abertura 9 mÓdulo 1 – conceitos gerais...

129
Contabilidade Geral SUMÁRIO SUMÁRIO SUMÁRIO SUMÁRIO SUMÁRIO SUMÁRIO SUMÁRIO SUMÁRIO SUMÁRIO SUMÁRIO ABERTURA .................................................................................................................................. 9 APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................................................................... 9 OBJETIVO E CONTEÚDO ......................................................................................................................................................... 9 BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................................................................... 11 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ....................................................................................................................................... 11 PROFESSORES-AUTORES ....................................................................................................................................................... 13 MÓDULO 1 – CONCEITOS GERAIS ........................................................................................... 15 APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 15 UNIDADE 1 – IMPOR UNIDADE 1 – IMPOR UNIDADE 1 – IMPOR UNIDADE 1 – IMPOR UNIDADE 1 – IMPORTÂNCIA DA CONT TÂNCIA DA CONT TÂNCIA DA CONT TÂNCIA DA CONT TÂNCIA DA CONTABILIDADE ABILIDADE ABILIDADE ABILIDADE ABILIDADE .............................................................................................. .............................................................................................. .............................................................................................. .............................................................................................. .............................................................................................. 15 15 15 15 15 1.1 CONTABILIDADE PESSOAL ............................................................................................................................................ 15 1.1.1 BENS E DIREITOS ........................................................................................................................................................... 16 1.1.2 OBRIGAÇÕES ................................................................................................................................................................... 16 1.1.3 ORÇAMENTO MENSAL ................................................................................................................................................ 17 1.2 CONTABILIDADE PESSOAL VERSUS CONTABILIDADE EMPRESARIAL ........................................................... 17 1.3 CONTABILIDADE NAS EMPRESAS ............................................................................................................................... 18 1.3.1 ENTIDADES ...................................................................................................................................................................... 18 1.4 COMPLEXIDADE DA LINGUAGEM ............................................................................................................................. 19 1.5 LINGUAGEM DA CONTABILIDADE ............................................................................................................................. 21 1.5.1 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 22 1.6 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 24 1.7 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 24 UNIDADE 2 – DEFINIÇÃO DE CONT UNIDADE 2 – DEFINIÇÃO DE CONT UNIDADE 2 – DEFINIÇÃO DE CONT UNIDADE 2 – DEFINIÇÃO DE CONT UNIDADE 2 – DEFINIÇÃO DE CONTABILIDADE ABILIDADE ABILIDADE ABILIDADE ABILIDADE ....................................................................................................... ....................................................................................................... ....................................................................................................... ....................................................................................................... ....................................................................................................... 24 24 24 24 24 2.1 FUNÇÃO DA CONTABILIDADE ..................................................................................................................................... 24 2.2 PROCESSO CONTÁBIL ..................................................................................................................................................... 24 2.2.1 VISUALIZAÇÃO DO PROCESSO CONTÁBIL .......................................................................................................... 25 2.3 VALOR UTILITÁRIO DA CONTABILIDADE ................................................................................................................. 25 2.4 USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL ................................................................................................................. 26 2.4.1 ACIONISTA CONTROLADOR ....................................................................................................................................... 26 2.4.2 ADMINISTRADORES ...................................................................................................................................................... 26 2.4.3 FINANCIADORES ............................................................................................................................................................ 27 2.4.4 GOVERNO ......................................................................................................................................................................... 27 2.4.5 ACIONISTA MINORITÁRIO ........................................................................................................................................... 27 2.4.6 EMPREGADOS ................................................................................................................................................................. 27 2.5 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 28 2.6 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 28 UNIDADE 3 – CAMPO DE ATU UNIDADE 3 – CAMPO DE ATU UNIDADE 3 – CAMPO DE ATU UNIDADE 3 – CAMPO DE ATU UNIDADE 3 – CAMPO DE ATUAÇÃO DA CONT AÇÃO DA CONT AÇÃO DA CONT AÇÃO DA CONT AÇÃO DA CONTABILIDADE ABILIDADE ABILIDADE ABILIDADE ABILIDADE ................................................................................ ................................................................................ ................................................................................ ................................................................................ ................................................................................ 28 28 28 28 28 3.1 ATUAÇÃO SEGMENTADA ............................................................................................................................................... 28 3.2 CONTABILIDADE GERENCIAL ....................................................................................................................................... 28 3.3 CONTABILIDADE FINANCEIRA OU SOCIETÁRIA ..................................................................................................... 29 3.4 CONTABILIDADE FISCAL ................................................................................................................................................ 29 3.4.1 CONTABILIDADE DE CUSTOS ................................................................................................................................... 29 3.5 CAMPOS DE ATUAÇÃO ................................................................................................................................................... 30

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Contabilidade Geral S U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I O

11111

SUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIO

ABERTURA .................................................................................................................................. 9

APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................................................................... 9

OBJETIVO E CONTEÚDO ......................................................................................................................................................... 9

BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................................................................... 11

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ....................................................................................................................................... 11

PROFESSORES-AUTORES ....................................................................................................................................................... 13

MÓDULO 1 – CONCEITOS GERAIS ........................................................................................... 15

APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 15

UNIDADE 1 – IMPORUNIDADE 1 – IMPORUNIDADE 1 – IMPORUNIDADE 1 – IMPORUNIDADE 1 – IMPORTÂNCIA DA CONTTÂNCIA DA CONTTÂNCIA DA CONTTÂNCIA DA CONTTÂNCIA DA CONTABILIDADEABILIDADEABILIDADEABILIDADEABILIDADE ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 1 51 51 51 51 5

1.1 CONTABILIDADE PESSOAL ............................................................................................................................................ 15

1.1.1 BENS E DIREITOS ........................................................................................................................................................... 16

1.1.2 OBRIGAÇÕES ................................................................................................................................................................... 16

1.1.3 ORÇAMENTO MENSAL ................................................................................................................................................ 17

1.2 CONTABILIDADE PESSOAL VERSUS CONTABILIDADE EMPRESARIAL ........................................................... 17

1.3 CONTABILIDADE NAS EMPRESAS ............................................................................................................................... 18

1.3.1 ENTIDADES ...................................................................................................................................................................... 18

1.4 COMPLEXIDADE DA LINGUAGEM ............................................................................................................................. 19

1.5 LINGUAGEM DA CONTABILIDADE ............................................................................................................................. 21

1.5.1 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 22

1.6 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 24

1.7 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 24

UNIDADE 2 – DEFINIÇÃO DE CONTUNIDADE 2 – DEFINIÇÃO DE CONTUNIDADE 2 – DEFINIÇÃO DE CONTUNIDADE 2 – DEFINIÇÃO DE CONTUNIDADE 2 – DEFINIÇÃO DE CONTABILIDADEABILIDADEABILIDADEABILIDADEABILIDADE ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 2 42 42 42 42 4

2.1 FUNÇÃO DA CONTABILIDADE ..................................................................................................................................... 24

2.2 PROCESSO CONTÁBIL ..................................................................................................................................................... 24

2.2.1 VISUALIZAÇÃO DO PROCESSO CONTÁBIL .......................................................................................................... 25

2.3 VALOR UTILITÁRIO DA CONTABILIDADE ................................................................................................................. 25

2.4 USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL ................................................................................................................. 26

2.4.1 ACIONISTA CONTROLADOR ....................................................................................................................................... 26

2.4.2 ADMINISTRADORES ...................................................................................................................................................... 26

2.4.3 FINANCIADORES ............................................................................................................................................................ 27

2.4.4 GOVERNO ......................................................................................................................................................................... 27

2.4.5 ACIONISTA MINORITÁRIO ........................................................................................................................................... 27

2.4.6 EMPREGADOS ................................................................................................................................................................. 27

2.5 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 28

2.6 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 28

UNIDADE 3 – CAMPO DE ATUUNIDADE 3 – CAMPO DE ATUUNIDADE 3 – CAMPO DE ATUUNIDADE 3 – CAMPO DE ATUUNIDADE 3 – CAMPO DE ATUAÇÃO DA CONTAÇÃO DA CONTAÇÃO DA CONTAÇÃO DA CONTAÇÃO DA CONTABILIDADEABILIDADEABILIDADEABILIDADEABILIDADE ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 2 82 82 82 82 8

3.1 ATUAÇÃO SEGMENTADA ............................................................................................................................................... 28

3.2 CONTABILIDADE GERENCIAL ....................................................................................................................................... 28

3.3 CONTABILIDADE FINANCEIRA OU SOCIETÁRIA ..................................................................................................... 29

3.4 CONTABILIDADE FISCAL ................................................................................................................................................ 29

3.4.1 CONTABILIDADE DE CUSTOS ................................................................................................................................... 29

3.5 CAMPOS DE ATUAÇÃO ................................................................................................................................................... 30

Contabilidade GeralS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I O

22222

3.6 AVALIAÇÃO MONETÁRIA ................................................................................................................................................ 30

3.6.1 AVALIAÇÃO E INFLAÇÃO ............................................................................................................................................ 30

3.7 LUCRO VERSUS CAIXA .................................................................................................................................................... 31

3.8 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 31

3.9 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 31

UNIDADE 4 – CICLO CONTÁBILUNIDADE 4 – CICLO CONTÁBILUNIDADE 4 – CICLO CONTÁBILUNIDADE 4 – CICLO CONTÁBILUNIDADE 4 – CICLO CONTÁBIL .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 3 13 13 13 13 1

4.1 GERAÇÃO DE INFORMAÇÕES ....................................................................................................................................... 31

4.2 DEFINIÇÃO DE CICLO CONTÁBIL ............................................................................................................................... 32

4.3 FASES DO CICLO CONTÁBIL ......................................................................................................................................... 32

4.3.1 CAPTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 32

4.3.2 RECONHECIMENTO ...................................................................................................................................................... 32

4.3.3 PROCESSO DE ACUMULAÇÃO .................................................................................................................................. 33

4.3.4 SUMARIZAÇÃO ............................................................................................................................................................... 33

4.3.5 EVIDENCIAÇÃO ............................................................................................................................................................... 33

4.4 EXERCÍCIO SOCIAL ........................................................................................................................................................... 34

4.5 VISUALIZAÇÃO DO CICLO CONTÁBIL ...................................................................................................................... 34

4.6 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 34

4.7 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 34

UNIDADE 5 – ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICAUNIDADE 5 – ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICAUNIDADE 5 – ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICAUNIDADE 5 – ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICAUNIDADE 5 – ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 3 53 53 53 53 5

5.1 GERAÇÃO DE INFORMAÇÕES ....................................................................................................................................... 35

5.2 MOTIVO PARA A REGULAÇÃO ...................................................................................................................................... 35

5.2.1 MOTIVO ADICIONAL PARA A REGULAÇÃO .......................................................................................................... 35

5.3 ORIGENS ............................................................................................................................................................................... 36

5.4 PRESSUPOSTOS BÁSICOS .............................................................................................................................................. 36

5.4.1 REGIME DE COMPETÊNCIA ........................................................................................................................................ 36

5.4.1.1 EXEMPLOS .................................................................................................................................................................... 37

5.4.2 CONTINUIDADE ............................................................................................................................................................. 37

5.4.2.1 EXEMPLO ....................................................................................................................................................................... 38

5.5 CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ...................................................... 38

5.5.1 COMPREENSIBILIDADE ................................................................................................................................................ 38

5.5.2 RELEVÂNCIA .................................................................................................................................................................... 39

5.5.2.1 NATUREZA DA INFORMAÇÃO ................................................................................................................................ 39

5.5.2.2 MATERIALIDADE ......................................................................................................................................................... 40

5.5.2.3 RELEVÂNCIA VERSUS MATERIALIDADE .............................................................................................................. 40

5.5.3 CONFIABILIDADE ........................................................................................................................................................... 41

5.5.3.1 REPRESENTAÇÃO COM PROPRIEDADE ................................................................................................................ 41

5.5.3.2 PRIMAZIA DA ESSÊNCIA SOBRE A FORMA ....................................................................................................... 41

5.5.3.3 NEUTRALIDADE ........................................................................................................................................................... 42

5.5.3.4 PRUDÊNCIA ................................................................................................................................................................... 42

5.5.3.5 INTEGRIDADE ............................................................................................................................................................... 43

5.5.4 COMPARABILIDADE ...................................................................................................................................................... 43

5.5.4.1 COMPARAÇÃO COM DEMONSTRAÇÕES ANTERIORES ................................................................................. 44

5.5.4.2 EXEMPLO ....................................................................................................................................................................... 44

5.6 LIMITAÇÕES ÀS CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS .............................................................................................. 45

5.6.1 TEMPESTIVIDADE .......................................................................................................................................................... 45

Contabilidade Geral S U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I O

33333

5.6.2 EQUILÍBRIO ENTRE CUSTO E BENEFÍCIO .............................................................................................................. 45

5.6.3 EQUILÍBRIO ENTRE CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS .................................................................................... 46

5.7 VISÃO VERDADEIRA E ADEQUADA VERSUS APRESENTAÇÃO ADEQUADA ................................................. 46

5.8 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 47

5.9 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 47

5.10 EXERCÍCIO ......................................................................................................................................................................... 47

5.11 EXERCÍCIO ......................................................................................................................................................................... 47

UNIDADE 6 – CENÁRIOS CULUNIDADE 6 – CENÁRIOS CULUNIDADE 6 – CENÁRIOS CULUNIDADE 6 – CENÁRIOS CULUNIDADE 6 – CENÁRIOS CULTURTURTURTURTURAISAISAISAISAIS .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 4 74 74 74 74 7

MÓDULO 2 – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ......................................................................... 49

APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 49

UNIDADE 1 – BALUNIDADE 1 – BALUNIDADE 1 – BALUNIDADE 1 – BALUNIDADE 1 – BALANÇO PAANÇO PAANÇO PAANÇO PAANÇO PATRIMONIALTRIMONIALTRIMONIALTRIMONIALTRIMONIAL .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 4 94 94 94 94 9

1.1 DEFINIÇÃO DE BALANÇO PATRIMONIAL ................................................................................................................. 49

1.2 ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL ............................................................................................................... 50

1.2.1 ATIVO, PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO ............................................................................................................ 50

1.2.2 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 50

1.3 PREPARAÇÃO DE BALANÇO PATRIMONIAL ............................................................................................................. 51

1.3.1 ETAPA 1 .............................................................................................................................................................................. 51

1.3.2 ETAPA 2 .............................................................................................................................................................................. 52

1.4 ATIVO .................................................................................................................................................................................... 52

1.4.1 ATIVO CIRCULANTE ...................................................................................................................................................... 52

1.4.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE ............................................................................................................................................ 53

1.5 PASSIVO ................................................................................................................................................................................ 53

1.6 PATRIMÔNIO LÍQUIDO .................................................................................................................................................... 54

1.7 AGRUPAMENTO DE PEQUENOS VALORES .............................................................................................................. 54

1.7.1 CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS SECUNDÁRIAS ............................................................................................. 55

1.8 USO DAS CLASSIFICAÇÕES ........................................................................................................................................... 55

1.8.1 EXEMPLO 1 ...................................................................................................................................................................... 56

1.8.2 EXEMPLO 2 ...................................................................................................................................................................... 57

1.9 MECÂNICA CONTÁBIL E ELABORAÇÃO DE BP ...................................................................................................... 58

1.9.1 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 58

1.10 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 61

1.11 EXERCÍCIO ......................................................................................................................................................................... 61

UNIDADE 2 – APURUNIDADE 2 – APURUNIDADE 2 – APURUNIDADE 2 – APURUNIDADE 2 – APURAÇÃO DO RESULAÇÃO DO RESULAÇÃO DO RESULAÇÃO DO RESULAÇÃO DO RESULTTTTTADOADOADOADOADO ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 6 16 16 16 16 1

2.1 RECEITA ................................................................................................................................................................................. 61

2.2 DESPESA ............................................................................................................................................................................... 61

2.3 EXEMPLO ............................................................................................................................................................................. 61

2.4 DRE OU DEREX ................................................................................................................................................................... 63

2.4.1 ESTRUTURA DA DRE ..................................................................................................................................................... 64

2.4.2 CONTAS DA DRE – 1ª PARTE ...................................................................................................................................... 65

2.4.3 CONTAS DA DRE – 2ª PARTE ...................................................................................................................................... 66

2.4.4 CONTAS DA DRE – 3ª PARTE ...................................................................................................................................... 66

2.5 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 67

2.6 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 67

2.7 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 67

Contabilidade GeralS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I O

44444

UNIDADE 3 – REGIME DE COMPETÊNCIA VERSUS REGIME DE CAIXAUNIDADE 3 – REGIME DE COMPETÊNCIA VERSUS REGIME DE CAIXAUNIDADE 3 – REGIME DE COMPETÊNCIA VERSUS REGIME DE CAIXAUNIDADE 3 – REGIME DE COMPETÊNCIA VERSUS REGIME DE CAIXAUNIDADE 3 – REGIME DE COMPETÊNCIA VERSUS REGIME DE CAIXA ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 6 86 86 86 86 8

3.1 REGIME DE COMPETÊNCIA ........................................................................................................................................... 68

3.2 EXEMPLO 1 .......................................................................................................................................................................... 68

3.3 EXEMPLO 2 .......................................................................................................................................................................... 68

3.4 REGIME DE CAIXA ............................................................................................................................................................. 69

3.5 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 69

3.6 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 69

3.7 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 69

3.8 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 69

3.9 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 69

UNIDADE 4 – DEMONSTRUNIDADE 4 – DEMONSTRUNIDADE 4 – DEMONSTRUNIDADE 4 – DEMONSTRUNIDADE 4 – DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÃO DAS MUTAÇÃO DAS MUTAÇÃO DAS MUTAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PAAÇÕES DO PAAÇÕES DO PAAÇÕES DO PAAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDOTRIMÔNIO LÍQUIDOTRIMÔNIO LÍQUIDOTRIMÔNIO LÍQUIDOTRIMÔNIO LÍQUIDO .................................................................................................................................................................................................................. 7 07 07 07 07 0

4.1 DEFINIÇÃO DE DMPL ...................................................................................................................................................... 70

4.2 VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO .................................................................................................................... 70

4.2.1 AUMENTO DO CAPITAL SOCIAL ............................................................................................................................... 70

4.2.2 LUCRO OU PREJUÍZO APURADO NO PERÍODO ................................................................................................... 70

4.2.3 DESTINAÇÃO DE LUCROS .......................................................................................................................................... 70

4.3 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 71

4.4 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 71

UNIDADE 5 – DEMONSTRUNIDADE 5 – DEMONSTRUNIDADE 5 – DEMONSTRUNIDADE 5 – DEMONSTRUNIDADE 5 – DEMONSTRAÇÃO DOS FLAÇÃO DOS FLAÇÃO DOS FLAÇÃO DOS FLAÇÃO DOS FLUXUXUXUXUXOS DE CAIXOS DE CAIXOS DE CAIXOS DE CAIXOS DE CAIXAAAAA ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 7 17 17 17 17 1

5.1 DEFINIÇÃO DE DFC .......................................................................................................................................................... 71

5.1.1 VARIAÇÃO DO CAIXA ................................................................................................................................................... 71

5.2 CAIXA E EQUIVALENTE À CAIXA ................................................................................................................................. 72

5.2.1 CÁLCULO DE SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA ......................................................................... 72

5.3 VARIAÇÃO DE SALDO DE CAIXA ................................................................................................................................. 73

5.3.1 ATIVIDADES OPERACIONAIS ..................................................................................................................................... 73

5.3.2 ATIVIDADES DE INVESTIMENTO .............................................................................................................................. 73

5.3.3 ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO .......................................................................................................................... 74

5.4 MÉTODO DIRETO .............................................................................................................................................................. 74

5.4.1 EVIDENCIAÇÃO PELO MÉTODO DIRETO ............................................................................................................... 75

5.4.2 EXEMPLO 1 ...................................................................................................................................................................... 75

5.4.3 EXEMPLO 2 ...................................................................................................................................................................... 76

5.5 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 77

5.6 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 77

UNIDADE 6 – ATIVO IMOBILIZADOUNIDADE 6 – ATIVO IMOBILIZADOUNIDADE 6 – ATIVO IMOBILIZADOUNIDADE 6 – ATIVO IMOBILIZADOUNIDADE 6 – ATIVO IMOBILIZADO ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 7 77 77 77 77 7

6.1 DEFINIÇÃO DE ATIVO IMOBILIZADO ........................................................................................................................ 77

6.1.1 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 78

6.2 TIPOS DE ATIVOS IMOBILIZADOS .............................................................................................................................. 78

6.3 CUSTO DE AQUISIÇÃO .................................................................................................................................................... 79

6.4 DEPRECIAÇÃO .................................................................................................................................................................... 79

6.4.1 FATORES DETERMINANTES DA DEPRECIAÇÃO ................................................................................................... 80

6.4.2 CRITÉRIOS DE MENSURAÇÃO DA DEPRECIAÇÃO .............................................................................................. 80

6.4.2.1 MÉTODO LINEAR ........................................................................................................................................................ 80

6.4.3 TAXA DE DEPRECIAÇÃO VERSUS TEMPO DE VIDA ÚTIL ................................................................................ 81

6.4.4 VALOR RESIDUAL ........................................................................................................................................................... 81

6.4.5 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 82

Contabilidade Geral S U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I O

55555

6.5 MECÂNICA CONTÁBIL E ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ............................................. 82

6.5.1 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 82

6.5.2 CONTABILIZAÇÃO DO EXEMPLO ............................................................................................................................. 83

6.6 EXEMPLO 3 – CIA. XYZ .................................................................................................................................................... 83

6.6.1 EXEMPLO 3 – ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ............................................................... 84

6.6.2 EXEMPLO 3 – ELABORAÇÃO DA DRE ..................................................................................................................... 88

6.6.3 EXEMPLO 3 – DMPL ..................................................................................................................................................... 89

6.6.4 EXEMPLO 3 – ELABORAÇÃO DE BP ........................................................................................................................ 91

6.6.5 EXEMPLO 3 – ELABORAÇÃO DA DFC .................................................................................................................... 92

6.7 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 93

6.8 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 93

6.9 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 93

6.10 EXERCÍCIO ......................................................................................................................................................................... 93

UNIDADE 7 – CENÁRIOS CULUNIDADE 7 – CENÁRIOS CULUNIDADE 7 – CENÁRIOS CULUNIDADE 7 – CENÁRIOS CULUNIDADE 7 – CENÁRIOS CULTURTURTURTURTURAISAISAISAISAIS .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 9 39 39 39 39 3

MÓDULO 3 – ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ................................................. 95

APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 95

UNIDADE 1 – PROPÓSITO DA ANÁLISEUNIDADE 1 – PROPÓSITO DA ANÁLISEUNIDADE 1 – PROPÓSITO DA ANÁLISEUNIDADE 1 – PROPÓSITO DA ANÁLISEUNIDADE 1 – PROPÓSITO DA ANÁLISE .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 9 59 59 59 59 5

1.1 JUSTIFICATIVAS PARA A ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS .......................................................... 95

1.1.1 SITUAÇÃO DE EMPRESAS-ALVO DE INVESTIMENTO ....................................................................................... 95

1.1.2 DESEMPENHO DAS SUBUNIDADES ....................................................................................................................... 96

1.1.3 SITUAÇÃO DE CRÉDITO ............................................................................................................................................... 96

1.1.4 SITUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA DE EMPRESAS REGULADAS ........................................................... 97

1.2 OBTENÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ................................................................................................. 97

1.2.1 INTERESSE DE INVESTIDORES ................................................................................................................................... 97

1.2.2 INTERESSE DE UM DIRETOR FINANCEIRO ............................................................................................................ 98

1.2.3 INTERESSE DE POTENCIAIS CLIENTES, PARCEIROS E CONCORRENTES ..................................................... 98

1.2.4 INTERESSE DE ÓRGÃOS REGULADORES ............................................................................................................... 98

1.3 INVESTIGAÇÃO DA CONFIABILIDADE DAS INFORMAÇÕES ............................................................................. 99

1.4 CONHECIMENTO DO HISTÓRICO DA EMPRESA .................................................................................................... 99

1.5 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 100

1.6 EXERCÍCIO .......................................................................................................................................................................... 100

UNIDADE 2 – ANÁLISE VERTICALUNIDADE 2 – ANÁLISE VERTICALUNIDADE 2 – ANÁLISE VERTICALUNIDADE 2 – ANÁLISE VERTICALUNIDADE 2 – ANÁLISE VERTICAL ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 100100100100100

2.1 TIPOS DE ANÁLISE .......................................................................................................................................................... 100

2.2 OBJETIVO DA ANÁLISE VERTICAL ............................................................................................................................. 100

2.3 VANTAGENS DA ANÁLISE VERTICAL ....................................................................................................................... 101

2.4 ANÁLISE VERTICAL NA DRE ........................................................................................................................................ 101

2.4.1 ANÁLISES ........................................................................................................................................................................ 101

2.4.2 CÁLCULOS ...................................................................................................................................................................... 102

2.5 ANÁLISE VERTICAL NO BALANÇO ............................................................................................................................ 103

2.5.1 ANÁLISES ........................................................................................................................................................................ 103

2.5.2 CÁLCULOS ...................................................................................................................................................................... 104

2.6 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 104

2.7 EXERCÍCIO .......................................................................................................................................................................... 105

