onde ocorre uma

descida do grau de motivação “baixo” para “médio”, nos restantes casos

verifica-se um aumento do valor da média aritmética à medida que o grau

de motivação vai aumentando, porém, desconhece-se a significância

estatística deste incremento.

Page 51: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 51 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Tabela 8 – Dimensão da amostra (n), valores mínimo (Mín), máximo (Máx), média (),

erro-padrão da média (SEM), desvio-padrão (s), assimetria e curtose, por ano de

escolaridade, disciplinas escolares e grau de motivação.

Ano Grau de

Motivação

Skewness Kurtosis

n Mín Máx SEM s Statistic SE Statistic SE

Baixo 4 15 19 17,00 0,816 1,633 0,000 1,014 1,500 2,619

EF Médio 34 13 19 15,85 0,236 1,374 0,131 0,403 -0,464 0,788

Elevado 36 13 19 16,86 0,268 1,606 -0,637 0,393 -0,544 0,768

10º ano

Baixo 8 11 15 13,13 0,515 1,458 0,086 0,752 -1,187 1,481

PTG Médio 58 10 18 13,81 0,230 1,752 -0,146 0,314 -0,013 0,618

Elevado 8 12 16 14,00 0,535 1,512 -0,331 0,752 -1,488 1,481

Baixo 21 8 18 11,86 0,634 2,903 0,563 0,501 -0,311 0,972

MAT Médio 43 8 19 13,56 0,480 3,149 0,050 0,361 -1,040 0,709

Elevado 10 11 19 15,50 0,898 2,838 -0,273 0,687 -1,166 1,334

Baixo -- --- --- --- --- --- --- --- --- ---

EF Médio 19 15 18 17,05 0,223 0,970 -0,522 0,524 -0,918 1,014

Elevado 62 15 20 17,68 0,165 1,303 0,171 0,304 -0,734 0,599

11º

ano

Baixo 12 10 17 13,83 0,694 2,406 -0,330 0,637 -0,866 1,232

PTG Médio 53 10 19 14,34 0,254 1,850 -0,124 0,327 0,326 0,644

Elevado 16 12 19 15,94 0,536 2,144 -0,325 0,564 -0,780 1,091

Baixo 18 5 16 11,44 0,595 2,526 -0,494 0,536 1,464 1,038

MAT Médio 35 7 19 13,57 0,511 3,022 -0,220 0,398 -0,736 0,778

Elevado 27 11 20 16,44 0,418 2,172 -0,283 0,448 0,613 0,872

Baixo -- --- --- --- --- --- --- --- --- ---

EF Médio 27 14 20 16,56 0,274 1,423 0,354 0,448 0,190 0,872

Elevado 92 15 20 17,92 0,130 1,242 -0,099 0,251 -0,505 0,498

12º

ano

Baixo 8 10 17 13,88 0,854 2,416 -0,535 0,752 -0,744 1,481

PTG Médio 85 8 19 13,61 0,274 2,526 0,097 0,261 -0,415 0,517

Elevado 24 11 18 15,42 0,470 2,302 -0,700 0,472 -0,710 0,918

Baixo 21 6 13 10,05 0,399 1,830 -0,619 0,501 -0,283 0,972

MAT Médio 47 10 18 12,85 0,301 2,064 0,642 0,347 -0,314 0,681

Elevado 18 10 20 15,56 0,701 2,975 -0,402 0,536 -0,591 1,038

Pela Tabela 9, relativa à comparação entre os três graus de

motivação, observa-se que ...

Na disciplina de Educação Física, existem evidências de diferenças

estatisticamente significativas no 10º ano (F2;71=4,260; p=0,018) e 12º

ano (F1;117=23,677; p<0,001). Pelo post-hoc de Tukey HSD, observa-se

que tais diferenças ocorrem entre os alunos com grau de satisfação

“médio” vs “elevado” (p=0,018) (10º ano). Em ambos os casos (10º e 12º

ano), as diferenças devem-se ao valor médio mais elevado dos alunos

com grau de motivação “elevado”.

Page 52: Revista Schola 2014

R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 52

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Na disciplina de Português, existem evidências de diferenças

estatisticamente significativas no 11º ano (F2;78=4,929; p=0,010) e 12º

ano (F2;114=4,983; p=0,008). Pelo post-hoc de Tukey HSD, observa-se

que tais diferenças ocorrem entre os alunos com grau de satisfação

“baixo” vs “elevado” (p=0,019) e “médio” vs “elevado” (p=0,017) (11º

ano), e entre “médio” vs “elevado” (p=0,006) (12º ano). Em todos os

casos, as diferenças devem-se ao valor médio mais elevado dos alunos

com grau de motivação “elevado”.

Na disciplina de Matemática, existem evidências de diferenças

estatisticamente significativas no 10º ano (F2;71=5,121; p=0,008), 11º ano

(F2;77=20,257; p<0,001) e 12º ano (F2;83=29,667; p<0,001). Pelo post-

hoc de Tukey HSD, observa-se que tais diferenças ocorrem entre os

alunos com grau de satisfação “baixo” vs “elevado” (p=0,007), entre

“baixo” vs “médio” (p=0,019), “baixo” vs “elevado” (p<0,001) e “médio”

vs “elevado” (p<0,001) (11º ano), e entre “baixo” vs “médio” (p<0,001),

“baixo” vs “elevado” (p<0,001) e “médio” vs “elevado” (p<0,001) (12º

ano). No 10º ano, as diferenças devem-se ao valor médio mais elevado

dos alunos com grau de motivação “elevado”. Quer no 11º quer no 12º

ano de escolaridade, as diferenças registadas justificam-se pelo aumento

do grau de satisfação com esta disciplina.

Page 53: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 53 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Tabela 9 – one-way ANOVA de medidas independentes na comparação simultânea entre

os três graus de motivação, em cada disciplina escolar, por ano de escolaridade.

one-way ANOVA

medidas independentes

post-hoc de Tukey HSD

Ano

Grau de

Motivação

Baixo vs Baixo vs Médio vs

n F P Médio Elevado Elevado

Baixo 4

EF Médio 34 4,260 0,018* 0,325 0,983 0,018*

Elevado 36

10º ano

Baixo 8

PTG Médio 58 0,661 0,519 0,537 0,562 0,953

Elevado 8

Baixo 21

MAT Médio 43 5,121 0,008* 0,097 0,007* 0,171

Elevado 10

Baixo --

EF Médio 19 -1,929 0,057 --- --- 0,057

Elevado 62

11º

ano

Baixo 12

PTG Médio 53 4,929 0,010* 0,708 0,019* 0,017*

Elevado 16

Baixo 18

MAT Médio 35 20,257 <0,001* 0,019* <0,001* <0,001*

Elevado 27

Baixo --

EF Médio 27 -4,866 <0,001* --- --- <0,001*

Elevado 92

12º

ano

Baixo 8

PTG Médio 85 4,983 0,008* 0,955 0,283 0,006*

Elevado 24

Baixo 21

MAT Médio 47 29,667 <0,001* <0,001* <0,001* <0,001*

Elevado 18

teste t de medidas independentes (k=2)

* diferenças estatisticamente significativas (p<)

Rapazes vs Raparigas

Pela Tabela 10, a aplicação do teste U Mann-Whitney, na

comparação entre rapazes vs raparigas, quanto ao grau de motivação em

cada disciplina escolar, mostra que nas disciplinas de Educação Física e

Português existem evidências de diferenças estatisticamente significativas

entre os géneros, devido ao mais elevado mean rank dos rapazes na

disciplina de EF (152,12 vs 126,44) e ao mais elevado mean rank das

raparigas na disciplina de PTG (123,90 vs 147,79). Na disciplina de

Page 54: Revista Schola 2014

R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 54

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Matemática, o género não parece ser relevante quanto ao grau de

motivação.

Tabela 10 – Teste U Mann-Whitney na comparação entre rapazes vs raparigas

relativamente ao grau de motivação em cada disciplina escolar.

Rapazes (n=118) Raparigas (n=156)

Mean Rank Mean Rank Z p

Motivação EF 152,12 126,44 -3,316 0,001*

Motivação

PORT

123,90 147,79 -3,120 0,002*

Motivação MAT 127,58 143,13 -1,749 0,080

Pela Tabela 11, observa-se a comparação entre rapazes vs

raparigas quanto à classificação obtida nas disciplinas de Educação

Física, Português e Matemática, por ano de escolaridade e por género.

Pelo teste t de medidas independentes verifica-se que...

No 10º ano, apenas na disciplina de Educação Física existem evidências

de diferenças estatisticamente significativas entre rapazes e raparigas,

devido ao mais elevado valor médio dos rapazes.

No 11º ano, em todas as disciplinas existem evidências estatisticamente

significativas de diferenças entre rapazes e raparigas. Na disciplina de

Educação Física decorrente da média académica mais elevada dos

rapazes, mas nas disciplinas de Português e Matemática devido à média

mais elevada das raparigas.

No 12º ano, somente nas disciplinas de Educação Física e Português

existem evidências estatisticamente significativas de diferenças entre

rapazes e raparigas. Na disciplina de Educação Física devido à média

mais elevada dos rapazes, ao passo que na disciplina de Português devido

à média mais elevada das raparigas.

Page 55: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 55 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Tabela 11 – Teste t de medidas independentes na comparação entre rapazes vs raparigas

relativamente à classificação final obtida em cada disciplina, por ano de escolaridade.

n s SEM t p

10º ano

EF Masculino 30 17,27 1,143 0,209

4,609 <0,001* Feminino 44 15,82 1,559 0,235

PTG Masculino 30 13,30 1,860 0,340

-1,951 0,055 Feminino 44 14,07 1,516 0,229

MAT Masculino 30 13,50 3,256 0,595

0,357 0,722 Feminino 44 13,23 3,212 0,484

11º ano

EF Masculino 38 17,87 1,359 0,220

2,337 0,022* Feminino 43 17,23 1,088 0,166

PTG Masculino 38 13,89 2,227 0,361

-2,899 0,005* Feminino 43 15,19 1,776 0,271

MAT Masculino 37 13,27 3,525 0,579

-2,074 0,041* Feminino 43 14,74 2,829 0,431

12º ano

EF Masculino 50 18,28 1,278 0,181

4,808 <0,001* Feminino 69 17,13 1,294 0,156

PTG Masculino 49 12,84 2,609 0,373

-4,507 <0,001* Feminino 68 14,84 2,183 0,265

MAT Masculino 38 12,66 3,199 0,519

-0,212 0,833 Feminino 48 12,79 2,649 0,382

* diferenças estatisticamente significativas (p<)

Desportistas vs Não-Desportistas

Na Tabela 12 observam-se os valores da média, desvio-padrão,

mínimo e máximo, por ano de escolaridade e disciplina escolar, de

sujeitos desportistas e não-desportistas.

Tabela 12 – Análise descritiva dos sujeitos desportista e não-desportistas, por ano de

escolaridade e disciplina escolar.

DESPORTISTAS NÃO-DESPORTISTAS

EF PTG MAT EF PTG MAT

s s s s s s

10º ano 16,85

1,70

(13-19)

13,37

1,64

(10-16)

12,00

2,84

(8-17)

16,15

1,44

(13-19)

13,98

1,70

(10-18)

14,11

3,18

(8-19)

11º ano 17,94

1,25

(16-20)

14,45

2,11

(10-19)

13,73

3,26

(5-20)

17,25

1,19

(15-20)

14,67

2,10

(10-19)

14,30

3,23

(7-20)

12º ano 18,37

1,08

(16-20)

13,42

2,81

(8-19)

12,82

3,12

(7-20)

17,10

1,36

(14-20)

14,41

2,31

(9-19)

12,66

2,71

(6-19)

TOTAL 17,86

1,44

(13-20)

13,72

2,38

(8-19)

12,90

3,14

(5-20)

16,87

1,41

(13-20)

14,36

2,09

(9-19)

13,69

3,12

(6-20)

Page 56: Revista Schola 2014

R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 56

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Pela Tabela 13 verifica-se que o teste t de medidas independentes

usado na comparação entre desportistas vs não-desportistas, mostra a

existência de diferenças significativas na disciplina de Matemática (10º

ano) (p=0,006), devido ao mais elevado valor médio dos sujeitos não-

desportistas (12,00 vs 14,11). No 11º ano, existem diferenças

significativas na disciplina de Educação Física, motivado pelo valor médio

mais elevado dos sujeitos desportistas (17,94 vs 17,25). No 12º ano,

ocorrem diferenças estatisticamente significativas nas disciplinas de

Educação Física e Português, decorrente da média mais elevada dos

desportistas (18,37 vs 17,10) e não-desportistas (13,72 vs 14,36),

respetivamente.

Tabela 13 – Comparação desportistas vs não-desportistas, por ano de escolaridade e

disciplinas escolares.

DESPORTISTAS vs NÃO-DESPORTISTAS

EF PTG MAT

t p t p T p

10º ano 1,887 0,063 -1,499 0,138 -2,846 0,006*

11º ano 2,506 0,014* -0,446 0,657 -0,775 0,441

12º ano 5,424 <0,001* -2,085 0,039* 0,256 0,799

* diferenças estatisticamente significativas (p<)

Classificações obtidas pelos sujeitos desportistas e não-desportistas, em

função do grau de motivação

Pela Tabela 14, observa-se que...

- Desportistas:

. Nas disciplinas de Educação Física e Português, existem

evidências de diferenças estatisticamente significativas entre as

classificações obtidas pelos sujeitos com grau “médio” vs “elevado” de

motivação, devido ao valor médio mais elevado daqueles que têm

“elevada” motivação.

. Na disciplina de Matemática, as diferenças significativas ocorrem

entre todos os graus de motivação, devido ao aumento da classificação

média à medida que a motivação vai aumentando.

