revista johvem 2014

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UM ESTILO DE VIDA Nº 11 - Junho / 2014 E NCONTRO N ACIONAL DE R ESPONSÁVEIS DE J OVENS

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Page 1: Revista Johvem 2014

UM ESTILO DE VIDANº 11 - Junho / 2014

ENCONTRO NACIONAL DE RESPONSÁVEIS

DE JOVENS

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Johvem Junho de 2014 1

Editorial

SECRETARIA JOHVEM

“Os jovens messiânicos são o futuro da Igre-ja, o tesouro de Meishu-Sama e, por isso, têm a missão de salvar toda a humani-dade”. Estas palavras são de um trecho da orientação repassada pelo reverendíssimo

Tetsuo Watanabe que revelam a importância de pre-parar o sentimento e o pensamento e alinhá-los a Deus e a Meishu-Sama. Mas como cumprir a gran-diosa missão de salvar a humanidade?

É possível que você encontre a resposta a esta e a outras perguntas aqui, na décima primeira edição da Revista Johvem. Nela, estão todos os momentos que marcaram o Encontro Nacional de Coordenadores e de Responsáveis de Jovens, realizados nos dias 4 e 5 de abril de 2014, na sede da Igreja Messiânica Mun-dial do Brasil, em São Paulo (SP).

A publicação traz na íntegra as palestras e os momentos que fizeram parte desse importante en-contro nacional. O diretor da Divisão de Expansão da Igreja Messiânica Mundial do Brasil, reverendo José Roberto Bellinger, explicou o conceito “nascer de novo” por intermédio de pequenas atitudes no nosso dia a dia.

A importância do pragmatismo, ou seja, colocar em prática aquilo que nos é orientado, foi uma das mensagens repassadas pelo reverendo Koji Sakamo-to. O ministro Glaucio Santos apresentou a dimen-são do trabalho da Secretaria Johvem, os resultados e as expectativas para 2014.

Outro momento emocionante foi a experiência de fé da jovem Mariana Costa de Carvalho. Ela relatou como a missão de responsável de jovens mudou sua vida. Já o responsável da Secretaria Johvem, minis-tro Jorge Bulhões, relembrou uma rica mensagem so-bre a virtude e o sonen do reverendíssimo Watanabe, para o direcionamento das atividades deste ano.

E é por intermédio de iniciativas como o Encon-tro Nacional de Coordenadores e Responsáveis de Jovens que a Secretaria Johvem vem se empenhando na formação de jovens messiânicos, orientando-os, capacitando-os e incentivando-os à prática dos en-sinamentos de Meishu-Sama e das três colunas de salvação: Johrei, Agricultura Natural e Belo.

Somos, sim, o futuro da humanidade e acredita-mos que, dessa forma, poderemos caminhar de acor-do com a Vontade Divina.

Vamos lá cumprir as nossas missões? Boa leitura e estudo!

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2 Johvem Junho de 2014

Índice

4 Secretaria Johvem promove Encontro Nacional de Coordenadores de Jovens

SECRETARIA JOHVEM

6 Responsáveis de jovens participam de encontro nacional na Sede Central

8 Fortalecimento da Estrutura Johvem

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Johvem Junho de 2014 3

JohvemUM ESTILO DE VIDA

Publicação da Igreja Messiânica Mundial

do BrasilDivisão de Expansão

Secretaria Johvem

Rua Morgado de Mateus, 776º andar - Vila Mariana

São Paulo - SP - Tel.: 11 5087-5162www.johvem.com.br

[email protected]

Elaboração: Divisão de Comunicação

da Igreja Messiânica Mundial do Brasil

Diretor responsável: Rev. Mitsuaki Manabe

Redação: Lucia Martuscelli de Freitas

MTb 22511 Kelly Cristina Gomes de Mello

MTb 69608SP

Fotografia: Tony Massahiro Tajima Michel de Jesus Rossetti

Naomi Akiba

Edição de arte: Kioshi Hashimoto

Revisão: Ivna Fuchigami

16O principal é a prática da fé

32Precisamos nascer de novo!

ENCONTRO NACIONAL DE RESPONSÁVEIS DE JOVENS

42Coração

missionário é ter o desejo de

salvar as pessoas

28Ser responsável de jovens transformou meu destino

Nº 11 - Junho de 2014

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4 Johvem Junho de 2014

SECRETARIA JOHVEM

Secretaria Johvem promove

Com o objetivo de orientar e direcionar os assistentes de formação e coordena-dores de jovens, a Secretaria Johvem promoveu o Encontro Nacional de Co-ordenadores de Jovens, na Sede Central

da Igreja Messiânica Mundial do Brasil, no dia 4 de abril. A atividade reuniu 30 coordenadores e 10 as-sistentes de formação de todo o Brasil com o intuito de formar o “coração missionário” em cada jovem.

O encontro foi conduzido pelo secretário nacional de jovens, ministro Jorge Bulhões, e contou com a orientação do diretor da Divisão de Expansão, reve-rendo José Roberto Bellinger. Ele orientou os partici-pantes a respeito da importância da diretriz da Igreja e o quanto é imprescindível tornar-se um modelo de homem paradisíaco por meio de simples atitudes no

Encontro Nacional de Coordenadores de Jovens

Rev. José Roberto Bellinger.

“Deus só assenta onde há amor e gratidão.

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Johvem Junho de 2014 5

ENCONTRO NACIONAL DE RESPONSÁVEIS DE JOVENS

dia a dia. Relembrou o empenho dos membros pioneiros durante a primeira fase da construção do Solo Sagrado, que se esforçaram ao máximo em suas dedicações e na prática do donativo de grati-dão para a concretização daquele sonho. O reverendo Bellinger en-fatizou: “Deus só assenta onde há amor e gratidão.”

Ele também repassou a tarefa de ensinar gratidão com sabedo-ria e formar o “coração missioná-rio” em cada um dos responsáveis de jovens, reforçando que a mis-são dos coordenadores é cuidar do “tesouro” da Igreja, que são os jovens.

Ao término da orientação, os participantes formaram mesas--redondas, em que debate-ram sobre a situação da estrutura da Secreta-ria Johvem no Brasil. Todos relataram ex-periências, apren-dizados, dificulda-des e sugestões, a fim de proporcio-nar melhorias no acompanhamento dos jovens e uma maior compreensão no desenvolvimento de suas atividades.

O assistente de planejamento, ministro Glaucio Santos, discor-reu sobre as atualizações que estão sendo implantadas nos Programas de Formação, apresentou os resul-tados alcançados em 10 anos de atuação da secretaria e ressaltou as atuais dificuldades. Ele também se referiu às suas experiências e reforçou a importância do fortale-cimento da estrutura da Secretaria Johvem em todo o Brasil (assisten-tes de coordenadores, responsá-veis de jovens e monitores).

Na parte da tarde, os coorde-nadores receberam explicações e esclareceram dúvidas acerca da

ram mesas-debate-o data-l.

oma

noe suas

utilização do Sistema Johvem e das ferramentas do Portal Messi-ânico, para padronizar o fluxo de

informações e auxiliar na gestão das atividades desenvolvidas pela Secretaria a nível nacional.

Min. Glaucio Santos. Explicações sobre o Sistema Johvem.

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6 Johvem Junho de 2014

O Encontro Nacional de Responsáveis de Jovens de 2014 teve seu formato altera-do para o modelo original e tradicional. De acordo com o secretário nacional de jovens, ministro Jorge Bulhões, esta

iniciativa teve como objetivo o fortalecimento da Es-trutura Johvem, proporcionando aos participantes a capacitação, a troca de experiências e o direciona-mento das atividades da Secretaria Johvem em todo o Brasil.

O evento teve início às 7h30, com o credencia-mento dos participantes. Em seguida, eles assistiram ao culto matinal na nave.

“Para se tornar um grande missionário, é preciso tornar-se um grande artista”. A frase compôs a apre-sentação artística de um grupo de voluntários do se-tor Cultura e Arte e do setor Musical, ambos da Fun-dação Mokiti Okada, que reuniu música, exemplos e experiências de vida com a arte.

O ministro Jorge Bulhões abriu o Encontro Nacio-nal e agradeceu a presença de cerca de 300 jovens. Ele disse que, ao auxiliar na realização do evento, verifi-cou como Meishu-Sama o encaminhou para que tudo fosse preparado e encaminhado da melhor forma.

A programação seguiu com as palavras do assis-tente de Planejamento, ministro Glaucio Santos. Em sua apresentação, o ministro Glaucio abordou o Pla-nejamento de 2014, que abrangeu: a estrutura e os objetivos da Secretaria; os programas de formação; as missões e a ordem; as principais ações e os desa-fios para melhoria do desempenho.

Em seguida, o reverendo Koji Sakamoto ressaltou a importância de formar pessoas melhores que ele próprio. Discorreu sobre várias orientações do re-verendíssimo Tetsuo Watanabe como: a prática da horta caseira; o espírito de busca; a mudança de pa-radigma, de egoísta para altruísta; a Arca de Noé do século XXI, entre outras.

O reverendo Sakamoto observou que, se há algu-ma dificuldade na vida, a razão é que as orientações não foram praticadas. Também relatou suas experi-ências missionárias com os jovens e o comprome-timento de formá-los com pensamento messiânico, comprometidos com a felicidade do próximo.

Milena Patrícia Lima Gama, responsável de jo-vens em São Luís (MA) e membro há 18 anos, par-ticipou da palestra. “O reverendo falou muito sobre a questão da prática. Não adianta dedicar-nos aos

Responsáveis de jovens particOs responsáveis de jovens da Igreja Messiânica Mundial do Brasil

participaram do Encontro Nacional 2014 promovido pela Secretaria Johvem, na Sede Central, na Vila Mariana, em São Paulo (SP), no dia 5 de abril.

SECRETARIA JOHVEM

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Johvem Junho de 2014 7

cursos na Igreja, levar os ensinamentos diariamente conosco e não colocá-los em prática”.

Logo após o almoço, os presentes apreciaram o grupo de taiko (tambores japoneses), Kodaiko. A jo-vem Mariana Costa de Carvalho, em sua experiência de fé, relatou como assumiu a missão de responsável de jovens e explicou como o empenho na prática do Johrei e do sonen de gratidão, forte e constante, a aju-dou a encaminhar inúmeros jovens à Obra Divina, a fim de serem úteis a Deus e Meishu-Sama.

Já o diretor da Divisão de Expansão da IMMB, reverendo José Roberto Bellinger, orientou os pre-sentes a agradecer em qualquer circunstância, viver em sintonia com Meishu-Sama bem como explicou o significado de renascer como verdadeiros filhos de Deus. “Nós fomos criados no paraíso, nossa alma tem a centelha divina. Deus existe dentro de nós, va-mos deixar esse Deus manifestar-se em nosso dia a dia por meio da nossa postura”, disse. O reverendo Bellinger relatou suas vivências e aprendizagem com o reverendíssimo Tetsuo Watanabe e as experiências de fé geradas em sua trajetória missionária.

A responsável de jovens, Priscila Sooma, de São Paulo (SP), identificou na palestra do reverendo Bellinger a importância de sermos divinos. “Isso está muito mais próximo da nossa realidade do que ima-ginamos. Só é preciso exteriorizar. Colocar as orien-tações por meio da prática em nosso cotidiano.”

ipam de encontro nacional na Sede Central“Os jovens messiânicos são o futuro da Igreja, o

tesouro de Meishu-Sama e, por isso, têm a missão de salvar toda a humanidade. Eu gostaria que esse so-nen do reverendíssimo Tetsuo Watanabe fosse o es-pírito de nosso trabalho para este ano” estas foram as palavras de encerramento do ministro Jorge Bulhões ao evidenciar a confiança que o reverendíssimo ti-nha nos jovens messiânicos.

Além disso, o secretário nacional de jovens mos-trou um vídeo referente à formatura da primeira tur-ma dos Programas de Formação Johvem 3, em que o reverendíssimo Watanabe disse que o verdadeiro tesouro é a virtude. No fórum Divino, serão julgadas as ações e as virtudes de cada pessoa, o que estabe-lecerá seu lugar no mundo. “O que a gente precisa preparar no mundo eterno? Crescer cada vez mais, aproximar-se de Deus e tornar-se um verdadeiro fi-lho”, orientou.

O secretário nacional deixou também algumas tarefas: formar como monitores 10% dos jovens de cada Johrei Center; vivenciar uma experiência de fé mensalmente; apresentar uma pessoa por mês a Meishu-Sama; concretizar a salvação de, pelo me-nos, duas pessoas até o final deste ano.

Ao final, os responsáveis de jovens participaram de uma confraternização num restaurante especiali-zado em comida mineira, localizado na zona sul de São Paulo.

Min. Jorge Bulhões. Rev. Koji Sakamoto. Rev. José Roberto Bellinger.

Grupo de taiko Kodaiko. Min. Glaucio Santos. Mariana Costa de Carvalho.Apresentação dos setores Cultural e Musical da FMO.

ENCONTRO NACIONAL DE RESPONSÁVEIS DE JOVENS

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8 Johvem Junho de 2014

Bom-dia a todos! Hoje, o ministro Jorge e a equipe da

Secretaria Johvem me pediram para mostrar a vocês um pouco do trabalho de organização da Secretaria e do traba-

lho a ser conduzido este ano, do apoio aos senhores e também das principais implementações nos Progra-mas de Formação.

Antes de começar, quero fazer duas perguntas. Todos têm o anuário da Secretaria Johvem? Quem está há menos de um ano na missão de responsável de jovens? Vejo pessoas que já estão há algum tem-po! A ideia é mostrar nosso trabalho e o que esperar, junto com vocês, da parte de formação dos nossos jovens para este ano.

Começaremos a falar sobre a missão da Secreta-ria; os objetivos; o conceito operacional que estamos desenvolvendo; os Programas de Formação e sua real

necessidade; como os programas são colocados nas estratégias de trabalho da Secretaria; o fluxo de in-formação que estamos definindo e a utilização do mesmo para que a informação chegue de forma mais rápida e assertiva; os principais resultados e os pró-ximos processos para a implantação do novo projeto.

Qual é a visão da nossa Secretaria dentro da Divisão de Expansão?

Nosso projeto, independentemente de ser uma atividade de acompanhamento conduzida pelos res-ponsáveis de jovens e pelos programas, é sobre for-mação. Nosso objetivo é transmitir a filosofia messi-ânica para que o jovem possa praticá-la e levá-la ao núcleo onde convive. Se pensarmos no ambiente dos jovens, de 4 a 35 anos, poderemos ter crianças que levam valores às suas famílias através de algo que eles aprenderam, com muito sentimento, com muito

Estrutura JohvemFortalecimento da

SECRETARIA JOHVEM

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Johvem Junho de 2014 9

carinho. Temos os adolescentes, que vão conviver com outros na escola, onde os valores são muito questio-nados. E também aqueles que têm filhos. Tudo o que vamos direcionar a eles é para que possam contribuir para a mudança de seu núcleo de convivência e não só da instituição religiosa.

Nosso objetivo é identificar novos jovens e pes-soas que possam vir a ser missionários na equipe do Johrei Center. É importante que os jovens que venhamos a acompanhar, formar e identificar, se tornem pessoas fidelizadas à Obra de Meishu-Sama. E o papel de fidelizar a equipe no Johrei Center é importantíssimo para a missão, tornando-os líderes detentores de grandes valores para levar o objetivo de Meishu-Sama à sociedade. É igualmente nosso ob-jetivo orientá-los e capacitá-los no acompanhamento de pessoas, buscando colocar em prática o conceito e os ensinamentos de Meishu--Sama. Portanto, nos so foco é a filosofia e a visão de Meishu-Sama para a socie-dade. Como toda estratégia, ela tem que visar ao públi-co que desejamos atender. É natural que tenhamos questões importantes como liderança, estrutura Johvem, bem como questões que se refiram à equipe. Afinal, estamos dentro de um pro-cesso da instituição. Temos igualmente nosso público-alvo. Se nossa estratégia privilegiar um dos pontos, pode ser que nossa ativi-dade não alcance o intuito com que desejamos levar à sociedade. Logo, a estratégia de trabalho precisa estar centralizada, visualizando os pontos da lide-rança, da equipe e do público-alvo. Toda atividade que nós desenvolvemos e planejamos tem essa base conceitual.

Como modelo operacional, cada Johrei Center possui uma equipe e um líder, que é o responsável de jovens. Esse líder tem o papel de desenvolver al-gumas atividades. No passado, nós tínhamos algu-mas atividades que eram padrão como: marcha de Johrei, reunião de Johrei no Lar etc. Hoje, em todas as regiões, outros tipos de atividades também podem ser realizados. Porém, eles precisam ser avaliados e conduzidos dentro da equipe do responsável de jo-vens. O objetivo dessas atividades consiste em iden-tificar e motivar jovens, membros ou frequentadores, envolvê-los nessas ações para que, num passo poste-rior, possa gerar um processo de acompanhamento.

Não basta fazer um evento; este deve levar as pesso-as a algum tipo de conclusão e comprometimento. É preciso também seguir com o acompanhamento, o qual pode levar imediatamente um desses jovens a um de nossos programas de formação que admitem também frequentadores: o Criançarte, o Tweens e o Jovem 1. Num passo posterior, o Jovem 2, também no novo modelo, admitirá frequentadores.

Ainda nesse processo, nós podemos gerar uma outorga, que fideliza esses jovens à prática do Johrei. As pessoas outorgadas também podem fazer parte da equipe de responsável de jovens. Mais à frente, ofe-recendo uma capacitação mais profunda, é possível que aqueles venham a integrar o Pré-Seminário, o Seminário de Formação Sacerdotal, o Johvem 2, o Jo-hvem 3 e outras atividades de formação missionária. Isso não quer dizer que, ao encontrarmos, identifi-

carmos, motivarmos, acom-panharmos um jovem, ele precisa estar todo o tempo fi-delizado a alguma atividade Johvem. Pode ser que o perfil dele seja para apoiar qual-quer outro tipo de atividade também. O que todos nós precisamos verificar é o que será melhor para sua forma-ção. E com tudo isso, mais à frente, poderemos oferecer mais liderança a diversos setores da Obra de Salvação.

Isso é importante em nosso conteúdo hoje.

Quem já participou de algum Programa de Formação?

Boa parte de vocês, não é verdade?! Vocês conhe-cem o objetivo do programa e aonde ele pode levar o jovem. A atividade principal da Secretaria é o que está à esquerda do organograma. É a identificação, moti-vação e direcionamento. Se não formarmos novos jo-vens, não é possível encaminhá-los aos processos de capacitação mais aprofundados. Neste ano, nós vamos aumentar o foco na consolidação da estrutura, até a formação do nível de monitores. Esta seria, então, o detalhamento da nossa estrutura formal: 10 Regiões – 10 Assistentes de Formação.

Na equipe dos assistentes, nós temos diversos representantes na Secretaria, Comunicação, Plane-jamento e Programas de Formação. Qual é o papel desse representante? Apoiar o assistente na organi-zação e na responsabilidade pelo desenvolvimento e acompanhamento dos programas. Cada represen-

“Nosso objetivo é levar a filosofia messiânica

para que o jovem possa praticá-la e levá-la ao

núcleo onde convive.