Contabilidade GeralS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I O

66666

UNIDADE 3 – ANÁLISE HORIZUNIDADE 3 – ANÁLISE HORIZUNIDADE 3 – ANÁLISE HORIZUNIDADE 3 – ANÁLISE HORIZUNIDADE 3 – ANÁLISE HORIZONTONTONTONTONTALALALALAL .............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 105105105105105

3.1 OBJETIVOS DA ANÁLISE HORIZONTAL ................................................................................................................... 105

3.2 ANÁLISE HORIZONTAL NA DRE ................................................................................................................................. 105

3.2.1 ANÁLISES ........................................................................................................................................................................ 105

3.2.2 CÁLCULOS ...................................................................................................................................................................... 106

3.3 ANÁLISE HORIZONTAL NO BALANÇO .................................................................................................................... 106

3.3.1 ANÁLISES ........................................................................................................................................................................ 107

3.3.2 CÁLCULOS ...................................................................................................................................................................... 108

3.4 ANÁLISE VERTICAL VERSUS ANÁLISE HORIZONTAL ......................................................................................... 108

3.5 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 108

3.6 EXERCÍCIO .......................................................................................................................................................................... 109

UNIDADE 4 – ANÁLISE POR INDICADORESUNIDADE 4 – ANÁLISE POR INDICADORESUNIDADE 4 – ANÁLISE POR INDICADORESUNIDADE 4 – ANÁLISE POR INDICADORESUNIDADE 4 – ANÁLISE POR INDICADORES ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 109109109109109

4.1 OBJETIVOS DA ANÁLISE POR INDICADORES ........................................................................................................ 109

4.2 ÍNDICE ................................................................................................................................................................................. 109

4.2.1 CONTEXTO DE UTILIZAÇÃO DO ÍNDICE ............................................................................................................. 110

4.3 TIPOS DE INDICADORES ............................................................................................................................................... 110

4.4 INDICADORES DE LIQUIDEZ ....................................................................................................................................... 110

4.4.1 LIQUIDEZ E SITUAÇÃO FINANCEIRA .................................................................................................................... 110

4.4.2 LIQUIDEZ CORRENTE ................................................................................................................................................. 111

4.4.2.1 EXEMPLO ..................................................................................................................................................................... 112

4.4.2.2 SOLUÇÃO .................................................................................................................................................................... 112

4.4.3 LIQUIDEZ GERAL ......................................................................................................................................................... 113

4.4.3.1 FATOR LIMITADOR DO ÍNDICE ............................................................................................................................. 113

4.4.3.2 EXEMPLO ..................................................................................................................................................................... 114

4.4.3.3 SOLUÇÃO 1 ................................................................................................................................................................. 114

4.4.3.4 SOLUÇÃO 2 ................................................................................................................................................................. 115

4.5 INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO ....................................................................................................................... 115

4.5.1 ENDIVIDAMENTO GERAL .......................................................................................................................................... 116

4.5.1.1 ADEQUAÇÃO E LIMITAÇÃO DO ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO GERAL ................................................. 116

4.5.1.2 EXEMPLO ..................................................................................................................................................................... 117

4.5.1.3 SOLUÇÃO .................................................................................................................................................................... 117

4.5.2 COMPOSIÇÃO DE EXIGIBILIDADES ...................................................................................................................... 118

4.5.2.1 EXEMPLO ..................................................................................................................................................................... 118

4.5.3 PASSIVO ONEROSO SOBRE ATIVO ......................................................................................................................... 118

4.5.3.1 EXEMPLO ..................................................................................................................................................................... 119

4.5.3.2 SOLUÇÃO .................................................................................................................................................................... 119

4.5.4 COMPOSIÇÃO DO PASSIVO ONEROSO ................................................................................................................ 120

4.5.4.1 EXEMPLO ..................................................................................................................................................................... 120

4.5.4.2 SOLUÇÃO .................................................................................................................................................................... 121

4.6 INDICADORES DE LUCRATIVIDADE .......................................................................................................................... 121

4.6.1 MARGEM BRUTA .......................................................................................................................................................... 122

4.6.1.1 EXEMPLO ..................................................................................................................................................................... 122

4.6.1.2 SOLUÇÃO .................................................................................................................................................................... 123

4.6.2 MARGEM LÍQUIDA DE LUCRO ................................................................................................................................ 123

4.6.2.1 EXEMPLO ..................................................................................................................................................................... 123

Contabilidade Geral S U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I O

77777

4.6.2.2 SOLUÇÃO .................................................................................................................................................................... 124

4.7 INDICADORES DE RENTABILIDADE .......................................................................................................................... 124

4.7.1 RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO ....................................................................................................... 125

4.7.1.1 EXEMPLO ..................................................................................................................................................................... 125

4.7.1.2 SOLUÇÃO .................................................................................................................................................................... 125

4.7.2 RETORNO SOBRE O ATIVO ........................................................................................................................................ 126

4.7.2.1 EXEMPLO ..................................................................................................................................................................... 127

4.7.2.2 SOLUÇÃO .................................................................................................................................................................... 127

4.8 ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO DE ANÁLISE ........................................................................................................... 128

4.9 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 128

4.10 EXERCÍCIO ....................................................................................................................................................................... 128

4.11 EXERCÍCIO ....................................................................................................................................................................... 128

UNIDADE 5 – CENÁRIOS CULUNIDADE 5 – CENÁRIOS CULUNIDADE 5 – CENÁRIOS CULUNIDADE 5 – CENÁRIOS CULUNIDADE 5 – CENÁRIOS CULTURTURTURTURTURAISAISAISAISAIS ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 128128128128128

MÓDULO 4 – ENCERRAMENTO .............................................................................................. 129

APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................................................................... 129

Contabilidade Geral A B E R T U R AA B E R T U R AA B E R T U R AA B E R T U R AA B E R T U R A

99999

ABERTURA

APRESENTAÇÃO

A disciplina Contabilidade GeralContabilidade GeralContabilidade GeralContabilidade GeralContabilidade Geral é dedicada ao estudo do patrimônio e do desempenho das

entidades, afinal, a Contabilidade – enquanto linguagem dos negócios – tem por objetivo apurar

e evidenciar a situação patrimonial e o desempenho econômico-financeiros das empresas –

entidades.

Começaremos estudando os conceitos fundamentais, a estrutura conceitual e os usuários típicos

da informação contábil bem como suas necessidades informacionais. No segundo módulo,

estudaremos a elaboração de demonstrações contábeis típicas, isto é, o Balanço Patrimonial, a

Demonstração do Resultado do Exercício, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

e a Demonstração dos Fluxos de Caixa. Finalmente, no último módulo, que corresponde ao

fechamento desta disciplina, estudaremos a análise das demonstrações contábeis – o que

corresponde à interpretação dos relatórios elaborados pela contabilidade financeira ou societária.

A matéria aqui apresentada se utiliza de conceitos matemáticos, mas não se trata de uma Ciência

Exata, a rigor, é, eminentemente, composta pela racionalidade das Ciências Sociais Aplicadas.

Ao optar por fazer Contabilidade GeralContabilidade GeralContabilidade GeralContabilidade GeralContabilidade Geral, você optou também por participar de um novo método

de ensino – o ensino a distância. Dessa forma, você terá bastante flexibilidade para realizar as

atividades nela previstas. Embora você possa definir o tempo que irá dedicar a esse trabalho, ele

foi planejado para ser concluído em um prazo determinado. Verifique sempre, no calendário, o

tempo de que você dispõe para dar conta das atividades nele propostas. Lá estarão agendados

todos os trabalhos, inclusive aqueles a serem encaminhados, em data previamente determinada,

ao Professor-Tutor da disciplina.

OBJETIVO E CONTEÚDO

O objetivo de Contabilidade Geral Contabilidade Geral Contabilidade Geral Contabilidade Geral Contabilidade Geral é capacitar o aluno a elaborar e interpretar as demonstrações

contábeis típicas – obrigatórias –, de forma a habilitá-los a auxiliar os diversos usuários das

informações contábeis na redução da assimetria informacional existente entre eles e as entidades

analisadas.

Em outras palavras, o objetivo desta disciplina é prover aos alunos conhecimento dos princípios e

conceitos que envolvem a linguagem dos negócios – a contabilidade societária, assim como suas

principais demonstrações. É ainda, tornar o aluno apto a entender a análise das demonstrações

contábeis e seus quocientes.

Contabilidade GeralA B E R T U R AA B E R T U R AA B E R T U R AA B E R T U R AA B E R T U R A

1010101010

Sob esse foco, Contabilidade GeralContabilidade GeralContabilidade GeralContabilidade GeralContabilidade Geral foi estruturado em quatro módulos, nos quais foi inserido o

seguinte conteúdo...

Módulo 1Módulo 1Módulo 1Módulo 1Módulo 1 – Conceitos Gerais

Neste módulo, estudaremos os conceitos e suas definições como sendo o vocabulário

da Contabilidade, e a estrutura conceitual como sendo sua gramática.

Começaremos com a importância da Contabilidade, tanto pessoal como empresarial.

Estudaremos também o processo contábil, seus usuários e os diferentes campos de

atuação da Contabilidade Societária, Gerencial e de Custos, Fiscal ou Tributária – a

estrutura conceitual básica da contabilidade emitida pelo Comitê de Pronunciamentos

Contábeis – CPC.

Por fim, estudaremos a nova Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade, emitida

pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, homologada pela Comissão de

Valores Mobiliários – CVM – e pelo CFC. Esta, relaciona-se com o Conceptual Framework

emitido pelo IASB – International Accounting Standards Board, entidade internacional.

Nesse pronunciamento são estabelecidos os pressupostos básicos, as características

qualitativas das Demonstrações Contábeis e as limitações às características qualitativas.

Módulo 2Módulo 2Módulo 2Módulo 2Módulo 2 – Demonstrações Contábeis

Neste módulo, estudaremos as principais demonstrações contábeis, que representam

as informações das operações realizadas pela empresa de forma ordenada. Em primeiro

lugar, veremos o Balanço Patrimonial, que tem como objetivo mostrar a situação

patrimonial de uma entidade em um momento específico. A seguir, estudaremos a

Demonstração do Resultado do Exercício, que evidencia de modo estruturado a

composição do resultado da entidade.

Veremos ainda a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, que informa a

movimentação ocorrida nas contas do patrimônio líquido, até chegar ao saldo final do

exercício em análise, ou seja, aumento ou diminuição do Patrimônio Líquido.

Na sequência, estudaremos a Demonstração dos Fluxos de Caixa, que mostra os

recebimentos e os pagamentos em caixa, divididos em Atividades Operacionais, de

Investimento e de Financiamento. Por fim, estudaremos o Ativo Imobilizado, que

corresponde às aplicações de recursos da entidade em bens que não se tem por

objetivo transformar, diretamente, em dinheiro e que são utilizados na atividade

operacional da empresa. Estudaremos ainda o método linear de depreciação dos bens,

que é baseado na vida útil dos mesmos.

Contabilidade Geral A B E R T U R AA B E R T U R AA B E R T U R AA B E R T U R AA B E R T U R A

1111111111

Módulo 3Módulo 3Módulo 3Módulo 3Módulo 3 – Análise das Demonstrações Contábeis

Neste módulo, estudaremos como se interpretam as informações contidas nos relatórios

típicos disponibilizados pelo setor de contabilidade das entidades. Apresentaremos as

principais técnicas de análise da Demonstração do Resultado do Exercício e do Balanço

Patrimonial de uma entidade com fins lucrativos.

Uma vez definidos os propósitos da análise, estudaremos a análise vertical ou de

estrutura, utilizada para avaliar a relação entre as contas de uma única demonstração

contábil. Seguiremos estudando a análise horizontal, que mostra o comportamento –

evolução ou involução – de cada um dos itens das demonstrações contábeis, período

após período, utilizando no mínimo dois períodos contábeis. Por fim, estudaremos a

análise por indicadores, que tem como objetivo permitir ao analista extrair tendências

e comparar os indicadores com padrões preestabelecidos.

Módulo 4 Módulo 4 Módulo 4 Módulo 4 Módulo 4 – Encerramento

Neste módulo – além da avaliação desse trabalho –, você encontrará algumas divertidas

opções para testar seus conhecimentos sobre o conteúdo desenvolvido nos módulos

anteriores – caça-palavras, palavras cruzadas, forca e criptograma. Entre neles e bom

trabalho!

BIBLIOGRAFIA

SZUSTER, Natan et al. Contabilidade Geral: introdução à contabilidade societária. 3. ed. São Paulo:

Atlas, 2011.

Esse livro é completamente adequado ao conteúdo da presente disciplina, uma vez

que a linguagem adotada é a mesma, e está atualizado de acordo com a lei 11.941/09

e com os pronunciamentos CPC, incluindo o CPC-PME.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 12. ed. São Paulo: Person, 2010.

Este livro de administração financeira é um dos mais conhecidos e utilizados em sua

área, devendo-se seu sucesso à adequação do conteúdo ao ensino de administração

financeira e à constante atualização do texto segundo as tendências do pensamento

financeiro atual, ao mesmo tempo que mantém as características positivas da

abordagem tradicional.

Contabilidade GeralA B E R T U R AA B E R T U R AA B E R T U R AA B E R T U R AA B E R T U R A

1212121212

IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das

Sociedades por Ações: aplicável a todas sociedades. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

Esta obra, desenvolvida e, posteriormente, atualizada por uma equipe de técnicos da

FIPECAPI sob coordenação de Sérgio de Iudícibus, Eliseu Martins e Ernesto Rubens

Gelbcke, está adaptada à legislação societária e fiscal até 31 de dezembro de 1999.

Devido a suas sucessivas atualizações, essa obra se mantém como uma das mais

importantes fontes de sugestões para a melhoria da informação contábil neste país.

________. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações: aplicável às demais sociedades –

suplemento. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

Este suplemento inclui as observações relevantes sobre a Lei n° 11.638, sancionada

em 28 de dezembro de 2007, que modificou a Lei das Sociedades por Ações, de n°

6.404/76, principalmente em suas disposições de natureza contábil, constituindo, por

isso, um importante material complementar ao Manual de Contabilidade das Sociedades

por Ações.

ROSS, Stephen A et.al. Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 1995.

Este livro abarca os principais tópicos da administração financeira moderna, tais como

estrutura de capital e política de dividendos, financiamentos a longo prazo e orçamento

de capital. Administração Financeira trata dessas questões centrais, esclarecendo o

papel do administrador financeiro com foco na tomada de decisão e na necessidade

de conhecimento para encontrar soluções.

MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

Este livro, contrariamente a muitos outros sobre contabilidade gerencial, não se detém

na apresentação de resumos de contabilidade financeira, princípios de contabilidade

geralmente aceitos, preferindo entrar diretamente em contabilidade gerencial, tópico

essencial para as decisões sobre política de dividendos, reinvestimento, bem como

comparação entre relatórios financeiros.

SILVA, José Pereira da. Análise Financeira das Empresas. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

Esta obra diferencia-se dos tradicionais textos de Análise de Balanços. Exige do leitor

conhecimento prévio sobre demonstrações financeiras, mas apresenta uma abordagem

semelhante à dos textos de finanças. Merece destaque a inclusão de uma empresa-

exemplo, baseada em caso real, para ilustrar as técnicas apresentadas no livro.

VIEIRA, Marcos Villela. Administração estratégica do capital de giro. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2008.

Este livro aborda o estudo da administração do capital de giro como um conjunto de

conceitos e técnicas inseridos no contexto das decisões estratégicas da empresa,

destacando a influência das decisões de longo prazo de investimento, financiamento

e distribuição sobre a posição de liquides da organização.

Contabilidade Geral A B E R T U R AA B E R T U R AA B E R T U R AA B E R T U R AA B E R T U R A

1313131313

WESTON, J. Fred; BRIGHAM, Eugene F. Fundamentos da Administração Financeira. 10 ed. São Paulo:

Makron Books, 2000.

Progressos substanciais na administração financeira ocorreram desde a publicação da

primeira edição do livro Fundamentos da Administração Financeira há 25 anos. Novas

teorias, globalização do mercado e computadores, que mudaram a maneira de lidar

com a administração financeira. Uma coisa que tem permanecido constante, no entanto,

é a capacidade desta obra de fornecer um quadro de trabalho conceitual para a tomada

de decisões coerentes nos diversos cenários financeiros presentes na atualidade.

PROFESSORES-AUTORES

Ricardo Lopes Cardoso Ricardo Lopes Cardoso Ricardo Lopes Cardoso Ricardo Lopes Cardoso Ricardo Lopes Cardoso é Doutor em Ciências Contábeis – FEA-USP

–, Mestre em Ciências Contábeis – FAF-UERJ –, Contador, Advogado,

Professor Adjunto da EBAPE-FGV e da FAF-UERJ, pesquisador

produtividade CNPq. É coautor dos livros Contabilidade Geral,

Contabilidade Gerencial e Contabilidade dos Investimentos em

Participações Societárias, é autor do capítulo Reflexos da regulação

econômica na informação contábil prestada pelo ente regulado do livro

Regulação no Brasil: desenho, governança, avaliação, entre outros. Academic Fellow em Education

Initiative da International Financial Reporting Standards Foundation – IFRS Foundation.

Fortunée Rechtman Szuster Fortunée Rechtman Szuster Fortunée Rechtman Szuster Fortunée Rechtman Szuster Fortunée Rechtman Szuster é Mestre em Ciências Contábeis pela

UERJ e Pós-Graduada em Gestão de Negócios pela UFRJ. Professora

convidada do FGV Pós-ADM e do Curso de Contabilidade da UERJ. É

coautora do livro Contabilidade geral.

Contabilidade Geral M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1

1515151515

MÓDULO 1 – CONCEITOS GERAIS

APRESENTAÇÃO

Neste módulo, estudaremos os conceitos e suas definições como sendo o vocabulário da

Contabilidade, e a estrutura conceitual básica como sendo sua gramática.

Começaremos com a importância da Contabilidade, tanto pessoal como empresarial. Estudaremos

também o processo contábil, seus usuários e os diferentes campos de atuação da Contabilidade

Societária, Gerencial e de Custos, Fiscal ou Tributária.

Por fim, estudaremos a Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade, emitida pelo Comitê de

Pronunciamentos Contábeis – CPC, homologada pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM – e

pelo CFC. Esta, relaciona-se com o Conceptual Framework emitido pelo IASB – International

Accounting Standards Board, entidade internacional. Nesse pronunciamento, são estabelecidos

os pressupostos básicos, as características qualitativas das Demonstrações Contábeis e as limitações

às características qualitativas.

UNIDADE 1 – IMPORUNIDADE 1 – IMPORUNIDADE 1 – IMPORUNIDADE 1 – IMPORUNIDADE 1 – IMPORTÂNCIA DA CONTTÂNCIA DA CONTTÂNCIA DA CONTTÂNCIA DA CONTTÂNCIA DA CONTABILIDADEABILIDADEABILIDADEABILIDADEABILIDADE

1.1 CONTABILIDADE PESSOAL

O que seria do mundo sem a existência da Contabilidade?

Para que possamos refletir sobre essa questão, devemos pensar em nosso dia-a-dia...

O que fazemos com nosso salário?

Pagamos nossas contas, compramos um carro ou uma roupa, ou investimos nosso

dinheiro na poupança?

Até para assumir uma dívida ou pegar um empréstimo, precisamos saber se podemos

fazê-lo, isto é, se teremos condições de honrar o compromisso assumido.

Para tudo isso, precisamos efetuar um orçamento, registrar e controlar gastos pessoais, além de,

ao final do ano, fazer a declaração de Imposto de Renda.

Todos esses eventos, que, diretamente, afetam nossas vidas, têm relação com a

Contabilidade.

Cada vez mais, as pessoas aprendem a lidar com suas finanças pessoais, o que tem sido tratado,

inclusive, em algumas escolas de ensino fundamental.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 11111

1616161616

1.1.1 BENS E DIREITOS

Para isso, registremos essas informações em uma tabela como esta...

1.1.2 OBRIGAÇÕES

Se o ativo representa todo o patrimônio da entidade – bens e direitos, ou aplicações de recursos

dos quais se espera a geração de benefícios futuros –, o passivo representa todas as obrigações da

entidade...

...e o patrimônio líquido é, portanto, a parcela do ativo que sobra depois de se descontar

todo o passivo, ou seja, PL = ativo – passivoPL = ativo – passivoPL = ativo – passivoPL = ativo – passivoPL = ativo – passivo. O PL representa, ainda, os recursos

financiados pelos sócios da entidade.

Para isso, registremos essas informações em uma tabela como esta...

Vamos agora fazer uma lista com nossos bens e nossos direitos para com

outras pessoas, como o dinheiro que tenhamos emprestado a alguém, por

exemplo.

Vamos agora fazer uma lista com nossas obrigações financeiras ou nossas

dívidas...

Contabilidade Geral M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1

1717171717

1.1.3 ORÇAMENTO MENSAL

O resultado da diferença entre o total de receitas e de despesas pode ser positivo –

superávit ou lucro –, ou negativo – déficit ou prejuízo.

Vamos agora ordenar nossas receitas mensais, como salário, e nossas despesas mensais, como

aluguel, condomínio e gasolina, em uma tabela como esta...

Essa é a nossa contabilidade. Agora podemos comprovar se nosso gasto mensal é realmentemenor do que ganhamos.

Poderemos também analisar que gastos podemos cortar ou diminuir para economizardinheiro para as férias, por exemplo.

1.2 CONTABILIDADE PESSOAL VERSUS CONTABILIDADE EMPRESARIAL

Agora que já aprendemos a refletir sobre nossas finanças pessoais, podemos ir mais além...

Um dos problemas mais comuns nessa área é a mistura das finanças pessoais com as

corporativas, ou seja, do negócio, o que não deve ser feito.

orçamento mensal

receitas mensais

renda líquida – salário mensal

rendimentos da poupança

rendimentos das aplicaçõesfinanceiras

outras receitas

total de receitas R$

despesas mensais

aluguel

condomínio

IPTU

supermercado

carro – seguro, gasolina, IPVA

conta de telefone fixo

conta de telefone celular

conta de plano de saúde

anuidades dos cartões decrédito

vestuário

mensalidade da academia deginástica

mensalidade dos cursos –idiomas, informática...

lazer

conta da TV a cabo

mensalidade da internet

outras receitas

total de despesas R$

superávit/déficit mensal =receita - despesas

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 11111

1818181818

1.3 CONTABILIDADE NAS EMPRESAS

Vamos refletir agora sobre a situação das empresas...

Poderiam as empresas sobreviver sem qualquer controle?

Como seriam feitos empréstimos, financiamentos, investimentos, aquisições e venda de

produtos, por exemplo, se não houvesse quaisquer informações sobre as empresas

envolvidas?

Emprestaríamos um milhão de reais se não soubéssemos a probabilidade de retorno desse

investimento?

Compraríamos outra empresa sem nenhum conhecimento de sua saúde financeira?

Poderia haver compra e venda de ações sem qualquer conhecimento da situação

econômico-financeira das empresas envolvidas nessas negociações?

A quebra da Bolsa de Nova Iorque, em 1929, a crise Asiática em 1997 e o estouro da bolha da

Bolsa Nasdaq, em 2001, são provas concretas de que a Contabilidade deve estar sempre presente

para fundamentar qualquer decisão.

A crise das bolsas de valores ocorrida em setembro de 2008, mais uma vez, ressalta a importância

da informação contábil.

Afinal, algumas empresas – principalmente instituições financeiras e seguradoras –

praticaram abusos na mensuração de ativos, o que não foi observado pelos auditores e

induziu parcela significativa dos investidores a erro.

1.3.1 ENTIDADES

O foco de atuação da Contabilidade são as entidades.

As entidades se subdividem em...

...do setor privado – que objetiva o lucro.

...não lucrativas, como as do Governo e as denominadas ONGs.

Mesmo que uma empresa tenha apenas um sócio, as finanças de ambos,

empresa e sócio, devem ser separadas.

Contabilidade Geral M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1

1919191919

1.4 COMPLEXIDADE DA LINGUAGEM

Da mesma forma que a música é considerada a linguagem das emoções, a Contabilidade pode ser

considerada a linguagem dos negócios.

Como toda e qualquer linguagem, a música e a Contabilidade utilizam partituras, cifras,

sinais e símbolos cognitivos próprios. Cada uma delas possui vocabulário específico e

gramática própria.

Certamente, não conseguiríamos interpretar um texto escrito em um idioma que

ainda não aprendemos.

Decifra 01.00

1 2 11 34

30 20 30 25 0

1 160 0 0 0

12 0 1 0

8 0 0 0

11 0 0 0

9 32768 0 0

15 0 0 0

8 0 1 0

0

1

2

3 33333333333333333333333334 6 7 5 4 6 7 5 8

2

3 3333333333333333333333333 7 5 4 7 5 4 9 7

2

3 33333333333333333333333335 4 9 7: 8

2

3 3333333333333333333333333 7; 4 7 5

2

2

3 3333333333333333333333333 3 9

2

3 3333333333333333333333333 3 9

2

3 3333333333333333333333333 3; =

Vamos fazer um teste?

Procuremos interpretar o seguinte texto...

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 11111

2020202020

2

2

2

2

2

3 3333333333333333333333333 3 9

2

3 3333333333333333333333333 3 9

2

3 3333333333333333333333333 3; =

2

Difícil?

Então vamos tentar outro texto, em outra linguagem, mais fácil...