- Não-Desportistas:

. Na disciplina de Educação Física, existem evidências de diferenças

estatisticamente significativas entre as classificações obtidas pelos

Page 57: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 57 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

sujeitos com grau “médio” vs “elevado” de motivação, devido á

performance académica média mais elevada dos alunos que têm

“elevada” motivação.

. Na disciplina de Português, existem evidências de diferenças

estatisticamente significativas entre as classificações obtidas pelos

sujeitos com grau “baixo” vs “elevado” de motivação, devido ao valor

médio mais elevado daqueles que têm “elevada” motivação.

. Na disciplina de Matemática, as diferenças significativas ocorrem

entre todos os graus de motivação, devido ao aumento do valor médio à

medida que a motivação vai aumentando.

Tabela 14 – Comparação entre as classificações obtidas em cada disciplina, em função

do grau de motivação, quer em desportistas quer em não-desportistas.

DESPORTISTAS NÃO-DESPORTISTAS

EF PTG MAT EF PTG MAT

s s s s s s

Baixo --- 13,14

2,21

10,24

2,59

17,00

1,63

14,14

1,99

11,71

2,36

Médio 16,33

1,68

13,51

2,34

13,12

2,56

16,39

1,30

14,08

2,02

13,43

2,91

Elevado 18,17

1,17

14,86

2,39

15,89

2,47

17,17

1,40

15,74

1,99

16,03

2,65

F -4,419 3,222 26,175 6,290 7,615 23,283

p <0,001* 0,044* <0,001* 0,002* 0,001* <0,001*

Baixo-Médio --- 0,855 <0,001* 0,661 0,994 0,008*

Baixo-Elevado --- 0,089 <0,001* 0,968 0,045* <0,001*

Médio-Elevado <0,001* 0,050* <0,001* 0,001* 0,428 <0,001*

Teste t de medidas independentes (k=2). * diferenças estatisticamente significativas

(p<)

Pela Tabela 15, a aplicação do teste U Mann-Whitney, na

comparação entre desportistas vs não-desportistas, quanto ao grau de

motivação em cada disciplina escolar, mostra que apenas na disciplina de

Educação Física existem evidências de diferenças estatisticamente

significativas entre os grupos, devido ao mais elevado mean rank dos

sujeitos desportistas (157,00 vs 124,81), o que indicia uma maior

motivação dos alunos desportistas para esta disciplina. Nas restantes

disciplinas, parece existir uma homogeneidade na motivação entre os

grupos.

Page 58: Revista Schola 2014

R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 58

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Tabela 15 – Teste U Mann-Whitney na comparação entre desportistas vs não-

desportistas, relativamente ao grau de motivação em cada disciplina escolar.

Desportistas (n=108) Não-Desportistas

(n=166)

Mean Rank Mean Rank Z p

Motivação EF 157,00 124,81 -4,102 <0,001*

Motivação

PORT

137,57 137,45 -0,016 0,987

Motivação MAT 133,92 138,20 -0,476 0,634

* diferenças estatisticamente significativas (p<)

Pela Tabela 16, a aplicação do teste U Mann-Whitney, na

comparação entre desportistas de competição vs desportistas de lazer,

quanto ao grau de motivação em cada disciplina escolar, mostra que

apenas na disciplina de Educação Física existem evidências significativas

de diferença entre os grupos, devido ao mais elevado mean rank dos

sujeitos desportistas (59,07 vs 48,56), o que indicia uma maior motivação

dos alunos desportistas de competição para esta disciplina. Nas restantes

disciplinas, regista-se uma homogeneidade entre os grupos.

Tabela 16 – Teste U Mann-Whitney na comparação entre desportistas de competição vs

desportistas de lazer, relativamente ao grau de motivação em cada disciplina escolar.

Competição (n=61) Lazer (n=47)

Mean Rank Mean Rank Z p

Motivação EF 59,07 48,56 -2,678 0,007*

Motivação

PORT

51,40 58,52 -1,418 0,156

Motivação MAT 52,02 57,72 -1,036 0,300

* diferenças estatisticamente significativas (p<)

Inter-cursos

A Tabela 17, mostra a aplicação do teste H Kruskal-Wallis, na

comparação inter-cursos, relativamente ao grau de motivação em cada

disciplina escolar. Verifica-se que nas disciplinas de Educação Física e

Matemática existem evidências estatisticamente significativas de

diferenças entre pelo menos dois grupos. Por recurso ao post-hoc de

Bonferroni, constata-se que na disciplina de Educação Física tais

diferenças ocorrem entre os pares CCT vs CTD (p<0,001) e CCSH vs CTD

(p=0,002), nos dois casos decorrente do mais elevado mean rank dos

alunos do CTD. Na disciplina de Matemática, as diferenças verificam-se

entre os pares CCT vs CCSE (p<0,001), CCT vs CCSH (p<0,001) e CCT vs

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

CTD (p=0,004), em todos os casos motivado pelo mais elevado mean

rank dos alunos do CCT.

Tabela 17 – Teste H Kruskal-Wallis na comparação inter-cursos, relativamente ao grau de

motivação em cada disciplina escolar.

CCT CCSE CCSH CTD

Mean Rank Mean Rank Mean Rank Mean Rank 2 p

Motivação EF 131,24 151,14 134,50 175,28 13,892 0,003*

Motivação

PORT

138,49 119,05 143,06 132,88 1,387 0,709

Motivação MAT 149,61 71,18 91,36 110,66 29,328 <0,001*

Inter-anos de escolaridade

A Tabela 18 mostra a aplicação do teste H Kruskal-Wallis, na

comparação inter-anos de escolaridade, relativamente ao grau de

motivação em cada disciplina escolar. Verifica-se que nas disciplinas de

Educação Física e Matemática existem evidências estatisticamente

significativas de diferenças entre pelo menos dois grupos. Por recurso ao

post-hoc de Bonferroni, constata-se que na disciplina de Educação Física

tais diferenças ocorrem entre os pares 10º ano vs 11º ano (p<0,001) e 10º

ano vs 12º ano (p=0,002), nos dois casos decorrente do mais elevado

mean rank dos alunos de maior escolaridade. Na disciplina de

Matemática, as diferenças verificam-se entre os pares 10º ano vs 11º ano

(p=0,031) e 11º ano vs 12º ano (p=0,008), devido mais elevado mean rank

dos alunos do 11º ano de escolaridade.

Tabela 18 – Teste H Kruskal-Wallis na comparação inter-anos de escolaridade,

relativamente ao grau de motivação em cada disciplina escolar.

10º ano 11º ano 12º ano

Mean Rank Mean Rank Mean Rank 2 p

Motivação EF 107,91 147,83 148,87 22,050 <0,001*

Motivação PORT 129,47 135,86 143,61 2,394 0,302

Motivação MAT 131,41 155,40 126,64 8,029 0,018*

Page 60: Revista Schola 2014

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Conclusões

As principais conclusões deste estudo são ...

- A disciplina de Educação Física é aquela onde os alunos revelam

maiores níveis de motivação, independentemente do ano de escolaridade

ou do curso de frequência.

- De forma geral, nas disciplinas de Educação Física, Português e

Matemática, em todos os anos do ensino secundário, à medida que o

grau de motivação aumenta, verifica-se um incremento da performance

académica dos alunos.

- Em termos de motivação, nas disciplinas de Educação Física há uma

maior motivação por parte dos rapazes; na disciplina de Português a maior

motivação é das raparigas.

- Em termos de resultados escolares, na disciplina de Educação Física, os

rapazes são sempre melhores do que as raparigas; nas disciplinas de

Português (11º e 12º ano) e Matemática (11º ano), são as raparigas que

obtêm melhores classificações.

- Os alunos desportistas obtêm melhores resultados escolares na

disciplina de Educação Física (11º e 12º ano); na disciplina de Português

(12º ano) e Matemática (10º ano) são os não-desportistas a registarem os

melhores desempenhos escolares.

- Os alunos desportistas estão mais motivados para a disciplina de

Educação Física. Não parecem existir diferenças significativas de

motivação entre desportistas e não-desportistas para as disciplinas de

Português e Matemática.

- Dentro dos desportistas, aqueles que estão envolvidos em atividades

competitivas demonstram maior motivação para a disciplina de Educação

Física.

- Na disciplina de Educação Física, os maiores índices de motivação

ocorrem no 11º e 12º ano de escolaridade; na disciplina de Português não

parece existir um ano de escolaridade dominante; na disciplina de

Matemática, os alunos estão mais motivados no 11º ano de escolaridade.

Page 61: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 61 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Bibliografia

Bzuneck, J.A. (2013). Motivar seus alunos: sempre um desafio possível.

URL: http://www.unopar.br/2jepe/motivacao.pdf [acedido em 09-12-

2013].

Ribeiro, F. (2011). Motivação e aprendizagem em contexto escolar.

PROFFORMA, 3: 1-5. URL:

http://cefopna.edu.pt/revista/revista_03/pdf_03/es_05_03.pdf [acedido em

09-12-2013].

Silva, D.J.L. (2011). Estatística Aplicada à Investigação Científica nas

Ciências do Desporto – Análise Exploratória de Dados, com recurso ao

SPSS. Instituto de Estudos Superiores de Fafe, Terra Labirinto –

Associação para a Promoção de Autores. Fafe/Amarante.

Veiga, F.H.; Antunes, J.; Fernandes, L.; Guerra, T.M. & Roque, P.

(2003). Motivação escolar dos alunos: um estudo do Inventory of School

Motivation. Estudo apresentado no VII Congresso Galaico-Português de

Psicopedagogia, realizado em 24, 25 e 26 de Setembro de 2003, pela

Universidade do Minho e pela Universidade da Corunha. Corunha:

Universidade da Corunha. URL:

http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/4826/1/Motiva%C3%A7%C3%A3o

%20escolar%20dos%20alunos-

um%20estudo%20do%20Inventory%20of%20school%20motivation.pdf

[acedido em 09-12-2013].

Anexo

Questionário de Motivação (para alunos do ensino secundário)

Com este questionário pretende-se saber o grau de motivação dos alunos

do ensino secundário em relação a algumas disciplinas escolares. Os

resultados individuais serão estritamente confidenciais. Os resultados serão

publicados na Revista Schola do próximo ano lectivo (2013/2014).

Nome: _______________________________ Ano: ___ Turma: ___

Data Nasc. ____/____/_____

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R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 62

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Curso que frequenta na escola: _______________________________________

Prática desportiva: ___ Sim ___ Não

Se SIM, qual a modalidade? ____________________

Competição: ___ Sim ___ Não

Se SIM, há quanto tempo? ____ (anos) Nº treinos/semana? _____

1. Motivação em relação à disciplina de EDUCAÇÃO FÍSICA (assinalar com uma X)

Baixo Médio Elevado

2. Motivação em relação à disciplina de PORTUGUÊS (assinalar com uma X)

Baixo Médio Elevado

3. Motivação em relação à disciplina de MATEMÁTICA (assinalar com uma X)

Baixo Médio Elevado

Bullying

Joana Campinho

Aluna do 10.º ano C da Escola Secundária/3 de Barcelinhos

Trabalho de Português – Projeto PESES

Introdução

Tendo de fazer uma escolha em relação ao tema a abordar no

trabalho da disciplina de Português, referente ao projeto PESES, eu decidi

que um tema interessante seria o Bullying visto que é um problema atual e

que abrange pessoas da nossa idade e que por isso, quanta mais

informação e esclarecimento sobre este tivermos, melhor! No decorrer

deste trabalho vou abordar os seguintes temas:

1. Conceito

2. História

3. Caracterização de assédio escolar

4. Características dos bullies

5. Tipos de assédio

6. Bullying professor - aluno

7. Alcunhas ou apelidos

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

8. Indicativos de que está a sofrer bullying

9. Bulicídio

10. Mitos e equívocos

11. O que fazer para combater o bullying

12. Testemunhos

1. Conceito

Bullying consiste numa violência continuada, física ou mental,

praticada por uma só pessoa ou por um grupo, diretamente contra um

indivíduo que não é capaz de se defender por si só.

Este ato de violência é praticado essencialmente nas escolas e é

caracterizado por ações de domínio de um indivíduo (bully) sobre outro

(vítima), através de um repetitivo comportamento agressivo. Estes

comportamentos agressivos incluem atos de intimidação deliberados, de

um indivíduo mais forte contra outro mais fraco e que podem ser de

carácter verbal, emocional, racista ou sexual.

Em 20% dos casos as pessoas são simultaneamente vítimas e

agressoras, ou seja, em determinados momentos cometem agressões,

porém também são vítimas de assédio escolar pela turma.

2. História

Os primeiros trabalhos sobre bullying vieram dos países nórdicos, a

partir dos anos 60, por Dan Olweus, na Noruega, e HeinzLeimann, na

Suécia.

Para além disso, em 1998, a realização da Comissão Europeia para

combater o bullying nas escolas foi um marco extremamente importante.

Os países participantes nesta comissão foram os países europeus Reino

Unido, Irlanda, Itália, França, Espanha, Portugal, Grécia, Noruega, Suécia,

Finlândia, Dinamarca, Áustria, Bélgica, Luxemburgo e Países Baixos,

assim como também participaram, da América do Norte, o Canadá e os

Estados Unidos da América.

Page 64: Revista Schola 2014

R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 64

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

3. Caracterização de assédio escolar

Bullying é um termo frequentemente usado para descrever uma

forma de assédio interpretado por alguém que está, de alguma forma, em

condições de exercer o seu poder sobre outro ou sobre um grupo mais

fraco.

O assédio escolar pode ser dividido em assédio escolar direto ou

assédio escolar indireto, também conhecido como agressão social.