ENCONTRO NACIONAL DE RESPONSÁVEIS DE JOVENS

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10 Johvem Junho de 2014

tante tem os auxiliares, aqueles missionários que, no âmbito no Centro de Aprimoramento ou Área, dão apoio ao representante, ao assistente e ao coordena-dor na formação dos jovens por meio dos programas. Então, o próprio Programa de Formação já tem uma estrutura consolidada e proporciona suporte com-pleto ao assistente de formação e ao coordenador de jovens, para que os dois possam, a partir deste ano, ter uma ênfase maior na consolidação da estrutura. Ainda, temos o responsável de jovens, os monitores e os jovens.

O detalhamento da missão e daquilo que se es-pera de cada um está dentro do Plano de Expansão. A Divisão de Expansão, todo ano, elabora seu plano operacional. Ou seja, é uma cartilha que diz como a

Igreja vai desenvolver suas atividades. Toda a orien-tação vinda da Sede no Japão, as orientações religio-sas e os principais pontos de trabalho estão no Plano. Por exemplo, estamos recebendo a orientação sobre o coração missionário. Ela compõe o documento que direciona o trabalho de todos os Johrei Centers. Den-tro dele também há o detalhamento do objetivo da missão e as atribuições dentro da estrutura da Secre-taria Johvem, que são: Assistente de Formação, Coor-denador, Assistente do Coordenador, Responsável de Jovens e Monitores.

Esse detalhamento está na página 15, do Anuário Johvem, que vocês já receberam. Pois o Plano de Ex-pansão é para o responsável do Johrei Center e mi-nistros. É importante que todos estudem com carinho o capítulo do Anuário que explica as missões e as

atribuições de cada um. A ideia de mencionar essas informações no Plano de Expansão é para que o mi-nistro do Johrei Center tenha um documento oficial da Igreja que explica a responsabilidade da Secreta-ria, o que se espera e o que ele precisa obter de cada um de nós.

Esta é a nona edição do Anuário. Já o edital dos Programas de Formação apresentava detalhes ope-racionais. A partir deste ano, foi adotado um fluxo de comunicação para que alguns documentos como aulas, editais e outros sejam veiculados de maneira digital. O representante, o auxiliar do Programa ou Coordenador de Jovens podem acessar o Portal Mes-siânico, com login e senha, e obter a aula de abril do Criançarte, por exemplo. Toda a grade também

está disponível. Isso nos ajuda, pois caso seja necessária uma atuali-zação ou melhoria, não preciso esperar um ano até o novo conteúdo ser publicado. Podemos re-alizar imediatamente e comunicar toda a estru-tura.

Qual é a importân-cia do Programa de Formação dentro da es-tratégia da instituição?

Conforme mencionei, a atividade principal é a que vocês realizam: de estrutura, de acompa-nhamento, de motivação, de prospecção, de indica-

ção de jovens. O trabalho do Programa de Formação é um trabalho complementar porque, no momento em que identificamos as falhas, podemos complementar através do processo de formação. Então, o programa depende desse trabalho para que tenhamos um bom resultado na mudança da vida do jovem.

O Programa de Formação Johvem foi criado há 10 anos e agora está sendo atualizado. Dentro da Divisão de Expansão, temos a Secretaria de Johvem, bem como outras Secretarias: Ensino, Planejamento, Experiência de Fé etc. Elas estão dentro da mesma orientação da Divisão de Expansão. Também na Secretaria Johvem nós temos o hábito de convocar grupos de estudos. Um exemplo é o Fórum dos Programas de Formação e tam-bém o trabalho feito no ano passado com uma equipe de coordenadores e dos representantes de diversos Pro-

SECRETARIA JOHVEM

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Johvem Junho de 2014 11

LOCAL:

Região

Área de Expansão

Área de Expansão

Johrei Center

Johrei Center

PERFIL:

Assistente de Formação(Ministro Adjunto)

Coordenador de Jovens (Ministro)

Assistente do Coordenador de Jovens (Missionário)

Responsável de Jovens (Assistente de Ministro)

Monitor de Jovens (Assistente)

MISSÃO / ATRIBUIÇÕES:

- Viabilizar os projetos da Secretaria e dos Progra-mas de Formação de Jovens no âmbito da Região, em conformidade com as orientações da Sede Central e do Responsável da Região.Fazer parte da equipe do Responsável da Região apoiando e prestando relatório mensal das ativida-des dos jovens.

- Coordenar as atividades da Secretaria e os Progra-mas de Formação de Jovens no âmbito de cada Área de Expansão, em conformidade com as orientações da Sede Central, do Responsável da Área e do Assis-tente de Formação. - Também é sua atribuição atuar na equipe do Res-ponsável da Área, apoiando a formação dos jovens junto aos Responsáveis de Johrei Centers.

- Auxiliar o Coordenador de Jovens nas atividades da Secretaria e nos Programas de Formação de Jovens no âmbito de Centro de Aprimoramento e suas res-pectivas extensões, bem como coletar os relatórios mensais de atividades dos Responsáveis de Jovens.

- Tem o papel de identificar, incentivar e acompa-nhar os jovens, viabilizando a participação das ati-vidades definidas pela Secretaria Johvem em con-sonância com a agenda de atividades da Área e do Johrei Center.- Apoiar o Coordenador de Jovens no acompanhamen-to dos monitores e das atividades do Johrei Center.- São diretamente orientados e acompanhados pelo Responsável de Johrei Center em conjunto com o Co-ordenador de Jovens.- Prestar relatório mensal ao Responsável do Johrei Center e ao Coordenador de Jovens, bem como receber orientação para o desenvolvimento das atividades.

- Apoiar o Responsável de Jovens na realização das diversas atividades de Expansão e no acompanha-mento dos demais jovens do Johrei Center.- Prestar relatório mensal ao Responsável de Jovens.

gramas de Formação. Eles estudaram as melhorias su-geridas no fórum e as ações que deveriam ser implan-tadas este ano. É muito difícil convocar semanalmente todas as localidades, e estamos desenvolvendo um tra-balho de troca de informações com grupos remotos.

A Secretaria repassa aos assistentes de infor-mação tudo o que é importante para o desenvol-vimento em cada uma das áreas. Vejam as formas de atuação da Secretaria Johvem com as missões e atribuições:

Quais são os principais resultados alcançados em 12 anos na Secretaria?

Formação de ministros e missionários. Temos diversos jovens que ampliaram sua capaci-

dade de servir por meio da formação com o ministro ou com grandes missionários do Johrei Center onde atuam. Temos elementos que contribuem em diversos níveis na sua dedicação, com destaque na instituição

ENCONTRO NACIONAL DE RESPONSÁVEIS DE JOVENS

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e na sociedade. Várias pessoas que já passaram pelos Programas de Formação ganharam projeção na sua carreira profissional pela mudança pessoal. Isso é um resultado muito importante para todos nós.

Identidade do jovem na Igreja Messiânica Mundial do Brasil

Há 10 anos, nós tínhamos diversas atividades lo-calizadas, mas sem uma identidade nacional. Não havia algo que levasse a visão da possibilidade de fidelizar meu filho a uma atividade de jovens, pois dependíamos da área e da região. Hoje, os Programas de Formação são uma reali-dade nacional.

Reconhecimento da Igreja no Brasil e no mundo

As atividades que desen-volvemos são importantes. Tanto é que temos jovens contribuindo em diversas atividades.

Melhorias implanta-das ao longo do tempo

Isso é um sumário dos diversos resultados. Seria interessante que cada um olhasse para dentro de seus Johrei Centers e per-cebesse que, quem já passou por uma atividade da Secretaria, está dedicando em alguma coisa. Não mais fidelizado à Secretaria, mas como missioná-rio, assistente de família, assistente de ministro etc. Vocês podem observar que, nas unidades religiosas, há sempre alguém fazendo isso. Isso ratifica a im-portância do trabalho do responsável de jovens que, sem a identificação do jovem lá na ponta do Johrei Center, não é possível levar esse processo adiante.

Quais são os próximos passos? Esta é a realidade do mapeamento da nossa estru-

tura feito em 2013. Gostaria de pedir um pouco de

atenção a essa linha de responsáveis de jovens e dos monitores. Cerca de 27% do Johrei Centers no Brasil não têm um responsável que cuide dos jovens. Já os monitores estão 92% abaixo da meta. Temos diversas formas de olhar para esses números e analisá-los. A primeira coisa é: será que nós compreendemos o que é o monitor de jovem? O que ele deve fazer? O que se espera dele? O monitor de jovens não é aquele que está na sombra dos responsáveis de jovens, 100% do seu tempo. Ele também precisa ter suas atividades no

Johrei Center, contribuindo com a organização das ati-vidades, com o acompanha-mento. Então, precisamos ampliar nossa visão sobre o que é o monitor de jovens. Quando dizemos que uma pessoa é da nossa equipe, é natural que ela esteja 100% do tempo fazendo exclusi-vamente aquele trabalho. Só que isso não é suficien-te para a formação daquela pessoa. Precisamos estudar muito bem essa questão. Ao longo do dia, vamos receber

mais orientações sobre o assunto. Outro fato interessante também é que, em 2013,

fizemos um levantamento nacional do número de jovens, de 4 a 35 anos de idade, no cadastro de mem-bros da Igreja. Ou seja, de 4 a 12, a maior parte deve possuir a medalha de proteção, o shoko. Os demais, o Ohikari. Esse total de jovens é o nosso potencial de

trabalho.

O que conseguimos movimentar hoje? O Programa de Formação conseguiu

formar 12 mil jovens, em 10 anos. É bas-tante, né?! Contudo, nosso potencial é de 55 mil pessoas, e hoje, o número de

responsáveis de jovens é 422. Em tor-no de 1%. E o de monitores então? Talvez

para fazer um grande barulho nós precisarí-amos movimentar pelo menos de 10% a 15%

da quantidade de 55 mil pessoas. Este é o nosso desafio, o nosso trabalho.

Quais são os principais desafios da nossa Secre-taria?

Substituição constante de pessoas na estrutura Todo ano, na Conferência, fazemos uma pes-

quisa que visa controlar um pouco a vola-

sem a identificação do jovem lá na ponta do Johrei Center, não é possível levar esse processo adiante.

Quais são os próximos passos?Esta é a realidade do mapeamento da nossa estru-

tura feito em 2013. Gostaria de pedir um pouco de

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formar 12 mil jovens em 10 anos. É bastante, né?! Contudo, nosso potencial

é de 55 mil pessoas (...)

SECRETARIA JOHVEM

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Johvem Junho de 2014 13

tilidade da estrutura. Temos sempre um histórico dessa estrutura de mais de 50%. Um ano talvez seja suficiente para a pessoa compreender a amplitude da sua missão, mas não para desenvolvê-la. No processo de formação, um ano é pouco tempo para consolidar conceitos, valores e mudar os objetivos. Muitas ve-zes, temos uma inadequação do perfil dos responsá-veis de jovens.

Perfil de Responsáveis de Jovens inadequadoSerá que aquele jovem realmente é adequado

para acompanhar as pessoas e jovens que estão no seu Johrei Center? Talvez ele não consiga desenvolver a atividade porque o per-fil dele não sintoniza. Não adianta colocar um jovem de 20 anos, para acompa-nhar outro da mesma idade. Isso não é uma norma, pois alguns casos fogem à regra: trata-se pessoas diferentes e especiais com outro his-tórico. Às vezes, preciso de alguém mais velho. Logo, é necessário olhar para esse perfil com bastante carinho em cada Johrei Center.

Dificuldade do distanciamento da nossa es-trutura formal

Há uma distância grande que vai do coorde-nador ao responsável de jovens. Isso não significa uma distância física, pode ser de comunicação; por-tanto, a orientação assertiva não chega, e um bom trabalho não pode ser desenvolvido porque está fora de sintonia.

Falta de suporte direto ao responsável de jovens Falta de capacitação específicaMuitas vezes, um jovem é selecionado para ser

responsável, mas qual capacitação daríamos a ele? Que tipo de valores nós lhe transmitiremos ou o que diremos a ele para que o ajudemos no cumprimento de sua missão? De que forma podemos auxiliar? É preciso ter um processo específico para ele.

Relatório e feedback* ineficiente Refere-se à forma como a informação do empenho

de cada ministro chega ao seu coordenador e à Se-cretaria. Se ele não sabe ao certo qual é a sua missão, como ele fará um feedback também? O relatório será um ponto de trabalho muito intensivo neste ano.

No ano de 2013, desenvolvemos um trabalho de estudo. Para vocês terem uma ideia, entre estrutu-ra e Programas de Formação, foram mencionadas 57 melhorias. Apontamos os problemas, identificamos as melhorias e verificamos as ações que precisamos ter para conduzir esse processo de mudança. São 185 ações necessárias que estamos conduzindo a partir deste ano.

Quais são as principais ações da estrutura? Primeiro, esclarecimento de atribuições e respon-

sabilidades da Secretaria e das pessoas ligadas, minis-tros e missionários. Um pri-meiro passo é a publicação formal sobre o que se espera de cada um de nós dentro da nossa missão.

Os secretários da Divisão de Expansão visitarão as re-giões ao longo do ano e lá se encontrarão com todos com o objetivo de esclarecer e apoiar o trabalho de expan-são. O trabalho em sinergia com os ministros por meio do feedback – todas as vezes

que temos um trabalho, por menor que seja, possui muito valor. A experiência de fé tem um valor enor-me nesse processo. Hoje, escutaremos a experiência de fé que será nosso objeto de estudo, de como seria esse retorno, para que a pessoa tenha mais transpa-rência e clareza. Atuaremos na preparação de cursos específicos. A ideia também é inserir alguns concei-tos de liderança e de administração do tempo, que temos limitado. Todavia, não deixamos de ter a res-ponsabilidade para com a missão que assumimos. A gestão do tempo é muito importante para que possa-mos conduzir nossa vida. A tecnologia é um meio para facilitar nosso empenho.

O estabelecimento de um fluxo de comunicação único na Secretaria. Para os Programas de Forma-ção, a entrega das aulas e das tarefas via sistema já é uma prática. O sistema é igual ao Sorei-Saishi. A Secretaria também apresenta esse fluxo. E, a partir deste ano, todos prestarão os relatórios de empenho das atividades mensais através do sistema online, que vamos implantar ao longo do ano.

Para os cursos também foram criados vídeos – es-clarecimento via mídia. Padronizamos o plano de aula. Cada Programa de Formação tinha um mode-lo organizacional um pouco diferente. Assim sendo,

“A gestão do tempo é muito importante para que possamos conduzir nossa vida. A tecnologia é um

meio para facilitar nosso empenho.

ENCONTRO NACIONAL DE RESPONSÁVEIS DE JOVENS

* Feedback - retorno.

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14 Johvem Junho de 2014

a organização e a operação foram padronizadas. No plano de aula constam: o objetivo da aula; a tarefa; o resultado que se espera alcançar; o porquê da ativi-dade; a motivação; a orientação ao instrutor e o que se espera dele, bem como seu perfil. A uniformiza-ção da organização e da operação é para que cada um dos coordenadores possa ajudar de maneira assertiva o perfil do instrutor em cada uma das aulas dos Pro-gramas de Formação.

Novos temas também estão sendo inseridos. Por exemplo, os módulos de liderança e da Agricultu-ra Natural serão específicos para cada faixa etária e apresentados com materiais e de forma dinâmica para a compreensão do público. Não será uma aula para o geral. Outros assuntos serão inseridos ao lon-go do tempo.

Temos uma nova visão. Os programas Criançarte e Tweens agora serão redimensionados com um ciclo de três anos cada. Ou seja, o instrutor, ao longo do ano, receberá 36 aulas de cada um desses programas. Então, ele terá o trabalho de três anos em mãos para dar sequência à formação dessas crianças. No caso do Johvem 1, haverá dois ciclos de três anos sepa-rados por idade. Um grupo de 12/13 e 14, e outro de 15/16 e 17. Vocês concordam que os problemas nes-sas idades são diferentes? As necessidades também. Então, os materiais serão diferentes.

Já no Johvem 2, a idade vai de 18 a 25, o que é uma diferença muito grande. Então, o programa também sofrerá uma modulação por ano, mas sem privilegiar uma estratégia como no ano passado. O participante entrava num curso anual e recebia o certificado um ano depois. Esse era um mode-lo do projeto inicial há 10 anos. Atualmente, será por módulo. Posso ter um módulo de Agricultura Natural composto por quatro aulas. Então, o jovem

pode participar dessas aulas, mas não precisa ne-cessariamente dar sequência ao próximo. Pode ser um assunto de que ele não goste muito; assim, pode ver outro módulo, escolhendo um tema que o atraia mais. No atual programa do Johvem 2, será possível a participação de não membros. Às vezes, o jovem está na universidade e há um tema que ele gostaria de levar aos colegas. Por que não estender isso à so-ciedade, de uma maneira abrangente, e levar a visão de Meishu-Sama?

Isso é uma modificação bastante significativa e interessante. No Johvem 3, temos uma mudança de grade que a tornará de âmbito nacional. No mês de março, a aula que São Paulo expõe, Rio de Janeiro, o Sul, Brasília, também a farão. Não importa a locali-dade. Isso nos proporciona a oportunidade de inten-sificar o encontro nacional. Houve um ajuste na car-ga horária referente à doutrina. Por exemplo, o tema liderança terá uma carga de 28 horas. São duas horas por mês de aprimoramento.

Tudo isso foi no intuito de oferecer a vocês, res-ponsáveis de jovens, a possibilidade de se aprimo-rar por meio dos programas e também de identificar como levar os jovens aos programas de nível 1, 2 e 3, que são fundamentais, para nos qualificarmos e melhor cumprirmos nossas missões no dia a dia.

A Secretaria Johvem, observando o modelo de trabalho e os assistentes de formação, intensificará o trabalho de sinergia com os ministros e responsá-veis de área e de região, para apoiar o desenvolvi-mento dos responsáveis de jovens. Ele é aquele que tem dois chefes, o coordenador de jovens e o respon-sável do Johrei Center. Contudo, ele precisa ser bem assistido de ambos os lados. O papel da Secretaria é levar o conteúdo adicional necessário às faixas etá-rias. Levar ao jovem um conteúdo do qual ele possa

participar e ser assistido, para que se desenvolva de maneira mais adequa-da à sua missão e apoie o responsável de jovens. Por essa razão, precisamos aproximar nossa estrutura.

Então, gostaria de desejar um exce-lente aprimoramento! Não deixem de estar perto do assistente de formação e do coordenador de jovens. Levem dúvidas e busquem informações para a melhoria do cumprimento de suas missões. Afinal de contas, nós cuida-mos apenas do destino da humanida-de. É uma tarefa pequenina, mas fo-mos escolhidos para executá-la!

Bom-dia a todos!

SECRETARIA JOHVEM

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O período da Caravana Johvem no Japão será de 12 a 30 de dezembro.

Informações com o seu Assistente de Formação ou Coordenador Johvem.

CARAVANA JOHVEM AOS SOLOS SAGRADOS

DO JAPÃO- DEZEMBRO 2014 -

Atami

Kyoto

Hakone

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16 Johvem Junho de 2014

Bom-dia!Estava sentindo falta dessas palmas!