Introdução:

Bm7 Bb7/13 Am7 Ab7/13

G7+

A7/13

A7/b13 Am7

D7/9- Bm7 Bb7/13 Am7 Ab7/13

G7+ A7/13

A7/b13 Am7

D7/9- G7+

G#7+ C#7/9 C#7

B7+ E7/9 E7

C7+ F7/9 F7

Bm7 E7/9-

Am7 D7/9-

G7+ A7/13

A7/b13 Am7

D7/9- Bm7 Bb7/13 Am7 Ab7/13 G7+

Continua complicado, não?

Isso ocorre porque não é fácil interpretar um texto que utiliza uma linguagem com a qual não

temos familiaridade.

Vamos tentar então traduzir para o português o primeiro dos textos apresentados...

Contabilidade Geral M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1

2121212121

Moro num país tropical, abençoado por Deus

E bonito por natureza, mas que beleza, em fevereiro, em fevereiro,Tem carnaval, tem carnaval, tenho um fusca e um violão.

Sou Flamengo e tenho uma nega chamada Tereza...Sambaby Sambaby sou um menino de mentalidade mediana

Mas assim mesmo feliz da vida pois eu não devo nada a ninguémPois sou feliz, muito feliz, comigo mesmo

(Repetir primeira estrofe)

Sambaby Sambaby eu posso não ser um band leader, pois é

Mas lá em casa todos meus camaradas me respeitam, pois éE essa é a razão da simpatia do poder do algo mais e da alegria

Vamos agora ao segundo texto...

Olha que coisa mais linda

Mais cheia de graçaÉ ela menina que vem e que passa

Num doce balanço a caminho do marMoça do corpo dourado do sol de Ipanema

O seu balançado é mais que um poemaÉ a coisa mais linda que já vi passarAh! Por que estou tão sozinho

Ah! Por que tudo é tão tristeAh! A beleza que existe

A beleza que não é só minhaQue também passa sozinha

Ah! Se ela soubesse que quando ela passaO mundo inteirinho se enche de graça

E fica mais lindo por causa do amor

Ah! Agora, sim!

Trata-se de País Tropical, de Jorge Ben Jor, e Garota de Ipanema, de Tom Jobin e Vinicius deMoraes!

Conhecendo a estrutura da linguagem, fica muito mais fácil interpretar um texto.

O mesmo ocorre com a Contabilidade.

1.5 LINGUAGEM DA CONTABILIDADE

Já dissemos que a Contabilidade é a linguagem dos negócios.

Por meio dela é que traçamos objetivos, mensuramos resultados e avaliamosdesempenhos.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 11111

2222222222

É por meio dos relatórios elaborados com base no sistema de informações contábeis que osadministradores decidem...

...o preço a ser praticado.

...o mix de produtos a ser vendido.

...a tecnologia a ser utilizada.

Como toda e qualquer linguagem, a Contabilidade utiliza sinais e símbolos cognitivos próprios,possui um vocabulário específico e uma gramática própria.

Não falar sua linguagem bem como não compreender seus conceitos fundamentaisdificulta a interpretação de relatórios e a participação no mundo dos negócios.

1.5.1 EXEMPLO

Vejamos um exemplo...

É provável que conheçamos a atividade de um supermercado. Já devemos ter efetuado comprasem vários deles.

Entretanto, considerando que este seja nosso primeiro contato com a Contabilidade,será que conseguiríamos interpretar as demonstrações contábeis do Grupo Pão de

Açúcar – Companhia Brasileira de Distribuição S.A.?

Sem um conhecimento de Contabilidade, como seria a análise de uma

empresa?

Como calcularíamos sua capacidade de pagar as dívidas, sua lucratividade oumesmo o retorno do capital?

Contabilidade Geral M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1

2323232323

FonteFonteFonteFonteFonteAdaptado de http://www.cvm.gov.br. Acesso em mar. 2008.

Com base nessas informações, como está a situação econômico-financeira do Grupo Pão deAçúcar?

Responder a essa questão pode parecer fácil, mas para entender o que realmente

acontece nas finanças do Grupo Pão de Açúcar é preciso estudar Contabilidade.

Companhia Brasileira de Distribuição 2007 2006 2005

Balanço Patrimonial R$ milhares R$ milhares R$ milhares

Companhia Brasileira de Distribuição 2007 2006 2005

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 11111

2424242424

1.6 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

1.7 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

UNIDADE 2 – DEFINIÇÃO DE CONTUNIDADE 2 – DEFINIÇÃO DE CONTUNIDADE 2 – DEFINIÇÃO DE CONTUNIDADE 2 – DEFINIÇÃO DE CONTUNIDADE 2 – DEFINIÇÃO DE CONTABILIDADEABILIDADEABILIDADEABILIDADEABILIDADE

2.1 FUNÇÃO DA CONTABILIDADE

A Contabilidade é uma ciência social. Desse modo, ela influencia a sociedade, e a sociedade é

influenciada por ela.

Além disso, ela depende do julgamento de valor do ser humano e, portanto, envolve

também um conceito subjetivo.

A Contabilidade é, a rigor, uma ciência social aplicada, pois constitui o canal de

comunicação da informação econômico-financeira entre a empresa e todos os

integrantes da sociedade.

Por exemplo...

Quando uma empresa publica suas demonstrações contábeis em um jornal ou em seu

site na internet, as pessoas tomam conhecimento da atuação da empresa e de alguns

aspectos relacionados a suas estratégias.

Portanto...

...a Contabilidade é o sistema que sintetiza todas as operações realizadas por uma

empresa, gerando informações fundamentais para a tomada de decisão e para a

avaliação do desempenho dessa mesma empresa.

2.2 PROCESSO CONTÁBIL

O processo contábil tem como objetivos registrar, resumir, classificar e comunicar as informações

financeiras.

A entrada do processo são as transações que a empresa efetua e os eventos que

afetam seu patrimônio. Na saída, estão as demonstrações contábeis.

Por intermédio da Contabilidade, a sociedade é informada sobre o resultado

da aplicação dos recursos conferidos às entidades.

Contabilidade Geral M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1

2525252525

Esses dados são captados pelos registros contábeis e processados de forma ordenada.

A partir deles, temos como produto final as demonstrações contábeis ou demonstrações

financeiras.

Denominadas dessa forma pela legislação brasileira, essas demonstrações correspondem

às informações geradas pela Contabilidade que se diz Societária.

2.2.1 VISUALIZAÇÃO DO PROCESSO CONTÁBIL

Podemos visualizar o processo contábil por meio da seguinte ilustração...

2.3 VALOR UTILITÁRIO DA CONTABILIDADE

A Contabilidade é uma ciência fundamentalmente utilitária, ou seja, ela existe porque representa

uma utilidade para a sociedade em geral.

Seu grande produto é o fornecimento de informações para planejamento e controle,

evidenciando informações referentes à situação patrimonial, econômica e financeira

de uma empresa.

Seu propósito básico é prover a diretores, gerentes, administradores da empresa e a

todos os demais interessados informações úteis para a tomada de decisões.

Poderíamos dizer que a Contabilidade é uma indústria, tendo como matéria-

prima os dados econômico-financeiros.

Portanto, a Contabilidade Financeira ou Societária tem como objetivo

mostrar a saúde financeira da empresa.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 11111

2626262626

Além disso, têm interesse na remuneração por meio de participação nos

lucros e na manutenção de seus empregos.

2.4 USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL

A coleta, o registro e a sumarização da informação econômica objetivam fundamentar o processo

decisório de todas as pessoas relacionadas às entidades, como os administradores, os investidores,

o Governo, os empregados, os financiadores e toda a sociedade.

Cada usuário, no entanto, possui uma necessidade específica de informações contábeis,

de acordo com seus objetivos.

Por esse motivo, podemos dividir os usuários da informação do seguinte modo...

acionista controlador; administradores;

financiadores; Governo;

acionista minoritário;

empregados.

2.4.1 ACIONISTA CONTROLADOR

O acionista controlador tem interesse na continuidade da empresa, em sua valorização e no

retorno de seu investimento comparado ao risco.

Ou seja, o investimento deve dar mais retorno do que se comparado com uma aplicação

com risco similar.

O acionista controlador tem preocupação com o lucro por dois motivos...

...por causa da distribuição de dividendos e da manutenção e expansão da empresa.

2.4.2 ADMINISTRADORES

Administradores são os gestores que trabalham na empresa.

Os administradores utilizam a informação contábil como base para exercer sua função

como gestores no processo de tomada de decisão.

Os administradores visam otimizar o resultado por meio da otimização dos gastos

realizados e da administração do mix de produtos, ou seja, definindo quais produtos

geram maior lucro para a empresa.

O acionista controlador representa os proprietários da empresa.

Contabilidade Geral M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1

2727272727

2.4.3 FINANCIADORES

Financiadores são aqueles que emprestam dinheiro à empresa.

O maior interesse dos financiadores diz respeito à capacidade de pagamento do principal

e dos juros.

Os financiadores devem acompanhar o grau de endividamento da empresa de modo

a analisar a composição da estrutura de capital da empresa.

2.4.4 GOVERNO

Além disso, o Governo utiliza os dados contábeis como referência para formulação de diretrizes

da política econômica, das atividades do Judiciário e de agências reguladoras.

Por exemplo, se as empresas localizadas em um determinado local apresentam resultado

negativo, o Governo pode-lhes conceder um incentivo fiscal.

O Governo também pode utilizar a Contabilidade para exercer controle e detectar possíveis

fraudes.

2.4.5 ACIONISTA MINORITÁRIO

Os principais interesses do acionista minoritário dizem respeito ao fluxo regular de dividendos e

à valorização da empresa para uma possível venda de suas ações.

2.4.6 EMPREGADOS

Os empregados representam as pessoas que trabalham na empresa e que, por meio da informação

contábil, podem verificar a capacidade de pagamento de salários e de possível participação nos

lucros.

O Governo preocupa-se com a tributação e a arrecadação de impostos, taxas

e contribuições.

A maioria dos tributos são pagos a partir da receita e do lucro evidenciados pela

Contabilidade.

Acionista minoritário é aquele que compra ações no mercado, mas não

possui influência na administraçãoda empresa.

Dessa forma, podem analisar as perspectivas de crescimento da empresa,

consequente manutenção de seus empregos e suas possibilidades de

crescimento profissional.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 11111

2828282828

É o que veremos a seguir.

2.5 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

2.6 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

UNIDADE 3 – CAMPO DE ATUUNIDADE 3 – CAMPO DE ATUUNIDADE 3 – CAMPO DE ATUUNIDADE 3 – CAMPO DE ATUUNIDADE 3 – CAMPO DE ATUAÇÃO DA CONTAÇÃO DA CONTAÇÃO DA CONTAÇÃO DA CONTAÇÃO DA CONTABILIDADEABILIDADEABILIDADEABILIDADEABILIDADE

3.1 ATUAÇÃO SEGMENTADA

O campo de atuação da Contabilidade é muito amplo, podendo abranger as pessoas

físicas e as entidades de finalidades não lucrativas, bem como as entidades de Direito

Público, como estados e municípios.

Apesar da abrangência do tema, vamos basear nossos exemplos e aplicações em entidades que

objetivam o lucro.

Assim como existem diferentes tipos de decisões econômicas, a Contabilidade também

se estrutura para fornecer diferentes tipos de informações.

A atuação segmentada da Contabilidade Gerencial, da Contabilidade Financeira e da Contabilidade

Fiscal retrata esse processo que fornece, no conjunto, as informações mais utilizadas no mundo

dos negócios.

3.2 CONTABILIDADE GERENCIAL

A Contabilidade Gerencial abrange as informações a serem fornecidas aos tomadores de decisão,

isto é, às pessoas internas à organização, responsáveis por dirigir e controlar suas operações.

Essas informações são utilizadas para...

...traçar metas.

...avaliar o desempenho dos setores da empresa bem como de seus funcionários.

...decidir sobre a produção de novos produtos ou não, além de todos os tipos de

decisões gerenciais.

Contabilidade Geral M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1

2929292929

Apesar de a base de suas informações ser financeira, nela devem ser incluídas avaliações de

fatores não financeiros, como...

considerações políticas e ambientais;

qualidade do produto;

satisfação do cliente;

produtividade.

3.3 CONTABILIDADE FINANCEIRA OU SOCIETÁRIA

A Contabilidade Financeira ou Societária diz respeito a recursos financeiros, obrigações

e atividades da entidade legal.

Tais decisões são importantes para a sociedade uma vez que, por meio delas, serão determinadas

quais empresas irão ou não receber recursos para seu crescimento.

Muitas outras pessoas utilizam essas informações, tais como...

...os executivos e empregados da empresa.

...os acionistas e fornecedores.

...além de pessoas externas à empresa.

3.4 CONTABILIDADE FISCAL

A Contabilidade Fiscal objetiva fornecer informação ao Governo, principalmente à Secretaria da

Receita Federal do Brasil – RFB.

O planejamento tributário significa a antecipação dos efeitos dos impostos nas transações

e na estruturação das operações de modo a minimizar a carga tributária licitamente.

3.4.1 CONTABILIDADE DE CUSTOS

A Contabilidade de Custos está localizada em uma área intermediária entre a

Contabilidade Financeira e a Contabilidade Gerencial, pois serve às duas...

A Contabilidade Financeira utiliza as informações geradas pela Contabilidade de Custos para...

avaliar os estoques, o que é necessário para apurar o balanço patrimonial;

mensurar o custo dos produtos vendidos, o que é necessário para apurar o resultado

do período.

Vale ressaltar que a declaração do Imposto de Renda é baseada na

informação proveniente da Contabilidade Financeira.

Sua informação é destinada, em princípio, a orientar investidores e credores

na decisão de onde alocar seus recursos.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 11111

3030303030

A Contabilidade Gerencial utiliza as informações geradas pela Contabilidade de Custos para...

identificar o preço que deve ser cobrado para cobrir o custo do produto, as despesas

operacionais e ainda remunerar o capital investido.

3.5 CAMPOS DE ATUAÇÃO

Podemos afirmar que a Contabilidade está inserida em três campos de atuação, e cada um deles

é orientado pelas necessidades de seus usuários.

São eles, conforme vimos...

Gerencial;

Financeiro;

Fiscal.

Não podemos, contudo, dizer qual é o melhor, visto que cada um deles visa atender às

necessidades de um público específico.

3.6 AVALIAÇÃO MONETÁRIA

A Contabilidade se concentra na avaliação monetária dos elementos patrimoniais.

Isso representa um aspecto positivo porque ela se torna a linguagem dos negócios, traduzindo os

elementos em termos de dinheiro.

No entanto, esse fato também tem limitações visto que é impossível quantificar todos

os eventos econômicos, monetariamente.

Por exemplo...

Uma empresa que tem muitos gastos com o treinamento de seus funcionários terá,

teoricamente, funcionários mais capazes e motivados.

No entanto, funcionários capazes e motivados não podem ser apresentados no balanço

patrimonial da empresa.

Dessa forma, as informações contábeis produzem informações que representam, de

forma aproximada, a real situação patrimonial e financeira das entidades.

3.6.1 AVALIAÇÃO E INFLAÇÃO

O processo de avaliação monetária é agravado pelo problema da inflação, que impacta o patrimônio

e o resultado da entidade.

Esse fato não é evidenciado pela Contabilidade, que utiliza os valores históricos, ou

seja, o valor por que um ativo foi adquirido.

Contabilidade Geral M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1

3131313131

Por exemplo...

Um terreno que foi comprado, em 1998, por R$ 100.000,00, em 2008, continuará

sendo registrado por R$ 100.000,00 na Contabilidade da empresa, mesmo que seu

valor tenha sofrido uma valorização significativa.

3.7 LUCRO VERSUS CAIXA

Na avaliação da gestão da empresa, a longo prazo, também devemos considerar que o conceito

de lucro é superior ao de caixa, apesar de este ser uma informação contábil de grande utilidade.

O conceito de lucro é obtido por meio do Princípio da Competência dos Exercícios, que

representa a alocação lógica e racional do fluxo de caixa ao longo da vida da empresa.

3.8 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

3.9 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

UNIDADE 4 – CICLO CONTÁBILUNIDADE 4 – CICLO CONTÁBILUNIDADE 4 – CICLO CONTÁBILUNIDADE 4 – CICLO CONTÁBILUNIDADE 4 – CICLO CONTÁBIL

4.1 GERAÇÃO DE INFORMAÇÕES

Vimos, anteriormente, que o processo contábil consiste em trabalhar os eventos

econômico-financeiros, transformando-os em informações contidas nas demonstrações

contábeis, como mostra a figura a seguir...

Contudo, mesmo assim, o controle por meio das informações contábeis é

imprescindível para todas as empresas.

É o que veremos, detalhadamente, no Módulo 2.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 11111

3232323232

Além disso, a captação pressupõe a avaliação de eventos externos que

afetam a entidade e sobre os quais ela não tem controle, como a taxa de inflação

e a variação cambial.

4.2 DEFINIÇÃO DE CICLO CONTÁBIL

O ciclo contábil representa o processo executado nas empresas para elaborar as demonstrações

contábeis, a partir das transações econômicas realizadas.

O termo ciclo indica que tais procedimentos devem ser repetidos continuamente para

possibilitar que se preparem demonstrações contábeis atualizadas em intervalos

razoáveis.

4.3 FASES DO CICLO CONTÁBIL

O ciclo contábil pode ser explicado em cinco fases, que serão estudadas a seguir...

captação;

reconhecimento;

processo de acumulação;

sumarização;

evidenciação.

4.3.1 CAPTAÇÃO

A fase de captação corresponde ao levantamento das transações realizadas pela empresa e dos

demais eventos que afetam seu patrimônio, independentemente da ação da entidade, como a

inadimplência de seus devedores.

A captação envolve a análise de documentos, como contratos, notas fiscais, recibos e

laudos.

4.3.2 RECONHECIMENTO

O reconhecimento das transações implica diversas decisões.

A primeira delas diz respeito ao reconhecimento, ou não, dessas decisões.

Decidindo-se por reconhecer as decisões, surgem as outras questões...

Quando?Quando?Quando?Quando?Quando?

Qual o momento adequado para se reconhecer a transação e o evento?

O ciclo contábil consiste na sequência dos procedimentos contábeis

utilizados para identificar, classificar, mensurar, registrar, acumular, sumarizar e

evidenciar a informação contábil.

Contabilidade Geral M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1

3333333333

Como?Como?Como?Como?Como?

Em que conta? Qual a classificação adequada? Ativo? Despesa? Passivo? Patrimônio

Líquido? Receita?

Por quanto?Por quanto?Por quanto?Por quanto?Por quanto?

Qual o critério adequado de mensuração? Qual o valor? Em que montante o evento e a

transação afetaram o patrimônio da entidade?

4.3.3 PROCESSO DE ACUMULAÇÃO

A acumulação consiste na estruturação de banco de dados organizado com todos os registros

efetuados.

Atualmente, as empresas utilizam sistemas informatizados, entretanto, nada impede

que o façam mecanicamente...

4.3.4 SUMARIZAÇÃO

A sumarização dos dados organizados pelos sistemas contábeis consiste no resumo dos mesmos,

transformando-os em informação útil a seus usuários.

Portanto, o primeiro passo da sumarização é a identificação das necessidades

informacionais do usuário.

4.3.5 EVIDENCIAÇÃO

Essa evidenciação pode ocorrer por meio de publicação em jornais e no site da entidade,

envio por correio, e-mail ou FAX.

Também é comum que órgãos reguladores, como o Banco Central do Brasil – BACEN – e a

Comissão de Valores Mobiliários – CVM – , exijam que as entidades por ele reguladas lhes enviem

suas demonstrações contábeis.

A necessidade de disponibilizar informações cada vez mais rápido ao

tomador de decisões motiva as empresas a adotarem sistemas contábeis

informatizados.

Em seguida, são elaboradas as demonstrações contábeis e os demais

relatórios contábeis.

Evidenciação – ou divulgação – é o ato de tornar a informação pública, isto é,

levá-la ao conhecimento dos usuários.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 11111

3434343434

4.4 EXERCÍCIO SOCIAL

A Contabilidade deve fazer seu balanço geral de tudo o que realizou, avaliando a situação do

patrimônio e o resultado operacional – lucro ou prejuízo – no final de cada exercício social.

Um exercício social possui, geralmente, a duração de 12 meses.

Ele coincide com nosso ano civil, que começa em 1o de janeiro e termina em 31 de

dezembro.

Ao terminar o exercício social, a Contabilidade apura o balanço da situação da empresa, ou seja,

verifica o que ela tem e o que ela deve, o que ganhou e o que gastou.

As empresas registradas na CVM também apresentam demonstrações trimestrais – ITR –, ao

final de cada trimestre.

4.5 VISUALIZAÇÃO DO CICLO CONTÁBIL

Podemos visualizar da seguinte maneira o ciclo contábil...

4.6 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

4.7 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

Desse modo, ela obtém o resultado já deduzido dos respectivos impostos,

que é, então, integrado ao patrimônio.

Contabilidade Geral M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1

3535353535

UNIDADE 5 – ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICAUNIDADE 5 – ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICAUNIDADE 5 – ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICAUNIDADE 5 – ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICAUNIDADE 5 – ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA

5.1 GERAÇÃO DE INFORMAÇÕES

Assim como precisamos saber as regras de um novo esporte que desejamos praticar,

para que possamos utilizar a Contabilidade de forma correta, é indispensável que

saibamos as regras do jogo...

5.2 MOTIVO PARA A REGULAÇÃO

Existem diversas teorias acerca da necessidade de regulação de uma estrutura conceituação

básica para a Contabilidade.

Por questão de praticidade, admitiremos que a Contabilidade é uma instituição social.

Como uma instituição social, a Contabilidade é, portanto, constituída por valores, desejos e utilidades

que lhe são atribuídos conforme a percepção compartilhada entre seus diversos usuários...

...usuários que imaginam a Contabilidade, idealizam-na, atribuem-lhe funções e a

imbuem de valores.

Nesse sentido, uma das funções da informação contábil é a redução da assimetria informacional

entre agente e principal, ou seja, um dos valores imbuídos na informação contábil é a confiabilidade.

5.2.1 MOTIVO ADICIONAL PARA A REGULAÇÃO

Um motivo adicional para a regulação de uma estrutura conceitual básica para a Contabilidade

seria o seguinte...

Nas companhias abertas, o principal motivo pode ser entendido como a situação dos

diversos acionistas minoritários, que se encontram dispersos e com baixa probabilidade

de associação.

Em vista disso, o Estado – na figura do CPC, da CVM e do CFC – define regras que

reduzem a liberdade dos gestores das empresas – os agentes –, no que tange à

escolha de práticas contábeis, com o propósito de zelar pelos interesses dos acionistas

minoritários – os principais.

Em Contabilidade, saber as regras do jogo significa termos pleno

conhecimento de sua estrutura conceitual básica.

Essa seria uma possível justificativa para a regulação.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 11111

3636363636

Certamente, essas não são as únicas formas de analisarmos a razão da regulação contábil, mas, por

praticidade, admitamos esse framework.

Afinal, nosso foco, nesta unidade, são as regras contábeis mais elementares, na estrutura

conceitual básica da Contabilidade.

5.3 ORIGENS

Até 2007, vigiam no Brasil duas estruturas básicas, uma emitida pela CVM e outra pelo CFC.

No início de 2008, o CPC emitiu o Pronunciamento Conceitual Básico da Contabilidade, que foi

aprovado pela CVM – Del. 539/08 – e levou-a a revogar sua norma anterior – Del. 29/86.

A Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade, emitida pelo CPC é baseada no Conceptual

Framework emitido pelo IASB – International Accounting Standards Board.

A nova Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade foi aprovada pela CVM e pelo CFC.

Nesse pronunciamento do CPC, são estabelecidos os pressupostos básicos, as características

qualitativas das demonstrações contábeis e as limitações às características qualitativas.

5.4 PRESSUPOSTOS BÁSICOS

Como o próprio nome sugere, pressuposto básico é aquilo que se tem por premissa, aquilo que se

entende e em que se acredita por antecipação e que é básico, ou seja, fundamental ao

entendimento do que vem adiante.

Os pressupostos básicos são dois...

...o Regime de Competência e a Continuidade.

5.4.1 REGIME DE COMPETÊNCIA

Segundo o Regime da Competência, os atos e os fatos contábeis devem ser reconhecidos quando

ocorrem as transações e os eventos econômicos, independentemente de sua realização financeira

– pagamento ou recebimento.

Desse modo, com a regulação, zela-se pelo interesse público, seja lá o que se

entenda por interesse público.

Veremos aqui a estrutura básica apresentada pelo Comitê de

Pronunciamento Contábeis – CPC – res. 750/93, baseada nos Princípios

Fundamentais da Contabilidade.

Contabilidade Geral M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1

3737373737

Dessa forma, as receitas são reconhecidas quando auferidas – e não quando

efetivamente recebidas, e as despesas quando incorridas – e não quando efetivamente

pagas.

Esse raciocínio é fundamental para permitir que a Contabilidade meça o patrimônio, em sua

dimensão econômica, e o resultado, periodicamente.

As demonstrações contábeis são preparadas pelo Regime de Competência informando,

desse modo, aos usuários não somente sobre transações passadas, envolvendo o

pagamento e o recebimento de caixa ou outros recursos financeiros.

Elas também nos orientam sobre obrigações que irão demandar pagamento no futuro

e sobre recursos que serão recebidos no futuro.

5.4.1.1 EXEMPLOS

Vejamos um exemplo sobre o regime de competência...