O bullying direto é a forma mais comum entre os agressores (bullies)

masculinos. A agressão social ou bullying indireto é a forma mais comum

em bullies do sexo feminino e crianças pequenas, e é caracterizada por

forçar a vítima ao isolamento social. Este isolamento é obtido por meio de

uma vasta variedade de técnicas, que incluem espalhar comentários,

recusar socializar-se com a vítima, intimidar outras pessoas que desejam

socializar-se com a vítima, ridicularizar o modo de vestir ou outros aspetos

socialmente significativos (incluindo a etnia da vítima, religião,

incapacidades, entre outros).

4. Características dos bullies

Pesquisas indicam que adolescentes agressores têm personalidades

autoritárias, combinadas com uma forte necessidade de controlar ou

dominar. Também tem sido sugerido que uma deficiência em habilidades

sociais e um ponto de vista preconceituoso sobre os subordinados podem

ser particulares fatores de risco, para além de que a inveja e ressentimento

podem ser também motivos para a prática do assédio escolar; ao

contrário da crença popular, há pouca evidência que sugira que os bullies

sofram de qualquer défice de autoestima.

É frequentemente sugerido que os comportamentos agressivos têm

a sua origem na infância pois se estes se desenvolvem a partir desta fase

da vida, há o risco que estes se tornem habituais. Realmente há evidência

documental que indica que a prática do assédio escolar durante a infância

põe a criança em risco de comportamento criminoso e violência

doméstica na idade adulta.

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Comportamentos autodestrutivos, como consumo de álcool e

drogas e correr riscos desnecessários, são vistos com mais frequência

entre os autores de bullying.

Quanto mais sofrem com violência e abusos, mais provável é

repetirem esses comportamentos na sua vida diária e negligenciarem o

seu próprio bem-estar.

5. Tipos de assédio

Os bullies usam principalmente uma combinação de intimidação e

humilhação para atormentar os outros. Alguns exemplos das técnicas de

assédio escolar são:

• insultar a vítima e acusá-la sistematicamente de não servir para

nada;

• atacar fisicamente e de forma repetida uma pessoa, seja contra o

corpo dela ou propriedade;

• espalhar rumores negativos sobre a vítima;

• depreciar a vítima sem qualquer motivo;

• fazer com que a vítima faça o que ela não quer, ameaçando-a para

seguir as ordens;

• colocar a vítima em situação problemática com alguém;

• fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa,

sobre a sua casa, aparência pessoal, orientação sexual, religião, etnia,

nível económico, nacionalidade ou qualquer outra inferioridade

depreendida da qual o bully tenha tomado ciência;

• isolar socialmente da vítima;

• usar as tecnologias de informação para praticar o cyberbullying;

• chantagear e usar expressões ameaçadoras;

• fazer com que a vítima passe vergonha na frente de várias pessoas.

6. Bullying professor aluno

O assédio escolar também pode ser praticado de um professor para

um aluno. As técnicas mais comuns são:

• intimidar o aluno em voz alta rebaixando-o perante a turma. Uma

forma mais cruel e severa é manipular a turma contra um único aluno

expondo-o à humilhação;

Page 66: Revista Schola 2014

R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 66

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

• assumir um critério mais rigoroso na correção de testes com um

aluno e não com os demais. Alguns professores podem perseguir

alunos com notas baixas;

• ameaçar o aluno de reprovação;

• difamar o aluno no conselho de turma, aos coordenadores e acusá-

lo de atos que não cometeu;

• torturar fisicamente (mais comum em crianças pequenas), com

inclusão de puxões de orelhas, entre outros.

7. Alcunhas ou apelidos

Normalmente, uma alcunha (apelido) é dada a alguém por um

amigo, devido a uma característica única dele e em alguns casos, a

concessão é feita por uma característica que a vítima não quer que seja

notada. Em casos extremos, professores podem ajudar a popularizá-la,

mas isto é geralmente percebido como inofensivo ou o golpe é subtil

demais para ser reconhecido. Todavia, uma alcunha pode por vezes

tornar-se tão embaraçosa que a vítima terá de se mudar (de escola, de

residência ou de ambos), fazendo assim com que a utilização destes

nomes seja considerada também uma forma de bullying.

8. Indicativos de que está a sofrer bullying

Sinais e sintomas possíveis de serem observados em alunos alvos

de bullying :

• enurese noturna (urinar na cama);

• distúrbios do sono (como insónia);

• problemas de estômago;

• dores e marcas de ferimentos;

• transtornos alimentares e de ansiedade;

• isolamento social / poucos ou nenhum amigo;

• tentativas de suicídio;

• irritabilidade / agressividade;

• transtornos de ansiedade;

• relatos de medo regulares;

• resistência / aversão a ir à escola;

• demonstrações constantes de tristeza;

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

• mau rendimento escolar;

• atos deliberados de autoagressão.

9. Bulicídio

Bulicídio é uma palavra atribuída à morte de uma pessoa (ou por

suicídio ou por assassinato) devido ao bullying ou cyberbullying.

O termo foi pela primeira vez utilizado em 2001, por Neil Marr e Tim

Field no livro “Bullycide: Death at Playtime”.

São casos conhecidos de bulicídio a morte de Amanda Todd e

Megan Meier, por exemplo.

10. Mitos e equívocos

Existem vários mitos e equívocos acerca do Bullying sendo alguns

deles:

• o bullying não traz consequências para a vida futura de uma criança;

• o bullying termina quando os alunos saem da escola;

• a vítima é fraca, impopular e sensível demais;

• passar pelo bullying torna a criança mais forte e preparada para a

vida;

• o bullying é algo normal na passagem de crianças para

adolescentes, ou seja, é algo que não pode ser evitado.

11. O que fazer para combater o bullying

• Implantar políticas anti-bullying nas escolas, envolvendo

professores, funcionários, alunos e pais;

• interromper o bullying antes que ele aconteça;

• não sofrer em silêncio, pois o bullying alimenta-se do silêncio das

vítimas;

• prestar atenção!

12. Testemunhos

Existem testemunhos de pessoas famosas que sofreram bullying

como Harrison Ford, Mel Gibson, Tom Cruise, Victoria Beckham, Michelle

Pfeiffer e Demi Lovato.

Page 68: Revista Schola 2014

R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 68

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Numa antiga entrevista, Victoria Beckham foi questionada sobre o

bullying que sofreu e esta disse “Não posso explicar como sofrer bullying

me fazia sentir horrível. Eu era uma excluída. Era a menos popular da

escola e odiava isso”.

Conclusão

Depois da elaboração deste trabalho sobre o bullying, posso

concluir que este é um importante problema que afeta um número

elevadíssimo de jovens em todo o mundo e que, por isso, vai ter

consequências drásticas para o futuro destes. Para além disso, este

relevante problema é tão comum que tem que ser falado, divulgado e

esclarecido e por isso, espero que através desta breve apresentação

acerca deste tema vocês tenham ficado mais elucidados.

Violência doméstica

Telma Costa,

Aluna do 10.º ano C da Escola Secundária/3 de Barcelinhos

Trabalho de Português

Introdução

Neste trabalho vai ser abordada a violência doméstica,

nomeadamente será referido o que é, os tipos, o seu ciclo, quem pode ser

considerado(a) vítima, como atuar nestes casos, o que não se deve fazer

nestas situações e, por fim, abordar a violência doméstica em Portugal.

O que é a violência doméstica?

A violência doméstica pode ser considerada um conjunto de

comportamentos violentos relativamente a um indivíduo numa relação.

Geralmente esta condição é caracterizada por o individuo agressor

querer controlar o agredido, resultado de uma posição de posse de um

indivíduo em relação a outro.

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Tipos de violência doméstica

Existem três tipos de violência doméstica reconhecidos,

nomeadamente:

• Violência emocional - esta é caracterizada por sendo qualquer tipo de

comportamento do companheiro (a) em relação à companheira (o), que

visa a diminuição de autoestima, o medo e a sensação de inutilidade.

Geralmente é levada a cabo através de atitudes verbais ameaçadoras.

• Violência Social - consiste em qualquer tipo de comportamento que

tenha como objetivo controlar, ou até oprimir, a vida social do

companheiro(a). Pode ser executada através de atitudes como por

exemplo, impedir o indivíduo de visitar familiares e amigos.

• Violência Física - violência mais visível ou mais notória, que consiste

em atos de agressividade física para com o companheiro(a), tais como:

esmurrar, pontapear, esbofetear, entre outras.

Ciclos da Violência Doméstica

A violência doméstica funciona como um ciclo de ações que se

repetem ao longo do tempo. Tem as seguintes fases:

• Fase do aumento de tensão - consiste num aumento de tensão devido

às atitudes menos afáveis, injúrias e ameaças tecidas pelo agressor,

acumulada durante o quotidiano e que levam a que a vítima desenvolva

uma sensação de perigo iminente.

• Fase de ataque violento - o agressor ataca a vítima, física e

psicologicamente tendo estes ataques uma determinada frequência e

grau ao longo do tempo, podendo não ser constante.

• Fase da lua-de-mel - após a agressão, o agressor trata a vítima

como se estivesse arrependido, dando carinho, pedindo desculpa e

prometendo nunca mais voltar a cometer tais atos.

Quem pode ser vítima?

Podem ser vítimas de violência doméstica pessoas do sexo

masculino, feminino, de qualquer faixa etária, estrato social ou nível

económico. A violência doméstica não é dirigida apenas a um tipo de

pessoas, no entanto, é notória uma maior incidência no sexo feminino,

Page 70: Revista Schola 2014

R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 70

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

talvez porque os companheiros se sintam donos/possessivos em relação

às suas companheiras vendo nelas alguém que necessita de disciplina ou

então seguindo ainda os pensamentos de outrora, em que as mulheres

eram vistas como apenas mães e donas de casa submissas aos seus

maridos.

Como atuar nestes casos?

Se um familiar ou amigo reparar que a vítima tem comportamentos

estranhos como desvalorizar-se, afastar-se dos amigos e família, afastar-

-se da sua vida social, andar constantemente deprimido(a) e também

apresente marcas estranhas deve, caso suspeite ou confirme tal situação,

deve denunciar às autoridades policiais ou ao Ministério Público, contactar

a APAV ou convencer a vítima a contactar esta associação e, mais

importante convencer a vítima de que esta tem de tomar as suas decisões

e que terá de gerir a sua própria vida.

O que não fazer nestas situações?

Em casos de violência doméstica nunca deve fazer-se o seguinte:

• Dizer à vítima o que fazer, pois esta é que tem de tomar tal decisão;

• Dizer-lhe que ficará desiludido(a) com ele(a) caso não denuncie o seu

agressor;

• Fazer comentários que levem a vítima a culpabilizar-se por se

encontrar em tal situação;

• Fazer de mediador(a) entre a vítima e o agressor;

• Confrontar o agressor, pois tal pode representar perigo tanto para a

vítima como para quem confronta o agressor.

Violência doméstica em Portugal

A violência doméstica é bastante generalizada ao sexo feminino, e,

no nosso país, tem continuado a fazer milhares de vítimas, causando a

morte a algumas destas.

Em 2010, só em Portugal, foram registadas 31235 participações de

violência doméstica pela PSP e GNR, fazendo notar um aumento de 2%

em relação ao ano anterior. Segundo a UMAR (União de mulheres

Page 71: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 71 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Alternativa e Resposta) nesse mesmo ano foram assassinadas 43

mulheres, vítimas de violência doméstica e 39 tentativas de homicídio.

A violência doméstica acontece, dentro de relações conjugais em

cerca de 82% dos casos e, cerca de 85% das vítimas são do sexo

feminino sendo que, do total de agressores registados, 88% serão do sexo

masculino.

Conclusão

Com este trabalho, concluí que a violência doméstica é algo

bastante comum na nossa sociedade e nos dias de hoje, mesmo que

não seja notada com a mesma intensidade. Este tipo de situação é

complicada, principalmente para a vítima, mas também para os que a

rodeiam, pois é difícil saber qual a melhor forma de agir perante um caso

destes e para tal, o melhor é consultar as variadas associações de apoio à

vítima, entre elas a APAV, de modo a que as vítimas tenham o apoio

necessário e os que procuram ajudá-las saibam o que é melhor fazer.

Bibliografia

• http://apav.pt/vd/index.php/vd/o-ciclo-da-violencia-domestica

• http://www.esquerda.net/dossier/o-fen%C3%B3meno-da-viol

%C3%AAncia-dom%C3%A9stica-em-portugal

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

"A principal meta da educação é criar

homens que sejam capazes de fazer coisas

novas, não simplesmente repetir o que

outras gerações já fizeram. Homens que

sejam criadores, inventores, descobridores.

A segunda meta da educação é formar

mentes que estejam em condições de

criticar, verificar e não aceitar tudo que a

elas se opõe."

Jean Piaget

N.: 9 de agosto de 1896, Neuchâtel

F.: 16 de setembro de 1980, Genebra

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

O feiticeiro Viking

Há muito tempo, numa

cidade grande e bela morava uma

jovem adulta chamada Blonde,

filha de um homem muito rico.

Apesar de não ser do seu agrado,

estava noiva de Taux, um homem

rude, frio e esperto que queria

paz, mas que só sabia lutar com

o seu inimigo Locs que gostava

de Blonde.

O mais esquisito é que

apareceu um viking chamado

Dary, mas que não era um viking

qualquer; ele era um feiticeiro. E

como todos os feiticeiros,

também ele tinha uma varinha

que era a sua espada muito

poderosa; dá-se já um exemplo:

ele matava pessoas com ela, por

isso todos tinham medo dele,

exceto Taux.