Vocês me rejuvenesceram hoje! Então, bom-dia! Que animação! Gostaria de agradecer, em primeiro lugar, a Meishu-

-Sama a oportunidade de estar aqui com os senhores. Não pela palestra, mas por estar aprendendo com os senhores. Também quero agradecer à direção da Igre-ja, representada pelo reverendo Bellinger, à Secreta-ria Johvem, pelo ministro Jorge Bulhões, e aos senho-res, que vieram de tão longe para participar deste evento. Minha satisfação é muito grande por estar aqui. Não venho como dirigente ou responsável por alguma missão na Igreja, mas como dedicante e vo-luntário. A sensação é totalmente diferente. Talvez, antigamente, faria como se fosse uma obrigação de falar, de dar palestra. Hoje, não é mais. Para mim, é uma dedicação. É algo que fiz por muito tempo. Com esta nova oportunidade, pude exercitar novamente o espírito de servir. Eu lembro ainda, quando fui con-vidado para ser integrante, que não tinha vontade de aceitar. Pensava: “Será que, tornando-me integrante, não perderia o espírito de servir ou de voluntário?”

Aí, o reverendíssimo Watanabe disse que não, que era o contrário, pois poderia servir mais e melhor. Então, não precisa perder o espírito de voluntário. E é isso que venho fazendo até hoje. De verdade, sinto essa sensação de poder estar aqui como dedicante. Eu já fui dedicante também por muito tempo. Obri-gado pela oportunidade!

Parabéns ao Movimento Johvem. É o décimo en-contro hoje, construído em uma base muito firme que, na minha época, não existia. Fui secretário jovem do Estado de São Paulo. Aprendi com a di-reção que nossa missão é formar pessoas melhores que nós. Então, quando vim com essa nova missão, fiquei muito feliz. Parabéns também ao ministro Ed-son Matsui, que foi precursor e pioneiro desse tipo de preparação. Meus parabéns a todos vocês, que são os representantes e o futuro da Igreja Messiânica Mundial. E isso não está distante. Está no dia a dia de todos nós.

Quando fui convidado, fiquei preocupado. O que falaria aos jovens se estou distante há tanto tempo? Pois a missão de Secretaria Johvem que assumira foi há 32 anos. Pensei estar totalmente fora. Conver-

prática da féO principal é a

SECRETARIA JOHVEM

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Johvem Junho de 2014 17

sando com o ministro Jorge, fui ficando, aos poucos, mais aliviado e fiz uma pesquisa sobre as necessida-des e as dificuldades dos jovens. Quando as li, perce-bi que não era nada diferente do que via há 32 anos. Pensei haver lógica nisso. Por quê? Em 32 anos, o en-sinamento de Meishu-Sama não mudou nada, conti-nua o mesmo. Não há veterano aqui? Eu vejo alguns ministros. O ensinamento mudou? Ou seja, 32 anos falando sobre a mesma coisa e nós ainda não apren-demos. Então, não via mais problema. Vou contar a história de 32 anos atrás. A única diferença era que eu estava na Era da Noite. Era rigoroso para chuchu! Aqui não tem alguém da minha época que eu tenha acompanhado? Só o ministro Jorge.

Acho que mudei um pouco e, quando me prepa-rei para a palestra, pensei em trazer mais coisas da Era do Dia. Muitas vezes, tive que mudar a postura também. O reverendíssimo Watanabe dizia que eu era um samurai. Aquele que é rigoroso e quer ser correto, mas não era. Não quero ser mais samurai. Normalmente, viria de terno escuro, de gravata, tudo direitinho. Decidi vir de calça jeans, sem gravata porque sou dedicante. Agora ninguém pode falar nada! (risos) Já que não consigo mudar meu interior, pelo menos mudo a roupa. (risos). As mulheres fazem muito assim com a maquiagem: como enganam a gente! Não são todas! Algumas são bonitas por dentro e por fora. Principalmente, os membros messiânicos, pois vêm na linha da purificação e devem estar bem puros por dentro. Eu sempre imaginei que fosse desse modo e desejei formar pessoas assim também.

As práticas básicas da época também eram as mesmas: culto, Johrei, dedicação e gratidão. A mes-ma orientação está retornando. Não me senti tão ve-lho, não. Naquela época, era pai; hoje, sou avô. Fico olhando para os jovens: hoje, têm 40, 50 anos. Não são mais jovens. Mesmo assim, a base da prática é a mesma, desde o tempo em que comecei a servir. Este mês, estou completando 40 anos de membro. Fiquei pensando: “Meishu-Sama já me aguentou muito, 40 anos. Ele tem paciência...”

Recebi do ministro Jorge o conteúdo da orienta-ção do reverendíssimo Tetsuo Watanabe, na Con-ferência Johvem de 2013. Para passar alguma coisa importante, preciso saber qual era a linha de orien-

tação dele. Aprendi bastante também. E surgiu uma dúvida que queria discutir com os senhores e tam-bém encontrar sua solução. Por exemplo: de toda a orientação do reverendíssimo Watanabe, quantos conseguiram praticar alguns pontos transmitidos na palestra? Lembram-se das coisas que ele passou na época ou já esqueceram? Eu também teria esqueci-do. Ninguém pensou que fosse falar sobre uma coisa do ano passado. Se esqueço o que é dito na semana, imagina no ano passado. Porém, fiquei pensando: será que todos os líderes jovens conseguiram captar as mensagens e os pontos importantes daquela pales-tra? Acho que alguma coisa ficou, né?! Ninguém con-segue fazer tudo. O que será que permaneceu? O que está mais evidente é a campanha da horta caseira! Curiosamente, vou passar para vocês os pontos que observei. A horta caseira foi o mais importante. De-pois, o reverendíssimo falou sobre espírito de busca.

Até contou a experiência do ministro Gilmar Dall Stella. Em seguida, o espírito de

aprender, que está na linha do espíri-to de busca – o homem depende do

seu pensamento. Na conferência, houve um vídeo sobre física quântica mostrando as pes-quisas recentes. Outro ponto foi admitir a existência do mundo espiritual, isso é, crer no invisível. Sonen foi o ou-tro. Sonho. Gratidão. Altru-ísmo. Felicidade. Quebrar o

paradigma do egoísmo e criar o paradigma do altruísmo. De-

pois, ele finalizou falando sobre a construção da Arca de Noé do sécu-

lo XXI. Durante grande parte do tempo da orientação, o reverendíssimo referiu-se

à condição de preparar-se para poder desenvolver algo ou conseguir alcançar algum objetivo. Alguém lembra um ponto disso tudo que foi citado? Conse-guiram praticar? Quem conseguiu praticar alguma coisa? Quem não conseguiu praticar nada?

O ego funciona bem, né?! Cada um já tem a sua defesa. É uma coisa interessante porque realmente é difícil praticar. Assim como vocês, eu também era assim. Não é fácil. Os responsáveis de jovens man-daram alguns tópicos dos assuntos que os jovens es-tavam ansiosos para ouvir. Lendo todos os pontos, percebi que, praticando tudo o que o reverendíssimo passou o ano passado, muita coisa já teria sido re-solvida. Aí, nasceu uma dúvida. Eu tinha preparado uma série de pontos e itens sobre como ser um líder

ENCONTRO NACIONAL DE RESPONSÁVEIS DE JOVENS

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espiritualista, um líder jovem. Porém, quando perce-bi isso, questionei a razão de passar mais teorias, se ainda não foi praticado tudo o que o reverendíssimo Watanabe orientara. Para mim, isso também não é novidade. Então, se há dificuldade é porque ainda não se conseguiu praticar. Em qualquer assunto, o treinamento é importante, o exercício e a prática também. Realmente, essa dificuldade que vocês têm, eu também tive e, é lógico, precisei vencer minhas barreiras.

No bairro de Santana, em São Paulo, quando fui responsável pela difusão, eu havia criado um gru-po de jovens com o qual me reunia semanalmente, às sextas-feiras. Como estava na Era da Noite, eu era um samurai e peguei o pior dia para o jovem, que é a sexta-feira. Saídas, noitadas etc. Então, pensei que era esse o dia que ia escolher. Olha a minha maldade. Quem quisesse, tinha que vir naquele dia e horário. Às vezes, a atividade ia até às 23 horas. O ministro Jorge participava também. E assim, eu fiz um desafio para mim e para o jovens: queria saber quantos anos esse grupo aguentaria me ouvir. Comecei as reuni-ões, e o grupo chegou a 40 jovens, aproximadamente. Graças a Deus, ele foi desenvolvendo. Os jovens co-meçaram a mudar também, e dois anos se passaram. No terceiro ano, comecei a ficar preocupado, pois não tinha mais repertório para dizer a eles. Qual a saída que encontrei? A referência que eu tinha recebido do reverendo Hayashi, para formação de jovens foi que minha missão era formar jovens com o pensamento messiânico. Isto é, jovens que conseguem praticar, no seu dia a dia, os ensinamentos de Meishu-Sama na família, no trabalho, no relacionamento amoroso

e na sociedade. Até que um dia, um jovem perguntou se, no namoro, dava para praticar também o pensa-mento messiânico. Será que dá? Ou não praticam? Como fica na hora de beijar? Será que Meishu-Sama tem ensinamento? Eu acho que tem. Aí, alguém gosta de beijar? É a minoria! Gozado! (risos) Todos santi-nhos e santinhas! Quero ver pessoalmente como a coisa funciona! Porque os jovens hoje estão na fase de ficar, né?! Já nem pega na mão e beija.

Então, procurei fazer, em cada dia da semana, a leitura de um ensinamento e colocá-lo em prática a fim de nascer uma experiência, contá-la aos jovens e facilitar o entendimento deles. Só ler o ensinamento, não estava funcionando. Ler, ler e ler a mesma coisa. Quando um jovem se irritava facilmente, pedia para ele ler dez vezes o ensinamento “Não se irrite”. De-pois de lê-lo, perguntei como estava e ele disse que continuava irritado. (risos) Não adiantava nada. De-cidi procurar praticar para poder repassar.

No caso do líder, há duas maneiras para se comu-nicar com alguém, seja namorado(a), subalterno(a), filhoa(a) e assim por adiante. A primeira maneira é falar racionalmente. Encontrar razões para provar aquele ponto sobre o qual estou falando. A outra for-ma de comunicar é atingir a alma da pessoa. Dife-rente da primeira maneira, ela cria um raciocínio, e eu repasso a ideia. Contudo a pessoa não muda, não. Só naquele momento. Depois de um tempo, esquece tudo. Precisamos ir além. O que seria atingir a alma da pessoa? O que significa a mudança de dentro para fora? O ser humano começa a mudar interiormente e, depois, manifesta essa transformação no seu dia a dia, no comportamento. Logo, foi um grande tra-

“Este mês, estou completando 40 anos de

membro. Fiquei pensando: ‘Meishu-Sama já me

aguentou muito, 40 anos. Ele tem paciência...’

SECRETARIA JOHVEM

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balho para mim. Vi que não havia outro caminho. Comecei a fazer esse exercício e aprendi muita coisa. Quando entendi que o “Alicerce do Paraíso” era a mi-nha saída, nossa! Eu teria matéria para mais alguns anos. Resolvi um problema que estava enfrentando: a falta de repertório.

A realidade é que eu também não tinha experiên-cia. Recebia orientações, mas não as praticava. Não tinha conseguido acumular o suficiente para poder alimentar os jovens. Acho que vocês já devem ter isso bem montado, né?! Não têm? Esse conhecimento, essa experiência? Então, comecei a aprender a desen-volver uma prática que atingisse a alma das pessoas. E, realmente, isso tem sido bom até para a parte pro-fissional que desenvolvo. Não atingir só a razão, mas a alma das pessoas. E assim, consegui superar essa dificuldade e desafio por que passei. Além da leitura de ensinamentos, aprendi outras coisas importantes. Quando assumi a Secretaria Johvem do Estado de São Paulo, recebi a orientação do reverendo Hayashi e do reverendíssimo Watanabe. Eu disse que faria o que pudesse para ajudar os jovens. O primeiro orientou que eu precisava ser um especialista e que poderia me aprofundar no Johrei, nos ensinamentos, na formação de pessoas, na Ikebana Sanguetsu. Na-quela época, também falá-vamos muito sobre a Agri-cultura Natural e assim por diante. Imediatamente, respondi que queria espe-cializar-me na formação do elemento humano. Pergun-tei como ficariam o Johrei e as outras práticas. E ele me pediu para não me preocu-par, mas apenas procurar aprender o que eu tinha de-finido. Olha, isso foi impor-tante para mim, uma coisa fantástica!

Eu contei há pouco a ex-periência com a leitura de ensinamento, certo? Ela não faria parte do elemento humano, mas eu tive que ler o “Alicerce do Paraíso” diversas vezes para poder adquirir experiências e repassá-las aos jovens. Acredito que o reverendo já tinha vislumbrado isso já. E foi muito útil. Na época, na Vila Mariana, nós desenvolvemos um grupo chamado “Profissionais do Século XXI”. Eu tive que criar um modelo de ativi-dade para cada profissão. Educação, arte, engenharia etc. Como é que poderia aprimorar e preparar esses

líderes? Eram dez pessoas, eu dividia o “Alicerce do Paraíso” em dez partes e entregava uma parte a cada uma e pedia que a parte fosse lida e identificado tudo o que se relacionasse com a profissão dela. Depois, pedia que me entregassem o trecho do ensinamento. Isso demorou quase um ano. Quando o processo ter-minou, troquei os volumes do “Alicerce do Paraíso entre elas. Tive que rodar dez vezes o “Alicerce do Paraíso” para que lessem o livro inteirinho. Ah, fiz! Todos leram o livro. Ao final, ninguém acreditava que isso tivesse acontecido: todos tinham lido o livro na íntegra. Disse a eles que, realmente, tinham feito um bom trabalho. E disso nasceu uma síntese dos ensinamentos que tinham ligação com aquelas ati-vidades: Educação, Arte, Saúde e várias profissões. Também aprendi muito com isso. E tenho tudo guar-dado. Até uma pessoa me pediu a síntese e eu disse não. Eu sou egoísta, viu! Se eu passar, não vão apren-der nada. Façam o que fiz e chegarão lá, se Deus qui-ser. (risos). Esse negócio de dar pronto não funcio-na, não! Não dou mais! Como desfecho disso tudo, o egoísmo vira altruísmo porque todos são obrigados a aprender e a buscar. Passei para vocês uma ideia da orientação que me foi transmitida na época para

mim. Meu foco sempre foi como formar o elemento humano.

O reverendíssimo Wata-nabe me deu outra orien-tação que serve para mim até hoje. Ele disse para eu montar um manual, cha-mado “Manual Doutriná-rio”. No dia a dia, através das atividades, orientações etc. vamos acumulando in-formações, resultados po-sitivos e negativos. Então, ele me pediu para registrar tudo nesse manual. E pen-sei: “Ele tem razão”. Ele me pediu para prestar atenção,

observar as experiências, as dificuldades dos jovens, principalmente, pois chegarei à conclusão que não vai passar de vinte problemas diferentes. Dificul-dades de namoro também. Eu virei especialista em namoro. Fiz muitos casamentos na época. Não sei se há aqui alguém desse tempo que se casou. Tudo isso nasceu graças à orientação do reverendíssimo Wata-nabe. Tive a paciência de registrar, detalhadamente, tudo o que vivi acompanhando os jovens. Eu estava em Santana.

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Quando vim para Vila Mariana, tive a permissão de lançar meu primeiro livro, “Encontrando um Caminho”, com experiên-cias dos jovens. Depois, nasceu o segundo, com parte das experiências dos jovens da Vila Maria-na. E assim nasceu o livro “Felicidade no Casamen-to”, na mesma linha. En-tão, até hoje, o “Manual Doutrinário” está servin-do para mim. Vocês, líde-res jovens, podem prestar atenção. Quase sempre são as mesmas situações, muda apenas o persona-gem. Sabendo detalhada-mente o evento positivo e o negativo de cada pro-blema, praticamente já terão uma parte da solução nas mãos. Depois de certo tempo, isso já não foi tão bom, porque eu não tinha mais paciência de ouvir. Quando começavam a falar, já sabia o que orientar, qual ponto e efeito que iria causar. Não havia erro. O ensinamento de Meishu-Sama não tem erro. É só pra-ticar. Eu passava tarefa também. Vou detalhar essas tarefas para vocês começarem a entender o que é for-mar elemento humano, o que é acompanhar e o que é buscar sempre o caminho para ajudar uma pessoa.

Havia uma jovem, na época com 26 anos, que disse que há muito tempo queria namorar, mas seus relacionamentos não duravam mais de dois ou três meses. Ela disse que era meio chata, enjoava das pes-soas e estava sozinha. Vinte e seis anos já era idade para casar, hoje não é mais. Hoje, é 30 ou 35. Eu co-nheço umas que estão esperando marido até agora. Devem ter uns 42 anos. (risos). Eu digo para terem esperança, pois ele chegará. (risos). Elas dizem que está difícil, mas digo que Meishu-Sama está capri-chando, pois elas são tão boazinhas que virão mari-dos fora de série. (risos). Será no estilo daquele filme “O homem bicentenário”. Ele queria tornar-se hu-mano, ter sentimento, paladar etc. Sabe quando ele conseguiu? No fim da vida! (risos). Acho que não vai ser assim, talvez antes. Então, essa moça tinha várias dificuldades. A mãe dela era missionária da Igreja, e eu sabia tudo a respeito dela por causa da mãe. Pensei em como ajudá-la. Se eu dissesse tudo o que pensava – na época eu dizia mesmo – eu acabaria

com essa menina! Bom, o negócio dela era namoro, nada de missionário e ou-tras coisas. Eu disse a ela que, se desejava melho-rar, precisaria mudar um ponto. Ela ficou feliz da vida, pois pensou não ser tão problemática. Achava que era apenas um ponto. Nossos encontros eram semanais. Na primeira se-mana, ela contou que não ajudava a mãe. Passou a ajudá-la e ficou muito fe-liz. A mãe dela me con-tava tudo. Como eu não dizia nada, a moça tinha de descobrir. Ela passou a aprimorar o espírito de busca. Dei-lhe a tarefa de buscar esse ponto. Olha

como funciona o raciocínio dessa orientação. Ela achou que era esse o ponto. E eu disse que não. En-tão, ela continuou na outra semana. Disse que não gostava de limpar peixe e ajudou a mãe com isso. E assim foi. Ela não queria nem saber de cozinha, e o marido é quem teria de cozinhar. Eu a alertei que seria difícil arrumar um marido assim, mas em todo caso...Nunca a contrariei em nada.

E assim foi até o sexto mês. Foram 24 mudan-ças por semana. Chegando a essa fase, ela me disse que eu a estava enganando. Ela achava que já havia mudado bastante, e percebi que ela já estava desa-nimando. O ministro Pimenta estava comigo nesse dia e pedi para ele me ajudar com o aprimoramento. Coloquei um lenço no bocal do telefone, liguei para a moça e disse que ela era uma pessoa bonita, legal e interessante. Ela perguntou quem falava e respondi que não poderia dizer. E ela foi ouvindo e ficando entusiasmada. Depois de meia hora, estava no altar agradecendo a Meishu-Sama. E pensei: “Olha a que ponto que cheguei! Enganando uma pessoa! (risos). Ela ficou feliz da vida. Ganhou mais um fôlego e foi mudando, mudando.

Um dia, um jovem veio transferido do Tatuapé para Santana. Ele tinha uma namorada que dedicava lá. Ele passou a dedicar comigo e pedi a ele que vies-se aos sábados. O que aconteceu? O jovem começou a brigar com a namorada porque ele dedicava comi-go no sábado, que era o dia de namoro. A namorada veio falar comigo, pois ele estava dedicando demais.