Os detalhes e os desdobramentos da adoção do regime de Competência, bem como sua diferença

em relação ao Regime de Caixa serão apresentados no Módulo 2.

Uma loja vendeu, no mês de janeiro, R$ 220.000,00. MEtade desse valor foi recebido à

vista e a outra metade mediante cartão de crédito.

A loja só recebe o valor do cartão de crédito no mês seguinte às vendas.

O regime de Competência manda que a loja apure em janeiro a receita no total de R$

220.000,00 porque esse foi o valor vendido, mesmo que ela ainda não tenha recebido,

efetivamente, o dinheiro.

5.4.2 CONTINUIDADE

A Contabilidade da empresa deve elaborar as demonstrações contábeis partindo da ideia de que

a entidade deverá continuar em operação no futuro, ou seja, não será encerrada em um futuro

previsível.

Se a intenção ou a necessidade existir, as demonstrações contábeis terão de ser preparadas em

uma base diferente, que deve ser divulgada.

Essa informação é muito importante para os usuários na tomada de decisões.

Desse modo, presume-se que a empresa não tem a intenção nem a

necessidade de colocar todas as suas propriedades à venda.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 11111

3838383838

O pressuposto da continuidade implica a adoção de determinadas práticas contábeis,

por exemplo, na avaliação da maioria dos ativos e passivos pelo custo histórico.

Quando o pressuposto da continuidade não for válido, isto é, quando a empresa estiver em

processo de encerramento de suas atividades e liquidação de seus bens para pagamento de suas

dívidas, todos esses bens deverão ser avaliados pelo valor de venda.

5.4.2.1 EXEMPLO

Vamos a um exemplo do pressuposto básico da continuidade...

Se uma companhia aérea compra uma nova frota de aviões, o valor registrado em sua Contabilidade

deve ser o valor pago – ou devido – pelos aviões, mesmo conforme o passar dos anos.

Isso acontece porque se espera que a empresa continue em operações, ou seja,

oferecendo voos.

Apenas se a empresa estivesse encerrando suas atividades, os aviões seriam

reconhecidos pelo valor de venda, ou seja, por quanto o mercado pagaria por esses

aviões.

Essa informação só é útil caso a empresa esteja realmente interessada em vender os

aviões.

5.5 CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Características qualitativas são os atributos que tornam as demonstrações contábeis

úteis a seus leitores.

As características qualitativas foram definidas de modo a ter mais utilidade para o usuário,

fornecendo informações, ajudando no processo decisório e no entendimento da empresa

analisada.

As características qualitativas primárias das demonstrações contábeis são...

compreensibilidade;

relevência;

confiabilidade;

comparabilidade.

5.5.1 COMPREENSIBILIDADE

As informações apresentadas nas demonstrações contábeis devem ser diretas e claras.

Portanto, devem ser prontamente entendidas pelos usuários que possuem um

conhecimento razoável dos negócios, das atividades econômicas e de Contabilidade.

Contabilidade Geral M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1

3939393939

As demonstrações contábeis devem ser elaboradas de modo que possam ser entendidas por não

contadores, desde que estes estejam interessados e dispostos a compreender a situação patrimonial

e o desempenho da entidade analisada...

...mesmo que, para isso, seja necessário estudar os conceitos básicos da Contabilidade

e das demonstrações contábeis, assim como os dados sobre a empresa analisada e

sobre o mercado onde ela atua.

Em virtude de o mundo dos negócios ser competitivo e envolver operações estruturadas e

sofisticadas, como acontece no mercado financeiro, a demonstração contábil deve também

conter as informações sobre operações complexas.

5.5.2 RELEVÂNCIA

Para serem úteis, as informações devem ser relevantes às necessidades dos usuários na tomada

de decisões.

As informações são relevantes quando podem influenciar as decisões econômicas dos

usuários, ajudando-os a avaliar o impacto de eventos passados, presentes ou futuros ou

confirmando ou corrigindo suas avaliações anteriores.

A relevância se judtifica por dois aspectos...

natureza da informação;

materialidade.

Por exemplo, a troca de presidente em uma empresa constitui uma informação relevante, uma

vez que essa informação pode influenciar na decisão de um usuário externo de comprar ou não

ações da empresa.

No entanto, a mudança de um estagiário não deve influenciar nessa decisão, portanto,

não constitui informação relevante.

5.5.2.1 NATUREZA DA INFORMAÇÃO

Essas informações devem ser relevantes para a tomada de decisão, ajudando

o usuário amelhor conhecer a situação patrimonial e o desempenho da entidade.

Essas informações devem ser relevantes para a tomada de decisão, ajudando

o usuário amelhor conhecer a situação patrimonial e o desempenho da entidade.

A ideia de relevância pode ser associada à de utilidade.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 11111

4040404040

Quanto maior a utilidade da informação para o usuário, maior sua importância e, portanto,

sua relevância.

A relevância da informação contábil se verifica quando altera a compreensão do usuário, ajuda a

avaliar as operações efetuadas e traz mudança no processo decisório ou quando confirma o

entendimento anterior.

Portanto, a natureza da informação diz respeito ao conteúdo informacional, enquanto

a materialidade, ao valor envolvido.

5.5.2.2 MATERIALIDADE

Uma informação é material se sua não apresentação ou distorção nas demosntrações contábeis

puder influenciar as decisões econômicas dos usuários.

A materialidade depende do tamanho do item ou do erro, julgado nas circuntâncias

específicas de sua não apresentação ou distorção.

Por exemplo, uma papelaria que tem faturamento mensal de R$ 100.000 nota que todo dia está

sumindo R$ 1,00 do caixa.

Essa informação é imaterial, visto o valor comparado ao faturamento. No entanto, a

natureza da informação é importante, já que pode haver algum funcionário desonesto

na papelaria.

5.5.2.3 RELEVÂNCIA VERSUS MATERIALIDADE

Uma informação pode ser extremamente relevante, embora envolva valores pequenos.

Portanto, a relevância se justifica não só pelo valor envolvido, como pela natureza da

informação.

Por outro lado, é de se esperar que valores maiores – materiais – sejam relevantes

independentemente da natureza da informação.

De forma geral, esses dois conceitos podem ser relativos.

Por exemplo...

Uma perda de R$ 100.000,00 para uma empresa pequena constitui um fato importante,

enquanto que, para uma grande empresa, esse valor pode ser não significativo.

Devemos observar que os conceitos de relevância e materialidade não são

sinônimos.

Contabilidade Geral M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1

4141414141

5.5.3 CONFIABILIDADE

Para ser útil, a informação deve ser confiável, ou seja, deve estar livre de erros e representar, com

propriedade, aquilo que se propõe a representar.

De modo geral, um usuário que não tem confiança nas informações apresentadas

tende a julgar, negativamente, a empresa, o que pode prejudicar o futuro dessa empresa.

Para que a informação contábil seja confiável, ela precisa...

ser isenta de erros, ou seja, representar a realidade, evidenciar apenas as transações

que são verdadeiras;

não ser tendenciosa, mas neutra, não priorizando um usuário em detrimento dos

demais;

ser completa, integral, plena;

não ser otimista, prudente;

apresentar a substância econômica das transações, priorizando-lhes a essência

econômica, mesmo que em detrimento de sua forma jurídica.

5.5.3.1 REPRESENTAÇÃO COM PROPRIEDADE

Para ser confiável, a informação deve representar, com propriedade, as transações e outros eventos

que ela diz representar.

O balanço patrimonial, por exemplo, deve representar, com propriedade, as transações

e outros eventos que resultam em ativos, passivos e patrimônio líquido da entidade,

atendendo aos critérios de reconhecimento.

A maioria das informações contábeis está sujeita a algum risco de ser menos do que uma

representação fiel daquilo que se propõe a retratar.

5.5.3.2 PRIMAZIA DA ESSÊNCIA SOBRE A FORMA

Para que a informação represente fielmente as transações e outros eventos que ela se propõe a

representar, é necessário que as transações e os eventos realizados sejam contabilizados e

apresentados de acordo com sua essência...

...ou seja mostrem sua verdadeira finalidade ou o que realmente aconteceu.

A essência das transações ou de outros eventos nem sempre é consistente com o que aparenta

ser com base em sua forma legal.

Isso pode acontecer devido a dificuldades de identificação das transações a

serem avaliadas e à necessidade de se realizar estimativas do futuro.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 11111

4242424242

Por exemplo...

Uma entidade pode vender um imóvel a um terceiro. Em sua contabilidade, a entidade

não possui mais esse bem.

No entanto, a entidade pode continuar exercendo suas atividades nesse imóvel –

mediante locação –, sem mudar nada em sua essência.

5.5.3.3 NEUTRALIDADE

Para ser confiável, a informação contida nas demonstrações contábeis deve ser neutra, isto é,

imparcial.

As demonstrações contábeis não são neutras se, pela escolha ou apresentação da

informação, elas influenciam a tomada de decisão ou um julgamento em determinada

direção, visando atingir um resultado predeterminado.

Dessa forma, o profissional de contabilidade deve procurar reconhecer uma transação

econômica de acordo com a realidade e não conforme o interesse de sua empresa.

Por exemplo...

Uma empresa pode estar em uma fase muito difícil, e é conveniente para ela

não reconhecer todos os seus gastos, para parecer que sua situação financeira

é melhor.

Esse fato ocorreu em muitas situações de fraude ocorridas nos Estados Unidos,

no início do século.

Mais ainda...

Uma empresa que possua vários processos contra ela na justiça deve mencionar o fato

em suas demonstrações contábeis, mesmo que esse seja um fato negativo para a

empresa.

5.5.3.4 PRUDÊNCIA

A prudência consiste no emprego de certa dose de cautela no exercício dos julgamentos

necessários às estimativas em certas condições de incerteza...

...no sentido de que ativos ou receitas não sejam superestimados e que passivos ou

despesas não sejam subestimados.

Contabilidade Geral M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1

4343434343

Por exemplo, o contador deve...

...calcular que porcentagem dos clientes de uma empresa tem probabilidade de não

pagar suas dívidas com a empresa.

...estimar qual será o número de reclamações cobertas por garantias assim como qual

será o número provável de devolução de produtos.

No processo de reconhecimento contábil, o contador deve ser prudente, ou conservador, na

avaliação dessas incertezas, divulgando o risco e suas possíveis consequências.

A prudência é muito conhecida na prática pelo termo conservadorismo, indicando que

a empresa, entre dois critérios alternativos, deve escolher o maior valor para o passivo

e a despesa, bem como o menor valor para o ativo e a receita.

5.5.3.5 INTEGRIDADE

Para ser confiável, a informação fornecida pelas demonstrações contábeis deve ser completa,

dentro dos limites da materialidade e do custo.

Uma omissão pode tornar a informação falsa ou distorcida e, portanto, não confiável e

deficiente em termos de sua relevância.

A necessidade de integralidade das informações contábeis pode ajudar na prevenção de fraudes,

uma vez que propicia um controle amplo das operações da empresa.

Dessa forma, um procedimento errado em uma área da empresa pode ser descoberto

por outra.

Por exemplo...

O reflexo de uma compra de estoques de mercadorias a prazo pode ser verificado

tanto pela tesouraria como pela área de controle de suprimentos.

5.5.4 COMPARABILIDADE

A comparabilidade é, talvez, a característica qualitativa de mais fácil compreensão.

Afinal, é razoável supor que o usuário da informação contábil queira comparar a situação

patrimonial e o desempenho de uma entidade com determinado parâmetro.

Os contadores se deparam com incertezas durante a elaboração das

demontrações contábeis.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 11111

4444444444

Para fazer a comparação, podemos utilizar dados de anos anteriores da mesma empresa, desde

que as práticas contábeis adotadas sejam consistentes ao longo dos períodos.

Da mesma forma, podemos usar como referencial outras empresas do mesmo setor

econômico.

Nesse caso, as práticas contábeis adotadas por empresas semelhantes devem ser

uniformes entre si.

Para executar a comparabilidade, os usuários devem ser informados das práticas contábeis seguidas

na elaboração das demonstrações contábeis de quaisquer mudanças nessas práticas e do efeito

de tais mudanças.

Os usuários precisam ter informações suficientes que lhes permitam identificar

diferenças entre as práticas contábeis aplicadas a transações e eventos semelhantes,

usadas pela mesma entidade de um período a outro e por diferentes entidades.

5.5.4.1 COMPARAÇÃO COM DEMONSTRAÇÕES ANTERIORES

Idealmente, uma empresa deve evidenciar suas demonstrações contábeis atuais e a

comparação destas com as demonstrações dos três anos anteriores.

No entanto, devemos tomar cuidado para fazermos as comparações corretamente.

Dessa forma, na análise de uma demonstração trimestral, é importante que os dados

sejam comparados com o mesmo trimestre dos anos anteriores, e não com os trimestres

anteriores, em função da sazonalidade.

5.5.4.2 EXEMPLO

Vejamos um exemplo de comparabilidade em relação a períodos anteriores...

Esperamos que uma empresa que fabrique brinquedos tenha melhores resultados no

último trimestre do ano, de outubro a dezembro.

Por outro lado, é provável que uma empresa que venda material escolar em geral,

tenha melhores resultados no primeiro trimestre do ano.

A intenção de comparabilidade é uma das causas da normatização contínua das práticas contábeis.

Se não houvesse normatização, cada empresa poderia usar um tratamento diferenciado,

e não haveria comparação.

É importante que as demonstrações contábeis apresentem as informações

de períodos anteriores.

Contabilidade Geral M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1

4545454545

5.6 LIMITAÇÕES ÀS CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS

As limitações às características qualitativas apresentadas no pronunciamento são três...

tempestividade;

equilíbrio entre custo e benefício;

equilíbrio entre características qualitativas.

Embora o texto do pronunciamento as apresente como limitações na relevância e na confiabilidade

das informações, entendemos que tais limitações dizem respeito a todas as características

qualitativas, não só às duas sugeridas pela interpretação textual do pronunciamento.

5.6.1 TEMPESTIVIDADE

Qualquer instrumento – uma ferramenta, um medicamento e até uma informação – precisa ser

disponibilizado a tempo para que seja útil e para que o usuário possa utilizá-lo para seus propósitos.

Por exemplo, realizar um conserto, curar-se de uma enfermidade ou tomar uma decisão.

Caso contrário, o instrumento perderá sua importância.

Por outro lado, a pressa na geração da informação não deve ter como consequência o fornecimento

de informações precárias ou duvidosas, pois, nesse caso, a informação perderia confiabilidade.

5.6.2 EQUILÍBRIO ENTRE CUSTO E BENEFÍCIO

Em nosso dia a dia, encontramos necessidade de avaliar os pontos positivos e os pontos negativos

de inúmeros acontecimentos.

Quando fazemos isso, estamos avaliando se os benefícios esperados superam os custos

de nossas ações.

A necessidade de se equalizar custos e benefícios também ocorre com decisões relacionadas a

escolhas contábeis.

Portanto, esperamos que os benefícios decorrentes da informação sejam maiores que

o custo de produzi-la.

Além disso, os custos não recaem, necessariamente, sobre aqueles usuários que usufruem dos

benefícios.

Portanto, cabe à Administração da entidade ponderar os méritos relativoss

entre a tempestividade da divulgação e a confiabilidade da informação fornecida.

A avaliação dos custos e dos benefícios é, em essência, um exercício de

julgamento.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 11111

4646464646

...ou seja, não podemos dizer que uma é mais importante que a outra.

Um analista, por exemplo, beneficia-se por ter acesso a uma grande quantidade de

informações contábeis.

No entanto, toda informação divulgada tem um custo, que deve ser pago pela empresa

que evidencia as informações contábeis.

Os benefícios podem também ser aproveitados por outros usuários, além daqueles para os quais

as informações foram preparadas.

5.6.3 EQUILÍBRIO ENTRE CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS

A essência do equilíbrio entre características qualitativas é a ideia de que não existe hierarquia

pré-definida entre as características qualitativas...

Pelo contrário, é o contador que, em cada caso, deverá julgar qual das características tem maior

valor para os usuários.

Essa percepção apoia o argumento de que a Contabilidade é uma Ciência Social e que está em

constante evolução...

...afinal, a importância das características qualitativas depende do momento, do contexto

e dos valores dos diversos usuários.

5.7 VISÃO VERDADEIRA E ADEQUADA VERSUS APRESENTAÇÃO ADEQUADA

Finalmente, há ainda o conceito geral da visão verdadeira e adequada – ou da

apresentação adequada – segundo o qual, a essência econômica deve prevalecer

sobre a forma jurídica – true and fair view.

As demonstrações contábeis são frequentemente descritas como apresentando uma visão

verdadeira e adequada...

...da posição patrimonial e financeira.

...do desempenho.

...das mutações na posição financeira de uma entidade.

Contabilidade Geral M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1M Ó D U L O 1

4747474747

5.8 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

5.9 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

5.10 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

5.11 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

UNIDADE 6 – CENÁRIOS CULUNIDADE 6 – CENÁRIOS CULUNIDADE 6 – CENÁRIOS CULUNIDADE 6 – CENÁRIOS CULUNIDADE 6 – CENÁRIOS CULTURTURTURTURTURAISAISAISAISAIS

Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, acesse os

cenários culturais no ambiente on-line.

A aplicação das principais características qualitativas bem como de normas

e práticas de Contabilidade apropridas, geralmente, resultam em demosntrações

contábeis que refletem aquilo que entendemos como apresentação verdadeira e

adequada das informações.

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

4949494949

MÓDULO 2 – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

APRESENTAÇÃO

Neste módulo, estudaremos as principais demonstrações contábeis, que representam as

informações das operações realizadas pela empresa de forma ordenada. Em primeiro lugar,

veremos o Balanço Patrimonial, que tem como objetivo mostrar a situação patrimonial de uma

entidade em um momento específico. A seguir, estudaremos a Demonstração do Resultado do

Exercício, que evidencia de modo estruturado a composição do resultado da entidade.

Veremos ainda a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, que informa a movimentação

ocorrida nas contas do patrimônio líquido, até chegar ao saldo final do exercício em análise, ou

seja, aumento ou diminuição do Patrimônio Líquido.

Na sequência, estudaremos a Demonstração dos Fluxos de Caixa, que mostra os recebimentos e

os pagamentos em caixa, divididos em Atividades Operacionais, de Investimento e de

Financiamento. Por fim, estudaremos o Ativo Imobilizado, que corresponde às aplicações de

recursos da entidade em bens que não se tem por objetivo transformar, diretamente, em dinheiro

e que são utilizados na atividade operacional da empresa. Estudaremos ainda o método linear de

depreciação dos bens, que é baseado na vida útil dos mesmos.

UNIDADE 1 – BALUNIDADE 1 – BALUNIDADE 1 – BALUNIDADE 1 – BALUNIDADE 1 – BALANÇO PAANÇO PAANÇO PAANÇO PAANÇO PATRIMONIALTRIMONIALTRIMONIALTRIMONIALTRIMONIAL

1.1 DEFINIÇÃO DE BALANÇO PATRIMONIAL

O balanço patrimonial tem como objetivo mostrar a situação patrimonial de uma entidade em

um momento específico.

O balanço patrimonial consiste na relação, de forma ordenada, dos ativos – bens e

direitos –, passivos – obrigações – e do patrimônio líquido – diferença entre os ativos

e os passivos – de uma empresa.

O balanço patrimonial demonstra, portanto, como o patrimônio da entidade está

aplicado – ativo – e como esse mesmo patrimônio está sendo financiado, ou seja, quais

as origens dos recursos da entidade – passivo + patrimônio líquidopassivo + patrimônio líquidopassivo + patrimônio líquidopassivo + patrimônio líquidopassivo + patrimônio líquido.

Daí surge a equação fundamental da Contabilidade...

ativo = passivo + patrimônio líquidoativo = passivo + patrimônio líquidoativo = passivo + patrimônio líquidoativo = passivo + patrimônio líquidoativo = passivo + patrimônio líquido

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

5050505050

1.2 ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL

A estrutura do balanço patrimonial é a seguinte...

1.2.1 ATIVO, PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Ao lado esquerdo do balanço patrimonial, estão os ativos – ou as aplicações de recursos.

O ativo mostra onde está o dinheiro aplicado na empresa.

Ao lado direito, estão o passivo e o patrimônio líquido – ou as origens de recursos.

O passivo e o patrimônio líquido mostram qual a fonte do dinheiro aplicado na entidade.

Vejamos uma figura que ilustra essas informações...

1.2.2 EXEMPLO

O balanço patrimonial apresentado a seguir mostra um exemplo simplificado da situação financeira

da empresa X em 31 mar. X0...

O valor total do ativo é igual a soma do passivo com o patrimônio líquido.

Os recursos da empresa estão aplicados em caixa, estoque e edifícios e são provenientes da

dívida com fornecedor, do capital integralizado pelos sócios e de lucros acumulados até o período.

As contas do ativo são apresentadas de acordo com sua ordem decrescente de liquidez, ou seja,

conforme a capacidade e a velocidade com que os bens e os direitos podem ser transformados

em dinheiro.

As contas do passivo devem ser ordenadas de forma decrescente de exigibilidade – portanto,

considerando a data de vencimento.

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

5151515151

As contas do patrimônio líquido indicam o capital integralizado pelos sócios e os lucros ou prejuízos

acumulados.

1.3 PREPARAÇÃO DE BALANÇO PATRIMONIAL

Vamos agora preparar um balanço patrimonial com as seguintes informações...

1.3.1 ETAPA 1

Antes de prepararmos um balanço patrimonial, devemos analisar cada conta e separá-lo em ativo,

passivo e patrimônio líquido...

Títulos a pagar...Representam uma dívida da empresa, um valor que ela deverá pagar. Portanto,

constituem um passivo, uma obrigação.

Caixa...

Indica quanto a empresa possui de dinheiro na data. Portanto, é um ativo. Devemos

notar que o caixa é o ativo mais líquido da empresa, por isso deverá ser a primeira conta

do balanço patrimonial.

Capital social...Montante que os sócios colocaram na empresa. Faz parte do patrimônio líquido.

Imóveis...Edifícios, lojas, depósitos ou salas de propriedade da empresa e, portanto, um ativo.

Móveis e utensílios...Bens da empresa e, portanto, um ativo.

Fornecedores...

Uma dívida da empresa. Quando a empresa comprou mercadorias para revenda, ela

não pagou diretamente em dinheiro. Ao invés disso, assumiu a obrigação de pagar o

valor no futuro. Portanto, é um passivo.

Empréstimos obtidos...Representam um valor em dinheiro que a empresa pegou emprestado com terceiros,

assumindo a obrigação de devolver o montante na data de vencimento. Constituem,

portanto, um passivo.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

5252525252

Equipamentos...Máquinas utilizadas na produção. Como são bens da empresa, fazem parte do ativo.

Clientes...Representam um direito da entidade de receber um montante de seus clientes no

futuro. Quando a empresa prestou um serviço ou vendeu um produto, os clientes não

pagaram a ela à vista. Dessa forma, ao invés de a empresa receber dinheiro, ela passou

a ter o direito de receber o dinheiro no futuro. Constituem, portanto, um ativo.

1.3.2 ETAPA 2

Nosso balanço patrimonial ficaria assim...

1.4 ATIVO

Ativos são recursos econômicos – bens e direitos – que a empresa possui e espera que

gerem benefícios futuros.

Os ativos podem ainda possuir valor legal ou representar direitos, como a marca, o ponto comercial,

sendo denominados ativos intangíveis.

Os itens do ativo estão agrupados em ativo circulante e ativo não circulante.

1.4.1 ATIVO CIRCULANTE

O ativo circulante possui realização no exercício social seguinte, ou seja, no período de 12 meses.

Isso significa que todos serão utilizados na atividade da empresa no curto prazo –

máximo de 12 meses.

Estes são alguns exemplos de ativos circulantes...

caixa;

bancos;

investimentos temporários;

contas a receber;

Os ativos podem ter corpo, matéria definida, tais como prédios, máquinas ou

estoque, sendo denominados de ativos tangíveis.

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

5353535353

estoques;

despesas antecipadas.

1.4.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE

O ativo não circulante compreende...

Ativo realizável a longo prazo...

Apresenta realização após o término do exercício social seguinte, ou seja, em um

período superior a 12 meses.

Exemplos – contas a receber a longo prazo, despesas antecipadas a longo prazo,

empréstimos concedidos a receber a longo prazo.

Investimentos...Participações permanentes no capital social de outras sociedades.

Exemplos – investimentos em ações ou quotas.

Propriedades para investimento...Imóveis destinados a alocação, valorização de capital ou ambos.

Exemplo – terrenos e prédios.

Imobilizado...

Direitos que tenham como objeto bens corpóreos destinados à manutenção da

sociedade ou exercidos com essa finalidade e os decorrentes de operações que

transfiram à companhia os benefícios, os riscos e o controle desses bens.

Exemplos – terrenos, edifícios, máquinas e equipamentos, móveis e utensílios,

instalações, obras em andamento, destinados ao uso nas operações.

Intangível...Direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da

companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.

1.5 PASSIVO

Passivos são obrigações da entidade, contraídas junto a outra pessoa física ou jurídica.

Podemos subdividir o passivo em...

Passivo circulante...

Vencimento no exercício social seguinte, isto é, no prazo de 12 meses.

Exemplos – fornecedores, empréstimos, salários a pagar.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

5454545454

Passivo não circulante...

Possui vencimento após o término do exercício social seguinte, ou seja, no prazosuperior a 12 meses da data final do balanço.