O tempo ia passando e

Dary descobriu que gostava da

Blonde e ele dela; então

começaram a ter encontros

secretos. Como Taux era esperto,

desconfiava que se passava algo

e então começou a espiar a sua

noiva. Mas, antes disso, falou

com Locs para o ajudar (eles

eram inimigos mas como o Locs

também gostava dela, ia ajudá-lo

de certeza). Marcaram espiá-la a

partir daquela noite, mais ou

menos pelas 23 horas, na

mansão de Taux.

E assim foi. Partiram à

aventura rumo ao café do Senhor

Hanter que ficava a uma hora da

cidade (claro que os amantes não

iam marcar uma coisa assim tão

perto).

Logo que se encontraram,

desataram aos beijos e os dois

espiões não aguentaram e

começaram a lutar com o Dary

que lhes deu uma pancada e se

foi embora levando a Blonde para

a mansão dela.

A guerra entre eles

começou e foi horrível; houve

lutas tremendas que até doíam só

de olhar. Mas na milésima luta foi

muito pior. O Taux e o Locs

mataram o Dary, mas a história

não fica por aqui; o feiticeiro, ao

morrer, libertou um grande poder

que matou a Blonde, o Taux e o

Locs.

Perderam-se quatro vidas,

mas talvez se tenham salvo

muitas mais...

Isabel Miranda

7.º A

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

“O Homem da minha Vida”

A pessoa que mais marcou a minha vida, até hoje, foi o meu avô

materno, que tudo fez para que me tornasse a rapariga mais “poderosa”,

sábia, culta, educada, criativa e inteligente da aldeia. Foi o pai que nunca

tive, pois ainda hoje não sei o que é ter carinho e afeto do meu progenitor.

Infelizmente, este dedicava todo o seu tempo aos vícios que o

alimentavam e o tornavam feliz, destruindo um casamento e uma família,

que para ele, nunca foi mais do que uma forma fácil de obter dinheiro.

O meu avô era, sem dúvida, uma caixinha de surpresas.

Trabalhador, o melhor cozinheiro, professor, Pai e, sem dúvida, a pessoa

mais lutadora do mundo – um verdadeiro herói.

Sempre que estava com ele, ensinava-me a fazer coisas novas,

principalmente a fazer engenhocas… Aprendi a fazer vedações, cancelas,

casotas, a arranjar um cabo de uma enxada ou vassoura se estivesse

partido, a pregar um prego, a serrar madeira e outras mil e uma coisas.

Sempre me tentou incutir que devia aproveitar os restos dos materiais, até

os velhos, porque do velho se faz novo.

Eu estava sempre disposta a aprender e o que ele queria era

ensinar-me. Demonstrava-me como é que se fazia, mas eu raramente

acertava à primeira e ele ficava aborrecido. Então eu dizia- lhe: “Oh avô!

Eu não sou nenhum homem!”. E ambos ríamos…

Nunca desistia de me ensinar e eu aprendia… e adorava. Hoje sei

trabalhar no campo e conduzir um trator, tarefas que amo, porque me

fazem sentir livre, graças a ele.

Foi um professor! Nas férias de verão, ensinou-me tudo sobre as

contas de dividir. Quando fui para o quarto ano surpreendi a professora,

pois já sabia mais do que era necessário para as resolver. Os meus

colegas, nos intervalos, queriam que eu os ensinasse e até se esqueciam

de jogar futebol. Na altura, senti-me inteligente, uma espécie de sábia da

turma, tudo graças ao meu avô.

Quando tinha aulas de tarde, era ele quem me fazia o almoço e me

ensinava a cozinhar. Perguntava-lhe onde é que ele tinha aprendido a

cozinhar tão bem e ele recontava-me as suas velhas histórias de chefe de

cozinha na tropa. Eu ficava fascinada... sobretudo quando descobri que o

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

General António de Spínola o visitou na cozinha e provou a sua comida,

antes de ser servida.

O meu avô era muito reservado, mesmo em relação a afetos, pois

cresceu no seio de uma família problemática e perdeu um filho, mas acho

que quando estava comigo, demonstrava todo o amor que tinha.

Eu mimava-o de forma “discreta”, preparando-lhe pudim de

gelatina e bolo de iogurte, porque sempre adorei fazer doçarias (herdei do

meu tetravô materno). Esta era uma das formas de lhe agradecer e dizer

que o amava, e ele ficava radiante.

Era o meu pai! Quando me queimei, aos cinco anos de idade, ia

sempre às consultas médicas comigo fazer o curativo, ou mesmo quando

tinha de fazer exames médicos. Depois íamos sempre lanchar e ele

comprava-me aquelas bolachas de limão, que ainda hoje adoro. Quando

as como, lembro-me sempre daqueles momentos.

Era, sem dúvida, um lutador! Só lhe davam dois meses de vida e

ainda durou vinte e um anos, mas em 2000 o seu estado de saúde

agravou-se. Extraiu o estômago e ficou a saber que tinha cancro no

sangue. A quimioterapia “matou” a parte direita do seu corpo, mas nunca

deixou de lutar. Mesmo quando ia para o hospital, jamais mostrava o seu

sofrimento.

Para mim, era sempre mais uma ida e ainda que fosse longa, havia

sempre o dia da vinda. Eu corria para os seus braços e dava-lhe

miminhos, fazendo-lhe a melhor receção de sempre. Há cerca de cinco

anos esse dia não chegou. Partiu, deixando muitas saudades.

Ele é o exemplo que quero seguir e guardar sempre no coração.

Educou-me, deu-me um teto, comida e sacrificou-se por nós. Quero-lhe

agradecer por tudo o que fez de mim, e por mim, e pelas quatro mulheres

com quem vivo (mãe, irmãs e avó materna), que eu também adoro. Por

isso, não hesito em afirmar: Avô, és o Homem da minha vida!

Ana Catarina

12º E

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Repercussões da Colonização do Planeta Marte em Portugal

Depois da Terra, Marte é o

planeta mais habitável do sistema

solar e tem sido considerado

como um dos principais

candidatos à colonização humana

extensiva e permanente, não

apenas por estar mais próximo do

nosso planeta, mas também

pelas condições da sua

superfície, que são mais

semelhantes às da Terra,

comparativamente a outros

planetas do sistema solar.

Salienta-se, por exemplo, a

disponibilidade de águas

superficiais, embora congeladas,

uma gravidade substancial (38%

da gravidade da Terra) e uma

atmosfera ténue. Estes fatores

dão a Marte maior capacidade

potencial de abrigar a vida

orgânica e a colonização

humana.

A habitação humana

permanente em outros planetas e

a exploração dos seus recursos

naturais tem sido um dos temas

mais abordados pela ficção

científica. Com o avanço da

tecnologia e o aumento da

preocupação com o futuro da

humanidade, tal ideia ganhou

impulso e já existem metas a

atingir.

A empresa holandesa Mars

One deitou mãos-à-obra e

promoveu um concurso para

escolher 24 colonos. Recebeu

mais de 200 mil inscrições,

provenientes de 140 países, mas

só 1058 foram selecionados para

a fase seguinte. O processo de

seleção tem avançado a passos

largos, pelo que os 24

colonizadores serão brevemente

encontrados, após sujeição dos

candidatos a múltiplos e rigorosos

testes físicos, psicológicos e

médicos.

O projeto arrancará em

2018, ano em que “amartará” um

engenho de aterragem para

receber, depois, as naves que

transportarão os 24

colonizadores. Estes colonos

serão organizados em seis grupos

de quatro pessoas e nunca mais

regressarão à Terra. Terão de

produzir oxigénio, água e cultivar

as plantas que servirão de

alimento para se manterem vivos

no ‘planeta vermelho’. Viverão em

pequenos habitats com ambiente

controlado.

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Não obstante algum

ceticismo da comunidade

científica, um dos cientistas que

mais se tem empenhado na

promoção do projeto é Gerard't

Hoofd, o holandês, que em 1999

recebeu o prémio Nobel da Física.

Todas estas alterações que

se avizinham, num futuro

próximo, terão a médio/longo

prazo profundas consequências

na sociedade portuguesa, pois os

trabalhadores portugueses, em

especial os docentes, passarão a

dispor de mais um destino de

emigração e a possibilidade de

finalmente conseguirem

colocação em escolas marcianas.

Estas são, de facto, boas notícias

para a comunidade portuguesa,

constituindo, sem sombra de

dúvida, a tão desejada “luz ao

fundo do túnel”.

Professora

Maria da Costa

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Rotinas Saudosas

A minha avó Maria foi uma grande influência na minha

personalidade e responsável por muitos dos conceitos que adquiri. Não

influenciou apenas com a vivência que teve comigo, mas pela forma como

educou o meu pai.

Admiro a educação que deu ao meu pai, mesmo tendo-o criado

sozinha, porque ficou viúva muito cedo, sem qualquer figura masculina,

deu uma educação rigorosa e ensinou o meu pai a honrar a palavra (nunca

se esquecia de dar um castigo prometido, para tristeza do meu pai, que

ainda agora o conta). Soube dar-lhe a liberdade necessária para ele “ser

gente”, como dizia.

A vovó Maria, desde que eu nasci, sempre morou na minha casa,

lembro-me dela sempre velhinha, enrugada, sempre vestida de preto, de

sorriso rasgado e desdentado e olhar verde ternurento. Todo este ar só me

dava vontade de a cobrir de beijinhos, e então fazia-o, e ela só dizia:

- Oh...oh...oh Meu Deus!- Com ar de quem não estava a gostar,

mas a gostar; misturava esta fala com alguns “penicões”, escondendo um

sorriso brincalhão.

Tínhamos alguns rituais de avó e neta. Sábado à noite era o dia de

jogar cartas e dominós; para ela, fazer batota era um desrespeito enorme,

aí de mim! Domingo à noite era dia da conversa, de contar histórias e do

que tínhamos feito durante o dia.

À quinta-feira era o dia da caminhada até casa da minha tia. Todos

os dias ia ao quarto chamá-la para jantar. Passava todas as tardes a ler,

apesar de só ter a 2º Classe. Por vezes, lia um livro numa tarde. A minha

avó era demais! Todos os verões íamos para a praia com a avó,

brincávamos muito, comíamos muito (só guloseimas), a avó Maria, nas

férias transformava-se, era uma festa!

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

A minha avó era muito religiosa e adorava ir a Fátima e eu também

adorava que ela fosse; trazia-me sempre qualquer coisinha, ainda hoje

tenho muitas das coisas que ela me deu, guardadas como recordações.

Guardo com tanta saudade todos estes nossos hábitos, brincadeiras

e toda a aprendizagem que me deu. Partiu com 86 anos,

inesperadamente, quando eu tinha doze anos; na altura em que eu lhe

começava a dar mais um bocadinho de mim, deixou-me, com muito dela

e com muitas lições para a vida.

A vovó ensinou-me a ser crente e eu acredito que ainda hoje a avó

Maria está comigo…

Aluna de Psicologia

12º Ano

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Até hoje fizeram-me crer que a vida é um ciclo que não se pode

alterar. Através das estações, prevemos o tempo e, através do tempo,

adivinhamos as espécies que com ele vão nascer. Mas foi no outono que

eu vi uma rosa florescer.

Nunca em toda a minha vida admirara tão bela e esplêndida flor.

Era apenas um rebento de pequenas dimensões num vasto mar cor de

laranja, onde as plantas dominantes eram meras begónias, uma espécie

habitual num jardim em pleno outono, uma como outra qualquer

pertencente ao seu devido meio. Contudo, e, apesar da imensidão destas,

aquele pé de roseira era o rei de um magnífico quadro desenhado a

pétalas.

Naquele jardim, as hierarquias tomaram uma nova disposição. A

roseira, mal rebentara da terra, havia-se tornado líder de todos aqueles

que possivelmente lhe seriam indiferentes caso houvesse primavera,

incluindo eu.

Eu sabia, no entanto, que um ser tão radiante não poderia ser

perfeito. Até mesmo as rosas têm espinhos que, em sua proteção, podem

ferir inimigos e não só. E, antes da flor se revelar ao mundo, nunca

ninguém pode afirmar as cores que a irão pintar, assim como eu não

sabia o que esperar de tão insólita aparição.

Lá no fundo, bem no fundo, desejava-a como fogo, de cores

vibrantes e intensas. Talvez isto apenas se devesse à minha preferência

pela cor vermelha, porém eu compreendia que não era só isso. O que

realmente me fazia fervor era o seu simbolismo, pois eu tinha noção que

uma rosa de tons claros nunca me daria tanta satisfação.

Page 81: Revista Schola 2014

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

A espera deste fenómeno cria impasse, ao impasse segue-se o

nervosismo, o nervosismo conduz ao desespero e este último destrói

todas as esperanças. Ainda, sim, anseio pelo momento em que poderei

vislumbrar o pigmento desta rosa, mesmo que no processo ela me venha

a magoar com uma das suas defesas, um dos seus espinhos ou até uma

das suas atitudes.

Foi neste outono que eu vi algo de novo acontecer e me apercebi de

que, para além do ciclo inevitável da vida (nascimento, desenvolvimento e

morte), existe algo pelo qual vale a pena viver. Agora, tudo o que na

natureza não fazia sentido passou, repentinamente, a ter lógica para mim.

Rita Arantes

11º A

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

"O pensamento pode ter elevação sem ter

elegância, e, na proporção em que não

tiver elegância, perderá a ação sobre os

outros.

A força sem a destreza é uma simples

massa."

Fernando Pessoa

N.: 13 de junho de 1888, Lisboa

F.: 30 de novembro de 1935, Lisboa

Page 83: Revista Schola 2014

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

A Paz

O nome Paz acaba

Com as guerras e a separação,

Resulta da felicidade

No nosso coração!

A Paz amiga

Não gosta de fronteiras.

Gostava que ela estivesse presente

Em todas as bandeiras.