SECRETARIA JOHVEM

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Expliquei a ela que não era assim, pois era bom que ele estivesse dedicando e melhorando. A namorada reclamou, pois o estava perdendo. Sugeri a ela que dedicasse também. Ela não dedicava, pediu para que eu cuidasse dela e passou a ir à Igreja também. Con-tudo, não aguentou minhas sugestões. Decidiu que não tinha mais jeito e acabou o namoro. De repente, o rapaz perguntou quem era uma loirinha que ia à Igreja e perguntou se eu cuidava dela, se era uma boa pessoa. Eu disse que acreditava que sim. (risos). Eu não tinha certeza ainda! (risos). Passado um tempo, a loirinha veio falar comigo e disse que achou o rapaz interessante. Perguntou se eu o conhecia bem, e res-pondi que não. Só sabia que ele namorou, brigou e se separou. Falei para ela que não adiantava ir se declarar, pois ficaria feio. Pedi para ela deixar nas mãos de Deus. Ela contestou, dizendo que ele po-deria arrumar outra. Retruquei que, se isso aconte-cesse, poderia ser falta de merecimento dela. (risos). Disse-lhe que precisava acreditar no invisível! Como ela estava num processo de mudança, acreditou. Foi mudando, mudando e mudando.

Até que, num dia de culto, eles se encontraram e bateram um papo. A coisa foi evoluindo. Um dia, ela chegou para mim e disse que estava namorando o rapaz. Eu já sabia, pois os “passarinhos” tinham me avisado. Perguntei a ela o que tinha feito, se tinha se declarado. Ela disse que de jeito nenhum. Pedi a ela que continuasse firme. Passado mais um tempo, ela me pressionou: “Ministro, será que eu ain-da preciso mudar?” Respondi afirmativamente. Ela argumentou que o namorado já tinha apa-recido, e eu disse que não podia largar o que vinha fazendo. Ela me perguntou o porquê. E respondi que ela poderia perdê-lo; a outra moça não havia terminado com ele?! Até o casamen-to... Ficou preocupada e passou a se empenhar novamente. Levei dois anos, acompanhando-a semanalmente. Não foi, ministro Jorge? O Jorge se lembra bem também.

Ela me pediu para que eu oficiasse o casa-mento dela e aceitei seu convite. Ela disse que, depois de casada, gostaria de saber qual era o ponto ao qual eu tanto me referia. E disse que até lá não diria. (risos). Porque o casamento po-deria se desfazer até lá. Fiz o casamento deles na Igreja da Vila Mariana. Mal acabou a ceri-

mônia, ao invés de cumprimentar os padrinhos e as pessoas, ela veio até mim e quis saber qual era o pon-to. E eu disse: “Olha, Realmente, eu também não sei!” (risos). Justifiquei dizendo que eram tantos os pontos que não sabia qual era o mais importante. Essa moça mudou como filha, como namorada. Ela riu e disse que era verdade. Se eu contasse tudo o que percebia, seria um desastre. Isso é formar elemento humano. Aprendi a ter paciência, a ouvir e a falar. Precisamos fazer exercícios assim para formarmos alguém. Até mesmo no casamento. Para formar esposa ou marido,

não precisa ter paciência? Se estourar, acaba! Não é mesmo?! Quem é casado aqui? Já não passaram por essa crise, não?! Dá vonta-de de largar tudo, mas se parar para pensar, acaba ficando com aquela pes-soa mesmo. Existe a ne-cessidade da persistência.

Alguém já assistiu ao filme “Karatê Kid”? O que vocês aprenderam? Qual era sempre o exercício prin-cipal? Era o seguinte: a mãe de um menino foi fazer um trabalho na China e ele foi junto. Um dia, vol-tando da escola, o menino jogou o casaco no chão, e a mãe pediu para que ele o pegasse. O menino se recusou. Seu professor de kung fu viu a cena, pois na época era zelador de um prédio. Posteriormen-te, o menino pediu para aprender a arte marcial. O professor pediu para ele pegar a blusa, jogá-la no chão, pegá-la e pendurá-la. O menino fez. Em segui-da, pediu para vesti-la. Ele vestiu. O professor pe-dia novamente para jogá-la no chão e depois vesti-la.

“... minha missão era formar jovens com o

pensamento messiânico.

ENCONTRO NACIONAL DE RESPONSÁVEIS DE JOVENS

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22 Johvem Junho de 2014

E fez isso durante um longo tempo. Isso continuou por um, dois, três dias. O menino quis bancar o es-pertinho. Escondeu a blusa e só trouxe o skate. O professor perguntou onde estava a blusa. O menino respondeu que havia esquecido em casa. O professor pediu para ele pegá-la onde havia escondido, pois já sabia de tudo. Olha que exercício ele teve que fazer! Através desse tipo de exercício, ele foi criando condi-ção para a próxima etapa. O exercício é fundamental para tudo na vida.

Eu tenho outra experiência interessante. Está no meu livro, inclusive. Num seminário de casais, eu tinha deixado a tarefa de encontrar dez qualidades na esposa ou no marido. Uma das esposas disse que não ia fazer porque o marido não possuía qualida-des. Eu quase pedi para ela jogar o marido fora. Na semana seguinte, perguntei a ela quantas qualidades havia conseguido. Ela disse: “Nenhuma”. Os demais tinham identificado, pelo menos, umas três qualida-des. Deixei a tarefa novamente para o grupo, que ia avançando, exceto essa esposa. Na terceira reunião, perguntei a ela se o marido roubava, ela disse que não. Perguntei se ele era honesto, ela respondeu que sim. E fui dizendo as qualidades naturais de uma pessoa; mencionei que já havia umas três. E o resto pedi para ela procurar. Na outra semana, ela retornou com as mesmas três qualidades que eu mencionara. Eu fiquei meio nervoso. Não avançou nada. Então, Eu disse que tinha visto uma qualidade fantástica nele: ter-se casado com ela, que não tinha nenhuma gratidão por ele. Quase apanhei! (risos). Aí, fui sa-murai mesmo! Contudo, ela acordou. Foi avançando e chegou às dez qualidades do marido. Só via o nega-

tivo, não conseguia ver nada de positivo e não tinha gratidão por isso. Então, é preciso prática do sonen, gratidão, persistência etc. Ao término do seminário, já tendo cumprido essa tarefa e outras que eu passa-ra, ela falou em seu depoimento que havia descober-to uma nova qualidade no marido. Ela era casada há nove anos e não tinha filhos. Só que, agora, estava grávida! E assim, ela teve dois filhos. Reencontro-a de vez em quando. O marido faleceu. Perguntei a ela sobre as qualidades. Ela disse que ele já está no Mun-do Espiritual, mas continua tendo suas qualidades. Isso também é uma tarefa pragmática.

Deu para entender um pouquinho? Essa especia-lização que o Watanabe sensei falou e o Manual Dou-trinário me fizeram ter essas informações. Eu pensei que tudo já tivesse caducado, mas serve até hoje.

Dessa comparação que eu fiz da orientação do re-verendíssimo Watanabe e do que vocês, através do papel de líderes, colocaram para aprimorar, está fal-tando alguma coisa ligada à prática. Eu não creio que seja má vontade de praticar, mas dificuldade de pra-ticar. Foi o que eu percebi quando cuidei dos jovens e membros. Dificuldade de praticar a orientação que recebemos e os ensinamentos que temos. Referi-me ao “Não se irrite”. Lê, lê, lê e continua irritado. Então, algo precisa mudar. Essa coisa é que eu queria passar para vocês, como líderes. Acho que já dá para ajudar bastante.

Quando recebi a relação das necessidades dos jo-vens respondendo ao que eles esperam do ministro, de um orientador, indaguei: qual seria a fórmula mágica para resolver o problema? Exemplo: como faço para arrumar um namorado? Igual à moça que acompa-

nhei por dois anos. Só depois é que ela conseguiu encontrar alguém. Há pessoas que estão buscando até hoje, pelo que eu saiba. Porém, elas também não procuraram fazer por merecer, já que nossa condição é receber uma prática, praticar e ter o resultado. Não existe isso! A medi-cina ensina um pouco essas coisas, mas de maneira errada também. Estou com dor de cabeça, tomo o quê? Um doril? A dor sumiu! É as-sim? Como alguma coisa que não devo ou bebo demais, tomo engov? O homem é assim! Toma algo para aliviar e depois volta a fazer tudo o que não deve. Nenhum lugar tem essa fórmula mágica. E a Igreja não é diferente. Por não ter tal fórmula,

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muitas vezes, as pessoas ficam decepcionadas. Para determinado assunto, recebem um monte de tarefas para fazer e se perguntam qual o sentido ou ligação com a situação. Até comentei meu pensamento ao ministro Jorge: se eu tivesse uma fábrica supermo-derna para resolver o problema do ser humano, que é a purificação, através de um comprimido, eu eli-minaria doença, miséria e conflito. Com isso, eu me tornaria uma pessoa feliz. Eu ficaria bilionário, não é mesmo? Não precisaríamos nos sacrificar, sofrer. Já imaginaram? É assim que funciona a cabeça do materialista e do imediatista. Na verdade, nos temos disponíveis os ensinamentos de Meishu-Sama e as orientações. Se nós procurarmos entendê-los e prati-cá-los, o resultado será extraordinário.

Adiantando essa linha de pensamento, será que devo passar novas tarefas ou orientações? Penso que não. Preferi ajudar a praticar, para ver o resultado no futuro e até em curto prazo. Só que, antes, que-ro colocar duas coisas interessantes que percebi. Eu disse que todos podem ter dificuldades, eu mesmo tive, como já contei. Muitas e muitas vezes. Numa reunião de supervisores, o reverendíssimo Watanabe disse aos reverendos – fiquei meio chocado naquele dia – que não tinha nenhuma novidade para repas-sar a eles, já que havia transmitido todas as suas experiências de vida, anos e anos, falando sobre a mesma coisa. O conteúdo se esgotara. Assim como haviam se esgotado para mim as tarefas para os jo-vens. Não sei quantas vezes li a orientação que ele passou sobre sua ida ao Rio de Janeiro. Alguém aqui já deve ter ouvido; os ministros já ouviram várias e várias vezes. Quando ele disse aquilo, veio uma coi-

sa na qual não pensava tanto e que me preocupou. Se ele estava se exprimindo desse modo, é porque nós também não estávamos praticando. Eu lembro que, um ano após uma tarefa ser dada, ele perguntava como a situação estava. E só havia enrolação. Porque quando não fazemos, criamos motivos para justicar. Com paciência, ele dizia que ia explicar tudo outra vez. E explicava e perguntava se tínhamos dúvida. E todos se comprometiam a tentar novamente. Olha só! Passado mais um ano, ele perguntava de novo. Isso foi um alerta para mim. Acredito que muita coisa ele deve ter repetido nas outras conferências. Não vi o conteúdo completo, mas não deve ter fugido muito disso. Então, devemos nos tornar mais pragmáticos ainda.

Chegou às minhas mãos um texto que achei fan-tástico, de Confúcio, de mais de dois mil anos. Ele escreveu: “O que eu ouço, eu esqueço. O que eu vejo, eu lembro. O que eu pratico, eu aprendo”. Isso quer dizer que não adianta ouvir, não adianta ver; se não praticar, não aprende, não tem resultado.

Tempos atrás, vi, na revista Você S/A, uma pes-quisa sobre aprendizado. O estudo já está no google e descreve como nós aprendemos:

5% de capacidade de retenção das informações, obtemos ouvindo. É o que estamos fazendo aqui hoje! Já sei que só isso vamos gravar!

10% de capacidade para reter informações por meio da leitura.

20% das informações serão retidas, se houver recursos visuais.

30% de demonstração, seja ela qual for. Por exemplo, de Ikebana Sanguetsu.

“Na verdade, nós temos disponíveis

os ensinamentos de Meishu-Sama e as orientações. Se nós

procurarmos entendê-los e praticá-los, o resultado será extraordinário.

ENCONTRO NACIONAL DE RESPONSÁVEIS DE JOVENS

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50% quando há discussão de um determinado assunto em grupo.

75% das informações serão retidas, caso prati-quemos aquilo que ouvimos.

85% é ensinando aos outros!Ao ler isso, não tive dúvida nenhuma de que é

o exercício. É a prática. Alguém aqui já fez alguma dieta? Quem fez? Nunca se vendeu tanto livro sobre o assunto como se vende hoje. Sabiam? Só que todo mundo diz que não funciona. E sempre lançam outro livro que todos acham que vai resolver. Seguem o re-gime por um mês ou dois e, daqui a pouco, está tudo na mesma. Antigamente, havia muitos livros de au-toajuda também. Constroem livrarias enormes, mas não muda nada. Tudo por falta de prática. Todos os livros são bons, basta praticar. Concordam?

Querendo modernizar um pouquinho, com aju-da da minha filha, estou no facebook. Alguém já me viu lá? Às vezes, coloco umas matérias e postei uma sobre emagrecimento sem dieta. Sabe que está funcionando?! Eu estou acompanhando uma pessoa que fez operação de estômago. Ela emagreceu vio-lentamente e, depois de três anos, começou a en-gordar tudo outra vez e mais do que antes. Ela ia ao médico, mas passei a ministrar-lhe Johrei e a ajudar com a forma de alimentação. Sabe através de qual prática? A prática da gratidão. Tem gratidão pela comida? Não! Então, começa a agradecer ao produ-tor, a Deus, à comida. E ela começou a praticar. Já está no sétimo mês, perdeu sete quilos e está bem de vida. A filha tinha o mesmo problema, mas está melhorando também. Através da dieta que Meishu--Sama ensinou: controlar o espírito secundário bem

como agradecer e fortalecer o primário.Isso quer dizer que temos que praticar aquilo que

aprendemos. Há um ensinamento de Meishu-Sama sobre pragmatismo. Alguém já leu? O que ele fala? Colocar em prática! Só isso. Eu também fui me apro-fundar. Meishu-Sama cita Willam James, e é muito interessante. Então, comecei a pesquisar mais sobre o pragmatismo, o significado de praticar aquilo que se recebe como sugestão ou orientação.

Em São Paulo, há alguém fazendo racionamento de água? Só? Parece que outros Estados também terão de fazer, pois faltará água. Eu entrei nessa também. Já que é para o bem do próximo, da cidade, posso controlar. De imediato, pensei que não fosse tomar mais banho, mas não é nada disso. Tomei a decisão e avisei minha família. Ao invés de esbanjar água, vamos controlar o banho. Nosso consumo mensal era de 35 metros cúbicos. No mês de fevereiro, caiu para 28. Já em março, foi para 22. Parabenizei a to-dos. Praticamos e vimos o resultado.

Nessa linha de pragmatização há outro ponto que chamo de decodificação, algo que fiz muito na época em que estava em Santana. O que é decodificação? É fazer a leitura e facilitar o entendimento de quem quereremos orientar. Não sei se deu para entender. Ler tantas vezes o ensinamento “Não se irrite” e con-tinuar irritado porque ainda não entendeu bem o que quer dizer praticar para não ficar irritado. Há outras práticas. Então, alguém precisa orientar: “Faz isso ou aquilo”. Na época, orientava muito práticas. Gra-tidão, prática de perdão, prática das 20 qualidades. Inúmeras práticas foram desenvolvidas para facili-tar. No livro “Encontrando um Caminho”, há muitos

exemplos. São várias sugestões de decodificação. Eu procurei no dicionário o que isso quer dizer: “escrever em linguagem clara e comum um texto codi-ficado, ou seja, em código. Des-cobrir ou desvendar, traduzir, interpretar, decifrar, esclare-cer ou explicar”. Na verdade, isso é o que os líderes devem fazer. Preparar desta forma e entregar ao próximo. Da mes-ma forma que um passarinho busca um alimento e, antes de entregar ao filhote, ele tritura o alimento e coloca na boca da avezinha. É a mesma coisa. Alguém tem bebê aqui? Vocês dão arroz e feijão ao pequeni-

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no? É papa, é líquido! O bebê nem tem dente para mastigar. E ainda há gente que oferece alimento sóli-do! Mas, não é bom. A decodificação é mais ou me-nos isso. Acontece o mesmo com a nossa postura. Quando Meishu-Sama orienta sobre a “Parábola da Espada”, “Sol e Lua”, precisamos estudar um pouqui-nho para repassar às pessoas.

Um dia, concluí uma coisa interessante vivencia-da por mim. Meu primeiro casamento foi com uma nissei. Ela tinha a mesma educação que eu recebi: oriental (comidas e hábitos). Depois, casei-me com uma brasileira, de origem italiana. O que eu apri-morei... vocês nem imaginam! Comia sushi, passei a comer macarrão. Tudo o que engorda. E, numa época, eu engordei mesmo. Não só isso, mas as nos-sas atitudes também eram diferentes. Por exemplo, eu era responsável pela unidade Vila Mariana e, no meu aniversário, ganhava pre-sentes. Eu ficava feliz da vida, levava-os para a casa e não os abria na frente das pessoas. Então, minha esposa disse que isso era indelicado, era falta de educação, porque, não abrindo os presentes, eu não manifes-tava se havia gostado ou não. E ela tinha razão. Só que o japonês é o contrário. É inde-licado abrir. Então, comecei a mudar minha postura. Tinha que abrir e agradecer.

Uma vez, ela perguntou se eu gostava dela. Eu já tinha dito que gostava. Embora japonês, geralmente, não fale. Quem se casar com japonês, é assim! Ele não fala muito, não! Só que pratica. Fica fazendo coisas para deixar a esposa feliz. O ocidental não percebe assim. Logo, quando ela perguntou se gostava dela, dizia que sim e tentei mostrar através de minhas atitudes. Porém, ela contestava dizendo que eu não falava e que eu precisava me manifestar. Então, se é preciso falar, eu falo. Agora, eu falo! Realmente, ela tem razão. Isso é decodificação. Comecei a acertar para entender um pouco a linha ocidental. É preciso ajustar e entender. E assim comecei a perceber gran-des resultados nas pessoas que acompanhei. Levava um ano ou dois anos; algumas, eu acompanhei até quatro anos.

Houve um caso em que eu sugeri à pessoa não namorar durante dois anos. Só que as outras fizeram o mesmo, achando que iriam receber coisa melhor. Mas valeu!

O reverendíssimo Watanabe também orientou a respeito de outra diretriz da Igreja, que é a horta ca-seira. Quem está praticando? Estão aprendendo algu-ma coisa cuidando da plantinha em casa? Vejo que um terço levantou a mão. A horta caseira é fantás-tica para praticar a formação do elemento humano. Vocês sabiam? Então, o Watanabe sensei nos repas-sou duas coisas. Por um lado, a alimentação sadia para entender a atuação de Deus e a gratidão pela comida. Por outro lado, o caminho de formação do elemento humano. Nunca perceberam isso? Eu te-nho horta caseira. Eu fico cuidando dela e pensan-do no trabalho que dá. Mesmo colocando carinho, muitas vezes não dá certo. Elemento humano não é assim? Quando estamos formando jovens é quase a mesma coisa. Por exemplo, no caso das plantas, elas têm um lugar certo, não têm? Nem muito sol, nem

muita sombra. Quando chove, não pode deixar encharcar, pois pode acumular água e vi-rar um lamaçal. É preciso tirar um pouquinho de água. Quan-do faz sol demais, conforme ocorreu meses atrás, a planta seca. Outra coisa é que não se pode esquecer de dar água to-dos os dias, principalmente no verão. Imaginem como a plan-ta ficaria. O pior é o seguinte: cada planta tem um jeito de ser cuidada. Se eu plantar alface, salsinha e outros, basta colher e pronto. Depois, precisa plan-

tar outra vez. Eu plantei couve, que tem uma vanta-gem: ela vai crescendo, e eu vou tirando as folhas. Houve uma couve que durou três meses. Alface não dura nada. Cresceu a folha, você consome ou perde. Aprendemos essas coisas. Isso quer dizer que existe elemento humano que dá resultado rápido e, depois, não mais. Então, precisamos “plantar” outra vez. Há verduras que dão trabalho o tempo todo, assim como certas pessoas. Temos aquele tipo do qual vamos cui-dando e só vamos colhendo. Gostaríamos que tudo fosse assim. Mas não é! Então, cuidar de plantas é um verdadeiro treinamento para formação do ele-mento humano. Será que alguém já chegou a pesqui-sar como cuidar de determinadas plantas? Ou, como cuidar daquela pessoa? Existem características total-mente diferentes. Então, não é só dar água a todas as plantas! Igual aos jovens. Damos uma palestra única e achamos que todos estão entendendo. Não é assim! Rui Barbosa deixou uma dica fantástica. Ele diz que

“Há um ensinamento de Meishu-Sama sobre

pragmatismo. Alguém já leu? O que ele fala?Colocar em prática!