Exemplos – fornecedores a longo prazo, empréstimos a longo prazo.

1.6 PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Como exemplos de patrimônio líquido, temos...

capital social;

reserva de lucros;

prejuízos acumulados.

Em sociedades por ações, a conta lucros acumulados não deverá apresentar saldo no final do

exercício. Essa conta tem caráter transitório, reconhecendo o lucro líquido do período.

Portanto, poderemos ver a conta lucros acumulados em um balanço patrimonial

evidenciado durante o ano, mas não em 31 de dezembro. Nesta data, todo o lucro do

período deverá ser apropriado.

1.7 AGRUPAMENTO DE PEQUENOS VALORES

Na prática, certos itens são de difícil classificação nas contas apresentadas, portanto, os planos de

contas das empresas têm...

...outras contas do AC.

...outras contas do RLP.

...outras contas do PC.

...outras contas do PÑC.

Contudo, em diversas situações, representa a solução mais prática para a classificação de itens

com pequeno valor...

...aqueles que não ocorrem frequentemente e cuja evidenciação não altera a percepção

do leitor das informações contábeis com relação à situação da entidade. O importante

é que não ocorra o abuso!

O patrimônio líquido compreende as origens de recursos dos acionistas.

Essa classificação recebe críticas.

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

5555555555

1.7.1 CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS SECUNDÁRIAS

Com base no que estudamos no Módulo 1, podemos dizer que a característica qualitativa

secundária associada ao agrupamento de pequenos valores é a materialidade.

Além disso, a natureza da informação é a característica qualitativa secundária associada

à evidenciação detalhada de pequenos valores.

Portanto, o balanço patrimonial será assim apresentado...

1.8 USO DAS CLASSIFICAÇÕES

Vamos agora utilizar os exemplos vistos anteriormente e aplicar essa nova classificação...

Máquinas e equipamentos em uma fábrica...

Já vimos que são ativos uma vez que representam uma aplicação de recursos.

São ativos não circulantes, já que representam bens que a entidade possui e não

espera transformar diretamente em dinheiro.

São também classificados como imobilizado, pois ajudam a entidade a funcionar, por

meio da produção de bens – inerente à atividade-fim da entidade.

No entanto, caso as máquinas e os equipamentos estivessem à venda, seriam ativos

circulantes, demonstrando a intenção da entidade em vender os bens ou transformá-

los em dinheiro em menos de 12 meses.

Empréstimo obtido...

Já vimos que é um passivo uma vez que são recursos de terceiros, que a empresa tem

obrigação de pagar no futuro.

A classificação dentro do passivo depende do prazo de vencimento do empréstimo.

Se o empréstimo for de curto prazo, ele será um passivo circulante. Caso ele seja de

longo prazo, ou seja, tiver de ser pago em uma data depois de 12 meses da data final

do balanço, ele será um passivo não circulante.

ativo passivo

circulante circulante

não circulante

investimentosnão circulante

patrimônio líquidopropriedades para investimento

imobilizadocapital social

intangível reservas de lucro /prejuízos acumulados

total do ativo total do passivo + PL

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

5656565656

Estoques de mercadorias para revenda...

Já vimos que são ativos ou bens da entidade.

Os estoques, geralmente, são classificados como circulantes já que as empresas

usualmente esperam vendê-los em menos de 12 meses.

No entanto, pode existir estoque no ativo realizável a longo prazo. Por exemplo, uma

empresa imobiliária que inicia a construção de um prédio que irá demorar mais de 12

meses para ficar pronto para só então iniciar as vendas, manterá o valor do prédio no

realizável a longo prazo.

Capital social...

É patrimônio líquido e mostra quanto os sócios investiram na empresa.

Contas a pagar...

Já vimos que é um passivo, uma dívida da empresa. A classificação dentro do passivo

depende do prazo de vencimento da conta. Se o prazo for menor que 12 meses, será

passivo circulante. Caso seja maior, será passivo não circulante.

Clientes...

Já vimos que é um ativo, um direito que a empresa tem a receber. Classificá-lo como

ativo circulante ou realizável a longo prazo dependerá de quando a empresa pretende

receber de seus clientes, em menos ou em mais de 12 meses a partir da data final do

balanço patrimonial.

A partir das aplicações analisadas, podemos perceber que a classificação das contas no balanço

patrimonial depende...

...da intenção da empresa – por exemplo, vender ou manter o bem em seu patrimônio.

...do prazo – por exemplo, maior ou menor que 12 meses contados da data final do

balanço.

Portanto, um mesmo bem pode ser classificado em diferentes contas do balanço patrimonial.

1.8.1 EXEMPLO 1

Vejamos um exemplo de que um mesmo bem pode ser classificado em diferentes contas do

balanço patrimonial...

Uma instituição de ensino possui um prédio.

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

5757575757

Caso a instituição tenha a intenção de vender o prédio, ou seja, transformá-lo em

dinheiro no mesmo exercício social, o prédio será ativo circulante.

Caso a instituição tenha a intenção de vender o prédio, ou seja, transformá-lo em

dinheiro, no próximo exercício social, e, enquanto isso, o prédio estiver parado, sem ser

usado, ele será ativo realizável a longo prazo.

Caso a instituição alugue esse prédio, ou seja, não o utilize para sua atividade-fim, que

é o ensino, o prédio será não circulante – propriedade para investimento.

Caso a instituição utilize o prédio para sua atividade-fim, ou seja, oferecer aulas, ter

uma biblioteca ou salas de estudo, o prédio será ativo não circulante – imobilizado.

Podemos ainda nos perguntar...

Mas e se a instituição de ensino possuir um prédio e usar para sua atividade apenas alguns

andares, alugando os outros?

Nesse caso, uma parte do valor do prédio seria classificada no ativo imobilizado e o restante,

correspondente aos andares destinados à locação, seria classificado em propriedade para

investimento.

1.8.2 EXEMPLO 2

Vamos a outro exemplo...

O Colégio D5 possui um prédio de sete andares, cujo valor em seu balanço patrimonial

é de R$ 210.000,00. O colégio usa os quatro primeiros andares para suas atividades e

aluga os outros três para uma clínica médica.

Nesse caso, no balanço patrimonial do Colégio D5, constarão as contas...

Onde está classificado esse prédio em seu ativo?

A resposta é DEPENDE!

ativo não circulante

propriedade para investimentos

(...)

prédio R$ 90.000,00

(...)

imobilizado

(...)

prédio R$ 120.000,00

(...)

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

5858585858

Da mesma forma, uma locadora de DVDs, que vende seus produtos depois de um tempo, deverá

classificar a parcela destinada à venda no ativo circulante – estoque – e os DVDs destinados ao

aluguel, no ativo não circulante – imobilizado.

1.9 MECÂNICA CONTÁBIL E ELABORAÇÃO DE BP

A mecânica contábil se baseia no método das partidas dobradas, ou seja...

...todo evento é reconhecido mediante aplicações e origens dos recursos, podendo

haver mais de um lançamento de aplicação ou de origem.

Como a equação ativo = passivo + PLativo = passivo + PLativo = passivo + PLativo = passivo + PLativo = passivo + PL é sempre aplicável, é de se esperar que, sempre que um

lado aumentar ou diminuir, o outro lado deva seguir essa tendência, mantendo a igualdade.

Podemos também observar um aumento e uma diminuição no ativo sem que o total

se modifique.

Para preparo das demonstrações contábeis, utilizaremos a matriz de lançamentos.

A matriz de lançamentos funciona como uma grande tabela, na qual cada coluna

corresponde a uma conta, e cada linha corresponde a uma transação que afetou o

patrimônio ou o desempenho da entidade.

1.9.1 EXEMPLO

Dois amigos resolvem formar uma sociedade, a Companhia Y. Cada amigo contribui com R$

600,00 em dinheiro para a formação do capital social da entidade, conforme vemos a seguir...

Como a sociedade não existia, o saldo inicial de todas as contas era zero no dia da constituição. A

seguir, foram aplicados R$ 1.200,00 no caixa. Essa aplicação teve como origem o capital social.

Para se preencher essa planilha é necessário fazer duas perguntas para cada

transação...

Onde o dinheiro foi aplicado?

De onde o dinheiro veio?

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

5959595959

Como podemos ver, a última coluna da direita apresenta o somatório dos valores que compõem

o ativo subtraído do somatório dos valores que compõem o passivo e o patrimônio líquido.

Considerando a equação fundamental da Contabilidade – ativo = passivo + PLativo = passivo + PLativo = passivo + PLativo = passivo + PLativo = passivo + PL – , essa diferença

precisa ser igual a zero; caso contrário, é sinal de que houve algum erro de lançamento.

A Companhia Y comprou mercadorias a prazo por R$ 300,00, com pagamento em 30 dias, como

vemos a seguir...

Pela compra de mercadorias a prazo, aplicaram-se R$ 300,00 em estoques, tendo esses recursos

origem nos fornecedores.

A Companhia Y comprou, à vista, móveis que serão utilizados no escritório administrativo, por R$

400,00, como vemos a seguir...

Pela compra de móveis à vista, aplicaram-se R$ 400,00 nos móveis, tendo esses recursos origem

no caixa. Desse modo, o saldo do dinheiro disponível para a empresa diminuiu em R$ 400,00.

Os contadores apresentam, de forma habitual, os valores negativos entre parênteses, em vez de

usar o sinal de negativo à esquerda do número. Portanto, (400) é o mesmo que – 400.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

6060606060

A Companhia Y pagou a dívida que possuía com fornecedores.

Pelo pagamento da dívida, aplicaram-se R$ 300,00 no pagamento dos fornecedores, tendo essa

aplicação origem no caixa.

Uma vez que a matriz tenha sido preenchida e verificada, basta transcrever os saldos finais de

cada conta – a última linha – para o balanço patrimonial, ou seja, partindo da matriz preenchida, é

suficiente olhar para as duas linhas do extremo, a primeira – com os nomes das contas – e a última

– com os saldos finais das respectivas contas.

Com isso, só resta organizar os saldos finais na estrutura do balanço patrimonial.

Devemos notar que a empresa não possui passivos e, portanto, não possui dívidas com terceiros

na data do balanço.

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

6161616161

1.10 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

1.11 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

UNIDADE 2 – APURUNIDADE 2 – APURUNIDADE 2 – APURUNIDADE 2 – APURUNIDADE 2 – APURAÇÃO DO RESULAÇÃO DO RESULAÇÃO DO RESULAÇÃO DO RESULAÇÃO DO RESULTTTTTADOADOADOADOADO

2.1 RECEITA

A receita consiste no ingresso bruto de benefícios econômicos durante o período proveniente

das atividades ordinárias da entidade que resultam no aumento de seu patrimônio.

Consideramos que a receita é realizada no momento em que ocorre...

...a venda e, consequentemente, a transferência dos benefícios e riscos de um bem aocliente.

...a prestação de um serviço.

...a aquisição de um direito produzido por outro tipo de transação, como os juros

obtidos em uma aplicação financeira.

Em qualquer dessas alternativas, deve existir o compromisso da outra parte de realizar umpagamento no momento ou no futuro.

2.2 DESPESA

A despesa consiste no consumo de bens ou serviços que, direta ou indiretamente, ajuda a produzir

uma receita.

Portanto, uma despesa é realizada com a finalidade de se obter uma receita.

As despesas incorridas para a obtenção de receitas devem ser contabilizadas no mesmo períodoem que as receitas foram reconhecidas.

2.3 EXEMPLO

Vamos entender, por meio de um exemplo, o que significa receita e despesa...

A Empresa J depositou R$ 2.000,00 em um fundo de investimentos.

A receita pode também derivar de remunerações sobre aplicações ou

operações financeiras.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

6262626262

receita 400

despesa (300)

lucro – receita maior quedespesa

100

No final do mês, o banco pagou juros no valor de R$ 400,00 à empresa, referentes ao

dinheiro depositado.

Nessa transação, a Empresa J ganhou o direito de resgatar R$ 2.400,00 do fundo de

investimentos, em vez dos R$ 2.000,00 que tinha depositado.

Os juros correspondem, portanto, a uma remuneração do investimento que a empresa

teve. Trata-se de uma receita que gera acréscimo do ativo.

Para comemorar e divulgar o início de suas atividades, a Empresa J ofereceu um jantar,

no dia da inauguração, que lhe custou R$ 300,00.

O jantar corresponde a um gasto que a empresa teve, visando a vendas futuras. Trata-

se de uma despesa.

Receitas e despesas são computadas em separado pela contabilidade para se apurar o

resultado que depois será incluído no PL.

Se a receita é maior do que a despesa, a empresa gera lucro.

Se a despesa é maior que a receita, gera prejuízo.

É válido ressaltar que uma empresa tem lucro ou prejuízo,independentemente do

patrimônio que possui.

Resultado líquido é, portanto, o valor que a contabilidade de uma empresa apura no

final do exercício social, confrontado receitas e despesas para saber se ela teve lucro

ou prejuízo.

No exemplo da Empresa J, considerando apenas as duas transações temos...

É importante observar que é possível existirem despesas sem receita, por exemplo, uma empresa

em fase pré-operacional, que ainda não está em atividade; entretanto, para gerar receita é

necessário que se incorra em despesas.

Além disso, não existe relação entre o momento do recebimento do dinheiro de uma venda e o

momento do reconhecimento contábil da receita, assim como o pagamento de um compromisso

não implica o reconhecimento da despesa no mesmo período.

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

6363636363

2.4 DRE OU DEREX

A Demonstração de Resultado do Exercício – DRE ou DEREX – é uma forma estruturada de

evidenciarmos a composição do resultado da entidade, ou seja, é um critério para organizarmos

as receitas auferidas e as despesas incorridas no período.

A DRE é um resumo ordenado de receitas e despesas da empresa em determinado

período, chegando-se ao lucro ou prejuízo.

As receitas são representadas pelas vendas de produtos – bens e serviços – realizadas

no período de referência – exercício – ainda que não tenham sido recebidas.

Por sua vez, as despesas representam o esforço da entidade para conseguir sua receita

do período sob exame, mesmo que não haja desembolso de recursos nesse mesmo

período.

A DRE informa ainda a riqueza gerada pela empresa, durante determinado período de tempo,

sabendo que essa riqueza, no fim das contas, pertence aos acionistas da empresa.

Na prática, a DRE é a apresentação, em forma resumida, das operações realizadas pela empresa

durante o exercício social, destacando-se o resultado líquido do período.

Na verdade, a mensuração do resultado do exercício significa a avaliação do

desempenho da empresa.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

6464646464

2.4.1 ESTRUTURA DA DRE

Vejamos, a seguir, a estrutura de uma DRE...

Devemos observar que essa demonstração cobre determinado exercício – neste caso, o mês de

dezembro de X1.

Se uma empresa, por exemplo, tem um lucro de R$ 100.000,00, teríamos uma situação

bem diferente se considerássemos como período de apuração uma semana, um mês

ou um ano.

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

6565656565

2.4.2 CONTAS DA DRE – 1ª PARTE

Vamos entender agora o funcionamento de conta por conta da DRE...

A Demonstração é iniciada com o valor total da receita apurada em suas operações de vendas e

prestação de serviços, da qual são subtraídos os impostos incidentes sobre a receita, os abatimentos

e as devoluções de vendas.

Da receita líquida, deduzimos os custos das mercadorias vendidas – CMV –, apurando o resultado

bruto.

Em uma empresa de serviços, denominamos o custo como Custo dos Serviços Prestados

– CSP.

Já em uma indústria, é utilizado o termo Custo dos Produtos Vendidos – CPV.

demosntração do resultado do exercício do período de 1 de dezembro a 31 de

dezembro de X1

receita bruta de vendas e de prestação de serviços

(-) deduções da receita

(=) receita líquida

(-) custo das mercadorias vendidas/produtos vendidos/serviços prestados

(=) resultado bruto

despesas operacionais

despesas de vendas

despesas administrativas

despesas finaceiras

(+) receitas financeiras

(-)

outras despesas operacionais

(+) outras receitas operacionais

(=) resultado operacional

(+) outras receitas

(-) outras despesas

(=) resultado antes do imoposto de renda – LAIR

(-) imposto de renda e contribuição social

(=) resultado líquido

(:) número de ações

(=) lucro ou prejuízo por ação

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

6666666666

2.4.3 CONTAS DA DRE – 2ª PARTE

A partir do resultado bruto, são subtraídas as despesas operacionais segregadas por subtotais,

conforme sua natureza.

As despesas operacionais contemplam...

despesas com vendas – despesas comerciais, realizadas para vender o produto,

como despesa de marketing e distribuição;

despesas gerais e administrativas – gastos para direção geral da empresa, que

representam atividades que geram benefícios para todas as fases do negócio da

empresa;

despesas financeiras e receitas financeiras – as receitas e as despesas financeiras

correspondem aos rendimentos financeiros auferidos sobre suas aplicações

financeiras – ativo – e os juros incidentes sobre empréstimos ou financiamentos –

passivo –, respectivamente;

outras despesas e receitas operacionais – despesas e receitas operacionais

complementares à atividade da empresa.

2.4.4 CONTAS DA DRE – 3ª PARTE

Após o lucro operacional, apresentam-se as outras receitas e as outras despesas, que correspondem

às transações realizadas no período não vinculadas à exploração do objeto da empresa e/ou

decorrentes de transações ou eventos extraordinários, como a venda de itens do ativo imobilizado.

Quando o ativo imobilizado é vendido com lucro, temos uma outra receita.

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

6767676767

Quando ele é vendido com prejuízo, ou seja, o valor obtido é menor do que o custo,

temos uma outra despesa.

Apuramos então o resultado antes do Imposto de Renda – LAIR.

Deduzimos, a seguir, a despesa com o imposto de renda e as participações de terceiros, tais como

empregados e administradores, calculáveis sobre o lucro e previstas no estatuto.

Dessa forma, chegamos ao lucro ou ao prejuízo líquido do exercício.

Dividindo-o pelo número de ações em circulação, chegamos ao lucro ou prejuízo por

ação, valor final da DRE.

2.5 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

2.6 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

2.7 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

6868686868

UNIDADE 3 – REGIME DE COMPETÊNCIA UNIDADE 3 – REGIME DE COMPETÊNCIA UNIDADE 3 – REGIME DE COMPETÊNCIA UNIDADE 3 – REGIME DE COMPETÊNCIA UNIDADE 3 – REGIME DE COMPETÊNCIA VERSUS VERSUS VERSUS VERSUS VERSUS REGIME DE CAIXAREGIME DE CAIXAREGIME DE CAIXAREGIME DE CAIXAREGIME DE CAIXA

3.1 REGIME DE COMPETÊNCIA

O regime de competência é adotado pela Contabilidade das empresas, visando dotá-las de uma

fiel expressão monetária de todos os seus bens, de todos os seus direitos e de todas as obrigações

representativas de sua estrutura patrimonial.

O regime de competência abrange dois conceitos fundamentais na Contabilidade – a

realização da receita e o confronto das despesas com as receitas e com os períodos

contábeis.

De acordo com a realização da receita, as receitas são reconhecidas no exercício em que ocorre

o evento econômico, como venda de bens ou prestação de serviços, por exemplo,

independentemente do recebimento da receita.

Pelo confronto das despesas com as receitas e com os períodos contábeis, os gastos só devem ser

reconhecidos contabilmente, como despesas, quando for possível confrontá-los com a receita

relacionada, no mesmo período em que a receita foi reconhecida.

O resultado contábil é determinado por meio da aplicação do regime de competência,

independentemente da movimentação de numerário ocorrida no mesmo período.

3.2 EXEMPLO 1

Vamos a um exemplo...

Uma loja vendeu, no mês de agosto, o total de R$ 5.000,00, sendo R$ 1.200,00 à vista,

R$ 1.800,00 no cartão de crédito – a ser recebido no início de setembro – e R$

2.000,00 a prazo, parcelado em 4 meses sem juros, a serem recebidos a partir de

setembro.

Segundo o regime de competência – utilizado pela Contabilidade –, se a loja vendeu, efetivamente,

R$ 5.000,00 no mês de agosto, essa é a receita reconhecida, ou seja, R$ 5.000,00.

Pelo regime de caixa, só é reconhecido, no mês de agosto, o valor que, efetivamente,

ingressou em caixa, ou seja, R$ 1.200,00.

3.3 EXEMPLO 2

A despesa com salários é reconhecida no mês em que se recebeu tal prestação de

serviços, mesmo que ela seja paga no mês seguinte.

É em decorrência disso que a receita de venda é contabilizada por ocasião

da venda, e não na ocasião de seu recebimento.

Vejamos mais um exemplo...

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

6969696969

A Contabilidade reconhece o valor total dos salários no mês em que os funcionários trabalharam,

mesmo que o pagamento seja feito apenas no início do mês posterior.

3.4 REGIME DE CAIXA

O regime de caixa consiste em classificar e reconhecer as operações de uma pessoa jurídica pelo

efetivo ingresso e desembolso de valores financeiros disponíveis, como dinheiro ou cheque.

3.5 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

3.6 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

3.7 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

3.8 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

3.9 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

Mais precisamente, sua adoção está, a rigor, voltada para o fluxo financeiro

ou fluxo de caixa de um empreendimento.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

7070707070

UNIDADE 4 – DEMONSTRUNIDADE 4 – DEMONSTRUNIDADE 4 – DEMONSTRUNIDADE 4 – DEMONSTRUNIDADE 4 – DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÃO DAS MUTAÇÃO DAS MUTAÇÃO DAS MUTAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PAAÇÕES DO PAAÇÕES DO PAAÇÕES DO PAAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDOTRIMÔNIO LÍQUIDOTRIMÔNIO LÍQUIDOTRIMÔNIO LÍQUIDOTRIMÔNIO LÍQUIDO

4.1 DEFINIÇÃO DE DMPL

A demonstração das mutações do patrimônio líquido – DMPL ou DEMUT – informa a movimentação

ocorrida nas contas do patrimônio líquido a partir do saldo final de cada conta do exercício

anterior, até chegar ao saldo final do exercício em análise, isto é, aumento ou diminuição do

patrimônio líquido.

A DMPL é a seguinte...

4.2 VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

As principais variações sofridas pelo patrimônio líquido – que serão estudadas a seguir – são...

aumento do capital social;

lucro ou prejuízo apurado no período;

destinação de lucros.

4.2.1 AUMENTO DO CAPITAL SOCIAL

O aumento do capital social representa o valor integralizado pelos sócios da empresa.

4.2.2 LUCRO OU PREJUÍZO APURADO NO PERÍODO

O lucro ou prejuízo apurado no período representa o resultado obtido pela empresa em

determinado período.

4.2.3 DESTINAÇÃO DE LUCROS

Do lucro obtido, é normal a empresa distribuir parte para seus acionistas, como dividendos, e reter

o restante para manutenção e expansão dos negócios da empresa.

A parcela retida deve ser transferida para a coluna destinada a reservas de lucros.

capitalsocial

reserva decapital

reservade lucros

lucrosacumulados

saldo total

saldos iniciais

aumento do capital social

lucro do período

distribuição de dividendos

constituição de reserva de lucros

saldos finais

Esse valor pode ser aportado em dinheiro ou quaisquer outros bens e

direitos, como imóveis.

Essa informação é obtida na última linha da DRE.

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

7171717171

Onde foi obtido o dinheiro?

Onde o dinheiro foi aplicado e com que objetivo?

4.3 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

4.4 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

UNIDADE 5 – DEMONSTRUNIDADE 5 – DEMONSTRUNIDADE 5 – DEMONSTRUNIDADE 5 – DEMONSTRUNIDADE 5 – DEMONSTRAÇÃO DOS FLAÇÃO DOS FLAÇÃO DOS FLAÇÃO DOS FLAÇÃO DOS FLUXUXUXUXUXOS DE CAIXOS DE CAIXOS DE CAIXOS DE CAIXOS DE CAIXAAAAA

5.1 DEFINIÇÃO DE DFC

A demonstração dos fluxos de caixa – DFC – mostra as origens e as aplicações de caixa, que

constituem a base de análise para os administradores financeiros.

Essa demonstração ajuda a responder a perguntas vitais, como...

O caixa é vital para o bom funcionamento de qualquer empresa.

O modo como os fluxos de caixa são administrados pode determinar o sucesso ou o

fracasso de uma empresa.

As contas devem ser pagas em seu vencimento, e o dinheiro excedente pode ser

aplicado na compra de estoque, de equipamentos ou na geração de rendimentos

financeiros.

5.1.1 VARIAÇÃO DO CAIXA

Como vimos anteriormente, o lucro líquido, que é apurado na demonstração do resultado do

exercício, nem sempre representa o real fluxo de caixa operacional do período.

Para chegarmos a ele, é necessário que apuremos as receitas e as despesas sob o

enfoque de caixa, ou seja, o que entra e o que sai do caixa da empresa.

A DFC trabalha com a variação do caixa, ou seja, caixa final menos caixa

inicial, isto é...

ΔΔΔΔΔCx = Cx final - Cx inicialCx = Cx final - Cx inicialCx = Cx final - Cx inicialCx = Cx final - Cx inicialCx = Cx final - Cx inicial

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

7272727272

5.2 CAIXA E EQUIVALENTE À CAIXA

Caixa compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis.

Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que

são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão

sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.

Normalmente, entendemos por alta liquidez a aplicação que possa ser resgatada em dentro de

três meses.

5.2.1 CÁLCULO DE SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA

O valor seria de...