A Paz é uma pomba branca,

O livro que ensina.

É a liberdade e o trabalho

No pensamento de uma menina.

A Paz são árvores altas,

Um riacho de mansinho,

É uma luz pequenina

Que dá toda a alma ao caminho!

A Paz é o nascimento,

O alimento e o milho.

É a mãe orgulhosa

Que embala o seu filho.

João Vale

7.º A

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

A Solução

Há momentos em que nos apetece desaparecer,

ou até mesmo parar de viver,

só para não sofrer mais!

Tudo o que vivemos,

mesmo que pareça o pior dos pesadelos,

contribui para a nossa experiência de vida.

E mesmo os momentos que nos parecem maus

têm episódios bons,

que nos servem de lição,

nos dão energia

e nos fortalecem.

O sofrimento transforma-nos em pessoas mais fortes,

capazes de rir com o choro,

de acalmar com o medo

e de sorrir com a tristeza.

O dia que hoje é cinzento,

amanhã é de um claro azul e,

no dia seguinte,

é Sol radiante.

Existe sempre uma solução

para o que nos parece ser o pior dos problemas,

embora, por vezes,

seja difícil de encontrar,

ou de a procurar!

Somos magoados por coisas

tão simples para nós,

mas para os outros,

tão complicadas!

Se alguns não negassem

a evidência,

a aceitação da inegável existência

de um Universo

de modos de vida,

a Terra seria um local

bem mais agradável.

Cristina Ramos

12º E

Page 85: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 85 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Aos meus alunos

Como vocês, estudante fui

No Liceu, estudava até o sono ser rei

E foi como trabalhadora-estudante que me licenciei

Ser professora é gratificante

Quando se ensina com paixão

Cada dia de trabalho é uma verdadeira missão.

Mas se lidar com estudantes me dá tanto prazer, porque não?

Aos meus alunos desejo muito empenho, coragem e dedicação

Pois mais tarde irão ter a tal remuneração...

Professora

Arminda Sá Carvalho

Memória

A morte passou

e as memórias continuam presentes,

atormentam o sono

e deprimem a alegria.

Um vazio fica,

algo se perde,

de algo se sente falta.

As lágrimas correm,

os abraços prolongam-se,

os beijos aumentam,

o sofrimento não acaba.

Todos os dias

há uma memória,

que me leva a não querer viver mais...

Helena Cardoso

10ºB

Page 86: Revista Schola 2014

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Sonho de Amor

Perdi o sonho no tempo

Como a realidade na ilusão,

A vida num sentimento

Que exaltava o coração.

Com a suavidade do mar

Desvaneceu-se o espírito

Incapacitado de soletrar

A confusão do esquisito.

Por palavras nasceu o amor,

Impulsivo mas melancólico,

Submisso ao medo do terror

Sentido no extremo insólito.

Em viagens prolongadas

Pelo insano do que se sente,

Restam agora as palavras

De um sonho incoerente

Aurora Celeste

Bruno Cruz

Fora-se a torrente de tristeza

No mar de lágrimas caídas,

Cegas da volátil fraqueza

Das horas negras perdidas

Flui a vida agora no sidéreo

Das profundezas erróneas,

Naquele coração etéreo

Repleto de pétalas de rosas

Na escuridão marcante

O sonho da vida renasce,

Acende-se a luz fulgurante

Levando a dor do impasse

E na dor de toda a vida

Esse rosto belo conquistou

A minha alma perdida

Que pelo mundo vagueou.

Page 87: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 87 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Felicidade

Felicidade é... Sentir um filho que se mexe no nosso ventre

O impulso do seu nascimento

Ouvir o seu primeiro choro

Ver os seus primeiros passos

Acompanhar o seu crescimento... Felicidade é... Levantarmo-nos com saúde

Ver o Sol a raiar pela manhã

Ouvir a música de que gostamos

Felicidade é... Reconciliarmo-nos com um ente querido

Ver um amigo há muito tempo distante

Receber um telefonema para nos desejar os PARABÉNS

Felicidade é... Passarmos férias na nossa praia preferida

Comer pão quente com manteiga pela manhã

Ver os nossos programas de TV do dia

Felicidade é... Chegar a casa, vestir o robe e calçar os chinelos

Cozinhar para a família

Ajudar a solucionar as dúvidas dos nossos filhos

Felicidade é... Ver os nossos alunos à gargalhada

Pela anedota que contámos no fim de mais uma aula

Sair da sala, com a convicção de que também eles estão felizes

Felicidade são... Curtos, mas importantes momentos, que devemos valorizar

Pois a vida é só uma

E a Felicidade é tão Efémera...

Professora

Arminda Sá Carvalho

Page 88: Revista Schola 2014

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Amizade

Friends are what I have,

Radical are all of them,

Intelligent as well.

English is what we all love.

Nobody is equal,

Day-by-day we grow.

Special is what we are.

Ana Costa

7ºB

Friends are like stars:

Always ready to shine

In our lives!

Everyone will be sad if

Never they say “hello”,

Dear friends of mine!

Inês Ferreira

7ºA

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P Á G I N A | 89 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Amizade

Friends are honest and you can count on them.

Rare is it to find one.

I couldn’t live without my friends.

Everyone has friends and you mean the world to me:

Never forget that!

Definitely you are special to me!

Maurício Vale

7ºA

Friends are forever!

Running all together

In the street we play,

Ending the day with joy.

Nothing destroys our friendship:

Don’t you ever forget it!

Nelson Barbosa

7ºA

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Sonho de Amor

Aquele vício que nos consome por dentro,

E que nos tira da vida mais um momento,

Mais uma loucura,

Mais uma aventura,

Mais uma cena,

É o que nos faz pensar se vale mesmo a pena

Começa por um simples experimentar,

Mas é algo muito difícil de deixar,

Por vezes não nos conseguimos conter,

É um vício mesmo “lixado” de ter

Cais na tentação de o fazer,

Porque por vezes o mundo parece desaparecer,

Para aliviar a pressão é do melhor que existe.

Mas, deixa de fumar, para que a vida te reconquiste!

Mãe

Contigo cresci e ganhei maturidade

Amar-te-ei sempre apesar da minha idade

Contigo aprendi o melhor da vida

Mas, receio o dia da tua partida

Obrigado pelo apoio, por tudo o que me dás

Talvez sem ti, eu já tive ficado para trás

Aguento-me na vida, porque sei que sou forte

Mas, é por ter alguém como tu como meu suporte

Não te quero ver a partir

Não quero sentir a dor incomparável quando a hora surgir

Numa frase resumida

ÉS A MULHER DA MINHA VIDA

Carina Barros

João Silva

Cláudio Peixoto

10ºTR

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

O amor é como o vento que não se vê

E apenas se sente

onde há momentos de felicidade

Contrariamente às vivências de desilusão

Saudade, ilusão e traição... Fazem parte da relação

Mas para as evitar

Devemos amar, proteger e cuidar

Tudo o que sonhei

Foi transformado em meros pensamentos

Assim o destino o desejou

E parte de mim levou.

Ana Rita Barbosa, Tatiana Caravana

10ºTR

O amor é paixão

que amamos sem fronteiras

e que sofremos com ardor

Não queremos que ele desapareça

vamos atrás dele para toda a Galáxia

e nunca o vamos esquecer

Estaremos sempre a pensar no sol

porque ele é o nosso mundo

e nunca o vamos esquecer

Pois o que eu sinto por ele é verdadeiro

porque não existe nenhuma palavra

que descubra o que eu sinto pelo sol

Ele ilumina o nosso caminho

por onde quer que nós vamos

Ana Sofia, Pedro Sá, Sofia Morgado

10ºTR

Page 92: Revista Schola 2014

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

O lipograma do amor

Vivia os meus dias, presa às correntes do sofrimento

O meu corpo exposto ao relento

Com desejo de sentir esse sentimento

E sem ninguém para me dar alento.

Vivia os meus dias, no mundo obscuro,

À espera de uma luz

Que estava para além do muro

Sobre a forma de uma cruz.

E por quando tudo parecia perdido

O meu coração suspirou

E o mundo começou a ter sentido.

E agora que te tenho, sinto esse sentimento

Cheio de amor, paixão e alegria

Jamais sentindo aquele sofrimento.

Carlos Fernandes, Cláudia Vieira, Mónica Fernandes

10ºTR

Mãe

Amor é lindo de morrer

Como um dia límpido a chover

É viver a vida dia a dia

Porque nos dá saúde e alegria

Meus olhos são como o teu ser

Sem eles não consigo viver

O teu sorriso é o meu sol

Como o florescer de um girassol

Com o tempo ganhamos confiança

Vamos juntos ficar

E eu tenho esperança

De sempre te amar.

Carina Barros, João Silva, Cláudio Peixoto

10ºTR

Page 93: Revista Schola 2014

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

O Amor

O meu amor por ti

É mais que uma paixão,

É felicidade,

É orgulho,

É amor no coração...

Porque a cada dia que passa

Tu não me sais da mente,

E sabes porquê?

Porque eu te amo,

Eternamente.

E se algum dia me perguntei,

Quando tu me encontrarás?

O meu coração respondeu:

Só o destino o dirá!

Bárbara Matos e Ricardo Venâncio

10ºTR

“AMOR”

Numa noite ao relento

Ao olhar para as estrelas fico a pensar

Numa batalha entre o amor e o sofrimento

Que tende nunca terminar

A dor perfura o meu coração

Impedindo-me de respirar

E caindo na perdição

Sinto que o meu amor não irá voltar

E ao fechar os olhos, vejo um sonho ainda por realizar

Que sofre dentro das grades da prisão

Á espera da liberdade de se concretizar

E assim a minha vida vai terminar

Com o sofrimento no coração

E o desejo de te beijar

Lostsoul

10.º TR

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

O Farol

Num instante te vi, Como uma luz intermitente

Que me fez despertar

Para uma noite sem luar.

Guiaste-me nas mais longas viagens,

Até terra, desde o mar.

Fizeste-me ver terra à vista,

Sem sequer duvidar.

Desde sempre foste o meu guia,

Meu e dos meus antepassados.

Fizeste de nós retornados

Deste mar que nos vê como meros humanos

Prontos a serem desterrados.

Assim, és meu companheiro

Em todas as minhas voltas à terra,

Dás-me paz, dás-me um rumo,

Dás-me o conforto de voltar ao meu lugar

E de todas as vezes ter uma história para contar.

Telma Costa

10ºC

Amor é um sentimento

que provoca desejo de

beijar de cuidar de abraçar

sem arrependimento

Com o tempo surgem problemas

que causam sofrimento

insegurança e medo

que dão origem a dor

Mas quando o sentimento é verdadeiro

e existe luta de ambas as partes

tudo é ultrapassado

e o sentimento permanece e intensifica

Cláudia Cunha, Jéssica Carvalho, José Pereira

10ºTR

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P Á G I N A | 95 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Mundo irreal

Tenho-me perdido num mundo irreal

Onde as vozes me comandam

Sensações que me dominam

Onde não existe nada leal.

Esta obsessão para fazer a dor desaparecer

Está a tornar este mundo cada vez mais forte

Onde a escuridão predomina

Onde a luz está desaparecida

Chamam-me de louca

Mas já diziam que de loucos

Todos nós temos um pouco.

O sangue que me corre nas veias

Vai-me escorrendo pelas mangas

Noites inteiras

Este mundo de obscuridade

Vai levar-me a eternidade.

Onde vós vem cores

As lindas cores da natureza

Eu já vi; agora vejo vales de solidão

Em pesadelos sem emoção

Quatro paredes todas brancas

Vão se fechando, tornando-se negras

E eu estou perdida e presa neste mundo.

Onde nele eu vou ter um fim.

Mariana Martins

10ºA

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R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 96

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

"Se queres compreender a palavra

'felicidade', indispensável se torna

entendê-la como recompensa e não como

fim."

Antoine de Saint-Exupéry

N.: 29 de junho de 1900, Lyon

F.: 31 de julho de 1944, Mar Mediterrâneo

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Portugal, ficar ou partir?

No decorrer do século XXI, a emigração portuguesa tem vindo

sucessivamente a aumentar, particularmente a de “jovens cérebros” que

estão a ser obrigados a largar a sua origem devido à crise económica e

social que assola o país. É de salientar que este fenómeno se verifica

essencialmente na exportação de mão-de-obra qualificada, a qual

significa um custo extremamente elevado para o país.

A relação existente entre a “fuga de cérebros” e a crise não é

totalmente verdadeira. Embora exista uma correlação significativa entre a

saída permanente de jovens qualificados, os ditos “jovens cérebros”, e a

crise económica instalada, a emigração em Portugal seria sempre um

fenómeno existente. Isto porque as estatísticas demonstram que parte dos

cidadãos que saem do país procura novas oportunidades de trabalho, com

condições, ou seja, sem precariedade, para que construam uma carreira

centrada no seu talento.

Por conseguinte, a correlação existente entre a crise e a saída

constante de jovens, vem também agravando este fenómeno, pois vastas

quantidades de “jovens cérebros” são inevitavelmente obrigados a emigrar.

Este agravamento deve-se à tendência de aumento da emigração da

população com idade inferior aos 29 anos, enquanto o ritmo de emigração

da população mais velha tende a manter-se constante. Assim sendo,

verifica-se que os emigrantes portugueses de hoje são essencialmente

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

jovens qualificados que perante a situação do país necessitam de procurar

no exterior o emprego, a carreira e oportunidades que o próprio país não

lhes concede. É também de salientar que, segundo dados do INE, a taxa

de crescimento da população emigrante permanente é superior à da

emigração temporária. Deste modo, isto em nada ajuda a melhoria das

condições portuguesas.