Só isso.

ENCONTRO NACIONAL DE RESPONSÁVEIS DE JOVENS

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a verdadeira igualdade é tratar desigualmente os de-siguais. Isso quer dizer que posso falar no geral, mas o cuidar tem que ser individual. Eu pratico isso nas escolas em que dou orientação. O cuidar é individu-al, não é coletivo. É mais fácil chegar e orientar. Po-rém, ninguém checa o que cada um entendeu. Será que a situação de cada um deles é igual? É totalmente diferente: seja idade, problemas, saúde. Só quebra-mos essa igualdade quando começamos a cuidar in-dividualmente.

Será que os líderes jovens colocam sonhos nos jo-vens? Hoje, veio um dedicante comigo para o encon-tro e fui conversando com ele. O rapaz é supervisor de um banco. Fui perguntando se estava motivado ou não, pois ele disse que, há cerca de dois anos, não ocorre promoção no local de trabalho. Perguntei se era possível construir uma carreira lá, e ele respon-deu afirmativamente. Fui ouvindo o rapaz e pergun-tei se ele tinha o sonho de ser presidente daquele banco. Ele disse que nem tinha pensado nisso. Con-tudo, com o sonen grande que o Revmo. Watanabe sempre orientou, chegaremos a algum lugar. O que ele dizia sobre “hoje, melhor que ontem, amanhã, melhor que hoje”? O sonho é importante!

Em Santana, havia um grupo de jovens e comecei a fazer intercâmbio de aprimoramentos com outras cidades. Primeiro, comecei com o Estado de São Pau-lo. Esses jovens viajavam, e eu ia junto. Não podia deixá-los. Depois, aumentamos a distância. Fomos a Curitiba, Rio de Janeiro. Um dia, decidimos ir ao Nordeste. O reverendo Saito permitiu o intercâmbio e fomos até Belém (PA). Levei um grupo até Manaus (AM). Depois, já não havia mais onde levar no Brasil. E pensei: “Que sonho eu ia colocar?” Aí, me veio o Solo Sagrado do Japão. Depois de quase um ano, con-seguimos levar um número maior de jovens ao Solo Sagrado. Havia jovens que não tinham dinheiro para nada, mas receberam a permissão de ir. Por exemplo, a Miriam. O sonen dela era tão grande, que toda vez que uma caravana embarcava para o Japão, ela ia até o aeroporto despedir-se do pessoal. Ela saía choran-do de lá, pois não tinha sido a vez dela. Até que o momento chegou. O reverendíssimo falava de sonho! Gratidão, todos conhecem; altruísmo, nem se fala.

Atualmente, qual é a principal característica do líder jovem? Do líder do século XXI? O líder verda-deiro é o servidor. Não é aquele que manda, pega sua posição e espalha ordens. Mas aquele que serve, que está junto com as pessoas, que consegue com-partilhar.

Quanta coisa já ouvimos sobre felicidade: ela é o sonho de todos! No casamento, no trabalho, em tudo!

Só que o ser humano andou esquecendo que o fim dele é ser feliz. Quem não tem doença, miséria ou conflito, é realmente feliz? O Paraíso Terrestre, que é o mundo de Verdade, Bem e Belo, é almejado por todos. Precisamos mostrar aos jovens que dá para ser feliz. Hoje, a sociedade está vendo isso como produ-to. Vocês sabiam? A propaganda do Pão de Açúcar – “lugar de gente feliz.” Depois, eles criaram “O que você faz para ser feliz”. Eles estão avançando. Tem que fazer alguma coisa para ser feliz. A Coca Cola até hoje tem a campanha “abra a felicidade”. A Telha Norte era “preço forte”; agora colocaram “a felicidade é nosso forte”. E assim vai.

Há um movimento do mundo em que querem in-troduzir como medida de desenvolvimento de um país, o FIB: Felicidade Interna Bruta. Isso nasceu no Butão. O movimento está se expandindo. É o que Meishu-Sama quer: o Paraíso Terrestre. Esse país lançou uma legislação cujo objetivo é fazer com que todos pratiquem e cultivem a agricultura orgânica, que já é melhor do que a convencional. Existem tam-bém vários movimentos que têm como lema a felici-dade. Um vendedor de sapatos nos EUA veio lançar aqui o livro “Delivery Happiness”. A empresa dele chama-se “Zappos”. Ele vende sapatos, mas não diz isso. Ele diz que distribui felicidade. Veja a amplitu-de do tema. E assim, sucessivamente.

Para completar a questão do pragmatismo, le-rei um trecho do que Meishu-Sama deixou escrito: “Mais tarde, quando iniciei meus trabalhos reli-giosos, julguei necessário aplicá-los à religião. Isso significa ampliar o campo religioso, de modo que abranja a vida em geral” Quer dizer, em casa ou em qualquer lugar. Ele ainda diz: “O político não co-meteria injustiças porque, visando à felicidade do povo, promoveria uma boa administração, ganhan-do assim, a confiança de todos. O industrial obteria a admiração da coletividade, pois exerceria a profis-são honestamente. Os negócios progrediriam com segurança porque ele mereceria a estima dos seus empregados, que seriam fiéis no trabalho. O educa-dor seria respeitado e teria notável influência sobre seus discípulos, educando-os com bases sólidas. Os funcionários e os assalariados em geral subiram de posição, porque a Fé produz bom trabalho. A alma do artista irradiaria de suas obras, com grande ele-vação e força espiritual, exercendo influência be-néfica sobre o povo. O ator no palco manifestaria nobreza porque suas representações seriam basea-das na Fé. E os espectadores receberiam o reflexo dos seus sentimentos elevados. Entretanto, isso não significa que as coisas se processassem com rigidez

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didática, tudo deveria ser agradável e atraente. É fácil imaginar como melhoraria o destino dos

indivíduos e como eles se tornariam úteis à socieda-de, se seus atos fossem iluminados pela Fé, qualquer que fosse sua profissão ou situação.

(...) O ideal é ser natural, ser uma pessoa simples pondo apenas mais gentileza e nobreza nos atos. Em uma frase: ser polido, eliminando a fé grosseira.”

Foi isso que Meishu-Sama deixou escrito. Ele também cita frases de William James. Ele diz que toda filosofia precisa ter sua prática, sua ação. Sin-tetizando: procurei colocar a forma que seria ideal para que, daqui para a frente, nas orientações e nos ensinamentos, vocês possam exercitar. Eu sei que no começo é difícil, mas de tanto tentar, nós conse-guimos. É assim que venho fazendo. Há coisas que, até hoje, não apliquei, mas estou procurando. Mui-tas vezes, dei a tarefa de ler ensinamento dez vezes; outras vezes, de ler durante dois meses. E , assim, motivava as pessoas.

Havia uma senhora que sempre me pedia orien-tação; para cada coisa, uma orientação diferente. Era impossível, pois, no dia a dia, havia tanta coisa. Sabe o que fiz? Ao invés de brigar com ela, disse que lhe passaria uma tarefa muito grande para aprender tudo o que queria saber. Pedi para ela ler o “Alicerce do Paraíso”, que era volumoso, cem vezes. Quando terminasse, se tivesse alguma dúvida, ela poderia vir

falar comigo. Nunca mais apareceu. (risos). Eu não sei se leu, mas não precisou mais. Ela não quis mais falar comigo por achar que sou malcriado. Gostaria de concluir, deixando a seguinte sugestão.

Tornar-se uma pessoa pragmática, a partir de hoje, pois não tenho dúvida que muita coisa vai mu-dar. Atualmente, nós estamos com a campanha das orientações de Kyoshu-Sama sobre o renascimento espiritual. Alguém já conseguiu renascer espiritual-mente? Também vai acontecer o renascimento mate-rial. Eu estudei o tema e há razão para isso. Estou ob-servando as coisas do mundo e estão vindo grandes purificações, grandes mudanças. Será que, no caso dos líderes jovens, não seria uma nova etapa nessa linha do pragmatismo? Então, imagino que o renas-cimento seja morrer e nascer de novo. Meu desejo é que, a partir de hoje, através do pragmatismo, dos ensinamentos de Meishu-Sama e das práticas bási-cas, renascerá um novo líder jovem que tem a grande permissão de cuidar não só dos membros da Igreja, mas também a missão de ajudar o Brasil, e por que não, o mundo. Imagino que nasça um novo homem, um novo marido, uma nova esposa, um novo filho, um nova filha, um novo funcionário, em consequên-cia da mudança do ser humano. E assim, certamente, um dia, nascerá um novo mundo. Um mundo altru-ísta e espiritualista.

Bom-dia e muito obrigado!

ENCONTRO NACIONAL DE RESPONSÁVEIS DE JOVENS

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Meu nome é Mariana Costa de Carva-lho e sou messiânica há três anos. Estou cursando a faculdade de enge-nharia ambiental, trabalho como su-pervisora numa ONG e dedico como

responsável de jovens há dois anos no Johrei Center Jabaquara.

Hoje, gostaria de compartilhar a felicidade de cumprir a missão de responsável de jovens e o desejo de expandir cada vez mais a Obra Divina.

Quando ingressei na fé, não passava por nenhum problema ou sofrimento. Senti uma afinidade com o Johrei e logo despertou a vontade de ser membro. Comecei a dedicar no servir e, aos poucos, fui sendo convidada pela assessora para dedicar nos plantões, recebendo pessoas de primeira vez e frequentadores e encaminhando-os para entrevista com o ministro.

Posteriormente, passei a dedicar como monitora de jovens, apoiando a responsável nas atividades que ela desenvolvia. Nesse período, tive a permissão de

encaminhar e acompanhar cinco jovens até a ou-torga. Foi quando a responsável de jovens da época mudou de missão, e a ministra me convidou para substituí-la.

Por ter uma natureza expansiva, não tive difi-culdades para interagir com os jovens, embora não me sentisse preparada para cumprir a missão. A ministra me disse que eu não precisava me preocu-par, pois quando recebemos uma missão, é porque Meishu-Sama confia em nós e nos concede forças para cumpri-la.

Então, agradeci essa permissão e busquei praticar a orientação recebida, que foi: orar pelos jovens to-dos os dias e fazer mitama-migaki no Johrei Center para atraí-los. No início da dedicação, contava ape-nas com 11 jovens que, na sua maioria, eram filhos de missionários.

Com essa prática diária, o número de jovens co-meçou a aumentar. Assim, no primeiro mês, empe-nhei-me para entrevistar cada jovem e tomei conhe-

Mariana Costa de Carvalho, responsável de jovens do JC Jabaquara.

Ser responsável de jovenstransformou meu destino

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cimento de seus sentimentos e purificações.Pedia muito a Meishu-Sama para ampliar meu

amor e minha vontade de ajudá-los. Com isso, eles começaram a ganhar confiança e, através das dedi-cações, passaram a participar de todas as atividades.

Uma experiência que vivi nesse período, foi com um jovem que tive a oportuni-dade de acompanhar. Como eu ainda não trabalhava, ia todos os dias ao Johrei Center. Este jovem tinha 15 anos de idade, era muito rebelde e, devido ao seu temperamento explosivo, gerava muitos conflitos, prin-cipalmente com a família.

Passei a chamá-lo para de-dicar comigo, inicialmente na limpeza. Ministrava-lhe bas-tante Johrei e dava a tarefa de ler um ensinamento por dia. Quando nos encontrávamos, perguntava sobre qual ponto havia aprendido e praticado.

Para minha surpresa, ele foi se tornando um jo-vem mais simpático, atencioso e prestativo e, assim, despertou para ingressar na fé. A família, vendo sua mudança, ficou muito feliz e a mãe, alguns meses depois, começou a frequentar o Johrei Center e rece-beu o Ohikari.

Assim, cada vez que eu pensava nos jovens e ou-via suas histórias, reconhecia que eles também eram meus antepassados. Enxergava que os muitos pontos que se manifestavam neles, como gá forte, presun-ção, egoísmo, eram os que eu deveria aprimorar e melhorar.

Então, procurei empenhar-me bastante na práti-ca do Johrei, pois acredito que o mesmo é o ápice do altruísmo. Convidei a todos para assumirem um dia de plantão e passamos a dedicar aos sábados. Iniciamos a dedicação com sete jovens e ficá-vamos das 15 às 18 horas. Confec-cionávamos minibana para entre-gar às pessoas na porta do Johrei Center e as convidávamos para entrar e receber Johrei.

Apesar de não contar com to-dos os jovens ativos, continuava com o sonen forte e constante de merecer envolvê-los na dedicação. Pouco a pouco, os jovens passa-ram a vir dedicar com mais com-

promisso, o que nos permitiu assumir o plantão de sábado, durante o dia inteiro.

Em outubro de 2012, realizamos nossa primeira difusão de Johrei dos jovens no Johrei Center. Nesse dia, eles tinham a tarefa de trazer um amigo ou con-vidado para conhecerem o Johrei.

Isso foi o começo do enca-minhamento e da formação de novos jovens que foram desper-tando para receber o Ohikari. Com isso, o grupo foi aumen-tando e pudemos presenciar várias experiências através do Johrei, fortalecendo a nossa fé, a cada milagre que acompa-nhávamos.

Uma experiência que me marcou bastante foi quando eu ministrei cinco minutos de Jo-hrei a um senhor que passava

na rua. Logo que encerrei a ministração, convidei-o para entrar no Johrei Center. Porém, ele nada disse e foi embora.

Após três horas, ele retornou e me procurou para agradecer a oração que eu havia feito, pois aqueles cin-co minutos foram suficientes para fazê-lo desistir de cometer uma grande loucura. Contou-me que estava decidido a tirar a vida da esposa, devido a uma traição.

Essa experiência me trouxe forte convicção na prática do Johrei e na importância de transmiti-lo, uma vez que gera mudança de pensamento e trans-forma o destino das pessoas.

Ao compartilhar esta experiência com os jovens, todos foram se motivando a participar da difusão de Johrei e a frequência começou gradativamente a

“.... procurei empenhar-me bastante

na prática do Johrei, pois acredito que o mesmo é o ápice do altruísmo.

ENCONTRO NACIONAL DE RESPONSÁVEIS DE JOVENS

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aumentar, até que, em abril de 2013, alcançamos o número de 30 jovens dedicando.

Ainda naquele mês, tive a permissão de partici-par, pela primeira vez, da Conferência de Jovens com a presença do reverendíssimo Watanabe.

Após a palestra, saí motivada e decidida a me esforçar ainda mais na expansão da Obra Divina, cumprindo as tarefas de salvar uma pessoa por mês e mudar meus hábitos alimentares, passando a con-sumir produtos orgânicos e a praticar a horta casei-ra, com o objetivo de transformar meu lar em um local paradisíaco.

Por intermédio dessas práticas, consegui forças para motivar os jovens para darmos início às reuni-ões de Johrei no lar, atividade de suma importância que nos é orientado pelo responsável da Região São Paulo Capital, mas que ainda não tínhamos conse-guido realizar.

No decorrer das reuniões de Johrei no lar, tive-mos uma experiência que tocou a mim e a todos os monitores.

Passamos a acompanhar, por um ano, uma jovem que começou a participar das reuniões e purificava de conflito com a família.

A mãe dessa jovem não aceitava a Igreja Messiâni-ca e se incomodava muito com o fato de a filha minis-trar Johrei. Ouvindo essa situação, disse à jovem que levasse sempre minibana e estudasse os ensinamen-tos. Aos poucos, a atmosfera do seu lar foi mudando e, em um dia, ela resolveu convidar sua mãe para ir ao Johrei Center. Para sua surpresa, ela aceitou.

Comecei, então, a acompanhar a mãe dessa jovem, ministrando-lhe Johrei e estudando os ensinamentos com ela. Após dois meses, ela despertou para assistir às aulas de iniciação e decidiu receber o Ohikari.

Meses depois, o irmão dessa jovem passou por uma purificação de saúde, chegando a ficar internado durante uma semana. Diariamente, eu e os monito-res íamos nos revezando na assistência religiosa. Ele passou por vários exames, mas nada foi detectado. Em uma das assistências religiosas, comovido com o apoio que estava recebendo, ele chorou muito e mani-festou a vontade de também poder ministrar Johrei às outras pessoas, assim que saísse do hospital.

Seu pai ficou sensibilizado e grato com a assis-tência prestada e, logo após a alta médica do filho, expressou o desejo de conhecer o Johrei Center. No mês seguinte, o jovem e o pai receberam o Ohikari. Com isso, uma família que antes não aceitava nem acreditava no Johrei, tornou-se uma das famílias que, atualmente, mais encaminham pessoas ao Joh-rei Center.

Assim, no segundo semestre de 2013, graças ao empenho de todos nas dedicações, ganhamos a per-missão de indicar vários jovens para se qualificarem através dos cursos dos Programas de Formação:

Foram cinco jovens que se formaram no Progra-ma de Formação Johvem 2; cinco que ingressaram no Programa de Formação Johvem 3; um se formou no Nível 1 e outro, no Nível 2. Após um longo tempo, finalmente o Johrei Center pôde apresentar um jovem que entrou para o Seminário de Formação Sacerdotal.

Ao ver o fortaleci-mento do grupo, fui orientada pela coor-denadora de jovens e pela ministra a for-mar monitores, para que me dessem apoio.

Assim, com esse sonen, Meishu-Sama me enviava os jovens, e eu apenas os mo-tivava a dedicar na expansão da Obra Di-vina, realizando a di-fusão no Johrei, dando aulas, estudando os ensinamentos, reali-zando as reuniões de Johrei no lar. Quando me dei conta, estava com a minha equipe

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de monitores formada.Hoje, graças ao apoio e às orientações, o

grupo conta com 60 jovens ativos, sendo oito monitores.

Para mim, está sendo muito gratificante ob-servar o crescimento espiritual de cada jovem que tive a permissão de acompanhar e formar, principalmente porque acredito que, graças a isso, minha vida se transformou por completo.

Antes de servir à Obra Divina, como todo jovem, eu saía bastante e motivava outros jo-vens apenas para baladas e curtições. Não ti-nha vontade de estudar nem sabia o que queria realmente da vida. Porém, graças a Meishu--Sama e às missões que fui assumindo, hoje posso dizer que encontrei o verdadeiro prazer de servir e de participar da construção de um mundo melhor.