R$ 1.000,00 (caixa) + R$ 10.000,00 (banco conta movimento) + R$ 28.000,00 (banco

conta poupança) + R$ 51.000,00 (aplicação financeira resgatável em 90 dias sem

multas) = R$ 90.000,00.

Portanto, o fluxo de caixa iria explicar as variações existentes envolvendo essas 4 contas do ativo

circulante, como mostra a tabela apresentada a seguir...

Por exemplo...

Qual seria o saldo de caixa e equivalente de caixa a partir dessas contas?

contas saldos

caixa R$ 1.000,00

banco conta movimento R$ 10.000,00

banco conta poupança R$ 28.000.00

banco aplicação financeira – resgatável em 90 dias sem qualquerpunição

R$ 51.000,00

banco aplicação financeira – resgatável em 180 dias sem qualquerpunição

R$ 100.000,00

banco aplicação financeira – resgatável em 720 dias, podendo serresgatado antes, mediante desconto de 60% (multa pela carência)

R$ 150.000,00

duplicatas a receber de clientes R$ 200.000,00

duplicatas a pagar a fornecedores R$ 160.000,00

contas saldos

caixa R$ 1.000,000

banco conta movimento R$ 10.000,00

banco conta poupança R$ 28.000,00

banco aplicação financeira – resgatável em 90 diassem qualquer punição

R$ 51.000,00

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

7373737373

5.3 VARIAÇÃO DE SALDO DE CAIXA

Isso acontece porque a DFC apresenta a variação do saldo de caixa, que pode ser causada por três

razões diferentes, que serão estudadas a seguir...

...atividades operacionais.

...atividades de investimento.

...atividades de financiamento.

5.3.1 ATIVIDADES OPERACIONAIS

As atividades operacionais consistem no reconhecimento dos ingressos e desembolsos atrelados

exclusivamente às atividades principais do empreendimento, relacionadas à produção e à entrega

de bens e serviços.

Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de receita da entidade e

outras atividades diferentes das de investimento e de financiamento.

Normalmente, relacionam-se com as transações que constam na DRE. Vejamos alguns exemplos...

...recebimento pela venda de produtos e serviços à vista ou das duplicatas

correspondentes em caso de vendas a prazo – geração de caixa.

...pagamentos a fornecedores referentes à compra da matéria-prima para a produção,

bens para revenda – estoque – e serviços prestados por terceiros – consumo de caixa.

...pagamento de despesas administrativas e comerciais, inclusive salários, impostos,

contas de luz, telefone, água, etc. – consumo de caixa.

5.3.2 ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

As atividades de investimento relacionam-se, normalmente, ao aumento e à diminuição dos

ativos permanentes que a empresa utiliza para produzir bens e serviços. As atividades também

compreendem as aplicações financeiras não classificadas como equivalente a caixa.

Atividades de investimento são referentes à aquisição e à venda de ativos de longo

prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa.

Mas por que utilizamos ‘demonstração dos fluxos de caixa’ no plural?

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

7474747474

Alguns exemplos de atividades de investimento são...

recebimento decorrente da venda de ativos físicos do permanente, tais como

imóveis, veículos e equipamentos – geração de caixa;

pagamento decorrente da compra de ativos físicos do permanente, tais como

imóveis, veículos e equipamentos – consumo de caixa;

recebimento decorrente do resgate de aplicações financeiras – não equivalentes

a caixa;

pagamento decorrente de novas aplicações financeiras – não equivalentes a caixa.

5.3.3 ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

As atividades de financiamento reúnem as entradas e as saídas de caixa provenientes de recursos

de terceiros de curto e longo prazos, como financiamentos e empréstimos bancários.

Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição

do capital próprio e no endividamento da entidade, não classificadas como atividade operacional.

Eis alguns exemplos de atividades de financiamento...

...ingressos de dinheiro decorrentes de aumento do capital social – geração de caixa.

...obtenção de empréstimos e financiamentos – geração de caixa.

...pagamento de empréstimos e financiamentos – principal, consumo de caixa.

...pagamento de dividendos – consumo de caixa.

5.4 MÉTODO DIRETO

A DFC pode ser evidenciada por dois métodos – o direto e o indireto.

A diferença entre esses dois métodos é restrita à apuração do fluxo de caixa gerado –

ou consumido – pelas atividades operacionais.

O método direto – que iremos estudar aqui – é muito semelhante ao controle que nós, pessoas

físicas, fazemos no canhoto do talão de cheques...

...para cada entrada e saída de dinheiro, anotamos a data do evento, sua causa e o

respectivo valor.

Para sua elaboração, é necessário sistematizar as informações do movimento dos equivalentes a

caixa.

As atividades de financiamento também reúnem recursos dos proprietários,

incluindo os aumentos de capital social em dinheiro e o pagamento de

dividendos.

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

7575757575

5.4.1 EVIDENCIAÇÃO PELO MÉTODO DIRETO

A evidenciação da demonstração do fluxo de caixa pelo método direto é a seguinte...

5.4.2 EXEMPLO 1

Vamos agora identificar, nas situações apresentadas a seguir, se a variação do saldo teve origem

nas atividades operacionais, nas atividades de investimento ou nas atividades de financiamento...

A Cia. J4 apresentava, em 1 de janeiro de X2, o seguinte balanço patrimonial...

fluxo de caixa da atividade operacional

exemplos...

� venda à vista;

� recebimento de clientes;

� compras de mercadorias à vista;

� pagamento de fornecedores;

� pagamento de despesas.

fluxo de caixa de investimento

exemplos...

� venda de ativo imobilizado à vista;

� recebimento pela venda de ativo imobilizado;

� compra de ativo imobilizado à vista;

� pagamento pela compra de ativo permanente;

� recebimento pela venda de participações societárias;

� pagamento pelo investimento em participações societárias;

� recebimento pelo resgate de aplicações financeiras;

� pagamento pela realização de aplicações financeiras.

fluxo de caixa de financiamento

exemplos...

� aumento do capital social em dinheiro;

� pagamento de dividendos;

� pagamento de empréstimo obtido;

� recebimento pela obtenção de novo empréstimo

variação do caixa

saldo final do caixa - saldo inicial do caixa = variação do caixa

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

7676767676

Durante o ano de X2, a Cia. J4 pagou todo o valor de seus empréstimos, como mostra o balanço

patrimonial abaixo...

A demonstração do fluxo de caixa de 31/12/X2 é a seguinte...

Como a diminuição de caixa ocorreu devido ao pagamento de empréstimos, a atividade responsável

pela diminuição de caixa no período é a de financiamento...

5.4.3 EXEMPLO 2

Consideremos agora o seguinte exemplo...

A Cia. FF apresentava, em 1 de julho de X1, o seguinte balanço patrimonial...

Durante o ano de X1, a Cia. FF comprou uma máquina por R$ 7.000,00. Desse valor, metade –

R$ 3.500,00 – foi pago à vista e a outra metade deve ser paga em janeiro de X2, como podemos

ver no balanço patrimonial abaixo...

ativo passivo

contas a pagar 3.500caixa 11.500

patrimônio líquido

máquina 7.000capital social 15.000

total do ativo 18.500total do passivo + PL 18.500

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7777777777

Tais ativos são tangíveis por natureza, e a constituição do imobilizado em

cada empresa vincula-se ao tipo de sua atividade operacional bem como à política

da administração empregada.

A demonstração do fluxo de caixa de 31/12/X2 é a seguinte...

Devemos notar que apenas o que transita pelo caixa aparece na demonstração dos fluxos de

caixa. Como apenas o valor pago efetivamente irá trazer mudanças para o caixa da empresa, é

esse valor que deve ser explicado.

Já que o caixa diminui pela compra de uma máquina, que representa um ativo imobilizado, a

atividade responsável pela redução é a de investimento...

5.5 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

5.6 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

UNIDADE 6 – ATIVO IMOBILIZADOUNIDADE 6 – ATIVO IMOBILIZADOUNIDADE 6 – ATIVO IMOBILIZADOUNIDADE 6 – ATIVO IMOBILIZADOUNIDADE 6 – ATIVO IMOBILIZADO

6.1 DEFINIÇÃO DE ATIVO IMOBILIZADO

Como vimos anteriormente, o imobilizado corresponde às aplicações de recursos da entidade –

ativo –, não circulantes, que não temos por objetivo transformar diretamente em dinheiro – e que

são utilizadas em sua atividade operacional – ativo imobilizado.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

7878787878

6.1.1 EXEMPLO

Vamos a um exemplo que nos ajudará a entender melhor que a constituição do imobilizado em

cada empresa vincula-se ao tipo de sua atividade operacional bem como à política da administração

empregada...

Existem empresas que não possuem muitos ativos imobilizados, pois decidem atuar

em imóveis alugados, enquanto outras empresas só trabalham em imóveis próprios.

No setor industrial, de forma geral, as empresas possuem grandes parques fabris, com

grande número de máquinas e computadores.

No setor de prestação de serviços, o tipo de ativo imobilizado mais significativo relaciona-

se à forma de atuação.

Dessa forma, uma empresa aérea possui aviões, uma empresa de transporte rodoviário possui

ônibus e uma empresa transportadora marítima possui navios.

6.2 TIPOS DE ATIVOS IMOBILIZADOS

Entre os ativos imobilizados mais utilizados, temos, de forma ampla, os seguintes...

Terrenos...

Local onde a sede, o escritório ou as lojas próprias da entidade estão localizadas. O

terreno contempla apenas o chão onde o prédio está.

Edificações...

Representa a parte construída dos bens imóveis de propriedade da empresa.

Instalações...

Correspondem, normalmente, à infraestrutura construída – instalada – pela empresa,

em seus imóveis próprios.

Os exemplos mais recorrentes de instalações são cabeamento de internet, fiações de

energia elétrica e tubulações de água e gás.

Máquinas e equipamentos...

Em uma fábrica, contemplam as máquinas industriais utilizadas no processo produtivo

e, nas empresas comerciais, as máquinas registradoras, por exemplo.

Móveis e utensílios...

Correspondem a mesas, cadeiras e armários dos escritórios administrativos, por exemplo.

Há vários tipos de ativos imobilizados.

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

7979797979

Veículos...

Representam os automóveis utilizados pela administração da entidade, os automóveis

e as motocicletas utilizados para entrega.

6.3 CUSTO DE AQUISIÇÃO

Como vimos no Módulo 1, consideramos como custo de aquisição, além do preço devido ou pago

ao fornecedor, todos os demais gastos incorridos pela entidade e necessários para colocar o ativo

em condições de gerar benefícios para essa mesma entidade.

No caso do imobilizado, tais gastos são associados à colocação de tal ativo em condições de ser

utilizado nas atividades operacionais.

Após a aquisição, conforme o bem vai-se desgastando, é natural que a entidade incorra

em gastos de manutenção.

Contabilmente, esses gastos são reconhecidos como despesa do período no qual o serviço de

manutenção foi executado, salvo se a manutenção tenha a capacidade de aumentar...

...o tempo de vida útil do ativo ou a capacidade produtiva do ativo.

6.4 DEPRECIAÇÃO

Os bens da empresa, com exceção do terreno, têm vida útil limitada por deterioração ou por se

tornarem obsoletos.

De forma geral, a quase totalidade dos ativos só consegue gerar benefícios para a

entidade de forma limitada e esgotável.

Os custos incorridos em sua aquisição devem ser apropriados ao resultado nos anos relacionados

a sua utilização.

O reconhecimento do consumo é denominado depreciação.

Portanto, depreciação é o reconhecimento contábil da realização dos benefícios

econômicos que se esperava que o ativo imobilizado gerasse.

Nesses casos, tais gastos serão somados ao antigo custo de aquisição ainda

não depreciado.

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8080808080

6.4.1 FATORES DETERMINANTES DA DEPRECIAÇÃO

A depreciação corresponde à redução do valor do ativo imobilizado, em função dos seguintes

fatores...

Desgaste pelo uso e por ação da natureza...

Esses fatores estão relacionados à utilização física dos bens do ativo imobilizado, pois

estão vinculados ao tempo de vida útil do ativo e à forma que dele fazemos uso.

Por exemplo...

...um veículo sofre uma redução de sua capacidade com o passar do tempo.

...uma cerca de ferro sofre a ação da corrosão.

...os bens situados na via pública, como os postes de uma companhia elétrica,

vão sendo consumidos pelo sol e pela chuva.

Obsolescência tecnológica...

Está relacionada à depreciação funcional do ativo. Um ativo imobilizado pode ser

considerado obsoleto se o bem não tem mais mercado ou se um novo ativo puder

produzir um bem de qualidade superior ou por um custo muito inferior ao atual.

Dessa forma, um ativo pode estar em um bom estado físico, mas não ter mais utilidade.

Essa forma de depreciação acentua-se com o avanço da tecnologia.

6.4.2 CRITÉRIOS DE MENSURAÇÃO DA DEPRECIAÇÃO

O imobilizado é reconhecido no balanço patrimonial por seu custo de aquisição, subtraindo-se a

depreciação acumulada já contabilizada até a data da elaboração do balanço patrimonial.

Embora existam diferentes critérios para se mensurar a depreciação, estudaremos o

método das quotas constantes, conhecido também como método linear ou linha reta.

6.4.2.1 MÉTODO LINEAR

Em contabilidade, o termo depreciação significa a alocação sistemática do custo de um ativo

depreciável à despesa no período, ao longo de sua vida útil.

O tempo de vida útil – TVU – é fundamental para a mensuração da depreciação pelo

método linear.

Ele deverá ser estimado pela empresa detentora do ativo em função do tempo que se

espera que ele gere benefícios para ela.

Esse método é o mais comum, sendo adotado de maneira geral.

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

8181818181

6.4.3 TAXA DE DEPRECIAÇÃO VERSUS TEMPO DE VIDA ÚTIL

Devemos observar que a taxa de depreciação corresponde ao inverso do tempo de vida útil.

Por exemplo...

A taxa de depreciação das edificações, 4%, é igual a 1/25 x 100, isto é, 0,04 x 100.

Portanto...

Um computador que foi comprado por R$ 3.000,00 e que possui vida útil de 5 anos, devendo serdepreciado pela taxa de 20%, sofrerá depreciação de...

R$ 3.000,00 x (1/5 x 100) = R$ 600,00 ao ano

ou

R$ 3.000,00 x 20% = R$ 600,00 ao ano

6.4.4 VALOR RESIDUAL

É importante ressaltar que a depreciação é baseada em uma estimativa.

Não podemos definir, com exatidão, no momento da compra de um ativo, qual será avida útil efetiva de um edifício ou de um equipamento.

Muitos ativos imobilizados não são completamente depreciados, pois não esperamos que elesvirem sucata depois do tempo de vida útil estipulado pela tabela.

Dessa forma, o ativo possui um valor de venda no final do período de depreciação.

Esse montante é reconhecido como valor residual.

Nesse caso, tiramos do valor original o valor residual para apurarmos sua base depreciável.

Logo...

depreciação = (custo – valor residual)/tempo de vida útil

ou

depreciação = (custo – valor residual) x taxa de depreciação

Além disso, também é necessário registrar que as empresas brasileiras costumam considerar queo valor residual de seu imobilizado é nulo, ou seja, consideram que, ao final do tempo de vida útil,seus ativos imobilizados não possuirão nenhum valor de mercado.

Quando esse raciocínio é aplicado, o valor depreciável – base de cálculo da depreciação

– é igual ao valor original.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

8282828282

6.4.5 EXEMPLO

Vamos a um exemplo de depreciação...

Uma máquina é comprada em 1 de janeiro de X0.

O custo de aquisição total é de R$ 12.000,00. Consideremos que o tempo de vida útil da máquina

seja de 10 anos e admitamos um valor residual igual a zero.

Qual será a depreciação anual da máquina?

valor original = R$ 12.000,00

valor residual = R$ 0,00

valor depreciável = valor original – valor residual = R$ 12.000,00 – R$ 0,00 = R$ 12.000,00

tempo de vida útil = 10 anos

depreciação anual = R$ 12.000,00/10 = R$ 1.200,00 ao ano

Esse método é denominado das quotas constantes porque o valor da depreciação reconhecido

anualmente é constante.

E quais seriam, neste exemplo, os valores da depreciação mensal, trimestral e semestral?

depreciação mensal = R$ 1.200,00 ao ano/12 meses = R$ 100,00 ao mês

depreciação trimestral = (R$ 1.200,00 ao ano/12 meses) x 3 meses = R$ 300,00 ao trimestre

depreciação semestral = (R$ 1.200,00 ao ano/12 meses) x 6 meses = R$ 600,00 ao semestre

6.5 MECÂNICA CONTÁBIL E ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Para o registro da depreciação do balanço patrimonial, é utilizada a conta depreciação acumulada,

classificada no balanço patrimonial, no lado do ativo, como uma redução do custo do bem

depreciado.

6.5.1 EXEMPLO

Vamos ver como ficariam os ativos do exemplo anterior e seus respectivos balanços patrimoniais...

Trata-se de uma máquina comprada em 1 de janeiro de X0 por R$ 12.000,00, depreciável em 10

anos e sem valor residual.

Portanto, a depreciação acumulada é uma conta redutora do imobilizado.

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8383838383

Portanto, na DRE, a depreciação não é acumulada, e sim apresentada pelo

valor anual.

Em 31 de dezembro de X0, esse ativo irá aparecer assim no balanço patrimonial...

Portanto, o ativo foi depreciado durante um ano. No ano seguinte – 31 de dezembro de X1 –, ele

estará assim apresentado...

A conta é chamada de depreciação acumulada, pois o valor da depreciação vai sendo acumulado

ao longo dos anos, até terminar a vida útil do bem.

Em 31 de dezembro de X8, o ativo irá aparecer assim no balanço patrimonial...

Após mais um ano, em 31 de dezembro de X9, o ativo terá sido totalmente depreciado, ou seja,

seu valor líquido será zero.

6.5.2 CONTABILIZAÇÃO DO EXEMPLO

Vamos ver como nosso exemplo é contabilizado na DRE.

Estávamos falando de uma máquina comprada em 1 de janeiro de X0 por R$ 12.000,00,

depreciável em 10 anos e sem valor residual.

Em 31 de dezembro X0, a despesa de depreciação será de R$ 1.200,00. O mesmo ocorrerá no

final do exercício de X2, X3, X4, X5, X6, X7, X8 e X9.

6.6 EXEMPLO 3 – CIA. XYZ

Vamos agora a um exemplo que envolve a elaboração de planilha de lançamentos DRE, DMPL, BP,

DFC e depreciação. Consideremos as seguintes informações...

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

8484848484

A Cia. XYZ apresentava o seguinte balanço patrimonial em 01/01/X1...

Durante o mês de janeiro de X1, ocorreram os seguintes eventos...

1. Recebimento de todo o saldo de duplicatas a receber.

2. Pagamento de metade da dívida com fornecedores.

3. Os sócios da Cia. XYZ aumentaram o capital social da empresa, integralizando-o,

imediatamente, em dinheiro, no valor de R$ 20.000,00.

4. A Cia. XYZ vendeu 1/4 do estoque de mercadorias que possuía por R$ 10.000,00. A

venda foi realizada à vista.

5. A empresa incorreu e pagou despesas administrativas de R$ 300,00 e despesas

comerciais de R$ 200,00.

6. A Cia. XYZ depreciou o veículo. O veículo tem sua vida útil estimada em 5 anos e, ao

final desse prazo, é esperado que vire sucata.

6.6.1 EXEMPLO 3 – ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Para elaborarmos as demonstrações contábeis apuradas em 31/01/X1 pela Cia. XYZ,

precisamos seguir alguns passos...

Vamos começar elaborando a planilha de lançamentos, passo a passo.

A primeira linha representa os saldos iniciais.

Além das contas do balanço patrimonial, é sempre bom termos a coluna de verificação,

que representa o passivo e o patrimônio líquido total subtraídos do ativo total.

O resultado dessa equação deve sempre ser zero.

Vamos agora tratar do recebimento de todo o saldo de duplicatas a receber.

Como o valor de duplicatas a receber foi todo recebido, a empresa recebeu R$ 40.000,00

em dinheiro, que aumentaram o caixa.

ativo = passivo + PL

eventos caixaduplicatasa receber

estoques veículos(-)

depreciaçãoacumulada

= fornecedorescapitalsocial

verificação

saldoinicial

12.000 40.000 28.000 10.000 (2.000) = 38.000 50.000 0

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

8585858585

ativo = passivo + PL

eventos caixaduplicatas a

receberestoques veículos

(-)

depreciação

acumulada

= fornecedorescapital

socialverificação

saldo inicial 12.000 40.000 28.000 10.000 (2.000) = 38.000 50.000 0

recebimento 40.000 (40.000) = 0

pagamento (19.000) = (19.000) 0

capital 20.000 = 20.000 0

Por outro lado, a empresa não tem mais o direito de receber os R$ 40.000,00,

diminuindo esse valor da conta de duplicatas a receber.

Agora cuidaremos do pagamento de metade da dívida com fornecedores.

A empresa devia R$ 38.000,00 a fornecedores. Como metade desse valor foi pago, o

caixa da empresa vai diminuir em R$ 19.000,00.

Por outro lado, o passivo da empresa também diminui, uma vez que sua dívida está

menor em R$ 19.000,00.

Vejamos agora o efeito do aumento do capital social...

Sabemos que os sócios da Cia. XYZ aumentaram o capital social da empresa,

integralizando-o, imediatamente, em dinheiro, no valor de R$ 20.000,00.

Como os sócios aumentam o capital social da empresa mediante entrega de dinheiro,

o caixa da empresa aumenta em R$ 20.000,00, assim como o capital social.

Vejamos o efeito da venda do estoque de mercadorias...

Sabemos também que a Cia. XYZ vendeu 1/4 do estoque de mercadorias que possuía por R$

10.000,00. A venda foi realizada à vista.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

8686868686

Vamos dividir esse evento em dois...

Venda de mercadorias...

A empresa recebeu R$ 10.000,00 em dinheiro – aumento no caixa – pela venda de

mercadorias, que constitui uma receita.

Para registrarmos essa receita, criamos uma nova coluna no patrimônio líquido, na qual

estarão todas as receitas e todas as despesas, que, no futuro, irão constituir a DRE.

Baixa de mercadorias...

A empresa não recebeu R$ 10.000,00 em dinheiro a troco de nada. Para gerar essa

receita, a empresa entregou 1/4 do total de suas mercadorias.

Como o valor do estoque era de R$ 28.000,00, o custo das mercadorias vendidas vai

ser de R$ 7.000,00.

Essa baixa também deve estar na coluna de resultado e, posteriormente, na DRE,

confrontando a receita.

Vamos ver mais informações sobre as despesas administrativas...

A empresa incorreu e pagou despesas administrativas de R$ 300,00 mais despesas

comerciais de R$ 200,00.

As despesas incorridas diminuem o resultado. O pagamento delas implica diminuição

do caixa.

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8787878787

Vejamos informações sobre o veículo...

A Cia. XYZ depreciou o veículo. O veículo tem sua vida útil estimada em 5 anos e, ao

final desse prazo, é esperado que vire sucata.

O valor histórico do veículo é aquele que aparece no balanço patrimonial, ou seja, R$

10.000,00.

Como ele não possui valor residual, ou seja, espera-se que, depois de passados 5 anos

– vida útil estimada –, ele esteja valendo zero, o valor depreciável é R$ 10.000,00.

A depreciação anual do veículo é de R$ 10.000,00/5 = R$ 2.000,00.

No entanto, como estamos elaborando as demonstrações contábeis relativas ao mês

de janeiro somente, precisamos da depreciação mensal do veículo, que é de R$ 2.000,00/

12 meses = R$ 167,00. Esse valor irá diminuir o resultado, porque é uma despesa e

também o valor da depreciação acumulada.

O valor do veículo ficará inalterado, registrando o valor histórico do mesmo.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

8888888888

Por último, apuramos o saldo parcial de cada coluna, que corresponde à soma de cada uma.

6.6.2 EXEMPLO 3 – ELABORAÇÃO DA DRE

Vamos elaborar agora a DRE da Cia. XYZ. Para elaborarmos essa demonstração, precisaremos

apenas da coluna de resultado da matriz de lançamentos.

ativo = passivo + PL

eventos caixaduplicatasa receber

estoques veículos(-)

depreciaçãoacumulada

= fornecedorescapitalsocial

resultado verificação

saldo inicial 12.000 40.000 28.000 10.000 (2.000) = 38.000 50.000 0

recebimento 40.000 (40.000) = 0

pagamento (19.000) = (19.000) 0

capital 20.000 = 20.000 0

venda demercadorias

10.000 = 10.000 0

baixa demercadorias

(7.000) = (7.000) 0

pagamento dedespesas

administrativas(300) = (300) 0

pagamento dedespesas

comerciais(200) = (200) 0

depreciação (167) = (167) 0

saldo parcial 62.500 0 21.000 10.000 (2.167) = 19.000 70.000 2.333 0

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

8989898989

Vejamos a matriz de lançamentos...

O DRE da Cia. XYZ em 31/01/X1 será, portanto, o seguinte...

6.6.3 EXEMPLO 3 – DMPL

Vimos que o lucro apurado no período pela Cia. XYZ é de R$ 2.333,00.

Vamos apurar agora a DMPL...

Começaremos pelos saldos iniciais, no caso, apenas do capital social, que era R$

50.000,00 no início do exercício.