Em suma, partir ou ficar, é um dilema que atravessa novos e velhos.

Uns acreditam que há condições para ficar, outros pensam que a única

alternativa é partir. Será que Portugal está bloqueado, ou ainda poderá ser

uma oportunidade para os jovens qualificados? Eis a questão que

atormentará a nossa geração.

Márcia Figueiredo

12°D

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Crónica sobre a Emigração Portuguesa no século XXI

Ao tratar deste assunto relativo à emigração, não quero aqui induzir

o leitor em erro, por isso vou imediatamente estabelecer as linhas

orientadoras deste exercício escrito. Não vou enaltecer a enorme cotação

dos portugueses emigrados no estrangeiro, que fruto da sua competência

e perseverança granjearam uma reputação altíssima devido à qualidade da

sua mão-de-obra. Por outro lado, sublinho aqui a minha tristeza por este

não ser mais um texto da vitória da comunidade global, uma que favorece

a livre circulação de pessoas num mundo que também queremos livre.

Deixemo-nos de tretas. Trata-se, pura e simplesmente, de desertificação.

Quando fazia a pesquisa para este trabalho deparei-me com este

título absolutamente esclarecedor: “Número de emigrantes em 2012 foi

superior ao total de nascimentos.” Nesta crónica escrita por Raquel

Albuquerque, jornalista do jornal O Público e com aspeto merecedor de um

convite para jantar, o número é tão redondo que assusta: “Num só ano,

mais de 120 mil portugueses deixaram o país”. Segundo dados das

estatísticas do INE, o número mais elevado conhecido até então era de

120.239 pessoas, no ano em que o Eusébio fazia furor no campeonato do

mundo - 1966.

De facto, a população residente em Portugal registava valores

constantes até ao ano de 2010, cifrando-se na ordem dos 10,5 milhões.

Estima-se que em breve estaremos na marca dos 10 milhões, com

tendência para agravar.

Os destinos como a França, os Estados Unidos da América e a

Suíça surgem como países privilegiados dos emigrantes portugueses, e

para ser mais preciso, a França contava com 580 240 residentes

portugueses, os Estados Unidos detinham 166 583 e a Suíça 164 691.

Com números superiores a cem mil emigrantes estão ainda o

Canadá, a Espanha, e o Brasil.

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Não sei se é de estranhar ou não, mas fiquei a saber que foi criado

para este efeito o “Observatório da Emigração” em 2008, para nos poder

fornecer estes dados. Até à conclusão desta crónica, não pude confirmar

se foi financiada pelo estado ou não.

Ok, confesso que a última frase do parágrafo anterior foi

completamente propositada, pois é a deixa ideal para bater agora

desalmadamente neste governo. Bater com força, como se a nossa vida

dependesse disso, porque, de facto, depende. Quando o nosso primeiro-

-ministro, em dezembro de 2011 apelou è emigração dos portugueses, foi

um sinal claro do nosso líder: “Malta, fujam! Bazem rápido! Não sei o que

estou a fazer e disseram-me que isto está muito pior do que a licenciatura

do Relvas e do Sócrates juntas!”; este discurso não foi utilizado desta

forma tão direta porque alguém do gabinete lhe disse que a Edite Estrela

viria logo com pedras e canas dizer que não é forma de se falar português

na televisão e a fazer alterações linguísticas de belo efeito. Bem, mas com

ou sem eloquência, vamos analisar as consequências mais óbvias. O

nosso líder político (engraçado a quantidade de nomes com que o

podemos tratar sem o ofender!) fez uma clara alusão aos recém-

-licenciados e a todos os pertencentes a quadros de “qualificação

específica” como enfermeiros, engenheiros e professores. Bem, quem

está na idade de trabalhar vai-se embora, ficamos sem juventude porque

os jovens estão no estrangeiro a brincar às mamãs e aos papás, a mão-

-de-obra qualificada, convenhamos, passará a ser desnecessária porque

um país só precisa desse luxo quando tem habitantes. Daqui a nada

estamos a ser assistidos pelo picheleiro que esteve ontem em minha casa

quando formos fazer análises ao sangue, isto se o homem não receber

uma proposta financeiramente mais vantajosa de uma empresa manhosa

sediada num qualquer recanto em França. A verdade, sem ironias, é que

estamos há demasiado tempo com governantes incompetentes. Daqui a

quinze anos, se cá estiver, voltarei a escrever uma crónica para os

possíveis 43 habitantes do país a dizer-vos o que é que evoluiu.

Tiago Alcaides Domingues

12ºD

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Valorização da raça garrana

Os Garranos (Equus caballus) são uma das raças de cavalos

autóctones portugueses, assim como a raça sorraia e lusitana. Estes

animais existem há mais de 20 mil anos e são oriundos do norte do país.

Atualmente encontram-se nas Serras de Arga, da Peneda e Gerês e da

Cabreira em estado semisselvagem.

Existem registos bibliográficos que comprovam que pela sua

resistência e robustez, foram montados pelo rei D. Afonso Henriques,

participando na conquista do território nacional. Em termos evolutivos, os

equinos terão surgido há cerca de 65 milhões de anos, a partir do

ancestral Eohippus, Marsh, 1876.

Morfologicamente trata-se de um animal de cor castanha com

crinas e rabadas pretas, de cabeça com perfil reto a côncavo, não

ultrapassando 1,35 m, sendo classificado como um pónei. É um animal

rústico, de montanha, extremamente bem adaptado a este tipo de

ecossistema. São inteligentes, dóceis e de fácil treino. O cavalo

dominante é a fêmea líder, o macho apenas vigia, guarda e protege a sua

éguada.

Estes animais encontram-se em vias de extinção devido à redução

do seu habitat natural, ao ataque frequente dos lobos, e à perda de

utilidade enquanto animal de trabalho para o homem.

A ACERG1 procede ao registo zootécnico da raça, atendendo a três

características básicas essenciais, nomeadamente a cor, o perfil da

cabeça e a estatura. Todos os animais inscritos no Livro de Nascimentos

são marcados a fogo com a letra correspondente àquele ano

(nomenclatura internacional) e um número sequencial anual. É também

feita colheita de sangue para determinação de genótipo, tendo sido criado

um banco de DNA de todos os animais inscritos.

1 Associação de Criadores de Equinos da Raça Garrana

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Os garranos revelam um elevado potencial, onde se destacam a

equitação, a atrelagem e a manutenção dos ecossistemas de montanha.

Em Barcelos, na área geográfica da Escola Secundária/3 de

Barcelinhos, existe a Quinta do Sancho que acolhe um núcleo de

reprodutores Garranos, e que constitui uma das melhores reservas

genéticas para o melhoramento da respetiva raça.

Como futuras técnicas de turismo, consideramos que a atividade

turística pode ser uma das formas de preservar a raça, uma vez que o

concelho apresenta características rurais muito vincadas e os garranos

podem ser um ponto de atração para os turistas. O garrano pode assim

ser uma mais-valia para o turismo equestre e rural.

Valorizar os garranos é acima de tudo preservar um recurso

biológico.

Ana Catarina Loureiro,

Ana Luísa Loureiro

11.º G

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P Á G I N A | 103 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Percursos Pedestres pelo Património Natural de Barcelinhos

O concelho de Barcelos apresenta um vasto património cultural e

histórico, que desde sempre tem sido muito valorizado; no entanto, nem

sempre se verifica o mesmo quando nos referimos ao património

ambiental e natural.

O Turismo da Natureza é uma das modalidades do sector turístico

que mais tem aumentado nos últimos anos e a Escola Secundaria / 3 de

Barcelinhos, enquanto instituição que forma técnicos de Turismo

Ambiental e Rural, considera fundamental sensibilizar os alunos para a

importância de preservar os recursos naturais, nomeadamente os

ecossistemas, as paisagens naturais, a fauna e a flora.

O Rio Cávado e as suas margens são indiscutivelmente recursos

naturais que apresentam um elevado potencial turístico no concelho, pois

criam cenários que proporcionam a realização de diversas atividades de

lazer e de desporto para as populações locais e visitantes.

O Projeto educativo da Escola Secundária / 3 Barcelinhos tem como

missão promover uma sólida formação dos jovens, valorizando os

conhecimentos científicos e a educação para a cidadania, assentes nas

vertentes científica, ambiental, cultural e desportiva, de forma a preparar

melhor os jovens para a vida ativa. É neste contexto que surge a

possibilidade dos alunos do Curso de Turismo Ambiental e Rural aplicarem

os conhecimentos adquiridos no âmbito da disciplina de Ambiente e

Desenvolvimento Rural. Nesta disciplina aprendemos a identificar as

espécies faunísticas e florísticas da região, para que, no futuro, possamos

efetuar percursos pedestres com os turistas e assim apelar para a

importância de preservar os recursos biológicos existentes.

No presente ano letivo estamos a elaborar um guia de campo com a

identificação da fauna e da flora que poderão ser observados ao longo

dos percursos pedonais em torno de três ecossistemas, nomeadamente o

Carvalhal - Souto dos Burros, a galeria ripícola nas margens do Cávado,

em Barcelinhos e a Quinta do Sancho, com a valorização de cavalos da

raça garrana que se encontram em vias de extinção.

Mónica Fernandes, Orlando Figueiredo,

Carlos Fernandes, 10.º TR

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R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 104

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Investimento sem retorno

A emigração portuguesa tem aumentado de ano para ano no

decorrer do século XXI. Trata-se essencialmente de fluxos migratórios

caracterizados pela fuga de mão-de-obra jovem e qualificada, que

“partem com frustração de sentir que o país não lhes dá nenhuma

oportunidade”, afirma José Soeiro.

Levanta-se então uma questão controversa, dado que o estado

português aposta enormes quantias monetárias na educação, oferecendo

ferramentas de trabalho à sua população; porém, na altura dos recém-

-licenciados entrarem no mercado de trabalho, não existem condições

para tal, uma vez que se encontram num cenário trágico com uma elevada

taxa de desemprego que cresce descontroladamente; sendo assim, são

obrigados a abandonar o país. Ora é certo que há um esforço significativo

na formação, mas também há um certo desleixo na criação de postos de

trabalho para as pessoas que usufruem deste privilégio de prosseguir

estudos. Assim, subentende-se que Portugal faz um investimento sem

grande retorno nacional, dado que esse investimento é aproveitado

sobretudo pelo resto do mundo.

Outra agravante da emigração portuguesa dá-se com o número

extremamente elevado de licenciados. Será que existe lugar para todos

neste país tão pequeno? O povo responde já há alguns anos a esta

pergunta com a expressão “nem todos podem ser doutores”, e no fundo

tem razão, pois será sempre necessário que grande parte das pessoas se

dedique a trabalhos que não exijam tanta qualificação. Perante isto,

muitos jovens emigram devido à impossibilidade de constituírem carreira

no país onde cresceram.

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Outro problema da nossa sociedade prende-se com o ensino, pois

aqueles que ensinam, muitas vezes, não o fazem tão bem como deviam

fazer. O ensinar bem pode então pôr o posto de trabalho em causa, o que

permite afirmar que existe muito individualismo que elimina oportunidades

aos mais jovens.

A medida do alargamento da idade da reforma também é um fator

que deverá acentuar a saída de vários portugueses para o exterior. Esta

medida tem como objetivo diminuir o número de pensões e reformas para

pagar e ao mesmo tempo aumentar a quantidade de impostos para o

estado receber; contudo tem um efeito profundamente negativo, uma vez

que a mão-de-obra mais velha trabalha mais anos criando assim barreiras

ao primeiro emprego de jovens que acabam por o procurar fora do país.

Em suma, a emigração é um tema complexo que se deve sobretudo

à crise, mas não só, também se deve ao individualismo no mundo do

trabalho, por exemplo. O certo é que quem sai do país são aqueles em

quem o estado fez um grande investimento e quem padece da crise é

quem cá fica.

Diogo Meneses

12.ºD

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Desperdício alimentar

Atualmente, devido à crise económica presente no nosso país, seria

de esperar que houvesse menos desperdício de alimentos por parte da

população, mas isto não se verifica.

Segundo a Europe Direct, no ano passado, em Portugal, cerca de

um milhão de toneladas de alimentos produzidos, ou seja, 17% do total,

foi para o lixo. Mas o que vem a ser isto?

No meu ponto de vista, a sociedade deveria refletir um pouco sobre

o que desperdiça, sobretudo, por dois pontos: porque o desperdício

exagerado leva ao aumento da poluição atmosférica do nosso planeta, e

ainda porque há alimentos em perfeitas condições de serem consumidos

por pessoas que necessitam e que vão para o lixo.

Em relação ao primeiro ponto que foi acima apresentado, como

sabemos, a percentagem de poluição atual já é elevada e, como

consequência, a nossa “segunda casa” está a destruir-se aos poucos e

poucos, destruição esta que é causada pelas atitudes do Homem. A

população, antes de cometer qualquer ato que seja, deveria refletir e

interiorizar se o que está a fazer é bom ou mau para o planeta, daí que

não deveria haver tanto desperdício de alimentos produzidos.

Sobre o segundo ponto, há que ter consciência, enquanto seres

humanos, que há pessoas, nomeadamente crianças em África, que estão

em constante busca por um único alimento que seja, e não encontram. É

triste!

Posto isto, o mínimo que se pode fazer é pensar nas consequências

que os nossos atos terão. O que desperdiçamos seria útil para outras

pessoas.

Vânia Araújo

11º B

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P Á G I N A | 107 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Atualmente, e refiro-me aos últimos anos, tem predominado na

sociedade uma mentalidade de não reutilização, de "estragou, deita fora"

e de exagerada utilização dos recursos naturais.