As dedicações só agregaram e deram um sentido para eu saber que posso ir a qualquer lugar sempre com o sonen ligado a Meishu-Sama. Levo uma vida normal, divirto-me muito, meu ciclo de amizade é bem extenso, gosto muito de viajar e estou namorando.

Tenho como hobby devorar ensinamentos de Meishu-Sama e, desse modo, posso adaptar-me a qualquer lugar sempre ligada a ele. Tive até a oportunidade de minis-trar Johrei a uma moça que purificou em um Car-naval de Salvador.

Amo minha família in-condicionalmente. Moro com meu pai, madrasta e minha irmã caçula; antes, morei por 18 anos com minha mãe. Sinto uma gratidão profunda por meus pais e meus três irmãos.

Meus pais sempre me ensinaram a ter respeito por eles e por outras pessoas. Hoje, incluindo meu pai e minha mãe, somos oito membros.

Em meu trabalho, procuro sempre praticar o belo por meio das palavras, levo minibana à minha equi-pe, incentivo os funcionários para que consigam atingir seus objetivos. Como exerço o cargo de su-pervisora, eles me veem como um modelo.

Com tudo isso, este ano fui convidada, como assistente do coordenador de jovens da Área, para apoiar seis Johrei Centers.

Fiquei surpresa, porém receosa, pois, devido às viagens a trabalho, à faculdade e à falta de tempo,

“Tenho como hobby devorar ensinamentos de

Meishu-Sama e, desse modo, posso adaptar-me a qualquer lugar sempre ligada a ele.

minha intenção não era assumir uma nova missão, e sim, buscar orientação com a ministra para saber como conciliar minha dedicação com a vida pessoal.

Ela me orientou que qualquer missão é um pre-sente de Meishu-Sama e que a falta de tempo seria o meu desafio para crescer e treinar o sonen. Afi-nal, quem define o início e o fim da nossa missão é

Meishu-Sama.Fiquei profundamente

emocionada e grata pela confiança e orientação. Senti 100% a atuação de Meishu-Sama em suas palavras. Então, mais do que depressa, assumi a nova missão de assistente da coordenadora e, conti-nuando como responsá-vel de jovens, apesar da pouca idade, confesso que nunca imaginei estar aqui

vivendo este momento.Venho aprendendo com os jovens a amar as pes-

soas, independentemente da cultura, raça, estilo de vida. Afinal, são esses jovens que me motivam a me-lhorar a cada dia, buscando renascer como verdadei-ra filha de Deus.

Quero que todos os jovens se fortaleçam cada vez mais para que, juntos, possamos levantar a bandeira de Meishu-Sama rumo à construção de uma nova ci-vilização baseada no amor e na sinceridade.

Agradeço profundamente a Deus, a Meishu-Sama, aos meus antepassados, aos meus superiores, que me deram todas as orientações, e aos jovens, que eu tan-to amo!

ENCONTRO NACIONAL DE RESPONSÁVEIS DE JOVENS

Mariana com a sua equipe de monitores.

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Boa-tarde! Vocês estão felizes? Que bom! Hoje, é um dia bastante especial para todos nós. Nosso presidente, reverendo Hidenari Hayashi, está no Solo Sagrado do Japão, onde participou do Culto da Pri-

mavera, representando a todos nós, membros brasilei-ros. Ele prestará relatórios a Kyoshu-Sama e ao nosso presidente mundial, reverendíssimo Kobayashi. Ele mostrará as atividades realizadas em 2013 e as dire-trizes para 2014. O Culto da Primavera no Japão re-presenta o início do ano messiânico. Então, todas as atividades da nossa Igreja começam sempre no mês de

março no Japão, junto com o culto. E é por essa razão que o presidente não está aqui hoje.

Eu dissera a ele: “Presidente, quando o senhor re-tornar do Japão, nós faremos o Encontro de Jovens”. Ele respondeu: “Não, não é preciso, não desmarque. Você faz o aprimoramento.” Então, vou tentar trans-mitir a vocês a orientação do presidente da Igreja, reverendo Hayashi.

Quero agradecer a os nossos jovens organizado-res, à comissão e também ao grande empenho e à dedicação de vocês durante o ano de 2013. Para nós, é uma grande alegria tê-los aqui. O reverendíssimo

Precisamos Reverendo José Roberto Bellinger.

SECRETARIA JOHVEM

nascer de novo!

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Tetsuo Watanabe, uma vez, se expressou: “Vocês são o tesouro da Igreja Messiânica”. Eu acredito nisso e tenho certeza que vocês são o tesouro e a continui-dade da nossa Igreja no Brasil. Nós contamos com to-dos e o que pudermos fazer para colaborar e auxiliar, procuraremos dar o máximo para que nossa Igreja, que é a construtora de um novo mundo, cumpra sua missão.

No ano passado, nós tivemos a Conferência Joh-vem com a participação do reverendíssimo Te tsuo Watanabe e, no mesmo ano, ele retornou ao mundo espiritual.

Ele nos deixou tarefas muito especiais, e sei que o reverendo Koji Sakamoto recordou as orientações do reverendíssimo. No ano pas-sado, eu participei da pre-paração da orientação dele para todos vocês. Foi um momento muito especial, pois o reverendíssimo sem-pre dedicou muito próximo dos jovens. Quando conheci o reverendíssimo, eu tinha de seis para sete anos de idade, num momento de purificação da minha família. Recebemos nosso pri-meiro Johrei numa pequena casa, na rua Santa Lui-za. Era uma fase difícil, em que a saúde da minha mãe estava muito abalada. De repente, minha mãe, ao receber Johrei, por três dias, recuperou-se de uma purificação que a fez pesar 37 quilos. Naquela épo-ca, depressão era tratada no hospício. Ela chegou a ser internada e saiu para morrer em casa. Foi quan-do conhecemos a Igreja Messiânica, um momento muito especial. Em três dias, recebendo Johrei, tive minha mãe de volta. Eu era fã de um seriado na televisão que passa-va todo o dia, “National Kid”. Já ouviram falar do National Kid? Era o super-herói da minha época. Então, quando eu olha-va para o reverendíssimo e via a postura dele, sempre atencioso, cortês, simpático, eu dizia que ele era o National Kid. Eu o via como um herói, porque salvou minha mãe. Eu não conseguia enxergar Meishu--Sama; eu via Meishu-Sama através dele. Ele era o meu salvador. Quando cresci e recebi o Ohikari, continuei, graças a Deus, como missionário, e, às quintas-feiras, o reverendíssimo fazia aprimoramento para os missionários. Eu sempre participava, e

ele me ensinou a cuidar de pessoas. Uma tarefa mui-to especial que eu recebi dele, foi conduzir, em 30 dias, cinco pessoas à Igreja. Eu nunca encaminhara alguém. Acho que eu tinha 15 anos, e ele me deu essa incumbência. Evidentemente, procurei as pes-soas que estavam mais próximas, a quem eu já tinha ministrado Johrei, e consegui cumprir a tarefa. Essa convivência na infância e na juventude com o reve-rendíssimo foi muito emocionante. Ouvia suas orien-tações e, nesse último ano, com a dedicação mais próxima quando ele chegava ao Brasil, relembrei

muita coisa. Foram momen-tos muito bonitos. Eu lhe fiz a seguinte pergunta: “Reveren-díssimo, como o senhor con-seguiu que, nos anos 70, os messiânicos eram reconhe-cidos nas ruas, como pessoas gentis e corteses?” Ele brin-cou e respondeu: “É que eu só escolhia para o meu lado as pessoas mais simpáticas e mais corteses. Olha como os messiânicos são simpáticos! Depois, ele contou esta histó-

ria no Japão durante um culto mensal. Em março, eu fui ao Japão, onde, ao participar da orientação aos responsáveis de área, disse: “Na verdade, nós apren-demos a ter aquela postura com ele. O que me chama-va minha atenção era como uma pessoa conseguiu influenciar tantas outras com uma postura altruís-ta, gentil, cortês. Ele fazia isso com todos a ponto de os messiânicos serem reconhecidos na cidade como pessoas simpáticas.”

Eu me lembro que, quando chegávamos à Igreja,

“O reverendíssimo Tetsuo Watanabe, uma

vez, se expressou: ‘Vocês são o tesouro da Igreja

Messiânica’.

ENCONTRO NACIONAL DE RESPONSÁVEIS DE JOVENS

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e ele saía para ministrar Joh rei, sempre cumpri-mentava as pessoas sor-rindo: “Oi, como vai, tudo bem?” Então, eu percebia que as senhorinhas e os dedicantes o imitavam no cumprimento, no sorriso e na postura. Portanto, nossos membros ficavam conhecidos como pessoas gentis, corteses e simpá-ticas em toda a cidade do Rio de Janeiro. Para mim, isso foi uma experiência muito interessante: por que alguém conseguiu influenciar tantas ou-tras pessoas, a ponto de serem reconhecidas em uma cidade? Não vou fa-lar muito dele, porque eu me emociono. Ele sempre teve muita energia e nos passava tarefas como fez no ano passado, retrasa-do... Nesses dez anos, ele vinha fazendo os encon-tros e nos passava sempre uma tarefa nova para nosso crescimento e evolução espiritual.

A grande confiança que ele tinha nos jovens fazia com que ele realizasse tudo de forma mui-to especial para eles. Para os membros em geral, às vezes, era tudo bom, maravilhoso, mas para os jovens, ele tinha sempre alegria em fazer. O reve-rendíssimo faleceu preparando um aprimoramen-to para jovens. Então, dá para ver a tamanha im-portância que ele sempre deu ao futuro da Igreja Messiânica Mundial.

Este ano, conversando com o reverendo Hayashi, ele me disse: “Bellinger, o reverendíssimo Tetsuo Watanabe sempre facilitou bastante as práticas mes-siânicas para todos nós. Às vezes, vinham as orien-tações de Kyoshu-Sama, um pouco difíceis de serem assimiladas na primeira leitura. Porém, logo ele vi-nha e, da forma mais prática, explicava as orienta-ções. Nós aprendemos a prática do sonen, as peque-nas ações altruístas: foram várias práticas que ele nos ensinou e que fazia com que nós chegássemos às orientações do nosso líder espiritual, que é o desejo de Meishu-Sama.” Ele continuou: “Agora, nós preci-

samos fazer isso. Precisa-mos estudar Kyoshu-Sa-ma e satisfazer o desejo de Meishu-Sama de en-tendermos o que ele está falando. Precisamos nas-cer de novo, como verda-deiros filhos de Deus. De que forma nós vamos re-nascer como verdadeiros filhos de Deus?” Respon-di: “É, presidente, como vamos renascer como ver-dadeiros filhos de Deus?”, devolvendo-lhe a pergun-ta. Ele sugeriu que ten-tássemos pensar de uma forma bem simples. Em que momentos, nós nos sentimos ligados a Deus? Em vários momentos. Aí, ele perguntou: “No mo-mento do milagre, quan-do recebemos um grande milagre, como é que nos sentimos?” Como vocês se sentem quando recebem um grande milagre?

Nós nos sentimos feli-zes, gratos, próximos de Deus, diante de algo inespe-rado, positivo, que surge em nossas vidas.

O reverendo disse: “Isso não é nascer de novo? Não é maravilhoso?” Respondi: “É maravilhoso.” Ele continuou: “Precisamos nascer de novo.” Eu fiquei buscando caminhos de como nascer de novo. Líder, todos nós somos, eu, vocês, não somos? Então, nós te-mos que correr à frente, aprender depressa, assimilar rápido para conseguir transmitir às pessoas.

Um dia, estava em casa, quando minha filha ca-çula disse: “Pai, estou namorando!” Eu disse: “Que bom! Tá na idade, parabéns!” Aí, ela disse: “Mas tem um problema.” Perguntei: “Que problema?” Ela res-pondeu: “Ele é TJ.” Sabem o que é TJ? Testemunha de Jeová. Olhei para ela e comentei: “Ah, minha filha, tudo bem, que maravilha! Está ótimo. Pelo menos, ele é uma pessoa ligada a Deus, parabéns.” Ela saiu, e eu pensei: “Meishu-Sama, um TJ...por que um TJ? Há tantos messiânicos bons.” Fui mais longe no meu pensamento: “Como será a vida dos meu netinhos? Eles não vão poder ter festas de aniversário, que tris-teza... eu gosto de festas! Já pensou o Natal? Eles não vão comer rabanada comigo. Que difícil!”

“Todos nós fomos criados no Paraíso, no momento

da nossa concepção. A primeira parte que

recebemos é a centelha divina, a nossa alma.

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Um dia, eu acordei de manhã, com a mesa pos-ta. Aquela mesa lembrou minha infância: quando eu tinha uns 10, 12 anos, um tio preparou uma mesa igual a essa, com bolo, fruta, pão. Pensei: “Meus tios faleceram faz tanto tempo, só que eu nem sei quando foi.” Aí eu me lembrei. Minha tia era a irmã mais velha do meu pai, o qual era o caçula de oito filhos. Quando os dois se tornaram Testemunhas de Jeová, perderam muito o contato com a família, e não nos víamos mais. Quando havia um aniversário, todos se reuniam, mas eles não iam e diziam que não parti-cipavam de festa de aniversário. Aos poucos, as pes-soas foram se afastando deles e eles de nós, e eu nem sei quando faleceram.

Eu me sentei à mesa e disse para mim mes-mo: “Meishu-Sama, fiz prática do sonen, fiz tantas coisas, e nunca me lembrei desses tios. Entendi, Meishu-Sa-ma, por que TJ tinha que bater à minha porta. O namorado da minha filha veio trazer meus tios de volta.” Fechei os olhos e lembrei-me da fisionomia dos meus tios e disse: “Tia Lara, a senhora estava aqui o tempo inteiro por perto. Que bom reencontrar a senhora. Sabe, a senhora estava espe-rando a vinda do Messias, não é? O Messias veio com o nome de Meishu-Sama. Ele está construin-do o Paraíso na Terra. Eu queria con-vidar a senhora e o tio Jorge para dedicar comigo. Vamos dedicar, juntos, na Obra Divi-na?” Aquele momento foi de emoção para mim e de agradecimento pela vinda desse rapaz, para eu me lembrar de meus antepassados e ter gratidão por eles. Esse tio, que se chama Jorge, era fuzileiro naval refor-mado. Então, todos nós aprendemos a nadar com ele. Meus tios tinham uma casa no Recreio dos Bandei-rantes, no Rio de Janeiro. Nas férias, nós ficávamos na casa dele e íamos à praia. Ele nos ensinava a mer-gulhar nas ondas, que eram altas. Éramos todos pi-vetinhos, com 9 e 10 anos. Ele dizia: “Mergulha todo mundo.” E nós mergulhávamos. Vocês viram aquele filme do Nemo? Não havia aquele professor? Ele era o nosso professor e fazíamos igual ao Nemo. Nós mer-gulhávamos com ele e, quando alguma criança bebia um pouco de água, ele a pegava e a jogava por cima das ondas, em direção da beira da praia.

Outra situação legal que tivemos com ele, foi no dia de Ano-Novo: ele mesmo preparou uma mesa de

café da manhã para todos nós. Só que no Recreio dos Bandeirantes, nos anos 70, era tudo mato. Não ha-via prédios nem comércio como hoje. Aí, minha tia perguntou: “Jorge, onde você foi comprar todas es-sas coisas? Ele respondeu: “Lá na praia, havia umas maçãs, umas uvas, um bolo tão bonito! Eu lavei as frutas e trouxe as ‘oferendas.’” Foi a primeira vez que eu comi uma “oferenda.” Esse fato foi muito interes-sante e engraçado. Nenhuma criança passou mal, e os adultos ficaram cheios de frescuras, reclamando que meu tio havia pegado a oferenda da praia.

Meus tios eram bastante especiais para mim, só que o tempo foi passando, e esqueci-me deles. En-tão, comecei a pensar: “Meishu-Sama, eu acho que

os fatos que acontecem nas nossas vidas, todas as pessoas com quem temos contato, têm

um porquê. Deus traz essas pessoas até nós para que possamos nascer

de novo, relembrar os tios, relem-brar todo mundo. Foi a oportu-nidade que eu tive de fazer a prática do sonen para meus tios.

Outro dia, comentei com o reverendo Hayashi que su-giram outras experiências sobre nascer de novo como

verdadeiros filhos de Deus. Às vezes, ficamos procurando coi-

sas muito difíceis, mas é o nos-so dia a dia, com o pensamento e

o sentimento com que recebemos as coisas que nos acontecem, que nos con-

duz ao nascer de novo como verdadeiros filhos de Deus. Quando nos deparamos com uma dificul-dade, parece que ela veio para nos destruir, mascon-segui compreender que não é isso. Ela serve para que nós consigamos crescer, evoluir espiritualmente. Portanto, precisamos sentir gratidão até mesmo por uma dificuldade. Vocês concordam? Quem estava na conferência do ano passado, pode levantar a mão? Ah, bastante gente. Vocês conseguiram praticar isso? Agradecer em qualquer circunstância? Não? Vocês nos surpreendem. Além de nascer de novo, temos ou-vido várias expressões como: “nascer de novo como verdadeiros filhos de Deus”, “tornar-se um homem paradisíaco”... Essas expressões nos conduzem ao mesmo ponto: precisamos nascer de novo e externar o Deus que existe em nosso interior. Todos nós fomos criados no Paraíso, no momento da nossa concepção. A primeira parte que recebemos é a centelha divina, a nossa alma. No momento da concepção, Deus já

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nos dá parte d’Ele. É o sopro da vida, é a alma. Quan-do o ser começa a se formar, vêm o espírito secun-dário e o espírito guardião. Porém, no momento da concepção, nós já recebemos Deus. Então, nascer de novo significa que Ele está dentro de cada um de nós. Deus existe em nós, e o que precisamos fazer é deixá--Lo vir, trazê-Lo para o nosso dia a dia, não é? Nossa alma foi criada no Paraíso; então, nós já somos ho-mens paradisíacos, tudo está pronto dentro de nós. Só que, muitas vezes, por meio de nossas atitudes, a forma como encaramos o dia a dia, parece mostrar que estamos distantes e que aprendemos a ver Deus lá no Céu, muito longe de nós.

Queria que vocês saíssem com a certeza de que Deus está aqui, de que Ele existe dentro de cada um. E esse Deus vai nascer a partir da minha postura cotidiana. Gostaria que vocês se lembrassem disso o tempo inteiro, mesmo quando encontrassem uma dificuldade. O supremo Deus está me dando essa di-ficuldade para que eu nasça de novo como Seu ver-dadeiro filho, para me polir, para me aprimorar, para me elevar espiritualmente. Tudo o que ocorre é para a nossa elevação espiritual e salvação. E este é um ponto que o presidente Hayashi vem colocando des-de 2013.