Durante o mês de janeiro, o capital teve um aumento de R$ 20.000,00. No término do

período, apuramos o lucro de R$ 2.333,00 na DRE.

venda de mercadorias 10.000

(-) CMV (7.000)

(=) lucro bruto 3.000

(-) despesas operacionais

despesas administrativas (300)

despesas comerciais (200)

despesas de depreciação (167)

total de despesas operacionais (667)

(=) lucro operacional 2.333

(=) lucro do período 2.333

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

9090909090

Devemos observar que a transferência do lucro do período para lucros acumulados é

realizada somente no final do exercício social, geralmente, em 31 de dezembro,

mediante o lançamento abaixo...

Notamos que a soma dos saldos finais das colunas deve ter o mesmo valor da soma dos saldos

totais das linhas, no caso R$ 72.333,00, que é o valor total do patrimônio líquido em 31 de janeiro

de X1...

A transferência do saldo de lucros acumulados para reserva de lucros, como vimos

anteriormente, é realizada somente no final do exercício social, geralmente, em 31 de

dezembro.

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

9191919191

Durante o ano, o saldo poderia ser mantido em lucros acumulados. Em 31 de dezembro,

admitindo que a empresa optou por não distribuir dividendos, o saldo de lucros

acumulados deveria ser transferido para a reserva de lucros, como vemos abaixo...

6.6.4 EXEMPLO 3 – ELABORAÇÃO DE BP

O próximo passo é o BP. Para sua elaboração, vamos consultar a última linha da planilha

de lançamentos, que corresponde ao saldo final de cada conta.

Observemos a última linha da planilha...

ativo = passivo + PL

eventos caixaduplicatas a

receberestoques veículos

(-) depreciação

acumulada= fornecedores capital social

reserva

lucros

lucros

acumuladosresultado

saldo final 62.500 0 21.000 10.000 (2.167) = 19.000 70.000 2.333 0 0

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

9292929292

O balanço patrimonial da Cia. XYZ em 31/01/X1 é o seguinte...

6.6.5 EXEMPLO 3 – ELABORAÇÃO DA DFC

Por último, vamos elaborar a DFC.

Para a elaboração da DFC, utilizamos como referência a coluna caixa da matriz de lançamentos,

pois ela mostra todas as variações do caixa da Cia. XYZ durante o mês de janeiro...

Ao lado das contas, podemos identificar se houve consumo ou geração de caixa e qual a atividade

correspondente – operacional, de investimento ou de financiamento...

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

9393939393

Agora que identificamos quais os valores que modificaram o caixa e as respectivas atividades,

vamos elaborar o fluxo de caixa em 31/01/X1...

Devemos notar que o valor da variação do caixa – saldo final menos saldo inicial ou R$ 62.500,00

– R$ 12.000,00 – é igual à soma dos fluxos de caixa decorrentes das três atividades...

R$ 30.500,00 + R$ 0,00 + R$ 20.000,00, ou seja, R$ 50.500,00

6.7 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

6.8 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

6.9 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

6.10 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

UNIDADE 7 – CENÁRIOS CULUNIDADE 7 – CENÁRIOS CULUNIDADE 7 – CENÁRIOS CULUNIDADE 7 – CENÁRIOS CULUNIDADE 7 – CENÁRIOS CULTURTURTURTURTURAISAISAISAISAIS

Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, acesse os

cenários culturais no ambiente on-line.

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

9595959595

MÓDULO 3 – ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

APRESENTAÇÃO

Neste módulo, estudaremos como se interpretam as informações contidas nos relatórios típicos

disponibilizados pelo setor de contabilidade das entidades. Apresentaremos as principais técnicas

de análise da Demonstração do Resultado do Exercício e do Balanço Patrimonial de uma entidade

com fins lucrativos.

Uma vez definidos os propósitos da análise, estudaremos a análise vertical ou de estrutura, utilizada

para avaliar a relação entre as contas de uma única demonstração contábil. Seguiremos estudando

a análise horizontal, que mostra o comportamento – evolução ou involução – de cada um dos

itens das demonstrações contábeis, período após período, utilizando no mínimo dois períodos

contábeis. Por fim, estudaremos a análise por indicadores, que tem como objetivo permitir ao

analista extrair tendências e comparar os indicadores com padrões preestabelecidos.

UNIDADE 1 – PROPÓSITO DA ANÁLISEUNIDADE 1 – PROPÓSITO DA ANÁLISEUNIDADE 1 – PROPÓSITO DA ANÁLISEUNIDADE 1 – PROPÓSITO DA ANÁLISEUNIDADE 1 – PROPÓSITO DA ANÁLISE

1.1 JUSTIFICATIVAS PARA A ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Vejamos alguns exemplos de propósitos da análise das demonstrações contábeis...

...verificar a situação de empresas-alvo de investimento.

...medir o desempenho de subunidades.

...analisar a situação de crédito de possíveis clientes, parceiros, fornecedores e

concorrentes.

...verificar a situação econômico-financeira de empresas reguladas.

1.1.1 SITUAÇÃO DE EMPRESAS-ALVO DE INVESTIMENTO

Um potencial investidor, antes de comprar ações de uma empresa, deve analisar sua situação

econômico-financeira, além de avaliar se o preço de mercado das ações é justo e se vale ou não

a pena investir nessa empresa.

Da mesma forma, um investidor analisa a situação econômico-financeira da empresa

em que já tem ações para decidir se deve vender suas ações ou mantê-las enquanto

espera uma possível valorização.

Diversos podem ser os propósitos da análise de demonstrações contábeis,

dependendo do usuário e de suas necessidades.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

9696969696

1.1.2 DESEMPENHO DAS SUBUNIDADES

O Diretor Financeiro de uma empresa tem a necessidade de avaliar o desempenho

dos gerentes de cada divisão de sua empresa.

Com base nessa avaliação, ele poderá decidir acerca de questões relacionadas a bonificações e

promoções, caso o desempenho seja satisfatório, ou associadas a treinamentos e demissões, caso

o desempenho seja insatisfatório.

1.1.3 SITUAÇÃO DE CRÉDITO

Quando uma empresa realiza uma venda a prazo, por exemplo, é necessário avaliar o risco de

crédito do cliente, ou seja, a probabilidade de ele não pagar.

Dessa forma, o gerente financeiro da empresa analisa as demonstrações contábeis do

cliente para identificar como estão suas finanças.

Se a saúde financeira do cliente estiver muito boa, o gerente financeiro pode conceder

um prazo maior para pagamento do empréstimo ou não exigir garantias.

Por outro lado, se a saúde financeira estiver muito ruim, o gerente financeiro pode não

autorizar a venda a prazo, exigindo o pagamento à vista, já que existe alta probabilidade

de o cliente não conseguir honrar seu compromisso.

Contudo, se a saúde financeira for intermediária, o gerente financeiro pode autorizar a

venda com alguma restrição, como, por exemplo, conceder poucos dias de prazo ou

cobrar maiores juros e garantias.

Esse tipo de análise também é aplicado quando a empresa contrata um fornecedor para lhe

prestar serviços por um longo período ou realiza algum contrato que implique em uma parceria

de longo prazo.

Se a saúde financeira do parceiro não for boa, existe alta probabilidade de que ele

encerre suas atividades e não consiga executar os compromissos firmados no contrato,

que pode ter de ser encerrado antecipadamente.

Podemos ainda usar esse tipo de análise para avaliar o desempenho de um concorrente, ao

comparar sua situação com a da própria empresa, identificar a probabilidade de uma guerra de

preços, dentre outras finalidades.

Cada divisão da empresa pode ser chamada de subunidade.

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9797979797

1.1.4 SITUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA DE EMPRESAS REGULADAS

Quando o impacto da falência de uma empresa regulada for, potencialmente, muito prejudicial à

sociedade e, principalmente, ao mercado regulado, é normal que o órgão regulador acompanhe

a saúde econômico-financeira das empresas reguladas.

Isso ocorre, por exemplo, com...

o Banco Central do Brasil – BACEN –, que regula as instituições financeiras;

a Superintendência de Seguros Privados – SUSEP –, que regula as seguradoras;

a Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS –, que regula as operadoras de

planos de saúde;

a Secretaria da Previdência Complementar, do Ministério da Previdência – SPC-MP

que regula os Fundos de Pensão.

Podemos imaginar o impacto que a falência de um banco, de uma seguradora, de um plano de

saúde ou de um fundo de pensão causaria em nossa sociedade.

1.2 OBTENÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Uma vez definido o propósito da análise, é necessário obter as demonstrações contábeis

da empresa a ser analisada.

Vamos ver, a seguir, como se dá esse processo do ponto de vista dos possíveis

interessados nas informações contábeis.

Esses possíveis interessados são...

os investidores;

o diretor financeiro;

os órgãos reguladores;

os potenciais parceiros, clientes e concorrentes.

1.2.1 INTERESSE DE INVESTIDORES

No caso de investidores que desejam verificar a situação de empresas que oferecem seus títulos

ao mercado, uma primeira pesquisa pode ser efetuada no site das respectivas empresas...

...em geral, esses sites apresentam um item denominado Relações com Investidores.

Os investidores podem consultar também a Comissão de Valores Mobiliários – CVM –, uma vez

que companhias abertas, negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA – são obrigadas

a divulgar suas demonstrações contábeis trimestrais e anuais.

Todos esses órgãos reguladores devem, portanto, acompanhar a saúde

econômico-financeira das empresas que regulam e fiscalizam, por meio de suas

demonstrações contábeis.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

9898989898

Essas demonstrações também podem ser acessadas no portal da CVM.

1.2.2 INTERESSE DE UM DIRETOR FINANCEIRO

O diretor financeiro de uma empresa que deseja mensurar o desempenho das subunidades tem,

teoricamente, livre acesso à informação econômico-financeira da empresa em que trabalha.

1.2.3 INTERESSE DE POTENCIAIS CLIENTES, PARCEIROS E CONCORRENTES

Na análise de crédito de um potencial cliente, esse cliente em potencial deve ter interesse em

disponibilizar suas demonstrações contábeis ao vendedor.

Caso contrário, o vendedor não concederá o crédito e exigirá o pagamento à vista.

O mesmo ocorre quando estabelecemos uma parceria de longo prazo, e o fornecedor, ou qualquer

outro parceiro interessado no negócio, disponibiliza suas informações contábeis.

Caso contrário, a empresa vai buscar outra pessoa para firmar a parceria.

Em relação ao concorrente, ocorre o inverso, ou seja, é provável que ele evite tornar suas informações

acessíveis aos demais concorrentes.

1.2.4 INTERESSE DE ÓRGÃOS REGULADORES

Os órgãos reguladores têm poder de polícia sobre as entidades reguladas, ou seja, ou a empresa

regulada fornece as informações solicitadas pelo órgão regulador, ou fica sujeita a penalidades.

Em qualquer dessas situações – ou em outras não citadas – o interessado pode obter as

demonstrações contábeis por intermédio da CVM, da BOVESPA, de bancos privados ou de jornais

de grande circulação, em caso de sociedades por ações.

As demonstrações anuais também são publicadas em jornais de grande

circulação.

Isso se dá, principalmente, no que diz respeito ao desempenho de seus

subordinados.

Podemos obter suas informações contábeis em bancos de dados, como o

Economática.

Uma alternativa sempre válida é a verificação do site da empresa.

Se a empresa cujo site foi verificado não for uma sociedade por ações, uma

possibilidade é buscar as informações em alguma entidade de pesquisa que

disponha de um banco de dados com demonstrações contábeis.

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

9999999999

1.3 INVESTIGAÇÃO DA CONFIABILIDADE DAS INFORMAÇÕES

Antes de analisarmos as demonstrações contábeis, isto é, antes de realizarmos os cálculos que

estudaremos neste módulo, é necessário investigarmos se as informações divulgadas são confiáveis.

O primeiro passo para investigarmos a confiabilidade das demonstrações contábeis é

lermos o parecer dos auditores independentes – externos –, apresentado nas

demonstrações contábeis da empresa.

Se houver ressalva, ou seja, se o auditor externo tiver identificado algum procedimento que não

julgou totalmente correto, devemos verificar se o ponto da ressalva é relevante ao propósito de

sua análise.

Em caso afirmativo, será necessário fazermos ajustes nas demonstrações contábeis

obtidas, de modo a constituirmos uma base mais adequada para a análise.

Também é sempre indicado ler as notas explicativas divulgadas pela empresa, pois, dessa forma,

é possível conhecer as práticas contábeis efetivamente adotadas por ela e ter acesso a informações

complementares relevantes sobre a empresa.

Portanto, o analista precisa ler também o relatório da administração, acessar o site da empresa e

procurar notícias em revistas especializadas, jornais e sites, em busca de informações atualizadas

sobre a empresa.

1.4 CONHECIMENTO DO HISTÓRICO DA EMPRESA

Uma vez que conhecemos a empresa e confiamos em suas demonstrações contábeis, é necessário

sabermos um pouco sobre seu ramo de atuação, seu histórico ou sobre as estimativas que tínhamos

a respeito do futuro da empresa.

Contudo, tudo isso depende do propósito da análise. Dependendo desse propósito,

podemos comparar...

A empresa com a média do setor econômico em que a empresa atua...

Imaginemos, por exemplo, que vamos analisar uma empresa alimentícia, como a Sadia.

Assim como deveríamos calcular os índices da Sadia, deveríamos também calcular os

índices de outras empresas alimentícias, como a Perdigão, por exemplo.

Dessa forma, poderíamos identificar a situação econômico-financeira e o desempenho

médio das principais empresas do setor alimentício para, então, compararmos os dados

dessas empresas à situação e ao desempenho da Sadia.

Adicionalmente à leitura das notas explicativas, é fundamental conhecer

melhor a empresa analisada, seus produtos e suas atividades.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

100100100100100

Veremos, nesta unidade, a análise vertical.

A análise vertical é utilizada para avaliar a relação entre as contas de uma

única demonstração contábil.

A empresa no momento atual com a empresa no passado...

Continuando com o exemplo da Sadia, poderíamos ainda fazer todos os cálculos de

2007, em relação a outros anos, como 2006, 2005, 2004, 2003 e 2002.

Dessa forma, poderíamos comparar a situação e o desempenho de 2007 da Sadia com

seu próprio desempenho e sua situação econômico-financeira em períodos anteriores.

A empresa hoje com o que havia sido estimado pelo orçamento...

Com acesso a informações gerenciais, é possível comparar o desempenho efetivo

com o que havia sido estimado no passado.

Por exemplo, tendo acesso aos planos de investimentos e aos orçamentos detalhados,

o analista é capaz de avaliar se o desempenho efetivo foi adequado ao que se esperava.

1.5 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

1.6 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

UNIDADE 2 – ANÁLISE VERTICALUNIDADE 2 – ANÁLISE VERTICALUNIDADE 2 – ANÁLISE VERTICALUNIDADE 2 – ANÁLISE VERTICALUNIDADE 2 – ANÁLISE VERTICAL

2.1 TIPOS DE ANÁLISE

A análise das demonstrações contábeis é feita, basicamente, por três métodos, que apresentaremos

detalhadamente nas unidades a seguir...

análise vertical ou de estrutura;

análise horizontal ou de comportamento;

análise por indicadores ou quocientes.

2.2 OBJETIVO DA ANÁLISE VERTICAL

A conta que representa a totalidade da demonstração contábil é considerada como 100%, enquanto

os outros itens são expressos em percentagem dessa conta.

Portanto, ela mostra a participação percentual de cada um dos itens das demonstrações

contábeis em relação ao somatório de seu grupo.

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

101101101101101

2.3 VANTAGENS DA ANÁLISE VERTICAL

Por meio da análise vertical, podemos visualizar, de modo objetivo e direto, quanto cada

componente representa nas demonstrações, identificando aqueles que mais contribuem para a

formação do conjunto-objeto da análise.

Na demonstração do resultado do exercício, ela possibilita detectar a composição

percentual das receitas e despesas, evidenciando aquelas que mais influenciaram na

formação do lucro ou prejuízo.

2.4 ANÁLISE VERTICAL NA DRE

Vejamos um exemplo da aplicação da análise vertical na DRE da Cia. YM...

2.4.1 ANÁLISES

Podemos identificar no exemplo que...

...o custo das mercadorias vendidas – CMV – corresponde a 66,65% da receita bruta.

...as despesas operacionais correspondem a 21,54% da receita bruta, ou seja, 4,21% +4,21% +4,21% +4,21% +4,21% +

7,28% + 10,05%7,28% + 10,05%7,28% + 10,05%7,28% + 10,05%7,28% + 10,05%.

...o lucro líquido corresponde a 5,45% da receita bruta, isto é, a empresa teve uma

lucratividade líquida de 5,45% em X1. Desse modo, para cada R$ 100,00 de vendas, o

acionista lucrou R$ 5,45.

demonstração de resultado da Cia. YM (em milhares de reais)

31 de dezembro de

X1

receita bruta de vendas 2.567 100%

(-) CMV (1.711) -66,65%

= lucro bruto 856 33,35%

(-) despesas operacionais

despesas de vendas (108) -4,21%

despesas administrativas (187) -7,28%

despesas de depreciação (258) -10,05%

= resultado operacional 303 11,80%

(-) outras despesas (91) -3,54%

= lucro antes do imposto de renda (LAIR) 212 8,26%

(-) provisão para imposto de renda e contribuição

social (34%)(72) -2,81%

= lucro líquido 140 5,45%

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

102102102102102

2.4.2 CÁLCULOS

Como pudemos verificar, a análise vertical da DRE considera a receita bruta como 100%, afinal, é

da receita que todas as despesas são subtraídas até chegarmos ao resultado do período – lucro ou

prejuízo.

Em seguida, calculamos todos os outros itens em relação a esse valor...

demonstração de resultado da Cia. YM (em milhares de reais)

31 de dezembro

de X1cálculo realizado

receita bruta de vendas 2.567 100% 2.567/2.567 x 100

(-) CMV (1.711) -66,65%(-1.711)/2.567 x

100

lucro bruto 856 33,35% 856/2.567 x 100

(-) despesas operacionais

despesas de vendas (108) -4,21% (-108)/2.567 x 100

despesas administrativas (187) -7,28% (-187)/2.567 x 100

despesas de depreciação (258) -10,05% (-258)/2.567 x 100

= resultado operacional 303 11,80% 303/2.567 x 100

(-) outras despesas (91) -3,54% (-91)/2.567 x 100

= lucro antes do imposto de renda (LAIR) 212 8,26% 212/2.567 x 100

(-) provisão para imposto de renda e contribuição social

(34%)(72) -2,81% (-72)/2.567 x 100

= lucro líquido 140 5,45% 140/2.567 x 100

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

103103103103103

2.5 ANÁLISE VERTICAL NO BALANÇO

Vejamos agora a análise vertical do balanço da Cia YM...

2.5.1 ANÁLISES

A partir da análise vertical do balanço da Cia YM, podemos identificar que...

...do patrimônio da entidade, 30,7% são aplicados em ativos realizáveis no curto prazo

– ativo circulante – e 69,3% em ativos que não temos expectativa de transformar em

dinheiro – ativo permanente.

...do patrimônio da entidade, 55,66% são financiados por capital próprio – patrimônio

líquido – e, portanto, 44,34% são financiados por capital de terceiros – ou seja, 100% -100% -100% -100% -100% -

55,66%55,66%55,66%55,66%55,66%.

balanço patrimonial da Cia. YM (em milhares de reais)

31 de dezembro de X1

ativo

ativo circulante

caixa 288 8,81%

clientes 51 1,56%

contas a receber 365 11,16%

estoques 300 9,17%

total do ativo circulante 1.004 30,70%

ativo não circulante – imobilizado

edificações 1.903 58,20%

(-) depreciação acumulada (988) -30,21%

máquinas e equipamentos 1.693 51,77%

(-) depreciação acumulada (788) -24,10%

móveis e utensílios 316 9,66%

(-) depreciação acumulada (117) -3,58%

veículos 314 9,60%

(-) depreciação acumulada (163) -4,98

outros 96 2,94

total do ativo não circulante 2.266 69,30%

total do ativo 3.270 100,00%

passivo e patrimônio líquido

passivo circulante

contas a pagar 270 8,26%

fornecedores 99 3,03%

despesas a pagar 114 3,49%

total de passivo circulante 483 14,77%

passivo não circulante

contas a pagar 967 29,57%

total do passivo não circulante 967 29,57%

total do passivo 1.450 44,34%

patrimônio líquido

capital social 1.680 51,38%

reserva de lucro 140 4,28%

total do patrimônio líquido 1.820 55,66%

total do passivo e do PL 3.270 100,00%

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

104104104104104

...do patrimônio da entidade, 14,77% são financiados por dívidas que vencem no curto

prazo – passivo circulante – e 29,57%, por dívidas que vencem no longo prazo –

passivo não circulante.

2.5.2 CÁLCULOS

Como pudemos verificar, quando realizada no balanço patrimonial, a análise vertical considera o

ativo total como 100%, afinal, ele corresponde ao total do patrimônio da entidade.

Em seguida, realizamos os cálculos em relação a esse valor...

2.6 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

105105105105105

2.7 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

UNIDADE 3 – ANÁLISE HORIZUNIDADE 3 – ANÁLISE HORIZUNIDADE 3 – ANÁLISE HORIZUNIDADE 3 – ANÁLISE HORIZUNIDADE 3 – ANÁLISE HORIZONTONTONTONTONTALALALALAL

3.1 OBJETIVOS DA ANÁLISE HORIZONTAL

A análise horizontal é uma metodologia que mostra o comportamento – evolução ou involução

– de cada um dos itens das demonstrações contábeis, período após período.

Portanto, a análise horizontal é utilizada para avaliar a relação, ao longo do tempo, de

cada conta das demonstrações contábeis entre, no mínimo, dois períodos.

3.2 ANÁLISE HORIZONTAL NA DRE

Vejamos a análise horizontal da demonstração do resultado do exercício da Cia. JK, em que se

comparam os valores de X1 com os de X0...

3.2.1 ANÁLISES

A partir do exemplo da Cia. JK, anteriormente apresentado, podemos verificar que...

...a receita bruta aumentou 10%, enquanto o CMV aumentou apenas 5,26%, gerando

um aumento do lucro bruto de 18,18%. Esse aspecto pode demonstrar eficiência

produtiva da empresa ou aumento dos preços em montante maior do que seus custos,

uma vez que o aumento das vendas foi superior ao aumento do custo.

demonstração de resultado da Cia. JK – em milhares de reais –

31 de dezembro de... análise horizontal

X1 X0 X1-X0

receita bruta de vendas 330.000 300.000 10,00%

(-) CMV (200.000) (190.000) 5,26%

lucro bruto 130.000 110.000 18,18%

(-) despesas operacionais

despesas de vendas (30.000) 29.000 3,45%

despesas administrativas (12.000) (7.000) 71,43%

despesas de depreciação (8.000) (6.000) 33,33%

= resultado operacional 80.000 68.000 17,65%

(-) outras despesas (10.000) (2.000) 400,00%

= lucro antes do imposto de renda – LAIR 70.000 66.000 6,06%

(-) provisão para IR e CS (23.800) (22.440) 6,06%

= lucro líquido 46.200 43.560 6,06%

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

106106106106106

...a empresa incorreu em um aumento substancial das despesas administrativas –

71,43%. Esse fato deve ser melhor analisado pela empresa para não comprometer o

resultado no futuro.

...o resultado operacional teve um aumento de 17,65%, enquanto o lucro líquido

aumentou apenas 6,06%. Isso ocorreu porque, em X1, houve um aumento substancial

no valor das despesas não operacionais – provavelmente decorrente de venda de

ativo imobilizado com prejuízo.

3.2.2 CÁLCULOS

Como pudemos verificar, para efetuar a análise horizontal, os valores da demonstração contábil

de data mais antiga devem ser fixados como base, enquanto os valores dos anos mais recentes

são expressos em percentagem, em relação ao valor do ano anterior...

3.3 ANÁLISE HORIZONTAL NO BALANÇO

Quando a análise horizontal é aplicada ao balanço patrimonial, é possível detectar o

comportamento de cada aplicação e de cada origem de recursos que compõe o patrimônio da

entidade.

demonstração de resultado da Cia. JK – em milhares de reais

31 de dezembro de...

2007 2006 2007/2006cálculo realizado

receita bruta de vendas 330.000 300.000 10,00% (330.000 - 300.000)/300.000

(-) CMV (200.000) (190.000) 5,26%[-200.000-(-190.000)]/(-190.000)

lucro bruto 130.000 110.000 18,18% (130.000 - 110.000)/110.000

(-) despesas operacionais

despesas de vendas (30.000) (29.000) 3,45% [-30.000 - (-29.000)]/(-29.000)

despesas administrativas (12.000) (7.000) 71,43% [-12.000 - (-7.000)]/(-7.000)

despesas de depreciação (8.000) (6.000) 33,33% [-8.000 - (-6.000)]/(-6.000)

= resultado operacional 80.000 68.000 17,65% (80.000 - 68.000)/68.000

(-) outras despesas (10.000) (2.000) 400,00% [-10.000 - (-2.000)]/(-2.000)

= lucro antes do imposto de renda – LAIR 70.000 66.000 6,06% (70.000 - 66.000)/66.000

(-) provisão para IR e CS (23.800) (22.440) 6,06% [-23.800 - (-22.440)]/(-22.440)

= lucro líquido 46.200 43.560 6,06% (46.000 - 43.560)/43.560

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

107107107107107

Vejamos agora a análise horizontal do balanço patrimonial da Cia. OH, em que se

comparam os valores de 2007 com os de 2006...