Começo por referir o uso do papel. Muitas vezes o papel é

desperdiçado na medida que se usa, por exemplo, uma folha para um

texto de três a quatro linhas e o resto da folha fica em branco. Assim, na

próxima vez que precisarmos de escrever, em vez de utilizarmos outra

folha, podemos e devemos utilizar aquele espaço que ficou em branco da

folha anterior. Como é do conhecimento geral, o papel provém das

árvores e estas mesmas produzem oxigénio, essencial à nossa existência.

Ao desperdiçar papel, estamos a contribuir para a escassez da fonte de

onde provém a base para a existência dos seres vivos.

Porém, não é só no papel que desperdiçamos, é também no nosso

dia-a-dia. Todos os dias podemos contribuir para a diminuição do

desperdício, seja a nível da alimentação, seja, até, a nível de vestuário. Ao

almoço ou ao jantar, se houver comida em demasia e se por sua vez

sobrar, é legítimo que se guarde essa mesma comida para a podermos

utilizar novamente no dia seguinte. Como podemos evitar o desperdício na

alimentação, também o podemos fazer a nível do vestuário. Se tivermos

roupas ou calçado que já não usemos é de todo o bom senso doarmos

essa mesma roupa ou calçado a alguém com menos possibilidades e

mais carência destes bens.

Concluindo, é necessário evitar o desperdício seja do que for, visto

que acabamos sempre por nos prejudicar a nós próprios.

Cláudia Batista

11º E

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Atualmente, o nosso país atravessa, talvez, uma das mais difíceis

situações demográficas, económicas e sociais pelas quais já teve que

passar e, por isso, este é o tema do dia, se não de todos os dias, e o

tema de sempre para a abertura do jornal televisivo. Aliás, constatamos

isto mesmo quando nos sentamos à mesa, ansiosos por uma bela

refeição. Ouvimos falar da crise, das manifestações, dos crimes e, por

vezes, até do desperdício.

Quando o tema é o desperdício, aquilo que os jornalistas fazem é

dar-nos números, números e mais números, percentagens atrás de

percentagens – “50% isto e 25% aquilo…”. e nós, ali, sentados à mesa a

engolir os números que nos paralisam o cérebro e nos enchem o

estômago. Sentimo-nos enfartados. E daí se segue que ficamos sem

apetite e, não tendo um cãozinho ao fundo do quintal para comer os

nossos restos, retirámo-los para o caixote do lixo de nossa casa, que

segue para o contentor da rua, este que, se assume, infelizmente, como a

mercearia de serviço de muita gente.

E a questão que eu quero levantar com tudo isto é a seguinte: não

será esta crise, além duma crise económica, social e demográfica, uma

crise moral, uma crise de valores? Como é possível num país, dito

civilizado, existirem pessoas que falam de crise para aqui, de crise para

acolá e que, em casa, deitam ao lixo aquilo para o qual já não têm apetite

para comer, sem pensar naqueles que têm verdadeiramente fome?

Em suma, verificamos que existe, em Portugal, muita gente

inconsciente - que se julga, no entanto, conhecedora da realidade do país

- e que, por isso, nem se dá ao trabalho de olhar para o fundo do caixote

do lixo lá da cozinha, continuando a desperdiçar em quantidades

excessivamente grandes.

Luís Azevedo

11º E

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

A emancipação da mulher

A emancipação da mulher permitiu-lhe ganhar direitos que só

pertenciam aos homens. Assim, permitiu que se interessassem pelo

mundo da política, por exemplo, e permitiu que o preconceito da mulher

dona de casa fosse minimizado.

Hoje em dia, a mulher integra todas as áreas de trabalho, fazendo

todas as tarefas, tão bem ou melhor que um homem. Se visitarmos

algumas empresas, percebemos que há sempre mulheres por detrás do

sucesso destas, visto darem um “novo olhar” ou resolverem problemas

que muitas das vezes os homens não resolvem. O papel da mulher na

sociedade é cada vez maior e tende a crescer, sendo já imprescindível.

Temos o exemplo de vários países que possuem uma mulher a governar e

não pretendem mudar.

No entanto, ainda há mulheres que precisam de ter dois ou três

empregos para conseguirem sustentar a sua família, enquanto o esposo

só desempenha um cargo porque o trabalho é para as mulheres. Com

isto, as mães ficam com pouco tempo para os filhos, tendo esta relação,

à medida que os anos passam, vindo a perder ênfase. Isto deve-se,

também, ao facto da mulher ter vindo a ocupar cargos cada vez mais

altos na sociedade e trabalhar mais. Assim, quando chegam a casa ou

ainda têm trabalho para realizar, estão demasiado cansadas para estar

com os filhos.

Para terminar, o papel da mulher é cada vez maior, mas ainda há

muito preconceito em relação ao trabalho desta. A mulher é

sobrecarregada de trabalho e a sociedade esquece-se que ela tem uma

família em casa à sua espera e da qual é o pilar.

Ângela Ferreira

11º B

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

O papel ativo, interventivo e importante das mulheres na sociedade é

relativamente recente. Isto deve-se a vários fatores, como o aparecimento

da democracia, o desenvolvimento das sociedades a nível tecnológico, ao

desenvolvimento e evolução das mentalidades das pessoas, entre outros.

Casa vez mais se chega à conclusão de que é fulcral o papel dos

homens, mas também o das mulheres para uma maior evolução das

sociedades.

Na verdade, mesmo a mulher estando a conquistar, a pouco e

pouco, o seu espaço ao qual tem direito, é um facto que acontece

maioritariamente nos países desenvolvidos, ao contrário daquilo que

acontece ao nível dos países mais pobres. Este contraste deve ser

combatido, pois todas as pessoas têm os mesmos direitos.

No passado, a mulher servia para ter filhos e para tratar dos

assuntos domésticos, deixando o homem dominar e comandar o mundo;

contudo, através do despertar de mentalidades e sobretudo devido ao

espírito crítico que elas desenvolveram com o passar do tempo, esta

situação alterou-se generalizadamente.

Em consequência disto, são variados os exemplos desta conquista

da mulher: por exemplo, ao nível das profissões, as mulheres

conquistaram o seu espaço e neste momento, estão ativas nas mais

diversas profissões, desde uma mulher soldado até uma deputada na

Assembleia da República.

Para concluir, as mulheres são e serão cada vez mais parte ativa no

quotidiano. São seres humanos tão inteligentes como os homens, por isso

não é por serem quem tem filhos ou terem menos força física que devem

ser marginalizadas. Esse pensamento machista é dos séculos passados e

para um verdadeiro desenvolvimento é necessária a força e a coragem das

mulheres.

Roberto Ferreira

11º B

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Achei que era difícil demais pedir-te uma estrela mas tu deste-me

os teus olhos. Achei que era impossível dares-me o mar mas, nessa noite,

deste-me a tua língua.

Pedi-te a coisa mais valiosa do mundo e tu deste-me o teu

coração.

Pedi-te ainda que me desses a coisa mais perfeita do universo e tu

nada me ofereceste. Entristeci, pois a cada prenda que me davas fazia o

meu mundo girar e, desta vez, tivera desmoronado. Porém, perto da

derrota ouvia a voz que o meu coração sempre procurara desde que tu

havias chegado a este mundo. Essa voz exprimia tanto como palavras

esvoaçando pelo vasto ar de sons, mas apenas um, um de tantos

milhares de sons era reconhecível e escutado por meus ouvidos, o que

saía de ti... Dizias:

- Não é possível oferecer-te algo quando tu própria o és...

A minha face transformou-se num beco sem saída nem entrada,

algo fechado...

A voz voltou a soar:

- Pediste-me algo perfeito. Nada te dei, pois a única perfeição

existente neste mundo e no outro és e serás somente tu. Visto que não te

posso arrancar e oferecer-te a ti mesma, nada te poderei dar. Sendo que

este desejo não fora concretizado...

Quando se preparava para desaparecer com a lágrima a fugir-lhe

pelo olho, eu, bem a minha consciência, levou-me até àquele ser

humano, idêntico a mim mas tão diferente. Parei diante dele. Esse ato

obrigou-me a erguer levemente a cabeça e olhá-lo como nunca havia

olhado antes.

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Olhos nos olhos. Era fascinante o castanho dos seus olhos, o fio

branco que rodeava o olho e a pinta preta muito preta que exercia um

centro naquela espiral. Espiral, sim, pois cada vez que o olhava, os seus

olhos rodavam, rodavam, rodavam tanto... Mas nada disso me fazia ficar

tonta ou confusa, não. Era uma sensação diferente. Éramos dois mas

naquele momento agíamos como um só. Ele passou os seus braços pela

minha barriga unindo-as por trás, aproximando o meu corpo do seu. Era

possível ele sentir as atarantadas borboletas que se mexiam loucamente

pelo meu estômago... Eu tentava pará-las, mas elas sempre foram

teimosas.

Podia reparar no brilho dos seus dentes quando sorria. Constrangida

eu ficava, pois não sabia se aquele sorriso expressado por ele era apenas

um encanto ou um gozo torturante das minhas palhaçadas.

Ignorava todos os pensamentos maus a seu lado e com ele, perto

dele, o paraíso existia, eu via-o, eu vivia-o!!!

A minha avó falava de amor, paixão, ação, limpezas, etc, etc. Mas,

o que sempre me fascinava eram as suas histórias de amor que ontem

pude comprovar de que se tratavam de realmente perfeiçoes num mundo

imperfeito.

Só o facto de sentir o arfar dele perto de mim ou até mesmo o

saber que estou na sua memória torna o amor, o sentimento mais

ignorante pois cai, cai e volta a cair, mas também o mais perfeito pois

ninguém se sente tão bem como um apaixonado...

Por isso o luar é, e sempre será, a melhor paisagem para designar

aquilo tratado como amor...

Daniela Costa

8º B

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Adeus Portugal que eu já vou!

Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral, Diogo Cão, Bartolomeu Dias

foram os pioneiros a partir para descobertas, num período áureo (Século

XV), cheio de glória. Mas, nessa altura, o mundo de Portugal era muito

diferente do de agora. Mas ambas as migrações dos navegadores

portugueses e dos “migrantes” portugueses atuais têm o mesmo

propósito: a busca por algo melhor, o instinto de curiosidade, a conquista

de mais dinheiro/riqueza (...)

Comecemos por analisar o caso de Luísa Vidal que é médica de

clínica geral, acabou o doutoramento no ano passado com média de 17,4

valores. Os pais sempre a aconselharam a fazer um curso com saída

profissional. Mas Luísa hoje está emigrada em Inglaterra e, afinal, o que

serviu esforçar-se tanto para hoje estar longe da família, do país onde

sempre viveu? O ordenado inicial de um médico português ronda os 1300

euros; na Inglaterra, o ordenado anda por volta dos 5000 euros por mês.

Deste modo, a maioria dos emigrantes como Luísa Vidal emigra porque

não pode sonhar em Portugal. O sonho é que conduz a vida. Estamos

perante uma “fuga de cérebros” afirma o Jornal Público que realizou um

inquérito aos emigrantes sendo que destes 87,7% tinham um grau

superior, entre esses, 39,1% um mestrado, e 9,4% um doutoramento.

Apesar disso, a emigração não passa só por qualificados. Há, de

facto, trabalhadores que já trabalharam uma grande parte da sua vida em

Portugal, mas, face à falência de empresas, eles têm necessidade de

emigrar. Desde empregados de construção civil, talhantes, empregadas

domésticas, cozinheiras, pedreiros, costureiras… pessoas que têm poucas

qualificações mas que se veem obrigadas a emigrar devido à falta de

emprego. Uma das diferenças entre este grupo e o primeiro é que o

primeiro não tem experiência e este tem, mas parece que nos dias de hoje

isto não é uma vantagem.

Não obstante seria de dizer que mesmo a classe média (patrões,

gerentes…), como me explicou Joana Sá, passam por enormes

dificuldades. Joana tinha uma fábrica têxtil no distrito de Viana do Castelo.

“Começou por arrancar bem o negócio.” - afirma. “Mas, passados alguns

anos, as empresas foram fechando e as dívidas foram surgindo, e não

havia dinheiro para pagar aos fornecedores e às empregadas. Bati bem lá

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no fundo, sofri muito porque sabia que havia pessoas que estavam a

depender deste trabalho. Não tinha forças para encarar a situação, quase

desisti. A fábrica foi hipotecada e as máquinas leiloadas. Fui “obrigada” a

emigrar para a Alemanha. De patroa passei a empregada de limpeza num

hotel. Devido ao custo das viagens, só podia vir para Portugal de três em

três meses durante uma semana. Deixei a família toda para trás… Tinha

tantas saudades, parecia que estava perdendo tudo.”- esclareceu Joana.

Uma das características do trabalho em Portugal é a não

valorização do conhecimento. Isto significa que há pessoas que estudaram

e como não querem emigrar são obrigadas, por exemplo, a fazer

limpezas, trabalhar em cafés, fábricas têxteis… Há contudo pessoas que

não têm habilitações e estão a ocupar lugares dos habilitados. “Um

contrato muda tudo, traz-nos um sorriso e uma esperança” -esclareceu

Júlia Oliveira, engenheira química e ex-empregada de uma fábrica de

produtos químicos. “Disseram que não precisavam mais de mim e eu fui

embora.” Isto é também o reflexo da vontade dos cargos mais elevados

em ensinar os mais novos (com medo de perder os cargos).

Gabriel Dias é técnico de ortodôntica e aparelhos dentários, possui

um gabinete em casa onde faz alguns atendimentos e resolve alguns

casos de primeira necessidade. Ele afirmou-nos que os seus clientes

ficam admirados com os preços baixos que faz. “Quando o cliente vem

diretamente a minha casa, eu faço o meu preço. No entanto, a maioria

dos trabalhos técnicos que eu faço, eu apresento o meu preço ao dentista

e o dentista soma a sabedoria e o seu estudo ao preço final. É a mesma

coisa que construir uma casa, mas não saber fazer os alicerces. O

dentista sabe exatamente qual o dente exato em que é necessário intervir,

logo isso tem um preço muito mais caro.”