Comecei a dedicar aqui, na Sede Central, em setembro de 2012, e perguntei ao presidente como nós viveríamos o ano de 2013. Ele olhava para mim e respondia: “Vamos pensar.” Posteriormente, per-guntei de novo: “Como vamos viver o ano de 2013?” Até que, finalmente, ele disse: “A Igreja Messiânica

vai viver o ano de 2013 olhando para Meishu-Sama. Nós vamos viver olhando o dia a dia de Meishu-Sa-ma, os passos de Meishu-Sama, espelhando-nos nas atitudes dele. Esse momento foi bastante interessan-te porque comentei: “ Viver olhando para Meishu--Sama é ser conduzido ao Paraíso. Viver os passos de Meishu-Sama é para que nós possamos nascer de novo.” Então, comecei a observar, durante o dia, em quantos momentos eu estava em sintonia com o di-vino e em quantos momentos eu me encontrava em outra sintonia. Como vocês dirigem? Percebemos que, nos grandes centros, o que ocorre normalmen-te? Quando alguém nos dá uma fechada, o que nós falamos? “Graças a Deus!”... (risos). Eu também faço isso. Notei que eu xingava na hora da fechada. Aí, falei: “Meu Deus, como precisamos nos polir!” Eu digo isso com o carro fechado, mas estou dizendo. Portanto, preciso me polir. Um dia, levei uma fe-chada e disse: “Vai com Deus” e cheguei aqui tran-quilo. Outra ocasião, esqueci que estava praticando algo, tomei uma fechada e soltei um palavrão. Logo em seguida, falei: “Ai, Meishu-Sama, me perdoa.” E completei: “Ah, vai com Deus”. Logo depois, recebi outra fechada. Olha só que interessante: quando nós entramos numa sintonia para baixo, cada coisa que nos provoca vai-nos puxando cada vez mais para baixo. Quando estamos em sintonia com Deus, so-mos puxados para cima. Portanto, precisamos nos policiar para vivermos olhando para Meishu-Sama, para nos tornarmos paradisíacos.

Próximo ao Culto do Paraíso, em junho de 2012, fiz um objetivo: ministrar Johrei ao governador de São Paulo, Geral-do Alckmin. Eu estava cuidan-do da Região São Paulo Capital e pensei: “Há muita violência nesta cidade, vou acabar com essa violência. Vou lá, ministro Johrei ao governador e, na hora que eu começar a ministrar-lhe Johrei, a violência vai começar a diminuir.” Nesse ínterim, fui transferido para a Sede Cen-tral e, logo depois que cheguei aqui, agendamos uma data para a visita ao governador. Prepa-rei tudo: ikebana, produtos da Korin, frango, ovos. Eu queria apresentar nossos produtos. Eu tinha outro objetivo, além de acabar com a criminalidade: precisava acelerar a segunda

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fase da construção da Solo Sagrado de Gua-rapiranga. Muitas coisas ficam presas no nível do governo. Então, eu vou conversar com o governador sobre nossos objetivos e o Solo Sagrado. Quando cheguei lá, ele me recebeu muito bem. Ao ver aquela cesta de produtos, com alface, frango, comentou: “É para mim?” Respondi: “É. São produtos da Agricultura Natural.” O governador disse: “Que maravilha! Vocês praticam a Agricul-tura Natural?” Respondi: “Praticamos.” Ele comentou: “Eu também.” Perguntei-lhe se praticava Agricultura Natural. Ele respon-deu: “Eu faço agricultura orgânica. Tenho uma plantação em meu sítio em Pindamo-nhangaba. Sabe o que aconteceu outro dia? Meu caseiro aplicou herbicida na terra. Só que ele não conseguiu arrancar o mato até eu chegar. Quando eu vi, ele havia coloca-do o defensivo justamente na parte que é acima do poço artesiano. Então, precisei ensinar a ele que, através dos lenções fre-áticos, tudo o que se coloca na terra vai para a água. Você está envenenando a mim, a você, seus filhos, sua esposa.” Alckmin é médico e continuou: “Eu pratico porque gosto, busco alimentar-me com produtos orgânicos.” Eu pensei: “Que maravilha! Um ponto de afinidade.”

Depois, falei sobre o Solo Sagrado, sobre a repre-sa de Guarapiranga, como nós fazemos com a repre-sa: “Temos um grupo de meio ambiente que limpa a represa, que faz o abraço à represa, que chama a comunidade das redondezas de Guarapiranga, que recolhe as garrafas pet encontradas ao redor da re-presa.” Fui enumerando nossos trabalhos ambien-tais. Aí, o governador disse: “Sabe o que eu retiro da represa? Sofá, geladeira, todo tipo de lixo. Fora as algas, que precisamos tirar, porque elas absorvem todo o oxigênio da água. Dá muito trabalho cuidar da represa. Ainda bem que você me ajuda nesse ponto.” Aí, eu falei: “Vou-lhe ministrar Johrei.” Comecei a ministração e logo ele chamou a secretária para abrir a janela. A secretária abriu. Pedi que ele virasse de costas. Quando se virou, chamou novamente a se-cretária e disse que fechasse as janelas e ligasse o ar condicionado. Ele começou a transpirar, transpirar. Depois, dormiu, e eu fiquei meia hora ministrando Johrei nas costas dele, pensando em toda a cidade de São Paulo. Pensei: “Que bom! O governador pre-cisa receber luz”.... Pedi que ele virasse e terminei o Johrei. O governador disse: “Ainda bem que você me trouxe esse presente, relaxei. Como estou me sen-

tindo bem!” Terminamos o encontro, e marquei um dia para ele visitar o Solo Sagrado, o que ocorreu no dia do culto mensal. Só que quando eu saí de lá, eu disse: “Meishu-Sama, ele pensa igual a mim sobre meio ambiente, alimentação. Ele faz práticas iguais às nossas. Então, por que a segunda fase da constru-ção do nosso Solo Sagrado está presa? Por que ain-da não conseguimos lançar a segunda etapa? O que está acontecendo, Meishu-Sama?” Nesse momento, aquela segunda pessoa falou assim: “A segunda eta-pa de construção está presa a você.” A mim? Por que a mim? É: acho que está. Naquele momento, lembrei--me da diretriz da nossa Igreja. Vocês se lembram?

“A construção do Protótipo do Paraíso é a constru-ção do homem paradisíaco. Essa é a nossa missão.”

Pensei: “Até que ponto eu consegui tornar-me paradisíaco para merecer a segunda etapa da cons-trução do Solo Sagrado?” Então, ela não está presa ao governo, mas a mim. Eu preciso começar a me tornar um homem paradisíaco, a fazer aquilo que o reverendo falou: “Seguir meu dia a dia olhando para Meishu-Sama.” Comecei a pensar no Solo Sagrado e a lembrar a diretriz, antes da inauguração. Em 1994, a diretriz era: “Construir o Solo Sagrado do Brasil é o caminho da nossa salvação, encaminhando pes-soas e formando membros, praticando o donativo

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de gratidão, servindo com as próprias mãos.” Vocês já ouviram essa diretriz? Quando me lembrei dela, disse: “Foi exatamente isso que aconteceu, Meishu--Sama.” Quando a primeira etapa de construção do nosso Solo Sagrado foi lançada, nós vivíamos, no Brasil, um período de inflação muito alta, o dia a dia não era fácil. Todo mês, era preciso haver aumento de salário, porque a inflação comia tudo. Então, foi com grande dificuldade financeira que começamos a construção, que culminou com o Plano Collor. Esse plano prendeu todo o nosso dinheiro, e ninguém po-dia retirá-lo. Por conseguinte, nossa Igreja também não podia mexer no dinheiro.

No dia 31 de março de 1992, o reverendíssimo Tetsuo Watanabe estava aqui e disse: Precisamos concluir o Solo Sagrado. Como é que vamos fazer? Vamos pedir empréstimo ao banco ou à Igreja-mãe, no Japão, ou vamos nos empenhar de corpo e alma?” Todos os delegados representantes dos membros res-ponderam: “Vamos nos empenhar de corpo e alma.” No culto do dia primeiro, que ocorria na Sede Cen-tral, o reverendíssimo fez a mesma pergunta para a nave lotada, e todos os participantes responderam: “Vamos nos empenhar de corpo e alma.” A partir da-quele dia, nós começamos com empenho e gratidão. Na época, eu estava na Igreja de Campinas. Foi tão emocionante, porque membros muito humildes, tra-ziam aqueles aneizinhos de ouro e diziam: “Minis-tro, será que dá para nós vendermos e fazer de dona-tivo?” Foi um empenho sincero de todas as pessoas.

Aquilo me emocionou muito, porque eu sempre fi-cava pensando: “Meishu-Sama, nós vamos construir o Solo Sagrado do Brasil, mas como? Como vamos trazer aquela atmosfera do Solo Sagrado do Japão? Como é que vai ter o jeito de Atami, de Hakone, si-lêncio de Hakone, de Kyoto? Como nós vamos fazer?” Eu achava o Solo Sagrado um belo jardim.

No dia da inauguração, nós estávamos no cortejo levando as imagens para o altar do Solo Sagrado e havia aquele tambor “taiko”, fazendo ....tum ...tum ....vocês já viram? Foi uma grande emoção, porque eu percebi que Meishu-Sama estava lá, eu senti a at-mosfera do Solo Sagrado naquele instante. Realmen-te, nasceu o Solo Sagrado! Onde há pessoas, since-ridade, amor e gratidão de muitas pessoas, é onde Deus assenta. O assento de Deus na Terra foi criado naquele momento em que nós nos empenhamos de corpo e alma.

Comecei a lembrar-me do Solo Sagrado, no pe-ríodo em que fiquei no Japão. Lá, fui dar assis-tência religiosa a uma senhora que se chamava Watanabe. Não era parente do reverendíssimo. No primeiro dia em que cheguei para ministrar--lhe Joh rei, ela estava no leito de morte. Assim ela se expressou: “Ah, que maravilha ver você aqui! Tudo o que Meishu-Sama falou é verdade.” Eu per-guntei: “Por quê?” Ela respondeu: “Sabe, Meishu--Sama sempre nos dizia que muitos estrangeiros viriam em busca da Luz de Deus, e hoje você está aqui. E há outra coisa: Meishu-Sama sempre fa-

lava sobre a importância da construção dos Solos Sagrados. Naquela época, nós vivíamos no pós-guer-ra. Eu não tinha alimento para dar a meus filhos, era muito difícil. Ficamos sem casa, nossa região foi bom-bardeada, mas quando nós nos encontrávamos com Meishu-Sama nos cultos, ele falava: ‘Tenham espe-ranças! Vocês, um dia, vão ter suas casas de volta, vão ter carro’. Naquela épo-ca, só pessoas muito ricas possuíam carro.” A velhi-nha continuou: “Eu olhava para Meishu-Sama e pen-sava: ‘Ah, Meishu-Sama é tão bonzinho, ele quer nos dar esperança.’ Hoje, olha

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para a minha vida. Tudo o que Meishu-Sama dis-se, aconteceu. Eu tenho prosperidade. Meu filho mora aqui do lado e ele também tem tudo aquilo que Meishu-Sama disse.” Liguei o empenho dos membros do Solo Sagrado do Japão ao esforço dos membros do Solo Sagrado do Brasil.

Outro dia, conversando com o ministro Cláudio, presidente da Igreja na África, ele disse: “Bellinger, é a mesma coisa em Angola. Depois que nós com-pramos o terreno de Kakóako para construir o Solo Sagrado, começamos a construção da escola de Agri-cultura Natural. Angola, hoje, é um pátio de obras. Está nascendo prosperidade na África, Angola mu-dou. Quem foi um ano atrás a Angola e for este ano, já vai ver a diferença. É o que Meishu-Sama ensina: tudo começa com uma pequena prática, com um pequeni-no protótipo. Logo, o Solo Sagrado é um protótipo, nossas práticas do dia a dia são protótipos. Quando nós nos lançamos a fazer algo, o horizonte se abre, e criamos condições de praticar coisas muito maiores e melhores. Então, o modelo de Deus é assim: é simples, começa pequenininho. Até mesmo o ser humano: nós não co-meçamos pequeninos? Nós começamos imperceptí-veis, quase nada. Por esse motivo, a construção do Solo Sagrado é possível, é necessária, é importante porque essa geração, a nossa geração, vai construir a segunda etapa do Solo Sagrado do Brasil. Nós temos a missão de gerar salvação para as pessoas através daquele modelo e da nossa postura do dia a dia, para que nós nos tornemos esse pequeno Meishu-Sama dentro da sociedade e todos os membros messiânicos sejam reconhecidos em suas cidades como pessoas bondosas, corteses, modelos de estilo de vida para outras pessoas. Que as pessoas digam: “Olha, ela é messiânica.”

Eu queria que, hoje, nós tomássemos essa decisão: o reverendíssimo Watanabe deixou essa tarefa para todos nós nas conferências anteriores. Nós temos a tarefa de construir! O jovem recebeu de Meishu-Sa-ma a missão de estabelecer o Paraíso Terrestre. Eu também já fui jovenzinho, com 15, 16 anos. Aos 20, estava sentado aí igual a vocês. Hoje, estou aqui, e a

missão é nossa daqui para frente: construir a segun-da etapa do Solo Sagrado, a partir do nosso cresci-mento, da nossa melhora como seres humanos. Este é o ponto que eu queria que vocês não esquecessem.

Outro ponto que o reverendíssimo Watanabe nos deixou foi a Agricultura Natural, o estilo de vida messiânico. Vocês se lembram? Quem está conse-guindo praticar a horta caseira, levante a mão, por favor. Há bastante gente. A Agricultura Natural mes-siânica é o caminho da salvação. Por quê? Outro dia, nós nos reunimos aqui na sede: eu, ministro Paulo Oyama, ministro Tony, editor da revista Izunome, e começamos a conversar sobre a Agricultura Natural

messiânica. Qual a diferen-ça entre a agricultura pri-mitiva, a agricultura con-vencional – química, que nasceu na segunda Guerra Mundial –, a transgênica, que temos hoje, a orgânica e a Agricultura Natural mes-siânica? Percebemos que os modelos de agricultura têm um grande problema: a produtividade. Todos eles, quando começam, nos três primeiros anos, produzem bastante e, depois, a produ-ção diminui. Meishu-Sama nos ensina que a Agricul-tura Natural messiânica é aquela que respeita o solo, é aquela, através da qual,

expressamos nossa gratidão para com a grande na-tureza, com o sol, com a água. Essa agricultura tem produtividade. Meishu-Sama ensina que, de uma es-piga de arroz, nascerá outra, e as espigas serão mais “cheias”, mais “gordinhas”. Elas produzirão muito mais, pois além da terra, existem o sentimento, o re-conhecimento e a gratidão do ser humano. O minis-tro Paulo Oyama fez uma plantação de tomates na França, país onde ele desenvolve a Agricultura Natu-ral. Zerada de qualquer material orgânico, a terra era pura. E, ao agradecer o solo, foi a maior produção de tomates que teve. Essa notícia vai sair na revista Izu-nome, talvez no mês de agosto. A produção de toma-tes no outono é raríssima. Embora já estivesse fazen-do frio, ele conseguiu produzir. Então, eu gostaria de convidar a todos vocês para aprender com a horta caseira. Eu tenho ganho experiência com ela. Toda vez que o reverendíssimo chegava, ele perguntava: “Bellinger, que experiência você teve com a horta ca-

“Onde há pessoas, sinceridade, amor e gratidão

de muitas pessoas, é onde Deus assenta. O assento

de Deus na Terra foi criado naquele momento em que nós nos empenhamos de

corpo e alma.

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seira?” Na primeira vez, foi a minhoca que apareceu no vaso, mas a experiência que mais me marcou foi com o pé de acerola que eu tenho há quase quatro anos. Ele cresceu, mas nunca frutificou. Eu dizia ao pé de acerola: “Vou cortar você, se não produzir este ano.” E nada de acerola. Um dia, levei o ministro Daniel à minha casa e estávamos conversando perto do pé da acerola. Ele me disse: “Você percebeu que plantou este pé no local errado?” Respondi, espanta-do: “No lugar errado? Eu fiz esse jardim só para esse pé de acerola. Aqui era tudo piso. Abri este espaço para ele.” Ele explicou: “Bate sol só algumas vezes no ano.” Aqui em São Paulo nós temos uma casa, e, ao lado, há um prédio. Então, o sol é muito raro. Ele sugeriu: “Diminui o elemento água para ver se nasce a acerola.” Assim fiz, mas a acerola não brotou.

Então, um dia, meio envergonhado, re-solvi conversar novamente com a ace-rola: “Acerola, você é linda do jeito que é, como me sinto feliz com você! Sabe, quando tomo o café da manhã e olho para a jane-la, vejo como você é bonita! Você é linda, eu te amo!” Todo dia, ao chegar em casa, eu dizia à acerola e aos meus cachorros: “Pessoal, cheguei! Papai ama vocês! Oi, acerola, o papai te ama.” Duas semanas se passaram e, um dia, ao acordar, fui ao jar-dim: o pé de acerola estava toda florido. Vocês já viram a flor de acerola? É uma flor rosinha. No ano passado, a produção de acerola foi mara-vilhosa. Até hoje tenho acerola em casa. Então, a Agricultura Natural messiânica é isso: é o nosso sentimento que influencia a grande natureza.

O reverendíssimo Watanabe, na conferência de jovens de 2013, falou sobre Física Quântica, não foi? O pensamento, o sentimento e o sonen determinam muitas coisas. O homem depende do seu pensamento – é o que Meishu-Sama ensina. Então, a Agricultura Natural messiânica vem para acabar com a fome no mundo, para salvar a humanidade. Então, nós temos o Johrei, a Agricultura Natural e o Belo.

Hoje, vocês tiveram várias expressões do Belo. Como foi de manhã? Foi bom? São todos artistas messiânicos! Eles são maravilhosos, não são? Gos-taram do “taiko”? Ficaram meio surdos? Eu estava aqui do lado e não conseguia ouvir o pessoal falar. A arte tem a missão de salvar e polir o caráter do

homem. No ano passado, o reverendíssimo falou so-bre a arte do cotidiano, sobre nossa postura no dia a dia. Olhem essa ikebana, ela é uma arte maravilho-sa. Nas casas onde, às vezes, vocês não conseguem chegar com o Johrei, experimentem colocar só uma florzinha. Não precisa ser uma ikebana de grandes proporções, não. Uma única flor vai transmitir Luz, a qual vai fazer com que a família desperte para se tornar útil a Deus. Eu estou dizendo isso, porque na época da purificação de meus pais, a Igreja Messiâ-nica foi realmente a referência de salvação da minha família. Nós fomos salvos por Meishu-Sama num momento muito difícil. Precisávamos correr muito com o trabalho do dia a dia, e a casa ficava suja. Um dia, minha mãe viu, na Igreja, um pequeno arranjo na recepção. Ela disse: “Minha casa nunca teve flor.

Quando eu for à feira, vou comprar flor.” Ela desenhou aquele pequeno arran-

jo do jeito que estava colocado na recepção, comprou um vaso e

fez o arranjo para colocar na nossa casa. A partir daquela flor, nós percebemos que a estante onde ficava a vivifi-cação estava um pouco suja e não combinava com a flor. Começamos a limpeza, e a flor foi o primeiro foco de

luz em meu lar. Abolimos todas as flores de plástico

que tínhamos em casa. Havia daquelas flores em casa, em uns

vasos grandes. Quando passamos a usar as flores naturais, realmente o

ambiente começou a mudar. Tudo o que eu disse até agora é algo que

chama muito minha atenção, pois na inauguração do Solo Sagrado de Guarapiranga, fazia 30 anos da minha prática da fé; na verdade, eram 30 anos de recebimento de Johrei. A prática da fé foi um pou-co depois. Nesse mesmo dia, minha mãe me disse: “Meu filho, na primeira década, como messiânicos, nós conseguimos eliminar os remédios e as purifi-cações de nossa vida por meio do Johrei. Na segun-da, acabaram-se os conflitos e as discussões que eu tinha com seu pai. Você se lembra disso?” “Agora, quase trinta anos de prática da fé, olha a sua vida, a vida da sua irmã, a minha vida com seu pai. Nós não somos ricos, mas conseguimos viajar, ter prospe-ridade. Nós fomos salvos por Meishu-Sama.” Minha mãe é uma mulher muito simples, mas quando ela fez essa constatação, eu respondi que era verdade.