3.3.1 ANÁLISES

No exemplo, verificamos que...

...o caixa reduziu 75%, refletindo uma possível política da empresa em aumentar suas

vendas a prazo, ou em função da compra dos terrenos – ativo permanente.

...o aumento das contas a receber a longo prazo pode ter sido motivado por vendas a

prazo – a longo prazo.

...a empresa aumentou seu passivo total em 92,98%. Dessa forma, ela aumentou seu

grau de dependência de capital de terceiros.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

108108108108108

3.3.2 CÁLCULOS

Vamos ver agora como foram feitos os cálculos da análise horizontal do balanço da Cia. OH...

3.4 ANÁLISE VERTICAL VERSUS ANÁLISE HORIZONTAL

Notamos que, tanto na análise horizontal quanto na análise vertical da DRE e do balanço, não

levamos em conta a inflação, gerando uma distorção nos valores apresentados.

3.5 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

Esse posicionamento decorre da atual normatização contábil brasileira, que

não obriga o reconhecimento contábil da inflação.

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

109109109109109

3.6 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

UNIDADE 4 – ANÁLISE POR INDICADORESUNIDADE 4 – ANÁLISE POR INDICADORESUNIDADE 4 – ANÁLISE POR INDICADORESUNIDADE 4 – ANÁLISE POR INDICADORESUNIDADE 4 – ANÁLISE POR INDICADORES

4.1 OBJETIVOS DA ANÁLISE POR INDICADORES

O uso de indicadores tem como finalidade principal permitir ao analista extrair tendências e

comparar os indicadores com padrões preestabelecidos.

A finalidade da análise é, mais do que retratar o que aconteceu no passado, fornecer

bases para inferir o que pode acontecer no futuro.

O exame da situação econômico-financeira de uma empresa, sob a ótica de sua capacidade e

qualidade, em termos de liquidez, endividamento, lucratividade e rentabilidade, exige do analista

que...

...ele se valha das demonstrações contábeis de, pelo menos, três exercícios sucessivos.

...ele extraia desses exercícios os diversos indicadores que lhe forneçam as informações

desejadas.

O objetivo da análise vai definir o tipo de indicadores a serem utilizados e a posição do analista.

Ou seja, o objetivo da análise vai definir qual seu objetivo e suas características...

...conservador ou não...

...avesso ao risco ou não.

4.2 ÍNDICE

O principal instrumento utilizado para a análise da situação econômico-financeira de uma empresa

é o índice, ou seja...

...o resultado da comparação entre grandezas.

Os índices estabelecem a relação entre contas ou grupo de contas das demonstrações contábeis,

visando evidenciar determinado aspecto da situação econômico-financeira de uma empresa.

Os índices, portanto, servem como uma espécie de termômetro na avaliação

da saúde financeira da empresa.

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110110110110110

De maneira geral, define-se que, quanto maior a liquidez, melhor será a

situação financeira da empresa.

4.2.1 CONTEXTO DE UTILIZAÇÃO DO ÍNDICE

O índice, contudo, não deve ser considerado isoladamente, mas sim sob o aspecto dinâmico e

dentro de um contexto mais amplo, em que outros indicadores e variáveis devem ser ponderados

de forma conjugada.

Por exemplo, uma empresa que possui muitas dívidas, necessariamente, não tem

dificuldade de pagar suas obrigações.

Há empresas que convivem com níveis altos de endividamento sem comprometer sua saúde

financeira, já que existem outros fatores que podem atenuar essa condição.

4.3 TIPOS DE INDICADORES

Para melhor compreensão da influência de cada indicador na análise, faremos seu estudo em

quatro grupos...

4.4 INDICADORES DE LIQUIDEZ

Os índices de liquidez são medidas de avaliação da capacidade financeira da empresa em satisfazer

os compromissos assumidos com terceiros.

Por meio deles, podemos avaliar a capacidade de a empresa pagar suas dívidas.

Eles evidenciam quanto a empresa dispõe de bens e direitos, realizáveis em determinado período,

em relação às obrigações exigíveis, no mesmo período.

4.4.1 LIQUIDEZ E SITUAÇÃO FINANCEIRA

Alto índice de liquidez não necessariamente representa boa saúde financeira, podendo até indicar

um investimento excessivo em ativos.

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111111111111111

O cumprimento das obrigações nas datas previstas depende de uma adequada administração

dos prazos de recebimento e de pagamento.

Portanto, uma empresa que...

...possui altos índices de liquidez, mas mantém mercadorias estocadas por períodos

elevados...

...que recebe com atraso suas vendas a prazo...

...que mantém duplicatas incobráveis na conta Clientes...

...pode ter problemas de liquidez, ou seja, pode ter dificuldades para honrar seus compromissosnos vencimentos.

Entre os índices de liquidez mais conhecidos estão a liquidez corrente e a liquidez geral.

Cada um fornece informações diferentes sobre a situação da empresa, e serão estudadosa seguir.

4.4.2 LIQUIDEZ CORRENTE

A liquidez corrente – LC – corresponde ao quociente entre o ativo circulante – AC – eo passivo circulante – PC.

Dessa forma, mostra quanto uma empresa dispõe de recursos de curto prazo disponíveis efacilmente conversíveis em dinheiro – caixa, bancos, estoques, clientes e contas a receber emcurto prazo... –, em relação às dividas de curto prazo – fornecedores, empréstimos de curto prazo,

contas a pagar.

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112112112112112

4.4.2.1 EXEMPLO

Uma empresa tem entre seus ativos... caixa: R$ 20.000,00

bancos: R$ 180.000,00 clientes (30 dias): R$ 200.000,00

contas a receber (60 dias): R$ 250.000,00

E entre seus passivos... fornecedores (60 dias): R$ 200.000,00

contas a pagar (90 dias): R$ 125.000,00

4.4.2.2 SOLUÇÃO

Depois de considerarmos as informações do exemplo apresentado na seção anterior, vamos à

resposta...

Já que...

A liquidez corrente da empresa será...

Isso significa que, para cada unidade monetária de obrigações de curto prazo, a empresa teria R$

2,00 de recursos disponíveis para pagar esse compromisso.

Devemos notar que o cálculo de liquidez corrente ignora a compatibilização das datas de

vencimento das dívidas com as datas de realização dos itens a receber.

Por exemplo...

Uma empresa pode ter contas a pagar que vencem em 30 dias e contas a receber com

vencimento em 60 dias. Esse fato não será demonstrado no índice de liquidez.

Com base nesses dados, qual seria a liquidez corrente dessa empresa?

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113113113113113

4.4.3 LIQUIDEZ GERAL

A liquidez geral – LG – corresponde ao quociente entre o somatório do ativo circulante – AC –

com o realizável a longo prazo – RLP – e o somatório do passivo circulante – PC – com o não

circulante – PÑC.

É, portanto, uma medida da capacidade de pagamento de todo o passivo exigível da empresa –

PC + PÑC –, utilizando-se todos os ativos realizáveis da entidade – AC + RLP.

Esse índice indica o quanto a empresa poderá dispor de recursos circulantes e de

longo prazo para honrar todos os seus compromissos assumidos com terceiros –

circulantes e de longo prazo.

Vejamos...

Portanto...

4.4.3.1 FATOR LIMITADOR DO ÍNDICE

Devemos notar que a liquidez geral leva em consideração todos os realizáveis e todos os exigíveis,

independentemente das datas de maturação, o que pode ser considerado um fator limitador do

índice.

A limitação vista na liquidez corrente pode ser agravada na liquidez geral, uma vez que

uma empresa pode ter contas a receber em 5 anos e contas a pagar com vencimento

em 14 meses, por exemplo.

Dessa forma, o índice pode-se mostrar positivo quando, na realidade, a

empresa não se encontra em uma posição confortável.

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4.4.3.2 EXEMPLO

Com base no balanço patrimonial apresentado a seguir, qual seria o índice de liquidez corrente e oíndice de liquidez geral da empresa?

4.4.3.3 SOLUÇÃO 1

Depois de considerarmos as informações do exemplo apresentado na seção anterior,

vamos, primeiramente, calcular a liquidez corrente da empresa...

Uma vez que...

A liquidez corrente da empresa será...

Portanto, a empresa possui R$ 2,82 de ativos de curto prazo para cada R$ 1,00 de passivo de curto

prazo.

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4.4.3.4 SOLUÇÃO 2

Agora, vamos calcular a liquidez geral da empresa...

Uma vez que...

A liquidez geral da empresa será...

Isso significa que, para cada R$ 1,00 de dívidas totais – de curto prazo e de longo prazo –, a

empresa poderá dispor de R$ 1,65 de recursos realizáveis no curto e no longo prazo.

4.5 INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO

Os índices de endividamento avaliam a segurança que a empresa oferece aos capitais de terceiros

e revelam sua política de obtenção de recursos e de alocação dos mesmos nos diversos itens do

ativo.

O ativo de uma empresa é financiado pelos capitais próprios – PL – e por capitais de terceiros –

passivo.

Quanto maior for a participação de capitais de terceiros nos negócios de uma empresa...

...maior será a dependência da empresa em relação a esse capital de terceiros...

...e maior será o risco a que os terceiros estarão expostos.

A interpretação básica dos índices de endividamento é...

...quanto maior, pior.

A seguir, estudaremos os seguintes indicadores de endividamento...

...endividamento geral, composição de exigibilidades, passivo oneroso sobre ativo

e composição do passivo oneroso.

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116116116116116

4.5.1 ENDIVIDAMENTO GERAL

O endividamento geral – EG – corresponde ao quociente entre o somatório do passivo circulante

– PC – com o passivo não circulante – PÑC – pelo ativo total.

Esse índice revela o grau de endividamento total da empresa. Portanto, expressa a proporção de

recursos de terceiros que financiam o ativo e, por diferença (1 – EG), a fração do ativo financiada

pelos recursos próprios.

Quanto menor for o endividamento, menor o risco que a empresa estará oferecendo aos capitais

de terceiros.

Entretanto, devemos considerar que determinadas empresas convivem muito bem com

endividamento relativamente elevado, principalmente...

...quando o endividamento tem um perfil de longo prazo, fruto de uma adequada

administração de prazos de fornecedores – origens de capital de giro.

...quando o passivo não cobra juros.

...quando os juros são inferiores às taxas de mercado ou à inflação.

4.5.1.1 ADEQUAÇÃO E LIMITAÇÃO DO ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO GERAL

A adequação do índice de endividamento geral para cada empresa depende, entre outros aspectos...

das comparações com os índices apresentados por outras empresas de mesmo

setor econômico;

da tendência demonstrada na análise de diversos exercícios;

da composição do endividamento – curto ou longo prazo;

do custo financeiro dessas dívidas.

Uma limitação do índice é que ele ignora o custo da dívida – PC + PÑC – em relação ao custo do

capital próprio, ou seja, não indica, de forma direta, o custo de cada tipo de recurso.

Devemos notar que usamos ativo total na fórmula, porque ele corresponde à

soma do passivo com o patrimônio líquido...

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117117117117117

4.5.1.2 EXEMPLO

Com base nos dados do balanço apresentado a seguir, defina qual é o endividamento geral da

empresa e qual é a fração do ativo financiada por recursos próprios...

4.5.1.3 SOLUÇÃO

Depois de considerarmos as informações do exemplo apresentado na seção anterior, vamos,

primeiramente, calcular o endividamento geral...

Uma vez que...

Logo...

A fração do ativo financiada por recursos próprios é...

Desse modo, para cada R$ 1,00 de ativos da empresa, R$ 0,23 são originados de capital de

terceiros e R$ 0,77, dos acionistas.

ativo passivo + PL

ativo circulante 1.550 passivo circulante 550

ativo RLP 1.300 passivo não circulante 1.180

ativo imobilizado 4.600 patrimônio líquido 5.720

total do ativo 7.450total do passivo +

PL7.450

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4.5.2 COMPOSIÇÃO DE EXIGIBILIDADES

A composição das exigibilidades – CE – corresponde ao quociente entre o passivo circulante – PC

– e o somatório do passivo circulante – PC – com o passivo não circulante – PÑC.

Desse modo, o índice de CE é uma medida da qualidade do passivo da empresa, em termos de

prazos, uma vez que compara o montante de dívidas no curto prazo com o endividamento total.

Devemos admitir que, quanto mais curto o vencimento das parcelas exigíveis, maior será o risco

oferecido pela empresa...

4.5.2.1 EXEMPLO

Vejamos qual a composição das exigibilidades de uma empresa que possui...

passivo circulante = R$ 35.000,00;

passivo não circulante = R$ 25.000,00.

Uma vez que...

Logo...

Desse modo, 58,33% das dívidas da empresa são de curto prazo.

4.5.3 PASSIVO ONEROSO SOBRE ATIVO

Entendemos por passivo oneroso sobre o ativo – POSA – ou endividamento oneroso – EO –, seja

de curto ou de longo prazo, as dívidas com terceiros sobre as quais a entidade paga juros –

despesas financeiras.

= passivo circulante passivo circulante + passivo não circulante

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119119119119119

Exemplos de passivos onerosos são empréstimos e financiamentos.

O POSA corresponde ao quociente entre o somatório do passivo circulante oneroso– PCO – com

o passivo não circulante oneroso – PÑC – pelo ativo total.

Esse índice mostra a participação das fontes de capital que pagam juros no financiamento dos

investimentos totais da empresa...

Devemos observar que, quanto maior for esse índice, maiores serão os juros devidos ou as

despesas financeiras incorridas, o que influencia o resultado do exercício e o fluxo de caixa.

4.5.3.1 EXEMPLO

Com base nos dados do balanço apresentado a seguir, vamos determinar qual é seu

índice do passivo oneroso sobre ativo...

4.5.3.2 SOLUÇÃO

Depois de considerar as informações do exemplo apresentado na seção anterior, vamos,

primeiramente, calcular a o passivo oneroso sobre o ativo...

Uma vez que...

ativo passivo + PL

ativo circulante passivo circulante

caixa 500 salários a pagar 200

estoques 720 empréstimos a pagar 300

total do ativo circulante 1.220 total do passivo circulante 500

ativo RLP passivo não circulante

contas a receber 1.000 fornecedores 400

financiamentos 2.000

total do ativo RLP 1.000 total do passivo ELP 2.400

ativo imobilizado patrimônio líquido 2.000

veículo 3.000 capital social 2.000

(-) depreciação acumulada (320)

total do ativo imobilizado 2.680 total do patrimônio líquido 2.000

total do ativo 4.900 total do passivo + PL 4.900

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120120120120120

Logo...

Desse modo, para cada R$ 100,00 dos recursos obtidos pela empresa – de terceiros ou próprios –,

R$ 46,94 são relativos de passivos que pagam juros.

4.5.4 COMPOSIÇÃO DO PASSIVO ONEROSO

A composição do passivo oneroso – CPO – corresponde ao quociente entre o passivo circulante

oneroso – PCO – e o somatório do passivo circulante oneroso – PCO – com o passivo não

circulante oneroso – PÑCO.

Portanto, é uma medida da qualidade do passivo da empresa em termos de prazo, assim como o

índice de composição das exigibilidades – CE.

A diferença é que o CPO compara o montante de dívidas onerosas no curto prazo com

o passivo oneroso total.

A interpretação do CPO é a mesma do CE, ou seja, a priori, quanto maior o prazo de pagamento

das dívidas onerosas, melhor.

Em outras palavras, quanto menor a CPO, melhor...

4.5.4.1 EXEMPLO

Com base nos dados do balanço apresentado no exemplo anterior, vamos determinar

a composição do passivo oneroso...

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

121121121121121

Vamos relembrar o exemplo...

4.5.4.2 SOLUÇÃO

Depois de considerar as informações do exemplo apresentado na seção anterior...

passivo circulante oneroso = R$ 300,00 – empréstimos a pagar;

passivo não circulante oneroso = R$ 2.000,00 – financiamentos.

Como...

Logo...

Portanto, do total dos passivos onerosos da empresa, 13,04% tem vencimento menor do que 1

ano.

4.6 INDICADORES DE LUCRATIVIDADE

A partir deste momento, passaremos a utilizar para nossa análise não somente elementos

integrantes do balanço patrimonial, mas também da demonstração de resultado do exercício –

DRE.

CPO PC oneroso

PC oneroso + PÑC oneroso=

CPO 300300 + 2000

= = 0,1304 = 13,04%

ativo passivo + PL

ativo circulante passivo circulante

caixa 500 salários a pagar 200

estoques 720 empréstimos a pagar 300

total do ativo circulante 1.220 total do passivo circulante 500

ativo RPL passivo não circulante

contas a recebr 1.000 fornecedores 400

financiamentos 2.000

total do ativo RLP 1.000total do passivo nãocirculante

2.400

ativo imobilizado patrimônio líquido

veículos 3.000 capital social 2.000

(-) depreciaçãoacumulada

(320)

total do ativoimobilizado

2.680 total do patrimônio líquido 2.000

total do ativo 4.900 total do passivo + PL 4.900

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122122122122122

A lucratividade reflete o quanto – percentual – da receita sobra para compor o resultado

da empresa, a cada período.

A interpretação dos indicadores de lucratividade é...

...quanto maior, melhor.

Estes são os indicadores de lucratividade que estudaremos a seguir...

margem bruta;

margem líquida de lucro.

4.6.1 MARGEM BRUTA

A margem bruta – MB – corresponde ao quociente entre o lucro bruto – LB – e a receita líquida

– RL.

Desse modo, a margem bruta identifica a parcela da receita líquida que fica com a empresa após

a dedução do custo dos produtos ou dos serviços que geraram essa receita.

Vejamos...

Portanto...

4.6.1.1 EXEMPLO

Com base nos dados da DRE apresentada a seguir, determine qual é a margem bruta dessa

empresa...

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

123123123123123

4.6.1.2 SOLUÇÃO

Depois de considerarmos as informações do exemplo apresentado na seção anterior, vejamos...

Como...

Portanto...

Desse modo, a cada R$ 100,00 que a empresa vende, sobram R$ 25,00 para pagamento das

despesas operacionais, impostos sobre o lucro e a remuneração dos acionistas.

Por outro lado, 75% são consumidos com os custos de fabricação dos produtos e mercadorias que

são vendidos.

4.6.2 MARGEM LÍQUIDA DE LUCRO

A margem líquida de lucro – ML – corresponde ao quociente entre o lucro líquido – LL – e a

receita líquida – RL.

Dessa forma, a margem líquida de lucro mostra qual foi o ganho líquido da empresa

em cada unidade de venda.

Vejamos...

4.6.2.1 EXEMPLO

Com base nos dados da DRE apresentada no último exemplo, determine qual é a margem líquida

dessa empresa...

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124124124124124

Vamos rever o exemplo...

4.6.2.2 SOLUÇÃO

Depois de considerarmos as informações do exemplo apresentado na seção anterior, vejamos...

Como...

E como no exemplo não há resultado não operacional...

Portanto, de cada R$ 100,00 que a empresa vende, após realizadas todas as deduções dos gastos

necessários para a geração da receita, verificamos que restaram ao acionista R$ 6,60.

4.7 INDICADORES DE RENTABILIDADE

A rentabilidade é o reflexo da eficiência da administração da empresa frente ao mercado,

medida pela geração do lucro obtido, em comparação com o que foi investido.

Um limitador desses índices diz respeito à ausência do reconhecimento dos efeitos da

inflação no período.

Todos os índices de rentabilidade devem ser considerados da seguinte

forma...

...quanto maior, melhor.

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

125125125125125

Estes são os indicadores de rentabilidade que estudaremos a seguir...

retorno sobre o patrimônio líquido;

retorno sobre o ativo.

4.7.1 RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO

O retorno sobre o patrimônio líquido – RPL – corresponde ao quociente entre o lucro líquido – LL

– e o patrimônio líquido médio do período.

Portanto, ele mede a remuneração dos capitais próprios investidos na empresa, ou seja...

...quanto foi acrescentado em determinado período ao patrimônio dos sócios...

...ou a que taxa a empresa remunera o capital investido pelos proprietários.

Do ponto de vista de quem investe em uma empresa, este deve ser o índice mais importante...

4.7.1.1 EXEMPLO

Uma empresa iniciou o exercício de 2008 com patrimônio líquido de R$ 1.200.000,00.

Ao final do ano, apurou lucro líquido de R$ 280.000,00, e seu patrimônio líquido somava R$

1.300.000,00.

4.7.1.2 SOLUÇÃO

Depois de considerar as informações do exemplo apresentado na seção anterior...

Como o patrimônio líquido médio – denominador da fórmula do RPL – corresponde à média

aritmética simples dos saldos inicial e final do patrimônio líquido, temos...

Com base nessas informações, vamos determinar o retorno sobre o

patrimônio líquido dessa empresa em 2008.

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

126126126126126

Como o retorno do patrimônio líquido corresponde ao quociente entre o lucro líquido e o

patrimônio líquido médio mantido durante o ano, temos...

Desse modo, o acionista teve uma rentabilidade de 22,4%, ou seja, um retorno de R$ 22,40 sobre

cada R$ 100,00 investidos na empresa no início do ano.

Esse indicador pode ser comparado a outras alternativas de investimento para compararmos se

valeu a pena investir nessa empresa.

4.7.2 RETORNO SOBRE O ATIVO

O retorno sobre o ativo – RA – corresponde ao quociente entre o lucro líquido do efeito tributário

e o ativo total médio.

Dessa forma, o retorno sobre o ativo avalia a que taxa a empresa remunera o capital investido por

todos os seus financiadores de recursos...

O numerador é constituído pelo lucro líquido sem considerar o efeito do custo de financiamento

da empresa.

Por isso, devemos somar ao lucro líquido a despesa financeira após o efeito tributário.

Na fórmula, @IR representa a alíquota de Imposto de Renda – IR – e de contribuição social sobre

o lucro – CS –, que, para a maioria das empresas brasileiras, é de 34%.

Já o denominador é constituído pelo ativo total médio – ATm – , que corresponde à média

aritmética do ativo total da entidade, medido em duas datas consecutivas, no início e no final do

período contábil ao qual se refere o numerador, ou seja, AAAAATTTTTm = (Am = (Am = (Am = (Am = (AT1 + AT1 + AT1 + AT1 + AT1 + AT0)/2T0)/2T0)/2T0)/2T0)/2.

Sempre que houver dados de duas demonstrações consecutivas, devemos comparar o ativo total

médio ao lucro.

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

127127127127127

4.7.2.1 EXEMPLO

Em 1 de janeiro de X1, uma empresa possuía em seu balanço, o ativo total de R$

500.000,00. Já em 31 de dezembro de X1, o ativo total era de R$ 700.000,00.

A DRE da empresa é a seguinte...

Com base nessas informações, vamos determinar a rentabilidade do ativo total dessa empresa.

4.7.2.2 SOLUÇÃO

Depois de considerarmos as informações do exemplo apresentado na seção anterior...

Uma vez que...

E como...

Logo...

Contabilidade GeralM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

128128128128128

Portanto, a rentabilidade do ativo total é de 11%, isto é, para cada R$ 100,00 dos recursos entregues

por meio de ativos para o gestor administrar a empresa, ele conseguiu gerar R$ 11,00.

4.8 ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO DE ANÁLISE

A análise das demonstrações contábeis pode ter diversas finalidades, mas seu objetivo básico

deve ser sempre identificar a situação econômico-financeira da entidade analisada.

Normalmente, o analista apresenta...

...algumas características operacionais da empresa analisada...

...as fontes de coleta das informações contábeis...

...os ajustes e as reclassificações efetuados...

...os cálculos efetuados e o parâmetro de comparação adotado...

...para, finalmente, apresentar suas conclusões quanto à situação econômico-financeira da entidade

analisada.

4.9 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

4.10 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

4.11 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

UNIDADE 5 – CENÁRIOS CULUNIDADE 5 – CENÁRIOS CULUNIDADE 5 – CENÁRIOS CULUNIDADE 5 – CENÁRIOS CULUNIDADE 5 – CENÁRIOS CULTURTURTURTURTURAISAISAISAISAIS

Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, acesse os

cenários culturais no ambiente on-line.

Portanto, não existe uma estrutura rígida pré-definida de parecer.

Contabilidade Geral M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 44444

129129129129129

MÓDULO 4 – ENCERRAMENTO

APRESENTAÇÃO

Na unidade 1 deste módulo, você encontrará algumas divertidas opções para testar seus

conhecimentos sobre o conteúdo desenvolvido em toda a disciplina, a fim de se preparar para

seu exame final. São elas...

caça-palavras;

criptograma;

cruzadas;

forca.

A estrutura desses jogos é bem conhecida por todos. Você poderá escolher o jogo de sua preferência

ou jogar todos eles... a opção é sua! Em cada um deles, você encontrará perguntas – acompanhadas

de gabaritos e comentários – por meio das quais você poderá se autoavaliar.

Já na unidade 2, é hora de falarmos sério! Sabemos que o novo – e a disciplina que você terminou

de cursar enquadra-se em uma modalidade de ensino muito nova para todos nós, brasileiros –

tem de estar sujeito a críticas... sugestões... redefinições. Por estarmos cientes desse processo,

contamos com cada um de vocês para nos ajudar a avaliar nosso trabalho.

Finalmente, como é indicado ao final deste módulo, este é o momento de nos prepararmos para

a avaliação final da disciplina, que será feita presencialmente.

Então? Preparado?