Finalmente, enquanto “jovem”, sinto-me triste porque vivo na

incerteza e não sei se realmente terei trabalho no fim dos meus estudos ou

se, por outro lado, serei obrigado a emigrar. Muitos dos meus colegas já

falam em emigrar, deixar tudo e partir. Mas eu sou muito apegado aos

afetos e quero que o meu trabalho seja valorizado em Portugal. Gostaria

que a felicidade voltasse ao rosto dos portugueses, garantindo-lhes

esperança. Lamento que os nossos políticos nos mandem emigrar! Em

vez de atrair pessoas com medidas de valorização interna/externa,

passamos uma imagem denegrida de um país que recebe esmola do

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estrangeiro. Caros leitores, enquanto Portugal não aprender a “pescar

sozinho”, estaremos numa situação difícil.

Pode ser que um dia tudo mude… que os emigrantes voltem…

Porém isto não passa só pelos emigrantes também, passa pelo Estado

Português!

Flávio Oliveira

12º

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"Renda-se como eu me rendi. Mergulhe no

que você não conhece como eu mergulhei.

Não se preocupe em entender, viver

ultrapassa qualquer entendimento"

Clarice Lispector

N.: 10 de dezembro de 1920, Chechelnyk

F.: 9 de dezembro de 1977, Rio de Janeiro

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Anedotas

A professora diz ao aluno:

- Mas... O que é que tu estás a comer?

- Os trabalhos de casa, senhora professora.

- Mas porquê?

- A professora é que disse que eles eram canja...

Depois de notas tão negativas em História, o inspetor vai falar com um

dos alunos, na presença da professora.

Diz o inspetor:

- Quem incendiou Roma?

O miúdo não responde e o inspetor torna a perguntar:

- Então? Quem incendiou Roma?

O miúdo continua a não responder e o inspetor torna a perguntar:

- Quem é que incendiou Roma?

O rapaz, muito aflito, diz:

- Eu não fui...

O inspetor manda-o sair e diz à professora:

- Você já viu isto? A dizer que não foi ele?

- Sim, mas ele não costuma mentir. Se ele diz que não foi ele, é porque

não foi mesmo.

O inspetor fica atónito com esta resposta e vai falar com o diretor da

escola.

Mal conta o sucedido ao diretor, este diz-lhe:

- Bem, mas deixe lá... O rapaz é de boas famílias, e se tiver que pagar os

estragos ele paga...

A professora pergunta ao miúdo:

- A tua composição do tema "O meu cão" é igualzinha à do teu irmão!

Copiaste por ele?

- Não, professora! O cão é que é o mesmo!

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

O miúdo chega a casa muito contente e diz ao pai:

- Pai! Eu sou mais esperto do que a professora!

- Mais esperto do que a professora? Como assim?

- Ora, eu passei para a escola secundária e a professora ficou na escola

primária!

A professora diz ao miúdo:

- Ora, dá-me tu um exemplo de injustiça.

- Bem... Sócrates disse "Só sei que nada sei" e ficou para sempre nos

livros de história... Eu escrevi o mesmo no teste e tirei negativa...

A professora explica aos alunos que só saberão francês no dia em que

sonharem em francês.

No dia seguinte, o pior aluno da turma chega eufórico à sala e diz à

professora:

- Professora, professora! Esta noite sonhei em francês!

- Ah, que bom! E sobre que era o sonho?

- Eu sei lá! Não percebi nada!

Palavras cruzadas

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Horizontal

1- Género literário que consiste

numa narrativa breve, de extensão

entre o conto e o romance, sobre

um acontecimento em torno do

qual gira o enredo.

2- Doença caracterizada por

crises repetidas de falta de ar

(dispneia), com respiração

ruidosa, tosse seca e sensação

de opressão no peito.

3- Iguaria congelada e cremosa,

à base de leite ou de suco de

frutas.

4- Grande serpente da família dos

boídeos (Boa Constrictor), não

venenosa e constritora, que pode

chegar a mais de 4 metros de

comprimento e é encontrada nas

Américas do Sul e Central.

5- Que serve para tratar a prisão

de ventre, a constipação

intestinal.

6- Medida de massa do sistema

inglês de pesos e medidas.

7- Conjunto de 500 folhas de

papel do mesmo formato.

8- Sistema social no qual não

existe propriedade privada

individual, as terras e os meios de

produção pertencem à

coletividade, e os bens são

partilhados de acordo com as

necessidades de cada um.

Vertical

1- Aparelho eletrónico que

funciona a partir de princípios

matemáticos e pode ser

programado para desempenhar

tarefas variadas, como

armazenar, buscar, processar,

classificar, organizar, formatar e

apresentar dados, inclusive

impressos.

2- Abstinência total ou parcial de

alimentação, por penitência ou

prescrição religiosa ou médica.

3- Conjunto de pelos que

crescem, geralmente de modo

contínuo, na parte mais alta e na

parte posterior da cabeça

humana.

4- Inflamação das mucosas dos

seios paranasais, provocada por

infeção viral ou bacteriana.

5- Peça de pano ou náilon que,

enfunada, impulsiona uma

embarcação.

6- Que existe verdadeiramente.

Nome da moeda brasileira.

7- Relação de jogos de um

campeonato ou torneio com as

datas da sua realização.

8- Moldura com arames paralelos

dispostos em seu interior, nos

quais deslizam bolinhas coloridas,

usado para fazer ou ensinar

operações aritméticas.

9- Alimento feito à base de

coalhada láctea comprimida em

formas apropriadas.

10- No jogo do xadrez, lance em

que o rei é ameaçado.

11- Que tem algum uso; que

serve para algo.

12- Pequeno mamífero carnívoro,

doméstico, da família dos

felídeos (Felis Catus), criado

como animal de estimação.

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As 10 Profissões do Futuro e o que Estudar

1. Desorganizador Corporativo

Muitas grandes empresas

estão a ser ultrapassadas por

pequenas empresas recém-

abertas (start-ups) e cheias de

novas ideias, sem estruturas

hierárquicas, o que lhes permite

adaptar e mudar rapidamente.

Para superar esse obstáculo

podemos encontrar cada vez mais

a figura do desorganizador

corporativo, ou seja, um

especialista para implementar um

“caos organizado” nas grandes

corporações para incentivar a

cultura de mudança dentro delas.

O que estudar:

Estudos relacionados à

Administração de Empresas. Fica

atento a todas as novidades e

tendências no mundo dos

negócios. A experiência em

empreendedorismo e o trabalho

em start-ups são essenciais.

2. Especulador de Moedas Virtuais

Algumas moedas virtuais

estão a ganhar credibilidade entre

aqueles que desconfiam que

moedas virtuais são parte da

causa de inúmeras crises

económicas. Isso está a criar

uma grande oportunidade para

novos investimentos. Um exemplo

disto é Bitcoin moeda virtual.

O que estudar:

Conhecimento e experiência

de mercados financeiros, bem

como as novas tecnologias,

moedas e métodos de

pagamento online.

3. Químico de Alimentos

Um químico de alimentos é

um profissional encarregado de

desenvolver e melhorar o sabor e

a textura dos alimentos. Esta

profissão pode sofrer um

inesperado crescimento graças às

novas impressoras 3D usadas

para imprimir alimentos.

O que estudar:

Conhecimento e experiência

em química e cozinha são

essenciais para se manter a par

das últimas tendências

tecnológicas e de culinária.

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

4. Engenheiro de Migração Animal

A evolução do homem tem

a sua contrapartida, em muitos

casos, a destruição de habitats

naturais. Mover os animais dos

seus habitats para novos espaços

pode salvá-los e este é o trabalho

de um engenheiro de Migração

Animal. Ou seja, descobrir quais

as espécies que migram e para

onde, fazer uma “migração

assistida”, um esforço que requer

um estudo mais profundo do que

fez Noé com a sua arca.

O que estudar:

Engenharia do

Conhecimento e da Biologia. Fica

atento a todas as tendências e

desenvolvimentos no sector.

5. Terapeuta de Desintoxicação Tecnológica

As tecnologias são

viciantes. Quando saímos para

tomar uns copos com amigos,

muitos deles permanecem

agarrados aos seus telemóveis

num mundo virtual. Infelizmente

essa tendência está em ascensão

devido à evolução tecnológica.

Isto pode levar, em casos

extremos, a uma terapia de

desintoxicação tecnológica. Ou

seja, um especialista em libertar

as pessoas viciadas dos seus

dispositivos tecnológicos e

ensiná-los a usar a tecnologia de

maneira controlada.

O que estudar:

O conhecimento da

psicologia e ser especialista em

novas tecnologias. Deve-se

estudar o impacto da tecnologia

em seres humanos.

6. Profissional em Hackschooling

Esta figura é de um

Professor Moderno que incentiva

os seus alunos a explorar e

experimentar as possibilidades do

mundo e tecnologias em vez de

seguir os caminhos tradicionais

da educação. Hoje já existem

algumas iniciativas que vão por

este caminho, mas

previsivelmente no futuro haverá

muitas mais escolas e instituições

que exigem este tipo de

profissional. Uma vez que a

incerteza sobre o futuro é cada

vez maior e a educação

tradicional não atende às

demandas da sociedade do

futuro.

O que estudar:

Conhecimento do ensino e

acima de tudo, saber todas as

tendências e tecnologias

educacionais.

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

7. Conselheiro de Produtividade

Com a quantidade de

ferramentas e tecnologias

disponíveis e a ênfase na

melhoria do desempenho e da

produtividade, executivos

provavelmente precisarão de

conselheiros de produtividade. A

sua função principal é a gestão

do tempo e monitorização da

produtividade dos vários

processos que são realizados,

além de analisar novos aplicativos

e ferramentas que podem

aumentar a produtividade.

O que estudar:

Especialista em

produtividade e gestão de tempo.

É essencial ter paixão por novas

tecnologias, adaptar-se

facilmente a elas e ficar a par das

tendências do sector.

8. Conselheiro de Privacidade

Um dos desafios da Internet

e do mundo global em que

vivemos é a privacidade do

utilizador. Este tópico está nas

manchetes recentes devido à

vigilância de comunicação virtual

feita pelo Governo dos Estados

Unidos e os esforços do Google

para proteger a privacidade dos

seus utilizadores. No entanto, no

futuro, pode ser necessário este

tipo de profissional para descobrir

e proteger as vulnerabilidades que

um indivíduo, empresa ou marca

possa sofrer na rede.

O que estudar:

Conhecimento de

programação de computadores e

mais uma vez, manter-se a par

de todos os avanços

tecnológicos.

9. Médico de Fetos

Medicina Fetal é um campo

que está a passar por uma fase

inicial e por muitos avanços nos

Estados Unidos. De acordo com

Lori Howeel, diretor executivo do

Hospital Infantil da Filadélfia,

“Nós estamos a tentar curar a

doença antes do bebê nascer,

antes de danos irreversíveis para

o feto.” Previsivelmente, este será

um dos grandes avanços na

medicina. Para os médicos que

se especializem em fetos, essa

será uma das mais promissoras

profissões do futuro.

O que estudar:

Estudar medicina e

especializa-se em fetos. Neste

caso, pouco mais pode ser feito a

não ser que tenhas a habilidade

para te dedicares e muita vontade

de estudar o assunto e te

especializares constantemente.

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P Á G I N A | 123 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

10. Curador Pessoal de Conteúdo

A quantidade de conteúdo

na rede é infinita e aumenta

diariamente. Como podes

escolher o que focar se mal tens

tempo para navegar na net? A

equipa de curadoria de conteúdo

deve recomendar certos

aplicativos, hardwares, softwares

e informações nos interesses e

preferências. A nossa expectativa

é de que não vai demorar muito a

aparecer no mercado do trabalho

pessoas que ajudem outras

pessoas e empresas nesse

sentido.

O que estudar:

Ler, ler, ler e escrever. Fica

atento a blogs, novos aplicativos

e tendências. Ter um blog de

preferência e ser ativo em redes

sociais é uma referência.

Palavras cruzadas -Soluções

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

" O sucesso consiste numa série de

pequenas vitórias diárias"

Zig Ziglar

N.: 6 de novembro de 1926, EUA

F.: 28 de novembro de 2012, EUA

Page 125: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 125 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

800 anos da língua portuguesa

Dia Mundial do Consumidor

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R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 126

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Semana da Ciência

Concurso Pequenos Grandes poetas

Visita ao Champimóvel

Page 127: Revista Schola 2014

P Á G I N A | 127 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Patrono da Biblioteca Escolar

Sermão de Santo António aos Peixes

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R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 128

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Dia dos Direitos Humanos

Encontro com Hugo Teixeira

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P Á G I N A | 129 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Dia Internacional da Língua Materna

Visita de estudo a Paris

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R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 130

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Semana da Internet Segura

Filosofia, Ética e Cinema

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P Á G I N A | 131 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Mês das Bibliotecas Escolares

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R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 132

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Dia Internacional da Filosofia

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P Á G I N A | 133 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Dia Mundial da Poesia

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E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Parlamento dos Jovens

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P Á G I N A | 135 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

Tertúlia Imortalidade das Palavras

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R E V I S T A S C H O L A P Á G I N A | 136

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

"O carteiro" de Pablo Neruda pelo Clube

de Teatro da Escola Secundária/3 de Barcelinhos

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P Á G I N A | 137 R E V I S T A S C H O L A

E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 D E B A R C E L I N H O S

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Escola Secundária / 3 de Barcelinhos 2013/2014