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A construção do Solo Sagrado marcou minha vida e a da minha família. A prática da flor marcou mi-nha vida. É em pontos assim que eu acredito e tenho certeza que geram salvação. Então, eu gostaria que vocês saíssem daqui orgulhosos pelo fato de serem messiânicos e que, a partir de nossas atitudes, leve-mos Meishu-Sama à sociedade.

Para finalizar: nós viemos a este mundo para fazermos o que estamos fazendo. Nós existimos para isso. Meishu-Sama nos trouxe à Terra. Deus permitiu nossa vinda para estabelecer o paraíso. Então, esta é a nossa missão. Eu queria que todos saíssem felizes porque foram escolhidos por Deus, por Meishu-Sama, para cumprirem essa grande ta-refa. O ministro Jorge Bulhões me contou que vocês

têm uma tarefa muito especial. Eu sei que construir o paraíso na Terra é a mais especial, e o passo a dar agora é vivenciar uma experiência de fé e apre-sentar uma pessoa a Meishu-Sama mensalmente. Vamos concretizar a salvação de pelo menos duas pessoas até o final do ano? Eu estou com vocês. Jo-vem na Igreja, agora, é até os 54 anos. Quando faço aniversário, vou aumentando a idade dos jovens. Então, vamos viver a fé messiânica com muita ale-gria e intensidade. Nós nascemos para cumprir essa missão.

Parabéns a todos, muito obrigado pela participa-ção e conto com a dedicação de todos. Vocês são os nossos tesouros. Os tesouros da Igreja Messiânica. Muito obrigado!

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ENCONTRO NACIONAL DE RESPONSÁVEIS DE JOVENS

TAREFAS PARA O ANO DE 2014

Formar como monitores, 10% do número de jovens de seus Johrei Centers;

Vivenciando uma experiência de fé mensalmente e apresentando uma pessoa por mês a Meishu-Sama, vamos concretizar a salvação de, pelo menos, duas pessoas até o final do ano.

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Nosso dia já está quase chegando no fim. Encheram as malas com muitas experi-ências?

Eu gostaria de apresentar uma pes-soa muito especial para mim, uma pes-

soa maravilhosa, que me dá um apoio incondicional à minha missão e é minha alma de ouro. É minha esposa, que Meishu-Sama me deu. Gostaria de apre-sentá-la a vocês.

Pela manhã, eu disse que o reverendíssimo Te-tsuo Watanabe veio por nove anos nos orientando nos encontros e nas conferências nacionais, guiando o trabalho de difusão dos jovens, lembram? Baseado nisso, mostrarei um trecho da orientação do reveren-díssimo, por ocasião da formatura da primeira turma do Johvem 3, em que está bem claro o sonen que ele tinha em relação aos jovens messiânicos. Gostaria que assistissem ao vídeo com muita atenção.

Orientação do reverendíssimo Tetsuo WatanabeBoa-tarde a todos!

Quero parabenizar a todos que hoje estão aqui presentes à formatura da primeira turma do Johvem 3. Vocês são grandes tesouros messiânicos que vão segurar a missão do Brasil daqui a 40 anos. É, real-mente, como o reverendo Francisco disse: “Vocês são tesouros, tesouros!” É assim que Meishu-Sama está achando. Durante dois anos vocês estão recebendo aulas e participando de aprimoramentos. São qua-se 500 horas, mas com o desafio que vocês fizeram, ganharam muitas coisas até hoje, não acham? Hoje, no mundo, existem muito homens vivos mortos, que não sabem de onde vieram, como vieram, como nas-ceram, nem sabem como é a relação com Deus. Nem sabem como funciona o reino espiritual, nem sabem a missão de cada homem, nem o que devem fazer nesta vida. Hoje, falei sobre a ressuscitação, mas no mundo inteiro, no Canadá, nos Estados Unidos, na Europa e em muitos lugares, durante 150 anos, já fizeram pes-quisas com milhões de pessoas que ressuscitaram e, durante as pesquisas, descobriram como elas conhe-ceram o reino espiritual. Quando morrermos e irmos

Coração missionário é ter o

Min. Jorge Bulhões.

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para o reino espiritual, haverá um julgamento e um teste. Sabe o que será o teste? O único teste? O jul-gador irá perguntar: “O que você fez de bom na sua vida? Quantas pessoas você ajudou? Quantas pes-soas você salvou? Quantos agra-decimentos você recebeu?” Ele vai perguntar só isso. Ele não pergun-tará em qual universidade você se formou; quanto dinheiro ou quan-tos títulos você tinha; onde era a casa onde morava. Não. Porque nós não podemos levar nada dis-so. Enquanto forem jovens, é bom compreender isso. Aquilo que con-seguimos levar ao reino espiritual, na vida eterna, é o nosso tesouro, é a virtude que nós praticamos. Deu para entender? Vocês já aprenderam isso, já estão preparados. Antes de nascerem, quando estavam na barriga da mãe, vocês estavam se formando, pois não podiam nascer sem braços, sem pernas, sem orelhas. Quando ficaram completos, vocês nasceram neste mundo. Nele é que precisamos nos preparar para a vida eterna. Para tanto, cada pessoa precisa crescer cada vez mais, aproximar-se de Deus, tornar-se filho de Deus. Este é o modelo que o mestre Meishu-Sama nos mostrou. Ele mostrou o caminho pelo qual o ho-mem tem que andar.

Ministro Jorge BulhõesQuanta responsabilida-

de, não é? Eu sei que o reverendo Bellinger já co-mentou o quanto o reve-rendíssimo acreditava nos jovens. Fica bem claro para mim o quanto o reveren-díssimo apostava em vocês. Até mesmo se referiu a nós como tesouros de Meishu--Sama. Ao se encontrar durante nove anos com os jovens, o reverendíssimo estava orientando e guian-do o futuro da Igreja, que somos todos nós e, assim, confiando-nos a missão de salvar a humanidade. Nesse sentido, gostaria que o sonen do reverendíssi-

mo fosse o espírito da estrutura jovem deste ano. As-sim, para conseguirmos estar alinhados a este sonen é muito importante que nos empenhemos em prati-car as orientações que recebemos, agora há pouco, do nosso diretor de Expansão, reverendo José Roberto Bellinger.

Na pasta de todos vocês, há um papelzinho com as tarefas: “Formar como monitores 10% do número de jovens do seu Johrei Center; vivenciar uma expe-

riência de fé mensalmente e apresentar uma pessoa por mês a Meishu-Sama.” Va-mos concretizar a salvação de, pelo menos, duas pes-soas até o final deste ano. Hoje, por volta de meio-dia, foi postada no site dos Jo-hvens a experiência de fé da Mariana, que eu já acho que constitui o manual da estrutura jovem. Cada vez que Mariana vinha à sede, eu ia confirmando seu tra-balho e empenho.

Ontem, eu estava com os coordenadores de jo-vens e fiquei encarregado de dizer as palavras de encerramento do aprimoramento. Minhas pala-vras foram: “Vamos projetar essa experiência de fé como um material de estudo e vê-lo ponto a ponto.”

desejo de salvar as pessoas

“Aquilo que conseguimos levar ao reino espiritual, na vida eterna, é o nosso tesouro, é a virtude que

nós praticamos

”REVMO. TETSUO WATANABE

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Assim, fomos lendo pará-grafo por parágrafo. Re-almente, está fantástica a experiência em todos os sentidos. Portanto, estudem o relato de Mariana! Como eu estou dizendo, ele é o manual da estrutura. Nós já conseguimos implantar o Johvem 3 em quase todas as áreas do Brasil. Acredi-to que, em todas as regiões, estabelecemos o Johvem 2, o Johvem 1, o Criançarte, o Tweens. Há uma coisa que chama minha atenção na experiência. É quando ela começa a dizer que, graças ao empenho dos jo-vens do seu Johrei Center e dos monitores, mereceu indicar essas pessoas para os programas. Então, os Programas de Formação de Jovens, na verdade, são mi-nistrados de maneira com-plementar ao processo de acompanhamento promo-vido pela Estrutura Organizacional Johvem. Por essa razão, eu sempre comento que a estrutura do Johvem é como uma máquina movida a duas engrenagens: uma, que é a estrutura organizacional, e a outra, que são os programas de formação.

Voltando à experiência de Mariana: que trabalho ela desenvolveu? A difusão do Johrei, as reuniões de Johrei no lar. Quando ela só citou números e con-tou que realizou essas atividades, eu disse: “Maria-na, você precisa colocar espírito em sua experiência. Você precisa contar alguns casos.” Nós escolhemos dois, mas ela tem vários. O ponto vital como respon-sável de jovens foi quando ela narrou que recebeu orientação do ministro do Johrei Center e começou a praticá-la: passou a encontrar-se com os jovens, a ouvir seus problemas, a ajudar a superá-los. Quantos problemas que os assistentes de formação me trazem que eu não sei? Ótimo! Isso é muito bom, porque remetemos as questões a Meishu-Sama. Talvez, um grande problema é achar que sabemos também. É bom dizer: “Meishu-Sama, por favor, me ajude! Esse problema é tão difícil!” Conforme ela relatou, com o tempo, foi reconhecendo que o gá, o egoísmo, a pre-sunção eram reflexos do próprio espírito dela. Por-que, às vezes, os jovens têm essa necessidade.

Porém, há jovens que me perguntam: “Minis-tro, quando eu completar o Joh vem 1, o que eu vou fazer?” Eu respondo: “Ago-ra, você vai praticar o que aprendeu.” O que adianta ficar com a cabeça cheia de teoria? O reverendíssi-mo disse: “Você vai chegar ao Mundo Espiritual, o juiz não vai perguntar qual o Johrei Center que você fre-quentava nem a faculdade que cursou. Ele vai pergun-tar direto: ‘Quantas pessoas você salvou?’”

Então, quando o jovem participar do Programa, ele vai se envolvendo aos pou-cos dentro da estrutura do próprio programa. Eu tam-bém pratiquei esse ponto. Eu estava em São José do Campos, onde fiquei por um ano e meio. Minha es-

posa me disse: “Estou querendo fazer o Nível 1 do Ensino.” O Ensino estava sendo implantado naquele período. Respondi: “Que ótimo!” Quando ela termi-nou o Nível 1, me disse: “A ministra me convidou para fazer o Nível 2.” Perguntei: “Você está me co-municando ou está me pedindo opinião? Vamos con-versar a respeito!” Ela disse: “Tudo bem, o que você acha?” Eu falei: “Você não tinha tempo para dedicar, mas para o Nível 1 você tem.” Continuei: “Acabou o Nível 1, agora vamos praticar. O curso levou quanto tempo? Seis meses? Ótimo. Agora, você vai dedicar por seis meses no Johrei Center para confirmar o que aprendeu. Não adianta só teoria, precisa confirmar os pontos sobre Johrei, espírito, matéria.” O Nível 1 é básico. Então, a estrutura e os programas de for-mação são a mesma coisa. Este ponto precisar ficar bem claro para nós. Para mim, a experiência de fé da Mariana é o manual da estrutura Johvem. Eu sei que vários de vocês conseguiram esse resultado. Eu rece-bi mais de dez experiências de fé, mas Meishu-Sama escolheu a da Mariana.

Foi interessante porque quando, anteontem, eu perguntei a ela se seria possível convidar seus mo-nitores para participar do Encontro, ela respondeu afirmativamente e, em dois dias, ela trouxe todos. Houve um momento em que, enquanto eu almoçava

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em pé para sobrar lugar para vocês e a fila andar mais rápido, um jovem ia recolhendo rapidamente o lixo. Eu perguntei: “Quem é esse jovem?” Procu-rei o crachá dele, e não havia. Ele me disse: “Eu sou o monitor da Mariana, eu vim dedicar.” Eu disse: “Interessante: é por isso que Meishu-Sama escolheu a experiência dela, para confirmar esse ponto da estrutura.”

Ontem, eu contei uma experiência ao reveren-do Bellinger e me emocionei. Quando era crian-ça, tinha o shoko. Eu “shokei” durante cinco anos. Minha mãe era “insistente” de ministro. Vocês co-nhecem esse cargo na Igreja? Há o cargo de assis-tente de ministro, e minha mãe era “insistente” de ministro. Num domingo, chegou à nossa casa um senhor com muita enxa-queca: “Ah, dona Benedita, vim receber Joh rei.” Minha mãe disse: “Seu Guilher-mino, por que o senhor não foi à Igreja?” Ele explicou: “A Igreja está fechada.” Ela contou que tinha uma as-sistência religiosa e que es-tava de saída. Eu estava ou-vindo a conversa e pensei: “Vai sobrar para mim.” Aí, comecei a sair de fininho para ir jogar meu futebol. Minha mãe, vendo que eu estava indo embora, disse: “Não, moleque, vai colocar o Ohikari e vem ministrar Johrei.” Eu ministrei Johrei com aquele amor “mara-vilhoso”. Aquele amor que vocês não fazem ideia. Peguei o relógio e coloquei-o na minha frente. Na-quela época, era cinco minutos de Johrei na frente, cinco atrás e mais cinco na frente. Passados cinco minutos, eu disse: “Pode virar.” Pensei: “Tanto tem-po esse homem poderia ter vindo aqui e veio bem hoje.” Mais cinco minutos, eu disse: “Pode virar.” Quando terminei o Johrei, ele disse: “Quando você vai à Igreja?” Respondi: “Tenho minha ‘insistente’ de ministro e eu vou com ela às terças e sextas-fei-ras.” O senhor Guilhermino continuou: “Sabe por quê? Porque toda vez que você for à Igreja, quero re-ceber seu Johrei.” Perguntei: “Por quê?”, e ele disse: “Porque minha enxaqueca sumiu!” Pensei: “Não é que esse negócio funciona mesmo?”

O reverendo Bellinger comentou que dedicava

desde os 15, 16 anos. Outro dia, ele me mostrou uma foto dele como oficiante, responsável de Johvem, as-sistente. Ele contou: “O ministro Sérgio era meu as-sistente de ministro. Eu era assistente com 18 anos.” Então, é isso aí: colocar os jovens para participarem ativamente dessa estrutura. Quando Mariana men-cionou a difusão do Johrei, estava claro por que ela convidou os jovens e deu-lhes a tarefa de trazerem um amigo para conhecer a Igreja. Isso para mim é o coração missionário. O que vocês acham que seja esse coração? É quando se escolhe alguém para cui-dar. Esquecer o próprio problema e ajudar os outros. Ser altruísta. Ter o sentimento de busca.

Ontem, o reverendo Bellinger comentou: “Cora-ção missionário é ter o de-sejo de salvar as pessoas.” É isso o que vocês disseram e não há nada de errado. De-pois de sua palestra, pedi ao reverendo que detalhas-se para mim esse conceito. Ele explicou: “Incentivar as pessoas a ultrapassar as pu-rificações com o Johrei, en-sinar a prática da gratidão, ou seja, ensiná-las a ser gra-tas.” Eu sei que todos são gratos, mas ensinar a ser grato, é o “pacote” do co-ração missionário. Eu cos-tumo dizer: “Ninguém tro-peça na montanha.” Mesmo eu, que sou alto, nunca tropecei. Nós tropeçamos nas pedrinhas. Então, às vezes, é começar com algo

pequeno mesmo, pois é difícil agradecer. Incentivar as pessoas a assistir ao culto mensal e a praticar a Agricultura Natural e a horta caseira. Foi isso que o reverendo Bellinger esmiuçou para mim sobre o coração missionário.

Eu me lembrei de uma história fantástica: foi uma experiência sobre o coração missionário que o re-verendo contou durante o culto mensal. A história ocorreu em São José dos Campos, onde estávamos estruturando a questão de grupos. Havia um senhor que se chamava Domingues. O senhor Domingues era igual à minha mãe, “insistente de ministro.” A lista dele tinha os nomes de oito membros. Antes de começar o culto, ele conferia a lista. “Ah, a Fernan-da veio, o Trianon veio, o fulano veio. Ah! Os meus membros vieram.”

“Para mim, a experiência de fé da Mariana é o

manual da estrutura do jovem. Eu sei que vários

de vocês conseguiram esse resultado. Eu recebi mais de

dez experiências de fé, mas Meishu-Sama escolheu

a da Mariana.

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No mês seguinte, uma senhora não apareceu. Ele comentou: “Nossa! Está faltando a dona Celina.” Ter-minado o culto, ele pediu ao ministro para fazer uma ligação. Ele telefonou àquela senhora e perguntou o que tinha acontecido. Ela disse: “Olha, senhor Do-mingues, o senhor me desculpa, mas eu estou puri-ficando.” Ele desligou o telefone e, antes de ir para casa, chamou a esposa e disse: “Amor, antes de eu ir para casa, preciso visitar um de meus membros. Sete vieram ao culto, mas uma faltou. Eu tenho que ir lá ministrar Johrei a ela”. Ele foi à casa daquela pessoa para ministrar-lhe Johrei. Quando chegou lá, ministrou-lhe Johrei e perguntou por que não fora ao culto e o que sentia. Ela respondeu: “Um pouquinho de dor de cabeça.” Daí a pouco, chega o filho da se-nhora, hoje ministro Anderson Cruz, com uma bola. O menino disse: “Tio, olha a minha bola! Que bo-nita!” O senhor Domingues perguntou: “Onde você comprou essa bola?” O menino respondeu: “Agora, há pouco, com minha mãe lá no parque.” Ela não tinha ido no culto porque se esquecera. Este espírito dele define muito bem o coração missionário. Assim sendo, creio que conseguiremos concretizar nosso sonen de cada Johrei Center do Brasil ter sua estrutu-

ra montada. Seremos uma família com 507 responsá-veis de jovens e 5.070 monitores. Conto com o apoio de todos os senhores.

Encerro minhas palavras, agradecendo mais uma vez o apoio de todos bem como à Sede Central para que, hoje, nós pudéssemos concretizar esta ativida-de: à direção da Igreja, aos ministros da Secretaria Jovens, aos funcionários do sexto andar. Agradeço também aos dos seminaristas, que dedicaram bas-tante. Muito obrigado a todos.

Uma boa missão e espero em breve poder encon-trar-me com vocês em cada área, para aprender com vocês e para ver se o coração já está batendo forte como o de um verdadeiro missionário de Meishu--Sama. Então, por favor, assumam esta tarefa: leiam diariamente a experiência da Mariana para conse-guirmos concretizar as tarefas. É claro que os assis-tentes de formação com os coordenadores de jovens vão passar isso aos outros responsáveis de jovens que não vieram. Por essa razão, eu já comentei a neces-sidade de realizarmos o evento em um local maior, onde caibam 600 pessoas, para que todos os respon-sáveis possam participar.

Muito obrigado a todos.

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Johvem Junho de 2014 47JoooooooooooooJoJoJohvhvhvhvhvhvhvhvhvhvhvhvhvhvhvhvhvhvhvhvhvhvhvhvhvhvvvhvhhhhvhvhvemeemeeemeeememememeememeeeemeemeeeeeeeemem Junho de 222222222222222222222222222222222222220101010101010101010101010101010101010101010010101010000000101010101111144444444444444444444444444444 474744747474747474747474747474747474747744474747474747474747474744747444444444

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